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  • 8/7/2019 Exploraes mente e crebro - Modelagem neuro cognitiva_ a arte e a cincia da captura do invisvel

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    Exploraes mente e crebro - Parte IX

    Modelagem neuro cognitiva:a arte e a cincia da captura do invisvel

    Mark E. Furman

    Voc j teve a curiosidade de saber porque motivo os nossos olhos se movem enquanto ns pensamos? Por

    que algumas pessoas tm mais problemas em visualizar do que outras? Olhando para o modelo da PNL sobrepistas visuais de acesso, nunca lhe ocorreu que existem trs posies dos olhos para a modalidade auditiva eapenas uma para a cinestsica? Para onde os olhos se movem nas pistas visuais de acesso dasrepresentaes motora, ttil e emocional? Ns temos uma construo visual, uma construo auditiva, masonde est a construo cinestsica? Voc j percebeu que h pessoas que se lembram visualmente do lugaronde elas supostamente constroem as imagens visuais? Por que as pessoas ainda conseguem visualizarquando os seus olhos esto na posio cinestsica? Por que parece universal o visual estar sempre para cimae o cinestsico para baixo? Voc sabia que se voc se ver (dissociado) numa memria visual, isto no umamemria uma construo visual? O que realmente revelam os padres do movimento dos olhos sobre osseus processos cognitivos? Se questes como essas j lhe atormentaram no passado, ou a inabilidade pararespond-las realmente o fez parar de usar os padres oculares como uma modalidade de calibrao, voc noest sozinho.

    Milhares de Practitioners da PNL no mundo j viram a lgica que est por trs do uso dos padres de acessovisual, entretanto, a grande quantidade de inconsistncias inexplicveis e contra-exemplos conduz para umaconfuso massiva. O que era a semente de um dos mais poderosos indicadores da atividade cognitivadisponvel para ns, morreu antes de se achar gua no poo. Os olhos so a janela do crebro e da suaatividade. Apesar da PNL ter comeado a rastrear os padres observveis, o modelo original no foi revisadonem atualizado com novas distines por mais de 20 anos. O futuro do Modelo do Desempenho Humano anvel neurocognitivo depende de modelos de calibrao precisos e previsveis que revelem de uma outramaneira a invisvel funo cognitiva e biolgica. O avano de qualquer modelo como o modelo das pistas deacesso visual, depende das pessoas que classificam a diferena pessoas que fazem distines altamenterefinadas em face de ruidosos contra-exemplos, e no daquelas que de boa vontade aceitam a generalizaoda sujeira de um modelo esttico.

    Construindo a fundao correta

    Na PNL ns ensinamos aos Practitioners prestar ateno nos padres. Esses padres surgem principalmentesob duas amplas categorias. A primeira aquele padro que reocorre no "tempo". A segunda categoriaapresenta os padres correlativos entre a linguagem e o comportamento como os movimento dos olhos e osgestos. O problema da compreenso das pistas de acesso visuais e sua relao com as funes do crebro que aqueles padres correlativos necessrios para revelar esta conexo foram incapazes de serem rastreadosvinte anos atrs. Assim, ns confiamos nos relacionamentos entre a linguagem e o movimento dos olhos.Qualquer um que tenha rastreado de perto esses padres pode ter observado um problema bsico: avelocidade na qual os padres da varredura visual ocorrem so numa escala de tempo muito mais rpida doque a velocidade na qual a sua linguagem descreve as suas representaes mentais internas. Como resultadodessa grande diferena na escala do tempo, no possvel para o atual modelo de pistas de acesso visual nosdar uma representao precisa da atividade cognitiva. Entretanto, os ltimos 10 anos de formao de imagenscerebrais de alta tecnologia ao lado dos 100 anos da velha fundao da citoarquitetnica nos deram uma basesuficientemente slida para entender porque os olhos se movem quando ns pensamos e, essencialmente,revisar pensamentos anteriores sobre os padres da varredura visual. Em resumo, a soluo para o problema rastrear no somente a correlao entre a linguagem, os gestos e o movimento dos olhos, mas tambm acorrelao entre estes movimentos dos olhos e a ativao cerebral localizada que os auxilia. estudandoessa ativao cerebral localizada que revela as pistas de quais as reas do crebro que esto sendo usadas.Agora vamos comear a responder algumas das questes.

    Resolvendo o mistrio do movimento dos olhos

    Por que muitas pessoas tm problemas na visualizao e algumas at acreditam que no visualizam nada?Visualizar exige uma grande quantidade de energia cerebral. O crebro humano pesando cerca de 1 quilo emeio, utiliza entre 20 a 25% de todo suprimento de sangue do nosso corpo para nutrir eficientemente asnossas mais de 100 bilhes de clulas cerebrais com oxignio e nutrientes. De todos os campos corticaisauxiliando a coleta e a representao dos dados sensoriais, o crtex visual necessita mais oxignio e fluxo

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    sanguneo do que qualquer outro. Enquanto um estmulo ttil s leva 16 milsimos de segundos para chegar base do crebro, um estmulo auditivo leva o dobro disto e algo como 70 milsimos de segundos para montaruma imagem visual. Qualquer imagem visual que ns montamos desvanece e precisa ser revigorada a cada250 milsimos de segundos. Isso permite que os nossos olhos inspecionem uma cena visual externa sem teruma ps-imagem cada vez que ns movemos os olhos. Isso faz o "ver" muito eficiente, mas a visualizaomuito difcil, j que ns usamos essencialmente os mesmos caminhos corticais. Mais simples, a visualizao,o ato de fazer e manter representaes visuais no crtex visual, um trabalho pesado e exige muita prtica.Como alguns de vocs podem ter observado, muitas das nossas tcnicas efetivas de mudana exigem umacapacidade para visualizar altamente refinada a fim de ser efetiva.

    O que causa o movimento dos olhos quando pensamos?

    Isso uma rea altamente complicada que eu irei simplificar com o propsito de assentar uma fundao slidana qual um modelo confivel dos padres de varredura dos olhos pode ser construdo. Os movimentos dosnossos olhos so parte de uma sinergia funcional para onde os nossos olhos se movem, nossa cabeasegue. Por essa razo, o prprio movimento dos olhos somente conta uma parte da histria do funcionamentocognitivo interno. Ns tambm temos que entender o que acontece fisiologicamente no nosso crebro quandoa nossa cabea se move. A coordenao do olho, da cabea e dos movimentos da mo est sob controle deum rea da base do crebro chamada de calculos superior. Essa estrutura do crebro possui um mapaespacial da atividade visual, auditiva, cinestsica (somatosensorial) e motora, pois assim todos esse sentidospodem ser coordenados juntos no espao. Essa a parte do crebro sem a qual voc no poderia matar um

    mosquito que acabou de lhe morder a perna. Esse sistema de rastreamento espacial permite que a sua mose mova na direo ao mosquito se a sua presena foi captada pelo seu sentido auditivo (o zumbido dasasas), pelo nosso sentido visual ou pelo nosso sentido ttil. Essa e outras funes cerebrais correlacionadasso tambm responsveis pela reconstruo do mundo externo como uma representao interna. Isso nospermite reproduzir este mundo numa representao precisa, centrada no corpo e no espao. Enquanto essarepresentao interna reconstri o mundo externo, o movimento dos nossos dois olhos ajuda a ativar a reacortical correta por meio do sistema vestibular bem como manter a locao espacial da representao pormeio dos crtices pr-frontal visuoperietal. O crtex pr-frontal atua como uma tela de cinema permitindo aimagem visual armazenada ser projetada a partir do crtex visual. O crtex parietal mantm a representaoespacial de toda a imagem e assim, os nossos olhos e a cabea podem se mover em torno desta imagemenquanto a imagem permanece estacionria nas coordenadas centradas do corpo. Esse processo somenteacontece depois de termos acessado a imagem com o auxilio de um rpido movimento do olho. Essemovimento do olho ativa o sistema vestibular que move a cabea para certas posies ideais e assim, o fluxosanguneo e de oxignio pode ser mantido na parte do crebro que est sendo ativada. Isso significa quequando ns olhamos para cima a fim de visualizar, aumenta o fluxo sanguneo ideal em direo a parte de trsda nossa cabea devido as propriedades fsicas da gravidade e que mantm um nvel mais elevado de fluxosanguneo na regio e de oxignio no crtex visual que est localizado l. Esse mesmo relacionamento podeser encontrado em todas as reas sensoriais. E o entendimento disso pode nos ajudar no somente aresponder todas as questes expostas no inicio desse artigo, mas tambm nos ajudar a construir um modelode calibrao altamente previsvel com o qual podemos rastrear o funcionamento cognitivo.

    Tudo isso apenas um pedacinho. Devido a complexidade desse material e os limites do espao, esse artigoservir como uma introduo e base para o prximo artigo sobre a Modelagem e a Engenharia do

    Desenvolvimento Humano e o Modelo da Pista de Ativao do Campo Cortical ("CFAC"). No prximo artigo(parte X) ns iremos esclarecer mais os mistrios do movimento dos olhos e comear a discutir comopodemos usar esse conhecimento para modelar o bvio indefinvel.

    Artigo publicado na revista Anchor Point de novembro de 1996.Traduo publicada no www.golfinho.com.brem AGO/2005

    Apresentao - I - II - III - IV - V - VI - VII - VIII - IX - X - XI - XII - Referncias

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