fadiga mecânica
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03/09/2013
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Sueila Silva Araújo
Mecânica da Fratura, Fluência e Fadiga – Parte III
1. Ao investigar a causa de um acidente automobilístico, um
engenheiro verificou que a roda traseira quebrou próximo do
eixo e que este estava deformado. A superfície da fratura
revelou um padrão em V, apontando para superfície do eixo.
Sugira uma possível causa para fratura.
2. Uma corrente utilizada no içamento de cargas pesadas fraturou.
O exame do elo fraturado indicou um grande deformação
plástica e a ocorrência de estricção antes da falha. Relacione
algumas das possíveis razões da fratura.
EXERCÍCIOS
É a forma de falha ou ruptura que ocorre nas estruturas sujeitas à forças dinâmicas e cíclicas
Nessas situações o material rompe com tensões muito inferiores à correspondente à resistência à tração (determinada para cargas estáticas)
É comum ocorrer em estruturas como pontes, aviões, componentes de máquinas
A falha por fadiga é geralmente de natureza frágil mesmo
em materiais dúcteis.
FADIGA
A fratura ou rompimento do material por fadiga geralmente ocorre com a formação e propagação de uma
trinca.
A trinca inicia-se em pontos onde há imperfeição
estrutural ou de composição e/ou de alta concentração de tensões (que ocorre geralmente na superfície)
A superfície da fratura é geralmente perpendicular à direção da tensão à qual o material foi submetido
Origem da fadiga
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O fenômeno da fadiga representa a causa de mais de 90% das falhas em serviço de componentes de materiais metálicos.
Os esforços alternados que podem levar à fadiga podem ser:
Tração Tração e compressão
Flexão Torção
Fadiga
RESULTADOS DO ENSAIO DE FADIGA CURVA -N
OU CURVA WOHLER
A CURVA -N REPRESENTA A TENSÃO VERSUS NÚMERO DE CICLOS PARA QUE OCORRA A FRATURA. Normalmente para N utiliza-se escala logarítmica
PRINCIPAIS RESULTADOS DO ENSAIO DE FADIGA
Limite de resistência à fadiga:
é a tensão máxima que um material pode suportar para um número que tenda a infinito de solicitações cíclicas, sem sofrer fratura ou tensão máxima, abaixo da qual a falha por fadiga não ocorrerá. Portanto, o material poderá trabalhar indefinidamente sob tais tensões máxima alternadas
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em alguns materiais a tensão na qual ocorrerá a falha decresce continuamente com o número de ciclos Nesse caso a fadiga é caracterizada por resistência à fadiga
Resistência à fadiga (f):
PRINCIPAIS RESULTADOS DO ENSAIO DE FADIGA O processo de falha por fadiga é caracterizado por três etapas
distintas:
(1) iniciação da trinca, onde uma pequena trinca se forma em algum
ponto de alta concentração de tensões;
(2) propagação da trinca, durante a qual essa trinca avança em
incrementos a cada ciclo de tensões;
(3) fratura final, que ocorre muito rapidamente uma vez que a trinca que está avançando tenha atingido o seu tamanho crítico.
As trincas associadas com falhas por fadiga quase sempre se
iniciam (ou nucleiam) sobre a superfície de um componente em algum ponto de concentração de tensões.
Os sítios de nucleação de trincas incluem riscos superficiais,
ângulos vivos, fios de roscas, mossas e afins.
IMPORTANTE!
Estágios do Processo de Fadiga
Assim a vida em fadiga pode ser determinada como a soma do números de ciclos para nuclear a trinca e o número de ciclos necessário para propagar a trinca.
Nf = Ni + Np
Nf :Número de ciclos até a fratura. Ni : Número de ciclos necessário para se iniciar a trinca. Np : Números de ciclos para propagação da trinca.
Processo de Fadiga
Quando temos um ciclo de tensões caracterizado por baixas tensões e um material sem muitos concentradores de tensões ( riscos, cantos vivos, etc), a parcela responsável pela iniciação de trinca é alta e portanto, Ni >Np.
Quando temos um ciclo com altas tensões de trabalho, a trinca se forma mais rapidamente e, portanto a parcela responsável pela propagação da trinca é maior que a necessária para nuclear a trinca, Np > Ni.
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Nucleação de trincas
Mecanismos de nucleação de trincas por fadiga.
Fonte:http://www.fei.edu.br/mecanica/LabMat/PROJETOS
Fratura por fadiga
Representação das superfícies características de uma fratura em fadiga, com distinção da nucleação, propagação e instabilidade da trinca.
Fonte:http://www.fei.edu.br/mecanica/LabMat/PROJETOS
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Estrias de fadiga apresentam dimensões microscópicas: MET ou
MEV. Cada estria representa a distância
de avanço de uma frente de trinca durante um ciclo de carregamento.
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Aspecto final da fratura
Trincas de fadiga em formato semi-elíptico (com as características marcas de praia, indicadas na foto por setas) e região de propagação instável da fratura (cortesia LabMat-FEI). Fonte:http://www.fei.edu.br/mecanica/LabMat/PROJETOS
Fatores que influenciam a vida em fadiga
O comportamento da fadiga em materiais de engenharia é altamente sensível a uma quantidade de variáveis. Algumas dessas variáveis incluem:
tensão média;
efeitos da superfície;
fatores de projeto;
tratamentos superficiais;
fadiga térmica;
fadiga à corrosão;
Sueila Silva Araújo