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Faculdade Cásper Líbero Mestrado em Comunicação Pós-Graduação Lato Sensu Biblioteca “José Geraldo Vieira” MANUAL DE METODOLOGIA DE PESQUISA PRODUÇÃO E FORMATAÇÃO DO TRABALHO ACADÊMICO São Paulo, 2010

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Faculdade Cásper Líbero

Mestrado em Comunicação

Pós-Graduação Lato Sensu

Biblioteca “José Geraldo Vieira”

MANUAL DE METODOLOGIA DE PESQUISA

PRODUÇÃO E FORMATAÇÃO DO TRABALHO ACADÊMICO

São Paulo, 2010

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Apresentação

O objetivo deste manual é oferecer ao aluno de pós-graduação lato sensu ou de

Mestrado os subsídios necessários para a elaboração de um trabalho acadêmico. Ele está

dividido em duas partes. A primeira trata da produção do projeto, contemplando o

desenvolvimento de cada um dos ítens. A segunda está focalizada na formatação do

trabalho segundo as regras da ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas.

Este é um trabalho coletivo: a primeira parte foi escrita no âmbito da disciplina

Metodologia de Pesquisa, ministrada por Luís Mauro Sá Martino no Mestrado, contando

com sugestões e discussões dos alunos, além dos comentários e ideias dos colegas

professores. A segunda é um trabalho realizado pela equipe da Biblioteca “José Geraldo

Vieira”, da FaculdadeCásper Líbero.

Espera-se, com este manual, permitir um maior dinamismo na produção acadêmica – é um texto de consulta, com a única pretensão e finalidade de facilitar a vida do pesquisador.

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PARTE I – A PRODUÇÃO DO TEXTO ACADÊMICO 01. Delimitação do Assunto da Pesquisa 02. Objetivo 03. O objeto de pesquisa 04. Método 05. Justificativa 06. Referencial teórico 07. Resumo & Palavras-Chave 08. Citações e Referências 09. Como elaborar uma resenha Anexo: Modelo rápido para projeto de pesquisa PARTE II – FORMATAÇÃO DO TEXTO ACADÊMICO

1. REGRAS GERAIS PARA A APRESENTAÇÃO 1.1 Formato 1.2 Espacejamento 1.3 Paginação 1.4 Indicativo de seção 1.5 Siglas 1.6 Ilustrações 1.7 Tabelas 1.8 Equações e fórmulas

2. ELEMENTOS DO TRABALHO ACADÊMICO

3. ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS 3.1 Capa 3.2 Lombada 3.3 Folha de rosto 3.4 Errata 3.5 Folha de aprovação 3.6 Dedicatória 3.7 Agradecimentos 3.8 Epígrafe 3.9 Resumo na língua vernácula 3.10 Lista de ilustrações 3.11 Lista de tabelas 3.12 Lista de abreviaturas ou siglas 3.13 Lista de símbolos 3.14 Sumário

4. ELEMENTOS TEXTUAIS 4.1 Citações

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4.1.1 Citação com até 3 linhas 4.1.2 Citação com mais de 3 linhas 4.1.3 Citação direta 4.1.4 Citação indireta 4.1.5 Citação da citação 4.1.6 Omissões e acréscimos em citações 4.1.7 Grifo nosso ou grifo do autor 4.1.8 Citação de autores com o mesmo sobrenome 4.1.9 Citação de várias obras de um mesmo autor 4.1.10 Citação indireta de vários autores simultaneamente 4.1.11 Citação de informação verbal 4.1.12 Citação de trecho traduzido 4.1.13 Emprego de aspas simples na citação 4.2 Sistema de chamada para as citações 4.2.1 Sistema numérico 4.2.2 Sistema autor-data 4.3 Notas de rodapé 4.3.1 Notas de referência 4.3.2 Notas explicativas

5ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS 5.1 Referências

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PARTE I – A PRODUÇÃO DO TEXTO ACADÊMICO

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CAPÍTULO 1. DELIMITAÇÃO DO ASSUNTO DA PESQUISA

Há vários fatores que levam alguém a fazer uma pesquisa. A vontade de estudar, a

necessidade de um título acadêmico mais alto, recomendação de amigos, pressão das

empresas. Na prática, o caminho é um só – escolher um curso, voltar para a universidade,

entrar em contato novamente com o mundo acadêmico.

Nesse contato há um elemento que nem sempre foi contemplado na graduação: a

elaboração de uma pesquisa, seja a monografia no lato sensu ou a dissertação de

mestrado. Nos dois casos o processo é semelhante: escolhe-se um tema, discute-se com o

orientador, define-se o objeto. Há vários momentos de leitura, escrita e diálogo até o

texto ficar pronto.

No entanto, muitas vezes o primeiro contato com o trabalho acadêmico pode gerar

dúvidas – na pior das hipóteses, pânico – e, apesar da ajuda do orientador, algumas

decisões precisam ser tomadas por quem faz um trabalho acadêmico. A primeira delas,

talvez, seja a escolha do tema, e portanto vale pensar em algumas possibilidades de

trabalho – afinal, é o tema com o qual vai se lidar por um bom tempo: seis meses no caso

do lato, dois anos em um mestrado, quatro em um doutorado.

De certa maneira, fazer um projeto de pesquisa significa, em última análise,

endereçar uma grande pergunta à realidade. No projeto, seja no lato ou no mestrado,

temos que formatar essa pergunta, chegar até ela a partir de outras. Aprender a perguntar,

já nos lembra o filósofo alemão Martin Heidegger, é um dos caminhos para encontrar a

resposta de qualquer questão.

(a) Afinidade com o tema

Gostar do tema de pesquisa é um primeiro e importante passo. Fazer um

brainstorm, anotando em uma folha todos os temas de interesse, pode ajudar a mapear os

assuntos e temas dos quais se gosta, permitindo que se visualize com mais clareza as

possibilidades. Eventualmente, esse tipo de mapa escrito ajuda a juntar alguns temas em

um só, permitindo um maior desenvolvimento das idéias.

Nem todos os temas com os quais lidamos podem se tornar atraentes projetos de

pesquisa. Às vezes há uma variedade imensa de possibilidades dentre os assuntos que nos

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interessam, e é preciso usar outros critérios para escolher entre eles. Sem dúvida esses

critérios são tanto práticos quanto pessoais, e por isso vale a pena levar em consideração

algumas outras questões.

(b) Familiaridade com o tema

Nem sempre uma tema do qual gostamos nos é familiar. A afinidade com o tema

não significa necessariamente que se tem as condições de lidar com ele de maneira

acadêmica, o que requer um conhecimento mais aprofundado. Posso gostar de música,

por exemplo, mas não ter nenhum outro contato com o tema exceto aquele do fã. Nada

impede que se venha a estudar música, mas, dadas as limitações de tempo que um

trabalho de pós-graduação tem em qualquer nível, é o caso de pensar com calma se vale a

pena mesmo investir tempo e dedicação para lidar com algo completamente novo.

(c) Repertório cognitivo e conceitual

Este ítem de alguma maneira complementa o anterior, mas em outro sentido.

O estudo da Comunicação muitas vezes se socorre do repertório teórico da

Sociologia, da Psicologia e da Filosofia, para mencionar apenas três exemplos. Alguns

assuntos exigem conhecimentos mais aprofundados em alguma dessas áreas. É

necessário, nesse momento, um pouco de cuidado para pensar até que ponto somos

capazes de lidar com as bibliografias de cada assunto dentro da área de Comunicação.

Certamente não se espera do aluno de lato ou mesmo do strictu senso que ele

domine completamente seu tema de pesquisa quando entra no curso; a rigor, ele está lá

justamente para aprender/pesquisar e seria talvez contraditório esperar que um estudante

tivesse tudo pronto em um projeto de pesquisa que ainda será realizado.

A construção do repertório conceitual é um processo que ultrapassa as fronteiras

de uma pós-graduação, e está ligada à trajetória de vida de todos os alunos. É exatamente

isso, no entanto, que leva a pensar nas possibilidades de trabalhar com um tema.

Às vezes um tema é simplesmente mais difícil do que nossa capacidade de

compreendê-lo. Nada de errado nisso – ninguém tem obrigação de dominar todas as

bibliografias. Mas é importante ter isso em mente na hora de escolher um projeto. Se vou,

por exemplo, estudar a transformação de uma obra literária em telenovela mas estudei

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jornalismo impresso a vida toda e mal faço idéia do que se estudou sobre novelas, é

preciso ver se vale a pena começar do zero ou usar um tema com o qual já lido.

(d) Proximidade / Distanciamento

Essa questão já fez correr rios de tinta, e o pensamento corrente durante um bom

tempo era que fazer um trabalho acadêmico exige distanciamento total entre pesquisador

e tema pesquisado. Certamente esse distanciamente é desejável na medida em que faz

parte da construção de um “olhar crítico” saber ver o objeto de pesquisa sob outras lentes

que não as nossas usuais. No entanto, mais recentemente, outros autores vêm mostrando

que essa questão parece independer do relacionamento entre pesquisador e objeto.

Se há um elemento subjetivo, e sempre há um elemento subjetivo na pesquisa,

isso se manifesta de qualquer modo, tenhamos ou não familiaridade com um objeto. O

distanciamento não pode ser equiparado à indiferença pelo objeto, e, por conta disso, uma

relação afetiva é necessária.

Pesquisar o que se faz, o que se pensa ou mesmo aspectos próximos do cotidiano

não é sinônimo de falta de distanciamento; a postura do pesquisador a respeito do tema,

neste caso, parece ser mais importante do que o tema em si.

Há algum tempo, no campo da Sociologia da Religião, apareceu um debate

semelhante, do qual a área de Comunicação pode aprender algumas lições. Um renomado

sociólogo, baseando-se em Bourdieu, questionou se religiosos de qualquer denominação

podem fazer Sociologia da Religião, uma vez que isso não lhes daria o distanciamento

necessário por conta de seu envolvimento. A resposta de outro sociólogo foi justamente

questionar se alguém não-religioso teria mais desenvoltura para falar, uma vez que estava

igualmente envolvido com o tema, só que de forma negativa.

(e) Como o tema me interroga?

Se, como vimos, a filosofia nasce do espanto, é possível perguntar em que o tema

nos chama a atenção.

Às vezes um tema é atraente, interessante, gostamos dele e já sabemos o

suficiente para iniciar um estudo sistemático. O único entrave é que não parece haver

nenhum aspecto do tema relevante o suficiente para se tornar um problema de pesquisa.

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Às vezes simplesmente não há mesmo, ou, pelo menos, não conseguimos vê-lo.

A delimitação de um tema, nesse caso, passa justamente por um exercício de

auto-análise em relação ao assunto: o que chamou minha atenção nele? Quais aspectos

parecem colocar questões? O que há, nesse tema, que possa virar um objeto de pesquisa?

Quais são os elementos mais relevantes? Se não é possível responder a nenhuma dessas

perguntas, talvez o assunto não cause reflexão o bastante no pesquisador e não possa ser

transformado em um objeto de pesquisa.

(f) O que posso interrogar sobre o tema?

Se no item anterior procuramos ver em que o objeto nos chama a atenção, neste o

trabalho vai de dentro para fora: o que o tema tem de especial que pode atrair a atenção

dos outros? Quais são as dúvidas que o tema provoca em relação ao contexto onde está?

Quais são as perguntas que posso fazer a ele? Em termos práticos e objetivos, o que esse

tema tem de interessante e factível? Afinal, nem sempre um tema que desperta nosso

interesse pode, de fato, ser estudado – ou por ser grande demais, ou por estar muito

distante dos nossos saberes.

Interrogar o tema significa ter uma postura ativa, procurando ver os problemas, as

questões e ideias que podem derivar dele. Como ele se insere no conjunto da sociedade?

Quais são seus aspectos principais? Quais conflitos, problemas e ambiguidades ele

apresenta? Interrogar o tema significa ultrapassar a interrogação que ele nos faz e

observar, com olhar crítico, suas principais características.

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CAPÍTULO 02. OBJETIVO

Em linhas gerais, o objetivo de qualquer pesquisa é saber algo novo a respeito de

alguma coisa. Isso não significa necessariamente uma descoberta genial: às vezes, um

trabalho de organização bibliográfica sobre um assunto é mais relevante do que uma

investigação sobre alguma novidade que não traga algo de interessante. Cada projeto de

pesquisa tem um objetivo em particular, isto é, vai investigar um pedaço da realidade

para saber mais sobre ele. Portanto, o objetivo de uma pesquisa é a pergunta que essa

pesquisa vai responder. Depois de pronta, qual é o conhecimento novo que seu trabalho

vai trazer? Quando um leitor acabar de ler sua dissertação de mestrado ou monografia de

pós-graduação, o que ele vai saber que não sabia antes? No objetivo do trabalho, o

pesquisador precisa explicar o que ele quer saber com a pesquisa.

Em geral, um bom objetivo se caracteriza pela brevidade e pela clareza. A

experiência mostra que um bom objetivo é aquele que pode ser resumido em uma frase –

“estou estudando blogs feitos por pessoas com mais de 70 anos” ou “estou estudando o

impacto do patrocínio de shows de rock no posicionamento de uma marca”. Se o objetivo

requer muitas explicações anteriores é porque algum elemento merece ser revisto.

Não se trata de um elogio ao simplismo, mas de buscar a clareza no pensamento.

Certamente essa pergunta de pesquisa vai se desdobrar em muitas outras, mas ter uma

definição clara e direta forma uma espécie de referência que se deve ter em mente

durante a elaboração da pesquisa – o objetivo é como um marco ou uma âncora que

orienta o pesquisador, evitando que ele se perca na discussão de assuntos que não estão

ligados ao objetivo. Em outras palavras, é o eixo estruturante do trabalho, a partir do qual

são definidos o objeto e o método da pesquisa.

Aliás, vale sublinhar aqui algo que será repetido em outros momentos: objetivo,

objeto e método estão interligados. A divisão que se faz é apenas didática.

Não é possível existir uma incongruência entre esses três elementos, sob pena de

implodir a pesquisa. Se meu objetivo é saber “a opinião de um grupo de estudantes sobre

o caderno de esportes de um jornal X”, meu objeto não pode ser outro senão a opinião

desse grupo de estudantes e o método será um exame dessa opinião. Entrevistar o dono

do jornal, por mais interessante que seja, não está no objetivo, e portanto é questionável

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se se deve perder tempo com isso. (Qual seria o sentido de ter como objetivo conhecer a

opinião dos leitores entrevistando o proprietário?)

Alguns autores dividem os objetivos entre gerais e específicos, teóricos e

práticos. José Arthur Gonçalves (2008), por exemplo, menciona essa divisão explicando

que os objetivos gerais seriam os de “longo alcance”, pensando nas contribuições gerais

que o projeto pode dar. Os específicos estariam relacionados com o alcance do projeto

propriamente dito. Os objetivos teóricos se refeririam à possibilidade de aplicação de um

certo referencial conceitual, enquanto os práticos seriam os resultados concretos que se

espera alcançar. No entanto, vale dizer que essa divisão não é obrigatória e muitos

projetos podem ser feitos sem ela.

O que é fundamental, no entanto, é ter claro que o objetivo, para qualquer

avaliação, é uma espécie de declaração de intenções do autor do trabalho; definir

objetivos realistas, que possam ser alcançados no prazo de elaboração do trabalho é algo

fundamental – e, não custa nada lembrar, os resultados precisam estar relacionados com

os objetivos: se meu objetivo é “examinar a leitura de sites de notícias por jovens de 18 a

21 anos”, não posso apresentar como resultado uma pesquisa bibliográfica sobre “o que é

um site de notícia”.

Além disso, é bom ter em mente que quanto mais delimitado um objetivo, melhor

– em geral, objetivos amplos revelam-se impossíveis de serem realizados.

Um objetivo como “mostrar o processo de seleção de notícias na internet”

certamente demandaria vários anos de trabalho até que o autor desistisse, por morte ou

exaustão. A solução é, desde o início, deixar o objetivo mais modesto: “mostrar o

processo de seleção de notícias nos sites X e Y no período…”. O primeiro exemplo pode

ser um bom tema, mas apenas o segundo é um objetivo.

As regras para escolher o objetivo são praticamente as mesmas usadas para a

delimitação do assunto. Há, no entanto, um elemento novo que já faz a transição para os

próximos itens: conseguir cumprir o objetivo depende das possibilidades de se encontrar

e trabalhar o objeto a partir de uma metodologia.

Isso significa que, às vezes, um objetivo claro e bem formulado pode ser

completamente invalidado se, por exemplo, o objeto de pesquisa não estiver disponível

ou for estudado a partir de uma metodologia errada.

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Na prática de pesquisa, a relação entre objetivo, objeto e método é geralmente

circular – cada um deles altera o outro de maneira dinâmica durante o trabalho. Longe de

ser um problema, isso é uma característica de qualquer trabalho que pretenda lidar com

uma realidade em constante transformação.

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CAPÍTULO 3. O OBJETO DE PESQUISA

O chamado “objeto” de uma pesquisa é o material que vai ser estudado. É aquilo

que será de fato examinado concretamente para, a partir daí, se chegar aos objetivos da

pesquisa. Aliás, é bom dizer desde o início, e mais uma vez, que objetivo e objeto estão

diretamente ligados, e o objeto da pesquisa precisa ser coerente com os objetivos – se,

por exemplo, meu objetivo é saber a opinião de um determinado grupo de pesssoas a

respeito de uma telenovela, meu objeto necessariamente será a opinião dessas pessoas,

obtida a partir de entrevistas, emails, questionários, seja como for. Não adianta, nesse

exemplo, gastar tempo pesquisando a fundo a história da telenovela, entrevistando a

produção da emissora de TV ou adotando outro procedimento que não esteja diretamente

ligado à opinião das pessoas.

A escolha do objeto pode acontecer em vários momentos da pesquisa – por

exemplo, alguém pode, logo de saída, ter interesse em estudar histórias em quadrinhos do

Homem-Aranha, por exemplo. Em outros casos, a escolha do objeto acontece depois da

escolha do tema – tenho interesse em estudar “jornalismo na internet”, e só depois de

focalizar melhor o objetivo (digamos, “como vídeos são usados para complementar os

textos jornalísticos na internet”) posso definir meu objeto – no exemplo, notícias

publicadas nos sites jornalísticos X e Y que usem vídeos.

O objeto, em geral, costuma ser bastante limitado. Às vezes isso parece frustrante

para o pesquisador, que inicia seu trabalho de pesquisa lidando com um tema

aparentemente amplo e empolgante – “a representação da mulher nas revistas femininas”

– e termina, na prática, analisando seis ou sete exemplares de duas publicações. Esse

procedimento, no entanto, está ligada à própria definição do que é um trabalho

acadêmico: o objeto precisa ser estudado com o máximo rigor e profundidade possíveis.

Ao contrário de outros tipos de trabalho, uma dissertação ou monografia em geral

não é, digamos, “panorâmica”, cobrindo todos os aspectos de um tema; ao contrário,

focaliza em um único aspecto para poder tratá-lo com segurança. Por que isso? Porque,

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caso contrário, o aluno não conseguiria ter tempo hábil para fazer um exame detalhado do

objeto.

Imagine-se, por exemplo, que alguém fará um estudo da cobertura do

webjornalismo sobre determinado partido em um ano eleitoral. O objetivo é verificar

como é construída a imagem do partido. Um tema simples, um objetivo definido – trata-

se, agora, de escolher o objeto.

Quantos sites jornalísticos existem em atividade? Não é possível estudar todos,

sob pena de o estudo não ter fim. Quais os mais relevantes? O foco será apenas nos

grandes sites, ligados a empresas jornalísticas? Ou será a comparação entre um grande e

um alternativo? Essas perguntas ajudam a delimitar a área do objeto. Imagine-se que a

escolha recaiu em uma comparação entre um site de um grande jornal e o site jornalístico

de uma ONG. Mesmo assim o número de notícias seria enorme – basta pensar em

quantos textos são publicados a respeito de política em uma única semana.

É necessário fazer um segundo recorte, desta vez temporal. Um “ano eleitoral” é

um período de tempo muito longo para se acompanhar em detalhes. É preciso

circunscrever melhor a pesquisa, definindo quais dias desse ano serão analisados –

acompanhar os 365 é impossível. A escolha pode recair, hipoteticamente, em datas-

chave: o lançamento das candidaturas, o início do horário eleitoral na televisão, dois dias

antes da eleição, o dia, a divulgação dos resultados, a repercussão dois dias após. Com

isso, aquele universo de milhares de notícias possíveis se transformam em um conjunto

de, por exemplo, trinta ou quarenta textos – o objeto concreto, aquilo que ficará sobre a

mesa para ser estudado.

(a) Acesso ao objeto

Como você vai obter o material de estudos? Ele está disponível em algum local de

consulta pública? Ou pertence ao acervo privado de alguma pessoa ou instituição?

No primeiro caso, é possível ao pesquisador ter contato com o material? Está

fisicamente ao seu alcance? Um documento em uma universidade do Pará, mesmo sendo

público, talvez não esteja acessível para um pesquisador de Santa Catarina, por exemplo.

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Na segunda alternativa, é preciso levar em consideração que nem sempre é

possível contar com a boa vontade de empresas e instituições – emissoras de TV, por

exemplo, nem sempre liberam o acesso aos seus acervos de tapes ou mesmo à entrevistas

com seus funcionários, equipes de criação, autores, etc.

(b) Pessoas

Se seu objetivo é saber como acontece a recepção de um produto midiático ou

conhecer as condições de produção da mídia, isso pode envolver entrevistas com pessoas

– seu objeto será o que essas pessoas falarem. Isso também merece uma reflexão prévia:

haverá tempo hábil de fazer essas entrevistas? Afinal, trata-se de equilibrar duas agendas,

a do pesquisador e a dos entrevistados. E nem sempre os entrevistados estão interessados

em falar: posso, por exemplo, ter como objetivo saber como é a produção de um

telejornal a partir de entrevistas com produtores, repórteres e apresentadores e

simplesmente não conseguir que nenhum deles fale comigo.

No caso de entrevistas, se se vai começar do zero, é bom ter em mente que isso

demanda tempo e há sempre o risco de o entrevistado não falar. Não se trata de uma

entrevista jornalística, e a disposição em colaborar varia. Talvez seja o caso de avaliar

quanto tempo se tem para iniciar os contatos.

(c) Coisas

Se o objeto é uma coisa – digamos, notícias de jornal ou capítulos de uma

telenovela – o procedimento é outro, mas requer o mesmo rigor na seleção do material. O

objeto, como dito, está ligado diretamente ao que pretendo saber em meu objetivo. E

deve-se levar em consideração o tempo e as condições necessárias para se obter o

material. Para estudar um telejornal, por exemplo, é necessário gravá-lo diariamente – o

pesquisador terá tempo para isso? Do mesmo modo, se o objetivo implica lidar com

material em outras línguas, o pesquisador tem domínio desse idioma? Usar traduções

nem sempre é uma alternativa válida, conforme o que se pretende saber. No caso de uma

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pesquisa histórica, o material ainda existe? Está disponível para compra ou apenas em

bibliotecas? Há coleções completas disponíveis em algum lugar?

(d) Objeto dado e construído; contexto

Não é demais lembrar que nem todo objeto está explícito para o pesquisador. Em

alguns casos, é necessário literalmente isolar o objeto de estudo de seu contexto para se

chegar ao objetivo. A realidade, descontínua, multifatorial, polivalente, em geral não

apresenta objetos óbvios de estudo. É necessário ao pesquisador delimitar o que vai ser

estudado, qual é a parcela mínima dessa realidade que se converterá em seu objeto de

estudos. Não é possível, no espaço de uma monografia ou dissertação, dar conta de toda a

complexidade de um objeto, por mais insignificante que seja. O pesquisador precisa,

portanto, definir exatamente o que vai ser estudado – isso é o ato de construir o objeto.

Isso não significa, de modo algum, que não se vai levar em conta o contexto do

objeto. Tratar um determinado elemento como se fosse algo desconectado de toda a

realidade ao seu redor seria uma agressão lógica e conceitual. O equilíbrio entre o objeto

e o contexto é algo que se aprende na prática de pesquisa e no diálogo com o orientador,

de maneira a manter o objeto como figura em primeiro plano, deixando o contexto como

plano de fundo.

Isso é também uma questão de tempo. Em muitos trabalhos acadêmicos o

pesquisador gasta tanto tempo e esforço com informações contextuais detalhadas que

quando finalmente chega ao objeto não há mais tempo nem disposição para tratá-lo com

o rigor necessário. O contexto é importante na medida em que ajuda o leitor a

compreender o objeto, mas não pode tomar o lugar dele.

A escolha do objeto é um dos momentos cruciais na elaboração de uma pesquisa

acadêmica. Afinal, é a partir dele que se estrutura todo o restante do trabalho – um

objetivo claro leva a um objeto claro, que garante a força de qualquer texto acadêmico ou

científico.

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CAPÍTULO 04. MÉTODO

A definição da metodologia é um dos momentos mais criativos do trabalho

acadêmico, quando o pesquisador, junto com o orientador, escolhe a maneira como vai

estudar o objeto. Isso significa também que a metodologia não pode ser separada do

objeto – o que será estudado – nem do objetivo, o que é que se quer saber estudando o

objeto. Por que a metodologia é um momento criativo? Porque não existe uma fórmula

ou um método. Cada trabalho de investigação exige que métodos anteriores sejam

adaptados, refeitos, remodelados e modificados para dar conta de novos objetos. Não é

possível usar o mesmo método, digamos, para estudar um jornal impresso e um jornal na

web; a especificidade de cada um dos meios certamente traria dificuldades ao autor da

pesquisa. Nos trabalhos acadêmicos, é possível encontrar dois usos para a palavra

“metodologia”. O primeiro refere-se ao método como “maneira de estudar o objeto”.

Nesse caso, o método precisa ser definido de acordo com o que se quer saber. Em outras

palavras, o método é a maneira de interrogar o objeto para conseguir a resposta para a

pergunta do objetivo.

Por outro lado, o modo de obtenção do objeto já faz parte do método empregado:

se vou analisar a recepção de um grupo de pessoas sobre um programa de televisão e

decido fazer entrevistas, essa parte já pode ser considerada como “método”. Assim, é

possível entender também o método como o conjunto de procedimentos de pesquisa que

serão adotados para se chegar ao resultado proposto no objetivo.

Pensando no primeiro sentido da palavra, a pergunta a respeito do método

também acontece quando o pesquisador já conseguiu reunir todo o material que constitui

o objeto e se depara com uma questão das mais complexas: o que fazer com todo esse

material? A resposta é o “método” propriamente dito.

Existe uma pluralidade quase infinita de métodos, cada um elaborado de acordo

com as necessidades de uma área do saber. Mesmo dentro de uma área específica como a

Comunicação é possível encontrar vários métodos para se estudar o objeto. Isso depende

principalmente de dois fatores: qual é meu objeto e o que quero saber dele.

No primeiro caso, é fundamental que o método seja compatível com o objeto e

com o objetivo. Se quero saber como um determinado site jornalístico determina o que

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vai ser publicado e o que está fora da pauta, tenho pelo menos duas possibilidades de

objeto: a equipe de produção do site e as notícias publicadas. No primeiro caso, meu

método será fazer uma série de entrevistas com a equipe; no segundo, uma análise do

texto das notícias. É possível cruzar as duas? Possível é, recomendável não. O primeiro

motivo, já discutido em outros tópicos, é o tempo gasto para elaborar cada uma das partes

– não é possível dar conta de dois procedimentos diferentes no espaço de tempo de um

curso de pós-graduação ou mestrado. O segundo motivo é a respeito dos resultados: no

primeiro caso, o objeto é a fala dos produtores, e portanto o texto das notícias fica como

pano de fundo; no segundo, ao contrário, a opinião dos produtores não interessa na

medida em que o método usado vai classificar as notícias de acordo com critérios

definidos pelo pesquisador – o resultado obtido entre as pesquisas tende a ser diferente.

O método, portanto, depende do objeto e leva a resultados diversos conforme a

sua utilização. A escolha do método usado em cada pesquisa é fruto do diálogo entre

orientador e pesquisador, mas é possível ter uma idéia geral de alguns procedimentos

mais comuns.

(a) Métodos quantitativos X Métodos qualitativos

Em uma primeira distinção, pode-se notar uma diferença na interrogação: o

método quantitativo pergunta “como está uma situação”, permite uma descrição da

situação, enquanto o qualitativo dedica-se a questionar o “porquê” de alguma coisa, ao

estabelecimento dos valores – morais, sociais, éticos – existentes por trás de uma atitude

qualquer. Essa distinção é fundamental para o conhecimento da realidade de uma ou

outra perspectiva. Pode-se inferir o número de 60% dos eleitores de um partido X, e isso

nos mostra um cenário. Pode-se, também, falar com dez ou quinze eleitores típicos de um

partido e tentar entender o porquê de seu voto. Em um caso trata-se de retratar a

realidade, em outro, de interpretá-la.

1. O quantitativo: entre a certeza e o mecanicismo

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A “pesquisa de opinião” é provavelmente o tipo mais representativo da

modalidade quantitativa. Seu objetivo é saber, em um período curto de tempo, a opinião

de um grupo de pessoas a respeito de um assunto. Registra as linhas gerais de

pensamento e atitude frente a determinadas situações da realidade e encontra no volume

de respostas a força de sua argumentação. No método quantitativo o público é visto em

blocos separados por suas opiniões. São apontadas, por esse método, as tendências de

ação em uma escala macro, isto é, as grandes linhas de pensamento existentes, sem se

preocupar com a articulação de motivos. Pode-se dizer que o levantamento quantitativo

faz uma cartografia das principais opiniões. Assim como em um mapa-múndi, os detalhes

são deixados de lado em prol do resultado global.

O método quantitativo nasce da necessidade de se estabelecer variáveis numéricas

para as ações sociais e, dessa maneira, estabelecer alguns efeitos possíveis do número

dessas ações. A quantidade é um eixo fundamental para a distinção entre um fenômeno

social e um particular. É diferente se uma pessoa pede pizza às quintas-feiras à noite ou

duzentas mil pessoas demandam o mesmo produto no mesmo momento. Em seu

conhecido estudo sobre o suicídio, Émile Durkheim demonstra quantitativamente como

esse ato estritamente pessoal ganha uma conotação social por conta do número de

pessoas levadas a tirar a própria vida. Na escala de grandeza, o particular torna-se social a

partir de uma tênue fronteira entre a decisão aleatória e a esperada.

Ao mostrar as linhas mestras de conduta de uma sociedade, consigo explicar

algumas modalidades típicas de ação e mesmo ir mais além, estabelecendo alguns

parâmetros mais ou menos freqüentes de acontecimentos em série. Posso estabelecer, em

termos quantitativos, que ocorrem mil casamentos por ano em uma cidade do interior,

mas não é possível explicar o motivo de cada uma das duas mil pessoas procurarem trocar

alianças a cada ano. Essa deficiência do método quantitativo é compensada por indicar os

dados objetivos da realidade. Para o comércio local, tanto faz se os casamentos são

motivados pela beleza ou pela inteligência, contanto que seu número faça diferença na

economia.

Em um campanha eleitoral, por exemplo, interessa a princípio a votação total de

um candidato. Em segundo plano ficam as averiguações mais filigranadas, mas ainda

assim com o cruzamento de variáveis quantitativas – por exemplo, o número de votos x

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grupos de renda. Os estudos são direcionados para a separação da realidade em “fatias”

de público, de acordo com a opinião.

As pesquisas quantitativas são geralmente feitas a partir de uma amostra

representativa do todo a ser pesquisado. Em seguida, submete-se toda a amostra ao

mesmo tipo de perguntas – um questionário, com respostas espontâneas ou estimuladas –

e, para a conclusão, tabulam-se as respostas, separadas conforme a opinião expressa.

Certos manuais de pesquisa apontam como uma falha do método quantitativo ser,

de certo modo, mecanicista, entendendo o público como passível de ter reações

mecânicas. Sem dúvida há raízes comportamentalistas (behavior) neste método, mas sua

aplicação está condicionada a alguns momentos na dinâmica social. A análise

quantitativa se mostra necessária quando existir a necessidade de investigar as

características gerais de uma situação.

2. O qualitativo: a compreensão e os limites da interpretação

As análises qualitativas têm prestígio nas ciências humanas. O princípio

fundamental de oposição ao método qualitativo é de ordem filosófica. O ser humano não

pode ser medido e classificado como outros seres ou como os elementos da natureza.

Dotado de uma razão, encontra um sentido para suas atitudes e atribui um significado às

suas ações. Sua compreensão depende mais da interpretação e da compreensão de suas

razões do que propriamente da aferição deste ou daquele momento. A pesquisa

qualitativa, portanto, dispensa o critério da magnitude em favor da compreensão das

ações humanas. Menos precisa, mas ao mesmo tempo mais próxima da realidade humana

– seres humanos costumam ficar distantes da precisão matemática em suas ações.

Qualquer grau de previsibilidade existe em função de variáveis conhecidas. O problema é

essa última restrição: as variáveis “conhecidas” são sempre poucas diante do universo de

fatores responsáveis pela decisão de um ser humano.

Essa é uma das principais críticas enfrentadas pela análise qualitativa. Se com o

rigor dos métodos quantitativos são possíveis falhas, que se dirá do terreno incerto das

opiniões e dos discursos da análise qualitativa?

21

A princípio, a pesquisa qualitativa parece mais fácil de ser feita. Não implica

tabulações, cálculo de amostras por população, aplicação de centenas de questionários

para se chegar a algum resultado. Ao contrário, lembra antes uma entrevista ou uma

conversa entre os participantes. Aliás, a entrevista é um dos métodos por excelência da

análise qualitativa. A fala do pesquisado é o objeto a ser decifrado como chave para a

compreensão das ações. Se, na pesquisa quantitativa, temos uma análise de dados e

números, a qualitativa é sempre uma análise das características de algum texto a partir do

qual se infere outras perspectivas e interpretações.

E não apenas na aplicação aos seres humanos. Mesmo quando o objeto é,

digamos, a cobertura de um jornal, a análise de discurso na pesquisa qualitativa permite

encontrar dados seguros para sustentar uma afirmativa. É possível estabelecer que um

jornal publicou 300 matérias sobre o candidato do governo e apenas 150 sobre a

oposição, mas o teor qualitativo é imprescindível para saber exatamente quais são as

opiniões do jornal. É evidente que, por si só, o número já é um dado importante, mas

apenas o discurso fornece indicações mais precisas das idéias e dos fatos.

Na análise qualitativa, o valor de cada ato é expresso em si. Daí, por exemplo, a

falha em tentar medir as ações humanas a partir de critérios exclusivamente numéricos.

Em uma partida de futebol, por exemplo, um time pode ter dominado os 90 minutos do

jogo e liderado com absoluta folga o número de ataques e chutes ao gol. No entanto,

basta um único ataque bem-sucedido do adversário para jogar no lixo a lógica da

pesquisa quantitativa: o valor de uma única ação foi suficiente, em qualidade, para arrasar

a superioridade numérica. Um elemento, insignificante em termos numéricos, ofuscava

todo o resto da questão.

Além dessa distinção, vale mencionar brevemente três tipos específicos de

método.

(b) Entrevista

Método por excelência para a obtenção de dados quando o objeto é a vivência de

pessoas a respeito de alguma coisa. A produção de uma telenovela, por exemplo, pode ser

estudada a partir de entrevistas com os criadores, assim como a recepção de um telejornal

22

em uma determinada comunidade implica uma entrevista com os moradores do local. Em

geral as entrevistas são feitas pelo pesquisador, seja pessoalmente, por telefone ou mesmo

por email – a pertinência e a validade de cada uma dessas modalidades é uma questão

para ser discutida caso a caso com os orientadores: em algumas situações a entrevista

presencial é absolutamente obrigatória; em outras, um email pode ser o suficiente.

Isso também está ligado ao tipo de entrevista que se faz.

Fechada (ou estruturada) – Usadas geralmente nas pesquisas quantitativas. A

entrevista é feita a partir da aplicação de questionários fechados, isto é, com perguntas

absolutamente iguais para todos os entrevistados. O questionário é obedecido o tempo

todo, e as respostas só podem ser encaixadas dentro dele – qualquer resposta que fuja às

perguntas é simplesmente ignorada como irrelevante para o que se pretende saber.

Semi-aberta (ou semi-estruturada) – Há um questionário, mas ele serve mais

como um roteiro de perguntas sobre o que se pretende saber; respostas que não estiverem

previstas no questionário são levadas em consideração, mas o pesquisador procura trazer

o assunto de volta para as perguntas do questionário – sem ficar restrito a elas, no

entanto.

Aberta – É quase um diálogo entre pesquisador e entrevistado. Há um roteiro de

pesquisa, mas em termos bastante gerais – trata-se mais de um conjunto de tópicos para

discussão do que propriamente perguntas mais definidas. A vantagem desse método é que

se pode obter uma gama maior de informações do entrevistado – o perigo é a entrevista se

perder completamente e o pesquisador não obter as informações necessárias para o

trabalho.

(c) Pesquisa de campo

Como o nome sugere, na pesquisa de campo o pesquisador deixa o gabinete de

estudos e vai literalmente atrás do objeto. É necessária quando o objetivo requer a

observação in loco de algum fenômeno. Se o objetivo de meu projeto, por exemplo, é

23

estudar o cotidiano da produção de um programa de humor, é talvez recomendável que se

faça uma pesquisa de campo passando alguns tempo na redação, convivendo com as

situações do dia a dia, observando e tomando notas. Ainda como exemplo, se quero fazer

um estudo de recepção de um telejornal ou telenovela, posso optar por assistir à televisão

junto com uma família – ou famílias – previamente selecionadas e observar como elas se

articulam com a mensagem da televisão: os comentários feitos, a interação entre as

pessoas, as conversas paralelas e tudo o mais.

O chamado “tempo de campo” requer uma preparação prévia do pesquisador. Não

se trata apenas de chegar no campo e observar: é preciso treinar o olhar, a partir da leitura

e de outras pesquisas, para se saber o que se vai observar. Dessa maneira, evita-se que o

pesquisador se perca com detalhes e situações que não dizem respeito diretamente ao seu

estudo.

Além disso, evidentemente, em alguns casos requer uma série de trâmites para se

conseguir o acesso ao local da pesquisa – nem sempre as pessoas estão dispostas a abrir

sua casa para uma pesquisa, e empresas muitas vezes costumam criar barreiras

burocráticas para a realização de qualquer estudo em seu ambiente. É necessário ter isso

em mente ao se optar por uma pesquisa de campo.

(d) Análise de narrativa – texto, dicurso, conteúdo, texto visual

Quando o objetivo se refere a entender, por exemplo, “como a situação x é

representada na mídia” ou “como o feminino é construído na revista y”, o método que se

impõe para interrogar o objeto é a análise de texto. Uma advertência preliminar: a

expressão “análise de narrativa” é usada aqui em um sentido bem amplo. As diversas

correntes teóricas têm maneiras diferentes de denominar a análise do que é dito, escrito

ou mostrado – “análise de texto”, “análise de discurso” e “análise de conteúdo” não são

maneiras diferentes de dizer a mesma coisa, mas posturas metodológicas diferentes, de

acordo com o que cada teoria entende por “texto”, “discurso” e “conteúdo”. Não é o

espaço, neste breve manual, de discutir o que se entende com cada uma dessas

expressões.

24

Vale, no entanto, relembrar que esse tipo de análise refere-se ao estudo do texto,

seja ele entendido como o que está escrito, seja pensado como um conjunto de imagens

ou de qualquer outra maneira. No caso da pesquisa em Comunicação, isso significa que o

foco, em geral, está no material já veiculado em algum tipo de mídia.

Se não houvesse nenhum padrão de conduta seria virtualmente impossível

qualquer interpretação; da mesma maneira, se os padrões fossem absolutamente iguais

não haveria por que pesquisar. Na intersecção entre o determinado e o aleatório está o ser

humano. A análise qualitativa procura entender melhor os princípios aleatórios,

justamente tentando identificar padrões onde aparentemente eles não existem.

25

CAPÍTULO 05. JUSTIFICATIVA

Imagine que uma agência de incentivo à pesquisa, como a Fapesp, a Capes ou o

CNPq ofereçam uma bolsa de estudos para a realização do seu projeto. Para ganhá-la,

tudo o que você tem a fazer é mostrar a relevância de sua pesquisa – por que ela é

importante, por que o tema deve se estudado agora, qual é sua relevância. A resposta para

essas perguntas é a justificativa do projeto.

O desafio dessa parte é encontrar razões e dados concretos que informem ao leitor

por que seu projeto é relevante. Trata-se de mostrar, com argumentos, fatos e dados, que

o projeto de pesquisa é importante, não dizer isso apenas. A dificuldade muitas vezes está

em encontrar motivos que tornem o projeto relevante para outras pessoas – o pesquisador,

espera-se, sabe por que está fazendo aquele projeto; a questão na justificativa é convencer

outras pessoas dessas razões.

Às vezes, por conta do envolvimento com a pesquisa, o autor esquece que seu

trabalho é apenas um entre outros milhares. Por isso é importante saber justificá-lo e

defendê-lo, identificando qual é a necessidade objetiva de se fazer um determinado

trabalho naquele momento. Por que é importante, digamos, fazer um estudo de recepção

da telenovela x pelo público y? O que isso tem de importante para a pesquisa em

Comunicação? E para a Universidade? Em que isso contribui para se conhecer melhor a

sociedade e sua mídia? As razões nem sempre são evidentes, mas há alguns argumentos

gerais que podem auxiliar nessa tarefa.

Começando pelo que não dizer. (1) A ilusão do ineditismo: “A pesquisa

bibliográfica feita mostra que não há projetos desse tipo”. Frases como esta são comuns

em projetos de pesquisa, mas, em geral, não servem como um bom argumento. Em

primeiro lugar, como o pesquisador sabe que não há, em uma faculdade do outro lado do

Brasil, um trabalho a respeito do tema? Esse argumento também pode ser lido como um

indício de pretensão do pesquisador: quem garante que sua pesquisa bibliográfica foi

completa? (2) A ilusão da auto-evidência: “Este projeto é importante por lançar luz em

uma área nova”; “Este projeto pretende dar uma contribuição à área de estudos”; frases

como essas parecem indicar que o projeto é importante por si só e não precisa ser

justificado – sua relevância é visível. Esse tipo de argumento, além da leitura como

26

pretensão, também parte do princípio de que todas as pessoas tem a mesma idéia a

respeito do que é “relevante” ou não.

Em um sentido mais positivo, existem algumas formas de argumentação que

podem auxiliar na justificativa – mas note-se que não se trata de fórmulas, mas de

argumentos que, adaptados às características de cada projeto, podem ajudar a construir a

justificativa.

(a) Relevância histórica / contemporânea

Mostrar que o tema é atual pode ser um bom argumento. Tema “atual” não quer

dizer necessariamente contemporâneo: a análise de um fato histórico que possa trazer

alguma luz sobre fenômenos do presente é “contemporânea” na medida em que tem

relevância para a vida atual. O importante, neste caso, é mostrar que saber mais sobre um

fato x acontecido em outra época pode ajudar a compreender uma situação y atual.

Por outro lado, um tema pode ser justificado como contemporâneo se for possível

mostrar ao leitor, por exemplo, sua pertinência na vida cotidiana – a frequência de um

tema nas capas de revista semanais, por exemplo, pode ser vista como um indício de sua

relevância.

(b) Magnitude do tema

O número de pessoas envolvidas com um determinado tema também é um indício

de sua relevância. Certamente esse aspecto quantitativo pode ser discutido, mas não se

trata de buscar provas, apenas de mostrar o número de pessoas envolvidas por aquele

tema – um estudo de telenovela, por exemplo, pode ser justificado quando se mostram

altos índices de audiência como um sinal da sua presença no cotidiano.

(c) Fatores econômicos

Considerações sobre os aspectos econômicos do tema também são boas

justificativas. O volume de movimentação financeira gerado por um determinado produto

da mídia, por exemplo, pode ser visto como um fator de relevância – um filme que

arrecada milhões de dólares em três dezenas de países, por exemplo. Ou o consumo de

27

produtos ligados à sua franquia, digamos. Dar números, sobretudo no aspecto financeiro,

ajuda o leitor a ter uma dimensão mais exata do que se está falando.

(d) Especificidade do tema ou do objeto

Argumentos que se baseiem na especificidade do tema ou do objeto também

podem ser usados como justificativa. Nesse sentido, a justificativa começa com uma

interrogação para si mesmo: o que esse tema/objeto tem de atrativo? O que me levou a

observar esse tema com mais atenção? Não se trata de usar argumentos subjetivos como

“eu gosto” ou “sempre me atraiu”, mas procurar os elementos objetivos que despertam

seu interesse – isto é, quais são as características do objeto que o tornaram interessantes

para você. Com isso, é possível que o pesquisador mostre um ângulo do tema ou do

objeto que até então não havia sido muito explorado.

(e) Diferença específica do projeto

Após uma detalhada análise bibliográfica, citando autores e livros, o autor do

projeto pode afirmar que seu trabalho se insere na tendência x, mas se diferencia dela

pelos aspectos y e z. Isso é diferente de afirmar, como no contra-exemplo, que “não há

estudos sobre esse assunto”. O pesquisador, levando em conta sua pesquisa preliminar,

tem o direito de dizer, com todo o cuidado textual, em que o seu projeto se diferencia dos

outros e qual é a relevância dessa diferença – novamente, a especificidade do assunto.

A justificativa é o momento em que o pesquisador precisa “vender” sua pesquisa,

e para isso é fundamental estar ciente das qualidades e novidades objetivas de seu

projeto. A partir daí, a construção da justificativa fica quase automática – saber explicar a

relevância do próprio projeto é um índice de que as coisas estão no lugar.

28

CAPÍTULO 06. REFERENCIAL TEÓRICO

Em linhas gerais, o referencial teórico é o conjunto de livros ou autores que

pautam uma pesquisa, isto é, oferecem as diretrizes conceituais e teóricas dentro das

quais os dados serão analisados. Esse referencial é construído a partir de leituras, aulas e

mesmo experiências com as quais se aprende a identificar, no objeto observado,

características, peculiaridades e elementos que, de outra maneira, ficariam escondidos

sob a capa do senso comum. Um repertório teórico faz olhar a realidade de outra maneira,

geralmente mais sutil, e identificar relações que vão além da aparência.

Portanto, sem um referencial teórico é praticamente impossível realizar uma

pesquisa. O conhecimento que a pesquisa traz, nesse sentido, nasce do confronto

dialógico entre as pesquisas anteriores e os novos dados que cada pesquisador vai obter.

Essas “pesquisas anteriores”, publicadas em geral como livros e artigos, formam o

“referencial teórico” de cada campo do conhecimento.

Iniciar um trabalho de pesquisa, em qualquer área, significa explorar esse

referencial e ver quais os caminhos já utilizados para estudar um determinado tema.

Iniciar a pesquisa de um tema não é apenas lidar com um objeto, mas também se

familiarizar com o que já foi pensado a respeito por outros pesquisadores. A ciência,

nesse ponto, é cumulativa no sentido de que, para prosseguir um determinado estudo, é

necessário estar ciente do que já foi feito até então. Dominar o repertório teórico, assim, é

saber quais são os principais estudos a respeito do tema.

Mesmo que nosso estudo vá contradizer as principais pesquisas, é importante

saber o que já foi feito para ter algum tipo de referência – daí a idéia de um “referencial”

teórico – para guiar os estudos. Além disso, para evitar uma ilusão às vezes comum de

que o tema é completamente inédito. Outras pessoas já pesquisaram o que estamos

pesquisando, e é fundamental conhecer esses trabalhos. Estar inserido nessa rede de

pesquisa e pesquisadores que é a ciência ajuda a evitar erros e caminhos difíceis

observando o que já foi feito em cada área.

Por isso, o trabalho de pesquisa requer do pesquisador um mergulho no

referencial teórico de sua área até que ele domine os principais estudos a respeito de seu

29

objeto e possa, a partir das lentes de outros estudiosos, conhecer o seu objeto de pesquisa

à luz do que já foi dito e escrito. Em outras palavras, a partir do cânone de uma

determinada área do conhecimento, isto é, a produção intelectual a respeito de um objeto.

1. Conhecer as diversas correntes teóricas

Uma das características da pesquisa científica é a pluralidade de idéias. Um

mesmo objeto pode ser pensado de diversas maneiras, a partir de inúmeros pontos de

vista. Quando se inicia a pesquisa bibliográfica que vai dar origem ao referencial teórico,

muitas vezes você pode se perder diante de tantos escritos, livros e artigos. Aos poucos,

no entanto, é possível ver que eles se agrupam ao redor de temas, ideias e metodologias

comuns, formando caminhos dentro dessa bibliografia.

Esses caminhos podem ser organizados de acordo com um viés temático,

metodológico, teórico ou mesmo ideológico. Conforme vamos pesquisando a

bibliografia, começa a ficar mais fácil identificar que certos textos pertencem a um

caminho “a”, enquanto outros estão próximos do caminho “b”. Esses caminhos são as

“correntes teóricas” de uma determinada área, e formam o repertório com o qual o

pesquisador tem que lidar.

No entanto, ao iniciar a abordagem de uma área, certamente não terei tempo de ler

tudo o que foi produzido a respeito. Para resolver esse problema, uma saída inicial é

procurar antologias, compilações ou livros introdutórios à área de pesquisa. Esses livros,

muitas vezes organizados didaticamente como manuais, não apresentam teorias novas,

mas fazem uma espécie de mapa das teorias existentes, mostrando caminhos, escolas,

conceitos e correntes teóricas.

Às vezes são compilações de textos, artigos e capítulos de livros já publicados,

oferecendo ao leitor o contato direto com as obras estudadas. Outras vezes são trabalhos

autorais, nos quais as teorias são explicadas e interpretadas. Esse tipo de literatura é uma

das portas de entrada para se conhecer o que se pretende de maneira ampla. São

panoramas, não miniaturas.

É importante, para quem pesquisa, conhecer as diversas correntes teóricas a

respeito de seu objeto. Mesmo que algumas dela, aparentemente, não interessem, por

30

tratarem de aspectos diversos ou mesmo de outros temas, é importante conhecê-las para

situar melhor seu objeto de estudos dentro de um debate – afinal, a pesquisa em

comunicação tem pelo menos um século de história, e é simpatico saber onde seu projeto

está.

2. Um autor ou muitos?

Às vezes, conforme a natureza do trabalho, alguns autores do cânone parecem

trabalhar diretamente com o tema de nossa pesquisa, e acabamos nos baseando quase

inteiramente neles. Em outros casos, a dissertação ou monografia utiliza ideias de vários

autores mais ou menos na mesma proporção, criando um quebra-cabeças teórico. Os dois

procedimentos têm vantagens e desvantagens, e tratar disso com o orientador é uma das

maneiras de ver qual dos caminhos é o melhor.

Basear o trabalho nas idéias de um único autor tem a vantagem de, com o tempo,

nos aparelhar com um instrumental teórico e metodológico mais ou menos coerente. Há

autores que não só tem bons conceitos, mas também bons procedimentos metodológicos

e práticos nos quais podemos nos basear. Com isso, há um caminho seguro para a

pesquisa. Há dois problemas a pensar, no entanto. Em primeiro lugar, o risco de fazer de

nosso trabalho um pastiche/decalque/cópia do trabalho do autor, mudando apenas alguns

detalhes. Além disso, é bom ter o distanciamento de conhecer as críticas feitas por outros

pensadores, lembrando dos limites que todo pensamento tem.

Optar por percorrer o caminho com vários autores tem a vantagem de permitir

desenvolvimentos teóricos em várias direções. Aqui, o risco é de outra natureza: juntar

autores que pensam de maneira oposta sem um bom trabalho de amarração conceitual,

isto é, de tecer a ligação entre conceitos. A rigor, nada impede a aproximação de autores,

mas muitas vezes isso requer um trabalho conceitual e teórico que está além dos objetivos

de uma monografia ou dissertação. Evidentemente há uma riqueza em cruzar autores e

linhas de pensamento, mas é necessário manter a coerência evitando uma espécie de

colcha de retalhos epistemológica que pode mais confundir do que ajudar.

É por conta disso que vale a pena conhecer, no estudo da Comunicação, as várias

correntes teóricas, isto é, grupos de autores que de alguma maneira estão ligados em um

31

pensamento afim – não necessariamente por formularem as mesmas respostas, mas por

colocarem algumas perguntas em comum e dividirem preocupações semelhantes no que

diz respeito ao conceito de comunicação. Conforme o caso, elementos dessas várias

correntes – poderíamos dizer “teorias da comunicação” – podem se combinar de algumas

maneiras, garantindo a riqueza e a pluralidade da área.

3. Tipos de bibliografia

Depois de escolhido o tema, uma das primeiras atividades do pesquisador é ir

atrás de uma bibliografia específica. Nem sempre se domina o tema, especialmente em

uma área como a comunicação. Portanto, é possível que uma das perguntas seja por onde

começar e, em seguida, como avançar.

(a) Bibliografia introdutória / Estados da Arte

Muitos campos do conhecimento tem uma bibliografia introdutória. São

compêndios, livros-texto e obras de divulgação que oferecem um panorama geral das

teorias, ideias e conceitos da área. Em geral, mas não exclusivamente, esses livros não

trazem um conteúdo novo, mas fazem um recenseamento da produção intelectual de uma

determinada área. No caso da Comunicação, os livros intitulados “Teoria da

Comunicação” em geral mostram as diversas correntes de estudos, quase como uma

espécie de mapa, a partir do qual o pesquisador pode se localizar na área.

Às vezes, livros e artigos que fazem esse tipo de compêndio são chamados

informalmente de “estados da arte”. Essa expressão é usada para identificar textos que

apontam os rumos e tendências na pesquisa em uma determinada área – livros, mas

também artigos, que apresentam e eventualmente discutem outras pesquisas na mesma

área, identificando correntes, temas comuns, autores mais citados. Esse tipo de

bibliografia tem aplicação prática, por exemplo, quando se opta por redigir capítulos mais

teóricos em uma dissertação, na medida em que ajudam a situar o leitor no universo das

várias correntes.

32

(b) Comentaristas

Em geral, são a porta de entrada para algum autor. Quando não se está

familiarizado com o pensamento de um estudioso ou mesmo de uma escola,

comentaristas são uma opção para inciar um conhecimento mais sistemático. A

vantagem, por assim dizer, é que as idéias do pensador costumam ser interpretadas pelo

comentarista, e isso facilita o trabalho.

No entanto, esse também é o maior problema: ao ler o comentarista, acabamos

por conhecer apenas uma visão a respeito da obra de um autor. Mais do que isso, nem

sempre os comentaristas conseguem explicar ou discutir outro autor de maneira clara; em

alguns casos, o comentário é mais complicado do que o original.

Vale a pena, nesse sentido, ler no prefácio ou introdução desse tipo de livro qual é

a intenção do comentarista, se é apresentar o autor ou interpretar suas idéias, utilizando-

as com algum outro objetivo. Nos dois casos, é bom lembrar que o comentarista é um

caminho para se chegar até o autor.

(c) Coletâneas de textos

Como o nome diz, são livros que reúnem artigos de vários pesquisadores, sobre

assuntos diversos dentro de um mesmo tema. São úteis para se ter uma idéia geral a

respeito de um assunto recente ou sobre os desenvolvimentos de algo já em discussão.

Em geral, essas coletâneas se parecem com revistas científicas, com textos curtos ou

médios a respeito do assunto.

Há algumas coletâneas, no entanto, que reunem textos clássicos de uma

determinada área para consulta imediata. Esse tipo de livro é útil para se ter acesso aos

escritos fundamentais de uma área – no caso da Comunicação, os livros Comunicação e

Indústria Cultural, organizado por Gabriel Cohn, e Teoria da Cultura de Massa,

elaborado por Luiz Costa Lima, estão entre as principais coletâneas de textos clássicos.

A vantagem da coletânea é a abrangência e a facilidade de consulta; o problema,

no entanto, é a profundidade: por se tratar de uma reunião de artigos pouco extensos, nem

33

sempre o autor pode trabalhar os vários aspectos de um determinado tema, tendo que

concentrar o foco em um deles.

(d) Clássicos

Formam o cânone de escritos de uma área. Seu valor está, entre outros motivos,

na perenidade de sua discussão: um clássico pode ser discutido como se tivesse sido

escrito hoje. São em geral os textos fundadores de um determinado campo do

conhecimento ou corrente teórica, e não é possível trabalhar um assunto sem a referência

a eles.

Isso não significa que clássicos não possam ser discutidos, contestados e mesmo

negados; no entato, por conta de seu pioneirismo ou de sua contribuição aos estudos da

área, precisam ser mencionados. Além disso, conhecer os clássicos mostra que o aluno

domina os principais elementos da área onde está e, mesmo sem concordar com a opinião

deste ou daquele, conhece o terreno onde está trabalhando.

(e) Revistas acadêmicas

Revistas acadêmicas são periódicos que reúnem a produção científica de uma

determinada área, divulgando estudos, pesquisas e investigações diversas, além de

resenhas e, eventualmente, entrevistas ou outras modalidades de texto. O mais comum, de

qualquer maneira, é o chamado “artigo científico”, apresentado segundo normas de

formatação específicas de cada revista.

Ao contrário dos livros de divulgação e “estados da arte”, os textos de revista

acadêmica tendem a ser bastante específicos e trabalham com um único assunto,

procurando aprofundá-lo a partir de algum ponto de vista. Por reunirem a produção mais

recente da área, tornam-se referência obrigatória para a realização de qualquer estudo.

(f) Teses e dissertações

34

Produções acadêmicas bastante específicas, são – ou deveriam ser – o que há de

mais moderno em uma área. Em geral os assuntos são bastante específicos e pontuais.

Mostram não apenas diferentes aspectos do tema, mas também podem servir para orientar

seu trabalho atual – se uma tese recente tratou meu tema a partir da perspectiva x, posso

tentar seguir um caminho y.

Além disso, são trabalhos rigorosos, já avaliados por uma banca, e é possível

encontrar também caminhos bibliográficos e metodológicos a seguir. Uma consulta à

bibliografia de uma tese/dissertação escrita sobre um assunto próximo pode ser um

caminho para descobrir a própria bibliografia.

E nunca é demais lembrar: cópia sem citar a fonte é plágio. A consulta a uma

tese/dissertação anterior serve como indicação, nunca como fonte única de pesquisa. Ao

contrário, observar caminhos dos outros deve ser apenas uma indicação para se encontrar

o próprio método.

(g) Obras de popularização

Obras de popularização de distinguem dos comentaristas e das introduções a um

determinado tema pelo estilo e pelo público-alvo. Podem servir, no entanto, para se

começar o trabalho com algum assunto mais difícil de dominar ou com o qual não se

tenha absolutamente nenhuma familiaridade. No entanto, raramente essas obras devem

ser tomadas como base de qualquer tipo de desenvolvimento acadêmico. Em geral, são

livros fartamente ilustrados – alguns mesmo em quadrinhos – e os títulos contém as

palavras “…para iniciantes” ou “…para leigos”, conforme o caso.

35

CAPÍTULO 07. RESUMO & PALAVRAS-CHAVE

Em um projeto de pesquisa, artigo, paper enviado para um congresso,

monografia, um mestrado ou doutorado, o resumo faz uma apresentação clara e suscinta

do trabalho. Ele facilita as consultas futuras por outros leitores, além de permitir que o

trabalho seja indexado em sites de busca e/ou armazenamento. Mais do que qualquer

coisa, o resumo é um trabalho de edição, no qual devem ser expostos, de maneira breve e

exata, os pontos mais importantes do texto.

O tamanho médio de um resumo varia conforme a instituição de ensino ou o lugar

para onde se está enviando o texto, podendo oscilar entre 300 e 1000 caracteres. Na

média, algo entre 600 e 800 caracteres costuma ser o suficiente.

O resumo deve ser claro e trazer em si as informações relevantes da pesquisa –

basicamente, o tema, o objetivo, o objeto (o que foi pesquisado), como foi pesquisado

(metodologia) e eventualmente os resultados – claro que em um pré-projeto esta última

parte não pode ser escrita porque ainda não há nada a mostrar como “resultado”, mas,

nesse caso, é possível colocar a principal hipótese de trabalho.

Note-se que o resumo não é uma introdução ao resto do trabalho; ele é uma

síntese, uma versão condensada das questões de pesquisa, da investigação de dos

resultados, permitindo que o leitor, ao conhecer o resumo, saiba quais são os principais

elementos – portanto, a principal recomendação é ir direto ao assunto com clareza,

precisão e exatidão.

Como exemplo será usado o resumo do paper de autoria de

AZUMA, L. E. e IKEDA, A. A. “Consumo de Desenhos Japoneses: uma pesquisa

exploratória” Trabalho apresentado no X Semead – Seminário em Administração FEA-

USP. São Paulo, Universidade de São Paulo, 9 e 10 de Agosto de 2007:

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Resumo O Brasil possui a maior colônia japonesa fora do Japão. Dessa forma, muitos dos costumes e hábitos japoneses foram assimilados pelos brasileiros. Um dos produtos da cultura popular do Japão muito bem aceito e em expansão no Brasil são os desenhos japoneses na forma animada (anime) ou em história em quadrinhos (mangá). O intuito deste trabalho é conhecer o perfil do consumidor de desenhos japoneses, seu comportamento, opiniões e atitudes e compará-los com o consumidor japonês. Para isso foi realizada uma pesquisa com amostragem não probabilística com 562 respondentes maiores de 11 anos. A coleta de dados foi feita em eventos promovidos para a categoria, além de comunidades de redes de relacionamento, listas de discussão e fóruns. Conclui que de uma forma geral o consumidor brasileiro é bem diferente do japonês. Além disso, é jovem, estudante, principalmente da classe A e B. Compram os mangás em bancas e lojas especializadas e assistem os animes no computador, DVD e TV. Preferem comédias, ação, aventura e romance e os cultivam com passatempo, tendo primazia em relação aos outros desenhos. Os desenhos animados já deixaram de ser exclusividade da colônia japonesa se expandiram e conquistaram os brasileiros. Palavras-chave: comportamento do consumidor; anime e mangá; mercado Vale a pena desmontar o resumo para observar seus componentes:

Trecho do resumo Explicação “O Brasil possui a maior colônia japonesa fora do Japão. Dessa forma, muitos dos costumes e hábitos japoneses foram assimilados pelos brasileiros”.

Nas duas primeiras frases os autores introduzem o assunto. Note-se que eles falam de maneira panorâmica, só para situar o leitor: o tema é “cultura japonesa”.

“Um dos produtos da cultura popular do Japão muito bem aceito e em expansão no Brasil são os desenhos japoneses na forma animada (anime) ou em história em quadrinhos (mangá)”.

A segunda frase apresenta o tema do trabalho, descrevendo-o brevemente. Mesmo quem nunca viu um anime é situado a respeito do que se está falando.

“O intuito deste trabalho é conhecer o perfil do consumidor de desenhos japoneses, seu comportamento, opiniões e atitudes e compará-los com o consumidor japonês”.

Aqui eles apresentam o objetivo do trabalho diretamente ao leitor. Todas as informações são relevantes – basta ler a frase para saber qual é o foco e objetivo da pesquisa.

“Para isso foi realizada uma pesquisa com amostragem não probabilística com 562 respondentes maiores de 11 anos. A coleta de dados foi feita em eventos promovidos para a categoria, além de comunidades de redes de relacionamento, listas de discussão e forums”.

Metodologia: os autores contam como foi feita a pesquisa que tem como meta conseguir os dados prometidos no objetivo. Essas duas frases, por si só, bastam para se ter uma ideia de qual foi o procedimento.

37

“Conclui que de uma forma geral o consumidor brasileiro é bem diferente do japonês. Além disso, é jovem, estudante, principalmente da classe A e B. Compram os mangás em bancas e lojas especializadas e assistem os animes no computador, DVD e TV. Preferem comédias, ação, aventura e romance e os cultivam com passatempo, tendo primazia em relação aos outros desenhos. Os desenhos animados já deixaram de ser exclusividade da colônia japonesa se expandiram e conquistaram os brasileiros”.

Resultados: a última parte do resumo já diz quais foram as conclusões obtidas, mostrando o que foi encontrado de mais interessante na pesquisa e, dessa maneira, deixando claro para o leitor o que vai ser dito em detalhes no texto completo.

As palavras-chave, por sua vez, devem indicar o assunto, o tema e as possíveis

áreas de interesse do trabalho. No exemplo do artigo sobre mangás, os autores optaram

por colocar o assunto se relacionando com o objeto e o tema:

Palavras-chave: comportamento do consumidor; anime e mangá; mercado

Em certos casos, pode-se optar por colocar também o nome de algum autore que

tenha relevância na pesquisa ou mesmo a área do conhecimento à qual o texto está

vinculado:

Palavras-chave: Jornalismo; Bourdieu; Teoria da Comunicação

As palavras-chave são como “tags” que identificam o tema para catalogação

posterior. Portanto, quanto mais precisas elas forem, melhor.

38

Capítulo 08. Citações e Referências

Em um texto acadêmico, as afirmações e argumentos devem ser apoiados em

evidências, pesquisas prévias feitas por outros estudiosos e teorias desenvolvidas por

outros pesquisadores. Para ganhar em importância e validade, um estudo, seja ele qual

for, deve estar amparado por outros trabalhos do mesmo estilo. É para isso que servem as

citações: elas valorizam o trabalho, mostram que o autor está atento aos estudos

desenvolvidos na área e, mais ainda, sabe do que está falando.

Por isso, o rigor no trabalho acadêmico geralmente significa precisão na escolha

dos argumentos e das fontes utilizadas.

Compare-se, por exemplo, estas duas afirmações:

O Brasil vive um momento de fomentação cultural. As pessoas estão se

conscientizando da necessidade da leitura. Livros como Harry Potter e a série

Crepúsculo mostram, ao mesmo tempo, que a influência estrangeira continua –

ninguém lê autores nacionais, só estrangeiros.

O Brasil parece viver um momento de fomentação cultural. Segundo

dados do Ministério da Educação (MEC, 2010), o número de livros que uma

pessoa lê por ano passou de 1,3, em 1999, para 2,5, em 2009. No entanto, como

lembram Fernandes (2009) e Oliveira (2010), isso pode ser atribuído à influência

estrangeira: os livros da série Harry Potter venderam 25 milhões de exemplares

no Brasil, Crepúsculo está na lista dos mais vendidos há oito meses.

Qual a diferença? As duas partes defendem a mesma coisa. No entanto, enquanto

a primeira é baseada no senso comum e nas impressões de quem está escrevendo, o

segundo trecho está reforçado por dados, pesquisas e autores. Oferece números e uma

dimensão mais exata do tema.

39

Essa necessidade de rigor e de dados pode levar algumas pessoas a achar que o

texto acadêmico é, por natureza, difícil, ilegível. No entanto, assim como no texto

jornalístico, o desafio é aliar o rigor no levantamento dos dados a uma maneira agradável

de escrever – não existe nenhuma lei que proíba o texto acadêmico de ser estimulante e

literariamente interessante. Veja-se, por exemplo, os escritos de Roland Barthes,

Sigmund Freud ou Henri Bergson, este último um filósofo francês que recebeu o Nobel

de Literatura.

No entanto, o primeiro compromisso é com o leitor e com os dados – o que pode

levar, eventualmente, a um estilo mais rígido do texto. As citações, nesse contexto, estão

no texto para reforçar o argumento do autor.

Vale a pena, antes de prosseguir, fazer uma distinção entre citações, referencial

teórico, bibliografia.

Citação: menção a outros autores feitas no corpo do texto ou em nota de

rodapé.

Referencial teórico: livros e autores consultados que, de maneira direta ou

indireta, já trabalharam com o tema de pesquisa.

Bibliografia: lista dos livros, artigos e textos utilizados no trabalho.

Neste texto ficaremos restritos às citações.

Toda citação, seja de que tipo, tamanho ou qualidade for, precisa ser

acompanhada de uma referência. Caso contrário, trata-se de plágio. Plágio não é apenas

copiar literalmente as palavras de um outro autor: copiar as idéias, mesmo que alterando

as expressões, também é plágio. Portanto, cada vez que se vai usar uma idéia ou texto de

alguém, cite.

A maneira mais comum de se fazer citação, atualmente, é o chamado “padrão

americano” ou “autor-data”. Coloca-se, entre parênteses, o sobrenome do autor da obra,

a data de publicação da obra e, se for o caso, a página.

40

Digamos, por exemplo, que quero citar uma frase da página 94 do livro Coisas

Ditas, de Pierre Bourdieu, publicado pela Editora Brasiliense em 1990. Há várias

possibilidades de fazer isso:

Citação direta, colocando o nome do autor no texto:

Segundo o sociólogo francês Pierre Bourdieu (1990:94), “o mercado de

bens simbólicos se caracteriza, sobretudo, por uma diferenciação entre produção

cultural e consumo material”.

Citação direta, sem colocar o nome do autor no texto:

Nesse sentido, pode-se dizer que “o mercado de bens simbólicos se

caracteriza, sobretudo, por uma diferenciação entre produção cultural e consumo

material” (BOURDIEU, 1990:94).

Veja-se que neste caso o nome do autor é colocado dentro dos parênteses, em

letra maiúscula. E, vale lembrar, o ponto final da frase vem depois dos parênteses.

É possível também editar o texto:

O mercado de bens simbólicos, explica Bourdieu (1990:94), “se

caracteriza, sobretudo, por uma diferenciação entre produção cultural e consumo

material”.

Mesmo que seja feita uma paráfrase, isto é, a reescrita do texto com outras

palavras, é fundamental manter a citação do autor:

O mercado de bens simbólicos é marcado pela diferença entre produção

cultural, de um lado, e consumo material, de outro (BOURDIEU, 1990:94).

Ou:

41

De acordo com Bourdieu (1990:94), o mercado de bens simbólicos é

marcado pela diferença entre produção cultural, de um lado, e consumo material,

de outro.

Caso se esteja citando idéias que aparecem em vários pontos do livro, ou se

estiver fazendo uma referência mais genérica, não é necessário citar a página:

Para o sociólogo Pierre Bourdieu (1990), o mercado de bens simbólicos

está ligado às diferenças de produção cultural e consumo material.

Mas note-se que se é citado literalmente um trecho do texto é obrigatório

mencionar a página.

Quando usar uma citação maior do que três linhas, recomenda-se separar o

pedaço citado do resto do texto, usando uma outra formatação – fonte times new roman

10pts, parágrafo recuado 3cm, espaço entre as linhas simples, sem aspas. Desta maneira:

A produção acadêmica contemporânea se caracteriza por uma

diversidade dificilmente encontrada em outro período da história. A principal

identificação do fato está ligada à configuração de um campo específico. Nas

palavras de Pierre Bourdieu (1990:94):

Na articulação tendencial das estruturas definidoras de um ethos específico decorrente das associações entre a razão prática e o a cultura, o mercado de bens simbólicos se caracteriza, sobretudo, por uma diferenciação entre produção cultural e consumo material.

Ao mesmo tempo, é possível argumentar que, para Bauman (1990), a

modernidade….

As citações mostram de que maneira um texto está em diálogo com os outros,

reforçando os argumentos e mostrando que o autor da pesquisa consegue articular seu

pensamento com o que foi proposto por outros pesquisadores.

42

CAPÍTULO 09. COMO ELABORAR UMA RESENHA

A resenha crítica ou literária se diferencia da resenha jornalística, em primeiro

lugar, pelo tamanho e pela profundidade da análise. Isso não significa que o texto precisa

ser chato. No entanto, requer cuidado e atenção ao ser feita.

Uma resenha é um breve estudo descritivo e crítico de um livro. Enquanto no

resumo são apenas destacados trechos do livro, que são transcritos ou parafraseados, a

resenha vai mais longe.

Além de sintetizar os pontos principais do livro, contextualiza a obra na produção

do autor, e faz uma avaliação crítica da obra – o que é bom, o que é ruim, se o autor

atinge os objetivos propostos. Na resenha o livro também pode ser citado e parafraseado.

As críticas e os comentários, no entanto, devem ser feitos a partir do próprio livro.

Eventualmente, se for o caso, pode-se comparar o livro resenhado com obras similares

sobre o mesmo assunto, mas não é obrigatório.

Alguns tópicos sobre a produção:

1. Uma resenha começa com uma boa leitura do livro. Leia o livro todo, não

apenas alguns capítulos. Destaque os elementos principais: qual é o assunto do livro?

Quais os objetivos do autor? Para quem ele escreve o livro? Qual é a tese principal do

trabalho? Quais os principais argumentos usados para defender essa tese? A partir dessa

leitura você pode começar a escrever a resenha.

2. O título – sua resenha deve ter um título. Claro, simples, relacionado com o

tema do livro. Logo abaixo do título, um subtítulo. Isso é opcional. Em seguida, os dados

da publicação conforme o padrão:

SOBRENOME DO AUTOR, nome do autor. Título do livro. Edição, Cidade: Editora, Ano. (Coleção). Número de páginas. Por exemplo: PRADO Jr., Caio. O que é filosofia. São Paulo: Brasiliense, 2003. (Coleção Primeiros Passos) 293 páginas.

43

3. O começo do texto fica por conta do autor da resenha. Pode começar citando

um trecho do livro, contextualizando a obra, falando do autor ou mesmo discutindo

brevemente o assunto do livro. É possível começar a resenha destacando os elementos

mais interessantes do livro, de maneira a prender a atenção do leitor desde o início.

4. Em seguida, resuma o conteúdo do livro, apresentando os principais assuntos,

teorias, teses e argumentos do autor. Nessa parte o ideal é apenas apresentar o livro, sem

uma discussão mais elaborada. O objeto, neste caso, é o livro resenhado.

5. A partir daí é possível começar a crítica. Não se trata de falar mal, mas de

discutir e analisar os aspectos principais. O autor cumpre o que promete? Qual é a

linguagem? Os argumentos são claros? Em relação a outras obras similares, o livro é

inédito? O assunto é inédito? Exponha os argumentos, compare com outros livros,

compare com outros objetos. Enfim, discuta os aspectos positivos e negativos do livro.

6. A formatação do texto é importante: times new roman, 12 pts, espaço 1,5,

espaço entre parágrafos 6 pts, justificado, parágrafo em 1,27 cm. Título em negrito no

alto da página. Na linha de baixo, o subtítulo. Pule duas linhas. À direita, nome do autor

da resenha. Logo abaixo, identificação do livro. Aí começa o texto da sua resenha.

7. Uma resenha acadêmica, conforme a publicação, varia entre 5 e 10 mil

caracteres, sempre contando os espaços.

8. Não é preciso falar da importância do cuidado com a língua portuguesa.

Gramática, coerência, coesão textual são fundamentais. Clareza e precisão também. Não

tente escrever bonito ou escrever difícil: os melhores textos são sempre os mais claros e

mais precisos. Cuide de não repetir termos, cuide de não usar “este”, “aquela”, “o

mesmo” ou qualquer outra expressão que denote falta de conhecimento do idioma.

44

ANEXO 01. MODELO RÁPIDO PARA PROJETO DE PESQUISA

Apresentação gráfica:

O projeto deve ser entregue digitado em fonte Times New Roman 12,

espaçamento 1,5. Não há necessidade de folha de rosto nem qualquer outro tipo de capa.

A identificação do autor fica no alto do texto, antes do título do projeto. O tamanho

médio de um projeto é cinco mil caracteres, já com espaços.

Título do projeto – Qual o nome do projeto?

O título situa o leitor a respeito do que vai ler. Por exemplo: “Um estudo da

recepção do filme O diário de Bridget Jones por executivas de 25 a 35 anos na cidade de

São Paulo”. Isso mostra exatamente o que o leitor vai encontrar no texto. Evite títulos

genéricos como “Filme e Sociedade” ou “Negócios e Cinema”. Vá direto ao assunto.

Introdução, tema e problemas – Sobre o que é o seu projeto?

A Introdução apresenta o assunto para o leitor de maneira geral, como se ele não

soubesse do que se trata. Deve ser genérica e curta. No Tema você explica diretamente

qual parte do assunto será tratada no projeto, ou, em linguagem acadêmica, o “recorte”.

Dentro do assunto mostrado na introdução, qual é o tema particular? A terceira parte,

“Problemas”, mostra de maneira sintética as principais questões a respeito do seu tema.

Qual a importância desse tema? O que isso tem de especial? Quais questões o assunto

levanta? No problema você enumera e apresenta os problemas de maneira breve; na

“Justificativa” eles serão retomados e desenvolvidos.

Objetivo – Qual pergunta o projeto responde?

No item anterior, você terminou mostrando quais são as questões a respeito do

tema; você não vai resolver todas de uma vez, apenas uma. Qual é essa questão? A

resposta é o item “Objetivo” do projeto. Aqui você precisa mostrar diretamente qual

pergunta você pretende responder. Quando alguém terminar de ler seu trabalho, o que a

pessoa saberá que não sabe hoje?

45

Às vezes há uma divisão entre “objetivos gerais” e “objetivos específicos”. Os

“objetivos gerais” se referem ao assunto como um todo, enquanto os específicos

mostram, em termos mais delimitados, o que será feito. Por exemplo, em uma pesquisa

sobre a história do metrô de São Paulo, os objetivos gerais seriam algo como “contar a

história do Metrô de São Paulo”, e os específicos seriam “mostrar a história do Metrô a

partir das memórias dos funcionários mais antigos”, ou algo assim.

Objeto – O que será estudado para se chegar a essa resposta?

Aqui você mostra exatamente qual é o material que será estudado para se

encontrar a resposta. O objeto de uma pesquisa é aquilo com o que você vai lidar. Se a

pesquisa é um estudo da ideologia nos filmes de um diretor, o objeto deve dizer quais

filmes serão estudados. O objeto é sempre específico, pequeno e limitado: é mais fácil

fazer uma pesquisa detalhada sobre um capítulo de novela do que um estudo genérico

mas superficial a respeito de um autor.

Método – Como esse objeto será estudado?

O método é o “modo de fazer”, isto é, as etapas da pesquisa. Como você vai

encontrar pistas no objeto que levarão até o objetivo? Não existe um método melhor do

que outro; o desafio é encontrar o melhor método para a sua pesquisa – e aí voltam a

criatividade e a imaginação.

Entrevistas a realizar, textos a ler, materiais a examinar. Quais serão os caminhos

da investigação, quantas fontes serão utilizadas. Quantidade de entrevistas, pesquisa de

documentos, pesquisas históricas e iconográficas. Quanto mais detalhado, melhor. Uma

descrição dos procedimentos para a realização do trabalho. Como você vai encontrar a

resposta para a pergunta dos objetivos? Essa é a metodologia.

Justificativa – Por que é importante realizar essa pesquisa?

A Justificativa deve mostrar qual é a relevância do projeto: em que ele contribui

com a pesquisa na área? O que ele traz de novo? Por que é importante pesquisar esse

tema agora? Na Justificativa você deve mostrar, com fatos, argumentos e informações,

46

que seu projeto tem uma utilidade científica, isto é, vai contribuir de alguma maneira para

aumentar o conhecimento na área.

O que te levou a escolher esse tema e esse objetivo? O que está acontecendo

atualmente que te impeliu a pensar nessas questões? Como o tema se mostrou importante

para você, e por que ele vale a pena? A justificativa deve mostrar, com dados e fatos, que

o seu projeto é importante, que o assunto é relevante e precisa ser mais explorado. A idéia

é você mostrar em detalhes por que é necessário escrever ou fazer algum trabalho sobre

isso. Pense que você está vendendo seu projeto para alguém e precisa convencer a pessoa,

com razões fortes e claras, do que se trata.

Referencial teórico – Quais autores já pensaram no tema antes de você?

Onde a sua monografia se encaixa no conjunto de pesquisas anteriores? Por

exemplo, se o trabalho é um estudo de recepção, quais são as principais teorias e idéias?

No referencial teórico você mostra que já conhece um pouco da bibliografia a respeito do

assunto, pelo menos as principais obras, e está pronto para discutir o tema mais a fundo.

Não há necessidade de criar uma hipótese original a partir das leituras, mas você precisa

mostrar alguma familiaridade com as principais idéias da área.

Cronograma – Quanto tempo leva cada parte da pesquisa?

O cronograma mostra como você vai organizar as etapas de pesquisa para caber

nos meses de duração do seu estudo, planejando quanto tempo vai gastar em cada fase.

Quanto tempo para a pesquisa de campo? E para ler a bibliografia? Um mês? Três

meses? Finalmente, o tempo gasto na redação do projeto.

Referências – Quais textos você usou?

Um texto sempre se escreve a partir de outros textos. Aqui é só mencioná-los. Algumas dicas:

47

- Antes de escrever o projeto, faça uma busca preliminar na internet e em bibliotecas para ver o que já se pensou sobre o assunto. Encontre fatos relevantes para a sua pesquisa: um bom projeto se faz com dados e informações, não com opiniões. - Evite adjetivos e qualificações: se sua pesquisa é sobre um escritor, não diga que ele “é o maior escritor do Brasil”. Diga quantos prêmios ele já ganhou, onde já publicou, com quem estudou, o que faz da vida e o leitor vai concluir se ele é ou não um bom escritor. - Cuidado com o texto: erros acabam com qualquer idéia boa. Problemas de concordância e ortografia geralmente custam pontos em uma avaliação. - Evite a repetição de palavras, frases e expressões. Use sinônimos: nada de “o mesmo”, “a mesma”. Isso mostra desconhecimento do idioma. - Texto acadêmico não significa “texto chato”. Vá direto ao assunto. Cada frase deve ter uma informação relevante.

48

Parte II – A formatação do texto acadêmico

49

REGRAS GERAIS PARA A APRESENTAÇÃO

5.2 Formato • Usar papel branco tamanho A4, formato retrato; • Texto digitado na cor preta, exceto ilustrações; • Texto de um só lado da folha; • Fonte em tamanho 12 para o texto, exceto notas de rodapé, citações com mais de três

linhas e legendas; • As fontes mais utilizadas são a Times New Roman e a Arial; • Todo o trabalho deve ter a margem esquerda e superior de 3 cm; direita e inferior de 2

cm.

5.3 Espacejamento • Espaçamento entrelinhas de 1,5 para o texto; • Recuo de 1,5 na primeira linha de cada parágrafo;

3 cm

2 cm 3 cm

2 cm

50

• As citações com mais de três linhas, resumos, notas de rodapé, referências, legendas das ilustrações e das tabelas, ficha catalográfica, natureza do trabalho, objetivo, nome da instituição e área de concentração são digitados em espaço simples;

• Os títulos das seções devem começar na parte superior da folha e ser separados do

texto que os sucede por dois espaços 1,5 entrelinhas; • Os títulos das subseções devem ser separados do texto que os precede e que os sucede

por dois espaços 1,5; • Na folha de rosto e na folha de aprovação, a natureza do trabalho, o objetivo, o nome

da instituição a que é submetido e a área de concentração devem ser alinhados do meio da folha para a margem direita.

Exemplo: 1 ASPECTOS HISTÓRICOS DA COMUNICAÇÃO (2 espaços de 1,5 antes do texto, o mesmo que enter 2 vezes)

Texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto

texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto

texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto

texto texto texto texto texto texto. Texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto

texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto

texto texto texto. (2 espaços de 1,5 antes do próximo título) .1 A comunicação através do rádio

Acima temos: Fonte em tamanho 12; Recuo na primeira linha do parágrafo de 1,5; Espaço entrelinhas de 1,5; Parágrafo justificado.

5.4 Paginação • Todas as folhas do trabalho, a partir da folha de rosto, devem ser contadas

sequencialmente, mas não numeradas;

51

• A numeração é indicada a partir da primeira folha da parte textual (introdução), em algarismos arábicos, no canto superior, ficando o último algarismo a 2 cm da borda direita da folha;

• Para trabalhos constituídos por mais de um volume deve ser mantida uma única sequência de numeração das folhas, do primeiro ao último volume;

• Se no trabalho existir apêndice e/ou anexo as suas folhas devem ser numeradas de maneira contínua e sua paginação deve dar seguimento à do texto principal.

52

5.5 Indicativo de seção • Seção é cada uma das partes (capítulos) em que o texto está dividido; • São empregados algarismos arábicos na numeração; • O indicativo numérico de uma seção precede seu título, alinhado à esquerda, separado

por um espaço de caractere; • Não se utilizam ponto, hífen, travessão ou qualquer sinal após o número da seção ou

de seu título; • Os títulos das seções são destacados utilizando os recursos de negrito, itálico, grifo,

caixa alta etc.; • Deve-se limitar a numeração progressiva até a seção quinária. Seção primária Seção secundária Seção terciária Seção quaternária Seção quinária

1 2 3 . . .

10

1.1 2.1 3.1 . . .

10.1

1.1.1 2.1.1 3.1.1

.

.

. 10.1.1

1.1.1.1 2.1.1.1 3.1.1.1

.

.

. 10.1.1.1

1.1.1.1.1 2.1.1.1.1 3.1.1.1.1

.

.

. 10.1.1.1.1

Exemplo: 1 ASPECTOS HISTÓRICOS DA COMUNICAÇÃO Seção primária

Texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto

texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto

texto texto. 2 A comunicação através do rádio Seção secundária

Texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto

texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto

texto texto.

53

5.5.1 Títulos sem indicativo numérico • Devem ser centralizados, conforme a ABNT NBR 6024, são eles: errata,

agradecimentos, lista de ilustrações, lista de abreviaturas e siglas, lista de símbolos, resumos, sumário, referências, glossário, apêndice, anexo e índice.

5.5.2 Elementos sem título e sem indicativo numérico • Fazem parte desses elementos a folha de aprovação, a dedicatória e a epígrafe.

5.6 Siglas • Quando aparece pela primeira vez no texto, a forma completa do nome precede a

sigla, colocada entre parênteses; • Feito isso, nas próximas vezes poderá ser usada somente a sigla.

Exemplo:

O Centro Interdisciplinar de Pesquisa (CIP) foi criado no ano 2000, com o objetivo de

fomentar a pesquisa acadêmica na Faculdade Cásper Líbero.

Projetos experimentais produzidos por alunos da Faculdade Cásper Líbero recebem

prêmio da Associação Brasileira de Relações Públicas (ABRP).

5.7 Ilustrações • A ilustração (desenhos, fotografias, fluxogramas, mapas, plantas, organogramas,

quadros, retratos, esquemas e outros) deve ser inserida o mais próximo possível do trecho a que se refere;

• Sua identificação aparece na parte inferior, precedida da palavra designativa, seguida de seu número de ordem de ocorrência no texto, em algarismos arábicos, do respectivo título e/ou legenda explicativa de forma breve e clara.

54

Exemplo:

Dotado de genial visão de marketing e ampla sensibilidade jornalística, Cásper Líbero

revolucionou o conceito de jornalismo no país. Em 1918, aos 29 anos, tornou-se diretor e

proprietário do vespertino A Gazeta, transformando-o num dos maiores órgãos de imprensa da

época.

Figura 1 – Cásper Líbero

5.8 Tabelas • As tabelas apresentam informações tratadas estatisticamente, conforme IBGE (1993).

5.9 Equações e fórmulas

55

• Para facilitar a leitura, devem ser destacadas do texto e, se necessário, numeradas com algarismos arábicos entre parênteses, alinhados à direita;

• Na sequência normal do texto, é permitido o uso de uma entrelinha maior que comporte seus elementos.

Exemplo:

x² + y² = z² ...(1)

56

6 ELEMENTOS DO TRABALHO ACADÊMICO

Elemento Status

Capa Obrigatório

Lombada Opcional

Folha de rosto Obrigatório

Errata Opcional

Folha de aprovação Obrigatório

Dedicatória(s) Opcional

Agradecimento(s) Opcional

Epígrafe Opcional

Resumo na língua vernácula Obrigatório

Resumo em língua estrangeira Obrigatório

Lista de ilustrações Opcional

Lista de tabelas Opcional

Lista de abreviaturas e siglas Opcional

Lista de símbolos Opcional

Elementos pré-textuais

Sumário Obrigatório

Introdução Obrigatório

Desenvolvimento Obrigatório Elementos textuais

Conclusão Obrigatório

Referências Obrigatório

Glossário Opcional

Apêndice(s) Opcional

Anexo(s) Opcional

Elementos pós-textuais

Índice(s) Opcional

57

6.1 Ordem dos elementos obrigatórios Elementos com o título centralizado: errata, agradecimentos, lista de ilustrações, lista de abreviaturas e siglas, lista de símbolos, resumo, sumário, referências, glossário, apêndice, anexos e índices.

Referências

Conclusão

Desenvolvimento

Introdução

Sumário

Resumo

Folha de aprovação

Folha de rosto

Capa

58

Elementos com o título alinhado à margem esquerda e indicativo numérico: introdução, desenvolvimento e conclusão. Elementos sem título e sem indicativo numérico: folha de aprovação, dedicatória e epígrafe.

59

7 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS

7.1 Capa • Nome da instituição (opcional); • Nome do(s) autor(es); • Título, subtítulo se houver; • Número de volumes (se houver mais de um, especificar qual o respectivo volume em

cada capa); • Local (cidade) da instituição onde o trabalho será apresentado; • Ano (da entrega).

7.1.1 Lombada • Nome do(s) autor(es), impresso longitudinalmente e legível do alto para o pé da

lombada; • Título do trabalho, impresso da mesma forma que o nome do autor; • Indicação de volume se for mais de um.

Modelo

60

61

7.2 Folha de rosto • Nome do(s) autor(es); • Título, subtítulo se houver; • Número de volumes (somente se houver mais de um, especificar qual o respectivo

volume em cada capa); • Natureza (trabalho de graduação, dissertação, tese) e objetivo (aprovação em

disciplina, bacharel, mestre, doutor); nome da instituição a que é submetido; área de concentração;

• Local (cidade) da instituição onde o trabalho será apresentado; • Ano (da entrega)

Modelo

62

Dissertação apresentada para a obtenção do grau de Mestre em Comunicação pela Faculdade Cásper Líbero. Orientador: Prof. Dr. Jose Eugenio de O. Menezes

O jornalismo radiofônico e as narrativas vinculadoras:

experiências de emissoras paulistanas

MARCELO CARDOSO

2010

63

7.2.1 Verso da folha de rosto • Deve conter a ficha catalográfica; • Os elementos principais são: autor, título, local, número de folhas, palavras-chave etc.

Instruções:

Para iniciar a elaboração da ficha, considerar o seguinte espaçamento dentro do retângulo: margem superior de 3 linhas, margem esquerda de 4 espaços. Deve ser impressa no verso da folha de rosto, na metade inferior da folha, centralizada em relação às margens esquerda e direita, contida num retângulo de aproximadamente 12,5 x 7,5 cm. O tamanho da fonte utilizada na ficha catalográfica deverá ser menor que o utilizado no texto do trabalho, para enquadramento nas dimensões do retângulo, aconselha-se o tamanho 10. Usar espaçamento simples.

Modelo

1.1.1.1 Santos, João Bosco dos Painel eletrônico: estudo exploratório sobre mídia exterior / João Bosco dos Santos. -- São Paulo, 2000. 110 f. ; 30 cm. Orientador: Prof. Dr. Mitsuru Higuchi Yanaze Dissertação (mestrado) – Faculdade Cásper Líbero, Programa de Mestrado em Comunicação

1. Painel eletrônico. 2. Mídia exterior. 3. Propaganda. I. Yanaze, Mitsusu Higuchi. II. Faculdade Cásper Líbero, Programa de Mestrado em Comunicação. III. Título.

64

Modelo de folha de rosto para dissertação de mestrado

65

CELSO AGOSTINHO ANTONIO

Revistas femininas e a plasticidade do corpo: a progressiva modelagem comunicativa

Dissertação apresentada à Faculdade Cásper Líbero como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Comunicação. Orientador: Profa. Dulcília H. S. Buitoni

São Paulo 2009

66

Modelo de folha de rosto para trabalho de pós-graduação (especialização)

FÁBIO MORGADO GABRIELLI

Ampliação do escopo da marca

Trabalho de conclusão de curso de Pós-Graduação lato sensu apresentado à Faculdade Cásper Líbero como requisito parcial para a especialização em Marketing e Comunicação Publicitária. Orientador: Prof. Júlio César Barbosa

São Paulo 2009

67

7.3 Errata • Constituída pela referência do trabalho e o texto da errata; • É utilizada para pequenas correções; • Inserida logo após a folha de rosto e em folha avulsa. Exemplo:

SANTOS, João Bosco dos. Painel eletrônico: estudo exploratório sobre mídia exterior. 2000. 110 f. Dissertação (Mestrado em Comunicação e Mercado) - Faculdade Cásper Líbero, São Paulo, 2000.

Folha Linha Onde se lê Leia-se 27 12 comunicacao comunicação 55 29 epoca época

68

7.4 Folha de aprovação • Nome do(s) autor(es); • Título, subtítulo se houver; • Número de volumes especificado na capa, somente se houver mais de um; • Natureza (trabalho de graduação, dissertação, tese) e objetivo (aprovação em

disciplina, bacharel, mestre, doutor); nome da instituição a que é submetido; área de concentração;

• Local (cidade) da instituição onde o trabalho será apresentado; • Ano (da entrega)

Modelo

Dissertação apresentada para a obtenção do grau de Mestre em Comunicação pela Faculdade Cásper Líbero. Orientador: Prof. Dr. Jose Eugenio de O. Menezes

O jornalismo radiofônico e as narrativas vinculadoras:

experiências de emissoras paulistanas

MARCELO CARDOSO

São Paulo 2010

69

Nota: A assinatura e a data de aprovação são colocadas após a avaliação do trabalho

70

7.5 Dedicatória • Elemento opcional criado pelo(s) autor(es) para homenagear ou dedicar o trabalho; • Não é necessário colocar o título dedicatória, inclua apenas o texto; • Formatação livre, apenas deixe o texto centralizado.

Modelo

Sem título

À Maria, companheira de longa jornada. Aos meus filhos, pela paciência e por compreender a minha ausência nos

momentos em que a presença era imprescindível. Aos meus pais, por todo o incentivo e ensinamentos.

71

7.6 Agradecimentos • Agradecimento às pessoas que contribuíram de forma direta ou indireta na elaboração

do trabalho; • O título agradecimento é centralizado; • A formatação do texto é livre.

Modelo

AGRADECIMENTOS

Ao Augusto, amigo e grande incentivador, e diretamente responsável pela minha trajetória no mundo acadêmico.

Ao professor César, pelo indispensável apoio.

Aos professores da pós-graduação da Faculdade Cásper Líbero.

Em especial, ao prof. José Geraldo Vieira, meu mestre e orientador, por seus

ensinamentos, conselhos e incentivo.

Tamanho 14 Letra maiúscula Centralizado

72

73

7.7 Epígrafe • Apresentação de uma citação (frase, pensamento, provérbio), seguida de indicação de

autoria, relacionada com a matéria tratada no corpo do trabalho; • Não é necessário colocar o título epígrafe, inclua apenas o texto; • A formatação do texto é livre.

Modelo

Sem título

“Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com freqüência, poderíamos ganhar,

por simples medo de arriscar." (William Shakespeare)

74

75

7.8 Resumo na língua vernácula • Apresentação concisa dos pontos relevantes do texto; • Escrito em parágrafo único; • Verbo na voz ativa e na 3ª pessoa do singular; • Deve conter entre 150 e 500 palavras; • Evitar o uso de símbolos, fórmulas, equações etc., que não sejam de uso corrente; • As palavras-chave devem figurar logo abaixo do resumo, antecedidas da expressão

Palavras-chave: separadas entre si por (.) e finalizadas por (.).

Modelo

RESUMO

Faz um estudo sobre a evolução da propaganda e traz à discussão dados referentes à mídia exterior focando, principalmente, o painel eletrônico como um novo veículo de comunicação de mensagens publicitárias, comparando-o com o outdoor tradicional. Verifica a possibilidade de ampliar o emprego do painel eletrônico nas campanhas de propaganda, como um canal privilegiado. Palavras-chave: Painel eletrônico. Mídia exterior. Propaganda

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Tamanho 12 Espaço entrelinhas simples

76

77

7.8.1 Resumo em língua estrangeira • Apresentado em uma folha separada; • Possui as mesmas características e o conteúdo do resumo em língua vernácula; • Dentre os idiomas utilizados temos: o inglês Abstract; o espanhol Resumen; o francês

Résumé.

Modelo

ABSTRACT

It makes a study advertising and discusses external media data, focusing, mainly, the electronic panel as a new communication advertising messages channel, comparing it to the traditional billboard. It verifies the possibility to enlarge the employment of the electronic panel in the advertising campaigns, as a privileged channel. Keywords: Eletronic panel. Foreign media. Advertising

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Tamanho 12 Espaço entrelinhas simples

78

7.9 Lista de ilustrações • É elaborada de acordo com a ordem em que as ilustrações aparecem no texto; • Cada item deve ser designado por seu nome específico, acompanhado do respectivo

número da página; • Se o trabalho for composto por diferentes tipos de ilustração (desenhos,

organogramas, fotografias, gráficos, mapas, retratos etc.) recomenda-se a elaboração de lista própria para cada tipo de ilustração.

Modelo

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Fachada do MASP 12

Figura 2 – Entrada do Centro Cultural 14

Figura 3 – Prédio da Gazeta 22

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Tamanho 12 Espaço entrelinhas de 1,5

79

80

7.10 Lista de tabelas • Elaborada de acordo com a ordem apresentada no texto; • Cada item deve ser designado por seu nome específico, acompanhado do respectivo

número da página.

Modelo

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Publicidade exterior 39

Tabela 2 – Distribuição de verba de mídia Brasil 42

Tabela 3 – Relação de painéis instalados em São Paulo 70

Tabela 4 – Opiniões de agências 85

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Tamanho 12 Espaço entrelinhas de 1,5

81

7.11 Lista de abreviaturas ou siglas • Relação alfabética das abreviaturas e siglas utilizadas no texto, seguidas das palavras

correspondentes grafadas por extenso; • Se o trabalho possuir abreviaturas e siglas, recomenda-se a elaboração de lista própria

para cada tipo, porém o mais comum é a lista de siglas.

Modelo

LISTA DE SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

CIP Centro Interdisciplinar de Pesquisa

ANJ Associação Nacional de Jornais

MASP Museu de Arte de São Paulo

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Tamanho 12 Espaço entrelinhas de 1,5

82

7.12 Lista de símbolos • Elaborada de acordo com a ordem apresentada no texto; • Cada símbolo é acompanhado do seu significado.

Modelo

LISTA DE SÍMBOLOS

© Copyright

∞ Infinito

β Beta

® Marca registrada

♂ Feminino

Tamanho 14 Letra maiúscula Centralizado

Tamanho 12 Espaço entrelinhas de 1,5

83

7.13 Sumário • É o último elemento pré-textual; • A enumeração das seções de uma publicação devem estar na mesma ordem em que

aparecem no trabalho; • Os elementos pré-textuais não devem constar no sumário; • Para obras com mais de um volume, deve ser incluído o sumário de toda a obra em

todos os volumes; • A subordinação dos itens do sumário deve ser destacada pela apresentação tipográfica

do texto; • Os elementos indicativos das seções que compõem o sumário, se houver, devem ser

alinhados à esquerda; • Os títulos, e os subtítulos se houver, sucedem os indicativos das seções. Recomenda-

se que sejam alinhados pela margem do título do indicativo mais extenso; • Recebe a indicação da página onde cada seção tem início; • No sumário, o título dos capítulos e subcapítulos devem ser iguais aos descritos no

trabalho, estar na mesma ordem e tipologia adotada quanto ao tamanho e tipo de letra.

O sumário só pode ser feito depois que o texto for dado como concluído: o esboço (da monografia) serviu para orientar a redação do texto (introdução, desenvolvimento e conclusão), mas o sumário deve ser tirado do texto pronto, para que haja total coincidência de títulos e acertos na indicação das páginas onde se encontram as seções e suas subdivisões. (FEITOSA, 1997, p.72 apud SERRA NEGRA, 2004, p. 111)

84

Modelo

No sumário o tamanho e o tipo de letra são os mesmos usados no corpo do trabalho.

Dica: Quem não souber usar o recurso do Word chamado tabulação, que alinha o número das páginas no sumário, poderá fazer o sumário utilizando o recurso tabela, trabalhando

85

com 2 colunas, uma para o título dos capítulos e outra para o número das páginas. Ou ainda pelo seguinte caminho: Inserir – Referência – Índices - Índice analítico.

86

8 ELEMENTOS TEXTUAIS Constituídos de três partes fundamentais: introdução, desenvolvimento e conclusão. INTRODUÇÃO

Parte inicial do texto, onde devem constar a delimitação do assunto tratado, objetivos da pesquisa e outros elementos necessários para situar o tema do trabalho. DESENVOLVIMENTO

Parte principal do texto, que contém a exposição ordenada e pormenorizada do assunto. Divide-se em seções e subseções, que variam em função da abordagem do tema e do método. CONCLUSÃO OU CONSIDERAÇÕES FINAIS

Parte final do texto, na qual se apresentam conclusões correspondentes aos objetivos ou hipóteses.

87

8.1 Citações

De acordo com a (NBR 6023) a citação é a “menção de uma informação extraída

de outra fonte.” As citações podem estar localizadas diretamente no texto ou em notas de

rodapé.

Regras gerais • Nas citações, as chamadas pelo sobrenome do autor, pela instituição responsável ou título incluído na sentença devem ser em letras maiúsculas e minúsculas; • Nas citações indiretas a indicação da página consultada é opcional. Exemplo:

Tão importante quanto o tema da pesquisa é o tipo de pesquisa a ser utilizado, afirma

Monteiro (1998), desta forma, o estudante pode se equivocar ao escolher primeiro o tipo de pesquisa e depois o assunto. • Quando a citação estiver entre parênteses, o sobrenome do autor deve ser em letra maiúscula; • Deve-se especificar a página, volume, tomo ou seção da fonte consultada. Exemplo:

“Sem dúvida, a prática da pesquisa no âmbito do trabalho universitário contribuiria significativamente para tirar o ensino superior dessa sua atual irrelevância.” (SEVERINO, 2008, p. 30)

Segundo Munteal e Grandi (2005, p. 49): “Em 1925, surgia O Globo, fundado por Irineu

Marinho, junto com Herbert Moses e Justo de Morais, com a finalidade de ‘renovar os padrões dominantes na imprensa carioca’.” • Quando a citação não inicia, mas encerra o parágrafo, o ponto final fecha depois das

aspas. Exemplo:

Para a sociedade humana “a experiência vivida de sua evolutiva pode contribuir para modelar o desenrolar dos próprios processos sociais”. (ELIAS, 1998, p. 65 apud SERRA NEGRA, 2004, p. 194) • Se a citação inicia e encerra o parágrafo, o ponto final é colocado dentro de aspas.

88

Exemplo:

“A inserção de epígrafe nos trabalhos monográficos demonstra, por certo, certa erudição do autor e principalmente a visão e ligação que ele faz entre um pensamento e o conteúdo de sua obra ou capítulo.” (SERRA NEGRA, 2007, p. 77)

89

8.1.1 Citação com até 3 linhas • Segue o formato utilizado no texto, quanto ao espaçamento, tamanho e tipo de fonte; • Deve estar contida entre aspas duplas. As aspas simples são utilizadas para indicar

citação no interior da citação.

8.1.2 Citação com mais de 3 linhas • Digitada em espaço entre linhas simples; • Tamanho de fonte menor que a do texto, tamanho 10 por exemplo; • Recuo da margem esquerda de 4 cm; • Sem o uso de aspas duplas.

8.1.3 Citação direta Transcrição textual de parte da obra do autor consultado Exemplo: Com até 3 linhas

“As citações são os elementos retirados dos documentos pesquisados durante a leitura

de documentação e que se revelam úteis para corroborar as idéias desenvolvidas pelo autor no

decorrer do seu raciocínio”. (SEVERINO, 2008, p. 174)

Com mais de 3 linhas

O professor deve mostrar aos alunos, durante todo o semestre/ano letivo, o lado indagador da pesquisa, o prazer da descoberta e a gratificação da produção de um trabalho próprio. Ao término da disciplina, sempre há alunos entusiasmados, empolgados com seus projetos de pesquisa e com a certeza de que pelo percurso produziram algo de qualidade. (SERRA NEGRA, 2004, p. 20)

8.1.4 Citação indireta Texto baseado na obra do autor consultado

90

91

Exemplo:

As referências bibliográficas referem-se à lista de obras citadas no trabalho, já a

bibliografia é a lista de obras conhecidas pelo autor, portanto, são coisas distintas. (MONTEIRO,

1998, p. 51)

As normas utilizadas na elaboração de trabalhos científicos são desconhecidas por

muitos estudantes, mas também por parte de alguns professores. (SERRA NEGRA, 2004, p. 18)

8.1.5 Citação da citação Citação direta ou indireta de um texto ao qual não se teve acesso ao documento original. Exemplo:

Andrade (1994 apud SANTOS, 2009, p. 195) “[...] para a pesquisa sobre os

procedimentos apresenta apenas três tipos: pesquisa bibliográfica, pesquisa de campo e

pesquisa de laboratório (experimental).”

Dentre as qualidades necessárias em um pesquisador podemos destacar o

conhecimento do assunto da pesquisa, curiosidade, criatividade e integridade intelectual. (GIL,

1989, apud SANTOS, 2009, p. 196)

Nota: A expressão apud significa – citado por, conforme ou segundo.

8.1.6 Omissões e acréscimos em citações As supressões, interpolações, comentários, ênfase ou destaques, são indicadas como segue:

a) Supressões: [...] b) Interpolações, acréscimos ou comentários: [ ] c) Ênfase ou destaque: grifo ou negrito ou itálico.

92

8.1.7 Grifo nosso ou grifo do autor Usado para destacar algum trecho da citação, ficando este em negrito.

93

Grifo do autor - quando o destaque já existe no texto consultado. Exemplo:

Nas palavras de Monteiro (1998, p.41, grifo do autor) “para os funcionalistas, os

fenômenos apresentam uma estrutura básica geral e comum.”

Grifo nosso – quando algum trecho da citação é destacado por você. Exemplo:

“Quando se pretende dar ênfase a alguma passagem de uma citação literal, costuma-

se grifá-la, sublinhá-la.” (SEVERINO, 2008, p. 176, grifo nosso)

8.1.8 Citação de autores com o mesmo sobrenome Para diferenciá-los acrescentam-se as iniciais de seus prenomes, se mesmo assim existir coincidência, coloca-se os prenomes por extenso: Exemplo: (CERQUEIRA, J., 1999) (CRUZ, Dulce, 1996)

(CERQUEIRA, D., 1980) (CRUZ, Denise, 1996)

8.1.9 Citação de várias obras de um mesmo autor • Quando publicadas no mesmo ano são distinguidas pelo acréscimo de letras

minúsculas, em ordem alfabética, após a data e sem espaço. Exemplo: De acordo com Martino (2003a) (MARTINO, 2003b)

• Quando as citações indiretas de um mesmo autor são publicadas em anos diferentes as datas são separadas por vírgula.

Exemplo: (DIMENSTEIN, 1992, 1998, 2000) (CRUZ; CORREA; COSTA, 1998, 1999, 2000)

94

95

8.1.10 Citação indireta de vários autores simultaneamente • Devem ser separadas por ponto-e-vírgula e em ordem alfabética.

Exemplo:

Ela polariza e encaminha, sob a forma de “demanda coletiva”, as necessidades de

todos (FONSECA, 1997; PAIVA, 1997; SILVA 1997).

Diversos autores salientam a importância do “acontecimento desencadeador” no início

de um processo de aprendizagem (CROSS, 1984; KONX, 1986; MEZIROW, 1991).

8.1.11 Citação de informação verbal Obtida em palestra, debate, reunião etc. • Indicar entre parênteses a expressão informação verbal e mencionar os dados

disponíveis em nota de rodapé. Exemplo no texto:

O próximo número da revista Communicare já está sendo produzido e deverá ser

lançado no 2º semestre de 2010 (informação verbal)¹.

Exemplo na nota de rodapé: ____________________ ¹ Notícia fornecida por Maria Goreti Juvencio Sobrinho Frizzarini na reunião do Centro Interdisciplinar de Pesquisa, em São Paulo, janeiro de 2010.

8.1.12 Citação de trecho traduzido • Deve-se incluir, após a chamada da citação, a expressão tradução nossa, entre

parênteses. Exemplo:

96

“Aquele inverno foi horrível. Seguiram-se as tempestades, o granizo e as nevadas,

depois o gelo, que se desfez em meados de fevereiro.” (ORWELL, 1979, p. 64, tradução nossa).

97

8.1.13 Emprego de aspas simples na citação • Quando o autor assinala algum trecho com aspas, na citação direta elas são grafadas

como aspas simples. Exemplo:

Embora comumente denominado ‘monografia’, o trabalho científico de final de graduação ou pós-graduação lato sensu (especialização) só poderá atentar pelo nome de ‘monografia’ se verter sobre um único tema. O mesmo se aplica às dissertações e teses. (SERRA NEGRA, 2004, p. 26).

8.2 Sistema de chamada para as citações As citações devem ser indicadas no texto por um sistema de chamada, numérico ou autor-data, que deverá ser seguido ao longo de todo o trabalho.

8.2.1 Sistema numérico1 • Ordenação em números arábicos consecutivos, que remetem à lista de referências ao

final do trabalho; • Se for utilizado o sistema numérico no texto, a lista de referências deve seguir a

mesma ordem numérica crescente; • O sistema numérico não pode ser usado concomitantemente para notas de rodapé,

sejam elas de referência ou explicativas; • Não se inicia a numeração das citações a cada página; • A indicação da numeração pode ser feita entre parênteses, alinhada ao texto, ou

situada pouco acima da linha do texto em expoente à linha do mesmo, após a pontuação que fecha a citação, exemplo:

Diz Rui Barbosa: “Tudo é viver, previvendo.” (2) Diz Rui Barbosa: “Tudo é viver, previvendo.” ²

Exemplo no texto:

“Pensar a comunicação evita a crença de que a tecnologia pode superar estas

defasagens, e lembra que é definitivamente do lado da intersubjetividade, de suas fragilidades,

1 Não confundir a ordenação das referências através do sistema numérico com as notas de rodapé, são coisas distintas e que não devem ser usadas ao mesmo tempo.

98

de seus reveses, mas também dos seus ideais que se encontram os principais desafios da

comunicação.” (1)

99

Na práxis acadêmica, a monografia é um tipo de atividade solicitada aos alunos; em geral, os temas desenvolvidos em qualquer disciplina são livres. Vale lembrar, entretanto, que a criatividade dos alunos deve estar inserida no texto e no contexto, mas não na metodologia. O orientador deve ser rigoroso na cobrança metodológica, da mesma forma que o mundo exterior é rigoroso para com a competência profissional. Este é o melhor caminho para conseguir resultados satisfatórios com a criação de textos científicos. (SERRA NEGRA, 2004, p. 18)²

Exemplo na lista de referências: 1 WOLTON, Dominique. Internet, e depois?: uma teoria crítica das novas mídias. Porto Alegre, RS: Sulina, 2003. p. 55 2 SERRA NEGRA, Carlos Alberto; SERRA NEGRA, Elizabete Marinho. Manual de trabalhos monográficos de graduação, especialização, mestrado e doutorado. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2004. 238 p.

8.2.2 Sistema autor-data • As referências são reunidas no final do trabalho em uma única ordem alfabética; • A indicação da fonte é feita pelo sobrenome do autor, nome da entidade ou título de

entrada, seguido da data de publicação do documento e da(s) página(s) da citação, no caso de citação direta, separados por vírgula e entre parênteses;

• Este sistema é o indicado quando há notas de rodapé no texto; • Se o título iniciar com artigo (definido ou indefinido), ou monossílabo, este deve se

incluído na indicação da fonte. Exemplo no texto:

“A proporção de lares com telefone mais do que dobrou de 1992 a 1999, refletindo

tanto o aumento da renda quanto a expansão dos serviços de telefonia e barateamento da

assinatura básica depois da privatização.” (BRASIL, 2002, p. 34)

Abreu (2002, p.31) descreve: “Na guerra pela conquista do leitor, o novo modelo de

jornalismo levou mesmo à introdução de recursos não-jornalísticos na imprensa: foi assim que

surgiu a política de distribuição de fascículos e brindes e de sorteios.”

É comum o pesquisador iniciante ter dúvidas quando à distribuição do assunto em capítulos ou em partes; não só quanto à quantidade, mas também no que diz respeito à ordem de desenvolvimento do trabalho, ou seja, à seqüência lógica da exposição do assunto. (PARRA FILHO; SANTOS, 2004, p. 99).

100

Entre as diversas revistas nacionais que já existiram no Brasil destacamos na

Manchete uma particularidade em seu foco jornalístico: “não privilegiava a reportagem escrita,

dando mais importância à cobertura fotográfica.” (A REVISTA... , 2000, p. 53)

“A difusão dessas idéias também se dava através da imprensa operária, que chegou a

contar, na época, com mais de 150 jornais na capital e no interior do Estado.” (UM RETRATO...,

1994, p. 63)

Exemplo na lista de referências:

A REVISTA no Brasil. São Paulo: Abril, 2000. 249 p. ABREU, Alzira Alves de. A modernização da imprensa: (1970-2000). Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002. 66 p.

BRASIL. Presidência da República. Secretaria de Estado de Comunicação de Governo. Real: oito anos construindo o futuro. Brasília: SECOM, 2002. 88 p. PARRA FILHO, Domingos; SANTOS, João Almeida. Apresentação de trabalhos científicos: monografia, TCC, teses e dissertações. 10. ed. São Paulo: Futura, 2004. 140 p. UM RETRATO no jornal: a história de São Paulo na Imprensa Oficial (1891-1994). São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 1994. 175 p.

8.3 Notas de rodapé • São digitadas dentro das margens, ficando separadas do texto por um espaço simples

de entrelinhas e por filete de 3 cm, a partir da margem esquerda; • Deve-se utilizar o sistema autor-data para as citações no texto e o numérico para notas

explicativas; • O tamanho da letra deve ser menor que a do texto. Exemplo no texto:

Serra Negra (2004, p. 179) explica que “O objetivo das notas de rodapé¹ é prestar esclarecimentos ou inserir no trabalho considerações complementares, cujas inclusões no texto interromperiam a seqüência lógica da leitura².” Exemplo no rodapé:

101

_______________________ 1 O pé de uma página impressa, descrição encontrada no Houaiss (2001). ² O texto deve ser agradável e compreensível ao leitor.

102

8.3.1 Notas de referência Notas que indicam fontes consultadas ou remetem a outras partes da obra onde o assunto foi abordado, são chamadas também de notas bibliográficas. • A enumeração das notas de referência é feita por algarismos arábicos, devendo ter

uma numeração única e consecutiva para cada capítulo ou parte; • Não se inicia a enumeração a cada página. A primeira citação de uma obra, em nota de rodapé, deve ter sua referência completa. Exemplo no rodapé: _______________________ ³ HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro de Salles; FRANCO, Francisco Manoel de Mello. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.

8.3.2 Citações subseqüentes

As subsequentes citações da mesma obra podem ser referenciadas de forma abreviada, utilizando as seguintes expressões, abreviadas quando for o caso:

Termo Significado Abreviação

Idem mesmo autor Id.

Ibdem na mesma obra Ibid.

Opus citatum, opere citato obra citada op. cit.

Passim aqui e ali, em diversas passagens

passim

Loco citato no lugar citado loc. cit.

Confira, confronte Cf.

Sequentia Seguinte ou que se segue et seq.

103

Apud2 Citado por, conforme, segundo Exemplos:

a) Idem - Id. _________________________ ¹ ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001, p. 5. ² Id., 2002, p. 19.

b) Ibdem - Ibid. _________________________ ¹ RUIZ, 2006, p. 79 ² Ibid., p. 33

c) Opus citatum - op. Cit. ______________________________

¹ SERRA NEGRA, 2003, p. 47. ² RUIZ, 2002, p. 42-44. ³ SERRA NEGRA, op. cit., p. 120.

d) Passim – passim _________________________ ¹ SEVERINO, 2003, passim.

e) Loco citato – loc. cit. _________________________ ¹ PARRA FILHO; SANTOS, 2000, p. 87-105. ² PARRA FILHO; SANTOS, loc. cit.

f) Confira, confronte – Cf. _________________________ ³ Cf. SEVERINO, 2001.

g) Sequentia – et seq. 2 Com exceção da expressão apud todas as outras descritas no quadro só podem ser usadas na mesma página ou folha da citação a que se referem.

104

_________________________ ¹ MARCONI; LAKATOS, 2006, p. 23 et seq.

h) Apud _________________________ ² GALLIANO, 1986 apud SERRA NEGRA, 2004, p. 119

8.3.3 Notas explicativas Notas usadas para comentários, esclarecimentos ou explanações, que não possam ser incluídos no texto. • A enumeração das notas explicativas é feita em algarismos arábicos, devendo ter

numeração única e consecutiva para cada capítulo ou parte; • Não se inicia a enumeração a cada página.

Exemplo no texto:

Para a normalização¹ de um trabalho acadêmico é importante ter o conhecimento das normas técnicas e receber a orientação de um professor. Algumas obras também ajudam na elaboração do trabalho, seus exemplos tornam a explicação bem didática.

Exemplo no rodapé: ________________________ ¹ A normalização estabelece os princípios gerais para a elaboração do trabalho acadêmico, seja ele em nível de graduação, especialização ou pós-graduação.

105

9 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS

9.1 Referências • Relação de todas as obras e documentos consultados e citados ao longo do trabalho; • São alinhadas à margem esquerda, digitadas em espaço simples e separadas entre si

por espaço duplo; • O recurso tipográfico (negrito, grifo ou itálico) utilizado para destacar o título deve

ser o mesmo em todas as referências; • Para obras sem indicação de autoria ou responsabilidade o elemento de entrada será o

próprio título, com a primeira palavra em letra maiúscula.

9.1.1 Ordenação das referências As referências dos documentos citados em um trabalho devem ser ordenadas de acordo com o sistema utilizado para citação no texto, conforme NBR 10520.3 Os sistemas mais utilizados são: alfabético (ordem alfabética de entrada) e numérico (ordem de citação no texto).

9.1.1.1 Ordem alfabética • As referências são reunidas no final do trabalho em uma única ordem alfabética. Exemplo no texto:

Segundo Saad (2003, p. 77) “a mensagem transformada em conteúdo traz como maior

inovação as qualidades da hipermídia e da interatividade [...].”

“É permitido omitir parte da citação, desde que tal omissão não altere o sentido do

texto. As mesmas são indicadas por reticências entre colchetes.” (PESCUMA; CASTILHO, 2005)

Exemplo na lista de referências:

PESCUMA, Derna; CASTILHO, Antonio Paulo F. de. Referências bibliográficas: um guia para documentar suas pesquisas. 4. ed. rev.ampl. São Paulo: Olho d'Água, 2005. 124 p. 3 Para este item consulte o capítulo de citações.

106

SAAD, Beth. Estratégias para mídia digital: Internet, informação e comunicação. São Paulo: Senac, 2003. 293 p.

9.1.1.2 Ordem numérica As referências são reunidas no final do trabalho ordenadas por ordem crescente de citação no texto. • Se for utilizado o sistema numérico no texto, a lista de referências deve seguir a

mesma ordem numérica crescente; • O sistema numérico não pode ser usado concomitantemente para notas de referência e

notas explicativas. Exemplo no texto:

“A mensagem transformada em conteúdo traz como maior inovação as qualidades da

hipermídia e da interatividade [...].”(1)

“É permitido omitir parte da citação, desde que tal omissão não altere o sentido do

texto. As mesmas são indicadas por reticências entre colchetes.”(2)

Exemplo na lista de referências: 1 SAAD, Beth. Estratégias para mídia digital: Internet, informação e comunicação. São Paulo: Senac, 2003. 293 p. 2 PESCUMA, Derna; CASTILHO, Antonio Paulo F. de. Referências bibliográficas: um guia para documentar suas pesquisas. 4. ed. rev.ampl. São Paulo: Olho d'Água, 2005. 124 p. A REVISTA no Brasil. São Paulo: Abril, 2000. 249 p. ABREU, Alzira Alves de. A modernização da imprensa: (1970-2000). Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002. 66 p.

BRASIL. Presidência da República. Secretaria de Estado de Comunicação de Governo. Real: oito anos construindo o futuro. Brasília: SECOM, 2002. 88 p. PARRA FILHO, Domingos; SANTOS, João Almeida. Apresentação de trabalhos científicos: monografia, TCC, teses e dissertações. 10. ed. São Paulo: Futura, 2004. 140 p.

107

UM RETRATO no jornal: a história de São Paulo na Imprensa Oficial (1891-1994). São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 1994. 175 p.

108

9.1.1.3 Como elaborar as referências Elementos essenciais na referência de livro: • autor(es); • título e subtítulo (quando houver); • edição; • local de publicação (cidade); • editora; • data de publicação; • número de páginas ou volumes. Elementos complementares: • coleção • ISBN; • ilustrações; • dimensões; • tradutor; • ilustrador. Ordem dos elementos essenciais e complementares:

SOBRENOME, Nome do(s) autor(es). Título: subtítulo. Edição. Tradutor. Ilustrador. Local de publicação: editora, ano. Número de páginas ou volume: ilustrações; dimensões. Coleção e/ou série. Número de ISBN.

6.2.1 Monografia no todo Inclui: livro, folheto, manual, guia, catálogo, dicionário etc.

AUTOR. Título: subtítulo4. Edição. Local de publicação (cidade): Editora, data. Número de páginas ou volume.

9.1.1.4 Com um autor BARROS FILHO, Clóvis de. Ética na comunicação. 4. ed. São Paulo: Summus, 2003. 238 p.

4 Somente se a obra possuir um subtítulo.

109

HÉBER-SUFFRIN, Pierre. O "zaratustra" de Nietzsche. Tradução Lucy Magalhães. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1994. 161 p. (Erudição & prazer). ISBN 85-7110-165-5 PATERNOSTRO, Vera Íris. O texto na TV: manual de telejornalismo. Rio de Janeiro: Elsevier, 1999. 158 p. 6.2.1.1.1 Até três autores BROWN, Lester R.; RENNER, Michael; HAWEIL, Brian. Sinais vitais 2002: as tendências ambientais que determinarão nosso futuro. Salvador: Editora Uma, 2000. 195 p. RUTTER, Marina; ABREU, Sertório Augusto de. Pesquisa de mercado. 3. ed. São Paulo: Ática, 2006. 77 p. 6.2.1.1.2 Acima de três autores GONZALEZ, Amélia et al. Parem as máquinas: jornalistas que valem mais de 50 contos. Rio de Janeiro: Casa Jorge, 2006. RIBEIRO, Júlio et al. Tudo que você queria saber sobre propaganda e ninguém teve paciência para explicar. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1995. 432 p. 6.2.1.1.3 Outras responsabilidades (Organizador, coordenador, editor, compilador etc.) LOPES, Boanerges (Coord.). Abaixo o nada a declarar!: o assessor de imprensa na era da globalização. Rio de Janeiro: Zabelê, 1998. 211 p. MARQUES, José Carlos; CARVALHO, Sérgio; CAMARGO, Vera Regina Toledo (Org.). Comunicação e esporte: tendências. Santa Maria, RS: Pallotti, 2005. 214 p. Nota: A obra acima possui três organizadores. MOTTA, Márcia (Org.). Dicionário da terra. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 2005. 515 p.

110

6.2.1.1.4 Entrada pelo título

TÍTULO: subtítulo. Edição. Local de Publicação (cidade): Editora, data. Número de páginas ou volume.

BÍBLIA Sagrada. 23. ed. São Paulo: Paulinas, 1967. 1501 p. CIDADANIA antes dos 7 anos: a educação infantil e os meios de comunicação. São Paulo: Cortez, 2003. 146 p. ENCICLOPÉDIA Barsa. Rio de Janeiro: Encyclopaedia Britannica do Brasil, 1989. 2 v. SEGMENTAÇÃO do mercado turístico: estudos, produtos e perspectivas. São Paulo: Manole, 2009. 547 p. 6.2.1.1.5 Entrada por entidade (Órgãos governamentais e associações)

AUTOR. Título: subtítulo. Local de Publicação (cidade): Editora, data. Número de páginas ou volume.

ASSOCIÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e documentação – referências – elaboração. Rio de Janeiro, 2002. 24 p. BRASIL. Ministério do Esporte e Turismo. Instituto Brasileiro de Turismo (EMBRATUR). Estudo da demanda turística internacional 2003. Brasília, 2004. 83 p. INSTITUTO BRASILEIRO DE INFORMAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA. Manual de acesso às bases de dados do IBICT. Brasília, 1994. 88 p. SÃO PAULO (Estado). Secretaria do Meio Ambiente. Agenda 21 em São Paulo: 1992-2002. São Paulo, 2002. 152 p. Nota: Em alguns casos em que uma obra tem como “autor” uma instituição, que é também a “editora”, a instituição entra apenas como autor.

111

6.2.1.2 Parte de monografia Inclui: capítulo, texto, páginas.

AUTOR. Título e subtítulo da parte. Seguidos da expressão “In:”, e da referência completa da monografia no todo. Número das páginas consultadas.

AMATO, Rogério. Terceiro setor: trabalho para a inclusão. In: SAMPAIO, Lia Regina Castaldi (Org.). Solidariedade: a rede como mecanismo de interação social. São Paulo: L. R. C. Sampaio, 2005. p. 101-107. ECO, Umberto. Apontamentos sobre a televisão. In: ______5. Apocalípticos e integrados. 6. ed. São Paulo: Perspectiva, 2001. p. 325-365. WISNIK, José Miguel. Algumas questões de música e política no Brasil. In: BOSI, Alfredo. Cultura brasileira: temas e situações. São Paulo: Ática, 2004. cap. 7, p. 114-123. 6.2.1.2.1 Páginas isoladas BARBEIRO, Heródoto; LIMA, Paulo Rodolfo de. Manual de radiojornalismo: produção, ética e Internet. 2. ed. rev.atual. Rio de Janeiro: Campus, 2003. p.20-22, 27, 30. BURKE, Peter. Antropologia. In: BOTTOMORE, Tom. (Ed.). Dicionário do pensamento marxista. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997. p. 12-14. 6.2.1.2.2 Verbete

VERBETE. Seguido da expressão “In:”, e da referência completa da monografia no todo. Número da página consultada.

CYBERPUNK. In: LONGMAN dictionary of contemporary english. 3. ed. Inglaterra: Longman, 2000. p. 337. 5Quando o autor do capítulo, texto ou página for o mesmo da obra completa, para não repetir o nome pode-se substituí-lo por 6 espaços de underline.

112

ENCANTEIRA. In: CASCUDO, Luís da Câmara. Dicionário do folclore brasileiro. 11. ed. rev. atual. São Paulo: Global, 2001. p. 211. 6.2.1.3 Periódico no todo6 Inclui: revista, boletim, seriados.

TÍTULO DA REVISTA. Local de publicação: editora, data de início e de encerramento da publicação, se houver. Periodicidade. ISSN

COMMUNICARE: revista de pesquisa. São Paulo: Faculdade Cásper Líbero. Centro Interdisciplinar de Pesquisa, 2001-. Semestral. ISSN 1676-3475. O PASQUIM 21. Rio de Janeiro: Gampz, 2002-2004. Semanal. VEJA. São Paulo: Abril, 1968-. Semestral. ISSN 0100-7122. 6.2.1.3.1 Periódico em parte Inlcui: suplemento, fascículo, volume, número especial.

TÍTULO DA REVISTA. Título do fascículo. Local de publicação: editora, volume e/ou numero, mês e ano.

GALÁXIA: revista transdisciplinar de comunicação, semiótica, cultura. São Paulo: EDUC, n.17, jun. 2009. ISTOÉ. São Paulo: Três, v.33, n. 2097, jan. 2010. 106 p. TRANSINFORMAÇÃO. Campinas: Pontifícia Universidade Católica de Campinas, v.21, n.2, maio/ago. 2009. 174 p. 6Em trabalhos acadêmicos o mais comum é ser referenciada apenas uma parte da revista (número ou artigo) e não a coleção toda.

113

VEJA. O melhor do Brasil. São Paulo: Abril, v.38, n.54, dez. 2005. 125p. Número especial.

114

6.2.1.3.2 Artigo ou matéria de revista

AUTOR. Título do artigo. Título da revista, local de publicação, ano e/ou volume, fascículo ou número, paginação inicial e final, mês7 e ano ou intervalo da publicação.

CASTRO, Gisela Granjeiro da Silva. Nas tramas da rede: uma investigação das estratégias no consumo de música digital. Cadernos de Pesquisa – ESPM, São Paulo, v.2, n.1, p. 11-70, jan. 2006. CHINELLATO, Thais Montenegro. A arte da imperfeição na mídia: aspectos culturais e estéticos. Líbero: Revista do Programa de Pós-graduação da Faculdade Cásper Líbero, São Paulo, v.11, n.21, p. 133-145, jun. 2008. MENEZES, José Eugênio de Oliveira. Comunicação como ciência da cultura: os meios como espaços de construção de sentidos. Communicare: revista de pesquisa, São Paulo, v.2, n.1, p. 47-58, jan. 2002. 6.2.1.3.3 Artigo ou matéria de jornal

AUTOR. Título do artigo. Título do jornal, local de publicação, data de publicação, seção, caderno ou parte do jornal e a paginação correspondente. Quando não houver seção, caderno ou parte a paginação do artigo ou matéria precede a data.

LUCCHETTI, Alessandro. Cielo não bate recorde por um triz. Diário de S. Paulo, São Paulo, 18 dez. 2009. Caderno de esportes, p. 8. PIRES, Carol. Juiz afasta aliados de Arruda. Estado de S. Paulo, São Paulo, p. 8, 21 jan. 2010. RANGEL, Juliana. CVM comprará novo sistema para monitorar vazamento de informações. O Globo, Rio de Janeiro, 20 jan. 2010. Caderno de economia, p. 27.

7 Em revistas internacionais ao invés do mês é comum ser informado as estações do ano, como por exemplo, summer, spring etc.

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6.2.1.4 Entrevista

ENTREVISTADO. Título da entrevista. Entrevista concedida a nome(s) do(s) entrevistador (es) em data abreviada da entrevista. Título da revista, local, ano, v., n., página inicial-final, mês e/ou ano.

DUARTE, Anselmo. Entrevista concedida à equipe da revista A Terceira Idade. A Terceira Idade: estudos sobre o envelhecimento, São Paulo ,v.16, n.33, p.102-115, jul. 2005. SAAD, Elisabeth. A bolha da Internet e as empresas de comunicação no Brasil. Entrevista concedida a Marcelo Coutinho. Comunicação, mídia e consumo, São Paulo ,v.1, n.2, p. 201-213, nov. 2004. 6.2.1.5 Resenha

AUTOR da resenha. Título da resenha. Resenha de SOBRENOME, Nome do autor. Título da obra resenhada, edição, local, editora, data, número de páginas. Título da revista, local, ano, v., n., página inicial-final, data. Indicação do tipo de fascículo.

Com título

TAMAYOSE, Débora Marie. A comunicação e a televisão: uma análise crítica. Resenha de LIMA, Venício Artur de; CAPPARELLI, Sérgio. Comunicação e televisão: desafios da pós-globalização. São Paulo: Hacker, 2004. 162 p. Communicare: revista de pesquisa, São Paulo, v.6, n.2, p.143-145, jul. 2006.

Sem título ARAUJO, Cíntia Langie. Resenha de MAFFESOLI, Michel, A sombra de Dionísio: contribuição a uma sociologia da orgia. Rio de Janeiro: Graal, 1985. Revista Famecos: mídia, cultura e tecnologia, Porto Alegre, n. 26, p. 129-131, abr. 2005. 6.2.1.6 Evento

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Inclui: seminário, congresso, fórum etc.

NOME DO EVENTO, número, ano, local (cidade) de realização. Título (anais, atas, tópico temático etc.). Local de publicação: Editora, data. Paginação.

CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DO FORTE COPACABANA, 4., 2007, Rio de Janeiro. Segurança Internacional: um diálogo Europa-América do Sul. Rio de Janeiro: Konrad Adenauer Stiftung, 2008. 181 p. SEMINÁRIO TRANSDICIPLINAR, 1., 1990, São Paulo. Anais ... São Paulo: Escola de Comunicações e Artes/Universidade de São Paulo, 1991. 205 p. SIMPÓSIO LATINOAMERICANO DE COMUNICACIÓN ORGANIZACIONAL, 4., 1999, Cali. Memória do IV Simpósio de Comunicación Organizacional. Cali: Corporacion Universitaria Autonoma de Occidente, 1999. 291 p. 6.2.1.6.1 Trabalho apresentado em evento

AUTOR. Título do trabalho apresentado. In: NOME DO EVENTO, número, ano, local (cidade) de realização. Título (anais, atas, tópico temático). Local de publicação: Editora, data de publicação. Página inicial e final.

BAPTISTA FILHO, João Virgílio. O processo diagnóstico de avaliação. In: SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR, 8., 2002, São Paulo. Anais ... São Paulo: Universidade São Judas Tadeu, 2002. p. 55-56. FRANGE, Lucimar Bello P. Pesquisas no ensino e na formação de professores: caminhos entre visualidades e visibilidades. In: CONGRESSO NACIONAL DA FEDERAÇÃO DE ARTE-EDUCADORES DO BRASIL, 15., 2004, Rio de Janeiro. Trajetória e políticas para o ensino das artes no Brasil: anais da XV CONFAEB. Brasília, DF: Ministério da Educação, 2009. p. 158-170. 6.2.1.7 Trabalho acadêmico Inclui: trabalho de conclusão de curso, projeto experimental, tese, dissertação, monografia.

117

AUTOR. Título. Ano de entrega. Número de folhas. Categoria (Grau e área de concentração) - Instituição, cidade, ano de defesa.

118

6.2.1.7.1 Até três autores FERRETTI, Larissa Minutti. Cenário: mensagem e concretização de um universo fantástico: estudo de caso do papel da cenografia na produção do programa infantil Castelo Rá-tim-bum. 2007. 77 f. Pesquisa discente (Iniciação Científica) - Centro Interdisciplinar de Pesquisa da Faculdade Cásper Líbero, São Paulo, 2007. PEREIRA, Ethel Shiraishi. É cool. Eu tenho, eu sou: estudo de caso do Skol Beats sociedade de consumo e identidade cultural. 2005. 123 f. Dissertação (Mestrado em Comunicação e Mercado) - Faculdade Cásper Líbero, São Paulo, 2005. SPERA, André; COELHO, Juliano. Loucas harmonias: a vida de Lanny Gordin. 2008. Trabalho de Conclusão de Curso (Projeto Experimental de Jornalismo) - Faculdade Cásper Líbero, São Paulo, 2008. VITALI, Tereza Cristina. A relação mercado e ensino de publicidade e propaganda: Faculdade Cásper Líbero, um estudo de caso. 2004. 246 f. Tese (Doutorado em Ciências da Comunicação) - Universidade de São Paulo, São Paulo, 2004. 6.2.1.7.2 Acima de três autores LIMA, Beatriz de Castro, et al. Balé da cidade de São Paulo. 2002. 150 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Projeto Experimental de Relações Públicas) - Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero, São Paulo, 2002. Nota: Há diferença nos dados de publicação (imprenta) dos trabalhos produzidos na Faculdade, pois até 2002 seu nome era Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero, o nome Faculdade Cásper Líbero passou a vigorar em 2003. 6.2.1.7.3 Trabalho de aluno e notas de aula

AUTOR. Título. Data. Número de páginas ou folhas. Tipo de material

DUDZIAK, Elizabeth Adriana. Mediação da informação. 2005. 10 f. Notas de aula.

119

PEREIRA, Luis Carlos Pereira. O serviço de referência em biblioteca universitária. 2009. 9 p. Trabalho de aluno.

120

6.2.1.8 Legislação

Jurisdição. Título. Numeração, data e dados da publicação. No caso de constituições e emendas, entre o nome da jurisdição e o título acrescenta-se a palavra Constituição, seguida do ano de promulgação, entre parênteses.

BRASIL. Código civil brasileiro. 8. ed. rev.atual.ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2003. 1514 p. (RT Códigos) BRASIL. Decreto nº 70.274, de 9 de março de 1972. Normas do cerimonial público e ordem geral de precedência. São Paulo: IMESP, 1982. BRASIL. Lei nº6.615, de 16 de dezembro de 1978. Dispõe sobre a regulamentação da profissão de Radialista e dá outras providências. Vade-Mécum da comunicação, Rio de Janeiro, p. 113-118, 1998. SÃO PAULO (Estado). Decreto nº42.822, de 20 de janeiro de 1998. Lex: coletânea de legislação e jurisprudência , São Paulo, v.62, n.3, p. 217-220, 1998. 6.2.1.8.1 Decisões judiciais Jurisdição e órgão judiciário competente, título (natureza da decisão ou ementa) e número, partes envolvidas (se houver), relator, local data e dados as publicação.

BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Processual Penal. Hábeas-corpus. Constrangimento ilegal. Hábeas-corpus nº 181.636-1, da 6ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, Brasília, 6 de dezembro de 1994. Lex: jurisprudência do STJ e Tribunais Regionais Federais, São Paulo, v.10, n.103, p. 236-240, mar. 1998. 6.2.1.8.2 Doutrina Discussão técnica sobre questões legais

121

BARROS, Raimundo Gomes de. Ministério Público: sua legitimação frente ao Código do Consumidor. Revista Trimestral de Jurisprudência dos Estados, São Paulo, v.19, nº 139, p. 53-72, ago. 1995.

122

6.2.1.9 Filme no todo Inclui: DVD, DVD-ROM, VHS (fita de vídeo).

TÍTULO. Diretor. Produtor. Intérpretes. Local: produtora, data. Características físicas (som, cor e medida).

CAFUNDÓ: resgate de cultura, terra e dignidade. Produção de Juliana Mir Tonello, Lilian Gomes e Pedro Ramos de Araújo. Orientado por Celso Dario Unzelte. 2008. 1 DVD-ROM, son., color. DEUS e o diabo na terra do sol. Dirigido por Glauber Rocha. Rio de Janeiro: Copacabana Filmes, 1964. 1 fita de vídeo (125 min), son., p&b. LARANJA mecânica. Direção e produção Stanley Kubrick. Intérpretes: Malcolm McDowell, Patrick Magee, Adrienne Corri, Miriam Karlin. Manaus: Microservice, 2006. 1 videodisco (137 min), son., color. O XANGÔ de Baker Street. Direção de Miguel Faria Junior. Produção de Bruno Stroppiana. Manaus: Videolar, 2002. 1 fita de vídeo (118 min), son. color. SAI de baixo. Direção, Dennis Carvalho, Daniel Filho e José Wilker. Escrito por Cláudio Paiva, Flávio de Souza e Juca Filho. Manaus: Microservice, 2003. 2 videodiscos (243 min), son., color. 6.2.1.9.1 Filme em parte Inclui: filme, documentário ou seriado

AUTORIA da parte. Título da parte. In: TÍTULO do filme. Diretor. Produtor. Local: produtora, data. Características físicas (som, cor e medida).

REICH, Andrew; COHEN, Ted. Aquele da dança de salão. In: FRIENDS: a quarta temporada completa. Direção, Gail Mancuso. Manaus: Videolar, 2004. 4 videodiscos (562 min), son., color. Disco 1, episódio 4.

123

Inclui: shows, musicais etc. AUTORIA. Título da parte ou faixa. Intérprete. Seguidos da expressão In: e da referência do documento no todo. No final da referência, deve se informar a parte (cena, capítulo ou faixa) para individualizar a referencia.

JOBIM, Antonio Carlos. Águas de março. Intérprete: Elis Regina. In: Elis Regina: MPB especial – 1973. Direção, João Marcelo Bôscoli. Produção, Fundação Padre Anchieta. Manaus: Sonopress, 2004. 1 videodisco (99 min), son., p&b, faixa 15 (3 min 50 s). 6.2.1.10 Documento iconográfico Inclui: foto, pintura, gravura, desenho, ilustração.

AUTOR. Título (quando não existir, deve-se atribuir uma denominação ou usar [Sem título]. Data e especificação do suporte.

MIWA, Renata. [Sem título]. 1 ilustração, color, 10 cm x 18 cm. Publicada na revista Esquinas, n. 46, p. 60, 2º sem., 2009. TÚLIO, Vidal. Festa de confraternização da Fundação Cásper Líbero. 2005. 1 fotografia, color., 10 cm x 15 cm. 6.2.1.11 Documento cartográfico Inclui: atlas, mapa, fotografia aérea.

AUTOR. Título. Local, editora, data de publicação, designação específica e escala.

BRASIL. Diretoria de Hidrografia e Navegação. Atlas da hidrovia do rio Solimões: de Manaus à Tabatinga. Niterói, RJ, 2001.1 atlas, color. Escalas variam. MAGALHÃES, Cláudia Freitas. Anexo V: modelo do mapa turístico utilizado no teste em Catas Altas, MG (reduzido). São Paulo: Rocca, 2002. 1 mapa, p&b. Escala 1:50.000.

124

MAPA mundi físico. São Paulo: Geomapas, 1997. 1 mapa, color. Escala 1:30.000.

125

6.2.1.12 Documento sonoro no todo Inclui: CD, disco, fita cassete.

Compositores ou intérpretes. Título. Local: gravadora (ou equivalente), data. Especificação do suporte.

AS MELHORES: Gazeta FM 88.1. Rio de Janeiro: Sony Music, 1999. 1 CD (49 min), digital., 4 ¾ pol. SOARES, Aumir; TANAKA, Paulo. O planejamento em propaganda. São Paulo: ESPM, [19-]. 1 fita cassete (60 min). TITÃS. Tudo ao mesmo tempo agora. Manaus: Videolar, 1991. 1 disco sonoro (38 min). 6.2.1.12.1 Documento sonoro em parte COMPOSITOR. Título da parte ou faixa. Intérprete. Seguidos da expressão In:, e da referência do documento sonoro no todo. No final da referência, deve-se informar a faixa ou outra forma de individualizar a parte referenciada.

ZDANOWSKI, Paulo. Coleção. Intérprete: Ivete Sangalo. In: AS MELHORES: Gazeta FM 88.1. Rio de Janeiro: Sony Music, 1999. 1 CD (49 min), digital, 4 ¾ pol., faixa 8 (2 min 50 s). TOOLER, Paula; VIANA, Herbert. Porque não eu? Intérprete: KID Abelha e os abóboras selvagens. In: Seu espião. Manaus: Videolar, 1995. 1 disco sonoro (38 min), faixa 8 (3 min 02 s). 6.2.1.13 Partitura AUTOR. Título. Local: editora, data. Designação específica e instrumento a que se destina.

126

SILVA, Mario. Buscando amores: pas de quatre para piano. Bahia: [s.n.], 1904. 1 partitura. (2 p.). Piano. GURGEL, Gao. Anjinho. São Paulo: Fermata do Brasil, 1977.(2 p., il., 32 cm.). Flauta. 6.2.1.14 Documento tridimensional Inclui: objetos, esculturas, maquetes, fósseis etc. AUTOR. Título. Data. Especificação do objeto.

FONSECA, Eduardo. Parque Municipal de Itaquaquecetuba. 1 maquete, color. Escala 1:1000 PASTORIN, Clarisse. Vaso de argila: decorado com flores e frutos. 2009. 1 escultura variável. 6.2.2 Documento de acesso exclusivo em meio eletrônico Inclui: Bases de dados, listas de discussão, arquivos em disco rígido, programas, mensagens eletrônicas entre outros. AUTOR. Título do serviço ou produto.Versão (se houver) e descrição física do meio eletrônico.

6.2.2.1 Disquete ANUÁRIO brasileiro da educação: 1997. São Paulo: Rubi, 1997. 2 disquetes, 3 ½ pol. SHINODA, Carlos. Matemática financeira para usuários do Excel. São Paulo: Atlas, 1998. 1 disquete 3 ½ pol. 6.2.2.2 CD-ROM Monografia no todo (livro, folheto, manual, guia, catálogo, dicionário) FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário Aurélio: versão 5.0. Edição revista e atualizada. Curitiba: Positivo Informática, 2004. 1 CD-ROM.

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NERI, Marcelo. Retratos da deficiência no Brasil. Rio de Janeiro: Opção Produções Artísticas 2003. 1 CD-ROM. Revista no todo BRAVO!: conteúdo integral de 84 edições da revista Bravo! de 1997 a 2004. Manaus: Microservice Tecnologia Digital da Amazônia, 2005. 5 CD-ROM. Trabalho apresentado em evento SANTOS, Silvio Marcos Dias; SILVA, Carlos Henrique Valença. A Biblioteca Universitária: partejando saberes e sabedoria. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA E DOCUMENTAÇÃO, 22., 2007, Brasilia. Anais... Brasília: FEBAB, 2007. 1 CD-ROM. Trabalho acadêmico HABR, Fabio Ferreira. Comboio da véia: uma tribo no Orkut. 2009. 1 CD-ROM. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Marketing e Comunicação Publicitária) - Faculdade Cásper Líbero, São Paulo, 2009. Base de dados UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Vocabulário controlado USP: base de dados de descritores em língua portuguesa para indexação e recuperação da informação. São Paulo: SIBi/USP, 2001. 1 CD-ROM. 6.2.2.3 E-mail8 MIRANDA, Edimilson. Proposta de contrato de manutenção [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por <[email protected]> em 22 jan. 2009. 6.2.2.4 Home page 8 O e-mail só deve ser referenciado quando não dispuser de outra fonte para abordar o tema, ou se este for o foco do trabalho. Estas mensagens possuem caráter informal e podem desaparecer rapidamente, assim como outras obtidas via Intenet.

128

FACULDADE CÁSPER LÍBERO. Disponível em: <http://www.casperlibero.edu.br>. Acesso em: 27 jan. 2010. 6.2.2.5 Base de dados COMMUNICATION & Mass Media Complete. Estados Unidos: EBSCO Information Services, [19-]. Disponível em: <http://web.ebscohost.com/ehost/search?vid=1&hid=5&sid=03466a7a-7210-457c-963e-4fa9139a3983%40sessionmgr10>. Acesso em: 05 fev. 2010.

6.2.3 Referência de documento obtido na Internet A referência deve seguir o padrão dos itens solicitados no documento impresso, bastando ser acrescentado o endereço na Internet e a data de acesso. Nota: Em todos os casos de fontes de informações obtidas na web, consulte seu orientador quanto a necessidade de imprimir os originais e disponibilizá-los em “anexos”. 6.2.3.1 Texto em geral AUTOR. Título: subtítulo. Data da composição da obra. Disponível em: <Endereço na Internet>. Acesso em: data da obtenção do texto.

FONSECA, Edson Nery da. Apogeu e declínio das classificações bibliográficas. Disponível em: < http://www.conexaorio.com/biti/nery/index.htm>. Acesso em: 22 jan. 2010. LOURENÇO, Vivian. Quem são os nossos verdadeiros heróis?. 26 jan. 2010. Disponível em: <http://www.jornalistas.blog.br/jornalistas3.0/artigo.php?idArtigo=1433>. Acesso em: 29 jan. 2010. 6.2. 3. 2 Livro completo

AUTOR. Título: subtítulo. Local: editora, cidade. Páginas. Disponível em: <Endereço na Internet>. Acesso em: data da obtenção do texto.

129

NABUCO, Joaquim. A escravidão. Recife: FUNDAJ, 1988. Disponível em: < http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/jn000061.pdf>. Acesso em 20 dez. 2009. 6.2.3.2.1 Parte de livro

AUTOR da parte. Título da parte. In: AUTORIA do livro. Título: subtítulo. Local: editora, cidade. Paginação inicial-final. Disponível em: <Endereço na Internet>. Acesso em: data da obtenção do e texto.

Texto PESSOA, Fernando. Na floresta do alheamento. In: ______. O Eu profundo e os outros Eus. São Paulo: Nova Fronteira, [s.d.]. p. 107-112. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/vo000009.pdf>. Acesso em: 22 jan. 2010. Verbete

AVATAR. In: Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. Lisboa: Priberam Informática, 1996. Disponível em: < http://www.priberam.pt/tabid/62/language/pt-PT/Default.aspx>. Acesso em: 27 jan. 2010. 6.2.3.3 Número de revista

TÍTULO DO PERIÓDICO. Título do fascículo. Local: editora, ano, v., n., data do fascículo. Páginas. Disponível em: <Endereço na Internet>. Acesso em: data da obtenção do texto.

LÍBERO: revista do Programa de Pós-graduação da Faculdade Cásper Líbero. São Paulo: Faculdade Cásper Líbero. Programa de Pós-graduação, v. 12, n. 24, dez. 2009. 160 p. Disponível em: <http://www.casperlibero.edu.br/_upload/publicacoes/6/Líbero%2024.pdf>. Acesso em: 28 jan. 2010. 6.2.3.3.1 Artigo ou matéria de revista

AUTOR. Título do artigo. Título da revista, local, ano, v., n., Paginação inicial-final, data. Disponível em: <Endereço na Internet>. Acesso em: data da

130

obtenção do texto.

FUSER, Igor. O Estadão e a diplomacia do "pragmatismo responsável". Communicare: revista de pesquisa, São Paulo ,v.8, n.2, p. 25-32, jul. 2008. Disponível em: <http://www.casperlibero.edu.br/_upload/publicacoes/7/Communicare%208.2.pdf>. Acesso em: 29 jan. 2010. 6.2.3.3.2 Artigo ou matéria de jornal

AUTOR. Título do artigo. Título do jornal, local de publicação, data de publicação, seção, caderno ou parte do jornal e a paginação correspondente. Quando não houver seção, caderno ou parte a paginação do artigo ou matéria precede a data. Disponível em: <Endereço na Internet>. Acesso em: data da obtenção do texto.

VIEIRA, Douglas. McCartney lança CD e DVD ao vivo repleto de Beatles. Metro, São Paulo, 28 jan. 2010. Metro cultura, p. 8. Disponível em: <http://publimetro.band.com.br/pdf/20100128_MetroSaoPaulo.pdf>. Acesso em: 28 jan. 2010. 6.2.3.3.3 Entrevista

ENTREVISTADO. Título da entrevista. Entrevista concedida a nome(s) do(s) entrevistador(es) em data abreviada da entrevista. Título da revista, local, ano, v., n., página inicial-final, mês e/ou ano. Indicação do tipo de fascículo. Disponível em: <Endereço na Internet>. Acesso em: data da obtenção do texto.

DOV SHINAR. Jornalismo de guerra e jornalismo de paz: o valor de notícia e as narrativas de conflito. Entrevista concedida a Rodrigo Fonseca Fernandes e Sérgio Pinheiro da Silva em 21 e 22 ago. 2009. Comtempo: revista eletrônica do Programa de Pós-graduação da Faculdade Cásper Líbero, São Paulo, v.1, n.1, 5 p., dez. 2009. Disponível em: <http://www.revistas.univerciencia.org/index.php/comtempo/article/viewFile/6752/6113>. Acesso em 29 jan. 2010. 6.2.3.3.4 Resenha

131

AUTOR da resenha. Título da resenha. Resenha de SOBRENOME, Nome do autor, título da obra resenhada, edição, local, editora, data, número de páginas. Título da revista, local, ano, v., n., página inicial-final, data. Indicação do tipo de fascículo. Disponível em: <Endereço na Internet>. Acesso em: data da obtenção do texto.

COSTA, Carlos. A teoria da comunicação sem complicação. Resenha de MARTINO, Luis Mauro Sá. Teoria da comunicação: idéias, conceitos e métodos. Petrópolis: Vozes, 2009. Comtempo: revista eletrônica do Programa de Pós-graduação da Faculdade Cásper Líbero, São Paulo, 2009, v.1, n.1, 4 p., dez. 2009. Disponível em: <http://www.revistas.univerciencia.org/index.php/comtempo/article/viewFile/6750/6112> Acesso em: 05 jan. 2010. 6.2.3.4 Documento jurídico

Jurisdição. Título. Numeração, data e dados da publicação. No caso de constituições e emendas, entre o nome da jurisdição e o título acrescenta-se a palavra Constituição, seguida do ano de promulgação, entre parênteses. Disponível em: <Endereço na Internet>. Acesso: data da obtenção do documento.

BRASIL. Lei 127, de 14 de agosto de 2007. Altera a Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. Diário Oficial da União. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp127.htm>. Acesso em: 28 dez. 2009. 6.2.3.5 Evento CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO, 23., 2009, Curitiba. Anais eletrônicos... Curitiba: Intercom, 2009. Disponível em: <http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2009/index.htm#>. Acesso em: 26 jan. 2010. 6.2.3.6 Trabalho acadêmico COSTA, Caio Túlio. Moral provisória: ética e jornalismo da gênese à nova mídia. 2008. 385 p. Tese (Doutorado em Estudos dos meios e da produção mediática) - Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008. Disponível em:

132

<http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27153/tde-24042009-151655/>. Acesso em: 29 jan. 2010. 6.2.4 Outros exemplos e orientações 6.2.4.1.1 Obra composta por mais de um volume Indica-se a data mais antiga e mais recente da publicação, separada por hífen. ALBISETTI, César; VENTURELLI, Ângelo Jayme. Enciclopédia Bororo. Campo Grande, MS: Museu Regional Dom Bosco, 1962-1969. 2 v. Quando apenas um dos volumes é consultado ANSARAH, Marília Gomes dos Reis; CANTON, Antonia Marisa (Org.). Turismo: como aprender, como ensinar. 3. ed. São Paulo: SENAC, 2004. v. 2. 6.2.4.1.2 Livro ilustrado (Imagens, desenhos, fotos etc.) Após a seqüência de páginas usa-se “il. quando ilustrado; usa-se “color.” quando colorido; usa-se “p&b” quando preto e branco. COMO fazer quase tudo. Rio de Janeiro: Reader's Digest, 2001. 471 p., il. color. SALGADO, Sebastião. Retratos de crianças do êxodo. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. 111 p., il. p&b. 6.2.4.2 Livro sem local de publicação Usa-se a expressão “sine loco” abreviada e entre colchetes [S.l.] TRIGO, Salvato. Actualidade de Fernando Pessoa. 3. ed. [S.l.]: Feirense, 1983. 29 p. (Santamariana).

133

6.2.4.2.1 Livro sem editora Usa-se a expressão “sine nomine” abreviada e entre colchetes [s.n]. ALVES, Henrique L. Um agitador cultural. Lisboa: [s.n.], 1989. 40 p. 6.2.4.2.2 Livro sem local de publicação e sem editora Usa-se a expressão “sine loco e sine nomine” abreviadas e entre colchetes [S.l.: s.n.] LEONE, Aldo. 50 anos de turismo: Agaxtur. [S.l.: s.n.], 2003. 64 p. 6.2.4.2.3 Livro sem local de publicação, mas que pode ser identificado A informação é colocada entre colchetes, por não estar explícita na obra. MIRANDA, Duda. A coleção Duda Miranda. [Minas Gerais]: Rona Editora, 2007. 180 p. 6.2.4.2.4 Livro sem data de publicação Se nenhuma data de publicação, distribuição ou impressão puder ser determinada, registra-se uma data aproximada entre colchetes, conforme indicado: [1991 ou 1992] um ano ou outro [1998?] data provável [2002] data certa, não indicada na obra [entre 1985 e 1990] use intervalos menores que 20 anos [ca. 2007] data aproximada [200-] década certa [200?] década provável [19-] século certo [19?] século provável 6.2.4.2.5 Livro com duas editoras

134

Quando houver duas editoras, indicam-se ambas, com seus respectivos locais (cidades), separadas por ponto e vírgula. Se as editoras forem três ou mais, indica-se a primeira ou a que estiver em destaque. MCKENNA, Regis. Estratégias de marketing em tempos de crise. Rio de Janeiro: Livraria Erico Veríssimo; São Paulo: Publifolha 1999. 177 p. 6.2.4.3 Nomes de cidades homônimos Acrescemta-se o nome do estado, do país etc., para distinguir a cidade. Viçosa, AL Viçosa, MG Viçosa, RJ 6.2.4.4 Abreviação para os meses Usada na referência periódicos. Janeiro – jan. Fevereiro – fev. Março – mar. Abril – abr. Maio – maio Junho – jun. Julho – jul. Agosto – ago. Setembro – set. Outubro – out Novembro – nov. Dezembro – dez. 6.2.4.5 Autor com sobrenome composto DEL NERO, Henrique Schützer. Anarquia e alucinações. [S.l.]: Hermes, [199-?]. 121 p.

135

6.2.4.5.1 Autor com sobrenome designativo de parentesco Filho, neto, júnior. ASSUMPÇÃO FILHO, Milton Mira de; YOSHIDA, Ernesto. Brasil Japão: 100 anos de paixão. São Paulo: M.Books do Brasil, 2008. 197 p. BOTURA JÚNIOR, Wimer. Agressões silenciosas. São Paulo: O. L. M., 1997. 140 p. ISBN 85-86630-01-2 DIMENSTEIN, Gilberto; CIPRO NETO, Pasquale. O brasil na ponta da língua. São Paulo: Ática, 2002. 136 p. 6.2.4.5.2 Obras do mesmo autor referenciadas na mesma página da lista de referências Neste caso, o nome do autor é citado uma única vez e nas próximas obras usar 6 espaços de underline e ponto final, ao invés de repetir o nome. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e documentação: referências - elaboração. Rio de Janeiro, 2002. ______. NBR 6024: informação e documentação: numeração progressiva das seções de um documento escrito – apresentação. Rio de Janeiro, 2003. VARELLA, Drauzio. Estação Carandiru. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. 297 p. ______. Macacos. São Paulo: Publifolha, 2000. 89 p. (Folha explica; Biologia 1) ______. Por um fio. São Paulo: Companhia das Letras, 2004. 218 p.

136

6.2.4.5.3 Obras com entrada por título iniciado com artigo O artigo e a palavra subseqüente ficam em letra maiúscula. A REVISTA no Brasil. São Paulo: Abril, 2000. 249 p. UM RETRATO no jornal: a história de São Paulo na Imprensa Oficial (1891-1994). São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 1994. 175 p. 6.2.4.5.4 Obras com título em mais de uma língua Registra-se o primeiro título e opcionalmente, registra-se o segundo ou o que estiver em destaque, separando-o do primeiro pelo sinal de igualdade. MENEZES, José Eugenio de Oliveira; MARTINO, Luís Mauro Sá. Construindo uma política de pesquisa = Constructing a research politics. Communicare: Revista de Pesquisa, São Paulo ,v.6, n.2, p.9-11, jul. 2006.

137

6.3 Glossário • Relação de palavras ou expressões técnicas utilizadas no texto, por serem de uso

restrito são descritas acompanhadas das respectivas definições; • É elaborado em ordem alfabética, fonte tamanho 12.

Modelo

Verbetes consultados em (STACKS, 2007).

GLOSSÁRIO

Alínea – Subdivisão de um artigo ou inciso, precedida de minúscula. Contrafação – Falsificação de produtos, valores ou assinaturas de outrem – Violação do direito da propriedade intelectual. Lauda – Folha de papel com dimensões padronizadas, utilizada nas redações de jornais e revistas para excrever os originais. Plágio – Apresentação de trabalho literário ou científico de outros como sendo seu. Quizila – Pendência ou rixa. – Desavença ou desinteligência. Retícula – Lâmina de vidro ou plástico empregada na reprodução da imagem de meios-tons por processo fotomecânico. Retranca – Marcação de palavras ou algarismos nos originais para jornais ou revistas. Tricomia – Qualquer dos processos fotomecânicos que reproduzem as cores do original. – Estampa obtida por esse processo fotomecânico.

Tamanho 14 Letra maiúscula Centralizado

138

6.4 Apêndice • Texto ou documento criado pelo próprio autor, a fim de complementar, ilustrar ou

comprovar a argumentação do trabalho; • São identificados por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos

títulos; • Quando esgotadas todas as letras do alfabeto, utilizam-se letras maiúsculas dobradas

para a identificação dos apêndices.

Modelo

APÊNDICES

APÊNDICE A – Organograma da Fundação Cásper Líbero APÊNDICE B – Entidades assistidas pelo Grupo de Cidadania Empresarial APÊNDICE C – Prospecto para criação de novo departamento comercial

Tamanho 14 Letra maiúscula Centralizado

139

140

6.5 Anexo • Texto ou documento não elaborado pelo autor, que serve de comprovação ou

ilustração do trabalho; • São identificados por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos

títulos; • Quando esgotadas todas as letras do alfabeto, utilizam-se letras maiúsculas dobradas

para a identificação dos anexos.

Modelo

ANEXOS

ANEXO A – Anúncio de cerveja na revista Época ANEXO B – Pesquisa sobre o consumo de cerveja entre jovens paulistanos ANEXO C – Eventos patrocinados por fabricantes de cerveja em 2009

Tamanho 14 Letra maiúscula Centralizado

141

142

6.6 Índice9 • Relação de palavras ou frases, ordenadas segundo determinado critério, que localiza e

remete para as informações contidas no texto; • É impresso no final do documento, com paginação consecutiva ou em volume

separado; • Seu título deve definir sua função e/ou conteúdo. Exemplo: Índice de assunto, índice

cronológico ou índice onomástico; • Pode ser ordenado em ordem alfabética, sistemática, cronológica, numérica ou

alfanumérica; • Seu foco pode ser especial (organizado por autores; assuntos; títulos; nomes

geográficos; citações) ou geral (quando combinadas duas ou mais das categorias anteriores);

• Em índice geral, as entradas de cada categoria devem ser diferenciadas gramaticamente e ordenadas conforme ABNT NBR 6033;

• Recomenda-se a apresentação das entradas em linhas separadas, com recuo progresssivo da esquerda para a direita para subcabeçalhos.

Exemplo: Monografia

definição, 3.7

em meio eletrônico, 7,2

CD-ROM, 7.2.1

Nota: Por ser incomum o uso de índice nos trabalhos da Faculdade Cásper Líbero, neste item não serão expostas todas as suas normas e orientações, acima estão apenas as regras gerais. Caso seja do interesse do aluno em conhecer mais sobre a elaboração do índice consulte a ABNT NBR 6034 na Biblioteca da Faculdade.

9 Não confundir índice com sumário e lista.

143

Modelo 1

(Título em fonte 14 e centralizado)

ÍNDICE REMISSIVO

Acionista minoria em subsidiárias praticamente integrais, 27.7, 27.10 Ações lucro por ações, 33.1-33.53 Adiantamentos Bancos, 30.43-30.49 Agregação Demonstrações contábeis, 1.29-1.32 Aquisição Definição, 22.8 Bases contábeis 1.21 Capital conceitos de, 102-103 Clientes usuários das demonstrações contábeis 35 Deságio ativo de imposto diferido, 12.32 combinações de negócios, 12.66-12.68, 22.59-22.64, 22.91 Metais contrato de licenciamentos excluídos da IAS, 17, 17.2

(Termos em fonte 12, alinhados a esquerda)

Nota: Exemplo de índice extraído em Serra Negra (2004).

144

Modelo 2

(Título em fonte 14 e centralizado)

ÍNDICE CRONOLÓGICO

1890 19 de maio nasce Nguyen Sin Cung no protetorado francês do Anam. p. 23 1909 Expulso da escola por distribuir jornais anticolonialistas. p. 31 1911 Junta-se à tripulação de um navio mercante francês. p. 41 1919 Tenta infrutiferamente pedir a independência da Indochina na Conferência de Paz, em Versalhes. p. 43 1963 Diem é assassinado. p. 83 1968 A FLN lança a ofensiva do Tet no Vietnam do Sul. p. 92

1976 Vietinam do Norte e Vietnam do Sul são unificados e formam a República Socialista do Vietnam. p. 101

(Termos em fonte 12, alinhados a esquerda)

145

Nota: Exemplo de índice extraído em Serra Negra (2004).

146

REFERÊNCIAS USADAS NO GUIA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e documentação: referências - elaboração. Rio de Janeiro, 2002. ______. NBR 6024: informação e documentação: numeração progressiva das seções de um documento escrito – apresentação. Rio de Janeiro, 2003. ______. NBR 6027: informação e documentação: sumário – apresentação. Rio de Janeiro, 2003. ______. NBR 6028: informação e documentação: resumo – apresentação. Rio de Janeiro, 2003. ______. NBR 6034: informação e documentação: índice – apresentação. 2. ed. Rio de Janeiro, 2004. ______. NBR 10520: informação e documentação: citações em documentos – apresentação. Rio de Janeiro, 2002. ______. NBR 12225: informação e documentação: lombada – apresentação. 2. ed. Rio de Janeiro, 2004. ______. NBR 14724: informação e documentação: trabalhos acadêmicos - apresentação. 2. ed. Rio de Janeiro, 2005. MONTEIRO, Gilson. Guia para a elaboração de projetos, trabalhos de conclusão de curso (TCCs), dissertações e teses. São Paulo: EDICON, 1998. 73 p. MUNTEAL, Oswaldo; GRANDI, Larissa. A imprensa na história do Brasil: fotojornalismo no século XX. Rio de Janeiro: PUC, 2005. 200 p. PARRA FILHO, Domingos; SANTOS, João Almeida. Apresentação de trabalhos científicos: monografia, TCC, teses e dissertações. 10. ed. São Paulo: Futura, 2004. 140 p.

147

PESCUMA, Derna; CASTILHO, Antonio Paulo F. de. Referências bibliográficas: um guia para documentar suas pesquisas. São Paulo: Olho d'Água, 2005. 124 p. SANTOS, Izequias Estevam dos. Manual de métodos e técnicas de pesquisa científica. 6. ed. rev. atual. Niterói: Impetus, 2009. 385 p. SERRA NEGRA, Carlos Alberto; SERRA NEGRA, Elizabete Marinho. Manual de trabalhos monográficos de graduação, especialização, mestrado e doutorado. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2004. 238 p. STACKS, Don W. Dicionário de mensuração e pesquisa em relações públicas e comunicação organizacional. São Paulo: ABERJE, 2007. 85 p.