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FACULDADES INTEGRADAS IPIRANGA
CURSO DE TECNOLOGIA EM RADIOLOGIA
ANGELINA TAYNAH DA ROCHA MARCELINO
JESSICA DO SOCORRO FREITAS GOMES
MIRIAN LINS DA SILVA
A IMPORTÂNCIA DA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NO DIAGNÓSTICO DAS
LESÕES DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR (LCA)
BELÉM
2013
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ANGELINA TAYNAH DA ROCHA MARCELINO
JESSICA DO SOCORRO FREITAS GOMES
MIRIAN LINS DA SILVA
A IMPORTÂNCIA DA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NO DIAGNÓSTICO DAS
LESÕES DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR (LCA)
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado às
Faculdades Integradas Ipiranga como requisito
obrigatório para obtenção de grau em Radiologia,
na tipologia monografia.
Orientador: Prof. Esp. Stanley Soares Xavier
BELÉM
2013
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ANGELINA TAYNAH DA ROCHA MARCELINO
JESSICA DO SOCORRO FREITAS GOMES
MIRIAN LINS DA SILVA
A IMPORTÂNCIA DA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NO DIAGNÓSTICO DAS
LESÕES DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR (LCA)
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado às
Faculdades Integradas Ipiranga como requisito
obrigatório para obtenção de grau em Radiologia,
na tipologia monografia.
Orientador: Prof. Esp. Stanley Soares Xavier
Data: / /2013
Angelina Taynah da Rocha Marcelino
Jessica do Socorro Freitas Gomes
Mirian Lins da Silva
Banca examinadora:
__________________________________________________
Orientador: Esp. Stanley Soares Xavier
__________________________________________________
Prof.Ms. Dirceu Costa dos Santos
__________________________________________________
Prof. Anderly da Silveira Pantoja
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AGRADECIMENTOS
Primeiramente à Deus, por ter iluminado meus caminhos ,pois em muitas vezes
busquei forças, motivação, para continuar com perseverança nessa caminhada e assim
poder ter concluído mais uma etapa em minha vida.
A minha mãe, Guimar Lins, por esta ao lado me incentivando e apoiando de
forma assídua, representando em minha vida um exemplo de garra, força, superação,
perseverança e luta, onde sem sombra de duvida soube ser a figura de pai e mãe,
transferindo com carinho e amor seus valores para minha vida.
Aos meus familiares e em especial aos tios, Adolfo Lins, Lucimar Lins e Paulo
Lins, que acreditaram em mim e depositaram confiança de que era capaz de retribuir,
com esforço, empenho e dedicação.
Ao meu namorado, Dennyson David, nesses três anos de vida acadêmica, por ter
estado ao meu lado, compreendendo, ajudando, apoiando, nos momentos difíceis e nos
de ausências necessárias que pouco a pouco foram sendo superados.
Ao meu professor, Anderly Pantoja que disponibilizou seu tempo e atenção,
apesar de seus inúmeros compromissos e afazeres e de que sem duvida sua contribuição
foi essencial para conclusão do presente trabalho.
A todos os professores que pude conviver neste período, por ter compartilhado
seus conhecimentos e intensificarem minha vontade em aprender, preenchendo de
sabedoria minha vida.
Aos meus colegas de turma e amigos que conquistei neste espaço de tempo
dentre os quais tive mais afinidade, e pude conviver nesse período de suma importância
em minha vida, e faço questão de lembrá-los: Glauciane Mendes, Jéssica Gomes,
Railson Salomão e Robson Oliveira. Às vezes nos desentendemos, porém nada que não
tivéssemos resolvido com a cabeça mais fria, sem dúvidas que suas companhias foram
essenciais para tornar nossa caminhada menos árduas, pois partilhamos momentos de
muitas alegrias.
A toda as outras pessoas, não menos importantes em minha vida, que me
ajudaram no processo de aprendizagem, não somente na formação profissional, e sim na
pessoal, fazendo me tornar cada dia, um ser humano mais evoluído, tomando como
referencias exemplos de vida, superação, dignidade, humildade, força e luta.
Mirian Lins da Silva
4
AGRADECIMENTOS
A Deus pela força e coragem que me concedeu, assim como todas as
oportunidades que surgiram ao longo desses anos, pela determinação que tive para
concluir mais uma etapa de minha vida.
Aos meus pais, a minha mãe Solange Gomes por ter me trazido ao mundo e me
ensinado a viver nele; ao meu pai Moacir de Souza por ser meu exemplo de vida, pelo
apoio e dedicação que ajudaram a chegar ate aqui.
A minha família em especial minha avó Maria Luiza Gomes por todos os
ensinamentos repassados, pela dedicação, companheirismo e por estar sempre ao meu
lado; as minhas tias Elisângela Gomes e Adriana Gomes pela força, atenção e todos os
incentivos aos longos doas anos; ao meu tio Luis Sergio Nogueira por ter me acolhido
no seio de sua família e me incentivado a concluir esta etapa; ao meu irmão Matheus
Gomes, meus primos Ana Flavia Nogueira e Silvio Luis Nogueira pelas alegrias e
pelos sorrisos que dei mesmo nos momentos de aflição.
Ao professor Anderly Pantoja por todo incentivo e dedicação, a todo
conhecimento repassado que me ajudaram a concluir este TCC.
A todos os professores que ao longo desses anos tive a oportunidade de
conviver e absorver conhecimentos importantes para minha formação profissional.
Aos meus amigos de sala de aula por dividirem comigo experiências, pelas
horas de estudo e por todas as alegrias vivenciadas e agradeço a minhas amigas Mirian
Lins e Angelina Rocha, pela dedicação e companheirismo durante estes meses de
confecção de nosso TCC.
Jéssica do Socorro Freitas Gomes.
5
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, por ser meu Senhor e meu guia em todos os
momentos desta caminhada acadêmica, por iluminar a minha mente e sustentar o meu
coração nos momentos nos quais não via esperança. De Ti venho e a ti me devolvo.
Agradeço meu Tio James e minha avó Francisca por todo o apoio moral e
financeiro que me proporcionaram durante meu curso, por todos os conselhos e por
serem meu referencial de vida.
Agradeço a minha mãe Jani (minha rainha), imensamente pela criação
diferenciada, por todos os conselhos, por sempre lutar por uma boa educação para mim,
por suportar tudo visando me proporcionar um bom futuro, obrigada pelo amor,
obrigada por tudo. Perdão pelos momentos de ausência ao qual fui forçada a gerar, tudo
isto foi por um bem maior.
Agradeço meu Pai Augusto por toda a paciência que teve comigo, pelo apoio
imprescindível para a minha continuidade no curso.
Agradeço os meus irmãos Luã, Matheus e Bernardo pelos momentos de
descontração e pelo apoio diferenciado que tornaram os fardos mais leves e fáceis de
suportar.
Aos meus amigos por compreenderem e não desistirem da minha amizade e
companhia, mesmo sumindo por longos períodos, sou grata por sempre estarem de
braços abertos e sorrisos largos quando volto.
Agradeço aos amigos que conquistei nessa jornada acadêmica, com os quais tive
a oportunidade e honra de dividir momentos de estudo, cada pequena lição que me
deram foi bem recebida e as levarei para a vida toda. Em especial agradeço as minhas
amigas Jessica Gomes e Mirian Lins por todo apoio, companheirismo e sagacidade
necessárias para a construção deste trabalho, foi uma honra.
Agradeço aos mestres, por cada faísca que atiçava o fogo de conhecimento,
dessa forma não passando incólumes por meu aprendizado, entre estes os professores
Cláudio Teixeira, Fábio Wan-Meyl, Márcio Ferreira e Marliane Campos.
Agradecimento especial ao Mestre Anderly Pantoja por sanar brilhantemente as
nossas duvidas e nos orientar da melhor maneira possível para a melhor construção
desta monografia.
Angelina Rocha
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RESUMO
A técnica de Ressonância Magnética é valida para as investigações de problemas
articulares e desordens músculo esqueléticas. Por utilizar campos magnéticos intensos, e
radiação não ionizante, para a obtenção de imagens milimétricas da articulação do
joelho, a RM é utilizada como uma técnica avançada de estudo imaginológico,
produzindo imagens fidedignas da região de interesse com alto contraste entre as
estruturas. Descrever a contribuição da Ressonância Magnética na detecção das Lesões
do Ligamento Cruzado Anterior. Foram realizadas pesquisas em bancos de dados como:
Bireme, Scielo, PlubMed, Medline, e sites específicos de ortopedia; e foram realizadas
visitas às Bibliotecas da UEPA- CCBS e da ESAMAZ, tendo como base livros de
anatomia, Ressonância Magnética e Traumatologia. Foram encontrados e selecionados
22 artigos, seis Teses relacionadas e 18 livros que respondem aos objetivos da presente
pesquisa. A Ressonância Magnética associada com aplicação de protocolos corretos no
momento da aquisição das imagens com suspeitas de injurias no LCA eleva-se a
acurácia, podendo assim guiar os cirurgiões ortopédicos ao melhor tratamento. As
sequências corretas contidas nos protocolos, eleva-se a qualidade da imagem, podendo
assim esperar um exame com 90 a 95% de acurácia. Nas ponderações de imagens
obtidas com Saturação de gordura visualiza-se melhor o ligamento Cruzado Anterior,
T1 para estudo anatômico e T2 para estudo das lesões.
Palavras-chave: Joelho, Lesões de LCA, Ressonância Magnética, Acurácia.
8
ABSTRACT
The MRI technique is valid for investigations of joint disorders and musculoskeletal
disorders. By using magnetic fields, and non-ionizing radiation, for obtaining milimeter
images of the knee joint, MRI is used as an advanced technique for imaginologic
studies, producing reliable images of the area of interest with high contrast between
structures. Describe the contribution of MRI in the detection of Anterior Cruciate
Ligament Injuries. Were searched in databases like: Bireme, SCIELO PlubMed,
Medline, and specific orthopedics sites; and visits were accomplished at the Libraries
of UEPA-CCBS and ESAMAZ, it was based on books of anatomy, MRI and
Traumatology. We found 22 articles, selected six Theses related and 18 books that
address the objectives of this research. MRI associated with application of the correct
protocols at the time of image acquisition with suspected ACL injuries amounts to
accuracy, and can help the orthopedic surgeons to develop a better treatment. The
correct sequences contained in the protocols, rises the image quality, so you can expect
an exam with 90-95% accuracy. In the weighting of images obtained with fat saturation
you can visualize the Anterior Cruciate Ligament better, T1 for for anatomical study
and T2 to injuries study.
Keywords: Knee, ACL Injuries, MRI, Aaccuracy.
9
LISTA DE FIGURAS
Figura. 1. Principais ligamentos e o Ligamento Cruzado Anterior. ..................................... 16
Figura. 2. Anatomia do joelho, evidenciando os principais ligamentos e o Ligamento
Cruzado Anterior. .................................................................................................................. 17
Figura 3. O próton de hidrogênio ......................................................................................... 20
Figura 4. O vetor de magnetização efetivo ............................................................................ 21
Figura 5. Precessão ................................................................................................................ 22
Figura 6. Transferência de energia durante a excitação ........................................................ 23
Figura 7. Flip angle (Ângulo de inclinação) .......................................................................... 24
Figura 8. Núcleos em fase (coerentes) e fora de fase (incoerentes) ...................................... 25
Figura 9. Curva de recuperação T1. ...................................................................................... 26
Figura 10. Curva de decaimento T2 ...................................................................................... 27
Figura 11. Sagital T2 Fat Sat (A) demonstrando o LCA integro e (B) demonstrando
Lesão total de LCA ................................................................................................................ 29
Figura 12. Sagital DP (A) LCA integro e (B) ruptura total de LCA ..................................... 30
Figura 13. Coronal DP Fat Sat demonstrando ruptura total de LCA .................................... 30
Figura 14. Coronal T1 para avaliação do alinhamento dos côndilos e meniscos .................. 31
Figura 15. Axial T2 Fat Sat demonstrando a ruptura total LCA ........................................... 31
Figura 16. T2 obliqua com ruptura total do LCA .................................................................. 32
10
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 11
2. OBJETIVOS .................................................................................................................. 12
2.1. OBJETIVO GERAL ..................................................................................................... 12
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................................ 12
3. METODOLOGIA ......................................................................................................... 13
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................. 15
4.1 ANATOMIA DO JOELHO .......................................................................................... 15
4.2. LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR ..................................................................... 16
4.3. EPIDEMIOLOGIA ....................................................................................................... 18
4.4 MECANISMO DA LESÃO DE LCA .......................................................................... 19
4.4.1 Classificação das lesões ............................................................................................ 19
4.5 FÍSICA DA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA .............................................................. 20
4.5.1 Decaimento t1 ............................................................................................................ 25
4.5.2 Recuperação t2 .......................................................................................................... 26
4.5.3 Ressonância magnética para a visualização do LCA ............................................ 27
4.5.4 Protocolo de Joelho ................................................................................................... 28
4.5.5 Imagens de LCA obtidas através da ressonância magnética ................................ 29
5 RESULTADOS ............................................................................................................... 33
6 DISCUSSÃO ................................................................................................................... 35
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................... 36
REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 37
11
1 INTRODUÇÃO
A ressonância magnética surgiu a mais de 50 anos como uma técnica
experimental, em 1952 Felix Bloch e Edward Purcel ganharam o prêmio Nobel de
Física pela descoberta da ressonância magnética; após esta descoberta em 1970 o
médico norte americano Raymond Damadian através de um estudo realizado com ratos
observou que os vários tecidos animais possuíam propriedades magnéticas distintas,
principalmente quando se comparou tecidos normais com tecidos cancerosos, após
patentear esta descoberta anos depois Damadian desenvolveu o primeiro equipamento
de ressonância magnética; o uso desta técnica vem crescendo vertiginosamente
agregada a elevada tecnologia, sendo utilizada em grande escala na área da saúde para
auxiliar no diagnóstico de patologias. (EMRF, 2005 apud Santos, 2008, FERREIRA E
NACIF, 2011. pag.10).
O joelho é a maior articulação sinovial do corpo, desempenhando um papel
fundamental na locomoção humana, composta por numerosas estruturas, entre elas estão
três ossos fêmur, tíbia e patela, e duas articulações tibiofemoral e patelofemoral,assim
como também possuem ligamentos, meniscos entre outras estruturas que servirão de
suporte para o joelho, causando estabilidade e tornando possível a realização de suas
funções (GARDNER, 1998, p 206; GROSS, 2000, p 326).
Localizado no joelho o ligamento cruzado anterior (LCA) é uma estrutura que
desempenha uma importante função de restringir os movimentos da articulação,
evitando a instabilidade, assim como, a rotação interna e externa da tíbia, este ligamento
é comumente lesionado, principalmente por jovens adultos e praticantes de algum
esporte; o mecanismo de lesão do LCA que geralmente ocorre é a torção do joelho,
podendo levar em casos extremos a ruptura total do ligamento. A Ressonância
Magnética neste contexto tem por objetivo auxiliar no diagnóstico de possíveis injurias
ligamentares.
A técnica de Ressonância Magnética é valida para as investigações de problemas
articulares e desordens músculo esqueléticas. Por utilizar campos magnéticos intensos, e
não radiação ionizante, para a obtenção de imagens milimétricas da articulação do
joelho, a RM é utilizada como uma técnica avançada de estudo imaginológico,
produzindo imagens fidedignas da região de interesse com alto contraste entre as
estruturas.
12
2 OBJETIVOS
2.1. OBJETIVO GERAL
Descrever a importância da Ressonância Magnética na detecção das Lesões do
Ligamento Cruzado Anterior (LCA).
2.2. OBJETIVOS ESPECIFICOS
• Revisar a anatomia e função do ligamento cruzado anterior;
• Descrever os principais tipos de lesões de Ligamento Cruzado Anterior;
• Demonstrar o protocolo para joelho, na Ressonância Magnética, e qual a melhor
sequência para avaliar lesões.
13
3 METODOLOGIA
Os procedimentos metodológicos utilizados para a construção da presente
monografia foram pautados pela proposta de pesquisa embasada na revisão de literatura.
Esta pesquisa foi iniciada nos primeiros meses de 2013, utilizando como base de
banco de dados: Bireme, Scielo, PlubMed, Medline, SportsMed; utilizando informações
obtidas em sites específicos de ortopedia, como: o do Dr. Milton Miszputen, médico
especialista em radiologia ortopédica do esporte; do Instituto Cohen; do Hospital
Israelita Albert Einstein; Grupo do Joelho, etc. Abordando o assunto por palavras
chaves como: Ligamento Cruzado Anterior, LCA, Lesões de LCA, Ressonância
Magnética, ressonância Magnética na detecção de Lesões, Física da Ressonância
Magnética, Constituição do LCA, Graus de lesões, acurácia da RM de LCA; em inglês
foram pesquisadas as seguintes palavras chave: anterior cruciate ligament injury,
ligament injuries.
Para levantamento de dados bibliográficos foram realizadas visitas às
bibliotecas: da Universidade Estadual do Pará – Centro de Ciências Biológicas e da
Saúde (UEPA-CCBS), localizada na Travessa Perebebuí, nº 2623, no bairro do Marco;
e da faculdade particular Escola Superior da Amazônia (ESAMAZ), localizada na Av.
Municipalidade, Nº 530, Bairro do Reduto; e Faculdades Integradas Ipiranga, localizada
na Av. Almirante Barroso, nº 777, Bairro do Marco. Obtendo como embasamento
teórico livros correlacionados à anatomia do sistema músculo esquelético, Ressonância
Magnética, patologias condrais e músculo esqueléticas,assim como lesões ligamentares,
tratamentos para lesões. Utilizando autores, como: Gray, Henry; Westbrook, Catherine;
Dutton, Mark; Silverthorn; Gross, Jeffrey; Netter, Frank. ; Ferreira e Nacif, etc.
Foram realizadas visitas técnicas no setor radiológico de hospitais e em clinicas
radiológicas na cidade de Belém, no intuito de observar a rotina dos serviços com
ênfase em exames de Ressonância magnética do joelho.
O estudo contou com livros divididos cronologicamente de 1995, Henry Gray
até 2013, Catherine Westbrook; artigos datados de 2005 a 2012, todos em formato de
arquivo PDF. As teses datadas de 2007 a 2010, todos em formato de arquivo PDF. As
teses obtidas tinham por objetivo a obtenção de nota de outorga de grau e obtenção de
nota em outorga de mestrado.
Assim apresentando como objetivo a contribuição da Ressonância Magnética na
detecção das lesões de ligamento cruzado anterior (LCA) como método de imagem
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visando uma melhor acurácia para esses tipos de lesões e posteriormente seu
tratamentos.
Foram encontrados 22 artigos, seis Teses, e 18 livros relacionados ao tema
proposto, foram abordados temas como anatomia, epidemiologia, lesões de LCA e
física da ressonância, assim como, sua acurácia.
15
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
4.1 ANATOMIA DO JOELHO
O joelho é uma das articulações mais importantes e complexas dos membros
inferiores, realizando funcionalmente movimentos de extensão e flexão com mínimo de
rotação, é extremamente elaborado incluindo três superfícies articulares que formarão
duas articulações distintas a patelofemoral e tibiofemoral, pois apesar de sua
proximidade com articulação tibiofemoral a patelofemoral pode ser considerada uma
entidade independente. (GRAY, 1993; DUTTON, 2006, pag. 708)
A articulação tibiofemoral é formada pela extremidade distal do fêmur e
extremidade proximal da tíbia, sobre essa apresenta uma grande demanda em relação
estabilidade e mobilidade, por esse motivo o joelho é uma das articulações mais
passiveis de lesões no corpo, pois os tipos de ocorrências de lesões nessa região podem
ser generalizados dentro das seguintes categorias: entorses ou distenções não especifica,
contusões, lesões de meniscos e/ou ligamentos incluindo aquelas por esforço repetitivo.
(WATKINS, 2001; DUTTON, 2006, pag. 709; BRITO, SOARES e REBELO, 2009;
SANTOS, D., 2010)
Ellenbecker (2002) apud Lima (2007) relata que articulação do joelho é capaz de
apresentar movimento em seis graus de liberdade, divididos em três de translação
(ântero-posterior, medial-lateral e proximal-distal) e três em rotação (interna-externa,
em varo-valgo e flexão-extensão), ocasionando pouca estabilidade intrínseca no joelho,
devido a localização articular se encontrar nas extremidades dos ossos fêmur e tíbia,
caracterizando movimento em alavanca. Por isto será imprescindível a presença de
estruturas adjacentes com funções estáticas (cápsula articular, os ligamentos, os
meniscos, os ossos) e dinâmicas (músculos e tendões) para garantirem estabilidade,
força, limitações rotacionais, transmissão de carga, absorção de choques, lubrificação
articular para condução perfeita do movimento articular (Figura 1).
16
Figura 1: Anatomia do joelho, evidenciando os principais ligamentos e o Ligamento Cruzado Anterior.
Fonte: NETTER, 2000.
4.2 LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR (LCA)
O LCA configura-se um ligamento complexo, com dimensões de 38mm de
comprimento por 11mm de espessura segundo Gray (1993), onde irá conectar-se
proximalmente na superfície medial do côndilo femoral lateral e se inserir distalmente
na superfície anterior do platô tibial médio, apresentando em seus locais de fixação
abertura em leque, com finalidade de criar uma área de inserção mais ampla, enquanto
sua sensibilidade sensitiva será constituída ricamente por receptores nervosos que
transmitirão informações de movimento, posição da articulação, eventos de estiramento
e dores, onde ao serem recebidas pelo Cerebelo, este emitirá um estimulo motor aos
músculos, ocasionando a chamada sensibilidade proprioceptiva. (NORKIN,C. e
LEVANGIE, 2001; SILVERTHORN, 2003; KAEMPF, 2009; WHITING, W. , 2009).
(Figura 2)
17
Figura 2: Anatomia do joelho, evidenciando os principais ligamentos e o Ligamento Cruzado Anterior.
Fonte: NETTER, 2000.
É uma estrutura única e um dos mais importantes ligamentos para estabilidade
do joelho, servindo como restritor primário à translação tibial anterior (TTA) em relação
ao fêmur e restritor secundário, atuando através de contenção à rotação interna e externa
do joelho, este será constituído por tecido conjuntivo denso e regular, que terá
finalidade funcional, força e/ou flexibilidade extremamente resistente estabelecidas
pelas fibras de colágeno arranjadas paralelamente, no qual seu principal tipo de célula
são os fibroblastos, porém as fibras elásticas constituídas por colágeno têm capacidade
de estiramento limitada na articulação tibiofemoral. (SILVERTHORN, 2003;
DUTTON, 2006, pag712; WHITING, W. C, 2009, pag. 151;).
18
4.3 EPIDEMIOLOGIA
Segundo Frutos (2011), a chance de ter alguma estrutura lesionada é de 80%
tendo como base os sintomas apresentados por cada paciente (inchaço na região, dor,
estalido audível, instabilidade ao andar), e a integridade do LCA é verificada através de
testes físicos e imaginológicos.
Estudos feitos na PUCRS apontam que o coeficiente de concordância kappa
entre a RM e a artroscopia, em relação às lesões, foi muito bom para lesões de
ligamento cruzado anterior (0,75) e a RM mostrou no dado estudo alta sensibilidade na
identificação de rupturas no LCA (94,3%). Os autores do estudo concluem que a RM é
uma ferramenta útil no auxilio do diagnostico clínico de lesões intra-articulares no
joelho. (KARAM, 2007)
Em estudo observacional e descritivo feito por Goés et al. (2005) tomando como
base a prática do futebol, o trauma pode ocorrer de maneira direta: quando há choque
entre dois jogadores ou objeto qualquer, que resultou em 29% das lesões de LCA; ou a
lesão pode ocorrer de forma indireta (71%). Focalizando somente na forma indireta de
ocorrer a lesão os seguintes dados foram obtidos: quando há uma rotação externa do
fêmur sobre a tíbia com o pé fixo (65%), por aterrissagem de um salto ou súbita
desaceleração (25%), hiperextensão da articulação do joelho (10%).
Segundo Cohen e Ferreti (2011), através de levantamento de dados realizado nos
EUA observou-se que das lesões de joelho, 40% correspondem a injuria nos ligamentos.
No qual 49% tiveram o ligamento cruzado anterior lesionado, destes 70% associados à
pratica de algum esporte. Entretanto, no Brasil não é possível obter dados numéricos
concretos sobre esse tipo de lesão, porém devido a prática esportiva do futebol em
locais irregulares e em pisos sintéticos supõe-se que a incidência das lesões no Brasil
seja igual ou superior a dos Estados Unidos.
19
4.4 MECANISMO DA LESÃO DE LCA
Na literatura lesão caracteriza-se através da ocorrência por uma alteração ou
deformidade tecidual, podendo esta atingir diferentes níveis teciduais e os mais variados
tipos de células. Estas podem ocorrer devido fatores fisiológicos ou mecânicos, por
trauma direto ou indireto, entre outros fatores. No Ligamento Cruzado Anterior os dois
tipos de lesão recorrentes são: a parcial e a total. (CAMANHO, 1996; GOÉS, 2005;
ALENTORN-GELI, 2009)
As lesões de LCA acometem principalmente jovens adultos e praticantes de
algum esporte. O mecanismo de lesão do LCA que comumente pode ocorrer é a torção
do joelho, em especial quando em algum movimento o pé permaneça fixo ao solo,
enquanto o corpo gira internamente em relação a perna. As lesões podem ocorrer
através de traumas diretos ou indiretos no joelho, ocasionados por fatores como,
hiperextensão da articulação, desaceleração súbita, aterrissagem por um salto etc. O
paciente ao buscar atendimento poderá relatar torção seguida de dor, estalido audível ou
perceptível no momento do trauma, edema e dependendo do grau da lesão este poderá
apresentar falseio e consequentemente incapacidade de retornar as suas atividades
normais. (BROWNER, 2000; CANAVAN, 2001; LIMA, 2007; MOREIRA, 2007;
ARLIANI, 2012)
4.4.1 Classificação das lesões
Grande parte dos indivíduos que são acometidos por algum tipo de lesão no
LCA, geralmente apresenta danos em estruturas adjacentes tais como, meniscos,
cartilagens ou outros ligamentos. As lesões ligamentares das entorses ocasionadas ao
LCA estão classificadas em graus de acordo com a escala de gravidade da lesão:
Grau I: ocasionado pela ausência de lesão ou minimamente estiramento,
podendo ocasionar ruptura microscópica da estrutura ligamentar, sem perda da
integridade sendo ainda capaz de promover a instabilidade da articulação. (BROWN,
1996; KARAM F.C. et al, 2007).
Grau II: caracteriza-se por uma lesão parcial do LCA causando uma
descontinuidade de algumas fibras que compõe a estrutura, gerando uma moderada
instabilidade á articulação. (BROWN, 1996; KARAM, F.C. et al, 2007).
Grau III: apresenta-se como uma forma mais grave de acometimento do LCA
devido a ocorrência da ruptura total da integridade ligamentar, o que ocasionará uma
instabilidade funcional mais acentuada a articulação, podendo ocasionar uma lesão
20
isolada de LCA ou associadas quanto ao comprometimento de estruturas adjacentes, tal
como ruptura de menisco medial e ligamento colateral medial. (BROWN, 1996;
KARAM, F.C. et al, 2007).
4.5 FÍSICA DA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
A ressonância magnética baseia-se na interação entre um campo magnético
externo e o núcleo de hidrogênio ativo, sendo utilizado na RM clinica, pois é o mais
abundante no corpo humano apresentando uma elevada constante giromagnética.
Em seu núcleo o Hidrogênio possui prótons de carga positiva e uma propriedade
chamada de “Spin” ou momento angular, juntamente com o momento angular o próton
possui uma propriedade chamada “momento magnético”, onde o mesmo se comporta
como um pequeno imã. (OLIVEIRA, 2006; MAZZOLA, 2009; FERREIRA E NACIF,
2011; WESTBROOK et al, 2013).
Segundo Mazzola (2009), “Esta analogia é valida se visualizarmos o próton
como uma pequena esfera carregada (carga positiva) e girando em torno de seu próprio
eixo (spin).”, em toda partícula que apresenta nível alto de agitação (grande energia)
surge um campo magnético associado, o próton de hidrogênio comporta-se como um
dipolo magnético, ou um mini magneto (Figura 3).
Figura 3. O próton de hidrogênio. Este pode ser visto como uma pequena esfera (1), que possui um
movimento de giro, ou spin, em torno do seu próprio eixo (2); por ser uma partícula carregada
positivamente (3), irá gerar um campo magnético próprio ao seu redor (4), comportando-se como um
pequeno dipolo magnético (4) ou como um imã (5), com um momento magnético (μ) associado.
A diferença na resposta quanto à excitação magnética foi notada primeiramente
pelo médico norte-americano Raymond Damadian em 1970, este notou que cada pulso
de radiofrequência ressonante denotava em uma resposta especifica por tecidos normais
e aqueles com tumores malignos, emitindo assim dois tipos diferentes de sinais a
21
medida que as ligações covalentes destes relaxavam para o equilíbrio. (OLIVEIRA, G. e
BORDUQUI,T., 2012; FERREIRA e NACIF, 2011).
Alinhamento caracteriza-se pela interação entre o campo magnético do
hidrogênio e o campo magnético externo, o momento magnético do hidrogênio
denominado vetor de magnetização efetiva (VME) possui orientação aleatória, porem
quando há a aplicação de um campo magnético estático externo (B0), alguns núcleos de
hidrogênio tendem a se alinhar paralelamente a B0, enquanto que um pequeno número
de núcleos irão se alinhar no sentido antiparalelo (Figura 4); dependendo da potencia de
B0 e do nível de energia térmica do núcleo, pois os núcleos de baixa energia (spin up)
não possuem energia suficiente para se opor a B0, alinhando-se paralelamente; todavia
os núcleos de alta energia (spin down) têm energia suficiente para se opor a B0 dessa
forma alinhando-se antiparalelamente. (WESTBROOK, ROTH, TALBOT, 2013).
Figura 4: O vetor de magnetização efetivo.
Fonte: Westbrook, Catherine et al. Ressonância Magnética, aplicações práticas.2013
Precessão é um fenômeno que irá ocorrer após o alinhamento do campo
magnético do hidrogênio com o campo magnético externo, o núcleo de hidrogênio
possui um campo magnético induzido em torno de si, apresentando movimento giratório
em torno de seu próprio eixo, ao ser influenciado por B0 irá produzir uma rotação
adicional ou oscilação dos momentos magnéticos do hidrogênio (VME), desenvolvendo
22
trajetórias circulares em torno de B0, dessa forma caracterizando a precessão (Figura 5).
(WESTBROOK, ROTH e TALBOT, 2013).
Figura 5: Precessão
Fonte: Westbrook, Catherine et al. Ressonância Magnética, aplicações práticas.2013
Segundo Ferreira e Nacif (2011) e Westbrook et al (2013), a equação de Larmor
determinará o valor da frequência precessional que o núcleo de hidrogênio irá
desempenhar em torno de B0.
ω0 = Frequência Precessional
B0 = Potência do Campo magnético (externo)
= Razão Giromagnética (42,57MHz/T)
Os núcleos ativos em RM têm sua própria constante giromagnética, ou seja,
possuem frequências precessionais diferentes quando expostos a um campo de mesma
potência, o hidrogênio possuem razão giromagnética de 42,57MHz/T, uma vez que esta
é uma constante de proporcionalidade onde B0 é proporcional a frequência de Larmor,
ω0 = x B0
23
logo se o campo magnético aumentar consequentemente a frequência de Larmor se
elevará.
Ressonância é um fenômeno que ocorre quando um objeto é exposto a uma
alteração oscilatória que tem uma frequência próxima a frequência natural da oscilação,
para que este fenômeno ocorra é necessário que o núcleo seja exposto a uma alteração
externa, o núcleo ganhará energia da força externa e se a energia aplicada for
exatamente à sua frequência precessional ele entrará em ressonância. (WESTBROOK,
ROTH e TALBOT, 2013).
Para que os prótons de hidrogênio entrem em ressonância é necessário que seja
aplicado um pulso de radiofrequência (RF), uma excitação, exatamente na mesma
frequência de Larmor do hidrogênio, esta absorção de energia terá como consequência o
aumento da população dos átomos de hidrogênio em rotação negativa (spin down), a
medida que alguns átomos spin up ganham energia tornando seus núcleos de alta
energia, essa diferença de energia entre as duas populações corresponde a energia
necessária para produzir ressonância por excitação (Figura 6). À medida que a potência
do campo aumenta, diferença de energia entre os dois grupos de núcleos também
aumenta, de maneira que mais energia para produzir ressonância. (WESTBROOK,
ROTH e TALBOT, 2013).
Figura 6: Transferência de energia durante a excitação
Fonte: Westbrook, Catherine et al. Ressonância Magnética, aplicações práticas.2013
24
A ressonância apresenta com como uma de usas consequências o afastamento de
(VME) do alinhamento em relação a B0, isso ocorre devido alguns núcleos de baixa
energia terem recebido por meio da ressonância a energia suficiente para se juntarem a
população de alta energia, a ressonância faz com que o VME não fique mais paralelo a
B0, criando um ângulo em relação a ele, este ângulo é denominado ângulo de inclinação
(flip angle) que geralmente terá inclinação de 90º, magnitude do ângulo de inclinação
depende da amplitude e da duração do pulso de RF; o VME recebe energia necessária
para mover-se 90º em relação a B0, onde B0 será denominado plano longitudinal e o
plano de 90º relacionado a B0 será o plano transverso; como o VME é um vetor por mais
que se utilizem ângulos diferentes de 90º existira sempre um componente de
magnetização em um plano perpendicular a B0 (Figura 7). (WESTBROOK, ROTH e
TALBOT, 2013).
Figura 7: Flip angle (Ângulo de inclinação)
Fonte: Westbrook, Catherine et al. Ressonância Magnética, aplicações práticas.2013
Outra consequência da ressonância é que os momentos magnéticos dos núcleos
de hidrogênio se movem em fase em relação uns aos outros; a fase é a posição de cada
momento magnético na trajetória precessional em torno de B0 que será influenciado pela
sua frequência, os momentos magnéticos que estão em fase são denominados coerentes
e apresentam-se na mesma posição da trajetória precessional em torno de B0 em um
dado momento; enquanto que os momentos magnéticos que estão fora de fase são
denominados incoerentes devido não estarem na mesma posição na trajetória
precessional; quando ocorre a ressonância todos os momentos magnéticos se movem
para a mesma posição na trajetória precessional e ficam em fase (Figura 8).
(WESTBROOK, ROTH e TALBOT, 2013).
25
Figura 8: núcleos em fase (coerentes) e fora de fase (incoerentes)
Fonte: Westbrook, Catherine et al. Ressonância Magnética, aplicações práticas.2013
4.5.1. Recuperação t1
De acordo com Westbrook, Roth e Talbot (2013), ao receberem o sinal de RF os
núcleos dissipam energia para a quadratura circundante, esta energia faz com que os
núcleos recuperem sua magnetização longitudinal. É um processo exponencial, sendo
seu tempo de recuperação constante denominado relaxamento T1. O tempo necessário
para que a recuperação de magnetização longitudinal alcance os 63% (Figura 9).
Seu contraste é lento no tecido adiposo por este ter núcleos que cedem energia
ao ambiente, por ter rotação molecular lenta a gordura possibilita, para estes, uma
recuperação de magnetização mais rápida se igualando à frequência de Larmor. Já no
caso da água os núcleos cedem energia ao ambiente, porém não consegue absorver
energia facilmente, seu núcleo não consegue igualar a sua mobilidade à frequência de
Larmor, levando mais tempo para relaxar e recuperar a sua magnetização longitudinal.
Logo, o vetor da gordura se realinha de forma mais rápida com B0, do que o vetor da
água. O TR controla o grau de recuperação T1, este deve ser curto. Na imagem o tecido
adiposo se apresenta com hipersinal ( brilhante) e a água apresenta-se com hiposinal
(escura). (FERREIRA e NACIF, 2011; WESTBROOK, ROTH e TALBOT, 2013).
26
Figura 9: Curva de recuperação T1.
Fonte: Westbrook, Catherine et al. Ressonância Magnética, aplicações práticas.2013
4.5.2 Decaimento t2
De origem na interação entre os campos magnéticos de núcleos vizinhos, o
decaimento T2 pode ser denominado também como relaxamento spin-spin que acarreta
na perda de magnetização, esta perda ocorre no plano transversal de maneira coerente, é
uma razão de decaimento exponencial temporal. O tempo necessário para que a perda
de magnetização transversa atinja 63% e a magnetização transversal permaneça em 37%
(Figura10) (WESTBROOK, ROTH e TALBOT, 2013).
No plano transversal a interação dos núcleos de gordura é mais forte devido as
moléculas estarem bem próximas, a troca de energia entre esses núcleos é mais
eficiente, gerando assim maior interação spin-spin, resultando em uma perda transversal
de magnetização mais rápida. Em contrapartida o decaimento nas moléculas de água
demonstra-se menos eficiente, devido seus núcleos estarem mais distantes,
possibilitando assim uma redução das interações spin-spin, resultando em perda
transversal de magnetização gradual, a perda de magnetização é mais lenta. O TE
(Tempo de Eco) é o parâmetro responsável pelo grau de declínio T2, este deve ser
longo. Na imagem o tecido adiposo se apresenta com hiposinal (escuro) e a água
apresenta-se com hipersinal (brilhante). (FERREIRA E NACIF,2011; WESTBROOK,
ROTH e TALBOT, 2013).
27
Figura 10: Curva de decaimento T2.
Fonte: Westbrook, Catherine et al. Ressonância Magnética, aplicações práticas.2013
4.5.3 Ressonância magnética para a visualização do LCA
O uso da imagem por Ressonância Magnética cresce vertiginosamente e a física
do aparelho proporciona uma melhor visualização de partes moles do corpo, fato este
que o torna o exame “ouro” na detecção e comprovação de lesões de Ligamento
Cruzado Anterior.
O paciente é posicionado em decúbito dorsal no magneto e a estrutura estudada,
no caso o joelho, é posicionada em extensão para ser realizado o exame, se o joelho for
flexionado em mais de 5 graus o ligamento pode parecer frouxo, criando assim um
falso-positivo, ou seja, será detectada uma falsa patologia no paciente. Utiliza-se para os
estudo de joelho a bobina de Radiofrequência específica para o joelho, que é posta junto
com os imobilizadores para evitar que o paciente movimente a estrutura. Segundo
Westbrook et al (2013), de acordo com as leis de Faraday se for colocada uma bobina
receptora ou qualquer fio condutor na área de um campo magnético em movimento, será
induzida uma voltagem na bobina receptora. O Ligamento Cruzado Anterior é melhor
visualizado em sequências sagitais obliquadas, por cortes paralelos do côndilo femoral
lateral. (Haaga et al, 2010).
Segundo Haaga et al (2010, p.48), O LCA pode parecer como uma banda sólida
ou como três ou quatro troncos separados de baixa intensidade de sinal, é melhor
visualizada na imagem a fixação tibial do LCA do que a fixação femoral deste. A
intensidade de sinal na inserção tibial em imagens ponderações T1 e Densidade de
Prótons (DP) é elevada devida interposição do tecido adiposo ou a diminuição da
densidade do ligamento.
28
Na RM as sequências em planos coronais e axiais tem utilidade na confirmação
de achados feitos em plano sagital. No plano coronal, as imagens mostram o LCA como
uma estrutura de forma curvilínea, em formato de leque, proximalmente o LCA
apresenta-se com intensidade de sinal baixa, porém de modo uniforme, enquanto
distalmente pode demonstrar intensidade de sinal levemente elevada. No plano Axial, o
ligamento não é bem observado em sua porção distal, as imagens mostram-se com
baixo sinal de banda, ficando assim achatadas contra a superfície medial do côndilo
femoral lateral. (Haaga et al, 2010; LIVONESI, P., MIRANDA, D. e PIEDADE, S.,
2012).
4.5.4 Diagnóstico das lesões de LCA por RM
A rotina de exames dos centros radiológicos não segue um protocolo fixo, devido
à variações de: Aparelho (Campo 0,5T, 1,0T, 1,5T ou 3T), fabricantes dos aparelhos,
estado do paciente, tempo de realização do exame, formação da equipe médica e técnica
(que irá determinar a melhor maneira de obter os dados), além das necessidades do
serviço. (Ferreira e Nacif, 2011). Os protocolos dados como padrão são adaptados para
cada serviço e equipamento de RM, que devem ser organizados e discutidos pelos
responsáveis no serviço radiológico. (BRANT,W. e HELMS, C., 2008; FERREIRA e
NACIF, 2011)
O presente protocolo de joelho (quadro 1) foi desenvolvido através de relato de
autores como melhor para visualizar as estruturas, separadas e como um todo. A
aquisição de dados na estrutura presente se dá nos três planos anatômicos (Sagital,
Coronal e Axial), com sequências ponderadas em T1, onde melhor se visualiza
anatomia musculoesquelética; em sequências ponderadas em T2 é possível visualizar
patologias. Por se tratar de uma estrutura musculoesquelética, é de suma importância
utilizar uma ferramenta de imagem chamada FAT SAT, que tem por função saturar a
gordura. Em casos de artefato metálico, para não comprometer a qualidade da imagem
utiliza-se sequências STIR (Short Time Invertion-Recover) que devido seu tempo de
inversão ser curto satura a gordura presente no local. Aquisições feitas em sequência DP
têm por função visualizar a densidade protônica do local, apenas locais com prótons de
hidrogênio em ressonância serão detectados e visualizados. (BRANT,W. e HELMS, C.,
2008; FERREIRA e NACIF, 2011)
29
As imagens obtidas no plano coronal obliquado com cortes ponderados em T2
sem saturação de gordura é possível observar todo o comprimento do Ligamento Cruzado
Anterior, da sua inserção na tíbia até a sua ligação no fêmur. (BRANT,W. e HELMS, C.,
2008; FERREIRA e NACIF, 2011)
Tipo de
sequência
T2 FAT
SAT/STIR T1
DP FAT
SAT T1
T2 SAT
FAT T2
Localizador Sagital Sagital Coronal Coronal Axial Oblíqua
Campo de
visão (FOV) 14 14 14 14 14 14
Espessura de
Corte (mm) 4 4 4 4 4 3
GAP 0.3 0.3 0.3 0.3 0.4 0.0
Nº de Cortes 20 20 20 16 20 09
Quadro 1: Protocolo de Ressonância Magnética para o joelho.
Fonte: Ferreira e Nacif, 2011. Adaptado.
4.5.5 Imagens de LCA obtidas através da Ressonância Magnética
Figura 11. Sagital T2 Fat Sat (A) demonstrando o LCA integro e (B) demonstrando Lesão total de LCA
Fonte: IMAIOS, 2013
30
Figura 12: Sagital DP (A) LCA integro e (B) ruptura total de LCA.
Fonte: IMAIOS, 2013
Figura 13. Coronal DP Fat Sat demonstrando ruptura total de LCA
Fonte: IMAIOS, 2013
31
Figura 14: Coronal T1 para avaliação do alinhamento dos côndilos e meniscos.
Fonte: IMAIOS, 2013
Figura 15: axial T2 Fat Sat demonstrando a ruptura total do LCA.
Fonte: IMAIOS, 2013
33
5 RESULTADOS
Foram encontrados e selecionados 22 artigos, 6 Teses relacionadas e 18 livros
que respondem aos objetivos da presente pesquisa.
Sendo excluídos da pesquisa artigos nos quais não respondiam aos objetivos do
estudo, como: Artigos que tratavam de tratamento para a reconstrução do LCA e
estudos muito antigos.
Autor/ano Tipo Características do estudo Resultados/conclusão
Karam et al
(2007)
ARTIGO
Estudo realizado na PUCRS
com 72 pacientes submetidos
a exames de Artroscopia de
joelho e previamente RM para
verificar a sensibilidade, a
especificidade, os valores de
verossimilhança e a
concordância entre
especialistas na classificação
das lesões.
Evidencia que a RM tem sido
um método de diagnostico por
imagem para investigação das
articulações do joelho em
substituição a artrografia nas
ultimas décadas,
Feretti e Cohen
(2007)
ARTIGO
Pesquisa de artigos em base
de dados informatizados
(MEDLINE, Cochrane,
LILACS e outras bases).
Estudo feito a partir de
levantamento de artigos em
banco de dados, sobre o
diagnóstico das lesões de LCA
comprovaram que a RM possui
sensibilidade de 100% e
especificidade de 71% na
detecção de lesões de LCA,
evitando assim a artroscopia
diagnostica em 22% dos casos.
Karam, 2006 TESE
Estudo transversal realizado
no Hospital São Lucas da
PUCRS, com pacientes de
ambos os sexos e com idade
igual ou superior a 14 anos,
avaliou-se patologias intra-
articulares do joelho através
de exames físicos e RM.
Os resultados obtidos no estudo
foram divididos em grupos, na
qual a acurácia global
demonstrou que a RM tem
sensibilidade superior a 90%
para detecção de Lesões de LCA.
Filho et al,
2010. ARTIGO
Estudo realizado no Hospital
de clínica da Conquista, BA;
com o objetivo de avaliar a
Concluiu-se que a Ressonância
Magnética de joelho tem para o
ligamento cruzado
34
validade da RM para o joelho
comparando-a com a
artroscopia como exame gold.
Avaliou-se 51 pacientes de
ambos os sexos, idade média
de 35,2 anos e com quadro
clinico sugestivo de lesões
intra- articulares do joelho.
Anterior: sensibilidade 95,7%,
especificidade de 82,1%.
Browner,
Bruce; Jupiter,
Jesse, 2000,
pag. 2118.
LIVRO Traumatismo do Sistema
Musculoesquelético
O uso da Ressonância magnética
demonstra especificidade e
sensibilidade de 90% na
avaliação do ligamento cruzado
anterior (LCA) quando
correlacionados com artroscopia.
Brown, David
E, 1996, pag.
310.
LIVRO Segredos em ortopedia
A RM é o melhor teste
diagnostico apresentado como
vantagem para ruptura de LCA.
Brant, William
E, 2008, pag.
119.
LIVRO Fundamentos de Radiologia -
Diagnostico por imagem
A RM é extremamente acurada
no diagnostico de ruptura de
LCA, com sensibilidade de
aproximadamente 100%.
35
6 DISCUSSÃO
Com base na literatura pesquisada com a finalidade de achados acerca da
acurácia da ressonância magnética comparada a outros métodos que evidenciem as
lesões de LCA conclui-se que a Ressonância Magnética nas últimas décadas tem sido
escolhida como melhor método diagnóstico de imagem para investigação de lesões
intra-articulares dos joelhos, devido sua alta sensibilidade e especificidade para
patologias associadas nesta articulação e escolhido por ser um exame não invasivo e de
boa visualização de partes moles comparado à outros métodos invasivos,como a
artroscopia e métodos imaginológicos que envolvam radiação ionizante.
Segundo Brown, David E (1996), o exame físico associado aos testes de
Lachman e o da gaveta anterior são os mais confiáveis para lesão de ligamento cruzado
anterior, onde o fêmur será estabilizado com a mão do examinador e a articulação em
aproximadamente 15-30° de flexão será aplicada uma força oposta, com a finalidade de
anteriorizaçao tibial buscando sugestão de frouxidão ligamentar. Enquanto o teste da
gaveta anterior o joelho estará fletido em 90° seguido de um puxão continuo e brando
posteriormente a tíbia, é feito em direção anterior, caso haja indicio de lesão de LCA é
sentido e também visualizado o degrau que ocorrera entre o côndilo femoral e platô
tibial. Em contrapartida para esse o melhor exame de diagnostico por imagem, é a
Ressonancia Magnetica por apresentar vantagens que incluem natureza não invasiva,
obtenção de imagens multiplanares, visualizações de edemas e lesões associadas de
estruturas adjacentes (ligamentos, meniscos, ósseos, etc.).
A literatura descreve que exames de Ressonância Magnética são úteis nos
diagnósticos de LCA (rupturas parciais e totais), podendo detectar rompimento de
estruturas que não são visualizadas em radiografias de rotina.
No presente estudo podem-se observar pontos de vistas que divergem acerca de
métodos que levem a detecção das lesões de LCA descritos na literatura pelos autores,
mas em relação a acurácia da RM, quanto a sensibilidade e especificidade na detecção
de lesões de Ligamento Cruzado Anterior (LCA) de forma isolada e/ou associada, esses
foram unânimes devido utilizarem em seus presentes estudos a RM como padrão,
excluindo outros tipos exames de diagnóstico por imagem que forneçam de maneira tão
fidedigna a anatomia do LCA.
36
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O joelho é uma articulação diartrodial ou dobradiça, estabilizada por músculos e
ligamentos, entre os ligamentos o cruzado anterior é o mais lesionado entre os
ligamentos do joelho. A função primária do ligamento cruzado anterior é limitar a
anteriorização da tíbia em relação ao fêmur e a secundária será através da contenção à
rotação interna e externa do joelho
Sabe-se que as lesões de LCA dependendo da classificação de seu grau (I, II e
III) podem ocasionar instabilidade da articulação do joelho sendo esta de forma aguda
ou crônica, interferindo assim nas atividades cotidianas ou de participar em atividades
recreativas dos pacientes acometidos com este tipo de lesão.
O método diagnóstico por imagem Ressonância Magnética demonstrou elevado
grau de sensibilidade e especificidade, contribuindo satisfatoriamente, na avaliação das
lesões de rupturas parciais ou totais de LCA e concomitantemente nas lesões associadas
(lesões do ligamento colateral ou dos meniscos), pois se caracteriza como método
imaginológico não invasivo, devido não utilizar as propriedades das radiações
ionizantes, demonstrando grande valia no auxilio dos possíveis tratamentos submetidos
aos pacientes, seja estes, conservadores ou cirúrgicos.
A RM de joelho vem sendo bastante utilizada por especialistas, devido sua
prática clínica em crescente desenvolvimento, levando em consideração suas
propriedades, dada a alta capacidade de distinguir os contrastes presente nos tecidos,
tornando-a um método capaz de evidenciar transtornos internos na estrutura, em casos
de lesões de LCA, podendo assim guiar os cirurgiões ortopédicos ao melhor tratamento.
Portanto utilizando as sequências corretas contidas nos protocolos, eleva-se a qualidade
da imagem, podendo assim esperar um exame com 90 a 95% de acurácia. Nas
ponderações de imagens obtidas com Saturação de gordura visualiza-se melhor o
ligamento Cruzado Anterior, T1 para estudo anatômico e T2 para estudo das lesões.
37
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