RELATÓRIO& CONTAS2016
Fazemos partedo futuro
ÍndiceMensagem do presidente04
Perspetivas para 201794
Atividade55
Anexo: Números - resíduos e produtos103
Contas e valores do exercício de 2016106
Relatório e parecer do Conselho Fiscal165
Certificação legal das contas168
Estrutura organizacional14
Envolvente18
Considerações finais99
A Empresa - destaques07
Governo societário35
Proposta de aplicação de resultados101
Desempenho financeiro85
2
Nota Prévia
Este é o relatório de gestão e contas de 2016 da Valorsul - Valorização e Tratamento de
Resíduos Sólidos das Regiões de Lisboa e Oeste, S.A. O caderno de sustentabilidade da
empresa, em anexo, é parte integrante do presente documento.
Para esclarecimentos sobre a informação em causa ou sobre as atividades da Valorsul
contactar:
Plataforma Ribeirinha da CPEstação de Mercadorias da Bobadela
2696-801 S. João da Talha
Tel.: 219535900Fax: 219535935
ValorsulValorização e Tratamento de Resíduos
Sólidos das Regiões de Lisboa e do Oeste, S.A.
3
Mensagem do presidente01
Mensagem do presidente
Mensagem do presidente
2016 foi para a Valorsul o ano de consolidação da nova realidade resultante da
conclusão, em julho de 2015, do processo de reprivatização da EGF e o primeiro
exercício ao abrigo do novo modelo regulatório, com a definição, pela ERSAR,
das tarifas para o triénio 2016-2018.
No âmbito da integração da Valorsul no novo universo acionista, há a destacar a celebração entre a EGF
e todos os Municípios de um Acordo Parassocial, o qual veio assegurar o envolvimento e participação de
todos os acionistas na definição das linhas estratégicas da empresa. Este acordo, que muitos julgavam
ou pretendiam impossível, foi promulgado em 19 de setembro pelo Senhor Secretário de Estado
do Ambiente e define um quadro claro e equilibrado nas relações entre os acionistas, passando a
constituir um elo de mobilização para a defesa do interesse comum centralizado na Valorsul.
Em abril de 2016, e também por acordo entre todos os acionistas, foi alterado o modelo de
gestão da sociedade, com a constituição de uma Comissão Executiva composta por 5 membros,
tendo sido extinto o cargo de Diretor Geral que anteriormente vigorava.
Ainda resultante do processo de reprivatização da empresa, e no que respeita aos seus
colaboradores, foi possível concluir em 2016 o processo, iniciado em 2015 com a reposição dos
cortes salariais, de integral cumprimento do Acordo de Empresa nas áreas que se encontravam
congeladas para empresas pertencentes ao setor empresarial do Estado. Assim, foram
repostas as progressões automáticas e processadas as reclassificações e reenquadramentos
resultantes de alteração de funções, tendo também sido integrados no quadro os trabalhadores
temporários que preenchiam postos de trabalho permanentes.
No que respeita ao novo ciclo regulatório 2016-2018, a Valorsul e os seus acionistas foram
confrontados, nos últimos dias do ano, com a publicação das tarifas para o tratamento de
resíduos e a definição dos proveitos permitidos para o referido triénio. Para o ano de 2016, a
ERSAR fixou a tarifa de 13,19€/t, o que representa uma redução de 32% em relação à tarifa
anterior, que já era a mais baixa de sempre. Por força desta decisão, 2016 não será, como
estava previsto e por mérito dos seus Colaboradores, o melhor ano de sempre na história da
empresa, tendo os resultados previstos sofrido uma drástica redução.
5
Mensagem do presidente
A fixação de tarifas a um nível inimaginavelmente baixo – até por comparação a outras
empresas do setor - é motivo de grande preocupação para todos os acionistas, pelas suas
inevitáveis consequências, no que respeita ao equilíbrio económico e financeiro da empresa, à
estabilidade operacional e à manutenção dos padrões de elevado nível que têm caracterizado
o serviço público prestado pela Valorsul e ao cumprimento das metas europeias e nacionais de
recolha seletiva e tratamento de resíduos urbanos.
Nada disto deve, no entanto, impedir que se saliente o excelente desempenho de toda a empresa em
2016, com especial relevo para a performance energética; foram batidos todos os recordes de venda
de energia, não só na nossa principal unidade, a central de incineração, mas também na produção de
biogás do aterro sanitário do oeste e na central de valorização orgânica. Também na recolha seletiva
estamos a crescer, embora com exigências acrescidas, muito preocupantes, decorrentes do novo
quadro regulamentar para esta atividade. Só o facto de estarmos perante um ano excecional impediu
que a definição retroativa da tarifa para 2016 não tivesse resultados ainda mais devastadores.
Há também a realçar a atribuição à Valorsul em 2016, e pelo 2º ano consecutivo, do prémio
Marca de Confiança dos Portugueses em 2016, na categoria de Ambiente. Este prémio é uma
prova da confiança que a população deposita no trabalho da Valorsul e reflete o empenho e
profissionalismo constantes no exercício da sua atividade.
É exatamente o know-how, aliado à competência no tratamento de resíduos que caracteriza
a Valorsul, que a enquadram na estratégia de internacionalização do grupo ao qual pertence o
seu acionista maioritário e que envolveram a participação da empresa, numa primeira fase, em
projetos já iniciados no México. Esta internacionalização representa um alargar de horizontes
para a empresa, com benefícios para todos os acionistas, bem como a criação de novas
oportunidades para todos os seus colaboradores.
No entanto, é essencial estarmos todos conscientes que, apesar de toda a qualidade e experiência
da Valorsul, o quadro com que estamos confrontados para os próximos anos não tem paralelo na
história da empresa. A conjugação da definição das tarifas municipais mais baixas de sempre, com
as alterações previsíveis na bonificação da tarifa da energia, o maior grau de exigência do quadro
aplicável à recolha seletiva e os enormes desafios decorrentes da evolução prevista para as metas
comunitárias pode bem ser classificada como a tempestade perfeita. E não se vencem tempestades
perfeitas fazendo o mesmo que fizemos em velocidade de cruzeiro. O futuro próximo vai exigir
à Valorsul que evidencie todos os seus pergaminhos, mas sobretudo que saiba adaptar-se, com
redobrado empenho, flexibilidade, criatividade e humildade. É esse o nosso compromisso coletivo.
António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota
Presidente do Conselho de Administração
6
A Empresa - destaques02
Missão, visão e valores
Implementar e gerir um sistema integrado, tecnicamente avançado, ambientalmente correto e economicamente sustentável, para tratamento e valorização dos RU de dezanove municípios das regiões de Lisboa e Oeste de Portugal.
missão
Tratar e valorizar resíduos na Valorsul só é possível através de um moderno Sistema de Gestão Integrada de RU, adequado ao crescimento e à composição do nosso lixo urbano. A Valorsul é responsável pela conceção e concretização do mesmo.Este Sistema de Gestão Integrada representa uma optimização das opções ambientais, sociais, económicas, técnicas e institucionais. Ao mesmo tempo prevê a aplicação de diferentes opções de tratamento e valorização de acordo com os diferentes tipos de resíduos recolhidos.
visão
MISSÃO
VISÃO
VALORES
Ambição. Ser uma empresa de excelência, sustentável e socialmente
responsável. Eficiência. Potenciar valor aos nossos acionistas,
clientes, colaboradores e população. Transparência. Evidenciar a
transparência na nossa relação com as comunidades envolventes. Ética.
Cumprir os mais elevados padrões de ética em todas as nossas atividades.
Competência. Garantir elevados padrões de desempenho profissional
em todos os setores da empresa, motivados pela excelência de serviço. Inovação. Garantir e inovar em todos
os setores na procura das melhores soluções.
valores
A Empresa - destaques 8
A Empresa - destaques
Acionistas
A destacar em 2016Nos termos do disposto no nº 2 da cláusula 9ª do Contrato de Concessão, os acionistas da VALORSUL
procederam à assinatura do Acordo Parassocial, autorizado por Despacho do Senhor Secretário de Estado
do Ambiente datado de 19 de setembro de 2016. Desde então passaram a estar reunidos todos os
requisitos legais e contratuais necessários para a plena produção de efeitos do referido Acordo.
Deu-se início à implementação do Processo de Avaliação de Desempenho para o ano de 2016, antecipando
a implementação de um novo modelo assente numa Plataforma “online” para o ano de 2017.
Empresa Geral do Fomento, S.A
Município de Lisboa
Município de Loures
Associação de Fins Específicos - AMO MAIS
Município da Amadora
Município de Vila Franca de Xira
Município de Odivelas
Total
13.339.425 €
5.040.000 €
2.901.315 €
1.323.000 €
1.299.790 €
1.160.525 €
135.945 €
25.200.000 €
52,93%
20,00%
11,51%
5,25%
5,16%
4,61%
0,54%
100%
2.667.885
1.008.000
580.263
264.600
259.958
232.105
27.189
5.040.000
Quadro 1 – Acionistas da Valorsul
Acionista Capital% Nº de Ações
9
Área e instalaçõesda Valorsul1.6 milhões
de habitantes
Área de Intervenção e Instalações
Adicionalmente existe a central de valorização
orgância de Leiria em exploração com a Valorlis -
utilizada em 50% pela Valorsul.
A estação de transferência e ecocentro de Peniche pertencem à Câmara Municipal de Peniche e são geridos por este município.
Nazaré
Óbidos
Peniche
Alenquer
Sobral de Monte Agraço
Loures
Amadora
Vila Franca de Xira
Rio Maior
Atividade
centro de triagem
incineração com recuperação energética
valorização de escórias
aterro sanitário
estação de transferência
valorização orgânica
ecocentro
Cadaval
Lisboa
A Empresa - destaques 10
A prestação de serviços e
os produtos que a Valorsul
disponibiliza aos seus clientes
Serviços Produtos
valorização e tratamento de resíduos
abastecimento de viaturas
com gás natural carburante
municípios do sistema
outros particulares
fora do sistema
particulares do sistema
municípiosda região de
Lisboa eparticulares
eletricidade recicláveiscomposto
e agregado
EDP SU
SPVAmb3E
Ecopilhasoutros
municípiose
particulares
Recolha indiferenciada
Recolha de orgânicos
Recolha seletiva multimaterial
Recicláveis
Composto
Energia
Escórias e agregado
valorização de escórias
valorização orgânica
recolha
triagem de materiais recicláveis
deposição de aterro
gestão e planeamento
valorização energética
deposição seletivaValorsul
entidades reguladoras e
fiscalizadoras / população
concedente clientes
populações vizinhas / gerações futuras
empresas congéneres / fornecedores
visitantes, escolas, ONG’s /comunidade científica
matéria primada sociedade
produtos para a sociedade
Clientes
Sociedade
A Empresa - destaques 11
Os números
Receção de resíduos
Recolha seletiva multimaterial
Recolha indiferenciada
Recolha seletiva de matéria orgânica
Totalreceção direta
70.164
38.052
785.698
893.914
2014
Quadro 2 – Receção direta de resíduos (t)
73.888
40.872
820.633
935.394
2016
71.655
39.515
801.201
912.371
2015
Transformação em produtos ou materiais úteis
367
417.953
370.793
98.557
5.056
430
2.072
24.029
31.351
12.459
671
379.282
334.713
93.599
3.859
352
1.254
23.439
30.827
11.679
232
316.207
275.482
93.264
3.855
399
-
22.721
30.208
10.295
2016 2015 2014
Quadro 3 – Produtos
(1) Procede-se ao envio para reciclagem de outros produtos. Ex: metal não embalagem, pilhas e madeira (cerca de 970t).(2) A retoma de embalagens de cartão para alimentos, líquidos está considerada no “papel e cartão”. Está aqui incluído o “papel e cartão” não embalagem.(3) Plásticos e metais incluindo não embalagem, remunerados pela SPV.
Os valores discriminados por instalação encontram-se em anexo.
Energia (MWh)
Escórias (t)
Energia produzida
Energia exportada
Escórias inertes
Escórias metais ferrosos
Escórias metais não ferrosos
Agregado
Composto
Vidro
Papel e cartão (2)
Embalagens (3)
Composto (t)
Materiais retomados pela Sociedade Ponto Verde (t) (1)
A Empresa - destaques 12
Desempenhoeconómico
2016 2015 2014
Elementos económicos e financeiros
Volume de negócio 58.947.009 58.795.249 52.833.479
Resultados operacionais 7.169.304 8.090.952 2.690.801
EBITDA 19.260.510 18.617.478 13.213.590
Resultados financeiros -718.973 -794.346 -1.196.419
Resultado líquido do exercício 3.516.006 5.232.728 240.531
Ativos intangíveis 99.848.494 170.531.765 178.657.827
Dívida de clientes 9.516.738 11.217.588 15.828.964
Total do ativo líquido 139.541.974 207.505.060 218.599.234
Dívida bancária de médio longo prazo 8.906.347 11.351.933 7.019.424
Dívida bancária de curto prazo 2.435.799 6.832.407 17.165.589
Dívida bancária total 11.342.146 18.184.340 24.185.013
Total do passivo 78.946.972 131.298.651 144.725.425
Total do capital próprio 60.595.003 76.206.409 73.873.809
Investimento 2.204.003 2.946.487 4.403.713
Quadro 4 –Síntese de indicadores económicos e financeiros
EBITDA = resultado operacional + amortizações -subsídios ao investimento.Ativos intangíveis líquidos de amortizações
Nota: os valores de 2015 e 2014 são apresentados de acordo com os mesmos critérios contabilísticos
de 2016, não contemplando a reclassificação contabilística que decorre da transição para o novo
regulamento tarifário, nos montantes de 4.170,289€ e 4.219,123€, respetivamente.
Desempenho económico
valores em €
A Empresa - destaques 13
Estruturaorganizacional03
EstruturaOrganizacional
Dando cumprimento ao estabelecido pelos Acionistas em sede do Acordo Parassocial, foi
deliberado na reunião do Conselho de Administração de 07-04-2016 alterar o modelo de
gestão da VALORSUL. Para o efeito e conforme disposto no n.º1 do artigo 20º do contrato
social da Sociedade, foi constituída uma Comissão Executiva composta por cinco membros.
Na mesma reunião, o Conselho de Administração deliberou extinguir o cargo de Diretor Geral e
revogar o mandato que lhe havia sido atribuído em 11 de setembro de 2015.
GabrelaVentura
Representaçãoda Empresa
GabrelaVentura
Desenvolvimento do Negócio
GabrelaVentura
Comunicaçãoe Sensibilização
JoãoFigueiredo
AdministrativoFinanceiro
MiguelAranda da Silva
Produção
JoãoFigueiredo
Recursos Humanos
MadalenaPresumido
Inovação,Projetos e
análise
JoãoFigueiredo
Sistemas de informação
Fernandoda Costa
Qualidade,Ambiente,Segurança
GabrelaVentura
RelaçõesInstitucionais
Figura 4 – Atual organograma da Valorsul
Estrutura Organizacional
Secretariado
António Manuel da Mota
presidente (CA)
JoãoFigueiredo
MadalenaPresumido
GabrelaVentura
presidente
Miguel Aranda da Silva
Fernando da Costa
Valorsul
GabrielaVentura
IsmaelGaspar
MiguelArandada Silva
Tomás Serra
Fernando da Costa
NunoRocha
AndréRijo
JoãoFigueiredo
LuísGuajardo
MadalenaPresumido
HugoPereira
Carlos Santos
JoséOliveira
MiguelGalante
Conselho de administração (CA)
Comissão Executiva (CE)
15
Estrutura Organizacional
O mote das áreas operacionais e equipas de suporte é garantir uma qualidade de
serviço elevada que supere as expectativas dos acionistas e clientes:
Centro de Triagem e Ecocentro do Lumiar (CTE)Missão: Receber, triar e preparar para expedição os RU (resíduos urbanos) recolhidos
seletivamente de acordo com as fileiras estabelecidas e receber, armazenar e expedir os
resíduos entregues no Ecocentro.
Centro de Triagem do Oeste (CTO)Missão: Receber, triar e preparar para expedição os RU recolhidos seletivamente, provenientes
das Estações de Transferência ou depositados no CTO diretamente, de acordo com as fileiras
estabelecidas e receber, armazenar e expedir os resíduos.
Estação de Tratamento e Valorização Orgânica (ETVO)Missão: Contribuir para diminuir a deposição de resíduos orgânicos em aterro sanitário ou
incineração através do seu tratamento de forma ambientalmente correta e sustentável e
proceder à sua valorização através da produção de energia elétrica e de composto.
Central de Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos (CTRSU)Missão: Valorizar os RU através da recuperação otimizada do seu conteúdo energético.
Subdireção de Manutenção da CTRSUMissão: contribuir para o cumprimento dos objetivos de disponibilidade e de eficácia de todos
os equipamentos da CTRSU.
Instalação de Tratamento e Valorização de Escórias (ITVE)Missão: Valorizar as escórias brutas provenientes da central de incineração, recuperando
os metais ferrosos e não ferrosos e obtendo escórias para cobertura de RU nos aterros e
agregado para a construção rodoviária.
Aterro Sanitário de Mato da Cruz e Aterro Sanitário do Oeste (ASMC e ASO)Missão: Assegurar a adequada eliminação de resíduos, através da sua deposição acima ou
abaixo da superfície natural, de modo a evitar ou reduzir os efeitos negativos sobre o Ambiente.
Recolha Seletiva (RS)Missão: Coordenar as recolhas seletivas de embalagens recicláveis na região Oeste, sendo
responsável pela colocação, manutenção e recolha dos ecopontos.
16
Administrativo-Financeiro (AF)Missão: Assegurar que as operações da empresa que afetem ou sejam suscetíveis de afetar
a situação económica e patrimonial, numa perspetiva orçamental, contabilística, administrativa
e fiscal sejam devidamente evidenciadas, registadas e otimizadas.
Recursos Humanos (RH)Missão: Assegurar um sistema de gestão de recursos humanos que valorize o potencial
humano e que, de acordo com os princípios e valores da VALORSUL, garanta o desenvolvimento
dos recursos necessários ao seu funcionamento.
Inovação, Projetos, Análise e Reporting (IPAR)Missão: Apoiar os diversos centros de responsabilidade da empresa ao nível de Estudos,
Monitorização e Inovação, na medida das competências da Direção e das solicitações internas
(Administração e unidades operacionais) e externas.
Sistemas de Informação (SI)Missão: Conceber, implementar e manter os sistemas de informação e de comunicações da
VALORSUL por forma a assegurar o seu normal funcionamento e evolução.
Qualidade, Ambiente e Segurança (QAS)Missão: Conceber, implementar e manter o Sistema de Gestão Integrada para assegurar
a melhoria do seu desempenho e a obtenção/manutenção das respetivas certificações e
assegurar a gestão das instalações, equipamentos e sistemas de gestão de suporte à atividade
principal da empresa, de forma a assegurar o seu normal funcionamento.
Comunicação e Sensibilização (CS)Missão: Assegurar a comunicação e imagem externa e interna da empresa, no cumprimento
de orientações da Administração e de acordo com os objetivos definidos.
Estrutura Organizacional 17
Envolvente04
2016
3,1
1,6
1,6
0,5
1,7
1,7
1,3
0,8
3,1
1,8
4,2
EnvolventeEnquadramento macroeconómico
O ritmo de crescimento da economia mundial desacelerou ligeiramente em
2016. A economia mundial cresceu 3,1%, o que resultou de um crescimento de cerca de
1,6% das economias avançadas e de 4,2% das economias de mercado emergentes e em
desenvolvimento (Quadro 5). Este crescimento, em termos mundiais, representa uma ligeira
desaceleração face a 2015 e reflete dinâmicas em sentido contrário entre as economias
avançadas, que cresceram menos que no ano anterior, e as economias de mercado emergentes
e em desenvolvimento, que cresceram mais, nomeadamente a Rússia e o Brasil impulsionados
pela recuperação do preço do petróleo. A deterioração das perspetivas das economias
avançadas resultam do aumento das incertezas políticas e económicas na sequência do Brexit,
das eleições presidenciais americanas e da instabilidade dos mercados financeiros.
2011
4.2
1,7
1,6
-0,5
1,6
3,7
2,1
0,6
-0.6
1,6
6,3
2013
3,3
1,1
1,5
1,6
-0,3
0,4
0,7
-1,7
-1,2
1,7
5,0
2015
3,2
2,1
2,6
0,5
2,0
1,5
1,3
0,8
3,2
2,2
4,0
2012
3,4
1,2
2,2
1,7
-0,8
0,6
0,2
-2,8
-2,1
0,7
5,2
2014
3,4
1,8
2,4
-0,1
0,9
1,6
0,2
-0,4
1,4
3,0
4,6
Economia mundial
Economias avançadas
EUA
Japão
Área do Euro
Alemanha
França
Itália
Espanha
Reino Unido
Economias de mercado emergente e em desenvolvimento
Quadro 5 – Crescimento económico mundial (taxa de variação real do PIB, em percentagem)
Fonte: FMI (World Economic Outlook, outubro de 2016)Nota: Detalhes sobre os grupos de países e a forma de agregação podem ser obtidos em www.imf.org .
Crescimentoeconómico
mundialem %
Envolvente 19
2016
2,9
0,8
1,2
-0,2
0,3
0,4
0,3
-0,1
-0,3
0,7
4,7
Na área do Euro, após a recuperação da atividade económica em 2015, registou-
se uma redução do crescimento para 1,7%. Esta evolução continuou a ser revestida de
uma elevada heterogeneidade entre países. Em França e em Itália verificou-se um crescimento
do PIB de 1,3% e 0,8% valores em linha com o ano anterior; na Alemanha a atividade
económica cresceu 1,7%, acelerando ligeiramente face ao período homólogo; e, em Espanha,
o crescimento do PIB foi semelhante ao ano transato, tendo aumentado 3,1%, um valor muito
superior à média da área do euro.
Em paralelo com a ligeira desaceleração do crescimento económico mundial, verificou-se um
ligeiro aumento da taxa de inflação na economia mundial, resultante das políticas
de estímulo dos Bancos Centrais das economias avançadas. No que se refere às
economias de mercado emergentes e em desenvolvimento, verificou-se a estabilização da
taxa de inflação. Na área do Euro, em termos médios anuais, a taxa de inflação situou-se
em 0,3% em 2016. Os preços das matérias primas não energéticas atenuaram a descida ao
longo de 2016, sobretudo devido aos preços dos produtos alimentares e dos metais. O preço
do petróleo Brent registou nos primeiros 9 meses do ano uma forte quebra, para uma média de
43 USD/bbl face aos 54 USD/bbl, tendência essa que se inverteu no último trimestre do ano.
2011
5,2
2,7
3,1
0,3
2,7
2,5
2,3
2,9
3,2
4,5
7,3
2013
3,9
1,4
1,5
0,4
1,3
1,6
1,0
1,3
1,4
2,6
5,8
2015
2,8
0.3
0,1
0,8
0,0
0,1
0,1
0,1
-0,5
0,1
4,7
2012
4,2
2,0
2,1
0,0
2,5
2,1
2,2
3,3
2,4
2,8
6,0
2014
3,5
1,4
1,6
2,7
0,4
0,8
0,6
0,2
-0,2
1,5
5,1
Economia mundial
Economias avançadas
EUA
Japão
Área do Euro
Alemanha
França
Itália
Espanha
Reino Unido
Economias de mercado emergente e em desenvolvimento
Quadro 6 – Taxa de inflação (Valores em %)(taxa de variação do índice de preços no consumidor, valores médios)
Fonte: FMI (World Economic Outlook, outubro de 2016).Nota: Detalhes sobre os grupos de países e a forma de agregação podem ser obtidos em www.imf.org .
Taxa de inflação
Envolvente 20
2013
-7,9
7,4
4,0
12,0
5,2
10,3
12,2
26,1
7,6
-
2012
8,0
8,1
4,3
11,4
5,4
9,7
10,6
24,8
8,0
-
2016
6,8
4,9
3,2
10,0
4,3
9,8
11,5
19,4
5,0
A taxa de desemprego diminuiu na generalidade das economias mundiais,
mantendo-se, contudo em níveis muito elevados na área do Euro. A taxa de
desemprego na área Euro reflete, em grande medida, a situação do mercado de trabalho em
Espanha onde a taxa de desemprego apesar de ter diminuído se mantém em níveis muito
elevados (19,4%).
Neste enquadramento e após a recuperação do ano anterior, a economia
portuguesa deverá crescer cerca de 1,2% em 2016. O crescimento observado deverá
resultar do contributo positivo do consumo privado, atenuado pelo contributo negativo do
Investimento. O consumo público deverá contribuir positivamente, em linha com o observado
em 2015. Por seu turno, as exportações líquidas poderão registar um ligeiro contributo
negativo (Quadro 8).
2011
8,0
8,9
4,6
10,2
5,9
9,1
8,4
21,4
8,1
-
2015
-6,8
5,3
3,4
10,9
4,6
10,4
11,9
22,1
5,4
2014
-7,3
6,2
3,6
11,6
5,0
10,3
12,7
24,5
6,2
Economia avançada
EUA
Japão
Área do Euro
Alemanha
França
Itália
Espanha
Reino Unido
Quadro 7 – Taxa de desemprego (em percentagem da população ativa)
Fonte: FMI (World Economic Outlook, outubro de 2016)Nota: Detalhes sobre os grupos de países e a forma de agregação podem ser obtidos em www.imf.org .
Taxa de desemprego
em %da população
ativa
Envolvente 21
13,9
-0,3
0,8
1,9
0,9
2,2
-0,5
2,5
3,9
7,2
-
2,2
-1,2
INE
2014
Em relação à evolução dos preços na atividade económica, o deflator do PIB
deverá aumentar para valores na ordem dos 2%, em linha com o observado no
ano anterior, já o IHPC (Índice Harmonizado de Preços no Consumidor) foi, em 2016,
de 0,9%, ligeiramente acima da previsão de 0,8%. A previsão para a taxa de variação
anual do deflator do PIB situou-se em 1,3%, de acordo com o Ministério das Finanças. Para esta
evolução deverá continuar a contribuir o preço do petróleo, e, em menor dimensão, a subida dos
preços dos bens de investimento. O IHPC português, de acordo com informação de janeiro de
2016 do INE, registou uma taxa de variação média de 0,9% em 2016.
Ao nível do mercado de trabalho, registou-se uma diminuição da taxa de desemprego ao
longo de 2016 mantendo-se ainda uma ligeira diminuição da população ativa. Salienta-se
uma desaceleração do crescimento da população empregada em 2016 face a 2015, de 1,1%
para 0,5%.
No que se refere às contas externas em termos nominais, em 2016 a capacidade de
financiamento da economia portuguesa ascendeu a 1,7% do PIB, bastante acima
face aos anos anteriores.
Envolvente
Enquadramento macroeconómico
e previsões governamentais
PIB real
Consumo Privado
Consumo Público
Investimento (FBCF)
Exportações
Importações
Contributos para o crescimento do PIB (em p.p.)
Procura Interna
Exportações Líquidas
Taxa de desmprego
Inflação (IHPC / IPC)
Deflator do PIB
PIB nominal
Quadro 8 – Enquadramento macroeconómico e previsões governamentais (Valores em %)
Fonte: INE, Ministério das Finanças, FMI e Banco de Portugal.
12,4
0,5
2,1
1,9
1,6
2,6
0,8
4,5
6,1
8,2
-
2,6
-1,0
INE
2015
Documento
11,2
0,9
2,0
1,9
1,2
2,0
0,6
-0,7
3,1
3,1
1,3
-0,1
2016
OE 2017
PIB (ótica da despesa)
Desempregos e preços
22
1,0
-0,3
0,2
1,3
INE
2014
Quadro 9 – Balança de pagamentos (em percentagem do PIB)
Fonte: INE e Ministério das Finanças. | Nota: Os dados referem-se à conta do setor institucional Resto do Mundo, publicada pelo INE, sendo que os dados do INE são de acordo com a nova metodologia SEC2010 e BPM6 enquanto as previsões do M. Finanças utilizam a anterior metodologia.
Balança corrente e de capital
Balança corrente
Bens e serviços
Balança de capital
0,9
-0,3
0,7
1,2
INE
2015
1,7
0,5
1,5
1,2
INE
2016
Documento
Financiamento da economia (em % do PIB)
Enquadramento do setor
Regulamento Tarifário de Resíduos UrbanosDurante 2016, e conforme melhor descrito no capítulo de regulação, dá-se nota da publicação
pela ERSAR de um Documento Complementar ao Regulamento Tarifário de Resíduos, em
agosto de 2016 com o objetivo de clarificar conceitos relacionados com a transição do
Modelo Regulatório e também com o Modelo de reporte aplicável pelas entidades gestoras
de sistemas de titularidade estatal das Contas Previsionais (Regulamento n.º 817/2016,
publicado em Diário da República de 18 de agosto). Foi também alterado o calendário desse
reporte (Regulamento n.º 816/2016 publicado em Diário da República de 18 de agosto).
PERSU 2020 - Plano estratégico para o setor dos resíduosO PERSU 2020 - o Plano Estratégico dos Resíduos Sólidos Urbanos, foi aprovado, pela Portaria
n.º 187-A/2014, publicada em DR (I Série) n.º 179, de 17 de setembro de 2014, e encerra a
visão estratégica para o setor no horizonte 2014-2020.
Balança de pagamentos
em %
Envolvente
Em 2016 assistiu-se à concretização de algumas das medidas traçadas em anos anteriores para o setor dos
resíduos. Destacam-se:
23
Envolvente
Este Plano prossegue como objetivo garantir um alto nível de proteção ambiental e da saúde
humana, através do uso de processos, tecnologias e infraestruturas adequadas no setor dos
resíduos. Promove ainda a minimização da produção e da perigosidade dos resíduos e procura
integrá-los nos processos produtivos como materiais secundários por forma a reduzir os
impactes da extração de recursos naturais.
Estabelece ainda um modelo que, pela primeira vez, permite definir individualmente e para
cada sistema de gestão de RU, as seguintes metas:
a) Metas de retomas de recolha seletiva;
b) Metas de desvio de RUB de aterro;
c) Metas de preparação para reutilização e reciclagem.
Na sequência da publicação do PERSU 2020, e tal como previsto neste documento enquadrador,
a Valorsul elaborou e apresentou à APA, em abril de 2015 o seu plano de ação do PERSU 2020
(PAPERSU), o qual contemplou os investimentos e medidas que pretende implementar com
vista à garantia do cumprimento das metas e objetivos que lhe ficaram adstritos. A aprovação
do PAPERSU por parte da APA foi obtida em junho de 2015.
Nesta sequência, e não obstante o curto espaço de tempo decorrido, foi elaborado pela
Valorsul, por solicitação da APA em abril de 2016, o relatório de monitorização sobre o estado
de cumprimento dos PAPERSU relativo ao ano de 2015 (denominado RAPAPERSU – Relatório
de Acompanhamento do PAPERSU).
No final de 2016, a APA efetuou o primeiro exercício de cálculo das metas definidas no PERSU
2020, com base nas quantidades declaradas pela Valorsul no Mapa de Registo de Resíduos
Urbanos (MRRU) para o ano de 2015. Tratou-se de uma primeira verificação uma vez que
apenas existem metas intercalares definidas por Sistema de Gestão de Resíduos (SGRU) por
intermédio do Despacho n.º 3350/2015, de 1 de abril, para os anos de 2016 a 2020.
24
Portugal 2020 / POSEURO POSEUR é o instrumento nacional, inserido nas Estratégias “Europa 2020” e “Portugal
2020” para o campo da sustentabilidade e uso eficiente de recursos, agregador de 2,2 mil
milhões de euros de financiamento comunitário. A sua intervenção abrange a totalidade do
território nacional.
O POSEUR integra 3 eixos de atuação sendo o Eixo III – “Proteger o Ambiente e Promover a
Eficiência na utilização dos recursos”, aquele em que se integram as estratégias para o setor
dos resíduos e nomeadamente as candidaturas de projetos que visem a concretização das
metas nacionais e comunitárias inseridas no PERSU 2020, Plano estratégico dos Resíduos
Urbanos para o período 2014-2020. Para a globalidade do setor, e durante o período referido,
estão previstos apoios comunitários, na ordem dos 306 M€.
As empresas do Grupo EGF apresentaram no início de 2016, candidaturas de projetos que
visam o cumprimento das metas definidas no PERSU 2020, após pedido de Parecer Prévio
à APA, tendo submetido essas candidaturas ao abrigo do Aviso POSEUR-11-2015-18. No
decurso de 2016, foram solicitados pedidos de esclarecimento pela gestão do POSEUR, os
quais foram respondidos no devido tempo.
Até ao final de 2016, nenhuma das candidaturas submetidas pela Valorsul foi alvo de
aprovação. Considerando que os investimentos previstos são os alicerces de base para as
ações previstas no PAPERSU da Valorsul com vista ao cumprimento das metas impostas
pelo PERSU 2020, prevêem-se constrangimentos no cumprimento das mesmas nos prazos
inicialmente considerados.
Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens (SIGRE)Ao longo do ano de 2016, verificaram-se dificuldades na remuneração e consequente retoma
de resíduos de embalagem com origem na recolha indiferenciada, em virtude da posição
assumida pela Sociedade Ponto Verde no início do ano relativamente ao pagamento dos
Valores de Informação (VI) consagrados no Despacho n.º 8376-C/2015, de 30 de julho.
Refira-se que, até ao final de 2015, os recicláveis de resíduos de embalagem produzidos com origem
na recolha indiferenciada nas unidades de Tratamento Mecânico (TM) e Tratamento Mecânico e
Biológico (TMB), eram escoados pelos SGRU negociando diretamente com os retomadores. Os preços
de venda desses recicláveis eram definidos, caso a caso, em função do mercado e da qualidade dos
materiais em questão. Posteriormente, e com base nas evidências de colocação dos recicláveis no
mercado (faturas), os SGRU faturavam à Sociedade Ponto Verde o respetivo VI.
Por carta de 26 de fevereiro de 2016, a SPV comunicou que iria deixar de pagar o VI para os
recicláveis de resíduos de embalagem oriundos de recolha indiferenciada, disponibilizando-se
apenas a pagar os valores relativos aos meses de janeiro e fevereiro para todos os materiais,
exceto para os plásticos mistos, para os quais esta suspensão de pagamento se aplicou a todo
o ano de 2016.
Envolvente 25
Envolvente
Saliente-se que esta decisão foi tomada de forma unilateral e apesar do pagamento do VI
estar consagrado legalmente no Despacho atrás referido. Refira-se que a SPV, tem mantido
a sua total indisponibilidade para discutir o ano de 2016, o que motivou a que a EGF, em
representação das suas participadas, tenha enviado uma carta no dia 4 de novembro, instando
a SPV ao pagamento dos valores em dívida. Esta situação levou a que a Central de Valorização
Orgânica da VALORLIS tenha deixado de separar os materiais com preço de mercado negativo
(plásticos mistos e alguns tipos de filme plástico) a partir do 1º trimestre de 2016, uma vez que
o recebimento do VI representava a sustentabilidade financeira da sua triagem, com efeitos
nos proveitos associados no âmbito da partilha desta infraestrutura com a Valorsul.
Novas Licenças do SIGREEm 2016, alargou-se o número de Entidades Gestoras do Sistema Integrado de Gestão de
Resíduos de Embalagens (SIGRE), tendo, em novembro de 2016, sido concedidas as respetivas
licenças, às empresas Novo Verde e Sociedade Ponto Verde. Estas licenças, a vigorar a partir de
1 de janeiro de 2017, abrangem os resíduos de embalagem de origem urbana, quer da recolha
seletiva quer da recolha indiferenciada, estando as entidades gestoras obrigadas a retomar
todos materiais de embalagem que cumpram as especificações técnicas.
Foi igualmente aprovado em novembro de 2016, o diploma que determina o valor de
contrapartida (VC) financeira a pagar pelas Entidades Gestoras, a partir de 1 de janeiro de
2017, que se destina a suportar os acréscimos de custos com a Recolha Seletiva e Triagem
de resíduos de embalagens, bem como a triagem dos resíduos de embalagens nas Estações
de Tratamento Mecânico e de Tratamento Mecânico e Biológico, a Valorização Orgânica de
resíduos de embalagens e o tratamento das escórias metálicas resultantes da incineração dos
resíduos urbanos e demais frações consideradas reciclagem.
26
Refira-se que este diploma define um VC para “plásticos”, sem contudo definir claramente se
o VC é aplicável aos plásticos mistos, o que reforça a incerteza de produção destes materiais
em particular no fluxo da recolha indiferenciada e no seguimento da posição já assumida pela
SPV durante o ano de 2016.
Ainda em novembro de 2016, foi criado um Grupo de Trabalho, que teve por missão a
identificação e proposta de medidas conducentes à operacionalização do SIGRE. As propostas,
a vigorar a partir de 2017, referem-se nomeadamente às especificações técnicas dos materiais
da recolha seletiva e indiferenciada, ao procedimento de retoma e ao mecanismo de alocação e
compensação entre entidades gestoras, tal como previsto nas licenças.
Até final de 2016 não foi conhecida a conclusão do relatório que o Grupo de Trabalho deveria
apresentar à tutela, nem publicados quaisquer dos documentos fundamentais que permitem
a operacionalização do SIGRE. Tendo em conta a sua relevância, destaque-se a inexistência
de especificações técnicas para os resíduos de embalagens provenientes da recolha
indiferenciada, uma vez que na prática a sua inexistência impede o escoamento destes
materiais no âmbito das novas licenças em vigor em 2017.
Saliente-se ainda a indisponibilidade mostrada por este Grupo de Trabalho para discutir com
as partes interessadas, na reunião realizada na APA a 22 de dezembro de 2016, qualquer
proposta de especificação técnica para plásticos mistos, impossibilitando a sua produção no
âmbito das novas licenças a partir de janeiro de 2017.
Envolvente 27
Envolvente
Legislação do setor publicada em 2016Durante 2016 foram emitidos e publicados diversos diplomas legais que regulam áreas
especificas do setor dos resíduos, cujos mais importantes apresentamos abaixo:
> Portaria n.º 306/2016, de 7 de dezembro - Fixa a estrutura, composição e funcionamento
da Comissão de Acompanhamento da Gestão de Resíduos, designada por CAGER.
> Despacho n.º 14415/2016, de 29 de novembro - Determina a criação de um grupo de
trabalho com a missão de identificar e propor as medidas conducentes à operacionalização do
Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens (SIGRE).
> Despacho n.º 14202-E/2016, de 25 de novembro - Concede à Sociedade Ponto Verde
- Sociedade Gestora de Resíduos de Embalagens, S. A., a licença para a gestão de um sistema
integrado de resíduos de embalagens.
> Despacho n.º 14202-D/2016, de 25 de novembro - Concede à Novo Verde - Sociedade
Gestora de Resíduos de Embalagens, S. A., a licença para a gestão de um sistema integrado de
resíduos de embalagens.
> Despacho n.º 14202-C/2016, de 25 de novembro - Determina o valor de contrapartidas
financeiras devido pelas entidades gestoras e que se destina a suportar os acréscimos de custos
com a Recolha Seletiva e Triagem de resíduos de embalagens, bem como a triagem dos resíduos
de embalagens nas Estações de Tratamento Mecânico e de Tratamento Mecânico e Biológico,
a Valorização Orgânica de resíduos de embalagens e o tratamento das escórias metálicas
resultantes da incineração dos resíduos urbanos e demais frações consideradas reciclagem.
> Decreto-Lei 71/2016, de 4 de novembro - Procede à sétima alteração ao Decreto-Lei n.º
366-A/97, de 20 de dezembro, que estabelece os princípios e as normas aplicáveis ao sistema
de gestão de embalagens e resíduos de embalagens, à décima alteração ao Decreto-Lei n.º
178/2006, de 5 de setembro, que aprova o regime geral da gestão de resíduos, transpondo
a Diretiva 2015/1127, da Comissão, de 10 de julho de 2015, e à primeira alteração ao
Decreto-Lei n.º 67/2014, de 7 de maio, que aprova o regime jurídico da gestão de resíduos de
equipamentos elétricos e eletrónicos.
28
No ano de 2014 e 2015 verificaram-se alterações significativas em matéria regulatória neste
setor, e em especial para os sistemas multimunicipais de titularidade estatal, as empresas do
Grupo EGF, onde a forma de organização destas empresas e o modelo de interação com a
Entidade Reguladora sofreram modificações estruturais.
Em 6 de março, foi publicada a Lei n.º 10/2014, que aprovou os novos Estatutos da Entidade
Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR). Esta publicação vem no decurso da
Lei n.º 67/2013, de 28 de agosto, que aprovou a lei-quadro das entidades administrativas
independentes com funções de regulação da atividade económica dos setores privados,
público e cooperativo. De acordo com os novos estatutos, a ERSAR viu aumentada a sua
independência de atuação (artigo 2º), expandido o universo de entidades sujeitas a regulação
(artigo 4.º) e reforçados os seus poderes e atribuições sobre as entidades reguladas (artigos
5º, 7º, 9º, 10º e 11º).
Também durante o ano de 2014, o RTR- Regulamento Tarifário do Serviço de Gestão de
Resíduos Urbanos (RTR) foi aprovado pela deliberação 928/2014 do Conselho Diretivo da
ERSAR de 17 de fevereiro de 2014, homologado pelo Ministro do Ambiente, Ordenamento do
Território e Energia em 28 de fevereiro de 2014, e publicado no Diário da República nº 74 de
15 de abril. Posteriormente, a ERSAR aprovou pela deliberação 1152/2015 de 8 de junho o
aditamento do artigo 95º-A por forma a compatibilizar o calendário regulatório com o processo
de reprivatização da EGF e consequentemente com a aplicação do DL 96/2014 de 25 de
junho (Novas Bases das Concessões de RU-Resíduos Urbanos para empresas de Capitais
maioritariamente privados). Este regulamento acarreta uma alteração do modelo regulatório
em vigor, passando de um modelo de custo de serviço (cost plus) para um modelo de proveitos
permitidos (revenue cap), que remunera uma base de ativos ao custo de capital eficiente e
permite a recuperação dos gastos operacionais num cenário de eficiência produtiva.
A gestão do risco regulatório, pelo impacto que a atuação deste passa a poder ter na esfera
patrimonial das empresas reguladas, torna-se uma matéria ainda mais fulcral para estas e para
os seus acionistas.
Envolvente
Regulação
A atividade de gestão de resíduos urbanos, desenvolvida pelas empresas concessionárias do Grupo EGF é
um serviço de interesse económico geral, indispensável ao bem-estar das populações, ao desenvolvimento
da atividade económica e à proteção do meio ambiente.
29
Envolvente
Regulação económicaCom a publicação do RTR, as empresas de Tratamento e Valorização de Resíduos do Grupo,
passaram a reger-se pelos Novos Contratos de Concessão, os quais se baseiam nas Novas
Bases das Concessões de RU e também no que respeita à definição, ao cálculo e à revisão das
tarifas no RTR. Neste novo regime, as tarifas são definidas pela ERSAR, e, como já referido,
o seu cálculo baseia-se num modelo “revenue cap”, apuramento de um volume de “Proveitos
Permitidos”, em cada período regulatório de 3 a 5 anos”. O presente período regulatório é de
três anos e abrange os anos de 2016, 2017 e 2018.
As disposições aplicáveis aos sistemas de titularidade estatal, caso da Valorsul, estão previstas
no capítulo II do RTR, nomeadamente o modelo de determinação das tarifas das atividades
reguladas, sendo de realçar:
1. A determinação dos Proveitos Permitidos, que, nos termos daquele diploma se faz
de acordo com a seguinte expressão:
Proveitos Permitidos = Custo de Capital + Custo de exploração + Incentivos + Ajustamentos – Benefícios das atividades complementares – Receitas adicionais – Ganhos Financeiros Derivados de Juros Bonificados
2. O cálculo do Custo de Capital, que é efetuado em conformidade com a fórmula baixo:
Custo de Capital = Base de Ativos Regulados x Taxa Máxima de Remuneração dos Ativos + Amortizações do Exercício
3. A Base de Ativos Regulados é constituída pelos ativos afetos à exploração das
atividades principais e respetivas atividades complementares. O RTR dispõe no n.º 3 do seu
artigo 29º que os ativos que constituem a BAR são valorizados ao custo histórico contabilístico
líquido de amortizações calculadas nos termos do artigo 33.º daquele mesmo diploma e de
subsídios ao investimento.
4. Quanto ao cálculo da Tarifa, ele está referenciado no artigo 49º do RTR e é dado pela
seguinte expressão:
Tarifa de RU = Proveitos Permitidos Totais / Quantidades de RU indiferenciado a receber
Salienta-se, ainda, o artigo 11º do Decreto-lei n.º 96/2014, de 25 de junho, que prevê um
regime regulatório transitório. Neste âmbito, é previsto o apuramento e utilização de um
saldo correspondente ao acréscimo de custos referentes a amortizações acumuladas de
investimento contratual por realizar, deduzido do montante de imposto diferido que lhe está
associado e do valor contabilístico líquido de amortizações e subsídios do conjunto de bens e
ativos que não venham a integrar a base de ativos da concessionária relevante para efeitos de
apuramento dos proveitos permitidos (passivo regulatório). Nos termos dos n.os 4 e 5 daquele
30
Envolvente 31
artigo, aquele saldo deve ser utilizado, na medida do necessário, para evitar variações anuais
da tarifa que excedam os 2%.
Em 2015, e ao abrigo do calendário estabelecido no artigo 95º-A do RTR, foram publicados pela
ERSAR, em 16 de novembro e na sequência da realização de audiência prévia de interessados,
os parâmetros regulatórios genéricos para determinação dos proveitos permitidos no âmbito
do RTR para o serviço de gestão de resíduos urbanos para o período regulatório 2016-2018,
e dirigidos às entidades gestoras concessionárias de sistemas multimunicipais com capitais
maioritariamente privados, isto é, as empresas do Grupo EGF. Estes parâmetros incluem a taxa
de remuneração dos ativos e respetivas componentes (taxa de juro sem risco, estrutura de
financiamento regulatória, beta dos capitais próprios, prémio de risco de mercado, taxa de
remuneração dos capitais alheios e taxa de imposto) e as taxas de variação do IHPC.
Nos termos do artigo 11.º do Decreto-Lei n.º 96/2014, de 25 de junho, o primeiro período
regulatório aplicável às concessões de sistemas multimunicipais de gestão de resíduos
atribuídas a entidades de capitais maioritariamente privados iniciava-se a 1 de janeiro de 2016
(no primeiro dia do segundo ano civil subsequente àquele em que ocorra a publicação deste
diploma).
A demora verificada na conclusão do processo de privatização da Empresa Geral de Fomento
e, bem assim, do próprio processo regulatório inviabilizou o cumprimento do calendário de
definição dos proveitos permitidos, previsto nos artigos 28.º, 43.º e 86.º do Regulamento
Tarifário, o qual pressupunha que este procedimento decorresse de 1 de janeiro a 30 de
setembro de 2015. Por este motivo, foi aditado um artigo 95.º-A ao Regulamento Tarifário,
aprovado pela deliberação n.º 1152/2015 do Conselho de Administração da ERSAR de 8 de
junho de 2015 e publicado na 2.ª série do Diário da República, de 19 de junho, e posteriormente
alterado pelo Regulamento n.º 816/2016, de 18 de agosto, publicado na 2.ª série do Diário
da República, artigo aquele que veio modificar o calendário das fases do procedimento de
definição dos proveitos permitidos e definir um calendário para a realização dos acertos de
faturação a que houvesse lugar face à definição tardia da tarifa para 2016.
Adicionalmente, em 18 de agosto de 2016, foi publicado, 2.ª série do Diário da República, o
Regulamento n.º 816/2016, um documento complementar com o modelo de contas reguladas,
com o objetivo, de acordo com a ERSAR, de “clarificar e detalhar as regras aplicáveis a situações
específicas, que não estavam suficientemente explicitadas no texto do Regulamento Tarifário,
mas que resultam de uma leitura integrada do mesmo, bem como operacionalizar o modelo
de contas reguladas a que se refere o Regulamento Tarifário, definindo um conjunto de
quadros com o formato e detalhe necessário à intervenção do regulador, de forma a obter
as informações previsionais das entidades gestoras, e que devem ser reportadas por estas à
ERSAR nos prazos estipulados”.
Finalmente, a 28 de dezembro de 2016, e após audiência prévia da Valorsul e do Conselho
Consultivo desta empresa, a ERSAR publicou a “decisão sobre os proveitos permitidos e tarifas
reguladas para o período regulatório de 2016-2018”. No âmbito desta decisão, foi também
aprovado o Plano de Investimentos da Valorsul e os parâmetros específicos (fator de eficiência,
Envolvente 32
indutores de custos e incentivos) que a ela se aplicam no mesmo período.
Por último, a 4 de janeiro de 2017, a ERSAR colocou em consulta pública no seu site, um
segundo documento complementar com o modelo de reporte das contas reguladas reais,
com o objetivo, de acordo com a ERSAR, de “obtenção de informação, para determinação
dos proveitos permitidos dos anos intermédios e último ano do período regulatório e
ainda para a reconciliação das contas reguladas com as contas estatutárias”. Este documento,
encontrou-se em consulta pública até ao dia 15 de fevereiro, sendo previsível que a decisão
final e respetiva publicação do documento só venha a ocorrer em data posterior à aprovação
das contas de 2016 da Valorsul, razão pela qual não foram considerados nas Contas de 2016
eventuais ajustamentos de regulação subjacentes a este documento complementar.
Regulação da qualidade do serviçoNos termos dos seus estatutos compete à Entidade Reguladora assegurar a regulação
da qualidade de serviço prestado aos utilizadores pelas entidades gestoras, avaliando o
desempenho dessas entidades. Deste modo, a qualidade de serviço de gestão de resíduos
urbanos prestado pelas entidades gestoras é avaliada anualmente, e atualmente, através da
aplicação da 2.ª geração do sistema de avaliação com recurso a indicadores de desempenho
de qualidade do serviço. Os resultados deste sistema de avaliação são parte integrante do
Relatório Anual dos Serviços de Águas e Resíduos em Portugal (RASARP).
Em janeiro de 2017 foi publicado e divulgado o Relatório Anual dos Serviços de Águas e
Resíduos em Portugal (RASARP 2016), que contém os resultados do sistema de avaliação da
qualidade de serviço prestado pelas entidades gestoras para o ano de 2015, referenciados a
31 de dezembro.
Regulação ambientalAs entidades gestoras dos serviços resíduos urbanos do grupo EGF estão também sujeitas à
intervenção da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), o regulador ambiental.
A APA desenvolve ainda atribuições no âmbito dos resíduos enquanto Autoridade Nacional de
Resíduos, cabendo-lhe entre outras:
> o controlo operacional da informação das operações de gestão de resíduos,
> o planeamento e gestão de resíduos de todas as tipologias de resíduos e as diversas
origens,
> assegurar o tratamento de informação no âmbito do SIRER e SILOGR,
> garantir a validação da informação necessária à aplicação do regime económico e
financeiro da gestão de resíduos e diligenciar no sentido da implementação do regulamento
relativo à aplicação da Taxa de Gestão de Resíduos (TGR),
> definir, implementar e acompanhar as políticas e estratégias nacionais para a gestão de
resíduos setoriais,
Envolvente 33
> assegurar a elaboração dos planos e dos programas de gestão de resíduos, acompanhar
a sua execução e proceder à respetiva monitorização,
> aprovar os modelos técnicos de gestão de resíduos,
> assegurar uma abordagem integrada de licenciamento das operações de gestão de
resíduos, coordenar e harmonizar os critérios a adotar para o licenciamento pelas Autoridades
Regionais de Resíduos e acompanhar as auditorias técnico-ambientais ou económico-
financeiras à atividade exercida por operadores de gestão de resíduos bem como proceder à
análise técnica de processos de candidatura a fundos comunitários relativos a infraestruturas
para operações de gestão de resíduos urbanos.
No âmbito do modelo de regulação económica previsto no regulamento tarifário do serviço
de gestão de resíduos (RTR), a APA será chamada a dar parecer sobre o alinhamento dos
investimentos propostos pelas entidades gestoras que integrarão a base de ativos a remunerar
com as políticas nacionais em matéria de resíduos urbanos.
Envolvente 34
Governosocietário05
Governo societário
Mesa da assembleia geralPresidente: Paulo Olavo Cunha
Vice-Presidente: Inês Teixeira Pereira
Secretária: Teresa Mariana Ferraz Viveiros
Conselho de administraçãoPresidente: António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota (1)
Presidente da Comissão Executiva: Maria Gabriela Certã Ventura
Vogal Executivo: João Eduardo Fernandes Figueiredo (2)
Vogal Executivo: Miguel Santiago Aranda da Silva (3)
Vogal Executiva: Maria Madalena Monteiro Garcia Presumido
Vogal Executivo: Fernando José da Costa
Vogal: Carlos António Vasconcelos Mota dos Santos
Vogal: Ismael Antunes Hernandez Gaspar (4)
Vogal: Luis Fernando Adrada Guajardo
Vogal: Tomás Joaquim de Oliveira Serra
Vogal: Hugo Xambre Pereira (5)
Vogal: Nuno Miguel Guarda da Rocha (6)
Vogal: José António da Silva de Oliveira
Vogal: André Filipe dos Santos Matos Rijo
Vogal: Luís Miguel Duarte Pereira Vaz Galante (7)
Nos termos do artigo 11º do contrato da sociedade, os Órgãos Sociais da sociedade, são a Assembleia-Geral,
o Conselho de Administração, o Conselho Fiscal e o Revisor Oficial de Contas.
Os Órgãos Sociais para o mandato 2015/2017 foram eleitos na Assembleia-Geral de Acionistas, realizada
no dia 3 de setembro de 2015, com exceção da Assembleia Geral, que já havia sido eleita no dia 2 de março
de 2015, para o mesmo período do mandato. A atual composição é a seguinte:
Governo Societário 36
Governo Societário
(1) Designado entre os membros eleitos em 07-04-2016 e ratificado na AG de 12-07-2016.(2) Por cooptação em 07-04-2016, ratificada em 12-07-2016. Substituiu Gonçalo Nuno Gomes de Andrade Moura Martins.(3) Por cooptação em 07-04-2016, ratificada em 12-07-2016. Substituiu Fernando Valledor de Lozoya.(4) Por cooptação em 07-04-2016, ratificada em 12-07-2016. Substituiu Jorge Agostinho Fernandes Rodrigues.(5) Nomeado na Assembleia-Geral Ordinária de 21-03-2016 face à renúncia de Ângelo Horácio de Carvalho Mesquita.(6) Nomeado na Assembleia-Geral Ordinária de 21-03-2016 face à renúncia de Rui Manuel Gonçalves Lourenço.(7) Nomeado na Assembleia-Geral Extraordinária de 12-07-2016, face à renúncia de João Pedro Cortez de Moraes Rodrigues.
Conselho fiscalPresidente: Carlos Afonso Dias Leite Freitas dos Santos
Vogal: António José Sequeira Félix
Vogal: Armando Nuno Teixeira da Silva
Suplente: José Alberto Quintino
ROCEfetivo: Deloitte & Associados, SROC, S.A.
Suplente: António José Araújo Beja Neves
Comissão de vencimentosPresidente: Pablo Barreiro Blanco
Vogal: a designar, face à renúncia apresentada por Maria José de Andrade Lages
Vogal: António Manuel Pombinho Costa Guilherme
Curriculum vitae dos administradores
António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota
Nasceu em Amarante a 11 de maio de 1954
Habilitações Académicas
Licenciado em Engenharia Civil (Vias de Comunicações), pela Faculdade do Porto
Carreira Profissional
1977 • 1979
Estagiário (Obra de Regularização do Baixo Mondego “Leito Central”) - Mota & Companhia, Lda.
1979 • 1981
Atividade em diversas Direções (Setores Técnico, de Orçamentação, de Produção, Administrativo
e Comercial) - Mota & Companhia, Lda.
37
1981 • 1987
Diretor Geral de Produção - Mota & Companhia, Lda.
1987 • 1995
Vice-Presidente do Conselho de Administração - Mota & Companhia, S.A.
1995 • 2003
Presidente do Conselho de Administração - Mota & Companhia, S.A.
2000 • 2003
Presidente do Conselho de Administração - Engil - Sociedade de Construção Civil, S.A.
2000 • 2003
Presidente do Conselho de Administração - Mota-Engil Internacional, S.A.
2003 • 2006
Presidente do Conselho de Administração - Mota-Engil, Engenharia e Construção, S.A.
Funções Atuais
Desde 2000
Presidente do Conselho de Administração Mota-Engil, SGPS, S.A.
Presidente do Conselho de Administração das seguintes sociedades:
- FM – Sociedade de Controlo, SGPS, SA
- Mota Gestão e Participações, Sociedade Gestora de Participações Sociais, SA
- Sunviauto – Indústria de Componentes de Automóveis, SA
- Valorsul, S.A.
Gerente da Sociedade Agrícola Moura Basto, Lda.
Presidente da Mesa da Assembleia Geral das seguintes sociedades:
- Mota-Engil, Engenharia e Construção, S.A.
- Mota-Engil, Ambiente e Serviços, SGPS, SA
- Tratofoz – Sociedade de Tratamento de Resíduos, SA
Membro da Comissão de Vencimentos das seguintes sociedades:
- António de Lago Cerqueira, S.A.
- ÁreaGolfe – Gestão, Construção e Manutenção de Campos de Golfe, S.A.
- Aurimove, Sociedade Imobiliária, S.A.
- Manvia – Manutenção e Exploração de Instalações e Construções, S.A.
- Martifer, SGPS, S.A.
- ME Real Estate - Mota-Engil Real Estate Portugal, S.A.
- MESP – Mota-Engil, Serviços Partilhados, Administrativos e de Gestão, S.A.
- Mota-Engil, Ambiente e Serviços, SGPS, S.A.
- Mota-Engil, Europa, S.A.
- Mota-Engil, Engenharia e Construção, S.A.
Governo Societário 38
- Mota-Engil II, Gestão, Ambiente, Energia e Concessões de Serviços, S.A.
- Mota-Engil, Indústria e Inovação, SGPS, S.A.
- Mota-Engil, SGPS, S.A.
- Nortedomus – Sociedade Imobiliária, S.A.
- Suma Tratamento, S.A.
- Sedengil – Sociedade Imobiliária, S.A.
- Mota-Engil, Logística, SGPS, S.A.
- Suma – Serviços Urbanos e Meio Ambiente, S.A.
- Takargo – Transporte de Mercadorias, S.A.
- Tertir – Concessões Portuárias, SGPS, S.A.
- Tertir – Terminais de Portugal, S.A.
- Tratofoz – Sociedade de Tratamento de Resíduos, S.A.
- Vibeiras – Sociedade Comercial de Plantas, S.A.
- Mota-Engil, Angola, S.A.
- Mota-Engil, Engenharia e Construção África, S.A.
- Tertir – Terminais Portuários, SGPS, S.A.
- EGF – Empresa Geral do Fomento, S.A.
Presidente do Conselho Superior da Tertir – Terminais de Portugal, S.A
Vogal do Conselho Superior e de Supervisão da Mota-Engil, Angola, S.A.
Membro do Conselho de Curadores da Fundação Manuel António da Mota.
Membro do Conselho Geral da AEP, em representação da Mota-Engil, SGPS, S.A.
Membro do Conselho de Curadores da Fundação AEP, em representação da Mota-Engil, SGPS, S.A.
Membro do Conselho de Curadores da Fundação AIP
Membro do Conselho da EIC – European International Contractors
Membro da Comissão Adm. do Centro Regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa
Membro do Conselho Estratégico Empresarial da CM Sintra
Maria Gabriela Certã Ventura
Nasceu a 22 de maio de 1964
Habilitações Académicas
Licenciada em Direito, com especialização em Direito Público, Ciências Jurídico-Políticas, pela
Faculdade de Direito da Universidade Clássica de Lisboa
Pós-Graduação em Relações Internacionais.
Advogada
Carreira Profissional
1989
Assessora do Tribunal Arbitral de Conflitos de Consumo, Lisboa.
Governo Societário 39
1990 • 1995
Assistente da Faculdade de Direito da Universidade Eduardo Mondlane, Maputo;
Assessora do Supremo Tribunal Administrativo, Maputo.
Assessora do Ministro da Administração Estatal, (Maputo), com responsabilidade na conceção,
elaboração e negociação do pacote legislativo relativo à reforma do Estado e descentralização
administrativa.
Assessora do Ministro da Defesa Nacional, (Maputo), com responsabilidade na conceção,
elaboração e negociação do pacote legislativo relativo à reforma do sistema de defesa nacional;
Coordenadora do projeto do Banco Mundial “Capacity Buliding”/Reforma do Estado, Maputo;
Consultora da Agência Sueca para o Desenvolvimento (SIDA), (Maputo) e Formadora contratada
pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em ações de formação
dirigidas a magistrados judiciais e do Ministério Público e quadros da polícia de instrução
criminal, sobre princípios fundamentais do Estado de Direito.
1995 • 1998
Assessora na Presidência do Conselho de Ministros, Lisboa, com responsabilidade pela
organização do processo legislativo e negociação dos diplomas aprovados pelo Governo e
Chefe de Gabinete do Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, (Lisboa),
com responsabilidade pela organização do Conselho de Ministros e articulação, em matéria
legislativa, com a Assembleia da República e a Presidência da República.
1999 • 2004
Conselheira Técnica Principal na Representação Permanente de Portugal junto da União
Europeia (REPER), em Bruxelas.
2004 • 2006
Assessora da Comissão Executiva, Grupo Mota-Engil/Sub-Holding Concessões de Transportes,
(Lisboa).
2006 • 2008
Gestora do Fundo Europeu para o Controlo de Fronteiras, Ministério da Administração Interna,
(Lisboa);
Gestora do Fundo Europeu para o Combate à Imigração Ilegal, Ministério da Administração
Interna, (Lisboa);
Gestora do Fundo Europeu para a Integração, Ministério da Administração Interna, (Lisboa);
Gestora do Fundo Europeu para os Refugiados, Ministério da Administração Interna, (Lisboa);
Gestora do Eixo “Prevenção e Gestão de Risco” do Programa Operacional para a Valorização do
Território, Ministério da Administração Interna, (Lisboa).
2008 • 2009
Diretora Internacional no Grupo Mota-Engil/SGPS.
Governo Societário 40
2009 • 2014
Diretora do Gabinete de Planeamento e Políticas, Ministério da Agricultura, (Lisboa);
Gestora do Programa para o Desenvolvimento Rural (PRODER), Ministério da Agricultura,
(Lisboa);
Gestora do Programa Rede Rural Nacional, Ministério da Agricultura, (Lisboa).
Presidente do Conselho de Administração da Valorminho S.A., da Resulima, S.A. e da Valnor,
S.A., e Vogal do Conselho de Administração da Resinorte, S.A e da Resiestrela, S.A.
Funções Atuais
Desde julho de 2015
Administradora Executiva da Empresa Geral do Fomento, S.A.
Em setembro de 2015 foi nomeada Administradora não Executiva da Valorsul, S.A., exercendo
desde abril de 2016 as funções de Presidente da Comissão Executiva.
Ainda em setembro de 2015 foi nomeada Administradora Executiva da AMARSUL, S.A. e
exerce desde janeiro de 2017 as funções de Presidente do Conselho de Administração e de
Presidente da Comissão Executiva.
É também desde setembro de 2015 Administradora não Executiva da VALORLIS, S.A.,
exercendo desde janeiro de 2017 as funções de Presidente do Conselho de Administração.
João Eduardo Fernandes Figueiredo
Nasceu em Lisboa, a 14 de outubro de 1953
Habilitações Académicas
Licenciou-se, em 1977, em Organização e Gestão de Empresas pelo Instituto Superior de
Economia.
Carreira Profissional
Após conclusão da licenciatura, iniciou a sua carreira profissional como auditor, na KMG, onde esteve
de 1978 a 1986. Passou cerca de um ano no escritório de Londres (1981/82). Em 1986 assumiu
as funções de Managing Diretor (Gerente) da Bauknecht Lusitana Eletrodomésticos, Lda., cargo
em que se manteve até 1993. Em 1993 integrou, como consultor, os quadros da Parque Expo’98,
S.A., salientando-se o seu envolvimento nos processos de expropriação de empresas localizadas
na zona de intervenção da Expo’98 e nos estudos económico-financeiros de alguns dos projetos
levados a cabo pela empresa (Oceanário e Valorsul). Em 1994 foi nomeado administrador da
Valorsul, em representação da Parque Expo, assumindo o pelouro da área administrativa e financeira
da empresa. Foi o responsável pelos processos de candidatura aos financiamentos do Fundo
de Coesão e do Banco Europeu de Investimentos, bem como pelo desenvolvimento do estudo
Governo Societário 41
económico da empresa. Em abril de 1999 foi nomeado Diretor Coordenador da Parque Expo’98 S.A.,
responsável pela Direção Financeira do Grupo, cargo que desempenhou até finais de 2002. Durante
este período manteve-se como administrador da Valorsul, em regime de tempo parcial até 2001,
e como não executivo até junho de 2002, data em que terminou o mandato.
2003 • 2005
Diretor Administrativo e Financeiro do Grupo DDC.
Foi também Administrador não executivo das Águas do Zêzere e Coa de julho de 2005 até
março de 2006, data em que terminou o mandato.
Em 2005 regressa à Valorsul como Administrador nomeado pela EGF, integrando a Comissão
Executiva da empresa. Em abril de 2008, foi designado Presidente da Comissão Executiva,
cargo em que foi reconduzido em julho de 2010, após a fusão com a Resioeste, funções que
desempenhou até 3 de Setembro de 2015.
2015 • 2016
De 3 de Setembro de 2015 a 7 de abril de 2016 desempenhou funções de Diretor Geral da Valorsul.
Funções Atuais
Administrador Executivo da Valorsul, S.A.
Miguel Santiago Aranda da Silva
Nasceu no Porto, a 4 de junho de 1972
Habilitações Académicas
Licenciatura em Engenharia do Ambiente - Ramo Engenharia Sanitária pela Faculdade de
Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.
Mestrado em Engenharia do Ambiente - Perfil de Engenharia Sanitária pela Faculdade de
Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.
Curso Geral de Gestão – Instituto Superior de Gestão.
PAGE – Programa Avançado de Gestão para Executivos, pela UCP.
Carreira Profissional
1996
Iniciou a sua atividade profissional em 1996 no Departamento de Projetos de Ambiente da
HLC- Engenharia e Gestão de Projetos, S.A, desenvolvendo estudos prévios e projetos para
vários sistemas Multimunicipais e Intermunicipais de Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos.
1998
Diretor Técnico da HLCTejo -Tratamento e Valorização de Resíduos, S.A. empresa do Grupo
HLC concessionária da exploração do Aterro Sanitário e da rede de estações de transferência e
Governo Societário 42
recolha seletiva do Sistema Intermunicipal da RESITEJO - Associação de Gestão e Tratamento
dos Lixos do Médio Tejo,
2000 • 2005
Desempenhou funções na Direção de Engenharia da Empresa Geral do Fomento, S.A.,
sub-holding do grupo Águas de Portugal, SGPS, S.A. para o setor dos resíduos sólidos urbanos.
2005 • 2015
Administrador Delegado na VALORLIS - Valorização Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos
S.A. empresa do Grupo da Empresa Geral do Fomento S.A. concessionária da exploração do
Sistema Multimunicipal de Tratamento e Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos da Alta
Estremadura. Entre 2010 e 2012 foi responsável pela unidade curricular de Gestão de
Resíduos Sólidos no Mestrado Integrado em Engenharia da Energia e Ambiente da Escola
Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Leiria, como Professor Adjunto
Convidado.
2014 • 2015
De maio de 2014 a setembro de 2015 foi Administrador Executivo da Valorsul.
2015 • 2016
De setembro de 2015 a abril de 2016 foi Diretor de Valorização Energética na Valorsul..
Funções Atuais
Administrador Executivo da Valorsul, S.A.
Vice-Presidente da Direção da Avaler - Associação de Entidades de Valorização Energética de
Resíduos Sólidos Urbanos para o triénio 2015-2017.
Maria Madalena Monteiro Garcia Presumido
Habilitações Académicas
Licenciatura em Engenharia do Ambiente.
Carreira Profissional
Gabinete da Área de Sines (Divisão de Controle de Ambiente), Direção de Resíduos e Produtos
Químicos da Direção Geral da Qualidade do Ambiente, TECNINVEST-consultadoria ambiental,
GATTEL-Gabinete da Travessia do Tejo em Lisboa, PLE implementação do Gasoduto em
Portugal, Diretora Regional de Ambiente e Recursos Naturais de Lisboa e Vale do Tejo, Engil-
Investimentos, SA, CME, SGPS, WEBER Portugal, SA.
Foi membro da equipa que realizou o PERSU I.
Desenvolveu trabalhos diversos no setor de resíduos industriais, avaliação de impactes
Governo Societário 43
ambientais, estudos de localização de infraestruturas ambientais nomeadamente aterros
urbanos e industriais. Inventários diversos de produção de resíduos, estudos de prevenção
de produção de resíduos, reflexão sobre as condições de desclassificação de resíduos a
subproduto, avaliação de contaminação de solos e estudo de soluções de tratamento.
De julho de 2010 a 3 setembro de 2015 Foi Administradora Executiva da Valorsul, S.A., em
representação da Câmara Municipal de Lisboa.
De 3 de Setembro 2015 a 7 de abril de 2016 foi Administradora não Executiva da Valorsul, S.A.
Funções Atuais
Desde 7 de abril de 2016 é Administradora Executiva da Valorsul, SA.
Fernando José da Costa
Nasceu em Leiria, a 20 de abril de 1950
Habilitações Académicas
Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito de Lisboa.
Carreira Profissional
Iniciou a sua carreira profissional como funcionário público no Município das Caldas da Rainha.
Foi professor no Liceu nas Caldas da Rainha.
1976 • 1986
Exerceu advocacia e foi também deputado na Assembleia da República durante esse período
e no mandato entre 1991 e 1995.
1986 • 2013
Presidente da Câmara Municipal das Caldas da Rainha.
2014 • 2015
De maio de 2014 a setembro de 2015 foi Administrador Executivo da Valorsul, S.A.
De 3 de setembro a 7 de abril foi Administrador não Executivo da Valorsul, S.A.
Funções Atuais
Foi eleito Vereador do Município de Loures em outubro de 2013.
Desde 7 de abril de 2016 é Administrador Executivo da Valorsul, S.A.
Governo Societário 44
Carlos António Vasconcelos Mota dos Santos
Nasceu no Porto, a 13 de maio de 1978
Habilitações Académicas
Licenciado em Engenharia Civil pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.
Master in Business Administration pela Universidade do Porto.
Carreira Profissional
2006
Iniciou a sua carreira profissional na Mota Engil, Engenharia e Construção, S.A. como Adjunto
da Administração.
2008
A partir de março passou a integrar o Conselho de Administração da Mota Engil, Engenharia e
Construção, S.A.
2011 • 2012
Entre março de 2011 e maio de 2012 exerce igualmente as funções de vogal do Conselho
Superior e de Supervisão da Mota-Engil, Angola, S.A.
2012 • 2013
De agosto de 2012 a julho de 2013 foi Vice-Presidente do Conselho de Administração – Mota-
Engil, Engenharia e Construção, SA.
Funções Atuais
Desde agosto de 2009: Vogal do Conselho de Administração – Mota-Gestão e Participações,
Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A.
Desde fevereiro de 2012: Vogal do Conselho de Administração e membro da Comissão
Executiva – Mota-Engil, SGPS, S.A.
Desde março de 2012: Presidente do Conselho de Administração – Mota-Engil, Ambiente e
Serviços, SGPS, S.A.
Desde dezembro de 2012: Presidente do Conselho de Administração – ECB - Empresa
Construtora Brasil S.A.
Desde fevereiro de 2013: Presidente do Conselho de Administração – Mota-Engil Latin
America BV
Desde abril de 2013: Presidente do Conselho de Administração – Logística, SGPS, S.A.
Desde maio de 2013: Presidente do Conselho de Administração – Tertir - Terminais Portuários,
SGPS, S.A.
Desde junho de 2013: Presidente do Conselho de Administração – Mota-Engil Central Europe,
SGPS, S.A.
Governo Societário 45
Desde julho de 2013: Presidente do Conselho de Administração – Mota-Engil Engenharia e
Construção, S.A.
De agosto de 2013: Presidente do Conselho de Administração – Mota-Engil, Real Estate
Portugal, S.A.
Desde novembro de 2013: Presidente do Conselho de Administração – Mota-Engil América
Latina, SAPI de CV (México).
Desde setembro de 2015: Vogal do Conselho de Administração – Valorsul – Valorização e
Tratamento de Resíduos Sólidos das Regiões de Lisboa e do Oeste, S.A.
Ismael Antunes Hernandez Gaspar
Nasceu a 28 de abril de 1955.
Habilitações Académicas
Licenciado em Engenharia Civil pelo ISEL.
Carreira Profissional
1979
Ingressou na Engil, SA, tendo desempenhado cargos de direção de projecto e responsabilidade
executiva em empresas do Grupo.
2000
Em março foi nomeado Administrador-Delegado da ENGIL.
De junho 2000, até 2004, acumulou as funções de Administrador da Mota-Engil, Engenharia e
Construção, SA com as de Vogal do Conselho de Administração da Mota-Engil, SGPS.
2006 • 2014
Entre março de 2006 e março 2014 foi Vice-Presidente e posteriormente Presidente do
Conselho de Administração da Mota-Engil, Engenharia e Construção, SA - com os pelouros da
Europa Central e mais tarde de África.
2015
Para além dos cargos que ainda ocupa no âmbito do Grupo (Mota-Engil SGPS), teve a seu cargo
a orientação e condução de diversas “Unidades de Engenharia”.
Governo Societário 46
Funções Atuais
- Vogal do Conselho de Administração da Valorsul, S.A.
- Vogal do Conselho de Administração da Mota-Engil Europa (responsável pela área do
Ambiente) e Mota-Engil Logística, SGPS, SA.
- CEO da Mota-Engil, Ambiente e Serviços, SGPS, SA
- Presidente do Conselho de Administração da Empresa Geral do Fomento, SA (EGF)
- Presidente do Conselho de Administração da Manvia - Manutenção e Exploração de
Instalações e Construção, SA.
- Presidente da Mesa da Assembleia Geral da SEDENGIL - Sociedade Imobiliária, SA (quadriénio
2012-2015).
- Vogal do Conselho Fiscal da FUNDCIC - Fundo para o Desenvolvimento das Ciências da
Construção.
- Vogal do Conselho Superior e de Supervisão da Mota-Engil, Angola, S.A. (quadriénio 2012-
2015).
- Membro da Comissão de Vencimentos das seguintes sociedades: Nortedomus - Sociedade
Imobiliária, SA (quadriénio 2012-2015), Aurimove - Sociedade Imobiliária, SA, Algar -
Valorização de Tratamento de Resíduos Sólidos, SA, Amarsul - Valorização e Tratamento de
Resíduos, S.A., Ersuc - Resíduos Sólidos do Centro, SA, Resiestrela - Valorização e Tratamento
de Resíduos Sólidos, SA, Resinorte - Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A.,
Suldouro - Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos, SA, Valnor - Valorização e
Tratamento de Resíduos Sólidos, SA, Valorlis - Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos,
SA e Valorminho - Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, SA.
Luis Fernando Adrada Guajardo
Nasceu a 4 de maio de 1973, em Zaragoza.
Habilitações Académicas
Licenciado em Ciências Económicas, especialidade em Economia Internacional e Desenvolvimento,
pela Universidade Complutense de Madrid.
Carreira Profissional
2000 • 2006
Desempenhou funções na área de Administração e Finanças na Urbaser, em Espanha.
Governo Societário 47
2006 • 2015
Desempenhou funções na Urbaser em Marrocos como Diretor Administrativo e Financeiro do
grupo Urbaser espanhol.
Funções Atuais
Em julho de 2015 foi nomeado vogal do conselho de administração da Empresa Geral do
Fomento, S.A. e desde setembro de 2015 vogal do Conselho de Administração da Algar, S.A.,
da Resinorte, S.A., da Suldouro, S.A. e da Valorsul, S.A..
Tomás Joaquim de Oliveira Serra
Nasceu a 13 de dezembro de 1965, em Lisboa
Habilitações Académicas
Licenciado em Engenharia Mecânica, Ramo Termodinâmica Aplicada,
pelo Instituto Superior Técnico (1983/1988), complementou mais tarde a sua formação em gestão
através de programas promovidos pelo IDCFC da Universidade Católica e pelo INDEG/ISCTE.
Carreira Profissional
1998
Iniciou a sua carreira profissional no grupo EDP em dezembro, onde desempenhou funções
técnicas e de gestão em diversos projetos na área da energia e dos resíduos.
2001
A partir de abril, passou a integrar o grupo Somague (AGS e Hidrurbe) para implementação da
Prestação de Serviços de Operação da Estação de Tratamento de Resíduos Sólidos da Meia
Serra, Madeira. Neste âmbito foi Administrador de várias empresas, destacando-se a OTRS -
Operação da ETRS da Meia Serra, onde foi também Diretor Geral durante mais de 6 anos.
2000 • 2012
Entre maio de 2008 e fevereiro de 2012 exerceu funções de Administrador Executivo na
Valorsul, SA, período durante o qual fez ainda parte da direção da Avaler – Associação de
Entidades de Valorização Energética de RSU.
2000 • 2015
De fevereiro de 2012 a julho de 2015 foi Administrador da Empresa Geral do Fomento, SA.
Funções Atuais
- Presidente do Conselho de Administração da Algar, SA, desde setembro de 2015
- Presidente do Conselho de Administração da Resiestrela, SA, desde setembro de 2015
Governo Societário 48
- Presidente do Conselho de Administração da Valnor, SA, desde setembro de 2016, tendo sido
vogal do CA entre setembro de 2015 e agosto de 2016
- Vogal do CA da Resinorte desde outubro de 2016, tendo sido Presidente do CA entre abril de
2012 e setembro de 2016
- Desde setembro de 2015 é Vogal do CA da Resulima, SA; Suldouro, SA e Valorlis, SA
- Desde fevereiro de 2012 que mantém as funções de Administrador não-executivo da
Valorsul, SA
Hugo Xambre Pereira
Nasceu em 1981, em Lisboa
Habilitações Académicas
Licenciado pelo Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa na área de
Engenharia, Mestre em Gestão pela Universidade Lusíada de Lisboa, com uma dissertação de
mestrado sobre Desenvolvimento de Parques Empresariais e Tecnológicos. É pós-graduado em
Controlo de Gestão e Diplomado no Programa Avançado em Empreendedorismo e Gestão da
Inovação pela Business School da Universidade Católica Portuguesa.
Carreira Profissional
Técnico superior, área de engenharia de manutenção e projetos, numa autarquia local.
Já desempenhou funções de consultor na área de estratégia empresarial e sistemas de gestão;
de docente universitário e formador em cadeiras de introdução à gestão, gestão de operações
e gestão de projetos. Publicou artigos e papers em revistas científicas de economia e gestão
relacionados com a temática da gestão e dos Parques Tecnológicos.
Fez estágio profissional na ETVO da Valorsul, estudando a problemática dos contaminantes
nos resíduos orgânicos recolhidos, para o processo de digestão aeróbica, sugerindo medidas
para a minimização do teor de contaminantes.
Funções Atuais
Desde setembro de 2015 é vogal do Conselho de Administração da Valorsul, S.A.
Desempenha funções públicas, desde 2005 (atualmente em regime de não permanência),
como Presidente da Freguesia do Beato, no município de Lisboa, tendo sido reeleito para o
atual mandato com 64,13% dos votos. É também Deputado na Assembleia Municipal de Lisboa,
integrando as Comissões Permanentes de Finanças (1ª Comissão), Economia (2ª Comissão) e
Ambiente (4ª Comissão).
Governo Societário 49
Nuno Miguel Guarda da Rocha
Nasceu a 24 de janeiro de 1976, em Lisboa.
Habilitações Académicas
Licenciatura em Gestão de Empresas
Contabilista Certificado pela Ordem dos Contabilistas Certificados
Especialista em contabilidade pública e contração pública.
Carreira Profissional
2000 • 2013
Coordenador Técnico numa Software House, responsável pela gestão do produto e clientes.
Funções Atuais
Desde dezembro de 2013, Contabilista Certificado e Consultor de Gestão, no âmbito do Setor
Público Local.
Desempenho de funções públicas desde 2009, como Tesoureiro da Junta de Freguesia Mina,
atualmente Mina de Água, no Município da Amadora.
Desde março de 2016, ocupa o cargo de vogal do Conselho de Administração da Valorsul, SA,
nomeado pelo Município da Amadora.
José António da Silva Oliveira
Nasceu a 5 de abril de 1956, em Torres Novas
Habilitações Académicas
Licenciado em Ciências Sociais e Políticas - Política Social - pelo Instituto Superior de Ciências
Sociais e Politicas da Universidade Técnica de Lisboa, tendo obtido no mesmo instituto a
secção especializada em “Acção Social de Empresas”.
Carreira Profissional
A carreira profissional foi iniciada em 1974 na Fábrica Nacional de Munições de Armas Ligeiras
- FNMAL - tendo desempenhado diversas funções na área da Metalomecânica do fabrico
militar.
1990
Com a criação da INDEP - Industrias Nacionais de Defesa, vem a desempenhar nas antigas
instalações da Fábrica Militar de Braço de Prata, diversos cargos como Técnico Superior, da
Direção de Pessoal e Formação de Jovens no âmbito do Instituto de Formação Profissional,
como Coordenador de Pólo nas áreas da Metalomecânica e Eletricistas Industriais.
Governo Societário 50
1998 • 2000
Consultor de Empresas a nível de Recursos Humanos/Formação Profissional.
Funções Atuais
Desde 2009 é nomeado Administrador dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento
(SMAS) do Município de Vila Franca de Xira, com competências nas áreas de Planeamento,
Projectos, Água e Saneamento assim como Equipamentos e Transportes.
Em 2012 é nomeado Adjunto, do Vereador no Departamento de Obras e Serviços Municipais
da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira.
Em finais de 2013, como Vereador na Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, é nomeado para
os pelouros da Proteção Civil e do Departamento de Obras Viaturas e Infraestruturas.
Na mesma data é nomeado Presidente do Conselho de Administração dos SMAS de Vila Franca
de Xira.
Representante da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira na AMAGÁS – Associação de
Municípios para o Gás, desde novembro de 2013.
Desde 16 de janeiro de 2014 é Administrador não Executivo da Valorsul, SA, nomeado pela
Câmara Municipal de Vila Franca de Xira.
Membro do Grupo de Vereadores da Mobilidade e dos Transportes da Área Metropolitana de
Lisboa, em representação da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira.
André Filipe dos Santos Matos Rijo
Nasceu a 9 de março de 1984, em Arruda dos Vinhos
Habilitações Académicas
Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (clássica) em 2007.
Carreira Profissional
Advogado Associado na Abreu e Associados, sociedade de Advogados RL, até outubro de
2013.
2005 • 2009
Membro da Assembleia Municipal de Arruda dos Vinhos.
2009 • 2013
Vereador na Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos.
Governo Societário 51
Funções Atuais
Presidente da Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos desde outubro de 2013.
Administrador não executivo da Valorsul desde agosto de 2014 em representação da AMO
MAIS.
Luís Miguel Duarte Pereira Vaz Galante
Nasceu em 1972, em Lisboa.
Habilitações Académicas
Licenciado em Engenharia Florestal, pela UTAD, possui uma Pós-graduação em Planeamento
Ambiental e Ordenamento do Território, pela Universidade Nova de Lisboa (Faculdade de
Ciências e Tecnologia).
Carreira Profissional
É membro efetivo da Ordem dos Engenheiros (Colégio Florestal) desde 1999 e associado da
Sociedade Portuguesa de Ciências Florestais e da Liga para a Proteção da Natureza. Possui
experiência profissional nos domínios da consultoria em engenharia florestal, da elaboração e
gestão de projetos, da avaliação de políticas públicas e da auditoria de certificação da Gestão
Florestal Sustentável e CdC/CdR (FSC®/PEFCTM).
Ao longo de 20 anos de experiência profissional desenvolveu um percurso diversificado, no
setor público e no setor privado, nos domínios da política florestal e ambiental (proteção dos
recursos florestais). Exerceu atividade nos Serviços Florestais (serviços centrais - Lisboa),
no período compreendido entre 1999 e 2009, na proteção dos recursos florestais face aos
incêndios florestais, onde coordenou campanhas nacionais de sensibilização para a prevenção
dos incêndios florestais (ex. “Amigo da Floresta”, destinada ao 1.º ciclo do ensino básico),
estudos técnico-científicos no domínio da Defesa da Floresta Contra Incêndios (ex. estudo da
percepção da população portuguesa das causas dos incêndios florestais) e grupos de trabalho
(ex. programa de sapadores florestais), tendo ainda organizado conferências, seminários,
workshops e cursos de formação nesta temática.
Do percurso profissional destaca-se a nomeação no Gabinete do Secretário de Estado das
Florestas e Desenvolvimento Rural no XVIII Governo Constitucional, onde desempenhou
as funções de Adjunto do Secretário de Estado no domínio da política florestal, tendo
acompanhado vários dossiers, tais como o Fundo Florestal Permanente, as Medidas Florestais
do Programa de Desenvolvimento Rural (ProDeR 2007-2013), as Zonas de Intervenção
Florestal (ZIF), a Defesa da Floresta Contra os Incêndios Florestais e o combate a agentes
bióticos nocivos (Nemátodo da Madeira do Pinheiro e Gorgulho do eucalipto).
Em 2011, a convite do Governo norte-americano e da Embaixada dos EUA em Lisboa, participou
Governo Societário 52
no International Visitor Leader ship Programme (IVLP) tendo participado em reuniões e visitas
técnicas de matérias relacionadas com política florestal em Washington, DC e nos Estados do
Texas, Califórnia, Idaho e Vermont.
Mais recentemente integrou as equipas técnicas que procederam à avaliação externa da
implementação das Medidas Florestais do ProDeR e do PRORURAL (Açores) e da Estratégia
Nacional para as Florestas. Também colaborou com a equipa técnica que produziu o estudo”
Diagnóstico e Estratégia para os Territórios de Baixa Densidade do Algarve”, para a CCDR
Algarve, no âmbito da preparação das políticas comunitárias de apoio ao desenvolvimento
regional no período de programação 2014-2020.
Funções Atuais
Desde julho de 2016, ocupa o cargo de vogal do Conselho de Administração da Valorsul, SA
(Administrador não Executivo), nomeado pelo Município de Odivelas.
Governo Societário 53
Atividade06
Atividade
Atividadeoperacional
55
AtividadeoperacionalSão descritas abaixo as atividades da empresa.
Valorsul
triagemde materiaisrecicláveis valorização
orgânica
valorizaçãoenergética
valorizaçãode escórias
deposiçãoem aterro
recolhaseletiva
energia
escórias eagregado
recicláveis
composto
recolhade orgânicos
recolhaindiferenciada
recolhaseletiva
Atividadeda Valorsul
Atividade 56
Atividade
Recolha seletiva
Recolha seletiva na Valorsul OesteA Valorsul efetua a recolha multimaterial dos materiais recicláveis nos 14 municípios do
Oeste. São recolhidos os materiais dos ecopontos da generalidade da zona oeste e das ilhas
ecológicas no município de Óbidos. São também geridos os materiais entregues nos ecocentros
existentes nas estações de transferência.
No ano de 2016, a rede de ecopontos dos municípios do oeste foi reforçada com 165
contentores (53 amarelos - embalagens, 58 azuis - papel cartão, 54 verde - vidro) dos quais
resultaram 15 novas localizações e reforços de locais já existentes. No final do ano existiam
7.805 contentores para recolha seletiva, distribuídos por 2.751 localizações.
Em 2016, nos materiais recolhidos seletivamente, pela Valorsul e pelos municípios do Oeste,
constatou-se um aumento de +2,1% de entrega de vidro, +5,9% de entrega de papel/cartão
e +6,6% de entrega de embalagens de plástico e metal, relativamente ao ano anterior.
Acrescenta-se que foram recolhidas 11.546 t de materiais pela frota da Valorsul, o que
representa 80% do total recolhido na região Oeste.
A recolha seletiva dispôs, no ano de 2016, de uma frota de catorze viaturas, estando dez delas
afetas à recolha de ecopontos, duas à recolha de ilhas ecológicas e as restantes utilizadas
na lavagem e manutenção de ecopontos. Em 2016 verificou-se um aumento da taxa de
disponibilidade de viaturas de 80% para 86%, fruto de melhor cumprimento do planeamento
da manutenção preventiva programada.
Nos fluxos de papel/cartão e plástico/metal a recolha da Valorsul é complementada pelos
municípios que utilizam para tal viaturas cedidas por esta empresa.
Aumentoda recolha
no oeste
+2,1%
+5,9%
+6,6%
57
No âmbito do PAPERSU delineado pela Valorsul, para cumprimento das metas estabelecidas
no PERSU 2020, estão previstos, em 2017:
> adquirir ecopontos no valor de 186.338€,
> a aquisição de ilhas ecológicas no valor de 806.198€,
> a compra de três viaturas de recolha traseira no valor de 540.000€ e 14 viaturas de 7,5t
com valor de 420.000€.
Estes investimentos visam aumentar as quantidades recolhidas seletivamente, pela
disponibilização de mais equipamentos de deposição seletiva e/ou pela maior proximidade
deste dos utilizadores.
Como investimentos de substituição, para 2017 está prevista a aquisição de ecopontos no
valor de 200.000€, bem como a substituição de 7 viaturas de 19 t de recolha traseira dotadas
de caixa de compactação e grua no valor de 900.000€, 2 viaturas de 19 t de recolha superior
dotadas com caixa aberta e grua no valor de 320.000€, e 2 viaturas para manutenção de
ecopontos no valor de 160.000€.
Atividade 58
O Centro de Triagem do Lumiar (CTE) e o Centro de Triagem do Oeste (CTO), da Valorsul, são
unidades industriais que, através de processos automáticos e manuais, separam materiais
para envio para reciclagem. Ambos os centros dispõem de ecocentros com vista à deposição
seletiva de resíduos valorizáveis, pelas populações.
Em 2016 foram implementadas algumas melhorias de caráter operacional nestas unidades
e manteve-se a transferência de refugo da linha das embalagens do CTE para o CTO com o
objetivo de proceder ao seu reprocessamento. O crescimento global na retoma do fluxo das
embalagens foi de 7% em relação ao ano anterior, ligeiramente superior ao aumento de 6% na
receção destes materiais, fruto das melhorias operacionais implementadas e do empenho dos
colaboradores. À semelhança do fluxo das embalagens, o fluxo do vidro registou crescimentos
tanto na receção (2%) como na retoma (3%). O material papel/cartão teve um crescimento
ligeiro de 1%, tanto na receção como na retoma de material, no entanto, sublinha-se o
crescimento da taxa de valorização deste material para 103%, devido ao aproveitamento do
material papel e cartão existente no fluxo de embalagens.
As quantidades de materiais rececionadas nos Centros de Triagem, e respetivos ecocentros,
bem como a variação relativamente ao ano anterior são apresentadas no quadro seguinte. As
retomas são apresentadas no caderno de sustentabilidade.
Atividade
Triagem de materiais
O crescimento global
na retoma do fluxo das
embalagens foi de
Evoluçãoda recolha
+7%
59
22.946
28.524
17.539
1
80
518
117
69.725
2014
24.037
28.953
18.855
9
142
831
118
72.945
2016
Verificou-se um crescimento dos quantitativos de materiais recebidos, acentuando-se a
tendência de crescimento verificada no ano anterior. É de salientar o crescimento registado
nos três principais fluxos de material, em particular o crescimento de 6% registado no fluxo do
contentor amarelo (embalagens).
Relativamente aos fluxos de resíduos rececionados nos ecocentros, salienta-se o crescimento
nas entregas de REEE e madeira, de 103% e 123% respetivamente, com o material madeira a
beneficiar do encaminhamento via Valorsul da madeira produzida no Ecocentro de Carrenque
da CM da Amadora. De assinalar, porém, que as variações percentuais em causa, conjuntamente
com o caso das pilhas, não terão muita expressão face aos diminutos valores absolutos.
Entradas nos Centros de Triagem
Verde
Pilhas
Quadro 10 – Entradas nos Centros de Triagem
Quantidade (t)
Azul
REEE
Amarelo
Madeira
TOTAL
OUT ROSRESÍDUOS
23.535
28.638
17.765
4
70
372
147
70.531
2015
2%
1%
6%
125%
103%
123%
-20%
3%
v a r i a ç ã o
15/16
Atividade 60
Atividade
1Crivo
3Separadorbalístico
8Prensagem
5Separador ótico
2Abre sacos
4Separador
de Ferrosos
6Triagemmanual
7Separação por indução
CTE - Processo
61
Valorização orgânica de resíduos
Estação de Tratamento e Valorização Orgânica (ETVO)Na Estação de Tratamento e Valorização Orgânica (ETVO), os resíduos biodegradáveis
recolhidos seletivamente são transformados em composto (agrícola orgânico), e biogás,
através de um processo de digestão anaeróbia, seguido de uma estabilização aeróbica do
material, na compostagem. O gás, produto da fermentação, é utilizado na produção de energia
elétrica, exportada para a rede elétrica nacional.
Em 2016, foram recolhidas seletivamente 41.862 t, que incluem resíduos urbanos
biodegradáveis (RUB) e resíduos verdes, das quais se receberam na instalação 40.600 t,
correspondendo a 97% do total da recolha.
Atividade 62
Atividade
Na verdade, o ano de 2016 superou todos os anos anteriores desde o arranque da ETVO ao
nível da receção de resíduos: 39.616 t de RUB, perfazendo pela 1ª vez a capacidade nominal
da instalação, aos quais se adicionam 984 t de resíduos verdes (resultando o total mencionado
de 40.600 t).
O planeamento antecipado das intervenções de maior dimensão, com ajuste prévio do modo de
operação da instalação, permitiu maximizar a quantidade de resíduos processada em períodos
de condicionamento das linhas. Desta forma, evitou-se maior quebra da receção durante
esses períodos, mantendo a atividade biológica dos diversos processos. Adicionalmente, a
maior quantidade de RUB recolhidos permitiu maximizar a receção de resíduos nos restantes
períodos.
A produção, exportação e consumo de energia elétrica na unidade está espelhada no quadro
seguinte.
Da mesma forma, a produção e exportação de energia elétrica em 2016 foram as mais elevadas
desde o arranque da ETVO. A exportação de energia elétrica foi 7% acima da exportada em
2015.
A produção de composto (corretivo agrícola orgânico Ricaterra), a mais elevada desde o
arranque da unidade - 1.107 t, corresponde a um aumento de 26% em relação a 2015. A
introdução de resíduos verdes no processo de compostagem permitiu passar a higienizar todo
o material compostado, tendo vindo a aumentar a quantidade produzida.
O corretivo agrícola orgânico disponibilizado pela ETVO - Ricaterra - teve procura tanto por
utilizadores municipais pertencentes à área de intervenção da Valorsul, como por utilizadores
particulares, sendo também cedido aos colaboradores da Valorsul.
Energia
10.185
10.184
4.113
2016 2015 2014
Quantidade (MWh)
Produção
Exportação
Consumo
7%
7%
-5%
variação
15/16
Quadro 11 – Energia elétrica na ETVO
(valores obtidos por leitura de contadores)
40.600 t de resíduos urbanos
biodegradáveis
rececionados
ETVOAumento
da receção
+7%que a energia exportada
em 2015
ETVOExportação de energia
elétrica
10.899
10.894
3.898
8.776
8.763
3.955
63
Atividade
Central de Valorização Orgânica (Leiria) - CVO A CVO de Leiria recebe, no âmbito do modelo técnico da Valorsul, os resíduos de recolha
indiferenciada provenientes da Estação de Transferência da Nazaré. A gestão desta unidade
está a cargo da Valorlis. Trata-se de uma instalação de tratamento mecânico-biológico (TMB),
produzindo biogás, composto e materiais de embalagem para reciclagem. A Valorsul tem o
compromisso de entregar metade da capacidade da instalação suportando 50% dos custos,
deduzidos dos respetivos proveitos.
Durante o ano de 2016, a CVO manteve uma boa disponibilidade de operação na receção de
RU tendo sido processadas 83.144 t. De acrescentar ainda que 25.962 t foram provenientes
da Valorsul e 57.182 t foram entregues pela Valorlis. A quantidade de recicláveis triados e
enviados para valorização material representou 4% dos RU processados.
Registou-se também uma menor quantidade de RUB valorizados devido a trabalhos diversos
de manutenção num dos digestores que implicou o seu esvaziamento. Consequentemente,
a produção de biogás e de energia elétrica foi também inferior.
64
65
Central de Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos (CTRSU)A CTRSU recebe os resíduos indiferenciados recolhidos pelos municípios e procede à sua valorização
energética. Neste processo, o calor resultante da queima controlada dos resíduos é convertido em
energia elétrica através de um sistema turbogerador. Essa energia é exportada para a rede nacional.
Durante o ano de 2016, a CTRSU tratou cerca de 664 mil toneladas de resíduos, cerca de 7%
mais do que no ano anterior fruto da boa disponibilidade da instalação.
Em termos de energia o ano terminou com acréscimos de 10 % na energia produzida e
exportada (ver quadro 12). O ligeiro aumento da energia consumida (4%) resulta de uma maior
receção e processamento de resíduos. Ainda assim este acréscimo foi inferior ao da energia
exportada o que implica uma melhor eficiência energética.
2016 2015 2014variação
16/15
Energia Quantidade (GWh)
Produção 288,4 345,9 379,5 10%
Exportação 247,6 301,4 332,3 10%
Consumo 44,3 45,2 47,2 4%
Quadro 12 – Energia na CTRSU
(valores obtidos por faturação e leitura de contadores)
Trata-se da unidade da Valorsul com maior produção de energia. A receita económica
proveniente da venda da energia da CTRSU representou, neste ano, perto de 50% do volume
de negócios da empresa.
Valorização energética por incineração
2016
Maior eficiência
energética
50%do volume de negócios
da empresa
CTRSUVenda de
energia
Atividade 66
Atividade
Nos meses de maio e novembro de 2016 foram realizadas paragens do tipo A, para manutenção
de sistemas críticos das caldeiras, com especial incidência para as grelhas e o tratamento de
gases. Para além das ações de manutenção previstas destacou-se a substituição integral das
mangas filtrantes das 3 caldeiras, como um dos trabalhos mais relevantes.
Instalação de Tratamento e valorização de Escórias (ITVE)As escórias com origem na atividade da CTRSU são encaminhadas para a Instalação de
Tratamento e Valorização de Escórias (ITVE), sendo colocadas no parque de maturação e depois
enviadas para tratamento onde ocorre a remoção de elementos grosseiros, contaminantes e
metais ferrosos e não-ferrosos. Os metais são encaminhados para reciclagem e as escórias
valorizadas são utilizadas na cobertura de RU nos aterros sanitários de Mato da Cruz e do
Cadaval.
O quadro 13 resume o processamento de escórias e escoamento de metais comparando os
dados de 2015 e 2016. No total, em 2016, foram processadas 116.473 t de escórias e foram
utilizadas, na cobertura de resíduos em aterro, 40.430 t. Desta forma evita-se a proliferação
de odores e presença de vetores, e utiliza-se um resíduo valorizado em substituição de terras
de cobertura.
A utilização de escórias na cobertura de resíduos em aterros permite evitar a utilização de
terras de cobertura, ou outros recursos, em quantidade equivalente.
O impacte da extracção de terras é muitas vezes subvalorizado. Porém, entidades como a
UNEP (United Nations Environment Programme) têm dado bastante relevância à extracção de
recursos naturais tendo, recentemente, revelando que, a nível mundial, a mesma triplicou nas
últimas quatro décadas. A UNEP alertou também para a perigosidade deste ritmo num futuro,
infelizmente, não muito longínquo.
A extração de materiais não é só danosa pela delapidação de recursos per si. Causa também
prejuízos ambientais resultantes da própria actividade de extração (na vegetação, qualidade
das águas, fauna e outros organismos que habitem na zona, paisagem, ente outros) e seu
transporte.
Neste contexto, é relevante a reutilização/reciclagem dos recursos. No caso da Valorsul,
orgulhamo-nos de utilizar as escórias - após processamento na estação de tratamento e
valorização das escórias - contribuindo assim para uma eficiente utilização de materiais (outrora
resíduos), ao invés de outros recursos naturais. Isto é uma amostra de economia circular!
Contribuindo para uma
eficiente utilização de
materiais (outrora resíduos)
ao invés de outros recursos
naturais. Um bom exemplo
de economia circular.
Utilizaçãodas escórias
67
Processamento e escoamento dos subprodutos do processamento de escórias (t) 2016 2015 2014
Escórias rececionadas 119.803 111.715 101.428
Escórias processadas 116.473 109.665 112.506
Metais não ferrosos extraídos de escórias
782 640 725
Metais ferrosos extraídos de escórias
3.482 2.665 2.591
Escórias valorizadas 98.557 93.569 93.264
Escórias utilizadas na cobertura de RU
40.430* 54.341* 50.102*
Quadro 13 – Receção e processamento de escórias e escoamento de metais e escórias processadas
*Considera as escórias utilizadas no ASMC e ASO
A Valorsul está autorizada a colocar no mercado as escórias de incineração valorizadas
como agregado artificial, produto aplicável na construção rodoviária, nomeadamente para
camadas não ligadas de base e sub-base de pavimentos rodoviários. A atribuição de Marcação
CE implicou a realização de um conjunto de ensaios e a implementação de um Sistema de
Controlo de Produção em Fábrica do produto Agregado 0/31,5, de acordo com os requisitos
estabelecidos na norma harmonizada dos agregados NP EN 13242:2002+A1 2010. Este
sistema é auditado anualmente por um organismo notificado, sendo emitido o respetivo
Certificado de Conformidade de Controlo de Produção em Fábrica, que permite à Valorsul
emitir a Declaração de Desempenho do Agregado 0/31,5 e colocar a Marcação CE no produto.
A Valorsul dispõe também de um Documento de Aplicação, elaborado pelo LNEC, que define
as características do Agregado e estabelece as condições de produção e de utilização daquele
Agregado em camadas não ligadas de pavimentos rodoviários.
Tendo em conta a manutenção do procedimento de certificação das escórias valorizadas como
agregado artificial bem como a divulgação do produto junto de potenciais utilizadores, através
de informação disponível no portal da Valorsul e em brochura, prevê-se que se mantenha o
aumento da produção de Agregado.
Produto com marcação CE
que pode ser utilizado na
construção rodoviária.
Agregado
Atividade 68
Atividade
A Valorsul dispõe de dois aterros, um no Município de Vila Franca de Xira e outro no Município
do Cadaval. Cerca de dois terços dos resíduos que se destinam ao aterro do Cadaval (e também
CVO e CTRSU) são recebidos e compactados nas seis estações de transferência que integram
o sistema, de forma a racionalizar o transporte e reduzir custos associados à gestão dos
resíduos indiferenciados.
Deposição de resíduos em aterro
69
Aterro Sanitário do Oeste (ASO) e as Estações de Transferência (ET)Em 2016 foram entregues diretamente no Aterro Sanitário do Oeste e nas seis estações de
transferência 166.797 t de resíduos indiferenciados que têm origem na sua quase totalidade
nas recolhas efetuadas pelos municípios. Verificou-se um acréscimo de 1,5% no total das
entregas desta tipologia de resíduos relativamente ao ano anterior. De salientar que das seis
estações referidas a estação de transferência de Peniche pertence e é gerida diretamente pela
Câmara Municipal.
Na sequência do concurso público lançado em 2015, foi concluído o fornecimento e instalação
de dois motogeradores, de 1063 e 835 kW e instalações auxiliares para CVEB (Central de
Valorização Energética do Biogás) do ASO que em entraram em serviço em abril de 2016. Deste
modo a CVEB é agora constituída por tês geradores síncronos, sendo dois com a potência
unitária de 1063 kW, e um com a potência de 835 kW. De acordo com a licença de exploração,
emitida pela DGEG, a injeção de energia na rede está limitada a uma potência total 2900 kVA.
A decomposição da matéria orgânica presente nos RU depositados no aterro produziu biogás
que foi encaminhado para a central de valorização energética proporcionando a geração de
17.202 MWh de energia elétrica, que foi injetada na rede elétrica nacional.
Das 4.564 t de “monstros” recebidas, foram desviadas de aterro 541 t, que foram encaminhadas
para reciclagem.
Da receção total no ASO/ET foram transferidas 26.607 t para a CTRSU e 25.962 t para a CVO
– Valorlis.
Aterro Sanitário de Mato da Cruz (ASMC)A quantidade de resíduos urbanos recebida, no ASMC, em 2016, foi de 31.382 toneladas menos
32% que no ano anterior. Relativamente às cinzas inertizadas, mantém-se a situação do ano
passado, ou seja, este resíduo não é entregue no ASMC, sendo encaminhado para os CIRVER.
Foram escoadas 130 toneladas de sucata ferrosa não embalagem e 37 toneladas de sucata
não ferrosa, não embalagem, separadas na frente de descarga de RU.
A operação do sistema de aproveitamento energético do biogás no aterro de Mato da Cruz,
integrando dois grupos motogeradores de 834 kW, proporcionou a geração de 10.418 MWh de
energia elétrica, que foi injetada na rede pública, menos 10% do que no ano anterior.
menos 32%de resíduos
depositados no
ASMC que no ano
anterior
A Central de
Valorização
Energética de Biogás
do ASO é agora
constituída por 3
geradores síncronos.
Atividade
Aproveitamento energético do biogás
70
Atividade
A Valorsul dispõe de um posto de abastecimento de viaturas a gás natural carburante
(GNC), localizado junto à sede da empresa em S. João da Talha. Em 2016, procedeu-se ao
abastecimento de 1.339.835 Nm3 de GNC (um decréscimo de 9 %, relativamente ao ano
anterior), com a seguinte distribuição: CM Lisboa 78,7 %, CM Loures 12,2 %, CM V.F. Xira 6,5 %,
CM Amadora 3,1 % e Valorsul 0,5 %.
Abastecimento de gásnatural carburante
71
Atividade
Recursoshumanos
72
Durante o ano de 2016 registaram-se alguns pedidos de cessação de contrato de trabalho,
essencialmente devidos a saídas do mercado de trabalho por reforma.
Por outro lado, e tendo em conta a alteração da estrutura acionista que retirou a Valorsul do
setor empresarial do Estado, foi de novo possível voltar a contratar. Com base num exaustivo
levantamento das necessidades de pessoal, foram integrados 15 trabalhadores que ocupavam
postos de trabalho permanentes e que anteriormente tinham sido contratados como
trabalhadores temporários, face às condicionantes impostas pelos Orçamentos de Estado dos
últimos anos.
Os gráficos abaixo espelham as características da empresa em termos de recursos humanos.
RecursoshumanosNa sequência da integração de vários trabalhadores temporários que, há vários meses laboravam na
Valorsul, 2016 terminou o ano com 355 colaboradores, um acréscimo de 2% em relação a período homólogo
do ano anterior.
Evolução do nº total
de colaboradores2016 355 trabalhadores
2015 349 trabalhadores
2014 356 trabalhadores
Atividade 73
Atividade
Idade
Género dos colaboradores
Colaboradores femininos
Colaboradores masculinos
19%
81%
18%56-65 anos
40%36-45 anos
0%19-25 anos
14%26-35 anos
28%46-55 anos
74
5%termo certo
23%16 | 25 anos
2%cedência
6%até 5 anos
93%sem termo
71%6 | 15 anos
Tipo de contrato
Antiguidade
Atividade
Habilitações
2%bacharelato
12%licenciatura
21%secundário
35%3º ciclo
12%2º ciclo
13%1º ciclo
0%doutoramento
2%sem grau
75
A Gestão de Recursos Humanos na Valorsul procura a criação de valor do seu Capital Humano,
apostando na materialização das prioridades definidas, bem como no desenvolvimento dos
seus recursos humanos.
No âmbito das práticas de Gestão de Recursos Humanos, destacam-se as seguintes iniciativas:
Políticas derecursos humanos
Atividade
0
4500
2250
3178 h
2015
2015
2014
2014
2016
2016
300
150
0
2567 h
3950 h
209
235
270
Evolução da formação
nº horas
nº colaboradores
76
> Reforço do modelo de atribuição de seguros de vida e saúde, em linha com o que veio ser
adotado na EGF;
> Desbloqueamento das progressões automáticas e reclassificações definidas em AE
(Acordo de Empresa), congeladas há vários anos, por imposição governamental;
> Modelo de funções
> No sentido de desenvolver um modelo comum de funções, a Valorsul colaborou
com a área de RH (Recursos Humanos) do grupo e EGF, tendo em conta o definido em sede
de contratação coletiva;
> Modelo de avaliação de desempenho
> Arranque de um novo modelo de avaliação de gestão de desempenho, de
modo a valorizar e reconhecer o mérito dos colaboradores, sendo este o fio condutor à
implementação de um novo modelo em 2017, de acordo com as diretrizes do Grupo;
> Recrutamento e Integração de Colaboradores
> Operacionalização do Recrutamento Interno com reforço na divulgação interna
das várias ofertas.
77
Atividade
Comunicação e educação ambiental
78
Comunicação e educação ambiental
Em 2016, a Valorsul apresentou a sua nova imagem, comum a todas as 11 empresas do grupo
EGF, reforçando um espirito de coesão em torno de objetivos comuns.
Mantém-se o nome Valorsul, reconhecido pelas populações, que serve como sinónimo de
capacidade técnica, confiança e experiência.
MarcaValorsul
Atividade 79
Atividade
Campanha de sensibilização para a separação de embalagensEm 2016, na abordagem aos públicos externos, destaca-se a continuidade da campanha
de sensibilização com vista à correta deposição nos ecopontos de materiais recicláveis. A
campanha consistiu na colocação de encartes nas faturas da água a enviar à população da
área geográfica da Valorsul. Foi realizada a conceção criativa de 4 peças de comunicação,
para envio de um folheto por cada trimestre, juntamente com a carta da conta da água. Cada
peça tem um tema por tipo de material: embalagens de vidro, embalagens de plástico, papel e
cartão, embalagens de metal. Foram produzidos perto de 3 milhões de folhetos.
EcoEventosO Eco-Evento é uma iniciativa da Valorsul que desafia as entidades na organização dos
seus eventos a comprometer-se na redução do impacte ambiental resultante do evento e a
promover a gestão adequada de resíduos.
A Valorsul apoia as organizações participantes nesta iniciativa e proporciona um conjunto de
serviços gratuitos que facilitam a concretização dos objetivos definidos para que, em parceria,
se crie um compromisso com o ambiente.
Em 2016, foram realizados 13 Ecoeventos, nos quais a Valorsul deu apoio logístico (sacos, luvas,
colocação de ecopontos, recolha, monitores, materiais informativos, ações de sensibilização) e,
por vezes, foram atribuídos donativos em função das quantidades recolhidas. De destacar o
envolvimento no planeamento das recolhas seletivas na Maratona EDP e nas Festas da Cidade
de Lisboa.
Projeto nacional de uniformização da sinaléticaLiderado pela Sociedade Ponto Verde e em parceria com os sistemas municipais e autarquias,
o projeto nacional de uniformização da sinalética consiste na harmonização das várias
sinaléticas dos ecopontos por uma nova imagem comum a todo o território nacional. Com esta
iniciativa, Portugal afirma-se como um exemplo na implementação de uma sinalética universal
nos ecopontos, independentemente do município ou da fonte de informação consultada.
A implementação da sinalética universal nos ecopontos foi assumida pela Valorsul, em 2016,
Atividades e iniciativas
13 EcoEventos
Portugal como exemplo na
sinalética dos ecopontos
80
como uma das suas principais ações de comunicação junto da população que serve. Já é
possível encontrar esta nova sinalética nos 14 municípios da região Oeste e nos municípios
de Loures e Odivelas, estando igualmente prevista a sua expansão aos restantes municípios.
Foi também adaptada a vários suportes de comunicação (cartazes, autocolantes, magnéticos e
folhetos). Desta forma, em qualquer local e suporte, os cidadãos vão encontrar uma informação
coerente, o que simplifica a separação dos recicláveis.
Vamos Limpar a EuropaA iniciativa “Vamos Limpar a Europa” teve início em 2014, e consiste na organização (por
parte de equipas de voluntários, e com o apoio de uma entidade coordenadora nacional ou
regional), de ações de limpeza de espaços públicos. Estas ações acontecem em toda a Europa
no mesmo fim de semana, no início de maio. O objetivo do projeto é gerar notoriedade para
as questões relacionadas com a produção de resíduos por parte dos cidadãos e, ao mesmo
tempo, contribuir para a limpeza de espaços naturais (como praias, terrenos, florestas, etc.)
Este ano, foram registadas 5.800 iniciativas em toda a Europa que congregaram cerca de
500 mil participantes. Na área da Valorsul, que é coordenadora regional da iniciativa, foram
realizadas 18 ações de limpeza, envolvendo cerca de 815 participantes.
Semana Europeia de Prevenção de ResíduosA Valorsul manteve-se como coordenadora regional da Semana Europeia de Prevenção de
Resíduos, evento promovido pela União Europeia, que decorreu entre 19 e 27 de novembro de
2016 e acolheu, este ano, mais de 12.255 ações em toda a Europa e 19 na área da Valorsul.
Foi assegurada toda a logística necessária de inscrição, validação e avaliação de atividades
inscritas por parte de cidadãos e organizações.
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
AF MAGNETICO 010316.pdf 1 01/03/16 15:51
Atividade 81
VisitasEm 2016, a Valorsul recebeu nas suas instalações 178 visitas, num total de 4.920 visitantes.
Este ano a instalação mais visitada foi o Centro de Tratamento de Resíduos do Oeste e o grupo
etário mais assíduo situa-se entre os 13-15 anos (escolas do 3º ciclo do ensino básico).
Gestão de contactos - Pedidos de informação e reclamaçõesEm 2016 foram registados 977 contactos categorizados como pedidos de informação (840),
reclamação municipal (37) e reclamação Valorsul (100), a grande maioria via telefone ou e-mail.
Para uma melhor clarificação, existe uma separação prévia entre reclamações municipais
(assuntos da esfera municipal) e reclamações Valorsul (sobre assuntos da área de atuação da
empresa).
O maior número de reclamações centra-se em questões associadas à colocação e recolha
de ecopontos. Relativamente aos pedidos de informação, o assunto mais questionado são
dúvidas relacionadas com a receção e descarga de resíduos nas instalações da empresa. As
áreas da reciclagem, pedidos de materiais de sensibilização e informações sobre educação
ambiental também reúnem um grande número de contactos.
O tempo médio de resposta a pedidos de informação é 2 dias, e a reclamações (Valorsul) é 7
dias existindo variações consoante a complexidade das mesmas.
Atividade
Resposta aos pedidos de
informação e reclamações
Tempo médio para
informações
2 dias
Tempo médio para
reclamações
7 dias
82
Programa EcovalorO Programa Ecovalor é um programa de educação ambiental que se dedica em exclusivo à
comunidade escolar. Tem como segredo de sucesso a estreita relação e parceria efetiva com
os municípios que tem permitido, desde há 16 anos, a manutenção de atividades dedicadas à
promoção da prevenção, reutilização e reciclagem de resíduos.
No âmbito deste programa, a Valorsul ofereceu visitas escolares às instalações (muitas delas
cofinanciadas com aluguer de transporte coletivo); ações de sensibilização ambiental no
espaço da escola; e um grande concurso interescolas de separação de embalagens.
Foram dinamizados dois concursos escolares, dedicados à recolha de embalagens no ecoponto
amarelo e no ecoponto azul. O concurso dedicado ao ecoponto amarelo envolveu perto de
45.000 alunos e foram recolhidos 232.699 kg de embalagens de plástico, metal e pacotes de
bebida, o que representa um aumento de 85% face ao ano letivo anterior. O sucesso deste
concurso deveu-se à efetiva capacidade de recolha e dinamização dos municípios aderentes,
sendo de destacar o desempenho dos municípios do Cadaval, Lourinhã e Vila Franca de Xira.
O concurso dedicado ao ecoponto azul envolveu 13.378 alunos e foram recolhidos 166.939
kg de papel e cartão. Foi possível concretizar esta iniciativa em 7 municípios, com destaque
para os excelentes resultados em Alcobaça, Alenquer e Lourinhã, que fizeram este concurso
aumentar as recolhas em 169%, face ao ano letivo anterior.
Evolução no envolvimento com a comunidade Apresenta-se no quadro 14 a variação de alguns indicadores que refletem o envolvimento com
a comunidade.
Educação e sensibilização ambiental
+85%materiais recolhidos
face ao ano letivo
de 2015 no concurso
dedicado ao ecoponto
amarelo
+169%materiais recolhidos
- com destaque para
Alcobaça, Alenquer e
Lourinhã - no concurso
dedicado ao ecoponto
azul.
Concursosdedicados
aos Ecopontos
Atividade 83
IndicadorQuantidade
Variação 2015/2016
2016 2015 2014
Visitantes às instalações
178 visitas 234 visitas 228 visitas - 56 visitas
4.920 visitantes
5.829 visitantes
5.887 visitantes
- 909 visitantes
Ações de sensibilização
252 ações 197 ações 159 ações + 55 ações
6.472 participantes
6.490 participantes
5.624 participantes
- 18 participantes
Embalagens recolhidas no concurso escolar (ecoponto amarelo)
232,7 t 126,5 t 103,2 t + 106,2 t
Embalagens recolhidas no concurso escolar (ecoponto azul)
167 t 61 t 11 t + 106 t
Pedidos de informação 842 1.126 797 - 284
Reclamações Valorsul 100 83 73 + 17
Visitas ao Portal 70.369 70.060 67.731 309
Quadro 14 – Indicadores de envolvimento com a comunidade
Os concursos interescolas de separação de embalagens no ecoponto amarelo e de papel e
cartão no azul têm crescido no número de escolas participantes, o que se reflete no aumento
de toneladas recolhidas face ao ano anterior.
Prémio
Atividade
Marca de Confiança
em 2016, pelo 2º
ano consecutivo
Valorsul eleita Marca de Confiança dos Portugueses em 2016Pelo segundo ano consecutivo, a Valorsul foi distinguida com o prémio Marca de Confiança
dos Portugueses em 2016, na categoria de Ambiente, como a “empresa de tratamento de
lixo” em que mais confiam, com 25% dos votos dos inquiridos. Numa pergunta aberta e sem
referências de resposta, dirigida a 12.000 assinantes da revista Seleções de Reader’s Digest,
este foi o resultado de um estudo que todos os anos avalia a opinião dos consumidores sobre
a confiança que depositam nas variadas marcas de diferentes produtos e serviços do mercado.
Este prémio é uma prova da confiança que a população deposita no trabalho da Valorsul e
reflete o empenho e profissionalismo constantes no exercício da sua atividade.
84
Desempenho financeiro07
Desempenho financeiro
Em virtude da ERSAR apenas ter deliberado em dezembro de 2016 o valor relativo aos
proveitos permitidos e respetiva tarifa a aplicar em 2016, a Valorsul faturou os serviços
prestados tendo em consideração a tarifa de 2015, tendo especializado o diferencial, o qual
será regularizado em 2017.
O volume de negócios da Valorsul compreende os rendimentos obtidos com a venda de
energia e de recicláveis, as receitas das prestações de serviços de tratamento de resíduos e do
abastecimento de gás natural carburante. Apesar da redução tarifária, em 2016, o volume de
negócios atingiu os 58,9 milhões de euros, o que representou um aumento de 152 mil euros
face ao ano anterior.
O tratamento de RU, incluindo clientes municipais e particulares, totalizou 11,8 M€. Esta
rubrica apresentou um decréscimo de cerca de 4M€ em relação ao ano anterior. A razão
deste decréscimo deve-se à aplicação das tarifas aprovadas pela ERSAR e que no ano de
2016 sofreram um ajustamento de 6.25€/t face a 2015 (tarifa 2015: 19,44€/t; tarifa 2016:
13,19€/t).
Volume de negócios
Desempenho financeiro 86
Desempenho financeiro
O total dos rendimentos da venda de energia cifrou-se em 33,4M€, superior em 3,6M€ quando
comparado com o ano de 2015. Este desvio positivo deve-se à boa performance de todas as
unidades operacionais da Valorsul que registaram o melhor ano de produção de energia de sempre.
De salientar que 29,2M€ foram provenientes da CTRSU, representando a energia produzida
nesta unidade cerca de 50% do volume de negócios total da empresa. As receitas da venda de
energia proveniente do aproveitamento do biogás do aterro sanitário de Mato da Cruz (ASMC)
e do aterro sanitário Oeste do Cadaval (ASO) atingiram, cerca de 1,1M€ no ASMC e 1,7M€ no
ASO. A venda de energia da estação de tratamento e valorização orgânica ascendeu a 1,4M€.
Por último, a venda de materiais recicláveis ascendeu a 12M€, aumentando 900 mil euros face
ao ano de 2015, sendo a fileira de papel/cartão a que mais contribuiu para este desempenho.
Este aumento de receitas reflete a melhoria da performance registada nos Centros de
Triagem, com um aumento global em relação ao ano anterior de cerca de 4% das quantidades
processadas, embora o aumento da receção tenha sido inferior, cerca de 3%.
A estrutura do volume de negócios apresenta-se no gráfico seguinte:
tratamentode RSU
outras vendasgás naturalvenda de recicláveis
venda de energia
Estrutura do volume de negócios
(valores em euros)
2016
2015
0
20,000,000
10,000,000
30,000,000
5,000,000
25,000,000
15,000,000
35,000,000
40,000,000
0
5000
10000
15000
20000
25000
30000
35000
40000
87
A Valorsul registou no ano de 2016 um cash flow operacional (EBITDA) de 20,2M€ de euros,
conforme se apresenta no quadro seguinte:
rubrica 2016 2015 2014
volume de negócios 58.947.009 58.795.249 52.833.479
FSE (fornecimentos e serviços externos) -19.783.614 -18.194.846 -21.191.953
custo das vendas -7.404.287 -7.139.899 -6.550.094
gastos com pessoal -13.198.756 -12.927.655 -11.987.389
Provisões e Reversões -75.894 -1.150.865 174.129
outros gastos e perdas -1.184.628 -1.350.434 -1.367.118
outros rendimentos 1.960.680 585.929 1.302.536
cash flow operacional (EBITDA) 19.260.510 18.617.478 13.213.590
amortizações/depreciações -17.171.630 -13.111.211 -13.107.474
subsídios ao investimento 5.080.423 2.584.685 2.584.685
resultados Operacionais (EBIT) 7.169.304 8.090.952 2.690.801
Quadro 15 - Resultados operacionais e rubricas associadas (valores em euros) Nota: os valores de 2015 e 2014 são apresentados de acordo com os mesmos critérios contabilísticos de 2016
As rubricas FSE, amortizações e gastos com pessoal são as que maior peso têm na estrutura de
gastos da Valorsul. Assim, a rubrica de fornecimentos e serviços externos totalizou no exercício de
2016 cerca 19,8M€, representando um aumento de cerca de 1,6M€, em relação a 2015. Refira-
se que esta variação é resultado da contabilização em FSE do custo dos anos de 2015 e 2016
com a recolha de orgânicos. Em 2015 este custo encontrava-se provisionado, aguardando decisão
sobre a forma de pagamento, pelo que a regularização em 2016 deu origem à variação de 1,6M€
anteriormente referida. A rubrica de amortizações registou um crescimento de 31% face a 2015
Gastos e resultados operacionais
Desempenho financeiro 88
totalizando 17M€. A rubrica pessoal em 2016 cifrou-se em 13,2M€, registando um crescimento de
2% que representa um aumento de 271 mil euros face a 2015.
No que diz respeito aos FSE há a realçar a rubrica de manutenção, devido a intervenções
levadas a cabo no corrente ano nas diversas unidades da Valorsul, as quais não se registaram
no mesmo período do ano anterior.
Relativamente aos gastos com pessoal, a variação fica a dever–se fundamentalmente ao
custo da reposição salarial decorrente da privatização referente a um ano inteiro. Em 2015
esta alteração teve efeitos no último quadrimestre de 2015. De referir também o aumento
das remunerações e respetivos encargos patronais resultante da passagem para contratos a
termo de alguns colaboradores anteriormente contratados em outsourcing.
Por último, e no que diz respeito às amortizações, com a entrada em vigor do novo regulamento
tarifário, os ativos intangíveis afetos à BAR (base de ativos regulados) foram redefinidos e
passaram a ser amortizados pela sua vida útil em detrimento do período de concessão. De
referir que este aumento das amortizações em cerca 4M€ é parcialmente compensado pelo
aumento da rubrica subsídios ao investimento em 2,5M€.
Como reflexo do anteriormente referido, os resultados operacionais em 2016 totalizaram 7,2
M€, inferiores em cerca de 922 mil euros, quando comparados com 2015.
Evolução dos gastos operacionais 2016 2015 2014
Gastos operacionais 59.947.120 53.874.911 54.204.027
Gastos financeiros 736.079 902.311 1.305.255
Total gastos 60.683.200 54.777.223 55.509.282
Natureza do gasto 2016 2015 2014
Custo das vendas 7.404.287 7.139.899 6.550.094
FSE 19.783.614 18.194.846 21.191.953
Gastos com pessoal 13.198.756 12.927.655 11.987.389
Amortizações/depreciações 17.171.630 13.111.211 13.107.474
Provisões/Perdas Imparidade 1.204.206 1.150.865 0
Outros gastos e perdas 1.184.628 1.350.434 1.367.118
Total gastos operacionais 59.947.120 53.874.911 54.204.027
% em função volume negócios 102% 92% 103%
Quadro 16 - Estrutura de gastos
Valores em euros; exceptua-se %
Desempenho financeiro 89
Refletindo o anteriormente exposto, a Valorsul apresentou no ano de 2016 um resultado
antes de impostos de 6,4M€, inferior ao ano de 2015 em 846 mil euros.
Ilustra-se no quadro seguinte o cálculo do imposto do exercício.
2016 2015 2014
Imposto corrente 34.692 3.639.790 1.853.476
Imposto diferido reconhecido no período 2.899.975 (1.575.914) (598.780)
Excesso de estimativa de imposto do período anterior
(341) - (845)
2.934.325 2.063.877 1.253.851
Resultado antes de impostos 6.450.331 7.296.606 1.494.382
Taxa nominal de imposto 21,0% 21,0% 23,0%
Imposto esperado 1.354.570 1.532.287 343.708
Diferenças permanentes 1.545.405 (158.841) 653.364
Ajustamentos à coleta 34.692 17.475 14.676
Excesso de estimativa de imposto do período anterior
(341) - (845)
Derrama Municipal - 165.726 79.793
Derrama Estadual - 507.229 163.155
Imposto sobre o rendimento 2.934.325 2.063.876 1.253.851
Quadro 17 – Impostos Valores em euros; exceptua-se %
Resultados antes de impostos
Impostos
Desempenho financeiro 90
Decorrente das alterações verificadas no modelo regulatório, nomeadamente, nas alterações
relacionadas com os Ativos intangíveis e com a determinação do Direito Contratual, foi
registado o desreconhecimento dos ativos não afetos à BAR, em cerca de 42M€. Decorrente
desta alteração o imposto diferido apresenta uma variação de -1,6M€ em 2015 para 2,9M€
em 2016.
Resultado líquido
Desempenho financeiro
O resultado líquido da Valorsul cifrou-se nos 3,5M€. A sua decomposição ilustra-se no quadro
seguinte:
Resultados 2016 2015 2014
Resultado antes de impostos 6.450.331 7.296.606 1.494.382
Imposto do exercício -34.692 -3.639.792 -1.853.476
Insuficiência / Excesso de estimativa 341 0 845
Imposto diferido -2.899.975 1.575.914 598.780
Resultado líquido do exercício 3.516.006 5.232.728 240.531
Quadro 18 – Resultados (valores em euros)
91
A Valorsul apresentou no ano de 2016 um resultado financeiro negativo de 719 mil euros.
Registou-se uma redução face ao ano de 2015 por via da redução do endividamento e da
redução do saldo de clientes.
Como referido anteriormente, a tarifa municipal, aprovada pela ERSAR, que vigorou no ano de
2016 foi de 13,19 euros/t para os clientes municipais, tendo sido fixada pela Valorsul para os
clientes particulares a tarifa de 38,88 €/t para entrega de RU na CTRSU e de 52,50 €/t para
entrega no ASMC.
ResultadosFinanceiros
Tarifário
Desempenho financeiro 92
Em 2016, o investimento liquido realizado ascendeu a 2,2 milhões de euros, sendo de destacar
a aquisição de equipamento de transporte para os aterros e o alargamento do sistema de
biogás do ASO. De referir que, dada a tardia definição e aprovação das contas reguladas 2016-
2018, os investimentos realizados foram exclusivamente em projetos já contratualizados em
2015 ou absolutamente indispensáveis à operação.
Banco Europeu de InvestimentoNo decorrer do ano de 2016, a Valorsul reembolsou a esta instituição de crédito todos os juros
remanescentes e as respetivas amortizações de capital, terminado o contrato celebrado em 1998.
Desempenho financeiro
InvestimentosEfetuados
93
Perspetivaspara 201708
Perspetivaspara 2017
Ao abrigo do Acordo Parassocial (anexo II, ponto 1), será colocada à disposição dos acionistas no ano
de 2017 a verba de 7.350.813,75€, correspondente a 50% dos resultados transitados a distribuir.
Procurando alinhar a atual avaliação de gestão de desempenho com o modelo adotado no
Grupo, a Valorsul implementará, em 2017, uma nova metodologia suportada em fatores
mensuráveis e qualitativos, de simples e fácil entendimento, com o objetivo primordial de
fomentar uma filosofia de diferenciação assente no reconhecimento do mérito e na busca
dinâmica de áreas de melhoria, progressão e valorização profissional.
O suporte informático a utilizar é considerado “the state of art” deste tipo de ferramentas de
gestão de recursos humanos o que, desde logo, permitirá cimentar uma rede social baseada no
mérito, reforçando, assim, o conceito de partilha empresarial.
Destacam-se também as atividades apresentadas de seguida:
Estudos e projetos> Acompanhamento da implementação das ações integrantes do PAPERSU, as quais
decorrem no período 2015-2020;
> Lançamento de concurso público e candidatura ao POSEUR para “Empreitada de
Conceção, Construção e Fornecimento para Aumento da Capacidade e Otimização da Linha de
Embalagens do Centro de Triagem e Ecocentro do Lumiar” (CTE);
> Lançamento de concurso público e candidatura ao POSEUR para “Compostagem de
verdes na Estação de Tratamento e Valorização Orgânica” (ETVO);
> Elaboração de concurso público e candidatura ao POSEUR para Melhoria da linha de
embalagens do Centro de Triagem do Oeste (CTO);
> Ampliação da Estação de Tratamento de Águas Lixiviantes (ETAL) e estudo de
modelação do topo NE do Centro de Tratamento de Resíduos do Oeste (CTRO);
> Requalificação paisagística parcial da célula de Vila Franca de Xira e célula 1 de cinzas
inertizadas do Aterro Sanitário de Mato da Cruz (ASMC).
Perspetivas para 2017 95
Perspetivas para 2017
Recolha seletiva e triagem de materiais> Substituição de equipamentos móveis em final de vida útil e aquisição de outros
necessários à correta exploração das instalações;
> Diversas melhorias nas instalações com vista à melhoria das condições de trabalho e
aumento de eficiência dos equipamentos;
> Execução de sinalização de segurança no CTO, com delimitação de zonas pedonais e
zonas de circulação de máquinas;
> Remodelação da rede de combate a incêndios no CTO;
> Remodelação da cabine de sobretriagem no CTO;
> Instalação de chapas translúcidas na cobertura do CTO para aproveitamento da luz
natural.
Valorização orgânica de resíduos > Continuação da intervenção em diversas áreas da ETVO com vista a melhoria das
condições de trabalho;
> Execução da empreitada da Compostagem de verdes e aquisição do equipamento
necessário (triturador, equipamento de revolvimento e pá-carregadora), aquando da aprovação
da candidatura ao POSEUR;
> Construção de armazém de peças de reserva sobre a oficina e sua execução;
> Substituição dos grupos motogeradores;
> Finalização da empreitada de construção da laje de pavimento na envolvente dos
digestores e respetiva rede de drenagem;
> Conclusão dos trabalhos de furação por hot tap para a purga contínua de sedimentos da
base dos digestores;
> Esvaziamento de um dos digestores após período de 10 anos em operação contínua,
para ações de manutenção;
> Instalação de sistema com base em hidrociclones para melhoria da remoção de
sedimentos à cabeça da instalação, no pré-tratamento;
> Substituição do leito do biofiltro aberto;
> Aquisição de contentores-compactadores para substituição dos existentes;
> Substituição das duas membranas do gasómetro;
> Aquisição de caudalímetro ultrassónico de biogás para contabilização de volume de
biogás enviado ao gasómetro;
> Revestimento do tanque de nitrificação;
> Substituição dos módulos de membranas de microfiltração;
> Aquisição de ETA para a água do furo.
96
Incineração com recuperação de energia> Aquisição de novas bombas de injeção de leite de cal, que permitirão uma maior margem
operacional no combate a eventuais subidas dos valores de emissão do poluente HCl.
> Confinamento dos gases pobres emanados do transportador vibratório e requalificação
dos sistemas de persianas automáticas nos pisos 1 e 11 (sistema que permitirá a ventilação
natural do edifício das caldeiras) como forma de melhorar a qualidade do ar.
> Preparação de um novo Plano de Racionalização do Consumo de Energia (PREN), plano
esse tendente a definir os objetivos para o quinquénio 2017 – 2022.
> Duas paragens programadas para manutenção (tipo A e tipo B). A indisponibilidade
programada para o próximo ano terá assim um valor superior ao de 2016 devido à maior
duração da paragem para manutenção do tipo B.
Deposição em aterro> Ampliação da ETAL - Execução da lagoa 4 da ETAL do Aterro Sanitário do Oeste (ASO);
> Instalação de dois motogeradores e equipamentos auxiliares na Central de Valorização
energética de Biogás (ASO);
> Aquisição de empilhador telescópico (ASO);
> Aquisição de um trator “Bulldozer” (ASO);
> Aquisição de um gerador de emergência 2 (ASO);
> Execução de estação de lavagem de máquinas (ASO);
> Reformulação da rede de drenagem de lixiviados do ASO;
> Instalação da rede de incêndios no CTRO;
> Execução da ligação da rede de abastecimento de água ao CTRO, através da rede púbica
de abastecimento;
> Aquisição de contentores fechados para transferência de RU;
> Investimentos no âmbito da eficiência energética (CTRO);
> Aquisição de retroescavadora (ASMC).
Outros> Renovação das certificações do SGI nas vertentes da Gestão da Qualidade, Ambiente
e Segurança, segundo as normas NP EN ISO 9001, NP EN ISO 14001 e OHSAS 18001 para
todos os produtos, serviços, atividades e locais da empresa;
> Manutenção da Certificação do Sistema de Controlo de Produção em Fábrica do Agregado
para a construção rodoviária, nomeadamente para camadas não ligadas de base e sub-base de
pavimentos rodoviários (agregado artificial proveniente de escórias de incineração de resíduos
urbanos), segundo a norma EN 13242:2002+A1:2010 (marcação CE);
> Reformulação da Rede de Combate a Incêndios do CTRO;
Perspetivas para 2017 97
> Requalificação do Refeitório da Sede;
> Substituição do Sistema AVAC de Chiller no edifício Administrativo da Sede;
> Acompanhar a implementação dos Planos de Racionalização dos Consumos de energia
(PREn) / Acordos de Racionalização dos Consumos de Energia (ARCE) nas diferentes instalações
e de outras medidas de eficiência energética;
> Campanha de sensibilização para a prevenção do consumo de substâncias psicotrópicas;
> Implementação das recomendações para a melhoria do SGI indicadas na Revisão pela
Gestão 2016;
> Apoio técnico para a instalação de pórtico destinado à deteção de materiais radioativos
na CTRSU.
Perspetivas para 2017 98
Consideraçõesfinais09
Considerações finais
Consideraçõesfinais
Ao concluir este relatório, o Conselho de Administração não pode deixar de exprimir uma
mensagem de agradecimento às entidades e pessoas que mais o apoiaram na prossecução
dos objetivos estabelecidos, nomeadamente ao Ministério do Ambiente e aos restantes
órgãos sociais e eleitos da empresa.
De forma muito especial, queremos:
> Agradecer aos acionistas a confiança e o apoio, designadamente aos municípios que
simultaneamente são, como clientes, a principal força motivadora do nosso trabalho;
> Expressar uma palavra de reconhecimento aos nossos colaboradores, que, com
disponibilidade, interesse, competência e lealdade exerceram com entusiasmo as suas funções
neste projeto, que é, ao mesmo tempo, um grande desafio profissional para todos eles.
Agradecimentos
100
Proposta de aplicação de resultados10
Proposta de aplicação de resultados
Proposta de aplicação de resultados
O Conselho de Administração propõe que o Resultado Líquido do Exercício de 2016, no valor
de 3.516.005,76 €, tenha a seguinte aplicação:
> Reserva Legal: 175.800,29 €;
> Dividendos: 2.637.004,32 €;
> Reservas livres: 703.201,15 €;
Dividendo por ação: 0,52 €
102
Anexo: Números
- resíduos e produtos11
Anexo: Números - resíduos e produtos
Recolha seletiva multi-material
CTE / Ecoc ETVO* CTRSU ASMC** ASO / ET CTO / Ecoc*** Total
2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014
58.816 57.189 56.199 984 1.119 435 0 0 0 7 4 4 0 0 0 14.082 13.343 13.526 73.888 71.655 70.164
* resíduos verdes | ** receção de pilhas no Armazém | *** e Ecoparque
Recolha seletiva de matéria orgânica
CTE / Ecoc ETVO CTRSU ASMC ASO / ET CTO / Ecoc Total
2015 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014
- - - 39.610 35.971 31.482 0 0 127 1.262 3.544 6.442 - - - - - - 40.872 39.515 38.052
Recolha indiferenciada
CTE / Ecoc ETVO CTRSU* ASMC ASO / ET** CTO / Ecoc Total
2015 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014
- - - - - - 623.743 593.972 590.291 30.112 42.923 30.330 166.778 164.306 165.077 - - - 820.633 801.201 785.698
* não houve transferência de resíduos da CTRSU para o ASO/ET | ** da receção total no ASO/ET foram transferidas 26.607 t para a CTRSU (acresce à receção direta nesta unidade e deduz no ASO/ET) e 25.962 t para a CVO Valorlis
Total de receção direta
CTE / Ecoc ETVO CTRSU ASMC ASO / ET CTO / Ecoc* Total
2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014
58.816 57.189 56.199 40.594 37.089 31.916 623.743 593.972 590.419 31.382 46.472 36.776 166.778 164.306 165.077 14.082 13.343 13.526 935.394 912.371 893.914
* e Ecoparque
Total processado nas instalações
CTE / Ecoc ETVO CTRSU ASMC ASO** / ET CTO / Ecoc*
2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014
56.596 55.516 54.223 40.571 37.070 31.916 664.456 619.671 562.366 45.030 60.334 54.526 113.720 124.556 179.646 16.312 15.035 15.515
* e Ecoparque | ** não incluí escórias utilizadas para a cobertura de resíduos nos aterros.
Valores em toneladas (t)
Receção direta de resíduos
104
Transformação em produtos ou materiais úteis
Energia (MWh) CTE ETVO CTRSU ASMC ASO CTO TOTAL
2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014
Energia produzida - - - 10.892 10.185 8.776 379.442 345.929 288.356 10.418 11.597 10.950 17.201 11.572 8.125 - - - 417.953 379.282 316.207
Energia exportada - - - 10.892 10.185 8.763 332.282 301.360 247.644 10.418 11.597 10.950 17.201 11.572 8.125 - - - 370.793 334.713 275.482
Escórias (t) CTE ETVO CTRSU / ITVE ASMC ASO CTO TOTAL
2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014
Escórias Inertes - - - - - - 98.557 93.599 93.264 - - - - - - - - - 98.557 93.599 93.264
Escórias Metais ferrosos - - - - - - 5.056 3.859 3.855 - - - - - - - - - 5.056 3.859 3.855
Escórias Metais não ferrosos - - - - - - 430 352 399 - - - - - - - - - 430 352 399
Agregado - - - - - - 2.072 1.254 - - - - - - - - - - 2.072 1.254 -
Composto (t) CTE ETVO CTRSU ASMC ASO CTO TOTAL
2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2013 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014
Composto - - - 367 671 232 - - - - - - - - - - - - 367 671 232
Materiais retomados pela Sociedade Ponto Verde (t) (1)
CTE ETVO CTRSU ASMC ASO CTO TOTAL
2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014
Vidro 18.779 18.497 17.692 - - - - - - - - - - - - 5.250 4.942 5.029 24.029 23.439 22.721
Papel e cartão (2) 26.018 25.833 25.090 - - - - - - - - - - - - 5.334 4.994 5.118 31.351 30.827 30.208
Embalagens (3) 8.656 8.469 7.356 - - - - - - - - - - - - 3.804 3.210 2.939 12.459 11.679 10.295
Energia: valores obtidos por faturação e leitura de contadores; Composto; escórias e outros materiais recicláveis: valores obtidos por pesagem
(1) procede-se ao envio para reciclagem de outros produtos ex. metal não embalagem, pilhas e madeira (cerca de 970t).
(2) a retoma de embalagens de cartão para alimentos líquidos está considerada no "papel e cartão". Está aqui incluido o "papel e cartão" não embalagem.
(3) plásticos e metais incluindo não embalagem, remunerados pela SPV.
CTE – Centro de Triagem e Ecocentro; ETVO – Estação de Tratamento e Valorização Orgânica; CTRSU – Central de Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos; ASMC – Aterro Sanitário de Mato da Cruz; ASO - Aterro Sanitário do Oeste (ASO);
CTO - Centro de Triagem do Oeste.
Anexo: Números - resíduos e produtos 105
Contas e valores do exercício de 201612
Contas e valores do exercício de 2016
Contas e valores do exercício de 2016
Ativo Notas 2016 2015
Ativo não corrente
Ativos intangíveis 6 99.848.494 170.531.765
Outros investimentos financeiros 1.230 174
Ativos por impostos diferidos 10 13.784.602 17.067.067
Total do ativo não corrente 113.634.326 187.599.006
Ativo corrente
Clientes 7 9.516.738 11.217.588
Adiantamento a fornecedores - 270.798
Estado e outros entes públicos 11 2.136.389 10.004
Outros créditos a receber 8 67.353 437.239
Diferimentos 9 654.798 528.770
Caixa e depósitos bancários 4 13.532.371 7.441.655
Total do ativo corrente 25.907.648 19.906.054
Total do ativo 139.541.974 207.505.060
Balanços em 31 de dezembro de 2016 e 2015(Montantes expressos em Euros)
107
Contas e valores do exercício de 2016
Capital próprio e passivo
Capital próprio
Capital subscrito 12 25.200.000 25.200.000
Reserva legal 12 4.549.862 4.288.225
Outras reservas 12 - 16.634.631
Resultados transitados 12 5.028.726 7.350.814
Outras variações no capital próprio 12 22.300.409 17.500.011
Resultado líquido do exercício 12 3.516.006 5.232.728
Total do capital próprio 60.595.002 76.206.409
Passivo
Passivo não corrente
Provisões 13 1.056.054 1.150.865
Financiamentos obtidos 15 8.906.347 11.351.933
Passivos por impostos diferidos 10 15.312.986 14.137.730
Subsídios ao investimento 14 - 25.930.187
Outras dívidas a pagar 18 13.303.502 55.096.234
Total do passivo não corrente 38.578.889 107.666.949
Passivo corrente
Fornecedores 17 5.703.064 6.399.820
Estado e outros entes publicos 11 1.371.824 3.409.242
Acionistas 19 18.637.673 2.823.274
Financiamentos obtidos 15 2.435.799 6.832.407
Outras dívidas a pagar 18 7.032.383 4.166.959
Diferimentos 9 5.187.341 -
Total do passivo corrente 40.368.083 23.631.702
Total do passivo 78.946.972 131.298.651
Total do capital próprio e do passivo 139.541.974 207.505.060
O anexo faz parte integrante do balanço em 31 de dezembro de 2016.
108
Demonstrações dos resultados por naturezas dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015(Montantes expressos em Euros)
Rendimentos e gastos Notas 2016 2015
Vendas e serviços prestados 20 58.947.009 54.624.960
Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas
21 (7.404.287) (7.139.899)
Fornecimentos e serviços externos 22 (19.783.614) (18.194.846)
Gastos com o pessoal 23 (13.198.756) (12.927.655)
Imparidade de dívidas a receber 7 (170.705) -
Provisões 13 94.811 (1.150.865)
Outros rendimentos 24 1.960.680 585.927
Outros gastos 25 (1.184.628) (1.350.434)
Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos
19.260.510 14.447.188
Gastos de amortização 26 (17.171.630) (8.940.922)
Subsídio ao investimento 12 e 14 5.080.423 2.584.685
Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos)
7.169.304 8.090.951
Juros e rendimentos similares obtidos 27 17.106 107.966
Juros e gastos similares suportados 27 (736.079) (902.311)
Resultado antes de impostos 6.450.331 7.296.606
Impostos sobre o rendimento do exercício 10 (2.934.325) (2.063.877)
Resultado líquido do exercício 3.516.006 5.232.728
Resultado por ação 0,70 1,04
O anexo faz parte integrante das demonstrações dos resultados por naturezas do exercício findo em 31 de dezembro de 2016.
Contas e valores do exercício de 2016 109
Contas e valores do exercício de 2016 110
Demonstrações das alterações no capital próprio dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015(Montantes expressos em Euros)
Descrição Notas Capital
realizadoReserva
legalOutras
reservasResultados transitados
Outrasvariações no capital
próprio
Resultadolíquido
do período
Total do capital próprio
Saldo em 1 de janeiro de 2015 12 25.200.000 4.276.198 17.866.308 7.880.276 18.410.496 240.531 73.873.809
Aplicação do resultado líquido do exercício findo em 31 de dezembro de 2014 12 - 12.027 - 228.504 - (240.531) -
Distribuição de dividendos 12 - - - (1.989.643) - - (1.989.643)
Resultado líquido do exercício findo em 31 de dezembro de 2015 - - - - - 5.232.728 5.232.728
Reclassificação de resultados transitados para reservas - - (1.231.677) 1.231.677 - - -
Subsídios ao investimento reconhecidos no exercício 12 - - - - (1.205.940) - (1.205.940)
Impostos diferidos relativos a subsídios ao investimento 10 - - - - 295.455 - 295.455
Saldo em 31 de dezembro de 2015 25.200.000 4.288.225 16.634.631 7.350.814 17.500.011 5.232.728 76.206.409
Aplicação do resultado líquido do exercício findo em 31 de dezembro de 2015 12 - 261.636 - 4.971.092 - (5.232.728) -
Distribuição de dividendos 12 - - - (4.186.183) - - (4.186.183)
Distribuição de reservas e resultados transitados 12 - - (16.634.631) (3.106.997) - - (19.741.628)
Resultado líquido do exercício findo em 31 de dezembro de 2016 - - - - - 3.516.006 3.516.006
Reclassificação de subsídios anteriormente classificados como reembolsáveis 12 - - - - 11.438.566 - 11.438.566
Subsídios ao investimento reconhecidos no exercício 12 - - - - (5.080.423) - (5.080.423)
Impostos diferidos relativos a subsídios ao investimento 10 - - - - (1.557.745) - (1.557.745)
Saldo em 31 de dezembro de 2016 25.200.000 4.549.862 - 5.028.726 22.300.409 3.516.006 60.595.002
O anexo faz parte integrante da demonstrações das alterações no capital próprio do exercício findo em 31 de dezembro de 2016.
110
Demonstrações dos fluxos de caixa dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015(Montantes expressos em Euros)
Notas 2016 2015
Fluxos de caixa das atividades operacionais
Recebimentos de clientes 77.935.710 74.891.894
Pagamentos a fornecedores (28.725.526) (29.614.852)
Pagamentos ao pessoal (11.076.722) (10.831.107)
Fluxos de caixa gerado pelas operações 38.133.462 34.535.935
Pagamento do imposto sobre o rendimento (4.133.388) (2.701.162)
Outros pagamentos (10.102.039) (8.270.563)
Fluxos de caixa das atividades operacionais (1) 23.898.036 23.564.210
Fluxos de caixa das atividades de investimento
Pagamentos respeitantes a:
Ativos intangíveis (3.456.192) (3.498.133)
Outros ativos - (839.623)
(3.456.192) (4.337.756)
Recebimentos provenientes de:
Juros e rendimentos similares 92.358 86.995
Fluxos de caixa das atividades de investimento (2) (3.363.834) (4.250.761)
Fluxos de caixa das atividades de financiamento
Recebimentos provenientes de:
Financiamentos obtidos - 9.000.000
Pagamentos respeitantes a:
Financiamentos obtidos (6.837.644) (14.856.281)
Acionistas - (8.500.000)
Juros e gastos similares (593.342) (896.533)
Dividendos, distribuição de reservas livres e resultados transitados
12 (7.012.501) (1.989.643)
(14.443.487) (26.242.457)
Fluxos de caixa das atividades de financiamento (3) (14.443.487) (17.242.457)
Variação de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3) 6.090.715 2.070.992
Reclassificação do fundo de reconstituição de capital - 5.040.000
Restituição/(Constituição) de depósitos bancários cativos 4 2.044.723 (2.044.723)
Caixa e seus equivalentes no início do exercício 4 5.396.932 330.663
Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 4 13.532.371 5.396.932
O anexo faz parte integrante das demonstrações dos fluxos de caixa do exercício findo em 31 de dezembro de 2016.
Contas e valores do exercício de 2016 111
Nota introdutóriaA Valorsul – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos das Regiões de Lisboa e do
Oeste, S.A. (“Valorsul”, “Concessionária” ou “Empresa”) é uma sociedade anónima, constituída
pelo Decreto-Lei n.º 68/2010, em 15 de Junho, com sede social em São João da Talha, a sua
estrutura acionista é composta pela Empresa Geral do Fomento, S.A. (“EGF”), pela Associação
de Municípios Amo Mais e pelos Municípios de Lisboa, Loures, Amadora, Vila Franca de Xira e
Odivelas. A Empresa tem como objetivo social exclusivo, em regime de concessão de serviço
público, a exploração e a gestão do sistema multimunicipal de triagem, recolha seletiva de
resíduos urbanos, valorização e tratamento de resíduos sólidos urbanos das regiões de Lisboa
e do Oeste integrando como utilizadores originários os municípios de Alcobaça, Alenquer,
Amadora, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lisboa, Loures,
Lourinhã, Nazaré, Óbidos, Odivelas, Peniche, Rio Maior, Sobral de Monte Agraço, Torres Vedras
e Vila Franca de Xira.
Nos termos do Decreto-Lei n.º 45/2014, de 20 de março, o Governo privatizou a EGF, que
anteriormente permanecia como uma sub-holding da Empresa Águas de Portugal para o setor
dos resíduos. A alienação do capital social da EGF à Suma Tratamento, S.A. (“Suma Tratamento”,
empresa detida maioritariamente pelo Grupo Mota-Engil), teve como consequência a
alteração do enquadramento jurídico das entidades gestoras dos sistemas multimunicipais de
tratamento de resíduos, nas quais se inclui a Valorsul, na qual a EGF é acionista maioritária.
Neste quadro, o Governo reviu o regime jurídico aplicável à atuação das entidades gestoras de
sistemas multimunicipais de tratamento e de recolha seletiva de resíduos urbanos.
Desta forma, através do Decreto-Lei 96/2014, de 25 de junho, foram aprovadas as bases da
concessão da exploração e gestão, em regime de serviço público, dos sistemas multimunicipais de
tratamento e de recolha seletiva de resíduos urbanos, atribuída a entidades de capitais exclusiva
ou maioritariamente privados. Foi também aprovado através deste decreto o regime regulatório
transitório a vigorar em 2015, bem como um novo Regime Remuneratório a vigorar a partir de 1
de janeiro de 2016. Adicionalmente, decorrente destas alterações, o contrato de concessão foi
objeto de reconfiguração, com vista à adaptação do seu conteúdo às novas bases da concessão,
tendo o período da respetiva concessão sido alargado até 2034. Assim são de destacar:
Notas às demonstrações financeiras
Contas e valores do exercício de 2016
01
112
> Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2015, vigorou um regime regulatório e
remuneratório transitório, pelo que o rendimento reconhecido na demonstração dos resultados
relativo à atividade concessionada, decorreu da aplicação da tarifa aprovada pela Entidade
Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (“ERSAR” ou “Regulador”), sendo que, de modo
a privilegiar a estabilidade tarifária, o Regulador aprovou uma tarifa média, entre a apurada
pelas regras existentes no regime anterior, até à data da produção de efeitos do Decreto-Lei
96/2014, e a que resultaria das tarifas em vigor em 2014, atualizada de acordo com o índice
de preços, após a data de produção de efeitos do Decreto-Lei 96/2014.
> Decorrente das alterações regulatórias anteriormente referidas, a partir de 1 de
janeiro de 2016, passou a vigorar um novo regulamento tarifário, o qual alterou a forma de
remuneração da concessão e consequentemente a forma como os ativos geram benefícios.
> A partir daquela data, a Valorsul passou a registar o rendimento associado à atividade
concessionada tendo em consideração o novo modelo remuneratório, o qual estabelece novas
regras para a definição dos proveitos permitidos, assentando numa lógica de “Revenue Cap”,
permitindo à concessionária recuperar os custos de exploração e obter uma determinada
remuneração sobre os ativos que integram a Base de Ativos Regulados (“BAR”). Em virtude de a
ERSAR apenas ter deliberado em dezembro de 2016 o valor relativo aos proveitos permitidos e
respetiva tarifa a aplicar em 2016, a Valorsul faturou os serviços prestados tendo em consideração
a tarifa de 2015, tendo diferido o diferencial, o qual será regularizado em 2017 (Nota 9).
> Decorrente das alterações supra referidas, a partir de 1 de janeiro de 2016, os ativos
intangíveis afetos à BAR foram redefinidos, sendo que os identificados como pertencentes à
BAR, entenda-se por infraestrutura das concessões, passaram a ser amortizados pela sua vida
útil estimada, e aprovada pelo Regulador, em detrimento do período do contrato de concessão,
sendo que, no fim da concessão, os existentes, irão reverter para o concedente pelo seu valor
líquido contabilístico;
> Conforme vinculado no atual modelo regulatório, durante o exercício findo em 31 de
dezembro de 2016 e tendo como referência as demonstrações financeiras de 31 de dezembro
de 2015, a Valorsul aferiu quanto à existência de um “saldo regulatório”, conforme definido
no nº 11 do Decreto de Lei 96/2014, novas bases das concessões, sendo este determinado
tendo por referência os montantes dos acréscimos de gastos referente a amortizações
acumuladas de investimento contratual por realizar (considerados no contexto do anterior
quadro regulatório), deduzido do montante de imposto diferido que lhe está associado e
do valor contabilístico líquido de amortização e subsídios do conjunto de bens e ativos que
não integram a base de ativos regulados relevante para efeito de apuramento dos proveitos
permitidos. Decorrente da aplicação do referido anteriormente, não foi determinada a
Contas e valores do exercício de 2016 113
existência daquela responsabilidade, tendo sido aferida a existência de um ativo regulatório, o
qual será amortizado pelo período da concessão.
> Em 18 de agosto de 2016, a ERSAR emitiu o Regulamento n.º 817/2016 que aprovou
o Documento Complementar ao Novo Regulamento Tarifário (“Documento Complementar”)
e republicou o artigo 95º-A do Regulamento Tarifário, que vieram clarificar e esclarecer
determinados conceitos. Contudo, à data da preparação destas demonstrações financeiras
encontra-se em aprovação pelo regulador, um projeto de alterações do “Documento
Complementar ao Regulamento Tarifário”, o qual poderá contribuir para a definição de
determinados ajustamentos a efetuar aos proveitos permitidos e às tarifas já aprovadas pelo
regulador, podendo os mesmos materializarem-se na determinação de um desvio de tarifário.
Tendo por base a informação disponível a esta data, o Conselho de Administração da Valorsul
entendeu que não existiam informações suficientes para a determinação de uma estimativa
fiável quanto ao eventual diferencial tarifário a apurar, pelo que não foi efetuado qualquer
ajustamento ao rédito reconhecido decorrente da aplicação das tarifas aprovadas pelo regulador.
Contudo o Conselho de Administração não estima que aquele desvio seja significativo.
Estas alterações determinaram a alteração de um conjunto de critérios de mensuração de
determinados ativos e passivos, com o consequente impacto nos resultados reconhecidos
no exercício findo em 31 de dezembro de 2016. Consequentemente, as demonstrações
financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2016, não são diretamente comparáveis
com as apresentadas em 31 de dezembro de 2015 (Nota 5).
As demonstrações financeiras anexas são apresentadas em Euros, dado que esta é a moeda
utilizada preferencialmente no ambiente económico em que a Valorsul opera.
É entendimento do Conselho de Administração que estas demonstrações financeiras refletem
de forma verdadeira e apropriada as operações da Valorsul, bem como a sua posição e
desempenhos financeiros e fluxos de caixa.
Referencial contabilístico de preparação das demonstrações financeiras
02.1 Referencial contabilístico
As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no quadro das disposições em vigor
em Portugal, em conformidade com o Decreto-Lei nº 98/2015 de 2 de junho, que alterou o
Decreto-Lei nº 158/2009 de 13 de julho, e de acordo com a estrutura concetual, as Normas
Contabilísticas e de Relato Financeiro (“NCRF”) e as Normas Interpretativas (“NI”) consignadas,
Contas e valores do exercício de 2016
02
114
respetivamente, nos avisos 8254/2015, 8256/2015 e 8258/2015, de 29 de julho de 2015,
as quais no seu conjunto constituem o Sistema de Normalização Contabilística (“SNC”).
Acresce referir que o modelo das demonstrações financeiras e o quadro de contas também
foram alterados, respetivamente, pela Portaria nº 220/2015 de 24 de julho de 2015 e
Declaração de Retificação nº 41-B/2015 de 21 de setembro de 2015 e pela da Portaria
nº 218/2015 de 23 de julho de 2015 e Declaração de Retificação nº 41-A/2015 de 21 de
setembro de 2015.
De ora em diante, o conjunto daquelas normas e interpretações serão designadas
genericamente por “NCRF” ou “SNC”.
Estas alterações entraram em vigor em 1 de janeiro de 2016, sendo de aplicação obrigatória
para exercícios iniciados em ou após aquela data. As alterações decorrentes da republicação do
SNC não acarretaram alterações significativas nas políticas contabilísticas da Empresa, face às
apresentadas no exercício findo em 31 de dezembro de 2015, tendo incidido, essencialmente,
na alteração da terminologia de determinadas rubricas das demonstrações financeiras.
O SNC estabelece que, sempre que as NCRF não deem resposta às necessidades dos
utilizadores em termos de tratamento contabilístico de determinadas situações, estes deverão
supletivamente recorrer, em primeiro lugar, às Normas Internacionais de Relato Financeiro, tal
como adotadas pela União Europeia (“IFRS”), de seguida, às outras IFRS ainda não adotadas
pela União Europeia.
Neste contexto, é entendido como aplicável ao caso das concessões de serviço público
em geral, e ao caso da Valorsul em particular, a interpretação efetuada pelo International
Accounting Standards Board (“IASB”) relativamente a esta temática e vertida na IFRIC 12 -
Acordos de Concessão de Serviços (“IFRIC 12”).
Principais políticas contabilísticasAs principais políticas contabilísticas adotadas na preparação das demonstrações financeiras
anexas são as seguintes:
03.1 Bases de apresentação
As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das
operações, a partir dos livros e registos contabilísticos da Valorsul, mantidos de acordo com as
NCRF em vigor à data da elaboração das demonstrações financeiras.
Contas e valores do exercício de 2016
03
115
O Conselho de Administração procedeu à avaliação da capacidade da Valorsul operar em continuidade,
tendo por base toda a informação relevante, factos e circunstâncias, de natureza financeira, comercial
ou outra, incluindo acontecimentos subsequentes à data de referência das demonstrações financeiras,
disponível sobre o futuro. Em resultado da avaliação efetuada, o Conselho de Administração concluiu
que a Valorsul dispõe de recursos adequados para manter as atividades, não havendo intenção
de cessar as atividades no curto prazo, pelo que considerou adequado o uso do pressuposto da
continuidade das operações na preparação das demonstrações financeiras.
03.2 Ativos intangíveis
Ativos da concessão – IFRIC 12 – Acordos de concessão de serviços
Os ativos adquiridos/construídos pela Valorsul, ao abrigo do contrato de concessão, são ativos
afetos à concessão, correspondendo à respetiva infraestrutura concessionada.
A IFRIC 12 aplica-se a contratos de concessão de serviço público nos quais o concedente
controla (regula):
> os serviços a serem prestados pela Concessionária (mediante a utilização da
infraestrutura), a quem e a que preço; e
> quaisquer interesses residuais sobre a infraestrutura no final do contrato.
A IFRIC 12 aplica-se a infraestruturas:
> construídas ou adquiridas pelo operador a terceiros;
> já existentes e às quais é dado acesso ao operador.
Desta forma, e atendendo ao acima descrito, a concessão da Valorsul encontra-se abrangida
no âmbito desta IFRIC pelas seguintes razões:
> a Valorsul possui um contrato de concessão de serviço público celebrado com o Estado
Português (“Concedente”) e por um período pré-definido;
> A Valorsul efetua a prestação de serviços públicos mediante a utilização de
infraestruturas, conforme definido em detalhe nas Notas 6 e 31;
> o concedente controla os serviços prestados e as condições em que são prestados,
através do regulador ERSAR;
> os diversos ativos utilizados para a prestação dos serviços revertem para o concedente
no final do contrato de concessão.
Esta interpretação estabelece os princípios genéricos de reconhecimento e mensuração de
direitos e obrigações ao abrigo de contratos de concessão com as características mencionadas
anteriormente.
Deste modo e atendendo aos termos do contrato de concessão, nomeadamente no que se
Contas e valores do exercício de 2016 116
refere ao modelo remuneratório, foi entendido que as operações da Valorsul são enquadráveis
no modelo do ativo intangível (quando a Empresa recebe do concedente o direito de cobrar
uma tarifa em função da utilização da infraestrutura), em virtude, essencialmente, da Valorsul
assumir o risco de existirem alterações no modelo remuneratório (tarifário), dado que é imposto
pelo regulador, a ERSAR, assumindo simultaneamente os riscos operacionais, os riscos de
investimento e de financiamento da concessão.
Atendendo ao enquadramento acima descrito, os ativos afetos à concessão (ativos intangíveis)
encontram-se valorizados ao custo de aquisição ou de produção, deduzidos de amortizações e
perdas por imparidade acumuladas. As amortizações são reconhecidas numa base sistemática/
linear durante a vida útil estimada dos ativos intangíveis. O efeito de alguma alteração a estas
estimativas é reconhecido prospectivamente na demonstração dos resultados.
Para fins de amortização dos ativos afetos à concessão, foi tido em consideração o método
que reflete o modelo pelo qual se espera que os benefícios económicos futuros dos ativos
sejam consumidos pela Valorsul. Até 31 de dezembro de 2015 atenta à tipologia do modelo
remuneratório em vigor, os ativos foram amortizados durante o período de concessão, sendo
que a partir de 1 de janeiro de 2016 passaram a ser amortizados pelo período correspondente
à vida útil dos ativos associados aos direitos adquiridos/construídos (“infraestrutura”), por ser
esta a base do seu rendimento anual. Deste modo, os ativos concessionados são amortizados
em conformidade com o modelo remuneratório subjacente ao regulamento tarifário, o qual
estabelece que, a partir de 1 de janeiro de 2016, os ativos deverão ser amortizados de acordo
com a vida útil da respetiva infraestrutura, e devidamente aprovada pelo Regulador.
Importa ainda referir que, o direito atribuído no âmbito do contrato de concessão consiste na
possibilidade da Valorsul cobrar tarifas em função dos custos incorridos com as infraestruturas.
Assim, tendo em consideração a metodologia de apuramento de tarifas, a base de remuneração
é apurada atendendo a cada item de ativo concessionado em específico, o que pressupõe a
necessidade de componentização do direito. Consequentemente, considera-se que o direito é
componentizável por partes distintas à medida que se vão concretizando as diversas bases de
remuneração.
Desta forma, o ativo intangível vai sendo aumentado à medida que se vão concretizando as
diversas infraestruturas afetas à concessão, sendo registado com base no seu custo de aquisição/
construção e diminuído à medida que se vão consumindo os benefícios económicos futuros.
03.3 Locações
As locações são classificadas como financeiras sempre que os seus termos transferem
substancialmente todos os riscos e recompensas associados à propriedade do bem para o
Contas e valores do exercício de 2016 117
locatário. As restantes locações são classificadas como operacionais. A classificação das
locações é feita em função da substância e não da forma do contrato.
Os ativos adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes
responsabilidades, são registados no início da locação pelo menor de entre o justo valor dos
ativos e o valor presente dos pagamentos mínimos da locação. As locações financeiras são
repartidas entre encargos financeiros e redução da responsabilidade, por forma a ser obtida
uma taxa de juro constante sobre o saldo pendente da responsabilidade.
As locações operacionais são reconhecidas como gasto numa base linear durante o período
da locação.
03.4 Subsídios ao investimento
Os subsídios do Governo apenas são reconhecidos, quando existe uma certeza razoável de que
a Valorsul irá cumprir com as condições exigidas para a sua atribuição.
Os subsídios de Governo não reembolsáveis, relacionados com a aquisição de ativos intangíveis,
são reconhecidos inicialmente no capital próprio, juntamente com os respetivos passivos por
impostos diferidos, numa base sistemática como rendimento do exercício, de forma consistente
e proporcional com as amortizações dos ativos a cuja aquisição se destinam.
Os subsídios do Governo reembolsáveis são registados no passivo e são reconhecidos numa
base sistemática como rendimento do exercício, de forma contínua e proporcional com as
amortizações dos ativos cuja aquisição se destinam.
Os subsídios à exploração, nomeadamente para formação de colaboradores, são reconhecidos
na demonstração dos resultados de acordo com os gastos incorridos.
03.5 Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes
Provisões
São reconhecidas provisões apenas quando a Valorsul tem uma obrigação presente (legal ou
implícita) resultante de um acontecimento passado, é provável que para a liquidação dessa obrigação
ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado.
O montante reconhecido das provisões consiste no valor presente da melhor estimativa na
data de relato dos recursos necessários para liquidar a obrigação. Tal estimativa é determinada
tendo em consideração os riscos e incertezas associados à obrigação.
Contas e valores do exercício de 2016 118
As provisões são revistas na data de relato e são ajustadas de modo a refletirem a melhor
estimativa a essa data.
Passivos contingentes
Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo
divulgados sempre que a possibilidade de existir uma saída de recursos englobando benefícios
económicos não seja remota, nem provável.
Ativos contingentes
Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo
divulgados quando for provável a existência de um influxo económico futuro de recursos.
03.6 Ativos e passivos financeiros
Os ativos e os passivos financeiros são reconhecidos no balanço quando a Valorsul se torna
parte das correspondentes disposições contratuais.
Os ativos financeiros e os passivos financeiros são mensurados ao custo ou ao custo
amortizado deduzido de eventuais perdas de imparidade acumuladas (no caso de ativos
financeiros), quando:
> Sejam à vista ou tenham uma maturidade definida;
> Tenham associado um retorno fixo ou determinável; e
> Não sejam ou não incorporem um instrumento financeiro derivado.
O custo amortizado corresponde ao valor pelo qual um ativo financeiro ou um passivo financeiro
é mensurado no reconhecimento inicial, menos os reembolsos de capital, mais ou menos a
amortização cumulativa, usando o método da taxa de juro efetiva, de qualquer diferença entre
esse montante na maturidade. A taxa de juro efetiva é a taxa que desconta exatamente os
pagamentos ou recebimentos futuros estimados no valor líquido contabilístico do ativo ou
passivo financeiro.
Os ativos e passivos financeiros ao custo ou ao custo amortizado incluem:
> Clientes;
> Créditos a receber;
> Outros ativos/passivos financeiros;
> Fornecedores;
> Outras dívidas a pagar;
> Financiamentos obtidos.
Contas e valores do exercício de 2016 119
Caixa e equivalentes de caixa
A rubrica de caixa e seus equivalentes inclui numerário e depósitos bancários com vencimento
inferior a três meses que possam ser imediatamente mobilizáveis ou com risco insignificante
de alteração de valor.
Imparidade de ativos financeiros
Os ativos financeiros são sujeitos a testes de imparidade em cada data de relato. Tais ativos
financeiros encontram-se em imparidade quando existe uma evidência objetiva de que, em
resultado de um ou mais acontecimentos ocorridos após o seu reconhecimento inicial, os seus
fluxos de caixa futuros estimados são afetados negativamente.
Para os ativos financeiros mensurados ao custo amortizado, a perda por imparidade a
reconhecer corresponde à diferença entre o valor líquido contabilístico do ativo e o valor
presente dos novos fluxos de caixa futuros estimados descontados à respetiva taxa de juro
efetiva original.
Para os ativos financeiros mensurados ao custo, a perda por imparidade a reconhecer
corresponde à diferença entre o valor líquido contabilístico do ativo e a melhor estimativa do
justo valor do ativo. As perdas por imparidade são registadas em resultados no período em que
são determinadas.
Subsequentemente, se o montante da perda por imparidade diminui e tal diminuição pode
ser objetivamente relacionada com um acontecimento que teve lugar após o reconhecimento
da perda, esta deve ser revertida por resultados. A reversão deve ser efetuada até ao limite
do montante que estaria reconhecido (custo amortizado) caso a perda não tivesse sido
inicialmente registada. A reversão de perdas por imparidade é refletida em resultados.
Desreconhecimento de ativos e passivos financeiros
A Valorsul desreconhece ativos financeiros apenas quando os direitos contratuais aos seus
fluxos de caixa expiram, ou quando transfere para outra entidade o controlo dos ativos
financeiros e todos os riscos e benefícios significativos associados à posse dos mesmos. São
desreconhecidos os ativos financeiros transferidos relativamente aos quais a Valorsul reteve
alguns riscos e benefícios significativos, desde que o controlo sobre os mesmos tenha sido
cedido.
A Valorsul desreconhece passivos financeiros apenas quando a correspondente obrigação
seja liquidada, cancelada ou expire.
Contas e valores do exercício de 2016 120
03.7 Rédito
O rédito é mensurado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a receber. O rédito
reconhecido está deduzido do montante de descontos e outros abatimentos. O rédito é
reconhecido líquido de impostos.
O rédito proveniente da venda de energia e produtos valorizáveis é reconhecido quando todas
as seguintes condições são satisfeitas:
> Todos os riscos e vantagens associados à propriedade dos bens foram transferidos para
o comprador;
> A Valorsul não mantém qualquer controlo sobre os bens vendidos;
> O montante do rédito pode ser mensurado com fiabilidade;
> É provável que benefícios económicos futuros associados à transação fluam para a
Empresa;
> Os gastos incorridos ou a incorrer com a transação podem ser mensurados com
fiabilidade.
A tarifa encontra-se suportada num contrato estabelecido com o cliente, em que o preço da
venda se encontra definido.
O rédito proveniente da prestação de serviços de tratamento e valorização de resíduos urbanos
é reconhecido com base nas quantidades de resíduos tratados, desde que todas as seguintes
condições sejam satisfeitas:
> O montante do rédito pode ser mensurado com fiabilidade;
> É provável que benefícios económicos futuros associados à transação fluam para a
Empresa;
> Os gastos incorridos ou a incorrer com a transação podem ser mensurados com
fiabilidade;
> A fase de acabamento do serviço pode ser mensurada com fiabilidade.
A tarifa encontra-se suportada pela aprovação anual do concedente e do regulador, ou
quando tal não seja possível, determinada de acordo com a legislação regulatória em vigor.
Quando aplicável, os efeitos dos desvios de tarifário (diferença entre os proveitos permitidos
aprovados previamento pelo regulador e os proveitos reais) são especializados em resultados
do exercício a que dizem respeito.
Os juros de mora debitados aos clientes são reconhecidos como rédito quando são acordados
e aceites pelos seus clientes.
Contas e valores do exercício de 2016 121
03.8 Imparidade de ativos intangíveis
Sempre que exista algum indicador que os ativos intangíveis possam estar em imparidade, é
efetuada uma estimativa do seu valor recuperável a fim de determinar a extensão da perda por
imparidade (se for o caso).
Quando não é possível determinar o valor recuperável de um ativo individual, é estimado o
valor recuperável da unidade geradora de caixa a que esse ativo pertence. Para os ativos
afetos ao contrato de concessão, considera-se que os ativos pertencem à mesma única
unidade geradora de caixa.
O valor recuperável do ativo ou da unidade geradora de caixa consiste no maior de entre: (i) o
justo valor deduzido de custos para vender; e (ii) o valor de uso. Na determinação do valor de
uso, os fluxos de caixa futuros estimados são descontados usando uma taxa de desconto que
reflita as expectativas do mercado quanto ao valor temporal do dinheiro e quanto aos riscos
específicos do ativo ou da unidade geradora de caixa relativamente aos quais as estimativas
de fluxos de caixa futuros não tenham sido ajustadas.
Sempre que o valor líquido contabilístico do ativo ou da unidade geradora de caixa for superior
ao seu valor recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade. A perda por imparidade é
registada de imediato na demonstração dos resultados.
A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando
existem evidências de que as perdas por imparidade reconhecidas anteriormente já não
existem ou diminuíram. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração
dos resultados. A reversão da perda por imparidade é efetuada até ao limite do montante que
estaria reconhecido (líquido de amortizações) caso a perda não tivesse sido registada.
03.9 Imposto sobre o rendimento
Os impostos sobre o rendimento correspondem à soma dos impostos correntes com os impostos
diferidos. Os impostos correntes e os impostos diferidos são registados em resultados, salvo
quando os impostos diferidos se relacionam com itens registados diretamente no capital
próprio. Nestes casos, os impostos diferidos são igualmente registados no capital próprio.
Os impostos correntes sobre o rendimento são calculados com base no lucro tributável do
exercício. O lucro tributável difere do resultado contabilístico, uma vez que exclui diversos
gastos e rendimentos que apenas serão dedutíveis ou tributáveis em exercícios subsequentes,
bem como gastos e rendimentos que nunca serão dedutíveis ou tributáveis de acordo com as
regras fiscais em vigor.
Contas e valores do exercício de 2016 122
Os impostos diferidos referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos ativos
e passivos para efeitos de relato contabilístico e os respetivos montantes para efeitos de
tributação, bem como os resultados de benefícios fiscais obtidos e de diferenças temporárias
entre o resultado fiscal e contabilístico.
São geralmente reconhecidos passivos por impostos diferidos para todas as diferenças
temporárias tributáveis.
São reconhecidos ativos por impostos diferidos para as diferenças temporárias dedutíveis,
porém tal reconhecimento unicamente se verifica quando existem expectativas razoáveis de
lucros fiscais futuros suficientes para utilizar esses ativos por impostos diferidos. Em cada
data de relato é efetuada uma revisão desses ativos por impostos diferidos, sendo os mesmos
ajustados em função das expectativas quanto à sua utilização futura.
Os ativos e os passivos por impostos diferidos são mensurados utilizando as taxas de
tributação que se espera estarem em vigor à data da reversão das correspondentes diferenças
temporárias, com base nas taxas de tributação (e legislação fiscal) que estejam formalmente
emitidas na data de relato.
03.10 Especialização dos exercícios
Os gastos e rendimentos são reconhecidos no período a que dizem respeito, de acordo com
o princípio da especialização de exercícios, independentemente da data/momento da sua
faturação. Os gastos e rendimentos cujo valor real não seja conhecido são estimados.
Os gastos e rendimentos imputáveis ao período corrente e cujas despesas e receitas apenas
ocorrerão em períodos futuros, bem como as despesas e receitas que já ocorreram, mas que
respeitam a períodos futuros e que serão imputadas aos resultados de cada um desses
períodos, pelo valor que lhes corresponde, são registados nas rubricas de diferimentos.
03.11 Encargos financeiros com empréstimos obtidos
Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são reconhecidos como
gastos à medida que são incorridos.
Os encargos financeiros de empréstimos obtidos relacionados com a aquisição ou construção
de infraestruturas são capitalizados, sendo parte integrante do custo do ativo. A capitalização
destes encargos financeiros tem início quando começam a ser incorridos dispêndios com o
ativo e prolongam-se enquanto estiverem em curso as atividades necessárias para preparar
o ativo para o seu uso pretendido ou para a sua venda. Tal capitalização cessa quando
substancialmente todas as atividades necessárias para preparar o ativo para o seu uso
Contas e valores do exercício de 2016 123
pretendido ou para a sua venda estejam concluídas. Adicionalmente, a capitalização é suspensa
durante os períodos extensos em que o desenvolvimento das atividades atrás referidas seja
interrompido. Quaisquer rendimentos gerados por empréstimos obtidos antecipadamente
relacionados com um investimento específico são deduzidos aos encargos financeiros
elegíveis para capitalização.
03.12 Juízos de valor, pressupostos críticos e principais fontes de incerteza
associadas a estimativas
Na preparação das demonstrações financeiras anexas foram efetuados juízos de valor e
estimativas e utilizados diversos pressupostos que afetam o valor contabilístico dos ativos e
passivos, assim como os rendimentos e gastos do período.
As estimativas e os pressupostos subjacentes foram determinados com base no melhor
conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras dos eventos
e transações em curso, assim como na experiência de eventos passados e/ou correntes.
Contudo, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à
data de aprovação das demonstrações financeiras, não foram consideradas nessas estimativas.
As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras
serão corrigidas de forma prospetiva. Por este motivo e dado o grau de incerteza associado, os
resultados reais das transações em questão poderão diferir das correspondentes estimativas.
Os principais juízos de valor e estimativas efetuadas na preparação das demonstrações
financeiras anuais foram as seguintes:
> Perdas por imparidade de contas a receber;
> Vidas úteis dos ativos intangíveis;
> Registo de impostos diferidos;
> Registo de provisões.
03.13 Acontecimentos após a data do balanço
Os acontecimentos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre
condições que existiam à data do balanço são refletidos nas demonstrações financeiras. Os
acontecimentos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que
ocorram após a data do balanço são divulgados nas demonstrações financeiras, se forem
considerados materiais.
Contas e valores do exercício de 2016 124
Caixa e depósitos bancáriosEm 31 de dezembro de 2016 e 2015, os componentes da rubrica de caixa e depósitos
bancários tinham a seguinte composição:
2016 2015
Caixa 3.600 2.252
Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 628.124 354.680
Outros depósitos bancários 12.900.646 5.040.000
Caixa e equivalents 13.532.371 5.396.933
Depósitos bancários cativos - 2.044.723
Caixa e depósitos bancários 13.532.371 7.441.655
Em 31 de dezembro de 2015, a rubrica depósitos bancários cativos no montante de
2.044.723 Euros, não se encontrava disponível para uso da Valorsul, correspondendo a uma
contragarantia prestada a diversas instituições de crédito sob a forma de depósitos bancários
cativos, para garantir o total e pontual cumprimento das obrigações decorrentes do contrato
de financiamento celebrado com o Banco Europeu de Investimento (“BEI”, Nota 15). Este
apenas seria mobilizado para reembolsar capital e/ou pagar juros e outras despesas bancárias
ao abrigo deste contrato de financiamento. O montante deste depósito deverá apresentar um
saldo mínimo não inferior à soma de capital, juros e outros encargos bancários a pagar pela
Valorsul ao BEI nos 6 meses seguintes de acordo com o plano de pagamento definidos no
contrato. O financiamento obtido junto do bem foi totalmente liquidado no exercício findo em
31 de dezembro de 2016, tendo sido libertado o respetivo depósito bancário cativo.
Em 31 de dezembro de 2016, o saldo da rubrica Outros depósitos bancários ascende a
12.900.646 Euros, correspondendo a depósitos a prazo com vencimento a um mês.
Políticas contabílisticas, alterações nas estimativas e errosDurante o exercício findo em 31 de dezembro de 2016, decorrente da republicação do
SNC, entram em vigor um conjunto de alterações de políticas contabilísticas, as quais não
acarretaram alterações significativas às já seguidas pela Valorsul em 31 de dezembro de 2015,
com exceção de alterações da terminologia de determinadas rubricas das demonstrações
financeiras. Adicionalmente, ainda referente a este período, existiram um conjunto de
alterações nas estimativas da Valorsul, conforme referido abaixo.
Contas e valores do exercício de 2016
04
05
125
Conforme referido na Nota Introdutória, a partir de 1 de janeiro de 2016 entrou em vigor um
novo modelo de remuneração das concessões, conforme definido no Regulamento Tarifário
do Serviço de Gestão de Resíduos Urbanos aprovado pela Deliberação n.º 928/2014 da
ERSAR e respetivo Documento Complementar aprovado pelo Regulamento n.º 817/2016, de
18 de Agosto de 2016. Estas alterações regulatórias afetaram, essencialmente, a forma de
mensuração dos ativos afetos à concessão, na medida que alteraram a forma de consumo
dos seus benefícios económicos futuros, assim como, estabeleceram a obrigatoriedade da
determinação do “Saldo” (Ativo Regulatório ou Passivo Regulatório, conforme seja aplicável),
decorrente da transposição do anterior modelo remuneratório para o atual. Deste modo, as
demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2016, incluem um
conjunto de estimativas efetuadas na sua preparação, diferentes das consideradas até ao
início deste exercício, cujos efeitos foram registados prospectivamente, conforme segue:
Ativos não afetos à BAR
Os ativos que até 1 de janeiro de 2016 integravam a rubrica de Ativos intangíveis, mas que
decorrente da sua natureza, encontravam-se fora do âmbito da atividade concessionada ou
cujo período de vida útil se tenha esgotado, foram desreconhecidos com referência àquela data.
Paralelamente, os subsídios ao investimento associados a estes ativos tiveram o mesmo efeito
contabilístico dos respetivos ativos. Este desreconhecimento foi efetuado por contrapartida
do registo do passivo regulatório.
Ativos afetos à BAR
Em 1 de janeiro de 2016, os ativos que atendendo à sua natureza, integraram a base de
ativos regulados, passaram a ser componentizados de acordo com a tipologia definida para as
infraestruturas concessionadas, sendo amortizados pelo período correspondente à respetiva
vida útil dos ativos associados aos direitos adquiridos/construídos (“infraestrutura”), por ser
esta a base do seu rendimento anual. Assim, as vidas úteis estimadas, foram as propostas
pelas concessionárias ao ERSAR, conforme segue:
Classes Anos
Aterros sanitários Metódo de depelação
Selagem de aterros Período da concessão
Edifícios e outras construções 10 - 36
Equipamento básico 3 - 10
Equipamento de transporte 3 - 12
Equipamento administrative 3 - 10
Outros ativos fixos tangíveis 2 - 12
Contas e valores do exercício de 2016 126
Paralelamente, os subsídios ao investimento associados a estes ativos são reconhecidos em
resultados em períodos correspondentes aquelas vidas uteis.
Adiantamentos por conta de tarifas futuras
Em 1 de janeiro de 2016, os passivos associados a esta natureza que, nos termos do anterior
enquadramento regulatório, foram registados em exercícios anteriores como acréscimos de
gastos referente a amortizações acumuladas de investimento contratual por realizar foram
totalmente utilizados por conta da regularização dos ativos não afetos à BAR.
Ativo Regulatório
Em 1 de janeiro de 2016 e tendo como referência as demonstrações financeiras de 31 de
dezembro de 2015, a concessionária aferiu quanto à existência de um “saldo regulatório”,
conforme definido no nº 11 do D.Lei 96/2014, novas bases das concessões, sendo este
determinado tendo por referência os montantes dos acréscimos de gastos referente a
amortizações acumuladas de investimento contratual por realizar, deduzido do montante
de imposto diferido que lhe está associado e do valor contabilístico líquido de amortização e
subsídios do conjunto de bens e ativos que não integram a base de ativos regulados relevante
para efeito de apuramento dos proveitos permitidos. Em virtude daquele montante ser
positivo, foi registado um “Ativo Regulatório ou Direito Contratual”, o qual será amortizado ao
longo do período da concessão.
Assim, de acordo com o supra referido e com referência a 1 de janeiro de 2016, a Valorsul
apurou o Ativo Regulatório conforme se segue:
> Adiantamentos por conta de receitas futuras (Nota 18) . . . . . . . . . . . . . . . . 55.096.234 Euros
> Ativos por impostos diferidos (Nota 10) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (13.498.577) Euros
> Ativos não afetos à BAR (líquido de amortização acumulada) (Nota 6) . . . . (56.359.479) Euros
> Subsídios relativos a ativos não afetos à BAR (Nota 14) . . . . . . . . . . . . . . . . 14.491.621 Euros
> Direito Contratual (Nota 6) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 270.201 Euros
Decorrente da transposição do Passivo Regulatório para as demonstrações financeiras foi
apurado um diferencial, no montante de, aproximadamente, 13.499.000 Euros, o qual foi
tratado como sendo uma compensação regulatória por conta dos efeitos das alterações
do novo modelo regulatório e remuneratório da concessão, as quais acarretaram novas
responsabilidades e obrigações para a concessionária, materializadas na assunção de novos
riscos, quer ao nível operacional, quer ao nível do financiamento das suas atividades, para além
do respetivo impacto na sua remuneração. Deste modo, aquele diferencial foi registado na
rubrica Compensação Regulatória (Nota 18), a ser reconhecido em resultados até ao final do
período da concessão.
Contas e valores do exercício de 2016 127
Rendimentos da atividade concessionada
Na sequência da entrada em vigor do novo modelo remuneratório em 1 de janeiro de 2016, e
consequentemente do novo modelo de tarifário, o rendimento das atividades concessionadas
passa a ser determinado por uma tarifa apurada tendo em consideração o rácio entre os
proveitos permitidos e as quantidades de resíduos previstas. Importa realçar que para a
determinação dos proveitos permitidos releva o custo de capital (uma taxa de remuneração
a aplicar à BAR, acrescida das amortizações do período), acrescido dos custos de exploração
da atividade concessionada, corrigido de um conjunto de ajustamentos e de outros efeitos.
No final do exercício, decorrente do desvio de determinados parâmetros, poderá ocorrer um
desvio entre os proveitos permitidos e os proveitos reais, os quais poderão originar um desvio
tarifário, especializado no respetivo exercício e regularizado financeiramente nos exercícios
subsequentes. Conforme referido na Nota Introdutória, tendo presente que à data de
aprovação destas demonstrações financeiras encontra-se em aprovação pelo regulador, um
documento que poderá acarretar alterações na determinação do desvio dos parâmetros acima
referidos, entendeu-se que não existe informação suficiente para a determinação do desvio
tarifário com fiabilidade, razão pela qual não foi apurado e reconhecido qualquer montante a
título de desvio de tarifário.
É entendimento do Conselho de Admnistração, que as estimativas e os pressupostos que
serviram de base na preparação destas demonstrações financeiras, correspondem à melhor
estimativa existente à data e em cumprimento, no seu entendimento, da legislação regulatório
em vigor.
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129
Ativos intangíveisDurante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015, a rubrica de Ativos intangíveis apresenta o seguinte movimento:
2016 2015
Direito deUtilização de
Infra Estruturas
DireitoContratual
Investimentosem curso
Outros ativos intangíveis Total
Direito deUtilização de
Infra Estruturas
Investimentosem curso Total
Ativo bruto
Saldo inicial 353.930.775 - 654.283 - 354.585.058 350.822.462 816.108 351.638.571
Regularizações decorrentes do novo modelo regulatório (Nota 5):
Ativos não afetos à Base de Ativos Regulados (98.549.434) - - - (98.549.434) - - -
Ativo regulatório - 270.201 - - 270.201 - - -
Adições 1.028.458 - 1.315.813 350.488 2.694.759 2.541.274 631.953 3.173.227
Abates (44.249) - - - (44.249) - - -
Alienações (446.507) - - - (446.507) - - -
Transferências 1.813.808 - (1.813.808) - - 567.038 (567.038) -
Regularizações - - - - - - (226.740) (226.740)
Saldo final 257.732.850 270.201 156.289 350.488 258.509.828 353.930.775 654.283 354.585.058
Amortizações e perdas por imparidade acumuladas
Saldo inicial 184.053.293 - - - 184.053.293 172.980.743 - 172.980.743
Regularizações decorrentes do novo modelo regulatório (Nota 5) (42.189.955) - - - (42.189.955) - - -
Amortizações do exercício (Notas 5 e 26) 17.097.288 14.214 - 60.127 17.171.630 8.940.922 - 8.940.922
Abates (33.474) - - - (33.474) - - -
Alienações (340.161) - - - (340.161) - - -
Outros movimentos (Nota 18) (a) - - - - - 2.131.628 - 2.131.628
Saldo final 158.586.992 14.214 0 60.127 158.661.334 184.053.293 - 184.053.293
Valor liquido 99.145.858 255.987 156.289 290.361 99.848.494 169.877.481 654.283 170.531.765
(a) Esta rubrica é referente aos acréscimos de gastos relativos a investimento contratual por realizar (estipulado de acordo com o anterior modelo regulatório), correspondente ao efeito da amortização acumulada estimada dos bens classificados como firmes
na rubrica de ativos intangíveis, desde o início da concessão ou desde o período em que foi orçamentada a realização daquele investimento.
Contas e valores do exercício de 2016
06
129
Em 31 de dezembro de 2016 e 2015, o Direito contratual subjacente ao investimento
realizado nos ativos que integram as infraestruturas utilizadas na prestação do serviço era
conforme segue:
Valor líquido contabilístico
Classes 31 de dezembro de 2016
31 de dezembro de 2015
Incineração 58.844.226 75.214.243
Aterros Sanitários 13.862.016 18.679.440
Valorização Orgânica e Biológica 13.415.788 18.596.946
Triagem e ecocentros 6.507.337 9.836.446
Biogás de aterros 2.443.597 1.236.764
Transferências e Transportes 1.848.501 3.504.021
ETAR-ETAL 1.229.266 1.809.020
Estrutura 648.669 1.803.710
Recolha Seletiva 326.028 11.234.578
Selagens de Lixeiras 20.429 10.337.645
Atividades não reguladas - 17.624.667
99.145.858 169.877.481
Contas e valores do exercício de 2016 130
ClientesEm 31 de dezembro de 2016 e 2015, os clientes têm a seguinte composição:
2016
Montantebruto
Imparidadeacumulada
Montanteliquido
Correntes
Clientes municipais 2.589.780 (104.806) 2.484.974
Outras entidades 7.130.548 (98.785) 7.031.764
9.720.328 (203.590) 9.516.738
2015
Montantebruto
Imparidade acumulada
Montanteliquido
Correntes
Clientes municipais 3.161.432 - 3.161.432
Outras entidades 8.089.041 (32.885) 8.056.156
11.250.473 (32.885) 11.217.588
Em 31 de dezembro de 2016 e 2015, as contas a receber de clientes incluem saldos com
partes relacionadas nos montantes de 2.622.810 € e 3.189.295 €, respetivamente (Nota 19).
Contas e valores do exercício de 2016
07
131
Em 31 de dezembro de 2016 e 2015, os clientes detalham-se conforme segue:
Faturação corrente Juros de mora Divida total Faturação corrente Juros de mora Divida total
Clientes municipais
Sem acordo de pagamento
Municipio de Lisboa 535.907 90.690 626.598 532.229 125.705 657.934
Municipio de Loures 514.102 - 514.102 463.417 - 463.417
Município da Amadora 231.562 - 231.562 342.700 - 342.700
Município de Vila Franca de Xira 98.610 - 98.610 91.822 - 91.822
Município de Alcobaça 75.206 - 75.206 70.018 - 70.018
Município de Alenquer 70.824 427 71.251 103.591 3.459 107.050
Município de Arruda dos Vinhos 21.885 - 21.885 21.096 - 21.096
Município de Azambuja 46.193 - 46.193 22.675 69.791 92.466
Município do Bombarral 10.880 - 10.880 21.710 1.036 22.745
Município do Cadaval 11.476 - 11.476 12.097 - 12.097
Município de Caldas da Rainha 45.558 - 45.558 84.433 - 84.433
Município da Lourinhã 41.833 - 41.833 37.434 - 37.434
Município da Nazaré 220.461 20.717 241.179 287.035 62.564 349.599
Município de Óbidos 63.703 1.387 65.090 6.002 - 6.002
Município de Peniche 68.711 - 68.711 64.517 - 64.517
Município de Rio Maior 34.405 - 34.405 50.524 - 50.524
Município de Sobral de Monte Agraço 16.396 - 16.396 73.445 5.267 78.712
Município de Torres Vedras 215.667 813 216.480 407.140 5.037 412.177
Município de Odivelas 47.560 - 47.560 5.023 - 5.023
2.370.939 114.035 2.484.974 2.696.908 272.858 2.969.765
Com acordo de pagamento
Município de Alenquer - - - 71.719 20.832 92.551
Município do Bombarral - - - 74.984 24.132 99.116
- - - 146.703 44.963 191.667
Outras entidades
Sem acordo de pagamento
Sociedade Ponto Verde, S.A. 2.210.822 - 2.210.822 2.255.232 - 2.255.232
EDP 3.797.544 - 3.797.544 3.666.226 - 3.666.226
Tratolixo 514.169 - 514.169 1.096.658 7.642 1.104.300
Outros 509.228 - 509.228 586.962 1.836 588.798
7.031.764 - 7.031.764 7.605.079 9.478 7.614.557
Com acordo de pagamento
Tratolixo - - - 287.046 154.553 441.599
9.402.703 114.035 9.516.738 10.735.736 481.852 11.217.588
Contas e valores do exercício de 2016 132
A antiguidade de saldos de clientes a 31 de dezembro de 2016 e 2015 têm a seguinte composição:
2016
Vencido em 2014 Vencido em 2015 Vencido em 2016 Total vencido Acordo de pagamento Não Vencido Divida total
Clientes municipais 232.941 39.163 133.877 405.981 2.078.993 2.484.974
Outras entidades 17.497 - 1.233.719 1.251.215 - 5.780.548 7.031.764
250.437 39.163 1.367.596 1.657.196 - 7.859.542 9.516.738
2015
Vencido em 2013 Vencido em 2014 Vencido em 2015 Total vencido Acordo de pagamento Não Vencido Divida total
Clientes municipais 309.145 142.582 560.872 1.012.599 191.667 1.957.167 3.161.432
Outras entidades 18.340 - 963.152 981.492 441.599 6.633.065 8.056.156
327.485 142.582 1.524.024 1.994.091 633.265 8.590.232 11.217.588
O movimento nas perdas por imparidade de clientes, durante os períodos findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015 foi conforme segue:
2016 2015
Saldo inicial 32.885 32.885
Reforços 203.590 -
Reversões (32.885) -
Saldo final 203.590 32.885
O reforço de perdas por imparidade reconhecidas no exercício findo em 31 de dezembro de 2016, decorre, essencialmente, de dívidas em mora dos clientes Município de Lisboa, Município de Azambuja e Quima, Lda.
Contas e valores do exercício de 2016 133
Outros créditos a receberEm 31 de dezembro de 2016 e 2015, as contas a receber têm a seguinte composição:
2016 2015
Devedores por acréscimo de rendimentos
Juros a receber 40 75.291
Outros - 142.097
Seguros a receber - 154.006
Outros créditos a receber 67.313 65.845
67.353 437.239
DiferimentosEm 31 de dezembro de 2016 e 2015, a rubrica de diferimentos apresenta o seguinte detalhe:
2016 2015
Ativo
Seguros 570.823 472.196
Fornecimentos e serviços externos 83.975 56.574
654.798 528.770
Passivo
Diferimento de tarifas - novo regulamento tarifário (a) 5.187.341 -
(a) Este montante decorre da diferença de tarifa faturada em 2016 face ao valor da mesma
deliberada pela ERSAR.
Imposto sobre o rendimentoA Valorsul encontra-se sujeita a Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (“IRC”) à
taxa de 21% para a matéria coletável, acrescida de derrama municipal a uma taxa que varia
entre 0,5% a 1,5 % sobre o lucro tributável, resultando num intervalo da taxa de imposto
agregada de, no máximo entre 21,5% e 22,5%.
Contas e valores do exercício de 2016
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134
Adicionalmente, os lucros tributáveis do exercício de 2016 e 2015 que excedam os 1.500.000
Euros são sujeitos a derrama estadual, nos termos do artigo 87ºA do código do IRC, às
seguintes taxas:
> 3% para lucros tributáveis entre 1.500.000 Euros e 7.500.000 Euros;
> 5% para lucros tributáveis entre 7.500.000 Euros e 35.000.000 Euros; e
> 7% para lucros tributáveis superiores a 35.000.000 Euros.
No exercício de 2015, a dedução dos gastos de financiamento líquidos na determinação do
lucro tributável estava condicionada ao maior dos seguintes limites:
> 1.000.000 Euros;
> 50% do resultado antes de depreciações, gastos de financiamento líquidos e impostos.
No exercício de 2016, a dedução dos referidos gastos é condicionada em cada ano,
progressivamente até 2017, ao maior dos seguintes limites:
> 1.000.000 Euros;
> 40% (30% em 2017) do resultado antes de depreciações, gastos de financiamento
líquidos e impostos.
De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correção por
parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a Segurança
Social), exceto quando tenha havido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais,
ou estejam em curso inspeções, reclamações ou impugnações casos estes em que, dependendo
das circunstâncias, os prazos são alargados ou suspensos. Assim, as declarações fiscais da
Empresa dos anos de 2013 a 2016 ainda poderão estar sujeitas a revisão.
O Conselho de Administração entende que eventuais correções resultantes de revisões ou
inspeções fiscais àquelas declarações de impostos não terão um efeito significativo nas
demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2016 e 2015.
O prazo de dedução dos prejuízos fiscais reportáveis é de doze períodos de tributação, e
encontra-se limitada a 70% do lucro tributável.
Em 31 de dezembro de 2016, a Valorsul tinha prejuízos fiscais reportáveis até 2028, no
montante de 35.868.516 Euros, tendo sido gerados no decurso do período findo naquela
data. Estes prejuízos decorrem essencialmente da dedução fiscal do abate dos ativos não
afetos à BAR.
Nos termos do artigo 88.º do Código do IRC, a Empresa encontra-se sujeita adicionalmente a
tributação autónoma sobre um conjunto de encargos às taxas previstas no artigo mencionado.
Contas e valores do exercício de 2016 135
Em 31 de dezembro de 2016 e 2015, a rubrica de imposto sobre o rendimento tem a seguinte
composição:
2016 2015
Imposto corrente (Nota 11) 34.692 3.639.790
Imposto diferido reconhecido no período 2.899.975 (1.575.914)
Excesso de estimativa de imposto do período anterior (341) -
2.934.325 2.063.877
Acresce referir que durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2016, a Valorsul submeteu
um pedido de informação vinculativa à Autoridade Tributária (“AT”), no qual é requerido a
confirmação da dedução fiscal do desreconhecimento dos ativos não afetos à BAR, que
até à presente data, ainda não foi atribuída resposta. Em virtude da referida dedução fiscal
encontrar-se dependente de aferição da AT, a Empresa não reconheceu o respetivo ganho nos
resultados do exercício findo em 31 de dezembro de 2016.
Contas e valores do exercício de 2016 136
a) Movimentos nos ativos e passivos por impostos diferidos
O movimento ocorrido nos ativos e passivos por impostos diferidos, de acordo com as diferenças temporárias que os geraram, nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015, foi o seguinte:
2016
Saldo inicialAdoção do novo
modelo regulatórioDemonstraçãodos resultados Capital próprio Saldo final
Ativos por impostos diferidos
Provisões para riscos e encargos 281.962 - (23.229) - 258.733
Perdas por imparidade de clientes - - 7.248 - 7.248
Ativos intangíveis 3.240.323 - (996.921) - 2.243.402
Acréscimos de gastos contratuais (Nota 5) 13.498.577 (3.307.151) (10.191.426) - -
Compensação regulatória - 3.307.151 (23.896) - 3.283.255
Prejuízo fiscal reportável - - 7.948.190 - 7.948.190
Ajustamento de transição 46.205 - (2.430) - 43.775
17.067.067 - (3.282.464) - 13.784.602
Passivos por impostos diferidos
Ajustamento de transição 8.458.919 - (445.206) - 8.013.713
Subsídio ao investimento (Nota 5) 5.678.812 - - 1.557.745 7.236.556
Direito contratual - - 62.717 - 62.717
14.137.731 - (382.489) 1.557.745 15.312.986
2015
Saldo inicial Demonstração dos resultados Capital próprio Reclassificações Saldo final
Ativos por impostos diferidos
Provisões para riscos e encargos - 281.962 - - 281.962
Ativos intangíveis 2.888.619 (170.545) - 522.249 3.240.323
Acréscimos de gastos contratuais 12.999.105 1.021.721 - (522.249) 13.498.577
Ajustamento de transição 48.635 (2.430) - - 46.205
15.936.359 1.130.708 - - 17.067.067
Passivos por impostos diferidos
Ajustamento de transição 8.904.125 (445.206) - - 8.458.919
Subsídio ao investimento 5.974.267 - (295.455) - 5.678.812
14.878.392 (445.206) (295.455) - 14.137.730
Contas e valores do exercício de 2016 137
Em 31 de dezembro de 2016 e 2015, as diferenças temporárias denominadas “ajustamentos
de transição” resultam dos ajustamentos de transição apurados, em 2009, por força da
alteração do POC para os IFRS (sendo que posteriormente a Empresa passou a adotar o
SNC). Tais diferenças resultam, essencialmente, de acréscimos de gastos para investimento
contratual realizado e de amortizações referentes a investimentos realizados, bem como do
reconhecimento dos respetivos subsídios, as quais, face às disposições normativas aplicáveis,
serão relevadas, para efeitos fiscais, durante o período remanescente do contrato de concessão.
As restantes diferenças temporárias decorrem, essencialmente, do registo da especialização
de amortizações para investimento contratual futuro (conforme modelo regulatório em vigor
até 31 de dezembro de 2015) e do registo de subsídios ao investimento em capital próprio.
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2016, decorrente das alterações verificadas
no modelo regulatório, nomeadamente, nas alterações relacionadas com os Ativos intangíveis
e com a determinação do Direito Contratual (Nota 5), os ativos e passivos por impostos
diferidos foram classificados conforme as suas naturezas.
b) Reconciliação da taxa de imposto:
2016 2015
Resultado antes de impostos 6.450.331 7.296.606
Taxa nominal de imposto 21,0% 21,0%
Imposto esperado 1.354.570 1.532.287
Diferenças permanentes 1.545.405 (158.841)
Ajustamentos à colecta 34.692 17.475
Excesso de estimativa de imposto do período anterior (341) -
Derrama Municipal - 165.726
Derrama Estadual - 507.229
Imposto sobre o rendimento 2.934.325 2.063.876
Contas e valores do exercício de 2016 138
Estado e outros entes públicosEm 31 de dezembro de 2016 e 2015, as rubricas de “Estado e outros entes públicos” têm a
seguinte composição:
2016 2015
Ativo Passivo Ativo Passivo
IRC
Pagamentos por conta 2.147.090 - - (1.626.030)
Retenções na fonte 23.090 - - (27.121)
Estimativa de imposto (Nota 10)
(34.692) - - 3.639.790
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares
Retenções de impostos sobre o rendimento
- 187.718 - 202.658
Imposto sobre o Valor Acrescentado
901 916.342 10.004 949.914
Contribuições para a Segurança Social
- 267.764 - 270.031
2.136.389 1.371.824 10.004 3.409.242
Contas e valores do exercício de 2016
11
139
Capital, reservas e outros instrumentos de capital
Capital subscrito
Em 31 de dezembro de 2016 e 2015, o capital da Valorsul encontrava-se totalmente subscrito e realizado e estava representado por 5.040.000 ações com o valor nominal de 25.200.000 Euros.
Em 31 de dezembro de 2016 e 2015, o capital da Valorsul era detido como segue:
31 de dezembro de 2016 31 de dezembro de 2015
AcionistaNúmero
de acções MontantePercentagem
de participaçãoNúmero
de acções MontantePercentagem
de participação
EGF 2.667.885 13.339.425 52,93% 2.775.885 13.879.425 55,08%
Município de Lisboa 1.008.000 5.040.000 20,00% 900.000 4.500.000 17,85%
Município de Loures 580.263 2.901.315 11,51% 580.263 2.901.315 11,51%
Associação de Fins Específicos - Amo Mais
264.600 1.323.000 5,25% 264.600 1.323.000 5,25%
Município da Amadora 259.958 1.299.790 5,16% 259.958 1.299.790 5,16%
Município de Vila Franca de Xira 232.105 1.160.525 4,61% 232.105 1.160.525 4,61%
Município de Odivelas 27.189 135.945 0,54% 27.189 135.945 0,54%
5.040.000 25.200.000 100,00% 5.040.000 25.200.000 100,00%
Reserva legal
De acordo com a legislação comercial em vigor, pelo menos 5% do resultado líquido anual se positivo, tem de ser destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente 20% do capital. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da
Valorsul, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital.
Outras reservas
Estas reservas constituem-se como reservas livres, disponíveis para distribuição. Os movimentos ocorridos nesta rubrica são decorrentes da aplicação do Acordo Parassocial.
Em 19 de setembro de 2016, foi aprovado pelo Ministério do Ambiente, um acordo parassocial entre os acionistas da Valorsul a vigorar até 31 de março de 2018, o qual para além de estabelecer o acordo para um conjunto de políticas e estratégias,
essencialmente, de cariz ambiental e da gestão daquela concessionária, aprova o pagamento aos acionistas de resultados gerados em exercícios anteriores, no montante de, aproximadamente, 19.742.000 Euros, assim como a obrigação da Valorsul a efetuar
um conjunto de investimentos de cariz ambiental em determinamos municípios, no montante de, aproximadamente 1.112.000 Euros.
Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015, a Empresa procedeu ao pagamento aos seus acionistas do montante de 7.012.501 Euros e 1.989.643 Euros, respetivamente, relativos a dividendos, reservas e resultados transitados
deliberadas para distribuição. O montante pago durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2016 no montante de 7.012.501 Euros, encontra-se liquido de retenções na fonte de, aproximadamente, 893.000 Euros, e de faturas recebidas de acionistas
relativos a investimentos de cariz ambiental realizados ao abrigo do protocolo no montante de, sensivelmente, 200.000 Euros. Adicionalmente, os montantes deliberados para distribuição e não pagos, encontram-se registados na rubrica acionistas.
Outras variações no capital próprio
Em 31 de dezembro de 2016 e 2015, a rubrica Outras variações no capital próprio corresponde a subsídios ao investimento, os quais são inicialmente reconhecidos no capital próprio, sendo depois reconhecidos em resultados como rendimentos em base
sistemática de forma a balanceá-los com os gastos a que dizem respeito.
Contas e valores do exercício de 2016
12
140
Durante o período findo em 31 de dezembro de 2016 e 2015, o movimento ocorrido na rubrica
de subsídios ao investimento foi a seguinte:
Fundo de coesão
Fundo de coesão (CVO) Feder Total
Saldo em 1 de janeiro de 2015 18.284.845 2.822.326 3.277.592 24.384.762
Rendimentos reconhecidos (Nota 14) (900.944) (141.116) (163.880) (1.205.940)
Saldo em 31 de dezembro de 2015 17.383.901 2.681.210 3.113.712 23.178.823
Reclassificação de subsídios anteriormente classificados como reembolsáveis (Nota 14)
12.729.592 1.822.685 (3.113.712) 11.438.566
Rendimentos reconhecidos (Nota 14) (4.008.990) (1.071.433) - (5.080.423)
Saldo em 31 de dezembro de 2016 26.104.503 3.432.462 - 29.536.965
Imposto diferido (Nota 10) (6.395.603) (840.953) - (7.236.556)
19.708.900 2.591.509 - 22.300.409
Aplicação do resultado líquido do exercício
De acordo com a Assembleia Geral de Acionistas de 21 de Março de 2016, o resultado líquido
do exercício findo em 31 de dezembro de 2015 no montante de 5.232.728 Euros, foi aplicado
da seguinte forma: 261.636 Euros em reserva legal, 4.186.183 Euros em dividendos e
784.909 Euros em resultados transitados.
De acordo com a Assembleia Geral de Acionistas de 16 de março de 2015, o resultado líquido
do exercício findo em 31 de dezembro de 2014 no montante de 240.531 Euros, apurado de
acordo com o normativo IFRS foi aplicado da seguinte forma: 12.027 Euros em reserva legal e
228.504 Euros em dividendos.
Contas e valores do exercício de 2016 141
ProvisõesO movimento ocorrido nas provisões dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e
2015, foi como segue:
31 de dezembro de 2016
Saldo inicial Reforços Reversões Saldo final
Processos judiciais em curso 55.438 - - 55.438
Outros riscos e encargos 1.095.427 1.000.616 (1.095.427) 1.000.616
1.150.865 1.000.616 (1.095.427) 1.056.054
31 de dezembro de 2015
Saldo inicial Reforços Reversões Saldo final
Processos judiciais em curso - 55.438 - 55.438
Outros riscos e encargos - 1.095.427 - 1.095.427
- 1.150.865 - 1.150.865
Na opinião do Conselho de Administração e dos advogados da Valorsul, com base na avaliação do risco
que fazem dos processos em curso, não se prevê que dessas ações venham a resultar responsabilidades
de valores significativos em 31 de dezembro de 2016, face aos montantes provisionados.
Subsídios ao investimentoO movimento ocorrido nesta rubrica durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2016
e 2015 foi o seguinte:
Saldo em 1 de janeiro de 2015 27.308.932
Rendimentos reconhecidos (1.378.745)
Saldo em 31 de dezembro de 2015 25.930.187
Regularização (Nota 5) (a) (14.491.621)
Reclassificação para Capital Próprio (Nota 12) (b) (11.438.566)
Saldo em 31 de dezembro de 2016 -
Contas e valores do exercício de 2016
13
14
142
(a) Estes montantes correspondem a subsídios recebidos, os quais, decorrente das
alterações regulatórias verificadas em 2016 (Nota introdutória), que concorrem para a
determinação do Ativo Regulatório, e por consequente, não foram registados no capital próprio
no exercício com início a 1 de janeiro de 2016.
(b) Estes montantes correspondem a subsídios recebidos afetos a ativos que, face
à determinação final da Base de Ativos Regulados, permaneceram afetos à atividade
concessionada.
O rendimento reconhecido referente a subsídios ao investimento durante os períodos findos
em 31 de dezembro de 2016 e 2015 foi conforme segue:
2016 2015
Subsídios reembolsáveis - 1.378.745
Subsídios não reembolsáveis (Nota 12) 5.080.423 1.205.940
5.080.423 2.584.685
Contas e valores do exercício de 2016 143
Financiamentos obtidosOs financiamentos obtidos em 31 de dezembro de 2016 e 2015 têm a seguinte composição:
2016 2015
Não correntes Correntes Não correntes Correntes
Empréstimos bancários - Banco Europeu de Investimento ("BEI") - - - 1.995.342
Empréstimos bancários - banca comercial 8.906.347 2.432.235 11.348.367 2.427.960
Empréstimos bancários - contas caucionadas - - - 2.370.000
Locações financeiras (Nota 16) - 3.564 3.566 39.105
8.906.347 2.435.799 11.351.933 6.832.407
Em 31 de dezembro 2016 e 2015, os empréstimos bancários tinham o seguinte detalhe:
2016 2015
Valor nominal Valor de balanço Valor nominal Valor de balanço Vencimento Taxa de juro
Empréstimos bancários
Banco Europeu de Investimento ("BEI") - - 2.011.965 1.995.342 15-06-2016 3,37%
BPI - 001 - - 760.000 762.120 28-10-2016 1,16%
BPI - 002 - - 228.000 228.636 03-05-2016 1,63%
BPI - 003 3.214.286 3.222.245 3.928.571 3.939.532 29-05-2021 2,786%
BPI - 004 4.107.143 4.112.448 4.821.429 4.834.880 16-09-2022 3,10%
BPI - 005 4.000.000 4.003.889 4.000.000 4.011.159 17-12-2020 2,50%
11.321.429 11.338.582 15.749.965 15.771.669
Contas- correntes caucionadas
BPI - - 870.000 870.000 04-01-2017 2,50%
BCP - - 1.500.000 1.500.000 03-03-2017 3,00%
- - 2.370.000 2.370.000
O financiamento contraído junto do BPI, cuja data de vencimento definida é em 2020, obriga a Valorsul a apresentar anualmente o rácio Net debt / EBITDA inferior a 5,0 e o rácio de autonomia financeira (com suprimentos) maior ou igual a 25%, não existindo
mais garantias ou covenants associadas aos financiamentos contraídos. Estes rácios encontram-se a ser cumpridos em 31 de dezembro de 2016.
Contas e valores do exercício de 2016
15
144
O plano de pagamentos dos empréstimos bancários obtidos é o seguinte:
2016 2015
Até 1 ano 2.432.235 6.820.239
De 1 a 2 anos 2.432.235 2.428.571
De 2 a 3 anos 2.432.235 2.428.571
De 3 a 4 anos 2.432.235 2.428.571
De 4 a 5 anos 1.073.236 2.428.571
Mais de 5 anos 536.405 1.607.144
11.338.582 18.141.669
Locações
Locações financeiras
Em 31 de dezembro de 2016 e 2015, as responsabilidades da Valorsul por rendas vincendas
de contratos de locação financeira, incluindo capital e juros, ascendem a 3.607 Euros e 43.183
Euros, respetivamente, e vencem-se nos próximos exercícios conforme segue:
2016 2015
Capital Juros Total Capital Juros Total
Até 1 ano 3.564 43 3.607 39.105 1.841 40.946
Entre 1 a 5 anos - - - 3.564 43 3.607
3.564 43 3.607 42.669 1.884 44.553
Contas e valores do exercício de 2016
16
145
Locações operacionais
Os contratos de locação operacional em vigor não possuem rendas contingentes. Em 31 de
dezembro de 2016 e 2015, as rendas de contratos de locação operacional vencem-se como
segue:
2016 2015
Até 1 ano 53.114 35.905
Entre 1 a 5 anos 81.631 32.895
134.745 68.800
FornecedoresEm 31 de dezembro de 2016 e 2015, a rubrica Fornecedores tem a seguinte composição:
2016 2015
Fornecedores gerais 1.475.381 1.406.662
Fornecedores de investimento 146.576 1.165.892
Partes relacionadas (Nota 19) 2.104.776 1.685.324
Fornecedores, faturas em receção e conferência 1.976.331 2.141.943
5.703.064 6.399.820
Contas e valores do exercício de 2016
17
146
Outras dívidas a pagarEm 31 de dezembro de 2016 e 2015, a rubrica Outras dívidas a pagar, tem a seguinte composição:
2016 2015
CorrenteNão
corrente CorrenteNão
corrente
Credores por acréscimos de gastos
Remunerações a liquidar
1.466.518 - 1.375.340 -
Outros 2.335.529 - 951.683 -
Partes relacionadas (Nota 19)
224.652 - 241.485 -
Taxa de gestão de resíduos (a)
2.441.960 - 1.118.188 -
Adiantamentos por conta de tarifas futuras (b)
- - - 55.096.234
Outras dívidas a pagar 466.186 - 480.263 -
Compensação regulatória 97.538 13.303.502 - -
7.032.383 13.303.502 4.166.959 55.096.234
(a) A taxa de gestão de resíduos corresponde a valores faturados a clientes e que serão
devolvidos à Agência Portuguesa do Ambiente (“APA”).
(b) Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015, o movimento ocorrido
nesta rubrica foi conforme segue:
2016 2015
Saldo inicial 55.096.234 53.057.573
Reforços (Nota 20) - 4.170.289
Transferências (i) (55.096.234) (2.131.628)
Saldo final - 55.096.234
(i) Estes montantes correspondem ao saldo apresentado até 31 de dezembro 2015, referente
a acréscimos de gastos relativos a investimento contratual por realizar, que decorrente
das alterações regulatórias verificadas em 2015, concorreu para a determinação do direito
contratual em 1 de janeiro de 2016 (Nota 5). O montante de transferências em 2015
corresponde ao efeito da amortização acumulada estimada dos bens classificados como
firmes na rubrica de Ativos intangíveis, desde o início da concessão ou desde o período em que
foi orçamentada a realização daquele investimento (Nota 6).
Contas e valores do exercício de 2016
18
147
Partes relacionadas
19.1 Identificação das partes relacionadas
Conforme mencionado na Nota 12, a Valorsul é detida maioritariamente pela EGF, sendo as suas demonstrações financeiras consolidadas nessa entidade. Assim, para além de todas as entidades que participam diretamente no capital da Valorsul, todas as
empresas pertencentes ao Grupo EGF, ao Grupo Mota-Engil, bem como todos os seus acionistas, administradores e entidades por si controladas ou com influência significativa, são incluídas como partes relacionadas da Empresa.
19.2 Transações com partes relacionadas
No decurso dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015 foram efetuadas as seguintes transações com partes relacionadas:
2016
Vendas e prestação
de serviços
Custo das merc. vend. e das
matérias cons.
Fornecimentos e serviços externos
Gastos com pessoal
Outros gastos
Outros rendimentos
Juros e gastos similares
suportados
Juros e rendimentos
similares obtidos
Conselho de Administração - - - 535.547 - - - -
Empresa Geral do Fomento, SA - - 1.185.983 - 60.172 6.260 103.406 -
Município de Lisboa 5.295.777 4.819.532 1.785 - 3.157 516 - -
Município de Loures 42.519 - 241 - 4.268 - - 73
Serv.Int.Águas e Resíduos Municípios Loures e Odivelas 2.454.637 983.964 287.329 - 6.141 659 - -
Município de Odivelas 78.144 - - - - - - -
Município da Amadora 1.127.208 524.962 204 - - 70 - -
Município de vila Franca de Xira 951.039 480.329 - - - 88 - -
Município de Alcobaça 416.151 - - - 435 - - -
Município de Alenquer 307.042 - 111.502 - - - - 4.923
Município de Arruda dos Vinhos 94.506 - - - - - - -
Município de Azambuja 194.995 - - - - - - -
Município do Bombarral 97.351 - - - - - - 1.439
Município do Cadaval 101.719 - - - - - - -
Município de Caldas da Rainha 393.916 - - - - - - -
Município da Lourinhã 185.234 - - - - - - -
Município da Nazaré - - 56.615 - - - - 14.496
Município de Óbidos 101.918 - 3.328 - - - - 1.387
Município de Peniche 323.847 - 122.403 - - - - -
Município de Rio Maior 151.471 - 3.424 - - - - -
Município de Sobral de Monte Agraço 70.338 - - - - - - 1.160
Município de Torres Vedras 624.147 - - - - - - 4.020
Serviços Municip.Câmara Municipal Concelho Nazaré 178.078 - 4.090 - - - - -
Valorlis, SA - - 1.710.163 - - - - -
Suldouro, SA - - 1.520 - - - - -
Valnor, SA - - (919) - - - - -
Mota-Engil Engenharia e Construção, SA - - 13.073 - 348 - - -
Suma - Serv.Urbanos e Meio Ambiente, SA - - 25.086 - - - - -
Suma Matosinhos-Serv. Urbanos e Meio Ambiente,SA - - 14.264 - - - - -
Triu - Téc.de Resíduos Industriais e Urbanos, SA 165.064 - - - - - - -
13.355.101 6.808.787 3.540.091 535.547 74.521 7.594 103.406 27.499
Contas e valores do exercício de 2016 148
149
2015
Vendas e prestação
de serviços
Custo das merc.vend.e das matérias cons.
Fornecimentos e serviços externos
Gastos com pessoal
Outros gastos
Outros rendimentos
Juros e gastos similares
suportados
Juros e rendimentos
similares obtidos
Conselho de Administração - - - 342.758 - - - -
Empresa Geral do Fomento, SA - - 782.489 - 103.126 - 88.498 -
Município de Lisboa 5.370.357 4.566.559 - - 1.825 153,48 - 39.897
Município de Loures 17.755 - 241 - 5.760 - - 12
Serv.Intermunicip.Águas e Resíduos Municípios Loures e Odivelas 2.409.559 888.555 391.902 - 11.094 128,49 - -
Município de Odivelas 35.304 - - - 340 - - 546
Município da Amadora 1.119.089 496.456 - - - - - -
Município de vila Franca de Xira 945.523 425.170 - - - 7,16 - -
Município de Alcobaça 412.195 - - - - - - -
Município de Alenquer 305.366 - - - - - - 12.059
Município de Arruda dos Vinhos 89.082 - - - - - - -
Município de Azambuja 167.385 - - - - - - -
Município do Bombarral 99.657 - - - - - - 9.398
Município do Cadaval 104.454 - - - - - - -
Município de Caldas da Rainha 384.540 - - - - - - -
Município da Lourinhã 178.147 - - - - - - -
Município da Nazaré - - - - - - - 56.277
Município de Óbidos 99.987 - 2.656 - - - - -
Município de Peniche 324.569 - 121.972 - - - - -
Município de Rio Maior 150.387 - 2.622 - - - - 1.136
Município de Sobral de Monte Agraço 68.089 - - - - - - 3.667
Município de Torres Vedras 602.796 - - - - - - 9.479
Serviços Municipalizados Câmara Municipal Concelho Nazaré 174.846 - 9.716 - - - - -
Valorlis, SA - - 1.887.757 - - 22.463 - -
Suldouro, SA - - 2.668 - - - - -
Suma Tratamento, SA - - - - - - 54.760 -
Suma - Serv.Urbanos e Meio Ambiente, SA - - 3.041 - - - - -
Suma Matosinhos-Serv. Urbanos e Meio Ambiente,SA - - 14.342 - - - - -
Triu - Téc.de Resíduos Industriais e Urbanos, SA 130.968 - - - - - - -
13.190.055 6.376.740 3.219.404 342.758 122.146 22.753 143.258 132.472
Contas e valores do exercício de 2016 149
19.3 Saldos com partes relacionadas
Em 31 de dezembro de 2016 e 2015, a Empresa apresentava os seguintes saldos com partes relacionadas:
2016
Clientes Créditos a receber Fornecedores Outras dívidas a pagar Acionistas
Empresa Geral do Fomento, SA 1.589 10.461 521.094 118.361 7.782.193
Município de Lisboa 661.612 - 423.779 - 4.698.444
Município de Loures 17.240 - - - 1.973.389
Serv.Intermunicip.Águas e Resíduos Municípios Loures e Odivelas 496.841 - 191.904 575 -
Município de Odivelas 47.560 - - - 79.310
Município da Amadora 231.562 - 97.651 - 2.464.037
Município de vila Franca de Xira 98.610 - 166.351 - 825.938
Associação de Fins Específicos Amo Mais - - - - 771.835
Município de Alcobaça 75.206 228 - - -
Município de Alenquer 71.251 - 111.502 - -
Município de Arruda dos Vinhos 21.885 - - - -
Município de Azambuja 115.984 - - - -
Município do Bombarral 10.880 - - - -
Município do Cadaval 11.476 - - - -
Município de Caldas da Rainha 45.558 - - - -
Município da Lourinhã 41.833 - - - -
Município da Nazaré 205.879 4.207 - - 42.527
Município de Óbidos 65.090 - 185 300 -
Município de Peniche 68.711 95 5.176 -
Município de Rio Maior 34.405 - 255 240 -
Município de Sobral de Monte Agraço 16.396 - - - -
Município de Torres Vedras 216.480 - - - -
Serviços Municipalizados Câmara Municipal Concelho Nazaré 35.300 - 528 - -
Valorlis, SA - - 578.220 100.000 -
Suldouro, SA - - 935 - -
Mota-Engil Engenharia e Construção, SA - - 1.147 - -
Suma - Serv.Urbanos e Meio Ambiente, SA - - 4.587 - -
Suma Matosinhos-Serv. Urbanos e Meio Ambiente,SA - 10 6.639 - -
Triu - Téc.de Resíduos Industriais e Urbanos, SA 31.461 - - - -
2.622.810 15.000 2.104.776 224.652 18.637.673
Contas e valores do exercício de 2016 150
2015
Clientes Créditos a receber Fornecedores Outras dívidas a pagar Acionistas
Empresa Geral do Fomento, SA - - 187.610 73.543 -
Município de Lisboa 657.934 - 396.320 69.062 968.999
Município de Loures 1.116 - - - -
Serv.Intermunicip.Águas e Resíduos Municípios Loures e Odivelas 458.984 - 196.970 12.962 106.006
Município de Odivelas 5.023 - - - -
Município da Amadora 342.700 - 87.767 8.948 1.705.742
Município de vila Franca de Xira 91.822 - 106.281 6.429 -
Município de Alcobaça 70.018 228 - - -
Município de Alenquer 199.600 - - - -
Município de Arruda dos Vinhos 21.096 - - - -
Município de Azambuja 92.466 - - - -
Município do Bombarral 121.861 - - - -
Município do Cadaval 12.097 - - - -
Município de Caldas da Rainha 84.433 - - - -
Município da Lourinhã 37.434 - - - -
Município da Nazaré 315.602 4.207 - - 42.527
Município de Óbidos 6.002 - 211 400 -
Município de Peniche 64.517 95 - 5.041 -
Município de Rio Maior 50.524 - 223 100 -
Município de Sobral de Monte Agraço 78.712 - - - -
Município de Torres Vedras 412.177 - - - -
Serviços Municipalizados Câmara Municipal Concelho Nazaré 33.997 - 143 - -
Valorlis, SA 1.828 - 647.362 65.000 -
Suma Tratamento, SA - - 54.760 - -
Suma Matosinhos-Serv. Urbanos e Meio Ambiente,SA - - 7.676 - -
Triu - Téc.de Resíduos Industriais e Urbanos, SA 29.352 - - - -
3.189.295 4.529 1.685.324 241.485 2.823.274
Os montantes reconhecidos na rubrica de acionistas decorrem, essencialmente, do valor a pagar decorrente do protocolo celebrado durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2016 (Nota 12).
151Contas e valores do exercício de 2016 151
Vendas e prestação de serviçosDurante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015, a rubrica vendas e serviços
prestados foram conforme segue:
2016 2015
Vendas 47.118.661 42.725.545
Serviços prestados 11.828.348 11.899.416
58.947.009 54.624.960
Vendas
As vendas durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015 referem-se,
essencialmente, a materiais recicláveis resultantes da recolha seletiva, energia, gás natural e
escórias resultantes do processo produtivo.
Em 31 de dezembro 2016 e 2015, esta rubrica detalha-se conforme segue:
2016 2015
Material reciclável 11.978.511 11.075.154
Energia 33.392.791 29.823.677
Aço e alumínio de escórias 677.123 530.557
Gás natural 947.477 1.120.082
Outros 122.759 176.074
47.118.661 42.725.545
Prestação de serviços
Os serviços prestados nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015 referem-se,
essencialmente, ao tratamento e valorização de resíduos provenientes da recolha
indiferenciada.
Contas e valores do exercício de 2016
20
152
Em 31 de dezembro de 2016 e 2015, a rubrica Prestação de serviços detalha-se conforme
segue:
2016 2015
Tratamento de resíduos a municípios 8.310.192 11.714.776
Tratamento de resíduos a particulares 3.518.157 4.354.929
11.828.348 16.069.705
Adiantamentos por conta de tarifas futuras (Nota 18 ) - (4.170.289)
11.828.348 11.899.416
Custo das vendasEm 31 de dezembro de 2016 e 2015, a recolha seletiva na área de Lisboa é efetuada pelos
respetivos municípios, os quais faturam a Empresa pelo montante correspondente a 75% das
receitas de recicláveis obtidas junto da Sociedade Ponto Verde.
O custo das vendas em 31 de dezembro de 2016 e 2015 tinham o detalhe apresentado no
mapa abaixo.
2016 2015
Embalagens 3.676.901 3.669.574
Papel cartão 2.467.388 2.160.342
Casco de vidro 663.269 546.144
Gás natural 595.500 763.160
Outros 1.230 679
7.404.287 7.139.899
Contas e valores do exercício de 2016
21
153
Fornecimentos e serviços externosOs fornecimentos e serviços externos dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e
2015 tinham a seguinte composição:
2016 2015
Trabalhos especializados 5.230.148 3.568.327
Conservação e reparação 3.854.491 3.747.218
Energia e fluidos 2.543.879 2.677.316
Materiais 2.518.605 2.550.317
Subcontratos 1.702.639 1.671.244
Seguros 1.026.111 944.846
Fees de gestão 886.136 841.277
Deslocações, estadas e transportes 644.237 649.476
Rendas e alugueres 535.902 750.183
Comunicação 48.615 84.398
Outros fornecimentos e serviços externos 792.851 710.245
19.783.614 18.194.846
Gastos com o pessoalA rubrica de “Gastos com o pessoal” nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e
2015, tem a seguinte composição:
2016 2015
Remunerações dos órgãos sociais (Nota 19) 535.547 342.758
Remunerações do pessoal 9.294.025 9.149.054
Encargos sobre as remunerações 2.212.929 2.149.589
Seguros 706.932 764.105
Outros gastos com o pessoal 449.323 522.148
13.198.756 12.927.655
O número médio de pessoal ao serviço da Empresa durante os exercícios findos em 31 de
dezembro de 2016 e 2015 foi de 356 e 354, respetivamente.
Contas e valores do exercício de 2016
22
23
154
Outros rendimentos A rubrica Outros rendimentos, nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015, tem
a seguinte composição:
2016 2015
Indemnizações associadas a sinistros 1.626.647 -
Rendimentos suplementares 120.273 208.228
Reconhecimento do rendimento associado à alteração do modelo remuneratório
97.538 -
Juros de mora debitados a clientes 35.932 201.017
Alienação de equipamentos 21.786 -
Outros rendimentos e ganhos 58.504 176.682
1.960.680 585.927
Outros gastos A rubrica de “Outros gastos” nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015 tem
a seguinte composição:
2016 2015
Impostos 971.637 1.020.345
Gastos investimentos não financeiros 73.714
Correções relativas a exercícios anteriores 40.209 277.001
Outros gastos 99.068 53.088
1.184.628 1.350.434
Contas e valores do exercício de 2016
24
25
155
Gastos de depreciações e de amortizaçõesNos exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015, esta rubrica, tem a seguinte
composição:
2016 2015
Ativos Intangíveis (Nota 6) 17.171.630 8.940.922
Juros e outros rendimentos e gastos similaresOs juros e gastos similares suportados nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e
2015 tinham a seguinte composição:
2016 2015
Juros suportados 425.933 866.343
Outros gastos financeiros 310.147 35.968
736.079 902.311
Os juros e rendimentos similares obtidos nos exercícios findos 31 de dezembro de 2016 e
2015 tinham a seguinte composição:
2016 2015
Juros obtidos de aplicações financeiras 17.106 107.966
Ativos e passivos contingentesEm 31 de dezembro de 2016 e 2015, a Empresa tinha solicitado a prestação de garantias a
favor de terceiros de garantias, como segue:
2016 2015
Garantias bancárias 3.164.624 4.348.850
Outras garantias prestadas a terceiros 40.000 4.881.120
3.204.624 9.229.970
Contas e valores do exercício de 2016
26
27
28
156
Garantias prestadas
Em 31 de dezembro de 2016 encontravam-se prestadas pela Empresa as seguintes garantias
bancárias:
> Garantia bancária nº 914038234693 sobre a Caixa Geral de Depósitos, no valor de
13.485 Euros a favor da EDP - Distribuição que constitui garantia suficiente para as obrigações
financeiras decorrentes do estabelecido no artigo 17º do decreto lei nº312/2002 de 10 de
Dezembro e no nº3 da portaria 62/2002 de 18 de Janeiro.
> Garantia bancária nº GAR/11301432 sobre o Banco BPI, no valor de 918 Euros a favor
da EDP - Distribuição que constitui caução necessária para a receção provisória da linha de
interligação a 30KV entre o posto de seccionamento das instalações elétricas de Mato de Cruz
e a central de valorização de Biogás.
> Garantia bancária nº N00390070 sobre o Novo Banco, no valor de 40.000 Euros a favor
do Tribunal de Trabalho de Caldas da Rainha - Secção Única para garantir o efeito suspensivo
do Processo nº 62/11.5TTCLD.
> Garantia bancária nº GAR/15301357 sobre o BPI, no valor de 12.125 Euros, a favor do
Município de Vila Franca de Xira para o fornecimento em continuo de Gás Natural veicular das
viaturas afetas à frota ambiente.
> Garantia bancária nº GAR/15301358 sobre o BPI, no valor de 200.422 Euros, a favor da
Câmara Municipal de Lisboa, destinada a garantir o bom e integral cumprimento das obrigações
referentes ao fornecimento de Gás Natural Comprimido.
> Garantia bancária nº 00125-02-1983533 sobre o Millennium BCP no valor de 2.641.674
Euros a favor do Estado Português nos termos do artigo 9º, nº3 do Decreto-Lei nº 96/2014 de
25 de junho.
> Garantia bancária nº 00125-02-1988495 sobre o Millennium BCP no valor de 100.000
Euros a favor da APA, destinada a garantir o cumprimento das obrigações resultantes da
emissão das licenças de descarga de águas residuais.
> Garantia bancária nº 00125-02-2024667 sobre o Millennium BCP, no valor de
185.000,00 Euros, a favor do Município de Lisboa, destinada a garantir o bom e integral
cumprimento das obrigações referentes ao fornecimento de gás natural comprimido.
> Garantia bancária nº GAR/16301758 sobre o Banco BPI, no valor de 11.000,00 Euros,
a favor do Município de Lisboa, destinada a garantir o bom e integral cumprimento das
obrigações referentes ao Contrato “Venda de Gás Natural Comprimido (GNC) para Viaturas da
Frota Municipal até ao valor máximo de €220.000,00”.
Contas e valores do exercício de 2016 157
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2016, a Empresa cancelou as seguintes garantias:
> Garantia bancária nº125-02-1520150 sobre o Millennium BCP, no valor de 1.039.073
Euros a favor da APA para cumprimento dos deveres emergentes da licença de exploração do
ASMC em conformidade com o DL 152/2002 de 23 de maio.
> Garantia bancária no valor de 4.778.720 Euros, prestada a favor do BEI correspondente
a 120% do valor em dívida em 31 de dezembro de 2015, e emitida conjuntamente pela CGD,
CEMG, BST e BCP, destinada a garantir o cumprimento dos deveres contratuais do empréstimo
do BEI, entretanto liquidado.
Resultado por açãoO resultado por ação básico e diluído dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e
2015 foi calculado tendo em consideração os seguintes montantes:
2016 2015
Resultado para efeito de cálculo do resultado líquido por ação básico
3.516.006 5.232.729
Número médio ponderado de ações para efeito de cálculo do resultado líquido por ação básico e diluído
5.040.000 5.040.000
Resultado líquido por ação básico e diluído 0,70 1,04
Gestão de riscos financeirosA Valorsul encontra-se exposta, essencialmente, aos seguintes risco de financeiros:
30.1 Risco de taxa de juro
Os riscos da taxa de juro estão essencialmente relacionados com os juros suportados com a
contratação de diversos financiamentos com taxas de juro variáveis.
30.2 Risco de liquidez
O risco de liquidez pode ocorrer se as fontes de financiamento, como sejam os fluxos de
caixa operacionais, de desinvestimento, de linhas de crédito e os fluxos de caixa obtidos
de operações de financiamento, não satisfizerem as necessidades de financiamento, como
sejam as saídas de caixa para atividades operacionais e de financiamento, os investimentos, a
remuneração dos acionistas e o reembolso de dívida.
Para reduzir este risco, a Empresa procura manter uma posição líquida e uma maturidade média
da dívida que lhe permita a amortização da sua dívida em prazos adequados. No entendimento
Contas e valores do exercício de 2016
29
30
158
do Conselho de Administração, tendo em consideração as principais projeções de cash-flow
para 2017 e a estrutura e tipologia dos seus ativos, a Empresa não antevê dificuldades em
liquidar a suas responsabilidades financeiras correntes.
Em 31 de dezembro de 2016, a Empresa tem linhas de crédito contratadas e não utilizadas no
montante de 6.500.000 Euros.
30.3 Risco Regulatório
Os ganhos registados em cada exercício pela Empresa resultam essencialmente dos
pressupostos considerados pelo regulador ERSAR, na definição das tarifas reguladas para o
setor do tratamento e gestão de resíduos e de eventuais desvios tarifários a apurar.
Em 6 de março, foi publicada a Lei n.º 10/2014, que aprovou os novos Estatutos da ERSAR. Esta
publicação vem no decurso da Lei n.º 67/2013, de 28 de agosto, que aprovou a lei-quadro das
entidades administrativas independentes com funções de regulação da atividade económica
dos setores privados, público e cooperativo. De acordo com os novos estatutos, a ERSAR viu
aumentada a sua independência de atuação (artigoº 2.º), expandido o universo de entidades
sujeitas a regulação (artigo 4.º) e reforçados os seus poderes e atribuições sobre as entidades
reguladas (artigos 5.º, 9.º, 10.º e 11.º). Em face das alterações em concretização, no sector
dos resíduos, o reforço dos poderes da ERSAR constitui um desafio significativo quer para a
entidade reguladora quer para as entidades reguladas. É expetativa que, com este reforço de
poderes da ERSAR, o sector integre uma agenda consentânea com a fase de desenvolvimento
em que se encontra, colocando-se o enfoque na sustentabilidade de forma integrada, nas
vertentes económica, social e ambiental.
Durante o ano de 2014, em concretização do novo poder regulamentar da ERSAR, o RTR -
regulamento tarifário do serviço de gestão de resíduos urbanos, deliberação n.º 928/2014, foi
publicado em Diário da República, 2.ª série, de 15 de abril. Este regulamento produziu efeitos em
1 de janeiro de 2016, e acarretou uma alteração do modelo regulatório em vigor, passando-se
de um modelo de custo de serviço (cost plus) para um modelo de proveitos permitidos (revenue
cap), o qual remunera uma base de ativos ao custo de capital e permite a recuperação dos
gastos operacionais num cenário de eficiência produtiva. A esta data encontra-se pendente
de aprovação pela ERSAR um conjunto de informações financeiras, da qual decorrerá,
eventualmente, o apuramento de um desvio de tarifário, o qual com a informação disponível,
não é possível determinar com fiabilidade.
Informação sobre os contratos de concessãoA concessão em regime exclusivo por um período de 19 anos, com termo em 2034, da
exploração e da gestão do sistema multimunicipal de tratamento e de recolha seletiva de
Contas e valores do exercício de 2016
31
159
resíduos sólidos urbanos da área de Lisboa e Oeste, em regime de serviço público, foi atribuída
à Valorsul através do DL 68/2010 de 15 de junho através da celebração de um contrato de
concessão entre o Estado Português e a Valorsul, reconfigurado em 30 de setembro de 2015.
A atividade objeto da concessão compreende o tratamento dos resíduos urbanos gerados nas
áreas dos municípios utilizadores, incluindo a sua valorização e a disponibilização de subprodutos,
assim como a recolha seletiva de resíduos urbanos, encontrando-se os municípios obrigados a
entregar à Valorsul todos os resíduos urbanos cuja gestão se encontre sob sua responsabilidade.
A fiscalização da concessão é da competência da ERSAR, tendo esta a competência na
definição das tarifas a aplicar, assim como na aprovação das Contas Reguladas e nos planos
de investimento da Empresa.
A exploração e a gestão, anteriormente referida, compreende também a conceção, a
construção, a aquisição, a extensão, a reparação, a renovação, a manutenção e a otimização de
obras e equipamentos necessários ao exercício da atividade da Valorsul.
As bases da concessão definem que a Valorsul terá como atividade principal, a atividade relativa
à exploração e à gestão do sistema multimunicipal de resíduos urbanos, compreendendo o
tratamento de resíduos urbanos resultantes da recolha indiferenciada e a recolha seletiva de
resíduos urbanos, incluindo a triagem, e como atividades complementares, as atividades que,
não se se integrando na atividade principal, utilizam ativos afetos a esta, permitindo otimizar a
respetiva rentabilidade. O exercício das atividades complementares dependem de autorização
do concedente, precedida de pareceres da Autoridade da Concorrência e da ERSAR.
Consideram-se como bens afetos à concessão:
> As infraestruturas relativas ao tratamento e valorização de resíduos urbanos
indiferenciados e seletivos, bem como os bens utilizados na recolha seletiva de resíduos
urbanos: as estações de transferência, os ecocentros, as centrais de processamento, triagem
e valorização e os respetivos acessos, as infraestruturas associadas, os aterros, os ecopontos
e os meios de transporte de resíduos;
> Os equipamentos necessários à operação das infraestruturas e ao acompanhamento e
controlo da sua exploração;
> Todas as obras, máquinas e aparelhagem e respetivos acessórios utilizados para
a receção e tratamento dos resíduos e para a manutenção dos equipamentos e gestão do
sistema multimunicipal não referidos acima;
> Os equipamentos, máquinas, veículos, aparelhagem e respetivos acessórios utilizados
para a recolha seletiva de resíduos urbanos.
Contas e valores do exercício de 2016 160
Adicionalmente, são também considerados como ativos afetos à concessão:
> Os imóveis adquiridos por via do direito privado ou mediante expropriação para
implantação das infraestruturas;
> Os direitos privativos de propriedade intelectual e industrial de que a Empresa seja
titular;
> Outros bens e direitos que se encontrem relacionados com a continuidade da exploração
da concessão, nomeadamente laborais, de empreitada, de locação e de prestação de serviços.
A Valorsul deve elaborar e manter o inventário dos bens e direitos afetos à concessão, devendo,
anualmente, enviar à ERSAR informação detalhada sobre os mesmos, assim como dos abates
efetuados.
A Valorsul tem a obrigação de, durante o prazo de vigência da concessão, manter o bom estado
de funcionamento, conservação e segurança dos ativos e meios a ela afetos, efetuando todas
as reparações, renovações e adaptações necessárias para a manutenção dos ativos nas
condições técnicas requeridas.
A Valorsul mantém o direito de explorar os ativos afetos à concessão até à extinção desta.
Os ativos afetos à concessão apenas podem ser utilizados para o fim previsto na concessão.
Na data da extinção da concessão, os bens a ela afetos revertem para uma Entidade
Intermunicipal, Associação de municípios, o conjunto dos Municípios utilizadores, ou o Estado,
mediante o exercício do respetivo direito de opção e o pagamento à concessionária, nos
termos previstos nas Bases e no contrato de concessão, de uma indemnização correspondente
ao valor líquido contabilístico daqueles bens.
O regime remuneratório da concessão baseia-se no reconhecimento à Empresa dos proveitos
permitidos, a serem refletidos nas tarifas a aplicar aos utilizadores do sistema. A Empresa é
responsável pelos riscos inerentes à concessão nos termos da legislação aplicável, assumindo
os respetivos riscos operacionais. A Empresa é responsável pela obtenção do financiamento
necessário ao desenvolvimento do objeto da concessão, por forma a cumprir cabal e
atempadamente as obrigações assumidas no contrato de concessão, assumindo os respetivos
riscos de investimento e de financiamento.
Os proveitos permitidos anualmente à Empresa, no âmbito da atividade concessionada, são
definidos pela ERSAR para um horizonte temporal de três a cinco anos (“Período regulatório”).
O modelo regulatório é fixado pela ERSAR e assenta, entre outros, nos seguintes pressupostos:
> Elegibilidade dos custos de exploração, para efeitos de determinação dos proveitos
permitidos, por referência a um cenário de eficiência produtiva da exploração e gestão do
sistema multimunicipal;
Contas e valores do exercício de 2016 161
> Remuneração do capital com base no custo médio ponderado, com parâmetros
definidos em referência a valores de mercado e ao desempenho de entidades representativas
comparáveis;
> Definição de uma base de ativos, constituída pelos bens afetos à concessão, como
incidência da remuneração do capital;
> Adoção de mecanismos de incentivo à eficiência;
> Repercussão adequada nos proveitos permitidos das diferenças registadas entre as
quantidades estimadas e as quantidades de resíduos urbanos entregues à Empresa.
Adicionalmente, a definição da base de custos de exploração deve atender ao seu controlo efetivo
pela Empresa, às tecnologias e capacidades instaladas, bem como às oscilações da procura.
Assim, as tarifas a aplicar aos utilizadores devem proporcionar à Empresa os proveitos permitidos
nos termos das bases anteriores e correspondem ao resultado da divisão dos proveitos permitidos
anualmente à Empresa pelas quantidades estimadas de consumo para esse ano.
O contrato de concessão em vigor a partir de 1 de janeiro de 2016, permite um equilíbrio
contratual nas condições de uma gestão eficiente, promovendo um investimento mais racional
e uma maior eficiência operacional, através do reconhecimento dos custos de investimento,
de operação e manutenção e na adequada remuneração dos ativos afetos à concessão, a
serem refletidos nas tarifas aplicáveis à Empresa, as quais permitirão recuperar os custos de
exploração e obter uma determinada remuneração sobre os ativos.
A concessão pode ser extinta por acordo entre as partes, por rescisão, por resgate e pelo
decurso do prazo. A extinção da concessão opera a transmissão para os Municípios ou para o
Estado dos bens e meios a ela afetos.
O contrato de concessão poderá ser rescindido pelo concedente se ocorrer qualquer uma das
situações a seguir descritas, com impacto significativo nas operações da concessão: desvio do
objeto da concessão; interrupção prolongada da exploração por facto imputável à Empresa;
oposição reiterada ao exercício da fiscalização ou repetida desobediência às determinações
do concedente ou, ainda, sistemática inobservância das leis e regulamentos aplicáveis à
exploração; recusa em proceder à adequada conservação e reparação das infraestruturas;
cobrança reiterada de valores superiores aos fixados nos contratos de concessão e nos
contratos celebrados com os utilizadores; dissolução ou insolvência da Empresa; trespasse da
concessão ou subconcessão não autorizadas; alienação não autorizada de participações no
capital da Empresa; oneração de participações no capital da Empresa em inobservância do
disposto no contrato de concessão; aumento ou redução não autorizados, quando aplicável, do
capital social da Empresa; falta de prestação da caução ou de renovação do respetivo valor nos
termos e prazos previstos; e recusa ou impossibilidade da Empresa em retomar a concessão.
Contas e valores do exercício de 2016 162
O concedente pode resgatar a concessão, assumindo a gestão direta do serviço público
concedido, sempre que motivos de interesse público o justifiquem e decorrido que seja pelo
menos dois terços do prazo contratual, mediante aviso prévio feito à Empresa, por carta
registada com aviso de receção, com, pelo menos, um ano de antecedência relativamente à
data de produção de efeitos do resgate.
Pelo resgate, a Empresa tem direito a uma indemnização que deve atender ao valor
contabilístico à data do resgate dos bens revertidos, do valor dos créditos existentes, bem
como ao valor de eventuais lucros cessantes, tendo em consideração o número de anos que
restem para o termo da concessão.
Acontecimentos após a data do balançoA 4 de janeiro de 2017, a ERSAR colocou em consulta publica no seu site, um segundo
documento complementar com o modelo de reporte das contas reguladas reais, com o
objetivo, de acordo com a ERSAR, de “obtenção de informação, para determinação dos
proveitos permitidos dos anos intermédios e último ano do período regulatório e ainda para a
reconciliação das contas reguladas com as contas estatutárias”. Este documento, encontrou-
se em consulta publica até ao dia 15 de Fevereiro, sendo previsível que a decisão final e
respetiva publicação do documento só venha a ocorrer em data posterior à aprovação das
demonstrações financeiras de 2016 da Valorsul, razão pela qual não foram considerados nas
demonstrações financeiras de 2016 eventuais ajustamentos de regulação subjacentes a este
documento complementar, nomeadamente, o eventual desvio de tarifário a ser determinado.
São João da Talha, 9 de Março de 2017
O Contabilista Certificado
Sofia Gomes
A Diretora Financeira
Susana Costa de Araújo
Contas e valores do exercício de 2016 163
O Conselho de Administração
António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota
Maria Gabriela Certã Ventura
João Eduardo Fernandes Figueiredo
Miguel Santiago Aranda da Silva
Maria Madalena Monteiro Garcia Presumido
Fernando José da Costa
Carlos António Vasconcelos Mota dos Santos
Ismael Antunes Hernandez Gaspar
Luis Fernando Adrada Guajardo
Tomás Joaquim de Oliveira Serra
Hugo Xambre Pereira
André Filipe dos Santos Matos Rijo
José António da Silva de Oliveira
Nuno Miguel Guarda da Rocha
Luis Miguel Duarte Pereira Vaz Galante
164
Relatório e parecer do
Conselho Fiscal13
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167
Certificação legal das
contas14
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170
171
valorsul .pt