fases e etapas do planej

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FASES E ETAPAS DO PROCESSO DE PLANEJAMENTO

1. OBJETO DE ESTUDO DO PLANEJAMENTO TURÍSTICO – Um município, um bairro, uma área privada, uma empresa ou um empreendimento.

MISSÃO – Para justificar o processo de planejamento, ou seja, ter certeza de qual será o objetivo maior do planejamento, saber para que planejar.

Melhorar a qualidade de vida da comunidade e preservar o meio ambiente, constitui-se, usualmente, na missão do planejamento público.

No planejamento privado, é mais comum a missão ligada à satisfação dos clientes com a conseqüente ampliação de lucros.

2. INVENTÁRIO DA SITUAÇÃO ATUAL – Levantamento de dados, para que se compreenda tudo a respeito da área a ser estudada. Tal levantamento fundamenta-se em quatro elementos básicos para o turismo: Oferta, Demanda, Comunidade e Concorrência.

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Após o término da coleta de dados, elabora-se um documento descritivo, isento de avaliações ou sugestões, o qual subsidiará os especialistas na estruturação do diagnóstico.

3. DIAGNÓSTICO – Análise e avaliação da área de estudo.

4. PROGNÓSTICO – Fase em que são feitas projeções e são determinadas as tendências que delinearão as perspectivas da atividade turística na área de estudo.

5. DIRETRIZES DE AÇÃO – Consistem em propostas para evitar os impactos negativos, otimizar os benefícios do turismo e propiciar o desenvolvimento sustentável da atividade turística.

1. INTRODUÇÃO1.1. Objeto1.2. Missão

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INVENTÁRIO DA SITUAÇÃO ATUAL

CARACTERIZAÇÃO GERAL – Representa o elemento introdutório que vai descrever os elementos básicos da localidade ou da

2. INVENTÁRIO DA SITUAÇÃO ATUAL2.1. Caracterização geral2.2. Levantamento da oferta2.3. Caracterização da demanda2.4. Investigação da comunidade2.5. Descrição da concorrência

3. DIAGNÓSTICO3.1. Análise da oferta3.2. Análise de dados da demanda3.3. Análise da comunidade3.4. Análise da concorrência

4. PROGNÓSTICO4.1. Projeções4.2. Tendências

5. DIRETRIZES DE AÇÃO5.1. Objetivos5.2. Metas5.3. Programas5.4. Projetos

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empresa, ou seja, o objeto do planejamento. Este tópico é estruturado pela compilação de dados de fontes secundárias referentes à localização, ao histórico, aos aspectos econômicos e sociais, à legislação e à estrutura político-administrativa, e constitui-se na introdução do documento resultante do processo de planejamento – o Plano.

LEVANTAMENTO DA OFERTA – O inventário da oferta turística constitui-se no levantamento de tudo o que a área de estudo possui e que tenha alguma relação com o turismo. O método observacional é o mais adequado para a coleta de dados da oferta. O trabalho de campo deverá apoiar-se em fichas de observação que auxiliem na padronização das informações colhidas. A oferta é dividida em: infra-estrutura básica; recursos e atrativos turísticos; equipamentos e serviços turísticos.

INFRA-ESTRUTURA BÁSICA – Contempla todos os serviços públicos ou privados que intervêm no turismo, tais como: sistema de transportes, de comunicação, de educação, saneamento, segurança, assistência médico-hospitalar.

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No estudo de uma localidade, esses dados subsidiam informações sobre problemas estruturais, que poderão ser avaliados como fatores limitantes ou como elementos de vantagem competitiva no desenvolvimento do turismo da área.

RECURSOS E ATRATIVOS TURÍSTICOS – Cada elemento deve ser descrito respeitando-se uma classificação padronizada que auxilia o trabalho de campo e a estruturação do formulário de observação. São observados: aspectos naturais, histórico-culturais, manifestações e usos tradicionais, realizações técnicas e científicas contemporâneas e acontecimentos programados.

EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS TURÍSTICOS – Os equipamentos e serviços turísticos formam o conjunto de empreendimentos e negócios relacionados ao turismo, direta ou indiretamente, tais como hospedagem, alimentação, entretenimento, agenciamento, trabalho de guias, locações de meios de transportes, locais para eventos, etc.

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CARACTERIZAÇÃO DA DEMANDA – Consiste em um trabalho de pesquisa por meio da qual se torna possível conhecer as especificidades dos turistas reais (efetivos) e latentes (potenciais e futuros).

DEMANDA TOTAL – Conjunto total de pessoas que consomem ou que venham a consumir um produto turístico.

DEMANDA ATUAL, REAL OU EFETIVA – Conjunto de pessoas que, efetivamente, consomem o produto turístico em estudo.

DEMANDA LATENTE OU REPRIMIDA - Conjunto de pessoas que, por algum motivo, não consomem o produto turístico; subdivide-se em:a) Demanda Potencial - Conjunto de pessoas motivadas a viajar, mas que, no momento do estudo, não o fazem por motivos passageiros;b) Demanda Futura – Conjunto de pessoas que podem se tornar consumidores de bens e serviços turísticos, desde que motivadas.

DEMANDA REAL – o estudo da demanda real é realizado no núcleo turístico e deve considerar a sazonalidade, ou seja, deve ser

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feito em diversas épocas do ano, para verificar as características dos visitantes em períodos de alta e baixa temporada.

A pesquisa com turistas efetivos relaciona-se à sua opinião com relação a sua percepção sobre qualidade da oferta turística e suas sugestões de melhoria.

DEMANDA LATENTE – O estudo da demanda latente investiga as pessoas em seu local de residência e requer um esforço maior, relacionado à delimitação do universo e à viabilização do trabalho de campo, uma vez que todos os moradores de uma cidade preponderantemente emissiva se constituem em demanda latente.Para estudar a demanda latente, recomenda-se a utilização do artifício da segmentação, visando a conhecer as características do público que mais interessa à localidade turística, por exemplo, o segmento da melhor idade, estudantes universitários, funcionários públicos, etc.

INVESTIGAÇÃO DA COMUNIDADE – Avaliam-se dois grupos distintos: a comunidade em geral, que em função da amplitude do universo deverá ser pesquisada com o apoio de questionários, e

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os formadores de opinião (políticos, chefes religiosos, líderes comunitários, professores, comerciantes e empresários de destaque, sindicalistas e até moradores antigos), que deverão ser escolhidos a partir de uma amostragem não probabilística por conveniência, investigados por meio de entrevistas.

DESCRIÇÃO DA CONCORRÊNCIA – O levantamento da concorrência deve ser resultado de uma pesquisa documental em mapas, guias, listas de associações, sites, jornais, revistas, etc. que possam fornecer dados sobre municípios e empreendimentos concorrentes.

Concorrentes diretos – Destinos que apresentam o mesmo tipo de atrativos e serviços turísticos.

Concorrentes indiretos – Representam um universo infinito. Ex: Quando um consumidor opta por adquirir um aparelho celular, em vez de usufruir um Hotel fazenda com a família em um final de semana, a telefonia celular passa a ser concorrente dos empreendimentos turísticos que poderiam ser escolhidos para o passeio.

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SISTEMATIZAÇÃO DO DIAGNÓSTICO

O diagnóstico consiste em relacionar informações inventariadas e aplicar critérios de avaliação e análise adequados ao processo de planejamento turístico.

Para elaborar o diagnóstico, indica-se a adoção do método SWOT.Strengths pontos forteWeaknesses pontos fracosOpportunities oportunidadesThreats riscos

Primeiramente, é feita uma relação dos pontos fortes e as respectivas oportunidades que podem gerar. Depois, são enumerados

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os pontos fracos, acompanhados dos riscos possíveis.

Análise da Oferta – A definição dos critérios de avaliação da oferta turística deve ser documentada e passada para os pesquisadores de campo, incluindo o apoio de um trabalho de treinamento para que eles tenham conhecimento dos fatores relevantes à avaliação.Para cada atrativo inventariado é recomendada uma avaliação do valor intrínseco do atrativo a partir do seguinte modelo:a) relacionar as características relevantes do atrativo de acordo com o critério estabelecido pela EMBRATUR;b) a pontuação para cada uma das características relevantes deve obedecer à escala de 1 a 4, sendo 1 para a pior avaliação e 4 para a melhor (1:ruim; 2:regular; 3:bom; 4:ótimo);c) o valor médio (VM) de cada característica que compõe o valor intrínseco do atrativo será obtido pela soma dos pontos atribuídos pelos avaliadores, dividido pelo número de integrantes do grupo de avaliadores;d) para facilitar os cálculos, deverá ser adotado o critério de arredondamento;

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e) o valor intrínseco (VI) do atrativo será obtido pela soma dos valores médios, dividida pelo número total de características relevantes, pertinentes à avaliação do atrativo.

Matriz de avaliação de atrativos turísticos – o preenchimento dessa matriz exige que o valor intrínseco (VI) do atrativo já tenha sido definido. A pontuação dos elementos acesso, transporte e equipamentos varia de 0 a 3 (0:não existe; 1:ruim; 2:regular; 3:bom). Os cálculos do valor médio seguem o raciocínio lógico empregado para o modelo de valor (VM) intrínseco; o ponto do atrativo (P.A.) é resultado do valor médio, multiplicado pelo peso, índice predeterminado pela EMBRATUR.

A hierarquia será definida segundo o índice do atrativo (I.A.), respeitando os seguintes intervalos:

Hierarquia Valor do índice do Atrativo (I.A.)

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1 0,84 – 1,422 1,63 – 2,213 2,42 – 3,004 3,21 – 3,79

Análise da demanda – Objetiva compreender as características e necessidades dos turistas, efetivos ou latentes, para que essas informações indiquem os caminhos a serem seguidos na definição de estratégias a fim de atingir o objetivo do planejamento.

Características geográficasOrigem: rua, bairro, cidade, estado, país.

Características demográficasFaixa etária: idade do entrevistado;Gênero: feminino ou masculino;Religião: crença religiosa;Etnia: branca, preta, parda, amarela,

vermelha.

Dados econômicosRenda familiar;Renda pessoal;Gastos de viagem;Etc;

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Características sociaisEscolaridade;Ocupação;Etc.Características psicográficas de comportamentoFreqüência de viagem;Atividades desenvolvidas no núcleo

receptor;Tamanho do grupo de viagem;Etc.

Características psicográficas motivacionaisMotivos de viagem;Local mais visitado;Lugar turístico preferido;Etc.

Análise da comunidade

Hábitos de vida: características da residência, posse de eletrodomésticos, padrões de higiene, uso da energia elétrica, etc;

Relacionamento com o meio ambiente: formas de contato com a natureza, domínio de técnicas tradicionais, relações

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sociais, crenças, conhecimentos culturais, etc;

Grau de profissionalização: experiência profissional, conhecimento dos atrativos, disposição para aprender, etc.

Análise da Concorrência

Conhecer pontos fortes e fracos dos concorrentes;

Detectar oportunidades de mercado (perceber nichos de demanda pouco trabalhados);

Aproveitar experiências bem sucedidas;Evitar erros cometidos por outros;Buscar um diferencial competitivo

(descobrir o que pode ser feito de inovador para construir uma imagem única).

TRABALHO DO PROGNÓSTICO

PROJEÇÕESTENDÊNCIAS

ESTRUTURAÇÃO DAS DIRETRIZES DE AÇÃO