farmacologia da hemostase e da terapia antitrombolÌtica joão rocha bruno miguel epodes...
TRANSCRIPT
FARMACOLOGIA DA HEMOSTASE E DA TERAPIA
ANTITROMBOLÌTICA
João Rocha
Bruno Miguel epodes
Laboratório deFarmacologia
HemostaseParagem espontânea da saída de sangue de um vaso
sanguíneo danificado
Factores
procoagulantes
Factores
anticoagulantes
Fibrinólise
Tríade de Virchow: factores de riscoTríade de Virchow: factores de risco
Alterações Alterações Fluxo Fluxo
SanguíneoSanguíneo
Alterações nas Alterações nas superfícies de superfícies de
contacto com o contacto com o sanguesangue
Alterações nos Alterações nos componentes componentes da coagulaçãoda coagulação
Fibrilhação AtrialFibrilhação Atrial
Disfunção ventricular Disfunção ventricular esquerda por cardiomiopatia esquerda por cardiomiopatia isquémica/idiopática, isquémica/idiopática, insuficiência cardiaca insuficiência cardiaca congestiva, enfarte do congestiva, enfarte do miocárdiomiocárdio
Imobilização/repouso/paralisiaImobilização/repouso/paralisia
Obstrução venosa por Obstrução venosa por tumor/obesidade/gravideztumor/obesidade/gravidez
Lesão ou traumatismo Lesão ou traumatismo vascularvascular
Doença cardíaca valvularDoença cardíaca valvular
Substituição de válvulas Substituição de válvulas cardiacascardiacas
AteroscleroseAterosclerose
Enfarte Agudo do MiocárdioEnfarte Agudo do Miocárdio
CateterismoCateterismo
História de Trombose Venosa História de Trombose Venosa Profunda e Embolia PulmonarProfunda e Embolia Pulmonar
FracturasFracturas
Irritação por subst. químicasIrritação por subst. químicas
““Invasão” tumoralInvasão” tumoralDeficiência em Proteína C / Proteína S / Antitrombina IIIDeficiência em Proteína C / Proteína S / Antitrombina III
Resistência à Proteína C activadaResistência à Proteína C activada
Síndroma dos anticorpos antifosfolípidosSíndroma dos anticorpos antifosfolípidos
Terapêutica com estrogéniosTerapêutica com estrogénios
Gravidez, Tumores, étc..Gravidez, Tumores, étc..
Resposta hemostática imediata a uma lesão num vaso sanguíneo
vasospasmo
adesão plaquetar
agregação plaquetar
A lesão num vaso sanguíneo inicia uma série de eventos que envolvem plaquetas, células endoteliais, e factores de coagulação, tendo como
resultado final a formação de um coágulo de plaquetas-fibrina
Classificação dos trombos de acordo com a localização e composição
Trombo arterial- Trombo branco
- Composto principalmente por plaquetas, embora contenham fibrina e leucócitos (ocasionalmente)
- Ocorrem em áreas de fluxo sanguíneo rápido e correspondem à resposta a um vaso lesado ou com alguma alteração
Trombo venoso- Trombo vermelho, zonas de fluxo sanguíneo mais lento
- Composto principalmente por fibrina e eritrócitos
- Resposta a lesão vascular após cirurgia ou estase venosa
Activação e desgranulação
plaquetar
TXA2
ADP
Adrenalina
Serotonina (5-HT)
Activação e recrutamento de novas plaquetas
Activação e recrutamento de novas plaquetas
Locais de ligação
fosfolipídica
Activação de complexos
para formação de trombina
A activação das plaquetas pelos agonistas leva à activação do receptor GP IIb/IIIa na superfície celular.
Locais de ligação do fibrogénio, e outras
moléculas de adesão (FWv e fibronectina)
Agregação plaquetar(endpoint)
GP IIb/IIIa
Activação da cascata da coagulação:
o papel chave da trombina (Factor IIa)
- Para além da trombina, o complexo [TF-Factor VIIa] tem um papel fundamental no desencadear da cascata da coagulação e formação de fibrina
- O complexo [TF/VIIa/Ca2+] converte o Factor X em Xa, que por sua vez converte o factor II (protrombina) em factor IIa (trombina)
- A trombina formada promove a clivagem do fibrinogénio em fibrina, que estabiliza o coágulo primário de plaquetas formado num coágulo permanente
- Outra via de activação da passagem de protrombina a trombina é a via intrínseca, iniciada com a activação do Factor XII
Para além da conversão da fibrina, a trombina activa o factor de coagulação XIII que estabiliza e cria uma rede nas moléculas solúveis de fibrina de forma a tornar insolúvel o coágulo de fibrina
Activação da cascata da coagulação:
o papel chave da trombina (Factor IIa)
Trombina
- por activar outros factores e co-factores de coagulação amplifica a sua própria formação
- causa a migração de leucócitos e regula o tónus vascular
- promove a migração e proliferação de células do músculo liso
Dado o papel central da trombina na hemostase e na trombogénese, o objectivo de muitos fármacos deste grupo é bloquear a actividade da
trombina ou prevenir a sua formação
Regulação da hemostase
A hemostase é estritamente regulada por inibidores específicos dos factores de coagulação activados (anticoagulantes naturais):
Inibidores fisiológicos no
plasma
Cininas
Serpinas (ATIII, Proteína C e Proteína S)
2-macroglobulina
Fármacos com actividade anticoagulante
Fármacos com actividade antiagregante plaquetar
Fármacos com actividade fibrinolítica
FARMACOLOGIA DA HEMOSTASE E DA TERAPIA ANTITROMBOLÍTICA
Fármacos com actividade anticoagulante
Heparina e HBPM (LMWH)
A heparina consiste numa mistura heterogénea de mucopolissacáridos sulfatados
(resíduos alternados de D-glucosamina e ácido urónico), que se liga à superfície
das células endoteliais
Actividade anticoagulante variável (a clearance com o tamanho da cadeia)
As cadeias menores possuem maior actividade sobre o factor Xa do que sobre a trombina
Inibição indirecta da actividade da trombina
Fármacos com actividade anticoagulante
Heparina e HBPM (LMWH)
Exerce o seu efeito anticoagulante por ligação à ATIII
Altera a conformação da ATIII, acelerando principalmente a inibição da
trombina, factor Xa e factor IXa
A heparina participa nestas reacções funcionando como molde para a ligação da
ATIII e trombina, formando um complexo ternário
A inactivação do factor Xa pela ATIII não requer a formação de um complexo ternário
HBPM (<18 resíduos polissacáridos) não servem como molde para formação do complexo ternário, mas possuem a capacidade de inactivar o factor Xa
Fármacos com actividade anticoagulante
Heparina e HBPM (LMWH)
Xa
HEP
ATIII IIa
HEP
ATIII Xa
HEP
ATIII IIa
HEP
ATIII
Fármacos com actividade anticoagulante
Heparina não fraccionada
ATENÇÃO!
Não inactiva o factor Xa ligado às plaquetas nem a trombina ligada à fibrina, que
permanecem enzimaticamente activos
inibição da trombogénese pela heparina não é completa
Resistência da trombose arterial à terapêutica heparínica
Fármacos com actividade anticoagulante
Heparina não fraccionada
- Altera a função plaquetar (inibe a agregação induzida pela trombina e pelo
colagénio)
- Inibe a adesão das plaquetas ao colagénio (interfere com a função do vWf)
- Efeito antitrombótico (ligação ao endotélio com libertação de glicosaminoglicanos
antitrombóticos)
- Aumenta a fibrinólise por aumento da activação do plasminogénio pelo activador
tecidular
Outros efeitos da heparina
Fármacos com actividade anticoagulante
Heparina não fraccionada
A heparina é eficaz:
- na prevenção da trombose venosa;
- no tratamento do tromboembolismo venoso profundo e embolia pulmonar
- no tratamento precoce de doentes com angina pectoris instável e enfarte agudo
do miocárdio;
- na prevenção da formação de coágulos nos catéteres utilizados na canulação de
vasos sanguíneos;
Resistência ao tratamento com heparina (variação intra e inter-individual)
Fármacos com actividade anticoagulante
Heparina não fraccionada
É fracamente absorvida por via oral
(administração i.v. – bólus + infusão contínua – ou s.c.)
Monitorização laboratorial (aPTT = 1.5-2.5 vezes o controlo normal)
Baixa biodisponibilidade
Molécula carregada negativamente liga-se em elevada % a proteínas plasmáticas,
lipoproteínas de baixa densidade, fibrinogénio e fvW
- Metabolização hepática e excreção renal mínima
- PM elevado não atravessa membrana placentária, não passa para o leite
materno
FÁRMACO DE ESCOLHA NA GRAVIDEZ (ausência de efeitos teratogénicos)
Fármacos com actividade anticoagulante
Heparina não fraccionada
Toxicidade e Efeitos Adversos
- Hemorragia, mesmo em doses terapêuticas
hemorragias benignas (epistaxes, equimoses)
grandes complicações hemorrágicas (> injecções intermitentes)
- Trombocitopénia (<100000/l) reversível, raro e grave
- Osteoporose
- Aumento das transaminases
- Inibição da síntese de aldosterona ( K+ plasmático)
- Alopécia transitória
- Reacções de hipersensibilidade
Fármacos com actividade anticoagulante
Heparina não fraccionada
Extraído do esperma do peixe
Proteína básica de baixo peso molecular
Possui alguma actividade anticoagulante
É imunogénica
Pode originar: reacção anafilática, vasoconstrição pulmonar, disfunção ventricular
direita, hipotensão, neutropénia transitória
ANTAGONISMO DO EFEITO
SULFATO DE PROTAMINA
Fármacos com actividade anticoagulante
HBPM (LMWH)
As HBPM são obtidas por fraccionamento:
- hidrólise química
- despolimerizaçãoheparina não fraccionada
1000 a 10000 kDa
(5000 kDa)
ATENÇÃO
As HBPM obtidas por diferentes processos de fraccionamento possuem diferentes propriedades farmacocinéticas e farmacodinâmicas
Fármacos com actividade anticoagulante
HBPM (LMWH) - Enoxaparin
DIFERENÇAS MECANISTICAS DO EFEITO ANTICOAGULANTE
- A razão antitrombina/factor Xa passa de 1:1 para 1:4
- as propriedades farmacocinéticas diminuem a variabilidade inter-individual, pelo
menos em parte devido à menor ligação às proteínas;
- existe menor interacção com as plaquetas, quando em comparação com a heparina
Semi-vida aprox. 4 horas
Tmax (s.c.) 2 - 3 h
BD = 90% (HPNF = 20%) – s.c.
Não requer monitorização LAB!
Fármacos com actividade anticoagulante
Hirudina (lepidurina)
Inibição directa da actividade da trombina
- é uma proteína de 65 aminoácidos (7 kDa)
- extraída das glândulas salivares de Hirudo medicinalis é antagonista
específico da trombina
- a proteína de origem recombinante, a lepidurina, é derivada da cultura de
leveduras e está em utilização clínica
DIFERENÇAS MECANISTICAS DO EFEITO ANTICOAGULANTE
A lepidurina e os seus derivados inibem selectiva e directamente a trombina, de
forma independente da ATIII e não afectando a função plaquetar
Fármacos com actividade anticoagulante
Hirudina (lepidurina)
Inibição directa da actividade da trombina
Não estão associados a trombocitopénia!
Semi-vida aprox. 60 minutos
(sofre rápida hidrólise)
Excreção renal
Antagonistas da vitamina K
Anticoagulantes orais
1924Doença hemorrágica do gado ingestão de trevo doce deteriorado
(bishidroxicumarina dicumarol)
1948
Wisconsin Alumni Research Foundation + coumarin
Warfarin
Raticida!
Antagonistas da vitamina K
Anticoagulantes orais
a) Derivados da 4-hidroxicumarina: dicumarol, acenocumarol,
varfarina, femprocumom e biscumacetato de etilo;
b) derivados do indano-1,3-diona: fenindiona, difenadiona, e
anisindiona
antagonistas da vitamina K
Factor II, VII, IX e X
Cofactores (proteína C e S)Síntese dependente da
vitamina K
Antagonistas da vitamina K
Anticoagulantes orais
MECANISMO DE ACÇÃOMECANISMO DE ACÇÃO
Bloqueio da -carboxilação de variados resíduos de glutamato na protrombina e factores VII, IX e X, bem como das proteínas anticoagulantes endógenas C e S
Formação de moléculas incompletas, biologicamente inactivas na coagulação
Carboxilase dependente da forma hidroquinona (vitamina KHz)
O epóxido de vitamina K é regenerado por via de uma redutase
Antagonistas da vitamina K
Anticoagulantes orais
Anticoagulantes orais
Varfarina
- Administrada via oral na forma sódica possui 100% biodisponibilidade;
- Elevada ligação às proteínas plasmáticas (albumina) = volume de distribuição
- Semi-vida plasmática longa (36 horas)
- Ausência de excreção na forma inalterada
Mistura racémica
S-varfarina 4 x >
R-varfarina
- início de acção retardada (justificação mecanística) 8-12 horas até efeito
- ineficaz quando se pretende um efeito imediato
Semi-vida dos factores de coagulação
II – 50 horas IX – 24 horas
VII – 6 horas X – 36 horas
Anticoagulantes orais
Varfarina
Interacções farmacológicas (I)
Salicilatos e quinidinas – diminuem a síntese dos factores de coagulação
Esteróides anabolizantes, tiroxina – aumentam o catabolismo dos factores de
coagulação, são fármacos que afinidade para o receptor
Fármacos que disponibilidade da vitamina K – AB de largo espectro, clofibrato,
metotrexato, colestiramina
Fármacos que desloquem o anticoagulante da ligação às proteínas plasmáticas
Fármacos que actuam por inibição enzimática – antidepressivos tricíclicos,
dissulfiran, contraceptivos orais, isoniazida, cloranfenicol, alopurinol
Anticoagulantes orais
Varfarina
Fármacos que diminuem o efeito anticoagulante
Inibindo a absorção de anticoagulante
(Mg(HO)2, laxantes, griseofulvina)
Induzindo as enzimas de metabolização hepática
(barbitúricos, meprobamato, álcool)
Estimulando a síntese de factores de coagulação
(vitamina K - fitonadiona, corticosteróides)
Interacções farmacológicas (II)
Anticoagulantes orais
Varfarina
ABSORÇÃO completa (mistura racémica possui absorção rápida a partir do TGI)
DISTRIBUIÇÃO elevada ligação às proteínas plasmáticas (99%), passa a
membrana placentar, não é secretada no leite materno
METABOLIZAÇÃO hepática e renal (atenção na insuf. renal e hepática); os
metabolitos são inactivos
ELIMINAÇÃO urina e fezes (urina cora de vermelho-alaranjado devido aos
derivados da fenidiona)
SEMI-VIDA muito variável (devido à extensa ligação às proteínas plasmáticas)
Farmacocinética
Anticoagulantes orais
Varfarina
Hemorragia
Compressão de estruturas vitais (clinicamente visíveis)
intracraniana, pericárdica, medula espinal
Hemorragia massiva de diagnóstico não-imediato
gastrointestinal, intraperitoneal, retroperitoneal
Embriopatia varfarínica
1º Trimestre1º Trimestre – Lesões no feto são muito graves (condrodisplasia punctata)
2º - 3º Trimestre2º - 3º Trimestre – Alterações no SNC
Efeitos Adversos
Anticoagulantes orais
Varfarina
Anti-agregantes plaquetários Anti-agregantes plaquetários
Regulação da função das plaquetasRegulação da função das plaquetas
Agentes gerados no exterior da plaqueta e que com ela interagem (catecolaminas, colagénio, trombina, prostaciclina)
Agentes gerados no interior da plaqueta e que interagem com os receptores membranares (ADP, PGD2, PGE2 e serotonina)
Agentes gerados no interior da plaqueta e que actuam localmente no seu interior (TXA2 AMPc, GMPc, e Ca2+)
Estratégias de modulação farmacológicaEstratégias de modulação farmacológica
Inibição do metabolismo das prostaglandinas
Inibição da agregação plaquetar induzida pelo ADP
Bloqueio do receptor GP IIb/IIIa nas plaquetas
Anti-agregantes plaquetários Anti-agregantes plaquetários
Anti-agregantes plaquetares Anti-agregantes plaquetares
Ácido Acetilsalicílico (ASPIRINAÁcido Acetilsalicílico (ASPIRINA®)®)
Inibição do metabolismo das prostaglandinas
TXA2
AGREGAÇÃO plaquetar- alteração da forma
- libertação do conteúdo dos grânulos
Anti-agregantes plaquetares Anti-agregantes plaquetares
Ácido Acetilsalicílico (ASPIRINAÁcido Acetilsalicílico (ASPIRINA®)®)
Inibição do metabolismo das prostaglandinas
TXA2
AGREGAÇÃO plaquetar- alteração da forma
- libertação do conteúdo dos grânulos
Anti-agregantes plaquetares Anti-agregantes plaquetares
Ácido Acetilsalicílico (ASPIRINAÁcido Acetilsalicílico (ASPIRINA®)®)
Inibição do metabolismo das prostaglandinas
TXA2
AGREGAÇÃO plaquetar- alteração da forma
- libertação do conteúdo dos grânulos
Ácido Acetilsalicílico (ASPIRINAÁcido Acetilsalicílico (ASPIRINA®)®)
TXA2
AGREGAÇÃO plaquetar- alteração da forma
- libertação do conteúdo dos grânulos
Acetilação irreversível da enzima COX
PGH2 TXA2
Ac. Araquidónico
Anti-agregantes plaquetares Anti-agregantes plaquetares
Inibição do metabolismo das prostaglandinas
Ácido Acetilsalicílico (ASPIRINAÁcido Acetilsalicílico (ASPIRINA®)®)
COX-1 TXA2
PlaquetasAnucleadas !- sem síntese proteica- expressam apenas COX-1- não conseguem sintetizar a enzima nos 10 dias de vida que possuem
Anti-agregantes plaquetares Anti-agregantes plaquetares
Inibição do metabolismo das prostaglandinas
Ácido Acetilsalicílico (ASPIRINAÁcido Acetilsalicílico (ASPIRINA®)®)
Estudo Britânico revelou que nesta dosagem ocorre um aumento da incidência de úlcera péptica e hemorragia gastrointestinal
500 mg/d
325 mg/dFDAPrevenção primária do enfarte do miocárdio
Anti-agregantes plaquetares Anti-agregantes plaquetares
Inibição do metabolismo das prostaglandinas
Ácido Acetilsalicílico (ASPIRINAÁcido Acetilsalicílico (ASPIRINA®)®)
COX-1 COX-2
Anti-agregantes plaquetares Anti-agregantes plaquetares
Inibição do metabolismo das prostaglandinas
COX-1 COX-2
200 x > afinidade 200 x < afinidade
Ácido Acetilsalicílico (ASPIRINAÁcido Acetilsalicílico (ASPIRINA®)®)
Anti-agregantes plaquetares Anti-agregantes plaquetares
Inibição do metabolismo das prostaglandinas
COX-1 COX-2
O uso de aspirina como antitrombótico (COX-1) requer menores quantidades do que como anti-inflamatório (COX-2)
200 x > afinidade 200 x < afinidade
Ácido Acetilsalicílico (ASPIRINAÁcido Acetilsalicílico (ASPIRINA®)®)
Anti-agregantes plaquetares Anti-agregantes plaquetares
Inibição do metabolismo das prostaglandinas
DOSE DE CARGAAspirina mastigável
+ dosagem a manter durante a hospitalização
325 mg +160-325 mg/d
80 mg/d Dose de manutenção pós-hospitalização
Ácido Acetilsalicílico (ASPIRINAÁcido Acetilsalicílico (ASPIRINA®)®)
Anti-agregantes plaquetares Anti-agregantes plaquetares
Inibição do metabolismo das prostaglandinas
- ADP- Catecolaminas- Trombina
AgonistasAgonistas(retêm a capacidade de activar plaquetas)
A hemostase regressa ao normal 36 horas após última dosagem A hemostase regressa ao normal 36 horas após última dosagem do fármaco (libertação de novas plaquetas)do fármaco (libertação de novas plaquetas)
Ácido Acetilsalicílico (ASPIRINAÁcido Acetilsalicílico (ASPIRINA®)®)
Anti-agregantes plaquetares Anti-agregantes plaquetares
Inibição do metabolismo das prostaglandinas
Inibidores reversíveis da COX Inibidores reversíveis da COX
INDOBUFEN INDOBUFEN potente inibidor COX-1 potente inibidor COX-1200 mg/bid inibe em 95% a [TXA200 mg/bid inibe em 95% a [TXA22] no soro] no soro
COX-1 TXA2Agregação plaquetar
InibiçãoCompetitiva e Reversível
Sem vantagens óbviasSem vantagens óbviassobre AAS sobre AAS
Anti-agregantes plaquetares Anti-agregantes plaquetares
Inibição do metabolismo das prostaglandinas
Hábitos alimentaresFormação de PGI3 (~ PGI2 )
Formação de TXA3
(muito menos activo que o TXA2 )
Anti-agregantes plaquetares Anti-agregantes plaquetares
Inibição do metabolismo das prostaglandinas
The Cyclooxigenase PathwayLipids
Arachidonic acidArachidonic acid
FA
AA
FA
C
C
C
PLA2
lipases
5-Lipoxigenase
PGHPGH22
PGE2
PGD2
PGF2PGI2
TXA2
PGG2
LTA4
LTB4LTC4LTE4
COX
FA
EPA
FA
C
C
C
lipases
PGH3PGH3
PGE3PGE3PGD3PGD3PGF3PGF3 PGI3PGI3
TXATXA33
PGG3
LTA5
LTB5LTC5LTE5
3 (EPA)
Eicosapentanoic AcidEicosapentanoic Acid
The Cyclooxigenase PathwayLipids
Arachidonic acidArachidonic acid
FA
AA
FA
C
C
C
PLA2
lipases
5-Lipoxigenase
PGHPGH22
PGE2
PGD2
PGF2PGI2
TXA2
PGG2
LTA4
LTB4LTC4LTE4
COX
FA
EPA
FA
C
C
C
lipases
PGH3PGH3
PGE3PGE3PGD3PGD3PGF3PGF3 PGI3PGI3
TXATXA33
PGG3
LTA5
LTB5LTC5LTE5
3 (EPA)
Eicosapentanoic AcidEicosapentanoic Acid
Series 3:Series 3: inflamatory activityinflamatory activity contractile activitycontractile activity vasodilator actionvasodilator action agregating propertiesagregating properties
Inibidores do receptor para o ADP Inibidores do receptor para o ADP
• Não afecta a via da COX-1/-2Não afecta a via da COX-1/-2
• Impedem a ligação do fibrinogénio ao receptor GP IIb/IIIaImpedem a ligação do fibrinogénio ao receptor GP IIb/IIIa
• A A ticlopidinaticlopidina interfere com a ligação do FvW ao receptor interfere com a ligação do FvW ao receptor membranar GP Ibmembranar GP Ib
• Efeitos da inibição são irreversíveisEfeitos da inibição são irreversíveis
• Efeito sinérgico qd utilizados com aspirina ou antagonistas do Efeito sinérgico qd utilizados com aspirina ou antagonistas do receptor GP IIb/IIIareceptor GP IIb/IIIa
Inibição da agregação plaquetar induzida pelo ADP
Ticlopidina
Clopidogrel
Anti-agregantes plaquetares Anti-agregantes plaquetares
• Livremente hidrossolúveis, derivados acídicos da tienopiridinaLivremente hidrossolúveis, derivados acídicos da tienopiridina
• Absorção rápida e completa a partir do TGIAbsorção rápida e completa a partir do TGI
• Efeito inibitório sobre as plaquetas só se obtém ao fim de 4 diasEfeito inibitório sobre as plaquetas só se obtém ao fim de 4 dias
• Metabolização extensa e excreção renalMetabolização extensa e excreção renal
• Maior eficácia do que a aspirina na prevenção das recidivas dos Maior eficácia do que a aspirina na prevenção das recidivas dos episódios trombóticos (500 mg dose carga + 250 mg/bid)episódios trombóticos (500 mg dose carga + 250 mg/bid)
• Podem Podem nãonão ser eficazes quando se pretende um efeito rápido ser eficazes quando se pretende um efeito rápido
Ticlopidina Clopidogrel
Inibição da agregação plaquetar induzida pelo ADP
Anti-agregantes plaquetares Anti-agregantes plaquetares
• Incidência de hemorragia TGI é ligeiramente menor que com Incidência de hemorragia TGI é ligeiramente menor que com aspirinaaspirina
• Alguns efeitos de supressão da medula óssea (neutropénia, Alguns efeitos de supressão da medula óssea (neutropénia, agranulocitose)agranulocitose)
NOTASNOTAS::
- Clopidogrel possui menores efeitos supressores da medulaClopidogrel possui menores efeitos supressores da medula
- Para obtenção dos mesmos efeitos, a dose de clopidogrel é Para obtenção dos mesmos efeitos, a dose de clopidogrel é apenas 10% da dose de ticlopidinaapenas 10% da dose de ticlopidina
Ticlopidina Clopidogrel
Inibição da agregação plaquetar induzida pelo ADP
Anti-agregantes plaquetares Anti-agregantes plaquetares
Antagonistas dos receptores Antagonistas dos receptores GP IIb/IIIaGP IIb/IIIa
Inibem de forma Inibem de forma irreversívelirreversível a agregação das plaquetas a agregação das plaquetas
Sub-unidade IIb
Sub-unidade IIIa
ARG – GLY – ASPARTIC ACID
Bloqueio do receptor GP IIb/IIIa nas plaquetas
Anti-agregantes plaquetares Anti-agregantes plaquetares
Antagonistas dos receptores Antagonistas dos receptores GP IIb/IIIaGP IIb/IIIa
Sub-unidade IIb
Sub-unidade IIIa
ARG – GLY – ASPARTIC ACID
Bloqueio do receptor GP IIb/IIIa nas plaquetas
Anti-agregantes plaquetares Anti-agregantes plaquetares
Sequência RGD presente no Sequência RGD presente no fibrinogénio, FvW, fibronectinafibrinogénio, FvW, fibronectina
4 segmentos, 4 segmentos, locais de ligação locais de ligação do Cado Ca2+2+
Estratégias de modulação farmacológicaEstratégias de modulação farmacológica
Anticorpos monoclonais dirigidos para o receptor
Péptidos com sequência RGD que ocorram naturalmente (venoma de cobras) ou de origem sintética, que competem com o fibrinogénio para os receptores
Pequenas moléculas de origem sintética
Antagonistas dos receptores Antagonistas dos receptores GP IIb/IIIaGP IIb/IIIa
Anti-agregantes plaquetares Anti-agregantes plaquetares
ABCIXIMAB
• Anticorpo monoclonal quimérico ratinho/humanoAnticorpo monoclonal quimérico ratinho/humano
• Impede a ligação do fibrinogénio e outras moléculas de adesão Impede a ligação do fibrinogénio e outras moléculas de adesão ao receptorao receptor
• Leva à menor formação de trombina (=efeito antitrombótico)Leva à menor formação de trombina (=efeito antitrombótico)
• O efeito é dependente da doseO efeito é dependente da dose
• Efeito adverso: hemorragia, trombocitopenia, imunogenicidadeEfeito adverso: hemorragia, trombocitopenia, imunogenicidade
• Semi-vida de 3 diasSemi-vida de 3 dias
Antagonistas dos receptores Antagonistas dos receptores GP IIb/IIIaGP IIb/IIIa
Anti-agregantes plaquetares Anti-agregantes plaquetares
EPTIFIBATIDE (Integrilina)
• Isolado do veneno de cobraIsolado do veneno de cobra
• Sequência KGD (Lysine – Glycine – Aspartic Acid) em Sequência KGD (Lysine – Glycine – Aspartic Acid) em substituição da sequência RGDsubstituição da sequência RGD
• Indicações clínicas similares ao ABCIXIMABIndicações clínicas similares ao ABCIXIMAB
• A função plaquetar regressa ao normal 2-4 horas após terminada A função plaquetar regressa ao normal 2-4 horas após terminada a infusão do fármacoa infusão do fármaco
Antagonistas dos receptores Antagonistas dos receptores GP IIb/IIIaGP IIb/IIIa
Anti-agregantes plaquetares Anti-agregantes plaquetares
Anti-agregantes plaquetares Anti-agregantes plaquetares
Antagonistas dos receptores Antagonistas dos receptores GP IIb/IIIaGP IIb/IIIa
TIROFIBAN (MK-383, AGGRASTAT)
• Derivado não peptídico da tirosina que inibe selectivamente o Derivado não peptídico da tirosina que inibe selectivamente o receptorreceptor
• Possui uma semi-vida de 3 horas (curta vs. ABCIXIMAB)Possui uma semi-vida de 3 horas (curta vs. ABCIXIMAB)
• Permite administração por via oralPermite administração por via oral
• O efeito é dependente da doseO efeito é dependente da dose
• Vasodilatador coronárioVasodilatador coronário
• Aumenta os níveis intracelulares de cAMP (inibição da fosfodiesterase)Aumenta os níveis intracelulares de cAMP (inibição da fosfodiesterase)
• Inibe a síntese de TXAInibe a síntese de TXA22 e potencia o efeito da PGI e potencia o efeito da PGI22
• Dipiridamole 400 mg + Aspirina Dipiridamole 400 mg + Aspirina redução em 37% do risco de enfarte do redução em 37% do risco de enfarte do miocárdiomiocárdio
• Dipiridamole + Varfarina Dipiridamole + Varfarina eficaz na inibição da embolia originada por eficaz na inibição da embolia originada por válvulas cardiacasválvulas cardiacas
Pequenas moléculas de origem sintética
DIPIRIDAMOLE
Anti-agregantes plaquetares Anti-agregantes plaquetares
Trombolíticos Trombolíticos
AnticoagulantesAnticoagulantes
AntiagregantesAntiagregantes
TrombolíticosTrombolíticos
Prevenção da formação Prevenção da formação de trombosde trombos
Intervenção de Intervenção de tratamento dos trombos tratamento dos trombos
já formadosjá formados
FibrinaFibrina Dissolução Dissolução do coágulodo coágulo
FibrinogénioFibrinogénio
PLASMINAPLASMINA
PlasminogénioPlasminogénio
TrombolíticosTrombolíticos
Trombolíticos Trombolíticos
Trombolíticos Trombolíticos
• Utilizados no tratamento de episódios tromboembólicos agudos, Utilizados no tratamento de episódios tromboembólicos agudos, enfarte agudo do miocárdioenfarte agudo do miocárdio
• Utilizados no tratamento inicial de:Utilizados no tratamento inicial de:- oclusão vascular periférica aguda,oclusão vascular periférica aguda,- trombose venosa profundatrombose venosa profunda- embolia pulmonarembolia pulmonar
Efeito adverso “major” : hemorragiaEfeito adverso “major” : hemorragia
• Contra-indicações: pericardite aguda, hemorragia interna activa, Contra-indicações: pericardite aguda, hemorragia interna activa, AVC recente, feridas profundas em processo de cicatrização, cancro AVC recente, feridas profundas em processo de cicatrização, cancro com metastização com metastização
• Possível re-oclusão da artéria coronária pós-tratamento no enfarte Possível re-oclusão da artéria coronária pós-tratamento no enfarte agudo do miocárdioagudo do miocárdio
Trombolíticos Trombolíticos
• muito antigénicamuito antigénica
• derivada dos estreptococci derivada dos estreptococci -hemolíticos grupo A-hemolíticos grupo A
• não possui actividade enzimática intrínsecanão possui actividade enzimática intrínseca
• após infusão i.v. combina-se com o plasminogénio 1:1, activando após infusão i.v. combina-se com o plasminogénio 1:1, activando a passagem deste a plasminaa passagem deste a plasmina
• este complexo hidrolisa os coágulos de fibrinaeste complexo hidrolisa os coágulos de fibrina
ESTREPTOCINASE (SK)
Trombolíticos Trombolíticos
• É purificada a partir de células fetais humanas (rim)É purificada a partir de células fetais humanas (rim)
• Converte directamente o plasminogénio em plasmina por quebra Converte directamente o plasminogénio em plasmina por quebra da ligação arginina-valina no plasminogénioda ligação arginina-valina no plasminogénio
• A urocinase degrada directamente fibrina e fibrinogénio A urocinase degrada directamente fibrina e fibrinogénio
• Por se tratar de uma proteína humana, não induz resposta Por se tratar de uma proteína humana, não induz resposta antigénica antigénica
UROCINASE (UK)
Trombolíticos Trombolíticos
• SK de síntese com modificação (está pré-ligada a uma molécula SK de síntese com modificação (está pré-ligada a uma molécula de plasminogénio)de plasminogénio)
• Enzimaticamente inactivo até sofrer uma desacetilação (após Enzimaticamente inactivo até sofrer uma desacetilação (após administração)administração)
• Semi-vida 4 x maior que a SK pelo que pode ser administrada por Semi-vida 4 x maior que a SK pelo que pode ser administrada por bólus i.v.bólus i.v.
• Possui características antigénicasPossui características antigénicas
ANISTREPLASE (APSAC)
Trombolíticos Trombolíticos
• É um “recombinant tissue plasminogen activator” (rt-PA)É um “recombinant tissue plasminogen activator” (rt-PA)
• A sua actividade enzimática depende da presença de fibrinaA sua actividade enzimática depende da presença de fibrina
• A alteplase activa o plasminogénio ligado à fibrina rapidamente, A alteplase activa o plasminogénio ligado à fibrina rapidamente, em detrimento do plasminogénio livre na circulaçãoem detrimento do plasminogénio livre na circulação
• Acredita-se causar menor activação do sistema fibrinolítico, Acredita-se causar menor activação do sistema fibrinolítico, diminuindo os risco de hemorragia diminuindo os risco de hemorragia
ALTEPLASE (rt-PA) t-PA humano não modificadot-PA humano não modificado
Trombolíticos Trombolíticos
• Origem recombinanteOrigem recombinante
• Maior velocidade de perfusãoMaior velocidade de perfusão
• rt-PA humano ao qual foram retiradas variadas sequências de rt-PA humano ao qual foram retiradas variadas sequências de aminoácidosaminoácidos
RETEPLASE t-PA humano modificadot-PA humano modificado
Trombolíticos Trombolíticos