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RELATÓRIO & CONTAS 2016 Fazemos parte do futuro

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RELATÓRIO& CONTAS2016

Fazemos partedo futuro

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ÍndiceMensagem do presidente04

Perspetivas para 201794

Atividade55

Anexo: Números - resíduos e produtos103

Contas e valores do exercício de 2016106

Relatório e parecer do Conselho Fiscal165

Certificação legal das contas168

Estrutura organizacional14

Envolvente18

Considerações finais99

A Empresa - destaques07

Governo societário35

Proposta de aplicação de resultados101

Desempenho financeiro85

2

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Nota Prévia

Este é o relatório de gestão e contas de 2016 da Valorsul - Valorização e Tratamento de

Resíduos Sólidos das Regiões de Lisboa e Oeste, S.A. O caderno de sustentabilidade da

empresa, em anexo, é parte integrante do presente documento.

Para esclarecimentos sobre a informação em causa ou sobre as atividades da Valorsul

contactar:

Plataforma Ribeirinha da CPEstação de Mercadorias da Bobadela

2696-801 S. João da Talha

Tel.: 219535900Fax: 219535935

[email protected]

ValorsulValorização e Tratamento de Resíduos

Sólidos das Regiões de Lisboa e do Oeste, S.A.

3

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Mensagem do presidente01

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Mensagem do presidente

Mensagem do presidente

2016 foi para a Valorsul o ano de consolidação da nova realidade resultante da

conclusão, em julho de 2015, do processo de reprivatização da EGF e o primeiro

exercício ao abrigo do novo modelo regulatório, com a definição, pela ERSAR,

das tarifas para o triénio 2016-2018.

No âmbito da integração da Valorsul no novo universo acionista, há a destacar a celebração entre a EGF

e todos os Municípios de um Acordo Parassocial, o qual veio assegurar o envolvimento e participação de

todos os acionistas na definição das linhas estratégicas da empresa. Este acordo, que muitos julgavam

ou pretendiam impossível, foi promulgado em 19 de setembro pelo Senhor Secretário de Estado

do Ambiente e define um quadro claro e equilibrado nas relações entre os acionistas, passando a

constituir um elo de mobilização para a defesa do interesse comum centralizado na Valorsul.

Em abril de 2016, e também por acordo entre todos os acionistas, foi alterado o modelo de

gestão da sociedade, com a constituição de uma Comissão Executiva composta por 5 membros,

tendo sido extinto o cargo de Diretor Geral que anteriormente vigorava.

Ainda resultante do processo de reprivatização da empresa, e no que respeita aos seus

colaboradores, foi possível concluir em 2016 o processo, iniciado em 2015 com a reposição dos

cortes salariais, de integral cumprimento do Acordo de Empresa nas áreas que se encontravam

congeladas para empresas pertencentes ao setor empresarial do Estado. Assim, foram

repostas as progressões automáticas e processadas as reclassificações e reenquadramentos

resultantes de alteração de funções, tendo também sido integrados no quadro os trabalhadores

temporários que preenchiam postos de trabalho permanentes.

No que respeita ao novo ciclo regulatório 2016-2018, a Valorsul e os seus acionistas foram

confrontados, nos últimos dias do ano, com a publicação das tarifas para o tratamento de

resíduos e a definição dos proveitos permitidos para o referido triénio. Para o ano de 2016, a

ERSAR fixou a tarifa de 13,19€/t, o que representa uma redução de 32% em relação à tarifa

anterior, que já era a mais baixa de sempre. Por força desta decisão, 2016 não será, como

estava previsto e por mérito dos seus Colaboradores, o melhor ano de sempre na história da

empresa, tendo os resultados previstos sofrido uma drástica redução.

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Mensagem do presidente

A fixação de tarifas a um nível inimaginavelmente baixo – até por comparação a outras

empresas do setor - é motivo de grande preocupação para todos os acionistas, pelas suas

inevitáveis consequências, no que respeita ao equilíbrio económico e financeiro da empresa, à

estabilidade operacional e à manutenção dos padrões de elevado nível que têm caracterizado

o serviço público prestado pela Valorsul e ao cumprimento das metas europeias e nacionais de

recolha seletiva e tratamento de resíduos urbanos.

Nada disto deve, no entanto, impedir que se saliente o excelente desempenho de toda a empresa em

2016, com especial relevo para a performance energética; foram batidos todos os recordes de venda

de energia, não só na nossa principal unidade, a central de incineração, mas também na produção de

biogás do aterro sanitário do oeste e na central de valorização orgânica. Também na recolha seletiva

estamos a crescer, embora com exigências acrescidas, muito preocupantes, decorrentes do novo

quadro regulamentar para esta atividade. Só o facto de estarmos perante um ano excecional impediu

que a definição retroativa da tarifa para 2016 não tivesse resultados ainda mais devastadores.

Há também a realçar a atribuição à Valorsul em 2016, e pelo 2º ano consecutivo, do prémio

Marca de Confiança dos Portugueses em 2016, na categoria de Ambiente. Este prémio é uma

prova da confiança que a população deposita no trabalho da Valorsul e reflete o empenho e

profissionalismo constantes no exercício da sua atividade.

É exatamente o know-how, aliado à competência no tratamento de resíduos que caracteriza

a Valorsul, que a enquadram na estratégia de internacionalização do grupo ao qual pertence o

seu acionista maioritário e que envolveram a participação da empresa, numa primeira fase, em

projetos já iniciados no México. Esta internacionalização representa um alargar de horizontes

para a empresa, com benefícios para todos os acionistas, bem como a criação de novas

oportunidades para todos os seus colaboradores.

No entanto, é essencial estarmos todos conscientes que, apesar de toda a qualidade e experiência

da Valorsul, o quadro com que estamos confrontados para os próximos anos não tem paralelo na

história da empresa. A conjugação da definição das tarifas municipais mais baixas de sempre, com

as alterações previsíveis na bonificação da tarifa da energia, o maior grau de exigência do quadro

aplicável à recolha seletiva e os enormes desafios decorrentes da evolução prevista para as metas

comunitárias pode bem ser classificada como a tempestade perfeita. E não se vencem tempestades

perfeitas fazendo o mesmo que fizemos em velocidade de cruzeiro. O futuro próximo vai exigir

à Valorsul que evidencie todos os seus pergaminhos, mas sobretudo que saiba adaptar-se, com

redobrado empenho, flexibilidade, criatividade e humildade. É esse o nosso compromisso coletivo.

António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota

Presidente do Conselho de Administração

6

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A Empresa - destaques02

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Missão, visão e valores

Implementar e gerir um sistema integrado, tecnicamente avançado, ambientalmente correto e economicamente sustentável, para tratamento e valorização dos RU de dezanove municípios das regiões de Lisboa e Oeste de Portugal.

missão

Tratar e valorizar resíduos na Valorsul só é possível através de um moderno Sistema de Gestão Integrada de RU, adequado ao crescimento e à composição do nosso lixo urbano. A Valorsul é responsável pela conceção e concretização do mesmo.Este Sistema de Gestão Integrada representa uma optimização das opções ambientais, sociais, económicas, técnicas e institucionais. Ao mesmo tempo prevê a aplicação de diferentes opções de tratamento e valorização de acordo com os diferentes tipos de resíduos recolhidos.

visão

MISSÃO

VISÃO

VALORES

Ambição. Ser uma empresa de excelência, sustentável e socialmente

responsável. Eficiência. Potenciar valor aos nossos acionistas,

clientes, colaboradores e população. Transparência. Evidenciar a

transparência na nossa relação com as comunidades envolventes. Ética.

Cumprir os mais elevados padrões de ética em todas as nossas atividades.

Competência. Garantir elevados padrões de desempenho profissional

em todos os setores da empresa, motivados pela excelência de serviço. Inovação. Garantir e inovar em todos

os setores na procura das melhores soluções.

valores

A Empresa - destaques 8

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A Empresa - destaques

Acionistas

A destacar em 2016Nos termos do disposto no nº 2 da cláusula 9ª do Contrato de Concessão, os acionistas da VALORSUL

procederam à assinatura do Acordo Parassocial, autorizado por Despacho do Senhor Secretário de Estado

do Ambiente datado de 19 de setembro de 2016. Desde então passaram a estar reunidos todos os

requisitos legais e contratuais necessários para a plena produção de efeitos do referido Acordo.

Deu-se início à implementação do Processo de Avaliação de Desempenho para o ano de 2016, antecipando

a implementação de um novo modelo assente numa Plataforma “online” para o ano de 2017.

Empresa Geral do Fomento, S.A

Município de Lisboa

Município de Loures

Associação de Fins Específicos - AMO MAIS

Município da Amadora

Município de Vila Franca de Xira

Município de Odivelas

Total

13.339.425 €

5.040.000 €

2.901.315 €

1.323.000 €

1.299.790 €

1.160.525 €

135.945 €

25.200.000 €

52,93%

20,00%

11,51%

5,25%

5,16%

4,61%

0,54%

100%

2.667.885

1.008.000

580.263

264.600

259.958

232.105

27.189

5.040.000

Quadro 1 – Acionistas da Valorsul

Acionista Capital% Nº de Ações

9

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Área e instalaçõesda Valorsul1.6 milhões

de habitantes

Área de Intervenção e Instalações

Adicionalmente existe a central de valorização

orgância de Leiria em exploração com a Valorlis -

utilizada em 50% pela Valorsul.

A estação de transferência e ecocentro de Peniche pertencem à Câmara Municipal de Peniche e são geridos por este município.

Nazaré

Óbidos

Peniche

Alenquer

Sobral de Monte Agraço

Loures

Amadora

Vila Franca de Xira

Rio Maior

Atividade

centro de triagem

incineração com recuperação energética

valorização de escórias

aterro sanitário

estação de transferência

valorização orgânica

ecocentro

Cadaval

Lisboa

A Empresa - destaques 10

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A prestação de serviços e

os produtos que a Valorsul

disponibiliza aos seus clientes

Serviços Produtos

valorização e tratamento de resíduos

abastecimento de viaturas

com gás natural carburante

municípios do sistema

outros particulares

fora do sistema

particulares do sistema

municípiosda região de

Lisboa eparticulares

eletricidade recicláveiscomposto

e agregado

EDP SU

SPVAmb3E

Ecopilhasoutros

municípiose

particulares

Recolha indiferenciada

Recolha de orgânicos

Recolha seletiva multimaterial

Recicláveis

Composto

Energia

Escórias e agregado

valorização de escórias

valorização orgânica

recolha

triagem de materiais recicláveis

deposição de aterro

gestão e planeamento

valorização energética

deposição seletivaValorsul

entidades reguladoras e

fiscalizadoras / população

concedente clientes

populações vizinhas / gerações futuras

empresas congéneres / fornecedores

visitantes, escolas, ONG’s /comunidade científica

matéria primada sociedade

produtos para a sociedade

Clientes

Sociedade

A Empresa - destaques 11

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Os números

Receção de resíduos

Recolha seletiva multimaterial

Recolha indiferenciada

Recolha seletiva de matéria orgânica

Totalreceção direta

70.164

38.052

785.698

893.914

2014

Quadro 2 – Receção direta de resíduos (t)

73.888

40.872

820.633

935.394

2016

71.655

39.515

801.201

912.371

2015

Transformação em produtos ou materiais úteis

367

417.953

370.793

98.557

5.056

430

2.072

24.029

31.351

12.459

671

379.282

334.713

93.599

3.859

352

1.254

23.439

30.827

11.679

232

316.207

275.482

93.264

3.855

399

-

22.721

30.208

10.295

2016 2015 2014

Quadro 3 – Produtos

(1) Procede-se ao envio para reciclagem de outros produtos. Ex: metal não embalagem, pilhas e madeira (cerca de 970t).(2) A retoma de embalagens de cartão para alimentos, líquidos está considerada no “papel e cartão”. Está aqui incluído o “papel e cartão” não embalagem.(3) Plásticos e metais incluindo não embalagem, remunerados pela SPV.

Os valores discriminados por instalação encontram-se em anexo.

Energia (MWh)

Escórias (t)

Energia produzida

Energia exportada

Escórias inertes

Escórias metais ferrosos

Escórias metais não ferrosos

Agregado

Composto

Vidro

Papel e cartão (2)

Embalagens (3)

Composto (t)

Materiais retomados pela Sociedade Ponto Verde (t) (1)

A Empresa - destaques 12

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Desempenhoeconómico

2016 2015 2014

Elementos económicos e financeiros

Volume de negócio 58.947.009 58.795.249 52.833.479

Resultados operacionais 7.169.304 8.090.952 2.690.801

EBITDA 19.260.510 18.617.478 13.213.590

Resultados financeiros -718.973 -794.346 -1.196.419

Resultado líquido do exercício 3.516.006 5.232.728 240.531

Ativos intangíveis 99.848.494 170.531.765 178.657.827

Dívida de clientes 9.516.738 11.217.588 15.828.964

Total do ativo líquido 139.541.974 207.505.060 218.599.234

Dívida bancária de médio longo prazo 8.906.347 11.351.933 7.019.424

Dívida bancária de curto prazo 2.435.799 6.832.407 17.165.589

Dívida bancária total 11.342.146 18.184.340 24.185.013

Total do passivo 78.946.972 131.298.651 144.725.425

Total do capital próprio 60.595.003 76.206.409 73.873.809

Investimento 2.204.003 2.946.487 4.403.713

Quadro 4 –Síntese de indicadores económicos e financeiros

EBITDA = resultado operacional + amortizações -subsídios ao investimento.Ativos intangíveis líquidos de amortizações

Nota: os valores de 2015 e 2014 são apresentados de acordo com os mesmos critérios contabilísticos

de 2016, não contemplando a reclassificação contabilística que decorre da transição para o novo

regulamento tarifário, nos montantes de 4.170,289€ e 4.219,123€, respetivamente.

Desempenho económico

valores em €

A Empresa - destaques 13

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Estruturaorganizacional03

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EstruturaOrganizacional

Dando cumprimento ao estabelecido pelos Acionistas em sede do Acordo Parassocial, foi

deliberado na reunião do Conselho de Administração de 07-04-2016 alterar o modelo de

gestão da VALORSUL. Para o efeito e conforme disposto no n.º1 do artigo 20º do contrato

social da Sociedade, foi constituída uma Comissão Executiva composta por cinco membros.

Na mesma reunião, o Conselho de Administração deliberou extinguir o cargo de Diretor Geral e

revogar o mandato que lhe havia sido atribuído em 11 de setembro de 2015.

GabrelaVentura

Representaçãoda Empresa

GabrelaVentura

Desenvolvimento do Negócio

GabrelaVentura

Comunicaçãoe Sensibilização

JoãoFigueiredo

AdministrativoFinanceiro

MiguelAranda da Silva

Produção

JoãoFigueiredo

Recursos Humanos

MadalenaPresumido

Inovação,Projetos e

análise

JoãoFigueiredo

Sistemas de informação

Fernandoda Costa

Qualidade,Ambiente,Segurança

GabrelaVentura

RelaçõesInstitucionais

Figura 4 – Atual organograma da Valorsul

Estrutura Organizacional

Secretariado

António Manuel da Mota

presidente (CA)

JoãoFigueiredo

MadalenaPresumido

GabrelaVentura

presidente

Miguel Aranda da Silva

Fernando da Costa

Valorsul

GabrielaVentura

IsmaelGaspar

MiguelArandada Silva

Tomás Serra

Fernando da Costa

NunoRocha

AndréRijo

JoãoFigueiredo

LuísGuajardo

MadalenaPresumido

HugoPereira

Carlos Santos

JoséOliveira

MiguelGalante

Conselho de administração (CA)

Comissão Executiva (CE)

15

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Estrutura Organizacional

O mote das áreas operacionais e equipas de suporte é garantir uma qualidade de

serviço elevada que supere as expectativas dos acionistas e clientes:

Centro de Triagem e Ecocentro do Lumiar (CTE)Missão: Receber, triar e preparar para expedição os RU (resíduos urbanos) recolhidos

seletivamente de acordo com as fileiras estabelecidas e receber, armazenar e expedir os

resíduos entregues no Ecocentro.

Centro de Triagem do Oeste (CTO)Missão: Receber, triar e preparar para expedição os RU recolhidos seletivamente, provenientes

das Estações de Transferência ou depositados no CTO diretamente, de acordo com as fileiras

estabelecidas e receber, armazenar e expedir os resíduos.

Estação de Tratamento e Valorização Orgânica (ETVO)Missão: Contribuir para diminuir a deposição de resíduos orgânicos em aterro sanitário ou

incineração através do seu tratamento de forma ambientalmente correta e sustentável e

proceder à sua valorização através da produção de energia elétrica e de composto.

Central de Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos (CTRSU)Missão: Valorizar os RU através da recuperação otimizada do seu conteúdo energético.

Subdireção de Manutenção da CTRSUMissão: contribuir para o cumprimento dos objetivos de disponibilidade e de eficácia de todos

os equipamentos da CTRSU.

Instalação de Tratamento e Valorização de Escórias (ITVE)Missão: Valorizar as escórias brutas provenientes da central de incineração, recuperando

os metais ferrosos e não ferrosos e obtendo escórias para cobertura de RU nos aterros e

agregado para a construção rodoviária.

Aterro Sanitário de Mato da Cruz e Aterro Sanitário do Oeste (ASMC e ASO)Missão: Assegurar a adequada eliminação de resíduos, através da sua deposição acima ou

abaixo da superfície natural, de modo a evitar ou reduzir os efeitos negativos sobre o Ambiente.

Recolha Seletiva (RS)Missão: Coordenar as recolhas seletivas de embalagens recicláveis na região Oeste, sendo

responsável pela colocação, manutenção e recolha dos ecopontos.

16

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Administrativo-Financeiro (AF)Missão: Assegurar que as operações da empresa que afetem ou sejam suscetíveis de afetar

a situação económica e patrimonial, numa perspetiva orçamental, contabilística, administrativa

e fiscal sejam devidamente evidenciadas, registadas e otimizadas.

Recursos Humanos (RH)Missão: Assegurar um sistema de gestão de recursos humanos que valorize o potencial

humano e que, de acordo com os princípios e valores da VALORSUL, garanta o desenvolvimento

dos recursos necessários ao seu funcionamento.

Inovação, Projetos, Análise e Reporting (IPAR)Missão: Apoiar os diversos centros de responsabilidade da empresa ao nível de Estudos,

Monitorização e Inovação, na medida das competências da Direção e das solicitações internas

(Administração e unidades operacionais) e externas.

Sistemas de Informação (SI)Missão: Conceber, implementar e manter os sistemas de informação e de comunicações da

VALORSUL por forma a assegurar o seu normal funcionamento e evolução.

Qualidade, Ambiente e Segurança (QAS)Missão: Conceber, implementar e manter o Sistema de Gestão Integrada para assegurar

a melhoria do seu desempenho e a obtenção/manutenção das respetivas certificações e

assegurar a gestão das instalações, equipamentos e sistemas de gestão de suporte à atividade

principal da empresa, de forma a assegurar o seu normal funcionamento.

Comunicação e Sensibilização (CS)Missão: Assegurar a comunicação e imagem externa e interna da empresa, no cumprimento

de orientações da Administração e de acordo com os objetivos definidos.

Estrutura Organizacional 17

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Envolvente04

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2016

3,1

1,6

1,6

0,5

1,7

1,7

1,3

0,8

3,1

1,8

4,2

EnvolventeEnquadramento macroeconómico

O ritmo de crescimento da economia mundial desacelerou ligeiramente em

2016. A economia mundial cresceu 3,1%, o que resultou de um crescimento de cerca de

1,6% das economias avançadas e de 4,2% das economias de mercado emergentes e em

desenvolvimento (Quadro 5). Este crescimento, em termos mundiais, representa uma ligeira

desaceleração face a 2015 e reflete dinâmicas em sentido contrário entre as economias

avançadas, que cresceram menos que no ano anterior, e as economias de mercado emergentes

e em desenvolvimento, que cresceram mais, nomeadamente a Rússia e o Brasil impulsionados

pela recuperação do preço do petróleo. A deterioração das perspetivas das economias

avançadas resultam do aumento das incertezas políticas e económicas na sequência do Brexit,

das eleições presidenciais americanas e da instabilidade dos mercados financeiros.

2011

4.2

1,7

1,6

-0,5

1,6

3,7

2,1

0,6

-0.6

1,6

6,3

2013

3,3

1,1

1,5

1,6

-0,3

0,4

0,7

-1,7

-1,2

1,7

5,0

2015

3,2

2,1

2,6

0,5

2,0

1,5

1,3

0,8

3,2

2,2

4,0

2012

3,4

1,2

2,2

1,7

-0,8

0,6

0,2

-2,8

-2,1

0,7

5,2

2014

3,4

1,8

2,4

-0,1

0,9

1,6

0,2

-0,4

1,4

3,0

4,6

Economia mundial

Economias avançadas

EUA

Japão

Área do Euro

Alemanha

França

Itália

Espanha

Reino Unido

Economias de mercado emergente e em desenvolvimento

Quadro 5 – Crescimento económico mundial (taxa de variação real do PIB, em percentagem)

Fonte: FMI (World Economic Outlook, outubro de 2016)Nota: Detalhes sobre os grupos de países e a forma de agregação podem ser obtidos em www.imf.org .

Crescimentoeconómico

mundialem %

Envolvente 19

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2016

2,9

0,8

1,2

-0,2

0,3

0,4

0,3

-0,1

-0,3

0,7

4,7

Na área do Euro, após a recuperação da atividade económica em 2015, registou-

se uma redução do crescimento para 1,7%. Esta evolução continuou a ser revestida de

uma elevada heterogeneidade entre países. Em França e em Itália verificou-se um crescimento

do PIB de 1,3% e 0,8% valores em linha com o ano anterior; na Alemanha a atividade

económica cresceu 1,7%, acelerando ligeiramente face ao período homólogo; e, em Espanha,

o crescimento do PIB foi semelhante ao ano transato, tendo aumentado 3,1%, um valor muito

superior à média da área do euro.

Em paralelo com a ligeira desaceleração do crescimento económico mundial, verificou-se um

ligeiro aumento da taxa de inflação na economia mundial, resultante das políticas

de estímulo dos Bancos Centrais das economias avançadas. No que se refere às

economias de mercado emergentes e em desenvolvimento, verificou-se a estabilização da

taxa de inflação. Na área do Euro, em termos médios anuais, a taxa de inflação situou-se

em 0,3% em 2016. Os preços das matérias primas não energéticas atenuaram a descida ao

longo de 2016, sobretudo devido aos preços dos produtos alimentares e dos metais. O preço

do petróleo Brent registou nos primeiros 9 meses do ano uma forte quebra, para uma média de

43 USD/bbl face aos 54 USD/bbl, tendência essa que se inverteu no último trimestre do ano.

2011

5,2

2,7

3,1

0,3

2,7

2,5

2,3

2,9

3,2

4,5

7,3

2013

3,9

1,4

1,5

0,4

1,3

1,6

1,0

1,3

1,4

2,6

5,8

2015

2,8

0.3

0,1

0,8

0,0

0,1

0,1

0,1

-0,5

0,1

4,7

2012

4,2

2,0

2,1

0,0

2,5

2,1

2,2

3,3

2,4

2,8

6,0

2014

3,5

1,4

1,6

2,7

0,4

0,8

0,6

0,2

-0,2

1,5

5,1

Economia mundial

Economias avançadas

EUA

Japão

Área do Euro

Alemanha

França

Itália

Espanha

Reino Unido

Economias de mercado emergente e em desenvolvimento

Quadro 6 – Taxa de inflação (Valores em %)(taxa de variação do índice de preços no consumidor, valores médios)

Fonte: FMI (World Economic Outlook, outubro de 2016).Nota: Detalhes sobre os grupos de países e a forma de agregação podem ser obtidos em www.imf.org .

Taxa de inflação

Envolvente 20

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2013

-7,9

7,4

4,0

12,0

5,2

10,3

12,2

26,1

7,6

-

2012

8,0

8,1

4,3

11,4

5,4

9,7

10,6

24,8

8,0

-

2016

6,8

4,9

3,2

10,0

4,3

9,8

11,5

19,4

5,0

A taxa de desemprego diminuiu na generalidade das economias mundiais,

mantendo-se, contudo em níveis muito elevados na área do Euro. A taxa de

desemprego na área Euro reflete, em grande medida, a situação do mercado de trabalho em

Espanha onde a taxa de desemprego apesar de ter diminuído se mantém em níveis muito

elevados (19,4%).

Neste enquadramento e após a recuperação do ano anterior, a economia

portuguesa deverá crescer cerca de 1,2% em 2016. O crescimento observado deverá

resultar do contributo positivo do consumo privado, atenuado pelo contributo negativo do

Investimento. O consumo público deverá contribuir positivamente, em linha com o observado

em 2015. Por seu turno, as exportações líquidas poderão registar um ligeiro contributo

negativo (Quadro 8).

2011

8,0

8,9

4,6

10,2

5,9

9,1

8,4

21,4

8,1

-

2015

-6,8

5,3

3,4

10,9

4,6

10,4

11,9

22,1

5,4

2014

-7,3

6,2

3,6

11,6

5,0

10,3

12,7

24,5

6,2

Economia avançada

EUA

Japão

Área do Euro

Alemanha

França

Itália

Espanha

Reino Unido

Quadro 7 – Taxa de desemprego (em percentagem da população ativa)

Fonte: FMI (World Economic Outlook, outubro de 2016)Nota: Detalhes sobre os grupos de países e a forma de agregação podem ser obtidos em www.imf.org .

Taxa de desemprego

em %da população

ativa

Envolvente 21

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13,9

-0,3

0,8

1,9

0,9

2,2

-0,5

2,5

3,9

7,2

-

2,2

-1,2

INE

2014

Em relação à evolução dos preços na atividade económica, o deflator do PIB

deverá aumentar para valores na ordem dos 2%, em linha com o observado no

ano anterior, já o IHPC (Índice Harmonizado de Preços no Consumidor) foi, em 2016,

de 0,9%, ligeiramente acima da previsão de 0,8%. A previsão para a taxa de variação

anual do deflator do PIB situou-se em 1,3%, de acordo com o Ministério das Finanças. Para esta

evolução deverá continuar a contribuir o preço do petróleo, e, em menor dimensão, a subida dos

preços dos bens de investimento. O IHPC português, de acordo com informação de janeiro de

2016 do INE, registou uma taxa de variação média de 0,9% em 2016.

Ao nível do mercado de trabalho, registou-se uma diminuição da taxa de desemprego ao

longo de 2016 mantendo-se ainda uma ligeira diminuição da população ativa. Salienta-se

uma desaceleração do crescimento da população empregada em 2016 face a 2015, de 1,1%

para 0,5%.

No que se refere às contas externas em termos nominais, em 2016 a capacidade de

financiamento da economia portuguesa ascendeu a 1,7% do PIB, bastante acima

face aos anos anteriores.

Envolvente

Enquadramento macroeconómico

e previsões governamentais

PIB real

Consumo Privado

Consumo Público

Investimento (FBCF)

Exportações

Importações

Contributos para o crescimento do PIB (em p.p.)

Procura Interna

Exportações Líquidas

Taxa de desmprego

Inflação (IHPC / IPC)

Deflator do PIB

PIB nominal

Quadro 8 – Enquadramento macroeconómico e previsões governamentais (Valores em %)

Fonte: INE, Ministério das Finanças, FMI e Banco de Portugal.

12,4

0,5

2,1

1,9

1,6

2,6

0,8

4,5

6,1

8,2

-

2,6

-1,0

INE

2015

Documento

11,2

0,9

2,0

1,9

1,2

2,0

0,6

-0,7

3,1

3,1

1,3

-0,1

2016

OE 2017

PIB (ótica da despesa)

Desempregos e preços

22

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1,0

-0,3

0,2

1,3

INE

2014

Quadro 9 – Balança de pagamentos (em percentagem do PIB)

Fonte: INE e Ministério das Finanças. | Nota: Os dados referem-se à conta do setor institucional Resto do Mundo, publicada pelo INE, sendo que os dados do INE são de acordo com a nova metodologia SEC2010 e BPM6 enquanto as previsões do M. Finanças utilizam a anterior metodologia.

Balança corrente e de capital

Balança corrente

Bens e serviços

Balança de capital

0,9

-0,3

0,7

1,2

INE

2015

1,7

0,5

1,5

1,2

INE

2016

Documento

Financiamento da economia (em % do PIB)

Enquadramento do setor

Regulamento Tarifário de Resíduos UrbanosDurante 2016, e conforme melhor descrito no capítulo de regulação, dá-se nota da publicação

pela ERSAR de um Documento Complementar ao Regulamento Tarifário de Resíduos, em

agosto de 2016 com o objetivo de clarificar conceitos relacionados com a transição do

Modelo Regulatório e também com o Modelo de reporte aplicável pelas entidades gestoras

de sistemas de titularidade estatal das Contas Previsionais (Regulamento n.º 817/2016,

publicado em Diário da República de 18 de agosto). Foi também alterado o calendário desse

reporte (Regulamento n.º 816/2016 publicado em Diário da República de 18 de agosto).

PERSU 2020 - Plano estratégico para o setor dos resíduosO PERSU 2020 - o Plano Estratégico dos Resíduos Sólidos Urbanos, foi aprovado, pela Portaria

n.º 187-A/2014, publicada em DR (I Série) n.º 179, de 17 de setembro de 2014, e encerra a

visão estratégica para o setor no horizonte 2014-2020.

Balança de pagamentos

em %

Envolvente

Em 2016 assistiu-se à concretização de algumas das medidas traçadas em anos anteriores para o setor dos

resíduos. Destacam-se:

23

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Envolvente

Este Plano prossegue como objetivo garantir um alto nível de proteção ambiental e da saúde

humana, através do uso de processos, tecnologias e infraestruturas adequadas no setor dos

resíduos. Promove ainda a minimização da produção e da perigosidade dos resíduos e procura

integrá-los nos processos produtivos como materiais secundários por forma a reduzir os

impactes da extração de recursos naturais.

Estabelece ainda um modelo que, pela primeira vez, permite definir individualmente e para

cada sistema de gestão de RU, as seguintes metas:

a) Metas de retomas de recolha seletiva;

b) Metas de desvio de RUB de aterro;

c) Metas de preparação para reutilização e reciclagem.

Na sequência da publicação do PERSU 2020, e tal como previsto neste documento enquadrador,

a Valorsul elaborou e apresentou à APA, em abril de 2015 o seu plano de ação do PERSU 2020

(PAPERSU), o qual contemplou os investimentos e medidas que pretende implementar com

vista à garantia do cumprimento das metas e objetivos que lhe ficaram adstritos. A aprovação

do PAPERSU por parte da APA foi obtida em junho de 2015.

Nesta sequência, e não obstante o curto espaço de tempo decorrido, foi elaborado pela

Valorsul, por solicitação da APA em abril de 2016, o relatório de monitorização sobre o estado

de cumprimento dos PAPERSU relativo ao ano de 2015 (denominado RAPAPERSU – Relatório

de Acompanhamento do PAPERSU).

No final de 2016, a APA efetuou o primeiro exercício de cálculo das metas definidas no PERSU

2020, com base nas quantidades declaradas pela Valorsul no Mapa de Registo de Resíduos

Urbanos (MRRU) para o ano de 2015. Tratou-se de uma primeira verificação uma vez que

apenas existem metas intercalares definidas por Sistema de Gestão de Resíduos (SGRU) por

intermédio do Despacho n.º 3350/2015, de 1 de abril, para os anos de 2016 a 2020.

24

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Portugal 2020 / POSEURO POSEUR é o instrumento nacional, inserido nas Estratégias “Europa 2020” e “Portugal

2020” para o campo da sustentabilidade e uso eficiente de recursos, agregador de 2,2 mil

milhões de euros de financiamento comunitário. A sua intervenção abrange a totalidade do

território nacional.

O POSEUR integra 3 eixos de atuação sendo o Eixo III – “Proteger o Ambiente e Promover a

Eficiência na utilização dos recursos”, aquele em que se integram as estratégias para o setor

dos resíduos e nomeadamente as candidaturas de projetos que visem a concretização das

metas nacionais e comunitárias inseridas no PERSU 2020, Plano estratégico dos Resíduos

Urbanos para o período 2014-2020. Para a globalidade do setor, e durante o período referido,

estão previstos apoios comunitários, na ordem dos 306 M€.

As empresas do Grupo EGF apresentaram no início de 2016, candidaturas de projetos que

visam o cumprimento das metas definidas no PERSU 2020, após pedido de Parecer Prévio

à APA, tendo submetido essas candidaturas ao abrigo do Aviso POSEUR-11-2015-18. No

decurso de 2016, foram solicitados pedidos de esclarecimento pela gestão do POSEUR, os

quais foram respondidos no devido tempo.

Até ao final de 2016, nenhuma das candidaturas submetidas pela Valorsul foi alvo de

aprovação. Considerando que os investimentos previstos são os alicerces de base para as

ações previstas no PAPERSU da Valorsul com vista ao cumprimento das metas impostas

pelo PERSU 2020, prevêem-se constrangimentos no cumprimento das mesmas nos prazos

inicialmente considerados.

Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens (SIGRE)Ao longo do ano de 2016, verificaram-se dificuldades na remuneração e consequente retoma

de resíduos de embalagem com origem na recolha indiferenciada, em virtude da posição

assumida pela Sociedade Ponto Verde no início do ano relativamente ao pagamento dos

Valores de Informação (VI) consagrados no Despacho n.º 8376-C/2015, de 30 de julho.

Refira-se que, até ao final de 2015, os recicláveis de resíduos de embalagem produzidos com origem

na recolha indiferenciada nas unidades de Tratamento Mecânico (TM) e Tratamento Mecânico e

Biológico (TMB), eram escoados pelos SGRU negociando diretamente com os retomadores. Os preços

de venda desses recicláveis eram definidos, caso a caso, em função do mercado e da qualidade dos

materiais em questão. Posteriormente, e com base nas evidências de colocação dos recicláveis no

mercado (faturas), os SGRU faturavam à Sociedade Ponto Verde o respetivo VI.

Por carta de 26 de fevereiro de 2016, a SPV comunicou que iria deixar de pagar o VI para os

recicláveis de resíduos de embalagem oriundos de recolha indiferenciada, disponibilizando-se

apenas a pagar os valores relativos aos meses de janeiro e fevereiro para todos os materiais,

exceto para os plásticos mistos, para os quais esta suspensão de pagamento se aplicou a todo

o ano de 2016.

Envolvente 25

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Envolvente

Saliente-se que esta decisão foi tomada de forma unilateral e apesar do pagamento do VI

estar consagrado legalmente no Despacho atrás referido. Refira-se que a SPV, tem mantido

a sua total indisponibilidade para discutir o ano de 2016, o que motivou a que a EGF, em

representação das suas participadas, tenha enviado uma carta no dia 4 de novembro, instando

a SPV ao pagamento dos valores em dívida. Esta situação levou a que a Central de Valorização

Orgânica da VALORLIS tenha deixado de separar os materiais com preço de mercado negativo

(plásticos mistos e alguns tipos de filme plástico) a partir do 1º trimestre de 2016, uma vez que

o recebimento do VI representava a sustentabilidade financeira da sua triagem, com efeitos

nos proveitos associados no âmbito da partilha desta infraestrutura com a Valorsul.

Novas Licenças do SIGREEm 2016, alargou-se o número de Entidades Gestoras do Sistema Integrado de Gestão de

Resíduos de Embalagens (SIGRE), tendo, em novembro de 2016, sido concedidas as respetivas

licenças, às empresas Novo Verde e Sociedade Ponto Verde. Estas licenças, a vigorar a partir de

1 de janeiro de 2017, abrangem os resíduos de embalagem de origem urbana, quer da recolha

seletiva quer da recolha indiferenciada, estando as entidades gestoras obrigadas a retomar

todos materiais de embalagem que cumpram as especificações técnicas.

Foi igualmente aprovado em novembro de 2016, o diploma que determina o valor de

contrapartida (VC) financeira a pagar pelas Entidades Gestoras, a partir de 1 de janeiro de

2017, que se destina a suportar os acréscimos de custos com a Recolha Seletiva e Triagem

de resíduos de embalagens, bem como a triagem dos resíduos de embalagens nas Estações

de Tratamento Mecânico e de Tratamento Mecânico e Biológico, a Valorização Orgânica de

resíduos de embalagens e o tratamento das escórias metálicas resultantes da incineração dos

resíduos urbanos e demais frações consideradas reciclagem.

26

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Refira-se que este diploma define um VC para “plásticos”, sem contudo definir claramente se

o VC é aplicável aos plásticos mistos, o que reforça a incerteza de produção destes materiais

em particular no fluxo da recolha indiferenciada e no seguimento da posição já assumida pela

SPV durante o ano de 2016.

Ainda em novembro de 2016, foi criado um Grupo de Trabalho, que teve por missão a

identificação e proposta de medidas conducentes à operacionalização do SIGRE. As propostas,

a vigorar a partir de 2017, referem-se nomeadamente às especificações técnicas dos materiais

da recolha seletiva e indiferenciada, ao procedimento de retoma e ao mecanismo de alocação e

compensação entre entidades gestoras, tal como previsto nas licenças.

Até final de 2016 não foi conhecida a conclusão do relatório que o Grupo de Trabalho deveria

apresentar à tutela, nem publicados quaisquer dos documentos fundamentais que permitem

a operacionalização do SIGRE. Tendo em conta a sua relevância, destaque-se a inexistência

de especificações técnicas para os resíduos de embalagens provenientes da recolha

indiferenciada, uma vez que na prática a sua inexistência impede o escoamento destes

materiais no âmbito das novas licenças em vigor em 2017.

Saliente-se ainda a indisponibilidade mostrada por este Grupo de Trabalho para discutir com

as partes interessadas, na reunião realizada na APA a 22 de dezembro de 2016, qualquer

proposta de especificação técnica para plásticos mistos, impossibilitando a sua produção no

âmbito das novas licenças a partir de janeiro de 2017.

Envolvente 27

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Envolvente

Legislação do setor publicada em 2016Durante 2016 foram emitidos e publicados diversos diplomas legais que regulam áreas

especificas do setor dos resíduos, cujos mais importantes apresentamos abaixo:

> Portaria n.º 306/2016, de 7 de dezembro - Fixa a estrutura, composição e funcionamento

da Comissão de Acompanhamento da Gestão de Resíduos, designada por CAGER.

> Despacho n.º 14415/2016, de 29 de novembro - Determina a criação de um grupo de

trabalho com a missão de identificar e propor as medidas conducentes à operacionalização do

Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens (SIGRE).

> Despacho n.º 14202-E/2016, de 25 de novembro - Concede à Sociedade Ponto Verde

- Sociedade Gestora de Resíduos de Embalagens, S. A., a licença para a gestão de um sistema

integrado de resíduos de embalagens.

> Despacho n.º 14202-D/2016, de 25 de novembro - Concede à Novo Verde - Sociedade

Gestora de Resíduos de Embalagens, S. A., a licença para a gestão de um sistema integrado de

resíduos de embalagens.

> Despacho n.º 14202-C/2016, de 25 de novembro - Determina o valor de contrapartidas

financeiras devido pelas entidades gestoras e que se destina a suportar os acréscimos de custos

com a Recolha Seletiva e Triagem de resíduos de embalagens, bem como a triagem dos resíduos

de embalagens nas Estações de Tratamento Mecânico e de Tratamento Mecânico e Biológico,

a Valorização Orgânica de resíduos de embalagens e o tratamento das escórias metálicas

resultantes da incineração dos resíduos urbanos e demais frações consideradas reciclagem.

> Decreto-Lei 71/2016, de 4 de novembro - Procede à sétima alteração ao Decreto-Lei n.º

366-A/97, de 20 de dezembro, que estabelece os princípios e as normas aplicáveis ao sistema

de gestão de embalagens e resíduos de embalagens, à décima alteração ao Decreto-Lei n.º

178/2006, de 5 de setembro, que aprova o regime geral da gestão de resíduos, transpondo

a Diretiva 2015/1127, da Comissão, de 10 de julho de 2015, e à primeira alteração ao

Decreto-Lei n.º 67/2014, de 7 de maio, que aprova o regime jurídico da gestão de resíduos de

equipamentos elétricos e eletrónicos.

28

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No ano de 2014 e 2015 verificaram-se alterações significativas em matéria regulatória neste

setor, e em especial para os sistemas multimunicipais de titularidade estatal, as empresas do

Grupo EGF, onde a forma de organização destas empresas e o modelo de interação com a

Entidade Reguladora sofreram modificações estruturais.

Em 6 de março, foi publicada a Lei n.º 10/2014, que aprovou os novos Estatutos da Entidade

Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR). Esta publicação vem no decurso da

Lei n.º 67/2013, de 28 de agosto, que aprovou a lei-quadro das entidades administrativas

independentes com funções de regulação da atividade económica dos setores privados,

público e cooperativo. De acordo com os novos estatutos, a ERSAR viu aumentada a sua

independência de atuação (artigo 2º), expandido o universo de entidades sujeitas a regulação

(artigo 4.º) e reforçados os seus poderes e atribuições sobre as entidades reguladas (artigos

5º, 7º, 9º, 10º e 11º).

Também durante o ano de 2014, o RTR- Regulamento Tarifário do Serviço de Gestão de

Resíduos Urbanos (RTR) foi aprovado pela deliberação 928/2014 do Conselho Diretivo da

ERSAR de 17 de fevereiro de 2014, homologado pelo Ministro do Ambiente, Ordenamento do

Território e Energia em 28 de fevereiro de 2014, e publicado no Diário da República nº 74 de

15 de abril. Posteriormente, a ERSAR aprovou pela deliberação 1152/2015 de 8 de junho o

aditamento do artigo 95º-A por forma a compatibilizar o calendário regulatório com o processo

de reprivatização da EGF e consequentemente com a aplicação do DL 96/2014 de 25 de

junho (Novas Bases das Concessões de RU-Resíduos Urbanos para empresas de Capitais

maioritariamente privados). Este regulamento acarreta uma alteração do modelo regulatório

em vigor, passando de um modelo de custo de serviço (cost plus) para um modelo de proveitos

permitidos (revenue cap), que remunera uma base de ativos ao custo de capital eficiente e

permite a recuperação dos gastos operacionais num cenário de eficiência produtiva.

A gestão do risco regulatório, pelo impacto que a atuação deste passa a poder ter na esfera

patrimonial das empresas reguladas, torna-se uma matéria ainda mais fulcral para estas e para

os seus acionistas.

Envolvente

Regulação

A atividade de gestão de resíduos urbanos, desenvolvida pelas empresas concessionárias do Grupo EGF é

um serviço de interesse económico geral, indispensável ao bem-estar das populações, ao desenvolvimento

da atividade económica e à proteção do meio ambiente.

29

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Envolvente

Regulação económicaCom a publicação do RTR, as empresas de Tratamento e Valorização de Resíduos do Grupo,

passaram a reger-se pelos Novos Contratos de Concessão, os quais se baseiam nas Novas

Bases das Concessões de RU e também no que respeita à definição, ao cálculo e à revisão das

tarifas no RTR. Neste novo regime, as tarifas são definidas pela ERSAR, e, como já referido,

o seu cálculo baseia-se num modelo “revenue cap”, apuramento de um volume de “Proveitos

Permitidos”, em cada período regulatório de 3 a 5 anos”. O presente período regulatório é de

três anos e abrange os anos de 2016, 2017 e 2018.

As disposições aplicáveis aos sistemas de titularidade estatal, caso da Valorsul, estão previstas

no capítulo II do RTR, nomeadamente o modelo de determinação das tarifas das atividades

reguladas, sendo de realçar:

1. A determinação dos Proveitos Permitidos, que, nos termos daquele diploma se faz

de acordo com a seguinte expressão:

Proveitos Permitidos = Custo de Capital + Custo de exploração + Incentivos + Ajustamentos – Benefícios das atividades complementares – Receitas adicionais – Ganhos Financeiros Derivados de Juros Bonificados

2. O cálculo do Custo de Capital, que é efetuado em conformidade com a fórmula baixo:

Custo de Capital = Base de Ativos Regulados x Taxa Máxima de Remuneração dos Ativos + Amortizações do Exercício

3. A Base de Ativos Regulados é constituída pelos ativos afetos à exploração das

atividades principais e respetivas atividades complementares. O RTR dispõe no n.º 3 do seu

artigo 29º que os ativos que constituem a BAR são valorizados ao custo histórico contabilístico

líquido de amortizações calculadas nos termos do artigo 33.º daquele mesmo diploma e de

subsídios ao investimento.

4. Quanto ao cálculo da Tarifa, ele está referenciado no artigo 49º do RTR e é dado pela

seguinte expressão:

Tarifa de RU = Proveitos Permitidos Totais / Quantidades de RU indiferenciado a receber

Salienta-se, ainda, o artigo 11º do Decreto-lei n.º 96/2014, de 25 de junho, que prevê um

regime regulatório transitório. Neste âmbito, é previsto o apuramento e utilização de um

saldo correspondente ao acréscimo de custos referentes a amortizações acumuladas de

investimento contratual por realizar, deduzido do montante de imposto diferido que lhe está

associado e do valor contabilístico líquido de amortizações e subsídios do conjunto de bens e

ativos que não venham a integrar a base de ativos da concessionária relevante para efeitos de

apuramento dos proveitos permitidos (passivo regulatório). Nos termos dos n.os 4 e 5 daquele

30

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Envolvente 31

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artigo, aquele saldo deve ser utilizado, na medida do necessário, para evitar variações anuais

da tarifa que excedam os 2%.

Em 2015, e ao abrigo do calendário estabelecido no artigo 95º-A do RTR, foram publicados pela

ERSAR, em 16 de novembro e na sequência da realização de audiência prévia de interessados,

os parâmetros regulatórios genéricos para determinação dos proveitos permitidos no âmbito

do RTR para o serviço de gestão de resíduos urbanos para o período regulatório 2016-2018,

e dirigidos às entidades gestoras concessionárias de sistemas multimunicipais com capitais

maioritariamente privados, isto é, as empresas do Grupo EGF. Estes parâmetros incluem a taxa

de remuneração dos ativos e respetivas componentes (taxa de juro sem risco, estrutura de

financiamento regulatória, beta dos capitais próprios, prémio de risco de mercado, taxa de

remuneração dos capitais alheios e taxa de imposto) e as taxas de variação do IHPC.

Nos termos do artigo 11.º do Decreto-Lei n.º 96/2014, de 25 de junho, o primeiro período

regulatório aplicável às concessões de sistemas multimunicipais de gestão de resíduos

atribuídas a entidades de capitais maioritariamente privados iniciava-se a 1 de janeiro de 2016

(no primeiro dia do segundo ano civil subsequente àquele em que ocorra a publicação deste

diploma).

A demora verificada na conclusão do processo de privatização da Empresa Geral de Fomento

e, bem assim, do próprio processo regulatório inviabilizou o cumprimento do calendário de

definição dos proveitos permitidos, previsto nos artigos 28.º, 43.º e 86.º do Regulamento

Tarifário, o qual pressupunha que este procedimento decorresse de 1 de janeiro a 30 de

setembro de 2015. Por este motivo, foi aditado um artigo 95.º-A ao Regulamento Tarifário,

aprovado pela deliberação n.º 1152/2015 do Conselho de Administração da ERSAR de 8 de

junho de 2015 e publicado na 2.ª série do Diário da República, de 19 de junho, e posteriormente

alterado pelo Regulamento n.º 816/2016, de 18 de agosto, publicado na 2.ª série do Diário

da República, artigo aquele que veio modificar o calendário das fases do procedimento de

definição dos proveitos permitidos e definir um calendário para a realização dos acertos de

faturação a que houvesse lugar face à definição tardia da tarifa para 2016.

Adicionalmente, em 18 de agosto de 2016, foi publicado, 2.ª série do Diário da República, o

Regulamento n.º 816/2016, um documento complementar com o modelo de contas reguladas,

com o objetivo, de acordo com a ERSAR, de “clarificar e detalhar as regras aplicáveis a situações

específicas, que não estavam suficientemente explicitadas no texto do Regulamento Tarifário,

mas que resultam de uma leitura integrada do mesmo, bem como operacionalizar o modelo

de contas reguladas a que se refere o Regulamento Tarifário, definindo um conjunto de

quadros com o formato e detalhe necessário à intervenção do regulador, de forma a obter

as informações previsionais das entidades gestoras, e que devem ser reportadas por estas à

ERSAR nos prazos estipulados”.

Finalmente, a 28 de dezembro de 2016, e após audiência prévia da Valorsul e do Conselho

Consultivo desta empresa, a ERSAR publicou a “decisão sobre os proveitos permitidos e tarifas

reguladas para o período regulatório de 2016-2018”. No âmbito desta decisão, foi também

aprovado o Plano de Investimentos da Valorsul e os parâmetros específicos (fator de eficiência,

Envolvente 32

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indutores de custos e incentivos) que a ela se aplicam no mesmo período.

Por último, a 4 de janeiro de 2017, a ERSAR colocou em consulta pública no seu site, um

segundo documento complementar com o modelo de reporte das contas reguladas reais,

com o objetivo, de acordo com a ERSAR, de “obtenção de informação, para determinação

dos proveitos permitidos dos anos intermédios e último ano do período regulatório e

ainda para a reconciliação das contas reguladas com as contas estatutárias”. Este documento,

encontrou-se em consulta pública até ao dia 15 de fevereiro, sendo previsível que a decisão

final e respetiva publicação do documento só venha a ocorrer em data posterior à aprovação

das contas de 2016 da Valorsul, razão pela qual não foram considerados nas Contas de 2016

eventuais ajustamentos de regulação subjacentes a este documento complementar.

Regulação da qualidade do serviçoNos termos dos seus estatutos compete à Entidade Reguladora assegurar a regulação

da qualidade de serviço prestado aos utilizadores pelas entidades gestoras, avaliando o

desempenho dessas entidades. Deste modo, a qualidade de serviço de gestão de resíduos

urbanos prestado pelas entidades gestoras é avaliada anualmente, e atualmente, através da

aplicação da 2.ª geração do sistema de avaliação com recurso a indicadores de desempenho

de qualidade do serviço. Os resultados deste sistema de avaliação são parte integrante do

Relatório Anual dos Serviços de Águas e Resíduos em Portugal (RASARP).

Em janeiro de 2017 foi publicado e divulgado o Relatório Anual dos Serviços de Águas e

Resíduos em Portugal (RASARP 2016), que contém os resultados do sistema de avaliação da

qualidade de serviço prestado pelas entidades gestoras para o ano de 2015, referenciados a

31 de dezembro.

Regulação ambientalAs entidades gestoras dos serviços resíduos urbanos do grupo EGF estão também sujeitas à

intervenção da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), o regulador ambiental.

A APA desenvolve ainda atribuições no âmbito dos resíduos enquanto Autoridade Nacional de

Resíduos, cabendo-lhe entre outras:

> o controlo operacional da informação das operações de gestão de resíduos,

> o planeamento e gestão de resíduos de todas as tipologias de resíduos e as diversas

origens,

> assegurar o tratamento de informação no âmbito do SIRER e SILOGR,

> garantir a validação da informação necessária à aplicação do regime económico e

financeiro da gestão de resíduos e diligenciar no sentido da implementação do regulamento

relativo à aplicação da Taxa de Gestão de Resíduos (TGR),

> definir, implementar e acompanhar as políticas e estratégias nacionais para a gestão de

resíduos setoriais,

Envolvente 33

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> assegurar a elaboração dos planos e dos programas de gestão de resíduos, acompanhar

a sua execução e proceder à respetiva monitorização,

> aprovar os modelos técnicos de gestão de resíduos,

> assegurar uma abordagem integrada de licenciamento das operações de gestão de

resíduos, coordenar e harmonizar os critérios a adotar para o licenciamento pelas Autoridades

Regionais de Resíduos e acompanhar as auditorias técnico-ambientais ou económico-

financeiras à atividade exercida por operadores de gestão de resíduos bem como proceder à

análise técnica de processos de candidatura a fundos comunitários relativos a infraestruturas

para operações de gestão de resíduos urbanos.

No âmbito do modelo de regulação económica previsto no regulamento tarifário do serviço

de gestão de resíduos (RTR), a APA será chamada a dar parecer sobre o alinhamento dos

investimentos propostos pelas entidades gestoras que integrarão a base de ativos a remunerar

com as políticas nacionais em matéria de resíduos urbanos.

Envolvente 34

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Governosocietário05

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Governo societário

Mesa da assembleia geralPresidente: Paulo Olavo Cunha

Vice-Presidente: Inês Teixeira Pereira

Secretária: Teresa Mariana Ferraz Viveiros

Conselho de administraçãoPresidente: António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota (1)

Presidente da Comissão Executiva: Maria Gabriela Certã Ventura

Vogal Executivo: João Eduardo Fernandes Figueiredo (2)

Vogal Executivo: Miguel Santiago Aranda da Silva (3)

Vogal Executiva: Maria Madalena Monteiro Garcia Presumido

Vogal Executivo: Fernando José da Costa

Vogal: Carlos António Vasconcelos Mota dos Santos

Vogal: Ismael Antunes Hernandez Gaspar (4)

Vogal: Luis Fernando Adrada Guajardo

Vogal: Tomás Joaquim de Oliveira Serra

Vogal: Hugo Xambre Pereira (5)

Vogal: Nuno Miguel Guarda da Rocha (6)

Vogal: José António da Silva de Oliveira

Vogal: André Filipe dos Santos Matos Rijo

Vogal: Luís Miguel Duarte Pereira Vaz Galante (7)

Nos termos do artigo 11º do contrato da sociedade, os Órgãos Sociais da sociedade, são a Assembleia-Geral,

o Conselho de Administração, o Conselho Fiscal e o Revisor Oficial de Contas.

Os Órgãos Sociais para o mandato 2015/2017 foram eleitos na Assembleia-Geral de Acionistas, realizada

no dia 3 de setembro de 2015, com exceção da Assembleia Geral, que já havia sido eleita no dia 2 de março

de 2015, para o mesmo período do mandato. A atual composição é a seguinte:

Governo Societário 36

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Governo Societário

(1) Designado entre os membros eleitos em 07-04-2016 e ratificado na AG de 12-07-2016.(2) Por cooptação em 07-04-2016, ratificada em 12-07-2016. Substituiu Gonçalo Nuno Gomes de Andrade Moura Martins.(3) Por cooptação em 07-04-2016, ratificada em 12-07-2016. Substituiu Fernando Valledor de Lozoya.(4) Por cooptação em 07-04-2016, ratificada em 12-07-2016. Substituiu Jorge Agostinho Fernandes Rodrigues.(5) Nomeado na Assembleia-Geral Ordinária de 21-03-2016 face à renúncia de Ângelo Horácio de Carvalho Mesquita.(6) Nomeado na Assembleia-Geral Ordinária de 21-03-2016 face à renúncia de Rui Manuel Gonçalves Lourenço.(7) Nomeado na Assembleia-Geral Extraordinária de 12-07-2016, face à renúncia de João Pedro Cortez de Moraes Rodrigues.

Conselho fiscalPresidente: Carlos Afonso Dias Leite Freitas dos Santos

Vogal: António José Sequeira Félix

Vogal: Armando Nuno Teixeira da Silva

Suplente: José Alberto Quintino

ROCEfetivo: Deloitte & Associados, SROC, S.A.

Suplente: António José Araújo Beja Neves

Comissão de vencimentosPresidente: Pablo Barreiro Blanco

Vogal: a designar, face à renúncia apresentada por Maria José de Andrade Lages

Vogal: António Manuel Pombinho Costa Guilherme

Curriculum vitae dos administradores

António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota

Nasceu em Amarante a 11 de maio de 1954

Habilitações Académicas

Licenciado em Engenharia Civil (Vias de Comunicações), pela Faculdade do Porto

Carreira Profissional

1977 • 1979

Estagiário (Obra de Regularização do Baixo Mondego “Leito Central”) - Mota & Companhia, Lda.

1979 • 1981

Atividade em diversas Direções (Setores Técnico, de Orçamentação, de Produção, Administrativo

e Comercial) - Mota & Companhia, Lda.

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1981 • 1987

Diretor Geral de Produção - Mota & Companhia, Lda.

1987 • 1995

Vice-Presidente do Conselho de Administração - Mota & Companhia, S.A.

1995 • 2003

Presidente do Conselho de Administração - Mota & Companhia, S.A.

2000 • 2003

Presidente do Conselho de Administração - Engil - Sociedade de Construção Civil, S.A.

2000 • 2003

Presidente do Conselho de Administração - Mota-Engil Internacional, S.A.

2003 • 2006

Presidente do Conselho de Administração - Mota-Engil, Engenharia e Construção, S.A.

Funções Atuais

Desde 2000

Presidente do Conselho de Administração Mota-Engil, SGPS, S.A.

Presidente do Conselho de Administração das seguintes sociedades:

- FM – Sociedade de Controlo, SGPS, SA

- Mota Gestão e Participações, Sociedade Gestora de Participações Sociais, SA

- Sunviauto – Indústria de Componentes de Automóveis, SA

- Valorsul, S.A.

Gerente da Sociedade Agrícola Moura Basto, Lda.

Presidente da Mesa da Assembleia Geral das seguintes sociedades:

- Mota-Engil, Engenharia e Construção, S.A.

- Mota-Engil, Ambiente e Serviços, SGPS, SA

- Tratofoz – Sociedade de Tratamento de Resíduos, SA

Membro da Comissão de Vencimentos das seguintes sociedades:

- António de Lago Cerqueira, S.A.

- ÁreaGolfe – Gestão, Construção e Manutenção de Campos de Golfe, S.A.

- Aurimove, Sociedade Imobiliária, S.A.

- Manvia – Manutenção e Exploração de Instalações e Construções, S.A.

- Martifer, SGPS, S.A.

- ME Real Estate - Mota-Engil Real Estate Portugal, S.A.

- MESP – Mota-Engil, Serviços Partilhados, Administrativos e de Gestão, S.A.

- Mota-Engil, Ambiente e Serviços, SGPS, S.A.

- Mota-Engil, Europa, S.A.

- Mota-Engil, Engenharia e Construção, S.A.

Governo Societário 38

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- Mota-Engil II, Gestão, Ambiente, Energia e Concessões de Serviços, S.A.

- Mota-Engil, Indústria e Inovação, SGPS, S.A.

- Mota-Engil, SGPS, S.A.

- Nortedomus – Sociedade Imobiliária, S.A.

- Suma Tratamento, S.A.

- Sedengil – Sociedade Imobiliária, S.A.

- Mota-Engil, Logística, SGPS, S.A.

- Suma – Serviços Urbanos e Meio Ambiente, S.A.

- Takargo – Transporte de Mercadorias, S.A.

- Tertir – Concessões Portuárias, SGPS, S.A.

- Tertir – Terminais de Portugal, S.A.

- Tratofoz – Sociedade de Tratamento de Resíduos, S.A.

- Vibeiras – Sociedade Comercial de Plantas, S.A.

- Mota-Engil, Angola, S.A.

- Mota-Engil, Engenharia e Construção África, S.A.

- Tertir – Terminais Portuários, SGPS, S.A.

- EGF – Empresa Geral do Fomento, S.A.

Presidente do Conselho Superior da Tertir – Terminais de Portugal, S.A

Vogal do Conselho Superior e de Supervisão da Mota-Engil, Angola, S.A.

Membro do Conselho de Curadores da Fundação Manuel António da Mota.

Membro do Conselho Geral da AEP, em representação da Mota-Engil, SGPS, S.A.

Membro do Conselho de Curadores da Fundação AEP, em representação da Mota-Engil, SGPS, S.A.

Membro do Conselho de Curadores da Fundação AIP

Membro do Conselho da EIC – European International Contractors

Membro da Comissão Adm. do Centro Regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa

Membro do Conselho Estratégico Empresarial da CM Sintra

Maria Gabriela Certã Ventura

Nasceu a 22 de maio de 1964

Habilitações Académicas

Licenciada em Direito, com especialização em Direito Público, Ciências Jurídico-Políticas, pela

Faculdade de Direito da Universidade Clássica de Lisboa

Pós-Graduação em Relações Internacionais.

Advogada

Carreira Profissional

1989

Assessora do Tribunal Arbitral de Conflitos de Consumo, Lisboa.

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1990 • 1995

Assistente da Faculdade de Direito da Universidade Eduardo Mondlane, Maputo;

Assessora do Supremo Tribunal Administrativo, Maputo.

Assessora do Ministro da Administração Estatal, (Maputo), com responsabilidade na conceção,

elaboração e negociação do pacote legislativo relativo à reforma do Estado e descentralização

administrativa.

Assessora do Ministro da Defesa Nacional, (Maputo), com responsabilidade na conceção,

elaboração e negociação do pacote legislativo relativo à reforma do sistema de defesa nacional;

Coordenadora do projeto do Banco Mundial “Capacity Buliding”/Reforma do Estado, Maputo;

Consultora da Agência Sueca para o Desenvolvimento (SIDA), (Maputo) e Formadora contratada

pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em ações de formação

dirigidas a magistrados judiciais e do Ministério Público e quadros da polícia de instrução

criminal, sobre princípios fundamentais do Estado de Direito.

1995 • 1998

Assessora na Presidência do Conselho de Ministros, Lisboa, com responsabilidade pela

organização do processo legislativo e negociação dos diplomas aprovados pelo Governo e

Chefe de Gabinete do Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, (Lisboa),

com responsabilidade pela organização do Conselho de Ministros e articulação, em matéria

legislativa, com a Assembleia da República e a Presidência da República.

1999 • 2004

Conselheira Técnica Principal na Representação Permanente de Portugal junto da União

Europeia (REPER), em Bruxelas.

2004 • 2006

Assessora da Comissão Executiva, Grupo Mota-Engil/Sub-Holding Concessões de Transportes,

(Lisboa).

2006 • 2008

Gestora do Fundo Europeu para o Controlo de Fronteiras, Ministério da Administração Interna,

(Lisboa);

Gestora do Fundo Europeu para o Combate à Imigração Ilegal, Ministério da Administração

Interna, (Lisboa);

Gestora do Fundo Europeu para a Integração, Ministério da Administração Interna, (Lisboa);

Gestora do Fundo Europeu para os Refugiados, Ministério da Administração Interna, (Lisboa);

Gestora do Eixo “Prevenção e Gestão de Risco” do Programa Operacional para a Valorização do

Território, Ministério da Administração Interna, (Lisboa).

2008 • 2009

Diretora Internacional no Grupo Mota-Engil/SGPS.

Governo Societário 40

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2009 • 2014

Diretora do Gabinete de Planeamento e Políticas, Ministério da Agricultura, (Lisboa);

Gestora do Programa para o Desenvolvimento Rural (PRODER), Ministério da Agricultura,

(Lisboa);

Gestora do Programa Rede Rural Nacional, Ministério da Agricultura, (Lisboa).

Presidente do Conselho de Administração da Valorminho S.A., da Resulima, S.A. e da Valnor,

S.A., e Vogal do Conselho de Administração da Resinorte, S.A e da Resiestrela, S.A.

Funções Atuais

Desde julho de 2015

Administradora Executiva da Empresa Geral do Fomento, S.A.

Em setembro de 2015 foi nomeada Administradora não Executiva da Valorsul, S.A., exercendo

desde abril de 2016 as funções de Presidente da Comissão Executiva.

Ainda em setembro de 2015 foi nomeada Administradora Executiva da AMARSUL, S.A. e

exerce desde janeiro de 2017 as funções de Presidente do Conselho de Administração e de

Presidente da Comissão Executiva.

É também desde setembro de 2015 Administradora não Executiva da VALORLIS, S.A.,

exercendo desde janeiro de 2017 as funções de Presidente do Conselho de Administração.

João Eduardo Fernandes Figueiredo

Nasceu em Lisboa, a 14 de outubro de 1953

Habilitações Académicas

Licenciou-se, em 1977, em Organização e Gestão de Empresas pelo Instituto Superior de

Economia.

Carreira Profissional

Após conclusão da licenciatura, iniciou a sua carreira profissional como auditor, na KMG, onde esteve

de 1978 a 1986. Passou cerca de um ano no escritório de Londres (1981/82). Em 1986 assumiu

as funções de Managing Diretor (Gerente) da Bauknecht Lusitana Eletrodomésticos, Lda., cargo

em que se manteve até 1993. Em 1993 integrou, como consultor, os quadros da Parque Expo’98,

S.A., salientando-se o seu envolvimento nos processos de expropriação de empresas localizadas

na zona de intervenção da Expo’98 e nos estudos económico-financeiros de alguns dos projetos

levados a cabo pela empresa (Oceanário e Valorsul). Em 1994 foi nomeado administrador da

Valorsul, em representação da Parque Expo, assumindo o pelouro da área administrativa e financeira

da empresa. Foi o responsável pelos processos de candidatura aos financiamentos do Fundo

de Coesão e do Banco Europeu de Investimentos, bem como pelo desenvolvimento do estudo

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económico da empresa. Em abril de 1999 foi nomeado Diretor Coordenador da Parque Expo’98 S.A.,

responsável pela Direção Financeira do Grupo, cargo que desempenhou até finais de 2002. Durante

este período manteve-se como administrador da Valorsul, em regime de tempo parcial até 2001,

e como não executivo até junho de 2002, data em que terminou o mandato.

2003 • 2005

Diretor Administrativo e Financeiro do Grupo DDC.

Foi também Administrador não executivo das Águas do Zêzere e Coa de julho de 2005 até

março de 2006, data em que terminou o mandato.

Em 2005 regressa à Valorsul como Administrador nomeado pela EGF, integrando a Comissão

Executiva da empresa. Em abril de 2008, foi designado Presidente da Comissão Executiva,

cargo em que foi reconduzido em julho de 2010, após a fusão com a Resioeste, funções que

desempenhou até 3 de Setembro de 2015.

2015 • 2016

De 3 de Setembro de 2015 a 7 de abril de 2016 desempenhou funções de Diretor Geral da Valorsul.

Funções Atuais

Administrador Executivo da Valorsul, S.A.

Miguel Santiago Aranda da Silva

Nasceu no Porto, a 4 de junho de 1972

Habilitações Académicas

Licenciatura em Engenharia do Ambiente - Ramo Engenharia Sanitária pela Faculdade de

Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.

Mestrado em Engenharia do Ambiente - Perfil de Engenharia Sanitária pela Faculdade de

Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.

Curso Geral de Gestão – Instituto Superior de Gestão.

PAGE – Programa Avançado de Gestão para Executivos, pela UCP.

Carreira Profissional

1996

Iniciou a sua atividade profissional em 1996 no Departamento de Projetos de Ambiente da

HLC- Engenharia e Gestão de Projetos, S.A, desenvolvendo estudos prévios e projetos para

vários sistemas Multimunicipais e Intermunicipais de Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos.

1998

Diretor Técnico da HLCTejo -Tratamento e Valorização de Resíduos, S.A. empresa do Grupo

HLC concessionária da exploração do Aterro Sanitário e da rede de estações de transferência e

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recolha seletiva do Sistema Intermunicipal da RESITEJO - Associação de Gestão e Tratamento

dos Lixos do Médio Tejo,

2000 • 2005

Desempenhou funções na Direção de Engenharia da Empresa Geral do Fomento, S.A.,

sub-holding do grupo Águas de Portugal, SGPS, S.A. para o setor dos resíduos sólidos urbanos.

2005 • 2015

Administrador Delegado na VALORLIS - Valorização Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos

S.A. empresa do Grupo da Empresa Geral do Fomento S.A. concessionária da exploração do

Sistema Multimunicipal de Tratamento e Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos da Alta

Estremadura. Entre 2010 e 2012 foi responsável pela unidade curricular de Gestão de

Resíduos Sólidos no Mestrado Integrado em Engenharia da Energia e Ambiente da Escola

Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Leiria, como Professor Adjunto

Convidado.

2014 • 2015

De maio de 2014 a setembro de 2015 foi Administrador Executivo da Valorsul.

2015 • 2016

De setembro de 2015 a abril de 2016 foi Diretor de Valorização Energética na Valorsul..

Funções Atuais

Administrador Executivo da Valorsul, S.A.

Vice-Presidente da Direção da Avaler - Associação de Entidades de Valorização Energética de

Resíduos Sólidos Urbanos para o triénio 2015-2017.

Maria Madalena Monteiro Garcia Presumido

Habilitações Académicas

Licenciatura em Engenharia do Ambiente.

Carreira Profissional

Gabinete da Área de Sines (Divisão de Controle de Ambiente), Direção de Resíduos e Produtos

Químicos da Direção Geral da Qualidade do Ambiente, TECNINVEST-consultadoria ambiental,

GATTEL-Gabinete da Travessia do Tejo em Lisboa, PLE implementação do Gasoduto em

Portugal, Diretora Regional de Ambiente e Recursos Naturais de Lisboa e Vale do Tejo, Engil-

Investimentos, SA, CME, SGPS, WEBER Portugal, SA.

Foi membro da equipa que realizou o PERSU I.

Desenvolveu trabalhos diversos no setor de resíduos industriais, avaliação de impactes

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ambientais, estudos de localização de infraestruturas ambientais nomeadamente aterros

urbanos e industriais. Inventários diversos de produção de resíduos, estudos de prevenção

de produção de resíduos, reflexão sobre as condições de desclassificação de resíduos a

subproduto, avaliação de contaminação de solos e estudo de soluções de tratamento.

De julho de 2010 a 3 setembro de 2015 Foi Administradora Executiva da Valorsul, S.A., em

representação da Câmara Municipal de Lisboa.

De 3 de Setembro 2015 a 7 de abril de 2016 foi Administradora não Executiva da Valorsul, S.A.

Funções Atuais

Desde 7 de abril de 2016 é Administradora Executiva da Valorsul, SA.

Fernando José da Costa

Nasceu em Leiria, a 20 de abril de 1950

Habilitações Académicas

Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito de Lisboa.

Carreira Profissional

Iniciou a sua carreira profissional como funcionário público no Município das Caldas da Rainha.

Foi professor no Liceu nas Caldas da Rainha.

1976 • 1986

Exerceu advocacia e foi também deputado na Assembleia da República durante esse período

e no mandato entre 1991 e 1995.

1986 • 2013

Presidente da Câmara Municipal das Caldas da Rainha.

2014 • 2015

De maio de 2014 a setembro de 2015 foi Administrador Executivo da Valorsul, S.A.

De 3 de setembro a 7 de abril foi Administrador não Executivo da Valorsul, S.A.

Funções Atuais

Foi eleito Vereador do Município de Loures em outubro de 2013.

Desde 7 de abril de 2016 é Administrador Executivo da Valorsul, S.A.

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Carlos António Vasconcelos Mota dos Santos

Nasceu no Porto, a 13 de maio de 1978

Habilitações Académicas

Licenciado em Engenharia Civil pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.

Master in Business Administration pela Universidade do Porto.

Carreira Profissional

2006

Iniciou a sua carreira profissional na Mota Engil, Engenharia e Construção, S.A. como Adjunto

da Administração.

2008

A partir de março passou a integrar o Conselho de Administração da Mota Engil, Engenharia e

Construção, S.A.

2011 • 2012

Entre março de 2011 e maio de 2012 exerce igualmente as funções de vogal do Conselho

Superior e de Supervisão da Mota-Engil, Angola, S.A.

2012 • 2013

De agosto de 2012 a julho de 2013 foi Vice-Presidente do Conselho de Administração – Mota-

Engil, Engenharia e Construção, SA.

Funções Atuais

Desde agosto de 2009: Vogal do Conselho de Administração – Mota-Gestão e Participações,

Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A.

Desde fevereiro de 2012: Vogal do Conselho de Administração e membro da Comissão

Executiva – Mota-Engil, SGPS, S.A.

Desde março de 2012: Presidente do Conselho de Administração – Mota-Engil, Ambiente e

Serviços, SGPS, S.A.

Desde dezembro de 2012: Presidente do Conselho de Administração – ECB - Empresa

Construtora Brasil S.A.

Desde fevereiro de 2013: Presidente do Conselho de Administração – Mota-Engil Latin

America BV

Desde abril de 2013: Presidente do Conselho de Administração – Logística, SGPS, S.A.

Desde maio de 2013: Presidente do Conselho de Administração – Tertir - Terminais Portuários,

SGPS, S.A.

Desde junho de 2013: Presidente do Conselho de Administração – Mota-Engil Central Europe,

SGPS, S.A.

Governo Societário 45

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Desde julho de 2013: Presidente do Conselho de Administração – Mota-Engil Engenharia e

Construção, S.A.

De agosto de 2013: Presidente do Conselho de Administração – Mota-Engil, Real Estate

Portugal, S.A.

Desde novembro de 2013: Presidente do Conselho de Administração – Mota-Engil América

Latina, SAPI de CV (México).

Desde setembro de 2015: Vogal do Conselho de Administração – Valorsul – Valorização e

Tratamento de Resíduos Sólidos das Regiões de Lisboa e do Oeste, S.A.

Ismael Antunes Hernandez Gaspar

Nasceu a 28 de abril de 1955.

Habilitações Académicas

Licenciado em Engenharia Civil pelo ISEL.

Carreira Profissional

1979

Ingressou na Engil, SA, tendo desempenhado cargos de direção de projecto e responsabilidade

executiva em empresas do Grupo.

2000

Em março foi nomeado Administrador-Delegado da ENGIL.

De junho 2000, até 2004, acumulou as funções de Administrador da Mota-Engil, Engenharia e

Construção, SA com as de Vogal do Conselho de Administração da Mota-Engil, SGPS.

2006 • 2014

Entre março de 2006 e março 2014 foi Vice-Presidente e posteriormente Presidente do

Conselho de Administração da Mota-Engil, Engenharia e Construção, SA - com os pelouros da

Europa Central e mais tarde de África.

2015

Para além dos cargos que ainda ocupa no âmbito do Grupo (Mota-Engil SGPS), teve a seu cargo

a orientação e condução de diversas “Unidades de Engenharia”.

Governo Societário 46

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Funções Atuais

- Vogal do Conselho de Administração da Valorsul, S.A.

- Vogal do Conselho de Administração da Mota-Engil Europa (responsável pela área do

Ambiente) e Mota-Engil Logística, SGPS, SA.

- CEO da Mota-Engil, Ambiente e Serviços, SGPS, SA

- Presidente do Conselho de Administração da Empresa Geral do Fomento, SA (EGF)

- Presidente do Conselho de Administração da Manvia - Manutenção e Exploração de

Instalações e Construção, SA.

- Presidente da Mesa da Assembleia Geral da SEDENGIL - Sociedade Imobiliária, SA (quadriénio

2012-2015).

- Vogal do Conselho Fiscal da FUNDCIC - Fundo para o Desenvolvimento das Ciências da

Construção.

- Vogal do Conselho Superior e de Supervisão da Mota-Engil, Angola, S.A. (quadriénio 2012-

2015).

- Membro da Comissão de Vencimentos das seguintes sociedades: Nortedomus - Sociedade

Imobiliária, SA (quadriénio 2012-2015), Aurimove - Sociedade Imobiliária, SA, Algar -

Valorização de Tratamento de Resíduos Sólidos, SA, Amarsul - Valorização e Tratamento de

Resíduos, S.A., Ersuc - Resíduos Sólidos do Centro, SA, Resiestrela - Valorização e Tratamento

de Resíduos Sólidos, SA, Resinorte - Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A.,

Suldouro - Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos, SA, Valnor - Valorização e

Tratamento de Resíduos Sólidos, SA, Valorlis - Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos,

SA e Valorminho - Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, SA.

Luis Fernando Adrada Guajardo

Nasceu a 4 de maio de 1973, em Zaragoza.

Habilitações Académicas

Licenciado em Ciências Económicas, especialidade em Economia Internacional e Desenvolvimento,

pela Universidade Complutense de Madrid.

Carreira Profissional

2000 • 2006

Desempenhou funções na área de Administração e Finanças na Urbaser, em Espanha.

Governo Societário 47

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2006 • 2015

Desempenhou funções na Urbaser em Marrocos como Diretor Administrativo e Financeiro do

grupo Urbaser espanhol.

Funções Atuais

Em julho de 2015 foi nomeado vogal do conselho de administração da Empresa Geral do

Fomento, S.A. e desde setembro de 2015 vogal do Conselho de Administração da Algar, S.A.,

da Resinorte, S.A., da Suldouro, S.A. e da Valorsul, S.A..

Tomás Joaquim de Oliveira Serra

Nasceu a 13 de dezembro de 1965, em Lisboa

Habilitações Académicas

Licenciado em Engenharia Mecânica, Ramo Termodinâmica Aplicada,

pelo Instituto Superior Técnico (1983/1988), complementou mais tarde a sua formação em gestão

através de programas promovidos pelo IDCFC da Universidade Católica e pelo INDEG/ISCTE.

Carreira Profissional

1998

Iniciou a sua carreira profissional no grupo EDP em dezembro, onde desempenhou funções

técnicas e de gestão em diversos projetos na área da energia e dos resíduos.

2001

A partir de abril, passou a integrar o grupo Somague (AGS e Hidrurbe) para implementação da

Prestação de Serviços de Operação da Estação de Tratamento de Resíduos Sólidos da Meia

Serra, Madeira. Neste âmbito foi Administrador de várias empresas, destacando-se a OTRS -

Operação da ETRS da Meia Serra, onde foi também Diretor Geral durante mais de 6 anos.

2000 • 2012

Entre maio de 2008 e fevereiro de 2012 exerceu funções de Administrador Executivo na

Valorsul, SA, período durante o qual fez ainda parte da direção da Avaler – Associação de

Entidades de Valorização Energética de RSU.

2000 • 2015

De fevereiro de 2012 a julho de 2015 foi Administrador da Empresa Geral do Fomento, SA.

Funções Atuais

- Presidente do Conselho de Administração da Algar, SA, desde setembro de 2015

- Presidente do Conselho de Administração da Resiestrela, SA, desde setembro de 2015

Governo Societário 48

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- Presidente do Conselho de Administração da Valnor, SA, desde setembro de 2016, tendo sido

vogal do CA entre setembro de 2015 e agosto de 2016

- Vogal do CA da Resinorte desde outubro de 2016, tendo sido Presidente do CA entre abril de

2012 e setembro de 2016

- Desde setembro de 2015 é Vogal do CA da Resulima, SA; Suldouro, SA e Valorlis, SA

- Desde fevereiro de 2012 que mantém as funções de Administrador não-executivo da

Valorsul, SA

Hugo Xambre Pereira

Nasceu em 1981, em Lisboa

Habilitações Académicas

Licenciado pelo Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa na área de

Engenharia, Mestre em Gestão pela Universidade Lusíada de Lisboa, com uma dissertação de

mestrado sobre Desenvolvimento de Parques Empresariais e Tecnológicos. É pós-graduado em

Controlo de Gestão e Diplomado no Programa Avançado em Empreendedorismo e Gestão da

Inovação pela Business School da Universidade Católica Portuguesa.

Carreira Profissional

Técnico superior, área de engenharia de manutenção e projetos, numa autarquia local.

Já desempenhou funções de consultor na área de estratégia empresarial e sistemas de gestão;

de docente universitário e formador em cadeiras de introdução à gestão, gestão de operações

e gestão de projetos. Publicou artigos e papers em revistas científicas de economia e gestão

relacionados com a temática da gestão e dos Parques Tecnológicos.

Fez estágio profissional na ETVO da Valorsul, estudando a problemática dos contaminantes

nos resíduos orgânicos recolhidos, para o processo de digestão aeróbica, sugerindo medidas

para a minimização do teor de contaminantes.

Funções Atuais

Desde setembro de 2015 é vogal do Conselho de Administração da Valorsul, S.A.

Desempenha funções públicas, desde 2005 (atualmente em regime de não permanência),

como Presidente da Freguesia do Beato, no município de Lisboa, tendo sido reeleito para o

atual mandato com 64,13% dos votos. É também Deputado na Assembleia Municipal de Lisboa,

integrando as Comissões Permanentes de Finanças (1ª Comissão), Economia (2ª Comissão) e

Ambiente (4ª Comissão).

Governo Societário 49

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Nuno Miguel Guarda da Rocha

Nasceu a 24 de janeiro de 1976, em Lisboa.

Habilitações Académicas

Licenciatura em Gestão de Empresas

Contabilista Certificado pela Ordem dos Contabilistas Certificados

Especialista em contabilidade pública e contração pública.

Carreira Profissional

2000 • 2013

Coordenador Técnico numa Software House, responsável pela gestão do produto e clientes.

Funções Atuais

Desde dezembro de 2013, Contabilista Certificado e Consultor de Gestão, no âmbito do Setor

Público Local.

Desempenho de funções públicas desde 2009, como Tesoureiro da Junta de Freguesia Mina,

atualmente Mina de Água, no Município da Amadora.

Desde março de 2016, ocupa o cargo de vogal do Conselho de Administração da Valorsul, SA,

nomeado pelo Município da Amadora.

José António da Silva Oliveira

Nasceu a 5 de abril de 1956, em Torres Novas

Habilitações Académicas

Licenciado em Ciências Sociais e Políticas - Política Social - pelo Instituto Superior de Ciências

Sociais e Politicas da Universidade Técnica de Lisboa, tendo obtido no mesmo instituto a

secção especializada em “Acção Social de Empresas”.

Carreira Profissional

A carreira profissional foi iniciada em 1974 na Fábrica Nacional de Munições de Armas Ligeiras

- FNMAL - tendo desempenhado diversas funções na área da Metalomecânica do fabrico

militar.

1990

Com a criação da INDEP - Industrias Nacionais de Defesa, vem a desempenhar nas antigas

instalações da Fábrica Militar de Braço de Prata, diversos cargos como Técnico Superior, da

Direção de Pessoal e Formação de Jovens no âmbito do Instituto de Formação Profissional,

como Coordenador de Pólo nas áreas da Metalomecânica e Eletricistas Industriais.

Governo Societário 50

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1998 • 2000

Consultor de Empresas a nível de Recursos Humanos/Formação Profissional.

Funções Atuais

Desde 2009 é nomeado Administrador dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento

(SMAS) do Município de Vila Franca de Xira, com competências nas áreas de Planeamento,

Projectos, Água e Saneamento assim como Equipamentos e Transportes.

Em 2012 é nomeado Adjunto, do Vereador no Departamento de Obras e Serviços Municipais

da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira.

Em finais de 2013, como Vereador na Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, é nomeado para

os pelouros da Proteção Civil e do Departamento de Obras Viaturas e Infraestruturas.

Na mesma data é nomeado Presidente do Conselho de Administração dos SMAS de Vila Franca

de Xira.

Representante da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira na AMAGÁS – Associação de

Municípios para o Gás, desde novembro de 2013.

Desde 16 de janeiro de 2014 é Administrador não Executivo da Valorsul, SA, nomeado pela

Câmara Municipal de Vila Franca de Xira.

Membro do Grupo de Vereadores da Mobilidade e dos Transportes da Área Metropolitana de

Lisboa, em representação da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira.

André Filipe dos Santos Matos Rijo

Nasceu a 9 de março de 1984, em Arruda dos Vinhos

Habilitações Académicas

Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (clássica) em 2007.

Carreira Profissional

Advogado Associado na Abreu e Associados, sociedade de Advogados RL, até outubro de

2013.

2005 • 2009

Membro da Assembleia Municipal de Arruda dos Vinhos.

2009 • 2013

Vereador na Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos.

Governo Societário 51

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Funções Atuais

Presidente da Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos desde outubro de 2013.

Administrador não executivo da Valorsul desde agosto de 2014 em representação da AMO

MAIS.

Luís Miguel Duarte Pereira Vaz Galante

Nasceu em 1972, em Lisboa.

Habilitações Académicas

Licenciado em Engenharia Florestal, pela UTAD, possui uma Pós-graduação em Planeamento

Ambiental e Ordenamento do Território, pela Universidade Nova de Lisboa (Faculdade de

Ciências e Tecnologia).

Carreira Profissional

É membro efetivo da Ordem dos Engenheiros (Colégio Florestal) desde 1999 e associado da

Sociedade Portuguesa de Ciências Florestais e da Liga para a Proteção da Natureza. Possui

experiência profissional nos domínios da consultoria em engenharia florestal, da elaboração e

gestão de projetos, da avaliação de políticas públicas e da auditoria de certificação da Gestão

Florestal Sustentável e CdC/CdR (FSC®/PEFCTM).

Ao longo de 20 anos de experiência profissional desenvolveu um percurso diversificado, no

setor público e no setor privado, nos domínios da política florestal e ambiental (proteção dos

recursos florestais). Exerceu atividade nos Serviços Florestais (serviços centrais - Lisboa),

no período compreendido entre 1999 e 2009, na proteção dos recursos florestais face aos

incêndios florestais, onde coordenou campanhas nacionais de sensibilização para a prevenção

dos incêndios florestais (ex. “Amigo da Floresta”, destinada ao 1.º ciclo do ensino básico),

estudos técnico-científicos no domínio da Defesa da Floresta Contra Incêndios (ex. estudo da

percepção da população portuguesa das causas dos incêndios florestais) e grupos de trabalho

(ex. programa de sapadores florestais), tendo ainda organizado conferências, seminários,

workshops e cursos de formação nesta temática.

Do percurso profissional destaca-se a nomeação no Gabinete do Secretário de Estado das

Florestas e Desenvolvimento Rural no XVIII Governo Constitucional, onde desempenhou

as funções de Adjunto do Secretário de Estado no domínio da política florestal, tendo

acompanhado vários dossiers, tais como o Fundo Florestal Permanente, as Medidas Florestais

do Programa de Desenvolvimento Rural (ProDeR 2007-2013), as Zonas de Intervenção

Florestal (ZIF), a Defesa da Floresta Contra os Incêndios Florestais e o combate a agentes

bióticos nocivos (Nemátodo da Madeira do Pinheiro e Gorgulho do eucalipto).

Em 2011, a convite do Governo norte-americano e da Embaixada dos EUA em Lisboa, participou

Governo Societário 52

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no International Visitor Leader ship Programme (IVLP) tendo participado em reuniões e visitas

técnicas de matérias relacionadas com política florestal em Washington, DC e nos Estados do

Texas, Califórnia, Idaho e Vermont.

Mais recentemente integrou as equipas técnicas que procederam à avaliação externa da

implementação das Medidas Florestais do ProDeR e do PRORURAL (Açores) e da Estratégia

Nacional para as Florestas. Também colaborou com a equipa técnica que produziu o estudo”

Diagnóstico e Estratégia para os Territórios de Baixa Densidade do Algarve”, para a CCDR

Algarve, no âmbito da preparação das políticas comunitárias de apoio ao desenvolvimento

regional no período de programação 2014-2020.

Funções Atuais

Desde julho de 2016, ocupa o cargo de vogal do Conselho de Administração da Valorsul, SA

(Administrador não Executivo), nomeado pelo Município de Odivelas.

Governo Societário 53

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Atividade06

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Atividade

Atividadeoperacional

55

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AtividadeoperacionalSão descritas abaixo as atividades da empresa.

Valorsul

triagemde materiaisrecicláveis valorização

orgânica

valorizaçãoenergética

valorizaçãode escórias

deposiçãoem aterro

recolhaseletiva

energia

escórias eagregado

recicláveis

composto

recolhade orgânicos

recolhaindiferenciada

recolhaseletiva

Atividadeda Valorsul

Atividade 56

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Atividade

Recolha seletiva

Recolha seletiva na Valorsul OesteA Valorsul efetua a recolha multimaterial dos materiais recicláveis nos 14 municípios do

Oeste. São recolhidos os materiais dos ecopontos da generalidade da zona oeste e das ilhas

ecológicas no município de Óbidos. São também geridos os materiais entregues nos ecocentros

existentes nas estações de transferência.

No ano de 2016, a rede de ecopontos dos municípios do oeste foi reforçada com 165

contentores (53 amarelos - embalagens, 58 azuis - papel cartão, 54 verde - vidro) dos quais

resultaram 15 novas localizações e reforços de locais já existentes. No final do ano existiam

7.805 contentores para recolha seletiva, distribuídos por 2.751 localizações.

Em 2016, nos materiais recolhidos seletivamente, pela Valorsul e pelos municípios do Oeste,

constatou-se um aumento de +2,1% de entrega de vidro, +5,9% de entrega de papel/cartão

e +6,6% de entrega de embalagens de plástico e metal, relativamente ao ano anterior.

Acrescenta-se que foram recolhidas 11.546 t de materiais pela frota da Valorsul, o que

representa 80% do total recolhido na região Oeste.

A recolha seletiva dispôs, no ano de 2016, de uma frota de catorze viaturas, estando dez delas

afetas à recolha de ecopontos, duas à recolha de ilhas ecológicas e as restantes utilizadas

na lavagem e manutenção de ecopontos. Em 2016 verificou-se um aumento da taxa de

disponibilidade de viaturas de 80% para 86%, fruto de melhor cumprimento do planeamento

da manutenção preventiva programada.

Nos fluxos de papel/cartão e plástico/metal a recolha da Valorsul é complementada pelos

municípios que utilizam para tal viaturas cedidas por esta empresa.

Aumentoda recolha

no oeste

+2,1%

+5,9%

+6,6%

57

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No âmbito do PAPERSU delineado pela Valorsul, para cumprimento das metas estabelecidas

no PERSU 2020, estão previstos, em 2017:

> adquirir ecopontos no valor de 186.338€,

> a aquisição de ilhas ecológicas no valor de 806.198€,

> a compra de três viaturas de recolha traseira no valor de 540.000€ e 14 viaturas de 7,5t

com valor de 420.000€.

Estes investimentos visam aumentar as quantidades recolhidas seletivamente, pela

disponibilização de mais equipamentos de deposição seletiva e/ou pela maior proximidade

deste dos utilizadores.

Como investimentos de substituição, para 2017 está prevista a aquisição de ecopontos no

valor de 200.000€, bem como a substituição de 7 viaturas de 19 t de recolha traseira dotadas

de caixa de compactação e grua no valor de 900.000€, 2 viaturas de 19 t de recolha superior

dotadas com caixa aberta e grua no valor de 320.000€, e 2 viaturas para manutenção de

ecopontos no valor de 160.000€.

Atividade 58

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O Centro de Triagem do Lumiar (CTE) e o Centro de Triagem do Oeste (CTO), da Valorsul, são

unidades industriais que, através de processos automáticos e manuais, separam materiais

para envio para reciclagem. Ambos os centros dispõem de ecocentros com vista à deposição

seletiva de resíduos valorizáveis, pelas populações.

Em 2016 foram implementadas algumas melhorias de caráter operacional nestas unidades

e manteve-se a transferência de refugo da linha das embalagens do CTE para o CTO com o

objetivo de proceder ao seu reprocessamento. O crescimento global na retoma do fluxo das

embalagens foi de 7% em relação ao ano anterior, ligeiramente superior ao aumento de 6% na

receção destes materiais, fruto das melhorias operacionais implementadas e do empenho dos

colaboradores. À semelhança do fluxo das embalagens, o fluxo do vidro registou crescimentos

tanto na receção (2%) como na retoma (3%). O material papel/cartão teve um crescimento

ligeiro de 1%, tanto na receção como na retoma de material, no entanto, sublinha-se o

crescimento da taxa de valorização deste material para 103%, devido ao aproveitamento do

material papel e cartão existente no fluxo de embalagens.

As quantidades de materiais rececionadas nos Centros de Triagem, e respetivos ecocentros,

bem como a variação relativamente ao ano anterior são apresentadas no quadro seguinte. As

retomas são apresentadas no caderno de sustentabilidade.

Atividade

Triagem de materiais

O crescimento global

na retoma do fluxo das

embalagens foi de

Evoluçãoda recolha

+7%

59

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22.946

28.524

17.539

1

80

518

117

69.725

2014

24.037

28.953

18.855

9

142

831

118

72.945

2016

Verificou-se um crescimento dos quantitativos de materiais recebidos, acentuando-se a

tendência de crescimento verificada no ano anterior. É de salientar o crescimento registado

nos três principais fluxos de material, em particular o crescimento de 6% registado no fluxo do

contentor amarelo (embalagens).

Relativamente aos fluxos de resíduos rececionados nos ecocentros, salienta-se o crescimento

nas entregas de REEE e madeira, de 103% e 123% respetivamente, com o material madeira a

beneficiar do encaminhamento via Valorsul da madeira produzida no Ecocentro de Carrenque

da CM da Amadora. De assinalar, porém, que as variações percentuais em causa, conjuntamente

com o caso das pilhas, não terão muita expressão face aos diminutos valores absolutos.

Entradas nos Centros de Triagem

Verde

Pilhas

Quadro 10 – Entradas nos Centros de Triagem

Quantidade (t)

Azul

REEE

Amarelo

Madeira

TOTAL

OUT ROSRESÍDUOS

23.535

28.638

17.765

4

70

372

147

70.531

2015

2%

1%

6%

125%

103%

123%

-20%

3%

v a r i a ç ã o

15/16

Atividade 60

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Atividade

1Crivo

3Separadorbalístico

8Prensagem

5Separador ótico

2Abre sacos

4Separador

de Ferrosos

6Triagemmanual

7Separação por indução

CTE - Processo

61

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Valorização orgânica de resíduos

Estação de Tratamento e Valorização Orgânica (ETVO)Na Estação de Tratamento e Valorização Orgânica (ETVO), os resíduos biodegradáveis

recolhidos seletivamente são transformados em composto (agrícola orgânico), e biogás,

através de um processo de digestão anaeróbia, seguido de uma estabilização aeróbica do

material, na compostagem. O gás, produto da fermentação, é utilizado na produção de energia

elétrica, exportada para a rede elétrica nacional.

Em 2016, foram recolhidas seletivamente 41.862 t, que incluem resíduos urbanos

biodegradáveis (RUB) e resíduos verdes, das quais se receberam na instalação 40.600 t,

correspondendo a 97% do total da recolha.

Atividade 62

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Atividade

Na verdade, o ano de 2016 superou todos os anos anteriores desde o arranque da ETVO ao

nível da receção de resíduos: 39.616 t de RUB, perfazendo pela 1ª vez a capacidade nominal

da instalação, aos quais se adicionam 984 t de resíduos verdes (resultando o total mencionado

de 40.600 t).

O planeamento antecipado das intervenções de maior dimensão, com ajuste prévio do modo de

operação da instalação, permitiu maximizar a quantidade de resíduos processada em períodos

de condicionamento das linhas. Desta forma, evitou-se maior quebra da receção durante

esses períodos, mantendo a atividade biológica dos diversos processos. Adicionalmente, a

maior quantidade de RUB recolhidos permitiu maximizar a receção de resíduos nos restantes

períodos.

A produção, exportação e consumo de energia elétrica na unidade está espelhada no quadro

seguinte.

Da mesma forma, a produção e exportação de energia elétrica em 2016 foram as mais elevadas

desde o arranque da ETVO. A exportação de energia elétrica foi 7% acima da exportada em

2015.

A produção de composto (corretivo agrícola orgânico Ricaterra), a mais elevada desde o

arranque da unidade - 1.107 t, corresponde a um aumento de 26% em relação a 2015. A

introdução de resíduos verdes no processo de compostagem permitiu passar a higienizar todo

o material compostado, tendo vindo a aumentar a quantidade produzida.

O corretivo agrícola orgânico disponibilizado pela ETVO - Ricaterra - teve procura tanto por

utilizadores municipais pertencentes à área de intervenção da Valorsul, como por utilizadores

particulares, sendo também cedido aos colaboradores da Valorsul.

Energia

10.185

10.184

4.113

2016 2015 2014

Quantidade (MWh)

Produção

Exportação

Consumo

7%

7%

-5%

variação

15/16

Quadro 11 – Energia elétrica na ETVO

(valores obtidos por leitura de contadores)

40.600 t de resíduos urbanos

biodegradáveis

rececionados

ETVOAumento

da receção

+7%que a energia exportada

em 2015

ETVOExportação de energia

elétrica

10.899

10.894

3.898

8.776

8.763

3.955

63

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Atividade

Central de Valorização Orgânica (Leiria) - CVO A CVO de Leiria recebe, no âmbito do modelo técnico da Valorsul, os resíduos de recolha

indiferenciada provenientes da Estação de Transferência da Nazaré. A gestão desta unidade

está a cargo da Valorlis. Trata-se de uma instalação de tratamento mecânico-biológico (TMB),

produzindo biogás, composto e materiais de embalagem para reciclagem. A Valorsul tem o

compromisso de entregar metade da capacidade da instalação suportando 50% dos custos,

deduzidos dos respetivos proveitos.

Durante o ano de 2016, a CVO manteve uma boa disponibilidade de operação na receção de

RU tendo sido processadas 83.144 t. De acrescentar ainda que 25.962 t foram provenientes

da Valorsul e 57.182 t foram entregues pela Valorlis. A quantidade de recicláveis triados e

enviados para valorização material representou 4% dos RU processados.

Registou-se também uma menor quantidade de RUB valorizados devido a trabalhos diversos

de manutenção num dos digestores que implicou o seu esvaziamento. Consequentemente,

a produção de biogás e de energia elétrica foi também inferior.

64

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65

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Central de Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos (CTRSU)A CTRSU recebe os resíduos indiferenciados recolhidos pelos municípios e procede à sua valorização

energética. Neste processo, o calor resultante da queima controlada dos resíduos é convertido em

energia elétrica através de um sistema turbogerador. Essa energia é exportada para a rede nacional.

Durante o ano de 2016, a CTRSU tratou cerca de 664 mil toneladas de resíduos, cerca de 7%

mais do que no ano anterior fruto da boa disponibilidade da instalação.

Em termos de energia o ano terminou com acréscimos de 10 % na energia produzida e

exportada (ver quadro 12). O ligeiro aumento da energia consumida (4%) resulta de uma maior

receção e processamento de resíduos. Ainda assim este acréscimo foi inferior ao da energia

exportada o que implica uma melhor eficiência energética.

2016 2015 2014variação

16/15

Energia Quantidade (GWh)

Produção 288,4 345,9 379,5 10%

Exportação 247,6 301,4 332,3 10%

Consumo 44,3 45,2 47,2 4%

Quadro 12 – Energia na CTRSU

(valores obtidos por faturação e leitura de contadores)

Trata-se da unidade da Valorsul com maior produção de energia. A receita económica

proveniente da venda da energia da CTRSU representou, neste ano, perto de 50% do volume

de negócios da empresa.

Valorização energética por incineração

2016

Maior eficiência

energética

50%do volume de negócios

da empresa

CTRSUVenda de

energia

Atividade 66

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Atividade

Nos meses de maio e novembro de 2016 foram realizadas paragens do tipo A, para manutenção

de sistemas críticos das caldeiras, com especial incidência para as grelhas e o tratamento de

gases. Para além das ações de manutenção previstas destacou-se a substituição integral das

mangas filtrantes das 3 caldeiras, como um dos trabalhos mais relevantes.

Instalação de Tratamento e valorização de Escórias (ITVE)As escórias com origem na atividade da CTRSU são encaminhadas para a Instalação de

Tratamento e Valorização de Escórias (ITVE), sendo colocadas no parque de maturação e depois

enviadas para tratamento onde ocorre a remoção de elementos grosseiros, contaminantes e

metais ferrosos e não-ferrosos. Os metais são encaminhados para reciclagem e as escórias

valorizadas são utilizadas na cobertura de RU nos aterros sanitários de Mato da Cruz e do

Cadaval.

O quadro 13 resume o processamento de escórias e escoamento de metais comparando os

dados de 2015 e 2016. No total, em 2016, foram processadas 116.473 t de escórias e foram

utilizadas, na cobertura de resíduos em aterro, 40.430 t. Desta forma evita-se a proliferação

de odores e presença de vetores, e utiliza-se um resíduo valorizado em substituição de terras

de cobertura.

A utilização de escórias na cobertura de resíduos em aterros permite evitar a utilização de

terras de cobertura, ou outros recursos, em quantidade equivalente.

O impacte da extracção de terras é muitas vezes subvalorizado. Porém, entidades como a

UNEP (United Nations Environment Programme) têm dado bastante relevância à extracção de

recursos naturais tendo, recentemente, revelando que, a nível mundial, a mesma triplicou nas

últimas quatro décadas. A UNEP alertou também para a perigosidade deste ritmo num futuro,

infelizmente, não muito longínquo.

A extração de materiais não é só danosa pela delapidação de recursos per si. Causa também

prejuízos ambientais resultantes da própria actividade de extração (na vegetação, qualidade

das águas, fauna e outros organismos que habitem na zona, paisagem, ente outros) e seu

transporte.

Neste contexto, é relevante a reutilização/reciclagem dos recursos. No caso da Valorsul,

orgulhamo-nos de utilizar as escórias - após processamento na estação de tratamento e

valorização das escórias - contribuindo assim para uma eficiente utilização de materiais (outrora

resíduos), ao invés de outros recursos naturais. Isto é uma amostra de economia circular!

Contribuindo para uma

eficiente utilização de

materiais (outrora resíduos)

ao invés de outros recursos

naturais. Um bom exemplo

de economia circular.

Utilizaçãodas escórias

67

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Processamento e escoamento dos subprodutos do processamento de escórias (t) 2016 2015 2014

Escórias rececionadas 119.803 111.715 101.428

Escórias processadas 116.473 109.665 112.506

Metais não ferrosos extraídos de escórias

782 640 725

Metais ferrosos extraídos de escórias

3.482 2.665 2.591

Escórias valorizadas 98.557 93.569 93.264

Escórias utilizadas na cobertura de RU

40.430* 54.341* 50.102*

Quadro 13 – Receção e processamento de escórias e escoamento de metais e escórias processadas

*Considera as escórias utilizadas no ASMC e ASO

A Valorsul está autorizada a colocar no mercado as escórias de incineração valorizadas

como agregado artificial, produto aplicável na construção rodoviária, nomeadamente para

camadas não ligadas de base e sub-base de pavimentos rodoviários. A atribuição de Marcação

CE implicou a realização de um conjunto de ensaios e a implementação de um Sistema de

Controlo de Produção em Fábrica do produto Agregado 0/31,5, de acordo com os requisitos

estabelecidos na norma harmonizada dos agregados NP EN 13242:2002+A1 2010. Este

sistema é auditado anualmente por um organismo notificado, sendo emitido o respetivo

Certificado de Conformidade de Controlo de Produção em Fábrica, que permite à Valorsul

emitir a Declaração de Desempenho do Agregado 0/31,5 e colocar a Marcação CE no produto.

A Valorsul dispõe também de um Documento de Aplicação, elaborado pelo LNEC, que define

as características do Agregado e estabelece as condições de produção e de utilização daquele

Agregado em camadas não ligadas de pavimentos rodoviários.

Tendo em conta a manutenção do procedimento de certificação das escórias valorizadas como

agregado artificial bem como a divulgação do produto junto de potenciais utilizadores, através

de informação disponível no portal da Valorsul e em brochura, prevê-se que se mantenha o

aumento da produção de Agregado.

Produto com marcação CE

que pode ser utilizado na

construção rodoviária.

Agregado

Atividade 68

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Atividade

A Valorsul dispõe de dois aterros, um no Município de Vila Franca de Xira e outro no Município

do Cadaval. Cerca de dois terços dos resíduos que se destinam ao aterro do Cadaval (e também

CVO e CTRSU) são recebidos e compactados nas seis estações de transferência que integram

o sistema, de forma a racionalizar o transporte e reduzir custos associados à gestão dos

resíduos indiferenciados.

Deposição de resíduos em aterro

69

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Aterro Sanitário do Oeste (ASO) e as Estações de Transferência (ET)Em 2016 foram entregues diretamente no Aterro Sanitário do Oeste e nas seis estações de

transferência 166.797 t de resíduos indiferenciados que têm origem na sua quase totalidade

nas recolhas efetuadas pelos municípios. Verificou-se um acréscimo de 1,5% no total das

entregas desta tipologia de resíduos relativamente ao ano anterior. De salientar que das seis

estações referidas a estação de transferência de Peniche pertence e é gerida diretamente pela

Câmara Municipal.

Na sequência do concurso público lançado em 2015, foi concluído o fornecimento e instalação

de dois motogeradores, de 1063 e 835 kW e instalações auxiliares para CVEB (Central de

Valorização Energética do Biogás) do ASO que em entraram em serviço em abril de 2016. Deste

modo a CVEB é agora constituída por tês geradores síncronos, sendo dois com a potência

unitária de 1063 kW, e um com a potência de 835 kW. De acordo com a licença de exploração,

emitida pela DGEG, a injeção de energia na rede está limitada a uma potência total 2900 kVA.

A decomposição da matéria orgânica presente nos RU depositados no aterro produziu biogás

que foi encaminhado para a central de valorização energética proporcionando a geração de

17.202 MWh de energia elétrica, que foi injetada na rede elétrica nacional.

Das 4.564 t de “monstros” recebidas, foram desviadas de aterro 541 t, que foram encaminhadas

para reciclagem.

Da receção total no ASO/ET foram transferidas 26.607 t para a CTRSU e 25.962 t para a CVO

– Valorlis.

Aterro Sanitário de Mato da Cruz (ASMC)A quantidade de resíduos urbanos recebida, no ASMC, em 2016, foi de 31.382 toneladas menos

32% que no ano anterior. Relativamente às cinzas inertizadas, mantém-se a situação do ano

passado, ou seja, este resíduo não é entregue no ASMC, sendo encaminhado para os CIRVER.

Foram escoadas 130 toneladas de sucata ferrosa não embalagem e 37 toneladas de sucata

não ferrosa, não embalagem, separadas na frente de descarga de RU.

A operação do sistema de aproveitamento energético do biogás no aterro de Mato da Cruz,

integrando dois grupos motogeradores de 834 kW, proporcionou a geração de 10.418 MWh de

energia elétrica, que foi injetada na rede pública, menos 10% do que no ano anterior.

menos 32%de resíduos

depositados no

ASMC que no ano

anterior

A Central de

Valorização

Energética de Biogás

do ASO é agora

constituída por 3

geradores síncronos.

Atividade

Aproveitamento energético do biogás

70

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Atividade

A Valorsul dispõe de um posto de abastecimento de viaturas a gás natural carburante

(GNC), localizado junto à sede da empresa em S. João da Talha. Em 2016, procedeu-se ao

abastecimento de 1.339.835 Nm3 de GNC (um decréscimo de 9 %, relativamente ao ano

anterior), com a seguinte distribuição: CM Lisboa 78,7 %, CM Loures 12,2 %, CM V.F. Xira 6,5 %,

CM Amadora 3,1 % e Valorsul 0,5 %.

Abastecimento de gásnatural carburante

71

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Atividade

Recursoshumanos

72

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Durante o ano de 2016 registaram-se alguns pedidos de cessação de contrato de trabalho,

essencialmente devidos a saídas do mercado de trabalho por reforma.

Por outro lado, e tendo em conta a alteração da estrutura acionista que retirou a Valorsul do

setor empresarial do Estado, foi de novo possível voltar a contratar. Com base num exaustivo

levantamento das necessidades de pessoal, foram integrados 15 trabalhadores que ocupavam

postos de trabalho permanentes e que anteriormente tinham sido contratados como

trabalhadores temporários, face às condicionantes impostas pelos Orçamentos de Estado dos

últimos anos.

Os gráficos abaixo espelham as características da empresa em termos de recursos humanos.

RecursoshumanosNa sequência da integração de vários trabalhadores temporários que, há vários meses laboravam na

Valorsul, 2016 terminou o ano com 355 colaboradores, um acréscimo de 2% em relação a período homólogo

do ano anterior.

Evolução do nº total

de colaboradores2016 355 trabalhadores

2015 349 trabalhadores

2014 356 trabalhadores

Atividade 73

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Atividade

Idade

Género dos colaboradores

Colaboradores femininos

Colaboradores masculinos

19%

81%

18%56-65 anos

40%36-45 anos

0%19-25 anos

14%26-35 anos

28%46-55 anos

74

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5%termo certo

23%16 | 25 anos

2%cedência

6%até 5 anos

93%sem termo

71%6 | 15 anos

Tipo de contrato

Antiguidade

Atividade

Habilitações

2%bacharelato

12%licenciatura

21%secundário

35%3º ciclo

12%2º ciclo

13%1º ciclo

0%doutoramento

2%sem grau

75

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A Gestão de Recursos Humanos na Valorsul procura a criação de valor do seu Capital Humano,

apostando na materialização das prioridades definidas, bem como no desenvolvimento dos

seus recursos humanos.

No âmbito das práticas de Gestão de Recursos Humanos, destacam-se as seguintes iniciativas:

Políticas derecursos humanos

Atividade

0

4500

2250

3178 h

2015

2015

2014

2014

2016

2016

300

150

0

2567 h

3950 h

209

235

270

Evolução da formação

nº horas

nº colaboradores

76

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> Reforço do modelo de atribuição de seguros de vida e saúde, em linha com o que veio ser

adotado na EGF;

> Desbloqueamento das progressões automáticas e reclassificações definidas em AE

(Acordo de Empresa), congeladas há vários anos, por imposição governamental;

> Modelo de funções

> No sentido de desenvolver um modelo comum de funções, a Valorsul colaborou

com a área de RH (Recursos Humanos) do grupo e EGF, tendo em conta o definido em sede

de contratação coletiva;

> Modelo de avaliação de desempenho

> Arranque de um novo modelo de avaliação de gestão de desempenho, de

modo a valorizar e reconhecer o mérito dos colaboradores, sendo este o fio condutor à

implementação de um novo modelo em 2017, de acordo com as diretrizes do Grupo;

> Recrutamento e Integração de Colaboradores

> Operacionalização do Recrutamento Interno com reforço na divulgação interna

das várias ofertas.

77

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Atividade

Comunicação e educação ambiental

78

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Comunicação e educação ambiental

Em 2016, a Valorsul apresentou a sua nova imagem, comum a todas as 11 empresas do grupo

EGF, reforçando um espirito de coesão em torno de objetivos comuns.

Mantém-se o nome Valorsul, reconhecido pelas populações, que serve como sinónimo de

capacidade técnica, confiança e experiência.

MarcaValorsul

Atividade 79

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Atividade

Campanha de sensibilização para a separação de embalagensEm 2016, na abordagem aos públicos externos, destaca-se a continuidade da campanha

de sensibilização com vista à correta deposição nos ecopontos de materiais recicláveis. A

campanha consistiu na colocação de encartes nas faturas da água a enviar à população da

área geográfica da Valorsul. Foi realizada a conceção criativa de 4 peças de comunicação,

para envio de um folheto por cada trimestre, juntamente com a carta da conta da água. Cada

peça tem um tema por tipo de material: embalagens de vidro, embalagens de plástico, papel e

cartão, embalagens de metal. Foram produzidos perto de 3 milhões de folhetos.

EcoEventosO Eco-Evento é uma iniciativa da Valorsul que desafia as entidades na organização dos

seus eventos a comprometer-se na redução do impacte ambiental resultante do evento e a

promover a gestão adequada de resíduos.

A Valorsul apoia as organizações participantes nesta iniciativa e proporciona um conjunto de

serviços gratuitos que facilitam a concretização dos objetivos definidos para que, em parceria,

se crie um compromisso com o ambiente.

Em 2016, foram realizados 13 Ecoeventos, nos quais a Valorsul deu apoio logístico (sacos, luvas,

colocação de ecopontos, recolha, monitores, materiais informativos, ações de sensibilização) e,

por vezes, foram atribuídos donativos em função das quantidades recolhidas. De destacar o

envolvimento no planeamento das recolhas seletivas na Maratona EDP e nas Festas da Cidade

de Lisboa.

Projeto nacional de uniformização da sinaléticaLiderado pela Sociedade Ponto Verde e em parceria com os sistemas municipais e autarquias,

o projeto nacional de uniformização da sinalética consiste na harmonização das várias

sinaléticas dos ecopontos por uma nova imagem comum a todo o território nacional. Com esta

iniciativa, Portugal afirma-se como um exemplo na implementação de uma sinalética universal

nos ecopontos, independentemente do município ou da fonte de informação consultada.

A implementação da sinalética universal nos ecopontos foi assumida pela Valorsul, em 2016,

Atividades e iniciativas

13 EcoEventos

Portugal como exemplo na

sinalética dos ecopontos

80

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como uma das suas principais ações de comunicação junto da população que serve. Já é

possível encontrar esta nova sinalética nos 14 municípios da região Oeste e nos municípios

de Loures e Odivelas, estando igualmente prevista a sua expansão aos restantes municípios.

Foi também adaptada a vários suportes de comunicação (cartazes, autocolantes, magnéticos e

folhetos). Desta forma, em qualquer local e suporte, os cidadãos vão encontrar uma informação

coerente, o que simplifica a separação dos recicláveis.

Vamos Limpar a EuropaA iniciativa “Vamos Limpar a Europa” teve início em 2014, e consiste na organização (por

parte de equipas de voluntários, e com o apoio de uma entidade coordenadora nacional ou

regional), de ações de limpeza de espaços públicos. Estas ações acontecem em toda a Europa

no mesmo fim de semana, no início de maio. O objetivo do projeto é gerar notoriedade para

as questões relacionadas com a produção de resíduos por parte dos cidadãos e, ao mesmo

tempo, contribuir para a limpeza de espaços naturais (como praias, terrenos, florestas, etc.)

Este ano, foram registadas 5.800 iniciativas em toda a Europa que congregaram cerca de

500 mil participantes. Na área da Valorsul, que é coordenadora regional da iniciativa, foram

realizadas 18 ações de limpeza, envolvendo cerca de 815 participantes.

Semana Europeia de Prevenção de ResíduosA Valorsul manteve-se como coordenadora regional da Semana Europeia de Prevenção de

Resíduos, evento promovido pela União Europeia, que decorreu entre 19 e 27 de novembro de

2016 e acolheu, este ano, mais de 12.255 ações em toda a Europa e 19 na área da Valorsul.

Foi assegurada toda a logística necessária de inscrição, validação e avaliação de atividades

inscritas por parte de cidadãos e organizações.

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

AF MAGNETICO 010316.pdf 1 01/03/16 15:51

Atividade 81

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VisitasEm 2016, a Valorsul recebeu nas suas instalações 178 visitas, num total de 4.920 visitantes.

Este ano a instalação mais visitada foi o Centro de Tratamento de Resíduos do Oeste e o grupo

etário mais assíduo situa-se entre os 13-15 anos (escolas do 3º ciclo do ensino básico).

Gestão de contactos - Pedidos de informação e reclamaçõesEm 2016 foram registados 977 contactos categorizados como pedidos de informação (840),

reclamação municipal (37) e reclamação Valorsul (100), a grande maioria via telefone ou e-mail.

Para uma melhor clarificação, existe uma separação prévia entre reclamações municipais

(assuntos da esfera municipal) e reclamações Valorsul (sobre assuntos da área de atuação da

empresa).

O maior número de reclamações centra-se em questões associadas à colocação e recolha

de ecopontos. Relativamente aos pedidos de informação, o assunto mais questionado são

dúvidas relacionadas com a receção e descarga de resíduos nas instalações da empresa. As

áreas da reciclagem, pedidos de materiais de sensibilização e informações sobre educação

ambiental também reúnem um grande número de contactos.

O tempo médio de resposta a pedidos de informação é 2 dias, e a reclamações (Valorsul) é 7

dias existindo variações consoante a complexidade das mesmas.

Atividade

Resposta aos pedidos de

informação e reclamações

Tempo médio para

informações

2 dias

Tempo médio para

reclamações

7 dias

82

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Programa EcovalorO Programa Ecovalor é um programa de educação ambiental que se dedica em exclusivo à

comunidade escolar. Tem como segredo de sucesso a estreita relação e parceria efetiva com

os municípios que tem permitido, desde há 16 anos, a manutenção de atividades dedicadas à

promoção da prevenção, reutilização e reciclagem de resíduos.

No âmbito deste programa, a Valorsul ofereceu visitas escolares às instalações (muitas delas

cofinanciadas com aluguer de transporte coletivo); ações de sensibilização ambiental no

espaço da escola; e um grande concurso interescolas de separação de embalagens.

Foram dinamizados dois concursos escolares, dedicados à recolha de embalagens no ecoponto

amarelo e no ecoponto azul. O concurso dedicado ao ecoponto amarelo envolveu perto de

45.000 alunos e foram recolhidos 232.699 kg de embalagens de plástico, metal e pacotes de

bebida, o que representa um aumento de 85% face ao ano letivo anterior. O sucesso deste

concurso deveu-se à efetiva capacidade de recolha e dinamização dos municípios aderentes,

sendo de destacar o desempenho dos municípios do Cadaval, Lourinhã e Vila Franca de Xira.

O concurso dedicado ao ecoponto azul envolveu 13.378 alunos e foram recolhidos 166.939

kg de papel e cartão. Foi possível concretizar esta iniciativa em 7 municípios, com destaque

para os excelentes resultados em Alcobaça, Alenquer e Lourinhã, que fizeram este concurso

aumentar as recolhas em 169%, face ao ano letivo anterior.

Evolução no envolvimento com a comunidade Apresenta-se no quadro 14 a variação de alguns indicadores que refletem o envolvimento com

a comunidade.

Educação e sensibilização ambiental

+85%materiais recolhidos

face ao ano letivo

de 2015 no concurso

dedicado ao ecoponto

amarelo

+169%materiais recolhidos

- com destaque para

Alcobaça, Alenquer e

Lourinhã - no concurso

dedicado ao ecoponto

azul.

Concursosdedicados

aos Ecopontos

Atividade 83

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IndicadorQuantidade

Variação 2015/2016

2016 2015 2014

Visitantes às instalações

178 visitas 234 visitas 228 visitas - 56 visitas

4.920 visitantes

5.829 visitantes

5.887 visitantes

- 909 visitantes

Ações de sensibilização

252 ações 197 ações 159 ações + 55 ações

6.472 participantes

6.490 participantes

5.624 participantes

- 18 participantes

Embalagens recolhidas no concurso escolar (ecoponto amarelo)

232,7 t 126,5 t 103,2 t + 106,2 t

Embalagens recolhidas no concurso escolar (ecoponto azul)

167 t 61 t 11 t + 106 t

Pedidos de informação 842 1.126 797 - 284

Reclamações Valorsul 100 83 73 + 17

Visitas ao Portal 70.369 70.060 67.731 309

Quadro 14 – Indicadores de envolvimento com a comunidade

Os concursos interescolas de separação de embalagens no ecoponto amarelo e de papel e

cartão no azul têm crescido no número de escolas participantes, o que se reflete no aumento

de toneladas recolhidas face ao ano anterior.

Prémio

Atividade

Marca de Confiança

em 2016, pelo 2º

ano consecutivo

Valorsul eleita Marca de Confiança dos Portugueses em 2016Pelo segundo ano consecutivo, a Valorsul foi distinguida com o prémio Marca de Confiança

dos Portugueses em 2016, na categoria de Ambiente, como a “empresa de tratamento de

lixo” em que mais confiam, com 25% dos votos dos inquiridos. Numa pergunta aberta e sem

referências de resposta, dirigida a 12.000 assinantes da revista Seleções de Reader’s Digest,

este foi o resultado de um estudo que todos os anos avalia a opinião dos consumidores sobre

a confiança que depositam nas variadas marcas de diferentes produtos e serviços do mercado.

Este prémio é uma prova da confiança que a população deposita no trabalho da Valorsul e

reflete o empenho e profissionalismo constantes no exercício da sua atividade.

84

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Desempenho financeiro07

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Desempenho financeiro

Em virtude da ERSAR apenas ter deliberado em dezembro de 2016 o valor relativo aos

proveitos permitidos e respetiva tarifa a aplicar em 2016, a Valorsul faturou os serviços

prestados tendo em consideração a tarifa de 2015, tendo especializado o diferencial, o qual

será regularizado em 2017.

O volume de negócios da Valorsul compreende os rendimentos obtidos com a venda de

energia e de recicláveis, as receitas das prestações de serviços de tratamento de resíduos e do

abastecimento de gás natural carburante. Apesar da redução tarifária, em 2016, o volume de

negócios atingiu os 58,9 milhões de euros, o que representou um aumento de 152 mil euros

face ao ano anterior.

O tratamento de RU, incluindo clientes municipais e particulares, totalizou 11,8 M€. Esta

rubrica apresentou um decréscimo de cerca de 4M€ em relação ao ano anterior. A razão

deste decréscimo deve-se à aplicação das tarifas aprovadas pela ERSAR e que no ano de

2016 sofreram um ajustamento de 6.25€/t face a 2015 (tarifa 2015: 19,44€/t; tarifa 2016:

13,19€/t).

Volume de negócios

Desempenho financeiro 86

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Desempenho financeiro

O total dos rendimentos da venda de energia cifrou-se em 33,4M€, superior em 3,6M€ quando

comparado com o ano de 2015. Este desvio positivo deve-se à boa performance de todas as

unidades operacionais da Valorsul que registaram o melhor ano de produção de energia de sempre.

De salientar que 29,2M€ foram provenientes da CTRSU, representando a energia produzida

nesta unidade cerca de 50% do volume de negócios total da empresa. As receitas da venda de

energia proveniente do aproveitamento do biogás do aterro sanitário de Mato da Cruz (ASMC)

e do aterro sanitário Oeste do Cadaval (ASO) atingiram, cerca de 1,1M€ no ASMC e 1,7M€ no

ASO. A venda de energia da estação de tratamento e valorização orgânica ascendeu a 1,4M€.

Por último, a venda de materiais recicláveis ascendeu a 12M€, aumentando 900 mil euros face

ao ano de 2015, sendo a fileira de papel/cartão a que mais contribuiu para este desempenho.

Este aumento de receitas reflete a melhoria da performance registada nos Centros de

Triagem, com um aumento global em relação ao ano anterior de cerca de 4% das quantidades

processadas, embora o aumento da receção tenha sido inferior, cerca de 3%.

A estrutura do volume de negócios apresenta-se no gráfico seguinte:

tratamentode RSU

outras vendasgás naturalvenda de recicláveis

venda de energia

Estrutura do volume de negócios

(valores em euros)

2016

2015

0

20,000,000

10,000,000

30,000,000

5,000,000

25,000,000

15,000,000

35,000,000

40,000,000

0

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

40000

87

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A Valorsul registou no ano de 2016 um cash flow operacional (EBITDA) de 20,2M€ de euros,

conforme se apresenta no quadro seguinte:

rubrica 2016 2015 2014

volume de negócios 58.947.009 58.795.249 52.833.479

FSE (fornecimentos e serviços externos) -19.783.614 -18.194.846 -21.191.953

custo das vendas -7.404.287 -7.139.899 -6.550.094

gastos com pessoal -13.198.756 -12.927.655 -11.987.389

Provisões e Reversões -75.894 -1.150.865 174.129

outros gastos e perdas -1.184.628 -1.350.434 -1.367.118

outros rendimentos 1.960.680 585.929 1.302.536

cash flow operacional (EBITDA) 19.260.510 18.617.478 13.213.590

amortizações/depreciações -17.171.630 -13.111.211 -13.107.474

subsídios ao investimento 5.080.423 2.584.685 2.584.685

resultados Operacionais (EBIT) 7.169.304 8.090.952 2.690.801

Quadro 15 - Resultados operacionais e rubricas associadas (valores em euros) Nota: os valores de 2015 e 2014 são apresentados de acordo com os mesmos critérios contabilísticos de 2016

As rubricas FSE, amortizações e gastos com pessoal são as que maior peso têm na estrutura de

gastos da Valorsul. Assim, a rubrica de fornecimentos e serviços externos totalizou no exercício de

2016 cerca 19,8M€, representando um aumento de cerca de 1,6M€, em relação a 2015. Refira-

se que esta variação é resultado da contabilização em FSE do custo dos anos de 2015 e 2016

com a recolha de orgânicos. Em 2015 este custo encontrava-se provisionado, aguardando decisão

sobre a forma de pagamento, pelo que a regularização em 2016 deu origem à variação de 1,6M€

anteriormente referida. A rubrica de amortizações registou um crescimento de 31% face a 2015

Gastos e resultados operacionais

Desempenho financeiro 88

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totalizando 17M€. A rubrica pessoal em 2016 cifrou-se em 13,2M€, registando um crescimento de

2% que representa um aumento de 271 mil euros face a 2015.

No que diz respeito aos FSE há a realçar a rubrica de manutenção, devido a intervenções

levadas a cabo no corrente ano nas diversas unidades da Valorsul, as quais não se registaram

no mesmo período do ano anterior.

Relativamente aos gastos com pessoal, a variação fica a dever–se fundamentalmente ao

custo da reposição salarial decorrente da privatização referente a um ano inteiro. Em 2015

esta alteração teve efeitos no último quadrimestre de 2015. De referir também o aumento

das remunerações e respetivos encargos patronais resultante da passagem para contratos a

termo de alguns colaboradores anteriormente contratados em outsourcing.

Por último, e no que diz respeito às amortizações, com a entrada em vigor do novo regulamento

tarifário, os ativos intangíveis afetos à BAR (base de ativos regulados) foram redefinidos e

passaram a ser amortizados pela sua vida útil em detrimento do período de concessão. De

referir que este aumento das amortizações em cerca 4M€ é parcialmente compensado pelo

aumento da rubrica subsídios ao investimento em 2,5M€.

Como reflexo do anteriormente referido, os resultados operacionais em 2016 totalizaram 7,2

M€, inferiores em cerca de 922 mil euros, quando comparados com 2015.

Evolução dos gastos operacionais 2016 2015 2014

Gastos operacionais 59.947.120 53.874.911 54.204.027

Gastos financeiros 736.079 902.311 1.305.255

Total gastos 60.683.200 54.777.223 55.509.282

Natureza do gasto 2016 2015 2014

Custo das vendas 7.404.287 7.139.899 6.550.094

FSE 19.783.614 18.194.846 21.191.953

Gastos com pessoal 13.198.756 12.927.655 11.987.389

Amortizações/depreciações 17.171.630 13.111.211 13.107.474

Provisões/Perdas Imparidade 1.204.206 1.150.865 0

Outros gastos e perdas 1.184.628 1.350.434 1.367.118

Total gastos operacionais 59.947.120 53.874.911 54.204.027

% em função volume negócios 102% 92% 103%

Quadro 16 - Estrutura de gastos

Valores em euros; exceptua-se %

Desempenho financeiro 89

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Refletindo o anteriormente exposto, a Valorsul apresentou no ano de 2016 um resultado

antes de impostos de 6,4M€, inferior ao ano de 2015 em 846 mil euros.

Ilustra-se no quadro seguinte o cálculo do imposto do exercício.

2016 2015 2014

Imposto corrente 34.692 3.639.790 1.853.476

Imposto diferido reconhecido no período 2.899.975 (1.575.914) (598.780)

Excesso de estimativa de imposto do período anterior

(341) - (845)

2.934.325 2.063.877 1.253.851

Resultado antes de impostos 6.450.331 7.296.606 1.494.382

Taxa nominal de imposto 21,0% 21,0% 23,0%

Imposto esperado 1.354.570 1.532.287 343.708

Diferenças permanentes 1.545.405 (158.841) 653.364

Ajustamentos à coleta 34.692 17.475 14.676

Excesso de estimativa de imposto do período anterior

(341) - (845)

Derrama Municipal - 165.726 79.793

Derrama Estadual - 507.229 163.155

Imposto sobre o rendimento 2.934.325 2.063.876 1.253.851

Quadro 17 – Impostos Valores em euros; exceptua-se %

Resultados antes de impostos

Impostos

Desempenho financeiro 90

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Decorrente das alterações verificadas no modelo regulatório, nomeadamente, nas alterações

relacionadas com os Ativos intangíveis e com a determinação do Direito Contratual, foi

registado o desreconhecimento dos ativos não afetos à BAR, em cerca de 42M€. Decorrente

desta alteração o imposto diferido apresenta uma variação de -1,6M€ em 2015 para 2,9M€

em 2016.

Resultado líquido

Desempenho financeiro

O resultado líquido da Valorsul cifrou-se nos 3,5M€. A sua decomposição ilustra-se no quadro

seguinte:

Resultados 2016 2015 2014

Resultado antes de impostos 6.450.331 7.296.606 1.494.382

Imposto do exercício -34.692 -3.639.792 -1.853.476

Insuficiência / Excesso de estimativa 341 0 845

Imposto diferido -2.899.975 1.575.914 598.780

Resultado líquido do exercício 3.516.006 5.232.728 240.531

Quadro 18 – Resultados (valores em euros)

91

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A Valorsul apresentou no ano de 2016 um resultado financeiro negativo de 719 mil euros.

Registou-se uma redução face ao ano de 2015 por via da redução do endividamento e da

redução do saldo de clientes.

Como referido anteriormente, a tarifa municipal, aprovada pela ERSAR, que vigorou no ano de

2016 foi de 13,19 euros/t para os clientes municipais, tendo sido fixada pela Valorsul para os

clientes particulares a tarifa de 38,88 €/t para entrega de RU na CTRSU e de 52,50 €/t para

entrega no ASMC.

ResultadosFinanceiros

Tarifário

Desempenho financeiro 92

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Em 2016, o investimento liquido realizado ascendeu a 2,2 milhões de euros, sendo de destacar

a aquisição de equipamento de transporte para os aterros e o alargamento do sistema de

biogás do ASO. De referir que, dada a tardia definição e aprovação das contas reguladas 2016-

2018, os investimentos realizados foram exclusivamente em projetos já contratualizados em

2015 ou absolutamente indispensáveis à operação.

Banco Europeu de InvestimentoNo decorrer do ano de 2016, a Valorsul reembolsou a esta instituição de crédito todos os juros

remanescentes e as respetivas amortizações de capital, terminado o contrato celebrado em 1998.

Desempenho financeiro

InvestimentosEfetuados

93

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Perspetivaspara 201708

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Perspetivaspara 2017

Ao abrigo do Acordo Parassocial (anexo II, ponto 1), será colocada à disposição dos acionistas no ano

de 2017 a verba de 7.350.813,75€, correspondente a 50% dos resultados transitados a distribuir.

Procurando alinhar a atual avaliação de gestão de desempenho com o modelo adotado no

Grupo, a Valorsul implementará, em 2017, uma nova metodologia suportada em fatores

mensuráveis e qualitativos, de simples e fácil entendimento, com o objetivo primordial de

fomentar uma filosofia de diferenciação assente no reconhecimento do mérito e na busca

dinâmica de áreas de melhoria, progressão e valorização profissional.

O suporte informático a utilizar é considerado “the state of art” deste tipo de ferramentas de

gestão de recursos humanos o que, desde logo, permitirá cimentar uma rede social baseada no

mérito, reforçando, assim, o conceito de partilha empresarial.

Destacam-se também as atividades apresentadas de seguida:

Estudos e projetos> Acompanhamento da implementação das ações integrantes do PAPERSU, as quais

decorrem no período 2015-2020;

> Lançamento de concurso público e candidatura ao POSEUR para “Empreitada de

Conceção, Construção e Fornecimento para Aumento da Capacidade e Otimização da Linha de

Embalagens do Centro de Triagem e Ecocentro do Lumiar” (CTE);

> Lançamento de concurso público e candidatura ao POSEUR para “Compostagem de

verdes na Estação de Tratamento e Valorização Orgânica” (ETVO);

> Elaboração de concurso público e candidatura ao POSEUR para Melhoria da linha de

embalagens do Centro de Triagem do Oeste (CTO);

> Ampliação da Estação de Tratamento de Águas Lixiviantes (ETAL) e estudo de

modelação do topo NE do Centro de Tratamento de Resíduos do Oeste (CTRO);

> Requalificação paisagística parcial da célula de Vila Franca de Xira e célula 1 de cinzas

inertizadas do Aterro Sanitário de Mato da Cruz (ASMC).

Perspetivas para 2017 95

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Perspetivas para 2017

Recolha seletiva e triagem de materiais> Substituição de equipamentos móveis em final de vida útil e aquisição de outros

necessários à correta exploração das instalações;

> Diversas melhorias nas instalações com vista à melhoria das condições de trabalho e

aumento de eficiência dos equipamentos;

> Execução de sinalização de segurança no CTO, com delimitação de zonas pedonais e

zonas de circulação de máquinas;

> Remodelação da rede de combate a incêndios no CTO;

> Remodelação da cabine de sobretriagem no CTO;

> Instalação de chapas translúcidas na cobertura do CTO para aproveitamento da luz

natural.

Valorização orgânica de resíduos > Continuação da intervenção em diversas áreas da ETVO com vista a melhoria das

condições de trabalho;

> Execução da empreitada da Compostagem de verdes e aquisição do equipamento

necessário (triturador, equipamento de revolvimento e pá-carregadora), aquando da aprovação

da candidatura ao POSEUR;

> Construção de armazém de peças de reserva sobre a oficina e sua execução;

> Substituição dos grupos motogeradores;

> Finalização da empreitada de construção da laje de pavimento na envolvente dos

digestores e respetiva rede de drenagem;

> Conclusão dos trabalhos de furação por hot tap para a purga contínua de sedimentos da

base dos digestores;

> Esvaziamento de um dos digestores após período de 10 anos em operação contínua,

para ações de manutenção;

> Instalação de sistema com base em hidrociclones para melhoria da remoção de

sedimentos à cabeça da instalação, no pré-tratamento;

> Substituição do leito do biofiltro aberto;

> Aquisição de contentores-compactadores para substituição dos existentes;

> Substituição das duas membranas do gasómetro;

> Aquisição de caudalímetro ultrassónico de biogás para contabilização de volume de

biogás enviado ao gasómetro;

> Revestimento do tanque de nitrificação;

> Substituição dos módulos de membranas de microfiltração;

> Aquisição de ETA para a água do furo.

96

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Incineração com recuperação de energia> Aquisição de novas bombas de injeção de leite de cal, que permitirão uma maior margem

operacional no combate a eventuais subidas dos valores de emissão do poluente HCl.

> Confinamento dos gases pobres emanados do transportador vibratório e requalificação

dos sistemas de persianas automáticas nos pisos 1 e 11 (sistema que permitirá a ventilação

natural do edifício das caldeiras) como forma de melhorar a qualidade do ar.

> Preparação de um novo Plano de Racionalização do Consumo de Energia (PREN), plano

esse tendente a definir os objetivos para o quinquénio 2017 – 2022.

> Duas paragens programadas para manutenção (tipo A e tipo B). A indisponibilidade

programada para o próximo ano terá assim um valor superior ao de 2016 devido à maior

duração da paragem para manutenção do tipo B.

Deposição em aterro> Ampliação da ETAL - Execução da lagoa 4 da ETAL do Aterro Sanitário do Oeste (ASO);

> Instalação de dois motogeradores e equipamentos auxiliares na Central de Valorização

energética de Biogás (ASO);

> Aquisição de empilhador telescópico (ASO);

> Aquisição de um trator “Bulldozer” (ASO);

> Aquisição de um gerador de emergência 2 (ASO);

> Execução de estação de lavagem de máquinas (ASO);

> Reformulação da rede de drenagem de lixiviados do ASO;

> Instalação da rede de incêndios no CTRO;

> Execução da ligação da rede de abastecimento de água ao CTRO, através da rede púbica

de abastecimento;

> Aquisição de contentores fechados para transferência de RU;

> Investimentos no âmbito da eficiência energética (CTRO);

> Aquisição de retroescavadora (ASMC).

Outros> Renovação das certificações do SGI nas vertentes da Gestão da Qualidade, Ambiente

e Segurança, segundo as normas NP EN ISO 9001, NP EN ISO 14001 e OHSAS 18001 para

todos os produtos, serviços, atividades e locais da empresa;

> Manutenção da Certificação do Sistema de Controlo de Produção em Fábrica do Agregado

para a construção rodoviária, nomeadamente para camadas não ligadas de base e sub-base de

pavimentos rodoviários (agregado artificial proveniente de escórias de incineração de resíduos

urbanos), segundo a norma EN 13242:2002+A1:2010 (marcação CE);

> Reformulação da Rede de Combate a Incêndios do CTRO;

Perspetivas para 2017 97

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> Requalificação do Refeitório da Sede;

> Substituição do Sistema AVAC de Chiller no edifício Administrativo da Sede;

> Acompanhar a implementação dos Planos de Racionalização dos Consumos de energia

(PREn) / Acordos de Racionalização dos Consumos de Energia (ARCE) nas diferentes instalações

e de outras medidas de eficiência energética;

> Campanha de sensibilização para a prevenção do consumo de substâncias psicotrópicas;

> Implementação das recomendações para a melhoria do SGI indicadas na Revisão pela

Gestão 2016;

> Apoio técnico para a instalação de pórtico destinado à deteção de materiais radioativos

na CTRSU.

Perspetivas para 2017 98

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Consideraçõesfinais09

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Considerações finais

Consideraçõesfinais

Ao concluir este relatório, o Conselho de Administração não pode deixar de exprimir uma

mensagem de agradecimento às entidades e pessoas que mais o apoiaram na prossecução

dos objetivos estabelecidos, nomeadamente ao Ministério do Ambiente e aos restantes

órgãos sociais e eleitos da empresa.

De forma muito especial, queremos:

> Agradecer aos acionistas a confiança e o apoio, designadamente aos municípios que

simultaneamente são, como clientes, a principal força motivadora do nosso trabalho;

> Expressar uma palavra de reconhecimento aos nossos colaboradores, que, com

disponibilidade, interesse, competência e lealdade exerceram com entusiasmo as suas funções

neste projeto, que é, ao mesmo tempo, um grande desafio profissional para todos eles.

Agradecimentos

100

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Proposta de aplicação de resultados10

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Proposta de aplicação de resultados

Proposta de aplicação de resultados

O Conselho de Administração propõe que o Resultado Líquido do Exercício de 2016, no valor

de 3.516.005,76 €, tenha a seguinte aplicação:

> Reserva Legal: 175.800,29 €;

> Dividendos: 2.637.004,32 €;

> Reservas livres: 703.201,15 €;

Dividendo por ação: 0,52 €

102

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Anexo: Números

- resíduos e produtos11

Page 104: Fazemos parte do futuro - valorsul.pt · 04 Mensagem do presidente 94 Perspetivas para 2017 55 Atividade 103 Anexo: Números ... repostas as progressões automáticas e processadas

Anexo: Números - resíduos e produtos

Recolha seletiva multi-material

CTE / Ecoc ETVO* CTRSU ASMC** ASO / ET CTO / Ecoc*** Total

2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014

58.816 57.189 56.199 984 1.119 435 0 0 0 7 4 4 0 0 0 14.082 13.343 13.526 73.888 71.655 70.164

* resíduos verdes | ** receção de pilhas no Armazém | *** e Ecoparque

Recolha seletiva de matéria orgânica

CTE / Ecoc ETVO CTRSU ASMC ASO / ET CTO / Ecoc Total

2015 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014

- - - 39.610 35.971 31.482 0 0 127 1.262 3.544 6.442 - - - - - - 40.872 39.515 38.052

Recolha indiferenciada

CTE / Ecoc ETVO CTRSU* ASMC ASO / ET** CTO / Ecoc Total

2015 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014

- - - - - - 623.743 593.972 590.291 30.112 42.923 30.330 166.778 164.306 165.077 - - - 820.633 801.201 785.698

* não houve transferência de resíduos da CTRSU para o ASO/ET | ** da receção total no ASO/ET foram transferidas 26.607 t para a CTRSU (acresce à receção direta nesta unidade e deduz no ASO/ET) e 25.962 t para a CVO Valorlis

Total de receção direta

CTE / Ecoc ETVO CTRSU ASMC ASO / ET CTO / Ecoc* Total

2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014

58.816 57.189 56.199 40.594 37.089 31.916 623.743 593.972 590.419 31.382 46.472 36.776 166.778 164.306 165.077 14.082 13.343 13.526 935.394 912.371 893.914

* e Ecoparque

Total processado nas instalações

CTE / Ecoc ETVO CTRSU ASMC ASO** / ET CTO / Ecoc*

2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014

56.596 55.516 54.223 40.571 37.070 31.916 664.456 619.671 562.366 45.030 60.334 54.526 113.720 124.556 179.646 16.312 15.035 15.515

* e Ecoparque | ** não incluí escórias utilizadas para a cobertura de resíduos nos aterros.

Valores em toneladas (t)

Receção direta de resíduos

104

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Transformação em produtos ou materiais úteis

Energia (MWh) CTE ETVO CTRSU ASMC ASO CTO TOTAL

2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014

Energia produzida - - - 10.892 10.185 8.776 379.442 345.929 288.356 10.418 11.597 10.950 17.201 11.572 8.125 - - - 417.953 379.282 316.207

Energia exportada - - - 10.892 10.185 8.763 332.282 301.360 247.644 10.418 11.597 10.950 17.201 11.572 8.125 - - - 370.793 334.713 275.482

Escórias (t) CTE ETVO CTRSU / ITVE ASMC ASO CTO TOTAL

2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014

Escórias Inertes - - - - - - 98.557 93.599 93.264 - - - - - - - - - 98.557 93.599 93.264

Escórias Metais ferrosos - - - - - - 5.056 3.859 3.855 - - - - - - - - - 5.056 3.859 3.855

Escórias Metais não ferrosos - - - - - - 430 352 399 - - - - - - - - - 430 352 399

Agregado - - - - - - 2.072 1.254 - - - - - - - - - - 2.072 1.254 -

Composto (t) CTE ETVO CTRSU ASMC ASO CTO TOTAL

2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2013 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014

Composto - - - 367 671 232 - - - - - - - - - - - - 367 671 232

Materiais retomados pela Sociedade Ponto Verde (t) (1)

CTE ETVO CTRSU ASMC ASO CTO TOTAL

2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014

Vidro 18.779 18.497 17.692 - - - - - - - - - - - - 5.250 4.942 5.029 24.029 23.439 22.721

Papel e cartão (2) 26.018 25.833 25.090 - - - - - - - - - - - - 5.334 4.994 5.118 31.351 30.827 30.208

Embalagens (3) 8.656 8.469 7.356 - - - - - - - - - - - - 3.804 3.210 2.939 12.459 11.679 10.295

Energia: valores obtidos por faturação e leitura de contadores; Composto; escórias e outros materiais recicláveis: valores obtidos por pesagem

(1) procede-se ao envio para reciclagem de outros produtos ex. metal não embalagem, pilhas e madeira (cerca de 970t).

(2) a retoma de embalagens de cartão para alimentos líquidos está considerada no "papel e cartão". Está aqui incluido o "papel e cartão" não embalagem.

(3) plásticos e metais incluindo não embalagem, remunerados pela SPV.

CTE – Centro de Triagem e Ecocentro; ETVO – Estação de Tratamento e Valorização Orgânica; CTRSU – Central de Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos; ASMC – Aterro Sanitário de Mato da Cruz; ASO - Aterro Sanitário do Oeste (ASO);

CTO - Centro de Triagem do Oeste.

Anexo: Números - resíduos e produtos 105

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Contas e valores do exercício de 201612

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Contas e valores do exercício de 2016

Contas e valores do exercício de 2016

Ativo Notas 2016 2015

Ativo não corrente

Ativos intangíveis 6 99.848.494 170.531.765

Outros investimentos financeiros 1.230 174

Ativos por impostos diferidos 10 13.784.602 17.067.067

Total do ativo não corrente 113.634.326 187.599.006

Ativo corrente

Clientes 7 9.516.738 11.217.588

Adiantamento a fornecedores - 270.798

Estado e outros entes públicos 11 2.136.389 10.004

Outros créditos a receber 8 67.353 437.239

Diferimentos 9 654.798 528.770

Caixa e depósitos bancários 4 13.532.371 7.441.655

Total do ativo corrente 25.907.648 19.906.054

Total do ativo 139.541.974 207.505.060

Balanços em 31 de dezembro de 2016 e 2015(Montantes expressos em Euros)

107

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Contas e valores do exercício de 2016

Capital próprio e passivo

Capital próprio

Capital subscrito 12 25.200.000 25.200.000

Reserva legal 12 4.549.862 4.288.225

Outras reservas 12 - 16.634.631

Resultados transitados 12 5.028.726 7.350.814

Outras variações no capital próprio 12 22.300.409 17.500.011

Resultado líquido do exercício 12 3.516.006 5.232.728

Total do capital próprio 60.595.002 76.206.409

Passivo

Passivo não corrente

Provisões 13 1.056.054 1.150.865

Financiamentos obtidos 15 8.906.347 11.351.933

Passivos por impostos diferidos 10 15.312.986 14.137.730

Subsídios ao investimento 14 - 25.930.187

Outras dívidas a pagar 18 13.303.502 55.096.234

Total do passivo não corrente 38.578.889 107.666.949

Passivo corrente

Fornecedores 17 5.703.064 6.399.820

Estado e outros entes publicos 11 1.371.824 3.409.242

Acionistas 19 18.637.673 2.823.274

Financiamentos obtidos 15 2.435.799 6.832.407

Outras dívidas a pagar 18 7.032.383 4.166.959

Diferimentos 9 5.187.341 -

Total do passivo corrente 40.368.083 23.631.702

Total do passivo 78.946.972 131.298.651

Total do capital próprio e do passivo 139.541.974 207.505.060

O anexo faz parte integrante do balanço em 31 de dezembro de 2016.

108

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Demonstrações dos resultados por naturezas dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015(Montantes expressos em Euros)

Rendimentos e gastos Notas 2016 2015

Vendas e serviços prestados 20 58.947.009 54.624.960

Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas

21 (7.404.287) (7.139.899)

Fornecimentos e serviços externos 22 (19.783.614) (18.194.846)

Gastos com o pessoal 23 (13.198.756) (12.927.655)

Imparidade de dívidas a receber 7 (170.705) -

Provisões 13 94.811 (1.150.865)

Outros rendimentos 24 1.960.680 585.927

Outros gastos 25 (1.184.628) (1.350.434)

Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos

19.260.510 14.447.188

Gastos de amortização 26 (17.171.630) (8.940.922)

Subsídio ao investimento 12 e 14 5.080.423 2.584.685

Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos)

7.169.304 8.090.951

Juros e rendimentos similares obtidos 27 17.106 107.966

Juros e gastos similares suportados 27 (736.079) (902.311)

Resultado antes de impostos 6.450.331 7.296.606

Impostos sobre o rendimento do exercício 10 (2.934.325) (2.063.877)

Resultado líquido do exercício 3.516.006 5.232.728

Resultado por ação 0,70 1,04

O anexo faz parte integrante das demonstrações dos resultados por naturezas do exercício findo em 31 de dezembro de 2016.

Contas e valores do exercício de 2016 109

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Contas e valores do exercício de 2016 110

Demonstrações das alterações no capital próprio dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015(Montantes expressos em Euros)

Descrição Notas Capital

realizadoReserva

legalOutras

reservasResultados transitados

Outrasvariações no capital

próprio

Resultadolíquido

do período

Total do capital próprio

Saldo em 1 de janeiro de 2015 12 25.200.000 4.276.198 17.866.308 7.880.276 18.410.496 240.531 73.873.809

Aplicação do resultado líquido do exercício findo em 31 de dezembro de 2014 12 - 12.027 - 228.504 - (240.531) -

Distribuição de dividendos 12 - - - (1.989.643) - - (1.989.643)

Resultado líquido do exercício findo em 31 de dezembro de 2015 - - - - - 5.232.728 5.232.728

Reclassificação de resultados transitados para reservas - - (1.231.677) 1.231.677 - - -

Subsídios ao investimento reconhecidos no exercício 12 - - - - (1.205.940) - (1.205.940)

Impostos diferidos relativos a subsídios ao investimento 10 - - - - 295.455 - 295.455

Saldo em 31 de dezembro de 2015 25.200.000 4.288.225 16.634.631 7.350.814 17.500.011 5.232.728 76.206.409

Aplicação do resultado líquido do exercício findo em 31 de dezembro de 2015 12 - 261.636 - 4.971.092 - (5.232.728) -

Distribuição de dividendos 12 - - - (4.186.183) - - (4.186.183)

Distribuição de reservas e resultados transitados 12 - - (16.634.631) (3.106.997) - - (19.741.628)

Resultado líquido do exercício findo em 31 de dezembro de 2016 - - - - - 3.516.006 3.516.006

Reclassificação de subsídios anteriormente classificados como reembolsáveis 12 - - - - 11.438.566 - 11.438.566

Subsídios ao investimento reconhecidos no exercício 12 - - - - (5.080.423) - (5.080.423)

Impostos diferidos relativos a subsídios ao investimento 10 - - - - (1.557.745) - (1.557.745)

Saldo em 31 de dezembro de 2016 25.200.000 4.549.862 - 5.028.726 22.300.409 3.516.006 60.595.002

O anexo faz parte integrante da demonstrações das alterações no capital próprio do exercício findo em 31 de dezembro de 2016.

110

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Demonstrações dos fluxos de caixa dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015(Montantes expressos em Euros)

Notas 2016 2015

Fluxos de caixa das atividades operacionais

Recebimentos de clientes 77.935.710 74.891.894

Pagamentos a fornecedores (28.725.526) (29.614.852)

Pagamentos ao pessoal (11.076.722) (10.831.107)

Fluxos de caixa gerado pelas operações 38.133.462 34.535.935

Pagamento do imposto sobre o rendimento (4.133.388) (2.701.162)

Outros pagamentos (10.102.039) (8.270.563)

Fluxos de caixa das atividades operacionais (1) 23.898.036 23.564.210

Fluxos de caixa das atividades de investimento

Pagamentos respeitantes a:

Ativos intangíveis (3.456.192) (3.498.133)

Outros ativos - (839.623)

(3.456.192) (4.337.756)

Recebimentos provenientes de:

Juros e rendimentos similares 92.358 86.995

Fluxos de caixa das atividades de investimento (2) (3.363.834) (4.250.761)

Fluxos de caixa das atividades de financiamento

Recebimentos provenientes de:

Financiamentos obtidos - 9.000.000

Pagamentos respeitantes a:

Financiamentos obtidos (6.837.644) (14.856.281)

Acionistas - (8.500.000)

Juros e gastos similares (593.342) (896.533)

Dividendos, distribuição de reservas livres e resultados transitados

12 (7.012.501) (1.989.643)

(14.443.487) (26.242.457)

Fluxos de caixa das atividades de financiamento (3) (14.443.487) (17.242.457)

Variação de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3) 6.090.715 2.070.992

Reclassificação do fundo de reconstituição de capital - 5.040.000

Restituição/(Constituição) de depósitos bancários cativos 4 2.044.723 (2.044.723)

Caixa e seus equivalentes no início do exercício 4 5.396.932 330.663

Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 4 13.532.371 5.396.932

O anexo faz parte integrante das demonstrações dos fluxos de caixa do exercício findo em 31 de dezembro de 2016.

Contas e valores do exercício de 2016 111

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Nota introdutóriaA Valorsul – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos das Regiões de Lisboa e do

Oeste, S.A. (“Valorsul”, “Concessionária” ou “Empresa”) é uma sociedade anónima, constituída

pelo Decreto-Lei n.º 68/2010, em 15 de Junho, com sede social em São João da Talha, a sua

estrutura acionista é composta pela Empresa Geral do Fomento, S.A. (“EGF”), pela Associação

de Municípios Amo Mais e pelos Municípios de Lisboa, Loures, Amadora, Vila Franca de Xira e

Odivelas. A Empresa tem como objetivo social exclusivo, em regime de concessão de serviço

público, a exploração e a gestão do sistema multimunicipal de triagem, recolha seletiva de

resíduos urbanos, valorização e tratamento de resíduos sólidos urbanos das regiões de Lisboa

e do Oeste integrando como utilizadores originários os municípios de Alcobaça, Alenquer,

Amadora, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lisboa, Loures,

Lourinhã, Nazaré, Óbidos, Odivelas, Peniche, Rio Maior, Sobral de Monte Agraço, Torres Vedras

e Vila Franca de Xira.

Nos termos do Decreto-Lei n.º 45/2014, de 20 de março, o Governo privatizou a EGF, que

anteriormente permanecia como uma sub-holding da Empresa Águas de Portugal para o setor

dos resíduos. A alienação do capital social da EGF à Suma Tratamento, S.A. (“Suma Tratamento”,

empresa detida maioritariamente pelo Grupo Mota-Engil), teve como consequência a

alteração do enquadramento jurídico das entidades gestoras dos sistemas multimunicipais de

tratamento de resíduos, nas quais se inclui a Valorsul, na qual a EGF é acionista maioritária.

Neste quadro, o Governo reviu o regime jurídico aplicável à atuação das entidades gestoras de

sistemas multimunicipais de tratamento e de recolha seletiva de resíduos urbanos.

Desta forma, através do Decreto-Lei 96/2014, de 25 de junho, foram aprovadas as bases da

concessão da exploração e gestão, em regime de serviço público, dos sistemas multimunicipais de

tratamento e de recolha seletiva de resíduos urbanos, atribuída a entidades de capitais exclusiva

ou maioritariamente privados. Foi também aprovado através deste decreto o regime regulatório

transitório a vigorar em 2015, bem como um novo Regime Remuneratório a vigorar a partir de 1

de janeiro de 2016. Adicionalmente, decorrente destas alterações, o contrato de concessão foi

objeto de reconfiguração, com vista à adaptação do seu conteúdo às novas bases da concessão,

tendo o período da respetiva concessão sido alargado até 2034. Assim são de destacar:

Notas às demonstrações financeiras

Contas e valores do exercício de 2016

01

112

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> Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2015, vigorou um regime regulatório e

remuneratório transitório, pelo que o rendimento reconhecido na demonstração dos resultados

relativo à atividade concessionada, decorreu da aplicação da tarifa aprovada pela Entidade

Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (“ERSAR” ou “Regulador”), sendo que, de modo

a privilegiar a estabilidade tarifária, o Regulador aprovou uma tarifa média, entre a apurada

pelas regras existentes no regime anterior, até à data da produção de efeitos do Decreto-Lei

96/2014, e a que resultaria das tarifas em vigor em 2014, atualizada de acordo com o índice

de preços, após a data de produção de efeitos do Decreto-Lei 96/2014.

> Decorrente das alterações regulatórias anteriormente referidas, a partir de 1 de

janeiro de 2016, passou a vigorar um novo regulamento tarifário, o qual alterou a forma de

remuneração da concessão e consequentemente a forma como os ativos geram benefícios.

> A partir daquela data, a Valorsul passou a registar o rendimento associado à atividade

concessionada tendo em consideração o novo modelo remuneratório, o qual estabelece novas

regras para a definição dos proveitos permitidos, assentando numa lógica de “Revenue Cap”,

permitindo à concessionária recuperar os custos de exploração e obter uma determinada

remuneração sobre os ativos que integram a Base de Ativos Regulados (“BAR”). Em virtude de a

ERSAR apenas ter deliberado em dezembro de 2016 o valor relativo aos proveitos permitidos e

respetiva tarifa a aplicar em 2016, a Valorsul faturou os serviços prestados tendo em consideração

a tarifa de 2015, tendo diferido o diferencial, o qual será regularizado em 2017 (Nota 9).

> Decorrente das alterações supra referidas, a partir de 1 de janeiro de 2016, os ativos

intangíveis afetos à BAR foram redefinidos, sendo que os identificados como pertencentes à

BAR, entenda-se por infraestrutura das concessões, passaram a ser amortizados pela sua vida

útil estimada, e aprovada pelo Regulador, em detrimento do período do contrato de concessão,

sendo que, no fim da concessão, os existentes, irão reverter para o concedente pelo seu valor

líquido contabilístico;

> Conforme vinculado no atual modelo regulatório, durante o exercício findo em 31 de

dezembro de 2016 e tendo como referência as demonstrações financeiras de 31 de dezembro

de 2015, a Valorsul aferiu quanto à existência de um “saldo regulatório”, conforme definido

no nº 11 do Decreto de Lei 96/2014, novas bases das concessões, sendo este determinado

tendo por referência os montantes dos acréscimos de gastos referente a amortizações

acumuladas de investimento contratual por realizar (considerados no contexto do anterior

quadro regulatório), deduzido do montante de imposto diferido que lhe está associado e

do valor contabilístico líquido de amortização e subsídios do conjunto de bens e ativos que

não integram a base de ativos regulados relevante para efeito de apuramento dos proveitos

permitidos. Decorrente da aplicação do referido anteriormente, não foi determinada a

Contas e valores do exercício de 2016 113

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existência daquela responsabilidade, tendo sido aferida a existência de um ativo regulatório, o

qual será amortizado pelo período da concessão.

> Em 18 de agosto de 2016, a ERSAR emitiu o Regulamento n.º 817/2016 que aprovou

o Documento Complementar ao Novo Regulamento Tarifário (“Documento Complementar”)

e republicou o artigo 95º-A do Regulamento Tarifário, que vieram clarificar e esclarecer

determinados conceitos. Contudo, à data da preparação destas demonstrações financeiras

encontra-se em aprovação pelo regulador, um projeto de alterações do “Documento

Complementar ao Regulamento Tarifário”, o qual poderá contribuir para a definição de

determinados ajustamentos a efetuar aos proveitos permitidos e às tarifas já aprovadas pelo

regulador, podendo os mesmos materializarem-se na determinação de um desvio de tarifário.

Tendo por base a informação disponível a esta data, o Conselho de Administração da Valorsul

entendeu que não existiam informações suficientes para a determinação de uma estimativa

fiável quanto ao eventual diferencial tarifário a apurar, pelo que não foi efetuado qualquer

ajustamento ao rédito reconhecido decorrente da aplicação das tarifas aprovadas pelo regulador.

Contudo o Conselho de Administração não estima que aquele desvio seja significativo.

Estas alterações determinaram a alteração de um conjunto de critérios de mensuração de

determinados ativos e passivos, com o consequente impacto nos resultados reconhecidos

no exercício findo em 31 de dezembro de 2016. Consequentemente, as demonstrações

financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2016, não são diretamente comparáveis

com as apresentadas em 31 de dezembro de 2015 (Nota 5).

As demonstrações financeiras anexas são apresentadas em Euros, dado que esta é a moeda

utilizada preferencialmente no ambiente económico em que a Valorsul opera.

É entendimento do Conselho de Administração que estas demonstrações financeiras refletem

de forma verdadeira e apropriada as operações da Valorsul, bem como a sua posição e

desempenhos financeiros e fluxos de caixa.

Referencial contabilístico de preparação das demonstrações financeiras

02.1 Referencial contabilístico

As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no quadro das disposições em vigor

em Portugal, em conformidade com o Decreto-Lei nº 98/2015 de 2 de junho, que alterou o

Decreto-Lei nº 158/2009 de 13 de julho, e de acordo com a estrutura concetual, as Normas

Contabilísticas e de Relato Financeiro (“NCRF”) e as Normas Interpretativas (“NI”) consignadas,

Contas e valores do exercício de 2016

02

114

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respetivamente, nos avisos 8254/2015, 8256/2015 e 8258/2015, de 29 de julho de 2015,

as quais no seu conjunto constituem o Sistema de Normalização Contabilística (“SNC”).

Acresce referir que o modelo das demonstrações financeiras e o quadro de contas também

foram alterados, respetivamente, pela Portaria nº 220/2015 de 24 de julho de 2015 e

Declaração de Retificação nº 41-B/2015 de 21 de setembro de 2015 e pela da Portaria

nº 218/2015 de 23 de julho de 2015 e Declaração de Retificação nº 41-A/2015 de 21 de

setembro de 2015.

De ora em diante, o conjunto daquelas normas e interpretações serão designadas

genericamente por “NCRF” ou “SNC”.

Estas alterações entraram em vigor em 1 de janeiro de 2016, sendo de aplicação obrigatória

para exercícios iniciados em ou após aquela data. As alterações decorrentes da republicação do

SNC não acarretaram alterações significativas nas políticas contabilísticas da Empresa, face às

apresentadas no exercício findo em 31 de dezembro de 2015, tendo incidido, essencialmente,

na alteração da terminologia de determinadas rubricas das demonstrações financeiras.

O SNC estabelece que, sempre que as NCRF não deem resposta às necessidades dos

utilizadores em termos de tratamento contabilístico de determinadas situações, estes deverão

supletivamente recorrer, em primeiro lugar, às Normas Internacionais de Relato Financeiro, tal

como adotadas pela União Europeia (“IFRS”), de seguida, às outras IFRS ainda não adotadas

pela União Europeia.

Neste contexto, é entendido como aplicável ao caso das concessões de serviço público

em geral, e ao caso da Valorsul em particular, a interpretação efetuada pelo International

Accounting Standards Board (“IASB”) relativamente a esta temática e vertida na IFRIC 12 -

Acordos de Concessão de Serviços (“IFRIC 12”).

Principais políticas contabilísticasAs principais políticas contabilísticas adotadas na preparação das demonstrações financeiras

anexas são as seguintes:

03.1 Bases de apresentação

As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das

operações, a partir dos livros e registos contabilísticos da Valorsul, mantidos de acordo com as

NCRF em vigor à data da elaboração das demonstrações financeiras.

Contas e valores do exercício de 2016

03

115

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O Conselho de Administração procedeu à avaliação da capacidade da Valorsul operar em continuidade,

tendo por base toda a informação relevante, factos e circunstâncias, de natureza financeira, comercial

ou outra, incluindo acontecimentos subsequentes à data de referência das demonstrações financeiras,

disponível sobre o futuro. Em resultado da avaliação efetuada, o Conselho de Administração concluiu

que a Valorsul dispõe de recursos adequados para manter as atividades, não havendo intenção

de cessar as atividades no curto prazo, pelo que considerou adequado o uso do pressuposto da

continuidade das operações na preparação das demonstrações financeiras.

03.2 Ativos intangíveis

Ativos da concessão – IFRIC 12 – Acordos de concessão de serviços

Os ativos adquiridos/construídos pela Valorsul, ao abrigo do contrato de concessão, são ativos

afetos à concessão, correspondendo à respetiva infraestrutura concessionada.

A IFRIC 12 aplica-se a contratos de concessão de serviço público nos quais o concedente

controla (regula):

> os serviços a serem prestados pela Concessionária (mediante a utilização da

infraestrutura), a quem e a que preço; e

> quaisquer interesses residuais sobre a infraestrutura no final do contrato.

A IFRIC 12 aplica-se a infraestruturas:

> construídas ou adquiridas pelo operador a terceiros;

> já existentes e às quais é dado acesso ao operador.

Desta forma, e atendendo ao acima descrito, a concessão da Valorsul encontra-se abrangida

no âmbito desta IFRIC pelas seguintes razões:

> a Valorsul possui um contrato de concessão de serviço público celebrado com o Estado

Português (“Concedente”) e por um período pré-definido;

> A Valorsul efetua a prestação de serviços públicos mediante a utilização de

infraestruturas, conforme definido em detalhe nas Notas 6 e 31;

> o concedente controla os serviços prestados e as condições em que são prestados,

através do regulador ERSAR;

> os diversos ativos utilizados para a prestação dos serviços revertem para o concedente

no final do contrato de concessão.

Esta interpretação estabelece os princípios genéricos de reconhecimento e mensuração de

direitos e obrigações ao abrigo de contratos de concessão com as características mencionadas

anteriormente.

Deste modo e atendendo aos termos do contrato de concessão, nomeadamente no que se

Contas e valores do exercício de 2016 116

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refere ao modelo remuneratório, foi entendido que as operações da Valorsul são enquadráveis

no modelo do ativo intangível (quando a Empresa recebe do concedente o direito de cobrar

uma tarifa em função da utilização da infraestrutura), em virtude, essencialmente, da Valorsul

assumir o risco de existirem alterações no modelo remuneratório (tarifário), dado que é imposto

pelo regulador, a ERSAR, assumindo simultaneamente os riscos operacionais, os riscos de

investimento e de financiamento da concessão.

Atendendo ao enquadramento acima descrito, os ativos afetos à concessão (ativos intangíveis)

encontram-se valorizados ao custo de aquisição ou de produção, deduzidos de amortizações e

perdas por imparidade acumuladas. As amortizações são reconhecidas numa base sistemática/

linear durante a vida útil estimada dos ativos intangíveis. O efeito de alguma alteração a estas

estimativas é reconhecido prospectivamente na demonstração dos resultados.

Para fins de amortização dos ativos afetos à concessão, foi tido em consideração o método

que reflete o modelo pelo qual se espera que os benefícios económicos futuros dos ativos

sejam consumidos pela Valorsul. Até 31 de dezembro de 2015 atenta à tipologia do modelo

remuneratório em vigor, os ativos foram amortizados durante o período de concessão, sendo

que a partir de 1 de janeiro de 2016 passaram a ser amortizados pelo período correspondente

à vida útil dos ativos associados aos direitos adquiridos/construídos (“infraestrutura”), por ser

esta a base do seu rendimento anual. Deste modo, os ativos concessionados são amortizados

em conformidade com o modelo remuneratório subjacente ao regulamento tarifário, o qual

estabelece que, a partir de 1 de janeiro de 2016, os ativos deverão ser amortizados de acordo

com a vida útil da respetiva infraestrutura, e devidamente aprovada pelo Regulador.

Importa ainda referir que, o direito atribuído no âmbito do contrato de concessão consiste na

possibilidade da Valorsul cobrar tarifas em função dos custos incorridos com as infraestruturas.

Assim, tendo em consideração a metodologia de apuramento de tarifas, a base de remuneração

é apurada atendendo a cada item de ativo concessionado em específico, o que pressupõe a

necessidade de componentização do direito. Consequentemente, considera-se que o direito é

componentizável por partes distintas à medida que se vão concretizando as diversas bases de

remuneração.

Desta forma, o ativo intangível vai sendo aumentado à medida que se vão concretizando as

diversas infraestruturas afetas à concessão, sendo registado com base no seu custo de aquisição/

construção e diminuído à medida que se vão consumindo os benefícios económicos futuros.

03.3 Locações

As locações são classificadas como financeiras sempre que os seus termos transferem

substancialmente todos os riscos e recompensas associados à propriedade do bem para o

Contas e valores do exercício de 2016 117

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locatário. As restantes locações são classificadas como operacionais. A classificação das

locações é feita em função da substância e não da forma do contrato.

Os ativos adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes

responsabilidades, são registados no início da locação pelo menor de entre o justo valor dos

ativos e o valor presente dos pagamentos mínimos da locação. As locações financeiras são

repartidas entre encargos financeiros e redução da responsabilidade, por forma a ser obtida

uma taxa de juro constante sobre o saldo pendente da responsabilidade.

As locações operacionais são reconhecidas como gasto numa base linear durante o período

da locação.

03.4 Subsídios ao investimento

Os subsídios do Governo apenas são reconhecidos, quando existe uma certeza razoável de que

a Valorsul irá cumprir com as condições exigidas para a sua atribuição.

Os subsídios de Governo não reembolsáveis, relacionados com a aquisição de ativos intangíveis,

são reconhecidos inicialmente no capital próprio, juntamente com os respetivos passivos por

impostos diferidos, numa base sistemática como rendimento do exercício, de forma consistente

e proporcional com as amortizações dos ativos a cuja aquisição se destinam.

Os subsídios do Governo reembolsáveis são registados no passivo e são reconhecidos numa

base sistemática como rendimento do exercício, de forma contínua e proporcional com as

amortizações dos ativos cuja aquisição se destinam.

Os subsídios à exploração, nomeadamente para formação de colaboradores, são reconhecidos

na demonstração dos resultados de acordo com os gastos incorridos.

03.5 Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes

Provisões

São reconhecidas provisões apenas quando a Valorsul tem uma obrigação presente (legal ou

implícita) resultante de um acontecimento passado, é provável que para a liquidação dessa obrigação

ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado.

O montante reconhecido das provisões consiste no valor presente da melhor estimativa na

data de relato dos recursos necessários para liquidar a obrigação. Tal estimativa é determinada

tendo em consideração os riscos e incertezas associados à obrigação.

Contas e valores do exercício de 2016 118

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As provisões são revistas na data de relato e são ajustadas de modo a refletirem a melhor

estimativa a essa data.

Passivos contingentes

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo

divulgados sempre que a possibilidade de existir uma saída de recursos englobando benefícios

económicos não seja remota, nem provável.

Ativos contingentes

Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo

divulgados quando for provável a existência de um influxo económico futuro de recursos.

03.6 Ativos e passivos financeiros

Os ativos e os passivos financeiros são reconhecidos no balanço quando a Valorsul se torna

parte das correspondentes disposições contratuais.

Os ativos financeiros e os passivos financeiros são mensurados ao custo ou ao custo

amortizado deduzido de eventuais perdas de imparidade acumuladas (no caso de ativos

financeiros), quando:

> Sejam à vista ou tenham uma maturidade definida;

> Tenham associado um retorno fixo ou determinável; e

> Não sejam ou não incorporem um instrumento financeiro derivado.

O custo amortizado corresponde ao valor pelo qual um ativo financeiro ou um passivo financeiro

é mensurado no reconhecimento inicial, menos os reembolsos de capital, mais ou menos a

amortização cumulativa, usando o método da taxa de juro efetiva, de qualquer diferença entre

esse montante na maturidade. A taxa de juro efetiva é a taxa que desconta exatamente os

pagamentos ou recebimentos futuros estimados no valor líquido contabilístico do ativo ou

passivo financeiro.

Os ativos e passivos financeiros ao custo ou ao custo amortizado incluem:

> Clientes;

> Créditos a receber;

> Outros ativos/passivos financeiros;

> Fornecedores;

> Outras dívidas a pagar;

> Financiamentos obtidos.

Contas e valores do exercício de 2016 119

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Caixa e equivalentes de caixa

A rubrica de caixa e seus equivalentes inclui numerário e depósitos bancários com vencimento

inferior a três meses que possam ser imediatamente mobilizáveis ou com risco insignificante

de alteração de valor.

Imparidade de ativos financeiros

Os ativos financeiros são sujeitos a testes de imparidade em cada data de relato. Tais ativos

financeiros encontram-se em imparidade quando existe uma evidência objetiva de que, em

resultado de um ou mais acontecimentos ocorridos após o seu reconhecimento inicial, os seus

fluxos de caixa futuros estimados são afetados negativamente.

Para os ativos financeiros mensurados ao custo amortizado, a perda por imparidade a

reconhecer corresponde à diferença entre o valor líquido contabilístico do ativo e o valor

presente dos novos fluxos de caixa futuros estimados descontados à respetiva taxa de juro

efetiva original.

Para os ativos financeiros mensurados ao custo, a perda por imparidade a reconhecer

corresponde à diferença entre o valor líquido contabilístico do ativo e a melhor estimativa do

justo valor do ativo. As perdas por imparidade são registadas em resultados no período em que

são determinadas.

Subsequentemente, se o montante da perda por imparidade diminui e tal diminuição pode

ser objetivamente relacionada com um acontecimento que teve lugar após o reconhecimento

da perda, esta deve ser revertida por resultados. A reversão deve ser efetuada até ao limite

do montante que estaria reconhecido (custo amortizado) caso a perda não tivesse sido

inicialmente registada. A reversão de perdas por imparidade é refletida em resultados.

Desreconhecimento de ativos e passivos financeiros

A Valorsul desreconhece ativos financeiros apenas quando os direitos contratuais aos seus

fluxos de caixa expiram, ou quando transfere para outra entidade o controlo dos ativos

financeiros e todos os riscos e benefícios significativos associados à posse dos mesmos. São

desreconhecidos os ativos financeiros transferidos relativamente aos quais a Valorsul reteve

alguns riscos e benefícios significativos, desde que o controlo sobre os mesmos tenha sido

cedido.

A Valorsul desreconhece passivos financeiros apenas quando a correspondente obrigação

seja liquidada, cancelada ou expire.

Contas e valores do exercício de 2016 120

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03.7 Rédito

O rédito é mensurado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a receber. O rédito

reconhecido está deduzido do montante de descontos e outros abatimentos. O rédito é

reconhecido líquido de impostos.

O rédito proveniente da venda de energia e produtos valorizáveis é reconhecido quando todas

as seguintes condições são satisfeitas:

> Todos os riscos e vantagens associados à propriedade dos bens foram transferidos para

o comprador;

> A Valorsul não mantém qualquer controlo sobre os bens vendidos;

> O montante do rédito pode ser mensurado com fiabilidade;

> É provável que benefícios económicos futuros associados à transação fluam para a

Empresa;

> Os gastos incorridos ou a incorrer com a transação podem ser mensurados com

fiabilidade.

A tarifa encontra-se suportada num contrato estabelecido com o cliente, em que o preço da

venda se encontra definido.

O rédito proveniente da prestação de serviços de tratamento e valorização de resíduos urbanos

é reconhecido com base nas quantidades de resíduos tratados, desde que todas as seguintes

condições sejam satisfeitas:

> O montante do rédito pode ser mensurado com fiabilidade;

> É provável que benefícios económicos futuros associados à transação fluam para a

Empresa;

> Os gastos incorridos ou a incorrer com a transação podem ser mensurados com

fiabilidade;

> A fase de acabamento do serviço pode ser mensurada com fiabilidade.

A tarifa encontra-se suportada pela aprovação anual do concedente e do regulador, ou

quando tal não seja possível, determinada de acordo com a legislação regulatória em vigor.

Quando aplicável, os efeitos dos desvios de tarifário (diferença entre os proveitos permitidos

aprovados previamento pelo regulador e os proveitos reais) são especializados em resultados

do exercício a que dizem respeito.

Os juros de mora debitados aos clientes são reconhecidos como rédito quando são acordados

e aceites pelos seus clientes.

Contas e valores do exercício de 2016 121

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03.8 Imparidade de ativos intangíveis

Sempre que exista algum indicador que os ativos intangíveis possam estar em imparidade, é

efetuada uma estimativa do seu valor recuperável a fim de determinar a extensão da perda por

imparidade (se for o caso).

Quando não é possível determinar o valor recuperável de um ativo individual, é estimado o

valor recuperável da unidade geradora de caixa a que esse ativo pertence. Para os ativos

afetos ao contrato de concessão, considera-se que os ativos pertencem à mesma única

unidade geradora de caixa.

O valor recuperável do ativo ou da unidade geradora de caixa consiste no maior de entre: (i) o

justo valor deduzido de custos para vender; e (ii) o valor de uso. Na determinação do valor de

uso, os fluxos de caixa futuros estimados são descontados usando uma taxa de desconto que

reflita as expectativas do mercado quanto ao valor temporal do dinheiro e quanto aos riscos

específicos do ativo ou da unidade geradora de caixa relativamente aos quais as estimativas

de fluxos de caixa futuros não tenham sido ajustadas.

Sempre que o valor líquido contabilístico do ativo ou da unidade geradora de caixa for superior

ao seu valor recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade. A perda por imparidade é

registada de imediato na demonstração dos resultados.

A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando

existem evidências de que as perdas por imparidade reconhecidas anteriormente já não

existem ou diminuíram. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração

dos resultados. A reversão da perda por imparidade é efetuada até ao limite do montante que

estaria reconhecido (líquido de amortizações) caso a perda não tivesse sido registada.

03.9 Imposto sobre o rendimento

Os impostos sobre o rendimento correspondem à soma dos impostos correntes com os impostos

diferidos. Os impostos correntes e os impostos diferidos são registados em resultados, salvo

quando os impostos diferidos se relacionam com itens registados diretamente no capital

próprio. Nestes casos, os impostos diferidos são igualmente registados no capital próprio.

Os impostos correntes sobre o rendimento são calculados com base no lucro tributável do

exercício. O lucro tributável difere do resultado contabilístico, uma vez que exclui diversos

gastos e rendimentos que apenas serão dedutíveis ou tributáveis em exercícios subsequentes,

bem como gastos e rendimentos que nunca serão dedutíveis ou tributáveis de acordo com as

regras fiscais em vigor.

Contas e valores do exercício de 2016 122

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Os impostos diferidos referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos ativos

e passivos para efeitos de relato contabilístico e os respetivos montantes para efeitos de

tributação, bem como os resultados de benefícios fiscais obtidos e de diferenças temporárias

entre o resultado fiscal e contabilístico.

São geralmente reconhecidos passivos por impostos diferidos para todas as diferenças

temporárias tributáveis.

São reconhecidos ativos por impostos diferidos para as diferenças temporárias dedutíveis,

porém tal reconhecimento unicamente se verifica quando existem expectativas razoáveis de

lucros fiscais futuros suficientes para utilizar esses ativos por impostos diferidos. Em cada

data de relato é efetuada uma revisão desses ativos por impostos diferidos, sendo os mesmos

ajustados em função das expectativas quanto à sua utilização futura.

Os ativos e os passivos por impostos diferidos são mensurados utilizando as taxas de

tributação que se espera estarem em vigor à data da reversão das correspondentes diferenças

temporárias, com base nas taxas de tributação (e legislação fiscal) que estejam formalmente

emitidas na data de relato.

03.10 Especialização dos exercícios

Os gastos e rendimentos são reconhecidos no período a que dizem respeito, de acordo com

o princípio da especialização de exercícios, independentemente da data/momento da sua

faturação. Os gastos e rendimentos cujo valor real não seja conhecido são estimados.

Os gastos e rendimentos imputáveis ao período corrente e cujas despesas e receitas apenas

ocorrerão em períodos futuros, bem como as despesas e receitas que já ocorreram, mas que

respeitam a períodos futuros e que serão imputadas aos resultados de cada um desses

períodos, pelo valor que lhes corresponde, são registados nas rubricas de diferimentos.

03.11 Encargos financeiros com empréstimos obtidos

Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são reconhecidos como

gastos à medida que são incorridos.

Os encargos financeiros de empréstimos obtidos relacionados com a aquisição ou construção

de infraestruturas são capitalizados, sendo parte integrante do custo do ativo. A capitalização

destes encargos financeiros tem início quando começam a ser incorridos dispêndios com o

ativo e prolongam-se enquanto estiverem em curso as atividades necessárias para preparar

o ativo para o seu uso pretendido ou para a sua venda. Tal capitalização cessa quando

substancialmente todas as atividades necessárias para preparar o ativo para o seu uso

Contas e valores do exercício de 2016 123

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pretendido ou para a sua venda estejam concluídas. Adicionalmente, a capitalização é suspensa

durante os períodos extensos em que o desenvolvimento das atividades atrás referidas seja

interrompido. Quaisquer rendimentos gerados por empréstimos obtidos antecipadamente

relacionados com um investimento específico são deduzidos aos encargos financeiros

elegíveis para capitalização.

03.12 Juízos de valor, pressupostos críticos e principais fontes de incerteza

associadas a estimativas

Na preparação das demonstrações financeiras anexas foram efetuados juízos de valor e

estimativas e utilizados diversos pressupostos que afetam o valor contabilístico dos ativos e

passivos, assim como os rendimentos e gastos do período.

As estimativas e os pressupostos subjacentes foram determinados com base no melhor

conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras dos eventos

e transações em curso, assim como na experiência de eventos passados e/ou correntes.

Contudo, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à

data de aprovação das demonstrações financeiras, não foram consideradas nessas estimativas.

As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras

serão corrigidas de forma prospetiva. Por este motivo e dado o grau de incerteza associado, os

resultados reais das transações em questão poderão diferir das correspondentes estimativas.

Os principais juízos de valor e estimativas efetuadas na preparação das demonstrações

financeiras anuais foram as seguintes:

> Perdas por imparidade de contas a receber;

> Vidas úteis dos ativos intangíveis;

> Registo de impostos diferidos;

> Registo de provisões.

03.13 Acontecimentos após a data do balanço

Os acontecimentos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre

condições que existiam à data do balanço são refletidos nas demonstrações financeiras. Os

acontecimentos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que

ocorram após a data do balanço são divulgados nas demonstrações financeiras, se forem

considerados materiais.

Contas e valores do exercício de 2016 124

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Caixa e depósitos bancáriosEm 31 de dezembro de 2016 e 2015, os componentes da rubrica de caixa e depósitos

bancários tinham a seguinte composição:

2016 2015

Caixa 3.600 2.252

Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 628.124 354.680

Outros depósitos bancários 12.900.646 5.040.000

Caixa e equivalents 13.532.371 5.396.933

Depósitos bancários cativos - 2.044.723

Caixa e depósitos bancários 13.532.371 7.441.655

Em 31 de dezembro de 2015, a rubrica depósitos bancários cativos no montante de

2.044.723 Euros, não se encontrava disponível para uso da Valorsul, correspondendo a uma

contragarantia prestada a diversas instituições de crédito sob a forma de depósitos bancários

cativos, para garantir o total e pontual cumprimento das obrigações decorrentes do contrato

de financiamento celebrado com o Banco Europeu de Investimento (“BEI”, Nota 15). Este

apenas seria mobilizado para reembolsar capital e/ou pagar juros e outras despesas bancárias

ao abrigo deste contrato de financiamento. O montante deste depósito deverá apresentar um

saldo mínimo não inferior à soma de capital, juros e outros encargos bancários a pagar pela

Valorsul ao BEI nos 6 meses seguintes de acordo com o plano de pagamento definidos no

contrato. O financiamento obtido junto do bem foi totalmente liquidado no exercício findo em

31 de dezembro de 2016, tendo sido libertado o respetivo depósito bancário cativo.

Em 31 de dezembro de 2016, o saldo da rubrica Outros depósitos bancários ascende a

12.900.646 Euros, correspondendo a depósitos a prazo com vencimento a um mês.

Políticas contabílisticas, alterações nas estimativas e errosDurante o exercício findo em 31 de dezembro de 2016, decorrente da republicação do

SNC, entram em vigor um conjunto de alterações de políticas contabilísticas, as quais não

acarretaram alterações significativas às já seguidas pela Valorsul em 31 de dezembro de 2015,

com exceção de alterações da terminologia de determinadas rubricas das demonstrações

financeiras. Adicionalmente, ainda referente a este período, existiram um conjunto de

alterações nas estimativas da Valorsul, conforme referido abaixo.

Contas e valores do exercício de 2016

04

05

125

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Conforme referido na Nota Introdutória, a partir de 1 de janeiro de 2016 entrou em vigor um

novo modelo de remuneração das concessões, conforme definido no Regulamento Tarifário

do Serviço de Gestão de Resíduos Urbanos aprovado pela Deliberação n.º 928/2014 da

ERSAR e respetivo Documento Complementar aprovado pelo Regulamento n.º 817/2016, de

18 de Agosto de 2016. Estas alterações regulatórias afetaram, essencialmente, a forma de

mensuração dos ativos afetos à concessão, na medida que alteraram a forma de consumo

dos seus benefícios económicos futuros, assim como, estabeleceram a obrigatoriedade da

determinação do “Saldo” (Ativo Regulatório ou Passivo Regulatório, conforme seja aplicável),

decorrente da transposição do anterior modelo remuneratório para o atual. Deste modo, as

demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2016, incluem um

conjunto de estimativas efetuadas na sua preparação, diferentes das consideradas até ao

início deste exercício, cujos efeitos foram registados prospectivamente, conforme segue:

Ativos não afetos à BAR

Os ativos que até 1 de janeiro de 2016 integravam a rubrica de Ativos intangíveis, mas que

decorrente da sua natureza, encontravam-se fora do âmbito da atividade concessionada ou

cujo período de vida útil se tenha esgotado, foram desreconhecidos com referência àquela data.

Paralelamente, os subsídios ao investimento associados a estes ativos tiveram o mesmo efeito

contabilístico dos respetivos ativos. Este desreconhecimento foi efetuado por contrapartida

do registo do passivo regulatório.

Ativos afetos à BAR

Em 1 de janeiro de 2016, os ativos que atendendo à sua natureza, integraram a base de

ativos regulados, passaram a ser componentizados de acordo com a tipologia definida para as

infraestruturas concessionadas, sendo amortizados pelo período correspondente à respetiva

vida útil dos ativos associados aos direitos adquiridos/construídos (“infraestrutura”), por ser

esta a base do seu rendimento anual. Assim, as vidas úteis estimadas, foram as propostas

pelas concessionárias ao ERSAR, conforme segue:

Classes Anos

Aterros sanitários Metódo de depelação

Selagem de aterros Período da concessão

Edifícios e outras construções 10 - 36

Equipamento básico 3 - 10

Equipamento de transporte 3 - 12

Equipamento administrative 3 - 10

Outros ativos fixos tangíveis 2 - 12

Contas e valores do exercício de 2016 126

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Paralelamente, os subsídios ao investimento associados a estes ativos são reconhecidos em

resultados em períodos correspondentes aquelas vidas uteis.

Adiantamentos por conta de tarifas futuras

Em 1 de janeiro de 2016, os passivos associados a esta natureza que, nos termos do anterior

enquadramento regulatório, foram registados em exercícios anteriores como acréscimos de

gastos referente a amortizações acumuladas de investimento contratual por realizar foram

totalmente utilizados por conta da regularização dos ativos não afetos à BAR.

Ativo Regulatório

Em 1 de janeiro de 2016 e tendo como referência as demonstrações financeiras de 31 de

dezembro de 2015, a concessionária aferiu quanto à existência de um “saldo regulatório”,

conforme definido no nº 11 do D.Lei 96/2014, novas bases das concessões, sendo este

determinado tendo por referência os montantes dos acréscimos de gastos referente a

amortizações acumuladas de investimento contratual por realizar, deduzido do montante

de imposto diferido que lhe está associado e do valor contabilístico líquido de amortização e

subsídios do conjunto de bens e ativos que não integram a base de ativos regulados relevante

para efeito de apuramento dos proveitos permitidos. Em virtude daquele montante ser

positivo, foi registado um “Ativo Regulatório ou Direito Contratual”, o qual será amortizado ao

longo do período da concessão.

Assim, de acordo com o supra referido e com referência a 1 de janeiro de 2016, a Valorsul

apurou o Ativo Regulatório conforme se segue:

> Adiantamentos por conta de receitas futuras (Nota 18) . . . . . . . . . . . . . . . . 55.096.234 Euros

> Ativos por impostos diferidos (Nota 10) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (13.498.577) Euros

> Ativos não afetos à BAR (líquido de amortização acumulada) (Nota 6) . . . . (56.359.479) Euros

> Subsídios relativos a ativos não afetos à BAR (Nota 14) . . . . . . . . . . . . . . . . 14.491.621 Euros

> Direito Contratual (Nota 6) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 270.201 Euros

Decorrente da transposição do Passivo Regulatório para as demonstrações financeiras foi

apurado um diferencial, no montante de, aproximadamente, 13.499.000 Euros, o qual foi

tratado como sendo uma compensação regulatória por conta dos efeitos das alterações

do novo modelo regulatório e remuneratório da concessão, as quais acarretaram novas

responsabilidades e obrigações para a concessionária, materializadas na assunção de novos

riscos, quer ao nível operacional, quer ao nível do financiamento das suas atividades, para além

do respetivo impacto na sua remuneração. Deste modo, aquele diferencial foi registado na

rubrica Compensação Regulatória (Nota 18), a ser reconhecido em resultados até ao final do

período da concessão.

Contas e valores do exercício de 2016 127

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Rendimentos da atividade concessionada

Na sequência da entrada em vigor do novo modelo remuneratório em 1 de janeiro de 2016, e

consequentemente do novo modelo de tarifário, o rendimento das atividades concessionadas

passa a ser determinado por uma tarifa apurada tendo em consideração o rácio entre os

proveitos permitidos e as quantidades de resíduos previstas. Importa realçar que para a

determinação dos proveitos permitidos releva o custo de capital (uma taxa de remuneração

a aplicar à BAR, acrescida das amortizações do período), acrescido dos custos de exploração

da atividade concessionada, corrigido de um conjunto de ajustamentos e de outros efeitos.

No final do exercício, decorrente do desvio de determinados parâmetros, poderá ocorrer um

desvio entre os proveitos permitidos e os proveitos reais, os quais poderão originar um desvio

tarifário, especializado no respetivo exercício e regularizado financeiramente nos exercícios

subsequentes. Conforme referido na Nota Introdutória, tendo presente que à data de

aprovação destas demonstrações financeiras encontra-se em aprovação pelo regulador, um

documento que poderá acarretar alterações na determinação do desvio dos parâmetros acima

referidos, entendeu-se que não existe informação suficiente para a determinação do desvio

tarifário com fiabilidade, razão pela qual não foi apurado e reconhecido qualquer montante a

título de desvio de tarifário.

É entendimento do Conselho de Admnistração, que as estimativas e os pressupostos que

serviram de base na preparação destas demonstrações financeiras, correspondem à melhor

estimativa existente à data e em cumprimento, no seu entendimento, da legislação regulatório

em vigor.

128

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129

Ativos intangíveisDurante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015, a rubrica de Ativos intangíveis apresenta o seguinte movimento:

2016 2015

Direito deUtilização de

Infra Estruturas

DireitoContratual

Investimentosem curso

Outros ativos intangíveis Total

Direito deUtilização de

Infra Estruturas

Investimentosem curso Total

Ativo bruto

Saldo inicial 353.930.775 - 654.283 - 354.585.058 350.822.462 816.108 351.638.571

Regularizações decorrentes do novo modelo regulatório (Nota 5):

Ativos não afetos à Base de Ativos Regulados (98.549.434) - - - (98.549.434) - - -

Ativo regulatório - 270.201 - - 270.201 - - -

Adições 1.028.458 - 1.315.813 350.488 2.694.759 2.541.274 631.953 3.173.227

Abates (44.249) - - - (44.249) - - -

Alienações (446.507) - - - (446.507) - - -

Transferências 1.813.808 - (1.813.808) - - 567.038 (567.038) -

Regularizações - - - - - - (226.740) (226.740)

Saldo final 257.732.850 270.201 156.289 350.488 258.509.828 353.930.775 654.283 354.585.058

Amortizações e perdas por imparidade acumuladas

Saldo inicial 184.053.293 - - - 184.053.293 172.980.743 - 172.980.743

Regularizações decorrentes do novo modelo regulatório (Nota 5) (42.189.955) - - - (42.189.955) - - -

Amortizações do exercício (Notas 5 e 26) 17.097.288 14.214 - 60.127 17.171.630 8.940.922 - 8.940.922

Abates (33.474) - - - (33.474) - - -

Alienações (340.161) - - - (340.161) - - -

Outros movimentos (Nota 18) (a) - - - - - 2.131.628 - 2.131.628

Saldo final 158.586.992 14.214 0 60.127 158.661.334 184.053.293 - 184.053.293

Valor liquido 99.145.858 255.987 156.289 290.361 99.848.494 169.877.481 654.283 170.531.765

(a) Esta rubrica é referente aos acréscimos de gastos relativos a investimento contratual por realizar (estipulado de acordo com o anterior modelo regulatório), correspondente ao efeito da amortização acumulada estimada dos bens classificados como firmes

na rubrica de ativos intangíveis, desde o início da concessão ou desde o período em que foi orçamentada a realização daquele investimento.

Contas e valores do exercício de 2016

06

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Em 31 de dezembro de 2016 e 2015, o Direito contratual subjacente ao investimento

realizado nos ativos que integram as infraestruturas utilizadas na prestação do serviço era

conforme segue:

Valor líquido contabilístico

Classes 31 de dezembro de 2016

31 de dezembro de 2015

Incineração 58.844.226 75.214.243

Aterros Sanitários 13.862.016 18.679.440

Valorização Orgânica e Biológica 13.415.788 18.596.946

Triagem e ecocentros 6.507.337 9.836.446

Biogás de aterros 2.443.597 1.236.764

Transferências e Transportes 1.848.501 3.504.021

ETAR-ETAL 1.229.266 1.809.020

Estrutura 648.669 1.803.710

Recolha Seletiva 326.028 11.234.578

Selagens de Lixeiras 20.429 10.337.645

Atividades não reguladas - 17.624.667

99.145.858 169.877.481

Contas e valores do exercício de 2016 130

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ClientesEm 31 de dezembro de 2016 e 2015, os clientes têm a seguinte composição:

2016

Montantebruto

Imparidadeacumulada

Montanteliquido

Correntes

Clientes municipais 2.589.780 (104.806) 2.484.974

Outras entidades 7.130.548 (98.785) 7.031.764

9.720.328 (203.590) 9.516.738

2015

Montantebruto

Imparidade acumulada

Montanteliquido

Correntes

Clientes municipais 3.161.432 - 3.161.432

Outras entidades 8.089.041 (32.885) 8.056.156

11.250.473 (32.885) 11.217.588

Em 31 de dezembro de 2016 e 2015, as contas a receber de clientes incluem saldos com

partes relacionadas nos montantes de 2.622.810 € e 3.189.295 €, respetivamente (Nota 19).

Contas e valores do exercício de 2016

07

131

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Em 31 de dezembro de 2016 e 2015, os clientes detalham-se conforme segue:

Faturação corrente Juros de mora Divida total Faturação corrente Juros de mora Divida total

Clientes municipais

Sem acordo de pagamento

Municipio de Lisboa 535.907 90.690 626.598 532.229 125.705 657.934

Municipio de Loures 514.102 - 514.102 463.417 - 463.417

Município da Amadora 231.562 - 231.562 342.700 - 342.700

Município de Vila Franca de Xira 98.610 - 98.610 91.822 - 91.822

Município de Alcobaça 75.206 - 75.206 70.018 - 70.018

Município de Alenquer 70.824 427 71.251 103.591 3.459 107.050

Município de Arruda dos Vinhos 21.885 - 21.885 21.096 - 21.096

Município de Azambuja 46.193 - 46.193 22.675 69.791 92.466

Município do Bombarral 10.880 - 10.880 21.710 1.036 22.745

Município do Cadaval 11.476 - 11.476 12.097 - 12.097

Município de Caldas da Rainha 45.558 - 45.558 84.433 - 84.433

Município da Lourinhã 41.833 - 41.833 37.434 - 37.434

Município da Nazaré 220.461 20.717 241.179 287.035 62.564 349.599

Município de Óbidos 63.703 1.387 65.090 6.002 - 6.002

Município de Peniche 68.711 - 68.711 64.517 - 64.517

Município de Rio Maior 34.405 - 34.405 50.524 - 50.524

Município de Sobral de Monte Agraço 16.396 - 16.396 73.445 5.267 78.712

Município de Torres Vedras 215.667 813 216.480 407.140 5.037 412.177

Município de Odivelas 47.560 - 47.560 5.023 - 5.023

2.370.939 114.035 2.484.974 2.696.908 272.858 2.969.765

Com acordo de pagamento

Município de Alenquer - - - 71.719 20.832 92.551

Município do Bombarral - - - 74.984 24.132 99.116

- - - 146.703 44.963 191.667

Outras entidades

Sem acordo de pagamento

Sociedade Ponto Verde, S.A. 2.210.822 - 2.210.822 2.255.232 - 2.255.232

EDP 3.797.544 - 3.797.544 3.666.226 - 3.666.226

Tratolixo 514.169 - 514.169 1.096.658 7.642 1.104.300

Outros 509.228 - 509.228 586.962 1.836 588.798

7.031.764 - 7.031.764 7.605.079 9.478 7.614.557

Com acordo de pagamento

Tratolixo - - - 287.046 154.553 441.599

9.402.703 114.035 9.516.738 10.735.736 481.852 11.217.588

Contas e valores do exercício de 2016 132

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A antiguidade de saldos de clientes a 31 de dezembro de 2016 e 2015 têm a seguinte composição:

2016

Vencido em 2014 Vencido em 2015 Vencido em 2016 Total vencido Acordo de pagamento Não Vencido Divida total

Clientes municipais 232.941 39.163 133.877 405.981 2.078.993 2.484.974

Outras entidades 17.497 - 1.233.719 1.251.215 - 5.780.548 7.031.764

250.437 39.163 1.367.596 1.657.196 - 7.859.542 9.516.738

2015

Vencido em 2013 Vencido em 2014 Vencido em 2015 Total vencido Acordo de pagamento Não Vencido Divida total

Clientes municipais 309.145 142.582 560.872 1.012.599 191.667 1.957.167 3.161.432

Outras entidades 18.340 - 963.152 981.492 441.599 6.633.065 8.056.156

327.485 142.582 1.524.024 1.994.091 633.265 8.590.232 11.217.588

O movimento nas perdas por imparidade de clientes, durante os períodos findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015 foi conforme segue:

2016 2015

Saldo inicial 32.885 32.885

Reforços 203.590 -

Reversões (32.885) -

Saldo final 203.590 32.885

O reforço de perdas por imparidade reconhecidas no exercício findo em 31 de dezembro de 2016, decorre, essencialmente, de dívidas em mora dos clientes Município de Lisboa, Município de Azambuja e Quima, Lda.

Contas e valores do exercício de 2016 133

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Outros créditos a receberEm 31 de dezembro de 2016 e 2015, as contas a receber têm a seguinte composição:

2016 2015

Devedores por acréscimo de rendimentos

Juros a receber 40 75.291

Outros - 142.097

Seguros a receber - 154.006

Outros créditos a receber 67.313 65.845

67.353 437.239

DiferimentosEm 31 de dezembro de 2016 e 2015, a rubrica de diferimentos apresenta o seguinte detalhe:

2016 2015

Ativo

Seguros 570.823 472.196

Fornecimentos e serviços externos 83.975 56.574

654.798 528.770

Passivo

Diferimento de tarifas - novo regulamento tarifário (a) 5.187.341 -

(a) Este montante decorre da diferença de tarifa faturada em 2016 face ao valor da mesma

deliberada pela ERSAR.

Imposto sobre o rendimentoA Valorsul encontra-se sujeita a Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (“IRC”) à

taxa de 21% para a matéria coletável, acrescida de derrama municipal a uma taxa que varia

entre 0,5% a 1,5 % sobre o lucro tributável, resultando num intervalo da taxa de imposto

agregada de, no máximo entre 21,5% e 22,5%.

Contas e valores do exercício de 2016

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Adicionalmente, os lucros tributáveis do exercício de 2016 e 2015 que excedam os 1.500.000

Euros são sujeitos a derrama estadual, nos termos do artigo 87ºA do código do IRC, às

seguintes taxas:

> 3% para lucros tributáveis entre 1.500.000 Euros e 7.500.000 Euros;

> 5% para lucros tributáveis entre 7.500.000 Euros e 35.000.000 Euros; e

> 7% para lucros tributáveis superiores a 35.000.000 Euros.

No exercício de 2015, a dedução dos gastos de financiamento líquidos na determinação do

lucro tributável estava condicionada ao maior dos seguintes limites:

> 1.000.000 Euros;

> 50% do resultado antes de depreciações, gastos de financiamento líquidos e impostos.

No exercício de 2016, a dedução dos referidos gastos é condicionada em cada ano,

progressivamente até 2017, ao maior dos seguintes limites:

> 1.000.000 Euros;

> 40% (30% em 2017) do resultado antes de depreciações, gastos de financiamento

líquidos e impostos.

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correção por

parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a Segurança

Social), exceto quando tenha havido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais,

ou estejam em curso inspeções, reclamações ou impugnações casos estes em que, dependendo

das circunstâncias, os prazos são alargados ou suspensos. Assim, as declarações fiscais da

Empresa dos anos de 2013 a 2016 ainda poderão estar sujeitas a revisão.

O Conselho de Administração entende que eventuais correções resultantes de revisões ou

inspeções fiscais àquelas declarações de impostos não terão um efeito significativo nas

demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2016 e 2015.

O prazo de dedução dos prejuízos fiscais reportáveis é de doze períodos de tributação, e

encontra-se limitada a 70% do lucro tributável.

Em 31 de dezembro de 2016, a Valorsul tinha prejuízos fiscais reportáveis até 2028, no

montante de 35.868.516 Euros, tendo sido gerados no decurso do período findo naquela

data. Estes prejuízos decorrem essencialmente da dedução fiscal do abate dos ativos não

afetos à BAR.

Nos termos do artigo 88.º do Código do IRC, a Empresa encontra-se sujeita adicionalmente a

tributação autónoma sobre um conjunto de encargos às taxas previstas no artigo mencionado.

Contas e valores do exercício de 2016 135

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Em 31 de dezembro de 2016 e 2015, a rubrica de imposto sobre o rendimento tem a seguinte

composição:

2016 2015

Imposto corrente (Nota 11) 34.692 3.639.790

Imposto diferido reconhecido no período 2.899.975 (1.575.914)

Excesso de estimativa de imposto do período anterior (341) -

2.934.325 2.063.877

Acresce referir que durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2016, a Valorsul submeteu

um pedido de informação vinculativa à Autoridade Tributária (“AT”), no qual é requerido a

confirmação da dedução fiscal do desreconhecimento dos ativos não afetos à BAR, que

até à presente data, ainda não foi atribuída resposta. Em virtude da referida dedução fiscal

encontrar-se dependente de aferição da AT, a Empresa não reconheceu o respetivo ganho nos

resultados do exercício findo em 31 de dezembro de 2016.

Contas e valores do exercício de 2016 136

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a) Movimentos nos ativos e passivos por impostos diferidos

O movimento ocorrido nos ativos e passivos por impostos diferidos, de acordo com as diferenças temporárias que os geraram, nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015, foi o seguinte:

2016

Saldo inicialAdoção do novo

modelo regulatórioDemonstraçãodos resultados Capital próprio Saldo final

Ativos por impostos diferidos

Provisões para riscos e encargos 281.962 - (23.229) - 258.733

Perdas por imparidade de clientes - - 7.248 - 7.248

Ativos intangíveis 3.240.323 - (996.921) - 2.243.402

Acréscimos de gastos contratuais (Nota 5) 13.498.577 (3.307.151) (10.191.426) - -

Compensação regulatória - 3.307.151 (23.896) - 3.283.255

Prejuízo fiscal reportável - - 7.948.190 - 7.948.190

Ajustamento de transição 46.205 - (2.430) - 43.775

17.067.067 - (3.282.464) - 13.784.602

Passivos por impostos diferidos

Ajustamento de transição 8.458.919 - (445.206) - 8.013.713

Subsídio ao investimento (Nota 5) 5.678.812 - - 1.557.745 7.236.556

Direito contratual - - 62.717 - 62.717

14.137.731 - (382.489) 1.557.745 15.312.986

2015

Saldo inicial Demonstração dos resultados Capital próprio Reclassificações Saldo final

Ativos por impostos diferidos

Provisões para riscos e encargos - 281.962 - - 281.962

Ativos intangíveis 2.888.619 (170.545) - 522.249 3.240.323

Acréscimos de gastos contratuais 12.999.105 1.021.721 - (522.249) 13.498.577

Ajustamento de transição 48.635 (2.430) - - 46.205

15.936.359 1.130.708 - - 17.067.067

Passivos por impostos diferidos

Ajustamento de transição 8.904.125 (445.206) - - 8.458.919

Subsídio ao investimento 5.974.267 - (295.455) - 5.678.812

14.878.392 (445.206) (295.455) - 14.137.730

Contas e valores do exercício de 2016 137

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Em 31 de dezembro de 2016 e 2015, as diferenças temporárias denominadas “ajustamentos

de transição” resultam dos ajustamentos de transição apurados, em 2009, por força da

alteração do POC para os IFRS (sendo que posteriormente a Empresa passou a adotar o

SNC). Tais diferenças resultam, essencialmente, de acréscimos de gastos para investimento

contratual realizado e de amortizações referentes a investimentos realizados, bem como do

reconhecimento dos respetivos subsídios, as quais, face às disposições normativas aplicáveis,

serão relevadas, para efeitos fiscais, durante o período remanescente do contrato de concessão.

As restantes diferenças temporárias decorrem, essencialmente, do registo da especialização

de amortizações para investimento contratual futuro (conforme modelo regulatório em vigor

até 31 de dezembro de 2015) e do registo de subsídios ao investimento em capital próprio.

Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2016, decorrente das alterações verificadas

no modelo regulatório, nomeadamente, nas alterações relacionadas com os Ativos intangíveis

e com a determinação do Direito Contratual (Nota 5), os ativos e passivos por impostos

diferidos foram classificados conforme as suas naturezas.

b) Reconciliação da taxa de imposto:

2016 2015

Resultado antes de impostos 6.450.331 7.296.606

Taxa nominal de imposto 21,0% 21,0%

Imposto esperado 1.354.570 1.532.287

Diferenças permanentes 1.545.405 (158.841)

Ajustamentos à colecta 34.692 17.475

Excesso de estimativa de imposto do período anterior (341) -

Derrama Municipal - 165.726

Derrama Estadual - 507.229

Imposto sobre o rendimento 2.934.325 2.063.876

Contas e valores do exercício de 2016 138

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Estado e outros entes públicosEm 31 de dezembro de 2016 e 2015, as rubricas de “Estado e outros entes públicos” têm a

seguinte composição:

2016 2015

Ativo Passivo Ativo Passivo

IRC

Pagamentos por conta 2.147.090 - - (1.626.030)

Retenções na fonte 23.090 - - (27.121)

Estimativa de imposto (Nota 10)

(34.692) - - 3.639.790

Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares

Retenções de impostos sobre o rendimento

- 187.718 - 202.658

Imposto sobre o Valor Acrescentado

901 916.342 10.004 949.914

Contribuições para a Segurança Social

- 267.764 - 270.031

2.136.389 1.371.824 10.004 3.409.242

Contas e valores do exercício de 2016

11

139

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Capital, reservas e outros instrumentos de capital

Capital subscrito

Em 31 de dezembro de 2016 e 2015, o capital da Valorsul encontrava-se totalmente subscrito e realizado e estava representado por 5.040.000 ações com o valor nominal de 25.200.000 Euros.

Em 31 de dezembro de 2016 e 2015, o capital da Valorsul era detido como segue:

31 de dezembro de 2016 31 de dezembro de 2015

AcionistaNúmero

de acções MontantePercentagem

de participaçãoNúmero

de acções MontantePercentagem

de participação

EGF 2.667.885 13.339.425 52,93% 2.775.885 13.879.425 55,08%

Município de Lisboa 1.008.000 5.040.000 20,00% 900.000 4.500.000 17,85%

Município de Loures 580.263 2.901.315 11,51% 580.263 2.901.315 11,51%

Associação de Fins Específicos - Amo Mais

264.600 1.323.000 5,25% 264.600 1.323.000 5,25%

Município da Amadora 259.958 1.299.790 5,16% 259.958 1.299.790 5,16%

Município de Vila Franca de Xira 232.105 1.160.525 4,61% 232.105 1.160.525 4,61%

Município de Odivelas 27.189 135.945 0,54% 27.189 135.945 0,54%

5.040.000 25.200.000 100,00% 5.040.000 25.200.000 100,00%

Reserva legal

De acordo com a legislação comercial em vigor, pelo menos 5% do resultado líquido anual se positivo, tem de ser destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente 20% do capital. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da

Valorsul, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital.

Outras reservas

Estas reservas constituem-se como reservas livres, disponíveis para distribuição. Os movimentos ocorridos nesta rubrica são decorrentes da aplicação do Acordo Parassocial.

Em 19 de setembro de 2016, foi aprovado pelo Ministério do Ambiente, um acordo parassocial entre os acionistas da Valorsul a vigorar até 31 de março de 2018, o qual para além de estabelecer o acordo para um conjunto de políticas e estratégias,

essencialmente, de cariz ambiental e da gestão daquela concessionária, aprova o pagamento aos acionistas de resultados gerados em exercícios anteriores, no montante de, aproximadamente, 19.742.000 Euros, assim como a obrigação da Valorsul a efetuar

um conjunto de investimentos de cariz ambiental em determinamos municípios, no montante de, aproximadamente 1.112.000 Euros.

Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015, a Empresa procedeu ao pagamento aos seus acionistas do montante de 7.012.501 Euros e 1.989.643 Euros, respetivamente, relativos a dividendos, reservas e resultados transitados

deliberadas para distribuição. O montante pago durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2016 no montante de 7.012.501 Euros, encontra-se liquido de retenções na fonte de, aproximadamente, 893.000 Euros, e de faturas recebidas de acionistas

relativos a investimentos de cariz ambiental realizados ao abrigo do protocolo no montante de, sensivelmente, 200.000 Euros. Adicionalmente, os montantes deliberados para distribuição e não pagos, encontram-se registados na rubrica acionistas.

Outras variações no capital próprio

Em 31 de dezembro de 2016 e 2015, a rubrica Outras variações no capital próprio corresponde a subsídios ao investimento, os quais são inicialmente reconhecidos no capital próprio, sendo depois reconhecidos em resultados como rendimentos em base

sistemática de forma a balanceá-los com os gastos a que dizem respeito.

Contas e valores do exercício de 2016

12

140

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Durante o período findo em 31 de dezembro de 2016 e 2015, o movimento ocorrido na rubrica

de subsídios ao investimento foi a seguinte:

Fundo de coesão

Fundo de coesão (CVO) Feder Total

Saldo em 1 de janeiro de 2015 18.284.845 2.822.326 3.277.592 24.384.762

Rendimentos reconhecidos (Nota 14) (900.944) (141.116) (163.880) (1.205.940)

Saldo em 31 de dezembro de 2015 17.383.901 2.681.210 3.113.712 23.178.823

Reclassificação de subsídios anteriormente classificados como reembolsáveis (Nota 14)

12.729.592 1.822.685 (3.113.712) 11.438.566

Rendimentos reconhecidos (Nota 14) (4.008.990) (1.071.433) - (5.080.423)

Saldo em 31 de dezembro de 2016 26.104.503 3.432.462 - 29.536.965

Imposto diferido (Nota 10) (6.395.603) (840.953) - (7.236.556)

19.708.900 2.591.509 - 22.300.409

Aplicação do resultado líquido do exercício

De acordo com a Assembleia Geral de Acionistas de 21 de Março de 2016, o resultado líquido

do exercício findo em 31 de dezembro de 2015 no montante de 5.232.728 Euros, foi aplicado

da seguinte forma: 261.636 Euros em reserva legal, 4.186.183 Euros em dividendos e

784.909 Euros em resultados transitados.

De acordo com a Assembleia Geral de Acionistas de 16 de março de 2015, o resultado líquido

do exercício findo em 31 de dezembro de 2014 no montante de 240.531 Euros, apurado de

acordo com o normativo IFRS foi aplicado da seguinte forma: 12.027 Euros em reserva legal e

228.504 Euros em dividendos.

Contas e valores do exercício de 2016 141

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ProvisõesO movimento ocorrido nas provisões dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e

2015, foi como segue:

31 de dezembro de 2016

Saldo inicial Reforços Reversões Saldo final

Processos judiciais em curso 55.438 - - 55.438

Outros riscos e encargos 1.095.427 1.000.616 (1.095.427) 1.000.616

1.150.865 1.000.616 (1.095.427) 1.056.054

31 de dezembro de 2015

Saldo inicial Reforços Reversões Saldo final

Processos judiciais em curso - 55.438 - 55.438

Outros riscos e encargos - 1.095.427 - 1.095.427

- 1.150.865 - 1.150.865

Na opinião do Conselho de Administração e dos advogados da Valorsul, com base na avaliação do risco

que fazem dos processos em curso, não se prevê que dessas ações venham a resultar responsabilidades

de valores significativos em 31 de dezembro de 2016, face aos montantes provisionados.

Subsídios ao investimentoO movimento ocorrido nesta rubrica durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2016

e 2015 foi o seguinte:

Saldo em 1 de janeiro de 2015 27.308.932

Rendimentos reconhecidos (1.378.745)

Saldo em 31 de dezembro de 2015 25.930.187

Regularização (Nota 5) (a) (14.491.621)

Reclassificação para Capital Próprio (Nota 12) (b) (11.438.566)

Saldo em 31 de dezembro de 2016 -

Contas e valores do exercício de 2016

13

14

142

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(a) Estes montantes correspondem a subsídios recebidos, os quais, decorrente das

alterações regulatórias verificadas em 2016 (Nota introdutória), que concorrem para a

determinação do Ativo Regulatório, e por consequente, não foram registados no capital próprio

no exercício com início a 1 de janeiro de 2016.

(b) Estes montantes correspondem a subsídios recebidos afetos a ativos que, face

à determinação final da Base de Ativos Regulados, permaneceram afetos à atividade

concessionada.

O rendimento reconhecido referente a subsídios ao investimento durante os períodos findos

em 31 de dezembro de 2016 e 2015 foi conforme segue:

2016 2015

Subsídios reembolsáveis - 1.378.745

Subsídios não reembolsáveis (Nota 12) 5.080.423 1.205.940

5.080.423 2.584.685

Contas e valores do exercício de 2016 143

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Financiamentos obtidosOs financiamentos obtidos em 31 de dezembro de 2016 e 2015 têm a seguinte composição:

2016 2015

Não correntes Correntes Não correntes Correntes

Empréstimos bancários - Banco Europeu de Investimento ("BEI") - - - 1.995.342

Empréstimos bancários - banca comercial 8.906.347 2.432.235 11.348.367 2.427.960

Empréstimos bancários - contas caucionadas - - - 2.370.000

Locações financeiras (Nota 16) - 3.564 3.566 39.105

8.906.347 2.435.799 11.351.933 6.832.407

Em 31 de dezembro 2016 e 2015, os empréstimos bancários tinham o seguinte detalhe:

2016 2015

Valor nominal Valor de balanço Valor nominal Valor de balanço Vencimento Taxa de juro

Empréstimos bancários

Banco Europeu de Investimento ("BEI") - - 2.011.965 1.995.342 15-06-2016 3,37%

BPI - 001 - - 760.000 762.120 28-10-2016 1,16%

BPI - 002 - - 228.000 228.636 03-05-2016 1,63%

BPI - 003 3.214.286 3.222.245 3.928.571 3.939.532 29-05-2021 2,786%

BPI - 004 4.107.143 4.112.448 4.821.429 4.834.880 16-09-2022 3,10%

BPI - 005 4.000.000 4.003.889 4.000.000 4.011.159 17-12-2020 2,50%

11.321.429 11.338.582 15.749.965 15.771.669

Contas- correntes caucionadas

BPI - - 870.000 870.000 04-01-2017 2,50%

BCP - - 1.500.000 1.500.000 03-03-2017 3,00%

- - 2.370.000 2.370.000

O financiamento contraído junto do BPI, cuja data de vencimento definida é em 2020, obriga a Valorsul a apresentar anualmente o rácio Net debt / EBITDA inferior a 5,0 e o rácio de autonomia financeira (com suprimentos) maior ou igual a 25%, não existindo

mais garantias ou covenants associadas aos financiamentos contraídos. Estes rácios encontram-se a ser cumpridos em 31 de dezembro de 2016.

Contas e valores do exercício de 2016

15

144

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O plano de pagamentos dos empréstimos bancários obtidos é o seguinte:

2016 2015

Até 1 ano 2.432.235 6.820.239

De 1 a 2 anos 2.432.235 2.428.571

De 2 a 3 anos 2.432.235 2.428.571

De 3 a 4 anos 2.432.235 2.428.571

De 4 a 5 anos 1.073.236 2.428.571

Mais de 5 anos 536.405 1.607.144

11.338.582 18.141.669

Locações

Locações financeiras

Em 31 de dezembro de 2016 e 2015, as responsabilidades da Valorsul por rendas vincendas

de contratos de locação financeira, incluindo capital e juros, ascendem a 3.607 Euros e 43.183

Euros, respetivamente, e vencem-se nos próximos exercícios conforme segue:

2016 2015

Capital Juros Total Capital Juros Total

Até 1 ano 3.564 43 3.607 39.105 1.841 40.946

Entre 1 a 5 anos - - - 3.564 43 3.607

3.564 43 3.607 42.669 1.884 44.553

Contas e valores do exercício de 2016

16

145

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Locações operacionais

Os contratos de locação operacional em vigor não possuem rendas contingentes. Em 31 de

dezembro de 2016 e 2015, as rendas de contratos de locação operacional vencem-se como

segue:

2016 2015

Até 1 ano 53.114 35.905

Entre 1 a 5 anos 81.631 32.895

134.745 68.800

FornecedoresEm 31 de dezembro de 2016 e 2015, a rubrica Fornecedores tem a seguinte composição:

2016 2015

Fornecedores gerais 1.475.381 1.406.662

Fornecedores de investimento 146.576 1.165.892

Partes relacionadas (Nota 19) 2.104.776 1.685.324

Fornecedores, faturas em receção e conferência 1.976.331 2.141.943

5.703.064 6.399.820

Contas e valores do exercício de 2016

17

146

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Outras dívidas a pagarEm 31 de dezembro de 2016 e 2015, a rubrica Outras dívidas a pagar, tem a seguinte composição:

2016 2015

CorrenteNão

corrente CorrenteNão

corrente

Credores por acréscimos de gastos

Remunerações a liquidar

1.466.518 - 1.375.340 -

Outros 2.335.529 - 951.683 -

Partes relacionadas (Nota 19)

224.652 - 241.485 -

Taxa de gestão de resíduos (a)

2.441.960 - 1.118.188 -

Adiantamentos por conta de tarifas futuras (b)

- - - 55.096.234

Outras dívidas a pagar 466.186 - 480.263 -

Compensação regulatória 97.538 13.303.502 - -

7.032.383 13.303.502 4.166.959 55.096.234

(a) A taxa de gestão de resíduos corresponde a valores faturados a clientes e que serão

devolvidos à Agência Portuguesa do Ambiente (“APA”).

(b) Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015, o movimento ocorrido

nesta rubrica foi conforme segue:

2016 2015

Saldo inicial 55.096.234 53.057.573

Reforços (Nota 20) - 4.170.289

Transferências (i) (55.096.234) (2.131.628)

Saldo final - 55.096.234

(i) Estes montantes correspondem ao saldo apresentado até 31 de dezembro 2015, referente

a acréscimos de gastos relativos a investimento contratual por realizar, que decorrente

das alterações regulatórias verificadas em 2015, concorreu para a determinação do direito

contratual em 1 de janeiro de 2016 (Nota 5). O montante de transferências em 2015

corresponde ao efeito da amortização acumulada estimada dos bens classificados como

firmes na rubrica de Ativos intangíveis, desde o início da concessão ou desde o período em que

foi orçamentada a realização daquele investimento (Nota 6).

Contas e valores do exercício de 2016

18

147

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Partes relacionadas

19.1 Identificação das partes relacionadas

Conforme mencionado na Nota 12, a Valorsul é detida maioritariamente pela EGF, sendo as suas demonstrações financeiras consolidadas nessa entidade. Assim, para além de todas as entidades que participam diretamente no capital da Valorsul, todas as

empresas pertencentes ao Grupo EGF, ao Grupo Mota-Engil, bem como todos os seus acionistas, administradores e entidades por si controladas ou com influência significativa, são incluídas como partes relacionadas da Empresa.

19.2 Transações com partes relacionadas

No decurso dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015 foram efetuadas as seguintes transações com partes relacionadas:

2016

Vendas e prestação

de serviços

Custo das merc. vend. e das

matérias cons.

Fornecimentos e serviços externos

Gastos com pessoal

Outros gastos

Outros rendimentos

Juros e gastos similares

suportados

Juros e rendimentos

similares obtidos

Conselho de Administração - - - 535.547 - - - -

Empresa Geral do Fomento, SA - - 1.185.983 - 60.172 6.260 103.406 -

Município de Lisboa 5.295.777 4.819.532 1.785 - 3.157 516 - -

Município de Loures 42.519 - 241 - 4.268 - - 73

Serv.Int.Águas e Resíduos Municípios Loures e Odivelas 2.454.637 983.964 287.329 - 6.141 659 - -

Município de Odivelas 78.144 - - - - - - -

Município da Amadora 1.127.208 524.962 204 - - 70 - -

Município de vila Franca de Xira 951.039 480.329 - - - 88 - -

Município de Alcobaça 416.151 - - - 435 - - -

Município de Alenquer 307.042 - 111.502 - - - - 4.923

Município de Arruda dos Vinhos 94.506 - - - - - - -

Município de Azambuja 194.995 - - - - - - -

Município do Bombarral 97.351 - - - - - - 1.439

Município do Cadaval 101.719 - - - - - - -

Município de Caldas da Rainha 393.916 - - - - - - -

Município da Lourinhã 185.234 - - - - - - -

Município da Nazaré - - 56.615 - - - - 14.496

Município de Óbidos 101.918 - 3.328 - - - - 1.387

Município de Peniche 323.847 - 122.403 - - - - -

Município de Rio Maior 151.471 - 3.424 - - - - -

Município de Sobral de Monte Agraço 70.338 - - - - - - 1.160

Município de Torres Vedras 624.147 - - - - - - 4.020

Serviços Municip.Câmara Municipal Concelho Nazaré 178.078 - 4.090 - - - - -

Valorlis, SA - - 1.710.163 - - - - -

Suldouro, SA - - 1.520 - - - - -

Valnor, SA - - (919) - - - - -

Mota-Engil Engenharia e Construção, SA - - 13.073 - 348 - - -

Suma - Serv.Urbanos e Meio Ambiente, SA - - 25.086 - - - - -

Suma Matosinhos-Serv. Urbanos e Meio Ambiente,SA - - 14.264 - - - - -

Triu - Téc.de Resíduos Industriais e Urbanos, SA 165.064 - - - - - - -

13.355.101 6.808.787 3.540.091 535.547 74.521 7.594 103.406 27.499

Contas e valores do exercício de 2016 148

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149

2015

Vendas e prestação

de serviços

Custo das merc.vend.e das matérias cons.

Fornecimentos e serviços externos

Gastos com pessoal

Outros gastos

Outros rendimentos

Juros e gastos similares

suportados

Juros e rendimentos

similares obtidos

Conselho de Administração - - - 342.758 - - - -

Empresa Geral do Fomento, SA - - 782.489 - 103.126 - 88.498 -

Município de Lisboa 5.370.357 4.566.559 - - 1.825 153,48 - 39.897

Município de Loures 17.755 - 241 - 5.760 - - 12

Serv.Intermunicip.Águas e Resíduos Municípios Loures e Odivelas 2.409.559 888.555 391.902 - 11.094 128,49 - -

Município de Odivelas 35.304 - - - 340 - - 546

Município da Amadora 1.119.089 496.456 - - - - - -

Município de vila Franca de Xira 945.523 425.170 - - - 7,16 - -

Município de Alcobaça 412.195 - - - - - - -

Município de Alenquer 305.366 - - - - - - 12.059

Município de Arruda dos Vinhos 89.082 - - - - - - -

Município de Azambuja 167.385 - - - - - - -

Município do Bombarral 99.657 - - - - - - 9.398

Município do Cadaval 104.454 - - - - - - -

Município de Caldas da Rainha 384.540 - - - - - - -

Município da Lourinhã 178.147 - - - - - - -

Município da Nazaré - - - - - - - 56.277

Município de Óbidos 99.987 - 2.656 - - - - -

Município de Peniche 324.569 - 121.972 - - - - -

Município de Rio Maior 150.387 - 2.622 - - - - 1.136

Município de Sobral de Monte Agraço 68.089 - - - - - - 3.667

Município de Torres Vedras 602.796 - - - - - - 9.479

Serviços Municipalizados Câmara Municipal Concelho Nazaré 174.846 - 9.716 - - - - -

Valorlis, SA - - 1.887.757 - - 22.463 - -

Suldouro, SA - - 2.668 - - - - -

Suma Tratamento, SA - - - - - - 54.760 -

Suma - Serv.Urbanos e Meio Ambiente, SA - - 3.041 - - - - -

Suma Matosinhos-Serv. Urbanos e Meio Ambiente,SA - - 14.342 - - - - -

Triu - Téc.de Resíduos Industriais e Urbanos, SA 130.968 - - - - - - -

13.190.055 6.376.740 3.219.404 342.758 122.146 22.753 143.258 132.472

Contas e valores do exercício de 2016 149

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19.3 Saldos com partes relacionadas

Em 31 de dezembro de 2016 e 2015, a Empresa apresentava os seguintes saldos com partes relacionadas:

2016

Clientes Créditos a receber Fornecedores Outras dívidas a pagar Acionistas

Empresa Geral do Fomento, SA 1.589 10.461 521.094 118.361 7.782.193

Município de Lisboa 661.612 - 423.779 - 4.698.444

Município de Loures 17.240 - - - 1.973.389

Serv.Intermunicip.Águas e Resíduos Municípios Loures e Odivelas 496.841 - 191.904 575 -

Município de Odivelas 47.560 - - - 79.310

Município da Amadora 231.562 - 97.651 - 2.464.037

Município de vila Franca de Xira 98.610 - 166.351 - 825.938

Associação de Fins Específicos Amo Mais - - - - 771.835

Município de Alcobaça 75.206 228 - - -

Município de Alenquer 71.251 - 111.502 - -

Município de Arruda dos Vinhos 21.885 - - - -

Município de Azambuja 115.984 - - - -

Município do Bombarral 10.880 - - - -

Município do Cadaval 11.476 - - - -

Município de Caldas da Rainha 45.558 - - - -

Município da Lourinhã 41.833 - - - -

Município da Nazaré 205.879 4.207 - - 42.527

Município de Óbidos 65.090 - 185 300 -

Município de Peniche 68.711 95 5.176 -

Município de Rio Maior 34.405 - 255 240 -

Município de Sobral de Monte Agraço 16.396 - - - -

Município de Torres Vedras 216.480 - - - -

Serviços Municipalizados Câmara Municipal Concelho Nazaré 35.300 - 528 - -

Valorlis, SA - - 578.220 100.000 -

Suldouro, SA - - 935 - -

Mota-Engil Engenharia e Construção, SA - - 1.147 - -

Suma - Serv.Urbanos e Meio Ambiente, SA - - 4.587 - -

Suma Matosinhos-Serv. Urbanos e Meio Ambiente,SA - 10 6.639 - -

Triu - Téc.de Resíduos Industriais e Urbanos, SA 31.461 - - - -

2.622.810 15.000 2.104.776 224.652 18.637.673

Contas e valores do exercício de 2016 150

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2015

Clientes Créditos a receber Fornecedores Outras dívidas a pagar Acionistas

Empresa Geral do Fomento, SA - - 187.610 73.543 -

Município de Lisboa 657.934 - 396.320 69.062 968.999

Município de Loures 1.116 - - - -

Serv.Intermunicip.Águas e Resíduos Municípios Loures e Odivelas 458.984 - 196.970 12.962 106.006

Município de Odivelas 5.023 - - - -

Município da Amadora 342.700 - 87.767 8.948 1.705.742

Município de vila Franca de Xira 91.822 - 106.281 6.429 -

Município de Alcobaça 70.018 228 - - -

Município de Alenquer 199.600 - - - -

Município de Arruda dos Vinhos 21.096 - - - -

Município de Azambuja 92.466 - - - -

Município do Bombarral 121.861 - - - -

Município do Cadaval 12.097 - - - -

Município de Caldas da Rainha 84.433 - - - -

Município da Lourinhã 37.434 - - - -

Município da Nazaré 315.602 4.207 - - 42.527

Município de Óbidos 6.002 - 211 400 -

Município de Peniche 64.517 95 - 5.041 -

Município de Rio Maior 50.524 - 223 100 -

Município de Sobral de Monte Agraço 78.712 - - - -

Município de Torres Vedras 412.177 - - - -

Serviços Municipalizados Câmara Municipal Concelho Nazaré 33.997 - 143 - -

Valorlis, SA 1.828 - 647.362 65.000 -

Suma Tratamento, SA - - 54.760 - -

Suma Matosinhos-Serv. Urbanos e Meio Ambiente,SA - - 7.676 - -

Triu - Téc.de Resíduos Industriais e Urbanos, SA 29.352 - - - -

3.189.295 4.529 1.685.324 241.485 2.823.274

Os montantes reconhecidos na rubrica de acionistas decorrem, essencialmente, do valor a pagar decorrente do protocolo celebrado durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2016 (Nota 12).

151Contas e valores do exercício de 2016 151

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Vendas e prestação de serviçosDurante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015, a rubrica vendas e serviços

prestados foram conforme segue:

2016 2015

Vendas 47.118.661 42.725.545

Serviços prestados 11.828.348 11.899.416

58.947.009 54.624.960

Vendas

As vendas durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015 referem-se,

essencialmente, a materiais recicláveis resultantes da recolha seletiva, energia, gás natural e

escórias resultantes do processo produtivo.

Em 31 de dezembro 2016 e 2015, esta rubrica detalha-se conforme segue:

2016 2015

Material reciclável 11.978.511 11.075.154

Energia 33.392.791 29.823.677

Aço e alumínio de escórias 677.123 530.557

Gás natural 947.477 1.120.082

Outros 122.759 176.074

47.118.661 42.725.545

Prestação de serviços

Os serviços prestados nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015 referem-se,

essencialmente, ao tratamento e valorização de resíduos provenientes da recolha

indiferenciada.

Contas e valores do exercício de 2016

20

152

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Em 31 de dezembro de 2016 e 2015, a rubrica Prestação de serviços detalha-se conforme

segue:

2016 2015

Tratamento de resíduos a municípios 8.310.192 11.714.776

Tratamento de resíduos a particulares 3.518.157 4.354.929

11.828.348 16.069.705

Adiantamentos por conta de tarifas futuras (Nota 18 ) - (4.170.289)

11.828.348 11.899.416

Custo das vendasEm 31 de dezembro de 2016 e 2015, a recolha seletiva na área de Lisboa é efetuada pelos

respetivos municípios, os quais faturam a Empresa pelo montante correspondente a 75% das

receitas de recicláveis obtidas junto da Sociedade Ponto Verde.

O custo das vendas em 31 de dezembro de 2016 e 2015 tinham o detalhe apresentado no

mapa abaixo.

2016 2015

Embalagens 3.676.901 3.669.574

Papel cartão 2.467.388 2.160.342

Casco de vidro 663.269 546.144

Gás natural 595.500 763.160

Outros 1.230 679

7.404.287 7.139.899

Contas e valores do exercício de 2016

21

153

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Fornecimentos e serviços externosOs fornecimentos e serviços externos dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e

2015 tinham a seguinte composição:

2016 2015

Trabalhos especializados 5.230.148 3.568.327

Conservação e reparação 3.854.491 3.747.218

Energia e fluidos 2.543.879 2.677.316

Materiais 2.518.605 2.550.317

Subcontratos 1.702.639 1.671.244

Seguros 1.026.111 944.846

Fees de gestão 886.136 841.277

Deslocações, estadas e transportes 644.237 649.476

Rendas e alugueres 535.902 750.183

Comunicação 48.615 84.398

Outros fornecimentos e serviços externos 792.851 710.245

19.783.614 18.194.846

Gastos com o pessoalA rubrica de “Gastos com o pessoal” nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e

2015, tem a seguinte composição:

2016 2015

Remunerações dos órgãos sociais (Nota 19) 535.547 342.758

Remunerações do pessoal 9.294.025 9.149.054

Encargos sobre as remunerações 2.212.929 2.149.589

Seguros 706.932 764.105

Outros gastos com o pessoal 449.323 522.148

13.198.756 12.927.655

O número médio de pessoal ao serviço da Empresa durante os exercícios findos em 31 de

dezembro de 2016 e 2015 foi de 356 e 354, respetivamente.

Contas e valores do exercício de 2016

22

23

154

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Outros rendimentos A rubrica Outros rendimentos, nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015, tem

a seguinte composição:

2016 2015

Indemnizações associadas a sinistros 1.626.647 -

Rendimentos suplementares 120.273 208.228

Reconhecimento do rendimento associado à alteração do modelo remuneratório

97.538 -

Juros de mora debitados a clientes 35.932 201.017

Alienação de equipamentos 21.786 -

Outros rendimentos e ganhos 58.504 176.682

1.960.680 585.927

Outros gastos A rubrica de “Outros gastos” nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015 tem

a seguinte composição:

2016 2015

Impostos 971.637 1.020.345

Gastos investimentos não financeiros 73.714

Correções relativas a exercícios anteriores 40.209 277.001

Outros gastos 99.068 53.088

1.184.628 1.350.434

Contas e valores do exercício de 2016

24

25

155

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Gastos de depreciações e de amortizaçõesNos exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015, esta rubrica, tem a seguinte

composição:

2016 2015

Ativos Intangíveis (Nota 6) 17.171.630 8.940.922

Juros e outros rendimentos e gastos similaresOs juros e gastos similares suportados nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e

2015 tinham a seguinte composição:

2016 2015

Juros suportados 425.933 866.343

Outros gastos financeiros 310.147 35.968

736.079 902.311

Os juros e rendimentos similares obtidos nos exercícios findos 31 de dezembro de 2016 e

2015 tinham a seguinte composição:

2016 2015

Juros obtidos de aplicações financeiras 17.106 107.966

Ativos e passivos contingentesEm 31 de dezembro de 2016 e 2015, a Empresa tinha solicitado a prestação de garantias a

favor de terceiros de garantias, como segue:

2016 2015

Garantias bancárias 3.164.624 4.348.850

Outras garantias prestadas a terceiros 40.000 4.881.120

3.204.624 9.229.970

Contas e valores do exercício de 2016

26

27

28

156

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Garantias prestadas

Em 31 de dezembro de 2016 encontravam-se prestadas pela Empresa as seguintes garantias

bancárias:

> Garantia bancária nº 914038234693 sobre a Caixa Geral de Depósitos, no valor de

13.485 Euros a favor da EDP - Distribuição que constitui garantia suficiente para as obrigações

financeiras decorrentes do estabelecido no artigo 17º do decreto lei nº312/2002 de 10 de

Dezembro e no nº3 da portaria 62/2002 de 18 de Janeiro.

> Garantia bancária nº GAR/11301432 sobre o Banco BPI, no valor de 918 Euros a favor

da EDP - Distribuição que constitui caução necessária para a receção provisória da linha de

interligação a 30KV entre o posto de seccionamento das instalações elétricas de Mato de Cruz

e a central de valorização de Biogás.

> Garantia bancária nº N00390070 sobre o Novo Banco, no valor de 40.000 Euros a favor

do Tribunal de Trabalho de Caldas da Rainha - Secção Única para garantir o efeito suspensivo

do Processo nº 62/11.5TTCLD.

> Garantia bancária nº GAR/15301357 sobre o BPI, no valor de 12.125 Euros, a favor do

Município de Vila Franca de Xira para o fornecimento em continuo de Gás Natural veicular das

viaturas afetas à frota ambiente.

> Garantia bancária nº GAR/15301358 sobre o BPI, no valor de 200.422 Euros, a favor da

Câmara Municipal de Lisboa, destinada a garantir o bom e integral cumprimento das obrigações

referentes ao fornecimento de Gás Natural Comprimido.

> Garantia bancária nº 00125-02-1983533 sobre o Millennium BCP no valor de 2.641.674

Euros a favor do Estado Português nos termos do artigo 9º, nº3 do Decreto-Lei nº 96/2014 de

25 de junho.

> Garantia bancária nº 00125-02-1988495 sobre o Millennium BCP no valor de 100.000

Euros a favor da APA, destinada a garantir o cumprimento das obrigações resultantes da

emissão das licenças de descarga de águas residuais.

> Garantia bancária nº 00125-02-2024667 sobre o Millennium BCP, no valor de

185.000,00 Euros, a favor do Município de Lisboa, destinada a garantir o bom e integral

cumprimento das obrigações referentes ao fornecimento de gás natural comprimido.

> Garantia bancária nº GAR/16301758 sobre o Banco BPI, no valor de 11.000,00 Euros,

a favor do Município de Lisboa, destinada a garantir o bom e integral cumprimento das

obrigações referentes ao Contrato “Venda de Gás Natural Comprimido (GNC) para Viaturas da

Frota Municipal até ao valor máximo de €220.000,00”.

Contas e valores do exercício de 2016 157

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Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2016, a Empresa cancelou as seguintes garantias:

> Garantia bancária nº125-02-1520150 sobre o Millennium BCP, no valor de 1.039.073

Euros a favor da APA para cumprimento dos deveres emergentes da licença de exploração do

ASMC em conformidade com o DL 152/2002 de 23 de maio.

> Garantia bancária no valor de 4.778.720 Euros, prestada a favor do BEI correspondente

a 120% do valor em dívida em 31 de dezembro de 2015, e emitida conjuntamente pela CGD,

CEMG, BST e BCP, destinada a garantir o cumprimento dos deveres contratuais do empréstimo

do BEI, entretanto liquidado.

Resultado por açãoO resultado por ação básico e diluído dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e

2015 foi calculado tendo em consideração os seguintes montantes:

2016 2015

Resultado para efeito de cálculo do resultado líquido por ação básico

3.516.006 5.232.729

Número médio ponderado de ações para efeito de cálculo do resultado líquido por ação básico e diluído

5.040.000 5.040.000

Resultado líquido por ação básico e diluído 0,70 1,04

Gestão de riscos financeirosA Valorsul encontra-se exposta, essencialmente, aos seguintes risco de financeiros:

30.1 Risco de taxa de juro

Os riscos da taxa de juro estão essencialmente relacionados com os juros suportados com a

contratação de diversos financiamentos com taxas de juro variáveis.

30.2 Risco de liquidez

O risco de liquidez pode ocorrer se as fontes de financiamento, como sejam os fluxos de

caixa operacionais, de desinvestimento, de linhas de crédito e os fluxos de caixa obtidos

de operações de financiamento, não satisfizerem as necessidades de financiamento, como

sejam as saídas de caixa para atividades operacionais e de financiamento, os investimentos, a

remuneração dos acionistas e o reembolso de dívida.

Para reduzir este risco, a Empresa procura manter uma posição líquida e uma maturidade média

da dívida que lhe permita a amortização da sua dívida em prazos adequados. No entendimento

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do Conselho de Administração, tendo em consideração as principais projeções de cash-flow

para 2017 e a estrutura e tipologia dos seus ativos, a Empresa não antevê dificuldades em

liquidar a suas responsabilidades financeiras correntes.

Em 31 de dezembro de 2016, a Empresa tem linhas de crédito contratadas e não utilizadas no

montante de 6.500.000 Euros.

30.3 Risco Regulatório

Os ganhos registados em cada exercício pela Empresa resultam essencialmente dos

pressupostos considerados pelo regulador ERSAR, na definição das tarifas reguladas para o

setor do tratamento e gestão de resíduos e de eventuais desvios tarifários a apurar.

Em 6 de março, foi publicada a Lei n.º 10/2014, que aprovou os novos Estatutos da ERSAR. Esta

publicação vem no decurso da Lei n.º 67/2013, de 28 de agosto, que aprovou a lei-quadro das

entidades administrativas independentes com funções de regulação da atividade económica

dos setores privados, público e cooperativo. De acordo com os novos estatutos, a ERSAR viu

aumentada a sua independência de atuação (artigoº 2.º), expandido o universo de entidades

sujeitas a regulação (artigo 4.º) e reforçados os seus poderes e atribuições sobre as entidades

reguladas (artigos 5.º, 9.º, 10.º e 11.º). Em face das alterações em concretização, no sector

dos resíduos, o reforço dos poderes da ERSAR constitui um desafio significativo quer para a

entidade reguladora quer para as entidades reguladas. É expetativa que, com este reforço de

poderes da ERSAR, o sector integre uma agenda consentânea com a fase de desenvolvimento

em que se encontra, colocando-se o enfoque na sustentabilidade de forma integrada, nas

vertentes económica, social e ambiental.

Durante o ano de 2014, em concretização do novo poder regulamentar da ERSAR, o RTR -

regulamento tarifário do serviço de gestão de resíduos urbanos, deliberação n.º 928/2014, foi

publicado em Diário da República, 2.ª série, de 15 de abril. Este regulamento produziu efeitos em

1 de janeiro de 2016, e acarretou uma alteração do modelo regulatório em vigor, passando-se

de um modelo de custo de serviço (cost plus) para um modelo de proveitos permitidos (revenue

cap), o qual remunera uma base de ativos ao custo de capital e permite a recuperação dos

gastos operacionais num cenário de eficiência produtiva. A esta data encontra-se pendente

de aprovação pela ERSAR um conjunto de informações financeiras, da qual decorrerá,

eventualmente, o apuramento de um desvio de tarifário, o qual com a informação disponível,

não é possível determinar com fiabilidade.

Informação sobre os contratos de concessãoA concessão em regime exclusivo por um período de 19 anos, com termo em 2034, da

exploração e da gestão do sistema multimunicipal de tratamento e de recolha seletiva de

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resíduos sólidos urbanos da área de Lisboa e Oeste, em regime de serviço público, foi atribuída

à Valorsul através do DL 68/2010 de 15 de junho através da celebração de um contrato de

concessão entre o Estado Português e a Valorsul, reconfigurado em 30 de setembro de 2015.

A atividade objeto da concessão compreende o tratamento dos resíduos urbanos gerados nas

áreas dos municípios utilizadores, incluindo a sua valorização e a disponibilização de subprodutos,

assim como a recolha seletiva de resíduos urbanos, encontrando-se os municípios obrigados a

entregar à Valorsul todos os resíduos urbanos cuja gestão se encontre sob sua responsabilidade.

A fiscalização da concessão é da competência da ERSAR, tendo esta a competência na

definição das tarifas a aplicar, assim como na aprovação das Contas Reguladas e nos planos

de investimento da Empresa.

A exploração e a gestão, anteriormente referida, compreende também a conceção, a

construção, a aquisição, a extensão, a reparação, a renovação, a manutenção e a otimização de

obras e equipamentos necessários ao exercício da atividade da Valorsul.

As bases da concessão definem que a Valorsul terá como atividade principal, a atividade relativa

à exploração e à gestão do sistema multimunicipal de resíduos urbanos, compreendendo o

tratamento de resíduos urbanos resultantes da recolha indiferenciada e a recolha seletiva de

resíduos urbanos, incluindo a triagem, e como atividades complementares, as atividades que,

não se se integrando na atividade principal, utilizam ativos afetos a esta, permitindo otimizar a

respetiva rentabilidade. O exercício das atividades complementares dependem de autorização

do concedente, precedida de pareceres da Autoridade da Concorrência e da ERSAR.

Consideram-se como bens afetos à concessão:

> As infraestruturas relativas ao tratamento e valorização de resíduos urbanos

indiferenciados e seletivos, bem como os bens utilizados na recolha seletiva de resíduos

urbanos: as estações de transferência, os ecocentros, as centrais de processamento, triagem

e valorização e os respetivos acessos, as infraestruturas associadas, os aterros, os ecopontos

e os meios de transporte de resíduos;

> Os equipamentos necessários à operação das infraestruturas e ao acompanhamento e

controlo da sua exploração;

> Todas as obras, máquinas e aparelhagem e respetivos acessórios utilizados para

a receção e tratamento dos resíduos e para a manutenção dos equipamentos e gestão do

sistema multimunicipal não referidos acima;

> Os equipamentos, máquinas, veículos, aparelhagem e respetivos acessórios utilizados

para a recolha seletiva de resíduos urbanos.

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Adicionalmente, são também considerados como ativos afetos à concessão:

> Os imóveis adquiridos por via do direito privado ou mediante expropriação para

implantação das infraestruturas;

> Os direitos privativos de propriedade intelectual e industrial de que a Empresa seja

titular;

> Outros bens e direitos que se encontrem relacionados com a continuidade da exploração

da concessão, nomeadamente laborais, de empreitada, de locação e de prestação de serviços.

A Valorsul deve elaborar e manter o inventário dos bens e direitos afetos à concessão, devendo,

anualmente, enviar à ERSAR informação detalhada sobre os mesmos, assim como dos abates

efetuados.

A Valorsul tem a obrigação de, durante o prazo de vigência da concessão, manter o bom estado

de funcionamento, conservação e segurança dos ativos e meios a ela afetos, efetuando todas

as reparações, renovações e adaptações necessárias para a manutenção dos ativos nas

condições técnicas requeridas.

A Valorsul mantém o direito de explorar os ativos afetos à concessão até à extinção desta.

Os ativos afetos à concessão apenas podem ser utilizados para o fim previsto na concessão.

Na data da extinção da concessão, os bens a ela afetos revertem para uma Entidade

Intermunicipal, Associação de municípios, o conjunto dos Municípios utilizadores, ou o Estado,

mediante o exercício do respetivo direito de opção e o pagamento à concessionária, nos

termos previstos nas Bases e no contrato de concessão, de uma indemnização correspondente

ao valor líquido contabilístico daqueles bens.

O regime remuneratório da concessão baseia-se no reconhecimento à Empresa dos proveitos

permitidos, a serem refletidos nas tarifas a aplicar aos utilizadores do sistema. A Empresa é

responsável pelos riscos inerentes à concessão nos termos da legislação aplicável, assumindo

os respetivos riscos operacionais. A Empresa é responsável pela obtenção do financiamento

necessário ao desenvolvimento do objeto da concessão, por forma a cumprir cabal e

atempadamente as obrigações assumidas no contrato de concessão, assumindo os respetivos

riscos de investimento e de financiamento.

Os proveitos permitidos anualmente à Empresa, no âmbito da atividade concessionada, são

definidos pela ERSAR para um horizonte temporal de três a cinco anos (“Período regulatório”).

O modelo regulatório é fixado pela ERSAR e assenta, entre outros, nos seguintes pressupostos:

> Elegibilidade dos custos de exploração, para efeitos de determinação dos proveitos

permitidos, por referência a um cenário de eficiência produtiva da exploração e gestão do

sistema multimunicipal;

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> Remuneração do capital com base no custo médio ponderado, com parâmetros

definidos em referência a valores de mercado e ao desempenho de entidades representativas

comparáveis;

> Definição de uma base de ativos, constituída pelos bens afetos à concessão, como

incidência da remuneração do capital;

> Adoção de mecanismos de incentivo à eficiência;

> Repercussão adequada nos proveitos permitidos das diferenças registadas entre as

quantidades estimadas e as quantidades de resíduos urbanos entregues à Empresa.

Adicionalmente, a definição da base de custos de exploração deve atender ao seu controlo efetivo

pela Empresa, às tecnologias e capacidades instaladas, bem como às oscilações da procura.

Assim, as tarifas a aplicar aos utilizadores devem proporcionar à Empresa os proveitos permitidos

nos termos das bases anteriores e correspondem ao resultado da divisão dos proveitos permitidos

anualmente à Empresa pelas quantidades estimadas de consumo para esse ano.

O contrato de concessão em vigor a partir de 1 de janeiro de 2016, permite um equilíbrio

contratual nas condições de uma gestão eficiente, promovendo um investimento mais racional

e uma maior eficiência operacional, através do reconhecimento dos custos de investimento,

de operação e manutenção e na adequada remuneração dos ativos afetos à concessão, a

serem refletidos nas tarifas aplicáveis à Empresa, as quais permitirão recuperar os custos de

exploração e obter uma determinada remuneração sobre os ativos.

A concessão pode ser extinta por acordo entre as partes, por rescisão, por resgate e pelo

decurso do prazo. A extinção da concessão opera a transmissão para os Municípios ou para o

Estado dos bens e meios a ela afetos.

O contrato de concessão poderá ser rescindido pelo concedente se ocorrer qualquer uma das

situações a seguir descritas, com impacto significativo nas operações da concessão: desvio do

objeto da concessão; interrupção prolongada da exploração por facto imputável à Empresa;

oposição reiterada ao exercício da fiscalização ou repetida desobediência às determinações

do concedente ou, ainda, sistemática inobservância das leis e regulamentos aplicáveis à

exploração; recusa em proceder à adequada conservação e reparação das infraestruturas;

cobrança reiterada de valores superiores aos fixados nos contratos de concessão e nos

contratos celebrados com os utilizadores; dissolução ou insolvência da Empresa; trespasse da

concessão ou subconcessão não autorizadas; alienação não autorizada de participações no

capital da Empresa; oneração de participações no capital da Empresa em inobservância do

disposto no contrato de concessão; aumento ou redução não autorizados, quando aplicável, do

capital social da Empresa; falta de prestação da caução ou de renovação do respetivo valor nos

termos e prazos previstos; e recusa ou impossibilidade da Empresa em retomar a concessão.

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O concedente pode resgatar a concessão, assumindo a gestão direta do serviço público

concedido, sempre que motivos de interesse público o justifiquem e decorrido que seja pelo

menos dois terços do prazo contratual, mediante aviso prévio feito à Empresa, por carta

registada com aviso de receção, com, pelo menos, um ano de antecedência relativamente à

data de produção de efeitos do resgate.

Pelo resgate, a Empresa tem direito a uma indemnização que deve atender ao valor

contabilístico à data do resgate dos bens revertidos, do valor dos créditos existentes, bem

como ao valor de eventuais lucros cessantes, tendo em consideração o número de anos que

restem para o termo da concessão.

Acontecimentos após a data do balançoA 4 de janeiro de 2017, a ERSAR colocou em consulta publica no seu site, um segundo

documento complementar com o modelo de reporte das contas reguladas reais, com o

objetivo, de acordo com a ERSAR, de “obtenção de informação, para determinação dos

proveitos permitidos dos anos intermédios e último ano do período regulatório e ainda para a

reconciliação das contas reguladas com as contas estatutárias”. Este documento, encontrou-

se em consulta publica até ao dia 15 de Fevereiro, sendo previsível que a decisão final e

respetiva publicação do documento só venha a ocorrer em data posterior à aprovação das

demonstrações financeiras de 2016 da Valorsul, razão pela qual não foram considerados nas

demonstrações financeiras de 2016 eventuais ajustamentos de regulação subjacentes a este

documento complementar, nomeadamente, o eventual desvio de tarifário a ser determinado.

São João da Talha, 9 de Março de 2017

O Contabilista Certificado

Sofia Gomes

A Diretora Financeira

Susana Costa de Araújo

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O Conselho de Administração

António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota

Maria Gabriela Certã Ventura

João Eduardo Fernandes Figueiredo

Miguel Santiago Aranda da Silva

Maria Madalena Monteiro Garcia Presumido

Fernando José da Costa

Carlos António Vasconcelos Mota dos Santos

Ismael Antunes Hernandez Gaspar

Luis Fernando Adrada Guajardo

Tomás Joaquim de Oliveira Serra

Hugo Xambre Pereira

André Filipe dos Santos Matos Rijo

José António da Silva de Oliveira

Nuno Miguel Guarda da Rocha

Luis Miguel Duarte Pereira Vaz Galante

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Relatório e parecer do

Conselho Fiscal13

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Certificação legal das

contas14

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