farmÁcia clÍnica e atenÇÃo farmacÊutica · evolução em prontuário ... terapêutico....
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Conceito: é a ciência da saúde cuja responsabilidade é
assegurar, mediante a aplicação de conhecimentos e
funções relacionadas aos cuidados dos pacientes que o
uso dos medicamentos seja seguro e apropriado.
Necessitando, portanto, de educação especializada e
treinamento estruturado, além da coleta e interpretação
de dados, da motivação pelos pacientes e interações
multiprofissionais.
(Sociedade Americana de Farmacêuticos do Sistema de Saúde)
Histórico
Farmacêuticos hospitalares
produziam os medicamentos
necessários ao atendimento dos
pacientes.
II Guerra Mundial – industrialização (1940-
1950)Farmacêutico passa de manipulador para fornecer
informações sobre medicamentos.
Medicamentos sintéticos: ↑ PRM
Necessidade do farmacêutico integrar a equipe
multiprofissional se responsabilizando por programas
relacionados ao uso seguro de medicamentos
Volta o farmacêutico para questões assistenciais
Década de 60 – início da farmácia clínica
Final da década 60: inclusão da disciplina de farmácia
clínica no currículo das faculdades norte-americanas.
Disciplina predominantemente prática
Atribuições:
Definidas na Resolução do CFF n° 585, de 29
de agosto de 2013
Objetivo: atender às necessidades de saúde do
paciente, da família, dos cuidadores e da
comunidade. Nesse sentido, o farmacêutico tem a
responsabilidade de aplicar conhecimentos que
promovam saúde e bem-estar a todos os
envolvidos.
Perfil do profissional- área técnica
Farmacocinética e farmacodinâmica
Farmacologia e farmacoterapia
Interpretação de exames laboratoriais
Fisiologia
farmacotécnica
Perfil do profissional – área de gestão
Foco no desfecho clínico
Liderança
Saber trabalhar em equipe
Visão sistêmica
dinamismo
Atividades desenvolvidas e conceitos:
Atenção farmacêutica
Uso racional de medicamentos
Anamnese farmacêutica
Consulta farmacêutica
Seguimento farmacoterapêutico
Conciliação medicamentosa
Análise de prescrição
Centro de informação de medicamentos
Participação em comissões
Ajuste de doses
Adequação de formas farmacêuticas
Interações medicamentosas
Imcompatibilidade medicamentosa
Monitoramento de fármacos
Análise de exames laboratoriais
Visita multiprofissional
Evolução em prontuário
Cronofarmacologia
Farmacovigilância ( RAMs, erros de medicação)
Educação permanente
Atenção Farmacêutica
Termo surgiu nos anos 90 nos Estados Unidos
Mudança na atitude do profissional farmacêutico
Elaborado a partir da farmácia clínica
Responsabilidades voltadas para o paciente
“É a interação direta do farmacêutico com o
usuário, visando uma farmacoterapia
racional e a obtenção de resultados
definidos e mensuráveis, voltados para a
melhoria da qualidade de vida”.
Uso racional de Medicamentos
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS),
“há uso racional de medicamentos quando pacientes
recebem medicamentos apropriados para suas
condições clínicas, em doses adequadas às suas
necessidades individuais, por um período adequado e
ao menor custo para si
e para a comunidade”.
Conferência Mundial Sobre Uso Racional de
Medicamentos, Medicamentos,
Nairobi Nairobi, 1985. , 1985.
Anamnese Farmacêutica
Consiste em uma entrevista clínica, realizada pelo
farmacêutico clínico, com o paciente, e tem como foco
três pontos: perfil do paciente, história clínica e história
farmacoterapêutica. Neste momento, o farmacêutico
clínico obtém dados subjetivos e objetivos que
orientarão a sua conduta na elaboração do plano
terapêutico.
Consulta Farmacêutica
Na prática diária, o farmacêutico clínico atenderá os
pacientes um a um, em consultas individualizadas, a fim
de coletar e organizar dados do paciente. Estes dados
são registrados e arquivados no prontuário do paciente.
Seguimento farmacêutico
processo no qual o farmacêutico se responsabiliza
pelas necessidades do usuário relacionadas ao
medicamento, por meio da detecção, prevenção e
resolução de Problemas
Relacionados aos Medicamentos (PRM), de forma
sistemática, contínua e documentada, com o objetivo de
alcançar resultados definidos, buscando a melhoria da
qualidade de vida do usuário”.
Conciliação medicamentosa
Trata-se de um processo de revisão da farmacoterapia,
que tem como objetivo identificar PRM,
Os problemas mais comuns podem incluir: duplicidades terapêuticas,
exclusão de medicamentos,
omissão de medicamentos e diferenças em doses,
Análise de Prescrição
• Identificação do paciente: nome, registro de internação, sexo, idade, peso e altura;
• Aspectos do paciente: o registro de alergias e uso de medicamento prévio;
• Aspectos da administração dos medicamentos: reconstituição, diluição, tempo de infusão, estabilidade e incompatibilidade;
• Dose: dose adequada para a indicação terapêutica, dose máxima diária, ajuste de dose renal/hepática, ajuste de dose para pacientes idosos/crianças/gestantes/lactantes;
• Frequência: o intervalo correto entre as doses e o aprazamento adequado;
Centro de Informações de medicamentos
Reúne, analisa, avalia e fornece informações sobre
medicamentos, visando seu uso racional.(VIDOTTI et al., 2000)
Necessário base de dados atualizada, confiável e pertinente.
Participação em comissões
Possui papel importante nas comissões
Responsável pela ligação entre a gestão de
medicamentos e gestão clínica
Ajuste de doses: Importante para o sucesso terapêutico
Deve considerar:
gestantes
nefropatas
hepatopatas
pacientes idosos
pacientes pediátricos
pacientes imunossuprimidos
pacientes críticos
Adequação de formas farmacêuticas
Considerar condição clínica do paciente
Vias de administração disponíveis
Participar da elaboração de guias de orientação
relacionadas à:
- Trituração de comprimidos
- Abertura de cápsulas e dissolução em água
- Alteração da forma farmacêutica
- Sugestões de alternativas terapêuticas
Interações medicamentosas: é a alteração dos efeitos
de um medicamento pela presença simultânea de outro
medicamento, alimento, bebida ou substância fisiológica
do organismo.
Podem ser :
- Benéficas
- Indesejáveis (maioria)
- Causar toxicidade
- Perda do efeito desejado
Imcompatibilidade medicamentosa:
Diferente de interação medicamentosa
Ocorre fora do organismo (durante a preparação)
Alteração de cor e aspecto
Formação de precipitado
Monitoramento de fármacos: análise dos resultados de
dosagens de medicamentos no sangue.
Otimiza a farmacoterapia
Permite ajuste de doses
Individualização da terapia
Análise de exames laboratoriais: é a representação
numérica da função orgânica.
Avaliar interferências de
medicamentos
Avaliar e acompanhar a condição
clínica do paciente
Visita Multiprofissional
Evolução em prontuário: conjunto de documentos relativos à assistência prestada ao paciente.
Portaria MS n° 4283/2010: o farmacêutico deve registrar informações relevantes para tomada de decisão da equipe.
Resolução CFF n° 555/2011: regulamenta o registro resultante da prática farmacêutica nos serviços de saúde.
Resolução n° 585/2013: o farmacêutico deve
realizar evolução e registrar no prontuário do
Paciente as ações tomadas.
Cronofarmacologia: é a ciência que estuda os efeitos dos
medicamentos no organismo em virtude das alterações
noturnas e diurnas, de acordo com a variações
cicardianas.
Otimizar a terapia de acordo com as influências dos
medicamentos nos ciclo circadiano
Adequação de horário de fármacos
Farmacovigilância ( RAMs, erros de medicação)
“ Farmacovigilância é a ciência das atividades relativas
à identificação, compreensão e prevenção de efeitos
adversos ou qualquer problema relacionado com
fármacos.” (WHO, 2002)
Desvio de qualidade de produtos farmacêuticos
Erros de administração de medicamentos
Notificação de perda de eficácia
Uso de fármacos para indicações não aprovadas (off
label)
Notificação de casos de intoxicação aguda ou crônica
Abuso e uso inadequado de produtos
Interações medicamentosas
Educação permanente
O farmacêutico deve manter-se atualizado
Orientar e educar a equipe, pacientes e cuidadores
Indicadores em farmácia clínica: fornecem material
relevante para ação adicional junto a equipe multi para
melhorar a assistência prestada.
Escolher indicadores baseados em; validade,
sensibilidade, especificidade, simplicidade, objetividade
e baixo custo.
Pré requisitos para implantação:
Apoio administrativo e gerencial do hospital e da farmácia hospitalar
Farmácia hospitalar estruturada com processos seguros e definidos relacionados ao fornecimento de medicamentos
Informatização (se possível)
Sistema de dispensação de medicamentos definido e estruturado
Recursos humanos compatíveis
Suporte técnico adequado (CIM)
Padronização de medicamentos definida e CFT atuante
Programas de treinamento e educação permanente
STORPIRTIS, S. et al. Farmácia clínica e atenção farmacêutica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
FERRACINI, F. T. e BORGES Fº., W. M. Prática
Farmacêutica no Ambiente hospitalar: do Planejamento
à Realização. São Paulo: Editora Atheneu, 2005.
GOMES, M. J. V. M. ; REIS, A. M. M. Ciências
Farmacêuticas: Uma abordagem em Farmácia
Hospitalar. 1ª. Ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2000.