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ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - RJ PRODUTO 7 Prognósticos: Abastecimento de Água Potável Esgotamento Sanitário Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas JULHO/2.013 (Primeira Revisão)

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ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO

MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO PEDRO DA

ALDEIA - RJ

PRODUTO 7

Prognósticos:

Abastecimento de Água Potável

Esgotamento Sanitário

Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas

JULHO/2.013

(Primeira Revisão)

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II

CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDEDOR

GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Sérgio Cabral Filho Governador Luís Fernando Pezão Vice-Governador SECRETARIA DE ESTADO DO AMBIENTE (SEA) Carlos Minc Secretário Luiz Firmino Martins Pereira Subsecretário Executivo INSTITUTO ESTADUAL DO AMBIENTE (INEA) Marilene Ramos Presidente Denise Marçal Rambaldi Vice-Presidente DIRETORIA DE GESTÃO DAS ÁGUAS E DO TERRITÓRIO (DIGAT) Rosa Maria Formiga Johnsson Diretora DIRETORIA DE INFORMAÇÃO E MONITORAMENTO AMBIENTAL (DIMAM) Carlos Alberto Fonteles de Souza Diretor DIRETORIA DE BIODIVERSIDADE E ÁREAS PROTEGIDAS (DIBAP) André Ilha Diretor DIRETORIA DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL (DILAM) Ana Cristina Henney Diretora DIRETORIA DE RECUPERAÇÃO AMBIENTAL (DIRAM) Luiz Manoel de Figueiredo Jordão Diretor DIRETORIA DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS (DIAFI)

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III

José Marcos Soares Reis Diretor SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL LAGOS - SÃO JOÃO (SUPLAJ) Túlio Vagner dos Santos Vicente Superintendente

GERENCIADOR DO CONTRATO

Rosa Maria Formiga Johnsson Diretora de Gestão das Águas e do Território / INEA Victor Zveibil Superintendente de Políticas de Saneamento / SEA Lorena Costa Procópio Engenheira Sanitarista Cláudia Nakamura Engenheira Ambiental

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IV

EQUIPE TÉCNICA DE ACOMPANHAMENTO LOCAL DOS TRABALHOS PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PEDRO DA ALDEIA

Rua Marques da Cruz, n.º 61 - Centro - CEP: 28.940-000 São Pedro da Aldeia (RJ) - Tel.: (22) 2621-6244

Gestão 2.013 / 2.016

Cláudio Chumbinho Prefeito Municipal

Edmilson de Souza Bittencourt Secretaria Municipal de Governo

Adriana Miguel Saad Secretaria Especial de Ambiente, Lagoa,

Pesca e Serviços Públicos

Júlio César Berland Secretaria Municipal de Urbanismo

Antônio Carlos Teixeira Barreto Secretaria Municipal de Administração

Claudia Magalhães da Silva Secretaria Municipal Especial de Projetos

Paulo César de Souza Secretaria Municipal de Gestão Estratégica

Marco Antonio Rodrigues dos Santos Secretaria Municipal de Fazenda

Vanessa Pinheiro Vidal Matalobos Secretaria Municipal de Saúde

Evaldo de Souza Bittencourt Secretaria Municipal de Educação, Cultura,

Esporte e Lazer

Vivian de Carvalho Lobo Procuradoria Geral do Município

Sandra Regina Siqueira Coelho Secretaria Municipal de Assistência Social,

Direitos Humanos e Habitação

Sérgio de Mello Ferreira Secretaria Especial de Turismo e

Desenvolvimento Econômico

Dimas Tadeu de Oliveira Dias Secretaria Especial de Agricultura, Abastecimento, Trabalho e Renda

Luciana de Azevedo Leite Gonçalves

Controladoria Geral do Município

Gestão 2.009 / 2.012

Carlindo Filho Prefeito Municipal

Luciano Silva Pinto Coordenadoria do Meio Ambiente

Alexis Rodrigues Valadares Junior Coordenadoria do Meio Ambiente

Ivonete da Conceição Santos Coordenadoria de Desenvolvimento

Econômico

Andrea de Cássia V. D'Ávila Secretaria de Obras

Júlio Cesar da Costa Peralva Secretaria de Saúde

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V

EXECUTOR DOS TRABALHOS DE CONSULTORIA

SERENCO SERVIÇOS DE ENGENHARIA CONSULTIVA Ltda CNPJ: 75.091.074/0001-80 - CREA (PR): 5571

Av. Sete de Setembro, n.º 3.566, Centro CEP 80.250-210 - Curitiba (PR)

Tel.: (41) 3233-9519 Website: www.serenco.com.br ● E-mail: [email protected]

Nicolau Leopoldo Obladen Engenheiro Civil e Sanitarista

Jefferson Renato Teixeira Ribeiro Engenheiro Civil

Paulo Roberto Wielewski Engenheiro Civil

Djesser Zechner Sergio Engenheiro Sanitarista e Ambiental

Caroline Surian Ribeiro Engenheira Civil

Bruno Passos de Abreu Tecnólogo em Construção Civil

Marcos Moisés Weigert Engenheiro Civil

Gustavo José Sartori Passos Engenheiro Civil

Tássio Barbosa da Silva Engenheiro Civil

Kelly Ronsani de Barros Engenheira de Alimentos

Luiz Guilherme Grein Vieira Engenheiro Ambiental

Mariana Schaedler Engenheira Ambiental

Nilva Alves Ribeiro Economista

Tiago José Alexandre Advogado

Mauro Brustolin Iplinski Publicitário

Dante Mohamed Correa Publicitário

Bruno Lissa Tiepolo Publicitário

Cláudio Luiz Geromel Barreto Engenheiro Químico

Quésia Oliveira Geógrafa

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VI

SUMÁRIO

GLOSSÁRIO ....................................................................................... XIII

APRESENTAÇÃO ............................................................................... XIV

1. INTRODUÇÃO – CONTEXTO REGIONAL ................................. 15

2. POPULAÇÕES ADOTADAS ....................................................... 17

3. ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO . 21

3.1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 21

3.2 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ................................................. 23

3.2.1 Objetivos Gerais.......................................................................................... 23

3.2.2 Metas de atendimento ................................................................................. 24

3.2.2.1 Terceiro Termo Aditivo ao Contrato de concessão da Prolagos ...... 24

3.2.2.2 PLANSAB ................................................................................................... 26

3.2.3 Demandas ................................................................................................... 29

3.2.5 Cenários ...................................................................................................... 42

3.2.5.1 Sistematização das informações ...................................................... 43

3.2.5.2 Ações necessárias ........................................................................... 45

3.2.5.2.1. Sistema produtor .......................................................................... 45

3.2.5.2.2. Adução de água tratada ....................................................................... 49

3.3 SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO ................................................. 73

3.3.1 Objetivos gerais .......................................................................................... 73

3.3.2 Metas de atendimento ................................................................................. 74

3.3.2.1 Terceiro Termo Aditivo ao Contrato de concessão da Prolagos ...... 74

3.3.2.2 Metas de atendimento - PLANSAB ............................................................. 74

3.3.3 Cenários ...................................................................................................... 77

3.3.3.1 Sistematização das informações ...................................................... 78

3.3.3.2 Cenário 1 .......................................................................................... 79

3.3.3.6 Propostas adicionais ...................................................................... 114

3.3.3.6.1. Aspectos operacionais ................................................................ 114

3.3.3.6.2. Novos empreendimentos ............................................................ 114

3.5 Educação ambiental ..................................................................................... 116

4. DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS .....117

4.1 PROPOSIÇÕES ........................................................................................... 117

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VII

4.2 SISTEMATIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES .................................................. 118

4.3 CENÁRIOS MILOGRANA, J (2009) ............................................................. 128

4.4 CENÁRIOS PLANSAB ................................................................................. 130

4.5 CENÁRIO PROPOSTO ................................................................................ 132

4.6 METAS, PROGRAMAS E AÇÕES ............................................................... 133

4.7 CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO ....................................................... 156

4.8 MEMORIAL DE CÁLCULO ........................................................................... 161

4.9 ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA PARA O SISTEMA DE DRENAGEM E

MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS........................................................... 166

5. ANÁLISE INSTITUCIONAL ........................................................168

5.1 ANÁLISE INSTITUCIONAL LOCAL.............................................................. 168

5.2.1 Estrutura Organizacional Proposta ........................................................... 179

5.2.2 Modificações, Adaptações ou Complementações ao Arranjo Institucional

Proposto .................................................................................................................. 191

5.3.1 Arranjo institucional na Região dos Lagos ................................................ 192

5.3.2 Fiscalização e Regulação dos Serviços de Saneamento Básico .............. 197

5.3.3 Inter-relação Poder Concedente/Prestadores de Serviços/Regulador ...... 199

5.3.4 Análise Jurídica ......................................................................................... 202

5.3.5 Propostas para Instalação de Arranjo Institucional para a Gestão do

Saneamento Básico na Região dos Lagos/RJ ........................................................ 215

6. ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA ......................................219

7. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA .................................................224

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VIII

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Proposta de locação do novo sistema produtor................................................... 46

Figura 2 – Comparativo atendimento da população (cenários 2 e 3) ................................. 109

Figura 3 – Comparativo de investimentos (Cenários 2 e 3) ................................................ 110

Figura 4 – Pontuação por programas ................................................................................. 127

Figura 5 – Integração das Alternativas ............................................................................... 127

Figura 6 – Cenários – Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas ............................ 133

Figura 7 – Mapa de Alerta ................................................................................................. 136

Figura 8 – Modelo Institucional do Saneamento Básico de São Pedro da Aldeia ............... 170

Figura 9 - Arranjos Institucionais ........................................................................................ 177

Figura 10 - Diagrama Institucional Municipal ..................................................................... 178

Figura 11 - Diagrama Institucional Intermunicipal .............................................................. 179

Figura 12 - Esquema do tripé de elementos fundamentais do PMSB ................................ 180

Figura 13 - UGPLAN .......................................................................................................... 183

Figura 14 - Estrutura proposta para a UGPLAN ................................................................. 188

Figura 15 - Modelo Institucional para a Gestão do PMSB .................................................. 191

Figura 16 - Comitê da Bacia Hidrográfica Lagos São João (CBHLSJ) ............................... 193

Figura 17 - Consórcio Intermunicipal Lagos São João (CILSJ) .......................................... 194

Figura 18 - Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de

Janeiro (AGENERSA) ........................................................................................................ 195

Figura 19 - Fluxograma - Governo do Estado do Rio de Janeiro, Municípios, Agência

Reguladora, Consórcio Intermunicipal, Comitê da Bacia e Concessionárias ..................... 196

Figura 20 - Localização do Município ................................................................................. 217

Figura 21 - Modelagem Proposta ....................................................................................... 218

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IX

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - População Residente Adotada ............................................................................ 18

Tabela 2 - Total Pop. Flutuante. ........................................................................................... 19

Tabela 3 - População de Temporada ................................................................................... 20

Tabela 4 - Metas de Níveis de Atendimento (3.º Aditivo Contratual) .................................... 24

Tabela 5 - Níveis de Atendimento (2012) ............................................................................ 25

Tabela 6 – Metas para o saneamento básico nas macrorregiões e no País (em %) ............ 27

Tabela 7 – Metas para principais serviços de saneamento básico nas unidades da federação

(em %) ................................................................................................................................. 28

Tabela 8 – Metas para gestão dos serviços de saneamento nas macrorregiões e no País

(em %) ................................................................................................................................. 29

Tabela 9 – Projeção de população para cálculo de demandas de São Pedro da Aldeia ...... 30

Tabela 10 – Projeção de população para cálculo de demandas dos Municípios da área de

Concessão da Prolagos ....................................................................................................... 31

Tabela 11 – Projeção de população de projeto de São Pedro da Aldeia .............................. 32

Tabela 12 – Projeção de população de projeto dos Municípios da área de Concessão da

Prolagos .............................................................................................................................. 33

Tabela 13 – Consumo per capita e índice de perdas ........................................................... 34

Tabela 14 – Consumo per capita de São Pedro da Aldeia ................................................... 35

Tabela 15 – Consumo per capita - resumo .......................................................................... 35

Tabela 16 – Demandas do sistema de água para São Pedro da Aldeia............................... 37

Tabela 17 – Demandas do sistema de água para a área de concessão da Prolagos .......... 38

Tabela 18 – Reservação necessária em São Pedro da Aldeia ............................................. 39

Tabela 19 – Reservação necessária na área de concessão da Prolagos ............................ 40

Tabela 20 – Demandas do sistema de água para a área de concessão da CAJ .................. 41

Tabela 21 - Condicionantes, Deficiências e Potencialidades ............................................... 43

Tabela 22 - Ameaças e Oportunidades do atual modelo de gestão ..................................... 44

Tabela 23 - Modelo Numérico para Ponderação das Ameaças ........................................... 44

Tabela 24 – Cronograma de implantação dos reservatórios ................................................ 53

Tabela 25 – Cronograma de investimentos previstos (3º Termo Aditivo) ............................. 59

Tabela 26 – Cronograma de investimentos estimados para a área de concessão (PMSB) . 60

Tabela 27 – Comparativo de investimentos da área de concessão – PMSB x 3º Termo

Aditivo .................................................................................................................................. 61

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X

Tabela 28 – Comparativo de investimentos da área de concessão – PMSB x 3º Termo

Aditivo .................................................................................................................................. 62

Tabela 29 – Cronograma de investimentos – sistema produtor ........................................... 63

Tabela 30 – Cronograma de investimentos – adução de água tratada ................................ 63

Tabela 31 – Cronograma de investimentos – reservação de água tratada ........................... 64

Tabela 32 – Cronograma de investimentos – redes de distribuição ..................................... 65

Tabela 33 – Cronograma de investimentos – resumo .......................................................... 66

Tabela 34 – investimentos estimados para a área não concedida ....................................... 69

Tabela 35 - Metas de Níveis de Atendimento (3.º Aditivo Contratual) .................................. 74

Tabela 36 – Metas para o saneamento básico nas macrorregiões e no País (em %) .......... 75

Tabela 37 – Metas para principais serviços de saneamento básico nas unidades da

federação (em %) ................................................................................................................ 76

Tabela 38 - Condicionantes, Deficiências e Potencialidades ............................................... 78

Tabela 39 - Ameaças e Oportunidades do atual modelo de gestão. .................................... 78

Tabela 40 - Modelo Numérico para Ponderação das Ameaças ........................................... 79

Tabela 41 – Resumo geral de investimentos ....................................................................... 84

Tabela 42 – Porcentagem de atendimento por bacia ........................................................... 86

Tabela 43 – Cenário 2 - Demandas para o sistema de esgoto (redes separadoras) ............ 87

Tabela 44 – Cenário 2 – cronograma (2.014 a 2.020) .......................................................... 90

Tabela 45 - Cenário 2 – cronograma (2.021 a 2.027)........................................................... 91

Tabela 46 - Cenário 2 – cronograma (2.028 a 2.033)........................................................... 92

Tabela 47 – Investimentos necessários – redes coletoras, ligações domiciliares, estações

elevatórias e linhas de recalque ........................................................................................... 96

Tabela 48 – Investimentos necessários – ETE .................................................................... 96

Tabela 49 – Investimentos necessários – Projetos .............................................................. 97

Tabela 50 – Investimentos necessários – Resumo .............................................................. 97

Tabela 51 – Cenário 3 - Demandas para o sistema de esgoto (redes separadoras) ............ 99

Tabela 52 – Cenário 3 – cronograma (2.014 a 2.020) ........................................................ 101

Tabela 53 - Cenário 3 – cronograma (2.021 a 2.027)......................................................... 102

Tabela 54 - Cenário 3 – cronograma (2.028 a 2.033)......................................................... 103

Tabela 55 – Investimentos necessários – redes coletoras, ligações domiciliares, estações

elevatórias e linhas de recalque ......................................................................................... 107

Tabela 56 – Investimentos necessários – ETE .................................................................. 107

Tabela 57 – Investimentos necessários – Projetos ............................................................ 108

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XI

Tabela 58 – Investimentos necessários – Resumo ............................................................ 108

Tabela 59 – Comparativo de investimentos (Cenários 2 e 3) ............................................. 110

Tabela 60 – investimentos estimados para a área não concedida ..................................... 112

Tabela 61 - Condicionantes, Deficiências e Potencialidades ............................................. 120

Tabela 62 - Ameaças e Oportunidades do atual modelo de gestão. ................................. 122

Tabela 63 - Modelo Numérico para Ponderação das Ameaças. ....................................... 123

Tabela 64 – Ameaças programa 1 – Hidrologia ................................................................. 125

Tabela 65 – Ameaças programa 2 – Microdrenagem......................................................... 125

Tabela 66 – Ameaças programa 3 – Macrodrenagem ....................................................... 126

Tabela 67 – Ameaças programa 4 – Defesa Civil .............................................................. 126

Tabela 68 – Ameaças programa 5 – Gestão do Sistema ................................................... 126

Tabela 69 - Necessidade de investimentos em drenagem e manejo de águas pluviais

urbanas entre o ano base de 2011 e os anos 2015, 2020 e 2030. ..................................... 131

Tabela 70 - Necessidade de investimentos totais em drenagem e manejo de águas pluviais

urbanas para o País........................................................................................................... 131

Tabela 71 – Metas para gestão dos serviços de saneamento básico na Região Sudeste do

País (em %). .......................................................................................................... 132

Tabela 72 - Programa 1 - Hidrologia .................................................................................. 155

Tabela 73 - Programa 2 – Microdrenagem ......................................................................... 155

Tabela 74 - Programa 3 – Macrodrenagem ....................................................................... 155

Tabela 75 - Programa 4 – Defesa Civil .............................................................................. 155

Tabela 76 - Programa 5 – Gestão do Sistema ................................................................... 155

Tabela 77 – Cronograma financeiro (Programa 1) ............................................................. 156

Tabela 78 - Cronograma financeiro (Programa 2) .............................................................. 157

Tabela 79 - Cronograma financeiro (Programa 3) .............................................................. 157

Tabela 80 - Cronograma financeiro (Programa 4) .............................................................. 158

Tabela 81 - Cronograma financeiro (Programa 5) .............................................................. 158

Tabela 82 - Resumo do cronograma .................................................................................. 159

Tabela 83 - Investimentos por programa............................................................................ 159

Tabela 84 - Fontes de recurso (Programa 1) ..................................................................... 160

Tabela 85 - Fontes de recurso (Programa 2) ..................................................................... 160

Tabela 86 - Fontes de recurso (Programa 3) ..................................................................... 160

Tabela 87 - Fontes de recurso (Programa 4) ..................................................................... 160

Tabela 88 - Fontes de recurso (Programa 5) ..................................................................... 161

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XII

Tabela 89 - Fontes de recursos (valor total) ....................................................................... 161

Tabela 90 - Memorial de cálculo (Programa 1) .................................................................. 162

Tabela 91 - Memorial de cálculo (Programa 2) .................................................................. 162

Tabela 92 - Memorial de cálculo (Programa 3) .................................................................. 163

Tabela 93 - Memorial de cálculo (Programa 4) .................................................................. 164

Tabela 94 - Memorial de cálculo (Programa 5) .................................................................. 165

Tabela 98 - Modelos Institucionais para a Regulação, Fiscalização e Controle dos Serviços

de Saneamento Básico ...................................................................................................... 199

Tabela 137 - Estrutura Financeira ...................................................................................... 220

Tabela 138 - Investimentos previstos pela Prolagos .......................................................... 220

Tabela 139 - Repasse de recursos financeiros do Governo do Estado através do ICMS

Verde (2012) ...................................................................................................................... 221

Tabela 140 - Recursos necessários por serviço ................................................................. 222

Tabela 141 - Capacidade de investimento em 20 anos ...................................................... 222

Tabela 142 - Comparativo entre capacidade de investimento e recursos necessários ....... 223

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XIII

GLOSSÁRIO

ANA - Agência Nacional de Águas

APA - Áreas de Proteção Ambiental

AGENERSA - Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro

CDP - Condicionantes/Deficiências/Potencialidades

COBRADE - Codificação Brasileira de Desastres

CILSJ - Consórcio Intermunicipal Lagos de São João

CPRM - Serviço Geológico do Brasil

CBHLSJ - Comitê da Bacia Hidrográfica Lagos de São João

DNOS - Departamento Nacional de Obras de Saneamento

EEE - Estação Elevatória de Esgoto

ETE - Estação de Tratamento de Esgoto

FGV - Fundação Getúlio Vargas

GESAN - Grupo Executivo de Saneamento e Drenagem Urbana

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IMELS - Ministério Italiano do Meio Ambiente e da Tutela do Território e do Mar

INEA - Instituto Estadual do Ambiente

INMET - Instituto Nacional de Meteorologia

IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional

MRA - Macrorregião Ambiental

PMSB - Plano Municipal de Saneamento Básico

PLANCON - Plano de Contingência de Proteção e Defesa Civil

RH - Região Hidrográfica

SNIS - Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento

TTS - Tomada de Tempo Seco

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XIV

APRESENTAÇÃO

O presente relatório COMPREENDE o PRODUTO 7 (Prognósticos) dos Estudos e

Projetos para Consecução do Plano de Saneamento Básico do Município de São

Pedro da Aldeia, localizado no estado do Rio de Janeiro, ABRANGENDO os

Serviços de Abastecimento de Água Potável, de Esgotamento Sanitário e de

Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas.

Este foi elaborado conforme previsto no Edital e Anexos da Tomada de Preços TP

n.º 11/2011 do Instituto Estadual do Ambiente (INEA) e ao CONTRATO n.º 48/2012

firmado no dia 24 de Julho de 2012 entre o INEA e a empresa SERENCO.

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15

1. INTRODUÇÃO – CONTEXTO REGIONAL

A assinatura dos contratos firmados entre o Governo do Estado do Rio de

Janeiro, os Municípios de Arraial do Cabo, Armação dos Búzios, Cabo Frio,

Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia com a empresa Prolagos, em 1998, e

dos Municípios de Araruama, Saquarema e Silva Jardim, com a

Concessionária Águas de Juturnaiba – CAJ, constituiu-se em marco referencial

da despoluição da Lagoa de Araruama em continuidade aos trabalhos até

então desenvolvidos. A Região em questão, tem sua economia dependendo

substancialmente do turismo, revelando a necessidade de investimentos

contínuos na preservação de lagoas e praias dos entornos urbanos, em busca

de sua preservação ambiental. Ambos, Prolagos, e CAJ implementaram o

abastecimento de água e passaram a adotar como tecnologia para o

esgotamento sanitário, o sistema de tomada em tempo seco, conhecida por

sistema unitário. A utilização do sistema municipal de drenagem pluvial como

rede coletora de esgotos sanitários, a construção de cordões interceptores,

estações elevatórias e estações de tratamento, ao longo do tempo, reduziram

drasticamente a poluição de lagoas e praias, retomando-se gradativamente o

ciclo econômico de desenvolvimento turístico da Região dos Lagos. A presença

do Comitê de Bacias Hidrográficas das Lagoas de Araruama, Saquarema e dos

Rios São João, Una e Ostras, criado pela Lei Estadual Nº3. 239/1999, trouxe

novo reforço à Região, na preservação dos recursos hídricos. Na sequência,

criou-se o Consórcio Intermunicipal para Gestão Ambiental das Bacias

Hidrográficas da Região dos Lagos, Rio São João e Zonas Costeiras,

consolidando-se ainda mais o reforço institucional na Região.

Ampliam-se os serviços de saneamento básico, tais como limpeza urbana e

manejo de resíduos sólidos, drenagem e manejo de águas pluviais. Implanta-se

pela iniciativa privada, o Aterro Sanitário DOIS ARCOS, em São Pedro da

Aldeia, passando a receber os resíduos sólidos urbanos de Arraial do Cabo,

Cabo Frio, Armação dos Búzios, São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande e

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16

recentemente Silva Jardim e Casimiro de Abreu ou ainda, Araruama e

Saquarema no futuro.

Ampliam-se as áreas inundáveis pelas águas pluviais em todos os municípios,

tendo em vista o aumento da impermeabilização e o crescimento das áreas

urbanas dentro das bacias hidrográficas.

A lei da Política Nacional de Saneamento Básico de 2007, e a que institui a

Política Nacional de Resíduos Sólidos, de 2010, determinam para todo o País,

programas e metas a serem cumpridas por todos os municípios brasileiros,

dentro de cenários futuros para um horizonte de 20 (vinte) anos. Novas regras

são detalhadas e indicadores e metas são definidos em busca da

universalização do saneamento básico para toda a população brasileira.

Os tempos são outros, as regras são novas e a gestão do saneamento básico

praticado até o momento carece de uma ampla reflexão em busca de novo

modelo institucional, preparando o caminho por onde os municípios deverão

trilhar nos próximos 20 (vinte) anos. A consolidação de uma nova gestão

integrada deverá ocorrer nos próximos anos mediante um forte apoio técnico e

uma sólida base financeira, supervisionados por equipes bem preparadas para

os novos cenários que se estabelecem.

O Produto ora apresentado descreve os prognósticos dos sistemas de

abastecimento de água, esgotamento sanitário e drenagem e manejo de águas

pluviais urbanas, ajustados aos cenários propostos, suas metas, programas e

ações. As propostas para o sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos

sólidos, são apresentadas em separado, no PRODUTO 8, de acordo com o

Termo de Referência do INEA.

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17

Ao final, descreve-se a análise do atual modelo institucional, as suas

características jurídicas e a Proposta inicial de Criação de um Consórcio

Público para a Gestão do Saneamento Básico na Região dos Lagos/RJ.

Espera-se com a realização dos 2.º Seminários obter valiosas contribuições

para a consolidação dos prognósticos do PMSB, momento importante da

construção dos Planos, consolidando-se os elementos da próxima etapa dos

trabalhos, a versão preliminar do Plano.

2. POPULAÇÕES ADOTADAS

Na elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico, e Plano Municipal

de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, o Produto 6 (Estudo Populacional e

Arranjos Institucionais) apresentou as projeções de crescimento da população

para os próximos 20 anos, tendo em vista os últimos Censos do IBGE, e

informações sobre a população flutuante dos municípios da região.

Análises matemáticas

De acordo com o Censo IBGE, 2010, São Pedro da Aldeia possuía naquele

ano as seguintes características:

População total = 87.875 habitantes.

Área da Unidade Territorial = 332,792 km2.

Densidade Demográfica = 264,05 hab./km2.

População Urbana = 82.148 habitantes.

População Rural = 5.727 habitantes.

Vários métodos para o crescimento populacional urbano e rural foram

estudados.

Aritmético;

Geométrico;

Planilha Excel da Microsoft:

o Ajustamento Linear;

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18

o Curva de Potência;

o Equação Exponencial;

o Equação Logarítmica, e,

o Equação Polinomial.

O método da Equação Polinomial foi o que apresentou taxas de crescimento

mais próximas das observadas na série histórica analisada, todavia, sugerimos

a adoção do Método Aritmético pelos seguintes motivos:

a tendência de crescimento atual é bem menor comparada ao início da

série histórica;

não existem no município significativas áreas correspondentes a vazios

urbanos que possibilitem grandes expansões;

existem inúmeras áreas de preservação que restringem o crescimento

urbano e após a elaboração do Plano Diretor as exigências para

construções são bem maiores.

Tabela 1 - População Residente Adotada

ANO Taxa de

crescimento (%)

População Residente

(habitantes) ANO

Taxa de crescimento

(%)

População Residente

(habitantes)

-1 2.012 2,71% 86.730 10 2.023 2,09% 111.933

0 2.013 2,64% 89.021 11 2.024 2,05% 114.224

1 2.014 2,57% 91.312 12 2.025 2,01% 116.515

2 2.015 2,51% 93.603 13 2.026 1,97% 118.806

3 2.016 2,45% 95.895 14 2.027 1,93% 121.097

4 2.017 2,39% 98.186 15 2.028 1,89% 123.389

5 2.018 2,33% 100.477 16 2.029 1,86% 125.680

6 2.019 2,28% 102.768 17 2.030 1,82% 127.971

7 2.020 2,23% 105.059 18 2.031 1,79% 130.262

8 2.021 2,18% 107.350 19 2.032 1,76% 132.553

9 2.022 2,13% 109.642 20 2.033 1,73% 134.844

Fonte: SERENCO, 2013

A maior relação de Sazonalidade ocorreu em Março de 2012, referente ao

período de Janeiro de 2011 a Março de 2012, com um índice de 1,70,

significando que o consumo atingiu 70% superior ao consumo normal da

população residente.

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A projeção da população flutuante foi efetuada considerando-se o crescimento

do percentual de domicílios de uso ocasional sobre o total de domicílios,

obteve-se para as populações flutuantes os números apresentados na Tabela a

seguir:

Tabela 2 - Total Pop. Flutuante.

Fonte: SERENCO, 2013

A Tabela a seguir resulta na população total de temporada, ou seja, a soma

das populações: fixa (residente) e flutuante total.

POP. FLUT. EM DOM.

DE USO OCASIONAL

POP. FLUT. EM

HOTEIS e POUSADAS

POP. FLUT. EM DOM.

PERMANENTESPOP. FLUT. TOTAL

-1 2.012 33.917 684 34.971 69.572

0 2.013 34.560 696 35.895 71.151

1 2.014 35.203 708 36.818 72.729

2 2.015 35.847 720 37.742 74.309

3 2.016 36.490 732 38.666 75.888

4 2.017 37.133 744 39.590 77.467

5 2.018 37.776 756 40.678 79.210

6 2.019 38.416 768 41.605 80.789

7 2.020 39.059 780 42.533 82.372

8 2.021 39.702 792 43.461 83.955

9 2.022 40.345 804 44.388 85.537

10 2.023 40.988 816 45.500 87.304

11 2.024 41.631 828 46.431 88.890

12 2.025 42.275 840 47.363 90.478

13 2.026 42.914 852 48.294 92.060

14 2.027 43.557 864 49.226 93.647

15 2.028 44.201 876 50.361 95.438

16 2.029 44.844 888 51.297 97.029

17 2.030 45.487 900 52.232 98.619

18 2.031 46.130 912 53.167 100.209

19 2.032 46.780 924 54.102 101.806

20 2.033 47.620 940 55.263 103.823

ANO

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Tabela 3 - População de Temporada

Fonte: SERENCO, 2013

POPULAÇÃO

RESIDENTE

POPULAÇÃO

FLUTUANTETOTAL

-1 2.012 86.730 69.572 156.302

0 2.013 89.021 71.151 160.172

1 2.014 91.312 72.729 164.041

2 2.015 93.603 74.309 167.912

3 2.016 95.895 75.888 171.782

4 2.017 98.186 77.467 175.653

5 2.018 100.477 79.210 179.687

6 2.019 102.768 80.789 183.557

7 2.020 105.059 82.372 187.431

8 2.021 107.350 83.955 191.305

9 2.022 109.642 85.537 195.179

10 2.023 111.933 87.304 199.237

11 2.024 114.224 88.890 203.114

12 2.025 116.515 90.478 206.993

13 2.026 118.806 92.060 210.867

14 2.027 121.097 93.647 214.745

15 2.028 123.389 95.438 218.826

16 2.029 125.680 97.029 222.709

17 2.030 127.971 98.619 226.590

18 2.031 130.262 100.209 230.471

19 2.032 132.553 101.806 234.359

20 2.033 134.844 103.823 238.667

ANO

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3. ABASTECIMENTO DE ÁGUA e ESGOTAMENTO SANITÁRIO

3.1 INTRODUÇÃO

Como forma de nortear as propostas para os sistemas de abastecimento de

água e esgotamento sanitário, será utilizada como base a Lei 11.445 de 5 de

janeiro de 2.007.

Através dos princípios fundamentais contidos na legislação, percebe-se a

necessidade legal dos sistemas atingirem a totalidade da população, sabendo-

se que, para isso, deve-se prever um espaço de tempo (metas graduais) e que

nem todos receberão os serviços da mesma forma, mas todos devem ser

atendidos de forma adequada.

Quanto ao sistema de abastecimento de água, o PLANSAB (Plano Nacional de

Saneamento Básico) trata como atendimento adequado o fornecimento de

água potável por rede de distribuição, com ou sem canalização interna, ou por

poço, nascente ou cisterna, com canalização interna, em qualquer caso sem

intermitência prolongada ou racionamentos, mostrando as diferentes formas de

atendimento à população. Para o sistema de esgoto a atendimento adequado

se dá por coleta seguida de tratamento ou o uso de fossa séptica, também de

acordo com o PLANSAB.

Um exemplo para estes sistemas de que nem toda a população receberá o

serviço da mesma forma é que, em alguns pontos, ocorrerão sistemas coletivos

(onde há maior adensamento populacional) enquanto que em outros as

soluções deverão ser individuais.

Quanto à forma de coleta dos sistemas coletivos de esgotamento sanitário, a

tendência e a vontade de todos os envolvidos (Poder Concedente, população e

Concessionárias), é que seja através de redes separadoras absolutas.

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Mas para que isso se torne realidade, deve-se prever, ou ao menos elencar

alternativas de recursos para a sua execução.

Segundo a Lei 11.445 (2007, artigo 29) “Os serviços públicos de saneamento

básico terão a sustentabilidade econômico-financeira assegurada, sempre que

possível, mediante remuneração pela cobrança dos serviços;”

Pelo texto da Lei, este sistema tem sua sustentabilidade econômico-financeira

assegurada, preferencialmente pela forma de cobrança dos serviços, isto é,

basicamente o sistema deve ser equilibrado entre o que se arrecada e o que se

gasta com sua operação e os investimentos necessários à ampliação

progressiva para se chegar à universalização, assim como o sistema de

abastecimento de água.

No caso em questão do Município de São Pedro da Aldeia, este está inserido

em uma prestação de serviços regionalizada, junto com outros quatro

Municípios quanto aos sistemas de abastecimento de água (Iguaba Grande,

Armação dos Búzios, Cabo Frio e Arraial do Cabo) e outros três quanto ao

esgotamento sanitário (Iguaba Grande, Cabo Frio e Armação dos Búzios).

Portanto, além do que assegura a própria Lei 11.445 quanto ao equilíbrio

econômico financeiro dos sistemas de água e esgoto, existe já um contrato de

concessão vigente em que existem regras e condições para a prestação dos

serviços deste sistema e também condições de equilíbrio econômico financeiro,

tais como, valores de tarifas e de investimentos ao longo do período de

concessão.

O equilíbrio econômico-financeiro do contrato vigente está assegurado

considerando as obras constantes no 3º Termo Aditivo, que são todas as

necessárias para o atendimento das metas contratuais, segundo os próprios

Termos Aditivos e a Segunda Revisão Quinquenal.

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3.2 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

O estudo sobre este sistema será iniciado através das demandas,

especificamente para São Pedro da Aldeia, mas também para a área da

concessão como um todo.

Os Municípios de Arraial do Cabo, Armação dos Búzios, Cabo Frio, São Pedro

da Aldeia e Iguaba Grande são abastecidos pela Represa de Juturnaíba. Além

disso, a Represa de Juturnaíba também é o manancial de abastecimento de

outros 3 Municípios da região (Araruama, Saquarema e Silva Jardim), que são

abastecidos por outra concessionária, mas que se utilizam do mesmo

manancial. Portanto, as demandas destes outros 3 Municípios também

interessam a todos os outros quanto à disponibilidade hídrica deste manancial,

já que não se vislumbram outras fontes de abastecimento na região.

Conforme estudo apresentado no produto 3, sobrepondo-se os setores

censitários com a divisão territorial do Município em macrozonas, existiam no

ano de 2010 mais de 5.700 habitantes na área rural e, portanto, em áreas que

não estão sob responsabilidade da Concessionária. Esta população está

inserida em uma grande área territorial e deverá ser atendida com soluções

individuais para o saneamento, conforme definição de solução adequada do

PLANSAB.

3.2.1 Objetivos Gerais

I. Ampliação da produção e transporte de água tratada;

II. Promover a expansão da rede de abastecimento de água em

consonância com o programa de universalização dos serviços;

III. Ampliação da reservação de água tratada;

IV. Qualidade de atendimento ao usuário, com respeito a prazos

estabelecidos;

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V. Qualidade dos produtos (atendimento ao padrão de potabilidade da

água distribuída definido pela Portaria 2.914 do Ministério da Saúde);

VI. Continuidade e regularidade;

VII. Hidrometração, com manutenção de, no mínimo, 98% do total de

ligações dotadas com hidrômetro em condições de leitura;

VIII. Controle de perdas de forma a atender a meta estabelecida na

Segunda Revisão Quinquenal, conforme descrito no Produto 4;

IX. Metas de cobertura dos serviços, atendendo ao disposto no Terceiro

Termo Aditivo ao Contrato de Concessão;

3.2.2 Metas de atendimento

3.2.2.1 Terceiro Termo Aditivo ao Contrato de concessão da Prolagos

Quanto à porcentagem de atendimento da população com o sistema de

abastecimento de água, as metas vigentes da concessão são as constantes no

3.º Termo Aditivo, conforme Tabela 4.

Tabela 4 - Metas de Níveis de Atendimento (3.º Aditivo Contratual)

ANO Água

3 (2.001) 80%

8 (2.006) 83%

13 (2.011) 90%

20 (2.018) 94%

25 (2.023) 98%

43 (2.041) 98%

Fonte: 3.º Termo Aditivo - Prolagos, 2011

As metas existentes dizem respeito à área de concessão como um todo

(conforme demarcação no mapa a seguir). Comparando-se a quantidade de

economias residenciais existentes no ano de 2.012 informada pela Prolagos e

o número de domicílios totais estimados também para o ano de 2.012 (projeção

feita pela Serenco no produto 6), pode-se calcular o nível de atendimento atual

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com o sistema de abastecimento de água do Município de São Pedro da Aldeia

e também da área de concessão.

Tabela 5 - Níveis de Atendimento (2012)

Município Economias residenciais

(2012)

Projeção de domicílios

totais (2012)

% atendimento

Cabo Frio (Sede) 59.665 80.872 73,78%

Cabo Frio (Tamoios) 3.747 27.856 13,45%

Armação dos Búzios 14.060 18.793 74,82%

Arraial do Cabo 8.949 20.285 44,12%

Iguaba Grande 11.704 18.236 64,18%

São Pedro da Aldeia 30.988 44.802 69,17%

Total da Concessão 129.113 210.844 61,24%

Fonte: Serenco, 2013

Desta forma conclui-se que o nível de atendimento atual está abaixo do

estipulado contratualmente, nível este que deverá ser atendido com as ações

propostas no presente PMSB.

Pelas obrigações legais vigentes, o atendimento de 98% da população urbana

dos Municípios participantes da concessão aconteceria somente no ano 2.023.

Deve-se ressaltar que a obrigação é que o atendimento seja feito a 98% da

população urbana total dos 5 Municípios participantes da concessão, não

havendo a necessidade do índice de atendimento seja o mesmo para todos os

Municípios.

Para o presente estudo de demandas foi proposta uma antecipação destas

metas, fazendo com que o índice de atendimento de 98% da população urbana

seja atingido já no ano 2.015.

Esta antecipação trará ganhos óbvios para a população, que será atendida

anteriormente ao previsto, mas os ganhos vão muito além do atendimento. Isto

porque, já que a tarifa de água atual contempla também uma parcela para

remunerar o sistema de esgoto, quando se amplia o atendimento com

abastecimento de água, esta parcela referente ao sistema de esgoto se

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mantém, melhorando o resultado do atual fluxo de caixa de concessão e

fazendo com que exista a possibilidade de maiores investimentos.

Este ganho terá que ser estudado e calculado nas próximas revisões

quinquenais, realizadas pela Agenersa, assim como o destino destes recursos.

Deve-se levar em conta também que a Concessionária terá que antecipar

investimentos não previstos em seu atual plano de negócios.

3.2.2.2 PLANSAB

De acordo com a proposta do PLANSAB (Plano Nacional de Saneamento

Básico), o atendimento adequado quanto ao sistema de abastecimento de

água é através de rede de distribuição (com ou sem canalização interna) ou por

poço, nascente ou cisterna (com canalização interna). A opção por poço será

proposta para as regiões menos adensadas (geralmente áreas rurais). No

documento referido foram definidas metas de atendimento para as diversas

regiões do País, conforme a seguir.

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Tabela 6 – Metas para o saneamento básico nas macrorregiões e no País (em %)

Para o Sudeste consta um valor de 98% de atendimento, para o ano de 2.015,

dos domicílios urbanos e rurais abastecidos por rede de distribuição e por poço

ou nascente. Este valor sobe para 99% em 2.020 e 100% em 2.030.

O documento também previu metas para os Estados individualmente.

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Tabela 7 – Metas para principais serviços de saneamento básico nas unidades da

federação (em %)

Olhando novamente para o indicador A1, os números para o Estado do Rio de

Janeiro são: 97% de atendimento para o ano de 2.015, 100% em 2.020 e 100%

em 2.030.

O atendimento atual por poço é de difícil mensuração, até porque não se

consegue, atualmente, obter números confiáveis de sua existência. Por este

motivo, para as regiões em áreas não concedidas, que são menos adensadas

e deverão ser atendidas com soluções individuais, fica prejudicado o estudo e

confecção de cronograma físico-financeiro das ações para a universalização.

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A premissa utilizada para o cálculo do índice de atendimento da população da

área de concessão será apenas aquela atendida com rede de distribuição.

Quanto à gestão dos serviços, também existem algumas metas a serem

seguidas, conforme Tabela 8.

Tabela 8 – Metas para gestão dos serviços de saneamento nas macrorregiões e no País

(em %)

3.2.3 Demandas

A base para o estudo de demandas é a projeção populacional, que foi tema do

produto 6 deste Plano. A partir da população estimada foram utilizadas

algumas premissas para o cálculo das demandas do sistema de abastecimento

de água:

Simultaneidade de 70% da população flutuante;

Consumo per capita e perdas = conforme estudo da FGV para a 2ª

revisão quinquenal da Prolagos;

Coeficiente K1 = 1,2 (valor adotado usualmente para o Brasil) - relativo

aos dias de maior consumo, em geral em função das condições

climáticas (dias quentes do ano);

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Coeficiente K2 = 1,5 (valor adotado usualmente para o Brasil) - relativo

às horas de maior consumo dentro do dia, dado pela coincidência de

uso intenso da água (banho e cozinha).

Reservação de água tratada necessária = 1/3 do consumo diário (dia de

maior consumo);

A população projetada, conforme as premissas listadas anteriormente, com

horizonte de planejamento de 20 anos, resultaram nas tabelas a seguir.

Tabela 9 – Projeção de população para cálculo de demandas de São Pedro da Aldeia

POPULAÇÃO

ANO RESIDENTE FLUTUANTE TOTAL %

OCUPAÇÃO FLUTUANTE

MÁXIMA TOTAL

-1 2.012 86.730 69.572 156.302 70 48.700 135.430

0 2.013 89.021 71.151 160.172 70 49.806 138.827

1 2.014 91.312 72.729 164.041 70 50.911 142.223

2 2.015 93.603 74.309 167.912 70 52.016 145.619

3 2.016 95.895 75.888 171.782 70 53.121 149.016

4 2.017 98.186 77.467 175.653 70 54.227 152.412

5 2.018 100.477 79.210 179.687 70 55.447 155.924

6 2.019 102.768 80.789 183.557 70 56.552 159.320

7 2.020 105.059 82.372 187.431 70 57.660 162.720

8 2.021 107.350 83.955 191.305 70 58.768 166.119

9 2.022 109.642 85.537 195.179 70 59.876 169.518

10 2.023 111.933 87.304 199.237 70 61.113 173.046

11 2.024 114.224 88.890 203.114 70 62.223 176.447

12 2.025 116.515 90.478 206.993 70 63.334 179.850

13 2.026 118.806 92.060 210.867 70 64.442 183.248

14 2.027 121.097 93.647 214.745 70 65.553 186.651

15 2.028 123.389 95.438 218.826 70 66.806 190.195

16 2.029 125.680 97.029 222.709 70 67.920 193.600

17 2.030 127.971 98.619 226.590 70 69.033 197.004

18 2.031 130.262 100.209 230.471 70 70.146 200.408

19 2.032 132.553 101.806 234.359 70 71.264 203.817

20 2.033 134.844 103.823 238.667 70 72.676 207.520

Fonte: SERENCO, 2013

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31

Tabela 10 – Projeção de população para cálculo de demandas dos Municípios da área de

Concessão da Prolagos

POPULAÇÃO

ANO RESIDENTE FLUTUANTE TOTAL %

OCUPAÇÃO FLUTUANTE

MÁXIMA TOTAL

-1 2.012 365.362 404.808 770.170 70 283.365 648.727

0 2.013 373.580 414.300 787.880 70 290.010 663.590

1 2.014 381.798 423.827 805.625 70 296.679 678.477

2 2.015 390.018 433.396 823.413 70 303.377 693.395

3 2.016 398.233 442.979 841.212 70 310.085 708.319

4 2.017 406.452 452.600 859.053 70 316.820 723.273

5 2.018 414.669 463.427 878.096 70 324.399 739.068

6 2.019 422.889 473.107 895.996 70 331.175 754.064

7 2.020 431.107 482.801 913.908 70 337.961 769.068

8 2.021 439.322 492.502 931.824 70 344.751 784.073

9 2.022 447.541 502.209 949.750 70 351.546 799.087

10 2.023 455.759 513.174 968.933 70 359.222 814.981

11 2.024 463.976 522.894 986.870 70 366.026 830.002

12 2.025 472.196 532.608 1.004.805 70 372.826 845.022

13 2.026 480.412 542.304 1.022.715 70 379.613 860.024

14 2.027 488.631 551.986 1.040.617 70 386.390 875.021

15 2.028 496.848 563.102 1.059.950 70 394.171 891.019

16 2.029 505.067 572.749 1.077.816 70 400.924 905.992

17 2.030 513.285 582.370 1.095.655 70 407.659 920.944

18 2.031 521.501 591.881 1.113.382 70 414.317 935.817

19 2.032 529.719 601.348 1.131.067 70 420.943 950.663

20 2.033 537.937 612.625 1.150.561 70 428.837 966.774

Fonte: SERENCO, 2013

Antes ainda do cálculo das demandas, utilizou-se o conceito de população

equivalente, isto porque toda a projeção populacional serve de base para o

cálculo do consumo doméstico ou residencial. Para conhecer a parcela de

consumo não residencial consideramos a representatividade do numero de

economias residenciais no total de economias do sistema (aproximadamente

96% para São Pedro da Aldeia, conforme dados do produto 4). A partir dessa

constatação, projetou-se a população equivalente a partir das economias totais

resultando na população de projeto.

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32

Tabela 11 – Projeção de população de projeto de São Pedro da Aldeia

POPULAÇÃO

ANO RESIDENTE FLUTUANTE TOTAL %

OCUPAÇÃO FLUTUANTE

MÁXIMA TOTAL EQUIVALENTE

-1 2.012 86.730 69.572 156.302 70 48.700 135.430 141.068

0 2.013 89.021 71.151 160.172 70 49.806 138.827 144.607

1 2.014 91.312 72.729 164.041 70 50.911 142.223 148.144

2 2.015 93.603 74.309 167.912 70 52.016 145.619 151.681

3 2.016 95.895 75.888 171.782 70 53.121 149.016 155.220

4 2.017 98.186 77.467 175.653 70 54.227 152.412 158.757

5 2.018 100.477 79.210 179.687 70 55.447 155.924 162.415

6 2.019 102.768 80.789 183.557 70 56.552 159.320 165.953

7 2.020 105.059 82.372 187.431 70 57.660 162.720 169.494

8 2.021 107.350 83.955 191.305 70 58.768 166.119 173.035

9 2.022 109.642 85.537 195.179 70 59.876 169.518 176.575

10 2.023 111.933 87.304 199.237 70 61.113 173.046 180.250

11 2.024 114.224 88.890 203.114 70 62.223 176.447 183.793

12 2.025 116.515 90.478 206.993 70 63.334 179.850 187.338

13 2.026 118.806 92.060 210.867 70 64.442 183.248 190.877

14 2.027 121.097 93.647 214.745 70 65.553 186.651 194.422

15 2.028 123.389 95.438 218.826 70 66.806 190.195 198.113

16 2.029 125.680 97.029 222.709 70 67.920 193.600 201.660

17 2.030 127.971 98.619 226.590 70 69.033 197.004 205.206

18 2.031 130.262 100.209 230.471 70 70.146 200.408 208.751

19 2.032 132.553 101.806 234.359 70 71.264 203.817 212.302

20 2.033 134.844 103.823 238.667 70 72.676 207.520 216.160

Fonte: SERENCO, 2013

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33

Tabela 12 – Projeção de população de projeto dos Municípios da área de Concessão da

Prolagos

POPULAÇÃO

ANO RESIDENTE FLUTUANTE TOTAL %

OCUPAÇÃO FLUTUANTE

MÁXIMA TOTAL EQUIVALENTE

-1 2.012 365.362 404.808 770.170 70 283.365 648.727 683.255

0 2.013 373.580 414.300 787.880 70 290.010 663.590 698.947

1 2.014 381.798 423.827 805.625 70 296.679 678.477 714.663

2 2.015 390.018 433.396 823.413 70 303.377 693.395 730.410

3 2.016 398.233 442.979 841.212 70 310.085 708.319 746.167

4 2.017 406.452 452.600 859.053 70 316.820 723.273 761.953

5 2.018 414.669 463.427 878.096 70 324.399 739.068 778.621

6 2.019 422.889 473.107 895.996 70 331.175 754.064 794.452

7 2.020 431.107 482.801 913.908 70 337.961 769.068 810.292

8 2.021 439.322 492.502 931.824 70 344.751 784.073 826.132

9 2.022 447.541 502.209 949.750 70 351.546 799.087 841.983

10 2.023 455.759 513.174 968.933 70 359.222 814.981 858.755

11 2.024 463.976 522.894 986.870 70 366.026 830.002 874.614

12 2.025 472.196 532.608 1.004.805 70 372.826 845.022 890.472

13 2.026 480.412 542.304 1.022.715 70 379.613 860.024 906.312

14 2.027 488.631 551.986 1.040.617 70 386.390 875.021 922.147

15 2.028 496.848 563.102 1.059.950 70 394.171 891.019 939.031

16 2.029 505.067 572.749 1.077.816 70 400.924 905.992 954.843

17 2.030 513.285 582.370 1.095.655 70 407.659 920.944 970.634

18 2.031 521.501 591.881 1.113.382 70 414.317 935.817 986.340

19 2.032 529.719 601.348 1.131.067 70 420.943 950.663 1.002.018

20 2.033 537.937 612.625 1.150.561 70 428.837 966.774 1.019.021

Fonte: SERENCO, 2013

A seguir apresentam-se os valores considerados, para o cálculo de demandas,

do consumo per capita e do índice de perdas, extraídas da segunda revisão

quinquenal do Contrato de Concessão.

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34

Tabela 13 – Consumo per capita e índice de perdas

PER CAPITA PERDAS PER CAPITA

ANO ÁGUA

(l / hab.dia) %

COM PERDAS (l / hab.dia)

-1 2.012 117 38 188

0 2.013 120 36 187

1 2.014 122 35 187

2 2.015 123 34 186

3 2.016 125 33 186

4 2.017 126 32 185

5 2.018 127 31 184

6 2.019 128 30 183

7 2.020 129 29 182

8 2.021 131 28 182

9 2.022 132 27 181

10 2.023 133 26 180

11 2.024 134 25 178

12 2.025 134 25 178

13 2.026 134 25 178

14 2.027 134 25 178

15 2.028 134 25 178

16 2.029 134 25 178

17 2.030 134 25 178

18 2.031 134 25 178

19 2.032 134 25 178

20 2.033 134 25 178

Fonte: 2.ª Revisão Quinquenal - Prolagos, 2010

Fazendo referência ao produto 4, o índice de perdas informado pela

Concessionária está em torno de 33%, índice abaixo do determinado como

meta.

Quanto ao consumo per capita, foi feito um estudo específico para cada

Município e também para a área de concessão como um todo com o seguinte

método: a partir das informações disponibilizadas pela Concessionária dos

consumos medidos mensais e do número de economias ativas, foi possível

produzir as tabelas a seguir. As economias residenciais foram estimadas, já

que esta informação não existia nos arquivos recebidos, através da correlação

entre o número de economias residenciais em relação ao total de economias,

por Município, em alguns meses conhecidos.

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35

Tabela 14 – Consumo per capita de São Pedro da Aldeia

Mês Consumo medido

(m3)

Economias ativas

Economias residenciais

Cons. Medido / economia

(m3/eco.mes)

Habitantes / domicílio

Per capta (l.Hab/dia)

Ano 2010 (média) 262.123 27.858 26.699 9,82 3,45 93,75

Ano 2011 (média) 272.390 29.434 28.210 9,67 3,45 92,25

Ano 2012 (média) 305.414 32.166 30.828 9,93 3,45 94,69

Tabela 15 – Consumo per capita - resumo

Município

Per capta (l.Hab/dia)

Ano 2.010 (média)

Ano 2.011 (média)

Ano 2.012 (média)

Arraial do Cabo 101,03 99,86 116,12

Armação dos Búzios 139,49 144,87 151,48

Cabo Frio (Sede) 98,76 95,34 96,95

Cabo Frio (Tamoios) 46,97 48,83 57,89

Iguaba Grande 73,90 73,31 79,55

São Pedro da Aldeia 93,75 92,25 94,69

Geral da Concessão 97,77 96,54 100,62

Segunda Revisão Quinquenal 114,00 115,00 117,00

Os pontos críticos do sistema de abastecimento de água, pela atual situação

levantada no diagnóstico, e por este sistema ser interligado a todos os

Municípios pertencentes à concessão, são a produção e o transporte de água

tratada, sendo gerais a todos os Municípios.

Por este motivo, o consumo per capita geral da concessão é o número correto

a ser utilizado para os cálculos de demandas. Na Tabela 15 nota-se que os

valores calculados mostram-se invariavelmente menores do que os utilizados

no documento da Segunda Revisão Quinquenal, com exceção de Armação dos

Búzios.

Este fato pode ser explicado pela demanda reprimida, já que o abastecimento é

feito por manobras.

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36

Por estes motivos, será utilizado o valor contido na Segunda Revisão

Quinquenal, por este ser um número de maior consumo per capita e apresentar

maior margem de segurança. Para os projetos de distribuição de cada

Município, deverão ser utilizados os valores de consumo per capita municipais,

o que não será objeto do presente PMSB.

A partir de todas estas considerações, seguem os valores calculados de

demandas para São Pedro da Aldeia e para toda a área de concessão da

Prolagos.

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37

Tabela 16 – Demandas do sistema de água para São Pedro da Aldeia

POPULAÇÃO PER CAPITA DEMANDA L/S

ANO EQUIVALENTE %

ATENDIMENTO ATENDIDA

COM PERDAS (l / hab.dia)

MÉDIA DIA >

CONSUMO HORA >

CONSUMO

-1 2.012 141.068 90 126.961 188 277 333 499

0 2.013 144.607 90 130.146 187 282 339 508

1 2.014 148.144 90 133.329 187 290 348 521

2 2.015 151.681 98 148.648 186 321 385 577

3 2.016 155.220 98 152.116 186 328 394 591

4 2.017 158.757 98 155.582 185 334 400 601

5 2.018 162.415 98 159.166 184 339 407 610

6 2.019 165.953 98 162.634 183 344 413 620

7 2.020 169.494 98 166.104 182 349 419 629

8 2.021 173.035 98 169.574 182 357 429 643

9 2.022 176.575 98 173.043 181 362 435 652

10 2.023 180.250 98 176.645 180 367 441 661

11 2.024 183.793 98 180.117 178 372 447 670

12 2.025 187.338 98 183.591 178 380 456 683

13 2.026 190.877 98 187.060 178 387 464 696

14 2.027 194.422 98 190.533 178 394 473 709

15 2.028 198.113 98 194.151 178 401 482 723

16 2.029 201.660 98 197.627 178 409 490 736

17 2.030 205.206 98 201.102 178 416 499 749

18 2.031 208.751 98 204.576 178 423 508 761

19 2.032 212.302 98 208.056 178 430 516 774

20 2.033 216.160 98 211.837 178 438 526 789

Fonte: SERENCO, 2013

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38

Tabela 17 – Demandas do sistema de água para a área de concessão da Prolagos

POPULAÇÃO PER CAPITA DEMANDA ÁGUA L/S

ANO EQUIVALENTE %

ATENDIMENTO ATENDIDA

COM PERDAS (l / hab.dia)

MÉDIA DIA >

CONSUMO HORA >

CONSUMO

-1 2.012 683.255 90 614.930 188 1.343 1.612 2.418

0 2.013 698.947 90 629.052 187 1.365 1.638 2.457

1 2.014 714.663 90 643.196 187 1.397 1.677 2.515

2 2.015 730.410 98 715.802 186 1.544 1.853 2.779

3 2.016 746.167 98 731.243 186 1.579 1.895 2.842

4 2.017 761.953 98 746.713 185 1.601 1.922 2.883

5 2.018 778.621 98 763.049 184 1.626 1.951 2.926

6 2.019 794.452 98 778.563 183 1.648 1.977 2.966

7 2.020 810.292 98 794.086 182 1.670 2.004 3.006

8 2.021 826.132 98 809.610 182 1.705 2.046 3.069

9 2.022 841.983 98 825.144 181 1.727 2.072 3.108

10 2.023 858.755 98 841.580 180 1.751 2.101 3.151

11 2.024 874.614 98 857.122 178 1.772 2.127 3.190

12 2.025 890.472 98 872.663 178 1.805 2.165 3.248

13 2.026 906.312 98 888.186 178 1.837 2.204 3.306

14 2.027 922.147 98 903.704 178 1.869 2.243 3.364

15 2.028 939.031 98 920.250 178 1.903 2.284 3.425

16 2.029 954.843 98 935.746 178 1.935 2.322 3.483

17 2.030 970.634 98 951.221 178 1.967 2.360 3.541

18 2.031 986.340 98 966.614 178 1.999 2.399 3.598

19 2.032 1.002.018 98 981.977 178 2.031 2.437 3.655

20 2.033 1.019.021 98 998.640 178 2.065 2.478 3.717

Fonte: SERENCO, 2013

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39

Quanto à reservação, utilizando-se da premissa de reservar 1/3 do consumo

diário (dia de maior consumo), chega-se ao seguinte quadro de capacidade de

reservatórios necessária.

Tabela 18 – Reservação necessária em São Pedro da Aldeia

DEMANDA L/S

RESERVAÇÃO (M3)

ANO MÉDIA DIA >

CONSUMO HORA >

CONSUMO NECESSÁRIA

-1 2.012 277 333 499 9.584

0 2.013 282 339 508 9.761

1 2.014 290 348 521 10.010

2 2.015 321 385 577 11.081

3 2.016 328 394 591 11.352

4 2.017 334 400 601 11.531

5 2.018 339 407 610 11.718

6 2.019 344 413 620 11.896

7 2.020 349 419 629 12.072

8 2.021 357 429 643 12.341

9 2.022 362 435 652 12.516

10 2.023 367 441 661 12.699

11 2.024 372 447 670 12.872

12 2.025 380 456 683 13.121

13 2.026 387 464 696 13.369

14 2.027 394 473 709 13.617

15 2.028 401 482 723 13.875

16 2.029 409 490 736 14.124

17 2.030 416 499 749 14.372

18 2.031 423 508 761 14.620

19 2.032 430 516 774 14.869

20 2.033 438 526 789 15.139

Fonte: SERENCO, 2013

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40

Tabela 19 – Reservação necessária na área de concessão da Prolagos

DEMANDA ÁGUA L/S

RESERVAÇÃO (M3)

ANO MÉDIA DIA >

CONSUMO HORA >

CONSUMO NECESSÁRIA

-1 2.012 1.343 1.612 2.418 46.417

0 2.013 1.365 1.638 2.457 47.179

1 2.014 1.397 1.677 2.515 48.289

2 2.015 1.544 1.853 2.779 53.360

3 2.016 1.579 1.895 2.842 54.570

4 2.017 1.601 1.922 2.883 55.345

5 2.018 1.626 1.951 2.926 56.178

6 2.019 1.648 1.977 2.966 56.946

7 2.020 1.670 2.004 3.006 57.711

8 2.021 1.705 2.046 3.069 58.922

9 2.022 1.727 2.072 3.108 59.682

10 2.023 1.751 2.101 3.151 60.503

11 2.024 1.772 2.127 3.190 61.256

12 2.025 1.805 2.165 3.248 62.366

13 2.026 1.837 2.204 3.306 63.476

14 2.027 1.869 2.243 3.364 64.585

15 2.028 1.903 2.284 3.425 65.767

16 2.029 1.935 2.322 3.483 66.875

17 2.030 1.967 2.360 3.541 67.981

18 2.031 1.999 2.399 3.598 69.081

19 2.032 2.031 2.437 3.655 70.179

20 2.033 2.065 2.478 3.717 71.370

Fonte: SERENCO, 2013

3.2.4 Disponibilidade hídrica

Para que possamos comparar a necessidade da população que se abastece da

Represa de Juturnaíba e a sua capacidade em fornecer água, devemos ainda

somar às demandas anteriormente calculadas para toda a área de concessão

da Prolagos, também os Municípios que fazem parte da concessão da

Concessionária Águas de Juturnaíba, a saber: Araruama, Saquarema e Silva

Jardim.

Como o Plano Municipal de Saneamento Básico também está sendo feito para

estes 3 Municípios, foram feitas as projeções populacionais conforme o mesmo

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41

padrão mostrado anteriormente e os resultados de demandas para esta outra

área seguem na tabela a seguir.

Tabela 20 – Demandas do sistema de água para a área de concessão da CAJ

DEMANDA L/S

ANO MÉDIA DIA >

CONSUMO HORA >

CONSUMO

-1 2.012 797 956 1.434

0 2.013 819 983 1.474

1 2.014 835 1.002 1.503

2 2.015 856 1.028 1.542

3 2.016 866 1.039 1.558

4 2.017 887 1.065 1.597

5 2.018 947 1.136 1.704

6 2.019 963 1.156 1.733

7 2.020 966 1.159 1.739

8 2.021 962 1.155 1.732

9 2.022 958 1.150 1.725

10 2.023 1.012 1.214 1.822

11 2.024 1.035 1.242 1.864

12 2.025 1.059 1.270 1.906

13 2.026 1.082 1.299 1.948

14 2.027 1.106 1.327 1.991

15 2.028 1.131 1.357 2.035

16 2.029 1.155 1.386 2.079

17 2.030 1.179 1.415 2.122

18 2.031 1.204 1.444 2.167

19 2.032 1.228 1.474 2.211

20 2.033 1.253 1.504 2.256

Fonte: SERENCO, 2013

Deve-se levar em conta alguns distritos de Silva Jardim que não estão na área

de influência da concessão da CAJ, que têm uma demanda somada de 14 l/s.

Somando-se estas demandas, chega-se a uma necessidade de retirada de

3.996 m³ no ano 2.033.

De acordo com o estudo disponibilizado pelo Consórcio Intermunicipal Lagos

São João, desenvolvido por Hora et al. (2008) e Noronha (2009), e que foi

transcrito no produto 4, existe a disponibilidade de retirada de, levando-se em

conta os outros usos dos mananciais (tais como a atividade agrícola, pecuária

e vazão mínima a jusante), 2.000 l/s adicionais considerando as atuais

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42

retiradas autorizadas de 150 l/s (CEDAE – Rio Bacaxá), 1.100 l/s (CAJ) e 1.200

l/s (Prolagos).

Portanto, para as concessionárias CAJ e Prolagos, existe a disponibilidade de

retirada de 4.300 l/s, considerando que não haverá aumento da necessidade

de uso da CEDAE para o Município de Rio Bonito.

Concluímos que, pelo estudo realizado, existe capacidade no manancial

(Represa de Juturnaíba) para atendimento da população das áreas de

concessão da Prolagos e da CAJ, mas que esta está quase no limite.

Desta forma, este manancial não poderá servir de fonte para outras regiões do

Estado, a não ser que novos estudos comprovem o contrário.

3.2.5 Cenários

Como o contrato de concessão em vigor já preconiza o atendimento de 98% da

população da área de concessão com o abastecimento de água e propõe-se a

antecipação desta meta para o ano de 2.015, os cenários desejado, previsível

e normativo são os mesmos. A seguir serão listadas as ações necessárias para

se atingir este cenário.

A área correspondente aos 2% da população que não será atendida pela

Concessão deverá ser atendida, assim como a área não concedida (zona

rural), por soluções individuais, conforme preconiza o PLANSAB como

atendimento adequado. Nos documentos da Concessão esta área não está

demarcada, mas para efeito de estimativas, esta demarcação foi feita, com

base na população do Censo 2.010, levando-se em conta a área menos

adensada do Município.

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43

3.2.5.1 Sistematização das informações

A tabela a seguir apresenta a aplicação do método CDP.

Tabela 21 - Condicionantes, Deficiências e Potencialidades Setor C D P Fator

Abaste

cim

ento

de á

gu

a

Existência de contrato de concessão em vigor

Distância entre o manancial de água bruta e os centros consumidores

Padrão de potabilidade - Portaria 2.914 do MS

Elevada sazonalidade da população

Elevado valor da tarifa cobrada

Crescimento acelerado nas últimas décadas da população residente e sazonal

Baixa dendidade populacional na área rural

Defasagem entre os investimentos previstos e os necessários

Falta de planejamento e fiscalização da Prefeitura

Distribuição feita através de manobras

Incapacidade da atual estrutura de produção de água tratada para atendimento da demanda atual e futura

Incapacidade da atual estrutura de transporte de água tratada para atendimento da demanda atual e futura

Capacidade de reservação de água tratada insuficiente

Qualidade da água bruta

Necessidade de intervenções na Represa de Juturnaíba

Falta de grupos geradores de energia elétrica nas principais unidades

Falta de fiscalização e informação sobre atual atendimento da área rural

Existência de agência reguladora definida

Investimentos feitos pela concessão no sistema

Existência do Consórcio Intermunicipal Lagos São João

Existência do Comitê de Bacia

Possibilidade de atendimento da área rural com soluções individuais

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44

Tabela 22 - Ameaças e Oportunidades do atual modelo de gestão

Item Ameaças Oportunidades

I Defasagem entre os investimentos previstos e os necessários

Possibilidade de aporte de recursos Municipais, Estaduais e Federais

II Falta de planejamento e fiscalização da Prefeitura

Lei 11.445/2007 e Decreto 7.217/2010

III Distribuição feita através de manobras PMSB prevendo aumento de produção e transporte de água tratada

IV Incapacidade da atual estrutura de produção de água tratada para atendimento da demanda atual e futura

Disponibilidade hídrica

V Incapacidade da atual estrutura de transporte de água tratada para atendimento da demanda atual e futura

PMSB prevendo aumento de produção e transporte de água tratada

VI Capacidade de reservação de água tratada insuficiente

Necessidade de reservação de 1/3 do consumo diário

VII Qualidade da água bruta Padrão de potabilidade do MS (Portaria 2.914) e existência do Comitê de Bacia

VIII Necessidade de intervenções na Represa de Juturnaíba

Existência do CILSJ e Comitê de Bacia

IX Falta de grupos geradores de energia elétrica nas principais unidades

Lei 11.445/2007 e Decreto 7.217/2010 prevendo continuidade e regularidade

X Falta de fiscalização e informação sobre atual atendimento da área rural

Lei 11.445/2007 e Decreto 7.217/2010 prevendo universalização

Tabela 23 - Modelo Numérico para Ponderação das Ameaças

Item Ameaças Relevância

(1) Incerteza

(2) Prioridade

(3)

I Defasagem entre os investimentos previstos e os necessários

5 5 25

II Falta de planejamento e fiscalização da Prefeitura 3 3 9

III Distribuição feita através de manobras 5 5 25

IV Incapacidade da atual estrutura de produção de água tratada para atendimento da demanda atual e futura

5 3 15

V Incapacidade da atual estrutura de transporte de água tratada para atendimento da demanda atual e futura

5 5 25

VI Capacidade de reservação de água tratada insuficiente 3 5 15

VII Qualidade da água bruta 5 5 25

VIII Necessidade de intervenções na Represa de Juturnaíba 5 5 25

IX Falta de grupos geradores de energia elétrica nas principais unidades

5 5 25

X Falta de fiscalização e informação sobre atual atendimento da área rural

5 3 15

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45

3.2.5.2 Ações necessárias

3.2.5.2.1. Sistema produtor

Considerando que a capacidade atual instalada da ETA Prolagos é de 1.200 l/s

e, em todo o sistema, existe apenas mais uma unidade de tratamento (ETA

Tamoios) com capacidade de 42 l/s, chega-se a conclusão que o sistema como

um todo está defasado em relação às demandas da população estimada para

2.013.

Se considerarmos que deve haver capacidade instalada para atendimento ao

dia de maior consumo, para final de plano (2.033) o sistema como um todo

deverá ser expandido em cerca de 1.250 l/s.

Esta ampliação deverá ser escalonada em dois módulos, sendo o primeiro com

capacidade de 1.000 l/s a ser implantado de forma imediata (ano 2.014) e o

segundo com capacidade de 250 l/s a ser implantado no ano 2.026.

Devido à configuração física do sistema existente, aliado ao forte

desenvolvimento do distrito de Tamoios no município de Cabo Frio, propõe-se

que o novo sistema produtor a ser implantado deve ser locado de forma a

captar água bruta no Rio São João à jusante da represa de Juturnaíba,

conforme Figura 1.

Com esta configuração e com as demandas calculadas para final de plano, o

sistema atual (produtor e adução existentes) ficaria responsável pelo

atendimento dos Municípios de Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia, Arraial do

Cabo e parte do distrito sede de Cabo Frio, enquanto que o novo sistema

produtor seria responsável pelo abastecimento do Distrito Tamoios, Armação

dos Búzios e parte do distrito sede de Cabo Frio.

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46

Esta proposta avaliou a redução da extensão e consequentemente dos custos

de implantação de novas adutoras e substituição da grande maioria dos

equipamentos de bombeamento para a adução até os centros de consumo, já

que o atual sistema está próximo de sua capacidade limite.

A locação desta nova unidade de tratamento dependerá de estudos detalhados

e que já estão em andamento, para se determinar o local mais próximo

possível dos centros consumidores, mas que não seja inviabilizado pela língua

salina que penetra o Rio São João.

Para efeito de estimativas de investimento, foi escolhido um local, em relação à

influência da língua salina, que pode ser considerado conservador.

Figura 1 – Proposta de locação do novo sistema produtor

Fonte: Google Earth, 2013

Quanto aos custos desta nova unidade, eles foram estimados em R$ 40.000,00

(base janeiro/2013) para cada l/s de capacidade instalada, ou seja, será

necessário um investimento de R$ 40.000.000,00 (quarenta milhões) no ano

2.014 e mais R$ 10.000.000,00 (dez milhões) no ano 2.026.

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47

O valor de R$ 40.000,00 por l/s para investimentos em ETAs foi uma estimativa

da Serenco levando-se em conta projetos próprios elaborados possuindo

similaridade de características, tais como: nova unidade em local sem

nenhuma infra-estrutura e unidade com capacidade superior a 500 l/s.

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MUNICÍPIO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

PROGRAMA 1 Sistema Produtor

OBJETIVO 1.1 Implantação da nova ETA São João

FUNDAMENTAÇÃO A capacidade instalada atual, levando-se em consideração as demandas calculadas, é insuficiente para atendimento da população prevista para o ano 2.013 e, consequentemente, insuficiente também para atendimento da população prevista para final de plano.

MÉTODO DE MONITORAMENTO

(INDICADOR) Atendimento da população

METAS

IMEDIATA - ATÉ 3 ANOS CURTO PRAZO - 4 A 9 ANOS MÉDIO PRAZO - 10 A 15 ANOS LONGO PRAZO - 16 A 20 ANOS

Implantação de 1.000 l/s Ampliação da capacidade em 250 l/s

PROJETOS E AÇÕES

CÓDIGO DESCRIÇÃO PRAZOS/INVESTIMENTOS (R$) POSSÍVEIS FONTES DE

RECURSOS IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

1.1.1 Implantação da ETA São João com

capacidade de tratamento de 1.000 l/s 40.000.000,00

Recursos Municipais, Estaduais e Federais

1.1.2 Ampliação da ETA São João em 250 l/s 10.000.000,00 Recursos Municipais, Estaduais e Federais

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49

3.2.5.2.2. Adução de água tratada

Apesar do Município de São Pedro da Aldeia continuar a ser abastecido pelo

atual sistema, mesmo com a instalação do novo sistema produtor, por se tratar

de uma concessão única aos 5 Municípios, seguem os investimentos previstos

em adução para o novo sistema produtor.

Para que a água tratada nesta nova ETA chegue aos centros consumidores,

deverão ser executadas novas linhas adutoras para este transporte.

Para efeito de estimativas de investimentos, foi considerado um percurso

utilizando-se de caminhos visíveis por imagens de satélite. Não serão

consideradas nos custos estimados possíveis necessidades de

desapropriações.

O percurso considerado tem início na ETA, que chamaremos previamente de

ETA São João, faz o abastecimento primeiramente do Distrito de Tamoios,

após segue até a estação de manobras do vinhateiro, tendo uma derivação em

seu percurso para o atendimento de Armação dos Búzios (interligando com o

EEAT Praia Rasa).

A extensão total de adutoras considerada é de 54 km, dividida nos seguintes

trechos:

1º trecho: diâmetro de 900 mm e extensão de 19 km.

Corresponde ao trecho entre a ETA e o abastecimento do Distrito

Tamoios. Valor de investimento estimado = R$ 25.650.000,00 (a

um custo de R$ 1.350/m – base janeiro/2013);

2º trecho: diâmetro de 800 mm e extensão de 12 km.

Corresponde ao trecho entre o abastecimento do Distrito de

Tamoios e a derivação para a alimentação da EEAT Praia Rasa.

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50

Valor de investimento estimado = R$ 14.400.000,00 (a um custo

de R$ 1.200/m – base janeiro/2013);

3º trecho: diâmetro de 400 mm e extensão de 3 km. Corresponde

ao trecho entre a derivação anteriormente citada e a EEAT Praia

Rasa. Valor de investimento estimado = R$ 1.350.000,00 (a um

custo de R$ 450/m – base janeiro/2013);

4º trecho: diâmetro de 700 mm e extensão de 20 km.

Corresponde ao trecho entre a derivação anteriormente citada e a

estação de manobras do vinhateiro. Valor de investimento

estimado = R$ 21.000.000,00 (a um custo de R$ 1.050/m – base

janeiro/2013);

Os valores utilizados para investimentos em adutoras foram estimativas da

Serenco levando-se em conta projetos próprios elaborados possuindo

similaridade de características, tais como: locais próximos ao litoral com

necessidade de escoramento e rebaixamento de lençol freático.

Acredita-se que o atual sistema de manobras para atendimento da população

deve-se ao fato da atual quantidade de água produzida e transportada, isto é, o

sistema atual é incapaz de captar, tratar e transportar quantidade de água

suficiente para suprir a demanda, não sendo um problema na rede de

distribuição de cada Município.

De qualquer forma serão previstos investimentos em anéis de distribuição

juntamente com as redes de distribuição para favorecer o transporte de água

tratada.

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51

MUNICÍPIO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

PROGRAMA 2 Adução de água tratada

OBJETIVO 2.1 Implantação de transporte de água tratada da nova ETA São João até os centros consumidores

FUNDAMENTAÇÃO Deverá ser instalada adutora de água tratada para o transporte da água desde a nova ETA até os centros consumidores

MÉTODO DE MONITORAMENTO

(INDICADOR) Vazão de produção da ETA

METAS

IMEDIATA - ATÉ 3 ANOS CURTO PRAZO - 4 A 9 ANOS MÉDIO PRAZO - 10 A 15 ANOS LONGO PRAZO - 16 A 20 ANOS

Trechos 1, 2, 3 e 4

PROJETOS E AÇÕES

CÓDIGO DESCRIÇÃO PRAZOS/INVESTIMENTOS (R$) POSSÍVEIS FONTES DE

RECURSOS IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

2.1.1 Trecho 1 (DN 900 mm, extensão de 19 km) 25.650.000,00 Recursos Municipais, Estaduais e Federais

2.1.2 Trecho 2 (DN 800 mm, extensão de 12 km) 14.400.000,00 Recursos Municipais, Estaduais e Federais

2.1.3 Trecho 3 (DN 400 mm, extensão de 3 km) 1.350.000,00 Recursos Municipais, Estaduais e Federais

2.1.4 Trecho 4 (DN 700 mm, extensão de 20 km) 21.000.000,00 Recursos Municipais, Estaduais e Federais

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52

3.2.5.2.3. Reservatórios

Como mostrado no cálculo de demandas, o Município necessitará um volume

de reservação de 15.139 m³ no ano 2.033.

No próprio Município existe apenas uma unidade de reservação atualmente,

conforme mostrado no produto 4, com capacidade de 1.250 m³. No entanto,

existem outros que fazem parte do sistema e que têm uma abrangência geral a

todos os Municípios que fazem parte da concessão, que são os seguintes:

Reservatório da ETA, Morro da Crista e Vinhateiro, totalizando uma capacidade

de 12.600 m³ de reservação.

Para efeito de cálculo do déficit quanto a este quesito de cada Município,

consideraremos que estes reservatórios “gerais” fazem parte de todos os 5

Municípios, proporcionalmente à população estimada para final de plano.

A população de São Pedro da Aldeia para o ano 2.033 representa 21% da

população total da área de concessão. Desta forma, consideraremos que 2.646

m³ fazem parte de São Pedro da Aldeia, para efeito de cálculo.

A seguir, a Tabela 24 apresenta o cronograma de implantação proposto dos

reservatórios no Município.

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53

Tabela 24 – Cronograma de implantação dos reservatórios

RESERVAÇÃO (M3)

ANO NECESSÁRIA EXISTENTE A

IMPLANTAR BALANÇO

-1 2.012 9.584 3.896 -5.688

0 2.013 9.761 3.896 -5.865

1 2.014 10.010 3.896 8.000 -6.114

2 2.015 11.081 11.896 815

3 2.016 11.352 11.896 544

4 2.017 11.531 11.896 365

5 2.018 11.718 11.896 178

6 2.019 11.896 11.896 0

7 2.020 12.072 11.896 1.600 -176

8 2.021 12.341 13.496 1.155

9 2.022 12.516 13.496 980

10 2.023 12.699 13.496 797

11 2.024 12.872 13.496 624

12 2.025 13.121 13.496 375

13 2.026 13.369 13.496 127

14 2.027 13.617 13.496 1.700 -121

15 2.028 13.875 15.196 1.321

16 2.029 14.124 15.196 1.072

17 2.030 14.372 15.196 824

18 2.031 14.620 15.196 576

19 2.032 14.869 15.196 327

20 2.033 15.139 15.196 57

Fonte: SERENCO, 2013

No presente trabalho serão feitos os cálculos das necessidades e, através do

cronograma, os anos que deverão ser feitos os investimentos, mas os números

são gerais para todo o Município. Os locais em que deverão ser executados

estes reservatórios deverão ser escolhidos através de projeto específico.

Será utilizado como premissa o valor, para execução dos reservatórios, de R$

600,00 / m³ (base janeiro/2013). Desta forma, o investimento será de R$

4.800.000,00 em 2.014, R$ 960.000,00 em 2.020 e R$ 1.020.000,00 em 2.027.

O valor utilizado para investimentos em reservatórios foram estimativas da

Serenco levando-se em conta projetos próprios elaborados possuindo

similaridade de características, tais como: reservatório apoiado em concreto

armado com necessidade de fundação profunda.

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54

MUNICÍPIO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

PROGRAMA 3 Reservação de água tratada

OBJETIVO 3.5 Ampliação da capacidade de reservação de água tratada de São Pedro da Aldeia

FUNDAMENTAÇÃO A capacidade atual de reservação de água tratada não atende à premissa de 1/3 do consumo diário

MÉTODO DE MONITORAMENTO

(INDICADOR) 1/3 do consumo diário

METAS

IMEDIATA - ATÉ 3 ANOS CURTO PRAZO - 4 A 9 ANOS MÉDIO PRAZO - 10 A 15 ANOS LONGO PRAZO - 16 A 20 ANOS

Implantação de 8.000 m³ Implantação de 1.600 m³ Implantação de 1.700 m³

PROJETOS E AÇÕES

CÓDIGO DESCRIÇÃO PRAZOS/INVESTIMENTOS (R$)

POSSÍVEIS FONTES DE RECURSOS IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

3.5.1 Implantação de 8.000 m³ de reservação 4.800.000,00 Recursos Municipais, Estaduais e Federais

3.5.2 Implantação de 1.600 m³ de reservação 960.000,00 Recursos Municipais, Estaduais e Federais

3.5.3 Implantação de 1.700 m³ de reservação 1.020.000,00 Recursos Municipais, Estaduais e Federais

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55

3.2.5.2.4. Rede de distribuição

Através do cadastro disponibilizado pela Prolagos foi elaborado um mapa, na

ocasião da elaboração do diagnóstico, com as ruas que possuem residências

mas que ainda não possuem rede de distribuição de água.

De acordo com este mapa, existem 213,8 km de ruas sem rede de distribuição

no Município. Utilizaremos como premissa o valor, para execução das redes de

distribuição (DN 50 mm), de R$ 80,00 / m. Desta forma o valor previsto é de R$

17.104.000,00. Como existe a previsão de antecipação das metas de

atendimento, este valor deverá ser investido no ano 2.015.

Será considerada ainda uma porcentagem de 20% em relação ao total da

metragem de rede a ser executada como forma de prever alguns anéis de

distribuição (foi considerado DN 150 mm para estes anéis). Portanto serão

42,76 km de anéis a um custo unitário R$ 180,00/m, totalizando um

investimento de R$ 7.696.800,00.

Os valores utilizados para investimentos em redes e anéis de distribuição foram

estimativas da Serenco levando-se em conta projetos próprios elaborados

possuindo similaridade de características, tais como: locais próximos ao litoral

com necessidade de escoramento e rebaixamento de lençol freático.

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MUNICÍPIO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

PROGRAMA 4 Redes de distribuição

OBJETIVO 4.9 Execução de redes de distribuição para aumento do atendimento da população de São Pedro da Aldeia

FUNDAMENTAÇÃO Existem ruas com imóveis instalados ou previsão de instalação, mas que ainda não possuem rede de distribuição de água.

MÉTODO DE MONITORAMENTO

(INDICADOR) (População atendida / população da área de concessão) / 100

METAS

IMEDIATA - ATÉ 3 ANOS CURTO PRAZO - 4 A 9 ANOS MÉDIO PRAZO - 10 A 15 ANOS LONGO PRAZO - 16 A 20 ANOS

Execução de 213,8 km

PROJETOS E AÇÕES

CÓDIGO DESCRIÇÃO PRAZOS/INVESTIMENTOS (R$)

POSSÍVEIS FONTES DE RECURSOS IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

4.9.1 Execução de 213,8 km de redes de distribuição 17.104.000,00 Recursos Municipais, Estaduais e Federais

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MUNICÍPIO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

PROGRAMA 4 Redes de distribuição

OBJETIVO 4.10 Execução de aneis de distribuição de forma a garantir o atendimento de São Pedro da Aldeia com o aumento de vazão esperado

FUNDAMENTAÇÃO Com o aumento da produção e transporte de água tratada, deverão ser feitas adequações na distribuição do Município

MÉTODO DE MONITORAMENTO

(INDICADOR) Atendimento da população

METAS

IMEDIATA - ATÉ 3 ANOS CURTO PRAZO - 4 A 9 ANOS MÉDIO PRAZO - 10 A 15 ANOS LONGO PRAZO - 16 A 20 ANOS

Execução de 42,76 km

PROJETOS E AÇÕES

CÓDIGO DESCRIÇÃO PRAZOS/INVESTIMENTOS (R$) POSSÍVEIS FONTES DE

RECURSOS IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

4.10.1 Execução de 42,76 km de aneis de distribuição 7.696.800,00 Recursos Municipais, Estaduais e

Federais

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3.2.6 Cronograma de execução dos investimentos previstos

Como mostramos anteriormente, o contrato de concessão da Prolagos é regido

por um fluxo de caixa e uma taxa interna de retorno (TIR). Este fluxo foi gerado

a partir de um cronograma de investimentos vigente, que é o seguinte.

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Tabela 25 – Cronograma de investimentos previstos (3º Termo Aditivo)

ITEM OBRAS 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

1 ÁGUA 12.229.260 6.268.772 19.910.938 26.503.407 3.528.568 4.789.481 3.580.652

ETA 0 0 8.014.005 10.978.095 0 0 0

1.1 Ampliação do sist. água - captação e tratamento 8.014.005 10.108.095

1.2 Sistema de tratamento de lodo 870.000

ADUTORAS 6.296.834 2.067.617 10.350.208 15.525.312 0 0 0

1.3 Ampliação sistema adutor 6.296.834 2.067.617 10.350.208 15.525.312

REDE DE DISTRIBUIÇÃO 4.402.878 3.274.156 1.546.725 0 2.389.686 2.491.851 2.421.903

1.4 ÁGUA BÚZIOS

1.4.1 Expansão distribuição de água 1.987.040 993.520

1.5 ÁGUA ARRAIAL DO CABO

1.5.1 Expansão distribuição de água 129.014 129.014 408.546 408.546 408.546 408.546

ÁGUA CABO FRIO

1.6.1 Expansão distribuição de água - 1º distrito 1.090.929 1.090.929 1.070.870 991.403 1.090.929 1.090.929

1.6.2 Expansão distribuição de água - 2º distrito 993.384 993.384 922.428 922.428 922.428

ÁGUA IGUABA GRANDE

1.7.1 Expansão distribuição de água 81.826 67.309 67.309 67.309 69.948

ÁGUA SÃO PEDRO DA ALDEIA

1.8.1 Expansão distribuição de água 120.685

1.9 RESERVATÓRIOS 1.529.548 926.999 1.138.882 2.297.630 1.158.749

Fonte: SERENCO, 2013

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60

Além do ano 2.019 não há previsão de investimentos adicionais no sistema de

abastecimento de água, a não ser uma verba que foi destinada para o

crescimento vegetativo.

De acordo com os documentos da concessão, estes são todos os

investimentos necessários para o atendimento das metas vigentes.

Pelos cálculos de demandas mostrados anteriormente nota-se que os

investimentos previstos não serão suficientes para o atendimento das metas

propostas no Terceiro Termo Aditivo.

Para efeito de comparação, a tabela a seguir mostra todos os investimentos no

sistema de abastecimento de água previstos para atendimento das demandas

calculadas em toda a área de concessão.

Tabela 26 – Cronograma de investimentos estimados para a área de concessão (PMSB)

Ano Sistema produtor Adução Reservatório Rede de distribuição

PMSB PMSB PMSB PMSB

1 2.014 40.000.000,00 62.400.000,00 19.080.000,00

2 2.015 720.000,00 600.000,00 111.055.924,00

3 2.016

4 2.017

5 2.018

6 2.019

7 2.020 1.560.000,00

8 2.021 3.660.000,00

9 2.022 540.000,00

10 2.023

11 2.024

12 2.025

13 2.026 10.000.000,00

14 2.027 1.020.000,00

15 2.028 1.200.000,00

16 2.029

17 2.030

18 2.031 180.000,00

19 2.032

20 2.033

Total 50.000.000,00 63.120.000,00 27.840.000,00 111.055.924,00

Total inv. PMSB 252.015.924,00

Fonte: SERENCO, 2013

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61

Se forem atualizados os valores contidos no cronograma de investimentos do

Terceiro Termo Aditivo para o ano de 2.013 pelo INCC (pois eles estão com

data base de dezembro de 2.008) e os comparando-se com os investimentos

previstos no PMSB, encontram-se as seguintes tabelas.

Tabela 27 – Comparativo de investimentos da área de concessão – PMSB x 3º Termo

Aditivo

Ano Sistema produtor Adução

PMSB 3º TA Déficit PMSB 3º TA Déficit

8.098.373,81 8.098.373,81

1 2.014 40.000.000,00 -40.000.000,00 62.400.000,00 2.659.167,35 -59.740.832,65

2 2.015 10.306.831,69 10.306.831,69 720.000,00 13.311.428,15 12.591.428,15

3 2.016 14.118.955,18 14.118.955,18 19.967.142,23 19.967.142,23

4 2.017 0,00 0,00

5 2.018 0,00 0,00

6 2.019 0,00 0,00

7 2.020 0,00 0,00

8 2.021 0,00 0,00

9 2.022 0,00 0,00

10 2.023 0,00 0,00

11 2.024 0,00 0,00

12 2.025 0,00 0,00

13 2.026 10.000.000,00 -10.000.000,00 0,00

14 2.027 0,00 0,00

15 2.028 0,00 0,00

16 2.029 0,00 0,00

17 2.030 0,00 0,00

18 2.031 0,00 0,00

19 2.032 0,00 0,00

20 2.033 0,00 0,00

Total 50.000.000,00 24.425.786,86 -25.574.213,14 63.120.000,00 44.036.111,54 -19.083.888,46

Total inv. PMSB 252.015.924,00

Total Inv. Prolagos 98.786.917,72

Total Déficit -153.229.006,28

Fonte: SERENCO, 2013

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62

Tabela 28 – Comparativo de investimentos da área de concessão – PMSB x 3º Termo

Aditivo

Ano Reservatório Rede de distribuição

PMSB 3º TA Déficit PMSB 3º TA Déficit

1.967.155,47 1.967.155,47 5.662.552,30 5.662.552,30

1 2.014 19.080.000,00 1.192.215,71 -17.887.784,29 4.210.900,14 4.210.900,14

2 2.015 600.000,00 -600.000,00 111.055.924,00 1.989.246,85 -109.066.677,15

3 2.016 0,00 0,00

4 2.017 1.464.718,96 1.464.718,96 3.073.381,09 3.073.381,09

5 2.018 2.954.987,64 2.954.987,64 3.204.775,74 3.204.775,74

6 2.019 1.490.269,96 1.490.269,96 3.114.815,45 3.114.815,45

7 2.020 1.560.000,00 -1.560.000,00 0,00

8 2.021 3.660.000,00 -3.660.000,00 0,00

9 2.022 540.000,00 -540.000,00 0,00

10 2.023 0,00 0,00

11 2.024 0,00 0,00

12 2.025 0,00 0,00

13 2.026 0,00 0,00

14 2.027 1.020.000,00 -1.020.000,00 0,00

15 2.028 1.200.000,00 -1.200.000,00 0,00

16 2.029 0,00 0,00

17 2.030 0,00 0,00

18 2.031 180.000,00 -180.000,00 0,00

19 2.032 0,00 0,00

20 2.033 0,00 0,00

Total 27.840.000,00 9.069.347,74 -18.770.652,26 111.055.924,00 21.255.671,58 -89.800.252,42

Fonte: SERENCO, 2013

Verificou-se que há um déficit de mais de R$ 150.000.000,00 (cento e

cinquenta milhões) entre os investimentos necessários e os previstos pelo 3º

Termo Aditivo.

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63

Tabela 29 – Cronograma de investimentos – sistema produtor

MUNICÍPIO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO DA ÁREA DE CONCESSÃO DA PROLAGOS

PROGRAMA OBJETIVO CÓD. PRAZOS

IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

Sistema produtor Implantação da ETA São João 1.1.1 40.000.000,00

Ampliação da ETA São João 1.1.2 10.000.000,00

Total de investimentos necessários 40.000.000,00 0,00 10.000.000,00 0,00

Tabela 30 – Cronograma de investimentos – adução de água tratada

MUNICÍPIO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO DA ÁREA DE CONCESSÃO DA PROLAGOS

PROGRAMA OBJETIVO CÓD. PRAZOS

IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

Adução de água tratada

Implantação de transporte de água tratada da ETA São João

2.1.1 25.650.000,00

2.1.2 14.400.000,00

2.1.3 1.350.000,00

2.1.4 21.000.000,00

Ampliação da adução para Arraial do Cabo 2.2.1 720.000,00

Total de investimentos necessários 63.120.000,00 0,00 0,00 0,00

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Tabela 31 – Cronograma de investimentos – reservação de água tratada

MUNICÍPIO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO DA ÁREA DE CONCESSÃO DA PROLAGOS

PROGRAMA OBJETIVO CÓD. PRAZOS

IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

Reservação de água tratada

Ampliação da capacidade de reservação de água tratada de Cabo Frio

3.1.1 7.800.000,00

3.1.2 2.460.000,00

3.1.3 3.600.000,00

3.1.4 600.000,00

3.1.5 600.000,00

Ampliação da capacidade de reservação de água tratada de Armação dos Búzios

3.2.1 600.000,00

3.2.2 600.000,00

3.2.3 600.000,00

Ampliação da capacidade de reservação de água tratada de Arraial do Cabo

3.3.1 780.000,00

3.3.2 600.000,00

3.3.3 180.000,00

Ampliação da capacidade de reservação de água tratada de Iguaba Grande

3.4.1 2.100.000,00

3.4.2 540.000,00

Ampliação da capacidade de reservação de água tratada de São Pedro da Aldeia

3.5.1 4.800.000,00

3.5.2 960.000,00

3.5.3 1.020.000,00

Total de investimentos necessários 19.680.000,00 5.760.000,00 2.220.000,00 180.000,00

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Tabela 32 – Cronograma de investimentos – redes de distribuição

MUNICÍPIO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO DA ÁREA DE CONCESSÃO DA PROLAGOS

PROGRAMA OBJETIVO CÓD. PRAZOS

IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

Redes de distribuição

Execução de redes de distribuição de Cabo Frio 4.1.1 1.600.000,00

4.1.2 37.479.120,00

Execução de aneis de distribuição de Cabo Frio 4.2.1 720.000,00

4.2.2 16.865.604,00

Execução de redes de distribuição de Armação dos Búzios 4.3.1 5.600.000,00

Execução de aneis de distribuição de Armação dos Búzios 4.4.1 2.520.000,00

Execução de redes de distribuição de Arraial do Cabo 4.5.1 7.280.000,00

Execução de aneis de distribuição de Arraial do Cabo 4.6.1 3.240.000,00

Execução de redes de distribuição de Iguaba Grande 4.7.1 7.552.000,00

Execução de aneis de distribuição de Iguaba Grande 4.8.1 3.398.400,00

Execução de redes de distribuição de São Pedro da Aldeia 4.9.1 17.104.000,00

Execução de aneis de distribuição de São Pedro da Aldeia 4.10.1 7.696.800,00

Total de investimentos necessários 111.055.924,00 0,00 0,00 0,00

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Tabela 33 – Cronograma de investimentos – resumo

MUNICÍPIO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO DA ÁREA DE CONCESSÃO DA PROLAGOS

PROGRAMA OBJETIVO CÓD. PRAZOS

IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

Sistema produtor 40.000.000,00 0,00 10.000.000,00 0,00

Adução de água tratada 63.120.000,00 0,00 0,00 0,00

Reservação de água tratada 19.680.000,00 5.760.000,00 2.220.000,00 180.000,00

Redes de distribuição 111.055.924,00 0,00 0,00 0,00

Total de investimentos necessários 233.855.924,00 5.760.000,00 12.220.000,00 180.000,00

A soma dos investimentos, conforme mostrado nas tabelas 35 e 36, corresponde a R$ 252.015.924,00. Existe a previsão que a

Concessionária invista R$ 98.786.917,72 em valores atualizados.

O restante dos investimentos necessários, que totalizam R$ 153.229.006,28, deverá ser suportado por recursos municipais,

estaduais ou federais, levando-se em consideração que a tarifa consiga suportar apenas o aumento das despesas operacionais

devido ao aumento do atendimento da população.

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3.2.7 Priorização dos investimentos previstos

Por se tratar de um sistema integrado, os diversos investimentos elencados

anteriormente são dependentes entre si. Por exemplo, o transporte de água

tratada depende diretamente da quantidade de água produzida pela ETA e vice

versa.

Desta forma, segue a ordem de priorização dos investimentos, seguindo da

mais prioritária para a menos prioritária:

1. Sistema produtor e adução de água tratada: estes objetivos

devem ser feitos conjuntamente e prioritariamente, já que há

déficit na atual configuração do sistema;

2. Redes de distribuição;

3. Reservação de água tratada.

Apesar da priorização aqui colocada, o ideal é o atendimento do cronograma

proposto anteriormente, já que, por este cronograma, todas as unidades do

sistema receberão investimentos simultaneamente conforme a necessidade.

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3.2.8 Região não concedida

Para a região não concedida, que corresponde à área rural e também aos 2%

da população da área concedida mas não atendida por sistema coletivo,

deverá haver atendimento através de soluções individuais.

Para a estimativa de investimentos desta parcela da população foram utilizadas

as seguintes premissas:

Devido à falta de informações sobre as atuais condições de

atendimento, foi considerado que todos os domicílios desta área

necessitarão de investimentos para serem atendidos;

Para o cálculo da população da área não concedida ao longo do

período de projeto, foi mantida a mesma taxa de urbanização do Censo

2.010;

Foi utilizada a taxa de 3,45 habitantes por domicílio;

Valor de investimento retirado do item nº 84130 (abertura poço para

cisterna terreno compacto com DN 1,0 com profundidade de 5 a 10 m)

da Tabela SINAPI (serviços) para o Estado do Rio de Janeiro (ref:

junho/2.013);

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Tabela 34 – investimentos estimados para a área não concedida

POPULAÇÃO NÃO ATENDIDA

ANO ÁREA URBANA

(hab.) ÁREA RURAL

(hab.) DOMICÍLIOS

(ud)

INCREMENTO DE DOMICÍLIOS

(ud)

INVESTIMENTO ESTIMADO (R$)

1 2.014 1.826 5954 2.255 2.255 1.701.623,00

2 2.015 1.872 6103 2.311 56 42.257,60

3 2.016 1.918 6252 2.368 57 43.012,20

4 2.017 1.964 6402 2.424 56 42.257,60

5 2.018 2.010 6551 2.481 57 43.012,20

6 2.019 2.055 6700 2.537 56 42.257,60

7 2.020 2.101 6850 2.594 57 43.012,20

8 2.021 2.147 6999 2.651 57 43.012,20

9 2.022 2.193 7149 2.707 56 42.257,60

10 2.023 2.239 7298 2.764 57 43.012,20

11 2.024 2.284 7447 2.820 56 42.257,60

12 2.025 2.330 7597 2.877 57 43.012,20

13 2.026 2.376 7746 2.933 56 42.257,60

14 2.027 2.422 7896 2.990 57 43.012,20

15 2.028 2.468 8045 3.047 57 43.012,20

16 2.029 2.514 8194 3.103 56 42.257,60

17 2.030 2.559 8344 3.160 57 43.012,20

18 2.031 2.605 8493 3.216 56 42.257,60

19 2.032 2.651 8642 3.273 57 43.012,20

20 2.033 2.697 8792 3.330 57 43.012,20

Total 2.512.818,00

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MUNICÍPIO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

PROGRAMA 5 Sistema Produtor

OBJETIVO 5.1 Implantação de soluções individuais

FUNDAMENTAÇÃO Para o atendimento da população não atendida por sistema coletivo referente a áreas rurais e urbanas (2% não atendidas),

deverão ser previstas soluções individuais.

MÉTODO DE MONITORAMENTO

(INDICADOR) Atendimento da população

METAS

IMEDIATA - ATÉ 3 ANOS CURTO PRAZO - 4 A 9 ANOS MÉDIO PRAZO - 10 A 15 ANOS LONGO PRAZO - 16 A 20 ANOS

Implantação de soluções individuais

Implantação de soluções individuais Implantação de soluções

individuais Implantação de soluções individuais

PROJETOS E AÇÕES

CÓDIGO DESCRIÇÃO PRAZOS/INVESTIMENTOS (R$)

POSSÍVEIS FONTES DE RECURSOS IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

5.1.1 Implantação de soluções individuais 1.786.892,80 Recursos Municipais, Estaduais e

Federais

5.1.2 Implantação de soluções individuais 255.809,40 Recursos Municipais, Estaduais e

Federais

5.1.3 Implantação de soluções individuais 256.564,00 Recursos Municipais, Estaduais e

Federais

5.1.4 Implantação de soluções individuais 213.551,80 Recursos Municipais, Estaduais e

Federais

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3.2.9 Propostas adicionais

Além das propostas detalhadas anteriormente de investimentos na

infraestrutura do sistema de abastecimento de água, algumas propostas

adicionais devem ser consideradas.

3.2.9.1 Qualidade do manancial (Represa de Juturnaíba)

Quanto à qualidade do manancial (Represa de Juturnaíba), que no produto 4

foram elencados problemas devido à sua deterioração, algumas ações já vem

sendo tomadas para diminuir a poluição que existe à montante da Represa,

entre elas o encerramento dos lixões de Rio Bonito e Silva Jardim (Goiabal).

No entanto, além destes lixões terem sido encerrados, é necessário que seja

feito o seu monitoramento e remediação. Estas propostas deverão ser

elencadas na elaboração dos seus respectivos Planos Municipais de

Saneamento Básico.

Outra medida importante para a diminuição da poluição à montante da Represa

é a execução do sistema de esgotamento sanitário no Município de Silva

Jardim, incluindo aí seus distritos, Araruama (Morro Grande) e também do

Município de Rio Bonito. Assim como dito anteriormente, para o Município de

Silva Jardim e Araruama, estas propostas serão feitas.

Quanto a este assunto, o Comitê de Bacia deve reservar 70% do valor líquido

que recebe para aplicação em ações de coleta e tratamento de efluentes

urbanos, valor que totalizou R$ 924.589,31 no ano de 2.011. Propõe-se que

estes valores sejam gastos com a implantação dos sistemas de esgoto nas

localidades à montante da Represa de Juturnaíba (Silva Jardim e seus distritos

e Morro Grande em Araruama).

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Outra medida que deve ser tomada é a recomposição da mata ciliar da

Represa e dos rios que a formam.

3.2.9.2 Melhorias na Represa de Juturnaíba

Segundo relatório da empresa Prolagos, devem ser tomadas as seguintes

medidas:

Desassoreamento das proximidades do sangradouro;

Reconstrução de parte do canal de restituição da margem direita;

Reconstrução de parte do canal de restituição da margem esquerda;

3.2.9.3 Aspectos operacionais

Em relação à operação do sistema de abastecimento de água, devido

principalmente às grandes distâncias entre o manancial e os centros

consumidores, toda a água distribuída depende de diversos bombeamentos

para o seu transporte.

Estes bombeamentos, se não estiverem em funcionamento, não há

abastecimento de água para a população. Por causa desta grande importância,

propõe-se que sejam instalados grupos geradores capazes de suportar o

funcionamento dos conjuntos moto-bomba em potência máxima na principais

unidades de bombeamento (ETA, Carijojó e Sergeira), a fim de que, mesmo

que haja problemas no fornecimento de energia elétrica, o abastecimento para

a população não sofra intermitências.

Este fato (falta de fornecimento de energia elétrica) se agrava quando ocorre

em épocas de maior consumo (população sazonal), fazendo com que seja

necessário um tempo ainda maior para o pleno restabelecimento do

abastecimento de água.

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3.2.9.4 Novos empreendimentos

Para os novos condomínios horizontais e loteamentos, o proprietário deve ser

o responsável pelo projeto e execução da rede de abastecimento de água.

Deverá haver um procedimento entre o setor responsável pela aprovação da

Prefeitura e a Concessionária para que seja estudada a possibilidade de

atendimento, as obras necessárias a este atendimento e para que o projeto

elaborado pelo empreendedor seja aprovado pela Concessionária.

3.3 SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

Para o sistema de esgotamento sanitário, a partir do diagnóstico levantado

anteriormente, serão feitas algumas considerações, estudos e propostas.

3.3.1 Objetivos gerais

I. Promover a expansão da rede de esgoto em consonância com o

programa de universalização dos serviços;

II. Eliminar as ligações de águas pluviais em redes coletoras de esgotos

sanitários, quando houver redes separadoras;

III. Eliminar as ligações de esgotos sanitários nas redes de drenagem de

águas pluviais, quando houver redes separadoras;

IV. Elaborar Decreto que obriga a implantação de sistemas individuais

de tratamento de esgoto em áreas desprovidas de sistema coletivo

de coleta e tratamento;

V. Implantação de programa/serviço de apoio à instalação e

manutenção de sistemas individuais de tratamento de esgoto.

VI. Qualidade de atendimento ao usuário, com respeito a prazos

estabelecidos;

VII. Qualidade dos produtos (atendimento aos padrões de lançamento –

Resolução CONAMA 357/05, Resolução CONAMA 430/11 e DZ 215-

R4);

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VIII. Continuidade e regularidade;

IX. Metas de cobertura dos serviços, atendendo ao disposto no Terceiro

Termo Aditivo ao Contrato de Concessão;

3.3.2 Metas de atendimento

3.3.2.1 Terceiro Termo Aditivo ao Contrato de concessão da Prolagos

Para efeito de informação e comparação, as metas vigentes da concessão são

as constantes no 3º Termo Aditivo, conforme a seguir.

Tabela 35 - Metas de Níveis de Atendimento (3.º Aditivo Contratual)

ANO Esgoto

3 (2.001) 30%

8 (2.006) 40%

13 (2.011) 70%

20 (2.018) 80%

25 (2.023) 90%

43 (2.041) 90% Fonte: 3.º Termo Aditivo - Prolagos, 2011

3.3.2.2 Metas de atendimento - PLANSAB

De acordo com a proposta do Plansab (Plano Nacional de Saneamento

Básico), o atendimento adequado quanto ao sistema de esgotamento sanitário

é através de coleta de esgotos seguida de tratamento ou através do uso de

fossa séptica, que será proposta para as regiões menos adensadas

(geralmente áreas rurais).

No documento referido foram definidas metas de atendimento para as diversas

regiões do País, conforme a seguir.

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Tabela 36 – Metas para o saneamento básico nas macrorregiões e no País (em %)

Encontramos para o Sudeste, um valor de 89% de atendimento, para o ano de

2.015, dos domicílios urbanos e rurais servidos por rede coletora ou fossa

séptica. Este valor sobe para 91% em 2.020 e 95% em 2.030.

O documento também previu metas para os Estados individualmente.

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Tabela 37 – Metas para principais serviços de saneamento básico nas unidades da

federação (em %)

Olhando novamente para o indicador E1, os números para o Estado do Rio de

Janeiro são um pouco menores do que para a região Sudeste como um todo:

86% de atendimento para o ano de 2.015, 89% em 2.020 e 95% em 2.030.

O atendimento atual com fossa séptica é de difícil mensuração, até porque não

se consegue, atualmente, obter números confiáveis de sua existência, e não

somente isto, mas também informações quanto ao seu correto

dimensionamento e manutenção.

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Por este motivo, para as regiões em áreas não concedidas, que são menos

adensadas e deverão ser atendidas com soluções individuais, fica prejudicado

o estudo e confecção de cronograma físico-financeiro das ações para a

universalização.

Utilizaremos como premissa para atendimento da população da área de

concessão apenas aquela atendida pelo sistema unitário ou separador.

3.3.2.3 Atendimento atual

Nos dados comerciais da Concessionária, o número de ligações e economias

com atendimento de esgoto é igual a zero, isto por causa do atendimento

difuso do sistema unitário e, principalmente, por este ser um dado que não

influencia em seu faturamento.

No entanto, de acordo com a área atual de influência do sistema unitário

informa pela Prolagos (mapa a seguir) sobreposta com o mapa de setores

censitários divulgado pelo IBGE, chega-se a uma porcentagem de atendimento

de 77,5% dos domicílios do Município.

3.3.3 Cenários

Serão propostos 3 cenários para o sistema de esgotamento sanitário, sendo:

Cenário 1 correspondente ao cenário previsível, ou seja, manutenção

dos investimentos previstos no Terceiro Termo Aditivo ao Contrato de

Concessão;

Cenários 2 e 3 correspondentes ao cenário desejado, onde 98% da

população da área de concessão será atendida com redes separadoras

dentro do período do PMSB (20 anos). O que difere estes dois cenários

é a velocidade da universalização do atendimento.

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3.3.3.1 Sistematização das informações

A tabela a seguir apresenta a aplicação do método CDP.

Tabela 38 - Condicionantes, Deficiências e Potencialidades

Setor C D P Fator

Sis

tem

a d

e e

sg

ota

men

to s

anitário

Existência de contrato de concessão em vigor

Existência de sistema de esgoto através de tomada em tempo seco

Padrão de lançamento de efluentes (Conama 357/05, Conama 430/11 e DZ 215-R4)

Corpo receptor Lagoa de Araruama

Elevada sazonalidade da população

Elevado valor da tarifa cobrada

Crescimento acelerado nas últimas décadas da população residente e sazonal

Baixa dendidade populacional na área rural

Defasagem entre os investimentos previstos e os necessários

Falta de planejamento e fiscalização da Prefeitura

Inexistência de projetos de rede separadora

Necessidade de adequações internas dos imóveis para ligação na rede separadora

Falta de grupos geradores de energia elétrica nas estações elevatórias

Falta de fiscalização e informação sobre atual atendimento da área rural

Existência de agência reguladora definida

Existência de sistema de esgotamento sanitário em operação

Existência do Consórcio Intermunicipal Lagos São João

Existência do Comitê de Bacia

Monitoramento da qualidade das águas dos corpos receptores

Investimentos recentes do Governo do Estado

Tabela 39 - Ameaças e Oportunidades do atual modelo de gestão. Item Ameaças Oportunidades

I Defasagem entre os investimentos previstos e os necessários

Possibilidade de aporte de recursos Municipais, Estaduais e Federais

II Falta de planejamento e fiscalização da Prefeitura

Lei 11.445/2007 e Decreto 7.217/2010

III Inexistência de projetos de rede separadora PMSB prevendo recursos para a elaboração

IV Necessidade de adequações internas dos Imóveis para ligação na rede separadora

Lei 11.445/2007

V Falta de grupos geradores nas estações elevatórias e ETE

Lei 11.445/2007 e Decreto 7217/2010 prevendo continuidade e regularidade

VI Falta de fiscalização e informação sobre atual atendimento da área rural

Lei 11.445/2007 e Decreto 7.217/2010 prevendo universalização

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Tabela 40 - Modelo Numérico para Ponderação das Ameaças

Item Ameaças Relevância

(1) Incerteza

(2) Prioridade

(3)

I Defasagem entre os investimentos previstos e os necessários

5 5 25

II Falta de planejamento e fiscalização da Prefeitura 3 3 9

III Inexistência de projetos de rede separadora 5 5 25

IV Necessidade de adequações internas dos imóveis para ligação na rede separadora

5 3 15

V Falta de grupos geradores nas estações elevatórias e ETE

5 5 25

VI Falta de fiscalização e informação sobre atual atendimento da área rural

5 3 15

3.3.3.2 Cenário 1

Este cenário pode ser denominado de cenário previsível. É a permanência das

metas e obrigações contratuais vigentes, ou seja, manutenção do sistema

unitário e plano de investimentos constante no 3º Termo Aditivo.

As obras previstas e ainda não realizadas para o Município de São Pedro da

Aldeia estão no 3º Termo Aditivo ao contrato de concessão, que são as

obrigações contratuais da concessionária (e as necessárias, segundo a

documentação legal produzida no contrato de concessão, para atendimento

das metas contratuais).

Para o caso específico de São Pedro da Aldeia, não existem mais

investimentos previstos para rede ou elevatórias de esgoto, existindo apenas a

previsão de investimento na ETE São Pedro de R$ 6.975.000,00 (valor com

data base de dezembro / 2.008). Se atualizarmos este valor pelo INCC (índice

nacional de custo da construção), chegamos ao valor de R$ 8.970.564,78.

Neste cenário, o fluxo de caixa atual seria mantido e haveria, até o final do

período de concessão (ano 2.041), apenas os investimentos previstos como “a

definir” que, pelo conceito que o originou, seriam destinados ao crescimento

vegetativo do Município.

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80

Mesmo se considerarmos os números mais favoráveis de atendimento atual da

população (cálculo relativo à carga orgânica recebida pela ETE), este se

encontra abaixo do que é previsto para o final do período da Concessão. Desta

forma vemos que este cenário não será possível de ser mantido, já que, com o

aumento populacional que se observará até o ano de 2.041 o índice de

atendimento tenderá a diminuir se não forem feitos investimentos adicionais,

fazendo com que não se consiga atender nem as metas do contrato.

3.3.3.3 Cenário 2

Nos cenários 2 e 3 a coleta será através de rede coletora separadora absoluta,

diferindo apenas da velocidade da universalização.

Foram feitas estimativas, que estão nas tabelas a seguir, de valores de

investimentos para o atendimento de 98% da população da área de concessão

com coleta e tratamento através de redes separadoras. Para isso, o Município

foi dividido em bacias conforme a topografia (estas bacias são grandes

divisões, tendo que ser ainda subdivididas em sub-bacias no momento da

elaboração dos projetos específicos).

Cada uma das bacias possui suas peculiaridades e, por este motivo, algumas

delas serão mais custosas para a execução das obras por causa da distância a

locais de bota-fora, existência de mais pavimento, etc.

Os valores de investimentos foram estimados de acordo com projetos e

execuções de obras em locais similares (litoral com alto nível do lençol

freático), estão com data base de janeiro de 2013 e com porcentagem de BDI =

25%. Foram utilizadas algumas premissas, que serão descritas a seguir.

Para as redes coletoras, foram medidas todas as ruas existentes através de

fotos por satélite datadas de 2.010. Foras medidas todas as ruas, inclusive as

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81

que ainda não possuem ou que possuem pequena quantidade de imóveis, a

fim de se estimar a necessidade futura.

Para as ligações domiciliares, foi utilizado o valor de domicílios particulares

permanentes obtido pelo Censo 2.010 do IBGE atualizado para o ano de 2.013.

Desta forma obteve-se o valor necessário para o atendimento do número atual

de imóveis, não somente os que hoje são abastecidos com água pela Prolagos

e, portanto, contidas em seu sistema comercial, mas sim todos os imóveis. Foi

ainda utilizado valor contido na tabela EMOP (Empresa de Obras Públicas do

Estado do Rio de Janeiro) para esta finalidade.

Para a estimativa dos investimentos necessários para a execução das

estações elevatórias de esgoto foram utilizadas as seguintes premissas:

Utilização de bombas submersíveis e localizadas nos logradouros, sem

necessidade de terreno próprio;

Instalação de grupo gerador;

Divididas em três tipos: pequeno porte, médio porte e grande porte;

As de pequeno porte são compostas por poço de sucção e caixa de

areia, em estruturas independentes;

As de médio médio e grande porte são compostas por poço de sucção,

caixa de areia e gradeamento, em estruturas independentes;

Profundidade média;

Diâmetro externo do poço de sucção;

Diâmetro externo da caixa de areia;

Diâmetro externo do gradeamento;

DMT até o bota-fora;

DMT do canteiro central até o local da obra.

Execução de uma estação elevatória a cada 10.000 metros de rede

coletora;

50% do total de estações elevatórias são de pequeno porte, por bacia;

30% do total de estações elevatórias são de médio porte, por bacia;

20% do total de estações elevatórias são de grande porte, por bacia;

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82

Com a utilização de todas estas premissas e dos valores contidos nas tabelas

EMOP e SCO Rio (formada a partir de pesquisa de preços da Fundação

Getúlio Vargas), chegou-se aos seguintes valores por unidade de estação

elevatória:

Pequeno porte = R$ 173.531,28;

Médio porte = R$ 338.424,93;

Grande porte = R$ 589.708,36.

Para a estimativa dos investimentos necessários para a execução das linhas

de recalque foram utilizadas as seguintes premissas:

Execução de 500 m de linhas de recalque para cada estação elevatória

prevista;

Valor por metro igual a 80% do valor por metro da rede coletora.

Quanto às unidades de tratamento, existe uma ETE atualmente no Município

(ETE São Pedro), que possui capacidade atual de tratamento de 160 l/s e

dispõe de tratamento a nível terciário através de lodos ativados.

Em tópico posterior deste documento, serão propostos cenários para cálculo de

estimativas de investimentos para todos os componentes do sistema de esgoto

e, nesta ocasião, serão feitos os cálculos para os investimentos necessários

em ETEs.

Se considerarmos como base os custos de implantação publicados no livro

intitulado “introdução à qualidade das águas e ao tratamento de esgotos”, de

autoria de Marcos Von Sperling e publicado pelo Departamento de Engenharia

Sanitária e Ambiental da UFMG, um tratamento composto por lodos ativados

convencional com remoção biológica de Nitrogênio e Fósforo tem custo de

implantação máximo de R$ 190,00/hab (ano base 2009). Atualizando-se este

valor para janeiro de 2013 pelo INCC, encontra-se um valor de R$ 243,72,

valor este que usaremos nas ampliações da ETE São Pedro, se necessário.

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83

O objetivo do presente trabalho é estimar valores de investimentos, valores

estes que serão aferidos na ocasião da execução dos projetos executivos.

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84

Tabela 41 – Resumo geral de investimentos

BACIA

REDE COLETORA LIGAÇÕES DOMICILIARES ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS LINHAS DE RECALQUE

EXT. (m) VALOR

TOTAL COM BDI (R$)

VALOR POR

METRO (R$)

QUANT. VALOR

TOTAL COM BDI (R$)

VALOR POR

UNIDADE (R$)

PEQ. PORTE

(un)

MÉDIO PORTE

(un)

GRANDE PORTE

(un)

VALOR TOTAL COM

BDI (R$)

EXT. (m)

VALOR TOTAL

COM BDI (R$)

VALOR POR

METRO (R$)

1 41.703 20.017.440,00 480,00 2.602 2.334.020,02 897,01 3 1 0 859.018,77 2.000 768.000,00 384,00

2 (L) 81.881 42.578.120,00 520,00 7.101 6.369.668,01 897,01 3 1 1 1.448.727,13 2.500 1.040.000,00 416,00

2 (S) 15.029 7.815.080,00 520,00 1.649 1.479.169,49 897,01 0 0 0 0,00 0 0,00 416,00

3 51.841 20.736.400,00 400,00 1.571 1.409.202,71 897,01 3 1 1 1.448.727,13 2.500 800.000,00 320,00

4 5.561 2.224.400,00 400,00 85 76.245,85 897,01 1 0 0 173.531,28 500 160.000,00 320,00

5 32.145 15.429.600,00 480,00 395 354.318,95 897,01 2 1 0 685.487,49 1.500 576.000,00 384,00

6 48.098 23.087.040,00 480,00 1.821 1.633.455,21 897,01 2 1 1 1.275.195,85 2.000 768.000,00 384,00

7 36.787 17.657.760,00 480,00 1.719 1.541.960,19 897,01 3 0 0 520.593,84 1.500 576.000,00 384,00

8 46.233 22.191.840,00 480,00 1.305 1.170.598,05 897,01 3 0 1 1.110.302,20 2.000 768.000,00 384,00

9 (N) 31.713 12.685.200,00 400,00 735 659.302,35 897,01 2 1 0 685.487,49 1.500 480.000,00 320,00

9 (O) 5.246 2.098.400,00 400,00 126 113.023,26 897,01 0 0 0 0,00 0 0,00 320,00

10 (N) 33.151 13.260.400,00 400,00 744 667.375,44 897,01 2 1 0 685.487,49 1.500 480.000,00 320,00

11 (N) 102.307 49.107.360,00 480,00 4.227 3.791.661,27 897,01 5 2 1 2.134.214,62 4.000 1.536.000,00 384,00

11 (S) 40.643 21.134.360,00 520,00 3.296 2.956.544,96 897,01 0 0 0 0,00 0 0,00 416,00

12 5.671 2.268.400,00 400,00 114 102.259,14 897,01 1 0 0 173.531,28 500 160.000,00 320,00

TOTAL 578.009 272.291.800,00

27.490 24.658.804,90

30 9 5 11.200.304,57 22.000 8.112.000,00

TOTAL GERAL 316.262.909,47

Fonte: SERENCO, 2013.

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Na tabela de investimentos, vemos que serão necessários mais de R$

315.000.000,00 (trezentos e quinze milhões) para a execução das ligações

domiciliares, redes coletoras, estações elevatórias e linhas de recalque,

devendo-se ainda somar a estes valores os custos com projetos e para

ampliação da ETE existente, caso seja necessário.

Ainda devemos levar em conta que o item ligações domiciliares contempla

apenas a parte que compete ao sistema público, isto é, até a divisa do lote do

imóvel. Ainda existirão custos para adequações da parte interna de cada

imóvel, o que consideramos como contra partida dos moradores, que deverão

arcar com estes custos.

Comparando o estudo realizado com os valores previstos no plano atual de

investimentos vemos uma grande diferença, já que não há previsão para

investimentos em rede e elevatórias. Logo se chega à conclusão que serão

necessárias novas formas de financiamento para esta nova etapa do

saneamento da região, onde se busca a execução do sistema separador.

Desta forma, propõe-se que o valor existente no atual plano de investimentos

seja usado conforme está estabelecido (ampliação da ETE São Pedro).

Para o atendimento através das redes separadoras, utilizaremos os dados da

tabela a seguir para a estimativa da porcentagem da população atendida por

bacia.

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86

Tabela 42 – Porcentagem de atendimento por bacia

BACIA ATENDIMENTO

1 10,57%

2 (L) 24,34%

2 (S) 4,55%

3 6,84%

4 0,36%

5 0,78%

6 3,97%

7 4,63%

8 4,20%

9 (N) 2,74%

9 (O) 0,42%

10 (N) 2,62%

11 (N) 16,87%

11 (S) 9,61%

12 0,50%

TOTAL 93,00%

Fonte: SERENCO, 2013

Para este cenário, utilizaremos uma evolução no atendimento da população de

5% ao ano.

Deve-se ressaltar que este índice de atendimento diz respeito somente ao

atendimento com rede separadora, não sendo o atendimento total da

população com o sistema de esgotamento sanitário, pois parte é e continuará

sendo atendida com o sistema unitário, que será gradativamente substituído

pelo sistema separador absoluto.

Com o nível de atendimento proposto, a demanda do sistema de esgoto será a

seguinte.

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Tabela 43 – Cenário 2 - Demandas para o sistema de esgoto (redes separadoras)

POPULAÇÃO DEMANDA ESGOTO L/S

ANO EQUIVALENTE %

ATEND. ATENDIDA EXT. (m)

VAZÃO DE INFILTRAÇÃO

MÉDIA MÉDIA +

INF.

-1 2.012 141.068

0 2.013 144.607 5% 7.230 20.000

1 2.014 148.144 10% 14.814 36.710 7,34 25,75 33,09

2 2.015 151.681 15% 22.752 53.421 10,68 39,26 49,95

3 2.016 155.220 20% 31.044 70.131 14,03 53,63 67,65

4 2.017 158.757 25% 39.689 86.842 17,37 68,09 85,46

5 2.018 162.415 30% 48.724 105.078 21,02 83,04 104,05

6 2.019 165.953 35% 58.084 137.049 27,41 98,34 125,75

7 2.020 169.494 40% 67.797 169.020 33,80 114,06 147,86

8 2.021 173.035 45% 77.866 200.991 40,20 131,18 171,38

9 2.022 176.575 50% 88.287 220.923 44,18 147,82 192,00

10 2.023 180.250 55% 99.138 244.831 48,97 164,98 213,95

11 2.024 183.793 60% 110.276 263.787 52,76 182,43 235,19

12 2.025 187.338 65% 121.770 282.743 56,55 201,45 257,99

13 2.026 190.877 70% 133.614 312.455 62,49 221,04 283,53

14 2.027 194.422 75% 145.816 345.890 69,18 241,23 310,40

15 2.028 198.113 80% 158.490 371.798 74,36 262,19 336,55

16 2.029 201.660 85% 171.411 413.308 82,66 283,57 366,23

17 2.030 205.206 90% 184.686 480.149 96,03 305,53 401,56

18 2.031 208.751 95% 198.314 532.811 106,56 328,07 434,64

19 2.032 212.302 98% 208.056 598.009 119,60 344,19 463,79

20 2.033 216.160 98% 211.837 598.009 119,60 350,45 470,05

Fonte: SERENCO, 2013

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Para o cálculo das demandas foram utilizadas as seguintes premissas:

Simultaneidade de 70% da população flutuante;

Consumo per capta e perdas = conforme estudo da FGV para a 2ª

revisão quinquenal;

Vazão de infiltração = 0,2 l / s.km;

Coeficiente de retorno = 0,8.

Quanto à ETE, a capacidade atual de 160 l/s corresponde ao atendimento, de

acordo com as premissas utilizadas, de uma população de 74.000 habitantes,

se considerarmos que toda esta população possui coleta através de redes

separadoras.

Já existe um valor previsto de investimento para ampliação da ETE existente

em 2.014 que, atualizado, é de R$ 8.970.564,78, valor este que será deduzido

do montante de investimentos necessários.

Como o sistema unitário deverá continuar operando, sendo substituído

gradativamente pelo sistema separador, vamos considerar um investimento de

ampliação da ETE existente no ano 2.014 (aumento para atender uma

população adicional de 70.000 habitantes), desta forma atendendo até o ano

2.027.

Deverão existir, em todas as unidades de tratamento, grupos geradores a fim

de garantir o funcionamento mesmo sem o fornecimento de energia elétrica.

Quanto à priorização dos investimentos, foi analisada a possibilidade de utilizar

uma metodologia que permita hierarquizar as áreas de intervenção prioritária,

buscando assim uma solução gradual das carências dos serviços. A

metodologia analisada foi adaptada da Lei Nacional de Saneamento Básico

apresentada pelo Ministério das Cidades, do Livro I – Instrumentos das

políticas e da gestão dos serviços públicos de Saneamento Básico.

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89

Esta metodologia possibilita uma avaliação comparativa das diversas

realidades da situação de salubridade ambiental dentro dos Municípios. Porém,

para que esta avaliação seja realizada, estes dados precisam existir por

distritos, ou bacias, ou unidades de planejamento municipais, incluindo dados

epidemiológicos, dados estes não disponíveis para o Município de São Pedro

da Aldeia.

Com as informações disponibilizadas atualmente seria possível apenas realizar

uma hierarquização entre os Municípios da Região, o que não se justifica. Fica

como recomendação deste Plano que o Município comece a gerar dados por

distritos , ou bacias, ou unidades de planejamento municipais, para que na

revisão do PMSB esta metodologia seja aplicada com propriedade.

A ordem de prioridade adotada para atendimento da população com redes

separadoras levou em conta a densidade populacional, ou seja, as bacias com

maior população serão atendidas prioritariamente, de forma a otimizar os

investimentos, fazendo com que a maior população possível seja atendida com

o mesmo valor de investimento. Desta forma, o cronograma de execução de

cada bacia, segundo o Cenário 2 é o seguinte.

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Tabela 44 – Cenário 2 – cronograma (2.014 a 2.020)

BACIA ATENDIMENTO 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

1 10,57%

2 (L) 24,34%

2 (S) 4,55%

3 6,84%

4 0,36%

5 0,78%

6 3,97%

7 4,63%

8 4,20%

9 (N) 2,74%

9 (O) 0,42%

10 (N) 2,62%

11 (N) 16,87%

11 (S) 9,61%

12 0,50%

INV. REDE COLETORA, LIGAÇÕES, EEE E LR (R$)

10.497.247,99 10.497.247,99 10.497.247,99 10.497.247,99 11.215.311,81 17.677.886,22 17.677.886,22

INV. PROJETO (R$) 314.917,44 314.917,44 314.917,44 314.917,44 336.459,35 530.336,59 530.336,59

INV. ETE (R$) 17.060.400,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

PREVISÃO INV. PROLAGOS -8.970.564,78

INV. TOTAL (R$) 18.902.000,65 10.812.165,43 10.812.165,43 10.812.165,43 11.551.771,16 18.208.222,80 18.208.222,80

Fonte: SERENCO, 2013

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Tabela 45 - Cenário 2 – cronograma (2.021 a 2.027)

BACIA ATENDIMENTO 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027

1 10,57%

2 (L) 24,34%

2 (S) 4,55%

3 6,84%

4 0,36%

5 0,78%

6 3,97%

7 4,63%

8 4,20%

9 (N) 2,74%

9 (O) 0,42%

10 (N) 2,62%

11 (N) 16,87%

11 (S) 9,61%

12 0,50%

INV. REDE COLETORA, LIGAÇÕES, EEE E LR (R$)

17.677.886,22 11.687.573,02 14.171.120,56 10.899.308,54 10.899.308,54 14.377.026,63 16.844.289,67

INV. PROJETO (R$) 530.336,59 350.627,19 425.133,62 326.979,26 326.979,26 431.310,80 505.328,69

INV. ETE (R$) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 16.572.960,00

PREVISÃO INV. PROLAGOS

INV. TOTAL (R$) 18.208.222,80 12.038.200,21 14.596.254,18 11.226.287,80 11.226.287,80 14.808.337,43 33.922.578,35

Fonte: SERENCO, 2013

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Tabela 46 - Cenário 2 – cronograma (2.028 a 2.033)

BACIA ATENDIMENTO 2028 2029 2030 2031 2032 2033

1 10,57%

2 (L) 24,34%

2 (S) 4,55%

3 6,84%

4 0,36%

5 0,78%

6 3,97%

7 4,63%

8 4,20%

9 (N) 2,74%

9 (O) 0,42%

10 (N) 2,62%

11 (N) 16,87%

11 (S) 9,61%

12 0,50%

TOTAL 93,00%

INV. REDE COLETORA, LIGAÇÕES, EEE E LR (R$)

14.795.281,76 22.768.527,14 36.950.998,36 24.489.684,13 32.141.828,72 0,00

INV. PROJETO (R$) 443.858,45 683.055,81 1.108.529,95 734.690,52 964.254,86 0,00

INV. ETE (R$) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

PREVISÃO INV. PROLAGOS

INV. TOTAL (R$) 15.239.140,21 23.451.582,95 38.059.528,31 25.224.374,65 33.106.083,58 0,00

Fonte: SERENCO, 2013

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93

MUNICÍPIO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

PROGRAMA 1 Rede coletora, ligações domiciliares, estações elevatórias e linhas de recalque

OBJETIVO 1.1 Implantação de unidades de coleta e transporte de esgoto

FUNDAMENTAÇÃO Para aumento do atendimento da população com redes separadoras, estas unidades deverão ser implantadas

MÉTODO DE MONITORAMENTO

(INDICADOR) (População atendida / população da área de concessão) / 100

METAS

IMEDIATA - ATÉ 3 ANOS CURTO PRAZO - 4 A 9 ANOS MÉDIO PRAZO - 10 A 15 ANOS LONGO PRAZO - 16 A 20 ANOS

Parte da Bacia 2-L Parte das Bacias 2-L e 11-S e Bacia 11-N Parte das Bacias 11-S e 7 e Bacia 1, 2-S e 3 Parte da Bacia 7 e Bacias 4, 5, 6, 8, 9-

N, 9-O, 10-N e 12

PROJETOS E AÇÕES

CÓDIGO DESCRIÇÃO PRAZOS/INVESTIMENTOS (R$)

POSSÍVEIS FONTES DE RECURSOS IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

1.1.1 Execução de parte da Bacia 2-L 31.491.743,96 Recursos Municipais, Estaduais e

Federais

1.1.2 Execução de parte das Bacias 2-L e 11-S e execução

da Bacia 11-N 86.433.791,46

Recursos Municipais, Estaduais e Federais

1.1.3 Execução de parte das Bacias 11-S e 7 e execução das

Bacias 1, 2-S e 3 81.986.335,70

Recursos Municipais, Estaduais e Federais

1.1.4 Execução de parte da Bacia 7 e execução das Bacias 4,

5, 6, 8, 9-N, 9-O, 10-N e 12 116.351.038,35

Recursos Municipais, Estaduais e Federais

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94

MUNICÍPIO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

PROGRAMA 2 Estação de tratamento de esgoto

OBJETIVO 2.1 Ampliação da ETE São Pedro

FUNDAMENTAÇÃO Com o aumento da população atendida será necessária a ampliação da ETE existente

MÉTODO DE MONITORAMENTO

(INDICADOR) Vazão de tratamento

METAS

IMEDIATA - ATÉ 3 ANOS CURTO PRAZO - 4 A 9 ANOS MÉDIO PRAZO - 10 A 15 ANOS LONGO PRAZO - 16 A 20 ANOS

Ampliação da ETE São Pedro Ampliação da ETE São Pedro

PROJETOS E AÇÕES

CÓDIGO DESCRIÇÃO PRAZOS/INVESTIMENTOS (R$) POSSÍVEIS FONTES DE

RECURSOS IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

2.1.1 Ampliação da ETE São Pedro para atendimento de

uma população adicional de 70.000 hab. 17.060.400,00

Recursos Municipais, Estaduais e Federais

2.1.2 Ampliação da ETE São Pedro para atendimento de

uma população adicional de 68.000 hab. 16.572.960,00

Recursos Municipais, Estaduais e Federais

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95

MUNICÍPIO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

PROGRAMA 3 Projeto do sistema de esgotamento sanitário (redes separadoras)

OBJETIVO 3.1 Elaboração de projetos executivos das unidades do sistrema a serem implantadas

FUNDAMENTAÇÃO Para a execução das obras previstas neste cenário, é necessária a existência de projetos executivos

MÉTODO DE MONITORAMENTO

(INDICADOR) Bacias atendidas

METAS

IMEDIATA - ATÉ 3 ANOS CURTO PRAZO - 4 A 9 ANOS MÉDIO PRAZO - 10 A 15 ANOS LONGO PRAZO - 16 A 20 ANOS

Projetos dos itens 1.1.1 e 2.1.1 Projetos do item 1.1.2 Projetos dos itens 1.1.3 e 2.1.2 Projetos do item 1.1.4

PROJETOS E AÇÕES

CÓDIGO DESCRIÇÃO PRAZOS/INVESTIMENTOS (R$) POSSÍVEIS FONTES DE

RECURSOS IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

3.1.1 Elaboração de projetos para unidades dos itens

1.1.1 e 2.1.1 944.752,32

Recursos Municipais, Estaduais e Federais

3.1.2 Elaboração de projetos para unidades do item

1.1.2 2.593.013,74

Recursos Municipais, Estaduais e Federais

3.1.3 Elaboração de projetos para unidades dos itens

1.1.3 e 2.1.2 2.459.590,07

Recursos Municipais, Estaduais e Federais

3.1.4 Elaboração de projetos para unidades do item

1.1.4 3.490.531,15

Recursos Municipais, Estaduais e Federais

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96

Tabela 47 – Investimentos necessários – redes coletoras, ligações domiciliares, estações elevatórias e linhas de recalque

MUNICÍPIO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO

PROGRAMA OBJETIVO CÓD. PRAZOS

IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

Rede coletora, ligações

domiciliares, EEE e linhas de recalque

Implantação de unidades de coleta e transporte de esgoto

1.1.1 31.491.743,96

1.1.2 86.433.791,46

1.1.3 81.986.335,70

1.1.4 116.351.038,35

Total de investimentos necessários 31.491.743,96 86.433.791,46 81.986.335,70 116.351.038,35

Tabela 48 – Investimentos necessários – ETE

MUNICÍPIO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO

PROGRAMA OBJETIVO CÓD. PRAZOS

IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

ETE Ampliação da ETE São Pedro 2.1.1 17.060.400,00

2.1.2 16.572.960,00

Total de investimentos necessários 17.060.400,00 0,00 16.572.960,00 0,00

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97

Tabela 49 – Investimentos necessários – Projetos

MUNICÍPIO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO

PROGRAMA OBJETIVO CÓD. PRAZOS

IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

Projetos Elaboração de projetos executivos

3.1.1 944.752,32

3.1.2 2.593.013,74

3.1.3 2.459.590,07

3.1.4 3.490.531,15

Total de investimentos necessários 944.752,32 2.593.013,74 2.459.590,07 3.490.531,15

Tabela 50 – Investimentos necessários – Resumo

MUNICÍPIO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO

PROGRAMA PRAZOS

IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

Rede coletora, ligações domiciliares, EEE e linhas de recalque 31.491.743,96 86.433.791,46 81.986.335,70 116.351.038,35

ETE 17.060.400,00 0,00 16.572.960,00 0,00

Projetos 944.752,32 2.593.013,74 2.459.590,07 3.490.531,15

Total de investimentos necessários 49.496.896,28 89.026.805,20 101.018.885,77 119.841.569,50

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98

Levando-se em consideração que a tarifa consiga suportar apenas o aumento

das despesas operacionais devido ao aumento do atendimento da população,

os valores demonstrados como investimentos totais são os que deverão ser

suportados, anualmente, por recursos municipais, estaduais ou federais,

(subtraindo a quantia de R$ 8.970.564,78 que são investimentos previstos em

ETEs pela Prolagos) já que os valores previstos no atual plano de

investimentos continuarão a ser usados conforme pré-estabelecidos. Como

estes sistemas serão operados pela Concessionária, os projetos e a execução

deverão ser de comum acordo entre os envolvidos.

3.3.3.4 Cenário 3

Também para o cenário 3 a coleta será através de rede coletora separadora

absoluta.

Para este cenário, será utilizada uma maior velocidade no atendimento à

população nos cinco primeiros anos, atingindo-se, desta forma, a

universalização anteriormente ao que acontece no cenário 2. Os números a

seguir dizem respeito ao índice de atendimento com rede separadora.

Com o nível de atendimento proposto, a demanda do sistema de esgoto será a

seguinte.

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99

Tabela 51 – Cenário 3 - Demandas para o sistema de esgoto (redes separadoras)

POPULAÇÃO DEMANDA ESGOTO L/S

ANO EQUIVALENTE %

ATEND. ATENDIDA EXT. (m)

VAZÃO DE INFILTRAÇÃO

MÉDIA MÉDIA +

INF.

-1 2.012 141.068

0 2.013 144.607 5% 7.230 20.000

1 2.014 148.144 15% 22.222 52.752 10,55 38,62 49,17

2 2.015 151.681 25% 37.920 85.505 17,10 65,43 82,54

3 2.016 155.220 35% 54.327 133.852 26,77 93,85 120,62

4 2.017 158.757 45% 71.441 197.794 39,56 122,57 162,13

5 2.018 162.415 55% 89.328 241.136 48,23 152,24 200,46

6 2.019 165.953 60% 99.572 262.963 52,59 168,59 221,18

7 2.020 169.494 65% 110.171 281.094 56,22 185,34 241,56

8 2.021 173.035 70% 121.124 312.455 62,49 204,05 266,55

9 2.022 176.575 75% 132.431 345.890 69,18 221,73 290,90

10 2.023 180.250 80% 144.200 371.798 74,36 239,97 314,33

11 2.024 183.793 85% 156.224 413.308 82,66 258,44 341,11

12 2.025 187.338 90% 168.604 478.248 95,65 278,93 374,57

13 2.026 190.877 95% 181.334 532.811 106,56 299,98 406,55

14 2.027 194.422 98% 190.533 598.009 119,60 315,20 434,80

15 2.028 198.113 98% 194.151 598.009 119,60 321,19 440,79

16 2.029 201.660 98% 197.627 598.009 119,60 326,94 446,54

17 2.030 205.206 98% 201.102 598.009 119,60 332,69 452,29

18 2.031 208.751 98% 204.576 598.009 119,60 338,43 458,04

19 2.032 212.302 98% 208.056 598.009 119,60 344,19 463,79

20 2.033 216.160 98% 211.837 598.009 119,60 350,45 470,05 Fonte: SERENCO, 2013

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100

Para o cálculo das demandas foram utilizadas as seguintes premissas:

Simultaneidade de 70% da população flutuante;

Consumo per capta e perdas = conforme estudo da FGV para a 2ª

revisão quinquenal;

Vazão de infiltração = 0,2 l / s.km;

Coeficiente de retorno = 0,8.

Quanto à ETE, a capacidade atual de 160 l/s corresponde ao atendimento, de

acordo com as premissas utilizadas, de uma população de 74.000 habitantes,

se considerarmos que toda esta população possui coleta através de redes

separadoras.

Já existe um valor previsto de investimento para ampliação da ETE existente

em 2.014 que, atualizado, é de R$ 8.970.564,78, valor este que será deduzido

do montante de investimentos necessários.

Como o sistema unitário deverá continuar operando, sendo substituído

gradativamente pelo sistema separador, vamos considerar um investimento de

ampliação da ETE existente no ano 2.014 (aumento para atender uma

população adicional de 70.000 habitantes), desta forma atendendo até o ano

2.023.

Deverão existir, em todas as unidades de tratamento, grupos geradores a fim

de garantir o funcionamento mesmo sem o fornecimento de energia elétrica.

A ordem de prioridade adotada para atendimento da população com redes

separadoras levou em conta a densidade populacional, ou seja, as bacias com

maior população serão atendidas prioritariamente, igualmente o Cenário 2.

Desta forma, o cronograma de execução de cada bacia, segundo o Cenário 3,

é o seguinte.

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101

Tabela 52 – Cenário 3 – cronograma (2.014 a 2.020)

BACIA ATENDIMENTO 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

1 10,57%

2 (L) 24,34%

2 (S) 4,55%

3 6,84%

4 0,36%

5 0,78%

6 3,97%

7 4,63%

8 4,20%

9 (N) 2,74%

9 (O) 0,42%

10 (N) 2,62%

11 (N) 16,87%

11 (S) 9,61%

12 0,50%

INV. REDE COLETORA, LIGAÇÕES, EEE E LR (R$)

20.574.606,06 20.574.606,06 27.965.189,24 35.355.772,43 25.436.399,93 12.615.507,83 10.425.425,56

INV. PROJETO (R$) 617.238,18 617.238,18 838.955,68 1.060.673,17 763.092,00 378.465,23 312.762,77

INV. ETE (R$) 17.060.400,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

PREVISÃO INV. PROLAGOS -8.970.564,78

INV. TOTAL (R$) 29.281.679,46 21.191.844,24 28.804.144,92 36.416.445,60 26.199.491,93 12.993.973,06 10.738.188,33

Fonte: SERENCO, 2013

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102

Tabela 53 - Cenário 3 – cronograma (2.021 a 2.027)

BACIA ATENDIMENTO 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027

1 10,57%

2 (L) 24,34%

2 (S) 4,55%

3 6,84%

4 0,36%

5 0,78%

6 3,97%

7 4,63%

8 4,20%

9 (N) 2,74%

9 (O) 0,42%

10 (N) 2,62%

11 (N) 16,87%

11 (S) 9,61%

12 0,50%

INV. REDE COLETORA, LIGAÇÕES, EEE E LR (R$)

15.324.792,59 16.844.289,67 14.795.281,76 22.768.527,14 35.893.144,96 25.547.537,53 32.141.828,72

INV. PROJETO (R$) 459.743,78 505.328,69 443.858,45 683.055,81 1.076.794,35 766.426,13 964.254,86

INV. ETE (R$) 0,00 0,00 16.572.960,00 0,00 0,00 0,00 0,00

PREVISÃO INV. PROLAGOS

INV. TOTAL (R$) 15.784.536,37 17.349.618,35 31.812.100,21 23.451.582,95 36.969.939,31 26.313.963,66 33.106.083,58

Fonte: SERENCO, 2013

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103

Tabela 54 - Cenário 3 – cronograma (2.028 a 2.033)

BACIA ATENDIMENTO 2028 2029 2030 2031 2032 2033

1 10,57%

2 (L) 24,34%

2 (S) 4,55%

3 6,84%

4 0,36%

5 0,78%

6 3,97%

7 4,63%

8 4,20%

9 (N) 2,74%

9 (O) 0,42%

10 (N) 2,62%

11 (N) 16,87%

11 (S) 9,61%

12 0,50%

INV. REDE COLETORA, LIGAÇÕES, EEE E LR (R$)

0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

INV. PROJETO (R$) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

INV. ETE (R$) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

PREVISÃO INV. PROLAGOS

INV. TOTAL (R$) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Fonte: SERENCO, 2013

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104

MUNICÍPIO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

PROGRAMA 1 Rede coletora, ligações domiciliares, estações elevatórias e linhas de recalque

OBJETIVO 1.1 Implantação de unidades de coleta e transporte de esgoto

FUNDAMENTAÇÃO Para aumento do atendimento da população com redes separadoras, estas unidades deverão ser implantadas

MÉTODO DE MONITORAMENTO

(INDICADOR) (População atendida / população da área de concessão) / 100

METAS

IMEDIATA - ATÉ 3 ANOS CURTO PRAZO - 4 A 9 ANOS MÉDIO PRAZO - 10 A 15 ANOS LONGO PRAZO - 16 A 20 ANOS

Bacia 2-L e parte da Bacia 11-N Parte das Bacias 11-N e 2-S e Bacias

11-S, 1 e 3 Parte da Bacia 2-S e Bacias 4, 5, 6, 7, 8, 9-N, 9-O, 10-N e

12

PROJETOS E AÇÕES

CÓDIGO DESCRIÇÃO PRAZOS/INVESTIMENTOS (R$)

POSSÍVEIS FONTES DE RECURSOS IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

1.1.1 Execução da Bacia 2-L e parte da Bacia 11-N 69.114.401,36 Recursos Municipais, Estaduais e

Federais

1.1.2 Execução de parte das Bacias 11-N e 2-S e execução das

Bacias 11-S, 1 e 3 116.002.188,01

Recursos Municipais, Estaduais e Federais

1.1.3 Execução de parte da Bacia 2-S e execução das Bacias

4, 5, 6, 7, 8, 9-N, 9-O, 10-N e 12 131.146.320,11

Recursos Municipais, Estaduais e Federais

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105

MUNICÍPIO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

PROGRAMA 2 Estação de tratamento de esgoto

OBJETIVO 2.1 Ampliação da ETE São Pedro

FUNDAMENTAÇÃO Com o aumento da população atendida será necessária a ampliação da ETE existente

MÉTODO DE MONITORAMENTO

(INDICADOR) Vazão de tratamento

METAS

IMEDIATA - ATÉ 3 ANOS CURTO PRAZO - 4 A 9 ANOS MÉDIO PRAZO - 10 A 15 ANOS LONGO PRAZO - 16 A 20 ANOS

Ampliação da ETE São Pedro Ampliação da ETE São Pedro

PROJETOS E AÇÕES

CÓDIGO DESCRIÇÃO PRAZOS/INVESTIMENTOS (R$)

POSSÍVEIS FONTES DE RECURSOS IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

2.1.1 Ampliação da ETE São Pedro para atendimento de

uma população adicional de 70.000 hab. 17.060.400,00

Recursos Municipais, Estaduais e Federais

2.1.2 Ampliação da ETE São Pedro para atendimento de

uma população adicional de 68.000 hab. 16.572.960,00

Recursos Municipais, Estaduais e Federais

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106

MUNICÍPIO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

PROGRAMA 3 Projeto do sistema de esgotamento sanitário (redes separadoras)

OBJETIVO 3.1 Elaboração de projetos executivos das unidades do sistrema a serem implantadas

FUNDAMENTAÇÃO Para a execução das obras previstas neste cenário, é necessária a existência de projetos executivos

MÉTODO DE MONITORAMENTO

(INDICADOR) Bacias atendidas

METAS

IMEDIATA - ATÉ 3 ANOS CURTO PRAZO - 4 A 9 ANOS MÉDIO PRAZO - 10 A 15 ANOS LONGO PRAZO - 16 A 20 ANOS

Projetos dos itens 1.1.1 e 2.1.1 Projetos do item 1.1.2 Projetos dos itens 1.1.3 e 2.1.2

PROJETOS E AÇÕES

CÓDIGO DESCRIÇÃO PRAZOS/INVESTIMENTOS (R$)

POSSÍVEIS FONTES DE RECURSOS IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

3.1.1 Elaboração de projetos para unidades dos itens

1.1.1 e 2.1.1 2.073.432,04

Recursos Municipais, Estaduais e Federais

3.1.2 Elaboração de projetos para unidades do item

1.1.2 3.480.065,64

Recursos Municipais, Estaduais e Federais

3.1.3 Elaboração de projetos para unidades dos itens

1.1.3 e 2.1.2 3.934.389,60

Recursos Municipais, Estaduais e Federais

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107

Tabela 55 – Investimentos necessários – redes coletoras, ligações domiciliares, estações elevatórias e linhas de recalque

MUNICÍPIO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO

PROGRAMA OBJETIVO CÓD. PRAZOS

IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

Rede coletora, ligações

domiciliares, EEE e linhas de recalque

Implantação de unidades de coleta e transporte de esgoto

1.1.1 69.114.401,36

1.1.2 116.002.188,01

1.1.3 131.146.320,11

Total de investimentos necessários 69.114.401,36 116.002.188,01 131.146.320,11 0,00

Tabela 56 – Investimentos necessários – ETE

MUNICÍPIO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO

PROGRAMA OBJETIVO CÓD. PRAZOS

IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

ETE Ampliação da ETE São Pedro 2.1.1 17.060.400,00

2.1.2 16.572.960,00

Total de investimentos necessários 17.060.400,00 0,00 16.572.960,00 0,00

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108

Tabela 57 – Investimentos necessários – Projetos

MUNICÍPIO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO

PROGRAMA OBJETIVO CÓD. PRAZOS

IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

Projetos Elaboração de projetos executivos

3.1.1 2.073.432,04

3.1.2 3.480.065,64

3.1.3 3.934.389,60

Total de investimentos necessários 2.073.432,04 3.480.065,64 3.934.389,60 0,00

Tabela 58 – Investimentos necessários – Resumo

MUNICÍPIO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO

PROGRAMA PRAZOS

IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

Rede coletora, ligações domiciliares, EEE e linhas de recalque 69.114.401,36 116.002.188,01 131.146.320,11 0,00

ETE 17.060.400,00 0,00 16.572.960,00 0,00

Projetos 2.073.432,04 3.480.065,64 3.934.389,60 0,00

Total de investimentos necessários 88.248.233,40 119.482.253,65 151.653.669,71 0,00

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109

Levando-se em consideração que a tarifa consiga suportar apenas o aumento

das despesas operacionais devido ao aumento do atendimento da população,

os valores demonstrados como investimentos totais são os que deverão ser

suportados, anualmente, por recursos municipais, estaduais ou federais,

(subtraindo a quantia de R$ 8.970.564,78 que são investimentos previstos em

ETEs pela Prolagos) já que os valores previstos no atual plano de

investimentos continuarão a ser usados conforme pré-estabelecidos. Como

estes sistemas serão operados pela Concessionária, os projetos e a execução

deverão ser de comum acordo entre os envolvidos.

3.3.3.5 Comparativo entre os cenários 2 e 3

A seguir serão feitos alguns comparativos entre os cenários 2 e 3, a fim de

embasar decisões futuras.

Figura 2 – Comparativo atendimento da população (cenários 2 e 3)

Fonte: SERENCO, 2013

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110

Tabela 59 – Comparativo de investimentos (Cenários 2 e 3)

Ano Investimentos totais

Cenário 2 Cenário 3

2014 18.902.000,65 29.281.679,46

2015 10.812.165,43 21.191.844,24

2016 10.812.165,43 28.804.144,92

2017 10.812.165,43 36.416.445,60

2018 11.551.771,16 26.199.491,93

2019 18.208.222,80 12.993.973,06

2020 18.208.222,80 10.738.188,33

2021 18.208.222,80 15.784.536,37

2022 12.038.200,21 17.349.618,35

2023 14.596.254,18 31.812.100,21

2024 11.226.287,80 23.451.582,95

2025 11.226.287,80 36.969.939,31

2026 14.808.337,43 26.313.963,66

2027 33.922.578,35 33.106.083,58

2028 15.239.140,21 0,00

2029 23.451.582,95 0,00

2030 38.059.528,31 0,00

2031 25.224.374,65 0,00

2032 33.106.083,58 0,00

2033 0,00 0,00

Total 350.413.591,97 350.413.591,97

Fonte: SERENCO, 2013

Figura 3 – Comparativo de investimentos (Cenários 2 e 3)

Fonte: SERENCO, 2013

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111

Para a região não concedida, que corresponde à área rural e também aos 2%

da população da área urbana que não existe previsão de atendimento com

redes separadoras nos cenários 2 e 3, deverá haver atendimento através de

soluções individuais.

Para a estimativa de investimentos desta parcela da população foram utilizadas

as seguintes premissas:

Devido à falta de informações sobre as atuais condições de

atendimento, foi considerado que todos os domicílios desta área

necessitarão de investimentos para serem atendidos;

Para o cálculo da população da área não concedida ao longo do

período de projeto, foi mantida a mesma taxa de urbanização do Cwnso

2.010.

Foi utilizada a taxa de 3,45 habitantes por domicílio;

Valor de investimento retirado dos itens nº 74197/001 e 74198/002 da

Tabela SINAPI (serviços) para o Estado do Rio de Janeiro (ref:

junho/2.013) correspondentes à execução de fossa séptica e

sumidouro;

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112

Tabela 60 – investimentos estimados para a área não concedida

POPULAÇÃO NÃO ATENDIDA

ANO ÁREA URBANA

(hab.) ÁREA RURAL

(hab.) DOMICÍLIOS

(ud)

INCREMENTO DE DOMICÍLIOS

(ud)

INVESTIMENTO ESTIMADO (R$)

1 2.014 1.826 5954 2.255 2.255 7.216.924,55

2 2.015 1.872 6103 2.311 56 179.222,96

3 2.016 1.918 6252 2.368 57 182.423,37

4 2.017 1.964 6402 2.424 56 179.222,96

5 2.018 2.010 6551 2.481 57 182.423,37

6 2.019 2.055 6700 2.537 56 179.222,96

7 2.020 2.101 6850 2.594 57 182.423,37

8 2.021 2.147 6999 2.651 57 182.423,37

9 2.022 2.193 7149 2.707 56 179.222,96

10 2.023 2.239 7298 2.764 57 182.423,37

11 2.024 2.284 7447 2.820 56 179.222,96

12 2.025 2.330 7597 2.877 57 182.423,37

13 2.026 2.376 7746 2.933 56 179.222,96

14 2.027 2.422 7896 2.990 57 182.423,37

15 2.028 2.468 8045 3.047 57 182.423,37

16 2.029 2.514 8194 3.103 56 179.222,96

17 2.030 2.559 8344 3.160 57 182.423,37

18 2.031 2.605 8493 3.216 56 179.222,96

19 2.032 2.651 8642 3.273 57 182.423,37

20 2.033 2.697 8792 3.330 57 182.423,37

Total 10.657.365,30

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113

MUNICÍPIO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

PROGRAMA 4 Tratamento

OBJETIVO 4.1 Implantação de soluções individuais

FUNDAMENTAÇÃO Para o atendimento da população não atendida por sistema coletivo referente a áreas rurais e urbanas (2% não atendidas), deverão

ser previstas soluções individuais.

MÉTODO DE MONITORAMENTO

(INDICADOR) Atendimento da população

METAS

IMEDIATA - ATÉ 3 ANOS CURTO PRAZO - 4 A 9 ANOS MÉDIO PRAZO - 10 A 15 ANOS LONGO PRAZO - 16 A 20 ANOS

Implantação de soluções individuais

Implantação de soluções individuais Implantação de soluções individuais Implantação de soluções individuais

PROJETOS E AÇÕES

CÓDIGO DESCRIÇÃO PRAZOS/INVESTIMENTOS (R$)

POSSÍVEIS FONTES DE RECURSOS IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

4.1.1 Implantação de soluções individuais 7.578.570,88 Recursos Municipais, Estaduais e Federais

4.1.2 Implantação de soluções individuais 1.084.938,99 Recursos Municipais, Estaduais e Federais

4.1.3 Implantação de soluções individuais 1.088.139,40 Recursos Municipais, Estaduais e Federais

4.1.4 Implantação de soluções individuais 905.716,03 Recursos Municipais, Estaduais e Federais

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114

3.3.3.6 Propostas adicionais

3.3.3.6.1. Aspectos operacionais

Quanto ao aspecto operacional do sistema de esgotamento sanitário, é necessário

que se garanta seu pleno funcionamento mesmo com falta de fornecimento de

energia elétrica, evitando a contaminação do meio ambiente com a sua parada

temporária. Desta forma propõe-se que sejam instalados grupos geradores em todas

as estações elevatórias, já que a ETE contava com este equipamento no momento

da visita técnica para elaboração do diagnóstico.

Também é necessário que sejam instalados equipamentos reservas nas unidades

que contam com apenas um conjunto moto-bomba.

3.3.3.6.2. Novos empreendimentos

Para os novos condomínios horizontais e loteamentos, o proprietário deve ser o

responsável pelo projeto e execução da rede de esgotamento sanitário. Deverá

haver um procedimento entre o setor responsável pela aprovação da Prefeitura e a

Concessionária para que seja estudada a possibilidade de atendimento, as obras

necessárias a este atendimento e para que o projeto elaborado pelo empreendedor

seja aprovado pela Concessionária.

Caso não haja possibilidade de interligação com o sistema existente, o

empreendimento deverá contar com unidade de tratamento própria, aprovada pelo

órgão ambiental e, caso não haja, corpo receptor próximo, o esgoto tratado poderá

ser lançado na galeria de água pluvial.

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115

3.4 Tarifas

Devido aos investimentos necessários mostrados nos itens anteriores, fez-se um

estudo sobre a atual tarifa cobrada pela Concessionária quanto aos sistemas de

abastecimento de água e esgotamento sanitário a fim de se estimar qual parcela de

investimentos pode ser suportado via cobrança tarifária, estudo este que está

detalhado no produto 7.

Através de comparações feitas entre as tarifas atuais da Prolagos e as tarifas

também atuais da CEDAE, da SABESP e também valores disponibilizados pelo

SNIS (sistema nacional de informações sobre saneamento) de tarifas médias

praticadas pelos prestadores de serviços em todo o Brasil, chegou-se à conclusão

que a atual tarifa da Prolagos está no limite superior, sendo mais elevada do que a

grande maioria dos prestadores no Brasil.

Isto não quer dizer que o valor cobrado é abusivo ou injusto, já que os valores são

calculados e estabelecidos conforme regras contratuais e aprovados pela Agência

Reguladora e Poder Concedente. Quer dizer apenas que, no caso dos Municípios

atendidos pela Prolagos, a situação local encontrada anteriormente à concessão dos

serviços à iniciativa privada fez com que fosse preciso um valor maior de tarifa para

cobrir os gastos com investimentos e operação dos sistemas.

A partir destas informações, conclui-se que aumentos tarifários devem ser evitados e

que os valores necessários para a execução das obras de água e esgoto não

previstas no atual contrato (Plano de investimentos constante no Terceiro Termo

Aditivo) devem ser financiadas por outras fontes que não a arrecadação através da

cobrança de tarifas dos usuários.

Quanto às despesas operacionais, poderá haver um aumento se forem adotados os

cenários 2 ou 3, isto porque o número de estações elevatórias de esgoto aumentará,

além da porcentagem de atendimento, que atingirá 98%, valor superior ao que existe

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116

atualmente. Caso semelhante ocorre com o sistema de abastecimento de água,

onde os volumes tratados e transportados aumentarão, fazendo com que as

despesas operacionais também aumentem. Desta forma sugere-se que este

aumento das despesas seja coberto via cobrança tarifária.

3.5 Educação ambiental

É de suma importância que, além dos investimentos para a implantação dos

sistemas de água e esgoto, tenha uma educação ambiental constante da população

usuária destes sistemas.

Pensando nisso, existe uma obrigatoriedade da Agenersa que a Prolagos realize um

plano de educação ambiental em conjunto com o Comitê de Bacia, que é

apresentado para aprovação da Agenersa.

Os programas em andamento foram listados no diagnóstico.

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117

4. DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS

4.1 PROPOSIÇÕES

A proposta Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB), editada em 2011 pelo

Governo Federal, no capítulo correspondente a avaliação política-institucional,

detalha alguns aspectos particulares da gestão e prestação de serviços de

drenagem e manejo de águas pluviais urbanas:

“Dos quatro componentes do setor de saneamento, os serviços de

drenagem e manejo de águas pluviais urbanas são os que apresentam

maior carência de políticas e organização institucional. A urbanização

acelerada e caótica, com a falta de disciplinamento do uso e ocupação do

solo, inclusive das áreas de inundação natural dos rios urbanos, e, ainda, a

falta de investimentos em drenagem das águas pluviais, resultou no

aumento das inundações nos centros urbanos de maneira dramática.

Também o uso do sistema de drenagem para esgotamento sanitário

doméstico e industrial, a não existência de medidas preventivas nas áreas

sujeitas à inundação e a predominância de uma concepção obsoleta nos

projetos de drenagem tem contribuído para a ampliação dessa problemática.

O financiamento das ações é dificultado pela ausência de taxas ou de

formas de arrecadação de recursos específicos para o setor.”

“No conjunto do País, dados da PNSB 2008 indicam que 70,5% dos

municípios possuíam serviços de drenagem urbana, sendo que esse índice

era maior nas Regiões Sul e Sudeste. A existência de um sistema de

drenagem é fortemente associada ao porte da cidade. Todos os 66

municípios brasileiros com mais de 300.000 habitantes, no ano 2000,

independentemente da região em que se encontram, dispunham de um

sistema de drenagem urbana, enquanto que, para municípios com até 20 mil

habitantes, o índice de municípios com sistema de drenagem se encontrava

abaixo da média nacional. Em 2008, 99,6% dos municípios tinham seus

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118

sistemas de drenagem administrados diretamente pelas prefeituras, sendo

predominantemente vinculados às secretarias de obras e serviços públicos.

Apenas 22,5% dos municípios do País declararam possuir plano diretor de

drenagem urbana.”

4.2 SISTEMATIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES

A Sistemática CDP aplicada normalmente na elaboração dos Planos Municipais de

Saneamento Básico apresenta basicamente um método de ordenação criteriosa e

operacional dos problemas e fatos, resultantes de pesquisas e levantamentos,

proporcionando apresentação compreensível e compatível com a situação atual da

cidade, ou seja, do Diagnóstico.

A classificação dos elementos segundo Condicionantes/Deficiências/

Potencialidades, (CDP) atribui aos mesmos uma função dentro do processo de

desenvolvimento da cidade. Isto significa que as tendências desse desenvolvimento

podem ser percebidas com maior facilidade.

De acordo com esta classificação é possível estruturar a situação dos Municípios,

conforme segue:

Condicionantes: Elementos existentes no ambiente urbano, planos e decisões

existentes, com consequências futuras no saneamento básico ou no

desenvolvimento do Município, e que pelas suas características e implicações

devem ser levados em conta no planejamento de tomadas de decisões. Exemplos:

rios, morros, vales, o patrimônio histórico e cultural, sistema viário, legislação, etc.

Deficiências: São elementos ou situações de caráter negativo que significam

estrangulamentos na qualidade de vida das pessoas e dificultam o desenvolvimento

do Município.

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119

Potencialidades: São aspectos positivos existentes no Município que devem ser

explorados e/ou otimizados, resultando em melhoria da qualidade de vida da

população.

As deficiências e as potencialidades podem ter as seguintes características:

técnicas, naturais, culturais, legais, financeiras, sociais, administrativas e

econômicas.

A utilização da sistemática CDP possibilita classificar todos os aspectos levantados

nas leituras técnicas e comunitárias (diagnóstico) nestas três categorias, visando a

montagem dos cenários, identificando as ações prioritárias e as tomadas de

decisões.

A tabela a seguir apresenta a aplicação do método.

Page 120: ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO … · ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - RJ PRODUTO 7 Prognósticos:

120

Tabela 61 - Condicionantes, Deficiências e Potencialidades

Setor C D P Fator

Dre

na

ge

m e

Mane

jo d

e Á

gu

as P

luvia

is U

rban

a

Desmatamentos e ocupação desordenada de algumas encostas e dunas, e aterramento de brejais e lagoas, na zona rural e nas 04 regiões urbanas norte, sul, leste e oeste

Instalação de marneis - salinas

Impermeabilização elevada dos solos urbanos pela pavimentação de vias, construção de calçadas, telhados, pisos e pátios

Crescimento acelerado nas últimas décadas da população residente e sazonal

Inexistência de indicadores operacionais, econômico-financeiros, administrativos e de qualidade do atual sistema de drenagem

Falta de arranjo institucional específico para a gestão de drenagem e manejo de águas pluviais urbanas

Inexistência de regulamento com procedimentos para elaboração de projetos, construção, operação e manutenção do sistema de drenagem

Falta de mapeamento atualizado de áreas de risco de alagamentos e deslizamentos com a participação das Associações de Bairros

Baixo índice pluviométrico da Região

Barramentos nos corpos hídricos através de cordão interceptor, estações elevatórias e estação de tratamento de esgoto

Existência de Plano Diretor Municipal, elaborado em 2004

Existência de cadastro de redes pluviais utilizadas como redes coletoras de esgotos sanitários, elaborado pela Concessionaria Prolagos

Prefeitura Municipal de São Pedro da Aldeia conta com um corpo técnico especializado na Secretaria Municipal de Urbanismo e Serviços Públicos

Defesa Civil muito bem estruturada

Existência de Grupo de Trabalho – Mudanças Climáticas, junto ao Comitê de Bacias - CBHLSJ

Existência do Consórcio Intermunicipal Lagos São João

Existência de diferentes programas de apoio estabelecidos pela SEA/INEA

Existência de Plano de Contingências de Proteção e Defesa Civil – PLANCON, recém elaborado com a participação das Associações de Bairros

Continua...

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121

Continuação.

Setor C D P Fator

Dre

na

ge

m e

Mane

jo d

e Á

gu

as P

luvia

is U

rban

as

Existência de Plano da Bacia Hidrográfica da Região dos Lagos e do Rio São João

Monitoramento da qualidade das águas dos corpos receptores de águas pluviais mais esgotos sanitários tratados

Existência do sistema de tomada em tempo seco, operado pela Prolagos, utilizando a rede de drenagem de águas pluviais para coleta dos esgotos sanitários

Inexistência de Plano Diretor de Drenagem, definindo áreas de intervenção prioritária e prazos de execução

Mau dimensionamento das redes de micro e macrodrenagem, projetadas em épocas passadas, sem considerar a atual expansão da malha urbana e aumento das áreas impermeáveis

Necessidade de busca de nova solução para drenagem de águas pluviais e coleta de esgotos sanitários através de sistema separativo

Existência de fábrica de tubos de concreto sob a responsabilidade da Prefeitura Municipal de São Pedro da Aldeia

Limpeza contínua dos canais que cortam o território municipal

Barramento das águas pluviais ocasionado pelas rodovias que cruzam a Região

Existência na Região de 02 estações pluviográficas operadas pelo INMET/CPRM

Assinatura de Acordo de Cooperação Técnica entre o Ministério Italiano do Meio Ambiente e da Tutela do Território e do Mar e o INEA/DIMFIS, tendo em vista a otimização da gestão de risco de desastres naturais.

A aplicação do CDP apresentada na tabela anterior, abre o caminho para aplicação

da metodologia proposta para construção dos Cenários Futuros para São Pedro da

Aldeia.

A sequência do trabalho obedece a metodologia descrita e proposta para a

construção dos cenários futuros, de acordo com os parâmetros a seguir

identificados:

I - Ameaças e oportunidades do atual modelo de gestão:

- primeiro são elencadas todas as ameaças e oportunidades do atual

modelo de gestão da drenagem e do manejo de águas pluviais do

Município;

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122

II - A identificação das ameaças críticas através de matriz numérica;

- segunda etapa consiste em identificar as prioridades, através do

produto das Relevâncias e Incertezas de cada Ameaça, anteriormente

elencadas. Sendo os índices de relevância e incerteza os seguintes:

III - A convergência das ameaças críticas, e,

IV - A hierarquização dos principais temas.

Na última etapa é realizada a hierarquização por ordem decrescente, do grupo que

mais pontuou, para o que menos pontuou.

Tabela 62 - Ameaças e Oportunidades do atual modelo de gestão.

Item Ameaças Oportunidades

I

Desmatamentos e ocupação desordenada de algumas encostas e dunas, e aterramento de brejais e lagoas, na zona rural e nas 04 regiões urbanas norte, sul, leste e oeste

Existência de Plano Diretor Municipal de Desenvolvimento Sustentável, elaborado em 2004

II

Impermeabilização elevada dos solos urbanos pela pavimentação de vias, construção de calçadas, telhados, pisos e pátios

Baixo índice pluviométrico da Região.

III Crescimento acelerado nas últimas décadas da população residente e sazonal

Existência de Plano Diretor Municipal de Desenvolvimento Sustentável, elaborado em 2004

IV

Inexistência de indicadores operacionais, econômico-financeiros, administrativos e de qualidade do atual sistema de drenagem

Existência de diferentes programas de apoio estabelecidos pela SEA/INEA. Monitoramento pela Prolagos e INEA, da qualidade das águas dos corpos receptores de águas pluviais mais esgotos sanitários tratados pela Prolagos.

V

Falta de arranjo institucional específico para a gestão de drenagem e manejo de águas pluviais urbanas

Prefeitura Municipal de São Pedro da Aldeia conta com um Corpo Técnico especializado na Secretaria Municipal de Obras. Existência de Consórcio Intermunicipal Lagos São João. PLANSAB exige definição institucional para gestão da drenagem e manejo de águas pluviais

PRIORIDADE = RELEVÂNCIA X INCERTEZA Alta = 05 Média = 03 Baixa = 01

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123

Item Ameaças Oportunidades

VI

Inexistência de regulamento com procedimentos para elaboração de projetos, construção, operação e manutenção do sistema de drenagem

Existência de Grupo de Trabalho – Mudanças Climáticas junto ao Comitê de Bacias – CBHLSJ. Existência de Plano de Bacia Hidrográfica da Região dos Lagos e do Rio São João.

VII

Falta de mapeamento atualizado de áreas de risco de alagamentos e deslizamentos com a participação das Associações de Bairros

Apoio da Defesa Civil Estadual e local. Verbas disponíveis no PAC Prevenção

VIII

Existência do sistema de tomada em tempo seco, operado pela Prolagos, utilizando a rede de drenagem de águas pluviais para coleta dos esgotos sanitários

Necessidade de busca de nova solução para drenagem de águas pluviais e coleta de esgotos sanitários através de sistema separativo. Existência de comportas para controle de nível de descarga de águas pluviais e esgotos sanitários, operandos pela Prolagos. Barramentos nos corpos hídricos através de cordão interceptor, estações elevatórias e de tratamento de esgotos.

IX

Inexistência de Plano Diretor de Drenagem, definindo áreas de intervenção prioritária e prazos de execução

------------------------------

X

Mau dimensionamento das redes de micro e macrodrenagem, projetadas em épocas passadas, sem considerar a atual expansão da malha urbana e aumento das áreas impermeáveis

Recomposição continua de pavimentos afundados após precipitações pluviométricas significativas. Existência de cadastro de redes pluviais utilizadas como redes coletoras de esgotos sanitários, elaborado pela Concessionária Prolagos.

XI Barramento das águas pluviais ocasionado pelas rodovias que cruzam a Região

-

Tabela 63 - Modelo Numérico para Ponderação das Ameaças. Item Ameaças Relevância

(1) Incerteza

(2) Prioridade

(3)

I

Desmatamentos e ocupação desordenada de algumas encostas e dunas, e aterramento de brejais e lagoas, na zona rural e nas 04 regiões urbanas norte, sul, leste e oeste

5 5 25

Continua...

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124

Continuação.

II

Impermeabilização elevada dos solos urbanos pela pavimentação de vias, construção de calçadas, telhados, pisos e pátios

5 5 25

II Crescimento acelerado nas últimas décadas da população residente e sazonal

5 3 15

IV

Inexistência de indicadores operacionais, econômico-financeiros, administrativos e de qualidade do atual sistema de drenagem

3 3 09

V Falta de arranjo institucional específico para a gestão de drenagem e manejo de águas pluviais urbanas

5 5 25

VI

Inexistência de regulamento com procedimentos para elaboração de projetos, construção, operação e manutenção do sistema de drenagem

5 3 15

VII Falta de mapeamento atualizado de áreas de risco de alagamentos e deslizamentos

5 5 25

VIII

Existência do sistema de tomada em tempo seco, operado pela Prolagos, utilizando a rede de drenagem de águas pluviais para coleta dos esgotos sanitários

5 3 15

IX

Inexistência de Plano Diretor de Drenagem, definindo áreas de intervenção prioritária e prazos de execução

5 5 25

X

Mau dimensionamento das redes de micro e macrodrenagem, projetadas em épocas passadas, sem considerar a atual expansão da malha urbana e aumento das áreas impermeáveis

3 3 09

XI Barramento das águas pluviais ocasionado pelas rodovias que cruzam a Região

5 3 15

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125

Convergências das Ameaças Críticas

Após a definição dos valores de prioridades, as ameaças foram agrupadas em

quatro itens: Hidrologia, Microdrenagem, Macrodrenagem, Defesa Civil e Gestão do

Sistema.

A seguir estão apresentadas ameaças agrupadas, e ordenadas de acordo com as

que receberam maior pontuação, consideradas de maior prioridade para busca de

ações:

4.2.1 Hidrologia

Tabela 64 – Ameaças programa 1 – Hidrologia

Item Ameaça Prioridade

VI Inexistência de regulamento com procedimentos para elaboração de projetos, construção, operação e manutenção do sistema de drenagem

15

15

4.2.2 Microdrenagem

Tabela 65 – Ameaças programa 2 – Microdrenagem

Item Ameaça Prioridade

II Impermeabilização elevada dos solos urbanos pela pavimentação de vias, construção de calçadas, telhados, pisos e pátios

25

VIII Existência do sistema de tomada em tempo seco, operado pela Prolagos, utilizando a rede de drenagem de águas pluviais para coleta dos esgotos sanitários

15

X

Mau dimensionamento das redes de micro e macrodrenagem, projetadas em épocas passadas, sem considerar a atual expansão da malha urbana e aumento das áreas impermeáveis

09

49

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126

4.2.3 Macrodrenagem

Tabela 66 – Ameaças programa 3 – Macrodrenagem

Item Ameaça Prioridade

IX Inexistência de Plano Diretor de Drenagem, definindo áreas de intervenção prioritária e prazos de execução

25

XI Barramento das águas pluviais ocasionado pelas rodovias que cruzam a Região

15

40

4.2.4 Defesa Civil

Tabela 67 – Ameaças programa 4 – Defesa Civil

Item Ameaça Prioridade

VII Falta de mapeamento atualizado de áreas de risco de alagamentos e deslizamentos

25

25

4.2.5 Gestão do Sistema

Tabela 68 – Ameaças programa 5 – Gestão do Sistema

Item Ameaça Prioridade

V Falta de arranjo institucional específico para a gestão de drenagem e manejo de águas pluviais urbanas

25

I

Desmatamentos e ocupação desordenada de algumas encostas e dunas, e aterramento de brejais e lagoas, na zona rural e nas 04 regiões urbanas norte, sul, leste e oeste

25

II Crescimento acelerado nas últimas décadas da população residente e sazonal

15

IV Inexistência de indicadores operacionais, econômico-financeiros, administrativos e de qualidade do atual sistema de drenagem

09

74

Pela pontuação das ameaças é possível observar que a Gestão do Sistema

apresenta o maior número de pontos, seguida pela Microdrenagem,

Macrodrenagem, Defesa Civil e por último, pela Hidrologia.

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127

O modelo aplicado poderia conduzir a situações diferenciadas, priorizando as outras

ameaças. Combinando-se entre si as convergências pontuadas nos cinco setores

selecionados é possível estabelecer a seguinte estrutura básica alternativa.

Figura 4 – Pontuação por programas

Fonte: SERENCO, 2013.

Sendo possível a seguinte integração.

Figura 5 – Integração das Alternativas

Fonte: SERENCO, 2013

Por esta imagem, é possível verificar que a pontuação da Gestão do Sistema

acrescida de Defesa Civil alcançou 99 pontos e a pontuação de Microdrenagem,

Macrodrengem e Hidrologia alcançou 104 pontos. Esses números sugerem a

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128

montagem dos cenários a partir da Gestão do Sistema e Defesa Civil e então

Hidrologia, Microdrenagem e Macrodrenagem.

Para melhor entendimento metodológico e para o detalhamento dos prognósticos

pesquisados optou-se pela seguinte sequência:

Hidrologia;

Microdrenagem;

Macrodrenagem;

Gestão do Sistema, e,

Defesa Civil.

4.3 CENÁRIOS MILOGRANA, J (2009)

A tese de doutorado MILOGRANA.J, Sistemática de Auxílio à Decisão para a

Seleção de Alternativas de Controle de Inundações Urbanas, UNB, 2009,

Brasília/DF, apresenta contribuições bastante interessantes para a construção de

cenários, as quais destacam-se a seguir:

a) Inundações lentas ou fluviais, em regiões planas;

b) Inundações rápidas ou por chuvas torrenciais;

c) Inundações por escoamento urbano, em pequenas bacias até 10km2;

d) Inundações pelas torrentes, em áreas com declividades acima de 6%;

e) Submersões marinhas;

f) Inundações estuarinas;

g) Inundações por remanso da rede de drenagem pluvial, e,

h) Inundações por elevação do nível do Lençol Freático.

Dessas, as mais representativas para a Região dos Lagos, são: a), b), c), d) e g).

Outra contribuição refere-se a elaboração de mapa com curvas de cheias (cota

vermelha) com definição de inundação x prejuízo para diferentes categorias de

propriedades, com publicação de Manuais Blue, Red e Yellow, recomendados pelo

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129

MOFHRC – Middlesex Polytechnic Fload Hazard Research Center, do Reino Unido,

para definição de danos causados pelas inundações.

Ainda, são relacionadas algumas medidas mitigadoras a serem levadas em

consideração, tais como:

a) Poços de infiltração;

b) Valas, valetas e planos de infiltração;

c) Trincheiras de infiltração e detenção;

d) Pavimentos permeáveis com estrutura de detenção e infiltração;

e) Telhados armazenadores;

f) Bacias de retenção ou detenção de cheias:

i. A céu aberto (parques urbanos);

ii. Áreas úmidas;

iii. Bacias subterrâneas.

g) Diques, e,

h) Canais de desvio.

Finalmente, sugere que o aumento na eficiência do escoamento poderá se dar

através de:

a) Dragagem (limpeza) de tubulações, galerias, canais e leitos de rios;

b) Substituições dos revestimentos de canais, e,

c) Retificação de canais.

Recomenda também, que os projetos deverão obedecer os critérios hidrológicos

determinados para a Região, bem como a vulnerabilidade (susceptibilidade e valor)

das áreas sujeitas às inundações.

A partir dessas principais considerações propõem a construção de quatro cenários.

A. Sem medidas de controle de inundações, ou seja, desocupação das áreas

alagadas com relocações;

B. Controle de cheias através de barramentos;

C. Construção de diques de contenção, com adequação de pontes e faixas de

domínio com canais paralelos, e,

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130

D. Sistema de Previsão e Alerta pela instalação de sensores de precipitação de

nível, datalogger, transmissor e software de comunicação.

4.4 CENÁRIOS PLANSAB

O Plano Nacional de Saneamento Básico – PLANSAB, orientou-se pela realização

de cinco Seminários Regionais, um em cada Região do País, apoiado em diversos

eventos, os quais possibilitaram a construção de três cenários plausíveis (hipóteses)

para a Política de Saneamento Básico no Brasil, apoiados em:

Política macroeconômica;

Papel do Estado/Marco Regulatório/Relação Interfederativa;

Gestão, Gerenciamento, Estabilidade e Continuidade de Políticas Públicas,

Participação e Controle Social;

Investimentos no setor, e,

Matriz Tecnológica/Disponibilidade de Recursos Hídricos.

Dos três cenários construídos o Cenário 1 foi eleito como o de preferência para a

Política de Saneamento Básico no País.

Para a consolidação do cenário normativo proposto, foram elencados 23 indicadores

(07 para o abastecimento de águas, 06 para o esgotamento sanitário, 05 para os

resíduos sólidos, 04 para a gestão e o planejamento, e, 01 para a drenagem e o

manejo das águas pluviais urbanas), sendo estabelecidas metas para cada indicador

nas diferentes macrorregiões do País, para os anos 2015, 2020 e 2030.

Ainda para drenagem e manejo das águas pluviais urbanas, quatro componentes

básicos foram considerados:

A implantação de sistemas de drenagem nas áreas de expansão urbana;

A reposição desses ao longo do horizonte de simulação;

A reposição dos sistemas de drenagem clássicos (macrodrenagem)

existentes nos municípios, ao longo do período, tendo por foco a redução do

risco de inundação, e,

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131

Adequação dos sistemas de drenagem em áreas urbanizadas que sofrem

com inundações.

Não se incluem os custos relacionados a desapropriação ou aquisição de terrenos,

nem as obras de microdrenagem. Os custos para a expansão e reposição dos

sistemas de drenagem foram estimados para a Região Sudeste, conforme segue:

Tabela 69 - Necessidade de investimentos em drenagem e manejo de águas pluviais urbanas entre o ano base de 2011 e os anos 2015, 2020 e 2030.

Natureza dos Investimentos 2011 a 2015

2011 a 2020

2011 a 2030

Expansão 2.832 5.520 8.568

Reposição 1.535 3.023 6.083

Total (x) 4.367 8.543 14.651 (x)

em milhões de reais. Fonte: PLANSAB, 2011.

Ainda o PLANSAB, 2011, detalha que em média 36% dos investimentos em

expansão correspondem à implantação de sistemas em áreas de expansão urbana

e 64% correspondem aos custos associados aos danos nas áreas já urbanizadas.

Em reposição, em média, no País, 63% correspondem à reposição do patrimônio

atualmente existente e 37% à reposição dos sistemas que serão implantados em

áreas de expansão urbana. Logo, em termos de necessidades de investimentos

totais em medidas estruturais e estruturantes para atendimento das metas

estabelecidas foram estimados os valores detalhados na tabela a seguir em milhões

de reais, para todo o País.

Tabela 70 - Necessidade de investimentos totais em drenagem e manejo de águas pluviais urbanas para o País.

Medidas 2015 2020 2030

Estruturais 6.480 12.768 21.817

Estruturantes 10.694 21.099 33.317

Totais 17.173 33.867 55.134 Fonte: PLANSAB, 2011.

Como metas estipuladas para a Região Sudeste, em termos de drenagem e manejo

de águas pluviais urbanas, o indicador recomendado foi o D1 - % de municípios com

inundações e/ou alagamentos ocorridos na área urbana, nos últimos cinco anos,

correspondendo a 51% em 2008, e previsto em 15%, para 2030.

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132

Em termos de gestão dos serviços de saneamento básico, na qual se inclui a

drenagem e o manejo das águas pluviais urbanas, o PLANSAB, 2011, define as

seguintes metas para a Região Sudeste:

Tabela 71 – Metas para gestão dos serviços de saneamento básico na Região Sudeste do País (em %).

INDICADOR ANO (%)

G1.(%)de municípios com órgão de planejamento para as ações e serviços de saneamento básico

2015 40

2020 60

2030 80

G2. (%) de municípios com Plano de Saneamento Básico ou Ambiental

2015 60

2020 80

2030 100

G3.(%)de municípios com serviços públicos de saneamento básico fiscalizados e regulados

2015 40

2020 60

2030 80

G4.(%) de municípios com instância de controle social das ações e serviços de saneamento básico (Conselho de Saneamento ou outro)

2015 60

2020 80

2030 100 Fonte: PLANSAB, 2011.

4.5 CENÁRIO PROPOSTO

Em função do exposto e das ameaças críticas detectadas para o Município de São

Pedro da Aldeia, sugere-se como Cenário Principal, a redução das inundações e/ou

alagamentos nas áreas urbanas do Município através de metas, programas e ações

a seguir detalhadas. Serão levadas em consideração recomendações de

desocupação de áreas alagadas com relocações, execução de barramentos para

regularização de vazões e retenção de cheias, incentivo às ações mitigadoras,

instalação de Sistema de Previsão e Alerta, bem como a instituição de órgão de

planejamento e execução de serviços e obras programadas, a elaboração de Plano

Diretor de Drenagem e finalmente a consolidação do Controle Social pela atuação

efetiva do Conselho Municipal de Meio Ambiente/Saneamento Básico.

A figura a seguir resume o anteriormente exposto.

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133

Figura 6 – Cenários – Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas

Fonte: SERENCO, 2013

4.6 METAS, PROGRAMAS E AÇÕES

Detalham-se a seguir, as principais metas a serem observadas quando da

implementação do PMSB.

4.6.1 Metas qualitativas

Destacam-se as seguintes:

1. Criar em seus cidadãos uma consciência de preservação dos recursos

hídricos e naturais, através de campanhas, cursos curriculares na Rede

Municipal de Ensino e em eventos específicos;

2. Coibir o lançamento de águas servidas e esgotos sanitários, com ou sem

tratamento, na rede de galerias de águas pluviais, que deverão ter o destino

adequado em rede apropriada;

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134

3. Promover a preservação e recuperação de nascentes;

4. Promover a conservação da rede hidrológica, inclusive com a revegetação de

mata ciliar e a renaturalização de canalizações;

5. Promover o controle de erosão em terraplenagens e em terrenos desprovidos

de vegetação;

6. Promover o controle de assoreamento dos corpos d’água;

7. Coibir a deposição de materiais ao longo dos corpos d’água, em especial os

resíduos da construção civil, resíduos orgânicos e o lixo doméstico.

8. Estabelecer plano de uso e ocupação das bacias hidrográficas, em especial

quanto à proteção das áreas de fundos de vale, dos corpos d’água e de áreas

de recarga de aquíferos;

9. Inserir os parâmetros necessários à manutenção da permeabilidade do solo e

ao sistema de retenção de águas das chuvas na política de uso e ocupação

do solo;

10. Promover obras de manutenção de infraestrutura, como a limpeza e o

desassoreamento dos rios, córregos e canais, o redimensionamento de obras

de micro drenagem, a recuperação estrutural de obras de infraestrutura;

11. Executar obras de ampliação de infraestrutura como a construção de galerias,

pontes e travessias e a proteção das margens dos rios, córregos e canais;

12. Promover e incentivar a implantação de vegetação ao longo dos corpos

d’água, nas nascentes, nas cabeceiras e nas áreas de recarga de aquíferos;

13. Promover e incentivar programa para conservação do solo e combate à

erosão, no meio rural e no meio urbano.

Deverá ainda ser desenvolvido um programa de prevenção de alerta contra eventos

críticos de chuvas intensas para proporcionar agilidade na mobilização de ações

emergenciais nos eventos de enchentes, minimizando a possibilidade de maiores

prejuízos materiais e risco a perda de vidas e risco a saúde pública.

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135

Devem também ser definidos parâmetros de impermeabilização de terrenos e as

necessidades de implantação de medidas estruturais com obras de micro e macro

drenagem, a recuperação da rede hidrológica de uma maneira mais ampla, indo

desde a recuperação de nascentes, matas ciliares e até a renaturalização de

córregos, bem como as medidas não estruturais para o controle de

impermeabilização do solo e ainda os programas de educação ambiental.

Sempre que houver novos empreendimentos (loteamentos: condomínios e outros)

deverão ser exigidos projetos de drenagem com previsão de escoamento superficial,

rede subterrânea e bacias de controle de vazão.

4.6.2 Metas quantitativas

Para o alcance das metas estabelecidas no PMSB, está prevista e elaboração de

Estudos, Projetos e Ações que ofereçam subsídios para nortear a implantação das

metas programadas, destacando-se:

Estudo Hidrológico e Hidrodinâmico das Bacias Hidrográficas do Município

com seus hidrogramas de cheias, definição dos escoamentos, estudo de

chuvas intensas, entre outros.

Elaboração do Plano Diretor de Drenagem Urbana, a partir do cadastro da

rede existente, detalhando-se em planta e perfil a micro e macrodrenagem,

possibilitando propor e projetar as intervenções necessárias, desconectando-

se o esgotamento sanitário da rede de águas pluviais, com identificação e

análise do processo de ocupação e uso do solo urbano. Definição de áreas

sujeitas e restrições de uso e intervenções de prevenção e controle de

inundações.

Elaboração de mapas de risco de inundações/deslizamentos associados a

diferentes tempos de recorrência com definição dos coeficientes de

impermeabilização, com definição do zoneamento das áreas inundáveis.

Implantação de Sistema de Prevenção e Alerta com a finalidade de antecipar

a ocorrência de inundações avisando a população e tomando as medidas

necessárias para redução dos danos resultantes da inundação.

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136

Estruturação da Defesa Civil, tendo em vista três fases distintas: prevenção

através de atividades para minimizar as inundações quando as mesmas

ocorrerem; alerta, durante a fase de ocorrência estabelecendo os níveis de

acompanhamento, alerta e emergência e a mitigação, após o evento ter

ocorrido, tendo em vista diminuir os prejuízos, conforme figura a seguir, mapa

de alerta.

Figura 7 – Mapa de Alerta

Fonte: SERENCO, 2013

Gestão do Sistema através de estrutura institucional locada na Prefeitura

Municipal para definição de ações de integração das diferentes estruturas

atualmente disponíveis voltadas à drenagem e manejo das águas pluviais

urbanas, com criação de banco de dados único e arquivo do sistema já

implementado ou projetado.

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137

Estabelecimento de um programa bem definido para erradicação de ligações

clandestinas de esgotos sanitários, de conformidade com a substituição do

sistema de tomada em tempo seco por um sistema separador absoluto.

Estabelecimento de ações para proteção e revitalização dos corpos d’água,

cujo objetivo seja o de melhorar as condições de vida da população através

do envolvimento da comunidade.

Na sequência, apresentam-se as propostas detalhadas, dentro dos 05 (cinco)

Programas sugeridos anteriormente, em formato de fichas com os objetivos,

fundamentação, método de monitoramento, metas, projetos, ações, investimentos e

possíveis fontes de financiamento.

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138

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eve

ser

feit

ole

van

do

em

con

sid

era

ção

oh

istó

rico

de

dad

os

plu

vio

tric

os

exi

ste

nte

sn

are

gião

,ob

serv

and

oas

cara

cte

ríst

icas

fun

dam

en

tais

da

chu

va:

inte

nsi

dad

e,

du

raçã

o,

fre

qu

ên

cia

ed

istr

ibu

ição

.C

om

os

dad

os

ob

tid

os,

én

ece

ssár

ioap

lica

ção

de

um

tod

od

eaj

ust

e,

anál

ise

do

sp

luvi

ogr

amas

,se

leçã

od

asp

reci

pit

açõ

es,

anál

ise

est

atís

tica

das

inte

nsi

dad

es,

ed

ete

rmin

ação

da

rela

ção

inte

nsi

dad

eve

rsu

sd

ura

ção

vers

us

fre

qu

ên

cia,

par

a se

ch

ega

r a

eq

uaç

õe

s q

ue

re

pre

sen

tem

as

chu

vas

inte

nsa

s n

o m

un

icíp

io.

1. E

stu

do

ela

bo

rad

o

FUNDAMENTAÇÃO

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

Elab

ora

ção

do

Est

ud

o d

e C

hu

vas

Inte

nsa

s-

Re

visã

o d

o E

stu

do

de

Ch

uva

s In

ten

sas

LON

GO

PR

AZO

- 1

6 A

20

AN

OS

Re

visã

o d

o E

stu

do

de

Ch

uva

s In

ten

sas

MET

AS

IMED

IATA

- A

TÉ 3

AN

OS

CU

RTO

PR

AZO

- 4

A 9

AN

OS

MÉD

IO P

RA

ZO -

10

A 1

5 A

NO

S

1.1.

1El

abo

raçã

o d

o E

stu

do

de

Ch

uva

s In

ten

sas

120.

000,

00

1.1.

240

.000

,00

Con

sórc

io I

nte

rmu

nic

ipa

l La

gos

São

Jo

ão

Con

sórc

io I

nte

rmu

nic

ipa

l La

gos

São

Jo

ão

Page 139: ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO … · ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - RJ PRODUTO 7 Prognósticos:

139

PR

OG

RA

MA

1

OB

JETI

VO

1.2

IMED

IATO

CU

RTO

MÉD

IOLO

NG

O

MET

AS

IMED

IATA

- A

TÉ 3

AN

OS

CU

RTO

PR

AZO

- 4

A 9

AN

OS

MÉD

IO P

RA

ZO -

10

A 1

5 A

NO

SLO

NG

O P

RA

ZO -

16

A 2

0 A

NO

S

DIG

OD

ESC

RIÇ

ÃO

PR

AZO

S/IN

VES

TIM

ENTO

S (R

$)

Elab

ora

ção

de

Man

ual

par

a O

bra

s

de

Dre

nag

em

--

-

PR

OJE

TOS

E A

ÇÕ

ES

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

1. M

anu

al e

lab

ora

do

MU

NIC

ÍPIO

DE

SÃO

PED

RO

DA

ALD

EIA

- P

LAN

O M

UN

ICIP

AL

DE

SAN

EAM

ENTO

SIC

O

DR

ENA

GEM

E M

AN

EJO

DE

ÁG

UA

S P

LUV

IAIS

UR

BA

NA

S

Hid

rolo

gia

Elab

ora

ção

de

man

ual

par

a o

bra

s d

e d

ren

age

m

FUNDAMENTAÇÃO

As

ob

ras

de

mic

rod

ren

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me

xist

en

tes

no

sm

un

icíp

ios

da

Re

gião

do

sLa

gos,

gera

lme

nte

est

ãovi

ncu

lad

asàs

ob

ras

de

pav

ime

nta

ção

.N

oe

nta

nto

,fa

lta

às

Pre

feit

ura

su

ma

est

rutu

rap

ara

po

de

ran

alis

aro

sp

roje

tos

efi

scal

izar

ae

xecu

ção

de

ssas

ob

ras,

segu

ind

on

orm

asté

cnic

ase

spe

cífi

cas.

Par

ata

nto

,de

verá

ser

ela

bo

rad

o u

m m

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al p

ara

pad

ron

izar

as

ob

ras

de

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nag

em

, co

nte

mp

lan

do

de

sde

a f

ase

de

pro

jeto

s at

é a

exe

cuçã

o d

as m

esm

as.

1.2.

1El

abo

raçã

o d

e M

anu

al p

ara

Ob

ras

de

Dre

nag

em

80.0

00,0

0

PO

SSÍV

EIS

FON

TES

DE

REC

UR

SOS

Con

sórc

io I

nte

rmu

nic

ipa

l La

gos

São

Jo

ão

Page 140: ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO … · ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - RJ PRODUTO 7 Prognósticos:

140

PR

OG

RA

MA

2

OB

JETI

VO

2.1

IMED

IATO

CU

RTO

MÉD

IOLO

NG

O

50.0

00,0

0

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l

-2.

1.1

Leva

nta

me

nto

em

cam

po

300.

000,

00-

-

2.1.

250

.000

,00

50.0

00,0

050

.000

,00

Elab

ora

ção

do

cad

astr

o d

a re

de

de

mic

rod

ren

age

mA

tual

izaç

ão d

o c

adas

tro

Atu

aliz

ação

do

cad

astr

o

LON

GO

PR

AZO

- 1

6 A

20

AN

OS

Atu

aliz

ação

do

cad

astr

o

MET

AS

IMED

IATA

- A

TÉ 3

AN

OS

CU

RTO

PR

AZO

- 4

A 9

AN

OS

MÉD

IO P

RA

ZO -

10

A 1

5 A

NO

S

DIG

O

PR

OJE

TOS

E A

ÇÕ

ES

DES

CR

IÇÃ

OMU

NIC

ÍPIO

DE

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PED

RO

DA

ALD

EIA

- P

LAN

O M

UN

ICIP

AL

DE

SAN

EAM

ENTO

SIC

O

DR

ENA

GEM

E M

AN

EJO

DE

ÁG

UA

S P

LUV

IAIS

UR

BA

NA

S

Mic

rod

ren

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m

Atu

aliz

ar c

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tro

ge

orr

efe

ren

ciad

o d

a re

de

de

mic

rod

ren

age

m d

o m

un

icíp

io

De

ntr

eas

pri

nci

pai

sca

rên

cias

do

sist

em

ad

ed

ren

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mu

rban

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man

ejo

das

águ

asp

luvi

ais

do

mu

nic

ípio

,d

est

aca-

sea

falt

ad

eu

mca

das

tro

geo

rre

fere

nci

ado

da

red

ed

em

icro

dre

nag

em

.O

cad

astr

op

erm

ite

aos

órg

ãos

bli

cos

faze

ru

mp

lan

eja

me

nto

exa

tod

asár

eas

com

mai

or

carê

nci

ad

o

ate

nd

ime

nto

de

sse

sse

rviç

os,

eai

nd

ad

ete

ctar

os

pro

ble

mas

po

ntu

ais

da

mic

rod

ren

age

m,

com

oo

en

tup

ime

nto

da

red

e,

sub

-dim

en

sio

nam

en

to,

liga

çõe

sd

ee

sgo

tosa

nit

ário

,o

bst

ruçõ

es,

en

tre

ou

tro

s,al

ém

de

ser

po

nto

inic

ial

par

aa

ela

bo

raçã

od

oP

lan

oD

ire

tor

de

Dre

nag

em

.O

cad

astr

od

eve

con

ter

info

rmaç

õe

sso

bre

diâ

me

tro

da

red

e,c

om

pri

me

to,t

ipo

de

mat

eri

alu

tili

zad

o,l

oca

liza

ção

geo

rre

fere

nci

ada

das

caix

asd

eli

gaçã

o,p

oço

sd

evi

sita

eo

utr

os

com

po

ne

nte

s(c

om

info

rmaç

õe

sso

bre

cota

de

fun

do

ed

ote

rre

no

),d

ecl

ivid

ade

eli

gaçõ

es

de

esg

oto

san

itár

io.Q

uan

do

da

real

izaç

ãod

en

ova

s

ob

ras

de

dre

nag

em

,o

cad

astr

od

eve

ráse

rat

ual

izad

o,i

nco

rpo

ran

do

no

vas

info

rmaç

õe

sao

ban

cod

ed

ado

se

xist

en

te.A

con

cess

ion

ária

do

sse

rviç

os

de

abas

teci

me

nto

de

águ

ae

esg

ota

me

nto

san

itár

iod

om

un

icíp

io,

Pro

lago

s,p

oss

ui

cad

astr

od

asre

de

se

xist

en

tes,

po

isu

tili

zaa

red

ed

ed

ren

age

mp

ara

cap

tar

os

esg

oto

s sa

nit

ário

s, p

oré

m d

eve

rá s

er

feit

a u

ma

atu

aliz

ação

pe

rió

dic

a d

ess

as in

form

açõ

es.

1. C

adas

tro

atu

aliz

ado

FUNDAMENTAÇÃO

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

PR

AZO

S/IN

VES

TIM

ENTO

S (R

$)P

OSS

ÍVEI

S FO

NTE

S D

E R

ECU

RSO

S

Atu

aliz

ação

do

cad

astr

o

Page 141: ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO … · ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - RJ PRODUTO 7 Prognósticos:

141

PR

OG

RA

MA

2

OB

JETI

VO

2.2

IMED

IATO

CU

RTO

MÉD

IOLO

NG

O

MET

AS

IMED

IATA

- A

TÉ 3

AN

OS

CU

RTO

PR

AZO

- 4

A 9

AN

OS

MÉD

IO P

RA

ZO -

10

A 1

5 A

NO

SLO

NG

O P

RA

ZO -

16

A 2

0 A

NO

S

DIG

OD

ESC

RIÇ

ÃO

PR

AZO

S/IN

VES

TIM

ENTO

S (R

$)

Elab

ora

ção

de

pro

jeto

de

lei,

e

imp

lan

taçã

o d

e s

iste

mas

de

cap

taçã

o d

e á

guas

de

ch

uva

no

s

pré

dio

s p

úb

lico

s e

pri

vad

os

Imp

lan

tar

sist

em

a e

m 1

0 p

réd

ios

bli

cos

da

adm

inis

traç

ão

mu

nic

ipal

Imp

lan

tar

sist

em

a e

m 1

0 p

réd

ios

bli

cos

da

adm

inis

traç

ão m

un

icip

al

Imp

lan

tar

sist

em

a e

m 1

0 p

réd

ios

bli

cos

da

adm

inis

traç

ão

mu

nic

ipal

PR

OJE

TOS

E A

ÇÕ

ES

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

1. N

úm

ero

de

co

nst

ruçõ

es

(re

sid

en

ciai

s o

u c

om

erc

iais

) co

m s

iste

mas

de

ap

rove

itam

en

to d

e á

guas

de

ch

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MU

NIC

ÍPIO

DE

SÃO

PED

RO

DA

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EIA

- P

LAN

O M

UN

ICIP

AL

DE

SAN

EAM

ENTO

SIC

O

DR

ENA

GEM

E M

AN

EJO

DE

ÁG

UA

S P

LUV

IAIS

UR

BA

NA

S

Mic

rod

ren

age

m

Ince

nti

vo a

o a

pro

veit

ame

nto

das

águ

as d

e c

hu

va

FUNDAMENTAÇÃO

Atu

alm

en

te,

exi

ste

md

ive

rsas

tecn

olo

gias

apli

cad

asà

con

stru

ção

civi

lp

ara

real

izar

aca

pta

ção

ep

ost

eri

or

uti

liza

ção

das

águ

asd

ech

uva

.No

en

tan

to,o

s

mu

nic

ípio

sb

rasi

leir

os

care

cem

de

ince

nti

vos

par

aa

uti

liza

ção

de

ssas

tecn

olo

gias

,q

ue

tem

po

ro

bje

tivo

min

imiz

aro

uso

de

águ

atr

atad

a(p

otá

vel)

,par

a

fin

sm

en

os

no

bre

s,co

mo

par

ava

sos

san

itár

ios

ou

máq

uin

asd

ela

var.

Div

ers

os

est

ud

os

com

pro

vam

qu

ea

águ

ad

ech

uva

ére

com

en

dad

ap

ara

ess

es

uso

s.

Alé

md

isso

,co

ma

cap

taçã

od

aság

uas

de

chu

van

asp

róp

rias

resi

nci

as,

dim

inu

i-se

aq

uan

tid

ade

de

chu

vae

sco

ada

pe

las

vias

eca

lçad

asp

úb

lica

s,

dim

inu

ind

o t

amb

ém

o r

isco

de

ala

gam

en

tos

e o

utr

os

pro

ble

mas

re

laci

on

ado

s à

dre

nag

em

urb

ana.

2.2.

1

Elab

ora

r p

roje

to d

e le

i in

cen

tiva

nd

o a

cap

taçã

o e

apro

veit

ame

nto

de

águ

as d

e c

hu

va e

m n

ova

s

con

stru

çõe

s

25.0

00,0

0-

-

2.2.

1Im

pla

nta

r si

ste

mas

de

cap

taçã

o d

e á

guas

de

ch

uva

no

s

pré

dio

s p

úb

lico

s d

a ad

min

istr

ação

mu

nic

ipal

-20

0.00

0,00

200.

000,

00

PO

SSÍV

EIS

FON

TES

DE

REC

UR

SOS

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l20

0.00

0,00

-

Page 142: ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO … · ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - RJ PRODUTO 7 Prognósticos:

142

PR

OG

RA

MA

2

OB

JETI

VO

2.3

IMED

IATO

CU

RTO

MÉD

IOLO

NG

O

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l2.

3.1

Elab

ora

r p

roje

to d

e le

i re

gula

me

nta

nd

o a

pav

ime

nta

ção

do

mu

nic

ípio

, co

m in

cen

tivo

às

tecn

olo

gias

de

pav

ime

nto

pe

rme

áve

l

40.0

00,0

0

DIG

OD

ESC

RIÇ

ÃO

PR

AZO

S/IN

VES

TIM

ENTO

S (R

$)P

OSS

ÍVEI

S FO

NTE

S D

E R

ECU

RSO

S

MET

AS

IMED

IATA

- A

TÉ 3

AN

OS

CU

RTO

PR

AZO

- 4

A 9

AN

OS

MÉD

IO P

RA

ZO -

10

A 1

5 A

NO

SLO

NG

O P

RA

ZO -

16

A 2

0 A

NO

S

Elab

ora

ção

de

pro

jeto

de

lei

PR

OJE

TOS

E A

ÇÕ

ES

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

1. Q

uil

ôm

etr

os

de

pav

ime

nto

s p

erm

eáv

eis

exe

cuta

do

s

MU

NIC

ÍPIO

DE

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PED

RO

DA

ALD

EIA

- P

LAN

O M

UN

ICIP

AL

DE

SAN

EAM

ENTO

SIC

O

DR

ENA

GEM

E M

AN

EJO

DE

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UA

S P

LUV

IAIS

UR

BA

NA

S

Mic

rod

ren

age

m

Cri

ação

de

dis

po

siti

vos

lega

is p

ara

regu

lam

en

tar

a p

avim

en

taçã

o n

o m

un

icíp

io

FUNDAMENTAÇÃO

Om

un

icíp

iod

eSã

oP

ed

rod

aA

lde

iap

oss

uig

ran

de

par

ted

asvi

asp

úb

lica

sjá

pav

ime

nta

das

com

asfa

lto

,ou

com

par

ale

lep

ípe

do

s.N

os

últ

imo

san

os,

fora

m

real

izad

asd

ive

rsas

ob

ras

de

mo

bil

idad

eu

rban

a,e

ntr

ee

las

ap

avim

en

taçã

od

eru

asq

ue

ain

da

não

po

ssu

íam

ess

ain

frae

stru

tura

.No

en

tan

to,n

ãoh

áu

ma

legi

slaç

ãom

un

icip

alco

mp

adro

niz

ação

par

ae

ssas

ob

ras,

oq

ue

po

de

cau

sar

div

ers

os

pro

ble

mas

pri

nci

pal

me

nte

rela

cio

nad

os

àd

ren

age

mu

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a.

Atu

alm

en

tejá

exi

ste

mte

cno

logi

asd

ep

avim

en

taçã

op

erm

eáv

elq

ue

pe

rmit

em

ap

assa

gem

de

águ

ae

arat

ravé

sd

ese

um

ate

rial

,aju

dan

do

na

pre

ven

ção

de

en

che

nte

s,re

carg

ad

os

aqu

ífe

ros

sub

terr

âne

os

em

anu

ten

ção

das

vazõ

es

do

scu

rso

sd

'águ

an

asé

po

cas

de

seca

.Es

sas

tecn

olo

gias

po

de

mse

r

ince

nti

vad

as p

ela

Pre

feit

ura

, par

a as

áre

as d

e e

xpan

são

urb

anas

.

Page 143: ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO … · ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - RJ PRODUTO 7 Prognósticos:

143

PR

OG

RA

MA

2

OB

JETI

VO

2.4

IMED

IATO

CU

RTO

MÉD

IOLO

NG

O

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

1. M

etr

os

de

re

de

de

dre

nag

em

co

m o

bra

s d

e r

ep

osi

ção

MU

NIC

ÍPIO

DE

SÃO

PED

RO

DA

ALD

EIA

- P

LAN

O M

UN

ICIP

AL

DE

SAN

EAM

ENTO

SIC

O

DR

ENA

GEM

E M

AN

EJO

DE

ÁG

UA

S P

LUV

IAIS

UR

BA

NA

S

Mic

rod

ren

age

m

Ob

ras

de

re

po

siçã

o d

a m

icro

dre

nag

em

já e

xist

en

te

FUNDAMENTAÇÃO

As

red

es

de

mic

rod

ren

age

me

xist

en

tes

no

mu

nic

ípio

fora

me

mb

oa

par

tee

xecu

tad

asju

nta

me

nte

com

aso

bra

sd

ep

avim

en

taçã

od

asvi

asp

úb

lica

s,

mu

ito

san

os

atrá

s.C

om

on

ãoh

áre

gist

ros

de

sse

sp

roje

tos

na

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipal

,e

não

um

cad

astr

oat

ual

izad

od

aco

nd

ição

de

ssas

red

es,

mu

itas

de

las

apre

sen

tam

pro

ble

mas

de

sub

-dim

en

sio

nam

en

toe

ob

stru

çõe

s,e

de

verã

op

assa

rp

or

ob

ras

de

rep

osi

ção

par

an

ãoca

usa

rp

rob

lem

asd

e

alag

ame

nto

s.À

par

tir

do

cad

astr

od

are

de

,de

verã

ose

rlo

cali

zad

asas

áre

asp

ara

real

izaç

ãod

aso

bra

sd

ein

terv

en

ção

.P

rio

rita

riam

en

te,d

eve

rão

ser

feit

as

inte

rve

nçõ

es

nas

loca

lid

ade

sd

eA

lecr

im,

Jard

imA

rco

Íris

,B

aln

eár

iod

asC

on

chas

,B

ase

rea

Nav

al,

Bo

aV

ista

,B

oq

ue

irão

,C

amp

oR

ed

on

do

,Es

taçã

o,

Flu

min

en

se,

Jard

imd

asA

cáci

as,

Jard

imP

rim

ave

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Po

nta

do

Am

bró

sio

,Sa

pe

atib

aM

irim

,B

ale

nár

ios

São

Pe

dro

Ie

II,

Jard

imSo

led

ade

,M

orr

od

os

Mil

agre

s,P

arq

ue

Do

isM

en

ino

s,P

oço

Fun

do

,Po

rto

da

Ald

eia

,Po

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do

Car

ro,P

raia

Lin

da,

Ru

ad

oFo

go,

São

João

,Sã

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sé,

Sud

oe

ste

eV

inh

ate

iro

.Fo

ram

est

imad

os

os

valo

res

de

3.00

0m

de

ob

ras

de

rep

osi

ção

da

mic

rod

ren

age

mp

or

ano

,ao

cust

od

eR

$1.

150,

00/m

,to

tali

zan

do

R$

2.53

0.00

0,00

/an

o,v

alo

res

qu

e d

eve

rão

se

r co

nfi

rmad

os

du

ran

te a

ela

bo

raçã

o d

o P

lan

o D

ire

tor

de

Dre

nag

em

Urb

ana.

DIG

OD

ESC

RIÇ

ÃO

PR

AZO

S/IN

VES

TIM

ENTO

S (R

$)P

OSS

ÍVEI

S FO

NTE

S D

E R

ECU

RSO

S

MET

AS

IMED

IATA

- A

TÉ 3

AN

OS

CU

RTO

PR

AZO

- 4

A 9

AN

OS

MÉD

IO P

RA

ZO -

10

A 1

5 A

NO

SLO

NG

O P

RA

ZO -

16

A 2

0 A

NO

S

Elab

ora

ção

de

pro

jeto

sEx

ecu

ção

de

ob

ras

de

re

po

siçã

oEx

ecu

ção

de

ob

ras

de

re

po

siçã

oEx

ecu

ção

de

ob

ras

de

re

po

siçã

o

PR

OJE

TOS

E A

ÇÕ

ES

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l

2.4.

2Ex

ecu

tar

as o

bra

s p

roje

tad

as-

20.7

00.0

00,0

020

.700

.000

,00

17.2

50.0

00,0

0M

inis

téri

o d

as

Cid

ad

es

2.4.

1El

abo

rar

pro

jeto

s p

ara

ob

ras

de

re

po

siçã

o20

0.00

0,00

--

-

Page 144: ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO … · ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - RJ PRODUTO 7 Prognósticos:

144

PR

OG

RA

MA

2

OB

JETI

VO

2.5

IMED

IATO

CU

RTO

MÉD

IOLO

NG

O

*Va

lore

s se

rão

est

ima

do

s co

nfo

rme

os

pro

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s d

e n

ovo

s lo

tea

men

tos

fore

m e

lab

ora

do

sInic

iati

va p

riva

da

2.5.

2Ex

ecu

tar

as o

bra

s p

roje

tad

as*

**

*In

icia

tiva

pri

vad

a

2.5.

1El

abo

rar

pro

jeto

s p

ara

ob

ras

de

dre

nag

em

em

áre

as d

e

exp

ansã

o u

rban

a*

--

-

DIG

OD

ESC

RIÇ

ÃO

PR

AZO

S/IN

VES

TIM

ENTO

S (R

$)P

OSS

ÍVEI

S FO

NTE

S D

E R

ECU

RSO

S

MET

AS

IMED

IATA

- A

TÉ 3

AN

OS

CU

RTO

PR

AZO

- 4

A 9

AN

OS

MÉD

IO P

RA

ZO -

10

A 1

5 A

NO

SLO

NG

O P

RA

ZO -

16

A 2

0 A

NO

S

Elab

ora

ção

de

pro

jeto

s e

exe

cuçã

o d

as o

bra

sEx

ecu

ção

das

ob

ras

Exe

cuçã

o d

as o

bra

sEx

ecu

ção

das

ob

ras

PR

OJE

TOS

E A

ÇÕ

ES

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

1. Q

uil

ôm

etr

os

de

re

de

s d

e d

ren

age

m e

xecu

tad

as e

m á

reas

de

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ansã

o u

rban

a

MU

NIC

ÍPIO

DE

SÃO

PED

RO

DA

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EIA

- P

LAN

O M

UN

ICIP

AL

DE

SAN

EAM

ENTO

SIC

O

DR

ENA

GEM

E M

AN

EJO

DE

ÁG

UA

S P

LUV

IAIS

UR

BA

NA

S

Mic

rod

ren

age

m

Ob

ras

de

re

de

de

mic

rod

ren

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m, p

ara

áre

as d

e e

xpan

são

urb

anas

FUNDAMENTAÇÃO

Alé

md

aso

bra

sd

ere

po

siçã

od

asre

de

sd

ed

ren

age

mjá

exi

ste

nte

s,n

asár

eas

de

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ansã

ou

rban

asd

eve

rão

ser

pro

jeta

das

ee

xecu

tad

aso

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sp

ara

mic

rod

ren

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m, c

om

o p

arte

da

infr

a-e

stru

tura

mín

ima

par

a a

ocu

paç

ão d

ess

as lo

cali

dad

es,

a c

argo

do

s e

mp

ree

nd

ed

ore

s

Page 145: ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO … · ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - RJ PRODUTO 7 Prognósticos:

145

PR

OG

RA

MA

3

OB

JETI

VO

3.1

IMED

IATO

CU

RTO

MÉD

IOLO

NG

O

INEA

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l70

.000

,00

3.1.

1El

abo

rar

o P

lan

o D

ire

tor

de

Dre

nag

em

Urb

ana

300.

000,

00-

--

3.1.

2

Elab

ora

ção

do

Pla

no

Dir

eto

r d

e

Dre

nag

em

Urb

ana

-R

evi

são

do

Pla

no

LON

GO

PR

AZO

- 1

6 A

20

AN

OS

Re

visã

o d

o P

lan

o

MET

AS

IMED

IATA

- A

TÉ 3

AN

OS

CU

RTO

PR

AZO

- 4

A 9

AN

OS

MÉD

IO P

RA

ZO -

10

A 1

5 A

NO

S

DIG

O

PR

OJE

TOS

E A

ÇÕ

ES

DES

CR

IÇÃ

OP

RA

ZOS/

INV

ESTI

MEN

TOS

(R$)

-

PO

SSÍV

EIS

FON

TES

DE

REC

UR

SOS

MU

NIC

ÍPIO

DE

SÃO

PED

RO

DA

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EIA

- P

LAN

O M

UN

ICIP

AL

DE

SAN

EAM

ENTO

SIC

O

DR

ENA

GEM

E M

AN

EJO

DE

ÁG

UA

S P

LUV

IAIS

UR

BA

NA

S

Mac

rod

ren

age

m

Elab

ora

ção

do

Pla

no

Dir

eto

r d

e D

ren

age

m U

rban

a

OP

lan

oD

ire

tor

de

Dre

nag

em

Urb

ana

tem

po

ro

bje

tivo

cria

rm

eca

nis

mo

sd

ege

stão

da

infr

a-e

stru

tura

urb

ana,

rela

cio

nad

os

com

oe

sco

ame

nto

das

águ

asp

luvi

ais,

do

sri

os

ecó

rre

gos

em

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asu

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as.

OP

lan

ote

mco

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pri

nci

pai

sp

rod

uto

sa

regu

lam

en

taçã

od

os

no

vos

em

pre

en

dim

en

tos

ep

lan

os

de

co

ntr

ole

est

rutu

ral e

não

est

rutu

ral p

ara

os

imp

acto

s e

xist

en

tes

nas

bac

ias

urb

anas

da

cid

ade

.

1. P

lan

o D

ire

tor

de

Dre

nag

em

Urb

ana

ela

bo

rad

o

FUNDAMENTAÇÃO

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

70.0

00,0

0R

evi

sar

o P

lan

o-

Page 146: ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO … · ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - RJ PRODUTO 7 Prognósticos:

146

PR

OG

RA

MA

3

OB

JETI

VO

3.2

IMED

IATO

CU

RTO

MÉD

IOLO

NG

OP

OSS

ÍVEI

S FO

NTE

S D

E R

ECU

RSO

S

Min

isté

rio

da

s Ci

da

de

s

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l12

.500

.000

,00

3.2.

2M

anu

ten

ção

do

s ca

nai

s e

gal

eri

as d

e m

acro

dre

nag

em

15.0

00.0

00,0

015

.000

.000

,00

3.2.

1Ex

ecu

tar

ob

ras

de

re

cup

era

ção

do

s ca

nai

s e

gal

eri

as d

e

mac

rod

ren

age

m7.

500.

000,

00

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

1. Q

uil

ôm

etr

os

de

can

ais

e g

ale

rias

co

m o

bra

s d

e r

ecu

pe

raçã

o;

2. Q

uil

ôm

etr

os

de

can

ais

e g

ale

rias

co

m o

bra

s d

e m

anu

ten

ção

.

MU

NIC

ÍPIO

DE

SÃO

PED

RO

DA

ALD

EIA

- P

LAN

O M

UN

ICIP

AL

DE

SAN

EAM

ENTO

SIC

O

DR

ENA

GEM

E M

AN

EJO

DE

ÁG

UA

S P

LUV

IAIS

UR

BA

NA

S

Mac

rod

ren

age

m

Ob

ras

de

re

cup

era

ção

e m

anu

ten

ção

do

s ca

nai

s d

e m

acro

dre

nag

em

FUNDAMENTAÇÃO

Os

can

ais

ega

leri

asd

em

acro

dre

nag

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exi

ste

nte

sn

om

un

icíp

ion

ece

ssit

amd

em

anu

ten

ção

con

stan

te,

par

ae

vita

ro

acú

mu

lod

ese

dim

en

tos

ed

e

mat

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ais

qu

ep

oss

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ific

ult

aro

esc

oam

en

tod

aság

uas

plu

viai

s.Q

uan

ton

ãoh

áe

ssa

man

ute

nçã

op

eri

ód

ica,

én

ece

ssár

iaa

real

izaç

ãod

eo

bra

sd

e

recu

pe

raçã

od

ess

es

can

ais

ega

leri

as,

com

apo

iod

ee

qu

ipam

en

tos

em

aqu

inár

ios

par

ad

eso

bst

ruçã

od

os

me

smo

s.Em

São

Pe

dro

da

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eia

,a

mac

rod

ren

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mai

nd

pre

jud

icad

ap

elo

bar

ram

en

toca

usa

do

pe

laro

do

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qu

eco

rta

om

un

icíp

io,

qu

ed

eve

rão

ser

leva

do

se

mco

nsi

de

raçã

op

ara

a

real

izaç

ãod

eo

bra

sd

em

elh

ori

a.Fo

ie

stim

ado

um

cust

od

eR

$2.

500.

000,

00/a

no

par

aas

ob

ras

de

mac

rod

ren

age

mn

om

un

icíp

io.

No

en

tan

toe

sse

valo

r

de

verá

se

r co

nfi

rmad

o c

om

a e

lab

ora

ção

do

Pla

no

Dir

eto

r d

e D

ren

age

m U

rban

a.

MET

AS

IMED

IATA

- A

TÉ 3

AN

OS

CU

RTO

PR

AZO

- 4

A 9

AN

OS

MÉD

IO P

RA

ZO -

10

A 1

5 A

NO

SLO

NG

O P

RA

ZO -

16

A 2

0 A

NO

S

DIG

OD

ESC

RIÇ

ÃO

PR

AZO

S/IN

VES

TIM

ENTO

S (R

$)

Exe

cuçã

o d

e o

bra

s d

e

recu

pe

raçã

o d

os

can

ais

e g

ale

rias

de

mac

rod

ren

age

m

Man

ute

nçã

o d

os

can

ais

e g

ale

rias

Man

ute

nçã

o d

os

can

ais

e g

ale

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Man

ute

nçã

o d

os

can

ais

e g

ale

rias

PR

OJE

TOS

E A

ÇÕ

ES

Page 147: ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO … · ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - RJ PRODUTO 7 Prognósticos:

147

PR

OG

RA

MA

3

OB

JETI

VO

3.3

IMED

IATO

CU

RTO

MÉD

IOLO

NG

O

* O

s cu

sto

s se

rão

de

fin

ido

s ap

ós

a e

lab

ora

ção

do

Pla

no

Dir

eto

r d

e D

ren

age

m

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l

3.3.

2Ex

ecu

tar

as o

bra

s p

roje

tad

as*

**

Min

isté

rio

da

s C

ida

de

s

3.3.

1El

abo

rar

pro

jeto

s d

e b

acia

s d

e a

mo

rte

cim

en

to30

0.00

0,00

DIG

OD

ESC

RIÇ

ÃO

PR

AZO

S/IN

VES

TIM

ENTO

S (R

$)P

OSS

ÍVEI

S FO

NTE

S D

E R

ECU

RSO

S

MET

AS

IMED

IATA

- A

TÉ 3

AN

OS

CU

RTO

PR

AZO

- 4

A 9

AN

OS

MÉD

IO P

RA

ZO -

10

A 1

5 A

NO

SLO

NG

O P

RA

ZO -

16

A 2

0 A

NO

S

Elab

ora

ção

de

pro

jeto

s d

e b

acia

s

de

am

ort

eci

me

nto

Imp

lan

taçã

o d

as o

bra

s p

roje

tad

asIm

pla

nta

ção

das

ob

ras

pro

jeta

das

Imp

lan

taçã

o d

as o

bra

s p

roje

tad

as

PR

OJE

TOS

E A

ÇÕ

ES

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

1. Q

uan

tid

ade

de

bac

ias

de

am

ort

eci

me

nto

MU

NIC

ÍPIO

DE

SÃO

PED

RO

DA

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EIA

- P

LAN

O M

UN

ICIP

AL

DE

SAN

EAM

ENTO

SIC

O

DR

ENA

GEM

E M

AN

EJO

DE

ÁG

UA

S P

LUV

IAIS

UR

BA

NA

S

Mac

rod

ren

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m

Imp

lan

taçã

o d

e B

acia

s d

e A

mo

rte

cim

en

to d

e c

he

ias

e d

e R

egu

lari

zaçã

o d

e V

azõ

es

FUNDAMENTAÇÃO

De

ntr

eas

me

did

asp

ara

min

imiz

aro

imp

acto

das

chu

vas

inte

nsa

sn

asár

eas

urb

anas

,e

stá

aim

pla

nta

ção

de

bac

ias

de

amo

rte

cim

en

tod

ech

eia

se

de

regu

lari

zaçã

od

eva

zõe

s.Sã

ore

serv

ató

rio

sco

nst

ruíd

os

par

ao

arm

aze

nam

en

tote

mp

orá

rio

das

águ

asd

asch

uva

s,q

ue

esc

oam

po

rte

lhad

os,

pát

ios,

calç

adas

ere

de

sp

luvi

ais,

lib

era

nd

oe

sta

águ

aac

um

ula

da

de

form

agr

adu

al,

gara

nti

nd

oas

sim

qu

eo

sist

em

ad

em

acro

dre

nag

em

loca

lco

nd

uza

efi

cie

nte

me

nte

os

pic

os

das

en

xurr

adas

.Ge

ralm

en

tesã

ou

tili

zad

asár

eas

com

ob

osq

ue

se

par

qu

es

de

ntr

od

asár

eas

urb

anas

,co

mm

aio

rp

erm

eab

ilid

ade

,

faze

nd

oco

mq

ue

um

agr

and

eq

uan

tid

ade

de

águ

ad

ase

nxu

rrad

asse

jain

filt

rad

an

oso

lo,d

imin

uin

do

os

pro

ble

mas

de

inu

nd

açõ

es

eal

agam

en

tos.

Ap

ós

a

ela

bo

raçã

o d

o P

lan

o D

ire

tor

de

Dre

nag

em

, de

verã

o s

er

loca

das

áre

as p

ara

rece

bim

en

to d

e b

acia

s d

e a

mo

rte

cim

en

to.

Page 148: ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO … · ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - RJ PRODUTO 7 Prognósticos:

148

PR

OG

RA

MA

4

OB

JETI

VO

4.1

IMED

IATO

CU

RTO

MÉD

IOLO

NG

O

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l4.

1.1

Atu

aliz

ar o

cad

astr

o d

e á

reas

de

ris

co60

.000

,00

100.

000,

0010

0.00

0,00

100.

000,

00

Atu

aliz

ação

do

cad

astr

o d

e á

reas

de

ris

co

Atu

aliz

ação

do

cad

astr

o d

e á

reas

de

ris

coA

tual

izaç

ão d

o c

adas

tro

de

áre

as d

e r

isco

LON

GO

PR

AZO

- 1

6 A

20

AN

OS

Atu

aliz

ação

do

cad

astr

o d

e á

reas

de

ris

co

MET

AS

IMED

IATA

- A

TÉ 3

AN

OS

CU

RTO

PR

AZO

- 4

A 9

AN

OS

MÉD

IO P

RA

ZO -

10

A 1

5 A

NO

S

DIG

O

PR

OJE

TOS

E A

ÇÕ

ES

DES

CR

IÇÃ

OP

RA

ZOS/

INV

ESTI

MEN

TOS

(R$)

MU

NIC

ÍPIO

DE

SÃO

PED

RO

DA

ALD

EIA

- P

LAN

O M

UN

ICIP

AL

DE

SAN

EAM

ENTO

SIC

O

DR

ENA

GEM

E M

AN

EJO

DE

ÁG

UA

S P

LUV

IAIS

UR

BA

NA

S

De

fesa

Civ

il

Atu

aliz

ação

do

cad

astr

o d

e á

reas

de

ris

co d

e a

laga

me

nto

Du

ran

tea

ela

bo

raçã

od

est

eP

lan

oM

un

icip

ald

eSa

ne

ame

nto

Bás

ico

,fo

ram

leva

nta

das

asp

rin

cip

ais

áre

asco

mri

sco

de

alag

ame

nto

ed

esl

izam

en

tod

e

São

Pe

dro

da

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eia

,ju

nta

me

nte

com

os

técn

ico

sd

aP

refe

itu

raM

un

icip

al.

Ob

anco

de

dad

os

gera

do

de

verá

ser

atu

aliz

ado

pe

laD

efe

saC

ivil

Mu

nic

ipal

,

sem

pre

qu

e h

ou

ver

um

a o

corr

ên

cia

de

eve

nto

s ad

vers

os

no

mu

nic

ípio

.

1. A

com

pan

ham

en

to d

a at

ual

izaç

ão d

o c

adas

tro

FUNDAMENTAÇÃO

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

PO

SSÍV

EIS

FON

TES

DE

REC

UR

SOS

Page 149: ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO … · ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - RJ PRODUTO 7 Prognósticos:

149

PR

OG

RA

MA

4

OB

JETI

VO

4.2

IMED

IATO

CU

RTO

MÉD

IOLO

NG

OP

OSS

ÍVEI

S FO

NTE

S D

E R

ECU

RSO

S

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l60

.000

,00

4.2.

1C

adas

trar

e c

apac

itar

180

vo

lun

tári

os,

mo

rad

ore

s d

as

áre

as d

e r

isco

30.0

00,0

060

.000

,00

60.0

00,0

0

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

1. N

úm

ero

de

vo

lun

tári

os

cap

acit

ado

s

MU

NIC

ÍPIO

DE

SÃO

PED

RO

DA

ALD

EIA

- P

LAN

O M

UN

ICIP

AL

DE

SAN

EAM

ENTO

SIC

O

DR

ENA

GEM

E M

AN

EJO

DE

ÁG

UA

S P

LUV

IAIS

UR

BA

NA

S

De

fesa

Civ

il

Cap

acit

ação

de

vo

lun

tári

os

par

a a

De

fesa

Civ

ilFUNDAMENTAÇÃO

AC

oo

rde

nad

ori

ad

eD

efe

saC

ivil

ne

cess

ita

do

apo

iod

evo

lun

tári

os

mo

rad

ore

sd

eár

eas

de

risc

op

ara

ale

rtar

ap

op

ula

ção

sob

rea

oco

rrê

nci

ad

ee

ven

tos

adve

rso

s.C

om

aca

pac

itaç

ão,

ess

es

volu

ntá

rio

se

star

ãop

rep

arad

os

par

aau

xili

ara

po

pu

laçã

oso

bre

qu

ais

açõ

es

de

verã

ose

rto

mad

asp

ara

min

imiz

aro

s

imp

acto

s d

ess

es

eve

nto

s.

MET

AS

IMED

IATA

- A

TÉ 3

AN

OS

CU

RTO

PR

AZO

- 4

A 9

AN

OS

MÉD

IO P

RA

ZO -

10

A 1

5 A

NO

SLO

NG

O P

RA

ZO -

16

A 2

0 A

NO

S

DIG

OD

ESC

RIÇ

ÃO

PR

AZO

S/IN

VES

TIM

ENTO

S (R

$)

Cap

acit

ação

de

30

volu

ntá

rio

sC

apac

itaç

ão d

e 5

0 vo

lun

tári

os

Cap

acit

ação

de

50

volu

ntá

rio

sC

apac

itaç

ão d

e 5

0 vo

lun

tári

os

PR

OJE

TOS

E A

ÇÕ

ES

Page 150: ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO … · ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - RJ PRODUTO 7 Prognósticos:

150

PR

OG

RA

MA

4

OB

JETI

VO

4.3

IMED

IATO

CU

RTO

MÉD

IOLO

NG

O

15.0

00,0

0Pr

efe

itu

ra M

un

icip

al

4.3.

1A

tual

izar

o P

lan

o-

15.0

00,0

015

.000

,00

DIG

OD

ESC

RIÇ

ÃO

PR

AZO

S/IN

VES

TIM

ENTO

S (R

$)P

OSS

ÍVEI

S FO

NTE

S D

E R

ECU

RSO

S

MET

AS

IMED

IATA

- A

TÉ 3

AN

OS

CU

RTO

PR

AZO

- 4

A 9

AN

OS

MÉD

IO P

RA

ZO -

10

A 1

5 A

NO

SLO

NG

O P

RA

ZO -

16

A 2

0 A

NO

S

Elab

ora

r o

PLA

NC

ON

Atu

aliz

ação

do

Pla

no

Atu

aliz

ação

do

Pla

no

Atu

aliz

ação

do

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no

PR

OJE

TOS

E A

ÇÕ

ES

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

1. P

lan

o a

tual

izad

o

MU

NIC

ÍPIO

DE

SÃO

PED

RO

DA

ALD

EIA

- P

LAN

O M

UN

ICIP

AL

DE

SAN

EAM

ENTO

SIC

O

DR

ENA

GEM

E M

AN

EJO

DE

ÁG

UA

S P

LUV

IAIS

UR

BA

NA

S

De

fesa

Civ

il

Atu

aliz

ação

do

PLA

NC

ON

FUNDAMENTAÇÃO

AC

oo

rde

nad

ori

ad

eD

efe

saC

ivil

de

São

Pe

dro

da

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eia

jáp

oss

ui

seu

PLA

NC

ON

-P

lan

od

eC

on

tin

gên

cia

de

Pro

teçã

oe

De

fesa

Civ

ile

lab

ora

do

.O

PLA

NC

ON

én

ece

ssár

iop

ara

man

ter

os

ele

me

nto

sp

ara

pre

ven

ire

ate

nd

er

ap

op

ula

ção

atin

gid

ap

or

eve

nto

sad

vers

os

cau

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os

po

rin

un

daç

õe

se

/ou

de

sliz

ame

nto

s. P

ort

anto

, é n

ece

ssár

io m

ante

r o

Pla

no

atu

aliz

ado

.

Page 151: ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO … · ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - RJ PRODUTO 7 Prognósticos:

151

PR

OG

RA

MA

4

OB

JETI

VO

4.4

IMED

IATO

CU

RTO

MÉD

IOLO

NG

O

INEA

4.4.

2A

po

io lo

cal à

man

ute

nçã

o d

o s

iste

ma

-50

.000

,00

50.0

00,0

050

.000

,00

De

fesa

Civ

il M

un

icip

al

4.4.

1In

stal

ar o

sis

tem

a d

e c

on

tro

le e

ale

rta

de

ch

eia

s-

--

-

DIG

OD

ESC

RIÇ

ÃO

PR

AZO

S/IN

VES

TIM

ENTO

S (R

$)P

OSS

ÍVEI

S FO

NTE

S D

E R

ECU

RSO

S

MET

AS

IMED

IATA

- A

TÉ 3

AN

OS

CU

RTO

PR

AZO

- 4

A 9

AN

OS

MÉD

IO P

RA

ZO -

10

A 1

5 A

NO

SLO

NG

O P

RA

ZO -

16

A 2

0 A

NO

S

Imp

lan

tar

sist

em

a d

e a

lert

a d

e

che

ias

--

-

PR

OJE

TOS

E A

ÇÕ

ES

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

1. S

iste

ma

em

fu

nci

on

ame

nto

MU

NIC

ÍPIO

DE

SÃO

PED

RO

DA

ALD

EIA

- P

LAN

O M

UN

ICIP

AL

DE

SAN

EAM

ENTO

SIC

O

DR

ENA

GEM

E M

AN

EJO

DE

ÁG

UA

S P

LUV

IAIS

UR

BA

NA

S

De

fesa

Civ

il

Inst

alaç

ão d

o s

iste

ma

de

co

ntr

ole

e a

lert

a d

e c

he

ias

FUNDAMENTAÇÃOO

INEA

assi

no

ue

m20

13,

aco

rdo

de

Co

op

era

ção

com

oM

inis

téri

oIt

alia

no

do

Me

ioA

mb

ien

tee

da

Tute

lad

oTe

rrit

óri

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do

Mar

(IM

ELS)

,cu

joo

bje

tivo

é

me

lho

rar

age

stão

de

risc

od

ein

un

daç

õe

se

de

smo

ron

ame

nto

sn

oEs

tad

od

oR

iod

eJa

ne

iro

,p

or

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ein

terc

âmb

ioté

cnic

o-c

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tífi

coe

anál

ise

de

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sd

os

pro

ced

ime

nto

sm

ais

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cie

nte

se

mam

bo

so

sp

aíse

s.O

Pro

jeto

Flas

h-

Sist

em

ad

eP

revi

são

eP

reve

nçã

oao

sR

isco

sd

eIn

un

daç

ãoe

Esco

rre

gam

en

tos

-,q

ue

tem

oap

oio

do

Fóru

md

asA

rica

s,é

par

ted

op

rogr

ama

de

coo

pe

raçã

oq

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bu

sca

me

lho

rar

aan

ális

ed

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sco

s,as

pre

visõ

es,

os

sist

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asd

eal

arm

e,

pla

ne

jam

en

toe

agil

idad

en

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spo

stas

aos

de

sast

res

nat

ura

is.

Op

roje

tovi

saa

me

lho

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oat

ual

sist

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stad

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de

mo

nit

ora

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nto

do

Ine

a,at

ravé

sd

ose

uC

en

tro

de

Co

ntr

ole

Op

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cio

nal

(CC

O),

qu

ein

tegr

avá

rias

info

rmaç

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sre

lati

vas

àq

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idad

ed

oar

,d

aság

uas

,

incê

nd

ios

flo

rest

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acid

en

tes

com

carg

asp

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gosa

se

de

sast

res

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ura

is,

com

oA

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ad

eC

he

ias.

Op

roje

top

revê

ain

da

aad

oçã

od

eu

ma

est

rutu

rad

e

pre

visã

o,

alar

me

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spo

sta

em

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de

de

sliz

ame

nto

se

inu

nd

açõ

es

liga

da

are

de

sd

ete

levi

são

,W

EBe

red

es

soci

ais

par

aav

isar

ap

op

ula

ção

sob

re

po

ssív

eis

risc

os

eo

rie

nta

ras

eq

uip

es

de

De

fesa

Civ

il.

Par

aau

me

nta

ra

efi

ciê

nci

ad

osi

ste

ma

ante

cip

and

oin

form

açõ

es

ep

oss

ibil

itan

do

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reve

nçã

o,

o

Ine

a e

stá

adq

uir

ind

o d

ois

rad

are

s m

ete

oro

lógi

cos

par

a ac

resc

en

tar

ao s

eu

sis

tem

a n

o in

ício

de

201

4, q

ue

pe

rmit

irão

a v

igil

ânci

a co

ntí

nu

a e

em

te

mp

o r

eal

das

pre

cip

itaç

õe

se

mto

do

ote

rrit

óri

oe

stad

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ecu

jap

revi

são

éd

eq

ue

est

eja

em

op

era

ção

em

de

zem

bro

de

ste

ano

.C

om

op

rin

cip

alb

en

efi

ciár

io,

o

mu

nic

ípio

de

verá

dar

ap

oio

à im

ple

me

nta

ção

do

sis

tem

a, e

au

xili

ar n

o m

on

ito

ram

en

to lo

cal d

os

dad

os.

Page 152: ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO … · ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - RJ PRODUTO 7 Prognósticos:

152

PR

OG

RA

MA

5

OB

JETI

VO

5.1

IMED

IATO

CU

RTO

MÉD

IOLO

NG

O

*Val

ore

s a

sere

m d

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nid

os

qu

and

o d

a cr

iaçã

o d

a SM

SB e

UG

PLA

N

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l5.

1.1

Enca

min

har

à C

âmar

a M

un

icip

al m

inu

ta d

e L

ei p

ara

cria

ção

da

SMSB

5.1.

2Im

pla

nta

r a

SMSB

e c

riar

a U

GP

LAN

**

*

15.0

00,0

0-

--

Cri

ar a

SM

SB e

UG

PLA

NA

com

pan

har

e F

isca

liza

rA

com

pan

har

e F

isca

liza

r

LON

GO

PR

AZO

- 1

6 A

20

AN

OS

Aco

mp

anh

ar e

Fis

cali

zar

MET

AS

IMED

IATA

- A

TÉ 3

AN

OS

CU

RTO

PR

AZO

- 4

A 9

AN

OS

MÉD

IO P

RA

ZO -

10

A 1

5 A

NO

S

MU

NIC

ÍPIO

DE

SÃO

PED

RO

DA

ALD

EIA

- P

LAN

O M

UN

ICIP

AL

DE

SAN

EAM

ENTO

SIC

O

DR

ENA

GEM

E M

AN

EJO

DE

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UA

S P

LUV

IAIS

UR

BA

NA

S

Ge

stão

do

Sis

tem

a

Cri

ação

da

Secr

eta

ria

Mu

nic

ipal

de

San

eam

en

to B

ásic

o

AP

oli

tíca

Nac

ion

ald

eSa

ne

ame

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Bás

ico

,n

oP

LAN

SAB

,d

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ne

an

ece

ssid

ade

de

ela

bo

raçã

od

oP

lan

oM

un

icip

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Bás

ico

,a

carg

od

os

Mu

nic

ipio

s,ti

tula

res

do

sse

rviç

os

de

san

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en

tob

ásic

o,

po

de

nd

od

ele

gar

ao

rgan

izaç

ão,

are

gula

ção

,a

fisc

aliz

ação

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Page 153: ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO … · ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - RJ PRODUTO 7 Prognósticos:

153

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Page 154: ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO … · ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - RJ PRODUTO 7 Prognósticos:

154

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Page 155: ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO … · ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - RJ PRODUTO 7 Prognósticos:

155

Resumidamente, apresentam-se a seguir os programas, projetos e ações propostas:

Tabela 72 - Programa 1 - Hidrologia

1.1 Elaboração de estudo de chuvas intensas para o município, definindo

indicadores de referência para os projetos de drenagem

1.2 Elaboração de manual para obras de drenagem

Tabela 73 - Programa 2 – Microdrenagem

2.1 Atualizar cadastro georreferenciado da rede de microdrenagem do

município

2.2 Incentivo ao aproveitamento das águas de chuva

2.3 Criação de dispositivos legais para regulamentar a pavimentação no

município

2.4 Obras de reposição da microdrenagem já existente

2.5 Obras de rede de microdrenagem, para áreas de expansão urbanas

Tabela 74 - Programa 3 – Macrodrenagem

3.1 Elaboração do Plano Diretor de Drenagem Urbana

3.2 Obras de recuperação e manutenção dos canais de macrodrenagem

3.3 Implantação de Bacias de Amortecimento de cheias e de Regularização

de Vazões

Tabela 75 - Programa 4 – Defesa Civil

4.1 Atualização do cadastro de áreas de risco de alagamento

4.2 Capacitação de voluntários para a Defesa Civil

4.3 Atualização do PLANCON

4.4 Instalação do sistema de controle e alerta de cheias

Tabela 76 - Programa 5 – Gestão do Sistema

5.1 Criação da Secretaria Municipal de Saneamento Básico

5.2 Criação de mecanismos legais para obras de drenagem em novas

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156

ocupações urbanas

5.3 Criação do Sistema Municipal de Informações de Saneamento Básico

4.7 CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO

A partir dos programas, projetos e ações propostos, foi possível estabelecer um

cronograma físico-financeiro para os investimentos na área de drenagem e manejo

de águas pluviais urbanas, divididas em imediato, curto, médio e longo prazos.

A seguir estão apresentados detalhadamente os custos projetados por programas:

Tabela 77 – Cronograma financeiro (Programa 1)

Page 157: ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO … · ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - RJ PRODUTO 7 Prognósticos:

157

Tabela 78 - Cronograma financeiro (Programa 2)

Tabela 79 - Cronograma financeiro (Programa 3)

Page 158: ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO … · ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - RJ PRODUTO 7 Prognósticos:

158

Tabela 80 - Cronograma financeiro (Programa 4)

Tabela 81 - Cronograma financeiro (Programa 5)

IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

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TOTAL DE INVESTIMENTOS

NECESSÁRIOS

4.1 Atualização do cadastro

de áreas de risco de

alagamento

4.4 Instalação do sistema de

controle e alerta de cheias

765.000,00R$

360.000,00R$

4.2 Elaboração de um Plano

de Conscientização

Ambiental 210.000,00R$

4.3 Elaboração do PLANCON

45.000,00R$

MUNICÍPIO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS

CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO

PROGRAMA OBJETIVO CÓD.PRAZOS

IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

5.1.1 15.000,00R$ - - -

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total

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soma 48.000,00R$ 25.000,00R$ 25.000,00R$ 25.000,00R$

total

soma 93.000,00R$ 65.000,00R$ 85.000,00R$ 105.000,00R$

total

MUNICÍPIO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS

CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO

PROGRAMA OBJETIVO CÓD.PRAZOS

TOTAL DE INVESTIMENTOS

NECESSÁRIOS 348.000,00R$

5. G

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5.1 Criação da Secretaria

Municipal de Saneamento

Básico15.000,00R$

5.2 Criação de mecanismos

legais para obras de

drenagem em novas

ocupações urbanas 210.000,00R$

5.3 Criação do Sistema

Municipal de Informações de

Saneamento Básico123.000,00R$

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159

Tabela 82 - Resumo do cronograma

Nota-se, pela tabela anterior, que os investimentos para a drenagem e manejo de

águas pluviais urbanas estão diluídos entre os 20 anos do Plano, considerando

imediato, curto, médio e longo prazos.

Na tabela a seguir, pode-se observar que os investimentos estão concentrados

principalmente nos programas de micro e macrodrenagem, pois envolvem custos de

execução de grandes obras de interferência urbana. O valor médio anual foi feito

pela divisão do custo total pelos 20 anos.

Tabela 83 - Investimentos por programa

INVESTIMENTOS POR PROGRAMA

PROGRAMA TOTAL DE INVESTIMENTOS VALOR MÉDIO ANUAL

1. Hidrologia R$ 280.000,00 R$ 14.000,00

2. Microdrenagem R$ 60.015.000,00 R$ 3.000.750,00

3. Macrodrenagem R$ 50.740.000,00 R$ 2.537.000,00

4. Defesa Civil R$ 765.000,00 R$ 38.250,00

5. Gestão do Sistema R$ 348.000,00 R$ 17.400,00

TOTAL R$ 112.148.000,00 R$ 5.607.400,00

Foi possível também, estimar valores de investimentos por fontes de recursos,

sendo elas Prefeitura Municipal, INEA, Consórcio Intermunicipal Lagos São João e

Ministério das Cidades.

Page 160: ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO … · ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - RJ PRODUTO 7 Prognósticos:

160

As tabelas a seguir demonstram, por programas, quais as possíveis fontes de

recursos:

Tabela 84 - Fontes de recurso (Programa 1)

DESPESAS ESTIMADAS POR FONTE DE RECURSOS

Programa 1. Hidrologia Valor total (20 anos) Valor médio anual

Prefeitura Municipal - -

INEA - -

CILSJ R$ 280.000,00 R$ 14.000,00

Ministério das Cidades - -

TOTAL R$ 280.000,00 R$ 14.000,00

Tabela 85 - Fontes de recurso (Programa 2)

DESPESAS ESTIMADAS POR FONTE DE RECURSOS

Programa 2. Microdrenagem Valor total (20 anos) Valor médio anual

Prefeitura Municipal R$ 1.365.000,00 R$ 68.250,00

INEA - -

CILSJ - -

Ministério das Cidades R$ 58.650.000,00 R$ 2.932.500,00

TOTAL R$ 60.015.000,00 R$ 3.000.750,00

Tabela 86 - Fontes de recurso (Programa 3)

DESPESAS ESTIMADAS POR FONTE DE RECURSOS

Programa 3. Macrodrenagem Valor total (20 anos) Valor médio anual

Prefeitura Municipal R$ 37.940.000,00 R$ 1.897.000,00

INEA R$ 300.000,00 R$ 15.000,00

CILSJ -

Ministério das Cidades R$ 7.500.000,00 R$ 375.000,00

TOTAL R$ 45.740.000,00 R$ 2.287.000,00

Tabela 87 - Fontes de recurso (Programa 4)

DESPESAS ESTIMADAS POR FONTE DE RECURSOS

Programa 4. Defesa Civil Valor total (20 anos) Valor médio anual

Prefeitura Municipal R$ 765.000,00 R$ 38.250,00

INEA - -

CILSJ - -

Ministério das Cidades - -

TOTAL R$ 765.000,00 R$ 38.250,00

Page 161: ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO … · ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - RJ PRODUTO 7 Prognósticos:

161

Tabela 88 - Fontes de recurso (Programa 5)

DESPESAS ESTIMADAS POR FONTE DE RECURSOS

Programa 5. Gestão do Sistema

Valor total (20 anos) Valor médio anual

Prefeitura Municipal R$ 348.000,00 R$ 17.400,00

INEA - -

CILSJ - -

Ministério das Cidades - -

TOTAL R$ 348.000,00 R$ 17.400,00

Erro! Vínculo não válido.Portanto, pode-se concluir que os investimentos

necessários para os próximos 20 anos na área de drenagem e manejo de águas

pluviais urbanas no município de São Pedro da Aldeia, estarão concentrados no

orçamento da Prefeitura Municipal, e recursos provenientes de programas do

Ministério das Cidades, tabela a seguir.

Tabela 89 - Fontes de recursos (valor total)

DESPESAS ESTIMADAS POR FONTE DE RECURSOS

Despesa total Valor total (20 anos) Valor médio anual

Prefeitura Municipal R$ 40.318.000,00 R$ 2.015.900,00

INEA R$ 300.000,00 R$ 15.000,00

CILSJ R$ 280.000,00 R$ 14.000,00

Ministério das Cidades R$ 45.450.000,00 R$ 2.272.500,00

TOTAL R$ 86.348.000,00 R$ 4.317.400,00

4.8 MEMORIAL DE CÁLCULO

A seguir, são apresentadas as tabelas com o memorial de cálculo para se obter os

valores de investimentos, detalhados.

Apresenta-se ao final, o mapa com os principais pontos de alagamentos, áreas de

risco de deslizamento, pontos de deságue da macrodrenagem da região urbana,

delimitação das bacias de microdrenagem, hidrologia e manchas urbanas da Sede

do Município de São Pedro da Aldeia.

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162

Tabela 90 - Memorial de cálculo (Programa 1)

PROGRAMA 1 - HIDROLOGIA OBJETIVO 1.1 Elaboração de estudo de chuvas intensas para o município

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

1.1.1 Elaboração de estudo de chuvas

intensas

Contratação de consultoria especializada para análise dos dados pluviométricos existentes e elaboração do Estudo de Chuvas

Intensas. 800 horas de trabalho a R$ 150,00/hora = R$120.000,00

1.1.2 Revisão do Estudo de Chuvas

Intensas

Contratação de consultoria especializada para atualização dos dados existentes e revisão do Estudo de Chuvas Intensas. 265

horas de trabalho a R$ 150,00 a hora = R$ 40.000,00

OBJETIVO 1.2 Elaboração de manual para obras de drenagem

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

1.2.1 Elaboração de manual para obras

de drenagem

Contratação de consultoria especializada para elaboração do Manual para Obras de Drenagem.

500 horas de trabalho a R$ 160,00/hora = R$ 80.000,00

Tabela 91 - Memorial de cálculo (Programa 2)

PROGRAMA 2 - MICRODRENAGEM OBJETIVO 2.1 Atualização do cadastro georreferenciado da rede de microdrenagem do município

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

2.1.1 Levantamento em campo

Contratação de empresa para realizar o levantamento em campo, com georrefereciamento da rede, poços de visita, caixas

de ligação e outros componentes. Valor estimado = R$ 8,00/metro linear x 25.000 m = R$

200.000,00

2.1.2 Atualização do cadastro Atualização do cadastro feita por técnicos da Prefeitura. Valores

estimados.

OBJETIVO 2.2 Incentivo ao aproveitamento das águas de chuva

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

2.2.1

Elaborar projeto de lei incentivando a captação e

aproveitamento de águas de chuva em novas construções

Valor estimado = R$ 25.000,00

2.2.2

Implantar sistemas de captação de águas de chuva nos prédios públicos da administração

municipal

Valor estimado = R$ 20.000,00/prédio

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163

OBJETIVO 2.3 Criação de dispositivos legais para regulamentar a pavimentação no município

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

2.3.1

Elaborar projeto de lei regulamentando a pavimentação do município, com incentivo às

tecnologias de pavimento permeável

Valor estimado = R$ 40.000,00

OBJETIVO 2.4 Obras de reposição da microdrenagem já existente

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

2.4.1 Elaborar projetos para obras de

reposição

Contratação de empresa de engenharia para elaboração de projetos para obras de reposição.

Valor estimado = 1250 horas de trabalho a R$ 160,00/hora = R$ 200.000,00

2.4.2 Executar as obras projetadas Valores estimados em R$ 1.150,00/m, com 3.000m de obras

previstas por ano, totalizando R$ 3.450.000,00/ano

OBJETIVO 2.5 Obras de rede de microdrenagem para áreas de expansão urbana

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

2.5.1 Elaborar projetos para obras de

drenagem em áreas de expansão urbana Custos a cargo dos empreendedores que irão projetar os novos

loteamentos.

2.5.2 Executar as obras projetadas

Tabela 92 - Memorial de cálculo (Programa 3)

PROGRAMA 3 - MACRODRENAGEM OBJETIVO 3.1 Elaboração do Plano Diretor de Drenagem Urbana

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

3.1.1 Elaborar o Plano Diretor de

Drenagem Urbana Contratação de empresa de engenharia especializada.

Valor estimado = 2.000 horas a R$ 150,00/hora = R$ 300.000,00

3.1.2 Revisar o Plano Contratação de empresa de engenharia para revisão periódica

do plano. Valor estimado = R$ 70.000,00 por revisão

OBJETIVO 3.2 Obras de recuperação e manutenção dos canais e galerias de macrodrenagem

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

3.2.1

Executar obras de recuperação dos canais e galerias de

macrodrenagem

Valores estimados, a serem confirmados com a elaboração do Plano Diretor de Drenagem

3.2.2 Manutenção dos canais e galerias

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164

de macrodrenagem

OBJETIVO 3.3 Implantação de Bacias de Amortecimento de cheias e de Regularização de Vazões

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

3.3.1 Elaborar projetos de bacias de

amortecimento Contratação de empresa de engenharia especializada.

Valor estimado = 2.000 horas a R$ 150,00/hora = R$ 300.000,00

3.3.2 Executar as obras projetadas Valores estimados, a serem confirmados com a elaboração do

Plano Diretor de Drenagem

Tabela 93 - Memorial de cálculo (Programa 4)

PROGRAMA 4 - DEFESA CIVIL OBJETIVO 4.1 Atualização do cadastro de áreas de risco de alagamento e deslizamento

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

4.1.1 Atualizar o cadastro de áreas de

risco Valor estimado referente a atualização do cadastro por

funcionários da Prefeitura Municipal.

OBJETIVO 4.2 Capacitação de voluntários para a Defesa Civil

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

4.2.1 Cadastrar e capacitar 180

voluntários, moradores das áreas de risco

Valores estimados para capacitação de voluntários por funcionários da Prefeitura

OBJETIVO 4.3 Elaboração do PLANCON

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

4.3.2 Atualização do Plano Valor referente a gastos diversos pela Defesa Civil Municipal para

atualização do Plano. Valor estimado = R$ 15.000,00 por atualização

OBJETIVO 4.4 Instalação do sistema de controle e alerta de cheias

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

4.4.1 Instalar o sistema de controle e

alerta de cheias Custo de instalação por conta do INEA, através de parceria já

firmada com o IMELS

4.4.2 Apoio local à manutenção do

sistema Custo estimado em R$ 10.000,00/ano para manutenção local do

sistema

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165

Tabela 94 - Memorial de cálculo (Programa 5)

PROGRAMA 5 - GESTÃO DO SISTEMA OBJETIVO 5.1 Criação da Secretaria Municipal de Saneamento Básico

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

5.1.1 Encaminhar à Câmara Municipal

minuta de Lei para criação da SMSB

Valor estimado = R$ 15.000,00

5.1.2 Implantar a SMSB e criar a

UGPLAN

Os valores para a SMSB e UGPLAN deverão ser definidos quando da criação das mesmas, após a definição das responsabilidades e

atribuições

OBJETIVO 5.2 Criação de mecanismos legais para obras de drenagem em novas ocupações urbanas

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

5.2.1 Elaborar projeto de lei Valor estimado = R$ 10.000,00

5.2.2 Incentivar a implantação de

medidas de mitigação/retenção de águas de chuva

Valores estimados

OBJETIVO 5.3 Criação do Sistema Municipal de Informações de Saneamento Básico

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

5.3.1 Criar o Sistema Municipal de Informações de Saneamento

Básico

Contratação de empresa especializada para criação do SMISB. Valor estimado 320 horas a R$ 150,00/hora = R$ 48.000,00

5.3.2 Atualizar o SMISB Valor estimado para atualização = R$ 25.000,00 a cada 5 anos

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166

4.9 ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA PARA O SISTEMA DE

DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS

De extrema importância para o sucesso das metas, programas, projetos e ações

propostas pelo PMSB, complementam os prognósticos anteriormente descritos, a

análise econômico-financeira do setor drenagem e manejo de águas pluviais. A

análise executada, busca elencar os elementos necessários para o conhecimento da

sustentabilidade do sistema já implantado e a ser implementado ao longo dos

próximos 20 anos.

4.9.1 Situação Atual

De acordo com o diagnóstico do setor, Produto 4, foi possível observar que o

Município não conta com recursos orçamentários específicos para a Drenagem e o

Manejo de Águas Pluviais Urbanas. Os recursos utilizados para reparos nas redes,

galerias e canais, são oriundos do orçamento da Secretaria Municipal de Obras, os

quais encontram-se diluídos em diferentes rubricas orçamentárias. Para o execução

de novas obras, os recursos para drenagem, na maior parte das vezes, vêm

agregados aos recursos de pavimentação. Obras de drenagem de maior

envergadura, normalmente são financiadas com recursos externos específicos. A

microdrenagem em loteamentos novos (áreas de expansão) é executada pelo

empreendedor.

4.9.2 Proposições

O Art. 29 do Capitulo VI – DOS ASPECTOS ECONÔMICOS E SOCIAIS, da Lei Nº

11.445/2007 determina:

“Os serviços públicos de saneamento básico terão a sustentabilidade

econômico-financeira assegurada, sempre que possível mediante

remuneração pela cobrança dos serviços:”

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167

“III – de manejo de águas pluviais urbanas: na forma de tributos, inclusive

taxas, em conformidade com o regime de prestação do serviços ou de

suas atividades”.

“Art. 36. A cobrança pela prestação do serviços público de drenagem e

manejo de águas pluviais urbanas deve levar em conta, em cada lote

urbano, os percentuais de impermeabilização e a existência de

dispositivos de amortecimento ou de retenção de água da chuva, bem

como poderá considerar:

I – o nível de renda da população da área elencada;

II – as características dos lotes urbanos e as áreas que podem ser neles

edificadas.”

Sugere-se como principal proposição, a implantação da taxa de drenagem conforme

anteriormente estabelecido na Lei da Política Nacional de Saneamento Básico e seu

Decreto Regulamentador Nº7.217/2010.

Algumas cidades já vem adotando a cobrança da taxa de drenagem, como São

Bernardo do Campo/SP, Colatina/ES, Gaspar/SC, entre outras.

O princípio de cobrança da taxa de drenagem se apoia na fórmula:

Q = c. i . A, onde Q, é a vazão em m3/s, i, é a intensidade da precipitação

pluviométrica (mm/seg); c, o coeficiente de impermeabilização da área; A,

a área da bacia contribuinte (m2 ou ha).

Calcula-se em função da intensidade de precipitação pluviométrica média, para a

Região, o volume de chuva precipitada durante um ano sobre a área limitada pelo

perímetro urbano. Deduz-se normalmente 50% da área considerada como

precipitada sobre áreas públicas, sistema viário, praças, parques, entre outras e o

restante da vazão sobre os 50% da área urbanizada, determinando-se a vazão por

m2 ou hectare.

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168

Estima-se o valor dos investimentos anuais em drenagem e manejo das águas

pluviais urbanas.

(1) Ampliação da microdrenagem;

(2) Reposição da micro e macrodrenagem a cargo da Prefeitura Municipal;

(3) Execução da macrodrenagem, e,

(4) Operação e manutenção do sistema.

O custo anual determinado dividido por 50% da vazão precipitada determina a taxa

unitária de drenagem: R$ / m2 (ha) por ano. Dividindo-se por 12 meses, obtém-se a

taxa de drenagem mensal.

Multiplicando-se a área do lote pela taxa mensal de drenagem, obtém-se a taxa

bruta de drenagem. Esta taxa será reduzida, em função do coeficiente de

impermeabilização (c). Quanto maior for o valor de (c) próximo a 1,0 (100% de

impermeabilização do lote) maior será o valor da taxa de drenagem a ser paga pelo

proprietário do imóvel. Quanto menor for o valor de (c)próximo a 0,0 (0% de

impermeabilização do lote) menor será o valor da taxa de drenagem a ser paga pelo

proprietário do imóvel. O valor da taxa de drenagem poderá ser agregado à conta de

abastecimento de água, esgotamento sanitário, coleta de resíduos sólidos, ou ainda

à conta de consumo de energia elétrica.

5. ANÁLISE INSTITUCIONAL

5.1 ANÁLISE INSTITUCIONAL LOCAL

No início deste documento – Produto 7, foram elencadas e descritas as instituições

envolvidas pelo arranjo institucional vigente na Região dos Lagos – São João.

Detalham-se a seguir, o Modelo Atual e a Modelagem Proposta, em forma de Estudo

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169

Inicial, uma vez que a Proposta Final será obtida após os debates que irão

acontecer no 2º Seminário, após a Consulta Pública e finalmente após a Audiência

Pública.

5.1.1 Situação Atual

Os serviços de Saneamento Básico prestados no Município referem-se a:

Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário são operados em regime de

concessão pela Prolagos, destacando-se que os esgotos sanitários, em sua

grande maioria são coletados pelo sistema de drenagem urbana da Prefeitura

Municipal de São Pedro da Aldeia, pelo chamado “tomada em tempo seco”.

Os serviços prestados são fiscalizados pelo Consórcio Intermunicipal para

Gestão Ambiental das Bacias da Região dos Lagos, do Rio São João e Zonas

Costeiras (Consórcio Intermunicipal Lagos – São João/CILSJ) e regulados

pela Agencia Estadual Reguladora de Energia e Saneamento – AGENERSA.

Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos são administradas pela

Secretaria Municipal de Urbanismo e Serviços Públicos, a qual terceiriza os

serviços de coleta, transporte e disposição final dos resíduos

domésticos/comerciais/de serviços de saúde/limpeza pública. Não sofre

fiscalização da Consórcio e nem Regulação por parte da AGENERSA.

Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas, são administradas pela

Secretaria Municipal de Urbanismo e Serviços Públicos e Secretaria Municipal

de Obras. A Defesa Civil também opera em parceria direta com a Secretaria

Municipal de Governo e Segurança.

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170

Figura 8 – Modelo Institucional do Saneamento Básico de São Pedro da Aldeia

Fonte: SERENCO, 2013

5.2 Modelos Institucionais para Prestação dos Serviços de Saneamento Básico

A história do saneamento básico em nosso país registra diferentes momentos

relacionados aos modelos institucionais utilizados na prestação dos serviços de

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171

abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza pública e manejo de

resíduos sólidos urbanos, e drenagem e manejo das águas pluviais urbanas.

Historicamente, de forma resumida, os modelos institucionais utilizados partem dos

antigos Departamentos/Serviços de Água e Esgotos e dos Departamentos /Serviços/

Superintendências de Limpeza Urbana e/ou de Lixo.

O Ministério da Saúde, através da Fundação Serviços de Saúde Pública,

inicialmente Serviços de Saúde Pública, (1.942), do Ministério da Saúde, hoje

FUNASA, investiu nos Serviços Autônomos de Água e Esgoto (SAAE’s) e também

nos Serviços Autônomos Municipais de Água e Esgotos (SAMAE’s) implantando os

modelos na década de 1950, difundindo-os pelo país a fora, atualmente em mais de

mil cidades. DAE’s/SAAE’s e SAMAE’s, constituíram-se nos modelos institucionais

municipais escolhidos por vários Munícipios, buscando a implantação/ampliação dos

sistemas de abastecimento de água, cujos índices de atendimento em termos de

quantidade e qualidade eram muito baixos.

A partir daí, segundo NIEBUHR, 2.009, o arcabouço legal brasileiro disponibiliza à

Administração Municipal, enquanto titular dos serviços públicos de saneamento

básico, uma série de modelos para sua gestão. A prestação de serviços passa a ser

gerenciada pelo setor público, pelo setor privado, ou por ambos. Essa prestação é

eminentemente pública quando: (a) o próprio titular da atividade, o município,

executa os serviços através da administração direta, ou de autarquia, ou empresa

municipal, através de empresas públicas estaduais, as Companhias de Saneamento,

por intermédio de contratos e/ou convênios, e ainda através de empresas regionais,

cujo modelo reúne um conjunto de municípios interligados pela figura dos

consórcios.

A terceirização dos serviços com empresas privadas, principalmente na gestão dos

resíduos sólidos urbanos acontece, e ainda, se materializa e se diversifica através

de Concessões Privadas Plenas ou de Parcerias Público-Privadas. Paralelamente a

esse panorama de modelos institucionais, cresce nos dias atuais, a prestação

Page 172: ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO … · ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - RJ PRODUTO 7 Prognósticos:

172

indireta dos serviços de saneamento básico, por empresas privadas, tendo em vista

que elas realizam o aporte de capital necessário para a expansão das atividades. As

leis n.º 8.987/92, 9.074/95 e 11.445/07 viabilizam juridicamente a prestação

exclusiva por empresas privadas através de concessão/subconcessão autorizadas

pelo poder concedente - o município. A concessão outorga ao particular, o exercício

da prestação dos serviços de saneamento básico, retendo, para si, o município, a

titularidade dos mesmos. O concessionário encarrega-se, com recursos próprios ou

captados em seu nome, em ampliar e melhorar a prestação dos serviços

contratados.

O contrato prevê metas e padrões de desempenho, obrigando-se a

concessionária/subconcessionária a manter os serviços públicos delegados de

forma adequada aos termos do contrato, atendendo as metas quantitativas (número

de usuários atendidos-universalização dos serviços), bem como as qualitativas

(padrões e normas vigentes, aferidos por indicadores setoriais do saneamento

básico).

A combinação de fatores melhor técnica e menor taxa/tarifa define a autorga dos

serviços licitados pela Administração Municipal. A Associação Brasileira de

Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto – ABCON,

contabiliza mais de 200 contratos de concessão no território nacional. Ainda

segundo NIEBUHR, 2009, no período 2.000/2.005 os investimentos médios, por

habitante, registraram:

Concessionárias/subconcessionárias----------------------------R$ 39,08

Empresas públicas estaduais--------------------------------------R$ 21,55

Empresas públicas municipais ------------------------------------R$ 10,21

O outro modelo de gestão referenciado anteriormente é o sistema misto, ou público-

privado disciplinado pela Lei N°11.079/2004, ou seja, as parcerias público-privadas,

onde o Estado/Município participa, integral ou parcialmente, da remuneração da

concessionária/ subconcessionária. Ainda, em concessões patrocinadas, a

Page 173: ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO … · ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - RJ PRODUTO 7 Prognósticos:

173

administração pública paga ao concessionário/ subconcessionário a contraprestação

pecuniária ao lado das tarifas/taxas cobradas dos usuários dos serviços públicos, de

modo a complementar a remuneração do particular.

Já nas concessões/subconcessões administrativas, a Administração Pública

remunera integralmente a parceria privada. Este modelo se aplica para atividades

que não comportam cobrança direta de taxas/tarifas dos usuários, seja pela

impossibilidade de se identificar uma relação contratual entre o tomador e o

prestador do serviço, ou pelos interesses sociais envolvidos na questão.

A participação privada nos serviços de água e esgoto teve início em 1.995 com o

primeiro contrato de concessão assinado no município de Limeira, interior de São

Paulo. Desde então tem crescido gradativamente. Em 2.004 com a promulgação da

Lei 11.079/04 que regulamentou as Parcerias Público- Privadas e mais

recentemente em 2.007, com a promulgação da Lei 11.445/2.007 que estabeleceu

as diretrizes nacionais para o saneamento básico, regulamentada pelo Decreto

7.217 de 21.06.2010, a participação privada foi fortalecida, baseada em regras

claras e segurança jurídica para os investidores.

Em 2.010 eram 214 contratos, entre eles concessões plenas, parciais, BOT´s(1) e

PPP´s(2) em 229 municípios, 13 estados brasileiros, atingindo direta ou

indiretamente o atendimento de 16,30 milhões de habitantes, correspondendo a

11,3% da população urbana. Estavam previstos investimentos de R$ 8,04 bilhões

nesses contratos. A projeção para 2017, 10 anos após a promulgação da Lei é

atender 30% do mercado nacional.

Enfim, a consolidação do saneamento básico impulsionada por toda a legislação

vigente possibilita a escolha de modelos de gestão distintos.

(1) Build, Operate and Transfer (2) Parceria Público - Privada.

Page 174: ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO … · ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - RJ PRODUTO 7 Prognósticos:

174

A opção menos onerosa para os municípios é a concessão comum (privada e

plena), dado que nela todos os investimentos são realizados pela empresa privada,

que presta o serviço por conta e risco, sem necessidade de aporte público. Já na

parceria público-privada, quer na modalidade concessão patrocinada, quer na

modalidade concessão administrativa, há, ao menos, a possibilidade de os

municípios remunerarem diretamente a empresa privada, além da tarifa já cobrada

dos munícipes. Para que a retomada do serviço traduza ganho em eficiência é

imperativo que os municípios cotejem as alternativas disponíveis, considerando suas

especificidades locais e regionais.

Resumidamente tem-se:

Modelos Institucionais para a prestação dos Serviços de Saneamento Básico

(i)

- Administração direta pela Municipalidade (Centralizada) por órgãos e servidores públicos – Secretaria, Divisão, Serviço ou Departamento.

(ii)

- Administração direta descentralizada (outorga) por pessoa com personalidade jurídica distinta do Município:

(iia) - Autarquia Municipal

(iib) - Empresa de Economia Mista

(iic) - Empresa Pública

(iid) - Fundação

(iii) Administração indireta (delegação) através de licitação:

(iiia) - Empresas Privadas – Terceirização por Autorização, Permissão ou Concessão.

(iiib) - Por Concessão Privada Plena

(iiic)

- Por Parceria Público – Privada (PPP) em forma de Concessão Patrocinada ou Administrativa.

(iv)

- Gestão Associada através de Consórcio Público Intermunicipal ou Convênio de Cooperação, mediante contrato de programa, e

(iva) - Companhia Estadual de Saneamento.

Fonte: SERENCO, 2.013.

Segundo VARGAS, 2.004, mais importante do que a existência de posições

favoráveis ao aumento da participação privada na prestações dos serviços de

saneamento, é a baixa capacidade de investimento na expansão deste setor

demonstrada pela União, favorecendo o crescimento das concessões ao setor

privado. É possível observar que o Governo Federal, Estadual e Municipal

apresentam baixa capacidade de investimento no setor saneamento básico. Neste

contexto, parece improvável que o setor público possa garantir sozinho, os recursos

necessários para universalizar o atendimento da população urbana com serviços

Page 175: ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO … · ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - RJ PRODUTO 7 Prognósticos:

175

adequados de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza pública e

manejo de resíduos sólidos e drenagem e manejo de águas pluviais urbanas, tendo

em vista os déficits de cobertura acumulados e as estimativas de investimentos para

superá-los.

O que explica a fraca participação de concessionárias privadas, sejam de capital

nacional ou estrangeiro, na prestação de serviços neste setor, não é tanto a

resistência política organizada das corporações envolvidas e seus aliados na

sociedade civil, mas principalmente alguns obstáculos jurídico-legais presentes no

seu ordenamento institucional.

As considerações sobre a organização administrativa e institucional do saneamento

na atual conjuntura política e econômica indicam que o envolvimento privado na

prestação dos serviços de água e esgotos tende a continuar crescendo em nosso

país.

Começando pelas oportunidades, a possibilidade de atrair capital privado para

investir na melhoria e ampliação da infraestrutura, numa época de recursos públicos

escassos e comprometidos com o pagamento de dívidas, é sem dúvida a principal

vantagem potencial da concessão dos serviços para companhias privadas nacionais

ou estrangeiras. Para assegurar que este objetivo seja cumprido satisfatoriamente,

no entanto, é preciso contar com um aparato regulatório consistente, envolvendo

contratos de concessão equilibrados, nos quais os direitos e obrigações do poder

concedente e da concessionária sejam plenamente assegurados, nos moldes do

que prevê a Lei de Concessões, além de entidades reguladoras dotadas de

qualificação técnica e de autonomia decisória e financeira para fiscalizar o seu

cumprimento.

Além do investimento, outra vantagem de uma ampliação da participação privada na

prestação dos serviços de saneamento bastante citada na literatura diz respeito ao

Page 176: ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO … · ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - RJ PRODUTO 7 Prognósticos:

176

aumento da eficiência global do setor que seria incentivada pelo aumento da

competição entre operadores públicos e privados.

Neste caso, uma participação de companhias privadas transnacionais no contexto

brasileiro, ainda que minoritária diante das enormes disparidades sociais e regionais

do país, é vista como vantajosa por incentivar a busca de maior eficiência e

competitividade por parte das CESBs, além de possibilitar transferência de

tecnologia avançada para o setor.

Assim, concluindo, segundo VARGAS, 2004, nada impede a priori que operadores

privados possam atuar de forma articulada com as prefeituras e entidades

comunitárias em intervenções urbanas integradas, visando atender populações

desfavoráveis em áreas de sub-habitação.

Resumidamente, apresentam-se as figuras a seguir, as quais detalham as

alternativas possíveis, ou seja, os cenários para o arranjo institucional proposto para

o Município de Araruama, e consequentemente, para a Região dos Lagos São João.

Page 177: ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO … · ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - RJ PRODUTO 7 Prognósticos:

177

Figura 9 - Arranjos Institucionais Fonte: SERENCO, 2.013.

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178

Figura 10 - Diagrama Institucional Municipal

Fonte: SERENCO, 2.013.

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179

Figura 11 - Diagrama Institucional Intermunicipal

Fonte: SERENCO, 2.013.

5.2.1 Estrutura Organizacional Proposta

A definição das diretrizes de ação, projetos e intervenções prioritárias no horizonte

de planejamento já consiste em grande avanço. Entretanto, tais definições poderão

se tornar inócuas, caso não venham acopladas a um mecanismo institucional e

operativo robusto e eficiente de operacionalização das mesmas. Tal mecanismo tem

Page 180: ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO … · ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - RJ PRODUTO 7 Prognósticos:

180

que ser capaz de garantir o fortalecimento e estruturação do arranjo institucional

específico para viabilização dos Planos Municipais, adequação normativa e

regularização legal dos sistemas, estruturação, desenvolvimento e aplicação de

ferramentas operacionais e de planejamento.

Dentro desta lógica, o PMSB está sendo concebido como um tripé composto de

elementos fundamentais: estruturais, normativo e gestão. Tal configuração é

mostrada na Figura a seguir.

Figura 12 - Esquema do tripé de elementos fundamentais do PMSB

Fonte: SERENCO, 2.013.

Para responder aos desafios e para alcançar o sucesso do PMSB, o presente

documento preliminar propõe, além do conjunto de programas estruturais nas áreas

de abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de resíduos sólidos

urbanos e manejo de drenagem urbana, a implantação de um programa estruturante

na área de gestão. Nessa perspectiva, o programa proposto procura sistematizar as

articulações entre a operação, ampliação e modernização da infraestrutura setorial e

a gestão integrada sob o ponto de vista político-institucional, técnico e financeiro do

Plano. Dentro da lógica atual do planejamento público em qualquer setor, tais

objetivos não deverão estar dissociados da busca, em nível macro, da

sustentabilidade ambiental e da melhoria de qualidade de vida da população.

Page 181: ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO … · ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - RJ PRODUTO 7 Prognósticos:

181

Os desafios de implementar um Plano da magnitude do PMSB mediante uma

perspectiva integrada não são triviais e requerem uma base institucional e legal

consistente e inovadora, em termos de sua instrumentalização e da forma como atua

o poder público. Neste sentido, o setor de saneamento básico no âmbito das

Prefeituras Municipais da Região dos Lagos reúne algumas vantagens relativas, em

decorrência da existência do Consórcio Intermunicipal Lagos São João (CILSJ), do

Comitê da Bacia Hidrográfica da Região dos Lagos São João com Quatro

Subcomitês: Rio São João, Lagoa de Araruama, Lagoa de Saquarema e Rio Una e

recentemente o Consórcio Público Intermunicipal de Manejo de Resíduos Sólidos da

Região dos Lagos - com arcabouços técnicos, administrativos, financeiros e jurídicos

próprios. Apesar da existência das estruturas citadas já representarem um grande

avanço em termos institucionais é necessário atentar para o fato de que apesar de

bem estruturadas, contam com grande demanda de serviços, sendo que o acúmulo

das atribuições atuais somadas àquelas que serão decorrentes da implementação

dos Planos, poderá, ao invés de trazer melhorias ao setor, resultar na geração de

ineficiências.

Assim sendo, um dos principais aspectos a serem incorporados no Plano, no bojo do

Programa de Gestão a ser proposto, é a reestruturação e ampliação da capacidade

funcional das Estruturas Regionais existentes, por meio da estruturação de um

arranjo institucional que contemple em cada Município uma Unidade de Gestão do

Plano – UGPLAN. A criação desta Unidade, de forma centralizada (regional) e

descentralizada (nos Municípios) e adequada junto às atuais atribuições distribuídas

em várias Secretarias Municipais, permitirá às Prefeituras criarem condições

estruturais de governabilidade e de governança, ambas essas condições

contemplando um modelo institucional que se vislumbra com potencial elevado

focando-se a modelagem proposta no fortalecimento das Secretarias Municipais de

Meio Ambiente em cada Município.

A unidade UGPLAN/Regional, deverá ser criada em um dos atuais Consórcios

anteriormente citados, desde que adaptados e/ou ajustados para absorverem a

Page 182: ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO … · ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - RJ PRODUTO 7 Prognósticos:

182

gestão do Saneamento Básico como um todo, ou ainda, através de novo modelo a

ser estudado, apresentado, debatido e aprovado em Assembleia de seus membros

constituintes.

Outra opção possível é a constituição e formalização da Microrregião dos Lagos,

instituída pela Lei Complementar n.º 87/1.997, complementada pelas Leis

Complementares n.º 89/1.998, 97/2.001 e 10/2.002. Isto é, estabelecer condições

institucionais com vistas à organização, do planejamento e à execução de funções

públicas e aos serviços de interesse comum que atendam a mais de um município,

assim como os que, restrito ao território de um deles, sejam de algum modo

dependentes, concorrentes, confluentes ou integrados de funções públicas, bem

como os serviços supra municipais, notadamente:

Planejamento integrado do desenvolvimento econômico e social da

Microrregião dos Lagos, compreendendo a definição de sua política de

desenvolvimento e fixação das respectivas diretrizes estratégicas e de

programas, atividades, obras e projetos;

Saneamento básico;

Aproveitamento, proteção e utilização racional e integrada dos recursos

hídricos, e,

Cartografia e informações básicas para o planejamento microrregional,

entre outros elementos, detalhados na referida Lei Complementar.

A Figura 13 apresenta o modelo em questão.

Page 183: ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO … · ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - RJ PRODUTO 7 Prognósticos:

183

Figura 13 - UGPLAN

Fonte: SERENCO, 2.013.

Pelo exposto, as principais diretrizes que regem a estruturação do Programa de

Gestão são:

Ênfase no estabelecimento de mecanismos de gestão (aspectos legais,

institucionais, de planejamento e da base de informações), apoiado em

estudos e projetos consistentes sob o ponto de vista técnico;

Proposição de arranjo institucional, a fim de promover o fortalecimento

institucional das Estruturas Municipais e Regionais Existentes;

Organização, monitoramento e avaliação da operação e manutenção

dos sistemas existentes, de modo a evitar a perda de patrimônio público

e o desempenho inadequado das infraestruturas já instaladas;

Ampliação progressiva das infraestruturas, de modo a otimizar os

recursos disponíveis e evitar dispersões, conferindo prioridade às obras

para o atendimento de demandas mais urgentes e para a viabilização

dos benefícios esperados pelos Planos;

Estruturação de um sistema de informações capaz de ordenar o fluxo,

acesso e disponibilização das informações inerentes aos setores e aos

Page 184: ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO … · ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - RJ PRODUTO 7 Prognósticos:

184

Planos, que se configure não apenas como banco de dados, mas como

sistema de apoio à decisão, e,

Atenção com os encargos relativos ao gerenciamento da implementação

do Programa de Gestão, para o qual dever-se-á contar com o apoio de

consultores especializados e estruturar um conjunto de indicadores de

acompanhamento da execução que explicitem avanços nas obras

físicas, nas metas de qualidade dos serviços e ambiental e nos objetivos

de natureza institucional, além de contemplar aspectos relevantes de

comunicação social e de educação sanitária e ambiental, nesta e em

fases de extensão futura do Plano.

O Programa de Gestão do PMSB tem por objetivo principal criar condições

gerenciais para a consecução das metas estabelecidas no conjunto de programas

estruturais, a implementação de um sistema integrado de informações e a constante

avaliação dos resultados com vistas à eficiência e à sustentabilidade dos sistemas e

serviços integrantes do setor de saneamento básico nos Municípios da Região dos

Lagos.

Para a consecução do objetivo geral do Programa, em decorrência das diretrizes

expostas anteriormente, destacam-se os seguintes objetivos específicos:

regularizar os serviços de saneamento;

adequar o arcabouço legal vigente, quando necessário;

criar em cada Município uma estrutura institucional especifica para o

Saneamento Básico, fortalecendo as ações do Poder Concedente – as

Prefeituras locais;

implementar o cadastro dos sistemas.

implantar rede integrada de monitoramento e avaliação;

implantar sistema integrado de informações.

Page 185: ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO … · ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - RJ PRODUTO 7 Prognósticos:

185

A lógica empregada para o estabelecimento e ordenamento das metas deste

Programa de Gestão são o gerenciamento, regularização e operacionalização

voltada à efetivação do PMSB.

A efetividade deste programa de Gestão estará associada aos respectivos

Programas de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza pública e

manejo de resíduos sólidos urbanos, e drenagem e manejo de águas pluviais

urbanas, tendo como substrato fundamental a abordagem dos aspectos normativos

intervenientes. Para tanto, torna-se essencial criar em cada Município uma estrutura

institucional especifica para aumentar a eficiência e eficácia dos Serviços de

Saneamento, conferindo-lhe condições de atuação respaldada pelo devido aparato

em termos de recursos humanos, tecnológicos, operacionais e financeiros.

Assim sendo, este programa deve estar voltado ao Planejamento Institucional

Estratégico e a reestruturação organizacional da Secretaria Municipal de Meio

Ambiente, incluindo o estudo de funções, gestão das pessoas (plano de cargos e

salários e funções gratificadas) e programas de capacitação e treinamento, além de

reforço institucional em termos de instalações e equipamentos básicos.

O desenvolvimento de Regularização tem como substrato fundamental a abordagem

dos aspectos legais intervenientes. Para tanto, torna-se essencial averiguar a

legalidade jurídica dos sistemas implantados, especialmente em termos de

licenciamento ambiental e atendimento à legislação de recursos hídricos, dentre

outras, de modo a garantir o funcionamento dos mesmos em consonância com a lei,

reduzindo a fragilidade existente frente a ações judiciais, multas e embargos.

Em adição, na gestão do PMSB será necessário acrescentar preocupações relativas

à operacionalização e à sistemática de monitoramento e avaliação dos resultados

pretendidos, por meio de indicadores relativos à execução física e financeira, às

metas previstas e aos objetivos de cunho institucional.

Page 186: ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO … · ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - RJ PRODUTO 7 Prognósticos:

186

Para tanto, a Operacionalização demanda o desenvolvimento de ferramentas de

apoio ao planejamento e decisão. Partindo de uma visão abrangente e estratégica

na perspectiva da gestão integrada de todo o mosaico de obras, projetos e sistemas

que compõem os PMSB, este componente contempla:

o desenvolvimento e implantação de um sistema integrado capaz de

congregar informações técnicas, operacionais, financeiras e gerenciais de

todos os sistemas que integram o PMSB;

a elaboração de cadastro dos sistemas de cada setor;

implantação de uma rede de monitoramento e avaliação, e,

elaboração de planos de contingência para o enfrentamento de situações de

calamidades, especialmente inundações e alagamentos.

Além deste conjunto de ações, torna-se relevante, na interlocução junto aos atores e

setores sociais diversos, o desenvolvimento de ações de comunicação social. Tendo

em vista ainda que o saneamento básico não deve ser visto apenas como

infraestrutura, mas como elemento de saúde pública, torna-se fundamental

transcender as proposições e a atuação do PMSB à questão do controle social.

Desta forma é fundamental o desenvolvimento e implementação permanente de

ações de informação ao usuário, por meio de um Sistema de Informações de

Saneamento Básico da Região dos Lagos.

Para a efetiva implementação do Plano Municipal de Saneamento Básico com a

ampla variedade de ações é necessário que seja montada uma estrutura

organizacional que, ao mesmo tempo: (i) possua legitimidade institucional, no bojo

da organização da administração pública municipal; (ii) tenha condições de agilidade

e eficiência necessárias à implantação de Planos desta natureza.

Neste sentido, este documento tem por objetivo apresentar uma primeira proposta

para a modelagem do arranjo institucional para a execução do PMSB, delineado

fundamentalmente a partir da reestruturação da Secretaria Municipal de Meio

Ambiente em cada Município da Região e as suas respectivas integrações.

Page 187: ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO … · ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - RJ PRODUTO 7 Prognósticos:

187

A estrutura proposta é composta de dois elementos principais, uma instância

participativa e de controle social, representada por um Conselho Deliberativo e uma

instância executiva e operacional representada por uma Unidade de Gerenciamento

do Plano – UGPLAN, a ser criada ou adaptada no âmbito municipal e regional das

estruturas já existentes.

Sugere-se portanto, a implantação em cada Município de uma Unidade de

Gerenciamento do Plano – UGPLAN/PMSB. Serão as unidades de planejamento e

execução dos PMSB’s, criadas no âmbito das Prefeituras Municipais, subordinadas

às Secretarias de Meio Ambiente existentes. Esta nova concepção integrada,

demandará uma estrutura de pessoal e de equipamentos adicional, a fim de não

sobrecarregar as estruturas hoje existentes, o que poderá tornar toda a proposta

ineficiente, prejudicando, inclusive, as tarefas já hoje desenvolvidas.

Assim sendo, apresenta-se um primeiro esboço da estrutura necessária à UGPLAN,

cabendo, posteriormente, a definição em conjunto com a Secretaria de Meio

Ambiente, da necessidade de adequação em função das atuais estruturas

existentes.

A Unidade de Gerenciamento do PMSB - UGPLAN será responsável pelo

gerenciamento, coordenação e execução dos estudos, planos, e projetos integrantes

do plano, bem como do monitoramento e avaliação dos mesmos.

A estrutura proposta para a UGPLAN, responsável pelo gerenciamento e

operacionalização do PMSB é composta das seguintes Unidades, apresentadas no

organograma a seguir:

Page 188: ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO … · ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - RJ PRODUTO 7 Prognósticos:

188

Figura 14 - Estrutura proposta para a UGPLAN

Fonte: SERENCO, 2.013.

A UGPLAN tem por objetivo geral executar as atividades de gerenciamento e a

coordenação da implementação das ações do PMSB, devendo, no âmbito de suas

competências, desempenhar as seguintes funções:

o realizar, com apoio de auditorias independentes, a supervisão física

das ações em execução;

o preparar, em conjunto, as Diretrizes para Elaboração do Plano

Operativo Anual – POA com vistas a aprovação prévia pelo Conselho

Municipal de Meio Ambiente;

o coordenar e supervisionar a execução dos estudos, projetos e obras

integrantes do PMSB;

o realizar o acompanhamento e gestão administrativa e financeira das

ações integrantes do PMSB aprovadas no respectivo POA;

o realizar o acompanhamento físico-financeiro das atividades integrantes

do PMSB;

o solicitar a mobilização de recursos e preparar propostas orçamentárias

para os exercícios financeiros anuais, e,

o manter documentação técnica, jurídica e financeira em sistema de

informação automatizado, com vistas a permitir maior transparência na

atuação pública.

Page 189: ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO … · ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - RJ PRODUTO 7 Prognósticos:

189

Tendo em vista o complexo arcabouço legal referente aos temas recursos hídricos,

saneamento, resíduos sólidos e meio ambiente, tanto no nível federal, quanto

estadual e municipal, e, tendo em vista que os sistemas integrantes do PMSB

podem ter sido implantados em momentos distintos sem muitas vezes se adequar à

legislação vigente à época ou superveniente, torna-se necessário avaliar o conjunto

dos sistemas à luz da legislação atual, de modo a permitir o planejamento para

regularização dos mesmos.

A regularização dos sistemas poderá passar pela adequação ao arcabouço hoje

existente ou pela proposição da institucionalização de novos instrumentos e

diplomas legais, em nível Municipal, de modo a conferir condições para a efetiva

gestão dos elementos constituintes do Saneamento Básico no âmbito dos

Municípios da Região dos Lagos.

Para tanto, deverá ser elaborado estudo visando a implementação de ato normativo

para a fiscalização do setor de saneamento básico no Município, de forma a

disciplinar ou organizar este serviço público. O estudo deve considerar as

características, padrões de qualidade, impacto socioambiental, direitos e obrigações

dos usuários e dos responsáveis por sua oferta ou prestação e fixação e revisão do

valor de taxas e tarifas e outros preços públicos. Em função da natureza e

complexidade, o estudo deve contemplar a elaboração de normas de

regulamentação especifica para cada setor de saneamento, devendo ser editadas

por legislação.

No âmbito da gestão associada, os municípios da Região dos Lagos, titulares dos

serviços de saneamento básico, devem referendar os Contratos de Programa com

as concessionárias de Abastecimento de Água e Esgoto, sendo esses Contratos

subordinados aos Planos Municipais de Saneamento Básico, e, finalmente, deverá

ocorrer a revisão periódica dos planos de Abastecimento de Água, Esgotamento

Sanitário, Limpeza Pública e Manejo de Resíduos Sólidos, e Drenagem e Manejo de

Águas Pluviais Urbanas, em prazo não superior a 4(quatro) anos, anteriormente à

Page 190: ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO … · ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - RJ PRODUTO 7 Prognósticos:

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elaboração dos Planos Plurianuais. A revisão dos planos de saneamento básico

deverá efetivar-se, de forma a garantir a ampla participação da comunidade, dos

movimentos e das entidades da sociedade civil.

Esta proposta remete à elaboração e implantação de Sistema de Informações de

Saneamento Básico no Município. Este Sistema deverá assegurar aos usuários de

serviços públicos de saneamento básico, no mínimo, o conhecimento dos seus

direitos e deveres e das penalidades a que pode estar sujeito; o acesso as

informações sobre os serviços prestados; ao manual de prestação dos serviços e de

atendimento ao usuário, elaborado pelo prestador e aprovado pela respectiva

entidade de regulação e ao relatório periódico sobre a qualidade da prestação dos

serviços. Deverá conter de forma sistematizada os dados relativos às condições da

prestação dos serviços públicos de saneamento básico; disponibilizar estatísticas,

indicadores e outras informações relevantes para a caracterização da demanda e da

oferta de serviços públicos de saneamento básico; permitir e facilitar o

monitoramento e avaliação da eficiência e da eficácia da prestação dos serviços de

saneamento básico e permitir e facilitar a avaliação dos resultados e dos impactos

do PMSB. Estas informações deverão ser públicas e acessíveis a todos,

independentemente da demonstração de interesse, devendo ser publicadas por

meio da internet.

Deverá também, ser implementado o cadastro municipal georeferrenciado integrado

para o setor de saneamento básico. Este cadastro será alimentado pelos

responsáveis de cada serviço, sendo coordenado pela Secretaria Municipal de Meio

Ambiente, permitindo a avaliação periódica do PMSB. Logo, na sequência,

apresenta-se o modelo inicial de debate sobre a proposta de modelo (arranjo)

institucional para a gestão dos PMSB’s da Região dos Lagos.

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191

Figura 15 - Modelo Institucional para a Gestão do PMSB Fonte: SERENCO, 2.013.

5.2.2 Modificações, Adaptações ou Complementações ao

Arranjo Institucional Proposto

Na sequência da construção do PMSB serão inseridas as complementações ao

Arranjo Institucional Proposto, superadas a consulta e a audiência pública. Porém,

as modificações, adaptações e complementações que vierem a ser propostas após

a condução do mesmo, deverão obedecer os trâmites institucionais, legais e jurídico-

administrativos, correspondentes à cada instância especifica.

Page 192: ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO … · ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - RJ PRODUTO 7 Prognósticos:

192

5.3 Análise Institucional Regional

5.3.1 Arranjo institucional na Região dos Lagos

Tendo como referência o complexo quadro estrutural que hoje caracteriza a

estruturação e operacionalização dos serviços públicos de saneamento básico dos

municípios da Região dos Lagos, compreendendo os serviços de abastecimento de

água, de esgotamento sanitário, drenagem e manejo de águas pluviais urbanas e de

limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos urbanos nos municípios da Região

dos Lagos, por serem serviços públicos que possuem natureza essencial, buscou-se

formular a proposição de ferramentas organizacionais e de planejamento capazes

de aparelhar os Municípios da Região para o efetivo enfrentamento destas questões,

gestão efetiva do PMSB e construção dos alicerces para um cenário futuro de

sustentabilidade ambiental e do Setor Saneamento Básico.

Os Planos Municipais de Saneamento Básico dos Municípios da Região dos Lagos

estão sendo concebidos e construídos no sentido de se tornarem o marco lógico e

executivo do efetivo planejamento para o Setor, estabelecendo as diretrizes,

programas e ações prioritárias no horizonte de 20 anos, envolvendo os quatro eixos

Isto posto, os fluxogramas a seguir, detalham os arranjos institucionais existentes

sobre os quais deverão ser lançados os novos cenários para a gestão do

saneamento básico da Região dos Lagos São João.

Detalham-se a seguir as instituições envolvidas na Região:

Comitê da Bacia Hidrográfica Lagos São João.

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Figura 16 - Comitê da Bacia Hidrográfica Lagos São João (CBHLSJ)

Fonte: SERENCO, 2.013.

Page 194: ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO … · ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - RJ PRODUTO 7 Prognósticos:

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Consórcio Intermunicipal para Gestão Ambiental das Bacias da Região dos

Lagos, do Rio São João e Zona Costeira (CILSJ)

Figura 17 - Consórcio Intermunicipal Lagos São João (CILSJ)

Fonte: SERENCO, 2.013.

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Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de

Janeiro (AGENERSA)

Figura 18 - Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro

(AGENERSA) Fonte: SERENCO, 2.013.

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Governo do Estado do Rio de Janeiro, Municípios, Agência Reguladora,

Consórcios Intermunicipais, Comitê da Bacia e Concessionárias

Figura 19 - Fluxograma - Governo do Estado do Rio de Janeiro, Municípios, Agência

Reguladora, Consórcio Intermunicipal, Comitê da Bacia e Concessionárias Fonte: SERENCO, 2.013.

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197

5.3.2 Fiscalização e Regulação dos Serviços de Saneamento

Básico

Outro aspecto do modelo institucional para gestão dos serviços de saneamento

básico, de fundamental importância, refere-se à regulação, fiscalização e controle

dos serviços prestados. São condições para a regulação:

Existência de plano de saneamento básico;

Existência de estudo comprovando a viabilidade técnica e econômico-

financeira da prestação universal e integral dos serviços;

A existência de normas de regulação que prevejam os meios para o

cumprimento das diretrizes estabelecidas na Lei n.º 11.445/2.007 e seu

Decreto n.º 7.217/2.010, incluindo a designação da entidade de regulação e

fiscalização;

A realização prévia de audiência e de consultas públicas sobre o edital de

licitação, no caso de concessão, e sobre a minuta do contrato;

Indicação dos respectivos prazos e metas a serem atendidas;

Definição de metas progressivas e graduais de expansão dos serviços, de

qualidade, de eficiência de uso dos recursos naturais;

Diferença das condições de sustentabilidade e equilíbrio econômico-financeiro

dos serviços incluindo: o sistema de cobrança, a composição de taxas e

tarifas e a sistemática de reajustes e de revisões, e a política de subsídios, e,

Definição dos mecanismos de controle social e as hipóteses de intervenção e

de retomada dos serviços.

Destaca-se ainda que no caso em que mais de um prestador execute atividade

interdependente com outra, a relação entre eles deverá ser regulada por contrato e

haverá entidade única encarregada das funções de regulação, fiscalização e

controle. O conteúdo mínimo desse contrato, similares às do contrato de concessão,

além das garantias de pagamento recíproco, que inclui a obrigação de destacar nas

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198

contas dos usuários os valores devidos a cada prestador, e a impossibilidade de

alteração e rescisão administrativa unilateral.

O exercício da função de regulação deverá atender aos seguintes princípios:

Independência decisória, incluindo autonomia administrativa, orçamentária e

financeira;

Transparência, tecnicidade, celeridade e objetividade das decisões;

Edição de normas relativas às dimensões técnicas, econômicas e sociais de

prestação dos serviços tais como:

o Padrões e indicadores de qualidade;

o Requisitos operacionais e de manutenção dos sistemas;

o Medição, faturamento, cobrança e monitoramento dos custos, e,

o Aplicação das regras relativas a estrutura, reajuste e revisão de taxas

e tarifas e de auditoria e certificação dos investimentos.

Segundo a publicação Valor Econômico, de 22/08/2.012, a regulação dos serviços

de saneamento alcançou 2.296 municípios em junho de 2.012, crescimento de 19%

em relação ao número daqueles que possuíam regras definidas para o segmento em

2.011. Apesar do avanço, a normatização chegou a apenas 41,3% dos municípios

do país, conforme dados divulgados pela Associação Brasileira de Agências de

Regulação (ABAR).

A Lei 11.445/2.007 estabelece que todos os serviços de saneamento básico

(abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de resíduos sólidos e

drenagem de águas pluviais) devem ser regulados, sob pena de terem seus

contratos invalidados, de não serem autorizados a praticar reajustes ou revisões

tarifárias e, até mesmo, de não terem acesso a recursos da União, uma vez que os

planos municipais de saneamento básico devem ter sua execução acompanhada

por agências reguladoras.

A mesma fonte revela que, os municípios também têm tido dificuldade de avançar na

implementação de planos de saneamento básico, requisito obrigatório para o acesso

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199

aos recursos da União a partir de janeiro de 2.014. Dos 2.296 municípios com

regulação, somente 26% dispõem de planos de saneamento.

Tabela 95 - Modelos Institucionais para a Regulação, Fiscalização e Controle dos Serviços de Saneamento Básico

(i) Abrangência Estadual------------------------------------------------- 23 (x)

(ii) Abrangência Distrital ------------------------------------------------- 01

(iii) Abrangência Municipal ----------------------------------------------- 19

(iv) Abrangência Intermunicipal------------------------------------------ 01

(v) Consórcios--------------------------------------------------------------- 03

TOTAL 47 (xx) AGENERSA – Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro – Águas de Juturnaíba (Araruama, Silva Jardim e Saquarema) e Prolagos (Armação dos Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia).

5.3.3 Inter-relação Poder Concedente/Prestadores de

Serviços/Regulador

No estudo comparativo entre Limeira (SP), Niterói (RJ) e a Prolagos (RJ), VARGAS,

2.004, tece algumas considerações sobre o modelo de concessão na escala

microrregional, que julga-se de grande importância para o estabelecimento dos

debates que irão advir quando das consultas e audiências públicas a serem

realizadas na Região dos Lagos, orientando a busca de propostas de arranjos

institucionais para a gestão do saneamento básico na Região.

Segundo VARGAS, 2.004, a concessão envolvendo a companhia Prolagos

apresenta diversos aspectos originais e relevantes para o tema da

privatização/regulação do setor de saneamento, a começar pelas características da

então concessionária: tratava-se de empresa controlada 100% pelo grupo Águas de

Portugal, que se caracterizava como um conglomerado de “empresas privadas de

capital público” controlado pelo Estado português. Por outro lado, era uma das

únicas concessões multi-municipais do país na qual o poder concedente foi

compartilhado entre os cinco municípios envolvidos (Arraial do Cabo, Armação dos

Búzios, Cabo Frio, Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia) e o Estado do Rio de

Janeiro, revelando que o conflito sobre a titularidade dos serviços de saneamento

em áreas urbanas interdependentes (regiões metropolitanas, aglomerações urbanas

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200

e microrregiões) pode ser equacionado através de soluções negociadas e

cooperação intergovernamental. Enfim, a concessão é regulada e fiscalizada por

uma agência reguladora estadual multi-setorial, a ASEP, hoje a AGENERSA, dotada

de um elevado grau de autonomia financeira e decisória, além de independência em

relação aos poderes concedentes e às concessionárias.

A concessão da Prolagos e da Águas de Juturnaíba – CAJ, faz parte de um

processo mais amplo de privatização do saneamento na Região dos Lagos, que

envolveu oito municípios previamente atendidos pela concessionária estadual do Rio

de Janeiro, a CEDAE, através de um sistema integrado de abastecimento de água,

tendo a represa de Juturnaíba como manancial único. É uma região turística cuja

população residente totalizava pouco mais de 400 mil habitantes em 2.000, de

acordo com o censo do IBGE, mas cuja demanda de água quase triplicava no verão

dado o elevado afluxo de turistas e de pessoas domiciliadas em outros municípios

que aí possuem residências secundárias.

Diante de vários fatores administrativos operacionais e financeiros da então

operadora CEDAE, os oito municípios, juntamente com o Estado, firmaram em

meados de 1.996 um convênio para preparar a concessão dos serviços de

saneamento à iniciativa privada, com apoio da própria CEDAE. Conforme o

convênio, posteriormente reforçado pela criação da microrregião dos Lagos, coube

ao Estado preparar o edital e conduzir o processo licitatório, com participação

assegurada aos municípios em todas as etapas. A região foi dividida em duas áreas

de concessão: a área 1, que viria a ser atendida pela Prolagos, abrangendo os cinco

municípios mencionados, cuja população atingia quase 250 mil habitantes em 2.000;

e a área 2, envolvendo os municípios de Araruama, Saquarema e Silva Jardim, com

pouco mais de 150 mil habitantes no mesmo período, cujos serviços foram

concedidos em 1.998, Aguas de Juturnaíba(CAJ).

Através de contrato firmado em abril de 1.998 entre a Prolagos, o governo estadual

e os municípios envolvidos, a empresa assumiu a concessão dos serviços de

produção e distribuição de água, coleta e tratamento de esgotos da área urbana de

Page 201: ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO … · ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - RJ PRODUTO 7 Prognósticos:

201

Armação dos Búzios, Cabo Frio, Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia e Arraial do

Cabo (somente água) por um período de 25 anos. Tratando-se de uma concessão

onerosa precedida de obras públicas, o principal critério para selecionar o vencedor

da licitação foi o da maior oferta a ser paga pelo direito de exploração dos serviços

(outorga). O valor da outorga atingiu o montante de 34,3 milhões de reais.

O edital de licitação previu um conjunto abrangente de obras e serviços a serem

realizados pela nova concessionária ao longo da concessão, especialmente nos

primeiros anos. Os detalhes foram detalhados no PRODUTO 4.

No que tange à sustentabilidade ambiental, em que pese a falta de informações

mais detalhadas sobre esta dimensão antes e depois da privatização, é evidente que

a necessidade de investimentos pesados em tratamento de esgotos representou um

dos principais motivos considerados para a concessão. Na Região dos Lagos, cuja

economia depende substancialmente do turismo, a necessidade de investir na

despoluição de lagoas e praias dizia respeito não apenas à recuperação de sua

qualidade ambiental, mas também à maximização das oportunidades de

desenvolvimento socioeconômico local e regional.

Finalmente, no que diz respeito à dimensão político-institucional, que envolve a

regulação pública e o controle social sobre os aspectos mais amplos da prestação

dos serviços, trata-se, sem dúvida, do aspecto mais problemático do conjunto das

concessões analisadas.

No caso da Prolagos e CAJ, como a regulação é exercida por uma agência estatal

multi-setorial, dotada de autonomia financeira e administrativa criada

especificamente para este fim, cujo quadro de pessoal vem sendo ampliado e

qualificado através de atividades de treinamento adequadas, os riscos de captura do

regulador pelo regulado parecem afastados. Aliás, a agência vem demonstrando sua

independência em diversas deliberações sobre tarifas ou ajustes contratuais em

todos os setores que regula. Encontra-se em fase de implantação a regulação dos

Page 202: ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO … · ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - RJ PRODUTO 7 Prognósticos:

202

sistemas de limpeza pública e manejo de resíduos sólidos, e futuramente da

drenagem e manejo de águas pluviais urbanas.

Observa-se a ausência de qualquer instância formalizada de caráter consultivo ou

fiscalizatório que envolva a participação de usuários ou entidades autônomas da

sociedade civil. Trata-se do reconhecimento da necessidade de se criar instâncias

de controle social mais amplo sobre os serviços, que sejam autônomas em relação

ao Estado e envolvam a participação dos usuários, cuja função não se confunda

com as atividades reguladoras propriamente ditas, sendo exercida igualmente sobre

a prestação dos serviços, o financiamento e a própria regulação do setor.

Sugere-se a necessidade de se manter um quadro institucional e regulatório ao

mesmo tempo abrangente e flexível para a prestação dos serviços de saneamento,

que não feche as portas à iniciativa privada, nem tampouco a coloque como eixo

principal da política nacional de saneamento. Há que se reconhecer, que a

participação da gestão privada no âmbito da política nacional de saneamento,

embora crescente, deverá ser sempre minoritária, dadas as desigualdades

estruturais de distribuição de renda entre os grupos sociais, os Estados e os

Municípios do país. Não se pode deixar de observar que a Prolagos, e a CAJ, onde

a iniciativa privada vem desempenhando um papel globalmente positivo, estão

concentrados na região sudeste, a mais rica do país.

5.3.4 Análise Jurídica

O modelo jurídico a ser adotado deve contemplar todos os municípios que fazem

parte da Região dos Lagos/RJ, em especial, aqueles consagrados no contrato

INEA/SERENCO, assegurando a efetiva execução do plano de saneamento com a

precaução em manter ininterrupta, a prestação dos serviços de distribuição de água

potável e coleta, transporte, tratamento e disposição dos efluentes de esgotos

sanitários atualmente prestados pelas concessionárias Águas de Juturnaíba S/A e

Prolagos.

Page 203: ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO … · ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - RJ PRODUTO 7 Prognósticos:

203

O Estado do Rio de Janeiro participa diretamente dos contratos de concessão de

prestação dos serviços públicos mencionados, seja através da colaboração direta de

suas secretarias, seja através do repasse da outorga de subsídios.

O Estado detém convênio administrativo com os municípios desta região e

compartilha a função de poder concedente dos serviços de saneamento básico

delegados para as concessionárias citadas.

Em dezembro de 1.999, instalou-se na Região, o Consórcio Intermunicipal para

Gestão Ambiental das Bacias da Região dos Lagos, Rio São João e Zona Costeira,

formado pelos municípios de Arraial do Cabo, Armação dos Búzios, Araruama, Cabo

Frio, Cachoeiras de Macacu, Casimiro de Abreu, Iguaba Grande, Rio Bonito, São

Pedro da Aldeia, Saquarema e Silva Jardim (Consórcio Intermunicipal Lagos São

João - CILSJ).

A área de atuação do Consórcio abrange a parcela do território dos Municípios que o

compõem, situada nas bacias hidrográficas da Região dos Lagos, dos Rios Una,

São João e Zona Costeira adjacente, podendo atuar como entidade delegatória de

Comitês de Bacias em outras Regiões Hidrográficas do Estado do Rio de Janeiro.

O Consórcio representa o conjunto de associados que o integram em assuntos de

interesse comum e de caráter ambiental, perante quaisquer entidades de direito

público e privado, nacionais ou internacionais. Tem por objetivo planejar, adotar e

executar planos, programas e projetos destinados a promover e acelerar o

desenvolvimento sustentável e a conservação ambiental, além de outras ações

previstas em seu Estatuto.

Desde sua instalação, em 1.999, o Consórcio Lagos São João, desempenhou um

importante papel nas ações relacionadas à política pública e ao meio ambiente, com

foco na preservação ambiental das bacias hidrográficas e na recuperação das

lagoas e praias da Região.

Page 204: ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO … · ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - RJ PRODUTO 7 Prognósticos:

204

O Consórcio conta com uma equipe altamente qualificada, com grande capacidade

de gerenciamento e desde sua fundação participa de atividades como a criação do

Comitê da Bacia Hidrográfica Lagos São João, em 2004, e do Consórcio

Intermunicipal de Manejo de Resíduos Sólidos da Região dos Lagos, em 2.011,

entre outros projetos e iniciativas ambientais, que são de suma importância para a

Região.

O Consórcio foi constituído sob a forma jurídica de Associação Civil, sem fins

lucrativos e regido pelas disposições do Código Civil Brasileiro, pela legislação

pertinente e pelo seu Estatuto, desempenhando seu papel como principal ator de

agregação dos municípios membros, na busca por melhores soluções para a gestão

ambiental da Região.

Dentro das diversas conquistas do Consórcio, ressalta-se a opção pelo sistema

conhecido como “Tomada em Tempo Seco” para coleta de esgoto sanitário em

conjunto com as águas pluviais, para os oito municípios objeto deste Plano. Esta

inovação garantiu em um curto prazo, a recuperação da Lagoa de Araruama e de

algumas praias, principais atrativos da região que caracteriza-se como polo turístico

do Estado do Rio de Janeiro e do País.

Isto posto, a partir da Lei Federal 11.107/05 (que regulamenta a criação de

consórcios públicos), iniciaram-se debates a respeito do modelo adotado na Região

dos Lagos, pois o Consórcio Intermunicipal Lagos São João não foi criado

especificamente para a gestão do saneamento básico, mas sim, para um objetivo

maior e que envolve toda a gestão ambiental da Região.

Desta forma, resta saber, como reunir todos esses entes da Federação e atingir o

objetivo de assegurar a execução coletiva das diretrizes previstas nos planos de

saneamento, garantindo o desenvolvimento das cidades, a continuidade da

prestação dos serviços públicos de água e esgoto, sem, contudo, ferir os contratos e

compromissos até então assumidos pelos diversos municípios que compõe o

Consórcio, e, ainda, permitir a participação do Estado do Rio de Janeiro, peça

Page 205: ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO … · ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - RJ PRODUTO 7 Prognósticos:

205

extremamente importante para o desenvolvimento conjunto e ordenado da

Microrregião em questão.

O Estado do Rio de Janeiro já participa dos contratos de concessão dos serviços de

água e esgoto, firmando-os juntamente com municípios e concessionárias,

utilizando-se de sua agência reguladora, AGENERSA, para normatizar e fiscalizar a

prestação destes serviços.

Recentemente, uma nova decisão veio nortear a região metropolitana do Rio de

Janeiro e a Região dos Lagos. O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, quando

do julgamento da ADI 1842 ingressada pelo Partido Democrático Trabalhista – PDT,

que a gestão dos serviços de saneamento deve ser compartilhada entre Estados e

Municípios em regiões metropolitanas e microrregiões. O objetivo da decisão é

impedir a transferência da legitimidade, do âmbito municipal para o âmbito estadual,

das competências administrativas e normativas próprias dos municípios, que dizem

respeito aos serviços de saneamento básico consolidando o Poder Concedente

(Município (s) e Estado) nessas Regiões de interesse comum.

A ideia é assegurar a participação decisória dos municípios proporcionalmente ao

seu peso específico do ponto de vista político, econômico, social e orçamentário,

sem, contudo, excluir a participação estatal, de suma importância para os interesses

regionais como um todo.

Nesta decisão, não se descarta a participação das entidades civis, uma vez que os

Ministros da Suprema Corte entendem correto delegar a execução das funções

públicas de interesse comum a uma autarquia territorial intergovernamental e

plurifuncional, desde que a lei complementar instituidora da entidade regional lhe

confira personalidade jurídica própria, bem como, o poder concedente quanto aos

serviços de interesse comum. O STF procurou evitar, com esta decisão, que a má

prestação do serviço em uma cidade não prejudique as demais, havendo, portanto,

decisões conjuntas quando dos interesses comuns.

Page 206: ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO … · ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - RJ PRODUTO 7 Prognósticos:

206

A decisão do STF é recente e o município que esteja nesta situação irá precisar de

tempo para se adequar a nova realidade. Analisando a situação dos envolvidos,

pode-se concluir que a gestão compartilhada é uma forma compatível e eficaz de

solucionar o problema da Região. Para tanto é preciso estabelecer um arranjo

institucional entre os municípios e o Estado do Rio de Janeiro, tendo em vista a

responsabilidade compartilhada na gestão, na sustentabilidade e na universalização

do saneamento básico da Região dos Lagos.

Com o advento da Lei n. 11.107/05, criou-se uma nova figura, que embora seja

instituída por intermédio de um procedimento que culmina com a celebração de um

instrumento contratual, tem identidade diversa da desse instrumento. Não se trata de

um contrato destinado a regulamentar relação jurídica entre dois sujeitos de direitos

que se mantêm autônomos enquanto partes signatárias do contrato. Trata-se de um

instrumento contratual que objetiva criar nova pessoa jurídica, um sujeito de direitos

e deveres, por intermédio da cooperação entre os contratantes (consorciados).

Entretanto, há duas espécies distintas de consórcios no Direito brasileiro. A primeira

é um tipo de relação jurídica entre entes federativos de mesma espécie objetivando

atender a interesses comuns e a segunda modalidade de pessoa jurídica criada por

intermédio da associação de entes federativos que objetivam prestar serviços

públicos de modo conjunto. Vale lembrar, que anteriormente à edição da Lei n.

11.107/05, os consórcios públicos não tinham personalidade jurídica própria.

Diferenciavam-se dos convênios em virtude dos sujeitos participantes do ajuste.

Atualmente é seguro dizer que, após a edição da Lei Nº 11.107/05, os consórcios

não mais se confundem com os convênios.

Pode-se conceituar os consórcios públicos como pessoas jurídicas com

personalidade de Direito Público ou Privado, formadas exclusivamente por entes

federativos, criadas por lei ou por intermédio de autorização legislativa dos entes

Page 207: ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO … · ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - RJ PRODUTO 7 Prognósticos:

207

federados, que desejam associar-se, para, sem objetivar lucros, atender a serviços

públicos de interesse comum dos consorciados.

Desta forma, repita-se, somente podem participar dos consórcios públicos os entes

federados. É o que se extrai do disposto no art. 241 da Constituição Federal e do

caput do art. 1º da Lei n. 11.107/05. Isso significa dizer que somente podem ser

sujeitos de um consórcio público a União, os Estados, o Distrito Federal e os

Municípios.

Não podem participar do consórcio, portanto, entidades privadas ou da

administração indireta. Há também restrições expressas e implícitas na lei quanto à

formação dos consórcios pelos entes federativos.

O objeto dos consórcios é a prestação de serviços públicos de modo associado. Os

objetivos devem ser de interesse comum. O consórcio público deverá ter sempre por

objeto principal a prestação de um serviço público em sentido estrito. Não se podem

realizar por intermédio de consórcio simples aquisições de bens ou a realização de

obras.

Tampouco se pode delegar o poder de polícia, atos políticos ou atividades inerentes

aos poderes Legislativo e Judiciário.

A razão para essas afirmações consiste na redação do art. 241 da Constituição

Federal que admite apenas a gestão associada de serviços públicos.

Somente pode o consórcio adquirir bens, realizar obras ou exercer atividades de

polícia administrativa quando estas atividades forem instrumentais à prestação dos

serviços.

São vantagens da cooperação: 1) racionalização do uso dos recursos existentes,

destinados ao planejamento, programação e execução de objetivos de interesses

comuns; 2) a criação de vínculos ou o fortalecimento dos vínculos preexistentes,

Page 208: ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO … · ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - RJ PRODUTO 7 Prognósticos:

208

com a formação ou consolidação de uma identidade regional; 3) a

instrumentalização da promoção do desenvolvimento local, regional e nacional; 4) a

conjugação de esforços para atender as necessidades da população, as quais não

poderiam ser atendidas de outro modo diante de um quadro de escassez de

recursos, e etc...

Os consórcios públicos possuem competência para a prática de todos os atos que

visem atender a sua finalidade de acordo com os termos do protocolo de intenções e

das leis que os ratificaram.

Para o cumprimento de seus objetivos, o consórcio público poderá firmar convênios,

contratos, acordos de qualquer natureza, receber auxílios, contribuições e

subvenções sociais ou econômicas de outras entidades e órgãos do governo,

promover desapropriações e instituir servidões nos termos de declaração de

utilidade ou necessidade pública, ou interesse social, realizada pelo Poder Público,

ser contratado pela administração direta ou indireta dos entes da Federação

consorciados, dispensada a licitação.

Os consórcios públicos, segundo o § 2º do artigo 2º da Lei 11.107/05, poderão emitir

documentos de cobrança e exercer atividades de arrecadação de tarifas e outros

preços públicos pela prestação de serviços ou pelo uso ou outorga de uso de bens

públicos por eles administrados ou, mediante autorização específica, pelo ente da

Federação consorciado. Já o parágrafo 3º do art. 2º da Lei n.º 11.107/05 confere,

ainda, aos consórcios públicos, competência para outorgar concessão, permissão ou

autorização de obras e serviços públicos. Para isso, no entanto, exige-se prévia

autorização no contrato de consórcio público, que deverá indicar de forma precisa o

objeto da concessão, permissão ou autorização e as condições que estas deverão

atender além do respeito às normas gerais em vigor.

A contratação de pessoal poderá ser realizada de três maneiras: através de cessão

de servidores feita ao consórcio pelos entes consorciados (§ 4º do artigo 4º da Lei

Page 209: ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO … · ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - RJ PRODUTO 7 Prognósticos:

209

11.107/05); por processo de contratação a ser celebrado pelo próprio consórcio por

intermédio de concurso público e por fim, pela nomeação para cargos em comissão.

É necessário ressaltar que cargos e empregos públicos somente podem ser criados

por lei. Os consórcios não fogem a essa regra. Esse requisito é satisfeito mediante a

previsão no protocolo de intenções dos cargos a serem criados e posterior edição da

lei ratificadora de cada um dos entes federados.

A Lei n.º 11.107/05 não prevê expressamente a existência de cargos em comissão.

É possível, contudo, a criação de tais cargos eis que expressamente previstos na

Constituição Federal. A peculiaridade existente em relação a esses cargos consiste

na forma de provimento dos mesmos. No protocolo de intenção deverá constar a

quem compete indicar as pessoas que deverão exercer os cargos comissionados.

O estatuto poderá dispor sobre o exercício do poder disciplinar e regulamentar, as

atribuições administrativas, hierarquia, avaliação de eficiência, lotação, jornada de

trabalho e denominação dos cargos, em relação aos empregados do consórcio

público. Tudo deve constar previamente no protocolo de intenções, o qual deve ser

subscrito por todos os pretendentes, devendo conter aquelas cláusulas previstas no

artigo 4º da Lei 11.107/05 e no artigo 5º do Decreto n.º 6.017/07, em especial,

previsão de que o consórcio público é associação pública e que a instância máxima

do consórcio público é a assembleia geral.

Lembrando que o protocolo de intenções nada mais é que um contrato preliminar,

que deverá ser ratificado pelos entes da Federação interessados, convertendo-se ao

final em contrato de consórcio público. O protocolo de intenções deverá definir o

número de votos que cada ente da Federação consorciado possui na assembleia

geral, sendo assegurado 1 (um) voto a cada ente consorciado.

O protocolo de intenções deverá ser publicado resumidamente, desde que a

publicação indique o local e o sítio da rede mundial de computadores em que se

poderá obter seu texto integral. O consórcio público deverá ser organizado por

estatutos cujas disposições, sob pena de nulidade, deverão atender a todas as

Page 210: ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO … · ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - RJ PRODUTO 7 Prognósticos:

210

cláusulas do seu contrato constitutivo, devendo ser aprovado pela assembleia geral.

Com a formação do novo consórcio público, será constituída uma nova

personalidade jurídica, que fará a gestão compartilhada dos serviços públicos de

água e esgoto, colocando em prática o plano de saneamento básico ora formulado.

Este novo modelo de gestão, uma vez autorizado por lei, assume a posição de

poder concedente, podendo dar continuidade aos contratos vigentes, com suas

necessárias adaptações ou então optar pela extinção e uma nova concessão, o que

talvez não seria a melhor opção. Desta forma, tanto a concessionária Águas de

Juturnaíba, quanto a Prolagos, poderão manter-se na operação dos sistemas,

também em forma de consórcio de empresas ou isoladamente. O cumprimento do

prazo contratual é de suma importância para todas as partes, em razão da

continuidade da prestação dos serviços, da segurança jurídica e economicidade.

Para tanto, haverá necessidade de algumas adaptações, justamente para que as

concessionárias se mantenham na prestação dos serviços de água e esgoto,

evitando a extinção da concessão e a consequente indenização prevista em lei.

Deve-se levar em conta o prazo elastecido destes contratos de concessão e seus

respectivos termos aditivos, que além de fixarem novo prazo para o término da

concessão, também preveem novas obrigações, investimentos e principalmente

metas a serem cumpridas no transcorrer deste período, as quais são

importantíssimas para o poder concedente, sendo que muitas destas metas já foram

alcançadas ou estão em andamento.

Assim, é importante observar, caso seja optado pela formação de um consórcio

público, a melhor forma de dar continuidade a prestação dos serviços e como as

concessionárias irão operar a partir de então. É importante frisar que não há

impedimento que duas prestadoras de serviços operem simultaneamente em

regiões distintas, contudo, o plano de saneamento deverá ser cumprido,

independentemente de quem esteja operando o sistema. É possível a divisão de

áreas entre as duas concessionárias que atualmente estão responsabilizadas pela

Page 211: ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO … · ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - RJ PRODUTO 7 Prognósticos:

211

prestação dos serviços, desde que, o plano de saneamento seja respeitado e

colocado em prática.

A participação do Estado do Rio de Janeiro no consórcio público é de fundamental

importância para o controle do desenvolvimento ordenado e simultâneo dos

municípios que comporão o consórcio, podendo a AGENERSA, continuar como a

agência reguladora responsável pela fiscalização e regulação da prestação do

serviços ou ainda, ser criada nova Agencia Reguladora Intermunicipal.

A estrutura organizacional do consórcio público exige a existência de uma

assembleia geral que será integrada pelos diferentes entes federativos

consorciados. Não há obrigatoriedade de que os consorciados tenham participação

igualitária na assembleia. Admite-se que o número de votos de cada ente seja

diverso em virtude do que dispõe o §2º do art. 4º da Lei n.º 11.107/05.

Compete à assembleia eleger o representante legal do consórcio público que deverá

ser obrigatoriamente o chefe do Poder Executivo de algum dos entes federados.

As condições de administração e atuação do consórcio deverão constar no protocolo

de intenções prévio ou ser objeto de aprovação por lei específica de cada um dos

entes consorciados. Além da assembleia geral, o consórcio normalmente terá outros

órgãos. A criação desses órgãos e a competência de cada um deles devem estar

previstos no protocolo de intenções. A assembleia geral deverá elaborar um estatuto

que discipline a organização e o funcionamento de cada um dos órgãos integrantes

do consórcio. Vale frisar que é possível a participação de representantes da

sociedade civil ou de representantes dos entes consorciados nos órgãos colegiados

do consórcio.

Vale ressaltar que há possibilidade expressa em lei para o ingresso de novos

consorciados. Ela consiste na hipótese prevista no § 1º do art. 5º da Lei 11.107/05,

que permite a constituição do consórcio sem a assinatura de todos os entes

subscritores do protocolo de intenções.

Page 212: ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO … · ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - RJ PRODUTO 7 Prognósticos:

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Acrescenta-se ao exposto, um resumo do Parecer n.º 010/2.012/MPMA –

ASJUR/SEA, Processo n.º E-07/000.636/2.012, relativamente ao Projeto de Lei, sem

número, de 2.012, o qual autoriza a outorga de subsidio pelo Estado na concessão

pública dos serviços de água, de coleta e tratamento de esgotos de Armação dos

Búzios, Cabo Frio, Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia, e distribuição de água

potável para o Município de Arraial do Cabo, visando a transposição dos efluentes

das estações de tratamento de esgotos de Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia da

Lagoa de Araruama para o Rio Uma, firmado em 26/12/2.012, pelo Procurador do

Estado Raul Teixeira, Assessor Chefe da ASJUR/SEA.

Da transferência de Recursos Públicos para a Concessionária dos Serviços

de Saneamento Básico da Região dos Lagos.

Dos serviços de Saneamento da Região dos Lagos: Desafios e Superações

da Gestão – Parecer/RT/ASJUR/SEAN/n.º, Processo n.º E-07/000-009/2.012:

não há como negar que existe certa margem de insegurança na relação

travada entre o Estado do Rio de Janeiro e os Municípios dessa Região, pois,

calçados em um mero convênio administrativo, compartilham a função de

Poder Concedente dos Serviços de Saneamento Básico delegados para as

concessionárias Águas de Juturnaíba S/A e Prolagos S/A.

Isto posto, é o Parecer:

“a) por razões de segurança jurídica é recomendável a constituição

de consórcio público, na forma de associação pública, nos termos

da Lei n.º 11.107, de 6 de abril de 2.005, a ser formado pelo Estado do

Rio de Janeiro e pelos Municípios de Araruama, Saquarema e Silva

Jardim, devendo o referido consórcio, por sucessão contratual,

figurar no polo ativo da concessão, como poder concedente, que

tem no polo passivo a concessionária ÁGUAS DE JUTURNAÍBA S/A.

b) mediante contrato de rateio a ser celebrado entre o Estado do Rio de

Janeiro e o Consórcio Público a ser constituído, poderão ser repassados

Page 213: ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO … · ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO PEDRO DA ALDEIA - RJ PRODUTO 7 Prognósticos:

213

os recursos do FECAM para contratação das obras de esgotamento

sanitário em Praia Seca.

c) o Protocolo de Intenções, a ser subscrito por todos os entes

consorciados deverá prever expressamente a autorização para a gestão

associada de serviços públicos de saneamento básico, nos termos do

artigo 4º, inciso XI, alíneas “a”, “b” e “c”, da Lei n.º 11.107/05” (g. n.).

Outrossim, é forçoso concluir, no lastro do PARECER/RT/ASJUR/ SEA/n.º

002/2.012, que o Estado do Rio de Janeiro junto com os Municípios de Arraial do

Cabo, Armação dos Búzios, Cabo Frio, Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia

devem evoluir para a via do consorciamento, a fim de promover a transferência da

função de Poder Concedente para este consórcio público, que, assim, promoverá,

de per si, a gestão associada dos serviços de saneamento básico concedidos para a

concessionária PROLAGOS S.A; o que, certamente, conferirá segurança jurídica e

institucional para o setor.

Afora isso, é recomendável que o Estado do Rio de Janeiro juntamente com os

Municípios de Arraial do Cabo, Armação dos Búzios, Cabo Frio, Iguaba Grande e

São Pedro da Aldeia busquem a contratação de consórcio público, que assuma, de

per si, o papel de Poder Concedente com vista à conferir segurança jurídica e

institucional para a gestão associada dos serviços de saneamento básico

concedidos para a concessionária PRÓLAGOS S.A..

Conclusão:

“Aprovo, em seus termos, o Parecer n.º 010/2.012/MPMA-ASJUR/SEA que opinou

pela legalidade do Projeto de Lei, sem número de 2.012, que constitui medida geral

de outorga de subsídio indireto para a concessionária, PROLAGOS S.A., a ser

concedido pelo Poder Concedente, do qual o Estado faz parte, para assegurar a

modicidade de tarifa com a realização do reequilíbrio econômico-financeiro do

contrato de concessão, desde que (i) haja a comprovação que a prestação dos

serviços de saneamento básico da região – que é essencial por excelência – é

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economicamente inviável e, ainda, (ii) sejam cumpridos os requisitos legais

constantes nos incs. I até IV, do art. 11, da Lei Estadual n.º 2.831/1.997.

O Parecer n.º 010/2.012/MPMA-ASJUR/SEA opina, ainda, com lastro no

PARECER/RT/ASJUR/SEA/n.º 002/2.012 exarado em sede do Processo n.º E-

07/000.009/2.012 (fls. 45/85), que o Estado do Rio de Janeiro juntamente com os

Municípios de Arraial do Cabo, Armação dos Búzios, Cabo Frio, Iguaba Grande e

São Pedro da Aldeia devem buscar a contratação de consórcio público, que assume,

de per si, o papel de Poder Concedente com vista a conferir segurança jurídica e

institucional para a gestão associada dos serviços de saneamento básico

concedidos para a concessionária PRÓLAGOS S.A.” Raul Teixeira, 26/12/2.012.

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5.3.5 Propostas para Instalação de Arranjo Institucional para a

Gestão do Saneamento Básico na Região dos Lagos/RJ

Assim, os municípios de Arraial do Cabo, Armação dos Búzios, Cabo Frio, Iguaba

Grande, São Pedro da Aldeia, Saquarema, Araruama e Silva Jardim podem formar

um novo Consórcio, desta vez Público, e posteriormente agregar mais municípios

que tenham interesse de participar, ou reformular os Consórcios existentes.

Como esses municípios, juntamente com o Estado do Rio de Janeiro, tem

concessão de serviço público em andamento, a continuidade da prestação dos

serviços deve ser observada, mantendo-se as duas concessionárias, cujos contratos

ainda estão vigentes.

Para tanto, deverá haver a adequação, através de termo aditivo, de seus contratos,

com previsão destas adequações no protocolo de intenções, como também

eventualmente, a divisão mais conveniente das áreas de atuação de ambas as

concessionárias.

As propostas ora detalhadas buscam orientar as intervenções e a gestão do

saneamento básico instituído para Lei n.º 11.445/2.007, nos municípios da Região

dos Lagos/RJ, estimulando as parte interessadas em buscar uma solução integrada

e consorciada aos problemas e conflitos inerentes ao saneamento básico. Fazem

parte do contexto, a Lei n.º 12.305/2.010 (Política Nacional de Resíduos Sólidos), a

Lei n.º 9.705/1.999 (Educação Ambiental) e a Lei n.º 11.107/2.007 dos Consórcios

Públicos.

Tanto pelas ações nacionais quanto pelas ações do Governo do Estado do Rio de

Janeiro, a gestão regionalizada é vista como uma forma eficiente de se garantir a

viabilidade da gestão do saneamento básico, e, portanto, o Plano Municipal de

Saneamento Básico do Município de Araruama, aqui em construção, é uma

ferramenta importante do planejamento constante. Como os laços de união entre os

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Municípios da Região dos Lagos, representados pelo atual arranjo institucional, bem

como pelas estruturas operacionais compartilhadas tais como captação,

potabilização, adução e reservação de água, esgotamento sanitário, e aterramento

de resíduos sólidos, sobram poucas proposições institucionais, destacando-se a

necessidade de se estabelecer um arranjo institucional para a gestão do

saneamento básico na Região dos Lagos (RJ), e caracterizando-se como um acordo

entre os municípios de Araruama, Armação dos Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio,

Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia, Saquarema e Silva Jardim e o Estado do Rio

de Janeiro com o objetivo de alcançar metas comuns previamente estabelecidas

afim de viabilizar a implantação dos programas, ações e projetos detalhados e

propostos no presente PMSB.

A viabilidade de recursos, sejam técnicos ou financeiros dos municípios integrantes,

serão reunidos sob a forma de um Consórcio Público, a ser gerido pela Lei Federal

n.º 11.107/2.005, Lei dos Consórcios Públicos e seu Decreto Regulamentador n.º

6.017/2.007.

A área abrangida pela Consórcio Público é representada pela Figura 20.

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Figura 20 - Localização do Município

Fonte: SERENCO, 2.013.

Os Municípios integrantes da região foram detalhados nos PRODUTOS 3 –

Caracterização, 4 e 5 – Diagnósticos, e 6 – Estudo Populacional.

A reunião do Governo do Estado do Rio de Janeiro e as Prefeituras da Região dos

Lagos, cada qual com seu Conselho Municipal de Meio Ambiente e suas respectivas

Secretarias Municipais de Meio Ambiente, devidamente estruturadas, cada qual com

sua Unidade de Gerenciamento do PMSB – UGPLAN serão responsáveis pela

Gestão do Saneamento Básico apoiando-se na estrutura de um Consórcio

Intermunicipal Público, a ser eventualmente instituído na Região, ou ainda, pela

adequação dos Consórcios existentes, mediante o auxílio da implantação do

Conselho Deliberativo da Microrregião dos Lagos, Lei Complementar n.º 87/1.997.

A proposta também se apoia no ponto central discutido na Ação Direta de

Inconstitucionalidade (ADI) 1842 do STF para questionar normas que tratam da

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região metropolitana do Rio de Janeiro e da microrregião dos Lagos e disciplinam a

administração de serviços públicos.

A Figura 21 detalha as propostas possíveis de serem apresentadas e debatidas nas

consultas e audiências públicas a serem efetivadas na sequência dos trabalhos, e

futuramente debatidas em assembleia dos Poderes Concedentes.

(X) UGPLAN – Unidades de Gestão dos PMSB’s

Figura 21 - Modelagem Proposta Fonte: SERENCO, 2.013.

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6. ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA

O atual arranjo institucional para a prestação dos serviços de saneamento básico na

Região dos Lagos, obedece aos modelos anteriormente detalhados. Esses modelos

demonstraram as interligações do Poder Concedente (Estado do Rio de Janeiro e

Municípios) aos Prestadores de Serviços (Concessionárias Prolagos e CAJ), aos

Consórcios existentes, ao Comitê de Bacias, às empresas terceirizadas

(LIMPATECH, SELLIX, MEGA ENGENHARIA, DOIS ARCOS, entre muitas outras) e

à Agência Reguladora (AGENERSA).

Essas interligações deverão se fortalecer ainda mais, após a conclusão, a

aprovação e a implementação do PMSB e do PGIRS, concentrando-se na busca e

geração de recursos financeiros para custear a execução dos serviços para a

universalização dos mesmos.

O modelo econômico-financeiro se apoia nos seguintes elementos:

Recursos 1 – Dotações orçamentárias municipais;

Recursos 2 – Cobrança de taxas/tarifas em busca da sustentabilidade da

prestação dos serviços programados;

Recursos 3 – Recursos para investimento em obras, equipamentos, serviços,

provenientes de fontes estaduais (FECAM), federais (Caixa, Econômica

Federal, BNDES, PAC, FUNASA, MINCIDADES, e MMA) e internacionais

(BID, BIRD e bancos de fomento), e,

Recursos 4 – Repasse estadual do ICMS Verde.

Assim, a Tabela 96, apresenta resumidamente a operacionalidade da Estrutura

Financeira de São Pedro da Aldeia:

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Tabela 96 - Estrutura Financeira

Recursos Abastecimento de Água Esgotamento Sanitário

Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas

Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos

1 Não Sim (todos) Sim (maior parte)

2 Prolagos Não Sim

3 FECAM (SEA, INEA) FECAM (SEA, INEA) FECAM (SEA, INEA)

4 Sim (ao Município) Não Sim

Fonte: SERENCO, 2.013.

Na Lei Orçamentária Anual aprovada em São Pedro da Aldeia em 2.012 para o

exercício de 2.013, não há uma rubrica específica para investimentos. Portanto,

como estimativa inicial, adota-se o valor de 10% da receita total, ou seja, R$

14.745.738,27 como investimentos prováveis. É possível observar que este

investimento, ou parte dele, poderá vir a se constituir em forte ingresso financeiro

anual no setor saneamento básico, se assim for a decisão dos poderes públicos

municipais constituídos.

Destaca-se ainda, que no caso de implantação da taxa de resíduos sólidos, o

tesouro municipal ficará desonerado anualmente de cerca de R$ 5 milhões, podendo

esse montante ser acrescido na rubrica municipal dos investimentos (R$ 14

milhões), isto é, disponibilizando aproximadamente R$ 19 milhões para o setor

saneamento básico.

Para os recursos provenientes da Concessionária Prolagos (3ºTA), estão previstos

investimentos, conforme Tabela 97.

Tabela 97 - Investimentos previstos pela Prolagos

Investimentos previstos

Esgotamento sanitário (até 2.014) R$ 6.975.000,00

Abastecimento de Água (até 2.019) R$ 727.019,00

TOTAL R$ 7.702.019,00

Fonte: SERENCO, 2.013.

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Os valores repassados pelo Governo do Estado (através do ICMS Verde)

incorporados aos recursos orçamentários municipais estão apresentados na Tabela

98.

Tabela 98 - Repasse de recursos financeiros do Governo do Estado através do ICMS Verde (2012)

ICMS Verde (2012)

IRTE R$ 1.286.176,00

IRDC R$ 1.084.129,00

IRRV R$ 0,00

IRMA R$ 15.817,00

TOTAL R$ 2.386.122,00

Fonte: INEA, 2.013.

Observa-se ainda que:

O Município não investe recursos orçamentários em abastecimento de água e

esgotamento sanitário;

O Município assume todas as despesas com drenagem e manejo de águas

pluviais urbanas;

O Município assume a maior parte das despesas com Limpeza Urbana e

Manejo de Resíduos Sólidos;

Há cobrança de taxa de resíduos sólidos, porém vinculada ao IPTU, que não

cobre todas as despesas;

A Prolagos arrecada as taxas/tarifas do abastecimento de água e

esgotamento sanitário para sustentabilidade dos sistemas e para

remuneração dos serviços prestados, investindo ainda, os recursos

programados pelo Termo Aditivo em vigor;

O FECAM (SEA, INEA) investe em obras, equipamentos e serviços nos

quatro sistemas, através de repasses de recursos à Prefeitura Municipal, e,

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O Município recebe recursos, do ICMS Verde (esgotamento sanitário e

resíduos sólidos) e os incorpora ao Orçamento Municipal.

Resume-se na Tabela 99, os investimentos necessários para os próximos 20 (vinte)

anos para atendimento aos programas elencados nas proposições anteriormente

detalhados.

Tabela 99 - Recursos necessários por serviço

SERVIÇOS VALOR TOTAL

Abastecimento de água¹ R$ 52.923.344,00

Esgotamento sanitário R$ 177.664.301,76

Drenagem e manejo de águas pluviais urbanas R$ 112.148.000,00

Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos R$ 14.182.502,00

TOTAL R$ 356.918.147,00

¹ 21% de R$ 252.015.924,00

Fonte: SERENCO, 2.013.

Conclui-se portanto, que a capacidade de investimento em saneamento básico por

parte do Município de São Pedro da Aldeia (orçamento municipal), Estado do Rio de

Janeiro (ICMS Verde), e da Concessionária Prolagos (investimentos previstos no 3.º

TA) poderá estimativamente atingir o seguinte montante:

Tabela 100 - Capacidade de investimento em 20 anos

CAPACIDADE DE INVESTIMENTO

Dotações orçamentárias (50% do total de

investimentos previstos = R$ 7.000.000,00 x 20 anos) R$ 140.000.000,00

Disponibilização de recursos orçamentários próprios

pelo recebimento da Taxa de Lixo = R$ 5.000.000,00 x

20 anos

R$ 100.000.000,00

Concessionária Prolagos R$ 7.702.019,00

Arrecadação de ICMS Verde x 20 anos R$ 47.000.000,00

TOTAL R$ 294.702.019,00

Fonte: SERENCO, 2.013.

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Comparativamente, obtém-se a diferença entre a capacidade de investimento

analisada e o total de recursos necessários para as quatro vertentes do saneamento

básico, para os próximos vinte anos (Tabela 101).

Tabela 101 - Comparativo entre capacidade de investimento e recursos necessários

Capacidade de Investimento x Recursos necessários

Receita prevista R$ 294.702.019,00

Recursos necessários R$ 356.918.147,00

Déficit R$ 62.216.128,76

Fonte: SERENCO, 2.013.

O Déficit apurado deverá ser coberto com recursos externos. Como referenciado

anteriormente, cabe aos poderes concedentes, Município e Governo do Estado, à

Concessionária Prolagos, ao Consórcio Lagos São João, ao Comitê de Bacia Lagos

São João e a AGENERSA, elaborarem, em conjunto, a planilha de investimentos

financeiros em Saneamento Básico para o Município de São Pedro da Aldeia e

consequentemente para toda a Região dos Lagos.

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