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212
ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE ARARUAMA - RJ PRODUTO 7 Prognósticos: Abastecimento de Água Potável Esgotamento Sanitário Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas JULHO/2.013 (Primeira Revisão)

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ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE

ARARUAMA - RJ

PRODUTO 7

Prognósticos:

Abastecimento de Água Potável

Esgotamento Sanitário

Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas

JULHO/2.013

(Primeira Revisão)

II

CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDEDOR

GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Sérgio Cabral Filho Governador Luís Fernando Pezão Vice-Governador SECRETARIA DE ESTADO DO AMBIENTE (SEA) Carlos Minc Secretário Luiz Firmino Martins Pereira Subsecretário Executivo INSTITUTO ESTADUAL DO AMBIENTE (INEA) Marilene Ramos Presidente Denise Marçal Rambaldi Vice-Presidente DIRETORIA DE GESTÃO DAS ÁGUAS E DO TERRITÓRIO (DIGAT) Rosa Maria Formiga Johnsson Diretora DIRETORIA DE INFORMAÇÃO E MONITORAMENTO AMBIENTAL (DIMAM) Carlos Alberto Fonteles de Souza Diretor DIRETORIA DE BIODIVERSIDADE E ÁREAS PROTEGIDAS (DIBAP) André Ilha Diretor DIRETORIA DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL (DILAM) Ana Cristina Henney Diretora DIRETORIA DE RECUPERAÇÃO AMBIENTAL (DIRAM) Luiz Manoel de Figueiredo Jordão Diretor

III

DIRETORIA DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS (DIAFI) José Marcos Soares Reis Diretor SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL LAGOS - SÃO JOÃO (SUPLAJ) Túlio Vagner dos Santos Vicente Superintendente

GERENCIADOR DO CONTRATO

Rosa Maria Formiga Johnsson Diretora de Gestão das Águas e do Território / INEA Victor Zveibil Superintendente de Políticas de Saneamento / SEA Lorena Costa Procópio Engenheira Sanitarista Cláudia Nakamura Engenheira Ambiental

IV

EQUIPE TÉCNICA DE ACOMPANHAMENTO LOCAL DOS

TRABALHOS

PREFEITURA MUNICIPAL DE ARARUAMA

Av.John Kennedy, n.º 120 - Centro - CEP: 28.970-000 - Araruama (RJ)

Tel.: (22) 2665-2121

Gestão 2.013 / 2.016

Miguel Alves Jeovani Prefeito Municipal

Gestão 2.009 / 2.012

André Luiz Mônica e Silva Prefeito Municipal

Hermes Garcia Rodrigues Secretaria de Ambiente

Rita de Cássia Braga Fernandes Secretaria de Saúde

Sérgio Luiz Ribeiro Secretaria de Obras, Urbanismo e Serviços

Públicos

Izabel Cristina Nunes de Araújo Secretaria de Educação e Cultura

V

EXECUTOR DOS TRABALHOS DE CONSULTORIA

SERENCO SERVIÇOS DE ENGENHARIA CONSULTIVA Ltda CNPJ: 75.091.074/0001-80 - CREA (PR): 5571

Av. Sete de Setembro, n.º 3.566, Centro CEP 80.250-210 - Curitiba (PR)

Tel.: (41) 3233-9519 Website: www.serenco.com.br ● E-mail: [email protected]

Nicolau Leopoldo Obladen Engenheiro Civil e Sanitarista

Jefferson Renato Teixeira Ribeiro Engenheiro Civil

Paulo Roberto Wielewski Engenheiro Civil

Djesser Zechner Sergio Engenheiro Sanitarista e Ambiental

Caroline Surian Ribeiro Engenheira Civil

Bruno Passos de Abreu Tecnólogo em Construção Civil

Marcos Moisés Weigert Engenheiro Civil

Gustavo José Sartori Passos Engenheiro Civil

Tássio Barbosa da Silva Engenheiro Civil

Kelly Ronsani de Barros Engenheira de Alimentos

Luiz Guilherme Grein Vieira Engenheiro Ambiental

Mariana Schaedler Engenheira Ambiental

Nilva Alves Ribeiro Economista

Tiago José Alexandre Advogado

Mauro Brustolin Iplinski Publicitário

Dante Mohamed Correa Publicitário

Bruno Lissa Tiepolo Publicitário

Cláudio Luiz Geromel Barreto Engenheiro Químico

Quésia Oliveira Geógrafa

VI

SUMÁRIO

GLOSSÁRIO ....................................................................................... XIII

APRESENTAÇÃO ............................................................................... XIV

1. INTRODUÇÃO – CONTEXTO REGIONAL ................................. 15

2. PREVISÕES POPULACIONAIS ADOTADAS ............................. 17

3. CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS ................................................. 21

3.1 SISTEMATIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES .................................................... 26

4. ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO . 28

4.1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 28

4.2 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ................................................. 31

4.2.1 Objetivos Gerais.......................................................................................... 31

4.2.2 Metas de atendimento ................................................................................. 32

4.2.2.1 Contrato de concessão da CAJ ........................................................ 32

4.2.2.2 PLANSAB ................................................................................................... 33

4.2.3 Demandas ................................................................................................... 36

4.2.4 Disponibilidade hídrica ................................................................................ 46

4.2.5 Cenários ...................................................................................................... 48

4.2.5.1 Sistematização das informações ...................................................... 48

4.2.5.2 Ações necessárias ........................................................................... 50

4.2.5.2.1. Sistema produtor .......................................................................... 50

4.2.5.2.2. Adução de água tratada ....................................................................... 51

4.2.5.2.3. Reservatórios ....................................................................................... 55

4.2.5.2.4. Rede de distribuição ............................................................................ 57

4.2.6 Cronograma de execução dos investimentos previstos .............................. 59

4.2.7 Propostas adicionais ................................................................................... 65

4.2.7.1 Qualidade do manancial (Represa de Juturnaíba) ...................................... 65

4.2.7.2 Melhorias na Represa de Juturnaíba .......................................................... 66

4.3 SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO ................................................. 67

4.3.1 Objetivos gerais .......................................................................................... 67

VII

4.3.2 Metas de atendimento ................................................................................. 68

4.3.2.1 Contrato de concessão (CAJ) .......................................................... 68

4.3.2.2 Metas de atendimento - PLANSAB ............................................................. 68

4.3.2.3 Atendimento atual ....................................................................................... 71

4.3.3 Cenários ...................................................................................................... 72

4.3.3.1 Sistematização das informações ...................................................... 72

4.3.3.2 Cenário 1 .......................................................................................... 74

4.3.3.3 Cenário 2 .................................................................................................... 75

4.3.3.4 Cenário 3 .................................................................................................... 95

4.3.3.5 Comparativo entre os cenários 2 e 3 ........................................................ 106

4.3.3.6 Propostas adicionais ...................................................................... 108

4.3.3.6.1. Aspectos operacionais ................................................................ 108

4.3.3.6.2. Novos empreendimentos ............................................................ 108

5. DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS .....109

5.1 Introdução ..................................................................................................... 109

5.2 SISTEMATIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES .................................................. 110

5.2.1 Hidrologia .................................................................................................. 114

5.2.2 Microdrenagem ......................................................................................... 114

5.2.3 Macrodrenagem ........................................................................................ 114

5.2.4 Defesa Civil ............................................................................................... 114

5.2.5 Gestão do Sistema.................................................................................... 115

5.3 CENÁRIOS MILOGRANA, J (2009) ............................................................. 117

5.4 CENÁRIOS PLANSAB ................................................................................. 118

5.5 CENÁRIO PROPOSTO ................................................................................ 121

5.6 METAS, PROGRAMAS E AÇÕES ............................................................... 122

5.6.1 Metas Qualitativas..................................................................................... 122

5.6.2 Metas Quantitativas .................................................................................. 124

5.7 CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO ....................................................... 144

5.7.1 Memorial de Cálculo ................................................................................. 149

6. ANÁLISE INSTITUCIONAL ........................................................155

7. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA .................................................211

VIII

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Esquema Geral da Metodologia para a Elaboração dos Cenários ....................... 22

Figura 3 – Comparativo atendimento da população (cenários 2 e 3) ................................. 106

Figura 4 – Comparativo de investimentos (Cenários 2 e 3) ................................................ 107

Figura 8 – Pontuação por programas ................................................................................. 115

Figura 9 – Integração das Alternativas ............................................................................... 116

Figura 10 – Cenários – Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas .......................... 122

Figura 11 – Mapa de Alerta................................................................................................ 125

Figura 50 - Modelo Institucional do Saneamento Básico de Araruama .............................. 157

Figura 51 - Arranjos Institucionais ...................................................................................... 164

Figura 52 - Diagrama Institucional Municipal ..................................................................... 165

Figura 53 - Diagrama Institucional Intermunicipal .............................................................. 166

Figura 54 - Esquema do tripé de elementos fundamentais do PMSB ................................ 167

Figura 55 - UGPLAN .......................................................................................................... 170

Figura 56 - Estrutura proposta para a UGPLAN ................................................................. 175

Figura 57 - Modelo Institucional para a Gestão do PMSB .................................................. 178

Figura 58 - Comitê da Bacia Hidrográfica Lagos São João (CBHLSJ) ............................... 180

Figura 59 - Consórcio Intermunicipal Lagos São João (CILSJ) .......................................... 181

Figura 60 - Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de

Janeiro (AGENERSA) ........................................................................................................ 182

Figura 61 - Fluxograma - Governo do Estado do Rio de Janeiro, Municípios, Agência

Reguladora, Consórcio Intermunicipal, Comitê da Bacia e Concessionárias ..................... 183

Figura 62 - Localização do Município ................................................................................. 204

Figura 63 - Modelagem Proposta ....................................................................................... 205

IX

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - População Residente Adotada ............................................................................ 18

Tabela 2 - População Flutuante ........................................................................................... 19

Tabela 3 - População de Temporada ................................................................................... 20

Tabela 4 - Metas de Níveis de Atendimento (Contrato de Concessão) ................................ 32

Tabela 5 - Níveis de Atendimento (2012) ............................................................................ 33

Tabela 6 – Metas para o saneamento básico nas macrorregiões e no País (em %) ............ 34

Tabela 7 – Metas para principais serviços de saneamento básico nas unidades da federação

(em %) ................................................................................................................................. 35

Tabela 8 – Metas para gestão dos serviços de saneamento nas macrorregiões e no País

(em %) ................................................................................................................................. 36

Tabela 9 – Projeção de população para cálculo de demandas de Araruama ....................... 37

Tabela 10 – Projeção de população para cálculo de demandas da área de abrangência da

Concessão da CAJ .............................................................................................................. 38

Tabela 11 – Projeção de população de projeto de Araruama ............................................... 39

Tabela 12 – Projeção de população de projeto dos Municípios da área de Concessão da

CAJ ...................................................................................................................................... 40

Tabela 13 – Consumo per capita e índice de perdas ........................................................... 41

Tabela 14 – Consumo per capita – março de 2.013 ............................................................. 42

Tabela 15 – Demandas do sistema de água para Araruama ............................................... 43

Tabela 16 – Demandas do sistema de água para a área de concessão da CAJ .................. 44

Tabela 17 – Reservação necessária em Araruama ............................................................. 45

Tabela 18 – Reservação necessária na área de concessão da CAJ .................................... 46

Tabela 19 – Demandas do sistema de água para a área de concessão da Prolagos .......... 47

Tabela 20 - Condicionantes, Deficiências e Potencialidades ............................................... 49

Tabela 21 - Ameaças e Oportunidades do atual modelo de gestão. .................................... 49

Tabela 22 - Modelo Numérico para Ponderação das Ameaças ........................................... 50

Tabela 23 – Cronograma de implantação dos reservatórios ................................................ 56

Tabela 24 – Plano de investimentos – 3º Termo Aditivo ao contrato de concessão (CAJ) ... 59

Tabela 25 – Cronograma de investimentos estimados para a área de concessão (PMSB) . 60

Tabela 26 – Comparativo de investimentos da área de concessão – PMSB x 3º Termo

Aditivo .................................................................................................................................. 61

Tabela 27 – Comparativo de investimentos da área de concessão – PMSB x 3º Termo

Aditivo .................................................................................................................................. 62

X

Tabela 28 – Cronograma de investimentos – sistema produtor ........................................... 63

Tabela 29 – Cronograma de investimentos – adução de água tratada ................................ 63

Tabela 30 – Cronograma de investimentos – reservação de água tratada ........................... 63

Tabela 31 – Cronograma de investimentos – redes de distribuição ..................................... 64

Tabela 32 – Cronograma de investimentos – resumo .......................................................... 64

Tabela 33 - Metas de Níveis de Atendimento (Contrato de Concessão) .............................. 68

Tabela 34 – Metas para o saneamento básico nas macrorregiões e no País (em %) .......... 69

Tabela 35 – Metas para principais serviços de saneamento básico nas unidades da

federação (em %) ................................................................................................................ 70

Tabela 36 - Condicionantes, Deficiências e Potencialidades ............................................... 73

Tabela 37 - Ameaças e Oportunidades do atual modelo de gestão. .................................... 73

Tabela 38 - Modelo Numérico para Ponderação das Ameaças ........................................... 74

Tabela 39 – Cronograma de investimentos (7º Termo Aditivo) ............................................ 74

Tabela 40 – Resumo geral de investimentos – Praia Seca .................................................. 79

Tabela 41 – Resumo geral de investimentos – Sede ........................................................... 79

Tabela 42 – Resumo geral de investimentos – Morro Grande ............................................. 80

Tabela 43 – Resumo geral de investimentos – Iguabinha .................................................... 80

Tabela 44 – Resumo geral de investimentos – São Vicente ................................................ 81

Tabela 45 – Resumo geral de investimentos – Araruama .................................................... 81

Tabela 46 – Porcentagem de atendimento por bacia ........................................................... 83

Tabela 47 – Cenário 2 - Demandas para o sistema de esgoto (redes separadoras) ............ 84

Tabela 48 – Cenário 2 – cronograma (2.014 a 2.020) .......................................................... 87

Tabela 49 - Cenário 2 – cronograma (2.021 a 2.027)........................................................... 88

Tabela 50 - Cenário 2 – cronograma (2.028 a 2.033)........................................................... 89

Tabela 51 – Investimentos necessários – redes coletoras, ligações domiciliares, estações

elevatórias e linhas de recalque ........................................................................................... 93

Tabela 52 – Investimentos necessários – ETE .................................................................... 93

Tabela 53 – Investimentos necessários – Projetos .............................................................. 94

Tabela 54 – Investimentos necessários – Resumo .............................................................. 94

Tabela 55 – Cenário 3 - Demandas para o sistema de esgoto (redes separadoras) ............ 96

Tabela 56 – Cenário 3 – cronograma (2.014 a 2.020) .......................................................... 98

Tabela 57 - Cenário 3 – cronograma (2.021 a 2.027)........................................................... 99

Tabela 58 - Cenário 3 – cronograma (2.028 a 2.033)......................................................... 100

XI

Tabela 59 – Investimentos necessários – redes coletoras, ligações domiciliares, estações

elevatórias e linhas de recalque ......................................................................................... 104

Tabela 60 – Investimentos necessários – ETE .................................................................. 104

Tabela 61 – Investimentos necessários – Projetos ............................................................ 105

Tabela 62 – Investimentos necessários – Resumo ............................................................ 105

Tabela 63 – Comparativo de investimentos (Cenários 2 e 3) ............................................. 107

Tabela 64 - Condicionantes, Deficiências e Potencialidades ............................................. 110

Tabela 65 - Ameaças e Oportunidades do atual modelo de gestão. ................................. 111

Tabela 66 - Modelo Numérico para Ponderação das Ameaças. ....................................... 113

Tabela 67 – Ameaças Programa 1 - Hidrologia.................................................................. 114

Tabela 68 – Ameaças Programa 2 - Microdrenagem ......................................................... 114

Tabela 69 – Ameaças Programa 3 – Macrodrenagem ....................................................... 114

Tabela 70 – Ameaças Programa 4 – Defesa Civil .............................................................. 114

Tabela 71 – Ameaças Programa 5 – Gestão do Sistema ................................................... 115

Tabela 72 - Necessidade de investimentos em drenagem e manejo de águas pluviais

urbanas entre o ano base de 2011 e os anos 2015, 2020 e 2030. ..................................... 120

Tabela 73 - Necessidade de investimentos totais em drenagem e manejo de águas pluviais

urbanas para o País........................................................................................................... 120

Tabela 74 – Metas para gestão dos serviços de saneamento básico na Região Sudeste do

País (em %). ...................................................................................................................... 121

Tabela 75 - Programa 1 - Hidrologia .................................................................................. 143

Tabela 76 - Programa 2 – Microdrenagem ......................................................................... 143

Tabela 77 - Programa 3 – Macrodrenagem ....................................................................... 143

Tabela 78 - Programa 4 – Defesa Civil .............................................................................. 143

Tabela 79 - Programa 5 – Gestão do Sistema ................................................................... 144

Tabela 80 – Cronograma financeiro (Programa 1) ............................................................. 144

Tabela 81 - Cronograma financeiro (Programa 2) .............................................................. 145

Tabela 82 - Cronograma financeiro (Programa 3) .............................................................. 145

Tabela 83 - Cronograma financeiro (Programa 4) .............................................................. 146

Tabela 84 - Cronograma financeiro (Programa 5) .............................................................. 146

Tabela 85 - Resumo do cronograma .................................................................................. 147

Tabela 86 - Investimentos por programa............................................................................ 147

Tabela 87 - Fontes de recurso (Programa 1) ..................................................................... 148

Tabela 88 - Fontes de recurso (Programa 2) ..................................................................... 148

XII

Tabela 89 - Fontes de recurso (Programa 3) ..................................................................... 148

Tabela 90 - Fontes de recurso (Programa 4) ..................................................................... 148

Tabela 91 - Fontes de recurso (Programa 5) ..................................................................... 149

Tabela 92 - Fontes de recursos (valor total) ....................................................................... 149

Tabela 93 - Memorial de cálculo (Programa 1) .................................................................. 150

Tabela 94 - Memorial de cálculo (Programa 2) .................................................................. 150

Tabela 95 - Memorial de cálculo (Programa 3) .................................................................. 152

Tabela 96 - Memorial de cálculo (Programa 4) .................................................................. 152

Tabela 97 - Memorial de cálculo (Programa 5) .................................................................. 153

Tabela 98 - Modelos Institucionais para a Regulação, Fiscalização e Controle dos Serviços

de Saneamento Básico ...................................................................................................... 186

Tabela 99 - Estrutura Financeira ........................................................................................ 207

Tabela 100 - Investimentos previstos pela CAJ ................................................................. 207

Tabela 101 - Repasse de recursos financeiros do Governo do Estado através do ICMS

Verde (2012) ...................................................................................................................... 208

Tabela 102 - Recursos necessários por serviço ................................................................. 209

Tabela 103 - Capacidade de investimento em 20 anos ...................................................... 209

Tabela 104 - Comparativo entre capacidade de investimento e recursos necessários ....... 210

XIII

GLOSSÁRIO

ANA - Agência Nacional de Águas

APA - Áreas de Proteção Ambiental

AGENERSA - Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de

Janeiro

CAJ – Concessionária Águas de Juturnaíba

CDP - Condicionantes/Deficiências/Potencialidades

COBRADE - Codificação Brasileira de Desastres

CILSJ - Consórcio Intermunicipal Lagos de São João

CPRM - Serviço Geológico do Brasil

CBHLSJ - Comitê da Bacia Hidrográfica Lagos de São João

DNOS - Departamento Nacional de Obras de Saneamento

EEE - Estação Elevatória de Esgoto

ETE - Estação de Tratamento de Esgoto

FGV - Fundação Getúlio Vargas

GESAN - Grupo Executivo de Saneamento e Drenagem Urbana

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IMELS - Ministério Italiano do Meio Ambiente e da Tutela do Território e do Mar

INEA - Instituto Estadual do Ambiente

INMET - Instituto Nacional de Meteorologia

IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional

MRA - Macrorregião Ambiental

PMSB - Plano Municipal de Saneamento Básico

PLANCON - Plano de Contingência de Proteção e Defesa Civil

RH - Região Hidrográfica

SNIS - Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento

TTS - Tomada de Tempo Seco

XIV

APRESENTAÇÃO

O presente relatório COMPREENDE o PRODUTO 7 (Prognósticos) dos Estudos e

Projetos para Consecução do Plano de Saneamento Básico do Município de

Araruama, localizado no estado do Rio de Janeiro, ABRANGENDO os Serviços de

Abastecimento de Água Potável, de Esgotamento Sanitário e de Drenagem e

Manejo das Águas Pluviais Urbanas.

Este foi elaborado conforme previsto no Edital e Anexos da Tomada de Preços TP

n.º 11/2011 do Instituto Estadual do Ambiente (INEA) e ao CONTRATO n.º 48/2012

firmado no dia 24 de Julho de 2012 entre o INEA e a empresa SERENCO.

15

1. INTRODUÇÃO – CONTEXTO REGIONAL

A assinatura dos contratos firmados entre o Governo do Estado do Rio de

Janeiro, os Municípios de Arraial do Cabo, Armação dos Búzios, Cabo Frio,

Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia com a empresa Prolagos, em 1998, e

dos Municípios de Araruama, Saquarema e Silva Jardim, com a

Concessionária Águas de Juturnaíba – CAJ, constituiu-se em marco referencial

da despoluição da Lagoa de Araruama em continuidade aos trabalhos até

então desenvolvidos. A Região em questão, tem sua economia dependendo

substancialmente do turismo, revelando a necessidade de investimentos

contínuos na preservação de lagoas e praias dos entornos urbanos, em busca

de sua preservação ambiental. Ambos, Prolagos, e CAJ implementaram o

abastecimento de água e passaram a adotar como tecnologia para o

esgotamento sanitário, o sistema de tomada em tempo seco, conhecida por

sistema unitário. A utilização do sistema municipal de drenagem pluvial como

rede coletora de esgotos sanitários, a construção de cordões interceptores,

estações elevatórias e estações de tratamento, ao longo do tempo, reduziram

drasticamente a poluição de lagoas e praias, retomando-se gradativamente o

ciclo econômico de desenvolvimento turístico da Região dos Lagos. A presença

do Comitê de Bacias Hidrográficas das Lagoas de Araruama, Saquarema e dos

Rios São João, Una e Ostras, criado pela Lei Estadual Nº3. 239/1999, trouxe

novo reforço à Região, na preservação dos recursos hídricos. Na sequência,

criou-se o Consórcio Intermunicipal para Gestão Ambiental das Bacias

Hidrográficas da Região dos Lagos, Rio São João e Zonas Costeiras,

consolidando-se ainda mais o reforço institucional na Região.

Ampliam-se os serviços de saneamento básico, tais como limpeza urbana e

manejo de resíduos sólidos, drenagem e manejo de águas pluviais. Implanta-se

pela iniciativa privada, o Aterro Sanitário DOIS ARCOS, em São Pedro da

Aldeia, passando a receber os resíduos sólidos urbanos de Arraial do Cabo,

Cabo Frio, Armação dos Búzios, São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande e

16

recentemente Silva Jardim e Casimiro de Abreu ou ainda, Araruama e

Saquarema no futuro.

Ampliam-se as áreas inundáveis pelas águas pluviais em todos os municípios,

tendo em vista o aumento da impermeabilização e o crescimento das áreas

urbanas dentro das bacias hidrográficas.

A lei da Política Nacional de Saneamento Básico de 2007, e a que institui a

Política Nacional de Resíduos Sólidos, de 2010, determinam para todo o País,

programas e metas a serem cumpridas por todos os municípios brasileiros,

dentro de cenários futuros para um horizonte de 20 (vinte) anos. Novas regras

são detalhadas e indicadores e metas são definidos em busca da

universalização do saneamento básico para toda a população brasileira.

Os tempos são outros, as regras são novas e a gestão do saneamento básico

praticado até o momento carece de uma ampla reflexão em busca de novo

modelo institucional, preparando o caminho por onde os municípios deverão

trilhar nos próximos 20 (vinte) anos. A consolidação de uma nova gestão

integrada deverá ocorrer nos próximos anos mediante um forte apoio técnico e

uma sólida base financeira, supervisionados por equipes bem preparadas para

os novos cenários que se estabelecem.

O Produto ora apresentado descreve os prognósticos dos sistemas de

abastecimento de água, esgotamento sanitário e drenagem e manejo de águas

pluviais urbanas, ajustados aos cenários propostos, suas metas, programas e

ações. As propostas para o sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos

sólidos, são apresentadas em separado, no PRODUTO 8, de acordo com o

Termo de Referência do INEA.

Ao final, descreve-se a análise do atual modelo institucional, as suas

características jurídicas e a Proposta inicial de Criação de um Consórcio

Público para a Gestão do Saneamento Básico na Região dos Lagos/RJ.

17

Espera-se com a realização dos 2.º Seminários obter valiosas contribuições

para a consolidação dos prognósticos do PMSB, momento importante da

construção dos Planos, consolidando-se os elementos da próxima etapa dos

trabalhos, a versão preliminar do Plano.

2. PREVISÕES POPULACIONAIS ADOTADAS

Na elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico, e Plano Municipal

de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, o Produto 6 (Estudo Populacional e

Arranjos Institucionais) apresentou as projeções de crescimento da população

para os próximos 20 anos, tendo em vista os últimos Censos do IBGE, e

informações sobre a população flutuante dos municípios da região.

Análises matemáticas

De acordo com o Censo IBGE, 2010, Araruama possuía naquele ano as

seguintes características:

População total = 112.008 habitantes.

Área da Unidade Territorial = 638,02 km2.

Densidade Demográfica = 175,55/km2.

População Urbana = 106.486 habitantes.

População Rural = 5.522 habitantes.

Para o Estudo Populacional, foram utilizados os seguintes métodos:

Aritmético;

Geométrico;

Planilha Excel da Microsoft:

o Ajustamento Linear;

o Curva de Potência;

o Equação Exponencial;

18

o Equação Logarítmica, e,

o Equação Polinomial.

O método da Equação Polinomial foi o que apresentou taxas de crescimento

mais próximas das observadas na série histórica analisada, todavia, sugerimos

a adoção do Método Aritmético pelos seguintes motivos:

a tendência de crescimento atual é bem menor comparada ao início da

série histórica;

não existem no município significativas áreas correspondentes a vazios

urbanos que possibilitem grandes expansões;

existem inúmeras áreas de preservação que restringem o crescimento

urbano e após a elaboração do Plano Diretor de 2.006 as exigências

para construções são bem maiores.

Tabela 1 - População Residente Adotada

ANO Taxa de

crescimento (%)

População Residente

(habitantes) ANO

Taxa de crescimento

(%)

População Residente

(habitantes)

-1 2.012 2,75% 112.509 10 2.023 2,11% 145.640

0 2.013 2,68% 115.521 11 2.024 2,07% 148.652

1 2.014 2,61% 118.533 12 2.025 2,03% 151.664

2 2.015 2,54% 121.545 13 2.026 1,99% 154.676

3 2.016 2,48% 124.557 14 2.027 1,95% 157.688

4 2.017 2,42% 127.569 15 2.028 1,91% 160.700

5 2.018 2,36% 130.581 16 2.029 1,87% 163.712

6 2.019 2,31% 133.593 17 2.030 1,84% 166.723

7 2.020 2,25% 136.605 18 2.031 1,81% 169.735

8 2.021 2,20% 139.616 19 2.032 1,77% 172.747

9 2.022 2,16% 142.628 20 2.033 1,74% 175.759 Fonte: SERENCO, 2013

19

Tabela 2 - População Flutuante

POP. FLUT. EM DOM.

DE USO OCASIONAL

POP. FLUT. EM

HOTEIS e POUSADAS

POP. FLUT. EM DOM.

PERMANENTESPOP. FLUT. TOTAL

-1 2.012 67.563 6.756 37.827 112.147

0 2.013 69.372 6.937 38.840 115.149

1 2.014 71.180 7.118 39.852 118.151

2 2.015 72.989 7.299 40.865 121.153

3 2.016 74.798 7.480 41.878 124.155

4 2.017 76.606 7.661 42.890 127.157

5 2.018 78.415 7.842 44.051 130.308

6 2.019 80.224 8.022 45.067 133.313

7 2.020 82.033 8.203 46.083 136.319

8 2.021 83.841 8.384 47.099 139.324

9 2.022 85.650 8.565 48.115 142.330

10 2.023 87.458 8.746 49.298 145.502

11 2.024 89.267 8.927 50.317 148.511

12 2.025 91.076 9.108 51.337 151.520

13 2.026 92.884 9.288 52.356 154.529

14 2.027 94.693 9.469 53.376 157.538

15 2.028 96.502 9.650 54.580 160.732

16 2.029 98.311 9.831 55.603 163.745

17 2.030 100.119 10.012 56.626 166.757

18 2.031 101.928 10.193 57.649 169.769

19 2.032 103.736 10.374 58.672 172.782

20 2.033 105.545 10.555 59.695 175.794

ANO

Fonte: SERENCO, 2013

Analisando os dados da Tabela anterior e comparando com a população

residente verificamos que atualmente a população flutuante atinge diferentes

percentuais da população fixa, na alta temporada, representante um aumento

de 100% da população.

A explicação coerente para essas divergências se deve ao fato de que os

valores populacionais de alta temporada equivalem a picos de ocupação em

períodos excepcionais, correspondentes a alguns dias do ano, como no

carnaval e no ano novo.

A seguir apresenta-se a Tabela que resulta na população total de temporada,

ou seja, a soma das populações: fixa (residente) e flutuante total.

20

Tabela 3 - População de Temporada

POPULAÇÃO

RESIDENTE

POPULAÇÃO

FLUTUANTETOTAL

-1 2.012 112.509 112.147 224.656

0 2.013 115.521 115.149 230.670

1 2.014 118.533 118.151 236.684

2 2.015 121.545 121.153 242.698

3 2.016 124.557 124.155 248.712

4 2.017 127.569 127.157 254.726

5 2.018 130.581 130.308 260.888

6 2.019 133.593 133.313 266.906

7 2.020 136.605 136.319 272.924

8 2.021 139.616 139.324 278.941

9 2.022 142.628 142.330 284.958

10 2.023 145.640 145.502 291.142

11 2.024 148.652 148.511 297.163

12 2.025 151.664 151.520 303.185

13 2.026 154.676 154.529 309.205

14 2.027 157.688 157.538 315.226

15 2.028 160.700 160.732 321.432

16 2.029 163.712 163.745 327.456

17 2.030 166.723 166.757 333.480

18 2.031 169.735 169.769 339.504

19 2.032 172.747 172.782 345.529

20 2.033 175.759 175.794 351.553

ANO

Fonte: SERENCO, 2013

21

3. CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS

A construção de cenários futuros é uma ferramenta importante para o

planejamento e a tomada de decisões futuras apropriadas, ou seja, o

estabelecimento de prognósticos. É importante ressaltar que a construção de

cenários permite a integração das ações que atendam as questões financeiras,

ecológicas, sociais e tecnológicas, estabelecendo a percepção da evolução do

presente para o futuro.

A geração dos cenários permite antever um futuro incerto e como este futuro

pode ser influenciado pelas decisões propostas no presente. Por isso, os

cenários não são previsões, mas sim imagens alternativas do futuro que foram

subsidiadas por um diagnóstico, conhecimento técnico, e demandas da

comunidade expressas no processo construtivo do planejamento.

A técnica de planejamento baseada na construção de cenários é pouco

conhecida no Brasil. Dos diversos planos municipais de Saneamento Básico

consultados, poucos deles abordam, mesmo que superficialmente, o tema.

Entretanto, o documento intitulado “Metodologia e Técnicas de Construção de

Cenários Globais e Regionais” elaborado por Sérgio C. Buarque, em 2003,

para o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA, órgão vinculado ao

Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão, fornece uma base teórica e

fundamentos metodológicos práticos muito importantes, sendo utilizados como

referência na construção de cenários futuros.

De acordo com a metodologia de Buarque (2003), estes cenários são

interpretados da seguinte maneira:

Um cenário previsível, com os diversos atores setoriais agindo

isoladamente e sem a implantação e/ou interferência do PMSB, e,

22

Um cenário normativo, com o PMSB agindo como instrumento

indutor de ações planejadas e integradas entre si.

A técnica de cenários baseia-se na prospecção e na projeção de ocorrências

imprevisíveis e, tem como princípios básicos a intuição e o livre pensamento.

Portanto, não é recomendável estabelecer uma metodologia rígida, com

tabelas, gráficos e fórmulas que limitem a intuição e a divagação por mais

absurda que possa parecer. Não existe uma única forma de delinear cenários

devido às peculiaridades de cada atividade ou região.

Entretanto, é necessário que se estabeleça um roteiro (não obrigatório) que

evite a dispersão de ideias e conduza ao objetivo pretendido. A Figura 1

apresenta, de forma sucinta, a metodologia adotada.

Figura 1 - Esquema Geral da Metodologia para a Elaboração dos Cenários

Fonte: SERENCO, 2013

Neste contexto poderíamos resumir os seguintes cenários: (i) Desejado – O

Município alcançará, no futuro (indefinido e utópico), a plena gestão dos

sistemas; (ii) Previsível – crescimento urbano mais controlado do que hoje, e

(iii) Normativo – crescimento urbano ordenado com a plena gestão dos

sistemas.

23

Propõe-se o seguinte roteiro, num processo de aproximações sucessivas:

a) elaboração do primeiro esboço do cenário desejado (ideias, desejos, e

utopias);

b) listagem exaustiva e aleatória das ameaças, oportunidades e

incertezas;

c) análise da consistência, aglutinando semelhantes, identificando as

mais críticas;

d) formulação de esboço do cenário previsível (tendência) resultado das

ameaças e incertezas;

e) aponte de prioridades e objetivos que conduziram ao cenário normativo

(possível e planejado);

f) seleção de objetivos e ações prioritárias, e,

g) reinício do processo quantas vezes forem necessárias.

A formulação de cenários consiste no exercício do livre pensamento, portanto,

é necessário que não se perca o foco do principal objetivo contratual, que é a

elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB. O excesso de

preciosismo ou a abertura de um leque imenso de alternativas e participações

poderá conduzir a um estudo ficcional, sem aplicação prática, que consumirá

um tempo de formulação, discussão, e aprovação, muito maior do que o

requerido para elaborar o próprio PMSB, que é o objeto do presente contrato.

A construção de cenários dentro do Plano Municipal de Saneamento Básico

será a mais objetiva possível, limitada a sua capacidade de intervenção, de

forma a se tornar um instrumento eficaz de prevenção e remoção de

obstáculos e, principalmente, no estabelecimento de prioridades.

O processo inicia (em cada etapa) com uma relação aleatória de ideias,

desejos, ameaças, oportunidades e incertezas, as quais vão sendo

gradativamente organizadas, aglutinadas, excluídas e priorizadas – processo

indutivo. Também poderá seguir o caminho inverso, partindo da síntese do

24

futuro desejado, o qual vai sendo gradativamente detalhado – processo

dedutivo.

Do documento elaborado por Sérgio C. Buarque para o IPEA, em 2003, outro

trecho explica com muita clareza a questão:

“... as metodologias de construção de cenários podem ser

diferenciadas em dois grandes conjuntos distintos segundo o

tratamento analítico:(a) Indutivo - os cenários emergem do particular

para o geral e, se estruturam pelo agrupamento das hipóteses,

formando blocos consistentes que expressam determinados

futuros..., surgindo por si mesmos como resultado da organização

dos eventos, sem uma definição apriorística do desenho do futuro;

(b) Dedutivo -... saindo do geral e indo para o particular, por meio de

uma descrição do estado futuro que traduza a natureza básica da

realidade.”

Após o esboço do cenário desejado tem início a etapa mais importante, que

consiste na identificação das ameaças e incertezas que poderão dificultar ou

até impedir o alcance deste futuro desejado. Ainda segundo BUARQUE, 2003:

“A essência do trabalho de construção de cenários concentra-

se, portanto, em dois grandes momentos fundamentais: a

identificação das incertezas críticas e a formulação das

hipóteses.”

Não basta elaborar uma lista detalhada de ameaças, é preciso compará-la com

a lista de oportunidades (regulação existente, ações e projetos em andamento,

recursos disponíveis ou contratados, alternativas já aprovadas pela população,

etc.). Deste confronto surgirá uma lista depurada de ameaças ou incertezas

aglutinando as semelhantes, eliminando as sem plausibilidade ou sem

relevância. O passo seguinte define as mais críticas e relevantes, o que é feito

através de matrizes ou tabelas, e a adoção de graus de avaliação. Sugerem-se

três graus de relevância: A – alta, M – média e, B – baixa.

25

Isto posto, conforme já mencionado, o momento mais importante na definição

de cenários é a identificação das ameaças críticas de maior relevância e de

maior incerteza extraídas do diagnóstico, PRODUTO 4.

A identificação de oportunidades é importante para que na próxima etapa seja

possível quantificar e qualificar as ameaças. Definem-se as ameaças críticas

mais relevantes e mais incertas e consequentemente as ações prioritárias.

Embora a teoria de elaboração de cenários não recomende a utilização de

tabelas e gráficos pré-definidos para não limitar a criatividade e a intuição, o

modelo matemático será aplicado para a ponderação das ameaças críticas

relativas à Construção dos Cenários do Plano Municipal de Saneamento

Básico do Município. As notas adotadas para a relevância e para a incerteza

são as seguintes: 05 para Alta, 03 para Média e 01 para Baixa. A prioridade (P)

é definida pela multiplicação de relevância (R) e incerteza (I), (P=RxI).

Em vista do exposto, qual o caminho ou tipo de cenário a adotar? Indutivo ou

dedutivo é uma decisão da equipe técnica de especialistas da Consultora

SERENCO, já que isto irá se configurar somente após a realização das

consultas públicas programadas ao longo da construção do PMSB.

A teoria de montagem de cenários tem demonstrado que o caminho adotado

não se identifica a priori sem as consultas públicas. Quando um caminho não

traz os resultados desejados, tenta-se outro. É preciso entender que Cenários

são um exercício livre de pensamento a ser ajustado a cada passo. É

importante salientar que a Consultora propõe uma tecnologia de construção de

cenários para alcançar os resultados desejados, e cabe a ela, portanto, total

responsabilidade no caminho adotado. A função da Contratante INEA será o de

analisar e debater os resultados alcançados com os participantes das consultas

públicas.

26

Desta forma, a identificação do caminho a ser adotado somente se dará

quando da conclusão dos trabalhos relativos a Construção dos Cenários para o

PMSB do Município, os quais serão submetidos à análise por parte do grupo

local de técnicos responsáveis pelo acompanhamento dos trabalhos e pelo

INEA.

3.1 SISTEMATIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES

A Sistemática CDP aplicada normalmente na elaboração dos Planos

Municipais de Saneamento Básico apresenta basicamente um método de

ordenação criteriosa e operacional dos problemas e fatos, resultantes de

pesquisas e levantamentos, proporcionando apresentação compreensível e

compatível com a situação atual da cidade, ou seja, do Diagnóstico.

A classificação dos elementos segundo Condicionantes/Deficiências/

Potencialidades, (CDP) atribui aos mesmos uma função dentro do processo de

desenvolvimento da cidade. Isto significa que as tendências desse

desenvolvimento podem ser percebidas com maior facilidade.

De acordo com esta classificação é possível estruturar a situação dos

Municípios, conforme segue:

Condicionantes: Elementos existentes no ambiente urbano, planos e decisões

existentes, com consequências futuras no saneamento básico ou no

desenvolvimento do Município, e que pelas suas características e implicações

devem ser levados em conta no planejamento de tomadas de decisões.

Deficiências: São elementos ou situações de caráter negativo que significam

estrangulamentos na qualidade de vida das pessoas e dificultam o

desenvolvimento do Município.

27

Potencialidades: São aspectos positivos existentes no Município que devem

ser explorados e/ou otimizados, resultando em melhoria da qualidade de vida

da população.

As deficiências e as potencialidades podem ter as seguintes características:

técnicas, naturais, culturais, legais, financeiras, sociais, administrativas e

econômicas.

A utilização da sistemática CDP possibilita classificar todos os aspectos

levantados nas leituras técnicas e comunitárias (diagnóstico) nestas três

categorias, visando a montagem dos cenários, identificando as ações

prioritárias e as tomadas de decisões.

A aplicação do CDP abre o caminho para aplicação da metodologia proposta

para construção dos Cenários Futuros para Araruama.

A sequência do trabalho obedece a metodologia descrita e proposta para a

construção dos cenários futuros, de acordo com os parâmetros a seguir

identificados:

I - Ameaças e oportunidades do atual modelo de gestão:

- primeiro são elencadas todas as ameaças e oportunidades do

atual modelo de gestão;

II - A identificação das ameaças críticas através de matriz numérica;

- segunda etapa consiste em identificar as prioridades, através do

produto das Relevâncias e Incertezas de cada Ameaça,

anteriormente elencadas. Sendo os índices de relevância e

incerteza os seguintes:

III - A convergência das ameaças críticas, e,

IV - A hierarquização dos principais temas.

Alta = 05 Média = 03 Baixa = 01

PRIORIDADE = RELEVÂNCIA X INCERTEZA

28

Na última etapa é realizada a hierarquização por ordem decrescente, do grupo

que mais pontuou, para o que menos pontuou.

4. ABASTECIMENTO DE ÁGUA e ESGOTAMENTO SANITÁRIO

4.1 INTRODUÇÃO

Como forma de nortear as propostas para os sistemas de abastecimento de

água e esgotamento sanitário, utilizaremos como base a Lei 11.445 de 5 de

janeiro de 2.007, que cita algumas definições e princípios fundamentais, tais

como:

Integralidade, compreendida como o conjunto de todas as atividades e

componentes de cada um dos diversos serviços de saneamento básico,

propiciando à população o acesso na conformidade de suas

necessidades e maximizando a eficácia das ações e resultados;

Abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e

manejo dos resíduos sólidos realizados de formas adequadas à saúde

pública e à proteção do meio ambiente;

Eficiência e sustentabilidade econômica;

Utilização de tecnologias apropriadas, considerando a capacidade de

pagamento dos usuários e a adoção de soluções graduais e

progressivas;

Segurança, qualidade e regularidade;

Esgotamento sanitário: constituído pelas atividades, infra-estruturas e

instalações operacionais de coleta, transporte, tratamento e disposição

final adequados dos esgotos sanitários, desde as ligações prediais até o

seu lançamento final no meio ambiente;

Universalização: ampliação progressiva do acesso de todos os

domicílios ocupados ao saneamento básico;

29

Subsídios: instrumento econômico de política social para garantir a

universalização do acesso ao saneamento básico, especialmente para

populações e localidades de baixa renda;

Através destes princípios fundamentais citados, percebemos a necessidade

legal dos sistemas atingirem a totalidade da população, sabendo-se que, para

isso, deve-se prever um espaço de tempo (metas graduais) e que nem todos

receberão os serviços da mesma forma, mas todos devem ser atendidos de

forma adequada.

Quanto ao sistema de abastecimento de água, o PLANSAB (Plano Nacional de

Saneamento Básico) trata como atendimento adequado o fornecimento de

água potável por rede de distribuição, com ou sem canalização interna, ou por

poço, nascente ou cisterna, com canalização interna, em qualquer caso sem

intermitência prolongada ou racionamentos, mostrando as diferentes formas de

atendimento à população. Para o sistema de esgoto a atendimento adequado

se dá por coleta seguida de tratamento ou o uso de fossa séptica, também de

acordo com o PLANSAB.

Um exemplo para estes sistemas de que nem toda a população receberá o

serviço da mesma forma é que, em alguns pontos, ocorrerão sistemas coletivos

(onde há maior adensamento populacional) enquanto que em outros as

soluções deverão ser individuais.

Quanto à forma de coleta dos sistemas coletivos de esgotamento sanitário, a

tendência e a vontade de todos os envolvidos (Poder Concedente, população e

Concessionárias), é que seja através de redes separadoras absolutas.

Mas para que isso se torne realidade, devemos prever, ou ao menos elencar

alternativas de recursos para a sua execução. Quanto a este assunto,

retornamos à Lei 11.445, em seu artigo 29:

30

“Os serviços públicos de saneamento básico terão a sustentabilidade

econômico-financeira assegurada, sempre que possível, mediante

remuneração pela cobrança dos serviços;

I – de abastecimento de água e esgotamento sanitário:

preferencialmente na forma de tarifas e outros preços públicos, que

poderão ser estabelecidos para cada um dos serviços ou para ambos

conjuntamente”;

Pelo texto da Lei, este sistema tem sua sustentabilidade econômico-financeira

assegurada, preferencialmente pela forma de cobrança dos serviços, isto é,

basicamente o sistema deve ser equilibrado entre o que se arrecada e o que se

gasta com sua operação e os investimentos necessários à ampliação

progressiva para se chegar à universalização, assim como o sistema de

abastecimento de água.

No caso em questão do Município de Araruama, este está inserido em uma

prestação de serviços regionalizada, junto com outros dois Municípios quanto

aos sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário (Saquarema

e Silva Jardim).

Portanto, além do que assegura a própria Lei 11.445 quanto ao equilíbrio

econômico financeiro dos sistemas de água e esgoto, existe já um contrato de

concessão vigente em que existem regras e condições para a prestação dos

serviços deste sistema e também condições de equilíbrio econômico financeiro,

tais como, valores de tarifas e de investimentos ao longo do período de

concessão.

O equilíbrio econômico-financeiro do contrato vigente está assegurado, para o

sistema de esgotamento sanitário, considerando as obras constantes no 7º

Termo Aditivo, que são todas as necessárias para o atendimento das metas

contratuais, segundo os próprios Termos Aditivos e a Segunda Revisão

Quinquenal.

31

Para o sistema de água os investimentos estão previstos no 3º Termo Aditivo e

também são todos os necessários para atendimento das metas contratuais.

4.2 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Os Municípios de Araruama, Saquarema e Silva Jardim fazem parte de um

sistema integrado de distribuição de água, concedido à iniciativa privada para a

empresa CAJ (Concessionária Águas de Juturnaíba), que abastece estes 3

Municípios a partir do mesmo manancial, a saber, a Represa de Juturnaíba.

Por este motivo, o funcionamento do sistema como um todo é de suma

importância para cada um dos Municípios.

Desta forma, iniciaremos o estudo sobre este sistema através das demandas,

especificamente para Araruama, mas também para a área da concessão como

um todo.

Além disso, a Represa de Juturnaíba também é o manancial de abastecimento

de outros 5 Municípios da região (Armação dos Búzios, Arraial do Cabo, Cabo

Frio, São Pedro da Aldeia e Iguaba Grande), que são abastecidos por outra

concessionária, mas que se utilizam do mesmo manancial. Portanto, as

demandas destes outros 5 Municípios também interessam a todos os outros

quanto à disponibilidade hídrica deste manancial, já que não se vislumbram

outras fontes de abastecimento na região.

4.2.1 Objetivos Gerais

I. Ampliação da produção e transporte de água tratada;

II. Promover a expansão da rede de abastecimento de água em

consonância com o programa de universalização dos serviços;

III. Ampliação da reservação de água tratada;

IV. Qualidade de atendimento ao usuário, com respeito a prazos

estabelecidos;

32

V. Qualidade dos produtos (atendimento ao padrão de potabilidade da

água distribuída definido pela Portaria 2.914 do Ministério da Saúde);

VI. Continuidade e regularidade;

VII. Hidrometração, com manutenção de, no mínimo, 98% do total de

ligações dotadas com hidrômetro em condições de leitura;

VIII. Controle de perdas de forma a atender a meta estabelecida na

Segunda Revisão Quinquenal, conforme descrito no Produto 4;

IX. Metas de cobertura dos serviços, atendendo ao disposto no Contrato

de Concessão;

4.2.2 Metas de atendimento

4.2.2.1 Contrato de concessão da CAJ

Quanto à porcentagem de atendimento da população com o sistema de

abastecimento de água, as metas vigentes da concessão são as constantes no

Contrato de Concessão, conforme a seguir.

Tabela 4 - Metas de Níveis de Atendimento (Contrato de Concessão)

ANO Água

3 (2.001) 80%

8 (2.006) 85%

13 (2.011) 90%

20 (2.018) 95%

25 (2.023) 100%

Fonte: Contrato de concessão - CAJ

As metas existentes dizem respeito à área de concessão como um todo.

Comparando-se a quantidade de economias residenciais existentes no ano de

2.012 informada pela CAJ e o número de domicílios totais estimados também

para o ano de 2.012 (projeção feita pela Serenco no produto 6), pode-se

calcular o nível de atendimento atual com o sistema de abastecimento de água

do Município de Araruama e também da área de concessão.

33

Tabela 5 - Níveis de Atendimento (2012)

Município Economias residenciais

(2013)

Projeção de domicílios totais

(2013)

% atendimento

Araruama 42.184 58.948 71,56%

Saquarema 13.003 36.371 (*) 35,75%

Silva Jardim 2.567 5.714 (*) 44,92%

Total da Concessão 57.754 101.033 57,16%

(*) estimativa de domicílios da área de concessão

Fonte: Serenco, 2013

Desta forma conclui-se que o nível de atendimento atual está abaixo do

estipulado contratualmente, nível este que deverá ser atendido com as ações

propostas no presente PMSB.

Por estas obrigações legais vigentes, o atendimento de 100% da população

urbana dos Municípios participantes da concessão tem obrigação de acontecer

no ano 2.023.

4.2.2.2 PLANSAB

De acordo com a proposta do Plansab (Plano Nacional de Saneamento

Básico), que está no presente momento em consulta pública para posterior

aprovação, o atendimento adequado quanto ao sistema de abastecimento de

água é através de rede de distribuição (com ou sem canalização interna) ou por

poço, nascente ou cisterna (com canalização interna). A opção por poço será

proposta para as regiões menos adensadas (geralmente áreas rurais).

No documento que está em consulta pública foram definidas metas de

atendimento para as diversas regiões do País, conforme a seguir.

34

Tabela 6 – Metas para o saneamento básico nas macrorregiões e no País (em %)

Para o Sudeste consta um valor de 98% de atendimento, para o ano de 2.015,

dos domicílios urbanos e rurais abastecidos por rede de distribuição e por poço

ou nascente. Este valor sobe para 99% em 2.020 e 100% em 2.030.

O documento também previu metas para os Estados individualmente.

35

Tabela 7 – Metas para principais serviços de saneamento básico nas unidades da

federação (em %)

Olhando novamente para o indicador A1, os números para o Estado do Rio de

Janeiro são: 97% de atendimento para o ano de 2.015, 100% em 2.020 e 100%

em 2.030.

O atendimento atual por poço é de difícil mensuração, até porque não se

consegue, atualmente, obter números confiáveis de sua existência. Por este

motivo, para as regiões em áreas não concedidas, que são menos adensadas

e deverão ser atendidas com soluções individuais, fica prejudicado o estudo e

confecção de cronograma físico-financeiro das ações para a universalização.

36

Utilizaremos como premissa para atendimento da população da área de

concessão, apenas aquela atendida com rede de distribuição.

Quanto à gestão dos serviços, também existem algumas metas a serem

seguidas.

Tabela 8 – Metas para gestão dos serviços de saneamento nas macrorregiões e no País

(em %)

4.2.3 Demandas

A base para o estudo de demandas é a projeção populacional, que foi tema do

produto 6 deste Plano. A partir da população estimada foram utilizadas

algumas premissas para o cálculo das demandas do sistema de abastecimento

de água:

Simultaneidade de 70% da população flutuante;

Consumo per capita e perdas = conforme estudo da FGV para a 2ª

revisão quinquenal da CAJ;

Coeficiente K1 = 1,2 (valor adotado usualmente para o Brasil) - relativo

aos dias de maior consumo, em geral em função das condições

climáticas (dias quentes do ano);

37

Coeficiente K2 = 1,5 (valor adotado usualmente para o Brasil) - relativo

às horas de maior consumo dentro do dia, dado pela coincidência de

uso intenso da água (banho e cozinha).

Reservação de água tratada necessária = 1/3 do consumo diário (dia de

maior consumo);

A população projetada, conforme as premissas listadas anteriormente, com

horizonte de planejamento de 20 anos, resultaram na tabela a seguir.

Tabela 9 – Projeção de população para cálculo de demandas de Araruama

POPULAÇÃO

ANO RESIDENTE FLUTUANTE TOTAL %

OCUPAÇÃO FLUTUANTE

MÁXIMA TOTAL

-1 2.012 112.509 112.146 224.655 70 78.502 191.011

0 2.013 115.521 115.148 230.669 70 80.604 196.125

1 2.014 118.533 118.150 236.683 70 82.705 201.238

2 2.015 121.545 121.153 242.698 70 84.807 206.352

3 2.016 124.556 124.155 248.711 70 86.909 211.465

4 2.017 127.568 127.157 254.725 70 89.010 216.578

5 2.018 130.580 130.307 260.887 70 91.215 221.795

6 2.019 133.592 133.313 266.905 70 93.319 226.911

7 2.020 136.604 136.319 272.923 70 95.423 232.027

8 2.021 139.616 139.324 278.940 70 97.527 237.143

9 2.022 142.628 142.329 284.957 70 99.630 242.258

10 2.023 145.640 145.501 291.141 70 101.851 247.491

11 2.024 148.652 148.511 297.163 70 103.958 252.610

12 2.025 151.664 151.520 303.184 70 106.064 257.728

13 2.026 154.675 154.528 309.203 70 108.170 262.845

14 2.027 157.687 157.538 315.225 70 110.277 267.964

15 2.028 160.699 160.731 321.430 70 112.512 273.211

16 2.029 163.711 163.744 327.455 70 114.621 278.332

17 2.030 166.723 166.756 333.479 70 116.729 283.452

18 2.031 169.735 169.769 339.504 70 118.838 288.573

19 2.032 172.747 172.781 345.528 70 120.947 293.694

20 2.033 175.759 175.794 351.553 70 123.056 298.815

Fonte: SERENCO, 2013

38

Tabela 10 – Projeção de população para cálculo de demandas da área de abrangência da

Concessão da CAJ

POPULAÇÃO

ANO RESIDENTE FLUTUANTE TOTAL %

OCUPAÇÃO FLUTUANTE

MÁXIMA TOTAL

-1 2.012 192.340 193.738 386.078 70 135.616 327.956

0 2.013 197.630 199.181 396.811 70 139.427 337.057

1 2.014 202.959 204.675 407.634 70 143.273 346.232

2 2.015 208.330 210.222 418.552 70 147.155 355.486

3 2.016 213.739 215.817 429.556 70 151.072 364.811

4 2.017 219.191 221.463 440.654 70 155.024 374.215

5 2.018 224.682 227.391 452.072 70 159.174 383.855

6 2.019 230.214 233.145 463.359 70 163.202 393.415

7 2.020 235.786 238.950 474.736 70 167.265 403.051

8 2.021 241.399 244.805 486.204 70 171.364 412.763

9 2.022 247.052 250.711 497.763 70 175.498 422.550

10 2.023 252.746 256.929 509.676 70 179.851 432.597

11 2.024 258.481 262.945 521.426 70 184.061 442.543

12 2.025 264.256 269.009 533.265 70 188.306 452.562

13 2.026 270.071 275.124 545.195 70 192.587 462.657

14 2.027 275.927 281.291 557.218 70 196.904 472.831

15 2.028 281.824 287.802 569.625 70 201.461 483.285

16 2.029 287.762 294.077 581.839 70 205.854 493.616

17 2.030 293.739 300.402 594.141 70 210.281 504.021

18 2.031 299.758 306.779 606.537 70 214.745 514.503

19 2.032 305.817 313.205 619.023 70 219.244 525.061

20 2.033 311.917 319.683 631.600 70 223.778 535.695

Fonte: SERENCO, 2013

Antes ainda do cálculo das demandas, utilizou-se o conceito de população

equivalente, isto porque toda a projeção populacional serve de base para o

cálculo do consumo doméstico ou residencial. Para conhecer a parcela de

consumo não residencial consideramos a representatividade do numero de

economias residenciais no total de economias do sistema (aproximadamente

94% para Araruama, conforme dados do produto 4). A partir dessa

constatação, projetou-se a população equivalente a partir das economias totais

resultando na população de projeto.

39

Tabela 11 – Projeção de população de projeto de Araruama

POPULAÇÃO

ANO RESIDENTE FLUTUANTE TOTAL %

OCUPAÇÃO FLUTUANTE

MÁXIMA TOTAL EQUIVALENTE

-1 2.012 112.509 112.146 224.655 70 78.502 191.011 202.490

0 2.013 115.521 115.148 230.669 70 80.604 196.125 207.912

1 2.014 118.533 118.150 236.683 70 82.705 201.238 213.332

2 2.015 121.545 121.153 242.698 70 84.807 206.352 218.753

3 2.016 124.556 124.155 248.711 70 86.909 211.465 224.174

4 2.017 127.568 127.157 254.725 70 89.010 216.578 229.594

5 2.018 130.580 130.307 260.887 70 91.215 221.795 235.125

6 2.019 133.592 133.313 266.905 70 93.319 226.911 240.548

7 2.020 136.604 136.319 272.923 70 95.423 232.027 245.972

8 2.021 139.616 139.324 278.940 70 97.527 237.143 251.395

9 2.022 142.628 142.329 284.957 70 99.630 242.258 256.817

10 2.023 145.640 145.501 291.141 70 101.851 247.491 262.365

11 2.024 148.652 148.511 297.163 70 103.958 252.610 267.792

12 2.025 151.664 151.520 303.184 70 106.064 257.728 273.217

13 2.026 154.675 154.528 309.203 70 108.170 262.845 278.642

14 2.027 157.687 157.538 315.225 70 110.277 267.964 284.068

15 2.028 160.699 160.731 321.430 70 112.512 273.211 289.631

16 2.029 163.711 163.744 327.455 70 114.621 278.332 295.060

17 2.030 166.723 166.756 333.479 70 116.729 283.452 300.487

18 2.031 169.735 169.769 339.504 70 118.838 288.573 305.916

19 2.032 172.747 172.781 345.528 70 120.947 293.694 311.345

20 2.033 175.759 175.794 351.553 70 123.056 298.815 316.774

Fonte: SERENCO, 2013

40

Tabela 12 – Projeção de população de projeto dos Municípios da área de Concessão da

CAJ

POPULAÇÃO

ANO RESIDENTE FLUTUANTE TOTAL %

OCUPAÇÃO FLUTUANTE

MÁXIMA TOTAL EQUIVALENTE

-1 2.012 192.340 193.738 386.078 70 135.616 327.956 347.665

0 2.013 197.630 199.181 396.811 70 139.427 337.057 357.313

1 2.014 202.959 204.675 407.634 70 143.273 346.232 367.040

2 2.015 208.330 210.222 418.552 70 147.155 355.486 376.848

3 2.016 213.739 215.817 429.556 70 151.072 364.811 386.736

4 2.017 219.191 221.463 440.654 70 155.024 374.215 396.704

5 2.018 224.682 227.391 452.072 70 159.174 383.855 406.924

6 2.019 230.214 233.145 463.359 70 163.202 393.415 417.058

7 2.020 235.786 238.950 474.736 70 167.265 403.051 427.274

8 2.021 241.399 244.805 486.204 70 171.364 412.763 437.569

9 2.022 247.052 250.711 497.763 70 175.498 422.550 447.945

10 2.023 252.746 256.929 509.676 70 179.851 432.597 458.595

11 2.024 258.481 262.945 521.426 70 184.061 442.543 469.139

12 2.025 264.256 269.009 533.265 70 188.306 452.562 479.759

13 2.026 270.071 275.124 545.195 70 192.587 462.657 490.463

14 2.027 275.927 281.291 557.218 70 196.904 472.831 501.246

15 2.028 281.824 287.802 569.625 70 201.461 483.285 512.329

16 2.029 287.762 294.077 581.839 70 205.854 493.616 523.282

17 2.030 293.739 300.402 594.141 70 210.281 504.021 534.311

18 2.031 299.758 306.779 606.537 70 214.745 514.503 545.424

19 2.032 305.817 313.205 619.023 70 219.244 525.061 556.617

20 2.033 311.917 319.683 631.600 70 223.778 535.695 567.889

Fonte: SERENCO, 2013

A seguir apresentaremos os valores considerados, para o cálculo de

demandas, do consumo per capita e do índice de perdas, extraídas da segunda

revisão quinquenal do Contrato de Concessão.

41

Tabela 13 – Consumo per capita e índice de perdas

PER CAPITA PERDAS PER CAPITA

ANO ÁGUA % COM

PERDAS

-1 2.012 121 45 220

0 2.013 132 40 220

1 2.014 142 35 218

2 2.015 144 34 218

3 2.016 144 33 215

4 2.017 146 32 215

5 2.018 146 31 212

6 2.019 147 30 210

7 2.020 146 29 205

8 2.021 144 28 200

9 2.022 142 27 195

10 2.023 143 25 190

11 2.024 143 25 190

12 2.025 143 25 190

13 2.026 143 25 190

14 2.027 143 25 190

15 2.028 143 25 190

16 2.029 143 25 190

17 2.030 143 25 190

18 2.031 143 25 190

19 2.032 143 25 190

20 2.033 143 25 190

Fonte: 2.ª Revisão Quinquenal - CAJ, 2010

Fazendo referência ao produto 4, o índice de perdas informado pela

Concessionária está em torno de 50%, índice acima do previsto e que deverá

ser adequado o quanto antes.

Quanto ao consumo per capita, não foram disponibilizadas informações de

forma a se realizar um estudo específico para cada Município de evolução

deste indicador ao longo do tempo. A única informação possível de ser utilizada

é referente a março de 2.013. A partir das informações disponibilizadas pela

Concessionária do consumo medido mensal residencial e do número de

economias residenciais, foi possível calcular o consumo per capita deste mês

em questão.

42

Tabela 14 – Consumo per capita – março de 2.013

Município

Consumo medido

residencial (m³)

Economias residenciais

(2013)

Cons. Medido /

economia (m³/eco.mes)

Habitantes / domicílio

Per capta (l.Hab/dia)

Araruama 381.506 42.184 9,04 3,45 84,56

Saquarema 105.386 13.003 8,10 3,45 75,78

Silva Jardim 24.359 2.567 9,49 3,45 88,73

Total da Concessão 511.251 57.754 8,85 3,45 82,77

Os pontos críticos do sistema de abastecimento de água, pela atual situação

levantada e por este ser interligado à todos os Municípios pertencentes à

concessão, são a produção e o transporte de água tratada, sendo gerais a

todos os Municípios.

Por este motivo, o consumo per capita geral da concessão é o número correto

a ser utilizado para os cálculos de demandas. Na tabela 14 nota-se que os

valores calculados mostram-se invariavelmente menores do que os utilizados

no documento da Segunda Revisão Quinquenal.

Este fato pode ser explicado pela demanda reprimida, já que o abastecimento é

feito por manobras.

Por estes motivos, será utilizado o valor contido na Segunda Revisão

Quinquenal, por este ser um número de maior consumo per capita e apresentar

maior margem de segurança.

A partir de todas estas considerações, seguem os valores calculados de

demandas para Araruama e para toda a área de concessão da CAJ.

43

Tabela 15 – Demandas do sistema de água para Araruama

Fonte: SERENCO, 2013

44

Tabela 16 – Demandas do sistema de água para a área de concessão da CAJ

Fonte: SERENCO, 2013

Quanto à reservação, utilizando-se da premissa de reservar 1/3 do consumo

diário (dia de maior consumo), chega-se ao seguinte quadro de capacidade de

reservatórios necessária.

45

Tabela 17 – Reservação necessária em Araruama

DEMANDA ÁGUA L/S RESERVAÇÃO (M3)

ANO MÉDIA DIA >

CONSUMO HORA >

CONSUMO NECESSÁRIA

-1 2.012 464 557 835 16.037

0 2.013 476 572 858 16.467

1 2.014 485 583 874 16.778

2 2.015 497 597 895 17.182

3 2.016 502 602 903 17.345

4 2.017 513 616 924 17.746

5 2.018 547 656 985 18.905

6 2.019 555 667 1.000 19.196

7 2.020 556 667 1.001 19.220

8 2.021 553 663 995 19.106

9 2.022 549 659 989 18.983

10 2.023 579 695 1.042 20.010

11 2.024 591 709 1.064 20.424

12 2.025 603 724 1.085 20.837

13 2.026 615 738 1.107 21.251

14 2.027 627 752 1.128 21.665

15 2.028 639 767 1.150 22.089

16 2.029 651 781 1.172 22.503

17 2.030 663 796 1.194 22.917

18 2.031 675 810 1.215 23.331

19 2.032 687 824 1.237 23.745

20 2.033 699 839 1.258 24.159 Fonte: SERENCO, 2013

46

Tabela 18 – Reservação necessária na área de concessão da CAJ

DEMANDA L/S RESERVAÇÃO (M3)

ANO MÉDIA DIA >

CONSUMO HORA >

CONSUMO NECESSÁRIA

-1 2.012 797 956 1.434 27.535

0 2.013 819 983 1.474 28.299

1 2.014 835 1.002 1.503 28.866

2 2.015 856 1.028 1.542 29.600

3 2.016 866 1.039 1.558 29.923

4 2.017 887 1.065 1.597 30.663

5 2.018 947 1.136 1.704 32.719

6 2.019 963 1.156 1.733 33.281

7 2.020 966 1.159 1.739 33.388

8 2.021 962 1.155 1.732 33.255

9 2.022 958 1.150 1.725 33.111

10 2.023 1.012 1.214 1.822 34.975

11 2.024 1.035 1.242 1.864 35.780

12 2.025 1.059 1.270 1.906 36.590

13 2.026 1.082 1.299 1.948 37.406

14 2.027 1.106 1.327 1.991 38.228

15 2.028 1.131 1.357 2.035 39.074

16 2.029 1.155 1.386 2.079 39.909

17 2.030 1.179 1.415 2.122 40.750

18 2.031 1.204 1.444 2.167 41.598

19 2.032 1.228 1.474 2.211 42.451

20 2.033 1.253 1.504 2.256 43.311

Fonte: SERENCO, 2013

4.2.4 Disponibilidade hídrica

Para que possamos comparar a necessidade da população que se abastece da

Represa de Juturnaíba e a sua capacidade em fornecer água, devemos ainda

somar às demandas anteriormente calculadas para toda a área de concessão

da CAJ, também os Municípios que fazem parte da concessão da Prolagos, a

saber: Armação dos Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio, São Pedro da Aldeia e

Iguaba Grande.

Como o presente Plano também está sendo feito para estes outros 5

Municípios, foram feitas as projeções populacionais conforme o mesmo padrão

mostrado anteriormente.

47

Além destes, deve-se somar os distritos de Silva Jardim, que somam uma

necessidade de 14 l/s e não estão na área de concessão da CAJ, mas deverão

ser abastecidos pelo mesmo manancial.

Os resultados de demandas para a área de concessão da Prolagos seguem na

tabela a seguir.

Tabela 19 – Demandas do sistema de água para a área de concessão da Prolagos

DEMANDA ÁGUA L/S

ANO MÉDIA DIA >

CONSUMO HORA >

CONSUMO

-1 2.012 1.343 1.612 2.418

0 2.013 1.365 1.638 2.457

1 2.014 1.397 1.677 2.515

2 2.015 1.544 1.853 2.779

3 2.016 1.579 1.895 2.842

4 2.017 1.601 1.922 2.883

5 2.018 1.626 1.951 2.926

6 2.019 1.648 1.977 2.966

7 2.020 1.670 2.004 3.006

8 2.021 1.705 2.046 3.069

9 2.022 1.727 2.072 3.108

10 2.023 1.751 2.101 3.151

11 2.024 1.772 2.127 3.190

12 2.025 1.805 2.165 3.248

13 2.026 1.837 2.204 3.306

14 2.027 1.869 2.243 3.364

15 2.028 1.903 2.284 3.425

16 2.029 1.935 2.322 3.483

17 2.030 1.967 2.360 3.541

18 2.031 1.999 2.399 3.598

19 2.032 2.031 2.437 3.655

20 2.033 2.065 2.478 3.717

Fonte: SERENCO, 2013

Somando-se as duas áreas e os distritos de Silva Jardim, chega-se a uma

necessidade de retirada de 3.996 m³ no ano 2.033.

De acordo com o estudo disponibilizado pelo Consórcio Intermunicipal Lagos

São João, desenvolvido por Hora et al. (2008) e Noronha (2009), e que foi

transcrito no produto 4, existe a disponibilidade de retirada de, levando-se em

conta os outros usos dos mananciais (tais como a atividade agrícola, pecuária

48

e vazão mínima a jusante), 2.000 l/s adicionais considerando as atuais

retiradas autorizadas de 150 l/s (CEDAE – Rio Bacaxá), 1.100 l/s (CAJ) e 1.200

l/s (Prolagos).

Portanto, para as concessionárias CAJ e Prolagos, existe a disponibilidade de

retirada de 4.300 l/s, considerando que não haverá aumento da necessidade

de uso da CEDAE para o Município de Rio Bonito.

Concluímos que, pelo estudo realizado, existe capacidade no manancial

(Represa de Juturnaíba) para atendimento da população das áreas de

concessão da Prolagos e da CAJ, mas que esta está quase no limite.

Desta forma, este manancial não poderá servir de fonte para outras regiões do

Estado, a não ser que novos estudos comprovem o contrário.

4.2.5 Cenários

Como o contrato de concessão em vigor já preconiza o atendimento de 100%

da população da área de concessão com o abastecimento de água, os

cenários desejado, previsível e normativo são os mesmos. A seguir serão

listadas as ações necessárias para se atingir este cenário.

4.2.5.1 Sistematização das informações

A tabela a seguir apresenta a aplicação do método CDP.

49

Tabela 20 - Condicionantes, Deficiências e Potencialidades

Setor C D P Fator

Abaste

cim

ento

de á

gu

a

Existência de contrato de concessão em vigor

Distância entre o manancial de água bruta e os centros consumidores

Padrão de potabilidade – Portaria 2.914 do MS

Elevada sazonalidade da população

Elevado valor da tarifa cobrada

Crescimento acelerado nas últimas décadas da população residente e sazonal

Defasagem entre os investimentos previstos e os necessários

Falta de planejamento e fiscalização da Prefeitura

Distribuição feita através de manobras

Incapacidade da atual estrutura de produção de água tratada para atendimento da demanda futura

Incapacidade da atual estrutura de transporte de água tratada para atendimento da demanda atual e futura

Capacidade de reservação de água tratada insuficiente

Qualidade da água bruta

Necessidade de intervenções na Represa de Juturnaíba

Falta de grupos geradores de energia elétrica nas principais unidades

Existência de agência reguladora definida

Investimentos feitos pela concessão no sistema

Existência do Consórcio Intermunicipal Lagos São João

Existência do Comitê de Bacia

Tabela 21 - Ameaças e Oportunidades do atual modelo de gestão. Item Ameaças Oportunidades

I Defasagem entre os investimentos previstos e os necessários

Possibilidade de aporte de recursos Municipais, Estaduais e Federais

II Falta de planejamento e fiscalização da Prefeitura

Lei 11.445/2007 e Decreto 7.217/2010

III Distribuição feita através de manobras PMSB prevendo aumento de produção e transporte de água tratada

IV Incapacidade da atual estrutura de produção de água tratada para atendimento da demanda futura

Disponibilidade hídrica

V Incapacidade da atual estrutura de transporte de água tratada para atendimento da demanda atual e futura

PMSB prevendo aumento de produção e transporte de água tratada

VI Capacidade de reservação de água tratada insuficiente

Necessidade de reservação de 1/3 do consumo diário

VII Qualidade da água bruta Padrão de potabilidade do MS (Portaria 2.914) e existência do Comitê de Bacia

VIII Necessidade de intervenções na Represa de Juturnaíba

Existência do CILSJ e Comitê de Bacia

IX Falta de grupos geradores nas principais unidades

Lei 11.445/2007 e Decreto 7.217/2010 prevendo continuidade e regularidade

50

Tabela 22 - Modelo Numérico para Ponderação das Ameaças

Item Ameaças Relevância

(1) Incerteza

(2) Prioridade

(3)

I Defasagem entre os investimentos previstos e os necessários

5 5 25

II Falta de planejamento e fiscalização da Prefeitura 3 3 9

III Distribuição feita através de manobras 5 5 25

IV Incapacidade da atual estrutura de produção de água tratada para atendimento da demanda futura

5 3 15

V Incapacidade da atual estrutura de transporte de água tratada para atendimento da demanda atual e futura

5 5 25

VI Capacidade de reservação de água tratada insuficiente 3 5 15

VII Qualidade da água bruta 5 5 25

VIII Necessidade de intervenções na Represa de Juturnaíba 5 5 25

IX Falta de grupos geradores de energia elétrica nas principais unidades

5 5 25

4.2.5.2 Ações necessárias

4.2.5.2.1. Sistema produtor

Considerando que a capacidade atual instalada da ETA Juturnaíba é de 1.100

l/s, sendo esta unidade a responsável pelo atendimento de toda a área de

influência da concessão, chega-se a conclusão que o sistema produtor está

adequado às demandas da população estimada para 2.013, sendo suficiente

para atendimento da população projetada até o ano 2.017.

Se considerarmos que deve haver capacidade instalada para atendimento ao

dia de maior consumo, para final de plano (2.033) o sistema produtor não terá

capacidade e deverá ser expandido em cerca de 450 l/s. Como a previsão é

que o Município de Silva Jardim tenha sua própria ETA, para final de plano a

necessidade de incremento da atual ETA Juturnaíba diminui para 350 l/s.

Esta ampliação deverá ser feita no ano 2.017 e, desta forma, atenderá a

população prevista até o ano 2.033. Quanto aos custos desta ampliação, eles

foram estimados em R$ 40.000,00 (base janeiro/2013) para cada l/s de

51

capacidade instalada, ou seja, será necessário um investimento de R$

14.000.000,00 (quatorze milhões) ano 2.017.

4.2.5.2.2. Adução de água tratada

Com as demandas calculadas, deverão ser feitas adequações na adução da

água tratada desde a ETA até os centros consumidores. Serão consideradas

aqui todas as alterações necessárias aos 3 Municípios da concessão para se

poder fazer uma estimativa geral de investimentos necessários, já que os

sistemas são interligados e a concessão é única.

Para o Município de Araruama, partindo da ETA, existe um primeiro trecho

executado até o Reservatório São Vicente em diâmetro de 800 mm e extensão

de 8,6 km. Este trecho, que deverá suportar toda a demanda da concessão até

o ano 2.017 e, a partir deste ano, somente as demandas de Araruama e

Saquarema, deverá ser ampliado com a execução de uma linha paralela com

diâmetro de 600 mm. Se considerarmos como custo de execução desta rede

R$ 900,00/m (base janeiro/2013), o valor do investimento será de R$

7.740.000,00 no ano 2.014.

52

Após o Reservatório São Vicente existe um segundo trecho com diâmetro de

900 mm e extensão de 3,2 km até o chamado ponto 6, a partir do qual esta

adutora divide-se em duas linhas de 500 mm. Pela vazão esperada para final

de plano este trecho não necessitará de adequações.

A partir deste ponto existem duas linhas de diâmetro de 500 mm. Será

considerado um terceiro trecho compreendido entre o ponto 6 e a ramificação

para Silva Jardim. Este trecho tem uma extensão de 3 km e deve suportar a

demanda de toda a área de concessão até o ano 2.017 e, a partir daí, apenas

as demandas de Araruama e Saquarema. Desta forma, será necessária a

ampliação deste trecho fazendo-se uma linha paralela de 600 mm. Se

considerarmos como custo de execução desta rede R$ 900,00/m (base

janeiro/2013), o valor do investimento será de R$ 2.700.000,00 no ano 2.014.

A ramificação para Silva Jardim possui diâmetro de 300 mm e, até a

ramificação para Morro Grande, possui extensão de 9,1 km. Este trecho deverá

suportar as demandas de Morro Grande e Silva Jardim até o ano 2.017 e, a

partir deste ano, somente a demanda de Morro Grande. Pela vazão esperada

para final de plano este trecho não necessitará de adequações.

Deste ponto em diante existe uma derivação para o distrito de Morro Grande

com diâmetro de 100 mm e extensão de 16,8 km. Pelas vazões esperadas,

este trecho deverá ser adequado com a execução de uma nova rede de 200

mm no ano 2.014. Se considerarmos como custo de execução desta rede R$

200,00/m (base janeiro/2013), o valor do investimento será de R$

3.360.000,00.

Atualmente, o distrito de Morro Grande é abastecido por dois lados, sendo esta

uma alimentação e a outra vinda do distrito Sede. A proposta é que, com a

saída da demanda de Silva Jardim, Morro Grande seja abastecido somente por

esta alimentação.

53

Para o Município de Silva Jardim, existe uma alimentação de 200 mm que

deverá ser mantida sem alterações.

Voltando às adutoras de 500 mm, após a ramificação para Silva Jardim e Morro

Grande, será considerado um trecho (trecho 4) até a ramificação existente para

o Booster Iguaba, onde continuam a existir as duas linhas de 500 mm numa

extensão de 18,5 km. Este trecho deverá suportar as demandas de Araruama

(exceto Morro Grande) e Saquarema. Desta forma, será necessária a

ampliação deste trecho fazendo-se uma linha paralela de 600 mm. Se

considerarmos como custo de execução desta rede R$ 900,00/m (base

janeiro/2013), o valor do investimento será de R$ 16.650.000,00 no ano 2.014.

A partir da ramificação para o Booster Iguaba, as duas linhas de 500 mm

continuam. Uma delas é reduzida para 300 mm, mas a CAJ vem fazendo a

troca para diâmetro de 500 mm. Este trecho, até o Reservatório Araruama,

possui extensão de 6,3 km e deverá suportar a demanda de Saquarema e

parte de Araruama. Com a vazão esperada, este trecho (trecho 5) deverá ser

adequado com a execução de uma nova linha de 300 mm no ano 2.024. Se

considerarmos como custo de execução desta rede R$ 360,00/m (base

janeiro/2013), o valor do investimento será de R$ 2.268.000,00.

A partir do reservatório de Araruama existe uma linha de 300 mm para

abastecimento de sua área de influência. Se forem necessárias adequações

nestes trechos posteriores ao reservatório, estes valores estarão incluídos na

metragem de anéis de distribuição prevista juntamente com a rede de

distribuição a ser executada.

Após o Reservatório de Araruama, existe uma rede de 500 mm que é

responsável pelo abastecimento do Município de Saquarema e também do

distrito de Praia Seca e possui extensão de 1,7 km até o Booster Bacaxá

(trecho 6). Pelas vazões esperadas, este trecho deverá ser adequado a partir

do ano 2.017 com a execução de uma nova linha de 400 mm. Se

54

considerarmos como custo de execução desta rede R$ 450,00/m (base

janeiro/2013), o valor do investimento será de R$ 765.000,00.

Para o atendimento do Distrito de Praia Seca, existe uma rede de 200 mm, que

pelas vazões esperadas não necessitará de adequações.

Após o Booster Bacaxá existem, para o atendimento de Saquarema, duas

redes de 300 mm com extensão de 19,5 km até o Reservatório Bacaxá. Neste

local as redes já não se configuram como adutoras e se tornam distribuidoras,

fazendo com que o estudo de adução termine neste ponto. A partir deste ponto,

as adequações necessárias serão consideradas na metragem de anéis de

distribuição prevista juntamente com a rede de distribuição a ser executada.

Neste trecho, deverá ser executada uma nova linha de 500 mm no ano 2.014

para atendimento do Município de Saquarema. Se considerarmos como custo

de execução desta rede R$ 700,00/m (base janeiro/2013), o valor do

investimento será de R$ 13.650.000,00.

Todos estes investimentos deverão ser acompanhados pelo avanço no

combate às perdas existentes.

Quando se aumentam as vazões, devem ser adequados também os

bombeamento intermediários. Será considerado um valor de R$ 500.000,00

(base janeiro/2013) para aumento da vazão de bombeamento do Booster

Araruama, com a implantação de novos conjuntos moto-bomba.

55

4.2.5.2.3. Reservatórios

Como mostrado no cálculo de demandas, o Município necessitará um volume

de reservação de 24.159 m³ no ano 2.033.

No próprio Município existem atualmente 1.600 m³ de reservação, conforme

mostrado no produto 4 (Reservatório Araruama). Além deste reservatório, que

está em território do Município, existem outros que fazem parte do sistema e

que têm uma abrangência geral a todos os Municípios que fazem parte da

concessão, que são os seguintes: Reservatório apoiado metálico (7.500 m³) e

Reservatório São Vicente, totalizando uma capacidade de 9.000 m³ de

reservação.

Para efeito de cálculo do déficit quanto a este quesito de cada Município,

consideraremos que estes reservatórios “gerais” fazem parte de 2 Municípios

(Araruama e Saquarema), proporcionalmente à população estimada para final

de plano. Não consideraremos o Município de Silva Jardim porque a previsão é

este Município tenha seu próprio sistema produtor, se tornando independente a

partir do ano 2.017.

56

A população de Araruama para o ano 2.033 representa 58% da população total

que fará parte deste sistema produtor (Araruama e Saquarema). Desta forma,

consideraremos que 5.220 m³ fazem parte de Araruama, para efeito de cálculo.

A seguir, a Tabela 23 apresenta o cronograma de implantação proposto dos

reservatórios no Município.

Tabela 23 – Cronograma de implantação dos reservatórios

RESERVAÇÃO (M3)

ANO NECESSÁRIA EXISTENTE A

AMPLIAR BALANÇO

-1 2.012 16.037 6.820 -9.217

0 2.013 16.467 6.820 -9.647

1 2.014 16.778 6.820 12.000 -9.958

2 2.015 17.182 18.820 1.638

3 2.016 17.345 18.820 1.475

4 2.017 17.746 18.820 1.074

5 2.018 18.905 18.820 3.000 -85

6 2.019 19.196 21.820 2.624

7 2.020 19.220 21.820 2.600

8 2.021 19.106 21.820 2.714

9 2.022 18.983 21.820 2.837

10 2.023 20.010 21.820 1.810

11 2.024 20.424 21.820 1.396

12 2.025 20.837 21.820 983

13 2.026 21.251 21.820 569

14 2.027 21.665 21.820 155

15 2.028 22.089 21.820 2.500 -269

16 2.029 22.503 24.320 1.817

17 2.030 22.917 24.320 1.403

18 2.031 23.331 24.320 989

19 2.032 23.745 24.320 575

20 2.033 24.159 24.320 161

Fonte: SERENCO, 2013

No presente trabalho faremos os cálculos das necessidades e, através do

cronograma, os anos que deverão ser feitos os investimentos, mas os números

são gerais para todo o Município. Os locais em que deverão ser executados

estes reservatórios deverão ser escolhidos através de projeto específico.

57

Utilizaremos como premissa o valor, para execução dos reservatórios, de R$

600,00 / m³ (base janeiro/2013). Desta forma, o investimento será de R$

7.200.000,00 no ano 2.014, R$ 1.800.000,00 no ano 2.018 e R$ 1.500.000,00

no ano 2.028.

4.2.5.2.4. Rede de distribuição

De acordo com o mapa elaborado no Produto 4, existem 193 km de ruas sem

rede de distribuição no Município segundo as metragens a seguir:

Praia Seca = 33 km;

Sede e Iguabinha = 102 km;

Morro Grande = 47,5 km;

São Vicente = 10,5 km.

Estas ruas deverão ser contempladas com rede de distribuição até o ano

2.023, quando deve se atingir a meta de atendimento de 100% da população

do Município. Esta meta diz respeito à população urbana, mas como os

distritos de Morro Grande e São Vicente (que são considerados rurais) fazem

parte de pedidos específicos dos documentos da concessão considera-se que

58

estes também fazem parte da área de abrangência da concessão. Será

utilizado como premissa o valor, para execução das redes de distribuição (DN

50 mm), de R$ 80,00 / m (base janeiro/2013). Desta forma o valor previsto é de

R$ 15.440.000,00. No cronograma de implantação, este valor será dividido

para ser executado em 10 anos (2.014 a 2.023).

Consideraremos ainda uma porcentagem de 20% em relação ao total da

metragem de rede a ser executada como forma de prever alguns anéis de

distribuição. Portanto serão 38,6 km de anéis a um custo unitário R$ 180,00/m

(base janeiro/2013), totalizando um investimento de R$ 6.948.000,00, que

também terá sua execução dividida em 10 anos (2.014 a 2.023).

59

4.2.6 Cronograma de execução dos investimentos previstos

Como mostrado anteriormente, o contrato de concessão da CAJ é regido por

um fluxo de caixa e uma taxa interna de retorno (TIR). Este fluxo foi gerado a

partir de um cronograma de investimentos vigente, que é o seguinte.

Tabela 24 – Plano de investimentos – 3º Termo Aditivo ao contrato de concessão (CAJ)

Data limite Obras

jun/13 Implantar 15.000 m de redes de distribuição

jun/14 Implantar 15.000 m de redes de distribuição

jun/15 Implantar 15.000 m de redes de distribuição

jun/16 Implantar 15.000 m de redes de distribuição

fev/17 Implantar 15.000 m de redes de distribuição

Além do ano 2.017 não há previsão de investimentos adicionais no sistema de

abastecimento de água e de acordo com os documentos da concessão, estes

são todos os investimentos necessários para o atendimento das metas

vigentes.

60

Pelos estudos e cálculos de demandas mostrados anteriormente nota-se que

os investimentos previstos não serão suficientes para o atendimento das metas

propostas no Contrato de Concessão.

Para efeito de comparação, a tabela a seguir mostra todos os investimentos no

sistema de abastecimento de água previstos pelo PMSB para atendimento das

demandas calculadas em toda a área de concessão.

Tabela 25 – Cronograma de investimentos estimados para a área de concessão (PMSB)

Ano Sistema produtor Adução Reservatório Rede de distribuição

PMSB PMSB PMSB PMSB

0 2.013

1 2.014 44.600.000,00 11.280.000,00 7.487.800,00

2 2.015 7.487.800,00

3 2.016 7.487.800,00

4 2.017 17.200.000,00 2.781.000,00 7.487.800,00

5 2.018 3.600.000,00 7.487.800,00

6 2.019 7.487.800,00

7 2.020 7.487.800,00

8 2.021 7.487.800,00

9 2.022 7.487.800,00

10 2.023 240.000,00 7.487.800,00

11 2.024 2.268.000,00

12 2.025

13 2.026

14 2.027

15 2.028 3.000.000,00

16 2.029

17 2.030

18 2.031

19 2.032

20 2.033

Total 17.200.000,00 49.649.000,00 18.120.000,00 74.878.000,00

Total inv. PMSB 159.847.000,00

Fonte: SERENCO, 2013

Se forem consideradas as mesmas premissas para calcular o valor equivalente

de investimentos previstos pela CAJ (metragem de rede de distribuição) até o

ano 2.017, como previsto no 3º termo aditivo, e os compararmos com os

investimentos previstos no PMSB, encontram-se as seguintes tabelas.

61

Tabela 26 – Comparativo de investimentos da área de concessão – PMSB x 3º Termo

Aditivo

Ano Sistema produtor Adução

PMSB 3º TA Déficit PMSB 3º TA Déficit

0 2.013

1 2.014 44.600.000,00 -44.600.000,00

2 2.015

3 2.016

4 2.017 17.200.000,00 -17.200.000,00 2.781.000,00 -2.781.000,00

5 2.018

6 2.019

7 2.020

8 2.021

9 2.022

10 2.023

11 2.024 2.268.000,00 -2.268.000,00

12 2.025

13 2.026

14 2.027

15 2.028

16 2.029

17 2.030

18 2.031

19 2.032

20 2.033

Total 17.200.000,00 0,00 -17.200.000,00 49.649.000,00 0,00 -49.649.000,00

Total inv. PMSB 159.847.000,00

Total Inv. CAJ 6.000.000,00

Total Déficit -153.847.000,00 Fonte: SERENCO, 2013

62

Tabela 27 – Comparativo de investimentos da área de concessão – PMSB x 3º Termo

Aditivo

Ano Reservatório Rede de distribuição

PMSB 3º TA Déficit PMSB 3º TA Déficit

0 2.013 1.200.000,00 1.200.000,00

1 2.014 11.280.000,00 -11.280.000,00 7.487.800,00 1.200.000,00 -6.287.800,00

2 2.015 7.487.800,00 1.200.000,00 -6.287.800,00

3 2.016 7.487.800,00 1.200.000,00 -6.287.800,00

4 2.017

7.487.800,00 1.200.000,00 -6.287.800,00

5 2.018 3.600.000,00 -3.600.000,00 7.487.800,00 -7.487.800,00

6 2.019 7.487.800,00 -7.487.800,00

7 2.020 7.487.800,00 -7.487.800,00

8 2.021 7.487.800,00 -7.487.800,00

9 2.022 7.487.800,00 -7.487.800,00

10 2.023 240.000,00 -240.000,00 7.487.800,00 -7.487.800,00

11 2.024

12 2.025

13 2.026

14 2.027

15 2.028 3.000.000,00 -3.000.000,00

16 2.029

17 2.030

18 2.031

19 2.032

20 2.033

Total 18.120.000,00 0,00 -18.120.000,00 74.878.000,00 6.000.000,00 -68.878.000,00

Fonte: SERENCO, 2013

Verificou-se que há um déficit de mais de R$ 150.000.000,00 (cento e

cinquenta milhões) entre os investimentos necessários e os previstos pelo 3º

Termo Aditivo. Este déficit deverá ser coberto pelo aumento da tarifa, pela

extensão do prazo de concessão ou pelo aporte de recursos externos, como

será demonstrado em tópico posterior.

63

Tabela 28 – Cronograma de investimentos – sistema produtor

Tabela 29 – Cronograma de investimentos – adução de água tratada

Tabela 30 – Cronograma de investimentos – reservação de água tratada

64

Tabela 31 – Cronograma de investimentos – redes de distribuição

Tabela 32 – Cronograma de investimentos – resumo

A soma dos investimentos, conforme mostrado nas tabelas 26 e 27,

corresponde a R$ 159.847.000,00. Existe a previsão que a Concessionária

invista R$ 6.000.000,00 em redes de distribuição.

O restante dos investimentos necessários, que totalizam R$ 153.847.000,00,

deverá ser suportado por recursos municipais, estaduais ou federais, levando-

se em consideração que a tarifa consiga suportar apenas o aumento das

despesas operacionais devido ao aumento do atendimento da população.

65

4.2.7 Propostas adicionais

Além das propostas mostradas anteriormente de investimentos na

infraestrutura do sistema de abastecimento de água, algumas propostas

adicionais devem ser consideradas.

4.2.7.1 Qualidade do manancial (Represa de Juturnaíba)

Quanto à qualidade do manancial (Represa de Juturnaíba), que no produto 4

foram elencados problemas devido à sua deterioração, algumas ações já vem

sendo tomadas para diminuir a poluição que existe à montante da Represa,

entre elas o encerramento dos lixões de Rio Bonito e Silva Jardim (Goiabal).

No entanto, além destes lixões terem sido encerrados, é necessário que seja

feito o seu monitoramento e remediação. No caso de Silva Jardim, que faz

parte dos Municípios constantes do objeto do contrato do presente Plano, esta

remediação será proposta. Quanto à Rio Bonito, que está fora do escopo deste

trabalho, deve-se colocar, através das Prefeituras, Consórcio Intermunicipal

Lagos São João e Comitê de Bacia Lagos São João, que esta proposta esteja

elencada na elaboração do seu respectivo Plano de Saneamento.

Outra medida importantíssima para a diminuição da poluição à montante da

Represa é a execução do sistema de esgotamento sanitário no Município de

Silva Jardim, incluindo aí seus distritos, Araruama (Morro Grande) e também do

Município de Rio Bonito. Assim como dito anteriormente, para o Município de

Silva Jardim e Araruama, estas propostas serão feitas.

Quanto a este assunto, o Comitê de Bacia deve reservar 70% do valor líquido

que recebe para aplicação em ações de coleta e tratamento de efluentes

urbanos, valor que totalizou R$ 924.589,31 no ano de 2.011. Propõe-se que

estes valores sejam gastos com a implantação dos sistemas de esgoto nas

66

localidades à montante da Represa de Juturnaíba (Silva Jardim e seus distritos

e Morro Grande em Araruama).

Outra medida que deve ser tomada é a recomposição da mata ciliar da

Represa e dos rios que a formam.

4.2.7.2 Melhorias na Represa de Juturnaíba

Segundo relatório da empresa Prolagos, devem ser tomadas as seguintes

medidas:

Desassoreamento das proximidades do sangradouro;

Reconstrução de parte do canal de restituição da margem direita;

Reconstrução de parte do canal de restituição da margem esquerda.

4.2.7.3 Aspectos operacionais

Em relação à operação do sistema de abastecimento de água, devido

principalmente às grandes distâncias entre o manancial e os centros

consumidores, toda a água distribuída depende de bombeamentos para o seu

transporte.

Estes bombeamentos, se não estiverem em funcionamento, não há

abastecimento de água para a população. Por causa desta grande importância,

propõe-se que sejam instalados grupos geradores capazes de suportar o

funcionamento dos conjuntos moto-bomba em potência máxima na principais

unidades de bombeamento (ETA, Booster Araruama e Booster Bacaxá), a fim

de que, mesmo que haja problemas no fornecimento de energia elétrica, o

abastecimento para a população não sofra intermitências. Este fato (falta de

fornecimento de energia elétrica) se agrava quando ocorre em épocas de maior

consumo (população sazonal), fazendo com que seja necessário um tempo

ainda maior para o pleno restabelecimento do abastecimento de água.

67

4.2.7.4 Novos empreendimentos

Sugere-se que, para os novos condomínios horizontais e loteamentos, o

proprietário seja o responsável pelo projeto e execução da rede de

abastecimento de água. Deverá haver um procedimento entre o setor

responsável pela aprovação da Prefeitura e a Concessionária para que seja

estudada a possibilidade de atendimento, as obras necessárias a este

atendimento e para que o projeto elaborado pelo empreendedor seja aprovado

pela Concessionária.

4.3 SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

Este sistema está concedido à iniciativa privada na área urbana do Município,

incluindo algumas regiões como São Vicente e Morro Grande, que são

consideradas áreas rurais. Para o sistema de esgotamento sanitário, a partir do

diagnóstico levantado anteriormente, serão feitas algumas considerações,

estudos e propostas.

4.3.1 Objetivos gerais

I. Promover a expansão da rede de esgoto em consonância com o

programa de universalização dos serviços;

II. Eliminar as ligações de águas pluviais em redes coletoras de esgotos

sanitários, quando houver redes separadoras;

III. Eliminar as ligações de esgotos sanitários nas redes de drenagem de

águas pluviais, quando houver redes separadoras;

IV. Elaborar Decreto que obriga a implantação de sistemas individuais

de tratamento de esgoto em áreas desprovidas de sistema coletivo

de coleta e tratamento;

V. Implantação de programa/serviço de apoio à instalação e

manutenção de sistemas individuais de tratamento de esgoto.

68

VI. Qualidade de atendimento ao usuário, com respeito a prazos

estabelecidos;

VII. Qualidade dos produtos (atendimento aos padrões de lançamento –

Resolução CONAMA 357/05, Resolução CONAMA 430/11 e DZ 215-

R4);

VIII. Continuidade e regularidade;

IX. Metas de cobertura dos serviços, atendendo ao disposto no Contrato

de Concessão;

4.3.2 Metas de atendimento

4.3.2.1 Contrato de concessão (CAJ)

Para efeito de informação e comparação, as metas vigentes da concessão são

as constantes no Contrato de Concessão, conforme a seguir.

Tabela 33 - Metas de Níveis de Atendimento (Contrato de Concessão)

ANO Esgoto

3 (2.001) 0%

8 (2.006) 25%

13 (2.011) 50%

20 (2.018) 65%

25 (2.023) 70%

4.3.2.2 Metas de atendimento - PLANSAB

De acordo com a proposta do Plansab (Plano Nacional de Saneamento

Básico), que está no presente momento em consulta pública para posterior

aprovação, o atendimento adequado quanto ao sistema de esgotamento

sanitário é através de coleta de esgotos seguida de tratamento ou através do

uso de fossa séptica, que será proposta para as regiões menos adensadas

(geralmente áreas rurais).

69

No documento que está em consulta pública foram definidas metas de

atendimento para as diversas regiões do País, conforme a seguir.

Tabela 34 – Metas para o saneamento básico nas macrorregiões e no País (em %)

Encontramos para o Sudeste, um valor de 89% de atendimento, para o ano de

2.015, dos domicílios urbanos e rurais servidos por rede coletora ou fossa

séptica. Este valor sobe para 91% em 2.020 e 95% em 2.030.

O documento também previu metas para os Estados individualmente.

70

Tabela 35 – Metas para principais serviços de saneamento básico nas unidades da

federação (em %)

Olhando novamente para o indicador E1, os números para o Estado do Rio de

Janeiro são um pouco menores do que para a região Sudeste como um todo:

86% de atendimento para o ano de 2.015, 89% em 2.020 e 95% em 2.030.

O atendimento atual com fossa séptica é de difícil mensuração, até porque não

se consegue, atualmente, obter números confiáveis de sua existência, e não

somente isto, mas também informações quanto ao seu correto

dimensionamento e manutenção.

71

Por este motivo, para as regiões em áreas não concedidas, que são menos

adensadas e deverão ser atendidas com soluções individuais, fica prejudicado

o estudo e confecção de cronograma físico-financeiro das ações para a

universalização.

Utilizaremos como premissa para atendimento da população da área de

concessão apenas aquela atendida pelo sistema unitário ou separador.

4.3.2.3 Atendimento atual

Se considerarmos que a NBR 12209/1992 (projeto de estações de tratamento

de esgoto sanitário) preconiza em seu item 5.2: “os valores dos parâmetros b

(DBO ou DQO) e c (sólidos em suspensão) de 5.1 devem ser determinados

através de investigação local de validade reconhecida. Na ausência dessa

determinação, podem ser usados os valores de 54 g de DBO5/hab.dia e 60 g

de SS/hab.dia. Outros valores adotados devem ser justificados”, podemos

calcular a população atendida pelo sistema de esgotamento sanitário em

operação pela carga orgânica recebida pela ETE.

De acordo com as informações recebidas da Concessionária, a média, para o

ano de 2.012, da DBO5 de entrada da ETE foi de 138 mg/l, enquanto que a

média da DBO5 de saída da ETE foi de 26 mg/l, de onde chega-se a uma

eficiência de remoção média de 81%.

Ainda de acordo com os dados recebidos, a carga orgânica total removida

anual foi de 573.820 kg/ano, para o ano de 2.012. Cruzando-se estes valores,

encontramos uma vazão média de 162 l/s.

Se multiplicarmos a vazão média (162 l/s) pela DBO5 média de entrada da ETE

(138 mg/l), encontramos uma carga orgânica anual de 706.950 kg/ano recebida

pela ETE, ou 1.931,56 kg/dia.

72

Agora considerando o valor preconizado pela NBR 12209 de 54 g de

DBO5/hab.dia, chegamos a uma população atendida de 35.770 habitantes para

o ano de 2.012.

A projeção de população realizada no produto 6 deste plano estima a

população residente no ano de 2.012 em 112.509 habitantes e a população

flutuante em 112.146 habitantes, totalizando 224.655 habitantes, sendo esta a

máxima população possível no Município.

Encontramos, portanto, um atendimento (utilizando o cálculo da carga

orgânica) de 32% da população residente e cerca de 16% da população total

com o sistema de esgotamento sanitário.

4.3.3 Cenários

Serão propostos 3 cenários para o sistema de esgotamento sanitário, sendo:

Cenário 1 correspondente ao cenário previsível, ou seja, manutenção

dos investimentos previstos no Sétimo Termo Aditivo ao Contrato de

Concessão;

Cenários 2 e 3 correspondentes ao cenário desejado, onde 99% da

população da área de concessão será atendida com redes separadoras

dentro do período do PMSB (20 anos). O que difere estes dois cenários

é a velocidade da universalização do atendimento.

4.3.3.1 Sistematização das informações

A tabela a seguir apresenta a aplicação do método CDP.

73

Tabela 36 - Condicionantes, Deficiências e Potencialidades

Setor C D P Fator

Sis

tem

a d

e e

sg

ota

men

to s

anitário

Existência de contrato de concessão em vigor

Existência de sistema de esgoto através de tomada em tempo seco

Padrão de lançamento de efluentes (Conama 357/05, Conama 430/11 e DZ 215-R4)

Corpo receptor Lagoa de Araruama

Elevada sazonalidade da população

Elevado valor da tarifa cobrada

Crescimento acelerado nas últimas décadas da população residente e sazonal

Defasagem entre os investimentos previstos e os necessários

Falta de planejamento e fiscalização da Prefeitura

Inexistência de projetos de rede separadora

Necessidade de adequações internas dos imóveis para ligação na rede separadora

Falta de grupos geradores de energia elétrica nas estações elevatórias e ETE

Existência de agência reguladora definida

Existência de sistema de esgotamento sanitário em operação

Existência do Consórcio Intermunicipal Lagos São João

Existência do Comitê de Bacia

Monitoramento da qualidade das águas dos corpos receptores

Investimentos recentes do Governo do Estado

Tabela 37 - Ameaças e Oportunidades do atual modelo de gestão. Item Ameaças Oportunidades

I Defasagem entre os investimentos previstos e os necessários

Possibilidade de aporte de recursos Municipais, Estaduais e Federais

II Falta de planejamento e fiscalização da Prefeitura

Lei 11.445/2007 e Decreto 7.217/2010

III Inexistência de projetos de rede separadora PMSB prevendo recursos para a elaboração

IV Necessidade de adequações internas dos Imóveis para ligação na rede separadora

Lei 11.445/2007

V Falta de grupos geradores nas estações elevatórias e ETE

Lei 11.445/2007 e Decreto 7217/2010 prevendo continuidade e regularidade

74

Tabela 38 - Modelo Numérico para Ponderação das Ameaças

Item Ameaças Relevância

(1) Incerteza

(2) Prioridade

(3)

I Defasagem entre os investimentos previstos e os necessários

5 5 25

II Falta de planejamento e fiscalização da Prefeitura 3 3 9

III Inexistência de projetos de rede separadora 5 5 25

IV Necessidade de adequações internas dos imóveis para ligação na rede separadora

5 3 15

V Falta de grupos geradores nas estações elevatórias e ETE

5 5 25

4.3.3.2 Cenário 1

Este cenário pode ser denominado de cenário previsível. É a permanência das

metas e obrigações contratuais vigentes, ou seja, manutenção do sistema

unitário e plano de investimentos constante no 7º Termo Aditivo.

As obras previstas e ainda não realizadas para o Município de Araruama

segundo o 7º Termo Aditivo, que são as obrigações contratuais da

concessionária (e as necessárias, segundo a documentação legal produzida no

contrato de concessão, para atendimento das metas contratuais) são as

seguintes.

Tabela 39 – Cronograma de investimentos (7º Termo Aditivo)

Data limite Local Obras

30/12/2014 Bacia Novo

Horizonte em Araruama

Construção de 9 tomadas de tempo seco

Implantação de 1.500 m de coletores e interceptores

Construção de 7 estações elevatórias

Implantação de 4.050 m de linhas de recalque

Construção de uma estação de tratamento de esgoto

30/12/2016 Praia Seca

em Araruama

Construção de 1 tomada de tempo seco

Implantação de 1.000 m de coletores

Construção de 1 estação elevatória

Implantação de 200 m de linhas de recalque

Construção de uma estação de tratamento de esgoto

Vale ressaltar que as obras previstas para Praia Seca receberam aporte do

Governo do Estado e também do Município de Araruama através da Lei 2.158

da ALERJ, mudando a forma de atendimento para redes separadoras.

75

Através do cronograma de investimentos em vigor mostrado temos a real

dimensão da previsão de investimentos no sistema de esgoto até o ano de

2.038 (final do período de concessão).

Neste cenário, o fluxo de caixa atual da concessão seria mantido e não

haveriam investimentos adicionais no sistema de esgoto até o final do período

de concessão (ano 2.038).

Considerando o número de atendimento atual da população (cálculo relativo à

carga orgânica recebida pela ETE), este se encontra abaixo do que é previsto

para o final do período da Concessão, mesmo com a Concessionária

cumprindo todas as metas estipuladas. Desta forma vemos que este cenário

não será possível de ser mantido, já que, com o aumento populacional que se

observará até o ano de 2.038 o índice de atendimento tenderá a diminuir se

não forem feitos investimentos adicionais, fazendo com que não se consiga

atender as metas do contrato.

4.3.3.3 Cenário 2

Nos cenários 2 e 3 a coleta será através de rede coletora separadora absoluta,

diferindo apenas da velocidade da universalização.

Foram feitas estimativas, que estão nas tabelas a seguir, de valores de

investimentos para o atendimento de 99% da população da área de concessão

com coleta e tratamento através de redes separadoras. Para isso, o Município

foi dividido em bacias de esgotamento conforme a topografia (estas bacias são

grandes divisões, tendo que ser ainda subdivididas em sub-bacias no momento

da elaboração dos projetos específicos).

Cada uma das bacias possui suas peculiaridades e, por este motivo, algumas

delas serão mais custosas para a execução das obras por causa da distância a

locais de bota-fora, existência de mais pavimento, etc.

76

Os valores de investimentos foram estimados de acordo com projetos e

execuções de obras em locais similares (litoral com alto nível do lençol

freático), estão com data base de janeiro de 2013 e com porcentagem de BDI =

25%. Foram utilizadas algumas premissas, que serão descritas a seguir.

Para as redes coletoras, foram medidas todas as ruas existentes através de

fotos por satélite datadas de 2.010. Foras medidas todas as ruas, inclusive as

que ainda não possuem ou que possuem pequena quantidade de imóveis, a

fim de se estimar a necessidade futura.

Para as ligações domiciliares, foi utilizado o valor de domicílios particulares

permanentes obtido pelo Censo 2.010 do IBGE atualizado para o ano de 2.013.

Desta forma obteve-se o valor necessário para o atendimento do número atual

de imóveis, não somente os que hoje são abastecidos com água pela CAJ e,

portanto, contidas em seu sistema comercial, mas sim todos os imóveis. Foi

ainda utilizado valor contido na tabela EMOP (Empresa de Obras Públicas do

Estado do Rio de Janeiro) para esta finalidade.

Para a estimativa dos investimentos necessários para a execução das

estações elevatórias de esgoto foram utilizadas as seguintes premissas:

Utilização de bombas submersíveis e localizadas nos logradouros, sem

necessidade de terreno próprio;

Instalação de grupo gerador;

Divididas em três tipos: pequeno porte, médio porte e grande porte;

As de pequeno porte são compostas por poço de sucção e caixa de

areia, em estruturas independentes;

As de médio médio e grande porte são compostas por poço de sucção,

caixa de areia e gradeamento, em estruturas independentes;

Profundidade média;

Diâmetro externo do poço de sucção;

Diâmetro externo da caixa de areia;

77

Diâmetro externo do gradeamento;

DMT até o bota-fora;

DMT do canteiro central até o local da obra.

Execução de uma estação elevatória a cada 10.000 metros de rede

coletora;

50% do total de estações elevatórias são de pequeno porte, por bacia;

30% do total de estações elevatórias são de médio porte, por bacia;

20% do total de estações elevatórias são de grande porte, por bacia;

Com a utilização de todas estas premissas e dos valores contidos nas tabelas

EMOP e SCO Rio (formada a partir de pesquisa de preços da Fundação

Getúlio Vargas), chegou-se aos seguintes valores por unidade de estação

elevatória:

Pequeno porte = R$ 173.531,28;

Médio porte = R$ 338.424,93;

Grande porte = R$ 589.708,36.

Para a estimativa dos investimentos necessários para a execução das linhas

de recalque foram utilizadas as seguintes premissas:

Execução de 500 m de linhas de recalque para cada estação elevatória

prevista;

Valor por metro igual a 80% do valor por metro da rede coletora.

Quanto às unidades de tratamento, a ETE existente (Ponte dos Leites) tem

capacidade atual de tratamento de 200 l/s e dispõe de tratamento a nível

terciário através de lagoas aeradas e pós-tratamento (wetlands).

Em tópico posterior deste documento, serão propostos cenários para cálculo de

estimativas de investimentos para todos os componentes do sistema de esgoto

e, nesta ocasião, serão feitos os cálculos para os investimentos necessários

em ETEs.

78

O objetivo do presente trabalho é estimar valores de investimentos, valores

estes que serão aferidos na ocasião da execução dos projetos executivos.

79

Tabela 40 – Resumo geral de investimentos – Praia Seca

BACIA

REDE COLETORA LIGAÇÕES DOMICILIARES ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS LINHAS DE RECALQUE

EXT. (m)

VALOR TOTAL COM

BDI (R$)

VALOR POR

METRO (R$)

QUANT. VALOR

TOTAL COM BDI (R$)

VALOR POR

UNIDADE (R$)

PEQ. PORTE

(un)

MÉDIO PORTE

(un)

GRANDE PORTE

(un)

VALOR TOTAL COM

BDI (R$)

EXT. (m)

VALOR TOTAL COM

BDI (R$)

VALOR POR

METRO (R$)

01 - Praia Seca 37.045 17.781.600,00 480,00 1.545 1.385.880,45 897,01 2 1 1 1.275.195,85 2.000 768.000,00 384,00

03 - Praia Seca 30.996 14.878.080,00 480,00 4.275 3.834.717,75 897,01 3 2 1 1.787.152,06 3.000 1.152.000,00 384,00

TOTAL PRAIA SECA 68.041 32.659.680,00

5.820 5.220.598,20

5 3 2 3.062.347,91 5.000 1.920.000,00

Tabela 41 – Resumo geral de investimentos – Sede

BACIA

REDE COLETORA LIGAÇÕES DOMICILIARES ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS LINHAS DE RECALQUE

EXT. (m)

VALOR TOTAL COM

BDI (R$)

VALOR POR

METRO (R$)

QUANT. VALOR

TOTAL COM BDI (R$)

VALOR POR

UNIDADE (R$)

PEQ. PORTE

(un)

MÉDIO PORTE

(un)

GRANDE PORTE

(un)

VALOR TOTAL COM

BDI (R$)

EXT. (m)

VALOR TOTAL COM

BDI (R$)

VALOR POR

METRO (R$)

4.1 - Sede 6.081 3.162.120,00 520,00 400 358.804,00 897,01 1 0 0 173.531,28 500 208.000,00 416,00

4.2 - Sede 1.121 448.400,00 400,00 35 31.395,35 897,01 1 0 0 173.531,28 500 160.000,00 320,00

05 - Sede 97.698 50.802.960,00 520,00 9.754 8.749.435,54 897,01 1 1 1 1.101.664,57 1.500 624.000,00 416,00

06 SE - Sede 233.253 111.961.440,00 480,00 22.421 20.111.861,21 897,01 5 3 2 3.062.347,91 5.000 1.920.000,00 384,00

10 - Sede 39.057 20.309.640,00 520,00 2.604 2.335.814,04 897,01 1 1 1 1.101.664,57 1.500 624.000,00 416,00

11 SE - Sede 63.679 30.565.920,00 480,00 4.185 3.753.986,85 897,01 3 2 1 1.787.152,06 3.000 1.152.000,00 384,00

12 SE - Sede 15.464 7.422.720,00 480,00 1.010 905.980,10 897,01 1 1 0 511.956,21 1.000 384.000,00 384,00

TOTAL SEDE 456.353 224.673.200,00

40.409 36.247.277,09

13 8 5 7.911.847,88 13.000 5.072.000,00

80

Tabela 42 – Resumo geral de investimentos – Morro Grande

BACIA

REDE COLETORA LIGAÇÕES DOMICILIARES ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS LINHAS DE RECALQUE

EXT. (m)

VALOR TOTAL COM

BDI (R$)

VALOR POR

METRO (R$)

QUANT. VALOR

TOTAL COM BDI (R$)

VALOR POR

UNIDADE (R$)

PEQ. PORTE

(un)

MÉDIO PORTE

(un)

GRANDE PORTE

(un)

VALOR TOTAL COM

BDI (R$)

EXT. (m)

VALOR TOTAL COM

BDI (R$)

VALOR POR

METRO (R$)

4.3 - Morro Grande 54.916 21.966.400,00 400,00 1.093 980.431,93 897,01 3 2 2 2.376.860,42 3.500 1.120.000,00 320,00

06 MG - Morro Grande 34.002 13.600.800,00 400,00 863 774.119,63 897,01 2 1 1 1.275.195,85 2.000 640.000,00 320,00

07 - Morro Grande 54.072 21.628.800,00 400,00 959 860.232,59 897,01 3 2 1 1.787.152,06 3.000 960.000,00 320,00

09 - Morro Grande 7.029 2.811.600,00 400,00 17 15.249,17 897,01 1 0 0 173.531,28 500 160.000,00 320,00

TOTAL MORRO GRANDE 150.019 60.007.600,00

2.932 2.630.033,32

9 5 4 5.612.739,61 9.000 2.880.000,00

Tabela 43 – Resumo geral de investimentos – Iguabinha

BACIA

REDE COLETORA LIGAÇÕES DOMICILIARES ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS LINHAS DE RECALQUE

EXT. (m)

VALOR TOTAL COM

BDI (R$)

VALOR POR

METRO (R$)

QUANT. VALOR

TOTAL COM BDI (R$)

VALOR POR

UNIDADE (R$)

PEQ. PORTE

(un)

MÉDIO PORTE

(un)

GRANDE PORTE

(un)

VALOR TOTAL COM

BDI (R$)

EXT. (m)

VALOR TOTAL COM

BDI (R$)

VALOR POR

METRO (R$)

06 - Iguabinha 934 373.600,00 400,00 70 62.790,70 897,01 1 0 0 173.531,28 500 160.000,00 320,00

11 - Iguabinha 5.602 2.240.800,00 400,00 70 62.790,70 897,01 1 0 0 173.531,28 500 160.000,00 320,00

12 - Iguabinha 124.294 49.717.600,00 400,00 5.688 5.102.192,88 897,01 6 4 2 3.574.304,12 6.000 1.920.000,00 320,00

13 - Iguabinha 47.469 22.785.120,00 480,00 3.456 3.100.066,56 897,01 3 1 1 1.448.727,13 2.500 960.000,00 384,00

TOTAL IGUABINHA 178.299 75.117.120,00

9.284 8.327.840,84

11 5 3 5.370.093,81 9.500 3.200.000,00

81

Tabela 44 – Resumo geral de investimentos – São Vicente

BACIA

REDE COLETORA LIGAÇÕES DOMICILIARES ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS LINHAS DE RECALQUE

EXT. (m)

VALOR TOTAL COM

BDI (R$)

VALOR POR

METRO (R$)

QUANT. VALOR

TOTAL COM BDI (R$)

VALOR POR

UNIDADE (R$)

PEQ. PORTE

(un)

MÉDIO PORTE

(un)

GRANDE PORTE

(un)

VALOR TOTAL COM

BDI (R$)

EXT. (m)

VALOR TOTAL COM

BDI (R$)

VALOR POR

METRO (R$)

08 - São Vicente 62.234 24.893.600,00 400,00 3.460 3.103.654,60 897,01 3 2 1 1.787.152,06 3.000 960.000,00 320,00

18 - São Vicente 16.326 6.530.400,00 400,00 418 374.950,18 897,01 1 1 0 511.956,21 1.000 320.000,00 320,00

19 - São Vicente 1.746 698.400,00 400,00 27 24.219,27 897,01 1 0 0 173.531,28 500 160.000,00 320,00

TOTAL SÃO VICENTE 80.306 32.122.400,00

3.905 3.502.824,05

5 3 1 2.472.639,55 4.500 1.440.000,00

Tabela 45 – Resumo geral de investimentos – Araruama

BACIA

REDE COLETORA LIGAÇÕES DOMICILIARES ESTAÇÕES

ELEVATÓRIAS LINHAS DE RECALQUE

EXTENSÃO (m)

VALOR TOTAL COM BDI (R$)

QUANTIDADE VALOR TOTAL COM BDI (R$)

VALOR TOTAL COM BDI (R$)

EXTENSÃO (m)

VALOR TOTAL COM BDI (R$)

PRAIA SECA 68.041 32.659.680,00 5.820 5.220.598,20 3.062.347,91 5.000 1.920.000,00

SEDE 456.353 224.673.200,00 40.409 36.247.277,09 7.911.847,88 13.000 5.072.000,00

MORRO GRANDE 150.019 60.007.600,00 2.932 2.630.033,32 5.612.739,61 9.000 2.880.000,00

IGUABINHA 178.299 75.117.120,00 9.284 8.327.840,84 5.370.093,81 9.500 3.200.000,00

SÃO VICENTE 80.306 32.122.400,00 3.905 3.502.824,05 2.472.639,55 4.500 1.440.000,00

TOTAL 957.018 424.580.000,00 62.350 55.928.573,50 24.429.668,76 41.000 14.512.000,00

TOTAL GERAL 519.450.242,26

82

Nas tabelas anteriores, vemos que serão necessários quase R$

520.000.000,00 (quinhentos e vinte milhões) para a execução das ligações

domiciliares, redes coletoras, estações elevatórias e linhas de recalque,

devendo-se ainda somar a estes valores os custos com projetos e para

implantação de novas ETEs.

Ainda devemos levar em conta que o item ligações domiciliares contempla

apenas a parte que compete ao sistema público, isto é, até a divisa do lote do

imóvel. Ainda existirão custos para adequações da parte interna de cada

imóvel, o que consideramos como contra partida dos moradores, que deverão

arcar com estes custos.

Comparando o estudo realizado com o cronograma vigente de obras vemos a

grande diferença que existe entre a obrigação da Concessionária e,

consequentemente, seu equilíbrio econômico-financeiro, e a necessidade de

investimentos para atendimento de 99% da população com rede separadora.

Desta forma, para os cenários 2 e 3, propõe-se que os valores existentes no

atual plano de investimentos sejam usados conforme estão estabelecidos,

buscando-se novas formas de financiamento para esta nova etapa do

saneamento da região, onde se busca a execução do sistema separador.

Para o atendimento através das redes separadoras, serão utilizados os dados

da tabela a seguir para a estimativa da porcentagem da população atendida

por bacia.

83

Tabela 46 – Porcentagem de atendimento por bacia

BACIA ATENDIMENTO

01 - PS 2,46%

03 - PS 6,81%

4.1 - S 0,64%

4.2 - S 0,06%

05 - S 13,53%

06 S 32,40%

10 - S 4,15%

11 S 6,66%

12 S 1,61%

4.3 - MG 1,74%

06 - MG 1,38%

07 - MG 1,53%

09 - MG 0,03%

06 - IG 0,11%

11 - IG 0,11%

12 - IG 9,06%

13 - IG 5,50%

08 - SV 5,51%

18 - SV 0,67%

19 - SV 0,04%

TOTAL 94,00%

Para este cenário, utilizaremos uma evolução no atendimento da população de

5% ao ano.

Devemos ressaltar que este índice de atendimento diz respeito somente ao

atendimento com rede separadora, não sendo o atendimento total da

população com o sistema de esgotamento sanitário, pois parte é e continuará

sendo atendida com o sistema unitário, que será gradativamente substituído

pelo sistema separador absoluto.

Com o nível de atendimento proposto, a demanda do sistema de esgoto será a

seguinte.

84

Tabela 47 – Cenário 2 - Demandas para o sistema de esgoto (redes separadoras)

POPULAÇÃO REDE DEMANDA ESGOTO L/S

ANO EQUIVALENTE %

ATEND. ATENDIDA EXT. (m)

VAZÃO DE INFILTRAÇÃO

MÉDIA MÉDIA +

INF.

-1 2.012 202.490

0 2.013 207.912 5% 10.396 50.000

1 2.014 213.332 10% 21.333 85.885 17,18 43,15 60,33

2 2.015 218.753 15% 32.813 121.770 24,35 66,29 90,64

3 2.016 224.174 20% 44.835 157.655 31,53 89,22 120,75

4 2.017 229.594 25% 57.398 193.540 38,71 114,11 152,82

5 2.018 235.125 30% 70.537 229.425 45,89 138,20 184,08

6 2.019 240.548 35% 84.192 265.310 53,06 163,71 216,77

7 2.020 245.972 40% 98.389 302.041 60,41 187,33 247,74

8 2.021 251.395 45% 113.128 339.617 67,92 209,50 277,42

9 2.022 256.817 50% 128.409 377.193 75,44 231,28 306,72

10 2.023 262.365 55% 144.301 443.098 88,62 254,75 343,37

11 2.024 267.792 60% 160.675 505.245 101,05 283,66 384,71

12 2.025 273.217 65% 177.591 554.229 110,85 313,52 424,37

13 2.026 278.642 70% 195.049 592.659 118,53 344,35 462,88

14 2.027 284.068 75% 213.051 643.891 128,78 376,13 504,90

15 2.028 289.631 80% 231.705 689.912 137,98 409,06 547,04

16 2.029 295.060 85% 250.801 749.923 149,98 442,77 592,76

17 2.030 300.487 90% 270.438 808.269 161,65 477,44 639,09

18 2.031 305.916 95% 290.620 884.457 176,89 513,07 689,96

19 2.032 311.345 99% 308.231 1.007.018 201,40 544,16 745,56

20 2.033 316.774 99% 313.606 1.007.018 201,40 553,65 755,05

85

Para o cálculo das demandas foram utilizadas as seguintes premissas:

Simultaneidade de 70% da população flutuante;

Consumo per capta e perdas = conforme estudo da FGV para a 2ª

revisão quinquenal;

Vazão de infiltração = 0,2 l / s.km;

Coeficiente de retorno = 0,8.

Quanto à ETE, a capacidade atual de 200 l/s corresponde ao atendimento, de

acordo com as premissas utilizadas, de uma população de 76.000 habitantes,

se considerarmos que toda esta população possui coleta através de redes

separadoras.

Como o sistema unitário deverá continuar operando, sendo substituído

gradativamente pelo sistema separador e a área da atual ETE está quase que

totalmente ocupada, vamos considerar como investimentos a implantação de

novas ETEs, tanto para atendimento da Sede e Iguabinha quanto para

atendimento dos demais distritos separadamente. Desta forma, o investimento

em ETE será demonstrado apenas geral do Município, tendo que se determinar

os seus locais na ocasião da elaboração dos projetos executivos.

Se considerarmos como base os custos de implantação publicados no livro

intitulado “introdução à qualidade das águas e ao tratamento de esgotos”, de

autoria de Marcos Von Sperling e publicado pelo Departamento de Engenharia

Sanitária e Ambiental da UFMG, um tratamento composto por lodos ativados

convencional com remoção biológica de Nitrogênio e Fósforo o custo de

implantação máximo é de R$ 190,00/hab (ano base 2009).

Se estes valores forem atualizados para janeiro de 2013 pelo INCC, encontra-

se R$ um valor de R$ 243,72 para novas ETEs com tratamento terciário.

A ordem de prioridade adotada para atendimento da população com redes

separadoras levou em conta a densidade populacional, ou seja, as bacias com

86

maior população serão atendidas prioritariamente. Desta forma, o cronograma

de execução de cada bacia, segundo o Cenário 2, é o seguinte.

87

Tabela 48 – Cenário 2 – cronograma (2.014 a 2.020)

BACIA ATENDIMENTO 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

01 - PS 2,46%

03 - PS 6,81%

4.1 - S 0,64%

4.2 - S 0,06%

05 - S 13,53%

06 S 32,40%

10 - S 4,15%

11 S 6,66%

12 S 1,61%

4.3 - MG 1,74%

06 - MG 1,38%

07 - MG 1,53%

09 - MG 0,03%

06 - IG 0,11%

11 - IG 0,11%

12 - IG 9,06%

13 - IG 5,50%

08 - SV 5,51%

18 - SV 0,67%

19 - SV 0,04%

INV. REDE COLETORA, LIGAÇÕES, EEE E LR (R$)

21.085.484,48 21.085.484,48 21.085.484,48 21.085.484,48 21.085.484,48 21.085.484,48 22.326.984,57

INV. PROJETO (R$) 632.564,53 632.564,53 632.564,53 632.564,53 632.564,53 632.564,53 669.809,54

INV. ETE (R$) 20.959.920,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

INV. TOTAL (R$) 42.677.969,01 21.718.049,01 21.718.049,01 21.718.049,01 21.718.049,01 21.718.049,01 22.996.794,11

88

Tabela 49 - Cenário 2 – cronograma (2.021 a 2.027)

BACIA ATENDIMENTO 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027

01 - PS 2,46%

03 - PS 6,81%

4.1 - S 0,64%

4.2 - S 0,06%

05 - S 13,53%

06 S 32,40%

10 - S 4,15%

11 S 6,66%

12 S 1,61%

4.3 - MG 1,74%

06 - MG 1,38%

07 - MG 1,53%

09 - MG 0,03%

06 - IG 0,11%

11 - IG 0,11%

12 - IG 9,06%

13 - IG 5,50%

08 - SV 5,51%

18 - SV 0,67%

19 - SV 0,04%

INV. REDE COLETORA, LIGAÇÕES, EEE E LR (R$)

23.568.484,66 23.568.484,66 32.513.896,97 30.157.048,50 28.660.814,55 22.745.201,21 24.972.931,75

INV. PROJETO (R$) 707.054,54 707.054,54 975.416,91 904.711,46 859.824,44 682.356,04 749.187,95

INV. ETE (R$) 0,00 0,00 20.959.920,00 0,00 0,00 0,00 7.311.600,00

INV. TOTAL (R$) 24.275.539,20 24.275.539,20 54.449.233,87 31.061.759,96 29.520.638,98 23.427.557,25 33.033.719,70

89

Tabela 50 - Cenário 2 – cronograma (2.028 a 2.033)

BACIA ATENDIMENTO 2028 2029 2030 2031 2032 2033

01 - PS 2,46%

03 - PS 6,81%

4.1 - S 0,64%

4.2 - S 0,06%

05 - S 13,53%

06 S 32,40%

10 - S 4,15%

11 S 6,66%

12 S 1,61%

4.3 - MG 1,74%

06 - MG 1,38%

07 - MG 1,53%

09 - MG 0,03%

06 - IG 0,11%

11 - IG 0,11%

12 - IG 9,06%

13 - IG 5,50%

08 - SV 5,51%

18 - SV 0,67%

19 - SV 0,04%

INV. REDE COLETORA, LIGAÇÕES, EEE E LR (R$)

21.431.313,06 31.101.609,26 31.227.151,80 42.754.887,66 57.908.526,76 0,00

INV. PROJETO (R$) 642.939,39 933.048,28 936.814,55 1.282.646,63 1.737.255,80 0,00

INV. ETE (R$) 0,00 4.874.400,00 0,00 3.655.800,00 0,00 0,00

INV. TOTAL (R$) 22.074.252,45 36.909.057,53 32.163.966,35 47.693.334,29 59.645.782,56 0,00

90

MUNICÍPIO DE ARARUAMA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

PROGRAMA 1 Rede coletora, ligações domiciliares, estações elevatórias e linhas de recalque

OBJETIVO 1.1 Implantação de unidades de coleta e transporte de esgoto

FUNDAMENTAÇÃO Para aumento do atendimento da população com redes separadoras, estas unidades deverão ser implantadas

MÉTODO DE MONITORAMENTO

(INDICADOR) (população atendida / população da área de concessão) / 100

METAS

IMEDIATA - ATÉ 3 ANOS CURTO PRAZO - 4 A 9 ANOS MÉDIO PRAZO - 10 A 15 ANOS LONGO PRAZO - 16 A 20 ANOS

Parte da bacia 06-S Parte das Bacias 06-S e 05-S Parte das Bacias 05-S e 1-PS e bacias

12-IG, 11-S, 13-IG e 3-PS

Parte da bacia 1-PS e bacias 4.1-S, 4.2-S, 10-S, 12-S, 4.3-MG, 6-MG, 7-MG, 9-MG, 6-IG, 11-IG, 8-SV, 18-SV e

19-SV

PROJETOS E AÇÕES

CÓDIGO DESCRIÇÃO PRAZOS/INVESTIMENTOS (R$) POSSÍVEIS FONTES

DE RECURSOS IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

1.1.1 Execução de parte da Bacia 06-S 63.256.453,44 Recursos Municipais, Estaduais e Federais

1.1.2 Execução de parte das Bacias 06-S e 05-S 132.720.407,32 Recursos Municipais,

Estaduais e Federais

1.1.3 Execução de parte das Bacias 05-S e 1-PS e execução

das bacias 12-IG, 11-S, 13-IG e 3-PS 160.481.206,03

Recursos Municipais,

Estaduais e Federais

1.1.4 Execuçao de parte da bacia 1-PS e execução das bacias 4.1-S, 4.2-S, 10-S, 12-S, 4.3-MG, 6-MG, 7-MG, 9-MG, 6-

IG, 11-IG, 8-SV, 18-SV e 19-SV 162.992.175,47

Recursos Municipais,

Estaduais e Federais

91

MUNICÍPIO DE ARARUAMA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

PROGRAMA 2 Estação de tratamento de esgoto

OBJETIVO 2.1 Ampliação ou implantação de estações de tratamento de esgotos

FUNDAMENTAÇÃO Com o aumento da população atendida será necessária a ampliação da ETE existente ou a implantação de novas ETEs

MÉTODO DE MONITORAMENTO

(INDICADOR) Vazão de tratamento

METAS

IMEDIATA - ATÉ 3 ANOS CURTO PRAZO - 4 A 9 ANOS MÉDIO PRAZO - 10 A 15 ANOS LONGO PRAZO - 16 A 20 ANOS

Sede e Iguabinha Sede, Iguabinha e Praia Seca São Vicente e Morro Grande

PROJETOS E AÇÕES

CÓDIGO DESCRIÇÃO PRAZOS/INVESTIMENTOS (R$) POSSÍVEIS FONTES

DE RECURSOS IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

2.1.1 Ampliação ou implantação de ETEs para os distritos Sede e Iguabinha com capacidade de atendimento de 86.000 hab.

20.959.920,00 Recursos Municipais,

Estaduais e Federais

2.1.2 Ampliação ou implantação de ETEs para os distritos Sede e Iguabinha com capacidade de atendimento de 86.000 hab.

20.959.920,00 Recursos Municipais,

Estaduais e Federais

2.1.3 Ampliação ou implantação de ETEs para o distrito de Praia

Seca com capacidade de atendimento de 30.000 hab. 7.311.600,00

Recursos Municipais,

Estaduais e Federais

2.1.4 Implantação de ETEs para o distrito de São Vicente com

capacidade de atendimento de 20.000 hab. 4.874.400,00

Recursos Municipais,

Estaduais e Federais

2.1.5 Implantação de ETEs para o distrito de Morro Grande com

capacidade de atendimento de 15.000 hab. 3.655.800,00

Recursos Municipais,

Estaduais e Federais

92

MUNICÍPIO DE ARARUAMA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

PROGRAMA 3 Projeto do sistema de esgotamento sanitário (redes separadoras)

OBJETIVO 3.1 Elaboração de projetos executivos das unidades do sistrema a serem implantadas

FUNDAMENTAÇÃO Para a execução das obras previstas neste cenário, é necessária a existência de projetos executivos

MÉTODO DE MONITORAMENTO

(INDICADOR) Bacias atendidas

METAS

IMEDIATA - ATÉ 3 ANOS CURTO PRAZO - 4 A 9 ANOS MÉDIO PRAZO - 10 A 15 ANOS LONGO PRAZO - 16 A 20 ANOS

Projeto das unidades dos itens 1.1.1 e 2.1.1

Projeto das unidades do item 1.1.2

Projeto das unidades dos itens 1.1.3, 2.1.2 e 2.1.3

Projeto das unidades dos itens 1.1.4, 2.1.4 e 2.1.5

PROJETOS E AÇÕES

CÓDIGO DESCRIÇÃO PRAZOS/INVESTIMENTOS (R$) POSSÍVEIS FONTES

DE RECURSOS IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

3.1.1 Elaboração de projetos para unidades dos

itens 1.1.1 e 2.1.1 1.897.693,60

Recursos Municipais,

Estaduais e Federais

3.1.2 Elaboração de projetos para unidades do item

1.1.2 3.981.612,22

Recursos Municipais,

Estaduais e Federais

3.1.3 Elaboração de projetos para unidades dos

itens 1.1.3, 2.1.2 e 2.1.3 4.814.436,18

Recursos Municipais,

Estaduais e Federais

3.1.4 Elaboração de projetos para unidades dos

itens 1.1.4, 2.1.4 e 2.1.5 4.889.765,26

Recursos Municipais,

Estaduais e Federais

93

Tabela 51 – Investimentos necessários – redes coletoras, ligações domiciliares, estações elevatórias e linhas de recalque

MUNICÍPIO DE ARARUAMA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO

PROGRAMA OBJETIVO CÓD. PRAZOS

IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

Rede coletora, ligações

domiciliares, EEE e linhas de recalque

Implantação de unidades de coleta e transporte de esgoto

1.1.1 63.256.453,44

1.1.2 132.720.407,32

1.1.3 160.481.206,03

1.1.4 162.992.175,47

Total de investimentos necessários 63.256.453,44 132.720.407,32 160.481.206,03 162.992.175,47

Tabela 52 – Investimentos necessários – ETE

MUNICÍPIO DE ARARUAMA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO

PROGRAMA OBJETIVO CÓD. PRAZOS

IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

ETE Ampliação ou implantação de ETEs

2.1.1 20.959.920,00

2.1.2 20.959.920,00

2.1.3 7.311.600,00

2.1.4 4.874.400,00

2.1.5 3.655.800,00

Total de investimentos necessários 20.959.920,00 0,00 28.271.520,00 8.530.200,00

94

Tabela 53 – Investimentos necessários – Projetos

MUNICÍPIO DE ARARUAMA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO

PROGRAMA OBJETIVO CÓD. PRAZOS

IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

Projetos Elaboração de projetos executivos

3.1.1 1.897.693,60

3.1.2 3.981.612,22

3.1.3 4.814.436,18

3.1.4 4.889.765,26

Total de investimentos necessários 1.897.693,60 3.981.612,22 4.814.436,18 4.889.765,26

Tabela 54 – Investimentos necessários – Resumo

MUNICÍPIO DE ARARUAMA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO

PROGRAMA PRAZOS

IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

Rede coletora, ligações domiciliares, EEE e linhas de recalque 63.256.453,44 132.720.407,32 160.481.206,03 162.992.175,47

ETE 20.959.920,00 0,00 28.271.520,00 8.530.200,00

Projetos 1.897.693,60 3.981.612,22 4.814.436,18 4.889.765,26

Total de investimentos necessários 86.114.067,04 136.702.019,54 193.567.162,21 176.412.140,73

95

Levando-se em consideração que a tarifa consiga suportar apenas o aumento

das despesas operacionais devido ao aumento do atendimento da população,

os valores demonstrados como investimentos totais são os que deverão ser

suportados, anualmente, por recursos municipais, estaduais ou federais, já que

os valores previstos no atual plano de investimentos continuarão a ser usados

conforme pré-estabelecidos. Como estes sistemas serão operados pelas

Concessionárias, os projetos e a execução deverão ser de comum acordo

entre os envolvidos.

4.3.3.4 Cenário 3

Também para o cenário 3 a coleta será através de rede coletora separadora

absoluta.

Para este cenário, será utilizada uma maior velocidade no atendimento à

população nos cinco primeiros anos, atingindo-se, desta forma, a

universalização anteriormente ao que acontece no cenário 2. Os números a

seguir dizem respeito ao índice de atendimento com rede separadora.

Com o nível de atendimento proposto, a demanda do sistema de esgoto será a

seguinte.

96

Tabela 55 – Cenário 3 - Demandas para o sistema de esgoto (redes separadoras)

POPULAÇÃO REDE DEMANDA ESGOTO L/S

ANO EQUIVALENTE %

ATEND. ATENDIDA EXT. (m)

VAZÃO DE INFILTRAÇÃO

MÉDIA MÉDIA +

INF.

-1 2.012 202.490

0 2.013 207.912 5% 10.396 50.000

1 2.014 213.332 15% 32.000 120.683 24,14 64,73 88,87

2 2.015 218.753 25% 54.688 191.365 38,27 110,48 148,75

3 2.016 224.174 35% 78.461 262.048 52,41 156,14 208,55

4 2.017 229.594 45% 103.317 332.102 66,42 205,40 271,82

5 2.018 235.125 55% 129.319 443.098 88,62 253,36 341,98

6 2.019 240.548 60% 144.329 505.245 101,05 280,64 381,69

7 2.020 245.972 65% 159.882 547.698 109,54 304,42 413,96

8 2.021 251.395 70% 175.976 592.659 118,53 325,88 444,41

9 2.022 256.817 75% 192.613 643.891 128,78 346,92 475,70

10 2.023 262.365 80% 209.892 689.912 137,98 370,55 508,53

11 2.024 267.792 85% 227.623 749.923 149,98 401,85 551,84

12 2.025 273.217 90% 245.895 808.269 161,65 434,11 595,77

13 2.026 278.642 95% 264.710 884.457 176,89 467,33 644,22

14 2.027 284.068 99% 281.227 1.007.018 201,40 496,49 697,89

15 2.028 289.631 99% 286.734 1.007.018 201,40 506,21 707,61

16 2.029 295.060 99% 292.109 1.007.018 201,40 515,70 717,10

17 2.030 300.487 99% 297.482 1.007.018 201,40 525,18 726,59

18 2.031 305.916 99% 302.857 1.007.018 201,40 534,67 736,08

19 2.032 311.345 99% 308.231 1.007.018 201,40 544,16 745,56

20 2.033 316.774 99% 313.606 1.007.018 201,40 553,65 755,05

Para o cálculo das demandas foram utilizadas as seguintes premissas:

Simultaneidade de 70% da população flutuante;

Consumo per capta e perdas = conforme estudo da FGV para a 2ª

revisão quinquenal;

Vazão de infiltração = 0,2 l / s.km;

Coeficiente de retorno = 0,8.

Quanto à ETE, a capacidade atual de 200 l/s corresponde ao atendimento, de

acordo com as premissas utilizadas, de uma população de 76.000 habitantes,

se considerarmos que toda esta população possui coleta através de redes

separadoras.

97

Como o sistema unitário deverá continuar operando, sendo substituído

gradativamente pelo sistema separador e a área da atual ETE está quase que

totalmente ocupada, vamos considerar como investimentos a implantação de

novas ETEs, tanto para atendimento da Sede e Iguabinha quanto para

atendimento dos demais distritos separadamente. Desta forma, o investimento

em ETE será demonstrado apenas geral do Município, tendo que se determinar

os seus locais na ocasião da elaboração dos projetos executivos.

A ordem de prioridade adotada para atendimento da população com redes

separadoras levou em conta a densidade populacional, ou seja, as bacias com

maior população serão atendidas prioritariamente, igualmente o Cenário 2.

Desta forma, o cronograma de execução de cada bacia, segundo o Cenário 3,

é o seguinte.

98

Tabela 56 – Cenário 3 – cronograma (2.014 a 2.020)

BACIA ATENDIMENTO 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

01 - PS 2,46%

03 - PS 6,81%

4.1 - S 0,64%

4.2 - S 0,06%

05 - S 13,53%

06 S 32,40%

10 - S 4,15%

11 S 6,66%

12 S 1,61%

4.3 - MG 1,74%

06 - MG 1,38%

07 - MG 1,53%

09 - MG 0,03%

06 - IG 0,11%

11 - IG 0,11%

12 - IG 9,06%

13 - IG 5,50%

08 - SV 5,51%

18 - SV 0,67%

19 - SV 0,04%

INV. REDE COLETORA, LIGAÇÕES, EEE E LR (R$)

41.532.014,88 41.532.014,88 41.532.014,88 43.098.634,52 60.796.078,56 30.157.048,50 24.839.372,61

INV. PROJETO (R$) 1.245.960,45 1.245.960,45 1.245.960,45 1.292.959,04 1.823.882,36 904.711,46 745.181,18

INV. ETE (R$) 20.959.920,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 20.959.920,00

INV. TOTAL (R$) 63.737.895,33 42.777.975,33 42.777.975,33 44.391.593,56 62.619.960,91 31.061.759,96 46.544.473,78

99

Tabela 57 - Cenário 3 – cronograma (2.021 a 2.027)

BACIA ATENDIMENTO 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027

01 - PS 2,46%

03 - PS 6,81%

4.1 - S 0,64%

4.2 - S 0,06%

05 - S 13,53%

06 S 32,40%

10 - S 4,15%

11 S 6,66%

12 S 1,61%

4.3 - MG 1,74%

06 - MG 1,38%

07 - MG 1,53%

09 - MG 0,03%

06 - IG 0,11%

11 - IG 0,11%

12 - IG 9,06%

13 - IG 5,50%

08 - SV 5,51%

18 - SV 0,67%

19 - SV 0,04%

INV. REDE COLETORA, LIGAÇÕES, EEE E LR (R$)

26.566.643,15 24.972.931,75 21.431.313,06 31.101.609,26 31.227.151,80 42.754.887,66 57.908.526,76

INV. PROJETO (R$) 796.999,29 749.187,95 642.939,39 933.048,28 936.814,55 1.282.646,63 1.737.255,80

INV. ETE (R$) 0,00 7.311.600,00 0,00 4.874.400,00 0,00 3.655.800,00 0,00

INV. TOTAL (R$) 27.363.642,44 33.033.719,70 22.074.252,45 36.909.057,53 32.163.966,35 47.693.334,29 59.645.782,56

100

Tabela 58 - Cenário 3 – cronograma (2.028 a 2.033)

BACIA ATENDIMENTO 2028 2029 2030 2031 2032 2033

01 - PS 2,46%

03 - PS 6,81%

4.1 - S 0,64%

4.2 - S 0,06%

05 - S 13,53%

06 S 32,40%

10 - S 4,15%

11 S 6,66%

12 S 1,61%

4.3 - MG 1,74%

06 - MG 1,38%

07 - MG 1,53%

09 - MG 0,03%

06 - IG 0,11%

11 - IG 0,11%

12 - IG 9,06%

13 - IG 5,50%

08 - SV 5,51%

18 - SV 0,67%

19 - SV 0,04%

INV. REDE COLETORA, LIGAÇÕES, EEE E LR (R$)

0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

INV. PROJETO (R$) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

INV. ETE (R$) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

INV. TOTAL (R$) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

101

MUNICÍPIO DE ARARUAMA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

PROGRAMA 1 Rede coletora, ligações domiciliares, estações elevatórias e linhas de recalque

OBJETIVO 1.1 Implantação de unidades de coleta e transporte de esgoto

FUNDAMENTAÇÃO Para aumento do atendimento da população com redes separadoras, estas unidades deverão ser implantadas

MÉTODO DE MONITORAMENTO

(INDICADOR) (população atendida / população da área de concessão) / 100

METAS

IMEDIATA - ATÉ 3 ANOS CURTO PRAZO - 4 A 9 ANOS MÉDIO PRAZO - 10 A 15 ANOS LONGO PRAZO - 16 A

20 ANOS

Parte da bacia 06-S Parte das Bacias 06-S, 05-S e 3-PS e bacias 12-IG, 11-

S e 13-IG

Parte da Bacia 3-PS e bacias 1-PS, 8-SV, 18-SV, 19-SV, 10-S, 4.1-S, 4.2-S, 12-S, 4.3-MG, 6-MG, 7-MG, 9-MG, 6-IG

e 11-IG

PROJETOS E AÇÕES

CÓDIGO DESCRIÇÃO PRAZOS/INVESTIMENTOS (R$) POSSÍVEIS FONTES DE

RECURSOS IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

1.1.1 Execução de parte da Bacia 06-S 124.596.044,65 Recursos Municipais, Estaduais e

Federais

1.1.2 Execução de parte das Bacias 06-S, 05-S e 3-PS e

execução das bacias 12-IG, 11-S e 13-IG 210.430.709,08

Recursos Municipais, Estaduais e Federais

1.1.3 Execução de parte da Bacia 3-PS e execução das bacias 1-PS, 8-SV, 18-SV, 19-SV, 10-S, 4.1-S, 4.2-S, 12-S, 4.3-

MG, 6-MG, 7-MG, 9-MG, 6-IG e 11-IG 184.423.488,53

Recursos Municipais, Estaduais e Federais

102

MUNICÍPIO DE ARARUAMA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

PROGRAMA 2 Estação de tratamento de esgoto

OBJETIVO 2.1 Ampliação ou implantação de estações de tratamento de esgotos

FUNDAMENTAÇÃO Com o aumento da população atendida será necessária a ampliação da ETE existente ou a implantação de novas ETEs

MÉTODO DE MONITORAMENTO

(INDICADOR) Vazão de tratamento

METAS

IMEDIATA - ATÉ 3 ANOS CURTO PRAZO - 4 A 9 ANOS MÉDIO PRAZO - 10 A 15 ANOS LONGO PRAZO - 16 A 20 ANOS

Sede e Iguabinha Sede, Iguabinha e Praia Seca São Vicente e Morro Grande São Vicente e Morro Grande

PROJETOS E AÇÕES

CÓDIGO DESCRIÇÃO PRAZOS/INVESTIMENTOS (R$) POSSÍVEIS FONTES

DE RECURSOS IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

2.1.1 Ampliação ou implantação de ETEs para os distritos Sede e Iguabinha com capacidade de atendimento de 86.000 hab.

20.959.920,00 Recursos Municipais, Estaduais e Federais

2.1.2 Ampliação ou implantação de ETEs para os distritos Sede e Iguabinha com capacidade de atendimento de 86.000 hab.

20.959.920,00 Recursos Municipais, Estaduais e Federais

2.1.3 Ampliação ou implantação de ETEs para o distrito de Praia

Seca com capacidade de atendimento de 30.000 hab. 7.311.600,00

Recursos Municipais, Estaduais e Federais

2.1.4 Implantação de ETEs para o distrito de São Vicente com

capacidade de atendimento de 20.000 hab. 4.874.400,00

Recursos Municipais, Estaduais e Federais

2.1.5 Implantação de ETEs para o distrito de Morro Grande com

capacidade de atendimento de 15.000 hab. 3.655.800,00

Recursos Municipais, Estaduais e Federais

103

MUNICÍPIO DE ARARUAMA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

PROGRAMA 3 Projeto do sistema de esgotamento sanitário (redes separadoras)

OBJETIVO 3.1 Elaboração de projetos executivos das unidades do sistrema a serem implantadas

FUNDAMENTAÇÃO Para a execução das obras previstas neste cenário, é necessária a existência de projetos executivos

MÉTODO DE MONITORAMENTO

(INDICADOR) Bacias atendidas

METAS

IMEDIATA - ATÉ 3 ANOS CURTO PRAZO - 4 A 9 ANOS MÉDIO PRAZO - 10 A 15 ANOS LONGO PRAZO - 16 A 20 ANOS

Elaboração dos projetos dos itens 1.1.1 e 2.1.1

Elaboração dos projetos dos itens 1.1.2 e 2.1.2

Elaboração dos projetos dos itens 1.1.3 e 2.1.3

PROJETOS E AÇÕES

CÓDIGO DESCRIÇÃO PRAZOS/INVESTIMENTOS (R$) POSSÍVEIS FONTES DE

RECURSOS IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

3.1.1 Elaboração de projetos para unidades dos

itens 1.1.1 e 2.1.1 3.737.881,34

Recursos Municipais, Estaduais e Federais

3.1.2 Elaboração de projetos para unidades dos

itens 1.1.2 e 2.1.2 6.312.921,27

Recursos Municipais, Estaduais e Federais

3.1.3 Elaboração de projetos para unidades dos

itens 1.1.3 e 2.1.3 5.532.704,66

Recursos Municipais, Estaduais e Federais

104

Tabela 59 – Investimentos necessários – redes coletoras, ligações domiciliares, estações elevatórias e linhas de recalque

MUNICÍPIO DE ARARUAMA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO

PROGRAMA OBJETIVO CÓD. PRAZOS

IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

Rede coletora, ligações domiciliares, EEE e linhas de recalque

Implantação de unidades de coleta e transporte de esgoto

1.1.1 124.596.044,65

1.1.2 210.430.709,08

1.1.3 184.423.488,53

Investimentos necessários 124.596.044,65 210.430.709,08 184.423.488,53 0,00

Tabela 60 – Investimentos necessários – ETE

MUNICÍPIO DE ARARUAMA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO

PROGRAMA OBJETIVO CÓD. PRAZOS

IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

ETE Ampliação ou implantação de ETEs

2.1.1 20.959.920,00

2.1.2 20.959.920,00

2.1.3 7.311.600,00

2.1.4 4.874.400,00 0,00

2.1.5 3.655.800,00 0,00

Investimentos necessários 20.959.920,00 28.271.520,00 8.530.200,00 0,00

105

Tabela 61 – Investimentos necessários – Projetos

MUNICÍPIO DE ARARUAMA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO

PROGRAMA OBJETIVO CÓD. PRAZOS

IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

Projetos Elaboração de projetos executivos

3.1.1 3.737.881,34

3.1.2 6.312.921,27

3.1.3 5.532.704,66

Investimentos necessários 3.737.881,34 6.312.921,27 5.532.704,66 0,00

Tabela 62 – Investimentos necessários – Resumo

MUNICÍPIO DE ARARUAMA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO

PROGRAMA PRAZOS

IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

Rede coletora, ligações domiciliares, EEE e linhas de recalque 124.596.044,65 210.430.709,08 184.423.488,53 0,00

ETE 20.959.920,00 28.271.520,00 8.530.200,00 0,00

Projetos 3.737.881,34 6.312.921,27 5.532.704,66 0,00

Total de investimentos necessários 149.293.845,99 245.015.150,35 198.486.393,19 0,00

106

Levando-se em consideração que a tarifa consiga suportar apenas o aumento das

despesas operacionais devido ao aumento do atendimento da população, os valores

demonstrados como investimentos totais são os que deverão ser suportados,

anualmente, por recursos municipais, estaduais ou federais, já que os valores

previstos no atual plano de investimentos continuarão a ser usados conforme pré-

estabelecidos. Como estes sistemas serão operados pelas Concessionárias, os

projetos e a execução deverão ser de comum acordo entre os envolvidos.

4.3.3.5 Comparativo entre os cenários 2 e 3

A seguir serão feitos alguns comparativos entre os cenários 2 e 3, a fim de embasar

decisões futuras.

Figura 2 – Comparativo atendimento da população (cenários 2 e 3)

107

Tabela 63 – Comparativo de investimentos (Cenários 2 e 3)

Ano Investimentos totais

Cenário 2 Cenário 3

2014 42.677.969,01 63.737.895,33

2015 21.718.049,01 42.777.975,33

2016 21.718.049,01 42.777.975,33

2017 21.718.049,01 44.391.593,56

2018 21.718.049,01 62.619.960,91

2019 21.718.049,01 31.061.759,96

2020 22.996.794,11 46.544.473,78

2021 24.275.539,20 27.363.642,44

2022 24.275.539,20 33.033.719,70

2023 54.449.233,87 22.074.252,45

2024 31.061.759,96 36.909.057,53

2025 29.520.638,98 32.163.966,35

2026 23.427.557,25 47.693.334,29

2027 33.033.719,70 59.645.782,56

2028 22.074.252,45 0,00

2029 36.909.057,53 0,00

2030 32.163.966,35 0,00

2031 47.693.334,29 0,00

2032 59.645.782,56 0,00

2033 0,00 0,00

Total 592.795.389,53 592.795.389,53

Figura 3 – Comparativo de investimentos (Cenários 2 e 3)

108

4.3.3.6 Propostas adicionais

4.3.3.6.1. Aspectos operacionais

Quanto ao aspecto operacional do sistema de esgotamento sanitário, é necessário

que se garanta seu pleno funcionamento mesmo com falta de fornecimento de

energia elétrica, evitando a contaminação do meio ambiente com a sua parada

temporária. Desta forma propõe-se que sejam instalados grupos geradores em todas

as estações elevatórias e também na unidade de tratamento.

4.3.3.6.2. Novos empreendimentos

Sugere-se que, para os novos condomínios horizontais e loteamentos, o proprietário

seja o responsável pelo projeto e execução da rede de esgotamento sanitário.

Deverá haver um procedimento entre o setor responsável pela aprovação da

Prefeitura e a Concessionária para que seja estudada a possibilidade de

atendimento, as obras necessárias a este atendimento e para que o projeto

elaborado pelo empreendedor seja aprovado pela Concessionária.

Caso não haja possibilidade de interligação com o sistema existente, o

empreendimento deverá contar com unidade de tratamento própria, aprovada pelo

órgão ambiental e, caso não haja, corpo receptor próximo, o esgoto tratado poderá

ser lançado na galeria de água pluvial.

109

5. DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS

5.1 Introdução

A proposta Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB), editada em 2011 pelo

Governo Federal, no capítulo correspondente a avaliação política-institucional,

detalha alguns aspectos particulares da gestão e prestação de serviços de

drenagem e manejo de águas pluviais urbanas:

“Dos quatro componentes do setor de saneamento, os serviços de

drenagem e manejo de águas pluviais urbanas são os que apresentam

maior carência de políticas e organização institucional. A urbanização

acelerada e caótica, com a falta de disciplinamento do uso e ocupação do

solo, inclusive das áreas de inundação natural dos rios urbanos, e, ainda, a

falta de investimentos em drenagem das águas pluviais, resultou no

aumento das inundações nos centros urbanos de maneira dramática.

Também o uso do sistema de drenagem para esgotamento sanitário

doméstico e industrial, a não existência de medidas preventivas nas áreas

sujeitas à inundação e a predominância de uma concepção obsoleta nos

projetos de drenagem tem contribuído para a ampliação dessa problemática.

O financiamento das ações é dificultado pela ausência de taxas ou de

formas de arrecadação de recursos específicos para o setor.”

“No conjunto do País, dados da PNSB 2008 indicam que 70,5% dos

municípios possuíam serviços de drenagem urbana, sendo que esse índice

era maior nas Regiões Sul e Sudeste. A existência de um sistema de

drenagem é fortemente associada ao porte da cidade. Todos os 66

municípios brasileiros com mais de 300.000 habitantes, no ano 2000,

independentemente da região em que se encontram, dispunham de um

sistema de drenagem urbana, enquanto que, para municípios com até 20 mil

habitantes, o índice de municípios com sistema de drenagem se encontrava

abaixo da média nacional. Em 2008, 99,6% dos municípios tinham seus

110

sistemas de drenagem administrados diretamente pelas prefeituras, sendo

predominantemente vinculados às secretarias de obras e serviços públicos.

Apenas 22,5% dos municípios do País declararam possuir plano diretor de

drenagem urbana.”

5.2 SISTEMATIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES

A tabela a seguir apresenta a aplicação do método.

Tabela 64 - Condicionantes, Deficiências e Potencialidades

Setor C D P Fator

Dre

na

ge

m e

Ma

ne

jo d

e Á

gua

s P

luvia

is U

rban

a

Desmatamentos e ocupação desordenada de algumas encostas e dunas, e aterramento de brejais e lagoas, na zona rural e distritos de Iguabinha, Praia Seca, São Vicente de Paula e Morro Grande

Instalação de marneis - salinas

Impermeabilização elevada dos solos urbanos pela pavimentação de vias, construção de calçadas, telhados, pisos e pátios

Crescimento acelerado nas últimas décadas da população residente e sazonal

Inexistência de indicadores operacionais, econômico-financeiros, administrativos e de qualidade do atual sistema de drenagem

Falta de arranjo institucional específico para a gestão de drenagem e manejo de águas pluviais urbanas

Inexistência de regulamento com procedimentos para elaboração de projetos, construção, operação e manutenção do sistema de drenagem

Falta de mapeamento atualizado de áreas de risco de alagamentos e deslizamentos com a participação das Associações de Bairros

Baixo índice pluviométrico da Região

Barramentos nos corpos hídricos através de cordão interceptor, estações elevatórias e estações de tratamento de esgoto

Existência de Plano Diretor Participativo, elaborado em 2005

Existência de cadastro de redes pluviais utilizadas como redes coletoras de esgotos sanitários, elaborado pela Concessionária Águas de Juturnaíba

Prefeitura Municipal de Araruama conta com um Corpo Técnico especializado na Secretaria Municipal de Obras

Defesa Civil em fase de estruturação subordinado a Secretaria Municipal do Ambiente

Existência de Grupo de Trabalho – Mudanças Climáticas, junto ao Comitê de Bacias - CBHLSJ

Existência do Consórcio Intermunicipal Lagos São João

111

Existência de diferentes programas de apoio estabelecidos pela SEA/INEA

Não existência de Plano de Contingências de Proteção e Defesa Civil – PLANCON

Existência de Plano da Bacia Hidrográfica da Região dos Lagos e do Rio São João

Monitoramento da qualidade das águas dos corpos receptores de águas pluviais mais esgotos sanitários tratados

Existência do sistema de tomada em tempo seco, operado pela CAJ, utilizando a rede de drenagem de águas pluviais para coleta dos esgotos sanitários

Mau dimensionamento das redes de micro e macrodrenagem, projetadas em épocas passadas, sem considerar a atual expansão da malha urbana e aumento das áreas impermeáveis

Existência de barragem para controle de nível de descarga de águas pluviais e esgotos sanitários, operada pela CAJ e Prefeitura Municipal de Araruama, no Rio Mataruna

Precariedade das redes de drenagem nos Distritos de Iguabinha, Praia Seca, São Vicente de Paula e Morro Grande

Inexistência de áreas de amortecimento de cheias

Limpeza contínua dos rios e canais que cortam o Município, pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente

Inexistência de Plano Diretor de Drenagem, definindo áreas de intervenção prioritária e prazos de execução

Assinatura de Acordo de Cooperação Técnica entre o Ministério Italiano do Meio Ambiente e da Tutela do Território e do Mar e o INEA/DIMFIS, tendo em vista a otimização da gestão de risco de desastres naturais.

Tabela 65 - Ameaças e Oportunidades do atual modelo de gestão.

Item Ameaças Oportunidades

I

Desmatamentos e ocupação desordenada de algumas encostas e dunas, e aterramento de brejais e lagoas, na zona rural e distritos de Iguabinha, Praia Seca, São Vicente de Paula e Morro Grande

Existência de Plano Diretor Municipal de Desenvolvimento Sustentável, elaborado em 2006

II

Impermeabilização elevada dos solos urbanos pela pavimentação de vias, construção de calçadas, telhados, pisos e pátios

Baixo índice pluviométrico da Região.

III Crescimento acelerado nas últimas décadas da população residente e sazonal

Existência de Plano Diretor Municipal de Desenvolvimento Sustentável, elaborado em 2006

IV

Inexistência de indicadores operacionais, econômico-financeiros, administrativos e de qualidade do atual sistema de drenagem

Existência de diferentes programas de apoio estabelecidos pela SEA/INEA. Monitoramento pela CAJ e INEA, da qualidade das águas dos corpos receptores de águas pluviais mais esgotos sanitários tratados pela CAJ.

112

Item Ameaças Oportunidades

V

Falta de arranjo institucional específico para a gestão de drenagem e manejo de águas pluviais urbanas

Prefeitura Municipal de Araruama conta com um Corpo Técnico especializado na Secretaria Municipal de Obras. Existência de Consórcio Intermunicipal Lagos São João. PLANSAB exige definição institucional para gestão da drenagem e manejo de águas pluviais

VI

Inexistência de regulamento com procedimentos para elaboração de projetos, construção, operação e manutenção do sistema de drenagem

Existência de Grupo de Trabalho – Mudanças Climáticas junto ao Comitê de Bacias – CBHLSJ. Existência de Plano de Bacia Hidrográfica da Região dos Lagos e do Rio São João

VII Falta de mapeamento atualizado de áreas de risco de alagamentos e deslizamentos

Apoio da Defesa Civil Estadual e local. Verbas disponíveis no PAC Prevenção

VIII

Não existência de Plano de Contingências de Proteção e Defesa Civil – PLANCON

Defesa Civil em fase de estruturação subordinada à Secretaria Municipal de Obras. Assinatura de Acordo de Cooperação Técnica entre o Ministério Italiano do Meio Ambiente e da Tutela do Território e do Mar e o INEA/DIMFIS, tendo em vista a otimização da gestão de risco de desastres naturais.

IX

Existência do sistema de tomada em tempo seco, operado pela CAJ, utilizando a rede de drenagem de águas pluviais para coleta dos esgotos sanitários

Necessidade de busca de nova solução para drenagem de águas pluviais e coleta de esgotos sanitários através de sistema separativo. Existência de comportas para controle de nível de descarga de águas pluviais e esgotos sanitários, operandos pela Prolagos. Barramentos nos corpos hídricos através de cordão interceptor, estações elevatórias e de tratamento de esgotos.

X

Mau dimensionamento das redes de micro e macrodrenagem, projetadas em épocas passadas, sem considerar a atual expansão da malha urbana e aumento das áreas impermeáveis

Recomposição continua de pavimentos afundados após precipitações pluviométricas significativas.

XI Precariedade de redes de drenagem nos Distritos de Iguabinha, Praia Seca, São Vicente de Paula e Morro Grande

------------------------------

XII Inexistência de áreas de amortecimento de cheias

Existência de Plano de Bacia Hidrográfica da Região dos Lagos e do Rio São João.

XIII Inexistência de Plano Diretor de Drenagem, definindo áreas de intervenção prioritária e prazos de execução

------------------------------

113

Tabela 66 - Modelo Numérico para Ponderação das Ameaças. Item Ameaças Relevância

(1) Incerteza

(2) Prioridade

(3)

I

Desmatamentos e ocupação desordenada de algumas encostas e dunas, e aterramento de brejais e lagoas, na zona rural e distritos de Iguabinha, Praia Seca, São Vicente de Paula e Morro Grande

5 5 25

II

Impermeabilização elevada dos solos urbanos pela pavimentação de vias, construção de calçadas, telhados, pisos e pátios

5 5 25

III Crescimento acelerado nas últimas décadas da população residente e sazonal

5 3 15

IV Inexistência de indicadores operacionais, econômico-financeiros, administrativos e de qualidade do atual sistema de drenagem

3 3 09

V Falta de arranjo institucional específico para a gestão de drenagem e manejo de águas pluviais urbanas

5 5 25

VI

Inexistência de regulamento com procedimentos para elaboração de projetos, construção, operação e manutenção do sistema de drenagem

5 3 15

VII Falta de mapeamento atualizado de áreas de risco de alagamentos e deslizamentos

5 5 25

VIII Não existência de Plano de Contingências de Proteção e Defesa Civil – PLANCON

5 5 25

IX

Existência do sistema de tomada em tempo seco, operado pela CAJ, utilizando a rede de drenagem de águas pluviais para coleta dos esgotos sanitários

5 3 15

X

Mau dimensionamento das redes de micro e macrodrenagem, projetadas em épocas passadas, sem considerar a atual expansão da malha urbana e aumento das áreas impermeáveis

3 3 09

XI Precariedade de redes de drenagem nos Distritos de Iguabinha, Praia Seca, São Vicente de Paula e Morro Grande

5 3 15

XII Inexistência de áreas de amortecimento de cheias

5 5 25

XIII Inexistência de Plano Diretor de Drenagem, definindo áreas de intervenção prioritária e prazos de execução

5 5 25

114

5.2.1 Hidrologia

Tabela 67 – Ameaças Programa 1 - Hidrologia

Item Ameaça Prioridade

VI Inexistência de regulamento com procedimentos para elaboração de projetos, construção, operação e manutenção do sistema de drenagem

15

15

5.2.2 Microdrenagem

Tabela 68 – Ameaças Programa 2 - Microdrenagem

Item Ameaça Prioridade

II Impermeabilização elevada dos solos urbanos pela pavimentação de vias, construção de calçadas, telhados, pisos e pátios

25

IX Existência do sistema de tomada em tempo seco, operado pela CAJ, utilizando a rede de drenagem de águas pluviais para coleta dos esgotos sanitários

15

XI Precariedade de redes de drenagem nos Distritos de Iguabinha, Praia Seca, São Vicente de Paula e Morro Grande

15

X Mau dimensionamento das redes de micro e macrodrenagem, projetadas em épocas passadas, sem considerar a atual expansão da malha urbana e aumento das áreas impermeáveis

09

64

5.2.3 Macrodrenagem

Tabela 69 – Ameaças Programa 3 – Macrodrenagem

Item Ameaça Prioridade

XIII Inexistência de Plano Diretor de Drenagem, definindo áreas de intervenção prioritária e prazos de execução

25

XII Inexistência de áreas de amortecimento de cheias 25

50

5.2.4 Defesa Civil

Tabela 70 – Ameaças Programa 4 – Defesa Civil

Item Ameaça Prioridade

VII Falta de mapeamento atualizado de áreas de risco de alagamentos e deslizamentos

25

VIII Não existência de Plano de Contingências de Proteção e Defesa Civil – PLANCON

25

50

115

5.2.5 Gestão do Sistema

Tabela 71 – Ameaças Programa 5 – Gestão do Sistema

tem Ameaça Prioridade

V Falta de arranjo institucional específico para a gestão de drenagem e manejo de águas pluviais urbanas

25

I

Desmatamentos e ocupação desordenada de algumas encostas e dunas, e aterramento de brejais e lagoas, na zona rural e distritos de Iguabinha, Praia Seca, São Vicente de Paula e Morro Grande

25

III Crescimento acelerado nas últimas décadas da população residente e sazonal

15

IV Inexistência de indicadores operacionais, econômico-financeiros, administrativos e de qualidade do atual sistema de drenagem

09

74

Pela pontuação das ameaças é possível observar que a Gestão do Sistema

apresenta o maior número de pontos, seguida pela Microdrenagem,

Macrodrenagem, Defesa Civil e por último, pela Hidrologia.

O modelo aplicado poderia conduzir a situações diferenciadas, priorizando as outras

ameaças. Combinando-se entre si as convergências pontuadas nos cinco setores

selecionados é possível estabelecer a seguinte estrutura básica alternativa.

Figura 4 – Pontuação por programas

Fonte: SERENCO, 2013.

116

Sendo possível a seguinte integração.

Figura 5 – Integração das Alternativas

Fonte: SERENCO, 2013

Por esta imagem, é possível verificar que a pontuação da Gestão do Sistema

acrescida de Defesa Civil alcançou 124 pontos e a pontuação de Microdrenagem,

Macrodrengem e Hidrologia alcançou 129 pontos. Esses números sugerem a

montagem dos cenários a partir da Gestão do Sistema e Defesa Civil e então

Hidrologia, Microdrenagem e Macrodrenagem.

Para melhor entendimento metodológico e para o detalhamento dos prognósticos

pesquisados optou-se pela seguinte sequência:

Hidrologia;

Microdrenagem;

Macrodrenagem;

Gestão do Sistema, e,

Defesa Civil.

117

5.3 CENÁRIOS MILOGRANA, J (2009)

A tese de doutorado MILOGRANA.J, Sistemática de Auxílio à Decisão para a

Seleção de Alternativas de Controle de Inundações Urbanas, UNB, 2009,

Brasília/DF, apresenta contribuições bastante interessantes para a construção de

cenários, as quais destacam-se a seguir:

a) Inundações lentas ou fluviais, em regiões planas;

b) Inundações rápidas ou por chuvas torrenciais;

c) Inundações por escoamento urbano, em pequenas bacias até 10km2;

d) Inundações pelas torrentes, em áreas com declividades acima de 6%;

e) Submersões marinhas;

f) Inundações estuarinas;

g) Inundações por remanso da rede de drenagem pluvial, e,

h) Inundações por elevação do nível do Lençol Freático.

Dessas, as mais representativas para a Região dos Lagos, são: a), b), c), d) e g).

Outra contribuição refere-se a elaboração de mapa com curvas de cheias (cota

vermelha) com definição de inundação x prejuízo para diferentes categorias de

propriedades, com publicação de Manuais Blue, Red e Yellow, recomendados pelo

MOFHRC – Middlesex Polytechnic Fload Hazard Research Center, do Reino Unido,

para definição de danos causados pelas inundações.

Ainda, são relacionadas algumas medidas mitigadoras a serem levadas em

consideração, tais como:

a) Poços de infiltração;

b) Valas, valetas e planos de infiltração;

c) Trincheiras de infiltração e detenção;

d) Pavimentos permeáveis com estrutura de detenção e infiltração;

e) Telhados armazenadores;

f) Bacias de retenção ou detenção de cheias:

118

i. A céu aberto (parques urbanos);

ii. Áreas úmidas;

iii. Bacias subterrâneas.

g) Diques, e,

h) Canais de desvio.

Finalmente, sugere que o aumento na eficiência do escoamento poderá se dar

através de:

a) Dragagem (limpeza) de tubulações, galerias, canais e leitos de rios;

b) Substituições dos revestimentos de canais, e,

c) Retificação de canais.

Recomenda também, que os projetos deverão obedecer os critérios hidrológicos

determinados para a Região, bem como a vulnerabilidade (susceptibilidade e valor)

das áreas sujeitas às inundações.

A partir dessas principais considerações propõem a construção de quatro cenários.

A. Sem medidas de controle de inundações, ou seja, desocupação das áreas

alagadas com relocações;

B. Controle de cheias através de barramentos;

C. Construção de diques de contenção, com adequação de pontes e faixas de

domínio com canais paralelos, e,

D. Sistema de Previsão e Alerta pela instalação de sensores de precipitação de

nível, datalogger, transmissor e software de comunicação.

5.4 CENÁRIOS PLANSAB

O Plano Nacional de Saneamento Básico – PLANSAB, orientou-se pela realização

de cinco Seminários Regionais, um em cada Região do País, apoiado em diversos

eventos, os quais possibilitaram a construção de três cenários plausíveis (hipóteses)

para a Política de Saneamento Básico no Brasil, apoiados em:

119

Política macroeconômica;

Papel do Estado/Marco Regulatório/Relação Interfederativa;

Gestão, Gerenciamento, Estabilidade e Continuidade de Políticas Públicas,

Participação e Controle Social;

Investimentos no setor, e,

Matriz Tecnológica/Disponibilidade de Recursos Hídricos.

Dos três cenários construídos o Cenário 1 foi eleito como o de preferência para a

Política de Saneamento Básico no País.

Para a consolidação do cenário normativo proposto, foram elencados 23 indicadores

(07 para o abastecimento de águas, 06 para o esgotamento sanitário, 05 para os

resíduos sólidos, 04 para a gestão e o planejamento, e, 01 para a drenagem e o

manejo das águas pluviais urbanas), sendo estabelecidas metas para cada indicador

nas diferentes macrorregiões do País, para os anos 2015, 2020 e 2030.

Ainda para drenagem e manejo das águas pluviais urbanas, quatro componentes

básicos foram considerados:

A implantação de sistemas de drenagem nas áreas de expansão urbana;

A reposição desses ao longo do horizonte de simulação;

A reposição dos sistemas de drenagem clássicos (macrodrenagem)

existentes nos municípios, ao longo do período, tendo por foco a redução do

risco de inundação, e,

Adequação dos sistemas de drenagem em áreas urbanizadas que sofrem

com inundações.

Não se incluem os custos relacionados a desapropriação ou aquisição de terrenos,

nem as obras de microdrenagem. Os custos para a expansão e reposição dos

sistemas de drenagem foram estimados para a Região Sudeste, conforme segue:

120

Tabela 72 - Necessidade de investimentos em drenagem e manejo de águas pluviais

urbanas entre o ano base de 2011 e os anos 2015, 2020 e 2030.

Natureza dos Investimentos 2011 a 2015

2011 a 2020

2011 a 2030

Expansão 2.832 5.520 8.568

Reposição 1.535 3.023 6.083

Total (x) 4.367 8.543 14.651 (x)

em milhões de reais.

Fonte: PLANSAB, 2011.

Ainda o PLANSAB, 2011, detalha que em média 36% dos investimentos em

expansão correspondem à implantação de sistemas em áreas de expansão urbana

e 64% correspondem aos custos associados aos danos nas áreas já urbanizadas.

Em reposição, em média, no País, 63% correspondem à reposição do patrimônio

atualmente existente e 37% à reposição dos sistemas que serão implantados em

áreas de expansão urbana. Logo, em termos de necessidades de investimentos

totais em medidas estruturais e estruturantes para atendimento das metas

estabelecidas foram estimados os valores detalhados na tabela a seguir em milhões

de reais, para todo o País.

Tabela 73 - Necessidade de investimentos totais em drenagem e manejo de águas pluviais urbanas para o País.

Medidas 2015 2020 2030

Estruturais 6.480 12.768 21.817

Estruturantes 10.694 21.099 33.317

Totais 17.173 33.867 55.134 Fonte: PLANSAB, 2011.

Como metas estipuladas para a Região Sudeste, em termos de drenagem e manejo

de águas pluviais urbanas, o indicador recomendado foi o D1 - % de municípios com

inundações e/ou alagamentos ocorridos na área urbana, nos últimos cinco anos,

correspondendo a 51% em 2008, e previsto em 15%, para 2030.

Em termos de gestão dos serviços de saneamento básico, na qual se inclui a

drenagem e o manejo das águas pluviais urbanas, o PLANSAB, 2011, define as

seguintes metas para a Região Sudeste:

121

Tabela 74 – Metas para gestão dos serviços de saneamento básico na Região Sudeste

do País (em %).

INDICADOR ANO (%)

G1.(%)de municípios com órgão de planejamento para as ações e serviços de saneamento básico

2015 40

2020 60

2030 80

G2. (%) de municípios com Plano de Saneamento Básico ou Ambiental

2015 60

2020 80

2030 100

G3.(%)de municípios com serviços públicos de saneamento básico fiscalizados e regulados

2015 40

2020 60

2030 80

G4.(%) de municípios com instância de controle social das ações e serviços de saneamento básico (Conselho de Saneamento ou outro)

2015 60

2020 80

2030 100

Fonte: PLANSAB, 2011.

5.5 CENÁRIO PROPOSTO

Em função do exposto e das ameaças críticas detectadas para o Município de

Araruama, sugere-se como Cenário Principal, a redução das inundações e/ou

alagamentos nas áreas urbanas do Município (Sede e Distritos de São Vicente,

Morro Grande, Iguabinha e Praia Seca) através de metas, programas e ações a

seguir detalhadas. Serão levadas em consideração recomendações de desocupação

de áreas alagadas com relocações, execução de barramentos para regularização de

vazões e retenção de cheias, incentivo às ações mitigadoras, instalação de Sistema

de Previsão e Alerta, bem como a instituição de órgão de planejamento e execução

de serviços e obras programadas, a elaboração de Plano Diretor de Drenagem e

finalmente a consolidação do Controle Social pela atuação efetiva do Conselho

Municipal de Meio Ambiente/Saneamento Básico.

A figura a seguir resume o anteriormente exposto.

122

Figura 6 – Cenários – Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas

Fonte: SERENCO, 2013

5.6 METAS, PROGRAMAS E AÇÕES

Detalham-se a seguir, as principais metas a serem observadas quando da

implementação do PMSB.

5.6.1 Metas Qualitativas

Destacam-se as seguintes:

1. Criar em seus cidadãos uma consciência de preservação dos recursos

hídricos e naturais, através de campanhas, cursos curriculares na Rede

Municipal de Ensino e em eventos específicos;

2. Coibir o lançamento de águas servidas e esgotos sanitários, com ou sem

tratamento, na rede de galerias de águas pluviais, que deverão ter o destino

adequado em rede apropriada;

123

3. Promover a preservação e recuperação de nascentes;

4. Promover a conservação da rede hidrológica, inclusive com a revegetação de

mata ciliar e a renaturalização de canalizações;

5. Promover o controle de erosão em terraplenagens e em terrenos desprovidos

de vegetação;

6. Promover o controle de assoreamento dos corpos d’água;

7. Coibir a deposição de materiais ao longo dos corpos d’água, em especial os

resíduos da construção civil, resíduos orgânicos e o lixo doméstico.

8. Estabelecer plano de uso e ocupação das bacias hidrográficas, em especial

quanto à proteção das áreas de fundos de vale, dos corpos d’água e de áreas

de recarga de aquíferos;

9. Inserir os parâmetros necessários à manutenção da permeabilidade do solo e

ao sistema de retenção de águas das chuvas na política de uso e ocupação

do solo;

10. Promover obras de manutenção de infraestrutura, como a limpeza e o

desassoreamento dos rios, córregos e canais, o redimensionamento de obras

de micro drenagem, a recuperação estrutural de obras de infraestrutura;

11. Executar obras de ampliação de infraestrutura como a construção de galerias,

pontes e travessias e a proteção das margens dos rios, córregos e canais;

12. Promover e incentivar a implantação de vegetação ao longo dos corpos

d’água, nas nascentes, nas cabeceiras e nas áreas de recarga de aquíferos;

13. Promover e incentivar programa para conservação do solo e combate à

erosão, no meio rural e no meio urbano.

Deverá ainda ser desenvolvido um programa de prevenção de alerta contra eventos

críticos de chuvas intensas para proporcionar agilidade na mobilização de ações

emergenciais nos eventos de enchentes, minimizando a possibilidade de maiores

prejuízos materiais e risco a perda de vidas e risco a saúde pública.

Devem também ser definidos parâmetros de impermeabilização de terrenos e as

necessidades de implantação de medidas estruturais com obras de micro e macro

124

drenagem, a recuperação da rede hidrológica de uma maneira mais ampla, indo

desde a recuperação de nascentes, matas ciliares e até a renaturalização de

córregos, bem como as medidas não estruturais para o controle de

impermeabilização do solo e ainda os programas de educação ambiental.

Sempre que houver novos empreendimentos (loteamentos: condomínios e outros)

deverão ser exigidos projetos de drenagem com previsão de escoamento superficial,

rede subterrânea e bacias de controle de vazão.

5.6.2 Metas Quantitativas

Para o alcance das metas estabelecidas no PMSB, está prevista e elaboração de

Estudos, Projetos e Ações que ofereçam subsídios para nortear a implantação das

metas programadas, destacando-se:

Estudo Hidrológico e Hidrodinâmico das Bacias Hidrográficas do Município

com seus hidrogramas de cheias, definição dos escoamentos, estudo de

chuvas intensas, entre outros.

Elaboração do Plano Diretor de Drenagem Urbana, a partir do cadastro da

rede existente, detalhando-se em planta e perfil a micro e macrodrenagem,

possibilitando propor e projetar as intervenções necessárias, desconectando-

se o esgotamento sanitário da rede de águas pluviais, com identificação e

análise do processo de ocupação e uso do solo urbano. Definição de áreas

sujeitas e restrições de uso e intervenções de prevenção e controle de

inundações.

Elaboração de mapas de risco de inundações/deslizamentos associados a

diferentes tempos de recorrência com definição dos coeficientes de

impermeabilização, com definição do zoneamento das áreas inundáveis.

Implantação de Sistema de Prevenção e Alerta com a finalidade de antecipar

a ocorrência de inundações avisando a população e tomando as medidas

necessárias para redução dos danos resultantes da inundação.

125

Estruturação da Defesa Civil, tendo em vista três fases distintas: prevenção

através de atividades para minimizar as inundações quando as mesmas

ocorrerem; alerta, durante a fase de ocorrência estabelecendo os níveis de

acompanhamento, alerta e emergência e a mitigação, após o evento ter

ocorrido, tendo em vista diminuir os prejuízos, conforme figura a seguir, mapa

de alerta.

Figura 7 – Mapa de Alerta

Fonte: SERENCO, 2013

126

Gestão do Sistema através de estrutura institucional locada na Prefeitura

Municipal para definição de ações de integração das diferentes estruturas

atualmente disponíveis voltadas à drenagem e manejo das águas pluviais

urbanas, com criação de banco de dados único e arquivo do sistema já

implementado ou projetado.

Estabelecimento de um programa bem definido para erradicação de ligações

clandestinas de esgotos sanitários, de conformidade com a substituição do

sistema de tomada em tempo seco por um sistema separador absoluto.

Estabelecimento de ações para proteção e revitalização dos corpos d’água,

cujo objetivo seja o de melhorar as condições de vida da população através

do envolvimento da comunidade.

Na sequência, apresentam-se as propostas detalhadas, dentro dos 05 (cinco)

Programas sugeridos anteriormente, em formato de fichas com os objetivos,

fundamentação, método de monitoramento, metas, projetos, ações, investimentos e

possíveis fontes de financiamento.

127

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MA

2

OB

JETI

VO

2.3

IMED

IATO

CU

RTO

MÉD

IOLO

NG

O

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

1. Q

uil

ôm

etr

os

de

pav

ime

nto

s p

erm

eáv

eis

exe

cuta

do

s

MU

NIC

ÍPIO

DE

AR

AR

UA

MA

- P

LAN

O M

UN

ICIP

AL

DE

SAN

EAM

ENTO

SIC

O

DR

ENA

GEM

E M

AN

EJO

DE

ÁG

UA

S P

LUV

IAIS

UR

BA

NA

S

Mic

rod

ren

age

m

Cri

ação

de

dis

po

siti

vos

lega

is p

ara

regu

lam

en

tar

a p

avim

en

taçã

o n

o m

un

icíp

io

FUNDAMENTAÇÃO

Om

un

icíp

iod

eA

raru

ama

po

ssu

igr

and

ep

arte

das

vias

bli

cas

jáp

avim

en

tad

asco

mas

falt

o,

ou

com

par

ale

lep

ípe

do

s.N

os

últ

imo

san

os,

fora

m

real

izad

asd

ive

rsas

ob

ras

de

mo

bil

idad

eu

rban

a,e

ntr

ee

las

ap

avim

en

taçã

od

eru

asq

ue

ain

da

não

po

ssu

íam

ess

ain

frae

stru

tura

.No

en

tan

to,n

ãoh

áu

ma

legi

slaç

ãom

un

icip

alco

mp

adro

niz

ação

par

ae

ssas

ob

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oq

ue

po

de

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sar

div

ers

os

pro

ble

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pri

nci

pal

me

nte

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cio

nad

os

àd

ren

age

mu

rban

a.

Atu

alm

en

tejá

exi

ste

mte

cno

logi

asd

ep

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en

taçã

op

erm

eáv

elq

ue

pe

rmit

em

ap

assa

gem

de

águ

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arat

ravé

sd

ese

um

ate

rial

,aju

dan

do

na

pre

ven

ção

de

en

che

nte

s,re

carg

ad

os

aqu

ífe

ros

sub

terr

âne

os

em

anu

ten

ção

das

vazõ

es

do

scu

rso

sd

'águ

an

asé

po

cas

de

seca

.Es

sas

tecn

olo

gias

po

de

mse

r

ince

nti

vad

as p

ela

Pre

feit

ura

, par

a as

áre

as d

e e

xpan

são

urb

anas

.

DIG

OD

ESC

RIÇ

ÃO

PR

AZO

S/IN

VES

TIM

ENTO

S (R

$)P

OSS

ÍVEI

S FO

NTE

S D

E R

ECU

RSO

S

MET

AS

IMED

IATA

- A

TÉ 3

AN

OS

CU

RTO

PR

AZO

- 4

A 9

AN

OS

MÉD

IO P

RA

ZO -

10

A 1

5 A

NO

SLO

NG

O P

RA

ZO -

16

A 2

0 A

NO

S

Elab

ora

ção

de

pro

jeto

de

lei

PR

OG

RA

MA

S, P

RO

JETO

S E

ÕES

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l2.

3.1

Elab

ora

r p

roje

to d

e le

i re

gula

me

nta

nd

o a

pav

ime

nta

ção

do

mu

nic

ípio

, co

m in

cen

tivo

às

tecn

olo

gias

de

pav

ime

nto

pe

rme

áve

l

40.0

00,0

0

132

PR

OG

RA

MA

2

OB

JETI

VO

2.4

IMED

IATO

CU

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MÉD

IOLO

NG

O

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

1. M

etr

os

de

re

de

de

dre

nag

em

co

m o

bra

s d

e r

ep

osi

ção

MU

NIC

ÍPIO

DE

AR

AR

UA

MA

- P

LAN

O M

UN

ICIP

AL

DE

SAN

EAM

ENTO

SIC

O

DR

ENA

GEM

E M

AN

EJO

DE

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UA

S P

LUV

IAIS

UR

BA

NA

S

Mic

rod

ren

age

m

Ob

ras

de

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po

siçã

o d

a m

icro

dre

nag

em

já e

xist

en

te

FUNDAMENTAÇÃO

As

red

es

de

mic

rod

ren

age

me

xist

en

tes

no

mu

nic

ípio

fora

me

mb

oa

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tee

xecu

tad

asju

nta

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nte

com

aso

bra

sd

ep

avim

en

taçã

od

asvi

asp

úb

lica

s,

mu

ito

san

os

atrá

s.C

om

on

ãoh

áre

gist

ros

de

sse

sp

roje

tos

na

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipal

,e

não

um

cad

astr

oat

ual

izad

od

aco

nd

ição

de

ssas

red

es,

mu

itas

de

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apre

sen

tam

pro

ble

mas

de

sub

-dim

en

sio

nam

en

toe

ob

stru

çõe

s,e

de

verã

op

assa

rp

or

ob

ras

de

rep

osi

ção

par

an

ãoca

usa

rp

rob

lem

asd

e

alag

ame

nto

s.À

par

tir

do

cad

astr

od

are

de

,de

verã

ose

rlo

cali

zad

asas

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asp

ara

real

izaç

ãod

aso

bra

sd

ein

terv

en

ção

.P

rio

rita

riam

en

te,d

eve

rão

ser

feit

as

inte

rve

nçõ

es

nas

loca

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ade

sd

eB

anan

eir

as(S

apo

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dia

),Ig

uab

inh

a(C

oq

ue

iral

),R

ioSa

lgad

o,

rua

do

Co

un

try

Clu

b,

Vil

aC

apri

,Fa

zen

din

ha,

Par

kH

ote

le

Rio

Co

rtiç

o.

Fora

me

stim

ado

so

sva

lore

sp

ara

2600

md

eo

bra

sd

ere

po

siçã

od

am

icro

dre

nag

em

po

ran

o,

aocu

sto

de

R$

1.15

0,00

/m,

tota

liza

nd

oR

$

2.99

0.00

0,00

/an

o, v

alo

res

qu

e d

eve

rão

se

r co

nfi

rmad

os

du

ran

te a

ela

bo

raçã

o d

o P

lan

o D

ire

tor

de

Dre

nag

em

Urb

ana.

DIG

OD

ESC

RIÇ

ÃO

PR

AZO

S/IN

VES

TIM

ENTO

S (R

$)P

OSS

ÍVEI

S FO

NTE

S D

E R

ECU

RSO

S

MET

AS

IMED

IATA

- A

TÉ 3

AN

OS

CU

RTO

PR

AZO

- 4

A 9

AN

OS

MÉD

IO P

RA

ZO -

10

A 1

5 A

NO

SLO

NG

O P

RA

ZO -

16

A 2

0 A

NO

S

Elab

ora

ção

de

pro

jeto

sEx

ecu

ção

de

ob

ras

de

re

po

siçã

oEx

ecu

ção

de

ob

ras

de

re

po

siçã

oEx

ecu

ção

de

ob

ras

de

re

po

siçã

o

PR

OG

RA

MA

S, P

RO

JETO

S E

ÕES

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l

2.4.

2Ex

ecu

tar

as o

bra

s p

roje

tad

as-

14.9

50.0

00,0

014

.950

.000

,00

14.9

50.0

00,0

0M

inis

téri

o d

as

Cid

ad

es

2.4.

1El

abo

rar

pro

jeto

s p

ara

ob

ras

de

re

po

siçã

o20

0.00

0,00

--

-

133

PR

OG

RA

MA

2

OB

JETI

VO

2.5

IMED

IATO

CU

RTO

MÉD

IOLO

NG

O

*Va

lore

s se

rão

est

ima

do

s co

nfo

rme

os

pro

jeto

s d

e n

ovo

s lo

tea

men

tos

fore

m e

lab

ora

do

sInic

iati

va p

riva

da

2.5.

2Ex

ecu

tar

as o

bra

s p

roje

tad

as*

**

*In

icia

tiva

pri

vad

a

2.5.

1El

abo

rar

pro

jeto

s p

ara

ob

ras

de

dre

nag

em

em

áre

as d

e

exp

ansã

o u

rban

a*

--

-

DIG

OD

ESC

RIÇ

ÃO

PR

AZO

S/IN

VES

TIM

ENTO

S (R

$)P

OSS

ÍVEI

S FO

NTE

S D

E R

ECU

RSO

S

MET

AS

IMED

IATA

- A

TÉ 3

AN

OS

CU

RTO

PR

AZO

- 4

A 9

AN

OS

MÉD

IO P

RA

ZO -

10

A 1

5 A

NO

SLO

NG

O P

RA

ZO -

16

A 2

0 A

NO

S

Elab

ora

ção

de

pro

jeto

s e

exe

cuçã

o d

as o

bra

sEx

ecu

ção

das

ob

ras

Exe

cuçã

o d

as o

bra

sEx

ecu

ção

das

ob

ras

PR

OG

RA

MA

S, P

RO

JETO

S E

ÕES

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

1. Q

uil

ôm

etr

os

de

re

de

s d

e d

ren

age

m e

xecu

tad

as e

m á

reas

de

exp

ansã

o u

rban

a

MU

NIC

ÍPIO

DE

AR

AR

UA

MA

- P

LAN

O M

UN

ICIP

AL

DE

SAN

EAM

ENTO

SIC

O

DR

ENA

GEM

E M

AN

EJO

DE

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UA

S P

LUV

IAIS

UR

BA

NA

S

Mic

rod

ren

age

m

Ob

ras

de

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de

de

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rod

ren

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m p

ara

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as d

e e

xpan

são

urb

anas

FUNDAMENTAÇÃO

Alé

md

aso

bra

sd

ere

po

siçã

od

asre

de

sd

ed

ren

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mjá

exi

ste

nte

s,n

asár

eas

de

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ansã

ou

rban

asd

eve

rão

ser

pro

jeta

das

ee

xecu

tad

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sp

ara

mic

rod

ren

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m, c

om

o p

arte

da

infr

a-e

stru

tura

mín

ima

par

a a

ocu

paç

ão d

ess

as lo

cali

dad

es,

a c

argo

do

s e

mp

ree

nd

ed

ore

s

134

PR

OG

RA

MA

3

OB

JETI

VO

3.1

IMED

IATO

CU

RTO

MÉD

IOLO

NG

O

70.0

00,0

0R

evi

sar

o P

lan

o-

PO

SSÍV

EIS

FON

TES

DE

REC

UR

SOS

MU

NIC

ÍPIO

DE

AR

AR

UA

MA

- P

LAN

O M

UN

ICIP

AL

DE

SAN

EAM

ENTO

SIC

O

DR

ENA

GEM

E M

AN

EJO

DE

ÁG

UA

S P

LUV

IAIS

UR

BA

NA

S

Mac

rod

ren

age

m

Elab

ora

ção

do

Pla

no

Dir

eto

r d

e D

ren

age

m U

rban

a

OP

lan

oD

ire

tor

de

Dre

nag

em

Urb

ana

tem

po

ro

bje

tivo

cria

rm

eca

nis

mo

sd

ege

stão

da

infr

aest

rutu

rau

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a,re

laci

on

ado

sco

mo

esc

oam

en

tod

aság

uas

plu

viai

s,d

os

rio

se

córr

ego

se

már

eas

urb

anas

.O

Pla

no

tem

com

op

rin

cip

ais

pro

du

tos

are

gula

me

nta

ção

do

sn

ovo

se

mp

ree

nd

ime

nto

se

pla

no

sd

e

con

tro

le e

stru

tura

l e n

ão e

stru

tura

l par

a o

s im

pac

tos

exi

ste

nte

s n

as b

acia

s u

rban

as d

a ci

dad

e.

1. P

lan

o D

ire

tor

de

Dre

nag

em

Urb

ana

ela

bo

rad

o

FUNDAMENTAÇÃO

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

Elab

ora

ção

do

Pla

no

Dir

eto

r d

e

Dre

nag

em

Urb

ana

-R

evi

são

do

Pla

no

LON

GO

PR

AZO

- 1

6 A

20

AN

OS

Re

visã

o d

o P

lan

o

MET

AS

IMED

IATA

- A

TÉ 3

AN

OS

CU

RTO

PR

AZO

- 4

A 9

AN

OS

MÉD

IO P

RA

ZO -

10

A 1

5 A

NO

S

DIG

O

PR

OJE

TOS

E A

ÇÕ

ES

DES

CR

IÇÃ

OP

RA

ZOS/

INV

ESTI

MEN

TOS

(R$)

-

INEA

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l70

.000

,00

3.1.

1El

abo

rar

o P

lan

o D

ire

tor

de

Dre

nag

em

Urb

ana

600.

000,

00-

--

3.1.

2

135

PR

OG

RA

MA

3

OB

JETI

VO

3.2

IMED

IATO

CU

RTO

MÉD

IOLO

NG

OP

OSS

ÍVEI

S FO

NTE

S D

E R

ECU

RSO

S

Min

isté

rio

da

s Ci

da

de

s

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l15

.000

.000

,00

3.2.

2M

anu

ten

ção

do

s ca

nai

s e

gal

eri

as d

e m

acro

dre

nag

em

18.0

00.0

00,0

018

.000

.000

,00

3.2.

1Ex

ecu

tar

ob

ras

de

re

cup

era

ção

do

s ca

nai

s e

gal

eri

as d

e

mac

rod

ren

age

m9.

000.

000,

00

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

1. Q

uil

ôm

etr

os

de

can

ais

e g

ale

rias

co

m o

bra

s d

e r

ecu

pe

raçã

o;

2. Q

uil

ôm

etr

os

de

can

ais

e g

ale

rias

co

m o

bra

s d

e m

anu

ten

ção

.

MU

NIC

ÍPIO

DE

AR

AR

UA

MA

- P

LAN

O M

UN

ICIP

AL

DE

SAN

EAM

ENTO

SIC

O

DR

ENA

GEM

E M

AN

EJO

DE

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UA

S P

LUV

IAIS

UR

BA

NA

S

Mac

rod

ren

age

m

Ob

ras

de

re

cup

era

ção

e m

anu

ten

ção

do

s ca

nai

s e

gal

eri

as d

e m

acro

dre

nag

em

FUNDAMENTAÇÃO

Os

can

ais

ega

leri

asd

em

acro

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nag

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exi

ste

nte

sn

om

un

icíp

ion

ece

ssit

amd

em

anu

ten

ção

con

stan

te,

par

ae

vita

ro

acú

mu

lod

ese

dim

en

tos

ed

e

mat

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qu

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oss

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ific

ult

aro

esc

oam

en

tod

aság

uas

plu

viai

s.Q

uan

ton

ãoh

áe

ssa

man

ute

nçã

op

eri

ód

ica,

én

ece

ssár

iaa

real

izaç

ãod

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sd

e

recu

pe

raçã

od

ess

es

can

ais

ega

leri

as,

com

apo

iod

ee

qu

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en

tos

em

aqu

inár

ios

par

ad

eso

bst

ruçã

od

os

me

smo

s.Fo

ie

stim

ado

um

valo

ran

ual

de

R$

3.00

0.00

0,00

par

are

aliz

ação

das

ob

ras

de

recu

pe

raçã

oe

man

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nçã

od

os

can

ais

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leri

asd

em

acro

dre

nag

em

em

Saq

uar

em

a.Es

teva

lor

de

verá

ser

con

firm

ado

ap

ós

a e

lab

ora

ção

do

Pla

no

Dir

eto

r d

e D

ren

age

m. M

ETA

S

IMED

IATA

- A

TÉ 3

AN

OS

CU

RTO

PR

AZO

- 4

A 9

AN

OS

MÉD

IO P

RA

ZO -

10

A 1

5 A

NO

SLO

NG

O P

RA

ZO -

16

A 2

0 A

NO

S

DIG

OD

ESC

RIÇ

ÃO

PR

AZO

S/IN

VES

TIM

ENTO

S (R

$)

Exe

cuçã

o d

e o

bra

s d

e

recu

pe

raçã

o d

os

can

ais

e g

ale

rias

de

mac

rod

ren

age

m

Man

ute

nçã

o d

os

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ais

e g

ale

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Man

ute

nçã

o d

os

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ais

e g

ale

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Man

ute

nçã

o d

os

can

ais

e g

ale

rias

PR

OJE

TOS

E A

ÇÕ

ES

136

PR

OG

RA

MA

4

OB

JETI

VO

4.1

IMED

IATO

CU

RTO

MÉD

IOLO

NG

O

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l4.

1.1

Atu

aliz

ar o

cad

astr

o d

e á

reas

de

ris

co60

.000

,00

60.0

00,0

060

.000

,00

60.0

00,0

0

Atu

aliz

ação

do

cad

astr

o d

e á

reas

de

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co

Atu

aliz

ação

do

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o d

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de

ris

coA

tual

izaç

ão d

o c

adas

tro

de

áre

as d

e r

isco

LON

GO

PR

AZO

- 1

6 A

20

AN

OS

Atu

aliz

ação

do

cad

astr

o d

e á

reas

de

ris

co

MET

AS

IMED

IATA

- A

TÉ 3

AN

OS

CU

RTO

PR

AZO

- 4

A 9

AN

OS

MÉD

IO P

RA

ZO -

10

A 1

5 A

NO

S

DIG

O

PR

OJE

TOS

E A

ÇÕ

ES

DES

CR

IÇÃ

OP

RA

ZOS/

INV

ESTI

MEN

TOS

(R$)

MU

NIC

ÍPIO

DE

AR

AR

UA

MA

- P

LAN

O M

UN

ICIP

AL

DE

SAN

EAM

ENTO

SIC

O

DR

ENA

GEM

E M

AN

EJO

DE

ÁG

UA

S P

LUV

IAIS

UR

BA

NA

S

De

fesa

Civ

il

Atu

aliz

ação

do

cad

astr

o d

e á

reas

de

ris

co d

e a

laga

me

nto

Du

ran

tea

ela

bo

raçã

od

est

eP

lan

oM

un

icip

ald

eSa

ne

ame

nto

Bás

ico

,fo

ram

leva

nta

das

asp

rin

cip

ais

áre

asco

mri

sco

de

alag

ame

nto

de

Ara

ruam

a,

jun

tam

en

teco

mo

sté

cnic

os

da

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipal

.O

ban

cod

ed

ado

sge

rad

od

eve

ráse

rat

ual

izad

op

ela

De

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Civ

ilM

un

icip

al,s

em

pre

qu

eh

ou

ver

um

a o

corr

ên

cia

de

eve

nto

s ad

vers

os

no

mu

nic

ípio

.

1. A

com

pan

ham

en

to d

a at

ual

izaç

ão d

o c

adas

tro

FUNDAMENTAÇÃO

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

PO

SSÍV

EIS

FON

TES

DE

REC

UR

SOS

137

PR

OG

RA

MA

4

OB

JETI

VO

4.2

IMED

IATO

CU

RTO

MÉD

IOLO

NG

OP

OSS

ÍVEI

S FO

NTE

S D

E R

ECU

RSO

S

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l30

.000

,00

4.2.

1C

adas

trar

e c

apac

itar

110

vo

lun

tári

os,

mo

rad

ore

s d

as

áre

as d

e r

isco

20.0

00,0

030

.000

,00

30.0

00,0

0

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

1. N

úm

ero

de

vo

lun

tári

os

cap

acit

ado

s

MU

NIC

ÍPIO

DE

AR

AR

UA

MA

- P

LAN

O M

UN

ICIP

AL

DE

SAN

EAM

ENTO

SIC

O

DR

ENA

GEM

E M

AN

EJO

DE

ÁG

UA

S P

LUV

IAIS

UR

BA

NA

S

De

fesa

Civ

il

Cap

acit

ação

de

vo

lun

tári

os

par

a a

De

fesa

Civ

ilFUNDAMENTAÇÃO

AC

oo

rde

nad

ori

ad

eD

efe

saC

ivil

ne

cess

ita

do

apo

iod

evo

lun

tári

os

mo

rad

ore

sd

eár

eas

de

risc

op

ara

ale

rtar

ap

op

ula

ção

sob

rea

oco

rrê

nci

ad

ee

ven

tos

adve

rso

s.C

om

aca

pac

itaç

ão,

ess

es

volu

ntá

rio

se

star

ãop

rep

arad

os

par

aau

xili

ara

po

pu

laçã

oso

bre

qu

ais

açõ

es

de

verã

ose

rto

mad

asp

ara

min

imiz

aro

s

imp

acto

s d

ess

es

eve

nto

s.

MET

AS

IMED

IATA

- A

TÉ 3

AN

OS

CU

RTO

PR

AZO

- 4

A 9

AN

OS

MÉD

IO P

RA

ZO -

10

A 1

5 A

NO

SLO

NG

O P

RA

ZO -

16

A 2

0 A

NO

S

DIG

OD

ESC

RIÇ

ÃO

PR

AZO

S/IN

VES

TIM

ENTO

S (R

$)

Cap

acit

ação

de

20

volu

ntá

rio

sC

apac

itaç

ão d

e 3

0 vo

lun

tári

os

Cap

acit

ação

de

30

volu

ntá

rio

sC

apac

itaç

ão d

e 3

0 vo

lun

tári

os

PR

OJE

TOS

E A

ÇÕ

ES

138

PR

OG

RA

MA

4

OB

JETI

VO

4.3

IMED

IATO

CU

RTO

MÉD

IOLO

NG

O

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l

4.3.

2A

tual

izaç

ão d

o P

lan

o-

15.0

00,0

015

.000

,00

15.0

00,0

0P

refe

itu

ra M

un

icip

al

4.3.

1El

abo

rar

o P

LAN

CO

N60

.000

,00

--

-

DIG

OD

ESC

RIÇ

ÃO

PR

AZO

S/IN

VES

TIM

ENTO

S (R

$)P

OSS

ÍVEI

S FO

NTE

S D

E R

ECU

RSO

S

MET

AS

IMED

IATA

- A

TÉ 3

AN

OS

CU

RTO

PR

AZO

- 4

A 9

AN

OS

MÉD

IO P

RA

ZO -

10

A 1

5 A

NO

SLO

NG

O P

RA

ZO -

16

A 2

0 A

NO

S

Elab

ora

r o

PLA

NC

ON

Atu

aliz

ação

do

Pla

no

Atu

aliz

ação

do

Pla

no

Atu

aliz

ação

do

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no

PR

OJE

TOS

E A

ÇÕ

ES

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

1. P

lan

o e

lab

ora

do

MU

NIC

ÍPIO

DE

AR

AR

UA

MA

- P

LAN

O M

UN

ICIP

AL

DE

SAN

EAM

ENTO

SIC

O

DR

ENA

GEM

E M

AN

EJO

DE

ÁG

UA

S P

LUV

IAIS

UR

BA

NA

S

De

fesa

Civ

il

Elab

ora

ção

do

PLA

NC

ON

FUNDAMENTAÇÃO

AC

oo

rde

nad

ori

ad

eD

efe

saC

ivil

ne

cess

ita

ela

bo

rar

oP

LAN

CO

N-

Pla

no

de

Co

nti

ngê

nci

ad

eP

rote

ção

eD

efe

saC

ivil

,te

nd

oe

mvi

sta

est

abe

lece

red

efi

nir

os

ele

me

nto

s n

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ssár

ios

par

a p

revi

nir

e a

ten

de

r a

po

pu

laçã

o a

tin

gid

a p

or

eve

nto

s ad

vers

os

cau

sad

os

po

r in

un

daç

õe

s e

/ou

de

sliz

ame

nto

s.

139

PR

OG

RA

MA

4

OB

JETI

VO

4.4

IMED

IATO

CU

RTO

MÉD

IOLO

NG

O

INEA

4.4.

2A

po

io lo

cal à

man

ute

nçã

o d

o s

iste

ma

-50

.000

,00

50.0

00,0

050

.000

,00

De

fesa

Civ

il M

un

icip

al

4.4.

1In

stal

ar o

sis

tem

a d

e c

on

tro

le e

ale

rta

de

ch

eia

s-

--

-

DIG

OD

ESC

RIÇ

ÃO

PR

AZO

S/IN

VES

TIM

ENTO

S (R

$)P

OSS

ÍVEI

S FO

NTE

S

MET

AS

IMED

IATA

- A

TÉ 3

AN

OS

CU

RTO

PR

AZO

- 4

A 9

AN

OS

MÉD

IO P

RA

ZO -

10

A 1

5 A

NO

SLO

NG

O P

RA

ZO -

16

A 2

0 A

NO

S

Imp

lan

tar

sist

em

a d

e a

lert

a d

e

che

ias

--

-

PR

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RA

MA

S, P

RO

JETO

S E

ÕES

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

1. S

iste

ma

em

fu

nci

on

ame

nto

MU

NIC

ÍPIO

DE

AR

AR

UA

MA

- P

LAN

O M

UN

ICIP

AL

DE

SAN

EAM

ENTO

SIC

O

DR

ENA

GEM

E M

AN

EJO

DE

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UA

S P

LUV

IAIS

UR

BA

NA

S

De

fesa

Civ

il

Inst

alaç

ão d

o s

iste

ma

de

co

ntr

ole

e a

lert

a d

e c

he

ias

FUNDAMENTAÇÃOO

INEA

assi

no

ue

m20

13,

aco

rdo

de

Co

op

era

ção

com

oM

inis

téri

oIt

alia

no

do

Me

ioA

mb

ien

tee

da

Tute

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oTe

rrit

óri

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do

Mar

(IM

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,cu

joo

bje

tivo

é

me

lho

rar

age

stão

de

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od

ein

un

daç

õe

se

de

smo

ron

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sn

oEs

tad

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oR

iod

eJa

ne

iro

,p

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ein

terc

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ioté

cnic

o-c

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tífi

coe

anál

ise

de

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sd

os

pro

ced

ime

nto

sm

ais

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cie

nte

se

mam

bo

so

sp

aíse

s.O

Pro

jeto

Flas

h-

Sist

em

ad

eP

revi

são

eP

reve

nçã

oao

sR

isco

sd

eIn

un

daç

ãoe

Esco

rre

gam

en

tos

-,q

ue

tem

oap

oio

do

Fóru

md

asA

rica

s,é

par

ted

op

rogr

ama

de

coo

pe

raçã

oq

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bu

sca

me

lho

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aan

ális

ed

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sco

s,as

pre

visõ

es,

os

sist

em

asd

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arm

e,

pla

ne

jam

en

toe

agil

idad

en

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spo

stas

aos

de

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res

nat

ura

is.

Op

roje

tovi

saa

me

lho

rar

oat

ual

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ae

stad

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de

mo

nit

ora

me

nto

do

Ine

a,at

ravé

sd

ose

uC

en

tro

de

Co

ntr

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Op

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cio

nal

(CC

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qu

ein

tegr

avá

rias

info

rmaç

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sre

lati

vas

àq

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idad

ed

oar

,d

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uas

,

incê

nd

ios

flo

rest

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acid

en

tes

com

carg

asp

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gosa

se

de

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ura

is,

com

oA

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ad

eC

he

ias.

Op

roje

top

revê

ain

da

aad

oçã

od

eu

ma

est

rutu

rad

e

pre

visã

o,

alar

me

ere

spo

sta

em

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de

de

sliz

ame

nto

se

inu

nd

açõ

es

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da

are

de

sd

ete

levi

são

,W

EBe

red

es

soci

ais

par

aav

isar

ap

op

ula

ção

sob

re

po

ssív

eis

risc

os

eo

rie

nta

ras

eq

uip

es

de

De

fesa

Civ

il.

Par

aau

me

nta

ra

efi

ciê

nci

ad

osi

ste

ma

ante

cip

and

oin

form

açõ

es

ep

oss

ibil

itan

do

ap

reve

nçã

o,

o

Ine

a e

stá

adq

uir

ind

o d

ois

rad

are

s m

ete

oro

lógi

cos

par

a ac

resc

en

tar

ao s

eu

sis

tem

a n

o in

ício

de

201

4, q

ue

pe

rmit

irão

a v

igil

ânci

a co

ntí

nu

a e

em

te

mp

o r

eal

das

pre

cip

itaç

õe

se

mto

do

ote

rrit

óri

oe

stad

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ecu

jap

revi

são

éd

eq

ue

est

eja

em

op

era

ção

em

de

zem

bro

de

ste

ano

.C

om

op

rin

cip

alb

en

efi

ciár

io,

o

mu

nic

ípio

de

verá

dar

ap

oio

à im

ple

me

nta

ção

do

sis

tem

a, e

au

xili

ar n

o m

on

ito

ram

en

to lo

cal d

os

dad

os.

140

PR

OG

RA

MA

5

OB

JETI

VO

5.1

IMED

IATO

CU

RTO

MÉD

IOLO

NG

O

*Val

ore

s a

sere

m d

efi

nid

os

qu

and

o d

a cr

iaçã

o d

a SM

SB e

UG

PLA

N

DIG

O

MU

NIC

ÍPIO

DE

AR

AR

UA

MA

- P

LAN

O M

UN

ICIP

AL

DE

SAN

EAM

ENTO

SIC

O

DR

ENA

GEM

E M

AN

EJO

DE

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UA

S P

LUV

IAIS

UR

BA

NA

S

Ge

stão

do

Sis

tem

a

Cri

ação

da

Secr

eta

ria

Mu

nic

ipal

de

San

eam

en

to B

ásic

o

AP

oli

tíca

Nac

ion

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eSa

ne

ame

nto

Bás

ico

,n

oP

LAN

SAB

,d

efi

ne

an

ece

ssid

ade

de

ela

bo

raçã

od

oP

lan

oM

un

icip

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eSa

ne

ame

nto

Bás

ico

,a

carg

od

os

Mu

nic

ipio

s,ti

tula

res

do

sse

rviç

os

de

san

eam

en

tob

ásic

o,

po

de

nd

od

ele

gar

ao

rgan

izaç

ão,

are

gula

ção

,a

fisc

aliz

ação

ea

pre

staç

ãod

ess

es

serv

iço

s,n

os

Term

os

do

art.

211

da

Co

nst

itu

ição

Fed

era

le

da

Lei

11.1

07/2

005.

No

caso

de

Saq

uar

em

a,o

sp

roje

tos

de

dre

nag

em

urb

ana

est

ãovi

ncu

lad

asà

Secr

eta

ria

Mu

nic

ipal

de

Ob

ras

eU

rban

ism

o,

ea

exe

cuçã

od

aso

bra

carg

od

aSe

cre

tari

aM

un

icip

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eTr

ansp

ort

es

eSe

rviç

os

bli

cos,

po

rém

não

um

aco

ord

en

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ria

esp

ecí

fica

nas

du

asse

cre

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as.

Acr

iaçã

od

eu

ma

Secr

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Mu

nic

ipal

de

San

eam

en

toB

ásic

o-

SMSB

,tr

ará

aoM

un

icíp

ioa

po

ssib

ilid

ade

de

me

lho

ro

rgan

izar

efi

scal

izar

os

sevi

ços

de

san

eam

en

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ásic

o(á

gua,

esg

oto

,d

ren

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resí

du

os

sóli

do

s).

Cri

ard

en

tro

da

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,a

UG

PLA

N, U

nid

ade

de

Ge

ren

ciam

en

to d

o P

lan

o M

un

icip

al d

e S

ane

ame

nto

Bás

ico

e d

os

Pla

no

s Se

tori

ais.

1. C

riar

a S

ecr

eta

ria

Mu

nic

ipal

de

San

eam

en

to B

ásic

o -

SM

SB

2. C

riar

a U

GP

LAN

FUNDAMENTAÇÃO

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

Cri

ar a

SM

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UG

PLA

NA

com

pan

har

e F

isca

liza

rA

com

pan

har

e F

isca

liza

r

LON

GO

PR

AZO

- 1

6 A

20

AN

OS

Aco

mp

anh

ar e

Fis

cali

zar

MET

AS

IMED

IATA

- A

TÉ 3

AN

OS

CU

RTO

PR

AZO

- 4

A 9

AN

OS

MÉD

IO P

RA

ZO -

10

A 1

5 A

NO

S

PR

OJE

TOS

E A

ÇÕ

ES

DES

CR

IÇÃ

OP

RA

ZOS/

INV

ESTI

MEN

TOS

(R$)

PO

SSÍV

EIS

FON

TES

DE

REC

UR

SOS

*Pr

efe

itu

ra M

un

icip

al

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l5.

1.1

Enca

min

har

à C

âmar

a M

un

icip

al m

inu

ta d

e L

ei p

ara

cria

ção

da

SMSB

5.1.

2Im

pla

nta

r a

SMSB

e c

riar

a U

GP

LAN

**

*

5.00

0,00

--

-

141

PR

OG

RA

MA

5

OB

JETI

VO

5.2

IMED

IATO

CU

RTO

MÉD

IOLO

NG

O

MET

AS

IMED

IATA

- A

TÉ 3

AN

OS

CU

RTO

PR

AZO

- 4

A 9

AN

OS

MÉD

IO P

RA

ZO -

10

A 1

5 A

NO

SLO

NG

O P

RA

ZO -

16

A 2

0 A

NO

S

DIG

OD

ESC

RIÇ

ÃO

PR

AZO

S/IN

VES

TIM

ENTO

S (R

$)

Elab

ora

ção

de

pro

jeto

de

lei

exi

gin

do

ob

ras

de

mic

rod

ren

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m p

ara

no

vas

ocu

paç

õe

s u

rban

as e

imp

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tar

me

did

as m

itig

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ras

Ince

nti

vo à

s m

ed

idas

mit

igad

ora

sIn

cen

tivo

às

me

did

as m

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Ince

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vo à

s m

ed

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s

PR

OJE

TOS

E A

ÇÕ

ES

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

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143

Resumidamente, apresentam-se a seguir os programas, projetos e ações propostas:

Tabela 75 - Programa 1 - Hidrologia

1.1 Elaboração de estudo de chuvas intensas para o município, definindo

indicadores de referência para os projetos de drenagem

1.2 Elaboração de manual para obras de drenagem

Tabela 76 - Programa 2 – Microdrenagem

2.1 Elaboração do cadastro georreferenciado da rede de microdrenagem do

município

2.2 Incentivo ao aproveitamento das águas de chuva

2.3 Criação de dispositivos legais para regulamentar a pavimentação no município

2.4 Obras de reposição da microdrenagem já existente

2.5 Obras de rede de microdrenagem para áreas de expansão urbanas

Tabela 77 - Programa 3 – Macrodrenagem

3.1 Elaboração do Plano Diretor de Drenagem Urbana

3.2 Obras de recuperação e manutenção dos canais e galerias de macrodrenagem

Tabela 78 - Programa 4 – Defesa Civil

4.1 Atualização do cadastro de áreas de risco de alagamento

4.2 Capacitação de voluntários para a Defesa Civil

4.3 Elaboração do PLANCON

4.4 Instalação do sistema de controle e alerta de cheias

144

Tabela 79 - Programa 5 – Gestão do Sistema

5.1 Criação da Secretaria Municipal de Saneamento Básico

5.2 Criação de mecanismos legais para obras de drenagem em novas ocupações

urbanas

5.3 Criação do Sistema Municipal de Informações de Saneamento Básico

5.7 CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO

A partir dos programas, projetos e ações propostos, foi possível estabelecer um

cronograma físico-financeiro para os investimentos na área de drenagem e manejo

de águas pluviais urbanas, divididas em imediato, curto, médio e longo prazos.

A seguir estão apresentados detalhadamente os custos projetados por programas:

Tabela 80 – Cronograma financeiro (Programa 1)

IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

1.1.1 120.000,00R$ - - -

1.1.2 - - 40.000,00R$ 40.000,00R$

soma 120.000,00R$ -R$ 40.000,00R$ 40.000,00R$

total

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total

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total

MUNICÍPIO DE ARARUAMA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS

CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO

PROGRAMA OBJETIVO CÓD.PRAZOS

1. H

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280.000,00R$

1.2 Elaboração de manual

para obras de drenagem

200.000,00R$

1.1 Elaboração de estudo de

chuvas intensas para o

município, definindo

indicadores de referência

80.000,00R$

TOTAL DE INVESTIMENTOS

NECESSÁRIOS

145

Tabela 81 - Cronograma financeiro (Programa 2)

Tabela 82 - Cronograma financeiro (Programa 3)

146

Tabela 83 - Cronograma financeiro (Programa 4)

IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

4.1.1 60.000,00R$ 60.000,00R$ 60.000,00R$ 60.000,00R$

soma 60.000,00R$ 60.000,00R$ 60.000,00R$ 60.000,00R$

total

4.2.1 20.000,00R$ 30.000,00R$ 30.000,00R$ 30.000,00R$

soma 20.000,00R$ 30.000,00R$ 30.000,00R$ 30.000,00R$

total

4.3.1 60.000,00R$ - - -

4.3.2 - 15.000,00R$ 15.000,00R$ 15.000,00R$

soma 60.000,00R$ 15.000,00R$ 15.000,00R$ 15.000,00R$

total

4.4.1 - - - -

4.4.2 - 50.000,00R$ 50.000,00R$ 50.000,00R$

soma -R$ 50.000,00R$ 50.000,00R$ 50.000,00R$

total

soma 140.000,00R$ 155.000,00R$ 155.000,00R$ 155.000,00R$

total

MUNICÍPIO DE ARARUAMA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS

CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO

PROGRAMA OBJETIVO CÓD.PRAZOS

240.000,00R$

4.2 Elaboração de um Plano

de Conscientização

Ambiental 110.000,00R$

4.3 Elaboração do PLANCON

105.000,00R$

4. D

efes

a C

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150.000,00R$

TOTAL DE INVESTIMENTOS

NECESSÁRIOS

4.1 Atualização do cadastro

de áreas de risco de

alagamento

4.4 Instalação do sistema de

controle e alerta de cheias

605.000,00R$

Tabela 84 - Cronograma financeiro (Programa 5)

IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

5.1.1 5.000,00R$ - - -

5.1.2 - - - -

soma 5.000,00R$ -R$ -R$ -R$

total

5.2.1 10.000,00R$ - - -

5.2.2 20.000,00R$ 40.000,00R$ 60.000,00R$ 80.000,00R$

soma 30.000,00R$ 40.000,00R$ 60.000,00R$ 80.000,00R$

total

5.3.1 48.000,00R$ - - -

5.3.2 - 25.000,00R$ 25.000,00R$ 25.000,00R$

soma 48.000,00R$ 25.000,00R$ 25.000,00R$ 25.000,00R$

total

soma 83.000,00R$ 65.000,00R$ 85.000,00R$ 105.000,00R$

total

TOTAL DE INVESTIMENTOS

NECESSÁRIOS 338.000,00R$

5. G

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5.1 Criação da Secretaria

Municipal de Saneamento

Básico5.000,00R$

5.2 Criação de mecanismos

legais para obras de

drenagem em novas

ocupações urbanas 210.000,00R$

5.3 Criação do Sistema

Municipal de Informações de

Saneamento Básico123.000,00R$

MUNICÍPIO DE ARARUAMA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS

CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO

PROGRAMA OBJETIVO CÓD.PRAZOS

147

Tabela 85 - Resumo do cronograma

Nota-se, pela tabela anterior, que os investimentos para a drenagem e manejo de

águas pluviais urbanas estão diluídos entre os 20 anos do Plano, considerando

imediato, curto, médio e longo prazos.

Na tabela a seguir, pode-se observar que os investimentos estão concentrados

principalmente nos programas de micro e macrodrenagem, pois envolvem custos de

execução de grandes obras de interferência urbana. O valor médio anual foi feito

pela divisão do custo total pelos 20 anos.

Tabela 86 - Investimentos por programa

INVESTIMENTOS POR PROGRAMA

PROGRAMA TOTAL DE INVESTIMENTOS VALOR MÉDIO ANUAL

1. Hidrologia R$ 280.000,00 R$ 14.000,00

2. Microdrenagem R$ 158.085.000,00 R$ 7.904.250,00

3. Macrodrenagem R$ 60.740.000,00 R$ 3.037.000,00

4. Defesa Civil R$ 605.000,00 R$ 30.250,00

5. Gestão do Sistema R$ 338.000,00 R$ 16.900,00

TOTAL R$ 220.048.000,00 R$ 11.002.400,00

Foi possível também, estimar valores de investimentos por fontes de recursos,

sendo elas Prefeitura Municipal, INEA, Consórcio Intermunicipal Lagos São João e

Ministério das Cidades.

148

As tabelas a seguir demonstram, por programas, quais as possíveis fontes de

recursos:

Tabela 87 - Fontes de recurso (Programa 1)

DESPESAS ESTIMADAS POR FONTE DE RECURSOS

Programa 1. Hidrologia Valor total (20 anos) Valor médio anual

Prefeitura Municipal - -

INEA - -

CILSJ R$ 280.000,00 R$ 14.000,00

Ministério das Cidades - -

TOTAL R$ 280.000,00 R$ 14.000,00

Tabela 88 - Fontes de recurso (Programa 2)

DESPESAS ESTIMADAS POR FONTE DE RECURSOS

Programa 2. Microdrenagem Valor total (20 anos) Valor médio anual

Prefeitura Municipal R$ 1.685.000,00 R$ 84.250,00

INEA - -

CILSJ - -

Ministério das Cidades R$ 156.400.000,00 R$ 7.820.000,00

TOTAL R$ 158.085.000,00 R$ 7.904.250,00

Tabela 89 - Fontes de recurso (Programa 3)

DESPESAS ESTIMADAS POR FONTE DE RECURSOS

Programa 3. Macrodrenagem Valor total (20 anos) Valor médio anual

Prefeitura Municipal R$ 51.140.000,00 R$ 2.557.000,00

INEA R$ 600.000,00 R$ 30.000,00

CILSJ - -

Ministério das Cidades R$ 9.000.000,00 R$ 450.000,00

TOTAL R$ 60.740.000,00 R$ 3.037.000,00

Tabela 90 - Fontes de recurso (Programa 4)

DESPESAS ESTIMADAS POR FONTE DE RECURSOS

Programa 4. Defesa Civil Valor total (20 anos) Valor médio anual

Prefeitura Municipal R$ 605.000,00 R$ 30.250,00

INEA - -

CILSJ - -

Ministério das Cidades - -

TOTAL R$ 605.000,00 R$ 30.250,00

149

Tabela 91 - Fontes de recurso (Programa 5)

DESPESAS ESTIMADAS POR FONTE DE RECURSOS

Programa 5. Gestão do Sistema

Valor total (20 anos) Valor médio anual

Prefeitura Municipal R$ 338.000,00 R$ 16.900,00

INEA - -

CILSJ - -

Ministério das Cidades - -

TOTAL R$ 338.000,00 R$ 16.900,00

Portanto, pode-se concluir que os investimentos necessários para os próximos 20

anos na área de drenagem e manejo de águas pluviais urbanas no município de

Araruama, estarão concentrados no orçamento da Prefeitura Municipal, e recursos

provenientes de programas do Ministério das Cidades, tabela a seguir.

Tabela 92 - Fontes de recursos (valor total)

DESPESAS ESTIMADAS POR FONTE DE RECURSOS

Despesa total Valor total (20 anos) Valor médio anual

Prefeitura Municipal R$ 53.768.000,00 R$ 2.668.400,00

INEA R$ 600.000,00 R$ 30.000,00

CILSJ R$ 280.000,00 R$ 14.000,00

Ministério das Cidades R$ 165.400.000,00 R$ 8.270.000,00

TOTAL R$ 220.048.000,00 R$ 11.002.400,00

5.7.1 Memorial de Cálculo

A seguir, são apresentadas as tabelas com o memorial de cálculo para se obter os

valores de investimentos, detalhados.

Apresenta-se ao final, o mapa com os principais pontos de alagamentos, áreas de

risco de deslizamento, pontos de deságue da macrodrenagem da região urbana,

delimitação das bacias de microdrenagem, hidrologia e manchas urbanas da Sede

do Município de Araruama.

150

Tabela 93 - Memorial de cálculo (Programa 1)

PROGRAMA 1 - HIDROLOGIA OBJETIVO 1.1 Elaboração de estudo de chuvas intensas para o município

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

1.1.1 Elaboração de estudo de

chuvas intensas

Contratação de consultoria especializada para análise dos dados pluviométricos existentes e elaboração do Estudo de Chuvas Intensas.

800 horas de trabalho a R$ 150,00/hora = R$120.000,00

1.1.2 Revisão do Estudo de

Chuvas Intensas

Contratação de consultoria especializada para atualização dos dados existentes e revisão do Estudo de Chuvas Intensas. 265 horas de

trabalho a R$ 150,00 a hora = R$ 40.000,00

OBJETIVO 1.2 Elaboração de manual para obras de drenagem

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

1.2.1 Elaboração de manual

para obras de drenagem

Contratação de consultoria especializada para elaboração do Manual para Obras de Drenagem.

500 horas de trabalho a R$ 160,00/hora = R$ 80.000,00

Tabela 94 - Memorial de cálculo (Programa 2)

PROGRAMA 2 - MICRODRENAGEM OBJETIVO 2.1 Elaboração do cadastro georreferenciado da rede de microdrenagem do município

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

2.1.1 Levantamento em campo

Contratação de empresa para realizar o levantamento em campo, com georrefereciamento da rede, poços de visita, caixas de ligação e

outros componentes. Valor estimado = R$ 8,00/metro linear x 75.000 m = R$ 600.000,00

2.1.2 Criação do cadastro com os

dados levantados em campo

Contratação de empresa especializada para reunir os dados levantados e criar o cadastro georreferenciado.

Valor estimado = 465 horas de trabalho a R$ 150,00/hora = R$ 70.000,00

2.1.3 Atualização do cadastro Atualização do cadastro feita por técnicos da Prefeitura. Valores

estimados.

OBJETIVO 2.2 Incentivo ao aproveitamento das águas de chuva

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

2.2.1

Elaborar projeto de lei incentivando a captação e

aproveitamento de águas de chuva em novas construções

Valor estimado = R$ 25.000,00

151

2.2.2

Implantar sistemas de captação de águas de chuva

nos prédios públicos da administração municipal

Valor estimado = R$ 20.000,00/prédio

OBJETIVO 2.3 Criação de dispositivos legais para regulamentar a pavimentação no município

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

2.3.1

Elaborar projeto de lei regulamentando a pavimentação do

município, com incentivo às tecnologias de pavimento

permeável

Valor estimado = R$ 40.000,00

OBJETIVO 2.4 Obras de reposição da microdrenagem já existente

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

2.4.1 Elaborar projetos para

obras de reposição

Contratação de empresa de engenharia para elaboração de projetos para obras de reposição.

Valor estimado = 5000 horas de trabalho a R$ 150,00/hora = R$ 200.000,00

2.4.2 Executar as obras

projetadas Valores estimados em R$ 1.150,00/m, com 8.000m de obras previstas

por ano, ou R$ 9.200.000,00/ano

OBJETIVO 2.5 Obras de rede de microdrenagem para áreas de expansão urbanas

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

2.5.1 Elaborar projetos para obras de drenagem em

áreas de expansão urbana Custos a cargo dos empreendedores que irão projetar os novos loteamentos.

2.5.2 Executar as obras

projetadas

152

Tabela 95 - Memorial de cálculo (Programa 3)

PROGRAMA 3 - MACRODRENAGEM OBJETIVO 3.1 Elaboração do Plano Diretor de Drenagem Urbana

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

3.1.1 Elaborar o Plano Diretor

de Drenagem Urbana

Contratação de empresa de engenharia especializada. Valor estimado =

R$ 600.000,00

3.1.2 Revisar o Plano Contratação de empresa de engenharia para revisão periódica do plano.

Valor estimado = R$ 70.000,00 por revisão

OBJETIVO 3.2 Obras de recuperação e manutenção dos canais e galerias de macrodrenagem

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

3.2.1

Executar obras de recuperação dos canais e

galerias de macrodrenagem

Valores estimados em R$ 3.000.000,00/ano, a serem confirmados com a elaboração do Plano Diretor de Drenagem

3.2.2 Manutenção dos canais e

galerias de macrodrenagem

Tabela 96 - Memorial de cálculo (Programa 4)

PROGRAMA 4 - DEFESA CIVIL OBJETIVO 4.1 Atualização do cadastro de áreas de risco de alagamento

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

4.1.1 Atualizar o cadastro de

áreas de risco Valor estimado referente a atualização do cadastro por funcionários da

Prefeitura Municipal.

OBJETIVO 4.2 Capacitação de voluntários para a Defesa Civil

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

4.2.1 Cadastrar e capacitar 40 voluntários, moradores

das áreas de risco

Valores estimados para capacitação de voluntários por funcionários da Prefeitura

OBJETIVO 4.3 Elaboração do PLANCON

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

4.3.1 Elaborar o PLANCON Valor referente a gastos de transporte, e outros custos para elaboração

do Plano pela equipe da Defesa Civil Municipal. Valor estimado = R$ 60.000,00

153

4.3.2 Atualização do Plano Valor referente a gastos diversos pela Defesa Civil Municipal para

atualização do Plano. Valor estimado = R$ 15.000,00 por atualização

OBJETIVO 4.4 Instalação do sistema de controle e alerta de cheias

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

4.4.1 Instalar o sistema de controle e alerta de

cheias

Custo de instalação por conta do INEA, através de parceria já firmada com o IMELS

4.4.2 Apoio local à

manutenção do sistema Custo estimado em R$ 10.000,00/ano para manutenção local do sistema

Tabela 97 - Memorial de cálculo (Programa 5)

PROGRAMA 5 - GESTÃO DO SISTEMA OBJETIVO 5.1 Criação da Secretaria Municipal de Saneamento Básico

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

5.1.1 Encaminhar à Câmara

Municipal minuta de Lei para criação da SMSB

Valor estimado = R$ 5.000,00

5.1.2 Implantar a SMSB e criar

a UGPLAN

Os valores para a SMSB e UGPLAN deverão ser definidos quando da criação das mesmas, após a definição das responsabilidades e

atribuições

OBJETIVO 5.2 Criação de mecanismos legais para obras de drenagem em novas ocupações urbanas

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

5.2.1 Elaborar projeto de lei Valor estimado = R$ 10.000,00

5.2.2

Incentivar a implantação de medidas de

mitigação/retenção de águas de chuva

Valores estimados

OBJETIVO 5.3 Criação do Sistema Municipal de Informações de Saneamento Básico

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

5.3.1 Criar o Sistema Municipal

de Informações de Saneamento Básico

Contratação de empresa especializada para criação do SMISB. Valor estimado 320 horas a R$ 150,00/hora = R$ 48.000,00

5.3.2 Atualizar o SMISB Valor estimado para atualização = R$ 25.000,00 a cada 5 anos

154

155

6. ANÁLISE INSTITUCIONAL

Apresenta-se a seguir, um primeiro ensaio sobre os modelos institucionais

existentes e os possíveis arranjos a serem implementados na Região dos Lagos São

João, Estado do Rio de Janeiro, tendo em vista a Gestão dos Sistemas de

Saneamento Básico, referenciados na Lei n.º 11.445/2.007, a qual institui a Política

Nacional de Saneamento Básico no País, e regulamentada pelo Decreto n.º

7.217/2.010.

A referida Lei e seu Decreto Regulamentador detalham o inter-relacionamento

entre o Poder Concedente, no caso os Municípios da Região dos Lagos São João,

os Prestadores de Serviços e o Ente Regulador. As combinações e acordos

possíveis entre as três partes envolvidas formatará os arranjos institucionais a serem

apresentados e debatidos em consultas públicas e implementadas, caso aprovadas,

em audiências públicas quando da conclusão dos Planos Municipais de Saneamento

Básico dos Municípios de Armação dos Búzios, Araruama, Arraial do Cabo, Cabo

Frio, Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia, Saquarema e Silva Jardim.

6.1 Situação Atual

No início deste documento, foram elencadas e descritas as instituições envolvidas

pelo arranjo institucional vigente na Região dos Lagos – São João. Detalham-se a

seguir, o Modelo Atual e a Modelagem Proposta, em forma de Estudo Inicial, uma

vez que a Proposta Final será obtida após os debates que irão acontecer durante a

Consulta Pública e finalmente após a Audiência Pública.

Os serviços de Saneamento Básico prestados no Município referem-se a:

Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário: são operados em regime

de concessão pela CAJ, destacando-se que os esgotos sanitários, em sua

grande maioria são coletados pelo sistema de drenagem urbana da Prefeitura

Municipal de Araruama, pelo chamado “tomada em tempo seco”. Os serviços

156

prestados são fiscalizados pelo Consórcio Intermunicipal para Gestão

Ambiental das Bacias da Região dos Lagos, do Rio São João e Zonas

Costeiras (Consórcio Intermunicipal Lagos – São João/CILSJ) e regulados

pela Agencia Estadual Reguladora de Energia e Saneamento – AGENERSA.

O Governo do Estado do Rio de Janeiro é solidário ao Município de Araruama

como Poder Concedente.

Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos: são administradas pela

Secretaria Municipal de Obras, Urbanismo e Serviços Públicos, a qual

terceiriza os serviços de coleta, transporte e disposição final dos resíduos

domésticos/comerciais/de serviços de saúde/limpeza pública. Não sofre

fiscalização do Consórcio e a Regulação por parte da AGENERSA, encontra-

se em fase de estruturação.

Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas: são administradas pela

Secretaria Municipal de Obras, Urbanismos e Serviços Públicos. A Defesa

Civil atualmente compreende uma subsecretaria, vinculada à Secretaria de

Meio Ambiente.

157

Figura 8 - Modelo Institucional do Saneamento Básico de Araruama

Fonte: SERENCO, 2.013.

6.2 Modelos Institucionais para Prestação dos Serviços de Saneamento Básico

A história do saneamento básico em nosso país registra diferentes momentos

relacionados aos modelos institucionais utilizados na prestação dos serviços de

abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza pública e manejo de

resíduos sólidos urbanos, e drenagem e manejo das águas pluviais urbanas.

Historicamente, de forma resumida, os modelos institucionais utilizados partem dos

158

antigos Departamentos/Serviços de Água e Esgotos e dos Departamentos /Serviços/

Superintendências de Limpeza Urbana e/ou de Lixo.

O Ministério da Saúde, através da Fundação Serviços de Saúde Pública,

inicialmente Serviços de Saúde Pública, (1.942), do Ministério da Saúde, hoje

FUNASA, investiu nos Serviços Autônomos de Água e Esgoto (SAAE’s) e também

nos Serviços Autônomos Municipais de Água e Esgotos (SAMAE’s) implantando os

modelos na década de 1950, difundindo-os pelo país a fora, atualmente em mais de

mil cidades. DAE’s/SAAE’s e SAMAE’s, constituíram-se nos modelos institucionais

municipais escolhidos por vários Munícipios, buscando a implantação/ampliação dos

sistemas de abastecimento de água, cujos índices de atendimento em termos de

quantidade e qualidade eram muito baixos.

A partir daí, segundo NIEBUHR, 2.009, o arcabouço legal brasileiro disponibiliza à

Administração Municipal, enquanto titular dos serviços públicos de saneamento

básico, uma série de modelos para sua gestão. A prestação de serviços passa a ser

gerenciada pelo setor público, pelo setor privado, ou por ambos. Essa prestação é

eminentemente pública quando: (a) o próprio titular da atividade, o município,

executa os serviços através da administração direta, ou de autarquia, ou empresa

municipal, através de empresas públicas estaduais, as Companhias de Saneamento,

por intermédio de contratos e/ou convênios, e ainda através de empresas regionais,

cujo modelo reúne um conjunto de municípios interligados pela figura dos

consórcios.

A terceirização dos serviços com empresas privadas, principalmente na gestão dos

resíduos sólidos urbanos acontece, e ainda, se materializa e se diversifica através

de Concessões Privadas Plenas ou de Parcerias Público-Privadas. Paralelamente a

esse panorama de modelos institucionais, cresce nos dias atuais, a prestação

indireta dos serviços de saneamento básico, por empresas privadas, tendo em vista

que elas realizam o aporte de capital necessário para a expansão das atividades. As

leis n.º 8.987/92, 9.074/95 e 11.445/07 viabilizam juridicamente a prestação

159

exclusiva por empresas privadas através de concessão/subconcessão autorizadas

pelo poder concedente - o município. A concessão outorga ao particular, o exercício

da prestação dos serviços de saneamento básico, retendo, para si, o município, a

titularidade dos mesmos. O concessionário encarrega-se, com recursos próprios ou

captados em seu nome, em ampliar e melhorar a prestação dos serviços

contratados.

O contrato prevê metas e padrões de desempenho, obrigando-se a

concessionária/subconcessionária a manter os serviços públicos delegados de forma

adequada aos termos do contrato, atendendo as metas quantitativas (número de

usuários atendidos-universalização dos serviços), bem como as qualitativas

(padrões e normas vigentes, aferidos por indicadores setoriais do saneamento

básico).

A combinação de fatores melhor técnica e menor taxa/tarifa define a autorga dos

serviços licitados pela Administração Municipal. A Associação Brasileira de

Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto – ABCON,

contabiliza mais de 200 contratos de concessão no território nacional. Ainda

segundo NIEBUHR, 2009, no período 2.000/2.005 os investimentos médios, por

habitante, registraram:

Concessionárias/subconcessionárias----------------------------R$ 39,08

Empresas públicas estaduais--------------------------------------R$ 21,55

Empresas públicas municipais ------------------------------------R$ 10,21

O outro modelo de gestão referenciado anteriormente é o sistema misto, ou público-

privado disciplinado pela Lei N°11.079/2004, ou seja, as parcerias público-privadas,

onde o Estado/Município participa, integral ou parcialmente, da remuneração da

concessionária/ subconcessionária. Ainda, em concessões patrocinadas, a

administração pública paga ao concessionário/ subconcessionário a contraprestação

160

pecuniária ao lado das tarifas/taxas cobradas dos usuários dos serviços públicos, de

modo a complementar a remuneração do particular.

Já nas concessões/subconcessões administrativas, a Administração Pública

remunera integralmente a parceria privada. Este modelo se aplica para atividades

que não comportam cobrança direta de taxas/tarifas dos usuários, seja pela

impossibilidade de se identificar uma relação contratual entre o tomador e o

prestador do serviço, ou pelos interesses sociais envolvidos na questão.

A participação privada nos serviços de água e esgoto teve início em 1.995 com o

primeiro contrato de concessão assinado no município de Limeira, interior de São

Paulo. Desde então tem crescido gradativamente. Em 2.004 com a promulgação da

Lei 11.079/04 que regulamentou as Parcerias Público- Privadas e mais

recentemente em 2.007, com a promulgação da Lei 11.445/2.007 que estabeleceu

as diretrizes nacionais para o saneamento básico, regulamentada pelo Decreto

7.217 de 21.06.2010, a participação privada foi fortalecida, baseada em regras

claras e segurança jurídica para os investidores.

Em 2.010 eram 214 contratos, entre eles concessões plenas, parciais, BOT´s(1) e

PPP´s(2) em 229 municípios, 13 estados brasileiros, atingindo direta ou

indiretamente o atendimento de 16,30 milhões de habitantes, correspondendo a

11,3% da população urbana. Estavam previstos investimentos de R$ 8,04 bilhões

nesses contratos. A projeção para 2017, 10 anos após a promulgação da Lei é

atender 30% do mercado nacional.

Enfim, a consolidação do saneamento básico impulsionada por toda a legislação

vigente possibilita a escolha de modelos de gestão distintos.

(1) Build, Operate and Transfer (2) Parceria Público - Privada.

A opção menos onerosa para os municípios é a concessão comum (privada e

plena), dado que nela todos os investimentos são realizados pela empresa privada,

161

que presta o serviço por conta e risco, sem necessidade de aporte público. Já na

parceria público-privada, quer na modalidade concessão patrocinada, quer na

modalidade concessão administrativa, há, ao menos, a possibilidade de os

municípios remunerarem diretamente a empresa privada, além da tarifa já cobrada

dos munícipes. Para que a retomada do serviço traduza ganho em eficiência é

imperativo que os municípios cotejem as alternativas disponíveis, considerando suas

especificidades locais e regionais.

Resumidamente tem-se:

Modelos Institucionais para a prestação dos Serviços de Saneamento Básico

(i)

- Administração direta pela Municipalidade (Centralizada) por órgãos e servidores públicos – Secretaria, Divisão, Serviço ou Departamento.

(ii)

- Administração direta descentralizada (outorga) por pessoa com personalidade jurídica distinta do Município:

(iia) - Autarquia Municipal

(iib) - Empresa de Economia Mista

(iic) - Empresa Pública

(iid) - Fundação

(iii) Administração indireta (delegação) através de licitação:

(iiia) - Empresas Privadas – Terceirização por Autorização, Permissão ou Concessão.

(iiib) - Por Concessão Privada Plena

(iiic)

- Por Parceria Público – Privada (PPP) em forma de Concessão Patrocinada ou Administrativa.

(iv)

- Gestão Associada através de Consórcio Público Intermunicipal ou Convênio de Cooperação, mediante contrato de programa, e

(iva) - Companhia Estadual de Saneamento.

Fonte: SERENCO, 2.013.

Segundo VARGAS, 2.004, mais importante do que a existência de posições

favoráveis ao aumento da participação privada na prestações dos serviços de

saneamento, é a baixa capacidade de investimento na expansão deste setor

demonstrada pela União, favorecendo o crescimento das concessões ao setor

privado. É possível observar que o Governo Federal, Estadual e Municipal

apresentam baixa capacidade de investimento no setor saneamento básico. Neste

contexto, parece improvável que o setor público possa garantir sozinho, os recursos

necessários para universalizar o atendimento da população urbana com serviços

adequados de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza pública e

162

manejo de resíduos sólidos e drenagem e manejo de águas pluviais urbanas, tendo

em vista os déficits de cobertura acumulados e as estimativas de investimentos para

superá-los.

O que explica a fraca participação de concessionárias privadas, sejam de capital

nacional ou estrangeiro, na prestação de serviços neste setor, não é tanto a

resistência política organizada das corporações envolvidas e seus aliados na

sociedade civil, mas principalmente alguns obstáculos jurídico-legais presentes no

seu ordenamento institucional.

As considerações sobre a organização administrativa e institucional do saneamento

na atual conjuntura política e econômica indicam que o envolvimento privado na

prestação dos serviços de água e esgotos tende a continuar crescendo em nosso

país.

Começando pelas oportunidades, a possibilidade de atrair capital privado para

investir na melhoria e ampliação da infraestrutura, numa época de recursos públicos

escassos e comprometidos com o pagamento de dívidas, é sem dúvida a principal

vantagem potencial da concessão dos serviços para companhias privadas nacionais

ou estrangeiras. Para assegurar que este objetivo seja cumprido satisfatoriamente,

no entanto, é preciso contar com um aparato regulatório consistente, envolvendo

contratos de concessão equilibrados, nos quais os direitos e obrigações do poder

concedente e da concessionária sejam plenamente assegurados, nos moldes do

que prevê a Lei de Concessões, além de entidades reguladoras dotadas de

qualificação técnica e de autonomia decisória e financeira para fiscalizar o seu

cumprimento.

Além do investimento, outra vantagem de uma ampliação da participação privada na

prestação dos serviços de saneamento bastante citada na literatura diz respeito ao

aumento da eficiência global do setor que seria incentivada pelo aumento da

competição entre operadores públicos e privados.

163

Neste caso, uma participação de companhias privadas transnacionais no contexto

brasileiro, ainda que minoritária diante das enormes disparidades sociais e regionais

do país, é vista como vantajosa por incentivar a busca de maior eficiência e

competitividade por parte das CESBs, além de possibilitar transferência de

tecnologia avançada para o setor.

Assim, concluindo, segundo VARGAS, 2004, nada impede a priori que operadores

privados possam atuar de forma articulada com as prefeituras e entidades

comunitárias em intervenções urbanas integradas, visando atender populações

desfavoráveis em áreas de sub-habitação.

Resumidamente, apresentam-se as figuras a seguir, as quais detalham as

alternativas possíveis, ou seja, os cenários para o arranjo institucional proposto para

o Município de Araruama, e consequentemente, para a Região dos Lagos São João.

164

Figura 9 - Arranjos Institucionais Fonte: SERENCO, 2.013.

165

Figura 10 - Diagrama Institucional Municipal

Fonte: SERENCO, 2.013.

166

Figura 11 - Diagrama Institucional Intermunicipal

Fonte: SERENCO, 2.013.

6.2.1 Estrutura Organizacional Proposta

A definição das diretrizes de ação, projetos e intervenções prioritárias no horizonte

de planejamento já consiste em grande avanço. Entretanto, tais definições poderão

se tornar inócuas, caso não venham acopladas a um mecanismo institucional e

operativo robusto e eficiente de operacionalização das mesmas. Tal mecanismo tem

167

que ser capaz de garantir o fortalecimento e estruturação do arranjo institucional

específico para viabilização dos Planos Municipais, adequação normativa e

regularização legal dos sistemas, estruturação, desenvolvimento e aplicação de

ferramentas operacionais e de planejamento.

Dentro desta lógica, o PMSB está sendo concebido como um tripé composto de

elementos fundamentais: estruturais, normativo e gestão. Tal configuração é

mostrada na Figura a seguir.

Figura 12 - Esquema do tripé de elementos fundamentais do PMSB

Fonte: SERENCO, 2.013.

Para responder aos desafios e para alcançar o sucesso do PMSB, o presente

documento preliminar propõe, além do conjunto de programas estruturais nas áreas

de abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de resíduos sólidos

urbanos e manejo de drenagem urbana, a implantação de um programa estruturante

na área de gestão. Nessa perspectiva, o programa proposto procura sistematizar as

articulações entre a operação, ampliação e modernização da infraestrutura setorial e

a gestão integrada sob o ponto de vista político-institucional, técnico e financeiro do

Plano. Dentro da lógica atual do planejamento público em qualquer setor, tais

objetivos não deverão estar dissociados da busca, em nível macro, da

sustentabilidade ambiental e da melhoria de qualidade de vida da população.

168

Os desafios de implementar um Plano da magnitude do PMSB mediante uma

perspectiva integrada não são triviais e requerem uma base institucional e legal

consistente e inovadora, em termos de sua instrumentalização e da forma como atua

o poder público. Neste sentido, o setor de saneamento básico no âmbito das

Prefeituras Municipais da Região dos Lagos reúne algumas vantagens relativas, em

decorrência da existência do Consórcio Intermunicipal Lagos São João (CILSJ), do

Comitê da Bacia Hidrográfica da Região dos Lagos São João com Quatro

Subcomitês: Rio São João, Lagoa de Araruama, Lagoa de Saquarema e Rio Una e

recentemente o Consórcio Público Intermunicipal de Manejo de Resíduos Sólidos da

Região dos Lagos - com arcabouços técnicos, administrativos, financeiros e jurídicos

próprios. Apesar da existência das estruturas citadas já representarem um grande

avanço em termos institucionais é necessário atentar para o fato de que apesar de

bem estruturadas, contam com grande demanda de serviços, sendo que o acúmulo

das atribuições atuais somadas àquelas que serão decorrentes da implementação

dos Planos, poderá, ao invés de trazer melhorias ao setor, resultar na geração de

ineficiências.

Assim sendo, um dos principais aspectos a serem incorporados no Plano, no bojo do

Programa de Gestão a ser proposto, é a reestruturação e ampliação da capacidade

funcional das Estruturas Regionais existentes, por meio da estruturação de um

arranjo institucional que contemple em cada Município uma Unidade de Gestão do

Plano – UGPLAN. A criação desta Unidade, de forma centralizada (regional) e

descentralizada (nos Municípios) e adequada junto às atuais atribuições distribuídas

em várias Secretarias Municipais, permitirá às Prefeituras criarem condições

estruturais de governabilidade e de governança, ambas essas condições

contemplando um modelo institucional que se vislumbra com potencial elevado

focando-se a modelagem proposta no fortalecimento das Secretarias Municipais de

Meio Ambiente em cada Município.

A unidade UGPLAN/Regional, deverá ser criada em um dos atuais Consórcios

anteriormente citados, desde que adaptados e/ou ajustados para absorverem a

169

gestão do Saneamento Básico como um todo, ou ainda, através de novo modelo a

ser estudado, apresentado, debatido e aprovado em Assembleia de seus membros

constituintes.

Outra opção possível é a constituição e formalização da Microrregião dos Lagos,

instituída pela Lei Complementar n.º 87/1.997, complementada pelas Leis

Complementares n.º 89/1.998, 97/2.001 e 10/2.002. Isto é, estabelecer condições

institucionais com vistas à organização, do planejamento e à execução de funções

públicas e aos serviços de interesse comum que atendam a mais de um município,

assim como os que, restrito ao território de um deles, sejam de algum modo

dependentes, concorrentes, confluentes ou integrados de funções públicas, bem

como os serviços supra municipais, notadamente:

Planejamento integrado do desenvolvimento econômico e social da

Microrregião dos Lagos, compreendendo a definição de sua política de

desenvolvimento e fixação das respectivas diretrizes estratégicas e de

programas, atividades, obras e projetos;

Saneamento básico;

Aproveitamento, proteção e utilização racional e integrada dos recursos

hídricos, e,

Cartografia e informações básicas para o planejamento microrregional,

entre outros elementos, detalhados na referida Lei Complementar.

A Figura 13 apresenta o modelo em questão.

170

Figura 13 - UGPLAN

Fonte: SERENCO, 2.013.

Pelo exposto, as principais diretrizes que regem a estruturação do Programa de

Gestão são:

Ênfase no estabelecimento de mecanismos de gestão (aspectos legais,

institucionais, de planejamento e da base de informações), apoiado em

estudos e projetos consistentes sob o ponto de vista técnico;

Proposição de arranjo institucional, a fim de promover o fortalecimento

institucional das Estruturas Municipais e Regionais Existentes;

Organização, monitoramento e avaliação da operação e manutenção

dos sistemas existentes, de modo a evitar a perda de patrimônio público

e o desempenho inadequado das infraestruturas já instaladas;

Ampliação progressiva das infraestruturas, de modo a otimizar os

recursos disponíveis e evitar dispersões, conferindo prioridade às obras

para o atendimento de demandas mais urgentes e para a viabilização

dos benefícios esperados pelos Planos;

Estruturação de um sistema de informações capaz de ordenar o fluxo,

acesso e disponibilização das informações inerentes aos setores e aos

171

Planos, que se configure não apenas como banco de dados, mas como

sistema de apoio à decisão, e,

Atenção com os encargos relativos ao gerenciamento da implementação

do Programa de Gestão, para o qual dever-se-á contar com o apoio de

consultores especializados e estruturar um conjunto de indicadores de

acompanhamento da execução que explicitem avanços nas obras

físicas, nas metas de qualidade dos serviços e ambiental e nos objetivos

de natureza institucional, além de contemplar aspectos relevantes de

comunicação social e de educação sanitária e ambiental, nesta e em

fases de extensão futura do Plano.

O Programa de Gestão do PMSB tem por objetivo principal criar condições

gerenciais para a consecução das metas estabelecidas no conjunto de programas

estruturais, a implementação de um sistema integrado de informações e a constante

avaliação dos resultados com vistas à eficiência e à sustentabilidade dos sistemas e

serviços integrantes do setor de saneamento básico nos Municípios da Região dos

Lagos.

Para a consecução do objetivo geral do Programa, em decorrência das diretrizes

expostas anteriormente, destacam-se os seguintes objetivos específicos:

regularizar os serviços de saneamento;

adequar o arcabouço legal vigente, quando necessário;

criar em cada Município uma estrutura institucional especifica para o

Saneamento Básico, fortalecendo as ações do Poder Concedente – as

Prefeituras locais;

implementar o cadastro dos sistemas.

implantar rede integrada de monitoramento e avaliação;

implantar sistema integrado de informações.

172

A lógica empregada para o estabelecimento e ordenamento das metas deste

Programa de Gestão são o gerenciamento, regularização e operacionalização

voltada à efetivação do PMSB.

A efetividade deste programa de Gestão estará associada aos respectivos

Programas de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza pública e

manejo de resíduos sólidos urbanos, e drenagem e manejo de águas pluviais

urbanas, tendo como substrato fundamental a abordagem dos aspectos normativos

intervenientes. Para tanto, torna-se essencial criar em cada Município uma estrutura

institucional especifica para aumentar a eficiência e eficácia dos Serviços de

Saneamento, conferindo-lhe condições de atuação respaldada pelo devido aparato

em termos de recursos humanos, tecnológicos, operacionais e financeiros.

Assim sendo, este programa deve estar voltado ao Planejamento Institucional

Estratégico e a reestruturação organizacional da Secretaria Municipal de Meio

Ambiente, incluindo o estudo de funções, gestão das pessoas (plano de cargos e

salários e funções gratificadas) e programas de capacitação e treinamento, além de

reforço institucional em termos de instalações e equipamentos básicos.

O desenvolvimento de Regularização tem como substrato fundamental a abordagem

dos aspectos legais intervenientes. Para tanto, torna-se essencial averiguar a

legalidade jurídica dos sistemas implantados, especialmente em termos de

licenciamento ambiental e atendimento à legislação de recursos hídricos, dentre

outras, de modo a garantir o funcionamento dos mesmos em consonância com a lei,

reduzindo a fragilidade existente frente a ações judiciais, multas e embargos.

Em adição, na gestão do PMSB será necessário acrescentar preocupações relativas

à operacionalização e à sistemática de monitoramento e avaliação dos resultados

pretendidos, por meio de indicadores relativos à execução física e financeira, às

metas previstas e aos objetivos de cunho institucional.

173

Para tanto, a Operacionalização demanda o desenvolvimento de ferramentas de

apoio ao planejamento e decisão. Partindo de uma visão abrangente e estratégica

na perspectiva da gestão integrada de todo o mosaico de obras, projetos e sistemas

que compõem os PMSB, este componente contempla:

o desenvolvimento e implantação de um sistema integrado capaz de

congregar informações técnicas, operacionais, financeiras e gerenciais de

todos os sistemas que integram o PMSB;

a elaboração de cadastro dos sistemas de cada setor;

implantação de uma rede de monitoramento e avaliação, e,

elaboração de planos de contingência para o enfrentamento de situações de

calamidades, especialmente inundações e alagamentos.

Além deste conjunto de ações, torna-se relevante, na interlocução junto aos atores e

setores sociais diversos, o desenvolvimento de ações de comunicação social. Tendo

em vista ainda que o saneamento básico não deve ser visto apenas como

infraestrutura, mas como elemento de saúde pública, torna-se fundamental

transcender as proposições e a atuação do PMSB à questão do controle social.

Desta forma é fundamental o desenvolvimento e implementação permanente de

ações de informação ao usuário, por meio de um Sistema de Informações de

Saneamento Básico da Região dos Lagos.

Para a efetiva implementação do Plano Municipal de Saneamento Básico com a

ampla variedade de ações é necessário que seja montada uma estrutura

organizacional que, ao mesmo tempo: (i) possua legitimidade institucional, no bojo

da organização da administração pública municipal; (ii) tenha condições de agilidade

e eficiência necessárias à implantação de Planos desta natureza.

Neste sentido, este documento tem por objetivo apresentar uma primeira proposta

para a modelagem do arranjo institucional para a execução do PMSB, delineado

174

fundamentalmente a partir da reestruturação da Secretaria Municipal de Meio

Ambiente em cada Município da Região e as suas respectivas integrações.

A estrutura proposta é composta de dois elementos principais, uma instância

participativa e de controle social, representada por um Conselho Deliberativo e uma

instância executiva e operacional representada por uma Unidade de Gerenciamento

do Plano – UGPLAN, a ser criada ou adaptada no âmbito municipal e regional das

estruturas já existentes.

Sugere-se portanto, a implantação em cada Município de uma Unidade de

Gerenciamento do Plano – UGPLAN/PMSB. Serão as unidades de planejamento e

execução dos PMSB’s, criadas no âmbito das Prefeituras Municipais, subordinadas

às Secretarias de Meio Ambiente existentes. Esta nova concepção integrada,

demandará uma estrutura de pessoal e de equipamentos adicional, a fim de não

sobrecarregar as estruturas hoje existentes, o que poderá tornar toda a proposta

ineficiente, prejudicando, inclusive, as tarefas já hoje desenvolvidas.

Assim sendo, apresenta-se um primeiro esboço da estrutura necessária à UGPLAN,

cabendo, posteriormente, a definição em conjunto com a Secretaria de Meio

Ambiente, da necessidade de adequação em função das atuais estruturas

existentes.

A Unidade de Gerenciamento do PMSB - UGPLAN será responsável pelo

gerenciamento, coordenação e execução dos estudos, planos, e projetos integrantes

do plano, bem como do monitoramento e avaliação dos mesmos.

A estrutura proposta para a UGPLAN, responsável pelo gerenciamento e

operacionalização do PMSB é composta das seguintes Unidades, apresentadas no

organograma a seguir:

175

Figura 14 - Estrutura proposta para a UGPLAN

Fonte: SERENCO, 2.013.

A UGPLAN tem por objetivo geral executar as atividades de gerenciamento e a

coordenação da implementação das ações do PMSB, devendo, no âmbito de suas

competências, desempenhar as seguintes funções:

o realizar, com apoio de auditorias independentes, a supervisão física

das ações em execução;

o preparar, em conjunto, as Diretrizes para Elaboração do Plano

Operativo Anual – POA com vistas a aprovação prévia pelo Conselho

Municipal de Meio Ambiente;

o coordenar e supervisionar a execução dos estudos, projetos e obras

integrantes do PMSB;

o realizar o acompanhamento e gestão administrativa e financeira das

ações integrantes do PMSB aprovadas no respectivo POA;

o realizar o acompanhamento físico-financeiro das atividades integrantes

do PMSB;

o solicitar a mobilização de recursos e preparar propostas orçamentárias

para os exercícios financeiros anuais, e,

176

o manter documentação técnica, jurídica e financeira em sistema de

informação automatizado, com vistas a permitir maior transparência na

atuação pública.

Tendo em vista o complexo arcabouço legal referente aos temas recursos hídricos,

saneamento, resíduos sólidos e meio ambiente, tanto no nível federal, quanto

estadual e municipal, e, tendo em vista que os sistemas integrantes do PMSB

podem ter sido implantados em momentos distintos sem muitas vezes se adequar à

legislação vigente à época ou superveniente, torna-se necessário avaliar o conjunto

dos sistemas à luz da legislação atual, de modo a permitir o planejamento para

regularização dos mesmos.

A regularização dos sistemas poderá passar pela adequação ao arcabouço hoje

existente ou pela proposição da institucionalização de novos instrumentos e

diplomas legais, em nível Municipal, de modo a conferir condições para a efetiva

gestão dos elementos constituintes do Saneamento Básico no âmbito dos

Municípios da Região dos Lagos.

Para tanto, deverá ser elaborado estudo visando a implementação de ato normativo

para a fiscalização do setor de saneamento básico no Município, de forma a

disciplinar ou organizar este serviço público. O estudo deve considerar as

características, padrões de qualidade, impacto socioambiental, direitos e obrigações

dos usuários e dos responsáveis por sua oferta ou prestação e fixação e revisão do

valor de taxas e tarifas e outros preços públicos. Em função da natureza e

complexidade, o estudo deve contemplar a elaboração de normas de

regulamentação especifica para cada setor de saneamento, devendo ser editadas

por legislação.

No âmbito da gestão associada, os municípios da Região dos Lagos, titulares dos

serviços de saneamento básico, devem referendar os Contratos de Programa com

as concessionárias de Abastecimento de Água e Esgoto, sendo esses Contratos

177

subordinados aos Planos Municipais de Saneamento Básico, e, finalmente, deverá

ocorrer a revisão periódica dos planos de Abastecimento de Água, Esgotamento

Sanitário, Limpeza Pública e Manejo de Resíduos Sólidos, e Drenagem e Manejo de

Águas Pluviais Urbanas, em prazo não superior a 4(quatro) anos, anteriormente à

elaboração dos Planos Plurianuais. A revisão dos planos de saneamento básico

deverá efetivar-se, de forma a garantir a ampla participação da comunidade, dos

movimentos e das entidades da sociedade civil.

Esta proposta remete à elaboração e implantação de Sistema de Informações de

Saneamento Básico no Município. Este Sistema deverá assegurar aos usuários de

serviços públicos de saneamento básico, no mínimo, o conhecimento dos seus

direitos e deveres e das penalidades a que pode estar sujeito; o acesso as

informações sobre os serviços prestados; ao manual de prestação dos serviços e de

atendimento ao usuário, elaborado pelo prestador e aprovado pela respectiva

entidade de regulação e ao relatório periódico sobre a qualidade da prestação dos

serviços. Deverá conter de forma sistematizada os dados relativos às condições da

prestação dos serviços públicos de saneamento básico; disponibilizar estatísticas,

indicadores e outras informações relevantes para a caracterização da demanda e da

oferta de serviços públicos de saneamento básico; permitir e facilitar o

monitoramento e avaliação da eficiência e da eficácia da prestação dos serviços de

saneamento básico e permitir e facilitar a avaliação dos resultados e dos impactos

do PMSB. Estas informações deverão ser públicas e acessíveis a todos,

independentemente da demonstração de interesse, devendo ser publicadas por

meio da internet.

Deverá também, ser implementado o cadastro municipal georeferrenciado integrado

para o setor de saneamento básico. Este cadastro será alimentado pelos

responsáveis de cada serviço, sendo coordenado pela Secretaria Municipal de Meio

Ambiente, permitindo a avaliação periódica do PMSB. Logo, na sequência,

apresenta-se o modelo inicial de debate sobre a proposta de modelo (arranjo)

institucional para a gestão dos PMSB’s da Região dos Lagos.

178

Figura 15 - Modelo Institucional para a Gestão do PMSB Fonte: SERENCO, 2.013.

6.2.2 Modificações, Adaptações ou Complementações ao

Arranjo Institucional Proposto

Na sequência da construção do PMSB serão inseridas as complementações ao

Arranjo Institucional Proposto, superadas a consulta e a audiência pública. Porém,

as modificações, adaptações e complementações que vierem a ser propostas após a

condução do mesmo, deverão obedecer os trâmites institucionais, legais e jurídico-

administrativos, correspondentes à cada instância especifica.

179

6.3 Análise Institucional Regional

6.3.1 Arranjo institucional na Região dos Lagos

Tendo como referência o complexo quadro estrutural que hoje caracteriza a

estruturação e operacionalização dos serviços públicos de saneamento básico dos

municípios da Região dos Lagos, compreendendo os serviços de abastecimento de

água, de esgotamento sanitário, drenagem e manejo de águas pluviais urbanas e de

limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos urbanos nos municípios da Região

dos Lagos, por serem serviços públicos que possuem natureza essencial, buscou-se

formular a proposição de ferramentas organizacionais e de planejamento capazes

de aparelhar os Municípios da Região para o efetivo enfrentamento destas questões,

gestão efetiva do PMSB e construção dos alicerces para um cenário futuro de

sustentabilidade ambiental e do Setor Saneamento Básico.

Os Planos Municipais de Saneamento Básico dos Municípios da Região dos Lagos

estão sendo concebidos e construídos no sentido de se tornarem o marco lógico e

executivo do efetivo planejamento para o Setor, estabelecendo as diretrizes,

programas e ações prioritárias no horizonte de 20 anos, envolvendo os quatro eixos

Isto posto, os fluxogramas a seguir, detalham os arranjos institucionais existentes

sobre os quais deverão ser lançados os novos cenários para a gestão do

saneamento básico da Região dos Lagos São João.

Detalham-se a seguir as instituições envolvidas na Região:

180

Comitê da Bacia Hidrográfica Lagos São João.

Figura 16 - Comitê da Bacia Hidrográfica Lagos São João (CBHLSJ)

Fonte: SERENCO, 2.013.

181

Consórcio Intermunicipal para Gestão Ambiental das Bacias da Região dos

Lagos, do Rio São João e Zona Costeira (CILSJ)

Figura 17 - Consórcio Intermunicipal Lagos São João (CILSJ)

Fonte: SERENCO, 2.013.

182

Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de

Janeiro (AGENERSA)

Figura 18 - Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro

(AGENERSA) Fonte: SERENCO, 2.013.

183

Governo do Estado do Rio de Janeiro, Municípios, Agência Reguladora,

Consórcios Intermunicipais, Comitê da Bacia e Concessionárias

Figura 19 - Fluxograma - Governo do Estado do Rio de Janeiro, Municípios, Agência

Reguladora, Consórcio Intermunicipal, Comitê da Bacia e Concessionárias Fonte: SERENCO, 2.013.

184

6.3.2 Fiscalização e Regulação dos Serviços de Saneamento

Básico

Outro aspecto do modelo institucional para gestão dos serviços de saneamento

básico, de fundamental importância, refere-se à regulação, fiscalização e controle

dos serviços prestados. São condições para a regulação:

Existência de plano de saneamento básico;

Existência de estudo comprovando a viabilidade técnica e econômico-

financeira da prestação universal e integral dos serviços;

A existência de normas de regulação que prevejam os meios para o

cumprimento das diretrizes estabelecidas na Lei n.º 11.445/2.007 e seu

Decreto n.º 7.217/2.010, incluindo a designação da entidade de regulação e

fiscalização;

A realização prévia de audiência e de consultas públicas sobre o edital de

licitação, no caso de concessão, e sobre a minuta do contrato;

Indicação dos respectivos prazos e metas a serem atendidas;

Definição de metas progressivas e graduais de expansão dos serviços, de

qualidade, de eficiência de uso dos recursos naturais;

Diferença das condições de sustentabilidade e equilíbrio econômico-financeiro

dos serviços incluindo: o sistema de cobrança, a composição de taxas e

tarifas e a sistemática de reajustes e de revisões, e a política de subsídios, e,

Definição dos mecanismos de controle social e as hipóteses de intervenção e

de retomada dos serviços.

Destaca-se ainda que no caso em que mais de um prestador execute atividade

interdependente com outra, a relação entre eles deverá ser regulada por contrato e

haverá entidade única encarregada das funções de regulação, fiscalização e

controle. O conteúdo mínimo desse contrato, similares às do contrato de concessão,

além das garantias de pagamento recíproco, que inclui a obrigação de destacar nas

185

contas dos usuários os valores devidos a cada prestador, e a impossibilidade de

alteração e rescisão administrativa unilateral.

O exercício da função de regulação deverá atender aos seguintes princípios:

Independência decisória, incluindo autonomia administrativa, orçamentária e

financeira;

Transparência, tecnicidade, celeridade e objetividade das decisões;

Edição de normas relativas às dimensões técnicas, econômicas e sociais de

prestação dos serviços tais como:

o Padrões e indicadores de qualidade;

o Requisitos operacionais e de manutenção dos sistemas;

o Medição, faturamento, cobrança e monitoramento dos custos, e,

o Aplicação das regras relativas a estrutura, reajuste e revisão de taxas e

tarifas e de auditoria e certificação dos investimentos.

Segundo a publicação Valor Econômico, de 22/08/2.012, a regulação dos serviços

de saneamento alcançou 2.296 municípios em junho de 2.012, crescimento de 19%

em relação ao número daqueles que possuíam regras definidas para o segmento em

2.011. Apesar do avanço, a normatização chegou a apenas 41,3% dos municípios

do país, conforme dados divulgados pela Associação Brasileira de Agências de

Regulação (ABAR).

A Lei 11.445/2.007 estabelece que todos os serviços de saneamento básico

(abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de resíduos sólidos e

drenagem de águas pluviais) devem ser regulados, sob pena de terem seus

contratos invalidados, de não serem autorizados a praticar reajustes ou revisões

tarifárias e, até mesmo, de não terem acesso a recursos da União, uma vez que os

planos municipais de saneamento básico devem ter sua execução acompanhada

por agências reguladoras.

186

A mesma fonte revela que, os municípios também têm tido dificuldade de avançar na

implementação de planos de saneamento básico, requisito obrigatório para o acesso

aos recursos da União a partir de janeiro de 2.014. Dos 2.296 municípios com

regulação, somente 26% dispõem de planos de saneamento.

Tabela 98 - Modelos Institucionais para a Regulação, Fiscalização e Controle dos Serviços de Saneamento Básico

(i) Abrangência Estadual------------------------------------------------- 23 (x)

(ii) Abrangência Distrital ------------------------------------------------- 01

(iii) Abrangência Municipal ----------------------------------------------- 19

(iv) Abrangência Intermunicipal------------------------------------------ 01

(v) Consórcios--------------------------------------------------------------- 03

TOTAL 47 (xx) AGENERSA – Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro – Águas de Juturnaíba (Araruama, Silva Jardim e Saquarema) e Prolagos (Armação dos Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia).

6.3.3 Inter-relação Poder Concedente/Prestadores de

Serviços/Regulador

No estudo comparativo entre Limeira (SP), Niterói (RJ) e a Prolagos (RJ), VARGAS,

2.004, tece algumas considerações sobre o modelo de concessão na escala

microrregional, que julga-se de grande importância para o estabelecimento dos

debates que irão advir quando das consultas e audiências públicas a serem

realizadas na Região dos Lagos, orientando a busca de propostas de arranjos

institucionais para a gestão do saneamento básico na Região.

Segundo VARGAS, 2.004, a concessão envolvendo a companhia Prolagos

apresenta diversos aspectos originais e relevantes para o tema da

privatização/regulação do setor de saneamento, a começar pelas características da

então concessionária: tratava-se de empresa controlada 100% pelo grupo Águas de

Portugal, que se caracterizava como um conglomerado de “empresas privadas de

capital público” controlado pelo Estado português. Por outro lado, era uma das

únicas concessões multi-municipais do país na qual o poder concedente foi

compartilhado entre os cinco municípios envolvidos (Arraial do Cabo, Armação dos

187

Búzios, Cabo Frio, Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia) e o Estado do Rio de

Janeiro, revelando que o conflito sobre a titularidade dos serviços de saneamento

em áreas urbanas interdependentes (regiões metropolitanas, aglomerações urbanas

e microrregiões) pode ser equacionado através de soluções negociadas e

cooperação intergovernamental. Enfim, a concessão é regulada e fiscalizada por

uma agência reguladora estadual multi-setorial, a ASEP, hoje a AGENERSA, dotada

de um elevado grau de autonomia financeira e decisória, além de independência em

relação aos poderes concedentes e às concessionárias.

A concessão da Prolagos e da Águas de Juturnaíba – CAJ, faz parte de um

processo mais amplo de privatização do saneamento na Região dos Lagos, que

envolveu oito municípios previamente atendidos pela concessionária estadual do Rio

de Janeiro, a CEDAE, através de um sistema integrado de abastecimento de água,

tendo a represa de Juturnaíba como manancial único. É uma região turística cuja

população residente totalizava pouco mais de 400 mil habitantes em 2.000, de

acordo com o censo do IBGE, mas cuja demanda de água quase triplicava no verão

dado o elevado afluxo de turistas e de pessoas domiciliadas em outros municípios

que aí possuem residências secundárias.

Diante de vários fatores administrativos operacionais e financeiros da então

operadora CEDAE, os oito municípios, juntamente com o Estado, firmaram em

meados de 1.996 um convênio para preparar a concessão dos serviços de

saneamento à iniciativa privada, com apoio da própria CEDAE. Conforme o

convênio, posteriormente reforçado pela criação da microrregião dos Lagos, coube

ao Estado preparar o edital e conduzir o processo licitatório, com participação

assegurada aos municípios em todas as etapas. A região foi dividida em duas áreas

de concessão: a área 1, que viria a ser atendida pela Prolagos, abrangendo os cinco

municípios mencionados, cuja população atingia quase 250 mil habitantes em 2.000;

e a área 2, envolvendo os municípios de Araruama, Saquarema e Silva Jardim, com

pouco mais de 150 mil habitantes no mesmo período, cujos serviços foram

concedidos em 1.998, Aguas de Juturnaíba(CAJ).

188

Através de contrato firmado em abril de 1.998 entre a Prolagos, o governo estadual

e os municípios envolvidos, a empresa assumiu a concessão dos serviços de

produção e distribuição de água, coleta e tratamento de esgotos da área urbana de

Armação dos Búzios, Cabo Frio, Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia e Arraial do

Cabo (somente água) por um período de 25 anos. Tratando-se de uma concessão

onerosa precedida de obras públicas, o principal critério para selecionar o vencedor

da licitação foi o da maior oferta a ser paga pelo direito de exploração dos serviços

(outorga). O valor da outorga atingiu o montante de 34,3 milhões de reais.

O edital de licitação previu um conjunto abrangente de obras e serviços a serem

realizados pela nova concessionária ao longo da concessão, especialmente nos

primeiros anos. Os detalhes foram detalhados no PRODUTO 4.

No que tange à sustentabilidade ambiental, em que pese a falta de informações

mais detalhadas sobre esta dimensão antes e depois da privatização, é evidente que

a necessidade de investimentos pesados em tratamento de esgotos representou um

dos principais motivos considerados para a concessão. Na Região dos Lagos, cuja

economia depende substancialmente do turismo, a necessidade de investir na

despoluição de lagoas e praias dizia respeito não apenas à recuperação de sua

qualidade ambiental, mas também à maximização das oportunidades de

desenvolvimento socioeconômico local e regional.

Finalmente, no que diz respeito à dimensão político-institucional, que envolve a

regulação pública e o controle social sobre os aspectos mais amplos da prestação

dos serviços, trata-se, sem dúvida, do aspecto mais problemático do conjunto das

concessões analisadas.

No caso da Prolagos e CAJ, como a regulação é exercida por uma agência estatal

multi-setorial, dotada de autonomia financeira e administrativa criada

especificamente para este fim, cujo quadro de pessoal vem sendo ampliado e

qualificado através de atividades de treinamento adequadas, os riscos de captura do

189

regulador pelo regulado parecem afastados. Aliás, a agência vem demonstrando sua

independência em diversas deliberações sobre tarifas ou ajustes contratuais em

todos os setores que regula. Encontra-se em fase de implantação a regulação dos

sistemas de limpeza pública e manejo de resíduos sólidos, e futuramente da

drenagem e manejo de águas pluviais urbanas.

Observa-se a ausência de qualquer instância formalizada de caráter consultivo ou

fiscalizatório que envolva a participação de usuários ou entidades autônomas da

sociedade civil. Trata-se do reconhecimento da necessidade de se criar instâncias

de controle social mais amplo sobre os serviços, que sejam autônomas em relação

ao Estado e envolvam a participação dos usuários, cuja função não se confunda

com as atividades reguladoras propriamente ditas, sendo exercida igualmente sobre

a prestação dos serviços, o financiamento e a própria regulação do setor.

Sugere-se a necessidade de se manter um quadro institucional e regulatório ao

mesmo tempo abrangente e flexível para a prestação dos serviços de saneamento,

que não feche as portas à iniciativa privada, nem tampouco a coloque como eixo

principal da política nacional de saneamento. Há que se reconhecer, que a

participação da gestão privada no âmbito da política nacional de saneamento,

embora crescente, deverá ser sempre minoritária, dadas as desigualdades

estruturais de distribuição de renda entre os grupos sociais, os Estados e os

Municípios do país. Não se pode deixar de observar que a Prolagos, e a CAJ, onde

a iniciativa privada vem desempenhando um papel globalmente positivo, estão

concentrados na região sudeste, a mais rica do país.

6.3.4 Análise Jurídica

O modelo jurídico a ser adotado deve contemplar todos os municípios que fazem

parte da Região dos Lagos/RJ, em especial, aqueles consagrados no contrato

INEA/SERENCO, assegurando a efetiva execução do plano de saneamento com a

190

precaução em manter ininterrupta, a prestação dos serviços de distribuição de água

potável e coleta, transporte, tratamento e disposição dos efluentes de esgotos

sanitários atualmente prestados pelas concessionárias Águas de Juturnaíba S/A e

Prolagos.

O Estado do Rio de Janeiro participa diretamente dos contratos de concessão de

prestação dos serviços públicos mencionados, seja através da colaboração direta de

suas secretarias, seja através do repasse da outorga de subsídios.

O Estado detém convênio administrativo com os municípios desta região e

compartilha a função de poder concedente dos serviços de saneamento básico

delegados para as concessionárias citadas.

Em dezembro de 1.999, instalou-se na Região, o Consórcio Intermunicipal para

Gestão Ambiental das Bacias da Região dos Lagos, Rio São João e Zona Costeira,

formado pelos municípios de Arraial do Cabo, Armação dos Búzios, Araruama, Cabo

Frio, Cachoeiras de Macacu, Casimiro de Abreu, Iguaba Grande, Rio Bonito, São

Pedro da Aldeia, Saquarema e Silva Jardim (Consórcio Intermunicipal Lagos São

João - CILSJ).

A área de atuação do Consórcio abrange a parcela do território dos Municípios que o

compõem, situada nas bacias hidrográficas da Região dos Lagos, dos Rios Una,

São João e Zona Costeira adjacente, podendo atuar como entidade delegatória de

Comitês de Bacias em outras Regiões Hidrográficas do Estado do Rio de Janeiro.

O Consórcio representa o conjunto de associados que o integram em assuntos de

interesse comum e de caráter ambiental, perante quaisquer entidades de direito

público e privado, nacionais ou internacionais. Tem por objetivo planejar, adotar e

executar planos, programas e projetos destinados a promover e acelerar o

desenvolvimento sustentável e a conservação ambiental, além de outras ações

previstas em seu Estatuto.

191

Desde sua instalação, em 1.999, o Consórcio Lagos São João, desempenhou um

importante papel nas ações relacionadas à política pública e ao meio ambiente, com

foco na preservação ambiental das bacias hidrográficas e na recuperação das

lagoas e praias da Região.

O Consórcio conta com uma equipe altamente qualificada, com grande capacidade

de gerenciamento e desde sua fundação participa de atividades como a criação do

Comitê da Bacia Hidrográfica Lagos São João, em 2004, e do Consórcio

Intermunicipal de Manejo de Resíduos Sólidos da Região dos Lagos, em 2.011,

entre outros projetos e iniciativas ambientais, que são de suma importância para a

Região.

O Consórcio foi constituído sob a forma jurídica de Associação Civil, sem fins

lucrativos e regido pelas disposições do Código Civil Brasileiro, pela legislação

pertinente e pelo seu Estatuto, desempenhando seu papel como principal ator de

agregação dos municípios membros, na busca por melhores soluções para a gestão

ambiental da Região.

Dentro das diversas conquistas do Consórcio, ressalta-se a opção pelo sistema

conhecido como “Tomada em Tempo Seco” para coleta de esgoto sanitário em

conjunto com as águas pluviais, para os oito municípios objeto deste Plano. Esta

inovação garantiu em um curto prazo, a recuperação da Lagoa de Araruama e de

algumas praias, principais atrativos da região que caracteriza-se como polo turístico

do Estado do Rio de Janeiro e do País.

Isto posto, a partir da Lei Federal 11.107/05 (que regulamenta a criação de

consórcios públicos), iniciaram-se debates a respeito do modelo adotado na Região

dos Lagos, pois o Consórcio Intermunicipal Lagos São João não foi criado

especificamente para a gestão do saneamento básico, mas sim, para um objetivo

maior e que envolve toda a gestão ambiental da Região.

192

Desta forma, resta saber, como reunir todos esses entes da Federação e atingir o

objetivo de assegurar a execução coletiva das diretrizes previstas nos planos de

saneamento, garantindo o desenvolvimento das cidades, a continuidade da

prestação dos serviços públicos de água e esgoto, sem, contudo, ferir os contratos e

compromissos até então assumidos pelos diversos municípios que compõe o

Consórcio, e, ainda, permitir a participação do Estado do Rio de Janeiro, peça

extremamente importante para o desenvolvimento conjunto e ordenado da

Microrregião em questão.

O Estado do Rio de Janeiro já participa dos contratos de concessão dos serviços de

água e esgoto, firmando-os juntamente com municípios e concessionárias,

utilizando-se de sua agência reguladora, AGENERSA, para normatizar e fiscalizar a

prestação destes serviços.

Recentemente, uma nova decisão veio nortear a região metropolitana do Rio de

Janeiro e a Região dos Lagos. O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, quando

do julgamento da ADI 1842 ingressada pelo Partido Democrático Trabalhista – PDT,

que a gestão dos serviços de saneamento deve ser compartilhada entre Estados e

Municípios em regiões metropolitanas e microrregiões. O objetivo da decisão é

impedir a transferência da legitimidade, do âmbito municipal para o âmbito estadual,

das competências administrativas e normativas próprias dos municípios, que dizem

respeito aos serviços de saneamento básico consolidando o Poder Concedente

(Município (s) e Estado) nessas Regiões de interesse comum.

A ideia é assegurar a participação decisória dos municípios proporcionalmente ao

seu peso específico do ponto de vista político, econômico, social e orçamentário,

sem, contudo, excluir a participação estatal, de suma importância para os interesses

regionais como um todo.

Nesta decisão, não se descarta a participação das entidades civis, uma vez que os

Ministros da Suprema Corte entendem correto delegar a execução das funções

193

públicas de interesse comum a uma autarquia territorial intergovernamental e

plurifuncional, desde que a lei complementar instituidora da entidade regional lhe

confira personalidade jurídica própria, bem como, o poder concedente quanto aos

serviços de interesse comum. O STF procurou evitar, com esta decisão, que a má

prestação do serviço em uma cidade não prejudique as demais, havendo, portanto,

decisões conjuntas quando dos interesses comuns.

A decisão do STF é recente e o município que esteja nesta situação irá precisar de

tempo para se adequar a nova realidade. Analisando a situação dos envolvidos,

pode-se concluir que a gestão compartilhada é uma forma compatível e eficaz de

solucionar o problema da Região. Para tanto é preciso estabelecer um arranjo

institucional entre os municípios e o Estado do Rio de Janeiro, tendo em vista a

responsabilidade compartilhada na gestão, na sustentabilidade e na universalização

do saneamento básico da Região dos Lagos.

Com o advento da Lei n. 11.107/05, criou-se uma nova figura, que embora seja

instituída por intermédio de um procedimento que culmina com a celebração de um

instrumento contratual, tem identidade diversa da desse instrumento. Não se trata de

um contrato destinado a regulamentar relação jurídica entre dois sujeitos de direitos

que se mantêm autônomos enquanto partes signatárias do contrato. Trata-se de um

instrumento contratual que objetiva criar nova pessoa jurídica, um sujeito de direitos

e deveres, por intermédio da cooperação entre os contratantes (consorciados).

Entretanto, há duas espécies distintas de consórcios no Direito brasileiro. A primeira

é um tipo de relação jurídica entre entes federativos de mesma espécie objetivando

atender a interesses comuns e a segunda modalidade de pessoa jurídica criada por

intermédio da associação de entes federativos que objetivam prestar serviços

públicos de modo conjunto. Vale lembrar, que anteriormente à edição da Lei n.

11.107/05, os consórcios públicos não tinham personalidade jurídica própria.

Diferenciavam-se dos convênios em virtude dos sujeitos participantes do ajuste.

194

Atualmente é seguro dizer que, após a edição da Lei Nº 11.107/05, os consórcios

não mais se confundem com os convênios.

Pode-se conceituar os consórcios públicos como pessoas jurídicas com

personalidade de Direito Público ou Privado, formadas exclusivamente por entes

federativos, criadas por lei ou por intermédio de autorização legislativa dos entes

federados, que desejam associar-se, para, sem objetivar lucros, atender a serviços

públicos de interesse comum dos consorciados.

Desta forma, repita-se, somente podem participar dos consórcios públicos os entes

federados. É o que se extrai do disposto no art. 241 da Constituição Federal e do

caput do art. 1º da Lei n. 11.107/05. Isso significa dizer que somente podem ser

sujeitos de um consórcio público a União, os Estados, o Distrito Federal e os

Municípios.

Não podem participar do consórcio, portanto, entidades privadas ou da

administração indireta. Há também restrições expressas e implícitas na lei quanto à

formação dos consórcios pelos entes federativos.

O objeto dos consórcios é a prestação de serviços públicos de modo associado. Os

objetivos devem ser de interesse comum. O consórcio público deverá ter sempre por

objeto principal a prestação de um serviço público em sentido estrito. Não se podem

realizar por intermédio de consórcio simples aquisições de bens ou a realização de

obras.

Tampouco se pode delegar o poder de polícia, atos políticos ou atividades inerentes

aos poderes Legislativo e Judiciário.

A razão para essas afirmações consiste na redação do art. 241 da Constituição

Federal que admite apenas a gestão associada de serviços públicos.

195

Somente pode o consórcio adquirir bens, realizar obras ou exercer atividades de

polícia administrativa quando estas atividades forem instrumentais à prestação dos

serviços.

São vantagens da cooperação: 1) racionalização do uso dos recursos existentes,

destinados ao planejamento, programação e execução de objetivos de interesses

comuns; 2) a criação de vínculos ou o fortalecimento dos vínculos preexistentes,

com a formação ou consolidação de uma identidade regional; 3) a

instrumentalização da promoção do desenvolvimento local, regional e nacional; 4) a

conjugação de esforços para atender as necessidades da população, as quais não

poderiam ser atendidas de outro modo diante de um quadro de escassez de

recursos, e etc...

Os consórcios públicos possuem competência para a prática de todos os atos que

visem atender a sua finalidade de acordo com os termos do protocolo de intenções e

das leis que os ratificaram.

Para o cumprimento de seus objetivos, o consórcio público poderá firmar convênios,

contratos, acordos de qualquer natureza, receber auxílios, contribuições e

subvenções sociais ou econômicas de outras entidades e órgãos do governo,

promover desapropriações e instituir servidões nos termos de declaração de

utilidade ou necessidade pública, ou interesse social, realizada pelo Poder Público,

ser contratado pela administração direta ou indireta dos entes da Federação

consorciados, dispensada a licitação.

Os consórcios públicos, segundo o § 2º do artigo 2º da Lei 11.107/05, poderão emitir

documentos de cobrança e exercer atividades de arrecadação de tarifas e outros

preços públicos pela prestação de serviços ou pelo uso ou outorga de uso de bens

públicos por eles administrados ou, mediante autorização específica, pelo ente da

Federação consorciado. Já o parágrafo 3º do art. 2º da Lei n.º 11.107/05 confere,

ainda, aos consórcios públicos, competência para outorgar concessão, permissão ou

196

autorização de obras e serviços públicos. Para isso, no entanto, exige-se prévia

autorização no contrato de consórcio público, que deverá indicar de forma precisa o

objeto da concessão, permissão ou autorização e as condições que estas deverão

atender além do respeito às normas gerais em vigor.

A contratação de pessoal poderá ser realizada de três maneiras: através de cessão

de servidores feita ao consórcio pelos entes consorciados (§ 4º do artigo 4º da Lei

11.107/05); por processo de contratação a ser celebrado pelo próprio consórcio por

intermédio de concurso público e por fim, pela nomeação para cargos em comissão.

É necessário ressaltar que cargos e empregos públicos somente podem ser criados

por lei. Os consórcios não fogem a essa regra. Esse requisito é satisfeito mediante a

previsão no protocolo de intenções dos cargos a serem criados e posterior edição da

lei ratificadora de cada um dos entes federados.

A Lei n.º 11.107/05 não prevê expressamente a existência de cargos em comissão.

É possível, contudo, a criação de tais cargos eis que expressamente previstos na

Constituição Federal. A peculiaridade existente em relação a esses cargos consiste

na forma de provimento dos mesmos. No protocolo de intenção deverá constar a

quem compete indicar as pessoas que deverão exercer os cargos comissionados.

O estatuto poderá dispor sobre o exercício do poder disciplinar e regulamentar, as

atribuições administrativas, hierarquia, avaliação de eficiência, lotação, jornada de

trabalho e denominação dos cargos, em relação aos empregados do consórcio

público. Tudo deve constar previamente no protocolo de intenções, o qual deve ser

subscrito por todos os pretendentes, devendo conter aquelas cláusulas previstas no

artigo 4º da Lei 11.107/05 e no artigo 5º do Decreto n.º 6.017/07, em especial,

previsão de que o consórcio público é associação pública e que a instância máxima

do consórcio público é a assembleia geral.

Lembrando que o protocolo de intenções nada mais é que um contrato preliminar,

que deverá ser ratificado pelos entes da Federação interessados, convertendo-se ao

final em contrato de consórcio público. O protocolo de intenções deverá definir o

197

número de votos que cada ente da Federação consorciado possui na assembleia

geral, sendo assegurado 1 (um) voto a cada ente consorciado.

O protocolo de intenções deverá ser publicado resumidamente, desde que a

publicação indique o local e o sítio da rede mundial de computadores em que se

poderá obter seu texto integral. O consórcio público deverá ser organizado por

estatutos cujas disposições, sob pena de nulidade, deverão atender a todas as

cláusulas do seu contrato constitutivo, devendo ser aprovado pela assembleia geral.

Com a formação do novo consórcio público, será constituída uma nova

personalidade jurídica, que fará a gestão compartilhada dos serviços públicos de

água e esgoto, colocando em prática o plano de saneamento básico ora formulado.

Este novo modelo de gestão, uma vez autorizado por lei, assume a posição de

poder concedente, podendo dar continuidade aos contratos vigentes, com suas

necessárias adaptações ou então optar pela extinção e uma nova concessão, o que

talvez não seria a melhor opção. Desta forma, tanto a concessionária Águas de

Juturnaíba, quanto a Prolagos, poderão manter-se na operação dos sistemas,

também em forma de consórcio de empresas ou isoladamente. O cumprimento do

prazo contratual é de suma importância para todas as partes, em razão da

continuidade da prestação dos serviços, da segurança jurídica e economicidade.

Para tanto, haverá necessidade de algumas adaptações, justamente para que as

concessionárias se mantenham na prestação dos serviços de água e esgoto,

evitando a extinção da concessão e a consequente indenização prevista em lei.

Deve-se levar em conta o prazo elastecido destes contratos de concessão e seus

respectivos termos aditivos, que além de fixarem novo prazo para o término da

concessão, também preveem novas obrigações, investimentos e principalmente

metas a serem cumpridas no transcorrer deste período, as quais são

importantíssimas para o poder concedente, sendo que muitas destas metas já foram

alcançadas ou estão em andamento.

198

Assim, é importante observar, caso seja optado pela formação de um consórcio

público, a melhor forma de dar continuidade a prestação dos serviços e como as

concessionárias irão operar a partir de então. É importante frisar que não há

impedimento que duas prestadoras de serviços operem simultaneamente em regiões

distintas, contudo, o plano de saneamento deverá ser cumprido, independentemente

de quem esteja operando o sistema. É possível a divisão de áreas entre as duas

concessionárias que atualmente estão responsabilizadas pela prestação dos

serviços, desde que, o plano de saneamento seja respeitado e colocado em prática.

A participação do Estado do Rio de Janeiro no consórcio público é de fundamental

importância para o controle do desenvolvimento ordenado e simultâneo dos

municípios que comporão o consórcio, podendo a AGENERSA, continuar como a

agência reguladora responsável pela fiscalização e regulação da prestação do

serviços ou ainda, ser criada nova Agencia Reguladora Intermunicipal.

A estrutura organizacional do consórcio público exige a existência de uma

assembleia geral que será integrada pelos diferentes entes federativos

consorciados. Não há obrigatoriedade de que os consorciados tenham participação

igualitária na assembleia. Admite-se que o número de votos de cada ente seja

diverso em virtude do que dispõe o §2º do art. 4º da Lei n.º 11.107/05.

Compete à assembleia eleger o representante legal do consórcio público que deverá

ser obrigatoriamente o chefe do Poder Executivo de algum dos entes federados.

As condições de administração e atuação do consórcio deverão constar no protocolo

de intenções prévio ou ser objeto de aprovação por lei específica de cada um dos

entes consorciados. Além da assembleia geral, o consórcio normalmente terá outros

órgãos. A criação desses órgãos e a competência de cada um deles devem estar

previstos no protocolo de intenções. A assembleia geral deverá elaborar um estatuto

que discipline a organização e o funcionamento de cada um dos órgãos integrantes

do consórcio. Vale frisar que é possível a participação de representantes da

199

sociedade civil ou de representantes dos entes consorciados nos órgãos colegiados

do consórcio.

Vale ressaltar que há possibilidade expressa em lei para o ingresso de novos

consorciados. Ela consiste na hipótese prevista no § 1º do art. 5º da Lei 11.107/05,

que permite a constituição do consórcio sem a assinatura de todos os entes

subscritores do protocolo de intenções.

Acrescenta-se ao exposto, um resumo do Parecer n.º 010/2.012/MPMA –

ASJUR/SEA, Processo n.º E-07/000.636/2.012, relativamente ao Projeto de Lei, sem

número, de 2.012, o qual autoriza a outorga de subsidio pelo Estado na concessão

pública dos serviços de água, de coleta e tratamento de esgotos de Armação dos

Búzios, Cabo Frio, Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia, e distribuição de água

potável para o Município de Arraial do Cabo, visando a transposição dos efluentes

das estações de tratamento de esgotos de Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia da

Lagoa de Araruama para o Rio Uma, firmado em 26/12/2.012, pelo Procurador do

Estado Raul Teixeira, Assessor Chefe da ASJUR/SEA.

Da transferência de Recursos Públicos para a Concessionária dos Serviços

de Saneamento Básico da Região dos Lagos.

Dos serviços de Saneamento da Região dos Lagos: Desafios e Superações

da Gestão – Parecer/RT/ASJUR/SEAN/n.º, Processo n.º E-07/000-009/2.012:

não há como negar que existe certa margem de insegurança na relação

travada entre o Estado do Rio de Janeiro e os Municípios dessa Região, pois,

calçados em um mero convênio administrativo, compartilham a função de

Poder Concedente dos Serviços de Saneamento Básico delegados para as

concessionárias Águas de Juturnaíba S/A e Prolagos S/A.

Isto posto, é o Parecer:

“a) por razões de segurança jurídica é recomendável a constituição

de consórcio público, na forma de associação pública, nos termos

da Lei n.º 11.107, de 6 de abril de 2.005, a ser formado pelo Estado do

200

Rio de Janeiro e pelos Municípios de Araruama, Saquarema e Silva

Jardim, devendo o referido consórcio, por sucessão contratual,

figurar no polo ativo da concessão, como poder concedente, que

tem no polo passivo a concessionária ÁGUAS DE JUTURNAÍBA S/A.

b) mediante contrato de rateio a ser celebrado entre o Estado do Rio de

Janeiro e o Consórcio Público a ser constituído, poderão ser repassados

os recursos do FECAM para contratação das obras de esgotamento

sanitário em Praia Seca.

c) o Protocolo de Intenções, a ser subscrito por todos os entes

consorciados deverá prever expressamente a autorização para a gestão

associada de serviços públicos de saneamento básico, nos termos do

artigo 4º, inciso XI, alíneas “a”, “b” e “c”, da Lei n.º 11.107/05” (g. n.).

Outrossim, é forçoso concluir, no lastro do PARECER/RT/ASJUR/ SEA/n.º

002/2.012, que o Estado do Rio de Janeiro junto com os Municípios de Arraial do

Cabo, Armação dos Búzios, Cabo Frio, Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia

devem evoluir para a via do consorciamento, a fim de promover a transferência da

função de Poder Concedente para este consórcio público, que, assim, promoverá,

de per si, a gestão associada dos serviços de saneamento básico concedidos para a

concessionária PROLAGOS S.A; o que, certamente, conferirá segurança jurídica e

institucional para o setor.

Afora isso, é recomendável que o Estado do Rio de Janeiro juntamente com os

Municípios de Arraial do Cabo, Armação dos Búzios, Cabo Frio, Iguaba Grande e

São Pedro da Aldeia busquem a contratação de consórcio público, que assuma, de

per si, o papel de Poder Concedente com vista à conferir segurança jurídica e

institucional para a gestão associada dos serviços de saneamento básico

concedidos para a concessionária PRÓLAGOS S.A..

Conclusão:

201

“Aprovo, em seus termos, o Parecer n.º 010/2.012/MPMA-ASJUR/SEA que opinou

pela legalidade do Projeto de Lei, sem número de 2.012, que constitui medida geral

de outorga de subsídio indireto para a concessionária, PROLAGOS S.A., a ser

concedido pelo Poder Concedente, do qual o Estado faz parte, para assegurar a

modicidade de tarifa com a realização do reequilíbrio econômico-financeiro do

contrato de concessão, desde que (i) haja a comprovação que a prestação dos

serviços de saneamento básico da região – que é essencial por excelência – é

economicamente inviável e, ainda, (ii) sejam cumpridos os requisitos legais

constantes nos incs. I até IV, do art. 11, da Lei Estadual n.º 2.831/1.997.

O Parecer n.º 010/2.012/MPMA-ASJUR/SEA opina, ainda, com lastro no

PARECER/RT/ASJUR/SEA/n.º 002/2.012 exarado em sede do Processo n.º E-

07/000.009/2.012 (fls. 45/85), que o Estado do Rio de Janeiro juntamente com os

Municípios de Arraial do Cabo, Armação dos Búzios, Cabo Frio, Iguaba Grande e

São Pedro da Aldeia devem buscar a contratação de consórcio público, que assume,

de per si, o papel de Poder Concedente com vista a conferir segurança jurídica e

institucional para a gestão associada dos serviços de saneamento básico

concedidos para a concessionária PRÓLAGOS S.A.” Raul Teixeira, 26/12/2.012.

202

6.3.5 Propostas para Instalação de Arranjo Institucional para a

Gestão do Saneamento Básico na Região dos Lagos/RJ

Assim, os municípios de Arraial do Cabo, Armação dos Búzios, Cabo Frio, Iguaba

Grande, São Pedro da Aldeia, Saquarema, Araruama e Silva Jardim podem formar

um novo Consórcio, desta vez Público, e posteriormente agregar mais municípios

que tenham interesse de participar, ou reformular os Consórcios existentes.

Como esses municípios, juntamente com o Estado do Rio de Janeiro, tem

concessão de serviço público em andamento, a continuidade da prestação dos

serviços deve ser observada, mantendo-se as duas concessionárias, cujos contratos

ainda estão vigentes.

Para tanto, deverá haver a adequação, através de termo aditivo, de seus contratos,

com previsão destas adequações no protocolo de intenções, como também

eventualmente, a divisão mais conveniente das áreas de atuação de ambas as

concessionárias.

As propostas ora detalhadas buscam orientar as intervenções e a gestão do

saneamento básico instituído para Lei n.º 11.445/2.007, nos municípios da Região

dos Lagos/RJ, estimulando as parte interessadas em buscar uma solução integrada

e consorciada aos problemas e conflitos inerentes ao saneamento básico. Fazem

parte do contexto, a Lei n.º 12.305/2.010 (Política Nacional de Resíduos Sólidos), a

Lei n.º 9.705/1.999 (Educação Ambiental) e a Lei n.º 11.107/2.007 dos Consórcios

Públicos.

Tanto pelas ações nacionais quanto pelas ações do Governo do Estado do Rio de

Janeiro, a gestão regionalizada é vista como uma forma eficiente de se garantir a

viabilidade da gestão do saneamento básico, e, portanto, o Plano Municipal de

203

Saneamento Básico do Município de Araruama, aqui em construção, é uma

ferramenta importante do planejamento constante. Como os laços de união entre os

Municípios da Região dos Lagos, representados pelo atual arranjo institucional, bem

como pelas estruturas operacionais compartilhadas tais como captação,

potabilização, adução e reservação de água, esgotamento sanitário, e aterramento

de resíduos sólidos, sobram poucas proposições institucionais, destacando-se a

necessidade de se estabelecer um arranjo institucional para a gestão do

saneamento básico na Região dos Lagos (RJ), e caracterizando-se como um acordo

entre os municípios de Araruama, Armação dos Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio,

Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia, Saquarema e Silva Jardim e o Estado do Rio

de Janeiro com o objetivo de alcançar metas comuns previamente estabelecidas

afim de viabilizar a implantação dos programas, ações e projetos detalhados e

propostos no presente PMSB.

A viabilidade de recursos, sejam técnicos ou financeiros dos municípios integrantes,

serão reunidos sob a forma de um Consórcio Público, a ser gerido pela Lei Federal

n.º 11.107/2.005, Lei dos Consórcios Públicos e seu Decreto Regulamentador n.º

6.017/2.007.

A área abrangida pela Consórcio Público é representada pela Figura 20.

204

Figura 20 - Localização do Município

Fonte: SERENCO, 2.013.

Os Municípios integrantes da região foram detalhados nos PRODUTOS 3 –

Caracterização, 4 e 5 – Diagnósticos, e 6 – Estudo Populacional.

A reunião do Governo do Estado do Rio de Janeiro e as Prefeituras da Região dos

Lagos, cada qual com seu Conselho Municipal de Meio Ambiente e suas respectivas

Secretarias Municipais de Meio Ambiente, devidamente estruturadas, cada qual com

sua Unidade de Gerenciamento do PMSB – UGPLAN serão responsáveis pela

Gestão do Saneamento Básico apoiando-se na estrutura de um Consórcio

Intermunicipal Público, a ser eventualmente instituído na Região, ou ainda, pela

adequação dos Consórcios existentes, mediante o auxílio da implantação do

Conselho Deliberativo da Microrregião dos Lagos, Lei Complementar n.º 87/1.997.

A proposta também se apoia no ponto central discutido na Ação Direta de

Inconstitucionalidade (ADI) 1842 do STF para questionar normas que tratam da

205

região metropolitana do Rio de Janeiro e da microrregião dos Lagos e disciplinam a

administração de serviços públicos.

A Figura 21 detalha as propostas possíveis de serem apresentadas e debatidas nas

consultas e audiências públicas a serem efetivadas na sequência dos trabalhos, e

futuramente debatidas em assembleia dos Poderes Concedentes.

(X) UGPLAN – Unidades de Gestão dos PMSB’s

Figura 21 - Modelagem Proposta Fonte: SERENCO, 2.013.

206

7. ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA

O atual arranjo institucional para a prestação dos serviços de saneamento básico na

Região dos Lagos, obedece aos modelos anteriormente detalhados. Esses modelos

demonstraram as interligações do Poder Concedente (Estado do Rio de Janeiro e

Municípios) aos Prestadores de Serviços (Concessionárias Prolagos e CAJ), aos

Consórcios existentes, ao Comitê de Bacias, às empresas terceirizadas

(LIMPATECH, SELLIX, MEGA ENGENHARIA, DOIS ARCOS, entre muitas outras) e

à Agência Reguladora (AGENERSA).

Essas interligações deverão se fortalecer ainda mais, após a conclusão, a aprovação

e a implementação do PMSB e do PGIRS, concentrando-se na busca e geração de

recursos financeiros para custear a execução dos serviços para a universalização

dos mesmos.

O modelo econômico-financeiro se apoia nos seguintes elementos:

Recursos 1 – Dotações orçamentárias municipais;

Recursos 2 – Cobrança de taxas/tarifas em busca da sustentabilidade da

prestação dos serviços programados;

Recursos 3 – Recursos para investimento em obras, equipamentos, serviços,

provenientes de fontes estaduais (FECAM), federais (Caixa, Econômica

Federal, BNDES, PAC, FUNASA, MINCIDADES, e MMA) e internacionais

(BID, BIRD e bancos de fomento), e,

Recursos 4 – Repasse estadual do ICMS Verde.

Assim, a tabela a seguir, apresenta resumidamente a operacionalidade da Estrutura

Financeira de Araruama:

207

Tabela 99 - Estrutura Financeira

Recursos Abastecimento de Água Esgotamento Sanitário

Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas

Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos

1 Não Sim (todos) Sim (maior parte)

2 CAJ Não Sim

3 FECAM (SEA, INEA) Não FECAM (SEA, INEA)

4 Sim (ao Município) Não Não

Fonte: SERENCO, 2.013.

Na Lei Orçamentária Anual aprovada em Araruama em 2.012 para o exercício de

2.013, não há uma rubrica específica para investimentos. Portanto, como estimativa

inicial, adota-se o valor de 10% da receita total, ou seja, R$ 21.071.252,23 como

investimentos prováveis. É possível observar que este investimento, ou parte dele,

poderá vir a se constituir em forte ingresso financeiro anual no setor saneamento

básico, se assim for a decisão dos poderes públicos municipais constituídos.

Destaca-se ainda, que no caso de implantação da taxa de resíduos sólidos, o

tesouro municipal ficará desonerado anualmente de cerca de R$ 6 milhões, podendo

esse montante ser acrescido na rubrica municipal dos investimentos (R$ 21

milhões), isto é, disponibilizando aproximadamente R$ 27 milhões para o setor

saneamento básico.

Para os recursos provenientes da CAJ (3ºTA), estão previstos investimentos,

conforme Tabela 100.

Tabela 100 - Investimentos previstos pela CAJ

Investimentos previstos

Esgotamento sanitário R$ 0,00¹

Abastecimento de Água R$ 3.348.000,00²

TOTAL R$ 3.348.000,00

¹ Os investimentos previstos pela CAJ serão complementares aos previstos no PMSB

²55,8% do total de investimentos previstos (R$ 6.000.000,00)

Fonte: SERENCO, 2.013.

208

Os valores repassados pelo Governo do Estado (através do ICMS Verde)

incorporados aos recursos orçamentários municipais estão apresentados na Tabela

101.

Tabela 101 - Repasse de recursos financeiros do Governo do Estado através do ICMS Verde (2012)

ICMS Verde (2012)

IRTE R$ 1.852.846,00

IRDC R$ 0,00

IRRV R$ 0,00

IRMA R$ 718.650,00

TOTAL R$ 2.571.496,00

Fonte: INEA, 2.013.

Observa-se ainda que:

O Município não investe recursos orçamentários em abastecimento de água e

esgotamento sanitário;

O Município assume todas as despesas com drenagem e manejo de águas

pluviais urbanas;

O Município assume a maior parte das despesas com Limpeza Urbana e

Manejo de Resíduos Sólidos;

Há cobrança de taxa de resíduos sólidos porém vinculada ao IPTU, e que não

cobre todas as despesas;

A CAJ arrecada as taxas/tarifas do abastecimento de água e esgotamento

sanitário para sustentabilidade dos sistemas e para remuneração dos serviços

prestados, investindo ainda, os recursos programados pelo Termo Aditivo em

vigor;

O FECAM (SEA, INEA) investe em obras, equipamentos e serviços nos

quatro sistemas, através de repasses de recursos à Prefeitura Municipal, e,

209

O Município recebe recursos, do ICMS Verde (somente de esgotamento

sanitário) e os incorpora ao Orçamento Municipal.

Resume-se na Tabela 102, os investimentos necessários para os próximos 20 (vinte)

anos para atendimento aos programas elencados nas proposições anteriormente

detalhados.

Tabela 102 - Recursos necessários por serviço

SERVIÇOS VALOR TOTAL

Abastecimento de água¹ R$ 85.846.626,00

Esgotamento sanitário R$ 580.063.749,53

Drenagem e manejo de águas pluviais urbanas R$ 219.988.000,00

Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos R$ 54.895.535,89

TOTAL R$ 940.793.911,42

¹ 55,8% de R$ 153.847.000,00

Fonte: SERENCO, 2.013.

Conclui-se portanto, que a capacidade de investimento em saneamento básico por

parte do Município de Araruama (orçamento municipal), Estado do Rio de Janeiro

(ICMS Verde), e da CAJ (investimentos previstos no 3.º TA) poderá estimativamente

atingir o seguinte montante:

Tabela 103 - Capacidade de investimento em 20 anos

CAPACIDADE DE INVESTIMENTO

Dotações orçamentárias (50% do total de

investimentos previstos = R$ 10.500.000,00 x 20 anos) R$ 210.000.000,00

Disponibilização de recursos orçamentários próprios

pelo recebimento da Taxa de Lixo = R$ 6.000.000,00 x

20 anos

R$ 120.000.000,00

Concessionária Águas de Juturnaíba R$ 3.348.000,00

Arrecadação de ICMS Verde x 20 anos R$ 50.000.000,00

TOTAL R$ 383.348.000,00

Fonte: SERENCO, 2.013.

210

Comparativamente, obtém-se a diferença entre a capacidade de investimento

analisada e o total de recursos necessários para as quatro vertentes do saneamento

básico, para os próximos vinte anos (Tabela 104).

Tabela 104 - Comparativo entre capacidade de investimento e recursos necessários

Capacidade de Investimento x Recursos necessários

Receita prevista R$ 383.348.000,00

Recursos necessários R$ 940.793.911,42

Déficit R$ 557.445.911,42

Fonte: SERENCO, 2.013.

O Déficit apurado deverá ser coberto com recursos externos. Como referenciado

anteriormente, cabe aos poderes concedentes, Município e Governo do Estado, à

Concessionária Águas de Juturnaíba, ao Consórcio Lagos São João, ao Comitê de

Bacia Lagos São João e a AGENERSA, elaborarem, em conjunto, a planilha de

investimentos financeiros em Saneamento Básico para o Município de Araruama e

consequentemente para toda a Região dos Lagos.

211

8. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

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