exame físico

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EXAME FÍSICO GERAL Curso introdutório à LACM-UAM

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Page 1: Exame Físico

EXAME FÍSICO

GERAL

Curso introdutório à LACM-UAM

Page 2: Exame Físico

PRINCÍPIOS DO

EXAME FÍSICO

GERAL

Page 3: Exame Físico

INTRODUÇÃO AO EXAME FÍSICO

Existem quatro passos básicos utilizados para

que o exame físico seja feito com resultados

satisfatórios ao examinador.

1. Inspeção

2. Palpação

3. Percussão

4. Ausculta

Page 4: Exame Físico

INSPEÇÃO

• Utiliza-se da sensibilidade visual do examinador para analisar

regiões corpóreas acessíveis; podendo-se fazer uso de lupas

para ampliação de áreas de interesse.

• Pode ser uma inspeção panorâmica ou localizada (mais

utilizada).

• LEMBRAR: iluminação é essencial, devendo ser natural quando

possível, ou branca e de intensidade moderada.

• Inspeção frontal x inspeção tangencial.

Page 5: Exame Físico

INSPEÇÃO

Page 6: Exame Físico

PALPAÇÃO

• Recolhe dados do paciente a partir do tato e pressão das mãos

do examinador, permitindo analisar texturas, volume, dureza,

sensibilidade do paciente.

• Pode ser realizada de diferentes formas, desde utilizando uma

única mão até ambas formando garras ou permitindo aumento

da área de palpação.

• Também: digitopressão, vitropressão, pinçamento, puntipressão.

• LEMBRAR: mãos aquecidas e unhas cortadas.

Page 7: Exame Físico

PALPAÇÃO

Page 8: Exame Físico

PERCUSSÃO

• O princípio da percussão é de que ao realizá-la em uma

estrutura, vibrações são originadas e retornam em forma de som

conforme características da estrutura percutida.

• Pode ser:

– Percussão direta: golpes com as polpas digitais são dados na

região alvo. Movimento de martelo, sempre retirando

rapidamente as polpas para que a vibração ocorra.

– Percussão digito-digital: golpes com o leito ungueal do dedo

médio (plexor) são dados no dorso do dedo médio da outra

mão (plexímetro - único a tocar o paciente).

• LEMBRAR: movimentos com o pulso, e não com

antebraço.

Page 9: Exame Físico

PERCUSSÃO

Page 10: Exame Físico

PERCUSSÃO

• O que pode-se encontrar: som maciço, submaciço, claro-

pulmonar, timpânico.

• Alguns outros tipos de percussão podem ser realizados, como a

punho-percussão, com a borda da mão, e de piparote.

Page 11: Exame Físico

AUSCULTA

• Iniciou-se com a ausculta direta, realizada tocando o paciente

com a própria orelha.

• A partir do séc. XIX, foram criados os primeiros estetoscópios

baseando-se no princípio da amplificação de ondas.

Page 12: Exame Físico

AUSCULTA

• Alguns cuidados devem ser tomados durante a ausculta:

– Ambiente silencioso

– Posição do paciente (decúbito dorsal, sentado, decúbito lateral

esquerdo).

– Instruções ao paciente (alterações na respiração).

– Campânula (baixa frequência) x Diafragma (alta frequência).

– Posição do receptor.

Page 13: Exame Físico

INTRODUÇÃO AO EXAME FÍSICO

• Outros objetos necessários:

– Balança

– Estadiômetro

– Fita métrica

– Abaixador de língua

– Lanterna

– Martelo de reflexos

– Esfigmomanômetro

– Termômetro

– Agulha e algodão

– Diapasão

Page 14: Exame Físico

EXAME FÍSICO

GERAL

Page 15: Exame Físico

EXAME FÍSICO

1. Estado geral

2. Sinais vitais

3. Dados antropométricos

4. Nível de consciência

5. Estado de hidratação

6. Estado de nutrição

7. Fácies

8. Atitude e decúbito preferido

9. Mucosas

10.Pele e anexos

11.Linfonodos

12.Edema

13.Postura e biótipo

14.Marcha

15.Movimentos anormais

Page 16: Exame Físico

AVALIAÇÃO DO ESTADO GERAL

• De maneira geral, traduz a primeira impressão do paciente ao

examinador, a partir de sua entrada no consultório.

– Bom estado geral (BEG)

– Regular estado geral (REG)

– Mau estado geral (MEG)

PERGUNTA: meu paciente está com cara de doente?

Page 17: Exame Físico

AVALIAÇÃO DO ESTADO GERAL

Page 18: Exame Físico

SINAIS VITAIS

1. Pulso (Freqüência cardíaca)

2. Freqüência respiratória

3. Temperatura

4. Pressão arterial

Page 19: Exame Físico

SINAIS VITAIS – Frequência

Cardíaca

• Artéria radial

• Palpação do pulso radial por 1 minuto

• Avaliação da freqüência, ritmo e amplitude

Freqüência normal em adulto em repouso: 60 a 100 batimentos por

minuto.

> 100 Taquicardia

< 60 Bradicardia

– Sequência das pulsações: rítmico ou arrítmico.

Page 20: Exame Físico

SINAIS VITAIS – Frequência

Cardíaca

Page 21: Exame Físico

• Deve-se avaliar: Ritmo, freqüência e amplitude.

• Adulto = 12 a 20 mrm

– Taquipnéia : aumento da freqüência respiratória no esforço

físico, emoções, febre, doenças pulmonares e cardíacas.

– Bradipnéia : redução da freqüência respiratória no sono,

atletas, hipertensão intracraniana, intoxicações exógenas.

– Apnéia : parada respiratória

– Eupnéia : freqüência, amplitude e ritmo normal.

SINAIS VITAIS – Frequência

Respiratória

Page 22: Exame Físico

• Normal

– Temperatura axilar: 35,5°C a 37°C

– Temperatura bucal: 36 a 37,4°C

– Temperatura retal: 36 a 37,5°C (mais fiel à T° central)

• Febre

– Febre leve ou febrícula: 37°C a 37,5°C

– Febre moderada: 37,5°C a 38,5°C

– Febre elevada: acima de 38,5°C

SINAIS VITAIS - Temperatura

Page 23: Exame Físico

SINAIS VITAIS – Pressão Arterial

• Medida indireta da onda de pressão que se propaga através da

circulação arterial, decorrente das contrações cardíacas.

• Largura deve ser 40% da circunferência do braço, enquanto

comprimento do manguito deve envolver pelo menos 80% do

mesmo (em adultos, geralmente 13cm de largura e 20cm de

comprimento).

• LEMBRAR: realizar aferição em ambos membros, deitado e

sentado.

Page 24: Exame Físico

SINAIS VITAIS – Pressão Arterial

1. Explicar o procedimento ao paciente

2. Repouso de pelo menos 5 minutos em ambiente calmo

3. Evitar bexiga cheia

4. Não praticar exercícios físicos 60 a 90 minutos antes

5. Não ingerir bebidas alcoólicas, café ou alimentos e não fumar 30

minutos antes

6. Manter pernas descruzadas, pés apoiados no chão, dorso recostado na cadeira e relaxado

7. Remover roupas do braço no qual será colocado o manguito

8. Posicionar o braço na altura do coração (nível do ponto médio do esterno ou 4º espaço intercostal), apoiado, com a palma da mão voltada para cima e o cotovelo ligeiramente fletido

9. Solicitar para que não fale durante a medida

Page 25: Exame Físico

SINAIS VITAIS – Pressão Arterial

1. Medir a circunferência do braço do paciente

2. Selecionar o manguito de tamanho adequado ao braço

3. Colocar o manguito sem deixar folgas acima da fossa cubital, cerca de 2 a 3 cm

4. Centralizar o meio da parte compressiva do manguito sobre a artéria braquial

5. Estimar o nível da pressão sistólica pelo método palpatório

6. Palpar a artéria braquial na fossa cubital e colocar a campânula do estetoscópio sem compressão excessiva

7. Inflar rapidamente até ultrapassar 20 a 30 mmHg o nível estimado da pressão sistólica

8. Proceder à deflação lentamente (velocidade de 2 a 4 mmHg por segundo)

Page 26: Exame Físico

9. Determinar a pressão sistólica na ausculta do primeiro som

10.Determinar a pressão diastólica no desaparecimento do som

11.Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e completa

12.Esperar 1 a 2 minutos antes de novas medidas

13. Informar os valores de PA obtidos para o paciente

14.Anotar os valores obtidos,o membro e a posição do paciente

SINAIS VITAIS – Pressão Arterial

Page 27: Exame Físico

SINAIS VITAIS – Pressão Arterial

Page 28: Exame Físico

• Peso

• Estatura

• Envergadura: medida entre extremos dos membros superiores,

em abdução a 90°

• Circunferência abdominal

• IMC = Peso / Altura²

– 19 –25 normal

– 25 –30 obesidade grau I

– 30 –40 obesidade grau II

– > 40 obesidade grau III

DADOS ANTROPOMÉTRICOS

Page 29: Exame Físico

• Quatro sinais principais trazem a classificação do nível de

consciência: perceptividade (respostas simples), reatividade

(reagir a estímulos), deglutição, reflexos.

– Alerta

– Sonolência

– Torpor

– Coma superficial

– Coma profundo

NÍVEL DE CONSCIÊNCIA

Page 30: Exame Físico

• Olhos

• Mucosas

• Pele (turgor e elasticidade)

• Urina

• Peso

• DESIDRATAÇÃO: sede, queda de peso, pele sem elasticidade e

turgor, mucosas secas, olhos fundos, oligúria, diminuição do

estado geral, abatimento/agitação psíquico.

ESTADO DE HIDRATAÇÃO e

NUTRIÇÃO

Page 31: Exame Físico

FÁCIES

São expressões faciais

características de certas

doenças:

• Fácies normal

• Fácies hipocrática

• Fácies renal

• Fácies parkinsoniana

• Fácies basedowiana

• Fácies mixedematosa

• Fácies acromegálica

• Fácies cushingóide

• Fácies esclerodérmica

Page 32: Exame Físico

FÁCIES

Page 33: Exame Físico

ATITUDE, DECÚBITO E POSTURA

• Posição adotada pelo paciente no leito, ou fora dele, a fim de

encontrar maior conforto, hábito ou alívio de dores.

• Atitude ortopneica

• Atitude genupeitoral ou “Prece Maometana”

• Atitude de cócoras

• Atitude parkinsoniana

• Decúbito lateral

• Opistótono

Page 34: Exame Físico

ATITUDE, DECÚBITO E POSTURA

Page 35: Exame Físico

• Coloração

– Palidez

– Vermelhidão

– Cianose

• Central

• Periférica

– Icterícia

• Hidratação

– Integridade

– Espessura

– Elasticidade/Mobilidade

– Turgor

• •Pêlos

• Distribuição

• Textura

• Coloração

• Brilho

• •Unhas

MUCOSAS, PELE E ANEXOS

Page 36: Exame Físico

• Pêlos:

– Distribuição

– Textura

– Coloração

– Brilho

• Unhas

MUCOSAS, PELE E ANEXOS

Page 37: Exame Físico

• Cabeça e Pescoço:

– Occipital

– Auriculares

posteriores

– Parotidianos

– Submandibulares

– Submentonianos

– Cervicais

– Supraclaviculares

LINFONODOS

• Informações quanto: localização, mobilidade, volume, T°C,

consistência

Page 38: Exame Físico

• Axilares:

– Infraclaviculares

– Laterais

– Posteriores

– Centrais

• Inguinais:

– Superficiais

– Profundos

LINFONODOS

Page 39: Exame Físico

• Localização: generalizado ou localizado.

• Intensidade: relacionado ao tamanho da fóvea encontrada,

ou medindo região diariamente para evolução.

• Consistência: também aplicando-se manobra de

digitopressão, pode ser mole ou duro.

• Temperatura: usando dorso dos dedos, podendo ser

normal, quente ou fria.

• Sensibilidade: também observável durante digitopressão.

• Outras alterações: coloração (palidez, cianose,

vermelhidão), textura da pele (lisa ou enrugada).

• CAUSAS: Síndrome nefrótica, cirrose hepática, desnutrição

proteica, insuficiência cardíaca, gravidez, medicamentos.

EDEMA

Page 40: Exame Físico

EDEMA

Page 41: Exame Físico

• Postura: boa, sofrível e má.

– Observar alterações da curvatura da coluna (cifose, lordose

ou escoliose)

• Biótipo: brevelíneo, normolíneo (mediolíneo) e longilíneo.

– Mudanças estão no

pescoço, tórax,

relação membros x

tronco, musculatura,

estatura.

POSTURA E BIÓTIPO

Page 42: Exame Físico

• Deve ser observada assim que o paciente se encaminha ao

consultório.

– Marcha hemiplégica

– Marcha parkinsoniana

– Marcha cerebelar (bêbado)

– Marcha tabética (tabes dorsalis – lesão medular)

– Marcha vestibular

– Marcha claudicante

MARCHA

Page 43: Exame Físico

• Tremores: de atitude, de ação, vibratório, de repouso.

• Movimentos coréicos

• Movimentos atestósicos: movimentos lentos, similares a

tentáculos de polvo.

• Hemibalismo: movimentos de grande amplitute

• Mioclonias: contrações musculares rítmicas (choques)

• Asterix (flapping): similar a bater de asas.

• Tiques: ocorrem em pequenos grupos musculares e tornam-se

repetitivos.

• Convulsões: movimentos musculares súbitos generalizados ou

não.

MOVIMENTOS ANORMAIS