excelentíssimo senhor doutor juiz de direito da 4ª vara ... · diagnosticar o mal incapacitante...
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA ACIDENTÁRIA
DO FORO ......
QUALIFICAÇÃO E ENDEREÇO
ELETRONICO, vem, muito respeitosamente, perante Vossa Excelência, por suas
advogadas infra-assinadas, nos termos do art. 86 da Lei n. 8.213/91, propor a
presente propor a presente
AÇÃO DE CONCESSÃO DE BENEFÍCIO ACIDENTÁRIO –
AUXÍLIO-ACIDENTE
c.c. PAGAMENTO DE ATRASADOS,
em face de INSS – INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL, na pessoa
de seu representante legal, com sede regional à ...., pelos motivos de fato e de
direito a seguir expostos:
DA COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA
ESTADUAL:
1. Primeiramente, é de se esclarecer
que, segundo o artigo 109, inciso I, da Constituição Federal, a competência
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material para a presente ação é da justiça comum estadual, em razão de se
discutir beneficio de cunho acidentário, qual seja: auxilio-acidente.
1.1 Já a competência estadual é desta
vara especializada da capital do Estado, em razão do autor residir em ....
DA JUSTIÇA GRATUITA:
2. Nos termos do artigo 129, parágrafo
único, da lei 8.213/91, referida demanda é isenta de custas e despesas
processuais, requerendo, desde já, sejam tarjados os autos.
DA DESNECESSIDADE DE PRÉVIO
REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO PARA O PEDIDO DE AUXILIO-
ACIDENTE:
3. Nos termos do artigo 86, parágrafo
2º, da Lei 8.213/91, o auxilio-acidente terá data de início
correspondente àquela do dia seguinte à cessação do
auxílio-doença acidentário.
Neste sentido a jurisprudência do
Tribunal de Justiça de São Paulo:
“Acidente do trabalho. Beneficio. Auxilio-acidente. Doença ocupacional e acidente
típico. Laudo pericial. cervicalgia crônica sintomática suscitada por artrose cervical
crônica. Lombalgia crônica sintomática suscitada por hérnia discal lombar e hipertensão
arterial crônica sintomática e cardiopatia isquêmica. Presentes nexo e redução da
capacidade laborativa. O trabalhador faz jus ao auxilio-acidente de
50%. Beneficio devido a partir do dia seguinte ao da última
alta médica.” (TJSP, AC n. 0364680-58.2008.8.26.0577, 16ª Câmara de
Direito Publico, relatora: Des. Flora Maria Nesi Tossi Silva, DJ: 22/05/12).
E, ainda, segundo outros tribunais
pátrios:
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“APELAÇÃO CÍVEL - BENEFÍCIO ACIDENTÁRIO - AMPUTAÇÃO TRAUMÁTICA DA FALANGE
DISTAL DO INDICADOR DIREITO - REDUÇÃO PARCIAL DA CAPACIDADE LABORATIVA
COMPROVADA POR PERÍCIA JUDICIAL - AUXÍLIO-ACIDENTE DEVIDO - TERMO
INICIAL - CESSAÇÃO DO AUXÍLIO-DOENÇA ANTERIORMENTE
CONCEDIDO - JUROS DE MORA E CUSTAS PROCESSUAIS CORRETAMENTE FIXADOS -
CORREÇÃO MONETÁRIA AJUSTADA - RECURSO DESPROVIDO E REMESSA PARCIALMENTE
PROVIDA.” (TJSC, Apelação Cível n. 2011.003456-, de Itajaí, Quarta Câmara de
Direito Público, Relator: Des. Cláudio Barreto Dutra, J. em 7 de julho de 2011).
(grifos nossos).
“PREVIDENCIÁRIO - AUXÍLIO-ACIDENTE - LOMBALGIA - NEXO ETIOLÓGICO - REDUÇÃO
DA CAPACIDADE LABORATIVA - BENEFÍCIO DEVIDO - TERMO INICIAL
1- Demonstrado o nexo etiológico entre o acidente do trabalho e a lesão que culminou na
diminuição da capacidade funcional do obreiro, impõe-se o pagamento do auxílio-
acidente.
2- Consoante a legislação de regência, o termo inicial do benefício
deve ser o dia seguinte à cessação do auxílio-doença que
vinha sendo pago. Caso este não tenha sido concedido, o marco deve remeter
à data em que a autarquia tomou ciência do estado mórbido do segurado, ao
diagnosticar o mal incapacitante em perícia decorrente de requerimento administrativo
ou, na ausência deste, da data da juntada aos autos do laudo judicial.” (TJSC, Reexame
Necessário n. 2009.054527-1, de Criciúma, Relator: Des. Luiz Cézar
Medeiros).(grifos nossos).
Este igualmente é o entendimento do
Superior Tribunal de Justiça:
"RECURSO ESPECIAL. PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA E AUXÍLIO-ACIDENTE.
CUMULAÇÃO. DEFINIÇÃO DA LEI APLICÁVEL. DATA DO ACIDENTE. TERMO INICIAL.
AUXÍLIO-ACIDENTE. DATA DO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO.(...) 5. Em regra, (...)
o auxílio-acidente será devido a partir do dia seguinte ao
da cessação do auxílio-doença, independentemente de qualquer
remuneração ou rendimento auferido pelo acidentado, vedada sua acumulação com
qualquer aposentadoria.' (artigo 86, parágrafo 2º, do Código de Processo Civil). (...) Ao
que se tem do dispositivo legal transcrito, o auxílio-acidente será devido a partir do dia
seguinte ao da cessação do auxílio. Se o auxílio-doença é deferido no
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período de recuperação do acidentado, nada mais justo que,
depois da consolidação do trauma, portanto, imediatamente após
o período em que é pago o referido benefício, aquele que sofreu
lesão irreversível e que teve sua capacidade laborativa reduzida,
tenha como seu substituto o auxílio-acidente”. (STJ, REsp n. 376858 /
MG, Min. Hamilton Carvalhido) (grifos nossos).
3.1 Desta forma, está
demonstrada a negativa previdenciária na concessão
do auxílio-acidente, diante da alta médica realizada,
uma vez que, mesmo plenamente ciente da consolidação das lesões do autor e
da sua redução da capacidade laborativa, o requerido deixou de quitar-lhe o
benefício ora pleiteado, desrespeitando o comando legal.
3.2 Como o autor esteve em gozo de
auxílio-doença por certo período, se o requerido entendesse ser devido o
beneficio em questão, já o teria concedido administrativamente a partir da alta,
por ser esta a determinação legal, prescindindo de requerimento por parte do
autor.
DOS FATOS E DO DIREITO:
4. O autor contribui há muitos para o
requerido, na qualidade de empregado, sendo, portanto, considerado segurado
obrigatório, nos termos do artigo 11, alínea a, da Lei 8.213/91.
4.1 Seu último contrato de trabalho data
de 02/01/2006, na empresa metalúrgica ...., na função de operador de torno
mecânico pleno, o qual perdura até os dias atuais.
DO ACIDENTE DE TRABALHO:
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5. Cumprindo seu trabalho ordenado
pelo empregador, em data de 08 de setembro de 2008, por volta das 16
horas, o autor acidentou-se, enquanto operava a máquina de torno.
Neste acidente, sofreu fratura exposta
na mão esquerda, principalmente em seu dedo polegar esquerdo,
denominado de primeiro quirodáctilo, sendo submetido à cirurgia de
emergência, consoante se verifica no prontuário médico em anexo, além de
diversas sessões de fisioterapia e terapia ocupacional.
A empresa empregadora emitiu a
Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT), de número ..., tipo inicial, em
data de 12/09/2008, sendo que o autor, por tal motivo, permaneceu em gozo
de auxílio-doença acidentário – NB N. ... - de ... até ..., consoante se verifica no
CNIS acostado a presente, quando retornou ao trabalho, diante da alta do
requerido.
5.1 Todavia, em decorrência do referido
acidente, o autor ficou com sequela definitiva em seu dedo polegar
esquerdo, consistente em “desvio no polegar e déficit da
flexo/extensão da inter-falangiana do polegar esquerdo”,
segundo descrito no relatório médico em anexo, emitido pelo Dr. ... especialista
em ortopedia e inscrito no CRM sob o n. ..., a qual lhe ocasionou incapacidade
laborativa, de forma parcial e permanente, uma vez que não consegue mais
realizar o movimento de “pegada completa” em sua mão esquerda, não
“dobrando” mais o dedo polegar esquerdo.
5.2 Tal situação, além de impedi-lo de
realizar sua função laborativa – de operador de máquina - de forma plena, tal
como realizava antes, visto que depende das mãos e dos dedos intactos, sem
qualquer déficit de flexo/extensão, também o retirou a possibilidade de realizar
atividades simples do cotidiano, tal como amarrar um sapato ou mesmo abotoar
uma camisa.
5.2.1 Assim, tem-se que para
desempenhar plenamente sua função laborativa, o autor, após o acidente,
passou a necessitar de MAIOR ESFORÇO, se comparado aos demais
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empregados, visto que não consegue mais segurar objetos corretamente com a
mão esquerda e nem utilizar o referido dedo nas atividades.
Nesta seara, tem-se que a sequela
impede o autor de exercer suas funções com a mesma eficiência e qualidade
que exercia antes, obstaculizando, ainda, futuras contratações e seu acesso ao
mercado de trabalho em igualdade de condições com outros trabalhadores sem a
mesma sequela.
6. Tal situação do autor se enquadra no
quadro n. 6, item f e quadro 8, item b, do anexo III, do Decreto
3.048/99, de forma que o requerido, tendo pleno conhecimento do acidente de
trabalho, da sequela no primeiro quirodáctilo esquerdo e da redução da
capacidade laborativa, ao determinar a volta ao trabalho habitual do autor, pela
alta previdenciária, deveria, desde logo e de ofício, ter-lhe concedido o
benefício de auxílio-acidente, mas isto não ocorreu.
O requerido simplesmente deu alta
acidentária ao autor, determinando sua volta ao trabalho. Este, por sua vez,
desconhecedor de seus direitos, acatou a decisão administrativa e retornou ao
trabalho.
6.1 Assim, agora necessita o autor da
intervenção judicial para satisfação de seu direito, para que lhe seja concedido o
beneficio ao qual faz jus, bem como para o recebimento das parcelas em atraso.
6.1.1 O laudo pericial em anexo, culto
magistrado, realizada judicialmente em caso semelhante, de redução de
capacidade laborativa em razão de sequela em mesmo quirodáctilo, ratifica as
informações, bem como a incapacidade parcial e permanente existente, o qual
requer seja utilizado como prova documental na presente demanda.
7. Ademais, além do acidente de
trabalho ocorrido, o autor também é portador de patologias do trabalho, as quais
também lhe reduziram, de forma permanente, a capacidade laborativa, senão
veja-se:
DAS DOENÇAS DO TRABALHO:
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7.1 DA PERDA AUDITIVA INDUZIDA
POR NÍVEIS DE PRESSÃO SONORA ELEVADOS- RUÍDO (P.A.I.N.P.S.E./
antigo P.A.I.R):
a) Além do acidente típico ocorrido,
que reduziu a capacidade laborativa do autor, tem-se que este, desde o início de
seu contrato de trabalho, labora em ambiente de intensa poluição sonora,
segundo demonstra o formulário previdenciário – PPP - em anexo.
Referido documento indica o nível de
ruído, habitual e permanente, de 89dB, para jornada de trabalho de 10 horas
diárias, sendo superior ao permitido legalmente.
b) Em decorrência deste fato, o autor
adquiriu patologia auditiva, que lhe reduziu drasticamente a capacidade auditiva,
passando, também por tal motivo, a apresentar uma incapacidade parcial e
permanente para suas funções laborativas habituais.
Veja-se que o exame de audiometria em
anexo, realizado em ..., a cargo empresa empregadora, revela que o autor é
portador de “perda auditiva induzida por níveis de pressão sonora
elevados”- P.A.I.N.P.S.E.-, em grau 2, no ouvido direito, classificado como
“perda moderada” e em grau 3, no ouvido esquerdo, classificada como
“perda moderada/severa”.
Frise-se, emérito julgadores, que as
audiometrias anteriores foram solicitadas à empresa, todavia, esta tacitamente
se negou a entregar (comprovante de solicitação em anexo).
c) Nem há que se discutir, com a
devida venia, que tal perda auditiva não retirou parcial e permanentemente a
capacidade laborativa do autor, visto que, além de ser irreversível, pela falta
auditiva, o mesmo não produz como os demais empregados.
Ademais, esta situação de perda
auditiva do autor vem elencada no quadro n. 2, item b, do anexo III, do
Decreto 3.048/99, o qual reconhece o direito ao beneficio de auxilio-
acidente por tal situação.
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No mesmo sentido, o item 7.3.1.1, da
Portaria 12, de 6 de junho de 1.983, a primeira a fazer monitoramento dos
trabalhadores expostos a ruído, assim estabeleceu:
“Será indicativo de dano à saúde do empregado uma perda em grau médio para
um ouvido (8%) ou em grau mínimo para ambos os ouvidos (9%), calculada de
acordo com a tabela de Fowler (...).” (grifos nossos).
c.1) Cumpre esclarecer que a
P.A.I.N.P.S.E ou P.A.I.R (perda auditiva induzida por ruído), denominação
anteriormente utilizada, além de ser uma perda provocada pela exposição
prolongada ao ruído, configura-se como perda auditiva do tipo neurossensorial,
no caso bilateral, irreversível e progressiva com o tempo de exposição ao
ruído (CID 10-H 83.3).
É o agravo mais frequente à saúde dos
trabalhadores, estando presente em diversos ramos de atividade, principalmente
em siderurgia, gráfica, têxteis, papel e papelão e vidraria, e, dentre outros,
metalurgia, sendo este o ramo do reclamante. (Fonte:
HTTP://clinicaaudioclin.blogspot.com.br/2011/06/perda-auditiva-nduzida-por-ruido
pair.html. Acesso em: 22/08/2013.)
Assim, resta incontroverso que a
patologia auditiva do autor ocorreu em razão de ruído acima dos limites de
tolerância em seu local de trabalho, caracterizando-se como DOENÇA DO
OCUPACIONAL, acarretando-lhe perda auditiva definitiva e irreversível, em
grau médio e severo, nos ouvidos direito e esquerdo, respectivamente,
caracterizando a diminuição, de forma permanente, em sua capacidade
laborativa.
Tal fato está comprovado pela
documentação médica em anexo e será corroborado pela prova pericial médica e
no meio ambiente laborativo, a ser determinada por Vossa Excelência, bem como
pela prova oral a ser produzida em audiência. As quais desde já se requer.
d) Destarte, no caso em tela, a doença
do trabalho está legalmente tipificada, não pairando dúvidas a respeito da sua
ocorrência, uma vez que a P.A.I.N.P.S.E/PAIR – CID 10 H83.3 é
considerada como doença do ouvido relacionada com o trabalho,
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conforme se verifica no item V, do Decreto 6.957/09, em sua lista B, grupo
VIII do CID-10, que alterou o Decreto 3.048/99, assim determinando
expressamente:
DOENÇAS DO OUVIDO RELACIONADAS COM O TRABALHO
(Grupo VIII da CID-10)
(...)
DOENÇAS AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE RISCO
DE NATUREZA OCUPACIONAL
V - Efeitos do ruído sobre o ouvido interno/ Perda da Audição Provocada
pelo Ruído e Trauma Acústico (H83.3)
Exposição ocupacional ao Ruído (Z57.0;
W42.) (Quadro XXI)
d) Desta forma, comprovada a
incapacidade laborativa, parcial e permanente do autor, pela perda auditiva,
moderada e severa, ocorrida em razão do trabalho, de rigor a concessão do
benefício de auxílio-acidente, também por tal motivo.
Neste sentido, a jurisprudência do STJ,
admitindo o beneficio ainda que a perda auditiva seja pequena:
“ACIDENTE DE TRABALHO. DISACUSIA. SEQUELA DEFINITIVA. GRAU MÍNIMO. PREJUÍZO
LABORAL, SOCIAL E FAMILIAR. BENEFICIO DEVIDO. A DISACUSIA EM GRAU
MÍNIMO GERA OBRIGAÇÃO DO PAGAMENTO DE AUXILIO-ACIDENTE,
POSTO QUE O PREJUÍZO A SAÚDE ATINGE NÃO SOMENTE A CAPACIDADE
PARA O TRABALHO, POR DEMANDAR MAIOR ESFORÇO, MAS TAMBÉM A
VIDA SOCIAL E FAMILIAR DO OBREIRO. PRECEDENTES DO STJ. RECURSO
CONHECIDO E PROVIDO.” (STJ, EDcl no REsp 36928/RJ, Rel. Min. JOSE CANDIDO
DE CARVALHO FILHO, DJ 25/04/1994). (grifos nossos).
No mesmo sentido a jurisprudência do
Tribunal de Justiça de São Paulo:
“ACIDENTE DO TRABALHO. LER, PAIR E HIPERTENSÃO ARTERIAL. INCAPACIDADE
PARCIAL E PERMANENTE E NEXO CAUSAL COMPROVADOS. AUXILIO-ACIDENTE DEVIDO
ATÉ A APOSENTADORIA. Recursos do INSS e oficial providos em parte.” (TJSP,
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apelação n. 0274753-86.2005, 16ª Câmara de Direito Público, relator: Des.
Valter Alexandre Mena, DJ: 13/11/12).
7.2 DA HIPERTENSÃO ARTERIAL
DECORRENTE EXPOSIÇÃO AO RUÍDO:
a) Além de ter adquirido patologia
auditiva - P.A.I.N.P.S.E -, em grau moderado e severo, o autor também
adquiriu hipertensão arterial, em razão da exposição à ruído excessivo, em seu
ambiente laborativo.
Verifica-se pelo documento médico em
anexo – consistente em prontuário médico - que o autor iniciou seu tratamento,
por tal patologia, após o ingresso na empresa ..., bem como faz uso constante
do medicamento denominado Losartan, embora sinta diariamente os efeitos da
patologia, tais como: dores constantes de cabeça e zumbido no ouvido.
b) Assim, a aquisição de tal patologia
também deve ser considerada como doença ocupacional, uma vez não
adquirida antes de seu ingresso à empresa que labora atualmente, bem como
diante da exposição diária à ruído excessivo, devidamente comprovado nos autos
pelo formulário previdenciário.
Destarte, veja-se o enquadramento
legal da hipertensão arterial como doença ocupacional, quando há exposição à
ruído, segundo o já citado Decreto 6.957/09, em sua lista B, que alterou o
Decreto 3048/99:
DOENÇAS DO SISTEMA CIRCULATÓRIO RELACIONADAS COM O TRABALHO
(Grupo IX da CID-10)
DOENÇAS AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE RISCO
DE NATUREZA OCUPACIONAL
I - Hipertensão Arterial (I10.-)
1. Chumbo ou seus compostos tóxicos (X49.-;
Z57.5) (Quadro VIII)
2. Exposição ocupacional ao Ruído (Z57.0;
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DOENÇAS AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE RISCO
DE NATUREZA OCUPACIONAL
X42.-) (Quadro XXI)
3. Problemas relacionados com o emprego e com o
desemprego (Z56.-)
b.1) A jurisprudência do Tribunal de
Justiça de São Paulo, acima citada, já indica a concessão do beneficio para
portador de hipertensão arterial ocupacional, todavia, veja-se também a abaixo:
“Acidentária. Disacusia e Hipertensão. Pedido de auxílio-acidente. Obreiro em
gozo de aposentadoria por idade. Cumulação. Admissibilidade. Comprovado ser portador
da moléstia anteriormente à vigência da Lei 9.528/97, pode, o obreiro, receber,
cumulativamente, o auxilio-acidente e a aposentadoria, quando esta não se reveste
de qualquer característica especial, atribuída em razão da exposição ao agente
causador daquela afecção.” (TJSP, AC n. 0011079-64.2009, 16ª Câmara de
Direito Público, relator: Des. Luiz Felipe Nogueira, DJ: 27/11/12). (grifos
nossos).
7. Portanto, comprovada a ocorrência do
acidente de trabalho, o qual sequelou o primeiro piro dáctilo esquerdo, reduzindo
sua capacidade laborativa, de forma parcial e permanente, assim como a
ocorrência de doenças ocupacionais, as quais, igualmente, lhe retiraram
parcialmente a capacidade para o trabalho habitual, necessitando despender
maior esforço para este, ainda que mínimo (segundo o REsp
REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA Nº 1.109.591 - SC), há de ser
reconhecido o direito à concessão do benefício de auxílio-acidente ao autor.
Veja-se pelo citado Recurso Especial
acima:
“PREVIDENCIÁRIO. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA.
AUXÍLIO-ACIDENTE. LESÃO MÍNIMA. DIREITO AO BENEFÍCIO. 1. Conforme o disposto no
art. 86, caput, da Lei 8.213/91, exige-se, para concessão do auxílio-acidente,
a existência de lesão, decorrente de acidente do trabalho, que implique
redução da capacidade para o labor habitualmente exercido. 2. O nível
do dano e, em consequência, o grau do maior esforço, não interferem na
concessão do benefício, o qual será devido ainda que mínima a lesão. 3.
Recurso especial provido.” (grifos nossos).
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DO DIREITO AO AUXILIO-
ACIDENTE:
8. Segundo o artigo 201, I, de nossa
Magna Carta, a Previdência Social atenderá a cobertura dos eventos de doença e
invalidez, dentre outros, possuindo caráter contributivo-retributivo.
Assim, tendo contribuído para o sistema
legal, o autor, se parcial e permanentemente incapaz, faz jus à contraprestação
em forma de benefício, não podendo este ser negado, sob pena de violação à Lei
Maior.
9. O auxílio-acidente é o benefício
concedido ao segurado, quando, consolidada lesão decorrente de acidente de
qualquer natureza, resulte em sequelas, que impliquem na redução da
capacidade física para o trabalho que habitualmente exercia, ainda que essa
redução seja mínima ou em grau leve. Está previsto no artigo 86 e seguintes da
Lei 8.213/91.
9.1.2 No caso em tela, verifica-se de
plano que o autor, em virtude do acidente de trabalho sofrido, bem como da
aquisição das doenças ocupacionais, apresentou sequelas físicas e orgânicas que
lhe reduziram, de forma permanente, sua capacidade laborativa habitual, tendo
em vista que não consegue realizar suas funções com a mesma eficiência e
qualidade que exercia antes, além de necessitar de MAIOR ESFORÇO, se
comparado aos demais empregados na mesma função.
9.1.3 Quanto à sequela no primeiro
quirodáctilo, como redutora da capacidade laborativa do autor, de forma
permanente, tem-se que os documentos médicos em anexo comprovam tal
situação, assim como o laudo pericial, também em anexo, realizado em processo
judicial semelhante, o qual deixa estreme de dúvidas a redução da capacidade de
trabalho quando há perda de movimentos no dedo polegar, idêntico ao caso do
autor.
9.1.4 Ademais, como já afirmado
outrora, tem-se que:
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- a sequela do primeiro quirodáctilo esquerdo, que ocasionou redução dos
movimentos e da força/capacidade funcional, e, portanto, como garantidora do
auxilio-acidente, vem descrita no item f, do quadro n. 6 e no item b, do
quadro n. 8, ambos do anexo III, do decreto 3048/99;
- já quanto à perda auditiva, em grau médio (no caso do autor: grau médio e
severo), vem descrita no item b, do quadro n. 2, do mesmo anexo acima
citado.
9.1.5 Mesmo que assim não fosse, ainda
haveria o direito ao auxilio-acidente, visto que a jurisprudência entende ser
devido tal beneficio mesmo que a redução laboral seja mínima (STJ, REsp n.
1.109.591 – SC).
9.1.6 Nesta seara, não há qualquer
motivo legal para negativa ao direito do autor.
DO VALOR DO BENEFÍCIO E DA
DATA DE CESSAÇÃO:
10. Já quanto ao valor do auxílio-
acidente, deverá este corresponder a 50% (cinquenta por cento) do salário-de-
benefício do autor, sendo este a média aritmética dos maiores salários de
contribuição, correspondentes a 80% (oitenta por cento) de todo o período
contributivo (artigo 29, inciso II, LB).
10.1 O beneficio deverá ser mantido até
a data da aposentadoria do autor, nos termos da lei vigente, em razão do fato
gerador ser posterior à lei 9.528/97.
DA DATA DO INÍCIO DO BENEFÍCIO
- DIB:
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11. Uma vez constatado que o acidente
de trabalho típico, o qual sequelou o primeiro piro dáctilo esquerdo do autor, e,
por tal motivo, pela perda de movimento e força de tal dedo, reduziu-lhe a
capacidade laborativa, de forma parcial e permanente, facilmente demonstrada
pelo enquadramento legal pelos item f, do quadro n. 6 e item b, do quadro
n. 8, ambos do anexo III, do decreto 3048/99, a data do início do benefício
(DIB) deverá corresponder àquela do dia seguinte à cessação do auxílio-doença
acidentário (NB ...), concedido por tal motivo (CAT emitida), nos termos artigo
86, §2º, da Lei 8.213/91, por ser de pleno conhecimento do requerido a situação
fática em tal momento, ou seja, a redução na capacidade laborativa.
Sendo o que se requer.
11.1 Neste sentido a jurisprudência do
Tribunal de Justiça de São Paulo:
“Acidente do trabalho. Beneficio. Auxilio-acidente. Doença ocupacional e acidente
típico. Laudo pericial. cervicalgia crônica sintomática suscitada por artrose cervical
crônica. Lombalgia crônica sintomática suscitada por hérnia discal lombar e hipertensão
arterial crônica sintomática e cardiopatia isquêmica. Presentes nexo e redução da
capacidade laborativa. O trabalhador faz jus ao auxilio-acidente de
50%. Beneficio devido a partir do dia seguinte ao da última
alta médica.” (TJSP, AC n. 0364680-58.2008.8.26.0577, 16ª Câmara de
Direito Publico, relatora: Des. Flora Maria Nesi Tossi Silva, DJ: 22/05/12).
E, ainda, segundo outros tribunais
pátrios:
“APELAÇÃO CÍVEL - BENEFÍCIO ACIDENTÁRIO - AMPUTAÇÃO TRAUMÁTICA DA FALANGE
DISTAL DO INDICADOR DIREITO - REDUÇÃO PARCIAL DA CAPACIDADE LABORATIVA
COMPROVADA POR PERÍCIA JUDICIAL - AUXÍLIO-ACIDENTE DEVIDO - TERMO
INICIAL - CESSAÇÃO DO AUXÍLIO-DOENÇA ANTERIORMENTE
CONCEDIDO - JUROS DE MORA E CUSTAS PROCESSUAIS CORRETAMENTE FIXADOS -
CORREÇÃO MONETÁRIA AJUSTADA - RECURSO DESPROVIDO E REMESSA PARCIALMENTE
PROVIDA.” (TJSC, Apelação Cível n. 2011.003456-, de Itajaí, Quarta Câmara de
15
Direito Público, Relator: Des. Cláudio Barreto Dutra, J. em 7 de julho de 2011).
(grifos nossos).
“PREVIDENCIÁRIO - AUXÍLIO-ACIDENTE - LOMBALGIA - NEXO ETIOLÓGICO - REDUÇÃO
DA CAPACIDADE LABORATIVA - BENEFÍCIO DEVIDO - TERMO INICIAL
1- Demonstrado o nexo etiológico entre o acidente do trabalho e a lesão que culminou na
diminuição da capacidade funcional do obreiro, impõe-se o pagamento do auxílio-
acidente.
2- Consoante a legislação de regência, o termo inicial do benefício
deve ser o dia seguinte à cessação do auxílio-doença que
vinha sendo pago. Caso este não tenha sido concedido, o marco deve remeter
à data em que a autarquia tomou ciência do estado mórbido do segurado, ao
diagnosticar o mal incapacitante em perícia decorrente de requerimento administrativo
ou, na ausência deste, da data da juntada aos autos do laudo judicial.” (TJSC, Reexame
Necessário n. 2009.054527-1, de Criciúma, Relator: Des. Luiz Cézar
Medeiros).(grifos nossos).
Este igualmente é o entendimento do
Superior Tribunal de Justiça:
"RECURSO ESPECIAL. PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA E AUXÍLIO-ACIDENTE.
CUMULAÇÃO. DEFINIÇÃO DA LEI APLICÁVEL. DATA DO ACIDENTE. TERMO INICIAL.
AUXÍLIO-ACIDENTE. DATA DO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO.(...) 5. Em regra, (...)
o auxílio-acidente será devido a partir do dia seguinte ao
da cessação do auxílio-doença, independentemente de qualquer
remuneração ou rendimento auferido pelo acidentado, vedada sua acumulação com
qualquer aposentadoria.' (artigo 86, parágrafo 2º, do Código de Processo Civil). (...) Ao
que se tem do dispositivo legal transcrito, o auxílio-acidente será devido a partir do dia
seguinte ao da cessação do auxílio. Se o auxílio-doença é deferido no período de
recuperação do acidentado, nada mais justo que, depois da consolidação do trauma,
portanto, imediatamente após o período em que é pago o referido benefício, aquele que
sofreu lesão irreversível e que teve sua capacidade laborativa reduzida, tenha como seu
substituto o auxílio-acidente”. (STJ, REsp n. 376858 / MG, Min. Hamilton
Carvalhido) (grifos nossos).
11.2 Entretanto, na remota e improvável
hipótese de Vossa Excelência entender que não houve redução da capacidade
laborativa pelo acidente do trabalho típico, requer, subsidiariamente, seja
16
concedido o auxilio-acidente em razão da aquisição de P.A.I.N.P.S.E. e da
hipertensão arterial, as quais também lhe reduziram a capacidade laborativa.
Neste caso, a DIB deverá ser fixada na data da citação, ante a inexistência de
prévio requerimento administrativo do beneficio quanto às citadas patologias do
trabalho.
DO PEDIDO DE TUTELA DE
URGÊNCIA:
12. Em razão das provas documentais
acostadas a presente, as quais atestam pela incapacidade parcial e permanente
do requerente, bem como da não concessão de ofício do benefício, quando da
alta do auxílio-doença, comprovando, assim, o preenchimento dos requisitos do
artigo 300, do Código de Processo Civil, requer seja concedida tutela
de urgência, para a imediata concessão do benefício,
independentemente de citação do instituto requerido.
12.1 Destarte, tem-se que a prova
documental em anexo é prova cabal e incontroversa da incapacidade parcial e
permanente do autor, preenchendo, desta forma, o requisito da probabilidade do
direito; já o risco de dano, vem consubstanciado na natureza complementativa
de renda do beneficiário, uma vez que, apesar se não ser substitutivo de
remuneração, o beneficio constitui em importante complementação na renda
mensal do autor, da qual este está, injusta e indevidamente, privado desde o
ano de 2008.
DO PEDIDO:
13. Diante do exposto requer:
a) A concessão da gratuidade de justiça, por se tratar de demanda acidentária,
nos termos do artigo 139, parágrafo único, da lei 8.213/91;
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b) que seja concedida TUTELA DE URGÊNCIA, de forma inaudita
altera parte, para a imediata concessão do benefício em favor do
autor, nos termos do artigo 300, do CPC, em razão do preenchimento dos
requisitos;
c) que seja o instituto requerido citado, conforme artigo 247, III, do CPC (por
mandado, em razão de ser pessoa jurídica de direito público), para
apresentar defesa, dentro do prazo legal, se assim desejar, sob pena de
confissão e revelia quanto à matéria de fato;
d) para efetivação da citação, que seja concedido ao Sr. Oficial de Justiça os
benefícios dos artigos 212 e seguintes do Código de Processo Civil;
e) a dispensa da audiência de tentativa de conciliação, nos termos do artigo
334, parágrafo 5º, do CPC;
f) que seja observado o disposto no artigo 489, parágrafo 1º, incisos IV
e VI, do CPC, acerca de todos os precedentes e jurisprudência colacionados
em inicial, sob pena de nulidade da r. sentença;
g) que, ao final, seja a presente ação julgada inteiramente procedente, para:
- confirmar a tutela antecipada concedida, condenando o instituto requerido à
conceder o benefício de auxílio-acidente em favor do autor;
- que seja concedida, em sentença, a tutela específica da obrigação, por se
tratar de obrigação de fazer, para a implantação do benefício, a partir da decisão
de primeira instância, nos termos do artigo 497, caput, do Código de Processo
civil, fixando-se o prazo de 30 dias para cumprimento da medida e astreinte no
valor do teto previdenciário;
- que a DIB seja fixada na data da cessação do auxílio-doença acidentário,
concedido sob o NB n. ...., qual seja, ..., diante da sequela que reduziu sua
capacidade laborativa já naquele momento, quitando-se as parcelas em
atraso de uma só vez, acrescidas de juros e correção monetária, nos termos
do artigo 405 do Código Civil;
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- subsidiariamente, na remota e improvável hipótese de Vossa Excelência não
entender pela existência de incapacidade laborativa parcial pelo acidente típico,
requer-se a fixação da DIB na data da citação, em razão das doenças
ocupacionais, as quais também causaram redução na capacidade laborativa do
autor, de forma permanente;
h) e, ainda, que seja o instituto requerido condenado ao pagamento de
honorários sucumbenciais a serem arbitrados por Vossa Excelência no
percentual de 20% (vinte por cento), calculado sobre as parcelas vencidas
(compreendidas estas desde a concessão do benefício até a data da sentença
de primeira instância), caso este valor não seja inferior à R$ 1.500,00 (um
mil e quinhentos reais), para não apresentar caráter irrisório, nos termos da
súmula 111 do STJ.
DAS PROVAS:
14. Protesta provar o alegado por todos
os meios de prova em direito admitidos, especialmente pelas seguintes provas,
as quais desde já requer:
a) documental (documentos acostados à presente e outros que possam surgir
ao longo da demanda, nos termos do artigo 397 do CPC);
b) pericial, consistente em exame médico, a ser realizado por perito habilitado
por este juízo e com especialidade – e conhecimento técnico suficiente (art.
156, §5º e art. 465, ambos do CPC) nas enfermidades do requerente) - nas
enfermidades do requerente – ORTOPEDISTA, CARDIOLOGISTA E
OTORRINOLARINGOLOGISTA, a fim de atestar pela sua
incapacidade parcial e permanente;
Os quesitos apresentam-se ao final da presente demanda, protestando pela
apresentação de complementares, nos termos legais, caso sejam necessários.
Quanto à esta prova, requer seja determinada sua produção
antecipada, ou seja, antes da determinação da citação do requerido, de
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forma a não ocasionar o perecimento do direito do autor e facilitar a
comprovação dos fatos, uma vez que se trata de pedido de benefício de
cunho alimentar, com aplicação analógica do artigo 381, I, do CPC;
c) prova oral, também para comprovação da incapacidade da requerente, caso
seja necessário, cujo rol de testemunhas também oportunamente
apresentará.
DO VALOR DA CAUSA:
15. Dá-se a causa o valor de R$ ...
(...),nos termos do artigo 292, §§ 1º e 2º, do Código de Processo Civil.
Termos em que,
Pede e Espera Deferimento.
Local e data.
Assinatura e OAB
QUESITOS – PROVA PERICIAL:
1- O acidente de trabalho noticiado na inicial deixou sequelas no autor? Em caso
positivo, favor explicitá-las, indicando quais e em qual parte do corpo. Qual a
atividade laborativa realizada pelo autor?
2- As sequelas do acidente encontram-se consolidadas ou ainda existe processo
mórbido em evolução? Há possibilidade de reversão das sequelas? Em caso
positivo, favor indicar o porquê e como.
3-Existe relação de causalidade entre o acidente do trabalho típico e as sequelas
mencionadas?
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4- As sequelas do acidente de trabalho típico determinam, permanentemente,
perdas anatômicas ou redução da capacidade do trabalho de operador de
máquinas? Em que percentual? Em caso negativo, por quê? Ainda em caso
negativo, favor explicar como o autor pode trabalhar em linha de produção de
forma eficaz e produtiva, se comparado à outros trabalhadores sem a mesma
sequela.
5 – Houve redução de movimentos do dedo sequelado? Em qual grau? Por quê?
Houve redução de força ou perda funcional do mesmo dedo? Em qual grau? Por
quê?
6 - Há necessidade de maior esforço para o exercício das mesmas atividades do
acidentado? Por quê?
7 – A prova documental em anexo – relatório médico e laudo pericial de caso
semelhante – são indicativos da incapacidade parcial em razão do acidente? E,
caso negativo, por quê?
8- A incapacidade é definitiva ou temporária?
9 – Pode-se afirmar que a incapacidade parcial, em razão do acidente de
trabalho típico, já era visível desde sua ocorrência? Por quê?
10 – O autor possui a sequela do acidente, que reduziu sua capacidade
laborativa, desde a alta do auxílio-doença? Por quê?
11 - O autor é portador de P.A.I.N.P.S.E./P.A.I.R.? Qual a data provável do início
desta patologia? Por quê?
12 - Qual o grau de perda auditiva em cada um dos ouvidos?
13 - A patologia possui relação de causalidade com o trabalho e função que o
autor habitualmente exerce na empresa em que trabalha, segundo a
documentação dos autos e considerando-se que está exposto de maneira
habitual e permanente a ruídos acima de 85dB?? Por quê?
14 – Se a patologia é preexistente ao trabalho do autor, pode-se afirmar que seu
oficio agravou-a? Em caso negativo por quê?
15 - A patologia auditiva incapacita o autor para o exercício de sua atividade
(operador de máquinas)?
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16 - A incapacidade é total ou parcial? Se parcial, em qual percentual?
17 - Há necessidade de maior esforço para o exercício das mesmas atividades do
autor? Por quê?
18 - A incapacidade é definitiva ou temporária?
19 - O autor é portador de hipertensão arterial? Qual a origem e a data provável
de início desta patologia?
20 - A patologia possui relação de causalidade com o trabalho e a função que
habitualmente exerce na empresa em que trabalha, considerando-se que está
exposto de maneira habitual e permanente a ruídos acima de 85dB, segundo a
documentação dos autos? Por quê?
21 - Há necessidade de maior esforço para o exercício das mesmas atividades do
acidentado? Por quê?
22 - Se a patologia é preexistente ao trabalho do autor, pode-se afirmar que seu
oficio agravou-a? Em caso negativo por quê?
23 - Referida patologia ocasiona incapacidade laborativa? Em qual grau?
Permanente ou temporária?