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FACULDADES INTEGRADAS TIBIRIÇÁ ESTRUTURA E ANÁLISE DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 1

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FACULDADES INTEGRADAS TIBIRIÇÁ

ESTRUTURA E ANÁLISE DEDEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Prof. Ms. José Divanil Spósito Berbel

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Í N D I C E

Apresentação 3

Estrutura das Demonstrações Financeiras 6

Introdução à Análise das Demonstrações Financeiras 11

Análise por Índices - Liquidez 14 - Endividamento 16 - Atividade 17 - Rentabilidade 19

Análise Horizontal 27

Análise Vertical 28

Relatório de Análise 37

Sistema “Du Pont” de Análise Gerencial 43

Previsão de Falência 53

Bibliografia 56

Existem três tipos de pessoas: as que deixam acontecer, as que fazem acontecer e as que perguntam o que aconteceu. (John M. Richardson Jr.)

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A P R E S E N T A Ç Ã O

O trabalho do Analista de Balanços começa onde termina o trabalho do Contador.

Para executar corretamente suas atividades, o analista de Balanços tem que ter conhecimento dos princípios e das convenções contábeis, saber escriturar os fatos administrativos responsáveis pela gestão do patrimônio da empresa, conhecer os mecanismos de apuração do resultado do exercício, saber elaborar as demonstrações contábeis e conhecer profundamente a estrutura de cada uma delas.

Quanto maiores forem os seus conhecimentos de contabilidade, maior será sua facilidade para analisar, interpretar e emitir opiniões sobre essas peças.

A análise de balanços inicia-se a partir das demonstrações financeiras, nas quais o analista coleta dados, adequando-os para os cálculos de quocientes, índices ou coeficientes, que serão depois interpretados.

O analista trabalha com dados concretos, aplicando fórmulas de acordo com a sua experiência contábil e, a partir disso, é capaz de avaliar o presente com base no passado e projetar o futuro, fundamentando-se sempre no desempenho dos últimos períodos analisados.

A análise de balanços pode ser realizada em sete etapas:a) exame e padronização das demonstrações financeiras;b) coleta de dados;c) cálculo dos indicadores: quocientes, coeficientes e números índices, mediante aplicação

de fórmulas amplamente aceitas;d) interpretação dos coeficientes;e) análise vertical e horizontal;f) comparação com padrões;

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g) elaboração de relatórios inteligíveis por leigos;

O processo de análise encerra-se com a elaboração do relatório, documento no qual o analista apresenta ao usuário da análise as conclusões obtidas.

Por exigir de quem executa, habilidade e conhecimento em contabilidade, a análise de balanços pode ser conceituada como um instrumento por meio do qual são analisadas e interpretadas as principais demonstrações financeiras de uma instituição, visando fornecer informações acerca do estado do seu patrimônio.

A análise de balanços pode ser interna ou externa:

a) A interna é efetuada dentro da empresa por seus próprios funcionários, e visa munir de informações administradores e diretores, auxiliando-os nas tomadas de decisão. Por trabalharem na própria empresa, os analistas não encontram dificuldades na coleta de dados para executarem suas tarefas.

b) A Externa é executada fora da empresa objeto de análise, e seu objetivo é informar aos interessados acerca da situação econômica ou da estabilidade da empresa para concretização de negócios, concessões de créditos e financiamentos. É executada por profissional externo e nesse caso o analista tem em mãos somente as demonstrações financeiras publicadas pela empresa, além de alguns esclarecimentos adicionais, constantes dos relatórios ou das notas explicativas que acompanham as demonstrações.

A finalidade da análise de balanços é transformar os dados extraídos das demonstrações financeiras em informações úteis para a tomada de decisões por parte das pessoas interessadas, que pode ser:

Bancos: Para conceder crédito, os Bancos precisam conhecer a capacidade econômico e financeira das empresas que são suas clientes. Pela análise dos direitos e obrigações podem verificar o grau de endividamento e a capacidade de essas empresas cumprirem seus compromissos a curto e longo prazo.

Fornecedores: Necessitam conhecer a capacidade de pagamento e o grau de liquidez de seus clientes, que, por sua vez, devem também analisar a situação econômica e financeira de seus fornecedores, para estarem seguros de que eles terão condições de cumprir os contratos firmados.

Administradores: São os principais interessados em conhecer a situação econômica e financeira das empresas que administram. Conhecendo bem o desempenho de suas empresas, os administradores sabem antecipadamente o que fornecedores e bancos poderão concluir em relação a sua liquidez e rentabilidade, e isso lhes permite adiantar-se a tomar providências para melhorar a imagem da empresa. A análise meticulosa do desempenho presente, o diagnóstico do passado e o prognóstico do futuro poderão levar as administradores a tomarem providências para melhorar sua liquidez e rentabilidade ou a decidirem sobre a necessidade, ou não, de efetuar novos investimentos.

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Público investidor: as pessoas físicas e jurídicas que investem em ações, antes de optarem por uma empresa ou outra, devem efetuar, elas mesmas ou por intermédio de corretoras de valores, análise dos balanços das empresas nas quais pretendem investir. O maior interesse dos investidores é conhecer a rentabilidade das ações.

Sindicatos de classe: para salvaguardar os interesses das empresas filiadas, os sindicatos analisam os balanços da empresas de determinados setores, a fim de estabelecer padrões que possam servir de guia para a tomada de decisões.

Governo: para o governo, a análise de balanços apresenta inúmeras vantagens. Nas concorrências públicas, quando estiver diante de duas empresas que tenham atendido satisfatoriamente às exigências dos editais, decidirá sempre pela que possuir melhor situação financeira. É por meio da análise dos balanços que o governo acompanha o desempenho da economia do país, comparando as empresas de acordo com as categorias econômicas. Também, é importante saber como anda a rentabilidade das empresas públicas, pois são de interesse as coletividade.

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ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Como esta disciplina é ministrada após as disciplinas básicas de formação do conhecimento contábil e de montagem das Demonstrações Financeiras, vamos de imediato relembrar essas demonstrações, mediante a elaboração de um exercício completo.

A “Cia Final Feliz Ltda” apresentou em 31/12/X1, os seguintes saldos:

Débitos CréditosCaixa 1.000Clientes 4.000Estoques 5.000Títulos a Receber (LP) 2.000Participações em Outras Cias 3.000Instalações 3.000Depreciação Acumulada –Instalações 1.000Imóveis 6.000Despesas pré-operacionais 1.000Fornecedores 6.000Financiamentos a Pagar (LP) 1.000Capital 10.000Lucros Acumulados _____ 7.000Total 25.000 25.000

Apresentou no exercício de X2, a seguinte movimentação:

a) Venda de todo o estoque de mercadorias, à vista, por $ 10.000,b) Pagamento de aluguel $ 2.000,c) Resultado positivo da equivalência patrimonial $ 1.000d) Venda de Imóveis, à vista, por $ 8.000,e) Depreciação de instalações $ 200,f) Pagamento de financiamento de longo prazo $ 500,g) Aumento de capital em dinheiro $ 5.000,h) Recebimento de títulos de longo prazo $ 1.000,i) Pagamento de fornecedores $ 6.000,j) Compra de veículos, a prazo $ 10.000,k) Do resultado, destinar 5% para reserva legal, e 10% como dividendos propostos.

Pede-se:1 – Abrir os razonetes com os saldos de X12 - Registrar nos razonetes a movimentação de X2.3 - Balancete de verificação em 31/12/X2, após encerramento do resultado;4 - Elaborar as seguintes Demonstrações Financeiras para o exercício de X2:

Balanço Patrimonial, comparativo com X1; Resultado do Exercício; Mutações do Patrimônio Líquido; Origens e Aplicações de Recursos.

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Solução:1/2) - Razonetes Caixa Vendas Desp. Aluguel

Particip. Outras Cias Lucro Outras Cias (MEP) Resultado Venda de móveis

Imóveis Desp. Depreciação Depreciação Acumulada

Financiamentos (LP) Capital Títulos a Receber (LP)

Fornecedores Veículos ARE

Estoque de Mercadorias C M V Lucros Acumulados

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Clientes Instalações Desp. pré-operacionais

Reserva Legal Dividendos a pagar

3) Balancete de Verificação em 31/12/X2

Débitos CréditosCaixaClientesEstoquesTítulos a Receber (LP)Participações em Outras CiasInstalaçõesDepreciação AcumuladaImóveisVeículosDespesas pré-operacionaisFornecedoresFinanciamentos a Pagar (LP)CapitalLucros AcumuladosReserva LegalDividendos a Pagar ______ _______Total

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4) Demonstrações Financeiras:

Balanço Patrimonial

X2 X1 X2 X1ATIVO PASSIVOCirculante Circulante

Caixa FornecedoresClientes Dividendos a pagar Estoque

Realizável a Longo Prazo Exigível a Longo PrazoTítulos a Receber Financiamentos

Permanente Patrimônio LíquidoInvestimentos Capital

Participação Outras Cias Reserva LegalImobilizado Lucros Acumulados

InstalaçõesVeículosImóveisDepreciação Acumulada

DiferidoDesp. Pré-operacionais

TOTAL TOTAL

Demonstração do Resultado do Exercício

Receita Operacional BrutaVendas de MercadoriasCusto das Mercadorias VendidasLucro BrutoDespesas OperacionaisAdministrativasOutras Receitas OperacionaisLucro de Participações em Outras CiasLucro OperacionalReceitas não OperacionaisLucro Líquido do Exercício

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Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido

Descrição Capital Reserva Legal

Lucros Acumulados

Total

Saldos em 31/12/x1Aumento de capital em dinheiroLucro líquido do exercícioTransferência para reservaDividendos propostosSaldos em 31/12/x2

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos

1 - Origens Das Operações:

Lucro Líquido do ExercícioDepreciaçõesResultado de Participação em Outras Cias

De Acionistas:Aumento de Capital

De Terceiros:Recebimento de Títulos de Longo Prazo

Venda de Ativo Imobilizado

Total das Origens

2 - AplicaçõesAquisição de Novos ImobilizadosPagamento de Financiamentos Longo Prazo Dividendos Propostos

Total das Aplicações

3 – Aumento do Capital Circulante Líquido (1-2)

4 – Modificação do CCL 31/12/x1 31/12/x2 VariaçãoAtivo Circulante(-) Passivo CirculanteCapital Circulante Líquido

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INTRODUÇÃO À ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

O processo de análise de balanços começa onde termina o processo contábil.

O Departamento de Contabilidade elabora: Balanço Patrimonial; Demonstração do Resultado; Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados; Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido; Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos.

Cabe ao Departamento de Análises de Balanços:Exame e Padronização;Coleta de Dados;Cálculo dos Indicadores;Interpretação dos Quocientes;Análise Vertical e Horizontal;Comparação com Padrões;Relatórios;

1ª etapa – Exame e padronização das demonstrações financeiras: Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados, Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido e Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos.

2ª etapa – Coleta de dados: extração de valores das demonstrações financeiras, como total do ativo circulante, total do ativo permanente, total do patrimônio líquido, valor das vendas líquidas etc.

3ª etapa – Cálculos dos indicadores: quocientes, coeficientes e números índices.

4ª etapa – Interpretação dos quocientes: interpretação isolada e conjunta.

5ª etapa – Análise vertical / horizontal: interpretação isolada e conjunta de coeficientes e números índices.

6ª etapa – Comparação com padrões: cálculos e comparações com quocientes padrão.

7ª etapa – Relatórios: apresentação das conclusões da análise em forma de relatórios inteligíveis por leigos.

Processos de Análises são técnicas utilizadas pelos analistas de balanços para obtenção de conclusões acerca da situação econômica e financeira da entidade ou de outros aspectos relacionados com o patrimônio, de acordo com os interesses dos usuários.Através de estudos e interpretação de dados extraídos das demonstrações financeiras, a Análise de Balanços tem por finalidade prestar informações sobre a situação econômico e financeira da entidade, para que as pessoas interessadas possam tomar decisões.

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Os principais processos de análises, também conhecidos por técnicas de análise, são:

1) Análise propriamente dita – Consiste em exame detalhado, abrangendo cada uma da contas que compõe a demonstração financeira objeto de análise.

2) Análises por quocientes – É um estudo comparativo entre os grupos de elementos das demonstrações financeiras por meio de índices, objetivando o conhecimento da relação entre cada um dos grupos do conjunto.

3) Análise vertical – Consiste na determinação da porcentagem de cada conta ou grupo de contas em relação ao seu conjunto. Este processo é também conhecido por Análise por Coeficientes.

4) Análise horizontal – Comparação feita entre componentes do conjunto de vários exercícios, por meio de números índices, objetivando a avaliação ou o desempenho de cada conta ou grupo de contas ao longo dos períodos analisados.

5) Comparação com padrões – Comparação entre quocientes, coeficientes e números índices correspondentes às demonstrações financeiras de uma entidade com os padrões obtidos através do comportamento de um grupo de entidades do mesmo segmento.

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ANÁLISE POR ÍNDICES

Este é o processo de análise mais utilizado pelos analistas de Balanços, porque oferece visão global da situação econômica e financeira da entidade.

Os índices são extraídos das demonstrações financeiras através de confrontos entre contas ou grupos de contas.

Com base nos dados do Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado a seguir vamos calcular alguns índices:

ATIVO 30/06/X1 30/06/X0 PASSIVO . 30/06/X1 30/06/X0 CIRCULANTE CIRCULANTE Caixa 32.450 16.810 Fornecedores 154.850 137.120 Contas a Receber 187.550 120.570 Imposto de Renda 25.420 12.480 Estoques 110.440 162.450 Empréstimos 48.700 55.430

330.440 299.830 228.970 205.030

REALIZ. L. PRAZO 70.820 95.480 EXÍG. A L. PRAZO 242.370 236.980

PERMANENTE PATR. LÍQUIDO Investimentos 42.000 48.250 Capital Social 485.320 485.320 Imobilizado 777.850 718.340 Reservas 115.280 165.130 Diferido 22.210 20.410 Lucros Acumulados 171.380 89.850

842.060 787.000 771.980 740.300

Total 1.243.320 1.182.310 Total 1.243.320 1.182.310

Demonstração de Resultados

20X1 20X0 Receita Líquida 8.254.850 7.454.930( - ) CMV (3.247.720) (3.128.470) = Lucro Bruto 5.007.130 4.326.460( - ) Despesas Operacionais (4.513.450) (3.973.950) = Lucro da Atividade 493.680 352.510 + Receitas Financeiras 24.500 25.200( - ) Despesas Financeiras (447.623) (321.353) = Lucro Antes do I.R. 70.557 56.357( - ) Provisão para I.R. (21.167) (16.907) = Resultado Líquido 49.390 39.450

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ÍNDICES DE LIQUIDEZ

São utilizados para avaliar a capacidade de pagamento da empresa, isto é, constituem uma apreciação sobre se a empresa tem capacidade para saldar seus compromissos.

1º) Índice de liquidez corrente

Mostra a capacidade de pagamento da empresa a Curto Prazo, por meio da fórmula:

AC 330.440 ------ ---------- = 1,44 PC 228.970

Para cada $ 1,00 de dívida há $ 1,44 de dinheiro e valores que se transformarão em dinheiro (AC)

2º) Índice de liquidez seca

Se a empresa sofresse uma total paralisação das suas vendas, ou se o seu Estoque fosse obsoleto, quais seriam as chances de pagar as suas dívidas.

AC - E 330.440 – 110.400 ----------- ----------------------- = 0,96 PC 228.970

Com este índice observamos que, se a empresa parasse de vender, conseguiria pagar $ 0,96 de cada $ 1,00 de suas dívidas.

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3º) Índice de Liquidez Geral

Mostra a capacidade de pagamento da empresa a Longo Prazo, considerando tudo o que a empresa converterá em dinheiro (a Curto e Longo Prazo), e relacionando com tudo o que a empresa já assumiu como dívida (a Curto e Longo Prazo).

AC + RLP 330.440 + 70.820 --------------- --------------------- = 0,85 PC + ELP 228.970 + 242.370

Para cada $1,00 de dívidas a empresa possui apenas $ 0,85 de valores a receber.

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ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO

Estes índices medem proporções entre capitais próprios e de terceiros.

1º) Grau de Endividamento:

PC + ELP 228.970 + 242.370 --------------- ----------------------- = 0,38 Ativo Total 1.243.320

Este índice sugere que a participação de terceiros é de 38% dos recursos totais investidos na empresa.

2º) Garantia do Capital Próprio ao Capital de Terceiros:

PL 771.980 ------------ ------------ = 1,64 Exigível 471.370

Para cada $ 1,00 de Capital de Terceiros, há $ 1,64 de Capital Próprio como garantia.

3º) Cobertura de Juros:

Este índice revela a capacidade da empresa de pagar os encargos sobre os empréstimos.

Lucro da Atividade 493.680 ------------------------ ------------ = 1,10 Juros 447.623

A situação não pode ser considerada satisfatória, pois o índice está próximo a 1,0. Valores inferiores a l,0 indicam que a empresa encontra insolvente, ou seja, o Lucro da Atividade seria insuficiente para pagar os encargos das dívidas.

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ÍNDICES DE ATIVIDADE

Estes índices revelam a eficiência ou ineficiência operacional da empresa.

1º) Giro dos Estoques

Este índice revela quantas vezes a empresa conseguiu vender o valor do seu estoque em um dado período.

CMV 3.247.720 ------------------- -------------------------- = 23,8

* Estoque Médio (110.440 + 162.450)/2

* Estoque no início e no fim do período

O valor do Estoque Médio foi vendido 23,8 vezes durante o período.

2º) Período Médio de Recebimento

Este índice revela qual o prazo médio de recebimento das vendas.

CR 187.550 ------------ --------------------- = 8,17

*RVMD (8.254.850)/360

* Receita de venda média diaria

Revela que o prazo médio de recebimento das vendas é de 8,17 dias.

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3º) Período Médio de Pagamentos

Este índice revela qual o prazo médio de pagamento das compras.

CP Fornecedores 154.850 ---------------------- --------------------- = 17,16

*CMD (3.247.720)/360

* Compra Média Diária

Revela que o prazo médio de pagamento aos fornecedores é de 17,16 dias.

4º Giro do Ativo

Este índice mostra a eficiência com que a gerência usa seus investimentos na geração de receitas.

Receita 8.254.850 ----------- --------------- = 6,64

Ativo 1.243.320

A empresa conseguiu transformar o valor do seu ativo 6 vezes em vendas.

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ÍNDICES DE RENTABILIDADE

Estes índices examinam as margens de lucro da empresa.

1º) Margem Bruta

Lucro Bruto 5.007.130 ------------------ --------------- = 0,61

Receitas 8.254.850

Este índice revela que a margem de lucro bruta é de 61%.

2º) Margem da Atividade (ou operacional)

Lucro da Atividade 493.680 --------------------------- ------------- = 0,060

Receitas 8.254.850

Este índice revela que a margem de lucro da atividade (ou operacional) é de 6%.

3º) Margem Líquida

LL 49.390 ----------------- ------------- = 0,006

Receitas 8.254.850

Este índice revela que a margem de lucro líquida é de 0,6%.

Para cada $ 1,00 de vendas resultaram $ 0,006 de lucro líquido.

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4º) Retorno Sobre o Ativo Total

O Ativo representa o total dos investimentos da empresa, assim este índice indica a eficiência global do emprego de tais recursos.

LL 49.390 ----------------- ------------- = 0,04

Ativo Total 1.243.320

Revela que o retorno sobre o ativo foi de 4%.

5º) Retorno Sobre o Patrimônio Líquido

Este é certamente um dos mais importante índice, pois mostra a rentabilidade que a empresa oferece aos seus proprietários.

LL 49.390 -------- ------------- = 0,064

PL 771.980

Revela que o retorno sobre o Patrimônio Líquido foi de 6,4%

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Principais Indicadores

Índices FórmulasComposição do EndividamentoGrau de Endividamento PC+ELP / ATGarantia do Capital Próprio ao Capital de Terceiros PL / ETPartic. do Capital de Terc. em Relação ao Cap. Próprio ET / PLComposição do Endividamento PC / ETImobilização do Patrimônio Líquido AP / PLImobilização dos Recursos não Correntes AP/PL + ELPCobertura de Juros LB / DFLíquidezLiquidez Geral AC+RLP / PC+ELPLiquidez Corrente AC / PCLiquidez Seca AC-E / PCLiquidez Imediata D / PCRentabilidadeMargem Bruta LB / VMargem Operacional LO / VMargem Líquida LL / VRentabilidade do Ativo LL / ATRentabilidade do Patrimônio Líquido LL / PLAtividadesGiro dos Estoques CMV / EMPrazo Médio de Recebimentos CRM / VPMPrazo Médio de Pagamentos CPM / CMPPosicionamento Relativo PMR / PMPGiro do Ativo V / AT

LegendasD – Disponibilidade AT – Ativo TotalET – Exigível TotalV – Vendas EM – Estoque MédioCRM – Contas a Receber MédiasVPM – Vendas a Prazo MédiasCPM – Contas a Pagar MédiasCMP – Compras Médias a prazo

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EXERCÍCIOS

1. Se o estoque médio mantido no Ativo Circulante é de $ 30.000 e o custo dos produtos vendidos lançados nos Resultados é de $ 240.000, qual a rotação dos estoques em dias?

2. Determine as vendas em uma empresa que apresente os seguintes dados financeiros: (i) Índice de liquidez corrente = 2,7; (ii) Índice de liquidez seco = 1,8; (iii) Passivo Circulante = $ 600.000; (iv) Rotação de Estoque = 4 vezes; e (v) Margem Bruta = 50%.

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3. Um guia útil para avaliar a estrutura financeira de uma empresa em relação ao setor industrial do qual ela faz parte é a comparação com os índices financeiros médios do setor industrial. Uma empresa nova, ou uma que planeje entrar em um novo setor, pode usar tais índices financeiros médios como guia para antecipar sua posição financeira após o período inicial de ajuste, em particular, os investimentos que ela deverá fazer e os financiamentos a serem obtidos para sustentar o nível de vendas previsto.

Os dados abaixo representam os índices para o setor mobiliário:

Receita de Vendas / Patrimônio Líquido = 4 vezes

Passivo Circulante / Patrimônio Líquido = 0,5

Passivo Total / Patrimônio Líquido = 0,6

Índice de Liquidez Corrente = 2,5 vezes

Receita de Vendas / Estoques = 10 vezes (rotação de estoques)

Período de Recebimento Médio = 39 dias (contas a receber / vendas por dia)

MÓVEIS REAL S/A – BALANÇO PROJETADO

ATIVO PASSIVO

Caixa Passivo Circulante

Contas a Receber

Estoques Exigível a Longo Prazo

TOTAL CIRCULANTE

OBRIGAÇÕES TOTAIS

Imobilizado Patrimônio Líquido

TOTAL TOTAL

Pede-se: Completar o balanço do quadro anterior supondo que as vendas em 2000 serão de $ 1.200.000.

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4. No passado, a empresa Paulistinha Ltda, obteve uma receita de vendas de $ 2.850,000. O Custo das Mercadorias Vendidas Alcançou $ 1.050.000. Todas as vendas foram a crédito e tanto vendas como compras foram estáveis durante o ano. Ao fim do ano, os ativos circulantes, AC, tinham os seguintes saldos:

Caixa 205.000

Contas a Receber 420.000

Estoques 387.000

Total 1.012.000

Os níveis das Contas a Receber e dos Estoques são os mesmos do início do ano passado. A empresa mantém em caixa um valor exatamente suficiente par pagar um mês de compras e de despesas operacionais. Além das despesas operacionais há $ 80.000 de Depreciação.

Ao fim do ano o Índice de Liquidez Corrente era de 4 (4 de AC para 1 de PC) e o Patrimônio Líquido era 50% maior que os ativos circulantes. A empresa não possui nenhum Ativo de Longo Prazo nem Passivo de Longo Prazo, e o Ativo Permanente se resume ao Ativo Imobilizado.

Pede-se:

a) Qual o Ativo Imobilizado da empresa ao final do ano?

b) Calcule a Rotação das Contas a Receber.

c) Estime o Lucro Operacional e calcule a Margem Operacional.

d) Supondo uma taxa de I.R. de 50%, qual o retorno sobre o Patrimônio Líquido?

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5. Aproximando-se o fim do ano de 2000, avaliações feitas Pela Cia Petrópolis S/ª indicavam um Resultado Líquido de cerca de $ 49.000, enquanto o Balanço era o seguinte:

Ativo Circulante 330.000 Passivo Circulante 320.000

Ativo Imobilizado 650.000 Patrimônio Líquido 660.000

Total 980.000 Total 980.000

Logo antes do ano terminar, a Cia tomou $ 200.000 emprestados por dois anos e aplicou os valores no pagamento de parte de seu Passivo Circulante.

Além disso, parte do Imobilizado, no valor contábil de $ 180.000, foi considerada sucata, e dada baixa como perda total, sendo o débito lançado em Lucros Retidos. (Eventual compensação da perda no IR. Será pleiteada futuramente)

Pede-se: Com base nas informações dadas, compute os seguintes índices e porcentagens antes e depois das transações ocorridas.

a) Índice de Liquidez Corrente (AC/PC).

b) Retorno sobre o Ativo Total.

c) Retorno sobre o Patrimônio Líquido.

d) Retorno sobre Ativo Imobilizado.

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6. A Empresa Comercial Sigma apresenta o seguinte Balanço Patrimonial:

A T I V O P A S S I V OCirculanteCaixa 200Duplicatas a Receber 300Estoques 500 1.000

Realizável a Longo PrazoTítulos a Receber 100

Permanente Investimentos 1.000Imobilizado 500Diferido 500 2.000

Total 3.100

CirculanteFornecedores 100Impostos a Recolher 1.000Outras Obrigações 100 1.200

Exigível a Longo PrazoFinanciamentos 1.400

Patrimônio LíquidoCapital 400Lucros Acumulados 100 500

Total 3.100

Analise-o e responda às seguintes questões:

1. Qual é o Capital Circulante Líquido da empresa?2. A empresa conseguirá, sem problemas, pagar suas dívidas?3. Pressupõe-se que a empresa esteja atrasando um tipo de obrigação? Qual é?4. A composição do endividamento (Capital de Terceiros) é boa?5. As aplicações no Permanente são sensatas?6. Você compraria ações desta empresa? Por que?7. A proporção de Capital Próprio em relação ao Capital de Terceiros é boa?8. Qual seria sua atitude como administrador desta empresa?9. O Volume de investimentos dos sócios é satisfatório?10. Qual o Capital Total à disposição da empresa?

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ANÁLISE HORIZONTAL

A análise horizontal tem por finalidade demonstrar a evolução dos itens das demonstrações financeiras ao longo dos anos.

O mecanismo consiste em escolher um exercício (geralmente o mais antigo) como base, atribuindo aos seus valores o percentual de 100 e, a partir desse exercício, calcular os demais valores dos outros exercícios por meio de “regra de três”, sempre em relação ao primeiro.

A Demonstração de Resultado do Exercício da empresa apresente os seguintes valores de Receita:Exercício de X1 = $ 1.000Exercício de X2 = $ 1.200Exercício de X3 = $ 1.500

Escolhendo o exercício de x1 como base, teremos:

Cálculo do índice para o exercício de X2:

$ 1.000 = 100$ 1.200 = x

Logo:

1.200 x 100X = --------------- = 120% 1.000

Cálculo do índice para o exercício de X3

$ 1.000 = 100$ 1.500 = x

Logo:

1.500 x 100X = --------------- = 150% 1.000

Para melhor entendimento veja a tabela abaixo:

Contas X1 X2 X3Receita $1.000 $1.200 $1.500Evolução 100% 120% 150%

Obs. Não esqueça que a base é sempre o primeiro exercício.

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Com base no entendimento do cálculo dos índices da Análise Horizontal, vamos a um exemplo de interpretação:

“CIA ALFA LTDA”(Evolução em $ milhões)

20x6 20x7 20x8 20x9 20xxVendas 300 321 343 367 393( - ) CMV 200 216 233 252 272Lucro Bruto 100 105 110 115 121

Um observador menos atento certamente ficaria satisfeito com a evolução crescente dos lucros.

Entretanto, uma análise horizontal e mais cuidadosa revelaria os seguintes crescimentos

compostos para Receitas e Custos:

As receitas crescem 7% cumulativamente, a cada ano. As despesas crescem 8% e o lucro apenas

5%.

Por outro lado, o reflexo da evolução dos itens em seu sentido horizontal também condiciona a

análise vertical. De fato, o lucro representa 33,3% das vendas em 20x6, 32,7% em 20x7, 32,1 em

20x8, 31,3 em 20x9 e 30,8 em 20xx. Um decréscimo lento, mas “seguro”, portanto.

ANÁLISE VERTICAL

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A análise vertical é aquela através da qual se compara cada um dos elementos do conjunto em relação ao total do conjunto. Ela evidencia a porcentagem de participação de cada elemento do conjuntoO cálculo do percentual que cada elemento ocupa em relação ao conjunto é feito por meio de regra de três, em que o valor-base é igualado a 100, sendo os demais calculado em relação a ele.

Para calcular a percentagem de participação que a conta Despesas Administrativas, de $ 300, ocupa na Demonstração do Resultado do Exercício que tem uma Receita de $ 1.000, faremos:

$1.000 = 100 $300 = x

Logo:

300 x 100X = ------------- = 30% 1.000

Para melhor entendimento veja a demonstração abaixo:

Receita 1.000 100%

CMV 500Lucro Bruto 500Despesas Administrativas 300 30%Resultado 200

Com base no entendimento do cálculo dos índices da Análise Vertical, vamos a um exemplo de interpretação:

A “Cia Beta S/A”, assim apresentava a evolução dos grupos do Ativo em relação ao Ativo Total

20x6 % 20x7 % 20x8 % 20x9 %Disponibilidades 20 6 15 3,5 10 2 8 1,5Recebíveis a CP 90 27 85 20 20 5 22 4Estoques 60 18 80 19 110 25 130 24Recebíveis a LP 10 3 20 5 25 6 30 6Imobilizado 150 44 200 48 250 57 300 56Investimentos 5 1 15 3,5 15 3 30 6Outros 3 1 5 1 10 2 12 2,5Total 338 100 420 100 440 100 532 100

Observe-se que o ativo total teve acréscimos de 24% entre 20x6 e 20x7. De 5% de 20x7 a 20x8. De 21% de 20x8 a 20x9.

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Dentre os grandes itens, nota-se diminuição da participação do Disponível Sobre o Ativo Total.

Os estoques sofrem acréscimo de 18% para 19%, e para 25% em 20x8, decrescendo ligeiramente sua participação em 20x9, ao nível de 24%, porém acima do nível inicial. Seria preciso investigar o porquê disso e com quais fundos foi aumentada a participação do estoque. Em parte, talvez, isso tenha sido possível pela melhor administração do Disponível.

Vejamos o que ocorre com os Recebíveis a Curto Prazo: diminuem bastante de 20x6 a 20x7, passando de 27% para 20%. Sofrem decréscimo brutal em 20x8, qual deverá ser investigado quanto às verdadeiras causas. Mantêm-se baixos em 20x9. Estes dois últimos valores podem ser indicativos de que a empresa praticamente não vendeu a prazo.

Em compensação, a empresa conseguiu transferir recursos maciços para investimento em imobilizado. Este aumentou sua participação de 44%, em 20x6, para 48%, em 20x7, e 57%, em 20x8, mantendo-se praticamente estável em 20x9. A empresa está queimando" investimentos em dinheiro e recebíveis para investir em estoques e imobilizado. Seria, por outro lado, necessário analisar a composição das fontes de recursos para se ter uma idéia melhor do que ocorreu.

“EMPRESA GAMA S/A” Demonstrativos de Resultado

2 0 X 8 2 0 X 9

Vendas 385 100% 520 100%

(-) CMV 193 50% 244 47%

= LB 192 50% 276 53%

(-) D.OPER. Salários 80 65% 115 65%

Depreciações 10 8% 15 8%

Impostos 8 6% 12 7%

Outras 25 21% 123 32% 36 20 178 34%

= L.OPER. 69 18% 98 19%

(-) D.FIN. 10 3% 36 7%

= LAIR 59 15% 62 12%

(-) I.R 9 2% 12 2

L.L. 50 13% 50 10%

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A análise vertical é extremamente reveladora, neste caso. Verifica-se que até o item "Lucro

Operacional" a empresa manteve e até melhorou o desempenho, em relação a 20x8. De fato, o

custo das vendas que representava 50% das mesmas diminuiu para 47%, aumentando, portanto, a

participação do lucro em vendas. Entretanto, verifica-se acréscimo percentual das Despesas

Operacionais, as quais passam de 32% para 34%. Interessante notar que, dentro do grupo

Despesas Operacionais, seus componentes mantêm as participações com relação ao total. Por

algum motivo, a empresa não conseguiu controlar as despesas operacionais globais ao mesmo

nível percentual de 20x8. Isto foi quase o suficiente para anular a vantagem obtida no custo das

vendas.

No item Despesas Financeiras verifica-se o fator primordial que fará o desempenho da empresa

empobrecer, pelo menos no que se refere ao DR. Passaram de 3%, porcentagem razoável, para

7% das vendas, bastante alta, embora não alarmante. Quais os motivos desta mudança? É preciso

investigar em profundidade, tentando alterar o comportamento. Em conseqüência da piora no

item Despesas Financeiras, todos os demais relacionamentos se deterioram. De um lucro líquido

de 13% sobre as vendas passamos para 10%, embora em valores absolutos permaneçam iguais.

ATIVIDADE - I

Com base nos dados do Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado da Cia “Planalto S.A” , responda as questões propostas.

ATIVO 30/06/X1 30/06/X0 PASSIVO . 30/06/X1 30/06/X0 CIRCULANTE CIRCULANTE Caixa 32.450 16.810 Fornecedores 154.850 137.120 Contas a Receber 187.550 120.570 Imposto de Renda 25.420 12.480 Estoques 110.440 162.450 Empréstimos 48.700 55.430

330.440 299.830 228.970 205.030

REALIZ. L. PRAZO 70.820 95.480 EXÍG. L. PRAZO 242.370 236.980

PERMANENTE PATR. LÍQUIDO

Investimentos 42.000 48.250 Capital Social 485.320 485.320 Imobilizado 777.850 718.340 Reservas 115.280 165.130 Diferido 22.210 20.410 Lucros Acumulados 171.380 89.850

842.060 787.000 771.980 740.300

Total 1.243.320 1.182.310 Total 1.243.320 1.182.310

Demonstração de Resultados

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20X1 20X0 Variação%

Receita Líquida 8.254.850 7.454.930 10,7

( - ) CMV (3.247.720) (3.128.470) 3,8

= Lucro Bruto 5.007.130 4.326.460 15,7

( - ) Despesas Operacionais (4.513.450) (3.973.950) 13,6

= Lucro da Atividade 493.680 352.510 40,0

+ Receitas Financeiras 24.500 25.200 - 2,8

( - ) Despesas Financeiras (447.623) (321.353) 39,3

= Lucro Antes do I.R. 70.557 56.357 25,2

( - ) Provisão para I.R. (21.167) (16.907) 25,2

= Resultado Líquido 49.390 39.450 25,2

Uma primeira avaliação da empresa é baseada no DRE, em particular com a ajuda da coluna variação, que foi acrescentada para favorecer a análise. Assim, o faturamento aumentou em 10,7%, o Lucro Bruto em 15,7%, o Lucro da Atividade em 40% e o Resultado Líquido cresceu 25,2%, enquanto o CMV e os custos operacionais aumentaram mais lentamente. O aspecto negativo parece localizado nos custos financeiros, que aumentaram 39,3%. Por outro lado, o crescimento do Ativo no mesmo período foi de somente 5,2%, sugerindo que a empresa tenha melhorado a eficiência com que usa seus ativos.

Tópicos para discussão:

a) Qual a explicação para a despesa financeira tão elevada?

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b) A lucratividade desta empresa está no Giro ou na Margem de Lucro?

c) Cite exemplos de atividades empresariais que obtém sua rentabilidade ganhando no Giro ou, na Margem de Lucro.

d) O crescimento da Cia Planalto, em princípio, pode ser considerado excepcional, pois falta uma informação complementar para a análise. Qual é a informação?

ATIVIDADE - II

Com base no balanço da cia Primavera, efetue a Análise Vertical e Análise Horizontal e preencha o relatório.

BALANÇO PATRIMONIAL"Cia Primavera"

           ATIVO 31-12-de   PASSIVO 31-12- de

20x3 20x2 20x1   20x3 20x2 20x1Circulante         Circulante       Disponível 510 450 380   Fornecedores 200 400 500 Duplicatas a         Empréstimos       Receber 1.328 910 545   Bancários 900 1.000 1.100(-) Prov. Dev. Duvid. (39) (20) (15)   Res. 295 700 0 0 Estoques 1.221 800 540          Total do Circulante 3.020 2.140 1.450   Total do Circulante 2.100 1.350 1.050                 Permanente         Exigível L. Prazo       Investimentos         Financiamentos 1.070 1.240 1.250 Ações de Outras Cias 150 100 100                           

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Imobilizado 1.500 1.800 2.300   Patrimônio Líquido       Maq. e Equipamentos 2.800 2.575 2.500   Capital Social 1.850 1.350 1.350 Móveis e Utensílios 950 650 300   (-) Capit. a Realiz. (500) 0 0 Ferram. e Instrumentos 675 400 200     1.350 1.350 1.350 (-) Deprec. Acumulada (1025) (625) (300)   Reserva Legal 133 85 40Total do Imobilizado 3.400 3.000 2.700   Lucros Acumulados 1.975 1.215 560Total do Permanente 3.550 3.100 2.800   Total do Patr. Líquido 3.400 2.650 1.950                 

Total do Ativo 6.570 5.240 4.250   Total do Passivo 6.570 5.240 4.250

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO                 20x3 20x2 20x1Receita Líquida     3.250 2.900 2.500(-) Custo das Mercadorias Vendidas (1.190) (1.050) (950)(=) Lucro Bruto     2.060 1.850 1.550(-) Despesas Operacionais         Administrativas   (190) (170) (150) Comerciais     (340) (310) (200) Financeiras   (500) (400) (335)Total das Despesas   (1.030) (880) (685)(=) Lucro Operacional   1.030 970 865(-) Despesas Não Operacionais (80) (70) (65)(=) Lucro Líquido   950 900 800

Cia Primavera

Relatório de Análise

Análise Vertical

DRE

        20x3 20x2 20x1Receita Líquida    (-) Custo das Mercadorias Vendidas(=) Lucro Bruto    (-) Despesas Operacionais   Administrativas   Comerciais     Financeiras  Total das Despesas  (=) Lucro Operacional  (-) Despesas Não Operacionais(=) Lucro Líquido  

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O lucro líquido decresceu de ........% (em relação às vendas) para .........%. Os motivos principais deste

decréscimo foram:

Acréscimo das ...................................... de ...... % para ...... % em relação às Vendas.

Acréscimo das ...................................... de .......% para ...... % em relação às Vendas.

Balanço Patrimonial

ATIVO 31-12-de   PASSIVO 31-12- de20x3 20x2 20x1   20x3 20x2 20x1

Circulante         Circulante       Disponível   Fornecedores Duplicatas a   Empréstimos Receber   Bancários(-) Prov. Dev. Duvid.   Res. 295 Estoques    Total do Circulante   Total do Circulante     Permanente   Exigível L. Prazo Investimentos   Financiamentos Ações de Outras Cias          Imobilizado   Patrimônio Líquido Maq. e Equipamentos   Capital Social Móveis e Utensílios   (-) Capit. a Realiz. Ferram. e Instrumentos     (-) Deprec. Acumulada   Reserva LegalTotal do Imobilizado   Lucros AcumuladosTotal do Permanente   Total do Patr. Líquido     

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Total do Ativo   Total do Passivo

ATIVO : Aumentou o Ativo Circulante em conseqüência de um acréscimo significativo

em .................................................e ..........................................

O ................................ apresentou uma sensível redução ( de 66% para 54%) em conseqüência de não

existir novos investimentos em Máquinas e Equipamentos ( imobilizado), permanecendo num mesmo

patamar.

PASSIVO ; Enquanto o ............................. cresceu significativamente (de ....% para ....%) em

conseqüência de novos empréstimos ( Res. 295) o ............................................. reduziu sensivelmente

( de ......% para .......% ), piorando a Situação Financeira a Curto Prazo.

A participação do ..................................................... aumentou superficialmente nos três anos (de ........%

para .........%), melhorando a Situação Econômica da empresa.

Análise Horizontal

A Análise Horizontal na Base 100 para os itens da DRE.

ITENS 20x3 20x2 20x1Receita LíquidaCPVDespesas AdministrativasDespesas ComerciaisDespesas FinanceirasLucro Líquido

Observamos que as ........................................ e ................................. cresceram em proporção bem mais

significativa que as Vendas. Estão sob controle o .................. e as .........................

...................................

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ATIVIDADE - III

1. As cervejarias A e B estão estudando um processo de fusão para criação da GCN – Grande Cervejaria Nacional. Você foi contratado para, com base nos dados das demonstrações de resultado das duas cervejarias, que se encontram a seguir, explicar aos acionistas da cervejaria B suas possíveis vantagens nessa fusão.

CERVEJARIA A X1 X2 X3 X4RECEITAS BRUTAS 4.413.987 5.069.827 5.840.249 7.005.073(-) Deduções 2.073.871 2.601.091 3.060.801 3.849.399RECEITAS LÍQUIDAS 2.240.116 2.468.736 2.779.448 3.155.674(-) Custo das Vendas 1.192.390 1.417.897 1.402.902 1.553.835RESULTADO BRUTO 1.047.726 1.050.839 1.376.546 1.601.839(-) Despesas de Vendas 292.322 380.272 463.668 695.622(-) Despesas Administrativas 451.730 240.217 250.466 239.603RESULTADO DA ATIVIDADE 303.674 430.350 662.412 666.614(-) Outras Desp. Operacionais 1.453(-) Depreciação / Amortização 29.249 38.440 272.496 330.782(+) Outras Rec. Operacionais 19.697 56.869 175.954 117.660RESULTADO OPERACIONAL 294.122 448.779 565.870 452,039(-) Despesas Financeiras 102.338 157.062 275.991 346.413(+) Receitas Financeiras 188.557 162.734 224.940 213.043(+/-) Res. Equiv. Patrimonial 5.082 20.354 -1.873RESULT. OPERACIONAL II 385.423 454.451 534.173 316.796(+) Rec. Não Operacional 81.833 55.550 9.495 38.769RESULT. ANTES I.R. 467.256 510.001 543.668 355.565(-) IR / Contribuição Social 162.399 119.478 53.659 34.374(-) Participações 54.558 16.168 33.686 -7.907

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RESULTADO LÍQUIDO 250.299 371.355 456.323 329.098

CERVEJARIA B X1 X2 X3 X4RECEITAS BRUTAS 2.268.639 2.293.100 2.236.562 2.190.715(-) Deduções 633.099 702.972 803.961 808.841RECEITAS LÍQUIDAS 1.635.540 1.590.128 1.432.601 1.381.874(-) Custo das Vendas 926.197 946.106 929.598 786.118RESULTADO BRUTO 709.373 644.022 503.003 595.756(-) Despesas de Vendas 180.719 223.620 165.645 186.966(-) Despesas Administrativas 332.750 295.126 155.122 202.809RESULTADO DA ATIVIDADE 195.904 125.276 182.236 205.981(-) Depreciação / Amortização 76.084 143.771(+) Outras Rec. Operacionais 30.294 81.780 94.043 68.834RESULTADO OPERACIONAL 226.198 207.056 200.195 131.044(-) Despesas Financeiras 70.385 53.643 148.036 153.696(+) Receitas Financeiras 39.801 34.326 66.383 111.795(+/-) Res. Equiv. Patrimonial 3 -526 -5.415 -3.086RESULT. OPERACIONAL II 195.617 187.213 113.127 86.057(+) Rec. Não Operacional 10.684 9.007(-) Desp. Não Operacionais 1.009 4.523RESULT. ANTES I.R. 206.301 196.220 112.118 81.534(-) IR / Contribuição Social 60.333 54.646 17.448 9.473(-) Participações 13.230 55.423 56.095 45.509RESULTADO LÍQUIDO 132.738 86.151 38.575 26.552

RELATÓRI O DE ANÁLISE

CONCEITORelatório de Análise é um documento, elaborado pelo analista de balanços, que contém as conclusões resultantes do desenvolvimento do processo de análise.

COMO ELABORAR UM RELATÓRIO DE ANÁLISEO Relatório de Análise deve ser elaborado em linguagem inteligível para leigos, ainda que alguns usuários possuam conhecimento de contabilidade.Ao elaborar um Relatório de Análise, o analista deve procurar relatar suas conclusões visando auxiliar o usuário em suas tomadas de decisão.

Os Relatórios de Análise de Balanços poderão conter muitas ou poucas informações, conforma a necessidade do usuário.Em geral, o Relatório de Análise deve apresentar informações sobre a situação econômico-financeira da empresa e sobre seu desempenho ao longo dos períodos analisados, bem como as tendências para o futuro. Devem ser esclarecidas, ainda, as causas que proporcionaram o grau de endividamento, liquidez e rentabilidade encontrados, sejam eles positivos ou negativos.

Para que o Relatório de Análise de Balanços seja inteligível por leigos, não devem apresentar dados como quocientes, coeficientes ou números-índices, os quais devem ser traduzidos em informações. Suponhamos os seguintes indicadores:

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INDICADORES QUOCIENTESQUOCIENTES

MULTIPLICADORESPOR 100

QUOCIENTES-PADRÃO

Liquidez Geral 1,42 142% 1,20Liquidez Corrente 1,70 170% 1,35Liquidez Seca 1,54 154% 1,25

Veja como esses dados não devem ser relatados:

Situação de Liquidez – O Quocientes de Liquidez Geral foi de 1,42 ou 142%, indicando que a empresa possui recursos, no seu Ativo Circulante mais Realizável a Longo Prazo, no valor de R$ 142 para cada R$ 100 de Passivo Circulante mais Exigível a Longo Prazo, estando acima do Quociente-padrão de seus concorrentes, que é de 1,20; o Quociente de Liquidez Corrente é de 1,70 ou de 170%, indicando que a empresa possui, no Ativo Circulante, recursos no valor de R$ 170 para cada R$ 100 de dívidas a curto prazo, evidenciando a existência de Capital Circulante Líquido e operando acima do Quociente-padrão alcançado por seus concorrentes, que é de 1,35; o Quociente de Liquidez Seca é de 1,54 ou 154%, mostrando que a empresa possui disponibilidades mais direitos de conversibilidade garantida de R$ 154 para cada R$ 100 de dívidas a curto prazo, estando também operando acima do padrão de seus concorrentes, que é de 1,25.

Veja, agora, a maneira mais adequada de se relatar estes dados:

Situação de Liquidez – A empresa encontra-se bem estruturada sob o ponto de vista de solvência, possuindo solidez financeira suficiente para cobrir seus compromissos de curto e de longo prazo, uma vez que opera com todos os Quocientes de Liquidez acima do padrão de seus concorrentes.O analista deve anexar ao Relatório de análise de Balanços os documentos que comprovam os resultados da análise. Esses documentos poderão variar em quantidade e espécie, de acordo com a profundidade dos exames efetuados. Normalmente, a um relatório breve, devem ser anexados o Balanço Patrimonial, a Demonstração do Resultado do Exercício e um mapa contendo os indicadores utilizados (Quocientes de Estrutura de Capitais, Liquidez, Rentabilidade e de Atividade) além dos quocientes-padrão.

MODELO DE UM RELATÓRIO DE ANÁLISE

Tabela de indicadores:

INDICADORES EXERCÍCIOx 1

EXERCÍCIOX 2

PADRÃO

QUOCIENTES FINANCEIROS Estrutura de Capitais Participação de Capitais de Terceiros 3,40 1,60 0,85 Composição do Endividamento 1,00 0,61 0,50 Imobilização do Patrimônio Líquido 1,60 1,10 0,60 Imobilização dos Recursos Não-Correntes 1,60 0,67 0,48 Liquidez

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Liquidez Geral 0,82 0,93 2,00 Liquidez Corrente 0,64 1,35 1,30 Liquidez Seca 0,29 0,89 1,10 Liquidez Imediata 0,12 0,39 0,55QUOCIENTES ECONÔMICOS Rentabilidade Giro do Ativo 2,18 2,13 2,10 Margem Líquida 0,09 0,17 0,13 Rentabilidade do Ativo 0,19 0,36 0,20 Rentabilidade do Patrimônio Líquido 0,86 0,95 0,25

RELATÓRIO

Após a análise e a interpretação das demonstrações financeiras da empresa Polinésia S.A. relativas aos exercícios de x1 e x2, apresentamos as seguintes informações:

Situação Financeiraa) Endividamento – A empresa apresenta alto grau de endividamento, uma vez que os Quocientes de Estrutura de Capitais se encontram acima dos quocientes alcançados por Empresas que exercem o mesmo ramo de atividade.No período abrangido pela análise, a empresa não apresentou Capital Circulante Próprio, trabalhando com Capitais de Terceiros em proporções maiores que os Capitais Próprios, insuficientes para financiar o Ativo Permanente, revelando que a empresa encontra-se em mãos de terceiros. Houve considerável melhora no grau de endividamento no exercício de x2 em relação ao de x1, revelando tendências de breve recuperação.

b) Liquidez – Sob o ponto de vista de solvência, a empresa encontra-se também emsituação desfavorável, pois não apresenta solidez financeira que garanta o cumprimento dos compromissos de curto e de longo prazo. A exceção é o exercício de x2, no qual o Quociente de Liquidez Corrente encontra-se ligeiramente acima do Quociente-padrão de seus concorrentes.

Situação EconômicaRentabilidade – A situação econômica no exercício de x2 foi melhor que no exercício de x1. Em x2, os Quocientes de Rentabilidade encontram-se acima dos Quocientes –padrão Medianos de seus concorrentes. A boa rentabilidade alcançada no exercício de x2 decorre o esforço efetuado pela empresa no sentido de reverter o alto grau de endividamento apresentado no exercício de x1.

Situação Econômica e FinanceiraEmbora apresente, no exercício de x1, alto grau de endividamento e baixo grau de Solvência, a Cia Polinésia S.A. revela tendências de melhora em função da boa política de renegociação de dívidas . Essa política permitiu reduzir compromissos de curto prazo em troca de empréstimos de longo prazo. Além disso, houve uma boa iniciativa de contenção de despesas e incentivo ao aumento do volume de vendas, que foi possível através da tomada de medidas adequadas.O alto grau de rentabilidade alcançado no exercício de x2, que coloca a empresa acima do patamar de seus concorrentes, não foi suficiente para reverter, naquele ano, o quadro desfavorável verificado no exercício de x1. Não há, entretanto, evidências para falências.

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A Cia Polinésia S.A. consegue retorno de seu Ativo em apenas 2,77 anos, possibilitando o retorno do Capital investido pelos proprietários em apenas 1,05 ano.Mantendo a atual política de renegociação de dívidas, de contenção de despesas e aumento da rentabilidade, conseguirá, em pouco tempo, apresentar graus de endividamento e liquidez satisfatórios, estruturando-se adequadamente sob o ponto de vista econômico e financeiro.

Ass.:_______________________________ Analista

ATIVIDADE - III

Com base nos dados das demonstrações financeiras da “Cia Flor do Cafezal S/A”, preencha os quadros A, B e C:

BALANÇO PATRIMONIAL

ATIVO PASSIVOCIRCULANTE CIRCULANTECaixa e Bancos 300 Fornecedores 1.600Duplicatas a Receber 1.800 Empréstimos Bancários 1.200Estoques 1.200 Outras Contas 200

3.300 3.000

EXIGÍVEL A LONGO PRAZOFinanciamentos 800

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PERMANENTE PATRIMÔNIO LÍQUIDOInvestimentos 400 Capital 1.200Imobilizado 2.000 Reservas 700

2.400 1.900

TOTAL 5.700 5.700

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

Vendas 6.000CMV (4.400)Lucro Bruto 1.600Despesas Operacionais (1.000)Lucro Operacional 600Resultado Não Operacional (200)Lucro Líquido 400

QUADRO A

Indicadores ? Padrão

Participação de Capital de Terceiros ET/PL 1,50

Imobilização do Patrimônio Líquido AP/PL 1,26

Liquidez Geral AC+RLP/PC+ELP 0,80

Liquidez Corrente AC/PC 1,05

Giro do Ativo V/AT 1,01

Margem Líquida LL/VL 5%

Rentabilidade do Patrimônio Líquido LL/PL 15%

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QUADRO B

Para cada $ 100, de capital próprio, a empresa tomou $ __________ de

terceiros.

Pata cada $ 1,00 de dívidas a curto prazo, a empresa possui $________investido no Ativo Circulante.

Para cada $ 1,00 investido em seu ativo Total, a empresa vendeu

$________.

Quantos anos serão necessários para se obter o retorno do capital próprio investido na empresa ________.

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QUADRO C

R E L A T Ó R I O

Introdução:

Situação FinanceiraEndividamento:

Liquidez:

Situação EconômicaRentabilidade:

C o n c l u s ã o

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SISTEMA “DU PONT” DE ANÁLISE

Rotação x Margem = Taxa de Retorno

A taxa de retorno toma normalmente a forma de lucro/investimento; a rotação toma a forma de receitas/investimentos; e a margem, a forma de lucro/receitas.

A utilidade deste índice é fácil de compreender. Enquanto a taxa de retorno é um indicador global de desempenho, possivelmente o mais completo, a rotação é um dado tipicamente operacional e a margem indica o lucro por unidade de receita de vendas. Assim, se a taxa de retorno sofreu uma redução, a expressão (Rotação x Margem = Taxa de Lucro) poderá informar se isto se deve a variações na margem de lucro ou na rotação.

Suponha, por exemplo, que a Rotação seja definida como Receita de Vendas pelo Patrimônio Líquido, a Margem seja o Lucro Antes do Imposto de Renda (LAIR) pela Receita de Vendas, e o retorno seja, em conseqüência , LAIR sobre Patrimônio Líquido. Assim:

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“Cia Planalto S/A”

Rotação x Margem = Tx. de Retorno

VENDAS LAIR LAIR ------------- x ------------- = ----------- PL VENDAS PL

8.254.850 70.557 70.557 Ex 00 --------------- x --------------- = -------------- 771.980 8.254.850 771.980

10,69 x 0,85% = 9,1%

7.454.930 56.357 56.357 Ex 99 --------------- x --------------- = -------------- 740.300 7.454.930 740.300

10,07 x 0,75% = 7,6%

CONCLUSÃO:A análise conclui que o significativo aumento de rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido no período (de 7,6% para 9,1%) se deve tanto a um aumento na rotação (de 10,07 para 10,69), como também a um aumento na margem obtida por unidade de receita (de 0,75% para 0,85%).

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Um Exemplo de Análise Margem X Giro:

“Cia Deocleciano”

                 ATIVO 31-12- de   PASSIVO 31-12- de

20x1 20x2 20x3   20x1 20x2 20x3Circulante         Circulante       Disponível 400 450 500   Fornecedores 200 400 500 Duplicatas a         Empréstimos       Receber 500 800 1.400   Bancários 900 1.000 1.100 Estoques 600 750 1.100   Outros 100 100 100                 Total do Circulante 1.500 2.000 3.000   Total do Circulante 1.200 1.500 1.700                 Permanente         Exigível L. Prazo       Investimentos 1.000 1.200 1.200           Imobilizado 1.500 1.800 2.300   Financiamentos 100 120 1.000 Diferido 300 200 100                    Patrimônio Líquido      Total do Permanente 2.800 3.200 3.600   Capital e Reservas 3.000 3.580 3.900                 

Total do Ativo 4.300 5.200 6.600   Total do Passivo 4.300 5.200 6.600

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO             

                 20x1 20x2 20x3Receita Líquida     2.500 3.000 3.300(-) Custo das Mercadorias Vendidas (900) (1.100) (1.200)(=) Lucro Bruto     1.600 1.900 2.100(-) Despesas Operacionais         De Vendas     (200) (300) (350) Administrativas   (150) (180) (200) Financeiras _____   (300) (400) (500)(=) Lucro Operacional   950 1.020 1.050 (-) Despesas Não Operacionais   (110) (100) (120)(=) Lucro Antes do Imposto de Renda 840 920 930(-) Provisão para Imposto de Renda (300) (320) (320)(=) Lucro Líquido   540 600 610

Sistema “Du Pont” de Análise Gerencial

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“Cia Deocleciano”

Giro x Margem = Retorno

2.500 540 540 Ex. X1 --------- = 0,58 x ---------- = 21,6% = ---------- = 12,56% 100 4.300 2.500 . 4.300

3.000 600 600 Ex. X2 --------- = 0,57 x --------- = 20,0% = --------- = 11,54% 92 5.200 3.000 5.200

3.300 610 610 Ex.X3 --------- = 0,50 x --------- = 18,48% = --------- = 9,24% 74

6.600 3.300 6.600

Quem está contribuindo mais para com a queda da rentabilidade: o Giro do Ativo ou a Margem de Lucro?

Sistema “Du Pont” de Análise Gerencial

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“Cia Deocleciano”

Giro x Margem Ex. X1 0,58 ........100 21,6% ......... 100

Ex. X2 0,57 ..........98 20,0% .......... 92

Ex. X3 0,50 ..........86 18,5% ........... 85

Tanto o Giro do Ativo quanto a Margem de Lucro apresentam uma queda (significativa) em torno de 15% (85 ou 86 – 100)

Vamos agora detalhar o Giro e a Margem para que possamos averiguar qual item mais colaborou para a redução da rentabilidade.

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Análise do Quadro de Análise Margem x Giro

A primeira coluna (a), Giro x Margem, indica que ambos contribuíram para a queda da rentabilidade.

Na segunda coluna (b), observamos que as vendas cresceram em 32% de X1 para X3. O Lucro líquido não acompanhou o crescimento das vendas, atingindo, apenas, um crescimento de 13%. O que mais preocupa, todavia, é que o Ativo da empresa cresceu em 53%, percentual este bem superior ao das vendas. Significa que o crescimento das vendas não acompanhou o volume dos Investimentos.

Vamos observar, agora, qual grupo do Ativo que mais contribuiu para o seu crescimento e qual o comportamento do Custo total em relação às vendas.

Na terceira coluna (c) notamos um crescimento brusco do Ativo Circulante (100%). O crescimento do Ativo Permanente foi inferior ao das vendas, portanto, não requer outros estudos. Se desejássemos prolongar a análise do Ativo Permanente, dividiríamos em três outros retângulos na quarta coluna: Investimentos, Imobilizado e Diferido. O comportamento dos custos totais, como um todo, foi de crescimento um pouco mais proporcional do que o das vendas. Na próxima coluna serão analisadas as razões desse crescimento do Custo e do salto brusco do Ativo Circulante.

Constatamos na quarta coluna (d), que certos itens, em nada influíram no aumento do Ativo e no custo; não contribuíram para a queda da rentabilidade. São eles:

Disponível: O seu acréscimo em três anos foi de 25%, numa proporção inferior ao crescimento das vendas.

CMV (Custo das Mercadorias Vendidas). Aumentou na mesma proporção das vendas. Se tivéssemos uma indústria, não haveria necessidade de nos preocuparmos com matéria-prima, Mão-de-obra Direta e Custos Indiretos de Fabricação. Não precisamos, portanto, no momento, demitir pessoal da produção, controlar mais rigidamente os CIF (custos indiretos de fabricação) ou estarmos atentos em relação aos preços de matéria-prima. Há outros itens que requerem uma atenção imediata.

Outras Despesas: Analisamos a Correção Monetária (perda com a inflação) e a Provisão para Imposto de Renda. Evidentemente que tais despesas não são responsáveis pela queda da rentabilidade.

Observamos que os itens que mais cresceram e, conseqüentemente, contribuíram para a queda da rentabilidade, foram:

Títulos a Receber: Aumentou de forma desmesurada, desproporcional. Uma das razões possíveis é a dilatação do prazo de financiamento das vendas na expectativa de vender mais.

Estoques: Também cresceu de forma desproporcional. Notamos que uma política de estocagem em proporção maior que o escoamento (volume de vendas) pode contribuir para a queda da TRI: aumenta o ativo, diminui o Giro.

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Despesas Operacionais: Cresceram mais que as vendas. As despesas operacionais que mais contribuíram serão analisadas na coluna cinco.

Na última coluna (e), concluímos que as Despesas Administrativas não influenciaram na redução da rentabilidade, uma vez que cresceram proporcionalmente às vendas.

Todavia, as Despesas de Vendas cresceram em 75%. Uma possibilidade é o incremento publicitário com o objetivo de ampliar as vendas.

Aliás, um ângulo da análise que nos ocorre é exatamente esse: a empresa, no afã de incrementar as suas vendas, dilata o prazo de financiamento das vendas (por isso aumenta Duplicatas a Receber), amplia o seu Estoque e intensifica a propaganda (Despesas de Vendas).

Como Conseqüência desse raciocínio, podemos deduzir que a empresa recorre demasiadamente a Capital de Terceiros – Empréstimos e Financiamentos – Aumentando, assim, as Despesas Financeiras. Note que é necessário que a empresa alimente o seu giro, uma vez que há muito estoque e o recebimento de Duplicatas tornou-se lento.

Ao contrário do que ocorre com muitas empresas, não forma os investimentos em Ativo Fixo que provocaram a queda da rentabilidade. Também não adiantariam, neste caso, demissões de funcionários, sejam eles de produção ou administrativos.

Assim, parece-nos que a empresa está com seu mercado saturado, não tendo dado resultado todos os seus esforços de vendas. O ideal talvez fosse voltar ao nível de vendas de X1, reduzindo a propaganda, o estoque e as duplicatas a receber àquele nível.

EXERCÍCIO

Considerando-se que o quociente de rotação de estoques é de 10,5 e a rentabilidade líquida do capital investido em estoques (lucro líquido sobre vendas/custo da mercadoria vendida) é de 12%, pode-se afirmar que o rendimento do capital aplicado em estoque é de:

a) 1,14%; b) 0,875%; c) 126%; d) 22,5%; ou 1,5%?

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EXERCÍCIO

Faça a Análise da Taxa de Retorno sobre Investimentos da cia Laranjeiras S/A.

BALANÇO PATRIMONIAL"Cia Laranjeiras"

           ATIVO 31-12-de   PASSIVO 31-12- de

20x3 20x2 20x1   20x3 20x2 20x1Circulante         Circulante       Disponível 510 450 380   Fornecedores 200 400 500 Duplicatas a         Empréstimos       Receber 1.328 910 545   Bancários 900 1.000 1.100(-) Prov. Dev. Duvid. (39) (20) (15)   Res. 295 700 0 0 Estoques 1.221 800 540          Total do Circulante 3.020 2.140 1.450   Total do Circulante 2.100 1.350 1.050                 Permanente         Exigível L. Prazo       Investimentos         Financiamentos 1.070 1.240 1.250 Ações de Outras Cias 150 100 100                            Imobilizado 1.500 1.800 2.300   Patrimônio Líquido       Maq. e Equipamentos 2.800 2.575 2.500   Capital Social 1.850 1.350 1.350 Móveis e Utensílios 950 650 300   (-) Capit. a Realiz. (500) 0 0 Ferram. e Instrumentos 675 400 200     1.350 1.350 1.350 (-) Deprec. Acumulada (1025) (625) (300)   Reserva Legal 133 85 40Total do Imobilizado 3.400 3.000 2.700   Lucros Acumulados 1.975 1.215 560Total do Permanente 3.550 3.100 2.800   Total do Patr. Líquido 3.400 2.650 1.950                 

Total do Ativo 6.570 5.240 4.250   Total do Passivo 6.570 5.240 4.250

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO                 20x3 20x2 20x1Receita Líquida     3.250 2.900 2.500(-) Custo das Mercadorias Vendidas (1.190) (1.050) (950)(=) Lucro Bruto     2.060 1.850 1.550(-) Despesas Operacionais         Administrativas   (190) (170) (150) Comerciais     (340) (310) (200) Financeiras   (500) (400) (335)Total das Despesas   (1.030) (880) (685)(=) Lucro Operacional   1.030 970 865(-) Despesas Não Operacionais (80) (70) (65)(=) Lucro Líquido   950 900 800

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PREVISÃO DE FALÊNCIA

Na década de sessenta, nos Estados Unidos, foram desenvolvidos e publicados vários estudos sobre a capacidade preditiva dos índices de balanços, em relação à insolvência das empresas. No Brasil, o Prof. Stephen C. Kanitz desenvolveu um modelo muito interessante de como prever falências, por meio de tratamento estatístico de índices financeiros de algumas empresas que realmente faliram.

O modelo consiste, em primeiro lugar, em encontrar o Fator de Insolvência da empresa. A fórmula é a seguinte:

LLX1 = --------------- x 0,05

PL

AC + RLPX2 = ------------------ x 1,65

PC + ELP

AC - EX3 = ----------------- x 3,55

PC

ACX4 = ---------------- x 1,06

PC

PC + ELPX5 = ---------------- x 0,33

PL

Fator de Insolvência = X1 + X2 + X3 – X4 – X5

Se a soma resultar num valor entre:

0 e 7 = Solvência

0 e –3 = Penumbra

–3 e –7 = Insolvência

Exemplo: A “Cia Suspeita Ltda” apresenta os seguintes índices:

X1 = –0,20 –0,20 x 0,05 = –0,010X2 = 0,50 0,50 x 1,65 = 0,825X3 = 0,10 0,10 x 3,55 = 0,355X4 = 2,60 2,60 x 1,06 = 2,756X5 = 2,60 2,60 x 0,33 = 0,858

FI = –0,010 + 0,825 + 0,355 – 2,756 – 0,858

FI = –2,444 (penumbra)

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EXERCÍCIO

Calcular o Fator de Insolvência da “Cia X”, para os anos X1, X2 e X3.

BALANÇO PATRIMONIAL         

ATIVO 31-12-de   PASSIVO 31-12- de20x3 20x2 20x1   20x3 20x2 20x1

Circulante         Circulante       Disponível 510 450 380   Fornecedores 200 400 500 Duplicatas a         Empréstimos       Receber 1.328 910 545   Bancários 900 1.000 1.100(-) Prov. Dev. Duvid. (39) (20) (15)   Res. 295 700 0 0 Estoques 1.221 800 540          Total do Circulante 3.020 2.140 1.450   Total do Circulante 2.100 1.350 1.050                 Permanente         Exigível L. Prazo       Investimentos         Financiamentos 1.070 1.240 1.250 Ações de Outras Cias 150 100 100                            Imobilizado 1.500 1.800 2.300   Patrimônio Líquido       Maq. e Equipamentos 2.800 2.575 2.500   Capital Social 1.850 1.350 1.350 Móveis e Utensílios 950 650 300   (-) Capit. a Realiz. (500) 0 0 Ferram. e Instrumentos 675 400 200     1.350 1.350 1.350 (-) Deprec. Acumulada (1025) (625) (300)   Reserva Legal 133 85 40Total do Imobilizado 3.400 3.000 2.700   Lucros Acumulados 1.975 1.215 560Total do Permanente 3.550 3.100 2.800   Total do Patr. Líquido 3.400 2.650 1.950                 

Total do Ativo 6.570 5.240 4.250   Total do Passivo 6.570 5.240 4.250

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO                 20x3 20x2 20x1Receita Líquida     3.250 2.900 2.500(-) Custo das Mercadorias Vendidas (1.190) (1.050) (950)(=) Lucro Bruto     2.060 1.850 1.550(-) Despesas Operacionais         Administrativas   (190) (170) (150) Comerciais     (340) (310) (200) Financeiras   (500) (400) (335)Total das Despesas   (1.030) (880) (685)(=) Lucro Operacional   1.030 970 865(-) Despesas Não Operacionais (80) (70) (65)(=) Lucro Líquido   950 900 800

Cia X

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FATOR DE INSOLVÊNCIA

T E R M Ô M E T R O X3 X2 X1

X1 = LL / PL x 0,05

X2 = AC+RLP / PC+ELP x 1,65

X3 = AC – EST. / PC x 3,55

( - ) X4 = AC / PC x 1,06

( - ) X5 = ET / PL x 0,33

FI = X1 + X2 + X3 - X4 - X5

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BIBLIOGRAFIA

BRIGHAM, E.F. Fundamentos da Moderna Administração Financeira. Ed. Campus, 2000.

CREPALDI, S. A. Contabilidade Gerencial. Ed. Atlas. São Paulo, 2002.

HERRMAN JR. F. Análise de Balanços para a Administração Financeira. Ed. Atlas, 2004.

IUDÍCIBUS, S. Contabilidade Gerencial. Ed. Atlas. São Paulo, 1998.

MARION, J.C. Análise das Demonstrações Contábeis, Ed. Atlas, 2002.

MARION, J.C. Contabilidade Empresarial, Ed. Atlas, 2002.

MATARAZZO. D. C. Análise Financeira de Balanços. Ed. Atlas. 2003

NÉLIO, D.P. Introdução à Contabilidade Gerencial. Ed. Makron Books. São Paulo, 2002.

OLIVEIRA, Luís Martins de. Controladoria. Ed. Futura, São Paulo, 1998.

Parabéns! Mais uma etapa vencida.

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