facetas cerÂmicas minimamente invasivas lentes...

38
| PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 6 | VOLUME 2 | 9 FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES DE CONTATO: FUNDAMENTOS E PROTOCOLOS Paulo Vinícius Soares Paulo César Freitas Santos Filho Murilo Sousa Menezes Veridiana Rezende Novais Simamoto Paulo Sérgio Quagliatto Carlos José Soares Luís Henrique Araújo Raposo Flávio Domingues das Neves INTRODUÇÃO Alterar a estética de um sorriso envolve muito mais do que simples restaurações com cores homogêneas e morfologias pré-determinadas por conceitos e proporções numéricas estáti- cas. O profissional deve acima de tudo compreender as características individuais do pacien- te, suas necessidades e anseios, respeitar composição do sorriso com a face e funções do aparelho estomatognático para, assim, indicar a melhor técnica e materiais restauradores. Neste artigo, destaca-se o uso de laminados cerâmicos confeccionados pelo princípio rea- bilitador conhecido como Odontologia minimamente invasiva. Estes laminados são popular e comercialmente conhecidos como lentes de contato, devido a sua baixa espessura. No entanto, acredita-se que a conservação máxima de estrutura e técnicas de preparo que al- mejam a adesão sempre que possível em esmalte seja mais importante do que a espessura do laminado cerâmico. Estes são conceitos da odontologia minimamente invasiva, a qual envolve o uso de:

Upload: ngokien

Post on 07-Nov-2018

235 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES …unitri.edu.br/wp-content/blogs.dir/5/files/2012/05/Laminados-e... · 12 FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES DE CONTATO:

| PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 6 | VOLUME 2 | 9

FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES DE CONTATO: FUNDAMENTOS E PROTOCOLOS

Paulo Vinícius SoaresPaulo César Freitas Santos FilhoMurilo Sousa MenezesVeridiana Rezende Novais SimamotoPaulo Sérgio QuagliattoCarlos José SoaresLuís Henrique Araújo RaposoFlávio Domingues das Neves

INTRODUÇÃOAlterar a estética de um sorriso envolve muito mais do que simples restaurações com cores homogêneas e morfologias pré-determinadas por conceitos e proporções numéricas estáti-cas. O profi ssional deve acima de tudo compreender as características individuais do pacien-te, suas necessidades e anseios, respeitar composição do sorriso com a face e funções do aparelho estomatognático para, assim, indicar a melhor técnica e materiais restauradores.

Neste artigo, destaca-se o uso de laminados cerâmicos confeccionados pelo princípio rea-bilitador conhecido como Odontologia minimamente invasiva. Estes laminados são popular e comercialmente conhecidos como lentes de contato, devido a sua baixa espessura. No entanto, acredita-se que a conservação máxima de estrutura e técnicas de preparo que al-mejam a adesão sempre que possível em esmalte seja mais importante do que a espessura do laminado cerâmico. Estes são conceitos da odontologia minimamente invasiva, a qual envolve o uso de:

Page 2: FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES …unitri.edu.br/wp-content/blogs.dir/5/files/2012/05/Laminados-e... · 12 FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES DE CONTATO:

10 FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES DE CONTATO: FUNDAMENTOS E PROTOCOLOS

! planejamento reverso;! preparos minimamente invasivos;! cimentações adesivas; ! materiais que biomimetizam a estrutura dental hígida.

OBJETIVOSAo fi nal da leitura deste artigo, o leitor poderá:

! reconhecer a importância do princípio Odontologia minimamente invasiva;! reconhecer as possibilidades reabilitadoras indiretas estéticas aplicando conceitos da

Odontologia minimamente invasiva;! identifi car as etapas e importância do planejamento reverso;! aplicar o passo a passo da reabilitação estética do sorriso com laminados;! aplicar as dicas clínicas apresentadas, desde o preparo minimamente invasivo até a

moldagem com silicones de adição, confecção do mock-up e cimentações adesivas.

ESQUEMA CONCEITUAL

Facetas cerâmicas minimamente invasivas

Preparo minimamente invasivo

Camada adesiva

Cimentos resinosos

Agente de união silano

Tratamento da superfície interna das facetas minimamente invasivas cerâmicas

Casos clínicos

Conclusão

Page 3: FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES …unitri.edu.br/wp-content/blogs.dir/5/files/2012/05/Laminados-e... · 12 FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES DE CONTATO:

| PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 6 | VOLUME 2 | 11

FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVASDefi nir um sorriso estético é caracterizar os detalhes e a harmonia de forma subjetiva por meio da percepção do que é belo e sublime (Frese e colaboradores, 2012). Apesar da sub-jetividade deste conceito, a indústria da moda e estética em conjunto com a mídia e a co-munidade contemporânea estabelecem padrões de beleza corporais e faciais cada vez mais exigentes e difíceis de serem alcançados por meio da supervalorização do fenótipo (Frese e colaboradores, 2012). Esses meios estabelecem como modelo ideal a obtenção de um sor-riso com dentes brancos, alinhados no arco e livres de qualquer desgaste e percepções de ocorrências, como (Frese e colaboradores, 2012; Soares e colaboradores, 2014):

! traumatismo dentário passado;! alterações de cor;! forma;! anormalidades estruturais;! posição de dentes anteriores.

Diversos protocolos reabilitadores podem ser oferecidos como opções de tratamentos, sen-do alguns considerados mais invasivos e outros mais conservadores (Soares e colaboradores, 2012; Soares e colaboradores, 2014). A indicação da técnica e do material a ser utilizado está diretamente relacionada com a causa da interferência estética (Soares e colaboradores, 2012; Soares e colaboradores, 2014).

Estão entre as situações mais indicadas para a realização de um preparo de faceta conven-cional ou minimamente invasiva (Soares e colaboradores, 2014):

! elementos dentários resistentes ao clareamento;! presença de modifi cações morfológicas – dentes conoides, diastemas, microdontia;! necessidade de aumento no comprimento incisal.

Variações anatômicas são comuns, estabelecidas de acordo com a idade e comunidade estudada. A prevalência de jovens com diastema é em entre 15,43 a 27,0% (Utomi e cola-boradores, 2011; Kaur e colaboradores, 2013), sendo que a presença de dentes conoides pode chegar a 28,9% de acometimento da população (Costa e colaboradores, 2012) e a microdontia possui taxa de apenas 1,0% (Patil e colaboradores, 2013).

Após décadas de evolução, com a melhoria dos materiais odontológicos, principalmente os adesivos, a Odontologia está enquadrada em uma fase minimamente invasiva, na qual des-gastes mais extensos para criar macrorrenteções mecânicas (Soares e colaboradores, 2014) não são mais necessários.

Desde o início dos anos 1980, o desenvolvimento das facetas minimamente invasivas tem desfrutado de entusiasmo e sucesso generalizado. Alguns autores têm utilizado o termo len-tes de contato para designar as facetas laminadas minimamente invasivas, principalmente devido à reduzida espessura da restauração. No entanto, acredita-se que o que determinará se a restauração será minimamente invasiva ou convencional (ou seja, mais invasiva) é o protocolo de preparo e quantidade de desgaste.

Page 4: FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES …unitri.edu.br/wp-content/blogs.dir/5/files/2012/05/Laminados-e... · 12 FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES DE CONTATO:

12 FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES DE CONTATO: FUNDAMENTOS E PROTOCOLOS

A conquista mais importante do conceito reabilitador minimamente invasivo é a conserva-ção de estrutura dental, que será vista a seguir. Nos últimos anos, tornou-se um procedi-mento amplamente aceito e popular, além de fornecer ao dentista e ao paciente oportuni-dade para aprimorar a beleza do sorriso sem a necessidade de grandes desgastes (Goldstein e colaboradores,1994). Os procedimentos minimamente invasivos estão suportados por dois conceitos básicos (Giray e colaboradores, 2014):

! adesão; ! conservação da estrutura dental.

O protocolo restaurador indireto possuiu uma especifi cidade, que é a complexa etapa da integração da restauração ao substrato dentário pelo processo de fi xação. Nas técnicas de laminados cerâmicos, sejam elas convencionais ou minimamente invasivas, este cuidado deve ser ainda maior, devido à completa expulsividade do preparo e consequente falta de retenção (Higashi e colaboradores, 2006). Portan-to, para realizar reabilitações por estas técnicas, deve-se respeitar e acreditar no protocolo adesivo, seguindo todas as etapas rigorosamente (Higashi e colaborado-res, 2006; Soares e colaboradores, 2012; Soares e colaboradores, 2014).

Para a técnica minimamente invasiva, outro fator que colaborará para a adesão é o nível do preparo, restrito somente ao esmalte dentário (Soares colaboradores, 2014). Além de mais conservador, o preparo em nível de esmalte resulta em adesão de melhor qualidade, pois a resistência de união neste substrato dentário é maior do que em dentina quando utiliza-se sistema adesivo convencional (Cardoso e colaboradores, 2011; Ozer & Blatz, 2013).

Dentre as técnicas indicadas para transformação do sorriso que podem ser planejadas indi-vidualmente ou em conjunto, sugerem-se (Blatz e colaboradores, 1999; Soares e colabora-dores, 2012; Soares e colaboradores, 2014):

! movimentação ortodôntica;! restaurações diretas em resina composta; ! restaurações indiretas em cerâmica.

As restaurações em resina possuem diversas vantagens, como (Heymann & Hershey, 1985):! conservação de tecido dentário;! baixo custo;! reversibilidade de tratamento;! técnica relativamente simples; ! possibilidade de reparo.

Page 5: FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES …unitri.edu.br/wp-content/blogs.dir/5/files/2012/05/Laminados-e... · 12 FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES DE CONTATO:

| PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 6 | VOLUME 2 | 13

Apesar da grande evolução na sua composição nos últimos 60 anos, resultando em melhora das propriedades mecânicas e óticas (Ferracane, 2011), restaurações em resina apresentam alta taxa de falha quando indicadas para grandes restaura-ções (Tuncer e colaboradores, 2013), além da alta instabilidade de cor ao longo do tempo (Garoushi e colaboradores, 2013) e taxa de insucesso de 2,9% ao ano (Kopperud e colaboradores, 2012).

Com o desenvolvimento dos materiais cerâmicos, os materiais vítreos reforçados por fases cristalinas tornaram-se excelente opção para reabilitação indireta estética (Walter & Raigro-dski, 2008; Soares e colaboradores. 2012; Signore e colaboradores, 2013; Soares e colabo-radores, 2014). As facetas confeccionadas em cerâmica apresentam diversas vantagens, pois reúnem algumas das principais qualidades dos compósitos resinosos, como a capacidade de adesão ao substrato dentário, com as características das cerâmicas (Higashi e colaboradores, 2006; Giray & Blatz, 2013):

! estabilidade de cor;! alta resistência e durabilidade;! excelente lisura superfi cial;! resistência à abrasão;! baixo acúmulo de placa bacterina;! coefi ciente de expansão térmica;! rigidez;! propriedades óticas semelhantes ao esmalte dental.

Todas essas características associadas à execução de técnica criteriosa permitem (Peumans e colaboradores, 2000):

! mínima remoção de tecido dentário;! manutenção da vitalidade do dente e harmonia estética;! baixas taxas de falha, entre 0 e 5%, em 1 a 5 anos.

A criação da interface adesiva de um material a uma estrutura dentária que foi recém-pre-parada deve ser realizada com rigoroso protocolo (Cardoso e colaboradores, 2011; Ozer & Blatz, 2013). Para correta execução desse procedimento, é preciso conhecer o tipo de tecido dentário em que a cimentação irá ocorrer (esmalte ou dentina) e a classifi cação do material utilizado para confecção da peça protética e do cimento resinoso (Soares e colaboradores, 2005). Sendo assim, para unir dois substratos (dente/cerâmica) são necessários três passos intermediários: sistema adesivo/cimento/silano (Soares e colaboradores, 2005).

Acredita-se que Odontologia reabilitadora minimamente invasiva com uso de laminados cerâmicos deve, sempre que possível, criar a interface adesiva sobre esmalte. Neste quesito, há duas vantagens importantes:

! maior qualidade e longevidade da união; ! maior conservação de estrutura dental.

Page 6: FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES …unitri.edu.br/wp-content/blogs.dir/5/files/2012/05/Laminados-e... · 12 FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES DE CONTATO:

14 FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES DE CONTATO: FUNDAMENTOS E PROTOCOLOS

Para minimizar os erros de protocolos e contaminação, o isolamento absoluto é in-dicado para etapas restauradoras, seja direta ou indireta. Entretanto, os laminados cerâmicos quase sempre apresentam o término cervical no nível do sulco gengival, tornando nem sempre possível a utilização do lençol de borracha sem que ele in-terfi ra negativamente no posicionamento da restauração indireta. Assim, a união das perfurações dique de borracha para isolamento associada com dispositivos de isolamento relativo com roletes de algodão no fundo de saco de vestíbulo, gaze no dorso da língua e abridor bucal deve ser indicada para a etapa de cimentação (Soares e colaboradores, 2012; Soares e colaboradores, 2014).

Para que o tratamento estético atinja o sucesso, é necessário que, desde o primeiro contato com o paciente, o profi ssional objetive compreender os anseios do pacien-te (Coachman e colaboradores, 2012; Soares e colaboradores, 2014) e respeite os princípios de oclusão. Assim, além do conhecimento dos materiais, é imprescindí-vel que o cirurgião-dentista entenda a importância de defi nir a personalidade do paciente e seu nível de expectativa e exigência, para que um correto planejamento seja estabelecido de acordo com as características individuais (Andrade & Romani, 2004; Fradeani, 2006;).

O sucesso do uso de técnicas minimamente invasivas utiliza o conceito do planejamento reverso, dividido em três etapas, que podem ser conferidas no Quadro 1.

Page 7: FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES …unitri.edu.br/wp-content/blogs.dir/5/files/2012/05/Laminados-e... · 12 FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES DE CONTATO:

| PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 6 | VOLUME 2 | 15

Para auxiliar na quantidade mínima de desgaste a ser preparado, o planejamento reverso é imprescindível (Coachman e colaboradores, 2012; Soares e colabora-dores, 2014). Para a execução desse plano, protocolos fotográfi cos do paciente e mensuração das dimensões dos elementos dentários devem ser realizadas para obtenção de um arquivo virtual em que será realizado o planejamento virtual, que servirá como guia para o wax-up (modelo de gesso encerado) e o mock-up (poste-rior confecção do ensaio restaurador) (Coachman e colaboradores, 2012; Soares e colaboradores, 2014).

O planejamento reverso irá auxiliar no diagnóstico estético, comunicação com o técnico em prótese dentária, análise crítica pré/pós-tratamento e na relação entre o cirurgião-dentista e paciente, aumentando a motivação, confi ança na equipe executora, além de ser excelente ferramenta de marketing (Coachman e colabora-dores, 2012; Soares e colaboradores, 2014).

Quadro 1ETAPAS DO PLANEJAMENTO REVERSO

Planejamento virtual do sorriso

Emprega softwares de desenho e criação, por exemplo, Power Point, KeyNote, Corel Draw, Adobe Photoshop, entre outros. Essa ferramenta colabora na comunicação com paciente e ceramista e utiliza medidas de referência baseadas nos conceitos estéticos, anatomia, linhas principais da face e do sorriso.

Wax-up (enceramento)

Utiliza a reconstrução em cera aplicada sobre um modelo de gesso, podendo utilizar as medidas obtidas no planejamento virtual e as referências oclusais obtidas nos modelos montados em articulador semiajustável.

Mock-up (ensaio restaurador)

Considerada a etapa mais importante do planejamento reverso, reproduz na cavidade oral do paciente o planejamento em cera, utilizando uma guia de silicone e resina bis-acrílica. Pode ser confeccionado antes e/ou depois dos desgastes (preparos minimamente invasivos), com objetivo de avaliação funcional e estética das futuras restaurações. Todos os ajustes realizados no mock-up poderão ser replicados para o ceramista por meio de moldagem com silicone, reduzindo consideravelmente futuros desgastes nas restaurações cerâmicas minimamente invasivas.

Page 8: FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES …unitri.edu.br/wp-content/blogs.dir/5/files/2012/05/Laminados-e... · 12 FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES DE CONTATO:

16 FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES DE CONTATO: FUNDAMENTOS E PROTOCOLOS

Para obter o melhor desempenho de resistência de união relacionado com a estética reque-rida, o profundo planejamento envolvendo estes cinco processos, discutidos a seguir, deve ser analisado (Soares e colaboradores, 2014):

! extensão do preparo no substrato dentário (esmalte ou dentina);! sistema adesivo (classifi cação e indicação);! cimentos resinosos (classifi cação e indicação);! agente de união silano; ! tratamento da superfície interna das facetas minimamente invasivas cerâmicas

PREPARO MINIMAMENTE INVASIVO

Acompanhe a seguir as composições do esmalte e da dentina, descritas no Quadro 2 (Soares e colaboradores, 2012).

Quadro 2COMPOSIÇÃO ESMALTE E DENTINA

Esmalte 95% Substâncias inorgânicas: hidroxiapatita, fl uorapatita e carbonoapatita

4% Ágar

1% Matriz orgânica

Dentina 50 a 70% Substância inorgânica: hidroxiapatita

18 a 30% Componentes orgânicos: colágeno, em sua maioria

12 a 20% Água

Devido à diferença entre essas estruturas, é importante analisar qual é o nível de desgaste do preparo e se este se encontra predominante em esmalte ou em dentina (Soares e colabo-radores, 2012; Soares e colaboradores, 2014).

De acordo com a defi nição previamente mencionada de preparos minimamente invasivos, estes ocorrem somente quando do desgaste no nível de esmalte (Soares e colaboradores, 2014). Ao contrário, os preparos de facetas convencionais possuem sobre-extensão em nível de dentina, tornando o protocolo de tratamento da superfície dentaria diferente (Soares e colaboradores, 2012). Normalmente realizado com pontas diamantadas de granulações fi nas.

Page 9: FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES …unitri.edu.br/wp-content/blogs.dir/5/files/2012/05/Laminados-e... · 12 FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES DE CONTATO:

| PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 6 | VOLUME 2 | 17

CAMADA ADESIVA

Os sistemas adesivos convencionais preconizam a etapa clínica do condicionamento com ácido fosfórico 32 a 37% para remoção da smear layer e desmineralização da camada su-perfi cial de cristais de hidroxiapatita (Cardoso e colaboradores, 2011; Ozer & Blatz, 2013) seguido da aplicação do primer e/ou adesivo.

Os sistemas autocondicionantes não exigem a etapa do condicionamento com ácido fosfó-rico, por possuírem monômeros ácidos em sua composição, que desmineralizam e infi ltram simultaneamente os tecidos dentários, não podendo ser lavados após a aplicação, sendo mais indicados para dentina (Cardoso e colaboradores, 2011; Ozer & Blatz, 2013).

Ainda por entender que o preparo minimamente invasivo consiste na busca da adesão em esmalte dentário, onde não há formação de camada híbrida, e sim penetração do adesivo nos poros resultantes da desmineralização, o uso do primer não se faz necessário, sendo in-dicadas (Cardoso e colaboradores, 2011; Ozer & Blatz, 2013, Soares e colaboradores, 2014):

! lavagem do ácido fosfórico;! secagem do esmalte; ! aplicação de uma camada de agente adesivo;! fotoativação por 20s.

CIMENTOS RESINOSOS

É necessário compreender a composição e mecanismos ativadores dos cimentos resinosos de acordo com sua classifi cação. Os cimentos resinosos podem ser classifi cados quanto ao (Blatz e colaboradores, 2003; Ferracane e colaboradores, 2011):

! processo de ativação; ! mecanismo de interação com o substrato dentário.

Em relação ao processo ativador, existem os cimentos de (Blatz e colaboradores, 2003; Fer-racane e colaboradores, 2011):

! ativação química;! ativação física (ou fotoativados); ! dupla ativação.

Em relação ao método de interação com o substrato, os cimentos resinosos podem ser divi-didos em (Behr e colaboradores, 2003; Ferracane e colaboradores, 2011):

! convencionais; ! autoadesivos

A descrição de tais classifi cações dos cimentos resinosos pode ser conferida no Quadro 3.

Page 10: FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES …unitri.edu.br/wp-content/blogs.dir/5/files/2012/05/Laminados-e... · 12 FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES DE CONTATO:

18 FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES DE CONTATO: FUNDAMENTOS E PROTOCOLOS

Quadro 3CLASSIFICAÇÃO DOS CIMENTOS RESINOSOS

Classifi cação quanto ao processo ativador

Cimentos resinosos de ativação química

Apresentam tempo de trabalho reduzido. Indicados principalmente para cimentação de restaurações com copping confeccionado em alumina ou zircônia, uma vez que a luz tem difi culdade em atravessar estes materiais (Blatz e colaboradores, 2003; Belli e colaboradores, 2009; Ferracane e colaboradores, 2011).

Cimentos resinosos de ativação física

Contêm como agente iniciador a canforaquinona, sendo a polimerização realizada exclusivamente pelo efeito da luz, permitindo ótimo tempo de trabalho (Blatz e colaboradores, 2003; Belli e colaboradores, 2009).

Cimentos resinosos de dupla ativação (química e física)

Têm a primeira parte da polimerização química e, ao aplicar a luz, ocorre também a polimerização por ativador físico (Blatz e colaboradores, 2003; Ferracane e colaboradores, 2011). Apresentam vantagens, como o controle do tempo de trabalho maior do que os cimentos químicos e a transformação dos monômeros em polímeros em locais onde a luz não consegue atingir (Blatz e colaboradores, 2003; Ferracane e colaboradores, 2011). Entretanto, os cimentos que apresentam ativação química não têm boa estabilidade de cor, como o observado nos cimentos de ativação física, devido ao processo de oxidação das aminas terciárias presente na polimerização química, que resulta na alteração de cor do cimento (Belli e colaboradores, 2009).

Classifi cação quanto ao método de interação com o substrato

Convencionais Não são capazes de se ligar ao substrato dentário sem a prévia aplicação do sistema adesivo. Há, nos três, mecanismos de iniciação (Behr e colaboradores, 2003; Ferracane e colaboradores, 2011).

Autoadesivos É capaz de se unir ao substrato dentário, dispensando a etapa do condicionamento ácido prévio e aplicação de primer/adesivo, apresentando como maior vantagem a simplifi cação da técnica (Behr e colaboradores, 2003; Ferracane e colaboradores, 2011). Entretanto, é disponível somente em dupla ativação (química e física), sendo contraindicado para cimentação de facetas minimamente invasivas pela instabilidade de cor (Blatz e colaboradores, 2003; Ferracane e colaboradores, 2011).

Page 11: FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES …unitri.edu.br/wp-content/blogs.dir/5/files/2012/05/Laminados-e... · 12 FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES DE CONTATO:

| PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 6 | VOLUME 2 | 19

A indicação para cimentação de facetas laminadas, principalmente as minimamen-te invasivas, é exclusiva de cimentos convencionais e de polimerização física (fotoa-tivados) (Blatz e colaboradores, 2003; Soares e colaboradores, 2014). Para isso, um bom LED (diodo emissor de luz) é necessário, com potência mínima de 1.000mw/cm2, pois a ativação física da canforaquinona ocorre com comprimentos de onda entre 410-500mm (Shin & Rawls, 2009).

AGENTE DE UNIÃO SILANO

O silano é uma molécula bifuncional, R’ – Si(OR)3, que opera como um agente de união entre a matriz inorgânica presente no material restaurador, por meio de liga-ção covalente, à matriz orgânica presente no sistema adesivo e cimento resinoso pela ligação organofuncional (Soares e colaboradores, 2005; Brum e colaborado-res, 2011).

Quando aplicado no tempo correto na superfície da cerâmica, posteriormente ao condicio-namento com ácido hidrofl uorídrico para criação de superfície quimicamente ativa, o silano promove o aumento considerável da resistência do agente de união com cerâmicas felds-páticas e reforçadas por leucita ou dissilicato de lítio (Soares e colaboradores, 2005; Brum e colaboradores, 2011; Soares e colaboradores, 2014).

Ao contrário, a efetividade do silano é comprometida em sistemas cerâmicos reforçados com alto teor de alumina ou zircônia, pois, além de a ligação entre o silano e alumina ser baixa e instável, a quantidade de sílica está presente em reduzida quantidade (Soares e co-laboradores, 2005; Brum e colaboradores, 2011).

TRATAMENTO DA SUPERFÍCIE INTERNA DAS FACETAS MINIMAMENTE INVASIVAS CERÂMICAS

O condicionamento da superfície é gerado pela reação química do ácido hidrofl uorídrico com a sílica presente nas cerâmicas vítreas, resultando em um sal como produto, denomi-nado hexafl uorsilicado (Peumans e colaboradores, 2000). Sendo assim, o tratamento da su-perfície interna das restaurações indiretas é modulado, principalmente, pela composição do material. Portanto, o tempo de aplicação do ácido hidrofl uorídrico tem relação direta com a quantidade de sílica presente na composição da cerâmica; ratifi cando que o conhecimento da composição do tipo de cerâmica utilizada e do protocolo de tratamento é necessário para o sucesso reabilitador (Soares e colaboradores, 2005).

Page 12: FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES …unitri.edu.br/wp-content/blogs.dir/5/files/2012/05/Laminados-e... · 12 FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES DE CONTATO:

20 FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES DE CONTATO: FUNDAMENTOS E PROTOCOLOS

O silano, ao ser aplicado em uma superfície de cerâmica vítrea sem o prévio condi-cionamento com o ácido hidrofl uorídrico, apresenta interface adesiva menos resis-tente (Soares e colaboradores, 2005). Para isso, o condicionamento químico da su-perfície interna das cerâmicas vítreas com ácido hidrofl uorídrico em concentração de 8 a 10% é necessário para promover alteração morfológica da fase vítrea e criar topografi a com aspecto de colmeia, considerada ideal para a retenção micromecâ-nica (Peumans e colaboradores, 2000; Soares e colaboradores, 2005).

As cerâmicas feldspáticas, devido a sua alta quantidade de vidro, devem ser condi-cionadas pelo período de 120 a 150s (Peumans e colaboradores, 2000). As cerâmi-cas reforçadas com cristais de leucita, por apresentarem menor quantidade de sílica do que as feldspáticas, devem ser condicionadas por 60s (Holand e colaboradores, 2000; Borges e colaboradores, 2003). Seguindo a diminuição gradativa da propor-ção da fase vítrea, o condicionamento por 20s é sufi ciente para a remoção da se-gunda fase cristalina e matriz vítrea de cerâmicas reforçadas com dissilicato de lítio, promovendo a criação de microrretenções e um padrão aceitável de união (Ayad e colaboradores, 1996; Borges e colaboradores, 2003). Devido à reação do ácido hidrofl uorídrico com a sílica resultando na formação de um precipitado de hexa-fl uorsilicato, indica-se a limpeza da peça, podendo aplicar ácido fosfórico 37% e friccionar com microaplicador por 60s, ou inserir os laminados em cuba ultrassôni-ca por 3min. (Peumans e colaboradores, 2000; Soares e colaboradores, 2014)

1. O que é uma faceta cerâmica minimamente invasiva?

A) Uma lente de contato que deve ter menos de 0,5mm de espessura.B) Uma faceta cerâmica que deve ter menos de 0,6mm de espessura.C) Uma faceta translúcida que apresenta efeitos estéticos ópticos e extremamente

fi na.D) É uma restauração indireta cimentada sobre um preparo conservador, preferencial-

mente esmalte e que utiliza a adesão como única retenção.Resposta no fi nal do artigo

Page 13: FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES …unitri.edu.br/wp-content/blogs.dir/5/files/2012/05/Laminados-e... · 12 FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES DE CONTATO:

| PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 6 | VOLUME 2 | 21

2. Em relação ao planejamento reverso, marque V (verdadeiro) ou F (falso).

( ) O mock-up é considerado a etapa menos importante do planejamento reverso.( ) O planejamento virtual deve ser empregado em todos os tipos de reabilitações es-

téticas indiretas.( ) O mock-up pode ser negligenciado e substituído apenas pelo wax-up.( ) O planejamento virtual é mais uma ferramenta de comunicação, mensuração, ela-

boração dos contornos anatômicos principais e estéticos do sorriso com a face.

Qual das alternativas a seguir apresenta a sequência correta?

A) F, V, F, V.B) F, F, V, V.C) V, V, F, F.D) F, V, V, F.

Resposta no fi nal do artigo

3. Em relação aos protocolos de lentes de contato, qual das alternativas a seguir está cor-reta?

A) O profi ssional deve dar preferência para moldagens com silicone de adição para garantir cópia fi el e qualidade de geração do modelo de gesso.

B) Wax-up signifi ca replicar o planejamento com resinas bis-acrílicas.C) Há necessidade de aplicar o primer no esmalte pré-condicionado com ácido fosfó-

rico antes de aplicar o adesivo;D) O LED utilizado para fotoativação durante a cimentação tem que apresentar inten-

sidade de pelo menos 600mW/cm2.Resposta no fi nal do artigo

4. Em relação aos protocolos de facetas cerâmicas minimamente invasivas, qual das alter-nativas a seguir está correta?

A) A camada adesiva utilizada em esmalte para cimentação de facetas minimamente invasivas deve ser fotoativada previamente à cimentação.

B) Os sistemas adesivos utilizados em esmalte para cimentação de facetas minima-mente invasivas podem ser autocondicionantes ou convencionais.

C) A camada adesiva utilizada em esmalte para cimentação de facetas minimamente invasivas não pode ser ativada previamente à cimentação.

D) Os sistemas adesivos utilizados em esmalte para cimentação de facetas minima-mente invasivas devem ser autocondicionantes.

Resposta no fi nal do artigo

Page 14: FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES …unitri.edu.br/wp-content/blogs.dir/5/files/2012/05/Laminados-e... · 12 FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES DE CONTATO:

22 FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES DE CONTATO: FUNDAMENTOS E PROTOCOLOS

5. Em relação ao preparo minimamente invasivo reverso, marque V (verdadeiro) ou F (fal-so).

( ) Deve ser realizado com qualquer tipo de ponta diamantada.( ) As pontas com granulação fi na não são indicadas.( ) Tem a função de permitir expulsividade do preparo independente da exposição de

dentina.( ) Busca conservar estrutura dental e permitir adesão sempre que possível em esmalte.

Qual das alternativas a seguir apresenta a sequência correta?

A) V, V, F, F.B) F, F, V, V.C) F, F, V, F.D) V, V, V, V.

Resposta no fi nal do artigo

6. Qual é o protocolo de tratamento de superfície de cerâmicas vítreas a base de dissilicato de lítio?

A) Ácido fl uorídrico 10% por 20s, lavar por 60s, secar, ácido fosfórico 37% por 60s, lavar por 60s e secar novamente, aplicar silano e aguardar por pelo menos 60s. Os 60s de ácido fosfórico podem ser substituídos por 3 minutos em cuba ultrassônica.

B) Ácido fl uorídrico 10% por 60s, lavar por 60s, secar, ácido fosfórico 37% por 40s, lavar por 60s e secar novamente, aplicar silano e aguardar por pelo menos 60s. Os 60s de ácido fosfórico podem ser substituídos por 3 minutos em cuba ultrassônica.

C) Ácido fl uorídrico 10% por 120s, lavar por 60s, secar, ácido fosfórico 37% por 60s, lavar por 60s e secar novamente, aplicar silano e aguardar por pelo menos 60s. Os 60s de ácido fosfórico podem ser substituídos por 06 minutos em cuba ultrassônica.

D) Ácido fl uorídrico 10% por 20s, lavar por 60s, secar, ácido fosfórico 37% por 40s, lavar por 60s e secar novamente, aplicar silano e aguardar por pelo menos 60s. Os 60s de ácido fosfórico podem ser substituídos por 3 minutos em cuba ultrassônica.

Resposta no fi nal do artigo

7. Quais são as situações mais indicadas para a realização de um preparo de faceta con-vencional ou minimamente invasiva?

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

Page 15: FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES …unitri.edu.br/wp-content/blogs.dir/5/files/2012/05/Laminados-e... · 12 FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES DE CONTATO:

| PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 6 | VOLUME 2 | 23

8. Qual é a conquista mais importante do conceito reabilitador minimamente invasivo?

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

9. Quais são os dois conceitos básicos referentes aos procedimentos minimamente invasi-vos?

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

10. Qual é a especifi cidade do protocolo restaurador indireto?

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

11. Na técnica minimamente invasiva, por que o preparo em nível de esmalte resulta em adesão de melhor qualidade?

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

12. Quais são as três técnicas indicadas para transformação do sorriso?

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

Page 16: FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES …unitri.edu.br/wp-content/blogs.dir/5/files/2012/05/Laminados-e... · 12 FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES DE CONTATO:

24 FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES DE CONTATO: FUNDAMENTOS E PROTOCOLOS

13. Quais são as vantagens e as desvantagens das restaurações em resina?

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

14. Quais são as características que permitem às facetas confeccionadas em cerâmica apre-sentarem tantas vantagens?

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

15. A criação da interface adesiva de um material a uma estrutura dentária que foi recém--preparada deve ser realizada com rigoroso protocolo. O que é necessário para a execu-ção deste procedimento?

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

16. Quais são os três passos intermediários para a união dos substratos dente/cerâmica?

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

17. Quais são as vantagens obtidas ao se criar a interface adesiva sobre o esmalte?

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

Page 17: FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES …unitri.edu.br/wp-content/blogs.dir/5/files/2012/05/Laminados-e... · 12 FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES DE CONTATO:

| PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 6 | VOLUME 2 | 25

18. Qual é o procedimento indicado na etapa de cimentação a fi m de minimizar erros de protocolo e de contaminação?

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

19. Qual é a importância de defi nir a personalidade do paciente e seu nível de expectativa e exigência?

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

20. Quais são as vantagens do planejamento reverso?

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

21. Na execução do planejamento reverso, o que é necessário para a obtenção de um arqui-vo virtual?

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

22. Qual é a diferença entre os sistemas adesivos convencionais e os sistemas autocondicio-nantes?

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

Page 18: FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES …unitri.edu.br/wp-content/blogs.dir/5/files/2012/05/Laminados-e... · 12 FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES DE CONTATO:

26 FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES DE CONTATO: FUNDAMENTOS E PROTOCOLOS

23. Por que o uso de primer não se faz necessário no preparo minimamente invasivo?

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

24. Qual é a principal indicação dos cimentos resinosos de ativação química?

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

25. Qual é o agente iniciador dos cimentos resinosos de ativação física?

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

26. Quais são as vantagens dos cimentos resinosos de dupla ativação?

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

27. Qual é a maior vantagem dos cimentos resinosos autoadesivos?

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

Page 19: FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES …unitri.edu.br/wp-content/blogs.dir/5/files/2012/05/Laminados-e... · 12 FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES DE CONTATO:

| PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 6 | VOLUME 2 | 27

28. Qual é a contraindicação dos cimentos resinosos autoadesivos?

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

29. Quais processos de ativação e método de interação são indicados para cimentação de facetas laminadas minimamente invasivas?

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

30. Qual é a ação do silano quando aplicado no tempo correto na superfície da cerâmica, posteriormente ao condicionamento com ácido hidrofl uorídrico?

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

31. Em quais casos a efetividade do silano é comprometida?

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

32. Qual é a consequência de se aplicar silano em uma superfície de cerâmica vítrea sem o prévio condicionamento com o ácido hidrofl uorídrico?

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

Page 20: FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES …unitri.edu.br/wp-content/blogs.dir/5/files/2012/05/Laminados-e... · 12 FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES DE CONTATO:

28 FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES DE CONTATO: FUNDAMENTOS E PROTOCOLOS

CASOS CLÍNICOSA seguir, serão descritos três casos clínicos que enfatizam a transformação estética de sorri-sos com laminados cerâmicos minimamente invasivos (comumente conhecidos como lentes de contato). Atenção para os conceitos e princípios importantes para o sucesso desse tipo de procedimento, entre eles:

! planejamento reverso (planejamento virtual, wax-up e mock-up);! preparo minimamente invasivo;! adesão no substrato, sempre que possível, predominante em esmalte;! protocolo correto de tratamento de superfície da cerâmica;! seleção correta dos agentes de fi xação adesiva (adesivos e cimentos).

Para facilitar o relato do caso clínico e a descrição dos fatores mais importantes, foi criado um check-list, apresentado nos Quadros 4, 5 e 6, que poderá ser utilizado no dia a dia clíni-co, com detalhamento do passo a passo nas legendas das imagens.

CASO CLÍNICO 1

O objetivo deste caso clínico é demonstrar a indicação clínica dos laminados minima-mente invasivos como fi nalização estética pós-tratamento ortodôntico, destacando o preparo minimamente invasivo e a importância das três etapas do planejamento reverso.

Page 21: FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES …unitri.edu.br/wp-content/blogs.dir/5/files/2012/05/Laminados-e... · 12 FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES DE CONTATO:

| PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 6 | VOLUME 2 | 29

Quadro 4

DADOS DO PACIENTE

Paciente R. B. T.

Gênero Masculino

Idade 31 anos

PLANEJAMENTO – ANÁLISE DOS FATORES E CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS

Transformação do sorriso ( ) Alteração de posição do(s) dente(s) no arco

(!) Alteração morfológica dental

(!) Presença de diastemas

Características dos elementos dentais

( ) Alteração intensa de cor

(!) Dentes hígidos

(!) Necessidade de clareamento dental prévio

( ) Necessidade de retentor intrarradicular

( ) Remanescentes com perda parcial de estrutura

Padrão oclusal (!) Ausência de facetas intensas de desgaste

(!) Ausência de hábito parafuncional

(!) Espaço favorável para restauração

(!) Estabilidade oclusal

(!) Relação intermaxilar favorável

Tecidos periodontais (!) Necessidade de plastia/recontorno gengival

Característica do tipo de faceta cerâmica

( ) Laminado convencional Dente(s):

(!) Laminado minimamente invasivo (lente de contato)

Dente(s): 13, 12, 11, 21, 22, 23.

Característica do tipo de faceta cerâmica

(!) Acréscimo cervicoincisal Dente(s): 12, 11, 21, 22.

(!) Acréscimo mesiodistal Dente(s): 12, 11, 21, 22

(!) Acréscimo somente na face vestibular

Dente(s): 13, 23

Page 22: FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES …unitri.edu.br/wp-content/blogs.dir/5/files/2012/05/Laminados-e... · 12 FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES DE CONTATO:

30 FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES DE CONTATO: FUNDAMENTOS E PROTOCOLOS

Nesse caso, o clareamento dental colabora na defi nição correta do tipo de cerâmica (tipo de matiz, alta translucidez, baixa translucidez) e, consequentemente, no tipo de cimento (opaco, translúcido ou com matiz defi nido), pois o clareamento promove homogeneização da policromasia natural dos dentes anteriores, colaborando com o operador. O uso da pasta Try-In previamente à cimentação é fundamental para o su-cesso (Figuras 1 a 20).

Figura 1 – Aspecto inicial do paciente que se sentia insatisfeito com a aparência de seu sorriso devido à presença de diastemas e dentes curtos.Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Figura 2 – Aspecto frontal inicial antes da remo-ção do aparelho ortodôntico.Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Figura 3 – Aspecto frontal inicial do arco supe-rior ainda com o aparelho ortodôntico instalado.Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Figura 4 – Vista frontal do sorriso após remoção do aparelho ortodôntico superior.Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Page 23: FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES …unitri.edu.br/wp-content/blogs.dir/5/files/2012/05/Laminados-e... · 12 FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES DE CONTATO:

| PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 6 | VOLUME 2 | 31

Figura 5 – Aspecto do arco superior após remo-ção do aparelho ortodôntico. É importante, neste momento, analisar alguns aspectos como forma dos dentes (comparar os dentes homólogos e proporções estéticas), característica do contorno periodontal (observe que os dentes 11, 12 e 13 aparentam-se menores, provavelmente pelo con-torno gengival, volume das papilas), cor (verifi car a necessidade de clareamento).Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Figura 6 – Vista frontal do arco superior após cirurgia periodontal e clareamento dental com peróxido de carbamida 16%.Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Figura 7 – Planejamento virtual e obtenção das medidas para acréscimos de cerâmica que serão usadas na fase de wax-up.Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Figura 8 – Wax-up e planejamento dos futuros laminados minimamente invasivos. Momento importante de comunicação paciente-clínico e clínico-ceramista.Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Figura 9 – Guia de silicone de adição realizada a partir do modelo encerado. Esta matriz será preenchida por resina bis-acrílica para simular a composição estética fi nal e prever possíveis ajus-tes.Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Page 24: FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES …unitri.edu.br/wp-content/blogs.dir/5/files/2012/05/Laminados-e... · 12 FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES DE CONTATO:

32 FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES DE CONTATO: FUNDAMENTOS E PROTOCOLOS

Figura 10 – Vista frontal do sorriso transformado provisoriamente com resina bis-acrílica.Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Figura 11 – Vista lateral do sorriso transformado provisoriamente com resina bis-acrílica.Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Figura 12 – Início dos preparos minimamente in-vasivos com ponta diamantada 2135F. Aproveitar os diastemas para estabelecer eixo de inserção inciso-cervical é uma dica importante.Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Figura 13 – Arredondamento dos ângulos inci-sais para evitar acúmulos de tensões e fragiliza-ção das restaurações.Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Page 25: FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES …unitri.edu.br/wp-content/blogs.dir/5/files/2012/05/Laminados-e... · 12 FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES DE CONTATO:

| PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 6 | VOLUME 2 | 33

Figura 14 – Mensuração com compasso e paquí-metro dos preparos fi nalizados.Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Figura 15 – Conferir as medidas de acordo com o planejamento virtual e wax-up antes da etapa de moldagem evita desgastes futuros nas restau-rações.Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Figura 16 – Molde dos preparos com silicone de adição.Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Figura 17 – Preparo do substrato dental. Trata-mento de superfície o esmalte com ácido fosfóri-co 37% por 30s.Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Page 26: FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES …unitri.edu.br/wp-content/blogs.dir/5/files/2012/05/Laminados-e... · 12 FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES DE CONTATO:

34 FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES DE CONTATO: FUNDAMENTOS E PROTOCOLOS

Figura 18 – Após lavar com spray ar-água por 30s e secar, aplicação do sistema adesivo conven-cional com microaplicador fi no. Atenção para a remoção cuidadosa dos excessos e não se indica a fotoativação neste momento para evitar possí-veis desadaptações durante a inserção da faceta.Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Figura 19 – Tratamento de superfície das cerâ-micas de dissilicato de lítio. Condicionamento com ácido fl uorídrico 10% por 20s. Cada tipo de cerâmica deve ser condicionado por um período diferente, que varia de acordo com a quantidade de fase vítrea. Em seguida, lavar por 60s e secar, deve-se limpar a superfície com ácido fosfóri-co 37% por 60s. A seguir, aplicação do agen-te de união silano. Vista frontal imediatamente após cimentação. Espessura média das facetas = 0,3mm.Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Figura 20 – Aspecto fi nal do sorriso e fechamen-to dos diastemas com facetas cerâmicas minima-mente invasivas.Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Page 27: FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES …unitri.edu.br/wp-content/blogs.dir/5/files/2012/05/Laminados-e... · 12 FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES DE CONTATO:

| PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 6 | VOLUME 2 | 35

CASO CLÍNICO 2

O objetivo deste caso clínico é demonstrar a importância do mock-up no planejamento reverso e respectivos ajustes na comunicação com o paciente e ceramista.

Quadro 5

DADOS DO PACIENTE

Paciente D. M. S.Gênero MasculinoIdade 35 anos

PLANEJAMENTO – ANÁLISE DOS FATORES E CARACTERÍSTICAS PRINCIPAISTransformação do sorriso ( ) Alteração de posição do(s) dente(s) no arco

(!) Alteração morfológica dental( ) Presença de diastemas

Características dos elementos dentais

( ) Alteração intensa de cor( ) Dentes hígidos( ) Necessidade de clareamento dental prévio( ) Necessidade de retentor intrarradicular

(!) Remanescentes com perda parcial de estrutura

Padrão oclusal (!) Ausência de facetas intensas de desgaste

( ) Ausência de hábito parafuncional

(!) Espaço favorável para restauração

(!) Estabilidade oclusal

(!) Relação intermaxilar favorável

Tecidos periodontais (!) Necessidade de plastia/recontorno gengival

Característica do tipo de faceta cerâmica

( ) Laminado convencional Dente(s):

(!) Laminado minimamente invasivo (lente de contato)

Dente(s):

Característica do tipo de faceta cerâmica

(!) Acréscimo cervicoincisal Dente(s): 13, 12, 11, 21, 22, 23

(!) Acréscimo mesiodistal Dente(s): 12, 11, 21, 22

( ) Acréscimo somente na face vestibular

Dente(s):

Page 28: FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES …unitri.edu.br/wp-content/blogs.dir/5/files/2012/05/Laminados-e... · 12 FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES DE CONTATO:

36 FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES DE CONTATO: FUNDAMENTOS E PROTOCOLOS

Os desgastes incisais são sinais de um passado com hábitos parafuncionais ativos. Nes-se caso, verifi car o controle e manejo dos fatores causais é fundamental. Para alguns casos, indica-se o uso de placa protetora com o único objetivo de proteger as restau-rações. Nesse caso específi co, o paciente após tratamento apresentou ausência de hábitos parafuncionais ativos, o que defi niu a não indicação da placa (Figuras 21 a 33).

Figura 21 – Aspecto inicial do paciente, que sen-tia insatisfação com a aparência de seu sorriso devido à presença de diastemas e dentes curtos.Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Figura 22 – Aspecto frontal inicial após remoção do aparelho ortodôntico. Paciente já havia reali-zado ajuste oclusal.Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Figura 23 – Aspecto frontal inicial do arco su-perior.Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Figura 24 – Vista frontal do modelo de trabalho montado em articulador com preparos minima-mente invasivos Inexecutados.Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Page 29: FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES …unitri.edu.br/wp-content/blogs.dir/5/files/2012/05/Laminados-e... · 12 FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES DE CONTATO:

| PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 6 | VOLUME 2 | 37

Figura 25 – Aspecto do modelo superior após wax-up e guia de silicone de adição para mock--up.Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Figura 26 – Mock-up de resina bis-acrílica. Re-moção dos excessos com ponta diamantada 2.200F.Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Figura 27 – Mock-up de resina bis-acrílica pré--fi nalizado. Neste momento, a análise da compo-sição facial, do sorriso, alinhamentos, testes de fonética e análises individuais do paciente devem ser realizadas. A primeira função do mock-up está sendo exercida.Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Figura 28 – A segunda função do mock-up é tão importante quanto a primeira. Nessa etapa, de-vem ser avaliados os pontos de contato, os ajus-tes de interferências em máxima intercuspidação habitual, guia anterior, guia canina e durante a fala.Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Page 30: FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES …unitri.edu.br/wp-content/blogs.dir/5/files/2012/05/Laminados-e... · 12 FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES DE CONTATO:

38 FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES DE CONTATO: FUNDAMENTOS E PROTOCOLOS

Figura 29 – Verifi car e ajustar é, a na opinião dos autores, a etapa mais importante para a resistên-cia das futuras facetas minimamente invasivas. Para ampliar a qualidade de comunicação com laboratório, sugere-se duplicar o mock-up com uma nova moldagem de silicone de adição.Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Figura 30 – Facetas minimamente invasivas (len-tes de contato) cimentadas com cimento resino-so convencional fotoativado cor A1. Espessura média das facetas = 0,4mm.Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Figura 31 – Aspecto frontal do arco superior e inferior. Caso necessário, uma recomendação im-portante para proteção das restaurações é o uso de placa acrílica ajustada durante a noite.Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Figura 33 – Aspecto lateral fi nal do sorriso.Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Figura 32 – Aspecto fi nal do sorriso com o fe-chamento dos diastemas e transformação mor-fológica com facetas cerâmicas minimamente invasivas.Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Page 31: FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES …unitri.edu.br/wp-content/blogs.dir/5/files/2012/05/Laminados-e... · 12 FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES DE CONTATO:

| PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 6 | VOLUME 2 | 39

CASO CLÍNICO 3

O objetivo principal deste caso clínico é enfatizar a importância da associação do re-contorno gengival por meio de técnicas cirúrgicas periodontais, clareamento dental e preparos minimamente invasivos.

Quadro 6

DADOS DO PACIENTE

Paciente L. R. F. P.Gênero FemininoIdade 19 anos

PLANEJAMENTO – ANÁLISE DOS FATORES E CARACTERÍSTICAS PRINCIPAISTransformação do sorriso (!) Alteração de posição do(s) dente(s) no arco

(!) Alteração morfológica dental(!) Presença de diastemas

Características dos elementos dentais

( ) Alteração intensa de cor(!) Dentes hígidos(!) Necessidade de clareamento dental prévio( ) Necessidade de retentor intrarradicular

( ) Remanescentes com perda parcial de estrutura

Padrão oclusal (!) Ausência de facetas intensas de desgaste

(!) Ausência de hábito parafuncional

(!) Espaço favorável para restauração

(!) Estabilidade oclusal

(!) Relação intermaxilar favorável

Tecidos periodontais (!) Necessidade de plastia/recontorno gengival

Característica do tipo de faceta cerâmica

( ) Laminado convencional Dente(s):

(!) Laminado minimamente invasivo (lente de contato)

Dente(s): 12, 11, 21, 22

Característica do tipo de faceta cerâmica

(!) Acréscimo cervicoincisal Dente(s):

(!) Acréscimo mesiodistal Dente(s):

( ) Acréscimo somente na face vestibular

Dente(s):

Page 32: FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES …unitri.edu.br/wp-content/blogs.dir/5/files/2012/05/Laminados-e... · 12 FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES DE CONTATO:

40 FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES DE CONTATO: FUNDAMENTOS E PROTOCOLOS

A paciente compareceu após a fi nalização do tratamento ortodôntico. No entanto, havia pequena vestibularização do elemento 22 e facilmente corrigida durante a plas-tia do esmalte exercida no preparo minimamente invasivo. Em casos mais severos, necessita-se previamente de realinhamento dental por meio de movimentações orto-dônticas (Figuras 34 a 45).

Figura 34 – Vista inicial do sorriso. Este caso clí-nico também foi reabilitado com facetas minima-mente invasivas com objetivo de fi nalização do tratamento ortodôntico.Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Figura 35 – A presença de diastemas e as dife-rentes dimensões dos dentes anteriores incomo-dam a paciente.Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Figura 36 – O planejamento é transformar a morfologia dental anterior e fechar os diastemas, mas, para compensar as dimensões alteradas e permitir melhor proporção, a plastia periodontal cirúrgica é fundamental.Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Figura 37 – É possível observar o efeito da plas-tia periodontal após 45 dias de pós-operatório, associados com 15 dias de clareamento caseiro com peróxido de carbamida 16% e preparos mi-nimamente invasivos fi nalizados.Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Page 33: FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES …unitri.edu.br/wp-content/blogs.dir/5/files/2012/05/Laminados-e... · 12 FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES DE CONTATO:

| PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 6 | VOLUME 2 | 41

Figura 38 – A gengival marginal foi afastada com fi o de algodão #00, e a moldagem foi reali-zada com silicone de adição.Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Figura 39 – Vista frontal do modelo de trabalho. Observe a expulsividade mínima sufi ciente para inserção e acomodação das lentes de contato. Ângulos arredondados são importantes para a resistência das restaurações.Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Figura 40– Vista lateral do modelo de trabalho. Além do uso de pontas diamantadas de granu-lação fi na, o uso de discos de lixa granulação grossa e média é importante para refi namento do preparo e melhor qualidade do modelo.Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Figura 41 – Prova das facetas com pasta Teste A1, importante etapa para verifi car a cor ideal do cimento. Vista palatina das facetas demonstran-do a função preparo conservador e o apoio da camada de cerâmica na face incisal.Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Page 34: FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES …unitri.edu.br/wp-content/blogs.dir/5/files/2012/05/Laminados-e... · 12 FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES DE CONTATO:

42 FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES DE CONTATO: FUNDAMENTOS E PROTOCOLOS

Figura 42 – Vista frontal do arco superior após cimentação das facetas com cimento resinoso convencional fotoativado cor A1.Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Figura 43 – Aspecto frontal fi nal do sorriso.Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Figura 44 – Aspecto lateral fi nal do sorriso.Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Page 35: FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES …unitri.edu.br/wp-content/blogs.dir/5/files/2012/05/Laminados-e... · 12 FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES DE CONTATO:

| PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 6 | VOLUME 2 | 43

CONCLUSÃOMediante o exposto, pode-se concluir que o uso de laminados cerâmicos minimamente in-vasivos é capaz de gerar aumento da autoconfi ança, da autoestima, devolvendo aos pacien-tes a vontade de sorrir e expor sentimentos por meio do sorriso. As alterações estéticas reali-zadas neste estudo podem ser realizadas com materiais restauradores adesivos diretos, neste caso, resinas compostas, que caracterizam a Odontologia minimamente invasiva direta.

Independentemente da técnica que utiliza, o profi ssional capacitado que acredita na con-servação máxima de estrutura, na adesão com princípio de retenção efi caz e compreende as necessidades estéticas do seu paciente conseguirá atingir os objetivos da odontologia minimamente invasiva, transformando o campo de ação da odontologia estética: de reabili-tadora oral para reabilitadora psicossocial.

RESPOSTAS ÀS ATIVIDADES E COMENTÁRIOSAtividade 1Resposta: DComentário: Laminados minimamente invasivos são restaurações estéticas que buscam aci-ma de tudo a conservação de estrutura dental e alteração estética. A adesão deve ser pre-dominantemente em esmalte, e o preparo não apresenta protocolos pré-determinados e sequências de desgaste.

Atividade 2Resposta: AComentário: O planejamento digital ou virtual é uma ferramenta de comunicação laborató-rio-paciente-profi ssional que pode ser empregada durante o planejamento reverso.

Atividade 3Resposta: AComentário: O uso de silicones de adição permite maior quantidade de réplicas vazadas do mesmo molde, maior longevidade do molde, permitindo trabalho com ceramistas em longa distância, maior recuperação elástica e hidrofi licidade.

Atividade 4Resposta: CComentário: Recomenda-se não polimerizar o adesivo antes do posicionamento de facetas minimamente invasivas para que não aconteça desadaptação da restauração.

Page 36: FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES …unitri.edu.br/wp-content/blogs.dir/5/files/2012/05/Laminados-e... · 12 FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES DE CONTATO:

44 FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES DE CONTATO: FUNDAMENTOS E PROTOCOLOS

Atividade 5Resposta: BComentário: Esse tipo de preparo é mais conservador e não possui um protocolo pré-deter-minado de desgaste, ou seja, deve permitir a expulsividade das paredes e eixo de inserção, o que pode variar de acordo com o tipo de dente, posição, volume, relação com antagonista.

Atividade 6Resposta: AComentário: Cerâmicas à base de dissilicato de lítio devem ser condicionadas com ácido fl uorídrico. Atenção para a limpeza superfi cial com ácido fosfórico ou também 3 a 5 mi-nutos na cuba ultrassônica. O silano é fundamental para união química do cimento com a cerâmica.

REFERÊNCIAS1. Andrade OS, Romanini JC. Protocolo para laminados cerâmicos: Relato de um caso clínico.

R Dental Press Est. 2004 out;1(1):9-19

2. Ayad MF, Rosenstiel SF, Hassan MM. Surface roughness of dentin after tooth preparation with different rotary instrumentation. J Prost Dent. 1996 Sep;75(2):122-128.

3. Behr M, Rosentritt M, Wimmer J, Lang R, Kolbeck C, Burgers R, et al. Self-adhesive resin cement versus zinc phosphate luting material: a prospective clinical trial begun 2003. Dent Mater. 2009 Jun;25(5):601-4.

4. Belli R, Pelka M, Petschelt A, Lohbauer U. In vitro wear gap formation of self-adhesive resin cements: a CLSM evaluation. J Dent. 2009 Jan;37(12):984-93.

5. Blatz MB, Hürzeler MB, Strub JR. Reconstruction of the lost interproximal papilla--presen-tation of surgical and nonsurgical approaches. Int J Perio Rest Dent. 1999 Aug;19(4):395-406.

6. Blatz MB, Sadan A, Kern M. Resin-ceramic bonding: a review of the literature. J Prosthet Dent. 2003 Mar;89(3):268-74.

7. Borges, G.A.; Sophr, A.M.; De Goes, M.F.; Sobrinho, L.C.; Chan, D.C.N. Effect of etching and airborne particle abrasion on the microstructure of different dental ceramics. J Prosthet Dent. 2003 Oct;89(1):479-88.

8. Cardoso MV, de Almeida Neves A, Mine A, Coutinho E, Van Landuyt K, De Munck J, Van Meerbeek B. Current aspects on bonding effectiveness and stability in adhesive dentistry. Aust Dent J. 2011 Jun;56(Suppl 1):31-44.

9. Coachman C; Calamita M; Schayder, A. Digital smile design: uma ferramenta para planeja-mento e comunicação em odontologia estética. Revista Dicas. 2012 Jan 1(2):3-9.

Page 37: FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES …unitri.edu.br/wp-content/blogs.dir/5/files/2012/05/Laminados-e... · 12 FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES DE CONTATO:

| PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 6 | VOLUME 2 | 45

10. Costa CH, Diniz LV, Lacerda RH, Forte FD, Sampaio FC. Prevalence of dental anomalies in patients with cleft lip and palate, Paraiba, Brazil: clinic and radiographic study. Acta Odontol Latinoam. 2012 Sep;25(2):181-5.

11. Ferracane JL, Stansbury JW, Burke FJ. Self-adhesive resin cements – chemistry, properties and clinical considerations. J Oral Rehabil. 2011 Mar; 38(4):295-314.

12. Ferracane JL. Resin composite--state of the art. Dent Mater. 2011 Jan;27(1):29-38.

13. Frese C, Staehle HJ, Wolff D. The assessment of dentofacial esthetics in restorative dentis-try: A review of the literature. J Am Dent Assoc. 2012 May;143(5):461-6.

14. Garoushi S, Lassila L, Hatem M, Shembesh M, Baady L, Salim Z, Vallittu P. Infl uence of stai-ning solutions and whitening procedures on discoloration of hybrid composite resins. Acta Odontol Scand. 2013 Jan;71(1):144-50.

15. Giray FE, Duzdar L, Oksuz M, Tanboga I. Evaluation of the bond strength of resin cements used to lute ceramics on laser-etched dentin. Photomed Laser Surg. 2014 Jul;32(7):413-21.

16. Goldstein RE. Study of need for esthetic in dentistry. J Prosthet Dent. 1969 Jul;21(2):589-98.

17. Goldstein RE, Garber DA, Goldstein CE, Schwartz CG, Salama MA, Gribble AR, Adar P, Ginsberg LJ. Esthetic update: the changing esthetic dental practice. J Am Dent Assoc. 1994 Nov;125(11):1447-56. Review. Erratum in: J Am Dent Assoc 1995 Jan;126(1):24.

18. Heymann HO, Hershey HG. Use of composite resin for restorative and orthodontic correc-tion of anterior interdental spacing. J Prosthet Dent. 1985 Jun;53(6):766-71.

19. Higashi, C. Cerâmicas em dentes anteriores: Parte I – indicações clínicas dos sistemas cerâ-micos. Clin Int J Braz Dent. 2006 Jul; 1(2):23-31.

20. Holand, W.; Schweiger, M.; Frank, M.; Rheinberger, V. A comparison of the microstructure and properties of the IPS Empress 2 and the IPS Empress glass-ceramics. J Biomed Mater Res. 2000 Jul;53(1):297-303.

21. Kaur H, Pavithra US, Abraham R. Prevalence of malocclusion among adolescents in South Indian population. J Int Soc Prev Community Dent. 2013 Jul;3(2):97-102.

22. Klages U, Bruckner A, Zentner A. Dental aesthetics, self-awareness, and oral health-related quality of life in young adults. Eur J Orthod. 2004 Oct;26(5):507-14.

23. Kopperud SE, Tveit AB, Gaarden T, Sandvik L, Espelid I. Longevity of posterior dental resto-rations and reasons for failure. Eur J Oral Sci. 2012 Dec;120(6):539-48.

24. Ozer F, Blatz MB. Self-etch and etch-and-rinse adhesive systems in clinical dentistry. Com-pend Contin Educ Dent. 2013 Jan;34(1):12-4.

25. Patil S, Doni B, Kaswan S, Rahman F. Prevalence of dental anomalies in Indian population. J Clin Exp Dent. 2013 Oct 1;5(4):e183-6.

Page 38: FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES …unitri.edu.br/wp-content/blogs.dir/5/files/2012/05/Laminados-e... · 12 FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES DE CONTATO:

46 FACETAS CERÂMICAS MINIMAMENTE INVASIVAS LENTES DE CONTATO: FUNDAMENTOS E PROTOCOLOS

26. Peumans M, Van Meerbeek B, Lambrechts P, Vanherle G. Porcelain veneers: a review of the literature. J Dent. 2000 Mar;28(3):163-77.

27. Shin DH, Rawls HR. Degree of conversion and color stability of the light curing resin with new photoinitiator systems. Dent Mater. 2009 Jan; 25(3):1030-8.

28. Signore A, Kaitsas V, Tonoli A, Angiero F, Silvestrini-Biavati A, Benedicenti S. Sectional porce-lain veneers for a maxillary midline diastema closure: A case report. Quintessence Int. 2013 Mar;44(3):201-6.

29. Soares CJ, Soares PV, Pereira JC, Fonseca RB. Surface treatment protocols in the cementa-tion process of ceramic and laboratory-processed composite restorations: a literature re-view. J Esthet Restor Dent. 2005 Mar;17(4):224-35.

30. Soares PV, Zeola LF, Pereira FA, Milito GA, Machado AC. Reabilitação Estética do Sorriso com Facetas Cerâmicas Reforçadas por Dissilicato de Lítio. Rev Odontol Bras Cent. 2012 Jul;21(56):17-28.

31. Soares PV, Spini PH, Carvalho VF, Souza PG, Gonzaga RC, Tolentino AB, Machado AC. Esthetic rehabilitation with laminated ceramic veneers reinforced by lithium disilicate. Quin-tessence Int. 2014 Feb;45(2):129-33.

32. Tuncer D, Yazici A, Ozgünaltay G, Dayangac B. Clinical evaluation of different adhesives used in the restoration of non-carious cervical lesions: 24-month results. Aust Dent J. 2013 Mar;58(1):94-100.

33. Utomi IL, Onyeaso CO. Anteroposterior, vertical and space malocclusions in adolescents with special needs in Lagos, Nigeria. Odontostomatol Trop. 2011 Jun;34(134):17-23.

34. Van Meerbeek B, Inokoshi S, Davidson CL, De Gee AJ, Lambrechts P, Braem M, et al. Dual cure luting composites--Part II: Clinically related properties. J Oral Rehabil. 1994 Sep;21(1):57-66.

35. Walter RD, Raigrodski AJ. Critical appraisal: clinical considerations for restoring mandibular incisors with porcelain laminate veneers. J Esthet Restor Dent. 2008 Jun;20(4):276-81.