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Faculdade de Ciências Farmacêuticas
FBC 0522 – Fisiologia do Sistema Hematopoético
Plaquetopenia
Débora Cardoso Rodrigues
Elaine Cabral Serrão
Francisco Guilherme Rezende Gaia
Isabela Oliveira Alvarenga Pinto
Juçara Guiçardi Vercelino
Juliana Gallottini de Magalhães
Kamilla Fernandes Villa
Marco Antonio Mizoguchi Junior
Nathalia Inouye
Raquel Cardoso Laconca
Plaquetas Corpúsculos anucleados derivados de
megacariócitos; Responsáveis por promover a coagulação do
sangue e a reparação de vasos sanguíneos; Valores normais: 150000-450000/µL; Possuem hialômero, cromômero (grânulos) e
sistema canalicular aberto; Microtúbulos, feixes de actina e miosina
mantêm a forma da plaqueta e possibilitam a formação de filopódios e contração;
Granulômero: grânulos delimitados por membrana, armazenam diferentes substâncias.
Plaquetopoese Origem na medula óssea vermelha,
fragmentação do citoplasma de megacariócitos;
Célula tronco origina célula mielóide multipotente, que se diferencia em célula formadora do megacariócito;
Em seguida, essa célula dá origem ao megacarioblasto, que possui núcleo grande e com diversos nucléolos;
O megacarioblasto se diferencia em megacariócito, que possui grânulos contendo fatores de crescimento e outras substâncias que agem na coagulação.
Plaquetopoese GM-CSF, IL-3 e IL-11 recrutam células
precursoras de megacarioblastos, presentes na medula;
IL-6, IL-7 e trombopoetina também são fatores importantes na formação de megacariócitos;
A trombopoetina (Tpo) é produzida no fígado, rins e músculo esquelético. Estimula a proliferação e diferenciação de progenitores de megacariócitos;
A Tpo também promove a diferenciação de megacariócitos imaturos. Porém, não age em células maduras durante a formação de plaquetas
Plaquetopenias ( < 150.000 plaquetas/uL de sangue) Diminuição do número de plaquetas Sinais gerais: hemorragia cutânea, lesões
púrpuras, sangramento gengival, sangue nas fezes ou na urina e períodos menstruais anormais;
Em casos graves, pode haver hemorragias internas espontâneas;
Diagnóstico: contagem de plaquetas (hemograma) ou aspiração da medula óssea.
Causas1. Menor produção de plaquetasa. Doença generalizada da medula óssea i. Aplasia (congênita ou adquirida) ii. Doença invasiva (leucemia, carcinoma, infecção disseminada) iii. Estados deficientes (deficiência de folato ou vit. B12)b. Doenças que afetam os megacariócitos i. Congênitas· Deficiência de trombopoetina· Megacariócitos reduzidos ou ausentes (associado a outros defeitos congênitos) ii. Adquiridas· Infecção· Medicamentos (drogas citotóxicas, cloranfenicol, tiazidas)
Causas2. Maior destruição de plaquetasa. Imunogênica i. Auto-imune (PTI) ii. Iso-imune: neonatal e pós-transfusão iii. Associada a medicamentosb. Infecçãoc. Outros medicamentos (álcool, ouro)d. Maior utilização (coagulação intravascular disseminada)e. Lesão mecânica i. Válvulas cardíacas protéticas ii. Púrpura trombocitopênica trombótica iii. Síndrome hemolítico-urêmica3. Seqüestro de plaquetas: síndrome do baço grande4. Diluição de plaquetas: transfusões maciças
Diagnóstico
1. Exame físico
• Avaliar presença de febre
• A extensão das lesões por púrpura presentes na pele e mucosas
• Tamanho do baço
2. Testes laboratoriais
• Contagem sanguínea
• Exame de medula
Análise de um hemograma
Tratamento
CAUSAS DE TROMBOCITOPENIA
1. Mielossupressão generalizada
2. Distribuição anormal das plaquetas
3. Destruição aumentada das plaquetas
4. Perda dilucional
COMPARTIMENTOS PLAQUETÁRIOS
Wintrobe Hematology, 1998.
1- FALÊNCIA DA PRODUÇÃO DE PLAQUETAS
1.1- Mielossupressão generalizadaLeucemia; mielodisplasia; anemia aplástica; infecção com o vírus da imunodeficiência adquirida (HIV); mielofibrose; uremia; mieloma múltiplo; infiltração da medula óssea (p.ex., carcinoma, linfoma)
1.2- Depressão megacariocítica seletivaDrogas; álcool; químicos; infecções virais
1.3 - Trombocitopenias hereditáriasSíndrome de May-Hegglin, de Wiskott-Aldrich, Bernard Soulier
1.4- Trombopoese ineficazAnemia megaloblástica
Fonte: Fundamentos de Hematologia, 2004.
2- DISTRIBUIÇÃO ANORMAL DAS PLAQUETAS
2.1- Distúrbios do baçoNeoplásicos (linfomas, leucemia crônica, etc)
Congestivos (hipertensão da veia porta, anomalias vasculares)
Infiltrativos (doença de Gaucher, doença de Niemann-Pick, outras)
Infecciosas (sífilis, kalazar, tuberculose miliar)
3- PERDA DILUCIONAL
3.1 - Transfusão maciça de sangue estocado
4- DESTRUIÇÃO AUMENTADA DAS PLAQUETAS
4.1- ImunólogicaAloanticopos: incompatibilidades neonatal e pós-transfusão
Auto-anticopos- primária
Auto-anticorpos secundária (p.ex., Lúpus eritematoso sistêmico; leucemia linfocítica; pós-infecção pelo HIV, outros vírus, bactérias, micóticas, etc)
Pós-transplante de células-tronco
4.2- Devido ao uso de drogas4.2.1 - Produzem supressão generalizada na medula óssea
4.2.2 - Suprimem os megacariócitos seletivamente
4.2.3 - Danificam as plaquetas diretamente
4.2.4 - Provocam formação de anticorpos anti-plaquetas
4.25 - Mecanismo desconhecido
Drogas que produzem supressão generalizada na medula óssea (MO)
1- Agentes que REGULARMENTE provocam hipoplasia da MO se for dada uma dose suficiente:
Benzeno e seus derivados Radiação ionizante Mostarda súlfurica ou nitrogenada e côngeneres (bussulfan,
ciclofosfamida, etc) Antimetabólitos (compostos antifolato, análogos das purinas ou
pirimidina, tal como 6-mercaptopurina, tioguanina, citosina arabinosídeo
Agentes antimitóticos (colchicina, alcalóides do caramujo) Certos antibióticos (daunorubicina, adriamicina) Outros agente tóxicos (arsênico inorgânico, diclorovinilcisteína)
Wintrobe –Hematology, 1998
Drogas que produzem supressão generalizada na medula óssea (MO)
2- Drogas que foram OCASIONALMENTE associados à hipoplasia da MO:
Cloranfenicol, Arsênicos orgânicos Metilfenilhidantoína Fenilbutazona Compostos de ouro
Wintrobe Hematology, 1998
Drogas que suprimem os megacariócitos seletivamente
Clorotiazidas Etanol Tolbutamida
Drogas que danificam diretamente as plaquetas
Ristocetina Sulfato de protamina Bleomicina
Wintrobe Hematology, 1998
Drogas que podem provocar a formação de anticorpos plaquetários
Acetominofem Allil isopropilcarbamida (Sedormid) e congêneres Cefalotina Diazepam Definilidantoína Sais de ouro Heparina Metilcilina sulfisoxazole Metildopa Novobiocina Ácido p-amino salícilico Pencilina Quinidina Quinina Rifampicina Estibofem
Wintrobe Hematology, 1998
DROGAS CUJO MECANISMO DE AÇÃO É DESCONHECIDO
Wintrobe Hematology, 1998
Fonte: Hofbrand e cols, Fundamentos de Hematologia, 2004.
Fonte: Fundamentos de Hematologia, 2004.
2- DISTRIBUIÇÃO ANORMAL DAS PLAQUETAS
2.1- Distúrbios do baçoNeoplásicos (linfomas, leucemia crônica, etc)
Congestivos (hipertensão da veia porta, anomalias vasculares)
Infiltrativos (doença de Gaucher, doença de Niemann-Pick, outras)
Infecciosas (sífilis, kalazar, tuberculose miliar)
Drogas que produzem supressão generalizada na medula óssea (MO)
1- Agentes que REGULARMENTE provocam hipoplasia da MO se for dada uma dose suficiente:
Benzeno e seus derivados Radiação ionizante Mostarda súlfurica ou nitrogenada e côngeneres (bussulfan,
ciclofosfamida, etc) Antimetabólitos (compostos antifolato, análogos das purinas ou
pirimidina, tal como 6-mercaptopurina, tioguanina, citosina arabinosídeo
Agentes antimitóticos (colchicina, alcalóides do caramujo) Certos antibióticos (daunorubicina, adriamicina) Outros agente tóxicos (arsênico inorgânico, diclorovinilcisteína)
Wintrobe –Hematology, 1998
Drogas que produzem supressão generalizada na medula óssea (MO)
2- Drogas que foram OCASIONALMENTE associados à hipoplasia da MO:
Cloranfenicol, Arsênicos orgânicos Metilfenilhidantoína Fenilbutazona Compostos de ouro
Wintrobe Hematology, 1998
Drogas que suprimem os megacariócitos seletivamente
Clorotiazidas Etanol Tolbutamida
Drogas que danificam diretamente as plaquetas
Ristocetina Sulfato de protamina Bleomicina
Wintrobe Hematology, 1998
Drogas que podem provocar a formação de anticorpos plaquetários
Acetominofem Allil isopropilcarbamida (Sedormid) e congêneres Cefalotina Diazepam Definilidantoína Sais de ouro Heparina Metilcilina sulfisoxazole Metildopa Novobiocina Ácido p-amino salícilico Pencilina Quinidina Quinina Rifampicina Estibofem
Wintrobe Hematology, 1998
DROGAS CUJO MECANISMO DE AÇÃO É DESCONHECIDO
Wintrobe Hematology, 1998