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Carregamentos Combinados (Projeto de Eixos e Árvores Contra Fadiga) Mecânica dos Materiais II Universidade de Brasília UnB Departamento de Engenharia Mecânica ENM Grupo de Mecânica dos Materiais GAMMA

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Page 1: Carregamentos Combinados - Aprender · Carregamentos Combinados (Projeto de Eixos e Árvores Contra Fadiga) Mecânica dos Materiais II Universidade de Brasília –UnB Departamento

Carregamentos Combinados(Projeto de Eixos e Árvores Contra Fadiga)

Mecânica dos Materiais II

Universidade de Brasília – UnB

Departamento de Engenharia Mecânica – ENM

Grupo de Mecânica dos Materiais – GAMMA

Page 2: Carregamentos Combinados - Aprender · Carregamentos Combinados (Projeto de Eixos e Árvores Contra Fadiga) Mecânica dos Materiais II Universidade de Brasília –UnB Departamento

Arranjo Físico Básico

Devido a necessidade de montagem dos os elementos de transmissão (engrenagens e

polias) e de apoio (mancas de rolamento ou de deslizamento), é muito comum

encontrarmos eixos com diâmetros escalonados (degraus) e com rasgos necessários

para o posicionamento de chavetas e anéis retentores. As seções em que se

encontram esses concentradores de tensão são pontos preferenciais de falha por

fadiga, o que implica que são regiões que precisam ser analisadas de forma cuidadosa.

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Esforços nos Eixos

O caso mais geral de carregamento nos eixos é aquele em que atua um torque e um

momento variado em combinação. Pode haver cargas axiais também se a linha de

centro do eixo for vertical ou se estiver unida à engrenagens helicoidais, cônicas e

cremalheira tendo uma componente de força axial. (Um eixo deve ser projetado para

minimizar a porção de seu comprimento sujeito a cargas axiais fazendo-o descarregá-

las, através de mancais axiais, o mais próximo possível da fonte de carga.)

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Tensões nos Eixos

Conforme comentado

anteriormente, devido a

aplicação de cargas de

flexão, torsão e normais, as

seguintes componentes de

tensão são comumente

observadas nos eixos:

2

4

d

N

A

N xxxx

34

16

32

2

d

T

d

dT

xx

Maxx

34

32

64

2

d

M

d

dM

RR

Maxxx

Tx

MR

Nx

Page 5: Carregamentos Combinados - Aprender · Carregamentos Combinados (Projeto de Eixos e Árvores Contra Fadiga) Mecânica dos Materiais II Universidade de Brasília –UnB Departamento

Tensões nos Eixos

Considerando uma condição de

carregamento pulsante, essas

componentes de tensão poderão

ser subdividida em componentes

médias e alternadas:

2

4

d

N

A

NMedxMedx

Medxx

34

16

32

2

d

T

d

dT

MedxMedx

Medx

34

32

64

2

d

M

d

dM

MedRMedR

Medxx

Carregamento pulsante

Esforço

Tempo

Max

MinMed

Alt

Page 6: Carregamentos Combinados - Aprender · Carregamentos Combinados (Projeto de Eixos e Árvores Contra Fadiga) Mecânica dos Materiais II Universidade de Brasília –UnB Departamento

Tensões nos Eixos

Considerando uma condição de

carregamento pulsante, essas

componentes de tensão poderão

ser subdividida em componentes

médias e alternadas:

2

4

d

N

A

NAltxAltx

Altxx

34

16

32

2

d

T

d

dT

AltxAltx

Altx

34

32

64

2

d

M

d

dM

AltRAltR

Altxx

Carregamento pulsante

Esforço

Tempo

Max

MinMed

Alt

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Tensões nos Eixos

Considerando que na seção em análise exista um concentrador de tensões, as

expressões tomarão a seguinte forma:

3

16

d

TK Altx

fAlt S

3

32

d

MK AltR

fAltxx

Componentes Alternadas

3

16

d

TK Medx

fMed Sm

3

32

d

MK MedR

fMedxx m

Componentes Médias

2

4

d

NK Medx

fMedxx N

Onde:

Kf = Fator de Redução de Resistência a Fadiga em condição

de flexão alternada

Kfs = Fator de Redução de Resistência a Fadiga em condição

de Torção alternada

Kfm = Fator de Redução de Resistência a Fadiga em

condição tensões médias

11 tf KqK

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Modelos de Falha por Fadiga

Resultados de testes de fadiga para amostras de aço sujeitas à torção e flexão combinadas

sugerem que, tal modo de falha, sob condições de combinação de esforços de torção e flexão

em materiais dúcteis geralmente seguem uma relação elíptica. A seguir serão apresentados

algumas equações muito utilizadas no dimensionamento de eixos.

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Modelos de Falha por Fadiga

Método ANSI/ASME - O procedimento da ASME pressupõe que o carregamento é

constituído de flexão alternada (componente de flexão média nula) e torque fixo

(componente alternada nula do torque) em um nível que cria tensões abaixo da

resistência ao escoamento por torção do material.

2

22

1

FSS y

m

e

a

3

y

y

S

3

32

d

MK AltR

fAltxx

3

16

d

TK Medx

fMed Sm

2

2

3

2

3

131632

FSS

K

d

T

S

K

d

M

y

fMedx

e

fAltR Sm

Como:

3

1

2

122

4

332

y

Medx

f

e

AltR

fS

TK

S

MK

FSd

Sm

'

ebae SKKS

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Modelos de Falha por Fadiga

Método Goodman Modificado - Quando o torque não é constante, sua componente

alternada criará um estado de tensão multiaxial complexo no eixo. Para condições de

projeto, a utilização da equação de Goodman, fornece resultados satisfatórios a um

custo computacional relativamente baixo.

FSS y

med

e

alt 1''

3

y

y

S

3

32

d

MK AltR

fAltxx

3

16

d

TK Medx

fMed Sm

Para:

3

1

2222

4

3

4

3

32

rt

Medxf

MedRf

e

AltxfAltRf

S

TKMK

S

TKMKFS

dSmmS

'

ebae SKKS

22' 3 altaltalt

22

' 3 medMedNormalMedflexMed

3

16

d

TK Altx

fAlt S

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Considerações Finais Sobre Projeto de Eixos (Norton)a) Para minimizar as tensões e deflexões, o comprimento do eixo deve ser mantido o menor

possível e os trechos em balanço, ser minimizados.

b) A condição de balanço induzirá uma deflexão maior que a condição de bi-apoio para omesmo comprimento e as mesmas carga e seção transversal. Assim, deve usar eixos bi-apoiados, a menos que o uso do eixo em balanço seja ditado por restrições de projeto.

c) Um eixo vazado tem um razão melhor de rigidez/massa (rigidez específica) e frequênciasnaturais mais altas que aquelas de um eixo comparavelmente rígido ou sólido, mas ele serámais caro e terá um diâmetro maior.

d) Tente colocar concentradores de tensão longe das regiões de grandes momentos fletores, sepossível, e minimize seu efeito com grandes raios e aliviadores de tensão.

e) Se a principal preocupação é minimizar a deflexão, talvez o material mais indicado seja o açode baixo carbono, porque sua rigidez é tão alta quanto aquela de aços mais caros, e um eixoprojetado para pequenas deflexões tenderá a ter tensões baixas.

f) As deflexões nas posições de engrenagens suportadas pelo eixo não devem exceder cerca de0,127 mm, e a inclinação relativa entre os eixos da engrenagem deve ser menor que cercade 0,03°.

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Considerações Finais Sobre Projeto de Eixos (Norton)g) Se forem usados mancais de rolamento não autoalinhantes, a inclinação do eixo nos mancais

deve ser mantida menor que aproximadamente 0,04°.

h) Se estiverem presentes cargas axiais de compressão, elas deverão ser descarregadas pormeio de um único mancal para cada direção de carga.

i) Não divida as cargas axiais entre mancais axiais, pois a expansão térmica do eixo podesobrecarregar os mancais.

j) Um eixo vazado tem um razão melhor de rigidez/massa (rigidez específica) e frequênciasnaturais mais altas que aquelas de um eixo comparavelmente rígido ou sólido, mas ele serámais caro e terá um diâmetro maior.