fatores inibidores do uso de tÉcnicas ......acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito....

111
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TECNOLOGIA PROGRAMA DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS AMBIENTAIS NOS POSTOS DE COMBUSTIVEIS: UM ESTUDO DE CASO EM NATAL/RN por ROSÂNGELA DE LIMA ROSÁRIO SANÇA BACHAREL EM CIENCIAS ECONOMICAS, UNP, 2003. TESE SUBMITIDA AO PROGRAMA DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE EM CIENCIAS EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO JULHO, 2006. © 2006 ROSANGELA DE LIMA ROSÁRIO SANÇA TODOS DIREITOS RESERVADOS O autor, aqui designado, concede ao Programa de Engenharia de Produção da Universidade Federal do Rio Grande do Norte permissão para reproduzir, distribuir, comunicar ao público, em papel ou meio eletrônico, esta obra, no todo ou em parte, nos termos da Lei. Assinatura do Autor: _______________________________________________ APROVADO POR: _______________________________________________________________ Prof. Carlos Henrique Catunda Pinto, Dr. – Orientador, Presidente ________________________________________________________________ Prof. Karen Maria da Costa Mattos, Dr. – Membro Examinador ________________________________________________________________ Prof. Patrícia Guimarães, Dr.- Membro Examinador Externo MEMBRO DA SOCIEDADE: ________________________________________________________________ Prof. Mary Sorage Praxedes da Silva - IDEMA

Upload: others

Post on 12-Aug-2020

2 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TECNOLOGIA

PROGRAMA DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS AMBIENTAIS NOS POSTOS DE COMBUSTIVEIS: UM ESTUDO DE CASO EM NATAL/RN

por

ROSÂNGELA DE LIMA ROSÁRIO SANÇA

BACHAREL EM CIENCIAS ECONOMICAS, UNP, 2003.

TESE SUBMITIDA AO PROGRAMA DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE COMO PARTE DOS

REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE

MESTRE EM CIENCIAS EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

JULHO, 2006.

© 2006 ROSANGELA DE LIMA ROSÁRIO SANÇA TODOS DIREITOS RESERVADOS

O autor, aqui designado, concede ao Programa de Engenharia de Produção da Universidade Federal do Rio Grande do Norte permissão para reproduzir, distribuir, comunicar ao público, em papel ou meio eletrônico, esta obra, no todo ou em parte, nos termos da Lei.

Assinatura do Autor: _______________________________________________

APROVADO POR:

_______________________________________________________________ Prof. Carlos Henrique Catunda Pinto, Dr. – Orientador, Presidente

________________________________________________________________Prof. Karen Maria da Costa Mattos, Dr. – Membro Examinador

________________________________________________________________Prof. Patrícia Guimarães, Dr.- Membro Examinador Externo

MEMBRO DA SOCIEDADE:

________________________________________________________________Prof. Mary Sorage Praxedes da Silva - IDEMA

Page 2: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

Divisão de Serviços Técnicos Catalogação da Publicação na Fonte / Biblioteca Central Zila Mamede

Sança, Rosângela de Lima Rosário. Fatores inibidores do uso de Técnicas ambientais nos Postos de combustíveis: um estudo de caso em Natal/RN / Rosângela de Lima Rosário Sança. – Natal, 2006. 100 p. : il.

Orientador: Carlos Henrique Catunda Pinto. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Tecnologia. Programa de Engenharia de Produção.

1. Combustíveis líquidos – Aspectos ambientais – Dissertação. 2. Tecnologias limpas – Dissertação. 3. Postos de combustíveis – Dissertação.4. Meio ambiente – Preservação – Dissertação. I. Pinto, Carlos Henrique Catunda. II. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. III. Título.

RN/UF/BCZM CDU 662.75:504

ii

Page 3: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

CURRICULUM VITAE RESUMIDO

Rosângela de Lima Rosário Sanca, natural de Cabo Verde (África

Ocidental), é graduada em Ciências Econômicas, pela Universidade Potiguar (UNP), de

2000.1 a 2003.2. Foi aluna laureada da turma concluinte. Estagiou durante alguns meses

(Março a Junho de 2003) no IDEMA (Instituto de desenvolvimento económico e meio

ambiente do Rio grande do Norte) no setor da CESE (Coordenadoria de estudos

socioeconómicos, responsável pela elaboração do Anuário estatístico do Rio Grande do

Norte).

iii

Page 4: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

Ao meu grandioso, maravilhoso, poderoso e amoroso Deus; Aos melhores pais do mundo, Edite e Adalberto;

E ao meu esposo, Frank pelo apoio constante.

iv

Page 5: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

AGRADECIMENTOS

Antes de agradecer a todas as pessoas que estão no meu coração queria agradecer ao

meu papai do céu, o Deus de Israel, o Grande Eu Sou, meu Senhor. Grata eu sou por essa

oportunidade única que me deste para começar e terminar com sucesso este mestrado, Tu és

realmente maravilhoso, e teus pensamentos maiores que os meus. Antes de eu pensar em algo

ou até dizer algo tu já o sabes. Muito obrigado Pai, por me guardar durante esses anos aqui em

Natal, me sustentando tanto físico, emocional e principalmente espiritualmente.

Ao meu pai Adalberto, por ter aceitado esse desafio de me sustentar economicamente

durante o Mestrado, eu sei que foi um esforço que fizeste e não quero te decepcionar. Eu te

amo muito.

A minha querida mãezinha Edite que sempre quis ver os seus filhos trilhando os

caminhos acadêmicos. Muito obrigado porque desde pequena estiveste acompanhando-me

nos estudos e sempre dando força e estimulo para que conseguíssemos chegar longe. Se hoje

cheguei até aqui podes crer que grande parte do mérito foi tua.

Ao meu abençoado esposo Frank que antes mesmo de eu começar o Mestrado ele já

me via fazendo-o (“sem fé é impossível agradar a Deus”). Teu estímulo para eu estudar para

as provas da seleção foram essenciais. Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia

muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos.

Não posso também esquecer dos meus amados irmãos Queila, Walbner e Waner. Que

vocês possam também conseguir chegar aonde cheguei e até ultrapassar.

Agradeço a minha família espiritual da Igreja Refugio da Graça pelas orações e

acompanhamento durante essa fase na minha vida, principalmente ao pastor Brian que me

emprestou seu grande e completo dicionário de Inglês, foi de grande valia para as provas de

seleção.

A minha colega e amiga Carol, que me apoiou e ajudou muito na parte que se refere à

Estatística. Você foi demais.

Ao meu professor e orientador Catunda pelo seu apoio e paciência comigo durante

todo esse tempo. Ao professor Francisco, a professora Isabel, Sancha, Adriano, Miguel,

Elisabete e Johan, vocês foram muito importantes na realização deste trabalho, principalmente

na sua finalização. Ao professor Sérgio, que mesmo não sendo meu orientador me ajudou

muito. Muito obrigado a Cleide que antes mesmo de eu estar no Mestrado me atendia muito

bem dando informações e tendo muita paciência também. E durante este período foi também

muito prestativa. Você é uma bênção.

v

Page 6: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

Resumo da Tese apresentada á UFRN/PEP como parte dos requisitos necessários para a

obtenção do grau de Mestre em Ciências em Engenharia de Produção.

FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS AMBIENTAIS NOS POSTOS DE COMBUSTÍVEIS: UM ESTUDO DE CASO EM NATAL/RN

ROSÂNGELA DE LIMA ROSÁRIO SANÇA

Julho / 2006

Orientador: Carlos Henrique Catunda Pinto Curso: Mestrado em Ciências em Engenharia de Produção

Resumo:

O objetivo deste trabalho foi investigar os fatores que inibem o uso de Técnicas Ambientais nos Postos de Combustíveis da cidade de Natal/RN. Para isso, foi utilizado um procedimento de pesquisa do tipo Survey (levantamento) com o auxílio de um questionário, identificado como sendo o instrumento de pesquisa. Utilizou-se a amostra por conveniência, não probabilístico. Para coleta dos dados, utilizou-se a aplicação do questionário diretamente aos Gerentes ou Sub-gerentes dos Postos, de acordo com a sua disponibilidade ou presença. Os dados foram coletados em todas as regiões de Natal (Norte, Sul, Leste e Oeste). A população de acordo com os dados da ANP de Setembro 2005 é de 111 postos (atualizados) e a amostra coletada foi de 86. Para realizar a análise dos dados desta pesquisa foram utilizados os softwares Excel e Statistica versão 5.0, para Windows. A análise de dados é dividida em duas partes: análise descritiva e análise de agrupamentos (clusters). Os resultados mostraram que maior parte dos entrevistados têm entre 30 e 39 anos de idade; têm 2º grau completo; declararam ter entre pouco e razoável conhecimento quanto ao uso de TL em postos de combustível; e uma pequena parte dos entrevistados informaram ter muito conhecimento quanto as resoluções do CONAMA estabelecidas para os Postos de combustível. Dos postos pesquisados, a maioria é nacional (76,7%); as práticas ambientalmente corretas mais usadas nos postos são: coleta seletiva de óleo usado ou contaminado e tanques ecológicos - revestidos com fibra de vidro reforçada; grande parte dos entrevistados (33,8%) informou que nunca fazem planejamento de ação futura referente a TL; cerca de mais da metade dos entrevistados (84,9%) declararam que os seus funcionários têm de nenhum a um razoável nível de treinamento para lidarem com problemas que comprometem o meio ambiente; a maioria dos postos (72,1%) funcionam há mais de 6 anos. Observa-se que quase todos os entrevistados (96,5%) avaliam como sendo importante ou muito importante a implantação de TL em Postos de combustível e a grande maioria (82,1%) avalia a dificuldade em se implantar essas tecnologias em postos como sendo fácil ou muito fácil. Na análise de cluster, verificou-se a existência de dois agrupamentos (tantos nas variáveis das barreiras e benefícios), sendo que dentro de cada clusters existe homogeneidade e entre clusters existe heterogeneidade. Na verdade, tudo é importante ou muito importante na opinião dos entrevistados. Existe apenas uma pequena diferença significativa que os separa em clusters.

Palavras-chave: Tecnologia Limpa, Posto de combustível, Meio ambiente.

vi

Page 7: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

Abstract of Master Thesis presented to UFRN/PEP as fulfillment of requirements to graduate as Master of Science in Production Engineering.

INHIBITING FACTORS OF USE OF ENVIRONMENTAL TECHNIQUES IN THE GAS STATION: A STUDY OF THE CASE NATAL/RN.

ROSÂNGELA DE LIMA ROSÁRIO SANÇA

July/ 2006

Thesis Supervisor: Carlos Henrique Catunda Pinto Program: Master of Science in Production Engineering

Abstract:

The objective of this work was to investigate the factors that inhibit the use of Environmental Techniques in the Gas Station of the city of Natal/RN. For this, a survey with the aid of a questionnaire was used like research instrument. It’s used a sample for convenience, not probabilistic. For collection of the data, it was used directly application of the questionnaire to the Managers or Assistant managers of the gas station, in accordance with its availability or presence. The data was collected in all the regions of Natal (North, South, East and West). The population in accordance with the data of the ANP of September 2005 is of 111 ranks and the collected sample was of 86. To carry through the analysis of the data of this research had been used softwares Excel and Statistic version 5.0, for Windows. The analysis of data is divided in two parts; descriptive analysis and analysis of groupings (clusters). The results showed that bigger part of the interviewed ones has between 30 and 39 years of age; they have second grade completed; they had declared to have little between and reasonable knowledge how much to the use of Clean Technology (CT) in gas station; and a small part of the interviewed ones had informed to have much knowledge how much the resolutions of the CONAMA established for the Gas Station. Of the searched ranks, the majority is national(76.7%); the most accurate practice environmental used in the gas station are: it collects selective of oil used or contaminated and ecological tanks - coated with strengthened fibre glass; great part of the interviewed ones (33.8%) informed that never the TL makes planning of referring future action; about of the half of the interviewed ones (84.9%) they had more declared that its employees have of none to a reasonable level of training for deal with problems that compromise the environment; the majority of the ranks (72.1%) functions has for more then six years. It is observed that almost all the interviewed ones (96.5%) evaluate as being important or very important the implantation of CT in Gas Station and the great majority (82.1%) evaluates the difficulty in if implanting these technologies in Gas Station as being easy or very easy. In the analysis of cluster, it was verified existence of two groupings (as much in the variable of the barriers and benefits), being that inside of each clusters exists homogeneity and between clusters exists heterogeneity. In reality, everything is important or very important in the opinion of the interviewed ones. There only exists a small significant difference that separates them in clusters.

Keywords: Clean Technology, Gas Station, Environment.

vii

Page 8: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

SUMÁRIO

Capítulo 1 – Introdução.................................................................................................. 1

1.1 Contextualização e Definição do Problema ............................................................... 1

1.2 Objetivo....................................................................................................................... 4

1.3 Relevância .................................................................................................................. 4

1.4 Estrutura dos Capítulos .............................................................................................. 5

Capitulo 2 –Meio Ambiente, Setor de Distribuição de Combustíveis e Tecnologias Ambientais ......................................................................................................................

7

2.1 Evolução da Consciência Ambiental .......................................................................... 7

2.2 Breve Histórico do Setor de Distribuição de Combustíveis no Brasil ....................... 12

2.2.1 O Setor do Petróleo no Brasil............................................................................. 12

2.2.2 Distribuidoras e Postos de Abastecimento......................................................... 14

2.3 As Grandes Empresas Distribuidoras: Caracterização e Ações Ambientais............... 16

2.3.1 Petrobras (BR) ...................................................................................................... 18

2.3.2 Ipiranga ................................................................................................................ 20

2.3.3 Texaco................................................................................................................... 21

2.3.4 Shell ...................................................................................................................... 22

2.3.5 Esso ...................................................................................................................... 23

2.3.6 SAT ...................................................................................................................... 24

2.4 Postos de Combustíveis e o Meio ambiente ............................................................... 25

2.4.1 Surgimento de Tecnologias Limpas ou Ambientais ............................................... 25

2.4.2 Impactos dos Postos de combustíveis ao Meio ambiente ....................................... 30

2.4.3 Técnicas ambientais nos Postos de combustíveis ................................................... 34

2.4.4 Fatores que inibem o uso de Tecnologias Limpas................................................... 39

Capitulo 3- Metodologia da Pesquisa de Campo ......................................................... 43

3.1 Tipologia da Pesquisa ................................................................................................ 43

3.2 Plano e Coleta de Dados ............................................................................................ 45

3.3 Instrumento de Coleta de Dados ................................................................................ 46

3.4 Técnicas de Análise .................................................................................................... 47

Capitulo 4 – Resultados e Discussões ........................................................................... 49

4.1 Validação da Pesquisa ................................................................................................ 51

4.1.1 População e Amostra ………………………………………………...…………… 49

4.2 Análise Descritiva ………………………………………………………………….. 51

viii

Page 9: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

4.1.2 Perfil dos Entrevistados…….. ................................................................................. 51

4.2.2 Situação Atual dos Postos de Combustível Pesquisados ………………………… 54

4.3 Análise de Cluster …...……………………………………………………………... 59

4.3.1 Análise das Barreiras à Implantação de Tecnologias Limpas…………..…….…... 59

4.3.2 Análise dos Benefícios à Implantação de Tecnologias Limpas ………………….. 63

Capitulo 5- Conclusões e Recomendações .................................................................... 67

5.1 Conclusões da Pesquisa Bibliográfica ……………………………...…………........ 67

5.2 Conclusões da pesquisa de campo …………………………………………………. 69

5.3 Limitações do Trabalho ……………………...……………………………………... 71

5.4 Direções de Pesquisa …………………………………...………………………….. 72

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 73

APÊNDICE I- Questionário de pesquisa …………………………………...………….. 78

APÊNDICE II- Gráficos da Análise Descritiva ..………………………………..……... 83

APÊNDICE III- Resultados na Análise de clusters ……………..…………………… 93

ANEXO A- Números de Postos de combustíveis por região/ estado no Brasil...………. 97

ANEXO B - Algumas medidas para uma gestão ambientalmente correta nos Postos de Combustíveis …………………………………………………………………………… 98

ANEXO C- Erros de construção em Postos de combustíveis que comprometem o meio ambiente ………………………………………………………………………………...

100

ix

Page 10: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

LISTA DE FIGURAS

Figura 2.1 Mudanças na Empresa através da Conscientização Ambiental ................. 12

Figura 2.2 Estrutura da Distribuição e comercialização dos derivados do petróleo........................................................................................................

14

Figura 2.3 Classificação dos Postos ............................................................................. 15

Figura 2.4 Número de Postos de Combustíveis no Brasil, por Região ........................ 16

Figura 2.5 Número de Postos Revendedores do RN, por Bandeira ............................. 17

Figura 2.6 Número de Postos Revendedores em Natal, por Bandeira……………….. 18

Figura 2.7 Posto Petrobras (BR)...………………………………………………...…. 19

Figura 2.8 Tanque de parede dupla …… …………………..………………………... 34

Figura 2.9 Câmara de conteção de descarga ……........................................................ 35

Figura 2.10 Câmaras de conteção de tanques ………………………………………… 36

Figura 2.11 Pista de abastecimento não impermeável ………………………………... 37

Figura 2.12 Canaleta adequada ……………………………………………………….. 37

Figura 4.1 População e amostra por Zonas…………………………………………... 50

Figura 4.2 Idade dos entrevistados .............................................................................. 51

Figura 4.3 Grau de instrução dos entrevistados ........................................................... 52

Figura 4.4 Grau de conhecimento quanto ao uso de Tecnologias Limpas em Postos de Combustível ...........................................................................................

53

Figura 4.5 Frequência de acesso a informações sobre Tecnologias Limpas ou Técnicas de proteção ambiental (Produção mais Limpa) ...........................

53

Figura 4.6 Grau de conhecimento quanto as resoluções do CONAMA estabelecidas para os Postos de Combustíveis .................................................................

54

Figura 4.7 Bandeira dos Postos ……………………………………………………... 55

Figura 4.8 Práticas ambientalmente corretas ……………………………………….. 56

Figura 4.9 Frequência de Planejamento de ação futura referente a TL ……………. 56

Figura 4.10 Nível de treinamento dos funcionários…………………... ……………… 57

Figura 4.11 Tempo de funcionamento dos Postos ……………………………………. 58

Figura 4.12 Grau da dificuldade em se implantar Tecnologias Limpas ou ambientais em Postos de Combustíveis………………..……………………………...

60

Figura 4.13 Médias de cada Cluster relacionadas às variáveis Barreiras …………...... 61

Figura 4.14 Médias de cada Cluster relacionadas às variáveis Benefícios…….……… 64

Figura 4.15 Importância da implantação de Tecnologias Limpas ou Ambientais em Postos de Combustível …………………...………...…………………….

66

x

Page 11: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

LISTA DE QUADROS

Quadro 2.1 Evolução da mentalidade ambiental …………………...………………... 10

Quadro 2.2 Benefícios da Gestão ambiental ………………………………...……….. 41

LISTA DE TABELAS

Tabela 4.1 Análise de Variância das variáveis Barreiras significantes na formação dos clusters ……………………………………………………………….

60

Tabela 4.2 Proporção dentro de cada cluster considerando as demais variáveis do questionário……………………………………………………………….

62

Tabela 4.3 Análise de Variância das variáveis benefício significantes na formação dos clusters ……………………………………………………………….

63

Tabela 4.4 Proporção dentro de cada cluster considerando as demais variáveis do questionário ………………………………………………………………

65

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas ANP Agência Nacional do Petróleo BNDES Banco Nacional do Desenvolvimento Económico e Social CBPI Companhia Brasileira de Petróleo Ipiranga CETESB Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental CNTL Centro Nacional de Tecnologias Limpas CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente CT Clean Technology DPPI Distribuidora de Produtos de Petróleo Ipiranga EUA Estados Unidos da América GNV Gás Natural Veicular GLP Gás Liquefeito de Petróleo ISO International Organization for Standardization IUCN União Internacional para Conservação da Natureza ONU Organização das Nações Unidas PML Produção mais Limpa PNUMA Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente PL Produção Limpa SIGEA Sistema de Gestão de Emissões Atmosféricas TL Tecnologias Limpas UNIDO Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial WWF World Wildlife Fund

xi

Page 12: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

Capitulo 1

Introdução

Este trabalho trata de uma pesquisa exploratória realizada nos Postos de Combustíveis

em Natal/RN. A finalidade deste estudo é investigar os fatores que inibem o uso de

Tecnologias Limpas em Postos de Combustíveis. Esta pesquisa é sustentada no método

quantitativo, cujos objetivos são do tipo exploratória, e utiliza a técnica de questionários,

tendo como sujeitos da pesquisa os gerentes e/ou sub-gerentes dos Postos.

Este capítulo apresenta inicialmente uma contextualização da temática, o objetivo do

trabalho, a relevância da temática e do objetivo, e finalmente a organização da dissertação em

geral.

1.1 Contextualização e Definição do Problema

Atualmente os países desenvolvidos estão na frente das campanhas ambientais,

enquanto que os países em desenvolvimento ainda estão preocupados com problemas

primários tais como trabalho, pobreza, doenças, entre outros.

Os problemas ambientais por afetarem a vida de todos no planeta são tratados de

forma global. E por isso, existem vários Países Desenvolvidos que têm barreiras à entrada de

produtos ecologicamente incorretos (com processos prejudiciais ao meio ambiente). A

indústria é a maior responsável pelos problemas ambientais.

1

Page 13: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

Algumas questões do meio ambiente de suma importância são: o aquecimento da

temperatura da Terra, perda da biodiversidade, destruição da camada de ozônio, contaminação

ou exploração excessiva dos recursos dos oceanos, superpopulação mundial, baixa qualidade

da moradia e ausência de saneamento básico, degradação dos solos agricultáveis, destinação

dos resíduos (lixo), escassez, mau uso e poluição das águas, entre outros.

De acordo com o National Research Council, órgão ligado à National Academy of

Sciences (EUA), os elementos responsáveis pela degradação ambiental podem ser

classificadas da seguinte maneira (Stern et al.,1993, apud Dinato, 1998): crescimento

populacional; crescimento econômico; mudança tecnológica; instituições político-

econômicas; atitudes e convicções.

Todas as atividades econômicas afetam o meio ambiente de duas maneiras: através do

consumo de energia e recursos e pela geração de resíduos (DINATO, 1998).

Toda a produção gera resíduos que precisam de um destino previamente definido,

quanto menos resíduos, melhores são os processos, e menores são os impactos ambientais. Os

resíduos no Brasil não são tratados da melhor forma e nem na totalidade.

Para diminuir a emissão de resíduos e encontrar métodos efetivos de tratamento, são

necessárias inovações tecnológicas que proporcionem mudanças preventivamente, evitando a

ocorrência de impactos ambientais (ROHRICH, 2001).

Os resíduos são classificados em três classes:

Classe 1 - resíduos perigosos: são aqueles que apresentam riscos à saúde

pública e ao meio ambiente, exigindo tratamento e disposição especiais em

função de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade,

toxicidade e patogenicidade. Exemplo destes são os resíduos gerados pelos

Postos de Combustíveis.

Classe 2 - resíduos não-inertes: são os resíduos que não apresentam

periculosidade, porém não são inertes; podem ter propriedades tais como:

combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade em água. São basicamente

os resíduos com as características do lixo doméstico.

Classe 3 - resíduos inertes: são aqueles que, ao serem submetidos aos testes de

solubilização (Norma 10.007 da ABNT), não têm nenhum de seus constituintes

solubilizados em concentrações superiores aos padrões de potabilidade da água.

2

Page 14: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

Isto significa que a água permanecerá potável quando em contato com o resíduo.

Muitos destes resíduos são recicláveis. Estes resíduos não se degradam ou não

se decompõem quando dispostos no solo (se degradam muito lentamente). Estão

nesta classificação, por exemplo, os entulhos de demolição, pedras e areias

retirados de escavações (AMBIENTE BRASIL, 17/06/06).

O gerenciamento de resíduos perigosos tem-se transformado, nas últimas décadas, em

um dos temas ambientais mais complexos. Crescem materiais e substâncias perigosas e a

produção desses resíduos em quantidade cada vez maiores exigem soluções mais eficazes e

maiores investimentos (pelos seus geradores e sociedade em geral).

Também com a industrialização crescente dos países em desenvolvimento, esses

resíduos passam a ser gerados em regiões nem sempre preparadas para processá-los ou, pelo

menos, armazená-los adequadamente. Tornam-se necessárias então mudanças adequadas no

processo de produção ou até a redefinição do próprio produto a ser obtido para ajudar a fazer

um melhor uso das matérias-primas e da energia utilizada, compensando eventuais despesas

extras com a preservação do meio ambiente (SOUZA e SILVA, 1997).

A utilização racional dos recursos naturais, a partir da consciência comprometida com

a responsabilidade ambiental é um dos maiores desafios da humanidade na atualidade. Há

algumas décadas as pessoas perceberam que a preservação do planeta Terra significa também

a preservação da própria vida. Inicialmente, a preocupação era pela extinção dos animais,

mais tarde a questão da derrubada das florestas, a poluição do ar, a poluição industrial e

agrícola. E em seguida a preocupação com a poluição gerada nos países em desenvolvimento,

pela falta de infra-estrutura urbana.

Finalmente foram identificados as grandes conseqüências da poluição mundial e seus

riscos, como o efeito estufa e a redução da camada de ozônio. Inicialmente tínhamos alguns

idealistas alertando para problemas que pareciam surreais, depois se passou a contar com

organizações especialistas na questão ambiental, organizações internacionais e alguns poucos

governos comprometidos com a preservação do Planeta. Hoje, milhões de pessoas em todo o

mundo lutam por esta nobre causa, tentando mostrar os perigos eminentes de uma postura

agressiva ao meio em que vivemos, e os riscos concretos que corremos. Esta consciência

coletiva vem crescendo dia-a-dia, transformando culturas, quebrando velhos paradigmas e

obrigando todos a contribuírem para a saúde do nosso Planeta.

3

Page 15: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

1.2 Objetivo

O objetivo geral do presente trabalho é investigar os fatores que inibem o uso de

Técnicas ambientais nos Postos de Combustíveis da cidade de Natal-RN. A partir deste

procura-se: descrever a situação atual dos postos de combustíveis quanto a Tecnologias

Limpas; identificar as barreiras de implantação das Tecnologias Limpas ou ambientais nos

Postos de Combustíveis (custos, tecnologias, conhecimento, visão); apresentar os possíveis

benefícios para a implantação de T.L. nos Postos de Combustíveis (a nível social, econômico

e ambiental); identificar a existência de Planejamentos de ação futura para implantação de

T.L. nos Postos de Combustíveis.

1.3 Relevância

A preocupação com a preservação do meio ambiente tem sido de âmbito mundial. Isto

tem causado uma crescente demanda por mudanças de paradigmas ambientais, fazendo as

empresas voltarem à origem de seus problemas. Assim sendo, estão buscando tecnologias

industriais que substituam os tratamentos convencionais de “fim-de-tubo”, por transformações

no processo produtivo focalizadas na prevenção e controle de poluição na fonte. Alcançar um

nível ótimo de produção (tornar mais eficiente o uso dos recursos) e poluição mínima, que

não comprometa as gerações futuras é um desafio para esse século.

Os impactos ambientais causados por um posto de combustível podem ser:

contaminação humana, incêndios, geração de resíduos e contaminação do solo e das águas

subterrâneas. Diante disso, vê-se a importância da utilização de técnicas ambientais que

minimizam os passivos negativos causados pelos postos ao meio ambiente.

Além disso, o CONAMA exige através da resolução 273, de Novembro de 2000, a

emissão de licenças ambientais dos postos de combustíveis desde o planejamento até a

operação (Licença prévia, de instalação e de operação).

Em todo Brasil existem cerca de 49.749 Postos, segundo dados na ANP (Março 2006,

maiores detalhes ver Anexo A), que além de comercializarem combustíveis, também

4

Page 16: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

oferecem outros serviços aos motoristas: lavagem de veículos, troca de óleo, borracharia,

restaurantes e comercio de produtos em geral – Lojas de Conveniência.

Este trabalho é importante, visto que ao identificar os fatores que estão impedindo o uso

das técnicas ambientais nos postos de combustíveis, pode-se a partir de então: mostrar aos

Gestores dos Postos de Combustíveis de que é viável e imprescindível a implantação de

Tecnologias Limpas de produção, e demonstrar a importância disto para o meio ambiente e a

sociedade como um todo. É importante ainda citar que a Gestão Ambiental é um dos temas

centrais neste início do século, especialmente no setor de petróleo e gás natural.

Do ponto de vista acadêmico, este trabalho será mais uma contribuição acadêmica na

área ambiental, pois a produção de pesquisa nesta área no País é muito baixa e existe um

grande vazio em termos de livros e outras publicações em Português. E contribuirá para

futuras pesquisas sobre Tecnologias Limpas ou ambientais. A temática é de interesse

acadêmico e empresarial.

1.4 Estrutura dos Capítulos

Esta dissertação é organizada em cinco capítulos. Cada capítulo apresenta seu respectivo

resultado de forma que o conjunto dos capítulos resulta no procedimento utilizado para atingir

o objetivo da pesquisa.

O primeiro capítulo apresenta a introdução da pesquisa, sendo composto pela

contextualização e definição do problema, objetivo do trabalho, relevância da pesquisa e a

organização da dissertação.

O segundo capítulo apresenta a revisão bibliográfica abordando o Meio Ambiente, o

setor de distribuição de combustível no Brasil e Tecnologias Limpas. Neste capítulo

apresenta-se: evolução da consciência ambiental, breve histórico do setor de distribuição de

combustíveis no Brasil, as grandes empresas distribuidoras (caracterização e ações

ambientais) e os Postos de combustíveis e o Meio ambiente. Neste último aborda-se o

surgimento de Tecnologias Limpas ou Ambientais, os impactos dos Postos ao meio ambiente,

5

Page 17: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

técnicas ambientais usadas nos Postos de combustível, e finalmente, os fatores que inibem o

uso de Tecnologias Limpas ou Ambientais.

No terceiro capítulo apresentam-se os procedimentos metodológicos utilizados para

atingir o objetivo proposto pela pesquisa. Este capítulo é composto pela tipologia da pesquisa,

plano e coleta de dados, instrumento de coleta de dados, e técnicas de análise.

O quarto capítulo apresenta os resultados encontrados na pesquisa de campo, validação

da pesquisa (população e amostra), análise descritiva dos resultados (perfil dos entrevistados e

situação atual dos postos) e finalmente a análise de cluster (ou de agrupamentos).

Para concluir, o quinto capítulo apresenta conclusões da pesquisa bibliográfica,

conclusões da pesquisa de campo, as limitações do trabalho e algumas direções de pesquisa.

6

Page 18: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

Capítulo 2

Meio Ambiente, Setor de Distribuição de Combustíveis no

Brasil e Tecnologias Ambientais

Este capítulo tem o objetivo de apresentar o referencial teórico do estudo utilizado como

base para a investigação proposta.

Neste é abordado os seguintes assuntos: evolução da consciência ambiental; breve

histórico do setor de Distribuição de combustíveis no Brasil (o setor do Petróleo no Brasil,

Distribuidoras e Postos de Abastecimento); as grandes empresas distribuidoras: caracterização

e ações ambientais; os Postos de Combustíveis e o Meio Ambiente: surgimento de

Tecnologias Limpas ou Ambientais, os impactos dos Postos ao meio ambiente, técnicas

ambientais usadas nos Postos de combustível, e os fatores que inibem o uso de Tecnologias

Limpas ou Ambientais.

2.1-Evolução da Consciência Ambiental

Segundo Valle (1995) os primeiros movimentos ambientalistas surgiram na década de

60 (década da Conscientização) devido à contaminação das águas e do ar nos países

industrializados.

Na década de 70 (década da Regulamentação e do Controle Ambiental) começou-se a

estruturar os órgãos ambientais e suas respectivas legislações depois da Conferência de

7

Page 19: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

Estocolmo sobre o Meio ambiente, em 1972 (VALLE, 1995). Foi a partir desta conferência

que a questão ambiental tornou-se propriamente global e passou a fazer parte das negociações

internacionais. Em 1972, surgiu o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente

(PNUMA), com sede em Nairóbi, Kenya (CASTRO, 1996).

Nesta época, surge a crise energética (aumento do preço do petróleo) que traz à tona

dois temas: meio ambiente e conservação da energia. É neste panorama que surge o conceito

de Desenvolvimento Sustentável definido como “aquele que atende às necessidades do

presente sem comprometer a possibilidade das gerações futuras atenderem às suas próprias

necessidades”. A aplicação do desenvolvimento sustentável no dia-a-dia exigirá mudanças na

produção e no consumo, em nossa forma de pensar e de viver, em geral. Além das questões

ambientais, tecnológicas e econômicas, o desenvolvimento sustentável envolve uma dimensão

cultural e política, que vai exigir a participação democrática de todos, na tomada de decisões

para as mudanças indispensáveis (CASTRO, 1996).

Foi em 1978 que surgiu o primeiro selo ecológico – Anjo Azul, na Alemanha, rótulo

para produtos ambientalmente corretos (VALLE, 1995).

Na década de 80, desenvolvem-se empresas especializadas na elaboração de Estudos de

Impactos Ambientais e de Relatórios de Impacto sobre o Meio ambiente (EIA-RIMA).

Devido a alguns acidentes (Seveso-Itália; Basiléia–Suíça; Bhopal-Índia; Chermobyl-União

Soviética; destruição progressiva da camada de ozônio) a discussão dos temas ambientais é

trazido para o dia-a-dia do homem comum (VALLE, 1995).

Durante a década de 1980, evidências científicas sobre a possibilidade de mudanças do

clima em nível mundial despertou um interesse cada vez maior no público. Segundo Castro

(1996), em 1982 entrou em cena uma nova e mais preocupante constatação: o agravamento

das questões ambientais globais indicava que o nível das atividades humanas já excedia, em

algumas áreas, a capacidade de assimilação da natureza.

Nesta década o tema ambiental passa a ser vista de um outro ângulo pelos empresários

como uma necessidade, ou seja, uma forma de reduzir o desperdício de matérias-primas e

assegurar uma boa imagem para a empresa que adere às propostas ambientalistas (VALLE,

1995).

Já no fim da década de 80 há globalização das preocupações com a conservação do meio

ambiente: Protocolo de Montreal em 1987- bane os cloro-fluor-carbonos (CFCs), e o

8

Page 20: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

Relatório da Comissão Mundial sobre o meio ambiente e Desenvolvimento ou Relatório

Bruntland, em 1987, produziu o relatório “Nosso futuro comum” (VALLE, 1995).

A década de 90 “o homem está preparado para internalizar os custos da qualidade de

vida em seu orçamento e pagar o preço de manter limpo o ambiente em que vive qualidade

ambiental” (VALLE, 1995).

Nos anos 90, uma série de conferências internacionais apelou para a urgência de um

tratado mundial para enfrentar tal problema. Cerca de 155 países firmaram a Convenção na

Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, conhecida como

Cúpula da Terra, que foi realizada no Rio de Janeiro em Junho de 1992. Durante este encontro

a comunidade internacional aprovou a Agenda 21, que continha compromissos para mudança

do padrão de desenvolvimento no próximo século. Este documento é um processo de

planejamento participativo que analisa a situação atual de um país, estado, município e/ou

região, e planeja o futuro de forma sustentável (PETROBRAS, 1999).

A Cúpula da Terra ou Rio 92 tratou de cinco temas ambientais globais: preservação da

biodiversidade, controle do aquecimento global, proteção da camada de ozônio, proteção das

florestas e promoção do desenvolvimento sustentável. O relacionamento entre as empresas e

órgãos de fiscalização e as ONGS muda para uma nova postura baseada na responsabilidade

solidária (VALLE, 1995).

Viterbo apud ROCHA, SILVA e MEDEIROS (2004) resume a evolução da consciência

ambiental em quatro fases distintas:

1. Conscientização, que foi marcada com a preocupação sobre os recursos hídricos e o

saneamento básico.

2. Controle da poluição, a questão ambiental foi colocada nas agendas oficiais

internacionais (Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente em 1972), e foi

também nesta fase que surgiram os primeiros organismos oficiais de controle

ambiental.

3. Planejamento ambiental, esta fase foi marcada por grandes desastres ecológicos

(década de 80), e é nesta que os estudos sobre os impactos ambientais (EIA), passaram

a ser uma exigência legal na implementação de unidades industriais e de outros

empreendimentos.

9

Page 21: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

4. Gerenciamento ambiental, que mostra que o controle da poluição e o planejamento

ambiental não são suficientes para evitar os impactos ambientais (1990). Junto com o

Gerenciamento ambiental vieram a Globalização da economia e a Universalização dos

conceitos relativos ao meio ambiente.

O Quadro 2.1 resume a Evolução da consciência ambiental, desde 1950 a 1990, segundo

quatro aspectos: finalidade do gerenciamento, responsabilidade empresarial, métodos de

controle e atitude empresarial.

Quadro 2.1- Evolução da mentalidade ambiental

Décadas

de 50 de 60 de 70 de 80 de 90

Finalidade do Gerenciamento

Conhecimento das Questões

ambientais

Controle da poluição

Prevenção da poluição

Responsabilidadeempresarial

Inexistência de Responsabilidade

Responsabilidade em silos

funcionais

Responsabilidade integrada

Métodos de Controle

Contaminação dos recursos

naturais

Controle fim-de-tubo

Análise do ciclo de vida dos materiais

Atitudeempresarial

Aumento de Produtividade

sem preocupação com poluição

Reativa, em busca da

adequação às normas.

Pró-ativa

Fonte: Adaptado do Centro Nacional de Tecnologias Limpas, apud SILVA FILHO e SICSÚ, 2003.

Começou-se a criar símbolos ou rótulos ecológicos (selos verdes) como iniciativa de

identificar e promover produtos que não agridem o Meio Ambiente (Certificados de

Qualidade Ambiental), primeiramente de forma isolada, somente em alguns países (VALLE,

1995).

Segundo Pereira, Cunha e Pereira (1997) existem alguns selos verdes de diferentes

países e com diferentes características e padrões mínimos aceitáveis que não são de âmbito

internacional, são aceitos somente em seus países de origem: Blau Engel/Blue Angel

(Alemanha criado em 1978, o primeiro selo verde); Environmental Choice (Canadá, 1988);

ECOMARK (Japão, 1989); White Swan (Conselho Nórdico, 1989); Green Seal (EUA, 1990);

EEC ECOLABEL (União Européia, 1992).

10

Page 22: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

A ISO 14000 foi criada em 1993, com o intuito de uniformizar as ações que deverão ser

adotadas para proteger o Meio Ambiente, é uma série de normas que trata da Gestão

Ambiental. A ISO 14000 como a ISO 9000 se aplica às atividades industriais, extrativas,

agropecuárias e de serviços. Ao contrário da ISO 9000 que apenas prevê a certificação das

instalações das empresas e suas linhas de produção, a ISO 14000 também possibilita a

certificação dos produtos que satisfaçam os padrões de Qualidade Ambiental (VALLE, 1995).

Estas normas são voluntárias e não prevêem a imposição de limites próprios para

medida da poluição, padronização de produtos, níveis de desempenho, etc. É um sistema

orientado para melhorar o desempenho ambiental da empresa através da melhoria contínua de

seu Sistema de Gestão.

De acordo com Pereira at al (1997) a criação dos selos ambientais são Barreiras

Comerciais frente ao atual processo de globalização da economia, o que acaba levando

obrigatoriamente às organizações a reavaliarem seus processos produtivos, incorporando

inovações tecnológicas que levem em conta a dimensão ambiental.

A figura 2.1 a seguir, ilustra de forma esquemática da Abordagem convencional (não

existe o fator ambiental) à Abordagem consciente (em que existe a consciência ambiental).

11

Page 23: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

Fonte: VALLE, 1995.

Figura 2.1- Mudanças na Empresa através da Conscientização Ambiental.

2.2- Breve Histórico do Setor de Distribuição de Combustíveis no Brasil

2.2.1- O Setor do Petróleo no Brasil

O petróleo é a principal fonte de energia desde a década de 1950, quando ultrapassou o

carvão. O petróleo é encontrado no subsolo junto com água e gás natural. Na sua composição,

o carbono representa entre 83% e 86% da sua massa e o hidrogênio entre 11% e 13%

(MARTINEZ, 1999, VoI). Os principais derivados do petróleo são:

Combustíveis - gasolina, óleo diesel, óleo combustível, gás liquefeito de petróleo

(GLP), querosene;

CONSCIÊNCIA AMBIENTAL

ABORDAGEM CONVENCIONAL

1- Assegurar o lucro transferindo ineficiênciaspara o preço do produto.

2- Descartar os resíduos da maneira mais fácil e econômica.

3- Protelar investimentos em proteção ambiental.

4- Cumprir a Lei no que seja essencial, evitando manchar a imagem já conquistada pela empresa.

5- “Meio ambiente é um Problema”

ABORGADEM CONSCIENTE

1-Assegurar o lucro controlando custos e eliminando ou reduzindo perdas, fugas e ineficiências.

2-Valorizar os resíduos e maximizar a reciclagem; destinar corretamente os resíduos não recuperáveis.

3- Investir em melhoria do processo e qualidade total (incluindo a Qualidade ambiental).

4- Adiantar-se às Leis vigentes e antecipar-se ás Leis vindouras projetando uma imagem avançada da empresa.

5- “Meio ambiente é uma oportunidade”

+ =

Lucros

Resíduos

Investimentos

Legislação

Meio Ambiente

TEMAS:

12

Page 24: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

Insumos Petroquímicos – parafina, nafta, propeno;

Outros - óleos lubrificantes, asfalto.

Os primeiros indícios de petróleo no Brasil foram registrados em 1930, em Lobato

(subúrbios de Salvador, BA). Porém só no final daquela década que se perfurou um poço na

região e comprovou-se a existência de petróleo no Brasil. A descoberta do petróleo e sua

importância crescente, levou o Governo Vargas a criar o Conselho Nacional do Petróleo

(CNP) em 1938, pelo Decreto-Lei nº 395, de 29 de Abril, cujo objetivo era regular e fiscalizar

as atividades de exploração, refino, importação, distribuição e comercialização de petróleo e

seus derivados, entre outros (MARTINEZ, 1999, Vol I).

Já em 1941, criou-se a Associação Profissional do Comércio Atacadista de Minérios e

Combustíveis, que por sua vez deu origem em 1960 ao Sindicato do Comércio Atacadista de

Minérios e Combustíveis Minerais do Estado da Guanabara, passando a representação

nacional em 1964 com a denominação de Sindicato Nacional do Comércio Atacadista de

Minérios e Combustíveis Minerais (hoje SINDICOM - Sindicato Nacional das Empresas

Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes).

Em 3 de Outubro de 1953, estabeleceu-se o monopólio da União sobre a lavra, refinação

e transporte marítimo do petróleo e seus derivados, sendo criada a Petróleo Brasileiro S.A –

Petrobrás, para exercê-lo, de acordo com a Lei nº 2004 (SINDICOM, Março 2006).

Na década de 1970, devido à crise do petróleo, houve abertura parcial do mercado

(assinatura de contratos de risco com empresas estrangeiras). A Constituição de 1988

reafirmou o monopólio estatal e eliminou os contratos de risco (MARTINEZ, 1999, Vol I).

Em 1998, com o Decreto nº 2455 de 14 de Janeiro de 1998, criou-se a Agência Nacional

do Petróleo (ANP) e extinguiu-se o Departamento Nacional de Combustíveis (SINDICOM,

Março 2006). Até a promulgação da Lei 9.478/97, quem exercia o monopólio em nome da

União era a Petrobrás (cujo maior acionista é o Governo). Com a esta lei, a ANP passa a ser o

poder concedente e órgão fiscalizador e regulador (MARTINEZ, 1999, Vol I).

A estrutura do setor do petróleo no Brasil envolve duas atividades:

1. Atividades não Operacionais (aquelas que estão relacionadas à política de Governo e

controle)- fiscalização, regulação e concessões;

2. Atividades Operacionais – que subdividi-se em: Atividades Upstream (exploração e

produção. Estas atividades no Brasil foram monopólio da PETROBRAS desde a sua

13

Page 25: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

constituição. A emenda constitucional nº9, de Agosto de 1995 e regulamentada em

1997, possibilitou a concessão de áreas para exploração e produção para outras

empresas e a formação de parcerias com a PETROBRAS); e Atividades Downstream

(transporte, refino, distribuição e comercialização. No Brasil, o refino e o transporte

foram monopólio da PETROBRAS desde a sua criação, enquanto a distribuição e

comercialização permaneceram abertas às empresas privadas).

2.2.2- Distribuidoras e Postos de Abastecimento

Os principais agentes da distribuição e comercialização são: distribuidoras, postos de

abastecimento e os transportadores- revendedores- retalhistas (TRRS). A figura 2.2 a seguir

mostra o esquema simplificado de Distribuição e Comercialização dos derivados do petróleo.

Refinaria

Bases de Distribuição

Distribuidoras

Postos Revendedores

Grandes consumidores

Consumidores (agrícolas, peq. Indústrias)

TRR

Fonte: MARTINEZ, 1999, Vol I

Figura 2.2- Estrutura da Distribuição e comercialização dos derivados do petróleo

14

Page 26: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

A distribuição de combustíveis automotivos no Brasil é dominada por cinco grandes

distribuidoras: PETROBRAS e IPIRANGA (brasileiras), SHELL (anglo-holandesa),

TEXACO e ESSO (norte-americanas).

Os Postos de Abastecimento (revendedores) são a parte mais visível de toda cadeia do

petróleo. É através deles que são afetuadas as vendas de combustíveis automotivos (óleo

diesel, gasolina, álcool hidratado e gás natural veicular).

Os Postos podem ser classificados pela bandeira que ostentam e sua propriedade. Os

postos de Bandeira estão vinculados a uma distribuidora (contrato de exclusividade de

fornecimento), ou seja, pertencem às próprias distribuidoras. Já os multi–bandeiras não têm

exclusividade, sendo que seus combustíveis são de diversas procedências. Os de Bandeira

Branca não têm contrato com nenhuma distribuidora e não ostentam nenhuma bandeira. Estes

e os multi-bandeiras são de propriedade independente. Há redes de postos com os mesmos

proprietários, mas nem todos com a mesma bandeira. Algumas dessas redes têm suas próprias

frotas de caminhões-tanques e algumas delas se transformaram em distribuidoras

(MARTINEZ, 1999, Vol I).

A figura 2.3 mostra de forma esquemática a Classificação dos Postos.

Postos de Bandeira

Pertencentes às Distribuidoras

Franqueados

Independentes

Multi-bandeiras

Bandeira Branca

Propriedade Bandeiras

Legenda

Fonte: MARTINEZ, 1999, Vol I

Figura 2.3- Classificação dos Postos

15

Page 27: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

2.3- As Grandes Empresas Distribuidoras: caracterização e ações ambientais

A abertura do setor de petróleo no Brasil permitiu que as empresas de capital nacional e

estrangeiro pudessem atuar nos diversos segmentos da indústria. Até 1997 as atividades de

exploração e produção (E & P), transporte e refino eram monopólio da Petrobras. No entanto

nunca houve restrição à atividade de empresas privadas nos segmentos de distribuição,

produção de lubrificantes e petroquímica.

Das cinco grandes distribuidoras no Brasil, a Petrobras (BR) é a líder em vendas no

mercado brasileiro. A Ipiranga é a segunda em vendas em postos de abastecimento, porém a

Shell tem um volume maior em vendas totais (incluindo óleo combustível e querosene de

aviação). Em seguida, temos a Texaco, Esso e a Cia. São Paulo de Petróleo

independentemente do critério utilizado (MARTINEZ, 1999, Vol II).

Região Sudeste43%

Região Sul21%

Região Nordeste20%

Região Norte6%

Região Centro-Oeste10%

Fonte: ANP, Março, 2006.

Figura 2.4 - Número de Postos de Combustíveis no Brasil, por Região

De acordo com a figura 2.4 acima, estão cadastrados na ANP (Março, 2006) cerca de

49.749 de Postos de Distribuição de Combustíveis que estão distribuídos da seguinte forma:

43% na Região Sudeste (onde São Paulo tem um grande número de postos, 24,03%, e o maior

número de postos por estado, ver Anexo A), 21% na região Sul, 20% na região Nordeste, 10%

na região Centro-Oeste e 6% na região Norte.

16

Page 28: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

No Rio Grande do Norte existem cerca de 762 Postos Revendedores (ANP, Março,

2006). Como mostra a Figura 2.5 a seguir, a empresa líder neste estado é a BR com cerca de

170 postos, seguido pela SAT com uma diferença mínima (167). As restantes empresas

(Ipiranga, Texaco, Shell e Esso) têm uma participação pouco significante. Porém, existe um

número relevante de Postos de Bandeira Branca (234 postos), ou seja, aqueles que não têm

contrato com nenhuma distribuidora e não ostentam nenhuma bandeira.

170 167

4832 31 26

234

54

0

50

100

150

200

250

Petro

bras

-BR

SAT

IPIR

ANGA

TEXACO

SHELL/S

abbá

ESSO

Bande

ira B

ranc

a

Outro

s

Distribuidoras

mer

o d

e P

ost

os

Fonte: ANP, Março, 2006.

Figura 2.5 – Número de Postos Revendedores do RN, por Bandeira

Os principais grupos presentes em Natal (Rio Grande do Norte) são: as cinco maiores

distribuidoras do Brasil (Petrobras-BR, Ipiranga, Shell, Texaco e Esso) e a SAT (empresa

Nacional). Existem neste mercado outras empresas porém de menor escala.

Baseado nos dados da ANP (Março 2006), a cidade de Natal tem no total cerca de 171

postos. Na figura 2.6 observa-se que a empresa que lidera é a Petrobras (BR) com 45 Postos,

seguido da SAT (29), Ipiranga, Texaco, Shell e Esso. Cerca de 32 postos são de bandeira

branca. E um número insignificante pertence a outras bandeiras menos expressivas.

17

Page 29: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

45

2924

18

812

32

3

05

101520253035404550

Petro

bras

-BR

SAT

Ipira

nga

Shell/Sab

Texa

co

Esso

Bande

ira B

ranc

a

Outro

s

Distribuidoras

Núm

ero

de P

osto

s

Fonte: ANP, Março, 2006.

Figura 2.6 - Número de Postos Revendedores em Natal, por Bandeira

Segue uma breve caracterização das seis empresas mais expressivas na cidade de Natal.

2.3.1- Petrobras (BR)

A Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobras), estatal controlada pelo Governo Federal é a

maior empresa brasileira de derivados de petróleo (com tecnologia de ponta e padrão

internacional de qualidade), criada em 1953 pela Lei 2.004 e a única produtora de nafta

petroquímica no Brasil (PETROBRAS, 24/02/2006).

Está presente em toda cadeia do petróleo, e é a 15a empresa no ranking mundial das

empresas petrolíferas de capital aberto (MARTINEZ, 1999, Vol II). Com o término do

monopólio em 1997, a empresa tem se dedicado a formação de parcerias no Brasil para

exploração e produção de Petróleo e Gás natural e ampliação e modernização de suas

refinarias e da sua rede de dutos.

Em 12 de novembro de 1971, dentro de um programa de descentralização técnica e

operacional, foi criada a Petrobras Distribuidora S.A (BR), para exercer a atividade de

distribuição de derivados de petróleo e álcool carburante em caráter estritamente competitivo

e em perfeita igualdade de condições com as demais empresas distribuidoras em

funcionamento no país. Ela é líder no mercado brasileiro desde 1974. A figura 2.7 a seguir

apresenta uma vista dos Postos Petrobras (BR).

18

Page 30: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

Fonte: PETROBRAS, 24/02/2006.

Figura 2.7 –Posto Petrobras (BR)

A nova subsidiária da Petrobras deu ainda mais impulso às atividades de distribuição,

consolidando, em pouco tempo, sua presença no setor, apresentando melhores serviços aos

seus usuários, treinando as equipes dos postos para aprimorar o atendimento, instalando novos

postos com projetos padronizados, de alta funcionalidade, e instalando rede de postos em

rodovias (PETROBRAS, 2004). Sua rede constitui-se de cerca de 8.865 Postos de

abastecimento no Brasil (Março, 2006) cadastrados na Agência Nacional de Petróleo (ANP).

Num cenário cada vez mais competitivo, a Petrobras entende que a imagem das

empresas está relacionada á conscientização de seus empregados de que o aprimoramento da

qualidade, a minimização de impactos ao meio ambiente e a segurança do homem e do

patrimônio são fatores decisivos para o aumento da produtividade. E por isso esta empresa

dedica mesma atenção ao seu desenvolvimento tecnológico e aos aspectos de proteção ao

meio ambiente.

Todas as Unidades de Negócio da Petrobras no Brasil e no exterior estão certificadas de

acordo com as normas ISO 14001 (gestão ambiental) e OHSAS 18001/BS 8800 (gestão de

saúde e segurança), em um total de 57 Unidades certificadas, sendo 33 no país e 24 no

exterior. Além das 100% das Unidades de Negócio brasileiras terem sistemas de

monitoramento dos impactos das atividades da Empresa sobre o meio ambiente (ISO 14001),

também todos os impactos ambientais significativos são avaliados (PETROBRAS, 2004).

19

Page 31: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

A Petrobras implantou em suas instalações na América do Sul o SIGEA, desenvolvido

em parceria com uma empresa de consultoria internacional. Este Sistema permite a geração de

inventários de emissões para a atmosfera, incluindo os principais gases de efeito estufa

(dióxido de carbono, metano e óxido nitroso) e poluentes locais (PETROBRAS, 2004).

A BR emprega tecnologia avançada e rígidos critérios de qualidade, garantindo que o

ciclo do petróleo se complete também com segurança e respeito ao meio ambiente. Esta

garantia é assegurada por produtos de qualidade e pela valorização profissional de seus

empregados, que recebem a formação necessária para tratar com a mesma ênfase a produção,

a qualidade, a segurança e o meio ambiente (ROCHA, 2001).

2.3.2- Ipiranga

Esta empresa é origem da criação da Refinaria de Petróleo Ipiranga em 1937, é um

grupo de capital privado nacional e suas principais empresas são de capital aberto. Além de

ter negócios em outros setores da economia, atua nas atividades de Downstream (refino,

distribuição e petroquímica). No segmento de distribuição de derivados de petróleo atua desde

1938, época em que montou o seu primeiro Posto de Serviços. Em 1957 fez-se a separação

das atividades de distribuição da empresa de refino, criando-se a DPPI.

A Ipiranga atua no segmento de distribuição de combustíveis em operação integrada

entre as empresas CBPI (gerenciadora de grande parte dos seus postos, com representação em

quase todo território nacional) e DPPI (responsável pelas fatias de mercado que envolve todo

o estado do Rio Grande do Sul e o Oeste e o Litoral Sul de Santa Catarina). As duas

distribuidoras são responsáveis pela maior fatia da receita bruta do grupo. Embora

comercializem os mesmos produtos elas operam em áreas diferentes (IPIRANGA,

14/12/2005).

A Ipiranga ocupa o segundo lugar no mercado revendedor de combustíveis, tem a maior

rede privada de Postos de Serviços do Brasil, com 6395 postos de abastecimento

(recadastrados até Março de 2006 na ANP) com as bandeiras Ipiranga.

A área de Distribuição da Ipiranga mantém um rígido controle de suas atividades em

respeito ao meio ambiente, cumprindo todas as regras de preservação. Tudo o que faz é com

20

Page 32: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

base em ações criteriosas, desde o armazenamento até a entrega à rede revendedora,

garantindo o atendimento às legislações de segurança e proteção ambiental. Na área de

distribuição, a empresa vem realizando um trabalho constante na rede de postos de serviços,

assegurando a estanqueidade das instalações subterrâneas e demais condições de segurança

ambiental. E, além disso, a Ipiranga continua com o cadastramento ambiental de seus postos,

uma obrigatoriedade definida a partir de 2001 (IPIRANGA, 14/12/2005).

A empresa também investe na ampliação da rede de abastecimento automotivo de gás

natural - combustível que reduz consideravelmente a emissão de poluentes, sobretudo o

monóxido de carbono. A Ipiranga é pioneira na distribuição de GNV. Inaugurou o primeiro

posto do Brasil em novembro de 1991, e continua ampliando os seus esforços para a difusão

do produto, que é considerado o mais limpo dos combustíveis.

Outra iniciativa é o programa de recolhimento dos óleos lubrificantes usados e das

embalagens, iniciado em 2000 e que tem como objetivo principal impedir a disposição

inadequada dos mesmos no meio ambiente.

2.3.3- Texaco

A Texaco Brasil é a subsidiária local da Texaco (terceira maior empresa petrolífera dos

EUA e uma das maiores do mundo). Está presente no Brasil desde 1915, através de decreto

assinado pelo então presidente Wenceslau Brás autorizando a The Texas Company (South

America) Ltd. a se instalar no país. Em outubro de 2002, com a fusão das empresas Chevron

Corporation e Texaco Inc, nascia a Chevron Texaco Corporation, segunda maior empresa de

energia com sede nos Estados Unidos da América. Em maio de 2005, a empresa mudou o

nome para Chevron Corporation, com o objetivo de mostrar ao mundo uma presença clara,

forte e unificada (TEXACO, 13/12/2005).

A Chevron Corporation opera no Brasil nas atividades de Distribuição de combustíveis

e lubrificantes através da Chevron Brasil Ltda e no ramo de Exploração e Produção através da

Chevron Brasileira de Petróleo. Além disso, a empresa tem uma Fábrica de Lubrificantes no

Rio de Janeiro, uma Fábrica de Graxas, em São Paulo e uma de Aditivos, também em São

Paulo (TEXACO, 13/12/2005).

21

Page 33: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

Texaco é a terceira empresa no ranking de Distribuição de Combustíveis. Com a

intenção de se firmar como uma empresa de energia e não só de petróleo, a Texaco está

investindo na geração de eletricidade em usinas termoelétricas. Ela foi a primeira empresa a

instalar tanques, bombas e equipamentos de lubrificação nas montadoras instaladas no Brasil.

Sua rede é composta por 3.598 postos (ANP, Março 2006).

Devido às complexas e restritivas exigências legislativas nas instalações de Distribuição

de produtos derivados de petróleo quanto ao gerenciamento de resíduos, a Texaco Brasil

desenvolveu e implantou em todas as suas instalações um Plano de Gerenciamento de

Resíduos (PGR). Este plano auxilia na caracterização dos tipos de resíduos existentes nas

instalações, busca opções de gerenciamento para cada um e determina quais os resíduos

deverão merecer atenção especial a cada semestre (TEXACO, 13/12/2005).

O sistema de qualidade Texaco é totalmente certificado conforme normas ISO 9001/QS

9000, o que abrange o projeto, a fabricação e a assistência técnica de toda a linha de

lubrificantes.

2.3.4- Shell

Este grupo é formado pela holandesa Royal Dutch e pela britânica Shell Transport &

Trading, cujas atividades foram unidas no início do século XX. Era o maior grupo de petróleo

do mundo até a fusão da Exxon com a Mobil. No Brasil, a Shell atua na distribuição de

combustíveis, produção de lubrificantes e petroquímica. Nos últimos anos vem expandindo

suas atividades num novo segmento, a distribuição de GLP, gás canalizado e geração de

energia elétrica.

No Brasil, ela é a terceira maior empresa de capital estrangeira e a quarta no ranking de

Distribuição de Combustíveis, com uma rede de 3480 postos (ANP, Março, 2006). Tem uma

participação equilibrada no Território Nacional, porém destaca-se em alguns estados como

Amazônia (MARTINEZ, 1999, Vol II).

Em 1913 inicia suas atividades no Brasil com o nome The Anglo-Mexican Petroleum

Products Company. Em 1961, a Shell se nacionaliza, passando a ser uma empresa brasileira

de capital estrangeiro e adquire a razão social de Shell Brasil S.A.

22

Page 34: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

A Distribuição de combustíveis representa um dos principais negócios no Brasil. Entre

os negócios inaugurados mais recentemente, Exploração e Produção e Gás Natural e Geração

de Energia são segmentos econômicos onde a presença da Shell já é das mais robustas. Na

área de Exploração e Produção, a companhia foi a primeira empresa de capital privado a

produzir petróleo em escala comercial na Bacia de Campos, a mais importante do país. Já

quanto ao gás natural, a companhia faz parte de dois dos maiores empreendimentos no Brasil:

da COMGÁS e da TBG. Também foi a primeira empresa privada a produzir gás no Brasil, no

campo de Merluza, na Bacia de Santos (SHELL, 2004).

A área de Exploração e Produção, que vem crescendo continuamente no Brasil, é

reconhecida pela excelência em suas operações no que se refere à saúde, segurança e meio

ambiente. Primeira operadora estrangeira a produzir petróleo no Brasil em escala comercial, a

companhia é a segunda produtora no país, atrás somente da Petrobras (SHELL, 2003).

Em 2004 obteve a certificação ISO 14.001 para as operações da plataforma FPSO

Fluminense, nos campos de Bijupirá e Salema (RJ). ISO é a certificação do padrão usado com

mais freqüência para aferir a parte ambiental de um sistema de gerenciamento, englobando

um amplo escopo, que inclui o diálogo com as comunidades e o compromisso com a melhoria

contínua (SHELL, 2004).

A Shell Brasil segue o padrão adotado internacionalmente por todas as empresas do

Grupo Shell, baseado em rígidos princípios empresariais, na ética e no comprometimento com

o desenvolvimento sustentável, privilegiando a integração de aspectos econômicos, sociais e

ambientais nas decisões do negócio. Fiel a esses princípios, a Shell assume a responsabilidade

pela recuperação das áreas que eventualmente sofram impacto em conseqüência de suas

operações (SHELL, 2004).

2.3.5- Esso

A Esso Brasileira de Petróleo Ltda. é a subsidiaria local da Exxon (maior empresa norte-

americana de petróleo e a maior do mundo desde 1998 após a fusão com a Mobil) criada em

1912. Ela foi pioneira na distribuição de produtos de petróleo como gasolina e querosene,

vendidos em tambores e latas.

23

Page 35: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

A ESSO tem marcado sua trajetória de mais de noventa anos no Brasil, com muitas

outras iniciativas pioneiras, como a instalação das primeiras bombas de rua; a construção do

primeiro vagão-tanque e do primeiro caminhão-tanque do país; o abastecimento das primeiras

aeronaves da aviação comercial brasileira; o patrocínio do noticioso que se tornou padrão no

Brasil, o "Repórter Esso"; a instituição do "Prêmio Esso de Jornalismo" - que se aproxima dos

cinqüenta anos de existência ininterrupta (ESSO, 13/12/2005).

No Brasil, a Exxon atua na Distribuição de combustíveis, petroquímica e fabricação e

comercialização de lubrificantes. E a Mobil, está presente apenas no ramo de lubrificantes. A

Esso é a quinta maior rede de Distribuição de Combustíveis com cerca de 3080 postos (ANP,

Março 2006).

A Esso possui um protocolo ambiental cujo objetivo é avaliar eficazmente os riscos

ambientais de liberações de combustíveis em Postos de Serviço, ativos ou inativos, bem como

desenvolver ação de resposta que possa incluir a decisão de se iniciar as atividades de limpeza

(ROCHA, 2001).

Ela tem implantado programas e instalado equipamentos para prevenir ou, ao menos,

minimizar o potencial de um derramamento ou vazamento. Um exemplo disso são os

mecanismos de proteção contra transbordamento em tanques de estocagem, e o programa de

tanques subterrâneos de estocagem em Postos de Serviço, que devem atender critérios

específicos de projeto (ESSO, 13/12/2005).

A Esso Brasileira apóia hoje o Programa Esso-Mamirauá de Educação Ambiental na

Amazônia Central e, ao longo dos últimos quinze anos, teve participação em vários projetos

da área ambiental, como por exemplo, o projeto Piracena, voltado ao estudo e recuperação da

Bacia do Rio Piracicaba, em São Paulo. Como uma grande fornecedora de energia, procuram

maximizar as suas contribuições para o crescimento econômico, a proteção ambiental e o

bem-estar social em longo prazo. (ESSO, 13/12/2005).

2.3.6- SAT

A Satélite Distribuidora de Combustíveis surgiu com a abertura do setor de

combustíveis em 1996, através da parceria com a Petrobras Distribuidora, que disponibilizou

24

Page 36: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

suas bases de armazenamento, possibilitando o registro e credenciamento da primeira

distribuidora de combustíveis do Nordeste brasileiro. Inicialmente, seu objetivo era atender

aos postos de Bandeira Branca e os pequenos e médios consumidores, e também ocupar os

espaços deixados pelas grandes distribuidoras. Iniciou a comercialização de combustíveis no

Rio Grande do Norte, formando uma cadeia de postos com sua bandeira e espalhou-se mais

tarde por outros estados do Nordeste.

A SAT alcançou a posição de sétima maior Distribuidora de Combustível do país, com

cerca de 582 Postos de abastecimento, que estão concentrados em todos os estados da região

Nordeste e com filiais nos estados de Pará, Minas Gerais, Goiás e Rio de Janeiro.

No final de 2002 e durante o ano de 2003 a empresa ensaiou vôos mais altos e se fez

presente também em alguns Estados do Norte do país, através da filial Belém. Com o objetivo

de manter a estratégia de crescimento, a SAT começou a atuar, em fevereiro de 2004, nas

regiões Sudeste e Centro-Oeste, através de filiais nos Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro

e Goiás, e fechou uma parceria com um fundo de Investimentos Internacional, o Darby, para

manter a linha de expansão traçada para a empresa (SAT, 22/03/2006).

A SAT ocupa uma posição de destaque no cenário nacional de Distribuição de

Combustíveis, sendo uma das empresas mais procuradas por multinacionais que desejam

ingressar no país (ROCHA, 2001).

A marca SAT é reconhecida em todo Nordeste, e com isso propiciou o lançamento de

uma linha de óleo lubrificante da marca SAT –SATLUB, que vem tendo excelente aceitação

pelo mercado.

2.4-Postos de combustíveis e o Meio ambiente

2.4.1 Surgimento de Tecnologias Limpas ou Ambientais

Foi a partir dos anos 30, com o surto de crescimento, agravaram-se os problemas

ambientais: poluição de rios, chuva ácida, efeito estufa, depleção da camada de ozônio, etc.

Em 1972 realizou-se em Estocolmo a Conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente

25

Page 37: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

humano. Nesta foi explícito os conflitos entre os países desenvolvidos (preocupados com a

poluição industrial, escassez de recursos energéticos) e os não desenvolvidos (pobres).

A partir de então sugiram novos conceitos como: Desenvolvimento sustentável (1980,

no documento World Conservation Strategy produzido pela IUCN e WWF, Produção mais

limpa (procura remediar os prejuízos ambientais, mas não combate às causas que os

produziram), Tecnologias de produção mais limpa ou Tecnologias ambientais (minimizam a

geração de poluição na fonte, resultando em redução do uso de insumos).

Atualmente, segundo Furtado (2001) o termo “fim-de-tubo” (tecnologias de remediação

e destinação de resíduos) está ultrapassado, é sinônimo de alto custo e forma das empresas

cumprirem obrigações legais. Segundo Hilsonb (2000) as indústrias mais sustentáveis têm

identificado que muitos sistemas convencionais de “fim-de-tubo” são custosos para operar e

manter, e ineficiente para remediar os danos ambientais. Neste contexto, elas têm concluído

que a solução para esses problemas é a substituição dos equipamentos “fim-de-tubo” para

Tecnologias mais Limpas.

Foi criado o novo slogan “produção mais limpa” ou P+L, pelo PNUMA em 1989. Este

termo refere-se à um conjunto de medidas que tornam o processo produtivo mais racional,

com uso inteligente e econômico de utilidades e matérias-primas e principalmente com

mínima ou, se possível, nenhuma geração de contaminantes. A PNUMA defende aplicação de

uma estratégia ambiental integrada e preventiva a processos, produtos e serviços, para

aumentar a eficiência e reduzir os riscos aos seres humanos e ao meio ambiente.

Embora o conceito já existisse desde 1989 no mundo, o início da preocupação com

produção mais limpa no Brasil se deu apenas na metade da década de 90. Foi mais exatamente

em 1995, quando a CETESB, em São Paulo, começou a organizar uma divisão de prevenção à

poluição, que um ano depois seria de fato implementada para dar origem a vários projetos, e

também quando foi inaugurado o CNTL (em Porto Alegre-RS). A criação do CNTL, que

desde então funciona no Senai-RS, tem especial importância por ter sido instalado pelo

próprio PNUMA, em parceria com a UNIDO. Essa iniciativa dos órgãos da ONU fez o Brasil

ser um dos 22 países a ter escritório semelhante, cujo propósito é o de prestar consultoria para

estimular sistemas de gerenciamento ambiental e de implantação de programas de P+L

(FURTADO, 2001).

26

Page 38: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

De acordo com Valle (1995), para que uma Gestão Ambiental seja eficaz, deve cobrir

desde a fase da concepção do projeto até a eliminação efetiva dos resíduos gerados pelo

empreendimento depois de implantado, durante toda sua vida útil.

Valle (1995), enumera uma escala de prioridades no Gerenciamento de Resíduos:

1) Prevenir a geração - modificar processo (tecnologias limpas); substituir matérias-

primas; e substituir insumos;

2) Minimizar a geração - Otimizar processo e otimizar operação;

3) Reaproveitar - Reciclar (matérias-primas); recuperar (substâncias); reutilizar

(materiais, produtos);

4) Tratar - processos físicos; químicos; físico-químicos; biológicos; e térmicos;

5) Dispor - aterros, minas, poços, armazéns.

As Tecnologias ambientais existentes inicialmente trabalhavam, principalmente, no

tratamento dos resíduos, efluentes e emissões existentes (ex: tecnologia de incineração de

resíduos, tratamento de águas residuais, tratamento de emissões atmosféricas, etc.). Essas

tecnologias são chamadas de Técnicas de fim-de-tubo, ou seja, estudam os resíduos no final

do processo de produção. São caracterizadas pelas despesas adicionais para a empresa e

diversos problemas, como por exemplo, a produção de lodo de esgoto através do tratamento

de águas residuais (ELIAS, PRATA e MAGALHÃES, 2004).

Diferentemente da Produção Mais Limpa, que atua na prevenção da poluição, as

Tecnologias Fim-de-Tubo atuam visando remediar os efeitos da produção, ou seja, depois que

a poluição foi gerada no processo produtivo (MELLO e NASCIMENTO, 2002).

A Tecnologia mais Limpa (Cleaner Technology) é um conjunto de soluções cujos

objetivos são: proteger e resolver problemas ambientais, evitar o desperdício de recursos e a

degradação ambiental, almejar o desenvolvimento sustentável. Ela depende de novas

maneiras de pensar e agir sobre os processos, produtos, serviços e formas gerenciais em uma

abordagem mais holística (MELLO e NASCIMENTO, 2002).

Já a Tecnologia Limpa (Clean Technology) é a adoção de qualquer medida de mudança

ou transformação de métodos utilizados para reduzir, ou melhor, eliminar, já na fonte, a

produção de qualquer tipo de poluição - sonora, atmosférica, hidrosférica, etc -

evidentemente, que ajude de alguma forma a economizar matéria-prima e energia, em suma

todos os recursos, naturais ou não (PEREIRA, CUNHA e PEREIRA, 1997).

27

Page 39: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

Valle (1995) define Tecnologias Limpas como sendo o conceito desenvolvido pela

PNUMA, em que aplica de forma continua a estratégia ambiental aos processos e produtos de

uma indústria a fim de reduzir riscos ao Meio Ambiente e ao ser humano. Essa estratégia visa

prevenir a geração de resíduos, em primeiro lugar, e ainda minimizar o uso de matérias-

primas e energia (eficiência da produção).

Os autores Mello e Nascimento (2002) resumem Tecnologia Limpa como aquela que

não polui o meio ambiente. Segundo Pereira, Cunha e Pereira (1997) existem três palavras

principais atrás do conceito de Tecnologia Limpa:

Redução constante de todo e qualquer recurso utilizado para produção de um bem ou

serviço. Ou seja, produção cada vez mais com menos matérias-primas;

Reutilizar sempre que possível.

Reciclar sempre. A maioria dos produtos que estão hoje no mercado é possível ser

reciclagem.

As soluções dos processos de reaproveitamento (reciclagem, recuperação, reutilização

ou re-uso) podem ser classificadas em três grupos: Tecnologias Limpas, Tratamentos

convencionais e Tecnologias novas (VALLE, 1995).

Existem dois tipos de Tecnologias Limpas, segundo os autores acima:

1. Tecnologias de Controle - caso clássico de uma tecnologia limpa de controle são as

Estações de Tratamento de Efluentes.

2. Tecnologias de Prevenção – a aquisição dessas tecnologias além de serem mais caras

são mais difíceis de serem implementadas. Mesmo assim, parece ser comum o processo de

primeiro implantar tecnologias limpas de controle para depois tentar alcançar a ideal: a de

prevenção.

Enfim, “Tecnologia Limpa” é uma meta que deve ser perseguida, mas difícil de ser

atingida na prática, pois sempre haverá algum tipo de impacto ambiental (não existe produção

com poluição zero). As “Tecnologias mais Limpas” são aquelas que causam menos impacto

ambiental do que outras tecnologias com as quais se está comparando (MELLO e

NASCIMENTO, 2002).

Segundo Young (10/01/2005) “as oportunidades para difusão de Tecnologias Limpas,

variam enormemente”. Isto se deve à grande disparidade tecnológica do país, pois as

estruturas produtivas brasileiras são muito heterogêneas. Para melhorar esse panorama ele

28

Page 40: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

propõe a criação de mecanismos de financiamentos outros incentivos tecnológicos. O autor

ainda afirma que “nem sempre a melhoria da qualidade ambiental poderá ser redutora de

custos”. Nos setores onde as possibilidades de “ganho-ganho” são muito reduzidas, ou então,

em setores onde o capital instalado é relativamente recente, a adoção de tecnologias

“redutoras de custos” exigiria investimentos pesados sobre um parque instalado que ainda não

foi financeiramente depreciado.

Já Barbieri (1997) simplifica as fases para implantação de tecnologias ambientais:

1. Natureza corretiva - decorrente de exigências legais. Nesta fase a empresa atua

sobre os efeitos do processo produtivo encara o cuidado ambiental como elevação

dos custos de produção.

2. Substituição de máquinas, materiais e recursos energéticos - equipamentos

para uma produção mais eficiente e que polui menos. Ou seja, implantação de

tecnologia ou produção mais limpa.

3. O meio ambiente está entre as prioridades máximas da empresa - envolve

todas as suas áreas funcionais. E nesta fase ela procura diferenciação baseada no

oferecimento de produtos e embalagens de baixo impacto ambiental.

Barbieri (1997) ainda mostra que o Governo utiliza alguns instrumentos de Política

Ambiental para alcançar efeitos nas empresas:

Instrumentos econômicos - induz o comportamento das pessoas e das

organizações em relação ao meio ambiente através de medidas que

representem benefícios ou custos adicionais para elas;

Instrumentos de comando e controle – normas legais que estabelecem

padrões de emissão.

Os instrumentos acima descritos são necessários para impedir a degradação ambiental

emergente em curto prazo. E em longo prazo é eficiente a educação ambiental (BARBIERI,

1997).

As Tecnologias Limpas são importantes ferramentas do Desenvolvimento Sustentável e

parte integrante do mercado das Tecnologias de futuro (MARQUES, BRÁSIO e PINTO,

2004).

29

Page 41: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

2.4.2 Impactos dos Postos de Combustíveis ao Meio Ambiente

Segundo Resolução CONAMA n. 001, de 23 de janeiro de 1986, art. 1° (apud ROCHA,

SILVA e MEDEIROS, 2004), Impacto ambiental é:

“Qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam: a saúde, a segurança e o bem-estar da população; as atividades sociais e econômicas; a biota; as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; a qualidade dos recursos ambientais”.

Pode-se observar também que fenômenos naturais (terremotos, erupções vulcânicas)

também causam impactos ambientais importantes. E as ações humanas não conseguem

reparar os danos causados por muitos desses fenômenos (VALLE, 1995).

Não há qualquer atividade humana que não cause algum tipo de impacto ambiental.

Algumas podem causar mais do que outras, mas não existe uma que cause impacto zero no

meio ambiente. Por isso é importante que qualquer que for a atividade humana tenha-se a

preocupação em proteger o meio ambiente.

Segundo Strang (1976) um dos problemas fundamentais é que a sociedade técnico-

industrial acha-se dirigida para atividades especializadas de objetivos limitados. Ou seja,

tende-se em vista sempre atender a um fim específico, do momento, sem considerar o

problema em seu conjunto e a longo prazo. Com isso resultam poluição da água e ar, erosão e

deterioração dos solos, etc.

Baseado no cenário atual de desenvolvimento e de mudanças na consciência ecológica, o

governo e a sociedade como um todo, estão cada vez mais exigindo atitudes ambientais mais

conscientes por parte das indústrias, comércio, prestadores de serviços, etc. São através das

leis, normas e resoluções na área ambiental que os órgãos ambientais estão fiscalizando e

orientando para tentar minimizar e/ou eliminar os impactos ambientais causados pelas

atividades diversas das empresas (ROCHA, SILVA e MEDEIROS, 2004).

A maioria dos combustíveis utilizados mundialmente é derivada do petróleo. Este é

composto no seu estado natural de uma mistura complexa de diversos compostos diferentes,

no qual a maioria deles é formada por Carbono e Hidrogênio, que são os chamados

Hidrocarbonetos. Encontram-se ainda, pequenas quantidades de outras substâncias:

nitrogênio, enxofre, oxigênio e alguns metais (DUARTE, 2003).

30

Page 42: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

A composição química dos principais produtos comercializados dos Postos de

Distribuição de combustível, conforme o Manual de Operações de HSSE (saúde, segurança e

meio ambiente) para Postos de Serviços (SHELL BRASIL LTDA, 2003):

Gasolina comum tipo “C” (sem chumbo) - Natureza Química: mistura completa de

hidrocarbonetos, contendo tipicamente de 29 a 39% (m/m) de aromáticos, 19 a 2%

(m/m) de olefinas, 32 a 52% (m/m) de saturados e < 1,0% (m/m) de benzeno, com

número de carbono predominantemente na faixa de C4 a C12. Contém também álcool

etílico anidro, com teor e especificação conforme a legislação em vigor.

Óleo Diesel automotivo tipos B, C, D e marítimo - Natureza química: É um produto

preparado composto de uma mistura complexa de hidrocarbonetos contendo

parafinas, cicloparafinas, aromáticos, naftênicos e olefinas, como número de carbono

predominantemente na faixa de C9 a C22. Pode conter óleos craqueados

cataliticamente, nos quais compostos aromáticos policíclicos, principalmente das

espécies de 3 anéis e alguns de 4 a 6 anéis estão presentes. Contém enxofre e pode

conter compostos de nitrogênio e oxigênio. Também pode conter um ou mais dos

seguintes aditivos: antioxidante, detergente, inibidores de corrosão e de espuma,

desemulsificador e aumentador de cetano.

De acordo com as mudanças no mundo e no Brasil, os Postos de Abastecimentos estão

evoluindo do simples e antigo “Posto de Gasolina” para o novo conceito de Postos de

Serviços, que além de oferecer a atividade de abastecimento, também se encontra as modernas

trocas de óleo, lavagem automatizada de veículos e as lojas de conveniência. A possibilidade

de vazamentos, derrames, poluição hídrica e resíduos gerados das atividades nos postos, faz

com que sejam poluidor em potencial (ROCHA, 2001).

Devido às atividades, processos e produtos dos postos de combustíveis causarem

severos danos sobre o meio ambiente, é estritamente necessária a determinação dos seus

impactos ambientais mais significativos.

Os impactos ambientais estão presentes em todas as fases da industria do petróleo, e

quanto mais próximos estiverem da etapa final, (refino e distribuição) mais significativo são

os danos sobre o meio ambiente (BARCELLOS apud ROCHA, 2001).

Segundo Rocha, Silva e Medeiros (2004), de uma forma geral os impactos ambientais

causados pelas atividades dos Postos de Combustíveis são:

31

Page 43: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

Contaminação humana: pode ocorrer pela via dermal, via respiratória e via oral. Os

funcionários desses lugares de trabalho são susceptíveis a adquirir doenças na pele

(que podem até ser carcinogênicos). Alguns postos oferecem o serviço de oficina

mecânica, onde são usados vários produtos químicos tais como os componentes das

tintas utilizadas nos veículos. Como os veículos são pintados em local aberto, as

pessoas que transitam na área próxima à oficina são diretamente afetadas pela

aspiração dos produtos químicos encontrados na tinta.

Contaminação do solo e das águas subterrâneas: através de derramamentos de

combustíveis e mais grave quando ocorrem vazamentos dos tanques de

armazenamento de combustível enterrados no solo, que dependendo da gravidade e da

característica do solo podem atingir os lençóis freáticos ocasionando a contaminação

da vizinhança através dos poços, que na maioria das vezes são usados como fonte de

abastecimento de água das pessoas. Devido à elevada e permanente umidade, os

tanques são corroídos, provocando erosões no material, facilitando o vazamento de

combustível. Também as atividades de troca de óleo, lavagem de veículos e o serviço

de oficina mecânica causam a contaminação do solo e sistemas de esgotos. Um

aspecto importante, é que muitos postos estão localizados em áreas próximas aos

lençóis subterrâneos, quando não estão sobre as dunas.

Incêndio: os efeitos causados pelos incêndios, quando ocorrem, são bastante

prejudiciais aos funcionários, clientes, proprietários, e vizinhança e podem causar

vítimas fatais. Diante destes perigos, alguns cuidados devem ser tomados no manuseio

dos produtos de petróleo, visando evitar incêndios e riscos às pessoas.

Resíduos: os principais tipos de resíduos perigosos gerados são: óleo usado ou

contaminado, areia contaminada com combustível, mantas e cordões absorventes,

filtros de óleo lubrificantes, de combustíveis de veículos e de ar, borra e combustível

proveniente da caixa separadora de água e óleo, vasilhame de óleo usado e estopas

usadas.

Além da atividade em si ter impactos negativos ao ambiente, infelizmente, também são

cometidos alguns erros de contrução em Postos de Combustível que comprometem o meio

ambiente. Por exemplo: a saída da caixa separadora do posto junto com a saída de óleo,

construção de um posto em cima de um rio, instalação életrica irregular em área de alto risco,

entre outros. Esses e outros exemplos disso podem ser observados nas figuras do Anexo C.

32

Page 44: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

A análise dos impactos ambientais (reais ou potenciais) das atividades dos Postos de

Combustíveis é de suma importância, pois é através dela que o proprietário deste terá

conhecimento suficiente sobre os impactos causados pelas suas atividades e operações, as

ações de mitigação para reduzir e/ou eliminar estes impactos, os aspectos legais, a tecnologia

desenvolvida para dar suporte as ações de mitigação, etc. Depois que estes conhecimentos

estejam sedimentados, a alta administração do posto pode assim dar início a implementação

dos requisitos da norma ISO 14001, ou seja, poderá seguir os requisitos do Sistema de Gestão

Ambiental desenvolvendo sua política ambiental, traçar seus objetivos, metas, ações de

melhoria contínua, enfim iniciar o importante caminho na busca pela certificação da ISO

14001 (ROCHA, SILVA e MEDEIROS, 2004).

VALLE (1995) afirma que “para as empresas que não vêm na Qualidade Ambiental um

empecilho, mas um fator de sucesso para se posicionarem no mercado, tem nas normas

ISO14000 a oportunidade para se valorizarem internacionalmente”. .

Em Novembro de 2000, o CONAMA aprovou a Resolução nº 273 na qual todos os

postos de combustíveis são obrigados a ter licença ambiental, cuja maior preocupação é com o

vazamento de combustíveis para o lençol freático e redes de esgoto (Tribuna do Norte apud

ROCHA, 2001). As novas regras estabelecidas para os postos de serviço são:

Ter licença ambiental dos órgãos ambientais do Município ou do Estado onde estiver

instalado para funcionar;

Estar localizado em áreas previamente aprovadas pelo plano diretor da cidade;

Informar ao órgão ambiental as condições e espessura dos tanques para estoque dos

combustíveis;

Dispor de mão-de-obra treinada para evitar vazamentos dos produtos;

Indicar o local de despejo dos resíduos de óleo.

33

Page 45: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

2.4.3 Técnicas ambientais nos Postos de combustível

Existem alguns recursos tecnológicos que permitem uma gestão ambientalmente correta

(ou que evitam vazamentos) nos Postos de Combustível (TEXACO BRASIL, 17/06/2006).

São eles:

1. Tanques de parede dupla - são tanques cilíndricos horizontais construídos de aço

carbono, envoltos em um outro tanque de material não metálico, com um interstício

entre os dois tanques, permitindo assim que, se houver um furo por corrosão no

tanque de aço, o produto fique contido no tanque externo evitando o escoamento do

produto para o solo. Esses tanques novos possuem grandes câmaras de calçada, as

quais possibilitam o acesso à boca de visita e a visualização das suas tubulações, as

quais, preferencialmente, devem ser de material impermeável para evitar rupturas por

torções. Qualquer vazamento, ocorrido nessas tubulações, será contido no interior da

câmara, sem qualquer prejuízo para o meio ambiente. Convém esclarecer, que devem

ser realizados testes para averiguar a estanqueidade dos mesmos, imediatamente após

a sua instalação e antes de serem colocados em uso (MEIO AMBIENTE,

17/06/2006). Na figura 2.8, pode-se vizualizar um exemplo de tanque de parede

dupla.

Fonte: TEXACO BRASIL, 17/06/2006

Figura 2.8– Tanque de parede dupla

2. Tubulações de polietileno de alta densidade- devido a sua alta resistência e por não

sofrer processo de corrosão, não permitem o vazamento de produtos para o solo.

Contudo, são flexíveis para absorver os impactos e adaptar-se à movimentação do

piso e do solo.

3. Válvula de retenção junto á bomba de abastecimento- válvula de retenção instalada

junto á sucção de cada bomba da unidade de abastecimento ou do filtro prensa. Em

34

Page 46: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

caso de qq perfuração na tubulação que interliga o tanque do posto até a bomba de

abastecimento ou filtro prensa, o produto escoa diretamente para o tanque, não

permitindo assim contaminação do solo.

4. Descarga selada- vita qualquer derrame do produto durante a descarga dos

caminhões-tanques para os tanques dos postos. A mangueira do caminhão-tanque é

conectada diretamente no bocal do tanque do posto.

5. Câmaras de contenção de descarga (spill container)- São caixas impermeáveis

instaladas no bocal de descarga do tanque. Evitam eventuais vazamentos que possam

ocorrer durante a descarga de produto para o tanque do posto. A figura 2.9 mostra um

exemplo de câmara de contenção de descarga.

Fonte: MEIO AMBIENTE, 17/06/2006

Figura 2.9 – Câmara de conteção de descarga

6. Câmaras de contenção sob as bombas de abastecimento (SUMP)- são caixas de

contenções impermeáveis instaladas sob as bombas para conter eventuais vazamentos

que possam ocorrer nas manutenções das bombas de abastecimento.

7. Câmaras de contenção de tanques (SUMP)- são equipamentos instalados junto á boca

de visita dos tanques subterrâneos para conter eventuais vazamentos que venham a

ocorrer na tubulação conectada ao tanque do posto. Na figura 2.10, observa-se um

exemplo de câmaras de contenção de tanques.

35

Page 47: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

Fonte: TEXACO BRASIL, 17/12/2006

Figura 2.10– Câmaras de conteção de tanques

8. Sistemas de monitoramento de tanque - são equipamentos instalados junto á boca de

visita dos tanques subterrâneos para conter eventuais vazamentos que venham a

ocorrer na tubulação conectada ao tanque do posto.São eles: sensor intersticial para

tanques de parede dupla, display remoto, sensor de sump de bomba ou tanque, sondas

magnetostrictivas.

9. Piso impermeável- toda área de abastecimento de veículos embaixo da projeção da

cobertura é construída de concreto, bem como sobre a área onde os tanques são

instalados. As trincas ou afundamentos existentes no piso das pistas de abastecimento

do estabelecimento, quase sempre, são reflexos do esforço mecânico imposto pela

circulação de veículos no local, principalmente, caminhões e carretas. Nestas

condições, as tubulações e tanques subterrâneos estão sujeitos aos efeitos da vibração

e da movimentação do solo, podendo gerar rupturas, principalmente nas conexões,

sendo que este fato ocorre, com maior freqüência, em postos localizados em rodovias.

Sinais de reformas existentes no piso, quase sempre, indicam que tenham sido

realizados reparos em linhas ou tanques, em razão da ocorrência de vazamentos

passados. O material constituinte do piso, também é um fator importante, pois,

embora não seja tão freqüente, ainda são encontrados postos e sistemas retalhistas de

combustíveis não pavimentados ou mesmo construídos com blocos de concreto,

asfalto ou paralelepípedos, os quais permitem que, durante as operações de

descarregamento ou de abastecimento dos produtos, qualquer vazamento superficial

de combustível, se infiltre no solo. Observa-se um exemplo de pista de abastecimento

não impermeável na figura 2.11.

36

Page 48: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

Fonte: MEIO AMBIENTE, 17/06/2006

Figura 2.11- Pista de abastecimento não impermeável

10. Canaleta de conteção na projeção da cobertura- as canaletas ao redor da pista de

abastecimento e/ou do estabelecimento têm a finalidade de conter os eventuais

derramamentos ocorridos durante as operações de abastecimento ou de descarga dos

combustíveis, bem como receber os eventuais efluentes da lavagem de veículos, e

direcioná-los por tubulação até a caixa separadora de água e óleo individual e

segregado dos demais separadores existentes. Os postos de revenda, em sua grande

maioria, não atendem a esse critério técnico e direcionam as canaletas para a via

pública. Desta forma, os produtos extravasados acumulam-se nas calçadas e ao longo

das sarjetas e atingem, rapidamente, as galerias de águas pluviais ou de esgotos,

gerando atmosferas inflamáveis em seu interior (MEIO AMBIENTE, 17/06/2006). A

figura 2.12 mostra um exemplo de posto com canaleta adequada.

Fonte: MEIO AMBIENTE, 17/06/2066.

Figura 2.12– Canaleta adequada

11. Caixa separadora água/óleo- utilizada para separar produtos imiscíveis em água.. são

caixas subterrâneas com dois compartimentos, sendo um de decantação da água e

37

Page 49: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

outro de flutuação dos óleos, divididos por uma parede intermediária aberta na sua

parte inferior, normalmente construídas em alvenaria, as quais localizam-se em frente

ou nas proximidades dos locais onde é realizada a lavagem completa de veículos. Tais

caixas são sujeitas à ocorrência de trincas em sua estrutura ou mesmo ao

extravazamento por excessivo acúmulo de resíduos. Atualmente, já existem

separadores de água e óleo confeccionados em fibra de Poliéster, Polietileno ou

outros produtos similares, os quais impedem as infiltrações de óleo ou água

contaminada no solo. Uma boa maneira para aumentar a eficiência dos separadores de

água e óleo, é a instalação de mais de um compartimento de decantação e separação

das fases líquidas da água e dos óleos, depurando, ao máximo, a mistura. Os

separadores devem ser esvaziados e limpos com freqüência, evitando-se o excessivo

acúmulo de sólidos em suspensão e borras na caixa de sedimentação ou que o mesmo

seja utilizado como reservatório de estocagem desses resíduos (MEIO AMBIENTE,

17/06/2006).

12. Câmara de contenção sob o filtro- são caixas e bandejas de contenções impermeáveis

instaladas sob os filtros para conter eventuais vazamentos que possam ocorrer nas

manutenções.

No Anexo B segue figuras de algumas medidas para uma gestão ambientalmente correta

nos Postos de Combustíveis.

Segundo a Resolução 273 de 29 de Novembro de 2000 (CONAMA), artigo 1°: a

localização, construção, instalação, modificação, ampliação e operação de postos de

combustíveis (e outras atividades que envolvem derivados de petróleo e outros combustíveis)

dependem de um prévio licenciamento do órgão ambiental competente. O órgão ambiental

competente exigirá as seguintes licenças ambientais:

1. Licença Prévia (LP), é concedida na fase preliminar do planejamento do

empreendimento aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade

ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos

nas próximas fases de sua implementação;

2. Licença de Instalação (LI), autoriza a instalação do empreendimento com as

especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo

medidas de controle ambiental e demais condicionantes da qual constituem motivo

determinante;

38

Page 50: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

3. Licença de Operação (LO), autoriza a operação da atividade, após a verificação do

efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores, com as medidas de

controle ambiental e condicionantes determinados para a operação.

E o artigo 7º dessa Resolução, diz ainda que “Caberá ao órgão ambiental licenciador,

exercer as atividades de fiscalização dos empreendimentos de acordo com sua competência

estabelecida na legislação em vigor” (CONAMA, 2000).

2.4.4 - Fatores que inibem o uso de Tecnologias Limpas ou Ambientais

Segundo VALLE (1995), os mecanismos (Econômico e Fiscal) para estimular e punir as

organizações e indivíduos a alterarem seu comportamento e sua postura face ao Meio

Ambiente são:

a) Taxação ou Imposição de multas ao gerador da poluição pela emissão de poluentes;

b) Benefícios e isenção de taxas para aqueles que não utilizarem determinados agentes

nocivos (Sistemas de depósito/reembolso);

c) Incentivos concedidos pela não emissão de poluentes;

d) Bolsa de “permissões de emissão”, em que podem ser negociados direitos entre

instalações que superam as normas e aqueles que não conseguem.

A motivação das empresas a aceitarem a responsabilidade pela proteção do meio

ambiente é demonstrada por pesquisa realizada pelo Internacional Network for Environmental

Management (VIARDOT, 1994, apud DINATO, 1998). São elas:

Senso de responsabilidade ecológica;

Exigências legais;

Proteção dos interesses da empresa;

Imagem;

Proteção dos funcionários;

39

Page 51: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

Pressão do mercado;

Qualidade de vida;

Lucro.

De acordo com Hilsonb (2000), no Brasil desde 1986 o BNDES (do governo nacional),

tem oferecido linhas de crédito para apoiar o controle da poluição industrial. Entre os projetos

para financiamento, incluem tecnologias fim-de-tubo, mudanças no processo e reciclagem/

recuperação de projetos.

Embora existam incentivos para que as empresas tenham uma postura ecológica,

existem barreiras que as impedem de assim agir. O autor Maimon (apud CAIGN, 2000)

enumera algumas barreiras:

Organizacionais: Ênfase na sobrevivência, poder de decisão, alta rotatividade da

equipe técnica, e falta de envolvimento dos empregados da própria empresa;

Sistêmicas: Falta de informações, sistema de gestão inadequado, falta de capacitação

dos empregados;

Comportamentais: Falta de cultura organizacional, resistência a mudanças, falta de

lideranças, ausência de uma efetiva supervisão, e insegurança no trabalho;

Técnicas e Econômicas: Falta de infra-estrutura, treinamento limitado ou não

disponível, acesso limitado de informações técnicas, defasagem tecnológica,

disponibilidade de recursos e custo de financiamento, exclusão de custos ambientais

da tomada de decisão e das análises de custo/benefício;

Governamentais e outras: Política industrial, ausência de políticas de preços reais

para recursos naturais, falta de incentivos e de suporte institucional para minimizar os

impactos ambientais, e falta de espaço físico para implantação dos projetos.

Barros, Paiva e Sisinno (2003), identificaram algumas barreiras que impedem o sucesso

da Produção mais Limpa nas pequenas e médias empresas brasileiras:

Pouca participação dos funcionários - no Brasil as grandes empresas geralmente têm

maior aceitação das sugestões vindas dos seus funcionários do que as pequenas e

médias empresas;

40

Page 52: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

Barreiras técnicas e financeiras - a maior alocação de recursos financeiros precisa

constituir um grande incentivo para a implantação e manutenção de programas de

Produção mais limpa nestas empresas;

Falta de informação quanto à Gestão Ambiental no Brasil - faz com que os

empresários muitas vezes adotem técnicas de “fim-de-tubo” para resolver problemas

em vez de prevení-los;

Resistência dos empresários para distribuir informações das suas empresas e para

revisar os processos operacionais.

O autor Reijnders (2003) afirma que uma regulação de licença, baseada numa lei

adequada e relacionado a acordos negociados podem fazer emergir o instrumento mais

específico à promoção da Produção mais Limpa.

A seguir no quadro 2.2 pode-se observar alguns Benefícios (Econômicos e Estratégicos)

que a Gestão Ambiental traz para as empresas.

Quadro 2.2- Benefícios da Gestão Ambiental

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS

Economia de Custos: Devido à redução do consumo de água, energia e outros insumos; Devido à reciclagem, venda e aproveitamento de resíduos e diminuição

de efluentes; Redução de multas e penalidades por poluição.

Incremento de Receitas: Aumento da contribuição marginal de “produtos verdes” que podem ser

vendidos a preços mais altos; Aumento da participação no mercado devido a inovação dos produtos e

menos concorrência; Linhas de novos produtos que contribuam para diminuição da poluição.

BENEFÍCIOS ESTRATÉGICOS Melhoria da imagem institucional; Renovação do “portfólio” de produtos; Aumento da produtividade; Alto comprometimento do pessoal; Melhorias nas relações de trabalho; Melhoria da criatividade para novos desafios; Melhoria das relações com os órgãos Governamentais, comunidade e

grupos ambientalistas; Acesso assegurado ao mercado externo; Melhor adequação aos padrões ambientais.

Fonte: Donaire apud Cagnin, 2000

41

Page 53: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

O autor Kjaerheim (2005) tem uma visão mais ampla quanto ao uso de Produção mais

Limpa. Ele defende que as empresas precisam acreditar de que as atividades de Produção

mais Limpa no final irão contribuir para o desenvolvimento de um país, das seguintes

formas:

Hoje: eco-eficiência; baixos consumos de energia e redução da produção de

gases na atmosfera; redução de emissões no ar, água e solo; redução do uso de

materiais tóxicos na produção e nos produtos; entre outros.

Amanhã: criação de atitudes positivas para mudanças e melhoras; melhora da

saúde ocupacional e segurança; aumento da competitividade das empresas;

desenvolvimento de incentivos; melhor entendimento do processo natural e

desenvolvimento do respeito á Natureza; melhora da comunicação entre as

empresas e seus fornecedores e entre as empresas e seus consumidores; entre

outros.

Futuro não tão distante: aumento da dignidade humana e respeito próprio; justo

comércio; desenvolvimento democrático; mudança nos padrões de consumo;

erradicação da pobreza.

Um benefício apontado por Hilsona (2000), é que a adoção da prevenção e estratégias de

Produção mais Limpa tem salvado empresas de enormes quantias de dinheiro sendo gastos na

limpeza do meio ambiente, que poderiam ter outro uso.

42

Page 54: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

Capítulo 3

Metodologia da Pesquisa de Campo

Este capítulo tem como finalidade apresentar os procedimentos metodológicos

utilizados neste trabalho para se atingir o objetivo proposto pela pesquisa.

As etapas que compõe a metodologia empregada são compostas pela: tipologia da

pesquisa, plano e coleta de dados, instrumento de coleta de dados e técnicas estatísticas

utilizadas para analisar os dados.

3.1 Tipologia da Pesquisa

A pesquisa científica se distingue de outra modalidade qualquer de pesquisa pelo

método, pelas técnicas, por estar voltada para a realidade empírica e pela forma de comunicar

o conhecimento obtido (RUDIO apud GOMES, 2004).

Para Gil (1999) a pesquisa tem um carácter pragmático, é um processo formal e

sistemático de desenvolvimento do método científico. E o objetivo fundamental da pesquisa é

descobrir respostas para problemas mediante o emprego de procedimentos científicos.

Método em pesquisa signifíca a escolha de procedimentos sistemáticos para a descrição

e explicação de fenômenos. Assim, o trabalho de pesquisa deve ser planejado e executado de

acordo com as normas requeridas por cada método de investigação (RICHARDSON apud

GOMES, 2004).

43

Page 55: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

Esta pesquisa é um Estudo de Caso, quanto á natureza é Aplicada, quanto á abordagem

do problema é Quantitativa e do ponto de vista dos objetivos é Exploratória, e utilizou-se a

técnica de questionários. Nos procedimentos de coleta de dados optou-se pelo tipo

levantamento ou survey que buscam diretamente no grupo de interesse os dados desejados

(GIL, 1999).

O método quantitativo caracteriza-se pelo emprego da quantificação tanto nas

modalidades de coleta de informações, quanto no tratamento dessas através de técnicas

estatísticas. Este método representa a intenção de garantir a precisão dos resultados, evitar

distorções de análise e interpretação, possibilitando uma margem de segurança quanto às

inferências. Através da quantificação aparecem resultados que se impõem como evidência

empírica imediata (RICHARDSON apud GOMES, 2004).

Este método considera que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em

números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las. Requer assim, o uso de

recursos e de técnicas estatísticas tais como percentagem, média, moda, mediana, desvio-

padrão, etc (SILVA e MENEZES, 2001).

A pesquisa exploratória é desenvolvida como objetivo de proporcionar visão geral, de

tipo aproximativo, acerca de determinado fato. Este tipo de pesquisa é realizado

especialmente quando o tema escolhido é pouco explorado e torna-se difícil sobre ele

formular hipóteses precisas e operacionalizáveis (Gil, 1999).

De acordo com Silva e Menezes (2001), a pesquisa exploratória proporciona maior

familiaridade com o problema com vistas a torná-lo explicito ou a construir hipóteses.

Assume em geral, as formas de Pesquisas Bibliográficas e Estudos de Casos.

Os métodos exploratórios empregados nesta pesquisa são o levantamento bibliográfico

em livros, periódicos nacionais e internacionais e visitas a websites.

Para Gil (1999) a pesquisa descritiva tem como objetivo principal a descrição das

características de determinada população ou fenômeno, ou o estabelecimento de relações

entre variáveis.

Este tipo de pesquisa observa, registra, analisa e também pode estabelecer correlações

entre variáveis sem manipulá-las. Não tem compromisso de explicar os fenômenos que

descreve, embora sirva de base para tal explicação. Ela é interessada em descobrir e observar

fenômenos, procurando descrevê-los, classificá-los e interpretá-los (CERVO e BERVIAN

apud GOMES, 2004).

44

Page 56: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

Esta pesquisa investiga quais são os fatores que inibem o uso de Tecnologias Limpas em

Postos de Combustíveis em Natal - RN.

3.2 Plano e Coleta de Dados

Os dados obtidos para realização deste trabalho foram coletados com o auxílio de um

questionário, identificado como sendo o instrumento de pesquisa.

Para Gil (1999) universo ou população é um conjunto definido de elementos que

possuem determinadas características. A população pode ser formada por pessoas, famílias,

estabelecimentos industriais, ou qualquer outro tipo de elementos, dependendo basicamente

dos objetivos da pesquisa. Ele define como sendo amostra o subconjunto do universo ou

população, por meio do qual se estabelecem ou se estimam as características desse universo

ou população.

O período de coleta de dados compreendeu os meses de Outubro, Novembro e início de

Dezembro de 2005.

Na capital do estado do Rio grande do Norte, Natal, de acordo com o registro da ANP

(Setembro, 2005) existem cerca de 158 Postos de combustíveis, e a cada dia é alterado esse

número pela ANP. Porém somente 111 estão atualizados e os restantes (47) estão com

atividade revogada, em análise ou com cadastro pendente por falta de documentação. Na

prática quando se vai ao campo, encontra-se um número ainda inferior, porque alguns dos

registros são do mesmo Posto, com razão social (ou nome de fantasia) diferente e mesmo

endereço, ou seja, o número de postos que se encontram na ANP é irreal.

No entanto, por não se saber qual o número exato de postos existentes, vai ser usado o

número fornecido pela ANP como sendo a população alvo, deste só os que estão com

atividade regularizadas (111 Postos).

Para coleta dos dados, utilizou-se a aplicação do questionário diretamente aos gerentes

ou sub-gerentes dos Postos, de acordo com a sua disponiblidade e/ou presença. A amostra foi

por conveniência, do tipo não probabilístico, porém estratificada de acordo com a região.

45

Page 57: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

Foram aplicados os questionários em todas as regiões de Natal (Norte, Sul, Leste e

Oeste), no entanto na zona Sul encontraram-se maior número de Postos de Combustível, e

conseqüentemente onde foi aplicado mais questionários.

Depois de coletados os dados, foram analisados através de métodos estatísticos com

vista a alcançar os objetivos pretendidos.

3.3 Instrumento de Coleta de Dados

Nesta pesquisa o instrumento utilizado para a obtenção de dados foi à aplicação de

Questionário (Apêndice I). Para Gil (1999), o questionário é a técnica de investigação

composta por um número mais ou menos elevado de questões apresentadas por escrito às

pessoas, tendo por objetivo o conhecimento de opiniões, crenças, sentimentos, interesses,

expectativas, situações vivenciadas, etc.

Embora esta técnica apresente vantagens e desvantagens, ela é muito utilizada, pois

nela encontram-se traduzidos os objetivos da pesquisa em questões especificas. São as

respostas a essas questões que irão proporcionar os dados requeridos para testar hipóteses ou

esclarecer o problema da pesquisa. Os elementos fundamentais do questionário são as

questões (GIL, 1999).

Neste trabalho elaborou-se um questionário composto por questões fechadas (em que

apresentam categorias ou alternativas de respostas fixas e preestabelecidas) e uma aberta.

Antes da aplicação definitiva, o questionário passou por uma prova preliminar. A

finalidade desta prova, conhecida como pré-teste, é evidenciar possíveis falhas na redação do

questionário tais como: complexidade das questões, imprecisão na redação, constrangimentos

ao informante, exaustão, entre outras. O pré-teste é realizado através da aplicação de alguns

questionários a elementos que pertencem à população pesquisada.

A escala adotada no questionário foi de 1 a 5, onde 1 tem menos valor e 5 mais valor

significativo nas questões.

46

Page 58: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

O questionário elaborado é constituído por 13 questões, em que as questões-chave

para alcançar os objetivos principais deste trabalho são a questão 6 (onde está listada algumas

barreiras da implantação de Tecnologias Limpas ou Ambientais em Postos de Combustíveis)

e a questão 8 (onde está listados alguns benefícios da implantação de Tecnologias Limpas ou

Ambientais em Postos de Combustíveis). As restantes questões servem para traçar o perfil do

entrevistado e a situação atual dos Postos de Combustíveis em Natal - RN.

3.4 Técnicas de Análise

Para a realização da análise de dados desta pesquisa foram utilizados os softwares Excel

e Statistica versão 5.0, para Windows. As técnicas estatísticas utilizadas para análise dos

dados coletados foram a Análise Descritiva e Análise de Cluster (ou de agrupamento).

A análise descritiva funciona como uma ferramenta útil para identificar o

comportamento das principais variáveis do estudo, pode ser considerada como uma análise

exploratória de dados.

Segundo Gil (1999), a descrição dos dados obtidos numa pesquisa é feita geralmente

para atender a um destes quatro objetivos: caracterizar o que é típico no grupo; indicar a

variabilidade dos indivíduos do grupo; verificar como os indivíduos se distribuem em relação

a determinadas variáveis; e mostrar a força e a direção da relação entre as variáveis estudadas.

A Análise de Agrupamentos (Clusters), também denominada Análise de

Conglomerados, segundo Cooper e Schindler (2003) é “um conjunto de técnicas para agrupar

objetos ou pessoas similares”. Esta é uma técnica estatística que objetiva agrupar os

indivíduos (casos) que possuem características semelhantes em função de um conjunto de

variáveis selecionadas. Assim, a análise de Cluster classifica os indivíduos (casos) em grupos

homogêneos, denominados agrupamentos ou conglomerados.

Esta técnica permite uma forma consistente de classificar os entrevistados (gerentes/sub-

gerentes) possibilitando sintetizar as informações colhidas, fazendo com que as informações

obtidas por eles sejam reduzidas de forma conveniente à informação sobre apenas k grupos.

47

Page 59: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

Hair et all (1998, apud GOMES, 2004) definem a Análise de Agrupamentos (Clusters),

como um conjunto de técnicas que possuem o objetivo de agrupar indivíduos ou objetos

baseados nas características que eles possuem. Os grupos de objetos resultantes devem então

exibir alta homogeneidade interna e alta heterogeneidade externa. Ou seja, os grupos obtidos

pela análise de Cluster são semelhantes entre si e diferentes de outros Clusters.

48

Page 60: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

Capítulo 4

Resultados e Discussões

Para Gil (1999), a análise dos resultados “tem como objetivo organizar e sumariar os

dados de forma tal que possibilitem o fornecimento de respostas ao problema proposto para

investigação”. Assim sendo, o objetivo deste capítulo é analisar os resultados e abordar as

discussões obtidas na pesquisa de campo.

Este capítulo apresenta inicialmente as características técnicas do processo de execução

deste trabalho, por meio da validação da pesquisa (população e amostra). Em seguida, é

realizada a análise descritiva dos resultados através de figuras (o perfil dos entrevistados e a

situação atual dos postos), e finalmente a análise de cluster ou de agrupamentos.

4.1 Validação da pesquisa

A Validação da pesquisa significa identificar as características técnicas do trabalho e

destacar as diferenças do que foi planejado na definição da metodologia e os resultados

obtidos com a pesquisa de campo (GOMES, 2004).

4.1.1 População e Amostra

Do total de 111 Postos de Combustível que estão atualizados (dados da ANP de

Setembro de 2005) foram pesquisados 86 postos. Tentou-se o maior número possível mas

devido à recusa pela parte dos Gerentes/sub-gerentes em colaborar com a pesquisa e a

desativação de alguns postos, não se conseguiu todos. Porém, o maior motivo por não ter sido

possível alcançar a amostra proposta foi que ao decorrer da pesquisa notou-se que num

49

Page 61: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

mesmo endereço estava cadastrado mais do que um posto com nomes diferentes. Então, na

realidade a população de 158 Postos fornecida pela ANP está além do verdadeiro número

existente.

A figura 4.1 a seguir mostra o número de amostras conseguidas por Zona, e o número da

população em cada Zona. A Zona em que se encontram maior número de postos é a Sul e a

que tem menos número é a Norte, tanto na população como na amostra recolhida.

16%

32%

28%

23%

15%

38%

22%24%

Norte Sul Leste Oeste

Zonas de Natal

População

Amostra

Fonte: Dados da pesquisa

Figura 4.1- População e amostra por Zonas

Pode-se observar de que o tamanho da amostra se mostra bastante representativa. Os

dados obtidos para compor a amostra corroboram com os dados da população de forma

estratificada, assim torna-se evidente a validação da pesquisa.

A aplicação do questionário foi no contato direto com os entrevistados (gerentes/sub-

gerentes) nos próprios Postos de Combustíveis, de segunda a sexta, nos horários normais de

trabalho.

50

Page 62: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

4.2- Análise Descritiva

Através dos dados coletados foram feitas análises descritivas: o perfil da amostra

entrevistada e a descrição da situação atual dos Postos de Combustível pesquisados.

4.2.1 Perfil dos Entrevistados

Neste item apresenta-se um perfil dos gerentes/ sub-gerentes dos Postos de Combustível

entrevistados caracterizando-os quanto à idade, grau de instrução, grau de conhecimento

quanto ao uso de Tecnologias Limpas ou Ambientais em Postos de Combustíveis, freqüência

de acesso a informações sobre Tecnologias Limpas ou Técnicas de proteção ambiental

(Produção mais Limpa) e grau do seu conhecimento quanto às Resoluções do CONAMA

(Conselho Nacional do Meio Ambiente) estabelecidas para os Postos de Combustíveis.

Na figura 4.2 pode-se observar a Idade dos participantes na pesquisa. A maior parte dos

entrevistados (Gerentes/Sub-Gerentes), 34,9 %, têm entre 30 a 39 anos. Enquanto uma

pequena quantidade (11,6%) dos entrevistados estão na faixa etária acima de 50 anos.

Histogram (dados_2.STA 40v*86c)

y = 86 * 1 * normal (x; 2,23256; 0,978287)

Idade dos entrevistados

No

de

ob

serv

açõ

es 26,7%

34,9%

26,7%

11,6%

0

3

6

9

12

15

18

21

24

27

30

33

36

Menos de 30 30 a 39 40 a 49 Mais de 50

Fonte: Dados da pesquisa

Figura 4.2 – Idade dos entrevistados

51

Page 63: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

Na figura 4.3, observa-se o grau de instrução dos entrevistados. Cerca de 59,3% (mais

do que a metade) têm 2º grau completo. Ao passo que 4,7% dos entrevistados têm primeiro

grau completo e 7,0% não completaram o segundo grau. Ou seja, a maioria tem o nível médio

completo.

Histogram (dados_2.STA 40v*86c)

y = 86 * 1 * normal (x; 5,32558; 1,02259)

Escolaridade dos entrevistados

No

de o

bser

vaçõ

es

4,7%7,0%

59,3%

9,3%

19,8%

0

4

8

12

16

20

24

28

32

36

40

44

48

52

1 grau completo2 grau incompleto

2 grau completo3 grau incompleto

3 grau completo

Fonte: Dados da pesquisa.

Figura 4.3 - Grau de instrução dos entrevistados

A figura 4.4 mostra o grau de conhecimento dos entrevistados quanto ao uso de

Tecnologias Limpas em Postos de Combustível. Pode-se observar que 76,8% dos

entrevistados têm pouco conhecimento ou um conhecimento razoável. Enquanto a menor

quantidade dos entrevistados (2,3%) tem muito conhecimento e 8,1%, não tem nenhum

conhecimento quanto ao uso de Tecnologias Limpas em Postos de Combustível.

52

Page 64: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

y = 86 * 1 * normal (x; 2,627907; 0,895039)

Grau de conhecimento quanto ao uso de TL em Postos de combustível

8,1%

38,4% 38,4%

12,8%

2,3%

0

3

6

9

12

15

18

21

24

27

30

33

36

39

Nenhum Pouco Razoável Algum Muito

Fonte: Dados da pesquisa

Figura 4.4 – Grau de conhecimento quanto ao uso de Tecnologias Limpas em Postos de Combustível

A figura 4.5 a seguir retrata a frequência que os Gerentes e/ou Sub-Gerentes têm acesso

a informações sobre Tecnologias Limpas (TL). A grande maioria dos entrevistados (64,0%),

mais da metade, têm pouca e média frequência quanto ao acesso a informações sobre TL,

enquanto um número reduzido (3,5%) tem muita frequência de acesso a essas informações.

Histogram (dados_2.STA 40v*86c)

y = 86 * 1 * normal (x; 2,65116; 1,049004)

Frequência de acesso a informações sobre TL

No

de o

bser

vaçõ

es

14,0%

32,6%31,4%

18,6%

3,5%

0

3

6

9

12

15

18

21

24

27

30

33

NuncaPouca frequencia

ás vezesFrequentemente

Muita frequencia

Fonte: Dados da pesquisa

Figura 4.5 - Frequência de acesso a informações sobre Tecnologias Limpas ou Técnicas de proteção ambiental (Produção mais Limpa)

53

Page 65: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

De acordo com a figura 4.6, 32,9% dos entrevistados não têm nenhum conhecimento

quanto as resoluções do CONAMA, e somente 3,5% dos entrevistados informaram ter muito

conhecimento sobre essas resoluções.

Histogram (dados_2.STA 40v*86c)

y = 85 * 1 * normal (x; 2,32941; 1,179065)

Grau de conhecimento quanto ás resoluções da CONAMA

No

de o

bser

vaçõ

es

32,9%

22,4%

27,1%

14,1%

3,5%

02468

1012141618202224262830

Nenhum conhecimentoPouco conhecimento

Razoavel conhecimentAlgum conhecimento

Muito conhecimento

Fonte: Dados da pesquisa

Figura 4.6 – Grau de conhecimento quanto as resoluções do CONAMA estabelecidas para os Postos de Combustíveis

4.2.2 Situação Atual dos Postos de Combustível pesquisados

Na Análise Descritiva dos resultados desta pesquisa pode-se visualizar a situação atual

dos Postos de Combustível em Natal sob os seguintes aspectos: bandeiras dos postos, práticas

ambientalmente corretas existentes nos Postos, nível de treinamento dos seus funcionários e

tempo de funcionamento dos Postos.

Na figura 4.7 observa-se que da amostra recolhida, cerca de 76,7% dos postos foram

nacional e 23,3% multinacional. Dessa forma, conclui-se que existe grande participação dos

postos nacionais na cidade de Natal.

54

Page 66: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

BANDEIRA

No

of

ob

s

76,7%

23,3%

0

6

12

18

24

30

36

42

48

54

60

66

72

78

84

Nacional Multinacional

Fonte: Dados da pesquisa

Figura 4.7- Bandeira dos Postos

A figura 4.8 mostra quais as práticas que os Gerentes/ Sub-Gerentes identificaram como

sendo ambientalmente correto existente nos seus Postos de combustível. Das práticas citadas,

40,0% dos postos têm a coleta seletiva de óleo usado ou contaminado, 14,7% tanques

ecológicos (revestidos com fibra de vidro reforçado), 6,7% executam a coleta seletiva de

resíduos, utilizam caixa separadora água/óleo e fazem testes de vazamento (filtros para

controle de vazamento). Cerca de 25,3% citaram outras práticas tais como: cuidado na

lavagem do carro, pista isolada para impedir infiltração de combustível no subsolo, existência

de reservatório para controle de vazamento, armazenamento de lubrificantes, cuidado no

manejo de combustível, na distribuição do gás (GLP) e na troca de óleo, entre outros.

55

Page 67: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

Práticas ambientalmente correto

No

de o

bser

vaçõ

es

40,0%

14,7%

6,7% 6,7% 6,7%

25,3%

0

3

6

9

12

15

18

21

24

27

30

33

Coleta seletiva de óTanques ecológicos

Coleta sel de resíduCaixa separadora águ

Testes de vazamentosOutros

Fonte: Dados da pesquisa

Figura 4.8 – Práticas ambientalmente corretas

A figura 4.9 mostra a frequência com que os Postos fazem planejamento de ação futura

referente a TL. Grande parte dos postos nunca fazem planejamento (33,8%) e 29,9% fazem

com pouca frequência, e somente 3,9% fazem com muita frequência. Ou seja, mais da metade

(63,7%) dos postos estão entre nunca e pouca frequência de fazer planejamentos referentes a

TL.

Dos postos que responderam que fazem planejamento, independentemente da

frequência, afirmaram que é a empresa distribuidora que faz este tipo de planejamento (anual)

e não o próprio posto.

Histogram (dados_2.STA 40v*86c)

y = 77 * 1 * normal (x; 2,272727; 1,210006)

Frequência de Planejamento de ação futura referente a TL

No

de o

bser

vaçõ

es

33,8%

29,9%

15,6%16,9%

3,9%

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

22

24

26

28

NuncaPouca frequência

Ás vezesFrequentemente

Muita frequência

Fonte: Dados da pesquisa

Figura 4.9- Frequência de Planejamento de ação futura referente a TL

56

Page 68: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

A figura 4.10 mostra o nível de treinamento dos funcionários para lideram com

problemas que comprometem o meio ambiente. De acordo com a figura a seguir, na maior

parte dos postos (84,9%) os funcionários estão entre nenhum e razoável treinamento.

Enquanto somente 8,1% tem muito treinamento e 7,0% tem algum treinamento. De uma

forma geral, isso quer dizer que na maior parte dos postos pesquisados (84,9%), os

funcionários não estão aptos para lidarem com problemas que comprometem o meio

ambiente.

Isto torna-se algo preocupante, visto que um posto de combustível tem sérios impactos

ambientais tais como a contaminação humana, do solo e das àguas subterrâneas, incêndios e

resíduos (ROCHA, SILVA e MEDEIROS, 2004). Por isso, além de se usar técnicas que

impedem ou minimizam esses impactos, os funcionários têm que estar altamente treinados

para que quando houver algum acidente que comprometa o meio ambiente, tenha menores

prejuízos possíveis ao ambiente.

Histogram (dados_2.STA 40v*86c)

y = 86 * 1 * normal (x; 2,476744; 1,12435)

Nível de treinamento dos funcionários

No

de o

bser

vaçõ

es

18,6%

38,4%

27,9%

7,0%8,1%

0

3

6

9

12

15

18

21

24

27

30

33

36

Nenhum treinamentoPouco treinamento

Treinamento razoavelAlgum treinamento

Muito treinamento

Fonte: Dados da pesquisa

Figura 4.10- Nível de treinamento dos funcionários

É interessante ressaltar que na Resolução 273 de 29 de Novembro 2000 (CONAMA), no

artigo 8°, parágrafo 3° diz que: em caso de acidentes ou vazamentos que representem

situações de perigo ao meio ambiente ou a pessoas, bem como na ocorrência de passivos

ambientais, os proprietários dos estabelecimentos e dos equipamentos e sistemas deverão

promover o treinamento, de seus respectivos funcionários, visando orientar as medidas de

57

Page 69: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

prevenção de acidentes e ações cabíveis imediatas para controle de situações de emergência e

risco.

Na figura 4.11 a seguir observa-se o tempo de funcionamento dos postos pesquisados.

De acordo com esta figura, a maior parte dos postos (72,1%) funciona há mais de 6 anos, e

somente 2,3% a menos de 1 ano. Ou seja, maior parte dos postos funcionam há mais de 6

anos, tempo que permite adquirir certa maturidade e experiência nesta área (por exemplo

algum conhecimento do setor e suas implicações no meio ambiente).

Histogram (dados_2.STA 40v*86c)

y = 86 * 1 * normal (x; 3,60465; 0,724026)

Tempo de funcionamento do Posto

No

de

ob

serv

açõ

es

2,3%

7,0%

18,6%

72,1%

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

55

60

65

Menos de 1 ano 1 a 3 anos 3 a 6 anos Mais de 6 anos

Fonte: Dados da pesquisa

Figura 4.11- Tempo de funcionamento dos Postos

É importante frisar de que com o decorrer do tempo, quanto mais antigo for o posto, os

tanques de armazenamento de combustíveis (gasolina, diesel, álcool) ficam mais propensos a

vazamento.

Este vazamento é facilitado pela elevada corrosividade do solo local, fazendo com que

os tanques sejam corroídos provocando vazamentos de combustível dos mesmos. Dependendo

da gravidade e da característica do solo podem atingir os lençóis freáticos ocasionando a

contaminação da vizinhança através dos poços de abastecimento de água, que na maioria das

vezes são usados como fonte de abastecimento de água das pessoas (ROCHA, SILVA e

MEDEIROS, 2004).

58

Page 70: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

4.3 Análise de Cluster

A análise de cluster foi realizada com o objetivo de detectar a existência de grupos

distintos de respondentes com relação às respostas dos itens nas barreiras à implantação de

TL assim como os benefícios. Observando os gráficos contidos no Apêndice 3, observa-se que

a maioria dos respondentes dá sempre importância ou muita importância a todos os itens

mencionados. Interessa então saber se existem 2 grupos distintos (heterogêneos) onde um dá

mais importância aos itens mencionados e outro menos importância. Isso é possível ser

detectado quando grupos de respondentes possuem mesma opinião (homogeneidade interna) a

respeito do primeiro item até o último.

Os questionários não respondidos (casas em branco) foram desconsiderados, por isso, o

número reduzido de questionários que fizeram parte da análise.

4.3.1 – Análise das Barreiras à Implantação de Tecnologias Limpas

Na figura 4.12, pode-se observar de que a grande maioria (82,1%) dos entrevistados

avalia o grau da dificuldade em se implantar Tecnologias Limpas ou Ambientais em Postos de

Combustíveis como sendo fácil ou muito fácil. Enquanto que somente 4,8% afirma que é

muito difícil a implantação de TL nos postos. Porém existem barreiras que tornam essa

realidade difícil de ser alcançada. É o que pode ser observado na análise a seguir.

59

Page 71: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

y = 84 * 1 * normal (x; 4,011904; 1,06978)

No

of o

bs

4,8%

7,1%6,0%

46,4%

35,7%

0

3

6

9

12

15

18

21

24

27

30

33

36

39

42

Muito difícil Difícil Pode ser difícil ou Fácil Muito fácil

Fonte: Dados da pesquisa

Figura 4.12 – Grau da dificuldade em se implantar Tecnologias Limpas ou Ambientais em Postos de Combustíveis

Mesmo a grande maioria tendo considerado o grau de dificuldade em se implantar

Tecnologias Limpas como sendo fácil ou muito fácil, alguns itens em forma de barreiras na

implantação são considerados importantes ou muito importantes. Na análise de cluster

visualizam-se dois grupos distintos.

As variáveis significantes na separação dos clusters considerando as barreiras estão

descritas na tabela 4.1. Apenas a variável BA_CUSTO (custo elevado) não foi significante,

sugerindo que a maioria dos entrevistados acha a questão do custo elevado importante ou

muito importante como barreira à implantação, ou seja, suas respostas não diferem muito uma

da outra (respostas parecidas).

Os resultados mais detalhados encontram-se no Apêndice III.

Tabela 4.1 – Análise de Variância das variáveis significantes na formação dos clusters

Variáveis Barreiras p - valor

BA_RECUR Falta de recursos financeiros 0,0000

BA_INFRA Falta de infra-estrutura 0,0000

BA_ENVOL Falta de envolvimento dos funcionários 0,0000

BA_INFOR Falta de informação 0,0000

BA_CAPAC Falta de capacitação dos funcionários 0,0010

BA_MUDAN Resistencia às mudanças 0,0000

60

Page 72: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

BA_PML Complexidade da PML na avaliação e identificação das oportunidades 0,0104

BA_TECNO Difícil acesso a tecnología 0,0001

BA_SUPER Ausência de supervisão efetiva 0,0001

BA_L_AMB Legislação ambiental 0,0047

BA_INCEN Falta de incentivos 0,0397

Fonte: Dados da pesquisa

Aceitando a divisão de dois grupos, tem-se que o cluster 2 corresponde a 51,0% da

amostra e apresenta médias mais altas, para todas as variáveis com exceção de BA_INCEN

(falta de incentivo). Isso significa que esse cluster considera todos os itens como importante

ou muito importante. O Cluster 1, com 49,0% da amostra e médias menores, apresenta

dúvidas quanto à importância ou acha menos importante que o cluster 2. A Figura 4.13 mostra

os resultados obtidos.

ClusterNo. 1

ClusterNo. 2

Variáveis

2,5

3,0

3,5

4,0

4,5

5,0

BA_INFRA BA_INFOR BA_MUDAN BA_TECNO BA_L_AMB

Fonte: Dados da pesquisa

Figura 4.13- Médias de cada Cluster relacionadas às variáveis Barreiras

De acordo com os resultados desta pesquisa, os entrevistados consideraram como sendo

importante ou muito importante todas barreiras. E algumas das barreiras enumeradas por

Maimon (apud CAGNIN, 2000), foram confirmadas nestas pesquisa: organizacional (falta de

envolvimento dos empregados da própria empresa), comportamental (resistência às

mudanças), sistêmicas (falta de informação, falta de capacitação dos empregados), técnica e

61

Page 73: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

econômica (falta de infra-estrutura, falta de recursos financeiros) e governamental (falta de

incentivos).

Ao realizar o cruzamento dos clusters com as demais variáveis do questionário,

observou-se que cada cluster caracteriza-se pela mesma proporção de: bandeiras, grau de

conhecimento quanto a tecnologias limpas, freqüência no acesso de informações, freqüência

em planejamento de ação futura, dificuldade e importância de se implantar TL nos postos,

nível de treinamento dos funcionários, perfis (idades e escolaridade) e tempo de

funcionamento dos postos. Ou seja, cada cluster é homogêneo. A tabela 4.2 descreve os

resultados com mais detalhes.

Tabela 4.2 – Proporção dentro de cada cluster considerando as demais variáveis do questionário

Barreiras Variáveis

Cl 2 (51%)

Cl 1 (49%)

Bandeira do Posto de combustível: nacional (75%) 50% 50%

Grau de conhecimento quanto ao uso de Tecnologias Limpas ou ambientais em Postos de combustíveis: pouco ou razoável (81%)

52% 48%

Freqüência de acesso a informações sobre Tecnologias Limpas ou Técnicas de proteção ambiental (Produção mais Limpa): às vezes ou freqüentemente(65%).

51% 49%

Grau de conhecimento quanto às resoluções do CONAMA: algumconhecimento (20%).

71% 28%

Grau de conhecimento quanto às resoluções do CONAMA: nenhumconhecimento (30%).

43% 57%

Existência de alguma prática ambientalmente correta: sim (90%) 55% 45%

Freqüência com que o empreendimento faz Planejamento de ação futura referente às Tecnologias limpas ou Ambientais: nenhuma ou pouca (58%).

52% 48%

Avaliação (no geral) da DIFICULDADE em se implantar Tecnologias Limpas ou Ambientais em Postos de Combustíveis: fácil ou muito fácil (84%)

49% 49%

Avaliação (no geral) da IMPORTÂNCIA da implantação de Tecnologias Limpas ou Ambientais em Postos de Combustível: importante ou muito importante(61%).

50% 50%

Nível de treinamento dos Funcionários do estabelecimento para lidar com problemas que comprometem o meio ambiente: pouco ou razoável (65%).

47% 53%

Idade dos respondentes: menos de 40 anos (61%). 45% 43%

Escolaridade dos respondentes: Ensino Médio (62%). 51% 49%

Tempo de funcionamento do Posto: mais de 6 anos (72%) 48% 52%

Fonte: Dados da pesquisa

62

Page 74: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

Porém, a variável em que houve maiores diferenças nos clusters foi o Grau de

conhecimento quanto às resoluções do CONAMA. Foi encontrado o seguinte resultado: 71%

dos que possui algum conhecimento estão no cluster 2 (médias maiores) e somente 28% estão

no cluster 1 (médias menores). Também, dos sete que disserem não existir prática

consideradas ambientalmente correto, seis estão no cluster 1 (médias menores).

4.3.2 – Análise dos Benefícios à Implantação de Tecnologias Limpas

As variáveis, relacionadas aos benefícios que a implantação de TL pode trazer aos

postos, que não foram significantes foram: o diferencial (vantagem competitiva), a não

geração, minimização ou reciclagem dos resíduos, a melhora da qualidade dos serviços, a

melhoria da imagem da empresa, o aprimoramento das condições de trabalho, a satisfação dos

consumidores e melhor adequação aos padrões ambientais. Isto significa que a maioria dos

entrevistados tem a mesma opinião com relação a essas variáveis, ou seja, não existe grupos

distintos quanto ao grau de importância.

As variáveis significantes na separação dos clusters considerando os benefícios estão

descritas na tabela 4.3. Os resultados mais detalhados encontram-se no Apêndice III.

Tabela 4.3 – Análise de Variância das variáveis significantes na formação dos clusters

Variáveis Benefícios p- valor

BE_CUSTO Redução dos custos 0,0000

BE_RECUR Maior eficiência dos recursos 0,0128

BE_PROT Proteção ambiental 0,0000

BE_AT_CO Atitudes e comportamentos ambientais 0,0004

BE_CONSC Conscientização ambiental 0,0155

Fonte: Dados da pesquisa

Aceitando a divisão de dois grupos, tem-se que o cluster 2 corresponde a 75% da

amostra e apresenta médias mais altas, para todas as variáveis. Isso significa que esse cluster

considera todos os itens como importante ou muito importante. O Cluster 1, com 25% da

63

Page 75: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

amostra e médias menores, apresenta dúvidas quanto à importância ou acha menos importante

que o cluster 2. A Figura 4.14 mostra os resultados obtidos.

ClusterNo. 1

ClusterNo. 2

Variáveis

2,0

2,5

3,0

3,5

4,0

4,5

5,0

BE_CUSTO BE_RECUR BE_PROT BE_AT_CO BE_CONSC

Fonte. Dados da pesquisa

Figura 4.14- Médias de cada Cluster relacionadas às variáveis Benefícios

Segundo os resultados desta pesquisa, todos os benefícios foram considerados pelos

entrevistados como importante ou muito importante. Donaire (apud Cagnin, 2000) sugeriu

alguns benefícios que a gestão ambiental traz às empresas. Desses, alguns foram confirmados

nesta pesquisa: estratégicos (melhoria da imagem da empresa, melhor adequação aos padrões

ambientais) e econômicos (redução dos custos, maior eficiência dos recursos). Já dos

benefícios decorrentes da implementação de um SGA (Sistema de Gestão Ambiental) citados

por Cagnin (2000) confirmados nesta pesquisa foram: conscientização ambiental,

aprimoramento das condições de trabalho, maior eficiência dos recursos, atitudes e

comportamentos ambientais e redução dos custos.

Ao realizar o cruzamento dos clusters com as demais variáveis do questionário,

observou-se que em cada cluster existe a mesma proporção em todas as perguntas. Significa

que eles diferem apenas no grau de importância, dado por cada cluster, das variáveis

relacionadas aos Benefícios que a implantação de TL pode trazer ao Posto de Combustível (o

cluster 2 dá mais importância às variáveis do que o cluster 1).

64

Page 76: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

Porém, quanto ao grau de conhecimento às resoluções do CONAMA foi encontrado o

seguinte resultado: 86% dos que possui algum conhecimento ou muito conhecimento, estão

no cluster 2 (médias maiores). Ou seja, cada cluster é homogêneo. A Tabela 4.4 mostra os

resultados mais detalhadamente.

Tabela 4.4 – Proporção dentro de cada cluster considerando as demais variáveis do questionário

Benefícios

Variáveis Cl 2

(75%)

Cl 1

(25%)

Bandeira do Posto de combustível: nacional (76%) 74% 25%

Grau de conhecimento quanto ao uso de Tecnologias Limpas ou ambientais em Postos de combustíveis: pouco ou razoável (81%)

74% 26%

Freqüência de acesso a informações sobre Tecnologias limpas ou Técnicas de proteção ambiental (Produção mais limpa): às vezes ou freqüentemente(66%).

70% 30%

Grau de conhecimento quanto às regras do CONAMA: algum conhecimento (21%).

86% 14%

Grau de conhecimento quanto às regras do CONAMA: nenhumconhecimento (31%).

67% 33%

Existência de alguma prática ambientalmente correta: sim (90%) 73% 27%

Freqüência com que o empreendimento faz Planejamento de ação futura referente às Tecnologias limpas ou ambientais: nenhuma ou pouca (57%).

74% 26%

Avaliação (no geral) da DIFICULDADE em se implantar Tecnologias Limpas ou ambientais em Postos de Combustíveis: fácil ou muito fácil (84%)

71% 29%

Avaliação (no geral) da IMPORTÂNCIA da implantação de Tecnologias Limpas ou ambientais em Postos de combustível: importante ou muitoimportante (61%).

69% 32%

Nível de treinamento dos Funcionários do estabelecimento para lidar com problemas que comprometem o meio ambiente: pouco ou razoável (64%).

79% 21%

Idade dos respondentes: menos de 40 anos (60%). 83% 18%

Escolaridade dos respondentes: Ensino Médio (64%). 70% 30%

Tempo de funcionamento do Posto: mais de 6 anos (72%) 71% 29%

Fonte: Dados da pesquisa

Na figura 4.15, observa-se que quase todos os entrevistados (96,5%) avaliam como

sendo importante ou muito importante a implantação de Tecnologias Limpas ou Ambientais

em Postos de Combustível. Isso foi confirmado na análise acima em que todos os benefícios

foram considerados importante ou muito importantes.

65

Page 77: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

y = 85 * 1 * normal (x; 4,57647; 0,564347)

No

of o

bs

3,5%

35,3%

61,2%

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

55

60

65

Pode ser ou não Importante Muito importante

Fonte: Dados da pesquisa

Figura 4.15 - Importância da implantação de Tecnologias Limpas ou Ambientais em Postos de Combustível

Pode-se concluir que tanto nas barreiras como em benefícios da implantação de TL em

Postos, observa-se a existência de dois clusters. Nos dois casos pode-se afirmar que dentro de

cada clusters existe homogeneidade e entre os clusters existe heterogeneidade.

Na verdade, todas as barreiras e benefícios foram considerados importante ou muito

importante pelos entrevistados. Existe apenas uma pequena diferença significativa que os

separa em clusters (médias).

66

Page 78: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

Capítulo 5

Conclusões e Recomendações

Este capítulo apresenta as conclusões do trabalho fundamentadas no resultado das

análises realizadas de forma descritiva e através da análise de Clusters. Apresentam-se

também algumas limitações do trabalho e recomendações para trabalhos futuros.

5.1 Conclusões da Pesquisa Bibliográfica

O planeta Terra é o habitat de todos os seres vivos. Mas não está recebendo o cuidado

que merece, e o homem é infelizmente o maior causador da sua transformação, deteriorização

e poluição. O autor Strang (1976) define esta situação da seguinte forma: enquanto o homem

viveu como caçador pescador ou coletor, integrado em um ecossistema, não houve problemas

em suas relações com a natureza; estes passaram a surgir na medida em que se tornou pastor,

e depois agricultor, libertando-se das leis naturais e, crescendo em seus aglomerados,

nascedouros da vida civilizada.

O petróleo é um recurso natural escasso que se tornou a principal fonte de energia desde

a década de 1950. Sua descoberta no Brasil foi em 1930, e a partir de então com sua

importância crescente criou-se o Conselho Nacional do Petróleo (1938). Em 3 de Outubro de

1953, a União tornou-se monopólio sobre a lavra, refinação e transporte marítimo do petróleo

e seus derivados, e criou-se a Petróleo Brasileiro S.A – Petrobrás, para exercê-lo, de acordo

com a Lei nº 2004 (SINDICOM, Março 2006).

67

Page 79: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

Com a abertura do setor de petróleo no Brasil, permitiu-se que as empresas de capital

nacional e estrangeiro pudessem atuar nos diversos segmentos da indústria.

O total de números de postos de combustível existente no país é de 49.749, segundo

dados da ANP de Março 2006 (Anexo A).

De acordo com Barcellos (apud ROCHA, 2001), em todas as fases da indústria do

petróleo ocorrem impactos ambientais, e quanto mais próximos da etapa final mais

significativo serão os danos ambientais.

Os impactos ambientais causados pelos postos de combustível são: contaminação

humana, do solo e das águas subterrâneas, incêndios e resíduos (ROCHA, SILVA e

MEDEIROS, 2004). E por isso se faz necessário o uso de técnicas ambientais.

Por causa de impactos ambientais causados não só pelos Postos de Combustível, mas

por todos processos de produção, tem se buscado:

Padrões de produção mais elevados a fim de aumentar a ecoeficiência e reduzir

os riscos para o homem e para meio ambiente (Produção mais Limpa). Aplica-se

a processos produtivos, a produtos e a serviços;

Um sistema de produção que não causa impacto ambiental (Produção Limpa).

Para alcançar esses objetivos, surgiram novas tecnologias ambientais porque as

Tecnologias Ambientais existentes inicialmente (técnicas de fim-de-tubo) trabalhavam,

principalmente, no tratamento da poluição (resíduos, efluentes e emissões), ou seja, tratam os

resíduos no final do processo de produção. São elas:

Tecnologia mais Limpa (Cleaner Technology) é um conjunto de soluções cujos

objetivos são: proteger e resolver problemas ambientais, evitar o desperdício de

recursos e a degradação ambiental, almejar o desenvolvimento sustentável

(MELLO e NASCIMENTO, 2002).

Tecnologia Limpa (Clean Technology) é a adoção de qualquer medida de

mudança ou transformação de métodos utilizados para reduzir, ou melhor,

eliminar, já na fonte, a produção de qualquer tipo de poluição - sonora,

atmosférica, hidrosférica, etc - evidentemente, que ajude de alguma forma a

economizar matéria-prima e energia, em suma todos os recursos, naturais ou não

(PEREIRA, CUNHA e PEREIRA, 1997).

68

Page 80: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

Existem alguns recursos tecnológicos que contribuem para uma gestão ambientalmente

correta: tanques de parede dupla, tubulações de polietileno de alta densidade, válvula de

retenção junto à bomba de abastecimento, descarga selada, câmaras de contenção de descarga,

câmaras de contenção sob bombas de abastecimento, câmaras de contenção de tanques,

sistemas de monitoramento de tanque, piso impermeável, canaleta de contenção de projeção

da cobertura, caixa separadora água/óleo, e câmara de contenção sobre filtro.

Alguns benefícios identificados por Donaire (apud CAGNIN 2000) trazidos pela gestão

ambiental às empresas são: econômicos (economia de custos e incrementos de receitas) e

estratégicos (tais como melhoria da imagem institucional, aumento da produtividade,

melhorias das condições de trabalho, etc).

Porém, existem barreiras que impedem as empresas de terem uma postura ecológica: do

tipo organizacionais, sistémicos, comportamentais, técnicas, econômicas, governamentais e

outros (MAIMON apud CAGNIN, 2000)

Já as barreiras que impedem o sucesso da Produção mais Limpa nas pequenas e médias

empresas brasileiras são: pouca participação dos funcionários, barreiras técnicas e financeiras,

falta de informação quanto à Gestão Ambiental no Brasil, resistência dos empresários para

distribuir informações das suas empresas e para revisar os processos operacionais (BARROS,

PAIVA E SISINNO, 2003).

Por outro lado, alguns fatores levam as empresas a aceitarem a responsabilidade pela

proteção ambiental: senso de responsabilidade ecológica, exigências legais, proteção dos

interesses das empresas, a sua imagem, proteção dos funcionários, a pressão do mercado,

qualidade de vida e o lucro (VIARDOT apud DINATO, 1998).

5.2 Conclusões da Pesquisa de Campo

Baseando-se nos resultados encontrados, algumas conclusões podem ser obtidas do

estudo:

- Perfil dos entrevistados: a maior parte dos entrevistados estão compreendidos na faixa

etária que vai de 30 a 39 anos de idade; têm o ensino médio completo; declararam ter

69

Page 81: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

entre pouco e razoável conhecimento quanto ao uso de TL em postos de combustível;

possuem pouco acesso a informações referentes a TL; não tem muito conhecimento

quanto as resoluções do CONAMA estabelecidas para os Postos de combustível. Esta

última informação é preocupante visto que desde o nascimento do posto até a sua

operação o CONAMA exige licenças ambientais (prévia, de instalação e de operação).

A partir disso, surge a questão: que critérios estão sendo utilizados para a ocupação do

cargo de Gerente/ Sub- Gerente de um posto aqui na cidade de Natal?

- Situação atual dos Postos de combustíveis em Natal: a maioria é nacional; a prática

ambientalmente correta mais citada pelos entrevistados foi a coleta seletiva de óleo

usado ou contaminado; a maioria funciona há mais de 6 anos (acreditando-se que

existe certa maturidade e experiência nesta área, por exemplo, algum conhecimento do

setor e suas implicações no meio ambiente, porém ao que parece isto não ocorre de

acordo com os dados do perfil; esse período, acima de 6 anos, também tem seus

impactos negativos, pois os tanques subterrâneos de armazenamento de combustíveis

podem ocasionar a contaminação do solo devido a problemas de vazamento na sua

estrutura o que pode ocasionar um passivo ambiental de solo contaminado por

hidrocarbonetos, que são produtos tóxicos e cancerígenos); Grande parte dos

entrevistados nunca fazem planejamento de ação futura referente a TL ou fazem com

pouca freqüência (algo de se esperar visto que não têm muito conhecimento quanto

este assunto, de acordo com os resultados contidos no perfil; dos que responderam que

fazem planejamento, independentemente da freqüência, alguns afirmaram de que é

exigência da distribuidora e não deles); os seus funcionários têm de nenhum a um

razoável nível de treinamento para lidar com problemas que comprometem o meio

ambiente, isso quer dizer que na maior parte dos postos pesquisados, os funcionários

não estão aptos ou treinados para lidar com problemas que comprometem o meio

ambiente; embora a grande parte não tenha muito conhecimento quanto as técnicas

ambientais, declararam ser fácil ou muito fácil a implantação de TL nos postos.

- Quase todas as barreiras e benefícios foram consideradas importante ou muito

importante na opinião dos entrevistados.

- Tanto nas barreiras como em benefícios da implantação de TL em Postos, pode-se

observar a existência de dois clusters. Nos dois casos pode-se afirmar que dentro de

cada cluster existe homogeneidade (opiniões semelhantes) e entre clusters existe

heterogeneidade (grupos distintos). Na verdade, todas as barreiras foram consideradas

70

Page 82: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

importante ou muito importante na opinião dos entrevistados. Existe apenas uma

pequena diferença significativa que os separa em clusters (médias).

- Quase todos os entrevistados (96,5%) avaliam como sendo importante ou muito

importante a implantação de Tecnologias Limpas ou ambientais em Postos de

combustível.

- De uma forma geral, existem algumas técnicas ambientais que são utilizadas nos

Postos de combustíveis em Natal, dentre as quais a mais utilizada é a coleta seletiva do

óleo usado ou contaminado (que segundo a alta gerência, é recolhida por uma empresa

regularizada da ANP, e o destino do óleo é a reciclagem). Embora muitos

gerentes/sub-gerentes não tenham conhecimento sobre este assunto, acreditam ser fácil

ou muito fácil a implantação de TL nos postos e também afirmam ser importante ou

muito importante a implantação dessas técnicas. Também existem poucos

planejamentos de ação futura referente a TL, porém a grande parte não é iniciativa da

alta gerência e sim da Distribuidora. Aliado ao pouco conhecimento dos entrevistados

quanto a TL, a grande parte dos seus funcionários não estão aptos para lidarem com

problemas ambientais, algo que agrava ainda mais a situação dos postos com relação

ao meio ambiente.

5.3 Limitações do Trabalho

Um dos fatores limitadores desta pesquisa consiste no reduzido número de publicações

encontradas sobre o assunto, sendo as Tecnologias Limpas bastante recente e ainda pouco

explorada.

A carência ou divulgação limitada de estudos anteriores sobre as tecnologias ambientais,

bem como os fatores limitadores da sua implantação, o processo de sua implantação e seus

benefícios, limita a disponibilidade de dados existentes sobre o tema. A bibliografia recente

sobre o assunto é bastante escassa.

Soma-se a isso, a falta de disponibilidade de alguns Gerentes/Sub-gerentes para

responder o questionário e a desconfiança por partes de outros.

71

Page 83: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

Outra limitação, foi de ordem financeiro que fez com que a coleta de dados estendesse

por mais tempo do que previsto. A coleta de dados foi feita exclusivamente pela pesquisadora

e alguns postos eram por vezes de difícil acesso de localização.

Porém embora tenha tido algumas limitações, elas não retiram a importância do estudo

realizado.

5.4 Direções de Pesquisa

Embora se acredite que o objetivo a que se propôs este trabalho foi alcançado, deve-se

ressaltar que o assunto não tenha sido esgotado. Ao contrário, o sentimento que surge com a

finalização da pesquisa é de que este foi apenas o início de grandes passos que estão por vir.

Ou seja, a partir dos resultados e da conclusão percebe-se outros caminhos a serem explorados

em pesquisas futuras.

Nesse sentido, são aqui sugeridos direções de pesquisa para a realização de futuros

trabalhos científicos que, sem dúvida, auxiliarão para a construção de uma sociedade mais

justa e consciente da sua responsabilidade para com as gerações futuras:

Verificar quais variáveis interferem na decisão de uso ou não de TL nos Postos

de combustíveis;

Identificar as Tecnologias Limpas (ou Ambientais) que são mais eficazes e de

baixo custo para se utilizar nos Postos de Combustível;

Estudar a percepção ambiental dos clientes dos Postos de Combustíveis;

Explorar a eficácia de programas de educação ambiental nas empresas de

revenda de combustível, tanto para alta gerência como para funcionários;

Averiguar até que ponto os Postos de combustíveis estão atendendo as normas

e resoluções ambientais para estarem funcionando;

Estudar como está sendo feito a fiscalização nos Postos de Combustíveís;

Avaliar o nível de contaminação do subsolo dos postos de combustíveis, como

também do lençol freático na cidade de Natal/RN.

72

Page 84: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

Referências Bibliográficas

ANP. Posto revendedor. Disponível em: <http:www.anp.gov.br/postos/consulta.asp>. Acesso em Março 2006.

AMBIENTE BRASIL. Resíduos. Disponível em: <http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=residuos/index.php3&conteudo=./residuos/residuos.html#classificacao> . Acesso em 17/06/2006.

BARBIERI, José Carlos. Desenvolvimento e meio ambiente: as estratégias de mudanças da Agenda 21. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.

BARROS, Ricardo L. P; PAIVA, Maria de Fátima F. de e SISINNO, Cristina L. S. Cleanerproduction challenges in Brazilian SMEs. UNEP Industry and Environment, Big challenge for small business: sustainability and SMEs. Volume 26 No. 4, October - December 2003. Disponível em: <http://www.uneptie.org/media/review/vol26no4/IE26_4-SMEs.pdf>. Acesso em Maio 2005.

CAGNIN, Cristiano Hugo. Fatores relevantes na implementação de um Sistema de Gestão Ambiental com base na norma ISO 14001. 2000. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) - Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis/ SC.

CASTRO, Newton de (coordenador). SETTI, Arnaldo Augusto; FARIA, Sueli Correa de (Consultores). A questão ambiental: o que todo empresário precisa saber. Editora SEBRAE, Brasília-1996.

CONAMA. Resolução no 273 de 29 de Novembro 2000. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res00/res27300.html>. Acesso em 23/07/2005.

COOPER, Donald R.; SCHINDLER, Pamela S. Métodos de Pesquisa em Administração.Tradução: Luciana de Oliveira da Rocha. 7ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2003.

DINATO, Monique Revillion. O meio ambiente e o setor petroquímico do Rio Grande do Sul: um estudo exploratório. 1998. Dissertação (Mestrado em Administração)- Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre/RS.

73

Page 85: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

DUARTE, Kátia da Silva. Avaliação do risco relacionado à contaminação dos solos por hidrocarbonetos no Distrito Federal. 2003. Tese (Doutorado em Engenharia Civil e Ambiental) - Universidade de Brasília. Brasília / DF.

ESSO. História da Esso no Brasil. Disponível em: <http://www4.esso.com/Brazil-Portuguese/PA/Responsibility/BR_CR_Environment.asp >. Acesso em 13/12/2005.

ELIAS, Sérgio José Barbosa; PRATA, Auricélio Barros; MAGALHÃES, Liciane Carneiro. Experiência de implantação da Produção mais Limpa. Estudo de múltiplos casos. In: Encontro nacional de Engenharia de Produção - ENEGEP, 2004, Florianópolis – SC.

FURTADO, João S. Produção Limpa. Novembro 2001. Disponível em: <http://www.teclim.ufba.br/jsfurtado/producaol.asp >. Acesso em 7/01/2005.

GIL, António Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5 ed. São Paulo: Atlas, 1999.

GOMES, Andréa do Nascimento. Gestão ambiental na indústria do petróleo: um estudo sobre as práticas de gestão baseadas na perspectiva da aprendizagem organizacional. 2004. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Natal/RN

aHILSON, G. Pollution prevention and cleaner production in the mining industry: an analysis of current issues. Journal of Cleaner Production, Vol. 8 (2000), Pages 119–126. Disponível em: < www.sciencedirect.com >. Acesso em Maio 2005.

bHILSON, G. Barriers to implementing cleaner technologies and Cleaner Production (CP) practices in the mining industry: a case study of the Americas. Minerals Engineering. Vol. 13, no. 7, pp. 699-717. 2000. Disponível em: <www.sciencedirect.com>. Acesso em: Maio de 2005.

IPIRANGA. Ipiranga e o meio ambiente. Disponível em; < http://www.ipiranga.com.br/institucional/conteudo_meio_ambiente_ipiranga_meio_ambiente.htm>. Acesso em 14/12/2005.

KJAERHEIM, Gudolf. Cleaner production and sustainability. Article, Journal of Cleaner Production, Volume 13, Issue 4, March 2005, Pages 329-339. Disponível em: <www.sciencedirect.com>. Acesso em Maio de 2005.

MARQUES, Bruno José; BRÁSIO, Marco Alves; PINTO, Paulo Norte. O ambiente e as tecnologias limpas: introdução à Engenharia do ambiente. Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade de Coimbra, FCTUC, 2004.

74

Page 86: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

MARTINEZ, Maurício L. Análise Setorial: a indústria do petróleo. Volume I e II: Gazeta mercantil, Abril de 1999.

MEIO AMBIENTE. Disponível em: <http://www.portaldepostos.com.br/paginas/dica.ambiental.materia5.html>. Acesso em 17/06/2006.

MELLO, Maria Celina Abreu de NASCIMENTO, Luiz Felipe. Produção mais limpa: um impulso para a inovação e a obtenção de vantagens competitivas. Encontro nacional de Engenharia de Produção – ENEGEP, 2002, Curitiba/PR.

PEREIRA, Maurício Fernandes; CUNHA, Myriam Siqueira da; PEREIRA, Luciana Fernandes. Tecnologias Limpas: uma nova postura empresarial. In: Encontro Nacional de Engenharia de Produção – ENEGEP, 1997, Gramado/RS.

PETROBRAS. Desenvolvimento sustentável Rio 92. 1999. Disponível em: <http//:www2.petrobras.com.br/portal/meio_ambiente.htm>. Acesso em 18/10/2004.

PETROBRAS. Evolução da rede. Disponível em: <http//:www.br-petrobras.com.br>. Acesso em 24/02/2006.

PETROBRAS. Relatório Petrobras: Balanço social e ambiental 2004. Disponível em: <www2.petrobras.com.br/ri/ing/ConhecaPetrobras/RelatorioAnual/pdf/petrobras_balanco_social_final_port.pdf >. Acesso em 23/03/2006.

REIJNDERS, L. Policies influencing cleaner production: the role of prices and regulation. Journal of Cleaner Production, Volume 11, no 3, pp 333-338, May 2003.

ROCHA, Sayonara Sonnaly. Eco-atitudes e Eco-comportamentos no varejo de combustíveis: um estudo de caso na cidade de Natal/RN. 2001. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Natal/RN.

ROCHA, Sandra Patrícia Bezerra; SILVA, Gisele Cristina Sena da MEDEIROS, Denise Dumke de. Análise dos impactos ambientais causados pelos Postos de distribuição de combustíveis: uma visão integrada. In: Encontro nacional de Engenharia de Produção – ENEGEP 2004, Florianópolis-SC.

ROHRICH, Sandra Simm. A adoção de inovações tecnológicas para redução dos impactos ambientais gerados por meio de produtos e processos industriais: um estudo de caso na

75

Page 87: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

empresa ELECTROLUX do Brasil S.A. In: Encontro Nacional de Programas de Pós Graduação em Administração - ENANPAD, 2001, Curitiba/PR.

SAT. Perfil corporativo: a realidade adiante dos sonhos. Disponível em: <http://www.satdist.com.br/site/index1.asp?id=empresa>. Acesso em 22/03/2006.

SALAZAR FILHO, Homero de Oliveira. A aplicação da metodologia de Produção mais limpa através dos círculos de controle da qualidade – CCQ em uma indústria do setor metal mecânico – estudo de caso. 2002. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis/SC. Disponível em: <www.teses.eps.ufsc.br/defesa/pdf/6335.pdf>. Acesso em 11/07/2005.

SINDICOM. História do mercado de combustível no Brasil. Disponível em: <http://www.sindicom.com.br/logistica/fm_endereco_gnv.htm>. Acesso em Março 2006.

SILVA FILHO, Júlio César Gomes; SICSÚ, Abraham Benzaquem. Produção Mais Limpa: uma ferramenta da Gestão Ambiental aplicada às empresas nacionais. In: Encontro Nacional de Engenharia de Produção – ENEGEP, 2003, Ouro Preto-MG.

SILVA, Edna Lúcia da; MENEZES, Estera Muszkat. Metodologia da pesquisa e elaboração de dissertação. 3 ed. Florianópolis: Laboratório de Ensino a Distancia da UFSC. 2001. 121 p.

SHELL. Relatório Shell na Sociedade Brasileira 2004/2005. Disponível em: <www.shell.com/home/Framework?siteId=br-pt>. Acesso em 23/03/2006.

SHELL BRASIL LTDA. Manual de operações de HSSE para Postos de Serviços. Junho de 2003.

SOUZA, Mônica Regina de SILVA, Rogério José da. A geração de resíduos industriais e sua destinação final. In Encontro Nacional de Engenharia de Produção – ENEGEP, 1997, Gramado/RS.

STRANG, Harold Edgard. Conservação do meio ambiente. Rio de Janeiro, IBGE, 1976. Coleção Paulo de Assis Ribeiro-3.

TEXACO. A marca Texaco no Brasil. Disponível em: <http://www.texaco.com.br/ambiente/politica/tepolitica.shtml>. Acesso em 13/12/2005.

TEXACO BRASIL. Proteção ambiental. Disponível em: <http://www.texaco.com.br/postos_texaco/protecao_ambiental/protecao_ambiental.shtml>.Acesso em 17/06/2006.

76

Page 88: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

VALLE, Cyro Eyer do. Como se preparar para as normas ISSO 14000: Qualidade ambiental. São Paulo: Pioneira, 1995. 137 p.

YOUNG, Carlos Eduardo Frickmann. Competitividade e Tecnologias Limpas. Disponível em: < http://www.niead.ufrj.br/artigocadu5.htm>. Acesso em 10/01/2005.

77

Page 89: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

APÊNDICE I

Questionário de Pesquisa

78

Page 90: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

Esta pesquisa tem como objetivo obter dados referentes á Fatores que inibem o uso de Tecnologias Limpas em Postos de Combustíveis. Seus resultados serão utilizados para estudos de casos no PEP/UFRN e não haverá referência não autorizada á empresa pesquisada.

0-Bandeira do Posto de combustível a) Nacional ( ) b)Multinacional ( )

1-Qual o seu Grau de conhecimento quanto ao uso de Tecnologias Limpas ou ambientais em Postos de combustíveis? Nenhum conhecimento

PoucoConhecimento

RazoávelConhecimento

Algum Conhecimento

MuitoConhecimento

Sem Opinião

2- Com que freqüência tem acesso a informações sobre Tecnologias limpas ou Técnicas de proteção ambiental (Produção mais limpa)?

Nunca PoucaFreqüência

Ás vezes Freqüentemente MuitaFreqüência

Sem Opinião

3- Qual o grau do seu conhecimento quanto às resoluções do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) estabelecidas para os Postos de Combustíveis? Nenhum conhecimento

PoucoConhecimento

RazoávelConhecimento

Algum Conhecimento

MuitoConhecimento

Sem Opinião

4- Neste Posto de combustível existe alguma prática que o Senhor(a) considera ser ambientalmente correta?a) Sim ( ) Especificar_______________________________________________________ c) Não ( )________________________________________________________________ d)Sem resposta ( )

5- Com que freqüência este empreendimento faz Planejamento de ação futura referente às Tecnologias limpas ou ambientais?

Nunca PoucaFreqüência

Ás vezes Freqüentemente MuitaFreqüência

Sem Opinião

79

Page 91: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

6- Na sua opinião, qual a importância dos seguintes itens como BARREIRAS à Implantação de Tecnologias Limpas ou ambientais em Postos de Combustíveis?

BARREIRASSem

importância Pouco

importantePode ser

importante ou não

Importante Muitoimportante

Sem Opinião

Custo elevado

Falta de Recurso financeiro

Falta de infra-estrutura Falta de

envolvimento dos Funcionários

Falta de Informação

Falta de capacitação dos

FuncionáriosResistência ás

mudançasComplexidade da

PML* na avaliação e

identificação das oportunidades

Difícil acesso a TecnologiaAusência de

supervisão efetiva Legislaçãoambiental Falta de

incentivos*Produção mais Limpa

7- De uma maneira geral, como o Senhor (a) avalia a dificuldade em se implantar Tecnologias Limpas ou ambientais em Postos de Combustíveis?

Muito difícil Difícil Pode ser Difícil ou não

Fácil Muito fácil Sem opinião

80

Page 92: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

8- Na sua opinião, qual a importância dos seguintes itens como BENEFICIOS à Implantação de Tecnologias Limpas ou ambientais em Postos de Combustíveis?

BENEFICIOSSem

importância Pouco

importantePode ser

importante ou não

Importante Muitoimportante

Sem opinião

Redução dos custos

MaiorEficiência dos

recursos Proteçãoambiental

(Decréscimo da poluição global)

Atitudes e comportamentos

ambientais Conscientização

ambiental

Diferencial (Vantagem

competitiva) Não geração,

minimização ou reciclagem dos

resíduosMelhora da

qualidade do serviço

Melhoria da imagem da Empresa

Aprimoramento das condições

de trabalho Satisfação dos consumidores

Melhoradequação aos

padrõesambientais

81

Page 93: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

9- De uma maneira Geral, como o Senhor(a) avalia a importância da implantação de Tecnologias Limpas ou ambientais em Postos de combustível?

Sem importância

Poucoimportante

Pode ser importante ou

não

Importante Muitoimportante

Sem opinião

10-Qual o nível de treinamento dos Funcionários deste estabelecimento para lidar com problemas que comprometem o meio ambiente?

Nenhum Treinamento

PoucoTreinamento

Treinamento Razoável

Algum Treinamento

MuitoTreinamento

Sem Opinião

11- Qual a sua idade?

a) Menos de 30 ( ) b) 30-39 ( ) c) 40-49 ( ) d) Mais de 50 ( )

12- Qual o seu grau de instrução?

a) Sem escolaridade ( ) b) 1º grau (Ensino Fundamental) incompleto ( ) c)1º grau (Ensino fundamental) Completo ( )d)2º Grau (Ensino médio) Incompleto ( ) e)2º Grau (Ensino Médio) completo ( ) f)3º Grau (Ensino Superior) incompleto ( ) g)3º Grau (Ensino Superior) Completo ( ) h)Pós-graduação / Mestrado Incompleto ( ) i) Pós-graduação / Mestrado Completo ( )

13- Há quanto tempo este Posto de Combustível funciona?

a) Menos que 1 ano ( ) b) 1 – 3 anos ( ) c) 3- 6 Anos ( ) d) Mais de 6 anos ( )

82

Page 94: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

APÊNDICE II

Gráficos da Análise Descritiva

83

Page 95: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

Histogram (dados_2.STA 40v*86c)

y = 86 * 1 * normal (x; 1,17442; 0,489702)

Existência de prática ambientalmente correta

No

. d

e o

bse

rva

çõe

s75

74

0

6

12

18

24

30

36

42

48

54

60

66

72

78

Sim Não Sem resposta

Histogram (dados_2.STA 40v*86c)

y = 83 * 1 * normal (x; 4,108433; 0,937199)

Importância do Custo elevado como Barreira para implantar TL

No

de o

bser

vaçõ

es

3,6%2,4%

9,6%

48,2%

36,1%

0

3

6

9

12

15

18

21

24

27

30

33

36

39

42

Sem importânciaPouco importante

Pode ser ou não ImpoImportante

Muito importante

Histogram (dados_2.STA 40v*86c)

y = 85 * 1 * normal (x; 3,988235; 1,149473)

Importância da Falta de Recursos como Barreira a implantação de TL

No

de o

bser

vaçõ

es

3,5%

11,8%

9,4%

32,9%

42,4%

0

3

6

9

12

15

18

21

24

27

30

33

36

39

Sem importãnciaPouco importante

Pode ser ou não ImpImportante

Muito importante

84

Page 96: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

Histogram (dados_2.STA 40v*86c)

y = 85 * 1 * normal (x; 4,04706; 1,010726)

Importância da Falta de Infra-estrura como Barraeira á implantação de TL

No

de o

bser

vaçõ

es

3,5%

7,1%5,9%

48,2%

35,3%

0

3

6

9

12

15

18

21

24

27

30

33

36

39

42

Sem importânciaPouco Importante

Pode ser ou não impImportante

Muito importante

Histogram (dados_2.STA 40v*86c)

y = 83 * 1 * normal (x; 3,80723; 1,244086)

Importância da Falta de envolvimento dos Funcionários como Barreira á implantaçã

No

de o

bser

vaçõ

es

8,4%9,6%

8,4%

39,8%

33,7%

0

3

6

9

12

15

18

21

24

27

30

33

36

Sem importânciaPouco importante

Pode ser ou não ImpImportante

Muito importante

Histogram (dados_2.STA 40v*86c)

y = 85 * 1 * normal (x; 4,10588; 1,00028)

Importância da Falta de informção como Barreia á implantação de TL

No

de

ob

serv

açõ

es

2,4%

8,2%5,9%

43,5%

40,0%

0

3

6

9

12

15

18

21

24

27

30

33

36

39

Sem importânciaPouco importante

Pode ser ou não impImportante

Muito importante

85

Page 97: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

Histogram (dados_2.STA 40v*86c)

y = 84 * 1 * normal (x; 4,17857; 0,92046)

Importância da Falta de capacitação dos funcionários como Barreira á implat de T

No

de o

bser

vaçõ

es

2,4%4,8%

6,0%

46,4%

40,5%

0

3

6

9

12

15

18

21

24

27

30

33

36

39

42

Sem importânciaPouco importante

Pode ser ou não impImportante

Muito importante

Histogram (dados_2.STA 40v*86c)

y = 84 * 1 * normal (x; 3,57143; 1,23489)

Importância da Resistência ás mudanças como Barreira á impl de TL

No

de

ob

serv

açõ

es

9,5%

13,1%

9,5%

46,4%

21,4%

0

3

6

9

12

15

18

21

24

27

30

33

36

39

42

Sem importânciaPouco importante

Pode ser ou não impImportante

Muito importante

Histogram (dados_2.STA 40v*86c)

y = 74 * 1 * normal (x; 4,18919; 0,870768)

Importância da complexidade da PML como Barreira à impl de TL

No

de o

bser

vaçõ

es

2,7%4,1%

1,4%

55,4%

36,5%

0

3

6

9

12

15

18

21

24

27

30

33

36

39

42

Sem importânciaPouco importante

Pode ser ou não impImportante

Muito importante

86

Page 98: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

Histogram (dados_2.STA 40v*86c)

y = 83 * 1 * normal (x; 3,78313; 1,082546)

Importância de dificil acesso a tecnologia como Barreia a impl de TL

No

de o

bser

vaçõ

es

3,6%

14,5%

6,0%

51,8%

24,1%

0

3

6

9

12

15

18

21

24

27

30

33

36

39

42

45

Sem importânciaPouco importante

Pode ser ou não impImportante

Muito importante

Histogram (dados_2.STA 40v*86c)

y = 82 * 1 * normal (x; 4,085365; 0,863545)

Importância da ausência de supervisão efetiva como Barreira a impl de TL

No

de

ob

serv

açõ

es

1,2%

7,3%

3,7%

57,3%

30,5%

0

4

8

12

16

20

24

28

32

36

40

44

48

Sem importânciaPouco importante

Pode ser ou não impImportante

Muito importante

Histogram (dados_2.STA 40v*86c)

y = 83 * 1 * normal (x; 4,289156; 0,724655)

Importância da Legislação ambiental como Barreira á impl de TL

No

de o

bser

vaçõ

es

1,2% 2,4% 1,2%

56,6%

38,6%

0

4

8

12

16

20

24

28

32

36

40

44

48

Sem importânciaPouco importante

Pode ser ou não impImportante

Muito importante

87

Page 99: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

Histogram (dados_2.STA 40v*86c)

y = 85 * 1 * normal (x; 4,10588; 1,03537)

Importância da Falta de incentivos como Barreira á impl de TL

No

de o

bser

vaçõ

es

2,4%

9,4%

5,9%

40,0%

42,4%

0

3

6

9

12

15

18

21

24

27

30

33

36

39

Sem importânciaPouco importante

Pode ser ou não impImportante

Muito importante

Histogram (dados_2.STA 40v*86c)

y = 84 * 1 * normal (x; 4,011904; 1,06978)

Avaliação da Dificuldade para impl TL

No

de o

bser

vaçõ

es

4,8%7,1%

6,0%

46,4%

35,7%

0

3

6

9

12

15

18

21

24

27

30

33

36

39

42

Muito dificil Dificil Pode ser ou não Dif Fácil Muito fácil

Histogram (dados_2.STA 40v*86c)

y = 84 * 1 * normal (x; 3,666666; 1,235355)

Importância da redução dos custos como Beneficio á impl de TL

No

de

ob

serv

açõ

es

9,5%10,7%

8,3%

46,4%

25,0%

0

3

6

9

12

15

18

21

24

27

30

33

36

39

42

Sem importânciaPouco importante

Pode ser ou não impImportante

Muito importante

88

Page 100: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

Histogram (dados_2.STA 40v*86c)

y = 74 * 1 * normal (x; 4,216216; 0,832067)

Importância de Maior eficiência dos recursos como Benefício a imp de TL

No

de o

bser

vaçõ

es

2,7% 2,7%1,4%

56,8%

36,5%

0

3

6

9

12

15

18

21

24

27

30

33

36

39

42

45

Sem importânciaPouco importante

Pode ser ou não impImportante

Muito importante

Histogram (dados_2.STA 40v*86c)

y = 83 * 1 * normal (x; 3,85542; 1,094693)

Importância da Proteção ambiental como Beneficio a imp de TL

No

de o

bser

vaçõ

es

3,6%

13,3%

6,0%

48,2%

28,9%

0

3

6

9

12

15

18

21

24

27

30

33

36

39

42

Sem importânciaPouco importante

Pode ser ou não impImportante

Muito importante

Histogram (dados_2.STA 40v*86c)

y = 82 * 1 * normal (x; 4,14634; 0,833288)

Importância de Atitudes e comportamentos ambientais como Beneficio a imp de TL

No

de

ob

serv

açõ

es

1,2%

6,1%

2,4%

57,3%

32,9%

0

4

8

12

16

20

24

28

32

36

40

44

48

Sem importânciaPouco importante

Pode ser ou não impImportante

Muito importante

89

Page 101: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

Histogram (dados_2.STA 40v*86c)

y = 84 * 1 * normal (x; 4,261904; 0,713367)

Importância da Conscientização ambiental como Beneficio a imp de TL

No

de o

bser

vaçõ

es

1,2% 2,4% 1,2%

59,5%

35,7%

0

4

8

12

16

20

24

28

32

36

40

44

48

52

Sem importânciaPouco importante

Pode ser ou não impImportante

Muito importante

Histogram (dados_2.STA 40v*86c)

y = 85 * 1 * normal (x; 4,364706; 0,704527)

Importância de Diferencial como Beneficio a implantação de TL

No

de o

bser

vaçõ

es

2,4%

5,9%

44,7%47,1%

0

4

8

12

16

20

24

28

32

36

40

44

48

52

Sem importânciaPouco importante

Pode ser ou não impImportante

Muito importante

Histogram (dados_2.STA 40v*86c)

y = 82 * 1 * normal (x; 4,317073; 0,700583)

Importância da Não geração,minimização ou reciclagem de residuos como Beneficio

No

de o

bser

vaçõ

es

1,2% 1,2% 2,4%

54,9%

40,2%

0

4

8

12

16

20

24

28

32

36

40

44

48

Sem importânciaPouco importante

Pode ser ou não impImportante

Muito importante

90

Page 102: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

Histogram (dados_2.STA 40v*86c)

y = 85 * 1 * normal (x; 4,517647; 0,502654)

Importância da Melhora da qualidade do serviço como Beneficio a imp de TL

No

de o

bser

vaçõ

es

48,2%51,8%

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

55

60

65

70

Importante Muito importante

Histogram (dados_2.STA 40v*86c)

y = 85 * 1 * normal (x; 4,64706; 0,480721)

Importância da melhoria da imagem da empresa como Beneficio a imp de TL

No

de o

bser

vaçõ

es

35,3%

64,7%

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

55

60

65

70

75

Importante Muito importante

Histogram (dados_2.STA 40v*86c)

y = 85 * 1 * normal (x; 4,517647; 0,502654)

Importância do Aprimoramento das condições de trab como Beneficio a imp de TL

No

de o

bser

vaçõ

es

48,2%51,8%

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

55

60

65

70

Importante Muito importante

91

Page 103: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

Histogram (dados_2.STA 40v*86c)

y = 85 * 1 * normal (x; 4,658823; 0,568057)

Importância da Satisfação dos consumidores como Beneficio a imp de TL

No

de o

bser

vaçõ

es

1,2% 1,2%

28,2%

69,4%

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

55

60

Pouco importantePode ser ou não imp

ImportanteMuito importante

Histogram (dados_2.STA 40v*86c)

y = 84 * 1 * normal (x; 4,416666; 0,495968)

Importância da Melhor adequação aos padrões ambientais como Beneficio a imp de T

No

de

ob

serv

açõ

es

58,3%

41,7%

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

55

60

65

70

Importante Muito importante

Histogram (dados_2.STA 40v*86c)

y = 85 * 1 * normal (x; 4,57647; 0,564347)

Importância da implantação de TL em Postos de combustivel

No

de

ob

serv

açõ

es

3,5%

35,3%

61,2%

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

55

60

65

Pode ser ou não imp Importante Muito importante

92

Page 104: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

APÊNDICE III

Resultados da Análise de Cluster

93

Page 105: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

Barreiras à Implantação de Tecnologias Limpas

Analysis of Variance Between Within signif.

SS df SS df F pBA_CUSTO 0,51 1 66,97 67 0,51 0,4789 BA_RECUR 29,49 1 62,8 67 31,46 0BA_INFRA 18,82 1 59,13 67 21,32 0BA_ENVOL 47,46 1 62,28 67 51,05 0BA_INFOR 18,7 1 56,78 67 22,06 0BA_CAPAC 8,25 1 46,3 67 11,94 0,001 BA_MUDAN 21,41 1 75,54 67 18,99 0 BA_PML 5,13 1 49,42 67 6,95 0,0104

BA_TECNO 18,04 1 67,73 67 17,84 0,0001 BA_SUPER 11,29 1 42,18 67 17,94 0,0001 BA_L_AMB 4,55 1 35,66 67 8,54 0,0047 BA_INCEN 4,27 1 64,98 67 4,4 0,0397

Analysis of Variance Between Within signif.

SS df SS df F pBA_RECUR 29,49 1 62,8 67 31,46 0BA_INFRA 18,82 1 59,13 67 21,32 0BA_ENVOL 47,46 1 62,28 67 51,05 0BA_INFOR 18,7 1 56,78 67 22,06 0BA_CAPAC 8,25 1 46,3 67 11,94 0,001 BA_MUDAN 21,41 1 75,54 67 18,99 0 BA_PML 5,13 1 49,42 67 6,95 0,0104 BA_TECNO 18,04 1 67,73 67 17,84 0,0001

BA_SUPER 11,29 1 42,18 67 17,94 0,0001 BA_L_AMB 4,55 1 35,66 67 8,54 0,0047 BA_INCEN 4,27 1 64,98 67 4,4 0,0397

94

Page 106: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

Descriptive Statistics for Cluster 2 (dados 3 barreiras.sta)Cluster Contains 35 cases

Mean Standard Deviatn. Variance BA_RECUR 4,54 0,66 0,43 BA_INFRA 4,49 0,56 0,32 BA_ENVOL 4,6 0,55 0,31 BA_INFOR 4,6 0,55 0,31 BA_CAPAC 4,49 0,66 0,43 BA_MUDAN 4,11 0,83 0,69 BA_PML 4,46 0,78 0,61 BA_TECNO 4,23 0,73 0,53 BA_SUPER 4,49 0,51 0,26 BA_L_AMB 4,54 0,51 0,26 BA_INCEN 3,91 1,2 1,43

Descriptive Statistics for Cluster 1 (dados 3 barreiras.sta)Cluster constains 34 cases

Mean Standard Deviatn. Variance BA_RECUR 3,24 1,21 1,46 BA_INFRA 3,44 1,21 1,47 BA_ENVOL 2,94 1,25 1,57 BA_INFOR 3,56 1,19 1,41 BA_CAPAC 3,79 0,98 0,96 BA_MUDAN 3 1,26 1,58 BA_PML 3,91 0,93 0,87 BA_TECNO 3,21 1,23 1,5 BA_SUPER 3,68 1,01 1,01 BA_L_AMB 4,03 0,9 0,82 BA_INCEN 4,41 0,7 0,49

95

Page 107: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

Benefícios à Implantação de Tecnologias Limpas

Analysis of Variance (dados 3 beneficios.sta) Between Within signif.

SS df SS df F p

BE_CUSTO 39,67 1 57,5 65 44,84 0BE_RECUR 4,5 1 44,58 65 6,56 0,0128 BE_PROT 53,1 1 34,75 65 99,33 0BE_AT_CO 8,34 1 39,46 65 13,73 0,0004 BE_CONSC 3,4 1 35,76 65 6,18 0,0155 BE_DIFER 0,27 1 31,85 65 0,55 0,4606 BE_RESID 0,22 1 23,46 65 0,6 0,4416 BE_SERVI 0,1 1 16,62 65 0,39 0,5364 BE_IMAG 0,34 1 15,06 65 1,49 0,2273 BE_TRAB 0,06 1 16,6 65 0,23 0,6322 BE_SATIS 0,2 1 22,58 65 0,57 0,4538

Analysis of Variance (dados 3 beneficios.sta) Between Within signif.

SS df SS df F p

BE_CUSTO 39,67 1 57,5 65 44,84 0

BE_RECUR 4,5 1 44,58 65 6,56 0,0128 BE_PROT 53,1 1 34,75 65 99,33 0BE_AT_CO 8,34 1 39,46 65 13,73 0,0004 BE_CONSC 3,4 1 35,76 65 6,18 0,0155

Descriptive Statistics for Cluster 1 (dados 3 beneficios.sta) Clusters contains 17 cases

Descriptive Statistics for Cluster 2 (dados 3 beneficios.sta) Cluster Contains 50 cases

Standard Standard Mean Deviatn. Variance Mean Deviatn. Variance

BE_CUSTO 2,41 1,28 1,63 BE_CUSTO 4,18 0,8 0,64 BE_RECUR 3,76 1,09 1,19 BE_RECUR 4,36 0,72 0,52 BE_PROT 2,29 0,99 0,97 BE_PROT 4,34 0,63 0,39 BE_AT_CO 3,53 1,12 1,26 BE_AT_CO 4,34 0,63 0,39 BE_CONSC 3,88 1,22 1,49 BE_CONSC 4,4 0,49 0,24

96

Page 108: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

ANEXO A

Número de Postos de Combustíveis por Região/ Estado no Brasil

Descrição Total %Região Norte 3059 6,15Pará 1084 2,18Amazonas 632 1,27Rondônia 552 1,11Tocantins 418 0,84Roraima 122 0,25Acre 143 0,29Amapá 108 0,22Região Nordeste 9787 19,67Bahia 2513 5,05Pernambuco 1804 3,63Ceará 1468 2,95Maranhão 861 1,73Alagoas 560 1,13Paraíba 879 1,77Rio Grande do Norte 762 1,53Piauí 648 1,30Sergipe 292 0,59Região Sudeste 21443 43,10São Paulo 11954 24,03Minas Gerais 5816 11,69Rio de Janeiro 2825 5,68Espírito Santo 848 1,70Região Sul 10659 21,43Paraná 4115 8,27Santa Catarina 2532 5,09Rio Grande do Sul 4012 8,06Região Centro-Oeste 4801 9,65Goiás 2086 4,19Mato Grosso 1347 2,71Mato Grosso do Sul 969 1,95Distrito Federal 399 0,80Brasil 49749 100,00

Fonte: ANP, Março 2006. Elaborado por Sança, 2006.

97

Page 109: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

ANEXO B

Algumas medidas para uma gestão ambientalmente correta nos Postos de Combustíveis

Área de descarga concretada Exemplo de câmara de calçada

Descarga selada pintada nas cores correspondentes aos produtos

Exemplo de sump de descarga selada

98

Page 110: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

Sinalização correta de segurança Canaleta em volta da ilha de abastecimento

Piso limpo e impermeável Bacia de contenção de filtro de diesel

Sump de tanque e conexões flexíveis Exemplo de sump, spill container em bocas de descarga

Fonte. Instituto Posto Ecológico

99

Page 111: FATORES INIBIDORES DO USO DE TÉCNICAS ......Acreditavas no meu potencial enquanto eu temia muito. Você é muito especial para mim, desde o momento que nos conhecemos. Não posso

ANEXO C

Erros de construção em Postos de combustíveis que comprometem o meio ambiente.

A saída da caixa separadora deste posto esta junta com a saída de óleo

Um posto nunca poderia ter sido construído em cima de um rio

Instalação életrica irregular em área de alto risco Caixas separadoras mau construídas

Caixas Separadoras mau construídas Caixas separadoras mau construídas

Fonte: Instituto Posto Ecológico

100