exercicio 1 - bloco 1 - reenvio.pdf
TRANSCRIPT
-
Direito Penal X Exame Unificado OAB FGV
2 FASE X EXAME DE ORDEM UNIFICADO - DIREITO PENAL
EXERCCIO 01 BLOCO DE QUESTES 1
Programao dos exerccios
Data do pedido pelo professor em aula 06/05/2013
Entregapelo aluno
(www.lfg.com.br/areadoaluno) 08/05/2013
Correo pelos professores 11/05/2013
Questo 1. Ao terminar o IP, o Delegado de Polcia, em seu relatrio, imputa ao Ru Fulano de
Tal, o crime de furto qualificado pela fraude, mas o Promotor de Justia o denuncia por
estelionato. Nesta hiptese, deve o Magistrado devolver os autos ao Distrito Policial para a
alterao do relatrio final?
Questo 2. Certo Juiz de Direito encaminha ofcio Delegacia de Polcia visando instaurao
de inqurito policial em desfavor de determinado Advogado, porque o causdico, em uma ao
penal pblica, havia, no calor dos debates realizados em sede de audincia de instruo e
julgamento, formulado protestos e crticas contra o membro do Ministrio Pblico, alegando
que este utilizara de artifcios inescrupulosos para lograr xitos em suas demandas. Resta
comprovado na investigao que os termos usados pelo Advogado foram duros e que tinham
aptido para ofender a honra do membro do Ministrio Pblico, embora empregados de
forma objetiva e impessoal. Diante do histrico narrado, cometeu o Advogado algum crime?
Fundamente sua resposta.
Questo 3.Juliana Lemer, oficial de Promotoria, lotada no Setor do Patrimnio Pblico e Social
na sede do Ministrio Pblico na Capital de So Paulo foi ofendida por advogado que esteve no
cartrio para analisar um inqurito civil. Segundo testemunhas, o advogado Jos Carlos,
percebendo a demora no atendimento proferiu palavras ofensivas contra a servidora publica
municipal como: " folgada, grossa e que a mesa no fazia seu servio direito". Considerando a
situao hipottica responda:
-
Direito Penal X Exame Unificado OAB FGV
a)Qual crime cometeu o advogado?
b)A quem compete a propositura da ao penal (Legitimado)?
c) Qual a competncia para a causa?
Questo 4.No caso de injria, ocorrida em outubro de 2012, o Advogado distribui uma queixa-
crime, sem poderes especficos, em maio de 2013. No entanto, a queixa-crime no menciona
qual o fato criminoso. O juiz recebe a queixa-crime, e determina a citao do querelado. Como
advogado do querelado, quais seriam as teses cabveis?
Quesito avaliado Pontuao
1.1. No. O inqurito policial pea informativa, sendo desnecessria
tal diligncia para propositura da ao penal pelo Ministrio Pblico,
podendo, portanto, ser alterada a classificao inicialmente proposta.
(0,75)
0,75
1.2 Por meio do relatrio, a autoridade policial esclarece as diligncias e
elementos de provas que colheu ao representante do MP, que o
titular da ao penal, e que, portanto, ser o responsvel por analisar e
realizar o enquadramento do fato criminoso. Em suma, o relatrio no
possui carter opinativo. (0,50)
0,50
Quesito avaliado Pontuao
2.1. No, pois o Advogado no pode ser responsabilizado por ofensas
irrogadas em juzo. (0,25)
0,50
2.2. Art. 133, da Constituio Federal (0,25) 0,25
2.3. Art. 7, pargrafo 2, da lei 8.906/94 (0,25) 0,25
2.4 Art. 142, I, do CP (0,25) 0,25
Quesito avaliado Pontuao
3.1. Desacato, artigo 331 CP (0,25) 0,25
3.2. Sumula 714, STF - concorrente a legitimidade do ofendido,
mediante queixa, e do Ministrio Pblico, condicionada representao
do ofendido, para a ao penal por crime contra a honra de servidor
pblico em razo do exerccio de suas funes.
0,50
-
Direito Penal X Exame Unificado OAB FGV
3.3. A competncia se da pelo lugar da consumao do crime, nos
termos do artigo 70 do CPP, ou seja, a competncia para a propositura
da ao do juiz da Vara Criminal da Comarca da Capital de So Paulo.
0,50
Quesito avaliado Pontuao
4.1.Nulidade do recebimento da queixa-crime por ausncia de
formalidade (art. 41 do CPP)
0,50
4.2. oportunidade do querelante regularizar a procurao (art. 568 do
CPP
0,25
4.3. declarar extinta a punibilidade em decorrncia da decadncia (art.
107, IV do CP c/c 38 do CPP)
0,50