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Evolução recente e desafios da economia brasileira Marco A.F.H.Cavalcanti (IPEA) XIII Workshop de Economia da FEA-RP Outubro de 2013

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Evolução recente e desafios da economia brasileira

Marco A.F.H.Cavalcanti (IPEA)

XIII Workshop de Economia da FEA-RP

Outubro de 2013

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A importância do crescimento

Há vários anos, a economia brasileira tem se caracterizado pela evolução favorável de diversos indicadores renda per capita, desigualdade, pobreza, taxa de desemprego,

formalização do mercado de trabalho, acesso a bens duráveis etc.

No médio prazo, a continuidade dessa trajetória virtuosa depende do crescimento sustentado do PIB

Contudo, o desempenho recente do PIB não tem sido bom e as expectativas de crescimento para os próximos anos parecem pouco animadoras...

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O crescimento do PIB no período recente (%)

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2007.I 2008.I 2009.I 2010.I 2011.I 2012.I 2013.I

Trim./tri anterior, dessazonalizado Acumulado em 4 trim.

Crise

Crescimento acelerado

Recuperação

Desaceleração e estagnação

Lentaretomada

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Principais fontes do baixo crescimento no pós-crise

• Do lado da oferta: indústria

• Do lado da demanda: investimento

• Mais recentemente: desaceleração também dos serviços, do consumo e das exportações

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PIB – Oferta (tx.cresc.acum. em 4 trim., %)

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Agropecuária Indústria Serviços

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PIB – Demanda (tx.cresc.acum. em 4 trim., %)

-15,0

-10,0

-5,0

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

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Consumo das Famílias Consumo da APU

Formação Bruta de Capital Fixo Exportação

Importação

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Evolução das taxas de crescimento do PIB – serviços (%)

Fonte: IBGE. Elaboração: Ipea/Dimac/GECON.

5.65.9

6.4

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0.90.7

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5.24.8

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1.61.5

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Contra o mesmo trimestre do ano anterior Acumulada em 4 trimestres

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Evolução das taxas de crescimento do PIB Consumo das famílias (%)

Fonte:IBGE e Funcex. Elaboração: Ipea/Dimac/GECON.

5.96.5

7.7

2.72.3

3.2

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6.2 5.9

7.3

6.05.6

2.82.1

2.5 2.4

3.43.9

2.12.3

6.0 6.1

6.7

5.7

4.7

3.9

3.2

4.4

6.0

6.77.0 6.9

6.4 6.2

5.4

4.1

3.2

2.52.6

3.1 3.0 2.9

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Contra o mesmo trimestre do ano anterior Acumulada em 4 trimestres

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Índice de confiança da indústria (FGV)

Fonte: FGV. Elaboração: Ipea/Dimac/GECON.

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Nível de estoques (FGV e CNI)

Fonte: FGV e CNI. Elaboração: Ipea/Dimac/GECON.

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FGV (com ajuste sazonal) CNI (sem ajuste sazonal)

Excessivo

Insuficiente

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Nível de confiança versus consumo das famílias Taxa de crescimento acumulada em 12 meses (%)

Fonte: FGV e IBGE. Elaboração: Ipea/Dimac/GECON.

0.0

2.0

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10.0

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3

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3

Índice de Confiança do Consumidor Volume de vendas no varejo ampliado

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Desequilíbrios macroeconômicos

• Inflação pressionada

• Déficit em conta corrente em alta

(apesar do baixo crescimento)

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Fonte: IBGE e IPEA: IPEA/DIMAC/GECON.

IPCA – Total e Componentes (variação em 12 meses, %)

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Saldo em transações correntes e principais componentes Valores acumulados em 12 meses (US$ milhões)

Fonte: BCB. Elaboração: Ipea/Dimac/GECON.

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Hipóteses para o fraco desempenho recente (1)

• Reversão dos fatores externos positivos • Redução dos ganhos com os termos de troca

• Desaceleração do comércio internacional

• Instabilidade do ambiente externo

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Termos de troca (média 2005 = 100)

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Importações mundias - taxa de crescimento em 12 meses (%)

Mundo Países industrializados

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.12

Produção industrial e importações mundias - taxas de crescimento em 12 meses (%)

Prod.Industrial Imp.Mundiais

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• Limites para a expansão baseada no aumento do crédito • Elevado comprometimento de renda com serviço de dívidas

• Retração do crédito privado e dependência do crédito público

Hipóteses para o fraco desempenho recente (2)

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Comprometimento das famílias com o serviço da dívida e taxa de inadimplência de PF (em %)

Fonte: BCB. Elaboração: Ipea/Dimac/GECON.

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Saldo das operações de crédito : livres versus direcionados (mês/mês do ano anterior, em %)

Fonte: BCB. Elaboração: Ipea/Dimac/GECON.

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Contribuição ao crescimento do saldo de crédito do SFN – por controle de capital (Mês/mês do ano anterior, em p.p.)

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• Aumento do custo do trabalho sem contrapartida no aumento da produtividade

Bonança externa, políticas de transferência de renda e elevação do salário mínimo levaram ao

aumento da demanda por serviços e outras atividades intensivas em trabalho

Isso impulsionou a demanda por mão de obra, aquecendo o mercado de trabalho e elevando os

salários (em todos os setores)

Este efeito se torna relevante quando nos aproximamos do pleno emprego

Hipóteses para o fraco desempenho recente (3)

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Produtividade e custo unitário do trabalho

Fonte: IBGE/PIMES. Elaboração: Ipea/Dimac/GECON.

Produtividade e custo da hora trabalhada na Indústria de Transformação(Índice 2003 = 100 - médias móveis de 12 meses )

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110

120

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140

150

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Oct-10

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Jun-11

Oct-11

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Jun-12

Oct-12

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Jun-13

Produtividade Custo

Fonte: IBGE/PIMES. Elaboração: IPEA/DIMAC/GECON.

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Taxa de desemprego (série dessazonalizada, em %)

Fonte: IBGE/PME. Elaboração: IPEA/DIMAC/GECON.

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Fonte: MTE/CAGED. Elaboração: Ipea/Dimac/GECON.

Empregos formais: CAGED - saldos mensais dessazonalizados (em % do estoque)

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Massa Salarial Real e Rendimento Médio Real (em R$ de julho de 2013)

Fonte: IBGE/PME. Elaboração: IPEA/DIMAC/GECON.

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• Valorização real do câmbio • Associada à melhora nos termos de troca + ingresso de capitais

• Menor competitividade dos produtores de tradables

• Mas: câmbio real correlacionado negativamente com investimento

Hipóteses para o fraco desempenho recente (4)

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13

.06

Taxa de câmbio efetiva real x Produção industrial

Câmbio efetivo real Cresc.Prod.Industrial (12 meses)

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11

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.01

20

12

.07

TCER x FBCF

TCER FBCF

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• Esgotamento dos estímulos fiscais • Esgotamento natural dos efeitos de incentivos de curto prazo

• Piora das contas públicas = menor espaço para desonerações e gastos + expectativa de ajuste futuro

Hipóteses para o fraco desempenho recente (5)

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Superávit Primário da União Acum. 12 meses (% do PIB)

Fonte: BCB. Elaboração: Ipea/Dimac/GECON.

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Crescimento real das Receitas e Despesas do Governo Central (% em 12 meses)

Fonte: STN. Elaboração: Ipea/Dimac/GECON.

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Superávit Primário dos Estados (incluindo estatais estaduais) – em % do PIB

Fonte: BCB. Elaboração: Ipea/Dimac/GECON.

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• Deterioração do ambiente de negócios • Possível efeito adverso sobre confiança dos empresários devido ao excessivo

“intervencionismo estatal” (hipótese de difícil verificação)

• Perda de credibilidade da política macroeconômica em geral (inclusive monetária)

Hipóteses para o fraco desempenho recente (6)

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• Restrições de ordem estrutural • Elevada carga tributária

• Baixos níveis de poupança e investimento

• Transição demográfica

• Baixo nível e taxa de crescimento da produtividade Carências em infraestrutura, educação, inovação, inserção nas cadeias globais de

produção

Esgotados os mecanismos baseados na transferência de trabalhadores para setores mais produtivos (agr.=>indústria) e no “catching-up” tecnológico

Hipóteses para o fraco desempenho recente (7)

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Poupança e Investimento

12,00

13,00

14,00

15,00

16,00

17,00

18,00

19,00

20,00

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Taxa de investimento - preços correntes - (% PIB) Taxa de poupança - (% PIB)

Fonte: Elaborado a partir de dados do IPEADATA

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Produtividade

Fonte: Souza Jr. (2013)

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CONTRIBUIÇÕES PARA O CRESCIMENTO ECONÔMICO

POR PERÍODO

[taxas médias (% a.a.)]

Capital Trabalho PTF PIB

K tC t L t (1 – U t ) A t (soma)

1993 a 1997 (composição) 1.5 1.1 1.4 4.0

3.8 1.8 1.4

1998 a 2003 (composição) 0.5 1.3 -0.2 1.6

1.2 2.2 -0.2

2004 a 2008 (composição) 1.3 1.6 1.9 4.8

3.2 2.7 1.9

2009 a 2012 (composição) 1.6 1.3 -0.2 2.7

4.1 2.1 -0.2

1993 a 2012 (composição) 1.2 1.3 0.7 3.2

2.9 2.2 0.7

Crescimento dos fatores

Crescimento dos fatores

Crescimento dos fatores

Crescimento dos fatores

Período completo

Crescimento dos fatores

Fonte: Souza Jr. (2013)

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Desafios

• Curto prazo: • Controlar inflação, déficit externo e contas públicas

• Recuperar confiança dos agentes privados

• Longo prazo: • Resolver gargalos estruturais