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EXXTRA | 17 de junho, 2017

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17 de junho, 2017 | EXXTRA

23 | "SORTE" DE TEMER NASMÃOS DE JANOTEntenda o que acontece se oprocurador-geral da RepúblicaRodrigo Janot denunciar MichelTemer ao STF

26 | HISTÓRICA "DIRETAS-JÁ" ENTRE 1983 E 1984Foi um movimento político decunho popular que teve comoobjetivo a retomada das eleiçõesdiretas ao cargo de presidenteda República

29 | reforma A PASSOSLENTOSPedidos de vista adiam votaçãode relatório da reformapolítica na Câmara dosDeputados

32 | MUDANÇAS DE REGRASPARA 2018Comissão que vai analisar fimdas coligações já tempresidente e relatora da matéria

33 | FICHA LIMPA EM PAUTArojeto em discussão no Senadoproíbe candidatura deréus à Presidência da República

34 | REFORMA TRABALHISTAApós 7 horas, oposição concluileitura de votos contrários à aoprojeto em tramitação

34| REFORMA DAPREVIDÊNCIAMedida não basta para paísacertar as contas, diz InstituiçãoFiscal Independente

EDIÇÃO 93 - 17 de junho/2017

ÍndiceNOTÍCIAS DA SEMANA

04 | Coluna BastidoresIvan Lopes da Silva

08 | Radar EstadualAninha Carolina Silva

14 | Radar Econômico Luciane Junqueira

16 | CAPA

DIRETAS JÁ

Mobilização iniciou com ospartidos de esquerda, atraiufiguras da direita e até tucanosmurista como FHS

02

Diretor Geral:

IVAN LOPES DA SILVA

Editora:

ANINHA CAROLINA SILV A

Redação:

JULIANA GONZAGA ,VERA SILVA SILVEIRAe PALOMA MANTELI

Administração :

LUCIANE JUNQUEIRA

Diagramação:

PATRÍCIA JUNQUEIRA

CANAIS :

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Exxtra é uma publicação daEditora Exxtra Com Dois Xis eMultimídia Ltda. A revista nãose responsabiliza por concei-tos emitidos em artigosassinados. Distribuição dirigidae comercial.

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www.exxtra.com.br

Editorial

Ivan Lopes da SilvaDiretor Geral

Mais uma vez, “Diretas-Já”

Diretas Já foi um dos movimentos de maior participação popular, da história do Brasil. Teveinício em 1983, no governo de João Batista Figueiredo e propunha eleições diretas parao cargo de Presidente da República. A campanha ganhou o apoio dos partidos PMDB ePDS, e em pouco tempo, a simpatia da população, que foi às ruas para pedir a volta das

eleições diretas.Sob o Regime Militar desde 1964, a última eleição direta para presidente fora em 1960. A

Ditadura já estava com seus dias contados. Inflação alta, dívida externa exorbitante, desemprego,expunham a crise do sistema. Os militares, ainda no poder, pregavam uma transição democráticalenta, ao passo que perdiam o apoio da sociedade, que insatisfeita, queria o fim do regime omais rápido possível.

Em 1984, haveria eleição para a presidência, mas seria realizada de modo indireto, atravésdo Colégio Eleitoral. Para que tal eleição transcorresse pelo voto popular, ou seja, de formadireta, era necessária a aprovação da emenda constitucional proposta pelo deputado Dante deOliveira (PMDB - Mato Grosso).

A cor amarela era o símbolo da campanha. Depois de duas décadas intimidada pela repressão,o movimento das Diretas Já ressuscitou a esperança e a coragem da população. Além de podereleger um representante, a eleição direta sinalizava mudanças também econômicas e sociais.Lideranças estudantis, como a UNE (União Nacional dos Estudantes), sindicatos, como a CUT(Central Única dos Trabalhadores), intelectuais, artistas e religiosos reforçaram o coro pelasDiretas Já.

Foram realizadas várias manifestações públicas. Mas dois comícios marcaram a campanha,dias antes de ser votada a emenda Dante de Oliveira. Um no Rio de Janeiro, no dia 10 de abril de1984 e outro no dia 16 de abril, em São Paulo. Aos gritos de Diretas Já! mais de um milhão depessoas lotou a praça da Sé, na capital paulista.

Uma figura de destaque deste movimento foi Ulysses Guimarães (PMDB), apelidado de "oSenhor diretas". Outros nomes emblemáticos da campanha foram o ex-presidente da República,Luís Inácio Lula da Silva, a cantora Fafá de Belém e o apresentador Osmar Santos.

No dia 25 de abril de 1984, o Congresso Nacional se reuniu para votar a emenda quetornaria possível a eleição direta ainda naquele ano. A população não pode acompanhar avotação dentro do plenário. Os militares temendo manifestações reforçaram a segurança aoredor do Congresso Nacional. Tanques, metralhadoras e muitos homens sinalizavam que aquelaproposta não era bem-vinda.

Para que a emenda fosse aprovada, eram necessários 2/3 dos votos. A expectativa eragrande. Foram 298 votos a favor e 65 contra e 3 abstenções (outros 112 deputados nãocompareceram). Para ser aprovada, a proposta precisava de 320 votos.

Com o fim do sonho, restava ainda a eleição indireta, quando dois civis disputariam o cargo.Paulo Maluf (PDS) e Tancredo Neves (PMDB) foram os indicados. Com o apoio das mesmaslideranças das Diretas Já, Tancredo Neves venceu a disputa.

Semana, 17 de junho de 2017

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17 de junho, 2017 | EXXTRA

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COLUNA DIÁRIA EMwww,exxtra,com.br

04

BLOG IVANEXXTRA

Ivan Lopes da Silva

Quem valida o candidato é o eleitor

Projeto aprovadoobriga poder

público ainformar sobre

obra parada

Os deputados estaduaisaprovaram durante asessão ordinária de

quarta-feira (7) o projeto de lei(PL), de autoria do deputadoJoão Amin (PP), que obriga ogoverno a colocar placas nasobras públicas estaduaisparadas com informaçõessobre o motivo da interrupção.A proposta, de número 383/2016, ainda precisa passar pelavotação em segundo turno.Conforme o projeto, as placasdeverão ser instaladas em obrasque estiveram paradas há maisde 90 dias e deverão informar otelefone do órgão públicoresponsável pela obra e o prazode paralisação. De acordo comAmin, o objetivo é permitir queos cidadãos sejam informadose se mobilizem para cobrar aretomada da obra. A medida foielogiadas pelo deputadoManoel Mota (PMDB).

Hinning sai doPMDB e assume

a presidênciado PTB de SC

Com frequência encontro oex-deputado RenatoHinnig também fazendo

as suas caminhadas no final datarde em Jurerê, onde tambémreside. "Rifado" das fileiras doPMDB, o terceiro suplente dabancada estadualpeemedebista filiou-se ao PTBe logo foi convidado parapresidir a sigla em SantaCatarina. E o grande desafio étornar o PTB "a melhor opçãopara as próximas eleições",observou em rápida conversa àbeira da praia. Com aexperiência de dois mandatosno Legislativo Estadual,secretário de estado epresidente do Instituto dePrevidência de Santa Catarina,Hinning desde o mês de abrilestá empenhado em fortalecero partido, trazendo para alegenda ex-companheirospeemedebistas e de outraslegendas que procuram umanova alternativa para aseleições de 2018. A meta éeleger um deputado federal edois estaduais nas eleições de2018.

Estamos a menos de um ano e quatro meses das eleições esempre nesse período os discursos e promessas de bonssamaritanos se multiplicam. A maioria não serve para nada,

mas é o momento fértil para ser debatida sobre a real importânciado político que alcança, pelo voto, um cargo eletivo. Infelizmente,a grande maioria das pessoas não imagina que a qualidade dospolíticos também depende da escolha feita pelos eleitores. Nãotodos, mas certa parcela de corruptos, que lá estão não tomou opoder pela força ou pelo golpe. Do contrário, estes foram eleitospelo voto popular. Corruptos ou honestos, ambos foram escolhidosde modo legítimo, uma vez que houve consulta à base, debate depropostas e concordância partidária, por meio de votação. Quemvalida uma eleição é o povo, em sua pluralidade cultural, religiosa,ética e moral.

O primeiro critério nas eleições é que o candidato a cargospúblicos seja pelo o menos idôneo. Isso sem mencionar detalhescomo: história de vida, formação profissional e intelectual,configuração de antecedentes, vinculação partidarista, plataformapolítica, ficha limpa com a justiça e projeto de campanha registradono Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Ademais, generalizar como se todos os políticos fossemcorrompidos é uma forma de se isentar na hora de decidir. É maisfácil acusar do que discernir o certo do errado. Contudo, ofundamental é a consciência no ato de votar, sabendo que votonão é produto, por isso não se compra nem se vende. Voto não équestão de merecimento, assim não se troca nem se aliena. Votoé uma decisão, não coação. Aquele que age com maturidade nasurnas, também saberá escolher os candidatos mais adequados asua visão política.

A democracia do Brasil ainda está engatilhando. Muitasforam as conquistas e amplos os retrocessos. O país necessita depolíticos honestos, que representem os interesses dos excluídos;que postulem uma reforma tributária e política; que priorizem aqualidade de vida da população; que solucionem não só a dívidaexterna, mas também a dívida interna: de um trilhão e quinhentosbilhões de reais; que resolvam o déficit da previdência; queorientem para mecanismos sustentáveis e de energia pura; quegovernem para o povo, não para si e que tenham a coragem dedebater os graves problemas sociais do país.

Neste cenário, os avanços devem ser consolidados, os erroscorrigidos e as promessas de campanha se tornar objetivosconcretos do mandato. Um povo, violentado no passado pelo votodo cabresto, deve rejeitar qualquer candidato que se apresentecomo 'pai dos pobres'. A pobreza é um pecado social e como talnão necessita de paternidade, pelo contrário, precisa de solução!Muito mais que debates entre correntes políticas e legendaspartidárias é primordial visualizar os candidatos que estãoconcorrendo por uma questão de vocação e os demais que almejamse enriquecer com o dinheiro público. O genuíno político deveassumir sua missão por vocação e competência, não apenas porprofissionalismo. Há muitos que postulam um cargo político paraservir-se do Estado e não para servi-lo. Justamente por isso, acabamse esquecendo de que o voto é uma espécie de 'procuração',conferida pelo povo e como tal também pode ser revogada. Nuncapercamos a lembrança do impeachment de Fernando Collor e deDilma Rousseff e, mais recentemente, do processo que mobilizouo Brasil, com a Lava Jato.

Deputado João Amin

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e xtraSemana, 17 de junho de 2017 x

05

Câmara dosDeputados vai

analisar fim dascoligações - 1

Foi instalada a comissãoespecial que vai analisar ofim das coligações

partidárias e a instituição dacláusula de barreira. Apresidência ficou com adeputada Renata Abreu (Pode-SP) e a relatoria com adeputada Shéridan (PSDB-RR).O deputado federal CelsoMaldaner (PMDB/SC) faz parteda mesa diretorarepresentando o PMDB, com ocargo de 3º vice-presidente.Maldaner explica que o textoque será discutido e votado nacomissão especial amplia ocapítulo da Constituição quetrata dos partidos políticos."Além das coligações e dacláusula de desempenho, a PECtrata da federação partidária ede fidelidade partidária",destacou o deputado.

Durante sua contribuiçãoCelso Maldaner, odeputado destacou a

necessidade de apressar avotação da proposta, paraque as mudanças passem avigorar já nas próximaseleições, em 2018. Para queisso aconteça, o texto deveser aprovado na Câmara e noSenado até o final desetembro. Os deputadosdeverão apresentar agora asemendas ao texto do Senado.O prazo iniciou na quarta (7)e vai durar 10 sessões doPlenário da Câmara. Acomissão tem o prazo de 40sessões - iniciado em 17 demaio, data da sua constituição- para discutir e votar oparecer, que depois irá parao Plenário da Casa.

Após término de biênio, juizefetivo deixa Pleno do TRE-SC

O juiz do Pleno do Tribunal Regional Eleitoral - TRE-SC, HelioDavid Vieira Figueira dos Santos, despediu-se da CorteEleitoral de Santa Catarina em sua última sessão ordinária

no Tribunal. O magistrado ocupava uma das vagas da classe dosjuízes de Direito no Pleno. O juiz Davidson Jahn Mello discursouem nome da Corte, homenageando o magistrado. "Encerrada asua vitoriosa passagem pelo TRE com chave de ouro, não sem oreconhecimento da construção do importante legado jurídico epessoal que enriquecerá a instituição para muito adiante,desejamos-lhe, e a todos os seus, muito vigor e felicidade. Foi umahonra."

Deputados dizem na AssembleiaLegislativa que as ADRs

empobreceram as regiões

O deputado estadual Padre Pedro Baldissera (PT) mostrouna tribuna que as ADRs, ao invés de promover odesenvolvimento das regiões, contribui para empobrecê-

las. "A grande maioria das ADRs empobreceram as regiões, apenas10 regiões tiveram crescimento do PIB, já as dez mais pobres, asmenos desenvolvidas, com IDH mais baixo, empobreceram. Sepensava que as ADRs fossem uma ferramenta para odesenvolvimento, mas percebemos que se deu o contrário",constatou Padre Pedro.

Além disso, o representante de Guaraciaba lembrou que osgastos aumentaram em R$ 40 milhões depois da mudança denomenclatura. "De 2011 para cá tivemos mais gastos de custeiodo que de investimentos, em 2011 o custeio foi de R$ 55,6 milhõese os investimentos totalizaram R$ 44,4 milhões", comparou PadrePedro, que concluiu que as ADRs "são inócuas".

Maurício Eskudlark (PR) concordou. "Hoje leva 45 minutosde Chapecó à capital, os documentos podem ser passadosinstantaneamente, hoje as ADRs são desnecessárias", corroborouEskudlark, que propôs o fortalecimento do OrçamentoRegionalizado. "Nós representamos o estado todo, a Secretariada Fazenda conhece cada metro do estado, infelizmente asprioridades elencadas viram frustração", lamentou o deputado.

Proposta no Senado pararealização de Eleições Diretas

em caso de vacância

No Senado, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadaniaaprovou no último dia 31, por unanimidade, uma outraproposta que vai na mesma linha. A diferença é que a eleição

direta só não ocorreria se a dupla vacância ocorrer no último anodo mandato. Atualmente, a Constituição prevê eleição direta depresidente e vice-presidente em caso de vacância apenas nos doisprimeiros anos do mandato. Nos dois últimos anos, a eleição éindireta, e os nomes são escolhidos em sessão conjunta doCongresso Nacional (513 deputados e 81 senadores).

Câmara dosDeputados vai

analisar fim dascoligações - 2

Deputado estadual Padre Pedro Baldissera

Celso Maldaner durante a reunião da Comissão

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Senador indica Ataídes Oliveira pararelatar Receitas do orçamento de 2018

Deputadolamenta moteOnélio Menta,

ex-prefeitode Caçador

O deputado estadualValdir Cobalchini(PMDB) lamentou a

morte do ex-prefeito deCaçador, Onélio FranciscoMenta, na sessão de ontem(13) na Assembleia Legislativa."Ele nasceu no Rio Grande doSul em 1926, mas em 1951 veiopara em Caçador, o pai eramadeireiro e em CaçadorOnélio iniciou uma serraria e setornou um respeitadoempresário do setor. Casou-seem 1958 e em 1982 elegeu-seprefeito pela primeira vez. Seelegeu novamente em 1996 edepois em 2000", listouCobalchini. O deputado revelouque o prefeito Menta atendiade portas abertas. "O prefeitoé alguém de confiançaescolhido para cuidar daquiloque é seu, e ele atendia a todos,os mais humildes, tudo comtransparência, por isso buscono seu exemplo inspiração decomo me comportar", revelouCobalchini.

O senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) será o responsável pelaelaboração do relatório de receitas ao orçamento de 2018.O nome dele foi confirmado nesta quarta-feira (14) pelo

presidente da Comissão Mista de Orçamento, senador Dário Berger(PMDB-SC). Oliveira reconheceu que o trabalho será desafiador.Segundo ele, a maior dificuldade será conseguir receitasnecessárias para cobrir as despesas do próximo ano em um cenáriode crise econômica e de concessões feitas pelo presidente MichelTemer que afetam a arrecadação, como a renegociação de dívidastributárias, renegociação das dívidas dos estados e parcelamentode dívidas com o Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural(Funrural). "O senador vai trabalhar em parceria com o relator-geral da proposta orçamentária de 2018, deputado Cacá Leão(PP-BA), que cuidará da parte das despesas do próximo orçamentofederal.

Dário Berger pede apoio federalàs mais de 100 cidades de SC

prejudicadas pelas chuvas

Em discurso na terça-feira (13), o senador Dário Berger (PMDB-SC) comunicou que ele e diversos integrantes do FórumParlamentar Catarinense tiveram audiência com o presidente

da República Michel Temer para tratar de temas do estado, comoos estragos ocasionados por tempestades nas últimas duassemanas e a situação do setor pesqueiro de Santa Catarina. Osenador disse que os ministros Helder Barbalho, das Cidades, eOsmar Terra, do Desenvolvimento Social, foram recentemente aSanta Catarina para verificar os estragos das chuvas. Dário Bergerdisse que parlamentares e prefeitos solicitaram ajuda e apoio dogoverno federal para que as mais de cem cidades atingidas voltemà normalidade. De acordo com o senador, mais de 31 mil pessoasforam prejudicadas, com cerca de 9 mil residências foramatingidas. Os prejuízos já somam R$ 40 milhões, afirmou Berger.

Projeto queregulamenta

lobby deve servotado no início

de julho naCâmara

O presidente da Câmarados Deputados, RodrigoMaia (DEM), disse que

pretende votar na primeirasemana de julho o projeto queregulamenta a atividade delobby e de grupos de pressãojunto ao setor público. Oanúncio foi feito duranteaudiência com a deputadaCristiane Brasil (PTB-RJ) erepresentantes da AssociaçãoBrasileira de RelaçõesInstitucionais eGovernamentais (Abrig). Otexto que trata do assunto foiaprovado no fim do ano passadopela Comissão de Constituiçãoe Justiça e de Cidadania. Trata-se de um substitutivo deCristiane Brasil ao Projeto de Lei1202/07, que define a atividadecomo "representação deinteresses nas relaçõesgovernamentais". Para separá-la de qualquer outra atividade,o texto frisa que esses agentespretendem modificarlegislações ou projetos emanálise no Legislativo.

Agentes públicos quefaçam lobby em outrasinstituições também serãosubmetidos à nova lei. É comumque órgãos públicos tenhamrepresentantes no Legislativopara, por exemplo, defender ointeresse do governo ou dainstituição durante atramitação de projetos. Elesterão o mesmo tratamento delobistas da iniciativa privada oude grupos de pressão. Alémdisso, as audiências comparlamentares ou agentesgovernamentais devem serregistradas formalmente emagendas públicas.

Ex-prefeito Onélio Menta O senador Dário Berger discursa na tribuna

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e xtraSemana, 17 de junho de 2017 x

Procurador-Geral de Justiça do MPSCtoma posse na Presidência do CNPG

Projetoregulamenta

doação eleitoralpela internet

Projetod e

autoria dos e n a d o rR o n a l d oC a i a d o(foto), doDEM-GO,tem oobjetivo de regulamentar oprocesso de doação eleitoralpela internet. Ele explica quea ideia do PLS 189/2017 éaumentar a participação dapopulação no processoeleitoral e justifica que ofinanciamento coletivo eoutras formas de doação pelainternet carecem de umaregulamentação. Na opiniãodele, a proposta deve seraprovada antes das próximaseleições. A proposta aguardaa escolha de um relator naComissão de Constituição,Justiça e Cidadania (CCJ).

Assembleiaaprova moção

da deputada doPT pedindo

eleições diretasno País

A Assembleia Legislativade Santa Catarinaaprovou na quarta-feira

(7) Moção de autoria dadeputada Ana Paula Lima (PT)solicitando a aprovação da PECnº 67, de 2016, que determinaa realização de Eleições Diretaspara presidente da República.O documento seráencaminhado ao presidente daCâmara dos Deputados e aopresidente do Senado Federale, por meio destes, a todos osdeputados federais e senadoresda República. O documentodestaca que tramita noCongresso Nacional a PEC nº 67,de 2016, que "Dá nova redaçãoao § 1º do art. 81 daConstituição Federal, paradeterminar a realização deeleição direta aos cargos depresidente e vice-presidente darepública, na hipótese devacância desses cargos nos trêsprimeiros anos do mandatopresidencial".

A Moção reforça aindaque "o Brasil passa por uma dasmaiores crises institucionaisque já o assolaram, sobretudode reconhecimento dapopulação em relação aos seusprincipais representantes".Para Ana Paula Lima, diantedisso, a única forma de pacificaro país e defender a democraciaé buscar nas cláusulas pétreasda Constituição a saída para acrise: todo poder emana dopovo. "Portanto, a saídaconstitucional para uma crisedessa dimensão, são eleiçõesdiretas", destacou.

Senador Jorge Viana diz quesistema político está podre e

defende eleições diretas

O senador Jorger Viana )PT-AC) disse, em pronunciamentonesta quinta-feira (8), que o atual sistema político eleitoral"está podre, tal como um remédio que perdeu a validade".

Ele propôs uma grande mudança no Brasil, afirmando que ocaminho agora são as eleições diretas para a Presidência daRepública Para o senador, o Tribunal Superior Eleitoral não estájulgando apenas a Chapa Dilma-Temer, mas todo o sistema político.Embora tenha dito que o momento não é de "apontar dedos" emuito menos generalizar que todos são criminosos, o senadorobservou que "o erro é coletivo". Jorge Viana defendeu o quechamou de "um amplo pedido de desculpas", dizendo que é fatoque alguns cometeram crimes, outros erraram e há ainda os quetêm que dar explicações.

O Procurador-Geral de Justiça do Ministério Público de SantaCatarina (MPSC), Sandro José Neis, tomou posse na quarta-feira, (14), como Presidente do Conselho Nacional de

Procuradores-Gerais de Justiça dos Estados e da União (CNPG).Neis foi eleito por aclamação durante reunião ordinária do CNPGno fim do mês de maio e sucederá no cargo o Procurador-Geral deJustiça do Estado do Rio Grande do Norte, Rinaldo Reis Lima, eleitoem maio de 2016. O CNPG é um Órgão de granderepresentatividade nacional e que reúne todas as unidades doMinistério Público brasileiro, cabendo-lhe avaliar, periodicamente,a atuação do Ministério Público e estar à frente das grandesdiscussões que são travadas no parlamento e que são de interesseinstitucional, contribuindo, ainda, com as análises e deliberaçõesdo próprio Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

Senador PauloBauer defendeaprovação da

reforma daPrevidência

ainda este ano

O líder do PSDB noSenado, senador PauloBauer (SC), disse que a

discussão da reforma daPrevidência será retomada nosegundo semestre. Asmudanças nas regras deaposentadoria tramitam naCâmara dos Deputados. Bauerconsidera inviável adiar para2018 a aprovação da reformaprevidenciária.

Procurador-Geral de Justiça, Sandro José Neis

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17 de junho, 2017 | EXXTRA

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08

Presidente do Tribunal de Justiça de SCparticipa de reunião com a presidente do CNJ

FIESC lança fundo sociale chama atenção parauso do incentivo fiscal

pelas empresasA FIESC, por meio do SESI, em

parceria com a AssociaçãoEmpresarial de Jaraguá do Sul (ACIJS)lançou o Fundo Social, iniciativa queoferece gestão de projetos sociais

beneficiados por legislações derenúncia fiscal. Jaraguá do Sul é a

primeira cidade catarinense aimplantar o Fundo e servirá de

exemplo para os demais municípios.Por meio do redirecionamento de

parte de seus tributos, asorganizações poderão ampliar e

contribuir com o desenvolvimento dasociedade e da economia local. Serãorealizadas capacitações e assessoriaspara auxiliar na inscrição de projetos

em fundos e ministérios. O objetivo édesenvolver uma plataforma para oacompanhamento de indicadores,

seja em relação a projetos, públicosbeneficiados ou valores aplicados,

permitindo a gestão de todo oprocesso e a avaliação de resultados.

O programa será levado a outrasregiões do Estado até o final de 2018.

O desembargador Torres Marques, presidente do Tribunal de Justiça, participou noúltimo dia 9 de junho de reunião com a ministra Cármen Lúcia, presidente doConselho Nacional de Justiça (CNJ), e demais presidentes de cortes estaduais. Na

ocasião, a ministra Cármen Lúcia fez a entrega do relatório da Análise Comparativa dosDados Consolidados, referente ao período de novembro de 2016 a abril de 2017, quecontém estudo estatístico referente ao perfil e ao desempenho do Judiciário estadual. Osdados divulgados no relatório indicam importantes avanços obtidos pelo Poder Judiciáriocatarinense, com destaque para a significativa redução do tempo médio de julgamentode processos que envolvem réus presos provisoriamente, assim como o incremento daquantidade de processos baixados, superior em cerca de 150 mil ao número de novosfeitos distribuídos. Para o desembargador Torres Marques, o levantamento realizadopelo CNJ demonstra o acerto das medidas de otimização de recursos humanos,investimentos na área de informática e racionalização de procedimentos - todas previstasno planejamento estratégico da gestão e em execução.

Restauração da Ponte Hercílio Luz entra emfase final com chegada de novas peças

Fundamentais na restauração da Ponte Hercílio, em Florianópolis, as barras de olhalchegaram na segunda-feira, 12, ao canteiro de obras da empresa responsável pelostrabalhos. Ao todo, serão 360 destas peças que vão substituir as existentes,

responsáveis pela sustentação da ponte. A previsão para o início da substituição daspeças é outubro deste ano com prazo para até 12 meses para a conclusão. "Com achegadas dessas barras novas, a gente está dando o início da operação mais importanteda recuperação da Ponte Hercílio Luz. A essência de todo o projeto de recuperação, queé a troca das barras de olhal antigas pelas novas. Todas as estruturas que fizemos até hojeforam para tirar a carga da estrutura existente, para que possibilite então trocar asbarras", explicou o fiscal responsável pelas obras de restauração da Ponte Hercílio Luz,Wenceslau Diotalevy.

A ministra Cármen Lúcia e o desembargador Torres Marques

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GovernadorColombo destacaimportância do

equilíbrioprodutivo do

setor de milho

Lideranças do agronegócioe dos três governos do Sulparticiparam de encontro

em Chapecó na terça-feira, 13,em busca do equilíbrio entre aoferta e a demanda do milhona região. Foi realizada maisuma edição do Fórum MaisMilho, promovendo palestras edebates com especialistas. Ogovernador Raimundo Colombo(PSD) e o secretário de Estadoda Agricultura, Moacir Sopelsa,acompanharam a cerimônia deabertura e destacaram a forçado agronegócio catarinense ea importância da cadeia domilho para o setor.

"O equilíbrio é o pontochave e tanta genteparticipando de um eventocomo o de hoje, disposta abuscar esse equilíbrio, já é umfator muito positivo. Estamosaqui para, juntos, apontar econstruir caminhos paracontinuar plantando, cada vezmais, com produtividade e comrentabilidade para osprodutores. Com isso, asindústrias se beneficiam e ofortalecimento do agronegócioé bom para Santa Catarina ebom para todo o Brasil. Nósprecisamos disso", afirmouColombo.

Supermercados poderão tergôndolas para venda de

produtos dietéticos

Os supermercados e mercearias poderão vir a ter gôndolaexclusiva para a venda de produtos dietéticos. Umaproposta (PLS 636/2015) do senador Dário Berger (PMDB-

C) com esse teor está pronta para ser votada na Comissão deTransparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa doConsumidor (CTFC). O objetivo, segundo Dário, é facilitar o acessoa esses produtos pelos consumidores obesos, com diabetes ouhipertensão.

Aprovada PEC que reserva parteda receita estadual para

emendas parlamentares - 1

Por maioria de votos, a Comissão de Constituição e Justiça(CCJ) da Assembleia Legislativa aprovou, na terça-feira (13),a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 5/2015, subscrita

pelo deputado Aldo Schneider (PMDB), que visa destinar parte daReceita Corrente Líquida (RCL) do Estado para o atendimento deemendas parlamentares. Em seus votos, os membros do colegiadoacataram o parecer apresentado pelo deputado Darci de Matos(PSD), pela constitucionalidade da matéria com o apensamento,ou seja, a incorporação, de proposta de teor semelhante (PEC 3/2017), do deputado Mário Marcondes (PSDB). O relatório aprovadotambém altera, por meio de emenda modificativa de iniciativa dopróprio Darci, o percentual a ser destinado anualmente para asemendas parlamentares, passando de 0,0225% para o limitemáximo de 1% da RCL.

Aprovada PEC que reserva parteda receita estadual para

emendas parlamentares - 2

De acordo com o Darci de Matos, em 2017 a RCL correspondeua cerca de R$ 20,676 bilhões. Caso a medida já estivesse emvigor, os deputados contariam com cerca de R$ R$ 206,76

milhões por ano para a execução das obras e ações por elesapontadas, quantia que individualizada aos 40 parlamentares daCasa equivaleria a R$ 5,15 milhões. "Ao prever a obrigatoriedadeda execução das emendas individuais de parlamentaresapresentadas ao projeto de lei orçamentária, entendo que oprojeto pretende, fundamentalmente, um alinhamento ao textoda Constituição Federal, adotado pela Emenda Constitucional nº86, de 2015 e, dessa forma, não vislumbro óbice a sua tramitação",declarou Darci. Dirceu Dresch (PT), por sua vez, preferiu se absterda votação, por acreditar que as indicações parlamentares vãoacarretar desequilíbrios regionais. "Sou da opinião que os recursospúblicos, que são de todos os catarinenses, devem ser distribuídosmais justamente e com esta PEC as regiões que possuem maisdeputados vão acabar recebendo mais."

Deputado pederetorno dapolítica de

incentivo à erva-mate de SC

O retorno da política deincentivo fiscal paraprodutores de erva-

mate foi assunto de reunião dodeputado estadual AntonioAguiar (PMDB) com o secretárioda Fazenda Almir Gorges, nasegunda-feira (12). Oparlamentar reforçou pedidopara restabelecimento dobenefício de crédito presumidocom alíquotas reduzidas de 5%no ICMS cobrado para vendasnas regiões Sul e Sudeste, e de2,9% para as demais. Desde ofinal de março a tributaçãosubiu, respectivamente, para12% e 7%. Gorges levou areivindicação para reunião como governador RaimundoColombo (PSD) e acredita numdesfecho favorável, que pode sedar com a edição de umdecreto governamental. Aguiartrouxe o assunto à Bancada doPMDB e uma indicação foiencaminhada ao Executivo. Odeputado também liderou acriação da Frente Parlamentarda Erva Mate, que pretendediscutir políticas públicas deincentivo ao setor. Na semanapassada ele esteve emCatanduvas participando deencontro setorial comrepresentantes das 85ervateiras catarinenses.

A proposta subscrita pelo deputado Aldo Schneider

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17 de junho, 2017 | EXXTRA10

e xtra Semana, 17 de junho de 2017x

Junho Vermelho: Hemosc reforçaimportância da doação de sangue - 1

A doação de sangue é fundamental para atender emergências,cirurgias e pacientes que necessitam de constantestransfusões. Por isso, no Dia Mundial do Doador de Sangue,

celebrado em 14 de junho, o Hemosc reforça a importância defazer a doação em todas as épocas do ano, especialmente noinverno, quando os estoques de sangue estão reduzidos no estado.O Governo de Santa Catarina regulamentou a Lei nº 16.694, queinstitui o mês do Junho Vermelho. De acordo com a diretora geraldo Hemosc, Denise Linhares Gerent, as doações costumam cairem Santa Catarina no inverno. "Principalmente por causa do frio,muitas pessoas deixam de doar e, com isso, os nosso estoquescaem e nós acabamos tendo problemas de abastecimento e deatendimento das solicitações", explica.

Junho Vermelho: Hemosc reforçaimportância da doação de sangue - 2

Em Santa Catarina, a demanda por sangue é maior nas regiõesdo Vale do Itajaí, Norte do estado, Grande Florianópolis e naregião de Chapecó. "São as regiões que atendem mais

procedimentos de alta complexidade, além de cirurgiasortopédicas e cardíacas e atendimentos oncológicos; além de termaior ocorrência de acidentes automobilísticos", destaca Denise.Mas a doação pode ser feita em hemocentros de todo o estado.Os endereços e horários de atendimento das unidades do Hemoscde Blumenau, Chapecó, Criciúma, Florianópolis, Jaraguá do Sul,Joaçaba, Joinville, Lages e Tubarão estão disponíveis emwww.hemosc.org.br.

Semináriosregionais

debatem osprincipais temas

e desafios daeducação básica

"Em tempos em que sediscute projetos como a EscolaSem Partido e em um contextoem que o governo estadualretira recursos da educaçãopara aplicar em outras áreas, éessencial reunir educadores eespecialistas para refletircoletivamente sobre os rumose perspectivas da educaçãopública no Brasil e em SantaCatarina", afirma a deputadaestadual Luciane Carminatti(PT), que coordena a mesa dedebates voltada à educaçãocatarinense. A Comissão deEducação da AssembleiaLegislativa de Santa Catarina,presidida pela deputada, aComissão de Educação daCâmara dos Deputados,representada pelo deputadofederal Pedro Uczai (PT/SC), e aEscola do Legislativo DeputadoLício Mauro da Silveirapromoveram um ciclo de 12seminários regionais paradebater os principais temas edesafios da educação básica naatualidade, realizada em SãoMiguel do Oeste.

Projeto obriga todos os moradoresde condomínios a dividir custos

com manutenção

Um projeto de lei (PLS 183/2017) em análise na Comissão deConstituição, Justiça e Cidadania (CCJ) obriga os moradoresde condomínios fechados a dividir os custos com serviços

de manutenção dos espaços comuns, mesmo que não façam parteda associação de moradores que administra o local. O autor doprojeto, senador Jorge Viana (PT-AC), argumenta que serviçoscomo jardinagem e pavimentação de ruas, por exemplo, sãobenefícios que chegam a todos os moradores do condomínio, masque são custeados apenas pelos associados.

Projeto instituirem SC Política

Estadual deIncentivo às

Feiras deProdutosOrgânicos

A Comissão de Constituiçãoe Justiça (CCJ) daAssembleia Legislativa

seguindo parecer do deputadoValdir Cobalchini (PMDB),aprovado o Projeto de Lei 360/2016, que visa instituir noestado a Política Estadual deIncentivo às Feiras de ProdutosOrgânicos. De autoria dodeputado licenciado FernandoVampiro (PMDB), o PL trazcomo objetivos promover asegurança alimentar dapopulação, estimular oconsumo de produtosorgânicos, fomentar oempreendedorismo na área,bem como contribuir para ocooperativismo e a economiasolidária no estado. A matériatambém está na pauta dascomissões de Economia,Ciência, Tecnologia, Minas eEnergia; e de Agricultura ePolítica Rural.

Deputado Valdir Cobalchini

Diretora geral do Hemosc, Denise Linhares Gerent

Luciane Carminatti

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EXXTRA | 17 de junho, 2017 11

e xtraSemana, 17 de junho de 2017 x

Prefeito deFlorianópolis

autorizachamamento demais 23 médicos

para saúde

Chamamento demais 23 médicosprioriza a área

da Saúde deFlorianópolis

Projeto que discute a unificação dobanco de dados criminais entra na

fase final - 1

A Prefeitura deFlorianópolis começa,nesta semana, a chamar

23 médicos concursados paracobrir as unidades que estavamcom falta de profissionais desdeo ano passado, quandocomeçou a crise financeira domunicípio. Entre osprofissionais, estão 14 médicosde Família e Comunidade, queirão atuar nos centros de saúde,2 pediatras e 2 clínicos geraispara as unidades de pronto-atendimento (UPAs Norte e Sul)e 5 psiquiatras para os Centrosde Assistência Psicossocial(CAPs). Com a chamada dessesprofissionais, o municípioatende grande parte dademanda desfalque do quadrode médicos na AtençãoPrimária, ajudando naretomada da cobertura dasequipes de saúde da família.Isso representa cerca de 6 milatendimentos a mais por mêsna rede. Além disso, ospediatras e clínicoscompletarão os plantões nasUPAs do município.

Vale ressaltar que osprofissionais chamadostêm prazo legal para

iniciar o trabalho daqui a doismeses ou mais e que, por isso,as unidades começarão aospoucos a ter seus quadroscompletos. A medida,autorizada pelo prefeito GeanLoureiro (PMDB), priorizando aárea da Saúde, une-se aoesforço iniciado neste mês dedeterminar que médicos,enfermeiros, técnicos deenfermagem e dentistas queatuam na gestão da Secretariade Saúde cumpram parte dacarga horária no atendimentoà população, numa forma deamenizar as faltas no quadrofuncional. Também é umaforma de aproximar as decisõestomadas no nível central darealidade dos profissionais nasunidades de saúde. "Estamosenfrentando uma crisefinanceira sem precedentes naPrefeitura, o que não nospermite contratar todos osprofissionais que precisamos.Vamos iniciar pela saúde, que éuma prioridade e que se tratade reposição de profissionaisque saíram no último ano",explicou o prefeito.

O secretário de Estado da Segurança Pública, César AugustoGrubba, e o presidente do Centro de Informática eAutomação (Ciasc), Ivan Ranzolin, participaram na tarde

desta quarta-feira, 14, da reunião que tratou sobre a implantaçãodo boletim de ocorrência e banco de dados policial unificado. Oprojeto foi discutido pelas equipes de informática e inteligênciapolicial da Polícia militar, Polícia Civil e SSP. No encontro, que contoutambém com a participação da equipe técnica do Ciasc, foi definidoum cronograma de atuação que deve ser concluído até novembropróximo, quando o banco de dados das polícias Militar e Civilestarão funcionando de forma unificada. A medida é mais umaferramenta de apoio aos policias e um facilitador para acomunidade.

Projeto que discute a unificação dobanco de dados criminais entra na

fase final - 2

Equipes de trabalho foram definidas para ultimar os últimosajustes que o projeto necessita. Santa Catarina é o quartoEstado a utilizar o banco de dados unificado. Os técnicos irão

definir como se dará a integração dos boletins de ocorrência (PolíciaCivil) com os registros de ocorrência (Polícia Militar). No modeloatual cada instituição subordinada à SSP mantém seu banco dedados. No novo projeto há uma maior integração garantindo,assim, a ampliação de informações e um melhor planejamentooperacional com uma efetiva troca de informações entre asinstituições de Segurança Pública. O novo sistema elimina de veza possibilidade de duplicidade de boletins de ocorrências, que seriadisponibilizado pelo próprio sistema (online) para a delegacia daárea. Para Grubba, a integração dos registros policiais possibilitaráum novo momento na segurança pública catarinense. "Com estanova metodologia estaremos cumprindo o que propõe odirecionamento estratégico do Governo do Estado, que coloca aspessoas em primeiro lugar", disse o titular da pasta.

Prefeito de Florianópolis Gean Loureiro

Ivan Ranzolin, presidente do CIESC

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17 de junho, 2017 | EXXTRA12

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Fiesc apresenta Agenda Legislativada Indústria catarinense 2017

Porto de Imbitubarecebe a maiorcompanhia de

contêineres do mundoO Porto de Imbituba recebeu a maiorcompanhia de contêineres do mundo.

O navio Maersk Labrea atracou noberço 2, na última semana, com

aproximadamente 300 metros decomprimento e capacidade de de

transporte 8.700 TEU (UnidadeEquivalente de Transporte). Esta é aprimeira de diversas embarcações

que estão sendo desviadas paraImbituba em virtude de restriçõesoperacionais dos demais portos da

região. A embarcação foirecepcionada pela equipe da

Autoridade Portuária, liderada pelogerente de Operações Pablo Fonseca

e os colaboradores Silvio TeixeiraFerreira e Alexandre Macuglia. Os

funcionários da administração forama bordo para salientar que o Porto deImbituba está pronto para atendê-los.

De acordo com o chief office ObdinJesse Lorenzo, essa proposta de

relacionamento é extremamenteinteressante, pois mostra

profissionalismo e atenção daAutoridade Portuária com seus

clientes.

A Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) lançou a Agenda Legislativa daIndústria 2017 na terça-feira (13), na Assembleia Legislativa (ALESC), emFlorianópolis, durante sessão conduzida pelo presidente da ALESC, o deputado

Silvio Dreveck (PP). A publicação reúne 37 proposições de interesse da indústria quetramitaram no parlamento entre janeiro de 2016 a maio deste ano. "A sintonia entre oPoder Legislativo e a indústria catarinense leva ao aprimoramento na formulação dalegislação e na adoção de políticas públicas voltadas para o aumento da competitividadedo setor", disse o presidente da FIESC, Glauco José Côrte, ao apresentar a Agenda.

No período avaliado pela FIESC, foram identificadas 678 proposições de possívelinteresse da indústria, nas formas de Medida Provisória, Mensagem de Veto, Projeto deLei, Projeto de Lei Complementar, Proposta de Emenda à Constituição e Projeto deConversão em Lei de Medida Provisória, que, analisadas, resultaram nas 37 proposições.

Após nove anos, o número de posicionamentos divergentes superou o deposicionamentos convergentes, exigindo um trabalho mais intenso, com o objetivo decontribuir com subsídios aos parlamentares para o aprimoramento das proposiçõesapresentadas. "Nem sempre as nossas posições são convergentes, mas sempre os debatesse travam em ambiente de respeito mútuo às visões e opiniões diferentes", afirmouCôrte, salientando que das 37 proposições que integram a publicação, a FIESC convergecom 46% delas. Ele observou que as proposições divergentes propiciam um saudáveldebate técnico com os parlamentares e suas assessorias, resultando em encaminhamentospositivos, na medida em que parte substancial dos subsídios entregues pela FIESC foramincorporados ao texto legislativo, na forma de emendas. "Registro a transparência eorganização que a Assembleia confere ao processo legislativo, facilitando o nosso trabalhode acompanhamento e análise", completou.

Côrte agradeceu a atenção que a FIESC e a indústria recebem do parlamentocatarinense e disse que a Agenda mantém a tradição da mais absoluta transparência emrelação aos projetos e proposições que tramitam na ALESC. Em sua apresentação, eletambém citou os principais números da economia catarinense e destacou o índice deatividade econômica que fechou o primeiro trimestre com crescimento de 2,7%, além dodesempenho positivo na geração de empregos, na produção industrial e nas exportações."Contamos com o apoio da Assembleia Legislativa para aprovação de projetos de leicomprometidos com a melhoria dos fundamentos macroeconômicos e com o aumentoda competitividade do setor produtivo estadual. A indústria confia no discernimento e nacontribuição da Assembleia para o desenvolvimento do Estado", concluiu Côrte.

Os deputados Antonio Aguiar (PMDB), Cesar Valduga (PCdoB), Darci de Matos(PSD), Gelson Merisio (PSD), Maurício Eskudlark (PR), Nilso Berlanda (PR) e Valdir Cobalchini(PMDB) destacaram o trabalho da FIESC em áreas como educação, infraestrutura,economia e na produção de subsídios que auxiliam a atividade parlamentar em diversasmatérias.

Glauco José Côrte, ao apresentar a Agenda na Assembleia

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EXXTRA | 17 de junho, 2017 13

COLUNA SEGUNDA, QUARTA E SEXTAwww,exxtra,com.br

e xtraSemana, 17 de junho de 2017 x

Com sinal verdeda Justiça,

empresa quearrematou

Busscarretomaráprodução

A juíza Karen FrancisSchubert Reimer, titularda 5ª Vara Cível da

comarca de Joinville,determinou a expedição demandado de imissão de possepara permitir que a empresaque arrematou em leilão amassa falida da Busscar tomeposse dos bens adquiridos,inclusive unidades produtoras.Segundo a magistrada, talmedida é necessária porque amanutenção dos bensoperacionais paralisados causagrande prejuízo à massa e, emconsequência, aos credores."Quanto maior o decurso dotempo, maiores as dívidas emenor o crédito remanescente.E neste momento processualdeve-se levar em conta anecessidade de satisfação doscredores no seu maior númeropossível, como também nomenor prazo disponível",afirmou.

Senadoresautorizam

criação de áreasespeciais para

desenvolvimentoturístico

A Comissão de MeioAmbiente do Senadoaprovou projeto que

autoriza o governo a criar áreasespeciais para odesenvolvimento turístico,AET's, com regime jurídicopróprio. Os senadoresretiraram do projeto, noentanto, a possibilidade de umprocedimento simplificado parao licenciamento ambiental oua dispensa de licenciamento,que constavam no textooriginal do PLS 129/2016. Osenador Dário Berger (PMDB-SC), relator da matéria, justificaque "estabelecer umprocedimento simplificado parao licenciamento ambientalcoloca em risco a própriacompetitividade do setor, poisboa parte da atração exercidasobre o turista estrangeirodecorre da presença de ummeio ambiente equilibrado emnossas florestas e praias. E éjustamente o processo delicenciamento ambiental queassegura a preservação dessemeio ambiente".

Nove cidades de SC assinamacordo para implantação

do SC Bem Mais Simples - 1

Prefeitos e representantes de Siderópolis, Içara, Sangão,Orleans, Cocal do Sul, Tubarão, Jaguaruna, São Martinho eCapivari de Baixo firmaram o termo de intenção com a

Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável(SDS) para implantação do SC Bem Mais Simples. O ato foi realizadona Associação Empresarial de Tubarão (ACIT), na terça-feira, 13."Desburocratizar não é um processo fácil, mas é extremamentenecessário. Estamos visitando todas as regiões do Estadoapresentando o SC Bem Mais Simples e contamos com o apoio dosmunicípios para diminuir o tempo de abertura de empresas emSanta Catarina", salientou o secretário da SDS, Carlos Chiodini.Sancionada no início de 2017 pelo governador Raimundo Colombo,a lei 17.071 que instituiu o SC Bem Mais Simples dispõe oEnquadramento Empresarial Simplificado (EES), com base nasinformações da autodeclaração dos empreendedores. "O cidadãoque quiser abrir o próprio negócio preenche o cadastro online e,se a empresa não comprometer a segurança sanitária, ambientale tiver baixo potencial poluidor, o processo será agilizado", explicaChiodini.

Nove cidades de SC assinamacordo para implantação

do SC Bem Mais Simples - 2

O grau de risco é estabelecido pela Classificação Nacional deAtividades Econômicas (CNAE). "A grande maioria dosnegócios é considerado de baixo risco, é o caso das

lanchonetes, padarias, restaurantes e similares, escritórios, petshops, salões de beleza, entre outros", exemplifica. Para o prefeitode Tubarão, Joares Ponticelli (PP), esta é uma grande ação paraestimular o desenvolvimento econômico. "Muitas vezes osentraves do poder público desestimulam o setor produtivo e o SCBem Mais Simples mostra que é possível modificar esta realidade,incentivando o empreendedorismo", afirma. O programa já foiapresentado em Chapecó e em Jaraguá do Sul contando comadesão de 27 municípios até o momento. O próximo evento serárealizado em Lages, dia 20 de junho.

Juiza Karen FrancisSchubert Reimer,

Senador Dário BergerSecretário de Estado, Carlos Chiodini

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17 de junho, 2017 | EXXTRA14

e xtra Semana, 17 de junho de 2017x

Santa Catarina, Paraná e Rio Grandedo Sul criam Comitê Interestadual de

Sanidade da Pomicultura

Representantesde frigoríficos

justificamdívida com aPrevidência

O deputado estadualMário Marcondes(PSDB) defendeu

entusiasticamente a chamadaPEC da Autonomia, quedisciplina a execução dasemendas parlamentares."Recebemos pedidos dosvereadores, prefeitos, vices enão há política de governo quepossa atingir e atender todo oestado", observou Marcondes,indicando que 50% dos recursosprevistos para as emendasseriam destinados à saúde."Para que o Parlamento possafazer as devidas emendas,dentro das políticas definidas,direcionando recursos eatendendo os municípios",encerrou Marcondes.

Os três estados do sul se unem para garantir a sanidade nospomares de maçã. Na terça-feira,13, os secretários deEstado da Agricultura de Santa Catarina, do Paraná e do

Rio Grande do Sul criaram o Comitê Interestadual de Sanidade daPomicultura (Cisp), em Chapecó. A intenção do Comitê é propormedidas conjuntas para assegurar ações de vigilância e defesa depragas e doenças quarentenárias que afetam a pomicultura. Aprincipal preocupação dos produtores é erradicar o cancro europeue manter a região livre da Cydia pomonella. O secretário daAgricultura de Santa Catarina, Moacir Sopelsa, explica que o Estadojá criou uma força tarefa para erradicar o cancro europeu em seuspomares e a intenção é expandir esse trabalho para todo o sul dopaís. "Nós já temos registro do cancro europeu presente empomares de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, por isso nos unimospara defender a sanidade da maçã. Queremos impedir tambémque outras doenças se espalhem e comprometam nossa produção",ressalta Sopelsa.

A parceria entre os estados doSul pode ser estendida também

para outras frutas

Para erradicar o cancro europeu em Santa Catarina, aCompanhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de SantaCatarina (Cidasc) deslocou técnicos, que atuam na região

Serrana, para auxiliarem no combate à doença nos municípios deSão Joaquim, Urubici, Urupema, Bom Jardim da Serra, Bom Retiroe Painel. Outra medida é a conscientização dos produtores, queserá feita através de palestras. Segundo levantamento da Cidasc,até 2016, a doença estava presente em 117 pomares catarinenses,distribuídos em 10 municípios. A maioria dos casos está nas regiõesde Água Doce e de São Joaquim, onde os esforços estão maisconcentrados. A parceria entre os estados do Sul pode ser estendidatambém para outras frutas e o objetivo é garantir a excelênciasanitária também na produção vegetal. "Nós somos reconhecidospelo nosso status sanitário animal e queremos esse mesmoreconhecimento para a produção vegetal", destaca MoacirSopelsa.

Governoprorroga

pagamento deICMS paraempresas

prejudicadaspelas chuvas

O Governo do Estado deSanta Catarina vaiprorrogar o prazo de

recolhimento do ICMSreferente ao mês de maio paraas empresas instaladas nosmunicípios que decretaramsituação de emergência oucalamidade pública devido àschuvas. O ICMS de maio, queseria pago no dia 10 de junho,poderá ser recolhido até 10 dejulho. A prorrogação é válidaapenas para os contribuintesque comprovarem terem sidoprejudicados pelos efeitos daschuvas. É necessário ainda quea situação de emergência oucalamidade pública tenha sidohomologada pelo Governo doEstado. "O objetivo, com aprorrogação de 30 dias no prazode recolhimento do ICMS, éajudar o empresariado a sereerguer", explica o diretor deAdministração Tributária daSecretaria de Estado daFazenda, Ari Pritsch.

50% dos recursosprevistos para

as emendasdos deputados

destinadosà saúde

A demora da ReceitaFederal em compensarcréditos tributários

resulta em dívidas com aPrevidência Social. Esta foi ajustificativa apresentada pelosrepresentantes dos frigoríficosque mais têm débitosprevidenciários duranteaudiência pública da CPI daPrevidência. Para o senadorDário Berger (PMDB-SC), oCongresso Nacional debate areforma da Previdência (PEC287/2016), com retirada dedireitos, quando deveriadiscutir uma reforma tributária.O senador não concorda, porexemplo, com a utilização decréditos tributários em dívidasprevidenciárias.

Os três estados do sul se unem para garantira sanidade nos pomares de maçã

Secretaria de Estado daFazenda, Ari Pritsch

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EXXTRA | 17 de junho, 2017 15

e xtraSemana, 17 de junho de 2017 x

Novo portal doProcon esclarece

principaisdúvidas doconsumidor

catarinense - 1

O Procon de SantaCatarina está lançandouma nova ferramenta

para ajudar os contribuintes atirarem dúvidas sem queprecisem se deslocar até umaagência, para o atendimentopresencial. Com base no bancode dados do Sindec - sistemainformatizado que integraProcons de todo o país - o portalproconresponde.com.br reúneos assuntos relacionados àsdemandas mais frequentes doscidadãos divididas entre asáreas: Bancos e Cartões; Contade Luz e Água; Habitação;Produtos; Recall de Produtos;Saúde; Serviços on-line;Telefonia e TV por Assinatura.O diretor estadual do Procon,Michael da Silva, conta que naagência da Capital, porexemplo, são realizados, emmédia, 95 atendimentos pordia, e, em grande parte deles,o consumidor poderia obterorientação para osencaminhamentos sem anecessidade de comparecer aoórgão.

"O novo site aproximaainda mais o Procon do cidadãocom a praticidade de forneceras informações pela internet,evitando possíveisdeslocamentos. Com o acessoàs orientações, o contribuintesaberá exatamente comoproceder e onde buscar seusdireitos", explica Michael daSilva. Segundo o diretor,serviços financeiros e telefonialideram a lista de reclamaçõesno Procon em Santa Catarina.A páginap r o c o n r e s p o n d e . c o m . b rdisponibiliza ainda o Código deDefesa do Consumidor, link paraajuda e informações, uma áreapara empresas, incluindo leis, ea lista das agências do Proconem Santa Catarina. "É mais umaferramenta para deixar oscontribuintes conscientes deseus direitos e obrigações. Issofortalece o trabalho como umtodo e nos mantém como umdos Procons maisresolutivos do país", reiterao diretor estadual, Michaelda Silva.

Governador Colombo destaca aeconomia e a segurança do Estado

O governador Raimundo Colombo (PSD) destacou, emprograma semanal, a segunda maior apreensão de drogasno Estado e o Atlas da Segurança, que colocou duas cidades

no ranking das mais seguras do Brasil: Jaraguá do Sul e Brusque.Assuntos como os cinco primeiros meses na economia catarinensee a visita às cidades atingidas pelas enchentes também foramdestaque no Com a Palavra, o Governador. Jaraguá do Sul e Brusqueocuparam o primeiro e segundo lugar, respectivamente, como asmais seguras do Brasil e Blumenau em 21º, segundo o Instituto dePesquisa Econômica Aplicada e o Fórum Brasileiro de SegurançaPública. "São dados animadores e isso fortalece o ânimo de toda anossa equipe da segurança, que está fazendo um bom trabalho. Oproblema da segurança pública, do aumento da violência é umacoisa que está muito grave na sociedade brasileira, inclusivemundial, com vários atentados que a gente vê acontecendo emvários lugares do mundo", contou Colombo. "Temos soldados emformação e assinei a contratação de diversos delegados e agentesda polícia civil. Nós temos que continuar esse trabalho e esse esforçoe não podemos nos acomodar", concluiu o governador.

Ainda na Segurança Pública, o governador falou sobre aapreensão de drogas realizada pelas Polícias Civil e RodoviáriaFederal. Na operação foram apreendidas armas, munições, edrogas como maconha e haxixe. "Em maio nós fizemos a maiorapreensão de drogas da história de Santa Catarina e em junho asegunda maior. Juntas, dão 10 toneladas de maconha". Sobre aeconomia catarinense, Colombo se mostrou otimista narecuperação do cenário que atingiu a população brasileira nosúltimos anos e que, mesmo assim, Santa Catarina manteve bonsnúmeros de empregos, produção, a retomada da indústria e atemporada de verão que ajudou na economia. "Eu sou otimista enão tenho dúvida que o cenário é para crescimento. Baixou a taxade juros e o dólar está em um patamar favorável para exportação.Eu torço que isso se acentue e que tenhamos um segundo semestrebem mais positivo para fazer com que o Brasil saia desse atoleiroque entrou na economia e que prejudicou todos nós". O programaencerrou com o balanço da visita do governador em algumascidades atingidas pelas fortes chuvas, que causaram enchentes edeslizamentos de terra, atingindo até sexta-feira, 9, 31,8 milpessoas. "O volume de chuvas foi histórico. No Vale do Itajaí asbarragens cumpriram um papel muito importante e nósconseguimos atuar de forma muito forte e minimizou".

Novo portal doProcon esclarece

principaisdúvidas doconsumidor

catarinense - 2

Raimundo Colombo durante a gravação doprograma

Michael da Silva, diretor do Procon estadual

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17 de junho, 2017 | EXXTRA16

DIRETAS DIRETAS DIRETAS DIRETAS DIRETAS JÁJÁJÁJÁJÁMobilização iniciou com os partidos de esquerda, atraiu

figuras da direita e até tucanos murista como FHS

e xtra Semana, 17 de junho de 2017x

Com o advento que está ocorrendo no Brasil,mergulhado em casos de corrupção, onde aOperação Lava-Jato está tentando passar o paísa limpo da sujeira instalada no sistema político,veio à tona o grito que ecoava nos anos 80 doséculo passado: Diretas Já.

O coro pelo impeachment de Michel Temer (PMDB)e pela realização de novas eleições iniciou com ospartidos de esquerda e de oposição, no CongressoNacional, mas já ganha as ruas e defesa de políticosassumidamente de direita, como é o caso do senadorRonaldo Caiada (DEM-GO). E, mesmo o PSDB mantendo-se na base do governo, decida em reunião com as

lideranças do partido no último dia (12), uma das suasprincipais figuras, ex-presidente da República epresidente de honra da sigla, Fernando Henrique Cardoso,aderiu ao grito de diretas-já.

Na Câmara dos Deputados, na Comissão deConstituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) está emanálise da admissibilidade da "PEC das Diretas". Aproposta de emenda à Constituição (PEC 227/16) dodeputado Miro Teixeira (Rede-RJ) prevê eleições diretaspara presidente e para vice-presidente da República emcaso de vacância desses cargos, exceto nos seis últimosmeses do mandato. A relatoria da PEC está com odeputado catarinense Esperidião Amin (PP).

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EXXTRA | 17 de junho, 2017 17

e xtraSemana, 17 de junho de 2017 xAtualmente, a Constituição prevê

eleição direta de presidente e vice-presidente em caso de vacância apenas nosdois primeiros anos do mandato. Nos doisúltimos anos, a eleição é indireta, e osnomes são escolhidos em sessão conjuntado Congresso Nacional (513 deputados e81 senadores).

A matéria está ganhando corpoentre os parlamentares, preocupando oPalácio do Planalto, que através da suatropa de choque tenta barrar o andamentoe discussão na CCJ. Assim aconteceu nareunião de quarta-feira, 14, obstruída pelosgovernistas.

O início do processo de obstrução foiliderado pelo deputado José Carlos Aleluia(DEM-BA), que argumentou que não hámotivo para alterar as regras atualmenteprevistas na Constituição. Para ele, oconstituinte foi sábio ao decidir por eleiçõesindiretas nos dois últimos anos do mandato."Nós não poderíamos proceder a umaeleição direta faltando, por exemplo, umano para a conclusão do mandato.Teríamos que prorrogar o mandato dopresidente da Câmara no exercício dainterinidade e dar a ele entre 4 e 6 mesesde prorrogação até que o TSE [TribunalSuperior Eleitoral] pudesse organizar umaeleição presidencial", observou Aleluia.

Para o deputado baiano, o que existeé um trabalho articulado das minorias paratentar tumultuar o processo político. "Estãotentando criar um clima de 'diretas já', noqual a população não embarcou",completou.

O deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS) ressaltou que a base do governo nãoconcorda com os termos da PEC e anunciouque manterá os procedimentos paraimpedir a votação. "Não concordamos comessa mudança na Constituição, quepermitiria eleições diretas para trazer Lulade volta", afirmou.

Partidos que integram a basegovernista, contrários à PEC, deixaram deregistrar presença já na primeira votaçãonominal, impedindo que o quórumnecessário (34 deputados) fosse alcançado.Sem o voto dos governistas, apenas 27deputados registraram seus votos no paineleletrônico - sete a menos do que o exigidopelo Regimento Interno.

Após aguardar por pouco mais de 1hora pelo número mínimo de votantes, opresidente da CCJ, deputado RodrigoPacheco (PMDB-MG), decidiu encerrar os

trabalhos. Pacheco, no entanto, jáanunciou que a admissibilidade da PECdeverá ser incluída, como item único, napauta de nova reunião extraordinária noretorno dos parlamentares a Casa, dia 27,já esta semana será "enforcada". O aviso

foi feito pelo próprio presidente daCâmara, Rodrigo Maia (DEM), quejustificou a ausência dos trabalhos noParlamento em função dos festejos de SãoJoão, eventos que atrai em massas osparlamentares do Nordeste.

O deputado Miro Teixeira é autor da PEC que prevê eleições diretas

A proposta de emenda à Constituição dodeputado Miro Teixeira (Rede-RJ) prevê

eleições diretas para presidente e para vice-presidente da República em caso de

vacância desses cargos, exceto nos seisúltimos meses do mandato.

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17 de junho, 2017 | EXXTRA18

e xtra Semana, 17 de junho de 2017xJabuticaba dupla

O deputado Esperidião Amin (PP-SC)rebateu a tese de José Carlos Aleluia de queo objetivo da PEC é tumultuar o processopolítico. Amin lembrou que a proposta foiapresentada em 2016 e destacou que seuparecer, também daquela época, não temqualquer relação com o momento atual porque passa o País.

O relator disse ainda que tambémconsidera a PEC da Câmara melhor do quea já aprovada pela CCJ do Senado. "OSenado está criando uma jabuticaba dupla.Primeiro ele cria os três anos de prazo,diferente do texto constitucional ediferente do texto sereno e correto dodeputado Miro Teixeira, segundo o qualdurante três anos e meio a eleição serádireta, e apenas nos últimos seis meses, quecoincidem com o período eleitoral, aeleição será indireta", defendeu Amin.

O relator da PEC 227/16 aindacriticou a proposta do Senado por preverexpressamente que a alteração valeria jápara esse mandato. "Se existe algumoportunismo é lá", destacando que a PECda Câmara mantém o princípio daanualidade, segundo o qual, a PEC só teriavalidade após um ano.

Para Espiridião Amin, a proposta nãoé casuística, já que foi apresentada pelodeputado Miro Teixeira há mais de um ano.Amin afirmou que seu parecer sobre aadmissibilidade está pronto desdenovembro, quando seria votado pelaprimeira vez, mas prevê dificuldades na CCJ."Essa proposta dificilmente será aprovadanum espaço de tempo em que, se imagina,possamos sair desta crise", disse.

Caiado critica Temerpor não renunciar

O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), líder de seu partido na Casa, criticou opresidente Michel Temer pela decisão denão renunciar ao cargo, diante da crisepolítica. "Politicamente ele já foi julgado. Enão tem mais condições degovernabilidade. Ele optou muito mais pelaimunidade institucional que pela realidadepor que passa o país", afirmou Caiado.Caiado criticou a norma que prevê a eleiçãodo presidente interino por eleições

indiretas, ressaltando que a hora não é desoluções temporárias. Caiado entende queé fundamental que um provável substitutoao presidente tenha credibilidade e reúnacondições morais para apresentar asreformas necessárias ao Estado brasileiro.

"O presidente tomou uma opçãoerrada. Ele deveria, diante dos fatos, tertido a altivez da renúncia para dizer emalto e bom som que deveria abrir espaçopara um Brasil com 14 milhões de

desempregados", afirmou.Durante a votação da PEC 67/2016,

aprovada de forma unânime na Comissãode Constituição e Justiça, na quarta-feira(31/05), Caiado defendeu o texto quedetermina eleições diretas nos trêsprimeiros anos de mandato em caso devacância da Presidência. Pela regra atual,um colégio eleitoral elege o presidente deforma indireta na vacância do cargo atédois anos antes das eleições ordinárias.

O deputado Esperidião Amin é o relator da PEC das “diretas já”

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e xtraSemana, 17 de junho de 2017 x"A pergunta que faço: hoje a

sociedade se sente atendida por essecolégio eleitoral? Ou estaremos só adiandoa crise? Precisamos parar com essa coisade 'olha, aquele alguém pode ser eleitopelo momento difícil que nós estamospassando'. Gente, vamos parar com essemedo! Temos argumentos suficientes paramostrar que quem provou o governoanterior não quer dele mais. É umarealidade. Essa crise não vai se resolver sócom o tempo", afirmou Caiado.

Para o senador, não seria o momentobuscar alternativas paliativas, que nãocontemplem o sentimento da sociedadebrasileira. "Não adianta. Não vai resolver.É momento de nós irmos para as urnas,sim, enfrentarmos o debate, ganharmosas eleições. Mostramos que o Brasil quergovernante sério", sustentou.

Aplicação

Durante a votação da PEC,governistas argumentaram que, por contada lei eleitoral, a proposta só passaria avaler para o próximo ano, o que a tornariainviável no caso de afastamento dopresidente Michel Temer. Caiado discordada argumentação.

"Dessa forma o remédio passa a serinócuo. Tenho um remédio para aplicar aopaciente mas só posso aplicar no próximoano? Não temos tempo para isso. Sóestaremos adiando a crise", comentou.

Constituição

Ronaldo Caiado acredita que diantedo caráter excepcional do momentopolítico que vive o Brasil, é preciso ajustara regra eleitoral para trazer legitimidadeao processo de escolha. Ele tem defendidoeleições gerais, bandeira que levantadesde o impeachment da ex-presidenteDilma.

"Constituição é carta de princípios,não é para regular lei eleitoral. Para sefazer uma eleição direta teríamos queajustar a Constituição, dentro das regras enormas constitucionais. A minha posição éque não podemos deixar que o medo tomeconta das campanhas eleitorais.",argumentou.

Crise política

O cenário é agravado pela atual crisepolítica. Com base em delação premiadados irmãos Joesley e Wesley Batista, donosdo grupo J&F, o ministro Edson Fachin,responsável no Supremo Tribunal Federalpela Operação Lava Jato, autorizou a

abertura de inquérito contra Michel Temer.As suspeitas são de corrupção passiva,organização criminosa e obstrução àJustiça.

Nessa circunstância, a oposição queraprovar a PEC para que uma eventualsucessão de Temer seja feita por eleiçõesdiretas, enquanto a base do governo avaliaque se trata apenas de uma tentativa dedesestabilizar o presidente da República.

Senador Ronaldo Caiado: "A pergunta que faço: hoje asociedade se sente atendida por esse colégio eleitoral?

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17 de junho, 2017 | EXXTRA20

FHC diz que Temerperdeu a legitimidade

para continuarno cargo

O ex-presidente Fernando HenriqueCardoso fez uma brusca inflexão aodefender, na quinta-feira (15), a realizaçãode eleições diretas por iniciativa dopresidente Michel Temer que, na avaliaçãode FHC, perdeu a legitimidade paracontinuar no cargo.

No agravamento da crise, logo apósa delação premiada dos irmãos Batista,Fernando Henrique defendeu a renúncia deTemer e a escolha do sucessor por eleiçãoindireta.

Com a declaração de quinta-feira,FHC confronta com o PSDB que, nasegunda-feira (12), decidiu permanecer nogoverno Temer.

Na nota, o ex-presidente defende queos partidos decidam o rumo a tomar"pensando no Brasil, nas suas chanceseconômicas e nos 14 milhões dedesempregados".

Mas não é de agora que FernandoHenrique tem divergido do conjunto do

Confira a íntegra danota de Fernando

Henrique Cardoso:

"A conjuntura política do Brasiltem sofrido abalos fortes e minhapercepção também. Se eu me pusessena posição de presidente e olhasse emvolta reconheceria que estamos vivendouma quase anomia. Falta o que ospolíticólogos chamam de ̀ legitimidade¿,ou seja, reconhecendo que a autoridadeé legítima consentir em obedecer.

A ordem vigente é legal econstitucional (dai o ter mencionadocomo "golpe" uma antecipaçãoeleitoral) mas não havendo aceitaçãogeneralizada de sua validade, ou há umgesto de grandeza por parte de quemlegalmente detém o poder pedindoantecipação de eleições gerais, ou opoder se erode de tal forma que as ruaspedirão a ruptura da regra vigenteexigindo antecipação do voto.

É diante desta perspectiva que ospartidos, pensando no Brasil, nas suaschances econômicas e nos 14 milhões dedesempregados, devem decidir o quefazer.

A chance e a cautela a que merefiro derivam de minha percepção dagravidade da situação. Ou se pensa nospassos seguintes em termos nacionais enão partidários nem personalistas ouiremos às cegas para o desconhecido.

A responsabilidade maior é a doPresidente que decidirá se ainda temforças para resistir e atuar em prol dopaís.

Se tudo continuar como está coma desconstrução continua da autoridade,pior ainda se houver tentativas deembaraçar as investigações em curso,não vejo mais como o PSDB possacontinuar no governo.

Preferiria atravessar a pinguela,mas se ela continuar quebrando serámelhor atravessar o rio a nado e devolvera legitimação da ordem à soberaniapopular.

É este o sentimento que motivaminhas tentativas de entender o queacontece e de agir apropriadamente,embora nem sempre no calor dosembates diários e de declarações dadasàs pressas tenha sido claro nem semhesitações.

Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente"

PSDB, assumindo posições muito maisavançadas e com críticas fortes ao governoMichel Temer.

Há algum tempo, em reuniõesinternas, ele tem defendido uma espéciede auto-crítica do partido, tal como fazpublicamente o presidente interino dopartido, senador Tasso Jereissati (CE).

Na reunião da Executiva do PSDB naúltima segunda-feira, porém, que teve apresença de governadores como GeraldoAlckmin (SP), Beto Richa (PR) e MarconiPerillo (GO), a decisão do partido foi de semanter na base de sustentação aogoverno.

Fernando Henrique reconhece terdito que a busca de eleição direta a estaaltura do mandato seria "golpe" eacrescenta que "não havendo aceitaçãogeneralizada de sua validade, ou já umgesto de grandeza por parte de quemlegalmente detém o poder pedindoantecipação de eleições gerais ou o poderse erode de tal forma que as ruas pedirão aruptura da regra vigente, exigindoantecipação do voto".

O ex-presidente fez referência,ainda, à "pinguela", imagem que deu aogoverno Temer, e agora disse que "se apinguela continuar quebrando, será melhoratravessar o rio a nado e devolver alegitimação da ordem à soberaniapopular".

Na avaliação de Fernando Henriue, Michel Temer perdeu a legitimidade

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xTasso reconhece

incoerência por PSDBficar no governo e

recorrer contra o TSE

O presidente interino do PSDB,senador Tasso Jereissati (CE), reconheceuna segunda-feira (12) que há umaincoerência no fato de o partido terdecidido, ao mesmo tempo, se manter nabase aliada do governo Michel Temer erecorrer contra a absolvição dopeemedebista pelo Tribunal SuperiorEleitoral (TSE).

"Com certeza existe uma incoerêncianisso, mas é a incoerência que a histórianos colocou", afirmou em entrevistacoletiva após a reunião dos tucanos.

Jereissati afirmou que, comopresidente do partido, não deixará dereconhecer que houve corrupção e uso dedinheiro público nas eleições de 2014 porparte da chapa Dilma-Temer.

"Achamos que houve corrupção e usodo dinheiro público nas eleições de 2014.Não temos menor duvida sobre isso. Nãotemos porque ficar calados se temos aindao recurso para provar nossa convicção",disse. Segundo ele, o tipo de recurso só serádefinido após o TSE publicar o acórdão dojulgamento.

"Esse não é meu governo, não é ogoverno dos meus sonhos. Não votei nemnele (Temer) nem nela (Dilma). Estão aí porcausa da circunstância do país nos levou aisso", afirmou o senador, ressaltando queera a favor do desembarque, mas que foivoto vencido.

"O PSDB está dentro desse governo,com seus ministros, não em nome dogoverno, mas em nome da estabilidade edas reformas que são necessárias. Nossamaior preocupação são os desempregadosque estão aí e não deixar que essa criseeconômica venha a piorar", acrescentou.Jereissati afirmou que o PSDB ainda nãodecidiu fechar questão a favor da aceitaçãode eventual denúncia contra Temerenviada pelo procurador-geral daRepública, Rodrigo Janot. Segundo ele, porenquanto, a orientação é que cadadeputado vote como quiser.

"Vai ser uma decisão da Câmara,totalmente deles. E cada deputado vai votar

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da maneira como quiser, inclusive noplenário. Não existe nenhuma decisão defechar questão em relação a isso", declarouo tucano na entrevista.

Mais cedo, o líder do PSDB naCâmara, deputado Ricardo Tripoli (SP),afirmou que pretende orientar a bancadado partido a votar pela aceitação deeventual denúncia da PGR contra Temer.

"Não terá liberação de bancadanesse aspecto. O posicionamento será pelainvestigação. Não estou levando aqui se elaserá positiva ou não. Mas toda investigaçãotem sido defendida pelo PSDB sempre. Sejacom pessoas ligadas ao nosso partido ounão", afirmou Tripoli ao deixar reunião doPSDB.

No Congresso e no Palácio doPlanalto, a expectativa é de que Janot enviea denúncia até o fim de junho. Para que oSupremo Tribunal Federal (STF) possaprocessar Temer, a imputação terá de seraceita pela Câmara. Para que a denúnciaseja aceita, são necessários votos favoráveisde 342 dos 513 deputados. Se for aceita,Temer terá se der afastado do cargo por180 dias, para que o Supremo o julgue. Casoo julgamento não seja concluído ao fim

desse prazo, Temer retorna ao caso, mascontinua sendo processado pela Corte.

Aécio Neves

Jereissati disse ainda que o partidonão vai crucificar o senador Aécio Neves(MG), afastado das funções e dapresidência do partido após ser atingidopela delação da JBS.

"Não discutimos Aécio Neves, nãovamos crucificá-lo, vamos dar a ele o direitode defesa", explicou. O tucano cearenseconfirmou a intenção da maioria do partidode antecipar as eleições para escolha dosubstituto definitivo do mineiro.

De acordo com o presidente interinodo PSDB, essa eleição poderá serantecipada em duas situações: caso Aéciorenuncie ao cargo ou seja expulso do cargo.Jereissati ressaltou, porém, que tudo serácombinado com o senador mineiro.

"A ideia é que na próxima reunião daExecutiva, na semana que vem, seconvoque uma eleição nacional", explicouo parlamentar cearense.

Tasso Jereissati: "Esse não é meu governo, não é o governo dosmeus sonhos. Não votei nem nele (Temer) nem nela (Dilma)”

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Texto melhor naCâmara

Favoráveis à realização de eleiçõesdiretas da forma como prevê a PEC 227/16,deputados do PT, PSB, PDT, PCdoB, Psol eRede registraram seus votos e usaram otempo da reunião para defender a PEC.O deputado Chico Alencar (Psol-RJ) lembrouque a CCJ do Senado já aprovou propostasemelhante (67/16), mas, segundo ele, aproposta dos senadores é pior do que a daCâmara (227/16).

Pelo texto do Senado, que aindaprecisa passar por duas votações emPlenário, há previsão de eleição direta parapresidente e vice-presidente da Repúblicaapenas se os cargos ficarem vagos nos trêsprimeiros anos de mandato.

"Nós aqui podemos melhorar essaproposta. Agora o governo obstrui odebate. E assumidamente", criticouAlencar. "O que nós queremos é agilizar aanálise do mérito dessa matéria. Quemteme debater diretas, sempre revela umpendor antidemocrático absoluto",concluiu.

Código Eleitoral

Atualmente, com a aprovação da Lei13.165/15, conhecida como Lei daMinirreforma Eleitoral, já há a previsão de

eleições diretas para os casos de cassaçãode mandato, como prevê a PEC, emqualquer tempo, com exceção dos seisúltimos meses.

Ocorre que o texto da minirreformaeleitoral, que altera o Código Eleitoralvigente (Lei 4.737/65), é objeto de uma AçãoDireta de Inconstitucionalidade (ADI5.525) que alega que, no caso de eleiçãopara presidente e vice-presidente daRepública, há regra específica prevista naConstituição, regra essa que não poderiaser alterada por lei ordinária.

A ADI ainda não foi deliberada peloSupremo Tribunal Federal.

Comissão do Senadoaprova PEC daEleição Direta

A Comissão de Constituição, Justiçae Cidadania (CCJ) do Senado aprovou no dia31 de maio, por unanimidade, aadmissibilidade da Proposta de Emenda àConstituição (PEC) 67/16, que prevê arealização de eleição direta para presidentee vice-presidente da República se os cargosficarem vagos nos três primeiros anos demandato.

Atualmente, a Constituição admiteeleição direta apenas se a vacância ocorrernos dois primeiros anos. Após esse período,deve ser realizada eleição indireta pelo

Congresso Nacional, em até 30 dias.Com a mudança proposta na PEC, a

realização de eleição indireta parapresidente e vice-presidente ficará restritaao último ano do mandato.A PEC será encaminhada para votação noplenário do Senado e, se aprovada, seguirápara a Câmara dos Deputados.

O relator da PEC, Lindbergh Faria (PT-RJ), havia apresentado substitutivo àproposta e o senador Ricardo Ferraço(PSDB-ES) apresentou hoje voto emseparado pela rejeição do texto do relatore pela aprovação do texto original dosenador Reguffe (sem partido-DF). Ferraçoargumentou que o substitutivo deLindbergh tem inconstitucionalidades.

Lindbergh Farias disse que quis deixarclaro em seu texto que, se aprovada a PECnas duas casas legislativas, a nova regrapassaria a valer de imediato, com eleiçõesdiretas em 90 dias no caso de vacância docargo de presidente da República dentrodo prazo previsto.

Já Ferraço argumentou que aConstituição prevê que qualquer mudançaeleitoral deve entrar em vigor um ano apósa aprovação, por isso o relatório deLindbergh é inconstitucional e, segundo ele,há deliberação do Supremo Tribunal Federal(STF) nesse sentido. "O Artigo 16 daConstituição determina que qualquermudança eleitoral só possa acontecer com12 meses de antecedência e há fartajurisprudência por parte do STF que o Artigo16 é um direito fundamental de quem votae é votado", disse.

Após entendimento entre Lindberghe Ferraço, foi colocada em votação aproposta original apresentada por Reguffe.Mesmo com a aprovação do texto original,Lindbergh disse acreditar que hájurisprudência para que a nova regra passea valer imediatamente após aprovada."Estamos convencidos da vigência imediatada PEC. Tem uma vasta jurisprudência noSTF. E o fato político é grande, aprovar porunanimidade na CCJ."

Lindbergh disse que o trabalho agoraserá de articulação para que o presidentedo Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE),paute a PEC para votação no plenário doSenado. A votação de uma PEC é feita emdois turnos de discussão (1º turno tem cincosessões e 2ª turno tem três sessões) e aaprovação depende de votos favoráveis detrês quintos dos parlamentares, ou seja, 49senadores.

Lindbergh Farias é relator da PEC na Comissão de Constituição e Justiça

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"SORTE" DE TEMER NAS MÃOS DE JANOTEntenda o que acontece se o procurador-geral da República

Rodrigo Janot denunciar Michel Temer ao STF

VPressionado por gravesdenúncias desde adivulgação da delaçãopremiada da JBS, opresidente Michel Temerganhou certo fôlego nos

últimos dias com as decisões do TribunalSuperior Eleitoral de não cassar seumandato e do PSDB de não deixar ogoverno.

No entanto, a expectativa é quenesta semana o procurador-geral daRepública, Rodrigo Janot, apresente umadenúncia contra Temer ao SupremoTribunal Federal, o que abriria novaameaça ao seu mandato.

Se isso ocorrer, será a primeira vezque um presidente brasileiro é denunciadopor crime comum no exercício do cargo.

Rodrigo Janot deve apresentar uma denúncia contra Michel Temer ao Supremo Tribunal Federal

Para que Temer seja julgado pelo STF,porém, a Constituição estabelece queprimeiro a Câmara precisa autorizar aabertura do processo, em votação similara de abertura de um processo deimpeachment.

Abaixo, entenda melhor o queesperar dessa denúncia e quais seuspossíveis desdobramentos.

1) Qual deve ser oconteúdo da denúncia

A expectativa é de que Janotapresente uma denúncia tendo como baseinvestigações iniciadas a partir da delaçãopremiada da JBS, com autorização doministro do STF Edson Fachin. No momento,o inquérito aberto contra Temer apura

supostos crimes de corrupção passiva,obstrução de Justiça e formação dequadrilha.

Temer é suspeito de ter dado avalpara que o empresário Joesley Batistacomprasse o silêncio do ex-presidente daCâmara Eduardo Cunha, preso pela LavaJato. Uma gravação da conversa entre osdois ainda está sendo periciada pela PolíciaFederal.

Além disso, o presidente tambémé acusado de ter indicado seu ex-assessor especial Rodrigo Rocha Lourescomo interlocutor de sua confiançapara a JBS encaminhar pedidos aogoverno. Posteriormente, Loures foigravado recebendo uma mala de R$500 mi l em propina de umrepresentante do grupo.

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17 de junho, 2017 | EXXTRA24

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2) O que acontece apósapresentação da

denúncia?

Se Janot apresentar a denúncia, aexpectativa é de que Fachin faça um exameformal mínimo de seu conteúdo e aencaminhe para a Câmara dos Deputados.Lá, o presidente da casa, Rodrigo Maia,não tem poder individual de barrar otrâmite - diferentemente do que ocorre nopedido de impeachment - e deveimediatamente encaminhar a questão parauma análise prévia da Comissão deConstituição e Justiça (CCJ).

Na CCJ, há um prazo de dez sessõespara o presidente apresentar sua defesa emais cinco para o deputado que for indicadocomo relator do caso apresentar seuparecer, contra ou a favor do andamentoda denúncia. O relator tende a ser aliadode Temer, já que o governo tem, hoje,maioria no Congresso.

O parecer será votado então na CCJe, seja qual for o resultado, depois seguepara análise do plenário da Câmara. Assimcomo no processo de impeachment,quando os deputados decidem seautorizam que o Senado julgue opresidente por crime de responsabilidade,no caso da denúncia por crime comum aser julgado no Supremo, também é precisoum quórum alto para aprovar a aberturado processo - três quintos da Câmara, ou342 votos do total de 513.

Hoje, o governo tem maioria noCongresso e por isso seus aliados se dizemconfiantes de que vão barrar a denúncia. A

ideia é não usar os prazos máximos paraapresentação da defesa de Temer econclusão do relatório, mas é provável quea oposição tente retardar esse processo,na expectativa de que aumente o desgastedo presidente.

"Vamos tentar acelerar isso aomáximo, talvez em dez dias a gente consigaresolver", disse o deputado Carlos Marun(PMDB-MS), um dos que esteve à frenteda defesa de Eduardo Cunha e agora semostra fiel aliado de Temer.

O deputado ressalta, porém, que porenquanto só há "especulações" de quehaverá denúncia. "A denúncia contra opresidente tem que ser calcada em provas.Quero ver se ela vem, ainda tenho dúvidascom relação a isso", afirmou.

Para o professor de DiretoConstitucional Thomaz Pereira, da FGV doRio de Janeiro, o cenário não é totalmenteseguro para Temer, já que novas denúnciase fatos negativos têm surgido a toda horacontra o presidente e seus aliados.

"Por mais que ele tenha os votos hoje(para barrar a denúncia na Câmara),ninguém sabe como vai ser o dia deamanhã. Então, por mais confiante que seesteja, é claro que tem um risco. Podeacontecer algum fato político que afeteesse cálculo de votos", afirma.

Ele ressalta que a sessão da Câmaradeve ser semelhante a do impeachment,com cada deputado votando abertamenteno microfone, em sessão televisionada aovivo.

"Esses deputados vão ter que votarsim ou não pessoalmente, publicamente.Não está claro o quanto isso afetaria a

votação", destaca.

3) Por que a Constituiçãodá à Câmara poder de

barra a denúncia?

Segundo Thomas Pereira, da FGV,esse desenho institucional tem comoobjetivo proteger o presidente de umaeventual perseguição indevida doMinistério Público e do Judiciário.

Esse é justamente o discurso queTemer tem adotado em sua defesa, aoacusar Janot de atuar politicamente, comobjetivo de derrubá-lo.

"O freio existe, bem ou mal, paraimpedir um outro tipo de crise, que seriauma instituição não eleita (o MinistérioPúblico) perseguindo um presidenteeleito", observa.

Se Temer vier a ser condenado peloSTF, a Constituição determina que sejamconvocadas eleições indiretas

"Se não é isso que está acontecendo,e não me parece que seja, o ônus que osdeputados teriam caso não autorizem oprosseguimento de uma eventual denúnciaé explicar sua decisão para a população. ACâmara é formada por deputados eleitos,o que se imagina é que eles sejamresponsivos ao que os cidadãos consideramde tudo isso", ressalta Pereira.

A professora de DireitoConstitucional da Universidade Federal doParaná (UFPR) Estefânia Barboza lembraque um presidente no Brasil é eleito commais de cinquenta milhões de votos, o queconfere muita legitimidade a seu mandato.

Se Michel Temer vier a ser condenado pelo STF, a Constituiçãodetermina que sejam convocadas eleições indiretas

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"É diferente de um deputado, porexemplo, que é eleito com milhares devotos. Por isso, a Constituição dá maiorproteção ao cargo de Presidente daRepública, dividindo a responsabilidade dojulgamento entre a Câmara e o Supremo",afirma.

Além disso, destaca a professora,quando o presidente vira réu, ele ficaafastado do cargo por até 180 dias,enquanto ocorre o julgamento. "É algograve, também por isso é preciso dividir aresponsabilidade"

4) E se denúnciachegar ao STF?

Caso a Câmara autorize o STF a julgarTemer, o processo não é abertoautomaticamente. Nesse caso, o plenáriodo Supremo, formado por onze ministros,analisará conjuntamente se aceita adenúncia de Janot.

Quem marca esse julgamento sobreo recebimento da denúncia é a presidente

da corte, Cármen Lúcia, depois que orelator do caso, Edson Fachin, concluir seuvoto.

"Tendo autorização da Câmara,assim que o Fachin liberar a denúncia,imagino que seria pautadaautomaticamente pela presidente. Achoque não existe nada no comportamento doministro Fachin que indique que eledemoraria com isso", afirma Pereira.Se a maioria decidir tornar Temer réu, eleficaria afastado por até seis meses docargo, período no qual o presidente daCâmara, Rodrigo Maia, assumiriainterinamente o comando do país.

Um processo criminal no STFcostuma durar em média mais de cincoanos, segundo dados da FGV, mas umprocesso contra o presidente, por suagravidade, tenderia a ser mais rápido.

"Como ele ficaria afastado por atéseis meses, acredito que o Supremo dariaprioridade absoluta a esse processo, porquecria uma instabilidade muito grande nopaís", afirma Estefânia Barboza.

Quem marcará o julgamento sobre o recebimento da denúncia contraMichel Temer será a presidente da STF, ministra Cármen Lúcia

Se Temer vier a ser condenado peloSTF, como já se passou metade do atualmandato presidencial, a Constituiçãodetermina que sejam convocadas eleiçõesindiretas para que o Congresso escolha umpresidente e um vice para concluir omandato até 2018.

Se ele for absolvido em eventualprocesso, retomaria o comando do país.

5) E se a denúncia forbarrada na Câmara?

Se de fato, como o governo espera,a Câmara barrar o andamento da denúncia,Pereira acredita que Temer continuariaenfraquecido pelas acusações da Lava Jato,com baixa condição de governabilidade.

"É claro que, no prazo imediato, ogoverno ficará aliviado. No entanto, nomédio e no longo prazo, a opinião públicaconta, os eleitores contam. Ele pode atéconcluir o mandato, mas em que condiçõesvai governar? E em 2018, como isso vai serefletir nas urnas em relação aos partidosque estão dando sustentação para essegoverno nessa situação?", questiona.

"Se o presidente tem tanta certezade que não há elementos para esseprocesso ir à frente, seria melhor para todomundo, inclusive para ele, que, se essadenúncia não for à frente, que não vá poruma decisão substantiva do SupremoTribunal Federal, que é a instituição commaior competência jurídica para fazer essaanálise", disse também.

Para Antonio Lavareda, professor deCiência Política da Universidade Federal dePernambuco (UFPE), se a Câmara barrar oandamento de uma eventual denúncia, opaís continuará a assistir nos próximosmeses "a queda de braço" entre Temer eJanot, cujo mandato termina em setembro."Há claramente uma disposição daProcuradoria de dificultar sua permanênciae sua agenda, e de outro lado há um esforçodo presidente e da sua equipe paramanterem a agenda e as condições degovernabilidade", afirmou.

"O Ministério Público é um quartopoder que não está submetido a nenhumdos três outros (Executivo, Legislativo eJudiciário). E esse quarto poder, na aliançaque fez com a Polícia Federal e elementosda magistratura (juízes) de primeiro grau,encampou a tarefa de por fim ao governoTemer, e está fazendo o possível com esseobjetivo", acrescentou.

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HISTÓRICA "DIRETAS-JÁ"ENTRE 1983 E 1984

Foi um movimento político de cunho popular que teve como objetivo aretomada das eleições diretas ao cargo de presidente da República

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VO movimento Diretas Jácomeçou em maio de 1983e foi até 1984, tendomobilizado milhões depessoas em comícios epasseatas.

Contou com a participação de partidospolíticos, representantes da sociedade civil,artistas e intelectuais. Mesmo sendomarcado por significativo apelo popular, oprocesso de eleições diretas só ocorreu em1989.

Ou seja, 29 anos depois da escolhado último presidente, em 3 de outubro de

Da esquerda para a direita, FHC, Mora Guimarães (mulher de Ulysses Guimarães), Lucy Montoro,Franco Montoro e Lula participam da campanha das Diretas na Praça da Sé em São Paulo

1960.No período em que eclodiram os atos

pela realização de eleições diretas, o Brasilera governado pela ditadura militar. Ogolpe militar iniciado com o golpe de 1964vetou a participação dos eleitores para aescolha do presidente e governadores dosestados.

Durante o golpe, o CongressoNacional foi fechado e a escolha dopresidente e governadores ficou sob aresponsabilidade de uma junta militar.

Após a promulgação da Constituiçãode 1967, a escolha do presidente passou a

ocorrer por meio do voto do ColégioEleitoral.

Eram as chamadas eleições indiretas.A partir de 1979, o governo militar inicia oprocesso de retomada da democracia, coma Lei da Anistia.

O general João Baptista Figueiredofoi o último presidente do regime militar.Ele determinou que a abertura do País iriaocorrer de maneira lenta e gradual.

Somente em 1982, foram retomadasas eleições diretas para governador. Nesseperíodo da história, o Brasil contava comquatro partidos políticos na oposição.

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Eram eles o PMDB (Partido doMovimento Democrático Brasileiro), PT(Partido dos Trabalhadores), PDT (PartidoDemocrático Trabalhista) e PTB (PartidoTrabalhista Brasileiro).

Emenda de Dante deOliveira

Na perspectiva de eleições diretas,o deputado mato-grossense Dante deOliveira apresentou em 1983 uma emendaconstitucional. A proposta previa, ainda, ofim do Colégio Eleitoral. Se fosse aprovada,o voto direto ocorreria nas eleições de1985.

Entre os principais articuladores domovimento estava o deputado federalUlisses Guimarães. O parlamentarpromoveu, em maio de 1983, um debateno auditório de Goiânia. O ato foi umestopim para comícios que varreram o País.O movimento foi a tradução da insatisfaçãodo povo brasileiro com a perseguição

Autor da emenda que pedia a volta das eleições diretas, Dante de Oliveiraexerceu vários cargos, entre eles governador de MatoGrosso

política e a ineficiência econômica dogoverno militar.

Em 1983, a inflação chegava a 211%,a dívida externa comprometia boa partedas riquezas do País e a crise do petróleoafastava investidores.

Em meio aos debates para asucessão, o general João Figueiredo seafasta do processo de escolha em janeirode 1984. A saída ocorreu dias depois de umcomício promovido pelo PT em Olinda eoutro em Curitiba.

A estratégia usada para que omovimento aparecesse na grande mídia foio pagamento de inserções publicitárias nosintervalos do Jornal Nacional, da RedeGlobo. Trinta mil pessoas compareceramao comício de Curitiba, no dia 5 de janeiro.Também foram promovidos comícios epasseatas em Camboriú (SC), a 14 dejaneiro, e Salvador, a 20. Os atos reuniramrespectivamente 3 mil e 15 mil pessoas.

O apelo popular aumentou com aparticipação de 200 mil pessoas em comíciopromovido no dia 25 de janeiro, na Praçada Sé, em São Paulo.

O ato reuniu as principais liderançaspolíticas pró-diretas. Estavam presentesLeonel Brizola, governador do Estado doRio de Janeiro (PDT-RJ), Ulisses Guimarãese Luiz Inácio Lula da Silva, entre outros.Também estiveram no palco atores emúsicos, como Chico Buarque, MiltonNascimento e Fernanda Montenegro. Apartir desse ato, comícios foram realizadosem todo o Brasil, sempre com grandevolume de participantes.

Além das ruas, os participantestambém puderam acompanhar a intençãode voto dos congressistas à emenda deDante de Oliveira.

No mês de fevereiro, foi instalado naPraça da Sé o "Placar das Diretas". Tambémé iniciada a Marcha para Brasília, umacaravana para acompanhar a votação naCapital Federal.

O ato de maior concentração deapoiadores das diretas ocorreu no Rio deJaneiro, em 10 de abril. Em seis horas, ummilhão de pessoas ouviram os apoiadoresda retomada do voto direto em comíciopromovido na Candelária.

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Conclusão

Políticos e artistas dividiram opalanque em vários atos até o dia 25 demaio, quando foi votada a emenda deDante de Oliveira.

A sessão foi de intenso movimento etensão. Ainda assim, a Câmara dosDeputados não aprovou a emenda e aseleições daquele ano não contaram com aparticipação do povo.

Redemocratização

Com a derrota, restava aosarticuladores do movimento negociaram ofim do regime militar. A partir daarticulação de governadores do Nordeste,o nome de Tancredo Neves foi indicado paraocupar o cargo de presidente. A disputainterna ocorreu contra o candidato de SãoPaulo, Paulo Maluf.

A eleição indireta de Tancredo Nevesocorre em 1985, marcando o fim daditadura militar iniciada em 1964.Tancredo não chega a assumir, morrendoantes da posse. Em seu lugar, governa JoséSarney.

Caras Pintadas e oFora Collor

Ao fim do governo Sarney, ocorremeleições presidenciais em 1989. O pleito émarcado pela vitória de Fernando Collor deMello.

O governo de Collor é marcado poruma série de denúncias de corrupção. Maisuma vez, atos públicos ganham as ruas emum movimento que ficou conhecido comocaras pintadas.Collor renuncia em meio a um processo deimpeachment e seu vice, Itamar Franco,assume.

O papel da imprensa

A mesma imprensa que três décadasantes se deixara envolver em conspiraçõesantidemocráticas - como os movimentosque deram no suicídio do presidenteGetúlio Vargas, na deposição João Goularte no apoio ao golpe civil-militar de 1964 -aproveitaria a campanha das diretas parase redimir.

O primeiro veículo a encampar aEmenda Dante de Oliveira foi a Folha de S.Paulo, seguida por duas emissoras de

televisão, a Bandeirantes e a extintaManchete.

A dimensão do Comício da Sé e apercepção de que a população apoiavaincondicionalmente a eleição direta e o fimdo regime levariam, de roldão, os demaisveículos, e até mesmo a recalcitrante RedeGlobo, que até então acompanhava omovimento, mas não noticiava.

O comício uniu os 16 governadoresde oposição, artistas e intelectuais - boaparte deles do elenco da Globo - numaépoca em que internet e redes sociais erammeros exercícios de ficção. A Globo o incluiudiscretamente entre os atos decomemoração dos 430 anos de São Paulo,mas depois, forçada pelas vaias e peloinstinto de sobrevivência, se rendeu.

"A convocação era feita porpanfletos", lembra o jornalista RicardoKotscho, que trabalhava na Folha de S.Paulo e teve a ideia de sugerir ao comandoda redação que o jornal se envolvesse nacampanha.

"A Folha foi o único veículo que seengajou. O jornal publicava até o roteirodos comícios. Os outros noticiaram quandonão dava mais para segurar", diz Kotscho,que trabalhou sem folgas nos quatro mesesmais intensos da campanha.

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REFORMA A PASSOS LENTOSPedidos de vista adiam votação de relatório da reforma

política na Câmara dos Deputados

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O terceiro relatório da ComissãoEspecial da Reforma Política,que trata das regraseleitorais, do sistema eleitorale do financiamento decampanhas, só deverá ser

votado na próxima semana.Na reunião do dia 30 de maio, dois

deputados, Valmir Prascidelli (PT-SP) eElmar Nascimento (DEM-BA), pediramvista do texto. Com isso, houve adiamentode duas sessões para discussão e votação.

A definição sobre qual o melhormodelo de sistema eleitoral para o Brasilfoi o principal tema da reunião. Para odeputado Marcus Pestana (PSDB-MG), énecessário um debate pragmático na Casae isso implica a avaliação de que o sistemade lista pré-ordenada não passa noPlenário.

"A realidade brasileira não criouambiente para o sistema de listas, que écalcado no programa dos partidos. É tudoo que não temos. A transição deve ser feitapelo distritão [eleição apenas dos maisvotados segundo um sistema majoritário]."

Já para o deputado Marcelo Castro(PMDB-PI), o chamado distritão não é areforma política que o Brasil precisa. "É aantítese do que queremos. Todos osdefeitos que temos hoje são piorados como distritão", disse. Ele defendeu a adoçãodo sistema misto, como acontece naAlemanha, para as eleições de 2022.

A deputada Maria do Rosário (PT-RS)defendeu o voto em lista, mas com apossibilidade de o eleitor reordenar aposição dos candidatos feita pelo partido."Precisamos de uma propostaintermediária e brasileira à lista fechada.

Termos lista, mas com a flexibilidade de doisvotos: um no partido, e outro no sentido dereordenar a lista."

Sistema misto

O relatório apresentado pelodeputado Vicente Candido (PT-SP)antecipou para 2022 a adoção do sistemaeleitoral misto, o que foi mantido na novaversão apresentada na reunião destaterça.

O relatório parcial 3/17 do início domês previa esse sistema apenas a partir de2026.Pelo sistema misto, metade dos eleitos viráda lista fechada, e a outra metade, dosistema distrital, que é majoritário (venceo candidato que levar o maior número devotos no distrito).

Frente parlamentar defende eleição direta em caso de vacância na Presidência da República

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COMÉRCIO DE ANABOLIZANTES

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Para as eleições de 2018 e 2020, aproposta define a lista pré-ordenada pelospartidos. Segundo o relator, a JustiçaEleitoral afirmou não ser possível dividir oPaís em distritos já para as eleições do anoque vem.

Divisão - Alguns deputadossugeriram dividir o relatório em diferentespontos para facilitar a votação. ParaRenata Abreu (Pode-SP), é essencial definir,em primeiro lugar, qual sistema eleitoralserá adotado. "O resultado vai impactarnesse texto e na PEC 77/03 [sobre acoincidência de mandatos]. Se passar odistritão, muito desse texto muda",afirmou.

Celso Pansera (PMDB-RJ) tambémdefendeu a divisão dos temas para o avançodas votações. "Temos que separar ecomeçar a votar. Para mim, são trêsmomentos: tipo de voto (o que é para2018, 2020 e depois), qual o financiamento,e por fim toda a matériainfraconstitucional."

Acordo - Na avaliação de LuizaErundina (Psol-SP), o momento político é opior para se promover uma reforma.

"Nunca se viveu na história do Paísmomento como agora. É inadmissível quese consiga definir regras para se mudar osistema político."

Mesmo sendo contra a votação dareforma, Erundina defendeu a posição dopartido de uma lista com alternância degênero e participação do eleitor.

Segundo Vicente Candido, há muitosentendimentos diferentes sobre qualcaminho seguir. "Vamos ter que discutir,em um acordo de maioria até a semanaque vem, qual sistema será adotado",afirmou.

Reformas eminirreformas

político-eleitoraishá três décadas

Desde o fim da ditadura militar, em1985, a discussão sobre as reformas eminirreformas político-eleitorais aprovadaspelo Congresso foi contaminada por temasde ocasião, muitas vezes relacionados àsucessão presidencial, como a duração domandato e o direito à reeleição dopresidente da República. Isso sem contar o

desejo de cada grupo político, dos pequenosaos grandes, de contar com regras que osfavoreçam.

Temas importantes, como o sistemade votação para cargos proporcionais,ficaram sempre em segundo plano. Poucosse lembram, mas o voto distrital mistochegou a ser lei no Brasil, embora nuncatenha sido implantado. Foi no final daditadura, em 1982, por meio da entãoEmenda Constitucional 22, que dispunha:"Os deputados federais e estaduais serãoeleitos pelo sistema distrital misto,majoritário e proporcional". Por falta deregulamentação, o texto não foi adotadona eleição daquele ano nem nassubsequentes, já que, em 1988, aConstituição definiria as regras atuais.

Em maio de 1985, outra emendaconstitucional (EC 25) marcou a volta dademocracia, removendo parte do chamado"entulho autoritário": estabeleceu eleiçõesdiretas para a Presidência e para asprefeituras das capitais e dos municípiosantes considerados de "segurançanacional". Essa reforma era necessária atéque a Assembleia Constituinte, a ser eleitaem 1986, definisse as regras definitivas dojogo.

A Assembleia Constituinte, a ser eleita em 1986, definiria as regras definitivas para as eleições

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Empossado na Presidência por forçada doença que viria a vitimar TancredoNeves, José Sarney tinha direito, pelaConstituição em vigor, a um mandato deseis anos. Uns defendiam que a nova Cartareduzisse o mandato para quatro anos;outros, para cinco; e ainda havia os quedefendessem a convocação de eleiçõesdiretas para presidente assim que a novaConstituição fosse promulgada. Prevaleceuuma solução de meio-termo, em que seconcedeu a Sarney um mandato de cincoanos, sem direito a reeleição.

Fernando Collor, eleito presente daRepública rm 1989, desejava uma reformapolítica com parlamentarismo e votodistrital misto, mas, com o seuimpeachment, a proposta não prosperouO debate sobre a duração do mandato deSarney drenou as atenções em 1987,consumindo o tempo que poderia serdestinado ao restante da reforma políticana Constituinte. O voto distrital misto, porexemplo, acabaria deixado de lado, aindaque os primeiros esboços da Cartaprevissem que os deputados seriam eleitos"através de sistema misto, majoritário eproporcional, conforme disposto em leicomplementar".

Ao chegar ao Plenário para votação,a redação do que viria a ser o artigo 74resgatou o "sistema proporcional" (a

história dessas alterações está no livro AGênese do Texto da Constituição de 1988,de João Alberto de Oliveira Lima, EdilenicePassos e João Rafael Nicola, publicado peloSenado em 2013). Foi mantido, assim, osistema que vigora praticamenteinalterado desde o Código Eleitoral de 1950.

Temas esquecidos

A Carta de 1988 deixou para leiscomplementares temas como as normaspara a criação de partidos. Diante dapercepção de que o novo regimedemocrático precisava ser arejado,flexibilizaram-se as exigências, o queresultou na explosão do número delegendas "de aluguel". Se em 1982 apenascinco partidos concorreram, em 1989 elesjá eram 27. Por uma dessas novas siglas, oPRN (Partido da Reconstrução Nacional),de limitada expressão no Congresso,Fernando Collor de Mello elegeu-sepresidente em 1989. O exemplo maisextremo do abuso no "aluguel" de legendasfoi a meteórica candidatura do empresáriode televisão Silvio Santos à Presidência daRepública, pelo já extinto PartidoMunicipalista Brasileiro. Por questões deprazo, o TSE impediu o registro dacandidatura dias antes do primeiro turno.

Durante o período na Presidência,Collor chegou a acalentar a ideia de umareforma política que implantasse o votodistrital misto e o parlamentarismo, mas acrise política que viria a derrubá-lo em 1992também levou de roldão a proposta. Avitória do presidencialismo no plebiscitosobre o sistema de governo, em abril de1993, esvaziou ainda mais as ideias dereforma, enquanto a Revisão Constitucionaldaquele ano só fez uma alteraçãosignificativa: a redução de cinco paraquatro anos no mandato presidencial.

Os "livros de regras" básicos dosistema eleitoral atual são a Lei dos PartidosPolíticos (Lei 9.096/1995) e a Lei das Eleições(Lei 9.504/1997), que, embora tenhamsofrido inúmeras alterações desde então,fixaram regras que antes eramestabelecidas de eleição em eleição. Emum de seus principais artigos, a lei de 1995tentou limitar a criação de novos partidos.Passou a exigir o "apoiamento" de 0,5% doeleitorado, em pelo menos um terço dosestados, com pelo menos 0,1% dos votantesem cada um deles.

Na prática, isso se traduz nanecessidade de colher algo em torno de 500mil assinaturas. Com efeito, nos últimosanos, um número menor de agremiaçõesfoi criado, o que não impediu a grandefragmentação partidária.

Fernando Collor, eleito presente da República rm 1989, desejava uma reformapolítica com parlamentarismo e voto distrital misto

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17 de junho, 2017 | EXXTRA32

MUDANÇAS DE REGRAS PARA 2018Comissão que vai analisar fim das coligações já tem

presidente e relatora da matéria

e xtrax

A comissão especial que vaianalisar o fim das coligaçõespartidárias e a instituição dacláusula de barreira foiinstalada na terça-feira, dia 6de junho. Os integrantes do

colegiado elegeram a deputada RenataAbreu, do Pode-SP, para a presidência. Elaindicou a deputada Shéridan (PSDB-RR)para a relatoria. Os dois nomes foramdefinidos em acordo dos líderes partidáriosda Câmara.

O texto que será discutido e votadona comissão especial é a Proposta deEmenda à Constituição (PEC) 282/16, doSenado, que amplia o capítulo daConstituição que trata dos partidospolíticos. Além das coligações e da cláusulade desempenho, a PEC trata da federaçãopartidária e de fidelidade partidária.

Celeridade

Durante a reunião de hoje, diversosparlamentares falaram da necessidade deapressar a votação da proposta, para queas mudanças passem a vigorar já naspróximas eleições, em 2018. Para que isso

aconteça, o texto deve ser aprovado naCâmara e no Senado até o final desetembro.

A presidente da comissão acreditanessa possibilidade. "Essa é a PEC mais fácilde ter um trâmite mais rápido, porque elaé simples. Só depende de um diálogo, deuma composição da relatora com osdiversos partidos", disse Renata Abreu.

A deputada afirmou que mesmo umdos pontos mais polêmicos da proposta - acláusula de barreira - poderá ser aprovadono colegiado, ainda que com ajustes emrelação à redação que veio do Senado."Acho que hoje já se criou um consenso,mesmo entre os partidos menores, masobviamente com razoabilidade. Precisamoster um texto melhor, mais justo, que seráconstruído com a participação de todos."

Shéridan deverá apresentar napróxima reunião, marcada para a próximaterça-feira (13), uma proposta de roteirode trabalho. A relatora disse aos demaismembros da comissão que está aberta aodiálogo e defendeu a aprovação demudanças no sistema político-partidárioatual. Ela considera a reforma política "amãe de todas as reformas". "A intenção é

cada vez mais moralizar o nosso sistema efortalecer a nosso papel parlamentar",comentou Shéridan.

TramitaçãoOs deputados deverão apresentar

agora as emendas ao texto do Senado. Oprazo iniciou na quarta (7) e vai durar 10sessões do Plenário da Câmara. A comissãotem o prazo de 40 sessões - iniciado em 17de maio, data da sua constituição - paradiscutir e votar o parecer, que depois irápara o Plenário da Casa.

Esta é a terceira comissão especialda Casa que discute mudanças na legislaçãopolítico-partidária do País. Em maio, foiinstalada uma para analisar a PEC 77/03, dodeputado Marcelo Castro (PMDB-PI), queacaba com a reeleição para cargos doPoder Executivo, entre outros assuntos. Aoutra é a Comissão Especial da ReformaPolítica, em funcionamento desde outubrodo ano passado. Esse colegiado é o que temtratado de temas mais diversificados, comofinanciamento de campanha, listaspartidárias preordenadas para as eleiçõesproporcionais e desburocratização pararegistro de candidaturas.

A deputada Renata Abreu preside a comissão especial que vai analisar o fim das coligações partidárias

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FICHA LIMPA EM PAUTAProjeto em discussão no Senado proíbe candidatura de

réus à Presidência da República

Uma alteração na Lei da FichaLimpa (Lei Complementar nº135) pode tornar maisrigorosos os critérios paracandidatura ao cargo depresidente da República.

Segundo o Projeto de Lei Complementar(PLS) 176/2017, quem for réu em açãopenal ou de improbidade administrativanão poderá pleitear o cargo.

A proposição é complementar àdecisão do Supremo Tribunal Federal (STF)de 2016 que impede réus de estarem nalinha sucessória da presidência. Peloprojeto, mesmo que não tenha ocorridocondenação do réu em primeira instânciafica vedada a candidatura para presidenteda República.

O autor do PLS, senador José

Medeiros (PSD-MT), defende que umaleitura ética da Constituição federal jáindica a necessidade de impedir acandidatura presidencial de quem seja réuem ações de crimes previstos em lei e emação (civil) de improbidade administrativa.

Segundo Medeiros, só o fato de umréu considerar sua candidatura ao mais altocargo da República Federativa é um"escárnio com a legislação brasileira e coma própria ideia de moralidadeadministrativa".Legislação

A Lei da Ficha Limpa, de 2010, jáprevê a inelegibilidade para qualquermandato de quem tenha sido condenadopor órgão colegiado, visto a ocorrência dedelitos determinados em lei. A definição jávale para o cargo de presidente da

República, mas de acordo com Medeiros éuma previsão "insuficiente" para preservara moralidade política.

A garantia em lei da imunidadeprocessual temporária do presidentetambém é abordada pelo senador. Nessecaso específico, Medeiros não descarta apossibilidade de um réu "concorrer naeleição presidencial, exatamente paraobter uma 'carência' em seus processoscriminais".

A lei entrará em vigor assim que foraprovada, mas não se aplicará à eleiçãorealizada há menos de um ano de suavigência, respeitando o artigo 16 daConstituição.

A matéria está na Comissão deConstituição, Justiça e Cidadania (CCJ), emque aguarda a designação de relator.

O senador José Medeiros, autor do projeto, defende que uma leitura ética da Constituiçãofederal já indica a necessidade de impedir a candidatura presidencial de quem seja réu

e xtraSemana, 17 de junho de 2017 x

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17 de junho, 2017 | EXXTRA34

REFORMA TRABALHISTAApós 7 horas, oposição conclui leitura de

votos contrários à ao projeto em tramitação

e xtrax

A pós mais de sete horas deleitura, os senadores daoposição concluíram aapresentação dos votos emseparado contrários ao textoda reforma trabalhista na

Comissão de Assuntos Sociais (CAS) doSenado. Somente a leitura do voto dosenador Paulo Paim (PT-RS) durou quatrohoras. Após o petista, foi a vez de RandolfeRodrigues (Rede-AP), Vanessa Grazziotin(PCdoB-AM) e Lídice da Mata (PSB-BA)fazerem a exposição de seus votos pelarejeição total do texto da reforma.

Acordo firmado pelos integrantes daoposição e da base aliada do governo naCAS prevê que o relatório do senadorRicardo Ferraço, do PSDB-ES, apresentadopela manhã, seja votado na comissão napróxima semana.

A senadora do PSB apresentou seuvoto nos mesmos moldes do que já tinhafeito na votação da Comissão de AssuntosEconômicos (CAE), na última semana. Lídicevoltou a se posicionar contra a proposta edefendeu que, ao prever o fim daobrigatoriedade do imposto sindical, otexto se converte em "preconceitoideológico contra os sindicatos e ostrabalhadores".

"Isso aqui, juntando-se à retirada dofinanciamento dos sindicatos, atinge demorte os sindicatos brasileiros. É aexpressão mais cruel do conteúdo

ideológico contra o trabalho e contra otrabalhador e contra a sua organizaçãosindical", afirmou.

Todos os quatro parlamentares daoposição apresentaram voto pela rejeiçãodo relatório de Ferraço. Ainda pela manhã,o senador Paim, ao longo das quatro horasde leitura, fez críticas às mudançaspropostas na legislação trabalhista como apossibilidade de alterações na jornada detrabalho, na rescisão dos contratos detrabalho e a adoção do trabalhointermitente.

Já a leitura do voto de Randolfe duroucerca de 40 minutos. Ele fez críticas a pontoscomo a prevalência do negociado sobre olegislado, ou seja, que o acordo coletivo sejaprevalente à legislação. "A legislaçãobrasileira atual já permite que o negociadoprevaleça sobre o legislado para o benefíciodo trabalhador, mas a proposta permiteque isso ocorra inclusive em prejuízo dotrabalhador", disse.

Vanessa Grazziotin tambémdestacou em seu voto alguns pontos doprojeto considerados por ela prejudiciais aotrabalhador. A senadora citou, porexemplo, artigos que tratam da prestaçãode horas extras, da intrajornada e doparcelamento de férias.Parecer

No início da reunião, o relator doprojeto da reforma trabalhistas na CAS,Ricardo Ferraço (PSDB-ES), apresentou seu

parecer favorável à proposta. No texto, orelator defende que a reforma trabalhistaaperfeiçoa leis para que o mercado detrabalho gere oportunidades para todos."Essa é uma reforma para o conjunto dasociedade, para manter as conquistas e osdireitos daqueles que possuem empregoformal e dos 55 milhões [dedesempregados] que vivem em insegurançasem saber como vão pagar as contas nopróximo mês", disse.

Após ser votado na CAS, o projetoainda deve passar pela Comissão deConstituição e Justiça (CCJ) antes de seguirpara votação no plenário da Casa.Mudanças

Ao fazer a leitura de seu relatório, osenador Ricardo Ferraço ressaltou que aConsolidação das Leis Trabalhistas (CLT) éuma lei gestada nos anos 1940, que "nãodialoga mais com as necessidades domercado de trabalho do país" e precisa deatualização. O principal viés das mudançaspropostas é o "acordado sobre o legislado".

Ferraço rebateu acusações de que oprojeto é inconstitucional e retira direitos,e frisou que o texto não muda o acesso daspessoas carentes à Justiça, uma dasmaiores críticas feitas pela oposição. Naopinião do relator, o projeto se norteia pelobinômio da "flexibilização com proteção"e vai permitir que 20 milhões dedesempregados, 35 milhões detrabalhadores informais e 6 milhões depessoas que nem sequer buscam mais umtrabalho, classificados pelo senador de"desalentados", possam vir a estar sob aproteção da legislação trabalhista.

De acordo com o relator, éinacreditável que existam segmentos que"desejam que as coisas possam continuarcomo estão". Para ele, não mudar "significadizer que estão boas para elas, mas faltasolidariedade humana, fraternidade emisericórdia" para ampliar o olhar e verpara além daqueles segmentos que já estãorepresentados pelas suas corporações. Porisso, ressaltou, cabe ao Parlamento "sersentinela desta metade muda da força detrabalho".

- Além de manter todos os direitos,nós estamos criando alternativas para quemilhões de brasileiros possam fazer parte,com dignidade e decência, do mercado detrabalho que assegura direitos sociais epecuniários a esses brasileiros que estãoexcluídos das representações e dascorporações - declarou.

O senador Ricardo Ferraço quer colocar texto em votação nesta semana

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REFORMA DA PREVIDÊNCIAMedida não basta para país acertar as

contas, diz Instituição Fiscal Independente

e xtraSemana, 17 de junho de 2017 x

A aprovação da reforma daPrevidência que tramita noCongresso Nacional ajudaria oBrasil a equilibrar suas contase a cumprir metasinflacionária e de

crescimento. Porém, por si só, essa reformaprevidenciária não seria o suficiente para opaís enfrentar seu grande desafio deequilíbrio fiscal, que é prejudicado pelafrustração de receitas do governo. Sãonecessárias outras reformas estruturantese maior rigor fiscal. Essa foi uma dasquestões analisadas na segunda-feira (12)durante a divulgação de estudosproduzidos pela Instituição F iscalIndependente - IFI.

O diretor-executivo da IFI, FelipeScudeler Salto, apresentou a Nota Técnicanº 01, elaborada pelo analista da instituiçãoRafael da Rocha Mendonça Bacciotti e quetraz comentários sobre o resultado doproduto interno bruto (PIB) no primeirotrimestre de 2017. Segundo o diretor-executivo, embora a meta quadrimestalfiscal do governo tenha sido cumprida comfolga, "a economia continua muito mal",com o consumo das famílias e oinvestimento público ainda em queda.

Felipe Scudeler Salto disse que aarrecadação do governo depende muito doconsumo dos brasileiros e dos

investimentos e gastos públicos, três áreasque estão contraídas ou até negativas.Assim, os números mostram que afrustração de receitas é tão grande queficou acima das projeções do governo e atédo mercado: foram R$ 19 bilhões de déficitno primeiro trimestre.

A primeira nota técnica da IFI informaque o IBGE registrou crescimento de 1%do PIB no primeiro trimestre de 2017 emrelação ao último trimestre de 2016. Já nacomparação com o primeiro trimestre de2016, houve contração de 0,4% no primeirotrimestre de 2017. A alta de 1% se deveprincipalmente, na avaliação da IFI, aoaumento de 4,8% no volume dasexportações (em especial produtosagrícolas, veículos automotores, petróleoe minerais metálicos).

A produção agrícola teve alta de13,4% nos três primeiros meses de 2017em relação aos três últimos meses do anopassado. Com a mesma comparação, o PIBindustrial cresceu 0,9%, com destaquespara o setor extrativo de minério de ferroe petróleo e produção e distribuição deeletricidade, gás e água. Já o setor deserviços, segundo a IFI, interrompeu atrajetória de queda iniciada em 2015 emanteve-se estável.

De acordo com a nota técnica, todoeste panorama aponta "para um PIB mais

fraco no segundo trimestre - com apossibilidade, inclusive, de que volte para oterreno negativo". Além disso, as variaçõesnegativas da indústria, comércio e serviçosnos últimos meses "faz com que asustentabilidade do crescimento fiqueainda mais desafiadora".

O documento também registra quea liberação de saques de contas inativas doFGTS pode se configurar em estímuloadicional positivo ao ciclo de recuperaçãonos próximos trimestres. Entretanto, partedesses recursos será direcionada aopagamento de dívidas, não ao consumo, jáque a renda das famílias estácomprometida. Outra preocupaçãoconstante é a manutenção da taxa dedesemprego em 13,6% da força detrabalho.

Ainda de acordo com nota técnica,"as turbulências no campo políticoaumentaram a incerteza sobre o processode aprovação das reformas", como a daPrevidência. Isso poderá diminuir o ritmoda queda da taxa básica de juros edesestimular o consumo, o que pode afetarnegativamente a rota de crescimento.

"Por todo o exposto, pareceprematuro atribuir ao desempenho doprimeiro trimestre o fim da atual recessão,sendo prudente observar os resultados daeconomia nos meses que seguem. Por ora,a projeção para o PIB de 2017 fica mantidaem 0,46%, embora avaliemos que aprobabilidade de materialização de umcenário de crescimento mais baixoaumentou", finaliza o analista da IFI.

Já o Estudo Especial nº 2 foiapresentado por seus autores, o diretorGabriel Leal de Barros e o analista JosuéAlfredo Pellegrini. O documento analisa acapacidade de pagamento dos estados,suas situações fiscais e riscos de crédito.

A IFI foi criada no final de 2016 com oobjetivo de ampliar a transparência nascontas públicas. Suas funções, conforme aResolução 42/2016, são divulgarestimativas de parâmetros e variáveis paraa construção de cenários fiscais eorçamentários; analisar a aderência dodesempenho de indicadores fiscais eorçamentários às metas definidas nalegislação; mensurar o impacto de eventosfiscais, especialmente os decorrentes dedecisões dos poderes da República,incluindo os custos das políticas monetária,creditícia e cambial e projetar a evoluçãode variáveis fiscais determinantes para oequilíbrio de longo prazo do setor público.

Divulgado estudos produzidos pela Instituição Fiscal Independente