excelentíssimo senhor doutor juiz de direito da 4ª vara ... · diagnosticar o mal incapacitante...

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1 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA ACIDENTÁRIA DO FORO ...... QUALIFICAÇÃO E ENDEREÇO ELETRONICO, vem, muito respeitosamente, perante Vossa Excelência, por suas advogadas infra-assinadas, nos termos do art. 86 da Lei n. 8.213/91, propor a presente propor a presente AÇÃO DE CONCESSÃO DE BENEFÍCIO ACIDENTÁRIO – AUXÍLIO-ACIDENTE c.c. PAGAMENTO DE ATRASADOS, em face de INSS – INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL, na pessoa de seu representante legal, com sede regional à ...., pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos: DA COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL: 1. Primeiramente, é de se esclarecer que, segundo o artigo 109, inciso I, da Constituição Federal, a competência

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1

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA ACIDENTÁRIA

DO FORO ......

QUALIFICAÇÃO E ENDEREÇO

ELETRONICO, vem, muito respeitosamente, perante Vossa Excelência, por suas

advogadas infra-assinadas, nos termos do art. 86 da Lei n. 8.213/91, propor a

presente propor a presente

AÇÃO DE CONCESSÃO DE BENEFÍCIO ACIDENTÁRIO –

AUXÍLIO-ACIDENTE

c.c. PAGAMENTO DE ATRASADOS,

em face de INSS – INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL, na pessoa

de seu representante legal, com sede regional à ...., pelos motivos de fato e de

direito a seguir expostos:

DA COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA

ESTADUAL:

1. Primeiramente, é de se esclarecer

que, segundo o artigo 109, inciso I, da Constituição Federal, a competência

2

material para a presente ação é da justiça comum estadual, em razão de se

discutir beneficio de cunho acidentário, qual seja: auxilio-acidente.

1.1 Já a competência estadual é desta

vara especializada da capital do Estado, em razão do autor residir em ....

DA JUSTIÇA GRATUITA:

2. Nos termos do artigo 129, parágrafo

único, da lei 8.213/91, referida demanda é isenta de custas e despesas

processuais, requerendo, desde já, sejam tarjados os autos.

DA DESNECESSIDADE DE PRÉVIO

REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO PARA O PEDIDO DE AUXILIO-

ACIDENTE:

3. Nos termos do artigo 86, parágrafo

2º, da Lei 8.213/91, o auxilio-acidente terá data de início

correspondente àquela do dia seguinte à cessação do

auxílio-doença acidentário.

Neste sentido a jurisprudência do

Tribunal de Justiça de São Paulo:

“Acidente do trabalho. Beneficio. Auxilio-acidente. Doença ocupacional e acidente

típico. Laudo pericial. cervicalgia crônica sintomática suscitada por artrose cervical

crônica. Lombalgia crônica sintomática suscitada por hérnia discal lombar e hipertensão

arterial crônica sintomática e cardiopatia isquêmica. Presentes nexo e redução da

capacidade laborativa. O trabalhador faz jus ao auxilio-acidente de

50%. Beneficio devido a partir do dia seguinte ao da última

alta médica.” (TJSP, AC n. 0364680-58.2008.8.26.0577, 16ª Câmara de

Direito Publico, relatora: Des. Flora Maria Nesi Tossi Silva, DJ: 22/05/12).

E, ainda, segundo outros tribunais

pátrios:

3

“APELAÇÃO CÍVEL - BENEFÍCIO ACIDENTÁRIO - AMPUTAÇÃO TRAUMÁTICA DA FALANGE

DISTAL DO INDICADOR DIREITO - REDUÇÃO PARCIAL DA CAPACIDADE LABORATIVA

COMPROVADA POR PERÍCIA JUDICIAL - AUXÍLIO-ACIDENTE DEVIDO - TERMO

INICIAL - CESSAÇÃO DO AUXÍLIO-DOENÇA ANTERIORMENTE

CONCEDIDO - JUROS DE MORA E CUSTAS PROCESSUAIS CORRETAMENTE FIXADOS -

CORREÇÃO MONETÁRIA AJUSTADA - RECURSO DESPROVIDO E REMESSA PARCIALMENTE

PROVIDA.” (TJSC, Apelação Cível n. 2011.003456-, de Itajaí, Quarta Câmara de

Direito Público, Relator: Des. Cláudio Barreto Dutra, J. em 7 de julho de 2011).

(grifos nossos).

“PREVIDENCIÁRIO - AUXÍLIO-ACIDENTE - LOMBALGIA - NEXO ETIOLÓGICO - REDUÇÃO

DA CAPACIDADE LABORATIVA - BENEFÍCIO DEVIDO - TERMO INICIAL

1- Demonstrado o nexo etiológico entre o acidente do trabalho e a lesão que culminou na

diminuição da capacidade funcional do obreiro, impõe-se o pagamento do auxílio-

acidente.

2- Consoante a legislação de regência, o termo inicial do benefício

deve ser o dia seguinte à cessação do auxílio-doença que

vinha sendo pago. Caso este não tenha sido concedido, o marco deve remeter

à data em que a autarquia tomou ciência do estado mórbido do segurado, ao

diagnosticar o mal incapacitante em perícia decorrente de requerimento administrativo

ou, na ausência deste, da data da juntada aos autos do laudo judicial.” (TJSC, Reexame

Necessário n. 2009.054527-1, de Criciúma, Relator: Des. Luiz Cézar

Medeiros).(grifos nossos).

Este igualmente é o entendimento do

Superior Tribunal de Justiça:

"RECURSO ESPECIAL. PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA E AUXÍLIO-ACIDENTE.

CUMULAÇÃO. DEFINIÇÃO DA LEI APLICÁVEL. DATA DO ACIDENTE. TERMO INICIAL.

AUXÍLIO-ACIDENTE. DATA DO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO.(...) 5. Em regra, (...)

o auxílio-acidente será devido a partir do dia seguinte ao

da cessação do auxílio-doença, independentemente de qualquer

remuneração ou rendimento auferido pelo acidentado, vedada sua acumulação com

qualquer aposentadoria.' (artigo 86, parágrafo 2º, do Código de Processo Civil). (...) Ao

que se tem do dispositivo legal transcrito, o auxílio-acidente será devido a partir do dia

seguinte ao da cessação do auxílio. Se o auxílio-doença é deferido no

4

período de recuperação do acidentado, nada mais justo que,

depois da consolidação do trauma, portanto, imediatamente após

o período em que é pago o referido benefício, aquele que sofreu

lesão irreversível e que teve sua capacidade laborativa reduzida,

tenha como seu substituto o auxílio-acidente”. (STJ, REsp n. 376858 /

MG, Min. Hamilton Carvalhido) (grifos nossos).

3.1 Desta forma, está

demonstrada a negativa previdenciária na concessão

do auxílio-acidente, diante da alta médica realizada,

uma vez que, mesmo plenamente ciente da consolidação das lesões do autor e

da sua redução da capacidade laborativa, o requerido deixou de quitar-lhe o

benefício ora pleiteado, desrespeitando o comando legal.

3.2 Como o autor esteve em gozo de

auxílio-doença por certo período, se o requerido entendesse ser devido o

beneficio em questão, já o teria concedido administrativamente a partir da alta,

por ser esta a determinação legal, prescindindo de requerimento por parte do

autor.

DOS FATOS E DO DIREITO:

4. O autor contribui há muitos para o

requerido, na qualidade de empregado, sendo, portanto, considerado segurado

obrigatório, nos termos do artigo 11, alínea a, da Lei 8.213/91.

4.1 Seu último contrato de trabalho data

de 02/01/2006, na empresa metalúrgica ...., na função de operador de torno

mecânico pleno, o qual perdura até os dias atuais.

DO ACIDENTE DE TRABALHO:

5

5. Cumprindo seu trabalho ordenado

pelo empregador, em data de 08 de setembro de 2008, por volta das 16

horas, o autor acidentou-se, enquanto operava a máquina de torno.

Neste acidente, sofreu fratura exposta

na mão esquerda, principalmente em seu dedo polegar esquerdo,

denominado de primeiro quirodáctilo, sendo submetido à cirurgia de

emergência, consoante se verifica no prontuário médico em anexo, além de

diversas sessões de fisioterapia e terapia ocupacional.

A empresa empregadora emitiu a

Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT), de número ..., tipo inicial, em

data de 12/09/2008, sendo que o autor, por tal motivo, permaneceu em gozo

de auxílio-doença acidentário – NB N. ... - de ... até ..., consoante se verifica no

CNIS acostado a presente, quando retornou ao trabalho, diante da alta do

requerido.

5.1 Todavia, em decorrência do referido

acidente, o autor ficou com sequela definitiva em seu dedo polegar

esquerdo, consistente em “desvio no polegar e déficit da

flexo/extensão da inter-falangiana do polegar esquerdo”,

segundo descrito no relatório médico em anexo, emitido pelo Dr. ... especialista

em ortopedia e inscrito no CRM sob o n. ..., a qual lhe ocasionou incapacidade

laborativa, de forma parcial e permanente, uma vez que não consegue mais

realizar o movimento de “pegada completa” em sua mão esquerda, não

“dobrando” mais o dedo polegar esquerdo.

5.2 Tal situação, além de impedi-lo de

realizar sua função laborativa – de operador de máquina - de forma plena, tal

como realizava antes, visto que depende das mãos e dos dedos intactos, sem

qualquer déficit de flexo/extensão, também o retirou a possibilidade de realizar

atividades simples do cotidiano, tal como amarrar um sapato ou mesmo abotoar

uma camisa.

5.2.1 Assim, tem-se que para

desempenhar plenamente sua função laborativa, o autor, após o acidente,

passou a necessitar de MAIOR ESFORÇO, se comparado aos demais

6

empregados, visto que não consegue mais segurar objetos corretamente com a

mão esquerda e nem utilizar o referido dedo nas atividades.

Nesta seara, tem-se que a sequela

impede o autor de exercer suas funções com a mesma eficiência e qualidade

que exercia antes, obstaculizando, ainda, futuras contratações e seu acesso ao

mercado de trabalho em igualdade de condições com outros trabalhadores sem a

mesma sequela.

6. Tal situação do autor se enquadra no

quadro n. 6, item f e quadro 8, item b, do anexo III, do Decreto

3.048/99, de forma que o requerido, tendo pleno conhecimento do acidente de

trabalho, da sequela no primeiro quirodáctilo esquerdo e da redução da

capacidade laborativa, ao determinar a volta ao trabalho habitual do autor, pela

alta previdenciária, deveria, desde logo e de ofício, ter-lhe concedido o

benefício de auxílio-acidente, mas isto não ocorreu.

O requerido simplesmente deu alta

acidentária ao autor, determinando sua volta ao trabalho. Este, por sua vez,

desconhecedor de seus direitos, acatou a decisão administrativa e retornou ao

trabalho.

6.1 Assim, agora necessita o autor da

intervenção judicial para satisfação de seu direito, para que lhe seja concedido o

beneficio ao qual faz jus, bem como para o recebimento das parcelas em atraso.

6.1.1 O laudo pericial em anexo, culto

magistrado, realizada judicialmente em caso semelhante, de redução de

capacidade laborativa em razão de sequela em mesmo quirodáctilo, ratifica as

informações, bem como a incapacidade parcial e permanente existente, o qual

requer seja utilizado como prova documental na presente demanda.

7. Ademais, além do acidente de

trabalho ocorrido, o autor também é portador de patologias do trabalho, as quais

também lhe reduziram, de forma permanente, a capacidade laborativa, senão

veja-se:

DAS DOENÇAS DO TRABALHO:

7

7.1 DA PERDA AUDITIVA INDUZIDA

POR NÍVEIS DE PRESSÃO SONORA ELEVADOS- RUÍDO (P.A.I.N.P.S.E./

antigo P.A.I.R):

a) Além do acidente típico ocorrido,

que reduziu a capacidade laborativa do autor, tem-se que este, desde o início de

seu contrato de trabalho, labora em ambiente de intensa poluição sonora,

segundo demonstra o formulário previdenciário – PPP - em anexo.

Referido documento indica o nível de

ruído, habitual e permanente, de 89dB, para jornada de trabalho de 10 horas

diárias, sendo superior ao permitido legalmente.

b) Em decorrência deste fato, o autor

adquiriu patologia auditiva, que lhe reduziu drasticamente a capacidade auditiva,

passando, também por tal motivo, a apresentar uma incapacidade parcial e

permanente para suas funções laborativas habituais.

Veja-se que o exame de audiometria em

anexo, realizado em ..., a cargo empresa empregadora, revela que o autor é

portador de “perda auditiva induzida por níveis de pressão sonora

elevados”- P.A.I.N.P.S.E.-, em grau 2, no ouvido direito, classificado como

“perda moderada” e em grau 3, no ouvido esquerdo, classificada como

“perda moderada/severa”.

Frise-se, emérito julgadores, que as

audiometrias anteriores foram solicitadas à empresa, todavia, esta tacitamente

se negou a entregar (comprovante de solicitação em anexo).

c) Nem há que se discutir, com a

devida venia, que tal perda auditiva não retirou parcial e permanentemente a

capacidade laborativa do autor, visto que, além de ser irreversível, pela falta

auditiva, o mesmo não produz como os demais empregados.

Ademais, esta situação de perda

auditiva do autor vem elencada no quadro n. 2, item b, do anexo III, do

Decreto 3.048/99, o qual reconhece o direito ao beneficio de auxilio-

acidente por tal situação.

8

No mesmo sentido, o item 7.3.1.1, da

Portaria 12, de 6 de junho de 1.983, a primeira a fazer monitoramento dos

trabalhadores expostos a ruído, assim estabeleceu:

“Será indicativo de dano à saúde do empregado uma perda em grau médio para

um ouvido (8%) ou em grau mínimo para ambos os ouvidos (9%), calculada de

acordo com a tabela de Fowler (...).” (grifos nossos).

c.1) Cumpre esclarecer que a

P.A.I.N.P.S.E ou P.A.I.R (perda auditiva induzida por ruído), denominação

anteriormente utilizada, além de ser uma perda provocada pela exposição

prolongada ao ruído, configura-se como perda auditiva do tipo neurossensorial,

no caso bilateral, irreversível e progressiva com o tempo de exposição ao

ruído (CID 10-H 83.3).

É o agravo mais frequente à saúde dos

trabalhadores, estando presente em diversos ramos de atividade, principalmente

em siderurgia, gráfica, têxteis, papel e papelão e vidraria, e, dentre outros,

metalurgia, sendo este o ramo do reclamante. (Fonte:

HTTP://clinicaaudioclin.blogspot.com.br/2011/06/perda-auditiva-nduzida-por-ruido

pair.html. Acesso em: 22/08/2013.)

Assim, resta incontroverso que a

patologia auditiva do autor ocorreu em razão de ruído acima dos limites de

tolerância em seu local de trabalho, caracterizando-se como DOENÇA DO

OCUPACIONAL, acarretando-lhe perda auditiva definitiva e irreversível, em

grau médio e severo, nos ouvidos direito e esquerdo, respectivamente,

caracterizando a diminuição, de forma permanente, em sua capacidade

laborativa.

Tal fato está comprovado pela

documentação médica em anexo e será corroborado pela prova pericial médica e

no meio ambiente laborativo, a ser determinada por Vossa Excelência, bem como

pela prova oral a ser produzida em audiência. As quais desde já se requer.

d) Destarte, no caso em tela, a doença

do trabalho está legalmente tipificada, não pairando dúvidas a respeito da sua

ocorrência, uma vez que a P.A.I.N.P.S.E/PAIR – CID 10 H83.3 é

considerada como doença do ouvido relacionada com o trabalho,

9

conforme se verifica no item V, do Decreto 6.957/09, em sua lista B, grupo

VIII do CID-10, que alterou o Decreto 3.048/99, assim determinando

expressamente:

DOENÇAS DO OUVIDO RELACIONADAS COM O TRABALHO

(Grupo VIII da CID-10)

(...)

DOENÇAS AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE RISCO

DE NATUREZA OCUPACIONAL

V - Efeitos do ruído sobre o ouvido interno/ Perda da Audição Provocada

pelo Ruído e Trauma Acústico (H83.3)

Exposição ocupacional ao Ruído (Z57.0;

W42.) (Quadro XXI)

d) Desta forma, comprovada a

incapacidade laborativa, parcial e permanente do autor, pela perda auditiva,

moderada e severa, ocorrida em razão do trabalho, de rigor a concessão do

benefício de auxílio-acidente, também por tal motivo.

Neste sentido, a jurisprudência do STJ,

admitindo o beneficio ainda que a perda auditiva seja pequena:

“ACIDENTE DE TRABALHO. DISACUSIA. SEQUELA DEFINITIVA. GRAU MÍNIMO. PREJUÍZO

LABORAL, SOCIAL E FAMILIAR. BENEFICIO DEVIDO. A DISACUSIA EM GRAU

MÍNIMO GERA OBRIGAÇÃO DO PAGAMENTO DE AUXILIO-ACIDENTE,

POSTO QUE O PREJUÍZO A SAÚDE ATINGE NÃO SOMENTE A CAPACIDADE

PARA O TRABALHO, POR DEMANDAR MAIOR ESFORÇO, MAS TAMBÉM A

VIDA SOCIAL E FAMILIAR DO OBREIRO. PRECEDENTES DO STJ. RECURSO

CONHECIDO E PROVIDO.” (STJ, EDcl no REsp 36928/RJ, Rel. Min. JOSE CANDIDO

DE CARVALHO FILHO, DJ 25/04/1994). (grifos nossos).

No mesmo sentido a jurisprudência do

Tribunal de Justiça de São Paulo:

“ACIDENTE DO TRABALHO. LER, PAIR E HIPERTENSÃO ARTERIAL. INCAPACIDADE

PARCIAL E PERMANENTE E NEXO CAUSAL COMPROVADOS. AUXILIO-ACIDENTE DEVIDO

ATÉ A APOSENTADORIA. Recursos do INSS e oficial providos em parte.” (TJSP,

10

apelação n. 0274753-86.2005, 16ª Câmara de Direito Público, relator: Des.

Valter Alexandre Mena, DJ: 13/11/12).

7.2 DA HIPERTENSÃO ARTERIAL

DECORRENTE EXPOSIÇÃO AO RUÍDO:

a) Além de ter adquirido patologia

auditiva - P.A.I.N.P.S.E -, em grau moderado e severo, o autor também

adquiriu hipertensão arterial, em razão da exposição à ruído excessivo, em seu

ambiente laborativo.

Verifica-se pelo documento médico em

anexo – consistente em prontuário médico - que o autor iniciou seu tratamento,

por tal patologia, após o ingresso na empresa ..., bem como faz uso constante

do medicamento denominado Losartan, embora sinta diariamente os efeitos da

patologia, tais como: dores constantes de cabeça e zumbido no ouvido.

b) Assim, a aquisição de tal patologia

também deve ser considerada como doença ocupacional, uma vez não

adquirida antes de seu ingresso à empresa que labora atualmente, bem como

diante da exposição diária à ruído excessivo, devidamente comprovado nos autos

pelo formulário previdenciário.

Destarte, veja-se o enquadramento

legal da hipertensão arterial como doença ocupacional, quando há exposição à

ruído, segundo o já citado Decreto 6.957/09, em sua lista B, que alterou o

Decreto 3048/99:

DOENÇAS DO SISTEMA CIRCULATÓRIO RELACIONADAS COM O TRABALHO

(Grupo IX da CID-10)

DOENÇAS AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE RISCO

DE NATUREZA OCUPACIONAL

I - Hipertensão Arterial (I10.-)

1. Chumbo ou seus compostos tóxicos (X49.-;

Z57.5) (Quadro VIII)

2. Exposição ocupacional ao Ruído (Z57.0;

11

DOENÇAS AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE RISCO

DE NATUREZA OCUPACIONAL

X42.-) (Quadro XXI)

3. Problemas relacionados com o emprego e com o

desemprego (Z56.-)

b.1) A jurisprudência do Tribunal de

Justiça de São Paulo, acima citada, já indica a concessão do beneficio para

portador de hipertensão arterial ocupacional, todavia, veja-se também a abaixo:

“Acidentária. Disacusia e Hipertensão. Pedido de auxílio-acidente. Obreiro em

gozo de aposentadoria por idade. Cumulação. Admissibilidade. Comprovado ser portador

da moléstia anteriormente à vigência da Lei 9.528/97, pode, o obreiro, receber,

cumulativamente, o auxilio-acidente e a aposentadoria, quando esta não se reveste

de qualquer característica especial, atribuída em razão da exposição ao agente

causador daquela afecção.” (TJSP, AC n. 0011079-64.2009, 16ª Câmara de

Direito Público, relator: Des. Luiz Felipe Nogueira, DJ: 27/11/12). (grifos

nossos).

7. Portanto, comprovada a ocorrência do

acidente de trabalho, o qual sequelou o primeiro piro dáctilo esquerdo, reduzindo

sua capacidade laborativa, de forma parcial e permanente, assim como a

ocorrência de doenças ocupacionais, as quais, igualmente, lhe retiraram

parcialmente a capacidade para o trabalho habitual, necessitando despender

maior esforço para este, ainda que mínimo (segundo o REsp

REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA Nº 1.109.591 - SC), há de ser

reconhecido o direito à concessão do benefício de auxílio-acidente ao autor.

Veja-se pelo citado Recurso Especial

acima:

“PREVIDENCIÁRIO. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA.

AUXÍLIO-ACIDENTE. LESÃO MÍNIMA. DIREITO AO BENEFÍCIO. 1. Conforme o disposto no

art. 86, caput, da Lei 8.213/91, exige-se, para concessão do auxílio-acidente,

a existência de lesão, decorrente de acidente do trabalho, que implique

redução da capacidade para o labor habitualmente exercido. 2. O nível

do dano e, em consequência, o grau do maior esforço, não interferem na

concessão do benefício, o qual será devido ainda que mínima a lesão. 3.

Recurso especial provido.” (grifos nossos).

12

DO DIREITO AO AUXILIO-

ACIDENTE:

8. Segundo o artigo 201, I, de nossa

Magna Carta, a Previdência Social atenderá a cobertura dos eventos de doença e

invalidez, dentre outros, possuindo caráter contributivo-retributivo.

Assim, tendo contribuído para o sistema

legal, o autor, se parcial e permanentemente incapaz, faz jus à contraprestação

em forma de benefício, não podendo este ser negado, sob pena de violação à Lei

Maior.

9. O auxílio-acidente é o benefício

concedido ao segurado, quando, consolidada lesão decorrente de acidente de

qualquer natureza, resulte em sequelas, que impliquem na redução da

capacidade física para o trabalho que habitualmente exercia, ainda que essa

redução seja mínima ou em grau leve. Está previsto no artigo 86 e seguintes da

Lei 8.213/91.

9.1.2 No caso em tela, verifica-se de

plano que o autor, em virtude do acidente de trabalho sofrido, bem como da

aquisição das doenças ocupacionais, apresentou sequelas físicas e orgânicas que

lhe reduziram, de forma permanente, sua capacidade laborativa habitual, tendo

em vista que não consegue realizar suas funções com a mesma eficiência e

qualidade que exercia antes, além de necessitar de MAIOR ESFORÇO, se

comparado aos demais empregados na mesma função.

9.1.3 Quanto à sequela no primeiro

quirodáctilo, como redutora da capacidade laborativa do autor, de forma

permanente, tem-se que os documentos médicos em anexo comprovam tal

situação, assim como o laudo pericial, também em anexo, realizado em processo

judicial semelhante, o qual deixa estreme de dúvidas a redução da capacidade de

trabalho quando há perda de movimentos no dedo polegar, idêntico ao caso do

autor.

9.1.4 Ademais, como já afirmado

outrora, tem-se que:

13

- a sequela do primeiro quirodáctilo esquerdo, que ocasionou redução dos

movimentos e da força/capacidade funcional, e, portanto, como garantidora do

auxilio-acidente, vem descrita no item f, do quadro n. 6 e no item b, do

quadro n. 8, ambos do anexo III, do decreto 3048/99;

- já quanto à perda auditiva, em grau médio (no caso do autor: grau médio e

severo), vem descrita no item b, do quadro n. 2, do mesmo anexo acima

citado.

9.1.5 Mesmo que assim não fosse, ainda

haveria o direito ao auxilio-acidente, visto que a jurisprudência entende ser

devido tal beneficio mesmo que a redução laboral seja mínima (STJ, REsp n.

1.109.591 – SC).

9.1.6 Nesta seara, não há qualquer

motivo legal para negativa ao direito do autor.

DO VALOR DO BENEFÍCIO E DA

DATA DE CESSAÇÃO:

10. Já quanto ao valor do auxílio-

acidente, deverá este corresponder a 50% (cinquenta por cento) do salário-de-

benefício do autor, sendo este a média aritmética dos maiores salários de

contribuição, correspondentes a 80% (oitenta por cento) de todo o período

contributivo (artigo 29, inciso II, LB).

10.1 O beneficio deverá ser mantido até

a data da aposentadoria do autor, nos termos da lei vigente, em razão do fato

gerador ser posterior à lei 9.528/97.

DA DATA DO INÍCIO DO BENEFÍCIO

- DIB:

14

11. Uma vez constatado que o acidente

de trabalho típico, o qual sequelou o primeiro piro dáctilo esquerdo do autor, e,

por tal motivo, pela perda de movimento e força de tal dedo, reduziu-lhe a

capacidade laborativa, de forma parcial e permanente, facilmente demonstrada

pelo enquadramento legal pelos item f, do quadro n. 6 e item b, do quadro

n. 8, ambos do anexo III, do decreto 3048/99, a data do início do benefício

(DIB) deverá corresponder àquela do dia seguinte à cessação do auxílio-doença

acidentário (NB ...), concedido por tal motivo (CAT emitida), nos termos artigo

86, §2º, da Lei 8.213/91, por ser de pleno conhecimento do requerido a situação

fática em tal momento, ou seja, a redução na capacidade laborativa.

Sendo o que se requer.

11.1 Neste sentido a jurisprudência do

Tribunal de Justiça de São Paulo:

“Acidente do trabalho. Beneficio. Auxilio-acidente. Doença ocupacional e acidente

típico. Laudo pericial. cervicalgia crônica sintomática suscitada por artrose cervical

crônica. Lombalgia crônica sintomática suscitada por hérnia discal lombar e hipertensão

arterial crônica sintomática e cardiopatia isquêmica. Presentes nexo e redução da

capacidade laborativa. O trabalhador faz jus ao auxilio-acidente de

50%. Beneficio devido a partir do dia seguinte ao da última

alta médica.” (TJSP, AC n. 0364680-58.2008.8.26.0577, 16ª Câmara de

Direito Publico, relatora: Des. Flora Maria Nesi Tossi Silva, DJ: 22/05/12).

E, ainda, segundo outros tribunais

pátrios:

“APELAÇÃO CÍVEL - BENEFÍCIO ACIDENTÁRIO - AMPUTAÇÃO TRAUMÁTICA DA FALANGE

DISTAL DO INDICADOR DIREITO - REDUÇÃO PARCIAL DA CAPACIDADE LABORATIVA

COMPROVADA POR PERÍCIA JUDICIAL - AUXÍLIO-ACIDENTE DEVIDO - TERMO

INICIAL - CESSAÇÃO DO AUXÍLIO-DOENÇA ANTERIORMENTE

CONCEDIDO - JUROS DE MORA E CUSTAS PROCESSUAIS CORRETAMENTE FIXADOS -

CORREÇÃO MONETÁRIA AJUSTADA - RECURSO DESPROVIDO E REMESSA PARCIALMENTE

PROVIDA.” (TJSC, Apelação Cível n. 2011.003456-, de Itajaí, Quarta Câmara de

15

Direito Público, Relator: Des. Cláudio Barreto Dutra, J. em 7 de julho de 2011).

(grifos nossos).

“PREVIDENCIÁRIO - AUXÍLIO-ACIDENTE - LOMBALGIA - NEXO ETIOLÓGICO - REDUÇÃO

DA CAPACIDADE LABORATIVA - BENEFÍCIO DEVIDO - TERMO INICIAL

1- Demonstrado o nexo etiológico entre o acidente do trabalho e a lesão que culminou na

diminuição da capacidade funcional do obreiro, impõe-se o pagamento do auxílio-

acidente.

2- Consoante a legislação de regência, o termo inicial do benefício

deve ser o dia seguinte à cessação do auxílio-doença que

vinha sendo pago. Caso este não tenha sido concedido, o marco deve remeter

à data em que a autarquia tomou ciência do estado mórbido do segurado, ao

diagnosticar o mal incapacitante em perícia decorrente de requerimento administrativo

ou, na ausência deste, da data da juntada aos autos do laudo judicial.” (TJSC, Reexame

Necessário n. 2009.054527-1, de Criciúma, Relator: Des. Luiz Cézar

Medeiros).(grifos nossos).

Este igualmente é o entendimento do

Superior Tribunal de Justiça:

"RECURSO ESPECIAL. PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA E AUXÍLIO-ACIDENTE.

CUMULAÇÃO. DEFINIÇÃO DA LEI APLICÁVEL. DATA DO ACIDENTE. TERMO INICIAL.

AUXÍLIO-ACIDENTE. DATA DO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO.(...) 5. Em regra, (...)

o auxílio-acidente será devido a partir do dia seguinte ao

da cessação do auxílio-doença, independentemente de qualquer

remuneração ou rendimento auferido pelo acidentado, vedada sua acumulação com

qualquer aposentadoria.' (artigo 86, parágrafo 2º, do Código de Processo Civil). (...) Ao

que se tem do dispositivo legal transcrito, o auxílio-acidente será devido a partir do dia

seguinte ao da cessação do auxílio. Se o auxílio-doença é deferido no período de

recuperação do acidentado, nada mais justo que, depois da consolidação do trauma,

portanto, imediatamente após o período em que é pago o referido benefício, aquele que

sofreu lesão irreversível e que teve sua capacidade laborativa reduzida, tenha como seu

substituto o auxílio-acidente”. (STJ, REsp n. 376858 / MG, Min. Hamilton

Carvalhido) (grifos nossos).

11.2 Entretanto, na remota e improvável

hipótese de Vossa Excelência entender que não houve redução da capacidade

laborativa pelo acidente do trabalho típico, requer, subsidiariamente, seja

16

concedido o auxilio-acidente em razão da aquisição de P.A.I.N.P.S.E. e da

hipertensão arterial, as quais também lhe reduziram a capacidade laborativa.

Neste caso, a DIB deverá ser fixada na data da citação, ante a inexistência de

prévio requerimento administrativo do beneficio quanto às citadas patologias do

trabalho.

DO PEDIDO DE TUTELA DE

URGÊNCIA:

12. Em razão das provas documentais

acostadas a presente, as quais atestam pela incapacidade parcial e permanente

do requerente, bem como da não concessão de ofício do benefício, quando da

alta do auxílio-doença, comprovando, assim, o preenchimento dos requisitos do

artigo 300, do Código de Processo Civil, requer seja concedida tutela

de urgência, para a imediata concessão do benefício,

independentemente de citação do instituto requerido.

12.1 Destarte, tem-se que a prova

documental em anexo é prova cabal e incontroversa da incapacidade parcial e

permanente do autor, preenchendo, desta forma, o requisito da probabilidade do

direito; já o risco de dano, vem consubstanciado na natureza complementativa

de renda do beneficiário, uma vez que, apesar se não ser substitutivo de

remuneração, o beneficio constitui em importante complementação na renda

mensal do autor, da qual este está, injusta e indevidamente, privado desde o

ano de 2008.

DO PEDIDO:

13. Diante do exposto requer:

a) A concessão da gratuidade de justiça, por se tratar de demanda acidentária,

nos termos do artigo 139, parágrafo único, da lei 8.213/91;

17

b) que seja concedida TUTELA DE URGÊNCIA, de forma inaudita

altera parte, para a imediata concessão do benefício em favor do

autor, nos termos do artigo 300, do CPC, em razão do preenchimento dos

requisitos;

c) que seja o instituto requerido citado, conforme artigo 247, III, do CPC (por

mandado, em razão de ser pessoa jurídica de direito público), para

apresentar defesa, dentro do prazo legal, se assim desejar, sob pena de

confissão e revelia quanto à matéria de fato;

d) para efetivação da citação, que seja concedido ao Sr. Oficial de Justiça os

benefícios dos artigos 212 e seguintes do Código de Processo Civil;

e) a dispensa da audiência de tentativa de conciliação, nos termos do artigo

334, parágrafo 5º, do CPC;

f) que seja observado o disposto no artigo 489, parágrafo 1º, incisos IV

e VI, do CPC, acerca de todos os precedentes e jurisprudência colacionados

em inicial, sob pena de nulidade da r. sentença;

g) que, ao final, seja a presente ação julgada inteiramente procedente, para:

- confirmar a tutela antecipada concedida, condenando o instituto requerido à

conceder o benefício de auxílio-acidente em favor do autor;

- que seja concedida, em sentença, a tutela específica da obrigação, por se

tratar de obrigação de fazer, para a implantação do benefício, a partir da decisão

de primeira instância, nos termos do artigo 497, caput, do Código de Processo

civil, fixando-se o prazo de 30 dias para cumprimento da medida e astreinte no

valor do teto previdenciário;

- que a DIB seja fixada na data da cessação do auxílio-doença acidentário,

concedido sob o NB n. ...., qual seja, ..., diante da sequela que reduziu sua

capacidade laborativa já naquele momento, quitando-se as parcelas em

atraso de uma só vez, acrescidas de juros e correção monetária, nos termos

do artigo 405 do Código Civil;

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- subsidiariamente, na remota e improvável hipótese de Vossa Excelência não

entender pela existência de incapacidade laborativa parcial pelo acidente típico,

requer-se a fixação da DIB na data da citação, em razão das doenças

ocupacionais, as quais também causaram redução na capacidade laborativa do

autor, de forma permanente;

h) e, ainda, que seja o instituto requerido condenado ao pagamento de

honorários sucumbenciais a serem arbitrados por Vossa Excelência no

percentual de 20% (vinte por cento), calculado sobre as parcelas vencidas

(compreendidas estas desde a concessão do benefício até a data da sentença

de primeira instância), caso este valor não seja inferior à R$ 1.500,00 (um

mil e quinhentos reais), para não apresentar caráter irrisório, nos termos da

súmula 111 do STJ.

DAS PROVAS:

14. Protesta provar o alegado por todos

os meios de prova em direito admitidos, especialmente pelas seguintes provas,

as quais desde já requer:

a) documental (documentos acostados à presente e outros que possam surgir

ao longo da demanda, nos termos do artigo 397 do CPC);

b) pericial, consistente em exame médico, a ser realizado por perito habilitado

por este juízo e com especialidade – e conhecimento técnico suficiente (art.

156, §5º e art. 465, ambos do CPC) nas enfermidades do requerente) - nas

enfermidades do requerente – ORTOPEDISTA, CARDIOLOGISTA E

OTORRINOLARINGOLOGISTA, a fim de atestar pela sua

incapacidade parcial e permanente;

Os quesitos apresentam-se ao final da presente demanda, protestando pela

apresentação de complementares, nos termos legais, caso sejam necessários.

Quanto à esta prova, requer seja determinada sua produção

antecipada, ou seja, antes da determinação da citação do requerido, de

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forma a não ocasionar o perecimento do direito do autor e facilitar a

comprovação dos fatos, uma vez que se trata de pedido de benefício de

cunho alimentar, com aplicação analógica do artigo 381, I, do CPC;

c) prova oral, também para comprovação da incapacidade da requerente, caso

seja necessário, cujo rol de testemunhas também oportunamente

apresentará.

DO VALOR DA CAUSA:

15. Dá-se a causa o valor de R$ ...

(...),nos termos do artigo 292, §§ 1º e 2º, do Código de Processo Civil.

Termos em que,

Pede e Espera Deferimento.

Local e data.

Assinatura e OAB

QUESITOS – PROVA PERICIAL:

1- O acidente de trabalho noticiado na inicial deixou sequelas no autor? Em caso

positivo, favor explicitá-las, indicando quais e em qual parte do corpo. Qual a

atividade laborativa realizada pelo autor?

2- As sequelas do acidente encontram-se consolidadas ou ainda existe processo

mórbido em evolução? Há possibilidade de reversão das sequelas? Em caso

positivo, favor indicar o porquê e como.

3-Existe relação de causalidade entre o acidente do trabalho típico e as sequelas

mencionadas?

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4- As sequelas do acidente de trabalho típico determinam, permanentemente,

perdas anatômicas ou redução da capacidade do trabalho de operador de

máquinas? Em que percentual? Em caso negativo, por quê? Ainda em caso

negativo, favor explicar como o autor pode trabalhar em linha de produção de

forma eficaz e produtiva, se comparado à outros trabalhadores sem a mesma

sequela.

5 – Houve redução de movimentos do dedo sequelado? Em qual grau? Por quê?

Houve redução de força ou perda funcional do mesmo dedo? Em qual grau? Por

quê?

6 - Há necessidade de maior esforço para o exercício das mesmas atividades do

acidentado? Por quê?

7 – A prova documental em anexo – relatório médico e laudo pericial de caso

semelhante – são indicativos da incapacidade parcial em razão do acidente? E,

caso negativo, por quê?

8- A incapacidade é definitiva ou temporária?

9 – Pode-se afirmar que a incapacidade parcial, em razão do acidente de

trabalho típico, já era visível desde sua ocorrência? Por quê?

10 – O autor possui a sequela do acidente, que reduziu sua capacidade

laborativa, desde a alta do auxílio-doença? Por quê?

11 - O autor é portador de P.A.I.N.P.S.E./P.A.I.R.? Qual a data provável do início

desta patologia? Por quê?

12 - Qual o grau de perda auditiva em cada um dos ouvidos?

13 - A patologia possui relação de causalidade com o trabalho e função que o

autor habitualmente exerce na empresa em que trabalha, segundo a

documentação dos autos e considerando-se que está exposto de maneira

habitual e permanente a ruídos acima de 85dB?? Por quê?

14 – Se a patologia é preexistente ao trabalho do autor, pode-se afirmar que seu

oficio agravou-a? Em caso negativo por quê?

15 - A patologia auditiva incapacita o autor para o exercício de sua atividade

(operador de máquinas)?

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16 - A incapacidade é total ou parcial? Se parcial, em qual percentual?

17 - Há necessidade de maior esforço para o exercício das mesmas atividades do

autor? Por quê?

18 - A incapacidade é definitiva ou temporária?

19 - O autor é portador de hipertensão arterial? Qual a origem e a data provável

de início desta patologia?

20 - A patologia possui relação de causalidade com o trabalho e a função que

habitualmente exerce na empresa em que trabalha, considerando-se que está

exposto de maneira habitual e permanente a ruídos acima de 85dB, segundo a

documentação dos autos? Por quê?

21 - Há necessidade de maior esforço para o exercício das mesmas atividades do

acidentado? Por quê?

22 - Se a patologia é preexistente ao trabalho do autor, pode-se afirmar que seu

oficio agravou-a? Em caso negativo por quê?

23 - Referida patologia ocasiona incapacidade laborativa? Em qual grau?

Permanente ou temporária?