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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DE FAMILIA E SUCESSÕES DO FORO ________. _____________ por intermédio de seus procuradores, conforme instrumento de mandato anexo, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, nos termos do § 6º, artigo 226 da Constituição Federal, artigos 1.572, 1.573, incisos I e VI, 1.574, 1.578, 1.583 e 1.584, todos do Código Civil, Lei 6.515/77, bem como artigos 693 e seguintes do NCPC, formular o presente pedido de SEPARAÇÃO JUDICIAL LITIGIOSA C/C REPARAÇÃO DE DANOS E PEDIDO ALTERNATIVO DE DIVÓRCIO COM ATRIBUIÇÃO DE CULPA C/C GUARDA COMPARTILHADA em face de __________, pelas razões de fato e de direito que passam a expor: I - DO CASAMENTO 1. As partes constituíram matrimônio aos __ de ____ de _____ perante o Oficial de Registro Civil das Pessoas Naturais de

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DE

FAMILIA E SUCESSÕES DO FORO ________.

_____________ por intermédio de seus

procuradores, conforme instrumento de mandato anexo, vem respeitosamente

à presença de Vossa Excelência, nos termos do § 6º, artigo 226 da Constituição

Federal, artigos 1.572, 1.573, incisos I e VI, 1.574, 1.578, 1.583 e 1.584, todos

do Código Civil, Lei 6.515/77, bem como artigos 693 e seguintes do NCPC,

formular o presente pedido de

SEPARAÇÃO JUDICIAL LITIGIOSA C/C REPARAÇÃO DE DANOS E

PEDIDO ALTERNATIVO DE DIVÓRCIO COM ATRIBUIÇÃO DE CULPA

C/C GUARDA COMPARTILHADA

em face de __________, pelas razões de fato e de direito que passam a expor:

I - DO CASAMENTO

1. As partes constituíram matrimônio aos __ de

____ de _____ perante o Oficial de Registro Civil das Pessoas Naturais de

______, registrado no livro _____, fls. ____, sob o nº ____, certidão de

casamento anexa.

2. Optaram pelo regime ______, escritura de

pacto antenupcial lavrada perante o Segundo Tabelionado de Notas da

Comarca de ____, aos ___ de ____ de ____, livro ___, fls. ____, anexa.

3. Desta união adveio o nascimento dos filhos:

_____, nascido aos ____, atualmente com __ anos e _____, nascido aos ____,

atualmente com __ anos de idade, certidões de nascimento anexas.

II - DOS FATOS MOTIVADORES A

DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE

CONJUGAL

1. Que as partes estão casadas há __ (_____)

anos, mas cumpre relatar que alguns anos após o início do casamento, o

Requerente começou a perceber mudanças de comportamento da Requerida,

que evitava ter relações sexuais com mesmo.

2. Desde então, o Requerente sempre solicitou

que sua esposa procurasse ajuda médica e/ou psicóloga, ....

.....

3. Desta forma, diante da certeza da traição, das

faltas e omissões como esposa, da publicidade e da vexatoriedade em que se

encontra, não restou alternativa para o Requerente, senão a propositura da

presente ação.

III – DO DESCUMPRIMENTO DOS

DEVERES DO CASAMENTO

1. Resta evidente, que o Requerente tenta

manter seu casamento, inclusive no que tange a vida íntima do casal,.......

2. Diante da oitiva das conversas que estão

gravadas ...., conforme trechos das gravações transcritos nas atas notariais,

anexas.

3. Para maior compreensão e comprovação do

alegado e para que Vossa Excelência tenha conhecimento do inteiro teor das

conversas, o Requerente criou uma conta junto ao site www.4share.com onde

o conteúdo de todos os cartões está disponível com as conversas gravadas.

Esclarece ainda que, por se tratar de segredo

de justiça, a fim de que a parte contrária, seus advogados, o d. Representante

do Ministério Público e Vossa Excelência possam ter conhecimento do

conteúdo, informa que o acesso se dá somente através de senha, sendo que

deverá ser feito da seguinte forma:

“Acessar o site www.4share.com, clicar em “entrar”/ usuário: ____/ senha: ___”.

Por serem várias conversas e o conteúdo por

demais de extenso, passamos a transcrever parte das conversas, através de

atas notariais abaixo:

“...........”.

4. Observa-se que na integralidade das

gravações ____ telefonemas entre a Requerida e seu amante por cartão e/ou

arquivo, o que comprova indubitavelmente que não se trata de apenas “um

caso”, mas de um relacionamento que se estende há meses e de forma pública.

5. Diante da comprovação de que a

Requerida foi infiel com o Requerente, evidenciado está que a mesma

faltou com o principal dever do casamento, qual seja, a fidelidade,

consoante disposto no artigo 1.566, I, do Código Civil.

Art. 1.566. São deveres de ambos os cônjuges:

I – fidelidade recíproca;

6. Não obstante, a Requerida faltou ainda

com os deveres de vida em comum, respeito e consideração mútua (art.

1.566, II e V, do CC).

7. Vemos que a Requerida não só deixou de ter

uma “vida conjugal” com o Requerente, como iniciou um relacionamento

amoroso com seu ......

8. Cediço que não foi só a exposição íntima da

traição, mas a traição está escancarada no meio do ciclo de amizades do casal,

caracterizando a total falta de respeito e consideração que a Requerida tem

pelo Requerente, pois foi capaz de expô-lo ao ridículo na frente de seus

amigos......

9. Destaca-se ainda, que a Requerida e seu

amante se comunicam ainda pelas redes sociais (Facebook), ... ata notarial

das páginas do site de relacionamento Facebook (anexa).

10. Reza o nosso ordenamento jurídico que a

quebra do dever conjugal dá ao cônjuge inocente a possibilidade de

propor ação de separação judicial e ou divórcio com atribuição de culpa,

vez que a vida em comum se torna insuportável, nos termos dos artigos

1.572 e 1.573, I e III, ambos do Código Civil, in verbis:

Art. 1.572. Qualquer dos cônjuges poderá propor ação de separação judicial,

imputando ao outro qualquer ato que importe grave violação dos deveres do

casamento e torne insuportável a vida em comum.

Art. 1.573. Podem caracterizar a impossibilidade da comunhão de vida a

ocorrência de algum dos seguintes motivos:

I – adultério;

...

III – sevícia ou injúria grave;

11. Verificamos o que ensina Pablo Stolze

Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho1 com relação à violação do dever de

fidelidade:

“A violação desse dever poderá, independentemente da dissolução da

sociedade conjugal ou da relação de companheirismo, gerar consequências

jurídicas, inclusive indenizatórias”.

1 GAGLIANO, Pablo Stolze, Rodolfo Pamplona Filho – Novo curso de direito civil, volume 6: direito de família: as famílias em perspectiva constitucional. – 4. ed. rev. e atual. – São Paulo: Saraiva, 2014. p. 289/290.

“A ruptura do dever de fidelidade poderá se dar de diversas maneiras, desde

que se constate a convergência de um terceiro elemento não autorizado na

esfera do casal, em espúria relação afetiva ou sexual com um dos cônjuges.

Com isso, temos que não se rompe a fidelidade apenas mediante a conjunção

carnal com amante.

De maneira alguma.

Carícias, afagos, conversas íntimas, enfim, todo comportamento que, de fato

demonstre invasão à esfera de exclusividade de afeto dos consortes, poderá

caracterizar a infidelidade.

12. Como já relatado, a Requerida não só vem

traindo o Requerente com seu _______, como também deixou de ter uma “vida

conjugal” com seu esposo, o que caracteriza mais um descumprimento dos

deveres do casamento, nesse sentido vejamos as lições de Rolf Madaleno2:

“Como formulação precípua de uma completa interação conjugal devem os

cônjuges coabitar, estabelecendo uma comunidade de vida, de leitos e de

amor, como ordena o artigo 1.511 do Código Civil. E para que o conjunto de

deveres e de direitos possa ser exercido na busca do incessante

aperfeiçoamento espiritual e material dos cônjuges, cujos valores

expiram os princípios basilares da vida matrimonial, a coabitação do casal

é condição inafastável para o pleno desenvolvimento da vida comunitária

dos consortes, e também em relação aos filhos, que devem ser criados na

presença diuturna de seus pais.

A unidade conjugal atende desse modo a uma das finalidades do casamento,

consubstanciada na convivência, como modelagem inerente à entidade

familiar. A coabitação dos cônjuges também envolve seu relacionamento

sexual, como dever implícito do vínculo conjugal”.

(g.n)

2 MADALENO, Rolf – Curso de direito de família – Rio de Janeiro: Forense, 2011. p.180.

13. No que concerne à injúria grave praticada

pela Requerida, esta consiste na ofensa à honra do Requerente, pois hoje

encontra-se totalmente aviltada, por tornar sua infidelidade pública perante .....

14. Regina Beatriz Tavares da Silva3 pontua a

injúria grave como sendo:

“A injúria grave e a conduta desonrosa importam em desrespeito à honra

do cônjuge. A injúria grave, ofensa direta à honra, tanto pode atingir direito da

personalidade em seu sentido subjetivo (autoestima) como no objetivo

(reputação social), podendo ser praticada por meio de atos ou palavras. Assim,

são injúrias graves que ofendem a honra subjetiva as falsas acusações em

demandas judiciais e as palavras injuriosas proferidas no recesso do lar...

Na configuração da injúria grave e da conduta desonrosa é dispensado o

animus injuriandi, o elemento intencional da ofensa, bastando que o ato ou

conduta tenham sido praticados em estado de consciência, para que sejam

havidos como causa dissolutória culposa (arts. 1.572, caput, e 1.573, III, V E

VI)”.

(g.n)

15. Diante dos fatos acima narrados quanto à

infidelidade praticada pela Requerida e principalmente pelo fato de que o

comportamento da mesma em “evitar” manter relações sexuais com seu esposo

ocorre desde os primórdios do casamento, começam a despertar no

Requerente o questionamento de que há a possibilidade de que outras traições

tenham acontecido ao longo do casamento, sem, contudo, nunca as ter

descoberto.

3 TAVARES DA SILVA, Regina Beatriz – Divórcio e separação após a EC n. 66/2010 – 2. ed. – São Paulo: Saraiva, 2012. p.46.

Dentre o comportamento da Requerida,

verificado no decorrer das gravações, ...

Tais atitudes denotam que a Requerida

possui várias “estratégias” para despistar seu esposo, o que corrobora

com a desconfiança de que esta não é a primeira traição.

16. Como resta claro, a Requerida faltou com os

deveres do casamento, razão pela qual, faz-se necessária a decretação do

divórcio com atribuição de culpa ou alternativamente a separação judicial

litigiosa.

IV – DA AÇÃO DE SEPARAÇÃO CULPOSA

1. Salutar a importância da discussão da culpa

quando houver descumprimento dos deveres do casamento que impossibilitem

a permanência da vida em comum, vez que, uma das consequências do

descumprimento dos deveres conjugais é a perda pelo cônjuge declarado

culpado aos alimentos e ao uso do sobrenome de casado.

2. Tal é a importância da permanência da

separação no nosso ordenamento jurídico que tal assunto foi objeto de

discussão na V Jornada de Direito Civil do Conselho de Justiça Federal,

realizada entre os dias 8 e 10 de novembro de 2011.

3. Na citada Jornada foram aprovados

Enunciados fundamentais para a interpretação da EC 66/10, reforçando a tese

de que a separação permanece no nosso ordenamento jurídico.

4. Destacamos o Enunciado n. 514: “Art.

1.517. A EC. n. 66/2010 não extinguiu a separação judicial e extrajudicial”.

5. Para melhor entendimento das razões que

levaram a aprovação do Enunciado 514, passamos a transcrever trechos dos

apontamentos realizados pela Ilustre Dra. Regina Beatriz Tavares da Silva4:

“A EC n. 66/2010 alterou o art. 226, § 6º, da Constituição Federal e facilitou o

divórcio ao eliminar seus requisitos temporais, sem, contudo, eliminar os

institutos da separação e da conversão da separação em divórcio.

...

Assim, diante da manutenção da separação judicial e extrajudicial após a

Emenda Constitucional do Divórcio, as espécies dissolutórias sanção,

baseada no grave descumprimento de dever conjugal (Código Civil, arts.

1.572, caput, e 1.573) e, remédio, causada pela doença mental do cônjuge

(Código Civil, arts. 1.572, §2º), permanecem vigentes e reguladas no Código

Civil, ao lado da espécie baseada na mera impossibilidade da vida em

comum.

Somente na espécie dissolutória sanção ocorre a perda do direito à

pensão plena do cônjuge que violou gravemente dever conjugal (Código

Civil, art. 1.704) e ao sobrenome conjugal (Código Civil, art. 1.578)...”

(g.n.)

6. Tem-se, portanto, que o CNJ (Conselho

Nacional de Justiça) já decidiu pela manutenção da separação no nosso

ordenamento jurídico sendo imperioso que no presente caso Vossa Excelência

se digne em receber a presente ação de Separação Culposa, para assim,

4 TAVARES DA SILVA, Regina Beatriz – Divórcio e separação após a EC n. 66/2010 – 2. ed. – São Paulo: Saraiva, 2012. p. 34 a 36.

garantir ao Requerente a integral justiça frente à infidelidade cometida pela

Requerida.

7. Nesse sentido, nos ensina Regina Beatriz

Tavares da Silva5:

“Desde logo, saliente-se que a culpa no Direito nada mais é do que o

descumprimento consciente de dever conjugal, no que se vê que tal instituto

não pode deixar de ser aplicado no rompimento de uma relação conjugal

desfeita por esse motivo”.

8. Ainda para corroborar e reforçar esta tese, o

provimento 40/2012 da Corregedoria Geral de Justiça de São Paulo possibilita

que o Tabelião de Notas possa lavrar escritura de separação extrajudicial, bem

como o seu restabelecimento:

77. As escrituras públicas de inventário e partilha, separação e divórcio consensuais

não dependem de homologação judicial e são títulos hábeis para o registro civil e o

registro imobiliário, para a transferência de bens e direitos, bem como para a

promoção de todos os atos necessários à materialização das transferências de

bens e levantamento de valores (DETRAN, Junta Comercial, Registro Civil de

Pessoas Jurídicas, instituições financeiras, companhias telefônicas, etc.). (gn)

92. Na separação e no divórcio consensuais por escritura pública, as partes podem

optar em partilhar os bens e resolver sobre a pensão alimentícia, a posteriori. (gn)

99. O restabelecimento de sociedade conjugal pode ser feito por escritura pública,

5 TAVARES DA SILVA, Regina Beatriz – Divórcio e separação após a EC n. 66/2010 – 2. ed. – São Paulo: Saraiva, 2012. p. 38.

ainda que a separação tenha sido judicial. Neste caso, é necessária e suficiente a

apresentação de certidão da sentença de separação ou da averbação da separação

no assento de casamento. (gn)

9. Se o Tabelião de Notas pode lavrar escritura

de separação, porque a Justiça não aceitaria este instituto ?, pois o primeiro

está restrito para algumas pessoas, pois a lei impõe requisitos, já o segundo

está regido, primeiramente, pela Constituição Federal, que preza pelo acesso a

Justiça. Assim, impossível não ser acatada esta tese da separação ou divórcio

com culpa.

10. Portanto, entender que não existe mais a

possibilidade de se discutir a culpa na dissolução da sociedade conjugal, seria

o mesmo que dizer que inexistem os deveres do casamento, passando a serem

meras recomendações, cuja violação não causaria qualquer consequência a

seus infratores.

11. Ademais, o atual código de Processo Civil, em

seu artigo 693 manteve o instituto da separação judicial litigiosa:

Art. 693. As normas deste Capítulo aplicam-se aos

processos contenciosos de divórcio, separação,

reconhecimento e extinção de união estável, guarda,

visitação e filiação.

12. Ressalte-se que, a 4 ª turma do STJ entendeu

de forma unânime que o Instituto da Separação Judicial permanece no nosso

ordenamento jurídico diante da E.C. 66/10 e ainda a Min. Isabel Galotti,

mencionou em sua decisão:

“...a separação é uma modalidade de extinção da

sociedade conjugal que põe fim aos deveres de

coabitação, fidelidade e ao regime de bens. Já o

divórcio extingue o casamento e reflete

diretamente sobre o estado civil da pessoa...”.

“...A separação é uma medida temporária e de

escolha pessoal dos envolvidos, que podem optar,

a qualquer tempo, por restabelecer a sociedade

conjugal ou pela sua conversão definitiva em

divórcio para dissolução do casamento...”

“...o estado não pode intervir na liberdade de

escolha de cônjuges que queiram formalizar a

separação a fim de resguardar legalmente seus

direitos patrimoniais e da personalidade,

preservando a possibilidade de um futuro

entendimento entre o casal...”6

12.1. A Decisão da 4ª Turma salientou ainda que, o

novo Código de Processo Civil manteve em diversos dispositivos referências à

separação judicial, a exemplo dos artigos 693 e 731, que na opinião da

Relatora, demonstra a intenção da lei de preservar a figura da separação no

ordenamento jurídico nacional.

IV – DA ATRIBUIÇÃO DA CULPA NO

DIVÓRCIO

1. Caso Vossa Excelência não entenda pelo

decreto da separação judicial, seja então aplicado o instituto do divórcio com

atribuição de culpa, pois muitos doutrinadores entendem que a Emenda

Constitucional 66/2010 extinguiu o instituto da separação do nosso

ordenamento jurídico, e que, portanto, a culpa deverá ser discutida no divórcio,

conforme fundamentação abaixo.

6 http://www.conjur.com.br/2017-mar-22/emenda-constitucional-66-nao-extinguiu-figura-separacao-

judicial - acesso em 28/06/2017

2. Assim, não sendo deferido o pedido de

separação com atribuição de culpa, há necessidade de ser aplicada ao caso

em tela o divórcio com culpa.

3. Como amplamente exposto, a Requerida

descumpriu vários deveres do casamento, razão pela qual a convivência marital

passou a ser insuportável para o Requerente, desejando assim o divórcio.

4. A Emenda Constitucional 66/10 acrescentou

o parágrafo 6º ao artigo 226 da CF, suprimindo o lapso temporal, assim o

divórcio pode ser requerido diretamente, sem que se tenha que passar pelo

processo de separação.

Assim, e por não haver qualquer

possibilidade de reconciliação, o Requerente deseja a decretação do

divórcio direto. Todavia, devido ao descumprimento dos deveres do

casamento, faz-se necessária a atribuição de culpa à Requerida pela

dissolução do casamento.

5. Muito embora, parte da doutrina entenda não

ser possível discutir a culpa no processo de divórcio, no caso em tela referida

discussão é indubitavelmente necessária, pois a Requerida não cumpriu com o

dever de fidelidade, coabitação, respeito e consideração para com seu esposo,

ora Requerente, devendo assim ser declarada culpada pela dissolução da

sociedade conjugal.

6. Entender de forma diversa seria o mesmo que

premiar a Requerida pelo modo com que sempre conduziu seu casamento,

inclusive com a “escancarada” traição.

Sendo certo, que por tudo que a Requerida

vem fazendo contra o Requerente, inclusive no tocante a traição de forma

pública perante amigos em comum do casal, frequentando com seu amante os

mesmos lugares frequentados quando em companhia de toda sua família é de

se esperar pela atribuição da culpa.

7. A fim de corroborar com a tese de que pode

ser atribuída a culpa a um dos cônjuges pela dissolução do casamento no

processo de divórcio destacamos os ensinamentos de Regina Beatriz Tavares

da Silva7, in verbis:

“...

Assim, se a separação é culposa, ocorre a perda do direito à pensão plena pelo

culpado, mantendo-se apenas o direito a alimentos mínimos, diante do

preenchimento de pressupostos legais que são a inaptidão ao trabalho e a

ausência de parentes que lhe prestem a pensão (Código civil, art. 1.704,

parágrafo único), o que será a seguir trabalhado. Também é decorrência dessa

espécie a perda do direito de utilização do sobrenome conjugal (Código Civil,

art. 1.578).

...

Claro está que, quando o divórcio era somente conversivo, na separação

judicial anterior já teriam sido aplicadas as consequências próprias à espécie

eleita – culposa, remédio e ruptura. Se o divórcio fosse conversão da separação

de fato prolongada por dois anos, pela via da reconvenção poderia ser

requerida a separação judicial, com a aplicação daqueles efeitos acima vistos.

Com a supressão do divórcio conversivo, como será visto neste artigo, não se

pode aceitar um vazio legislativo decorrente da falta de recriação do direito

posto.

7 Tavares da Silva, Regina Beatriz – Divórcio e separação após a EC n. 66/2010 – 2. ed. – São Paulo:

Saraiva, 2012, p. 29/30.

È preciso haver como recepcionadas as normas da legislação ordinária

no que se refere às espécies dissolutórias e aos seus efeitos diversos, e

também recriá-la, com a migração dessas espécies para o divórcio, pelas

razões, em especial constitucionais, que serão apontadas neste livro”.

(g.n.)

8. Destacamos ainda8:

“É evidente que essa consequência sancionatória da culpa deverá ser

mantida sob a égide da EC n. 66/2010, já que a eliminação desse efeito

acarretaria situações esdrúxulas, como a de uma mulher violentada em casa

pelo marido continuar a sustentá-lo caso seja ela a provedora da família, ou de

um homem ter de alimentar plenamente a mulher que o traiu, em benefício

até mesmo de seu amante.

Reitera-se que o pensamento de que após a dissolução do casamento pelo

divórcio pode ser apurado o descumprimento do dever conjugal em ação

própria não é o melhor caminho para o deslinde dessas questões. Afinal. Nessa

hipótese o contrato de casamento já foi extinto”.

(g.n.)

9. Verifica-se assim, ser perfeitamente possível

discutir a culpa no processo de divórcio, ante as consequências sancionatórias

que devem ser aplicadas a cônjuge que faltou com os deveres do casamento.

10. Nesse sentido, vejamos o entendimento dos

nossos Tribunais:

8 Tavares da Silva, Regina Beatriz – Divórcio e separação após a EC n. 66/2010 – 2. ed. – São Paulo:

Saraiva, 2012, p. 76/77.

“[...] os consortes podem postular, a seu bel-prazer a separação judicial

(consensual ou litigiosa) e o divórcio judicial (consensual ou litigioso) [...],

além das medidas de cunho extrajudicial, enfatizando que [...] tudo vai

depender do interesse de cada um dos cônjuges ou de ambos”. (Apelação

990.10.534475-5, 5ª Câmara de Direito Privado, Desembargador: Mônaco da

Silva, julgado em 15/12/2010).

(g.n.)

“[...] em razão da Emenda Constitucional, passa a haver três tipos de

divórcio: Divórcio judicial litigioso (quando existirem filhos menores ou

quando os cônjuges não se acertarem sobre questões essenciais e

conflituosas); Divórcio judicial consensual (quando existirem filhos menores e

os cônjuges estiverem de pleno acordo sobre todas as condições); Divórcio

extrajudicial consensual (por escritura pública quando não existirem filhos e os

cônjuges estiverem de acordo sobre todas as questões, inclusive sobre a

partilha)”. (Apelação 990.10.430238-2, 4ª Câmara de direito Privado,

Desembargador: Ênio Zuliani, julgado em 3/02/2011).

(g.n.)

11. Resta evidente a possibilidade de se discutir

a culpa no divórcio após a EC 66/2010, razão pela qual, espera-se que Vossa

Excelência decrete o divórcio das partes com a atribuição de culpa a Requerida

pelo descumprimento dos deveres do casamento.

12. Todavia, não sendo este o entendimento de

Vossa Excelência que seja subsidiariamente deferido o pedido de separação

judicial culposa conforme passaremos a expor.

V – DA PERDA DO DIREITO AOS

ALIMENTOS

1. Crivo salientar que durante todo período do

casamento, o Requerente foi o provedor do lar, proporcionando uma vida

confortável para a Requerida e seus filhos, não deixando que nada faltasse aos

mesmos.

2. Esguarde-se que a Requerida é _____,

todavia, depois do nascimento do primeiro filho a mesma insistiu para ficar

cuidando apenas do filho, o que foi aceito pelo Requerente, circunstância que

se apresenta até a presente data.

Certo é que, por inúmeras vezes o Requerente

já se manifestou sobre a necessidade da sua esposa em se recolocar no

mercado de trabalho, onde a mesma arruma desculpas para não retornar ao

trabalho.

3. Como amplamente exposto, resta mais que

caracterizado a violação aos deveres do casamento cometidos pela

Requerida, sendo imperioso declarar a perda do direito aos alimentos.

4. Crivo salientar, que no caso em apreço não

cabe à Requerida nem ao menos os alimentos indispensáveis, haja vista, a

mesma ser jovem, ter perfeita aptidão para o trabalho, encontrar-se em perfeito

estado de saúde (física e mental), bem como possui qualificação profissional.....

.

5. Nesse sentido, vejamos o entendimento dos

nossos tribunais:

“Separação judicial. Decretação. Culpa recíproca. Alimentos indevidos.

Insurgência da autora. Aplicável, à hipótese, o previsto no parágrafo único do

art. 1.704 do CC. Situação fática, no entanto, a revelar desnecessidade da

apelante, que trabalha e é relativamente jovem. Descumprimento dos

pressupostos legais. Sentença mantida. Recurso improvido.

Portanto, impossível acolher o pleito da apelante em imputar a culpa pela

separação exclusivamente ao requerido, se restou evidenciada e comprovada

a quebra dos deveres matrimoniais por ambos. No entanto, o parágrafo único

do artigo 1.704 do Código Civil assegura, mesmo ao cônjuge culpado pela

separação, o direito ao percebimento de alimentos, ao menos os

indispensáveis à sua sobrevivência, desde que observados os requisitos ali

descritos. (...)

Ao contrário, a testemunha por ela arrolada, ouvida à fl. 53, é firme ao declarar

que a apelante trabalha como acompanhante de idosos e ainda realiza serviços

como lavadeira. Ademais, é pessoa relativamente jovem (conta atualmente

com 48 anos de idade – fls. 7) e não há notícias de que haja impedimentos

físicos ou psíquicos ao exercício do labor. Insta relembrar que o ordenamento

jurídico atual prevê que, apenas na hipótese de o cônjuge declarado culpado

não reunir aptidão ao trabalho e nem tenha parentes que lhe possa socorrer, é

que o outro cônjuge será obrigado a fornecer os alimentos. Como esta não é a

situação enfrentada nos autos, de rigor a manutenção da improcedência desse

pedido”. ( TJSP, apelação 541.234-8/8-00, 8ª Câmara de direito Privado,

Relator: Joaquim Garcia, julgado em 01/10/2008)

6. Face ao exposto é de rigor declarar a perda

do direito de receber alimentos para si.

7. No tocante à pensão alimentícia dos filhos

menores, o Requerente vem cumprindo e cumprirá com sua obrigação de

prestar alimentos aos filhos.

VI – DA PERDA DO DIREITO AO USO DO

SOBRENOME

1. Como já relatado o fim do relacionamento

ocorreu por culpa exclusiva da Requerida, que não vem cumprindo com os

deveres do casamento, tendo um relacionamento extraconjugal e maculando a

honra do Requerente perante terceiros, assim, deve a mesma com a

decretação da separação ou divórcio culposo deixar de usar o sobrenome do

marido, voltando a usar o nome de solteira.

2. Certo ainda que, a pleiteada alteração não

causa qualquer prejuízo para identificação da Requerida, nem a distingue do

nome utilizado pelos filhos havidos do casamento, pois como se observa pelas

certidões de nascimento acostada aos autos, os filhos do casal levam o nome

_____ que é da mãe.

4. Assim, como bem preceitua o art. 1.578 do

Código Civil, o cônjuge declarado culpado pela separação perde o direito de

usar o sobrenome do outro, assim deve a Requerida voltar a usar o nome de

solteira, qual seja,________.

VII - DO DANO MORAL

1. Na atualidade é perfeitamente possível

aplicação do dano moral no Direito de Família, haja vista, ser a entidade familiar

a que mais sofre com os danos causados pelos atos ilícitos praticados por seus

membros.

2. Rolf Madaleno9 esclarece com maestria a

razão para aplicação do dano moral no Direito de Família, in verbis:

“A reparação dos prejuízos constitui um princípio geral de direito e contempla

naturalmente os eventos danosos sucedidos nas relações familiares. O Direito

Civil sanciona com o ressarcimento do dano causado aquele que culposamente

violar um dever jurídico de conduzir-se com prudência e diligência para não

lesar o próximo, e notadamente, os direitos e deveres morais do casamento

têm um valor superior aos danos meramente patrimoniais, porquanto afetam a

personalidade moral do sujeito e o fato de o ofensor e ofendido integrarem um

vínculo familiar ou afetivo não tem razão alguma para desviar o sistema legal

de responsabilidade e, ainda que fosse possível afirmar que a instituição

familiar excluiria a reparação civil, mesmo assim o dano não deixaria de ser

injusto”.

3. Ademais, já é pacífico o entendimento de que

a competência é das Varas de Família. Nesse sentido vejamos os

ensinamentos de Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho10 in verbis:

“Todavia, não temos a menor sombra de dúvida em afirmar que a competência

para as questões de responsabilidade civil nas relações familiares deve ser,

quando existente, da Vara de Família, pois a análise das peculiaridades e

características da família devem ser levadas em conta, quando do julgamento

das pretensões.

Isso porque o que se vai discutir, muitas vezes, pressupõe o conhecimento –

diríamos mais, a vivência – das complexidades inerentes aos conflitos

familiares, sensibilidade essa que, normalmente, acaba sendo desenvolvida,

pela especialização, nos magistrados atuantes nas Varas de Família”.

9 MADALENO, Rolf – Curso de direito de família. – Rio de Janeiro: Forense, 2011. p. 343. 10 GAGLIANO, Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona Filho – Novo curso de direito civil, volume 6: direito de família: as famílias em perspectiva constitucional. – 4. ed. ver. e atual. – São Paulo: Saraiva, 2014. p. 743.

4. Corroborando com os ensinamentos expostos

acima, segue o entendimento dos nossos tribunais:

PROCESSUAL. DANO MORAL DECORRENTE DE RELAÇÃO FAMILIAR.

ADULTÉRIO. INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA DO JUIZADO ESPECIAL. Em se

tratando de pretensão à reparação de dano moral decorrente de

relacionamento familiar a competência é da Vara de Família, o que

inviabiliza o trânsito em sede de Juizado Especial. Matéria de ordem pública,

cognoscível de ofício. Extinguiram o processo sem exame do mérito, de ofício.

Unânime (TJ-RS - Recurso Cível: 71000853929 RS, Relator: João Pedro

Cavalli Junior, Data de Julgamento: 15/02/2006, Segunda Turma Recursal

Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 22/02/2006).

(g.n.)

5. Como já relatado no caso em tela, a

Requerida está vivendo desde _____ um relacionamento extraconjugal com

_________, e como se não bastasse a traição, o referido relacionamento

tornou-se público.

6. Como se verifica pelas conversas transcritas

em ata notarial, a Requerida sem qualquer pudor contou sobre seu

relacionamento extraconjugal para ______, Sras. _____, e várias pessoas do

seu círculo de amizade também já têm conhecimento do fato.

7. Crivo salientar que muitas das amigas da

Requerida são esposas dos amigos do Requerente, bem como ...., razão pela

qual, não bastasse a traição, tem o Requerido que conviver com a difamação

de sua honra, plena humilhação frente aos amigos, pois foi o ultimo a saber.

8. Humilhação esta comprovada pelas

conversas verificadas entre a Requerida e suas empregadas, e principalmente

com seu amante _____, como se verifica na ata notarial em determinada

ligação entre os “amantes” fica claro que o relacionamento amoroso entre eles

está escancarado, pois ....., conforme trechos da ata notarial supra destacados.

9. Evidente que, desde que tomou

conhecimento da traição por sua esposa, o Requerente vem passando por

inúmeros danos, ....., o que motivou o mesmo a procurar ajuda psiquiátrica (doc.

anexo).

10. Não obstante, cumpre-nos salientar que

desde que teve a confirmação da traição da sua esposa o Requerente diante

de tamanha dor já emagreceu mais ______ quilos, cópias dos exames anexos,

dor esta que não afeta somente seu âmago, ...

11. A aplicação do dano moral no Direito de

Família não tem o fito de monetarizar o desamor, até porque todos são livres

para amar e desamar. O que não se pode é em virtude do desamor causar dano

a outrem, dano esse evidenciado no caso em tela pelo descumprimento dos

deveres do casamento, e principalmente exposição vexatória que a Requerida

o vem fazendo passar.

12. Tem-se, portanto, caracterizado o dano

suportado pelo Requerente, razão pela qual, deve a Requerida ser condenada

a pagar ao Requerente indenização pelos atos ilícitos cometidos.

13. Nesse sentido, segue entendimento

jurisprudencial:

“EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - INDENIZAÇÃO

POR DANOS MORAIS - TRAIÇÃO CONJUGAL - COMENTÁRIOS

OFENSIVOS À HONRA DO CÔNJUGE TRAÍDO

- DANO MORAL CARACTERIZADO - VALOR DA INDENIZAÇÃO -

EXTENSÃO DO DANO - PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE. São

indenizáveis danos morais causados pela companheira em virtude

de traição conjugal e comentários negativos e depreciativos sobre o

cônjuge traído em seu ambiente de trabalho. A indenização deve ser

suficiente exclusivamente para reparar o dano, pois se mede pela extensão

do dano, nos termos do art. 944, caput, do Código Civil, não podendo ensejar

enriquecimento indevido do ofendido. Primeiro recurso provido em parte.

Segundo recurso não provido”. (TJMG, apelação nº. 1044310002824-2,

Desembargador: Gutemberg da Mota e Silva, 10ª Câmara Cível, Julgamento:

15/05/2012).

(g.n.)

14. Assim, requer a Vossa Excelência que seja

arbitrado o valor da indenização dos danos morais, conforme será comprovado

no decorrer da lide.

VIII – DA GUARDA DOS FILHOS E DO

PERÍODO DE CONVIVÊNCIA

1. Requer seja fixada a GUARDA

COMPARTILHADA, haja vista, o Requerente sempre ter sido um pai presente,

participando das atividades dos seus filhos, ademais, a aplicação da guarda

compartilhada visa preservar o melhor interesse da criança e/ou adolescente.

2. Esguarde-se que as visitas aos filhos

menores devem ser livres, pois o Requerente teme que no caso de guarda

unilateral, a Requerida possa utilizar-se de meios escusos para que o pai não

tenha acesso aos filhos, bem como, teme que os filhos possam conviver com

pessoas ou em ambientes que não sejam propícios para idade.

Apenas a título de exemplificação, a

Requerida ......

3. Deste modo, necessário que se estabeleça os

horários e períodos de convivência do pai com os filhos, que em princípio

sugere o Requerente, que seja a partir da separação de corpos, 2(duas) vezes

por semana e finais de semana alternados.

4. Necessário enfatizar que cabe à genitora

informar ao pai, ora Requerente, sobre todas as atividades escolares e de

saúde dos filhos, a fim de serem preservados os laços parentais entre estes.

5. Cumpre salientar que foi sancionada a Nova

Lei de guarda Compartilhada no dia 22 de dezembro de 2014, Lei n. 13.058/14,

com vigência na data de sua publicação, onde a guarda compartilhada será

aplicada quando ambos os genitores estiverem aptos a exercer o poder familiar,

alterando assim o § 2º do artigo 1.584 do Código Civil.

IX - CONCLUSÃO

1. Diante do exposto pede e espera o

Requerente, que Vossa Excelência se digne em julgar procedente o presente

pedido, decretando a SEPARAÇÃO JUDICIAL das partes, atribuindo à

Requerida a CULPA pelo fim do casamento, bem como a condenação da

Requerida a não utilizar mais o sobrenome de casada, e a perda do

direito de pleitear alimentos.

2. Seja condenada ainda, a reparar os danos

morais causados ao Requerente frente aos dissabores e transtornos morais,

emocionais e psicológicos sofridos, no montante que Vossa Excelência julgar

conveniente.

3. Caso não seja esse o entendimento de Vossa

Excelência, que decrete o divórcio das partes, com a consequente decretação

da culpa à Requerida, perda do uso do sobrenome de casada e do direito de

pleitear alimentos, bem como ao pagamento de indenização por danos morais,

nas condições anteriormente expostas, em tudo ouvido o d. Representante do

Ministério Público.

4. Requer seja decretada a aplicação da Guarda

Compartilhada para os filhos do casal, conforme requerido acima.

5. Requer a citação da Requerida para querendo

contestar a presente demanda.

6. Requer ainda, a condenação da Requerida ao

pagamento das custas e despesas processuais, e honorários advocatícios

sucumbenciais.

XI - PROVAS

Protesta provar o alegado por todos os meios

admitidos em direito, em especial pelo depoimento pessoal da Requerida,

oitivas de testemunhas, cujo rol apresentará oportunamente, e novos

documentos que se fizerem necessários para solução do caso.

XII - VALOR DA CAUSA

Dá-se a causa o valor de R$ ______ (_____ mil

reais) para efeito de alçada.

Termos em que, P. Deferimento. São Paulo, __ de _____ de 20__. ADVOGADO OAB/SP _____