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1 Abril 2006 Ricardo Valente 1 Finanças II ESTRUTURA DE CAPITAIS Abril 2006 Ricardo Valente 2 Finanças II ESTRUTURA DE CAPITAIS O que determina a estrutura óptima de capitais de uma empresa? Como é que alterações na estrutura de financiamento do Activo podem afectar as próprias decisões de investimento e o valor intrínseco da empresa? • Para uma dada empresa, qual o tipo de endividamento que lhe é mais interessante?

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Abril 2006 Ricardo Valente

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Finanças II

ESTRUTURA DE CAPITAIS

Abril 2006 Ricardo Valente

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Finanças II

ESTRUTURA DE CAPITAIS

• O que determina a estrutura óptima de capitais de uma empresa?

• Como é que alterações na estrutura de financiamento do Activo podem afectar as próprias decisões de investimento e o valor intrínseco da empresa?

• Para uma dada empresa, qual o tipo de endividamento que lhe é mais interessante?

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Finanças II

CUSTOS/BENEFÍCIOS DA DÍVIDA

• Benefícios:� Economias fiscais;� Disciplina a gestão da empresa.

• Custos:� Custos de falência;� Custos de agência;� Perda de flexibilidade financeira.

Abril 2006 Ricardo Valente

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Finanças II

CUSTOS/BENEFÍCIOS DA DÍVIDA

• Economias fiscais:� Os juros são dedutíveis fiscalmente (os dividendos não o são);

� Valor da Economia Fiscal: T * Enc. Financ. = T *Kd * D

� Custo efectivo capital alheio para a empresa:• Kd * (1 – T)

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Finanças II

CUSTOS/BENEFÍCIOS DA DÍVIDA

• Disciplina a gestão:� Capital Próprio: funciona como uma almofada para o gestor;

� Dívida: funciona como uma espada para o gestor:• O facto de o gestor ter que “servir” os credores via juros e reembolso de empréstimos, cria uma disciplina de eficiência n que toca à mais correcta afectação dos cash flows da empresa

� Quanto mais elevados os custos de agência entre gestores e accionistas, mais benéfica é a utilização de dívida.

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Finanças II

CUSTOS/BENEFÍCIOS DA DÍVIDA

• Custos de falência:

� São função:• Dos custos directos de falência

– Custos legais, indemnizações, etc.• Dos custos indirectos de falência

– Venda de activos abaixo valor real; redução de vendas; redução investimento em I&D, etc.

• Da probabilidade de falência– Risco de negócio (volatilidade dos CF’s operacionais da empresa)– Risco financeiro (grau de alavancagem financeira da empresa)

� Quanto mais elevados os custos de falência e/ou a probabilidade de falência, maiores os custos de financiamento da empresa.

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Finanças II

CUSTOS/BENEFÍCIOS DA DÍVIDA

• Custos de agência:

� Custos de agência entre accionistas e obrigacionistas:• Problemática do “risk shifting”;• Nível de “payout” da empresa.

� Quanto mais elevados os custos de agência entre credores e accionistas – dificuldades de monitorização e controlo por parte dos credores da utilização dos fundos que emprestam à empresa - mais elevados serão os custos de financiamento por parte da empresa.

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CUSTOS/BENEFÍCIOS DA DÍVIDA

• Perda de flexibilidade:

� Se a empresa estiver a utilizar a sua capacidade de endividamento na totalidade, perde flexibilidade em termos de financiamento de novos projectos de investimento, uma vez que não tem alternativas de financiamento.

� Assim, quanto maior a incerteza face às necessidades futuras de financiamento da empresa, mais elevados serão os custos de financiamento.

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Finanças II

PREFERÊNCIAS DAS EMPRESAS

• As empresas assinalam como factores mais importantes em termos de definição da sua política de financiamento:

� Manter a flexibilidade financeira da empresa – o designado “liquidity hedging” ou “financial slack”;

� Salvaguardar a sobrevivência da empresa (evitar ao máximo o risco de falência).

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TEORIAS DE ESTRUTURA DE CAPITAIS

• MILLER E MODIGLIANI (1958)

• MILLER E MODIGLIANI COM IMPOSTOS� sobre as empresas� Sobre as empresas e particulares

• TEORIA DE “TRADE-OFF”

• “PECKING ORDER THEORY”

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TEORIAS DE ESTRUTURA DE CAPITAIS

1. MILLER E MODIGLIANI (1958)

• Pressupostos do modelo� inexistência de impostos� inexistência de custos de transacção� a empresa emite ou dívida ou acções� não existe risco de incumprimento � é possível comprar e vender acções sem restrições� é admitido o “short-selling”� a capacidade de endividamento é ilimitada e a taxa de jurexigida é constante

� as decisões de investimento da empresa são um dado

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TEORIAS DE ESTRUTURA DE CAPITAIS

1. MILLER E MODIGLIANI (1958)

• duas empresas U e L� U é empresa sem dívida� L é empresa com dívida� U e L geram os mesmos resultados operacionais e são empresas com idênticas oportunidades de crescimento

� VU = SU� VL = SL + D

� O valor das empresas é o mesmo?

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ESTRUTURA DE CAPITAIS

1. MODIGLIANI E MILLER (1958)

• Argumento de arbitragem� os investidores, por si mesmos, estarão sempre em posição de alavancar/desalavancar a posição na empresa

• O valor dos activos é independente da natureza dos créditos existentes sobre a mesma

• O valor da empresa é apenas ditado pelo valor dos seus activos e pelo valor das oportunidades de crescimento futuras (NPVGO)

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ESTRUTURA DE CAPITAIS

1. MODIGLIANI E MILLER (1958)

• PROPOSIÇÃO I

� A empresa não pode alterar o seu valor total, alterando a divisão dos seus fluxos de tesouraria

� O valor da empresa é apenas ditado pelas suas decisões de investimento: empresa como somatório de VAL’S de seus projectos de investimento

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ESTRUTURA DE CAPITAIS

1. MODIGLIANI E MILLER (1958)

• Exemplo MM

� Empresa sem endividamento� Resultados operacionais todos distribuidos sob a forma de dividendos

� Não há impostos• E(RO) = €15/acção• Preço Acção = € 100• Nº de acções = 1000• Perpetuidade => Ke = Re = 15%

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Finanças II

ESTRUTURA DE CAPITAIS

1. MODIGLIANI E MILLER (1958)

• Exemplo MM

� Deve a empresa alterar a sua estrutura de capitais?

� Alternativa: We =50%; Wd = 1 – We = 50%• We = E / (E + D)• Wd = D / (E + D)

– Valores de mercado ou contabilisticos???

� Como?• Emitir € 50.000 de dívida á taxa de 10% (Kd) e usar osfundos para adquiir acções próprias (€50.000/100 = 500)

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Finanças II

ESTRUTURA DE CAPITAIS

1. MODIGLIANI E MILLER (1958)

• Exemplo MM

� Sem endividamento

A B C D

RO 5.000 € 10.000 € 15.000 € 20.000 €

RPA 5 € 10 € 15 € 20 €

Ke 5% 10% 15% 20%

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Finanças II

ESTRUTURA DE CAPITAIS

1. MODIGLIANI E MILLER (1958)

• Exemplo MM

� Com endividamento

A B C D

RO 5.000 € 10.000 € 15.000 € 20.000 €

Juros 5.000 € 5.000 € 5.000 € 5.000 €

Dividendos 0 € 5.000 € 10.000 € 15.000 €

RPA 0 € 10 € 20 € 30 €

Ke 0% 10% 20% 30%

Os accionistas ficariam melhor quando E(Ro) > €10.000?

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Finanças II

ESTRUTURA DE CAPITAIS

1. MODIGLIANI E MILLER (1958)

• Exemplo MM

� O próprio investidor não estará já a (poderá) usar uma estratégia de endividamento ao nível particular? Pode ter pedido emprestado 100 e com mais 100 de capital próprio ter comprado 200 acções

A B C D

RO 5.000 € 10.000 € 15.000 € 20.000 €

Lucro de 2 acções 10 € 20 € 30 € 40 €

( - ) Juros de 100 -10% 10 € 10 € 10 € 10 €

Lucro Líquido 0 € 10 € 20 € 30 €

Ke 0% 10% 20% 30%

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Finanças II

ESTRUTURA DE CAPITAIS

1. MODIGLIANI E MILLER (1958)

• Exemplo MM

� Este resultado é idêntico ao obtido via endividamento na empresa!!

� Sendo assim, afirmam MM, não há razão para se pagar mais pela empresa por ela alterar a sua estrutura de capitais, ou seja,

V1 = V0 = €100.000 (€100 por acção)

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Finanças II

ESTRUTURA DE CAPITAIS

1. MODIGLIANI E MILLER (1958)

• Qual o impacto da proposição I de MM em termos de rendibilidades esperadas?

� Analisar o problema na vertente do custo de capital da empresa

Estrutura sem

endividam ento

Estrutura

50% / 50%

E(RPA) 15 € 20 €

Preço Acção 100 € 100 €

V 100.000 € 100.000 €

Re 15% 20%

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Finanças II

ESTRUTURA DE CAPITAIS

1. MODIGLIANI E MILLER (1958)

• Qual o impacto da proposição I de MM em termos de rendibilidades esperadas?

� Analisar o problema na vertente do custo de capital da empresa

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Finanças II

ESTRUTURA DE CAPITAIS

1. MODIGLIANI E MILLER (1958)

• Qual o impacto da proposição I de MM em termos de rendibilidades esperadas?

� Dívida• aumenta o lucro por acção• mantém o preço por acção

� A alteração nos lucros esperados é função da taxa de actualização que os investidores exigem

– 15%/15% vs 20%/20%

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Finanças II

ESTRUTURA DE CAPITAIS

1. MODIGLIANI E MILLER (1958)

• Porque acontece isto?

� Em termos de rendibilidade esperada dos Activos da Empresa

• R Operacionais Esperados / Valor de Mercado dos títulos sobre a empresa (créditos e acções)

– nem o denominador, nem o numerador se alteram quando se altera a estrutura de financiamento

– a rendibilidade esperada dos activos da empresa é a mesma: as decisões de financiamento não têm impacto nas decisões de investimento

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Finanças II

ESTRUTURA DE CAPITAIS

1. MODIGLIANI E MILLER (1958)

• Um investidor que detém uma carteira constituída pela totalidade dos créditos e acções da empresa

� A rendibilidade esperada desta carteira será a média ponderada das rendibilidades esperadas dos títulos que a compõem

• ra = Wd * rd + We * re

• Sendo que ra e rd são fixos

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Finanças II

ESTRUTURA DE CAPITAIS

1. MODIGLIANI E MILLER (1958)

• Em termos de rendibilidade esperada dos accionistas

� Rendibilidade do capital próprio (re)

• sem endividamento: ra = re

• com endividamento: re = ra + D/E* (ra –rd)

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Finanças II

ESTRUTURA DE CAPITAIS

1. MODIGLIANI E MILLER (1958)

• PROPOSIÇÃO II de MM

� A taxa esperada das remunerações dos accionistas aumenta proporcionalmente ao rácio de endividamento, calculado com base no valor de mercado

� A velocidade de crescimento depende do comportamento da diferença entre ra e rd

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Finanças II

ESTRUTURA DE CAPITAIS

1. MODIGLIANI E MILLER (1958)

• PROPOSIÇÃO II de MM

� re = ra + D/E * (ra – rd)� se D/E = 0 então re = ra� se D/E ≠ 0 então re cresce com aumento de D

• Este crescimento ocorre– Linearmente se ra – rd for constante– A uma taxa decrescente se considerarmos que a empresa tem risco de incumprimento e os credores exigem prémio de risco de crédito mais elevado

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Finanças II

ESTRUTURA DE CAPITAIS

1. MODIGLIANI E MILLER (1958)

• Exemplo MM

� re aumenta de 15% para 20%• sem endividamento

– re = ra = €15.000/€100.000 = 15%

• Com endividamento– re = 15% + 1*5% = 20%

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Finanças II

ESTRUTURA DE CAPITAIS

1. MODIGLIANI E MILLER (1958)

• Como compatibilizar proposições I e II de MM?� I: valor da empresa não se altera com decisões de financiamento

� II: rendibilidade esperada dos accionistas aumenta com endividamento

• Resposta:• a taxa de rendibilidade vem recompensar riscos acrescidos

– betas do CAPM: betas das acções traduzem além do risco económico (do negócio, da alavancagem operacional); alavancagem financeira (“financial leverage”, “gearing”)

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Finanças II

ESTRUTURA DE CAPITAIS

1. MODIGLIANI E MILLER (1958)

• Exemplo MM

� Há mais risco???• Sem endividamento

• Com endividamento

A C Variação

RO 5.000 € 15.000 € 10.000 €

RPA 5 € 15 € 10 €

Ke 5% 15% 10%

A C Variação

RO 5.000 € 15.000 € 10.000 €

RPA 0 € 20 € 20 €

Ke 0% 20% 20%

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Finanças II

ESTRUTURA DE CAPITAIS

1. MODIGLIANI E MILLER (1958)

• Exemplo MM

� Há mais risco???

• Alavancagem financeira

– Maior amplitude das oscilações dos retornos, logo maior risco

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Finanças II

ESTRUTURA DE CAPITAIS

1. MODIGLIANI E MILLER (1958)

• Implicações para decisões de financiamento

� Objectivo do gestor financeiro• Maximizar o valor da empresa

• MM: alterações na estrutura de capitais não alteram o valor da empresa

– Apenas no mundo perfeito de MM a proposição I écompatível com a proposição II!!!!

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Finanças II

ESTRUTURA DE CAPITAIS

1. MODIGLIANI E MILLER (1958)

• Implicações para decisões de financiamento

� Abordagem tradicionalista

• A partir do WACC• Objectivo: escolher a estrutura de capitais que minimize WACC

� Como?• Aumentar o peso da dívida (já que rd<re)

– Ignorando efeitos em re de aumento de D– Só em casos de extrema alavancagem, re e rd aumentam com

aumento de D– Seria pois possível encontra uma estrutura óptima de

capitais (minimização de WACC)

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Finanças II

ESTRUTURA DE CAPITAIS

1. MODIGLIANI E MILLER (1958)

• Implicações para decisões de financiamento

� Abordagem tradicionalista

• Alguma credibilidade desta argumentação– Risco financeiro parece só ser tido em conta a partir de

determinado nível de endividamento– Os mercados são imperfeitos e vão justificar como o recurso à

divída pode ser benéfico» Custos de transacção» Distorções introduzidas pela fiscalidade» Risco de incumprimento» Decisão de investimento é afectada pelas decisões de financiamento

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Finanças II

ESTRUTURA DE CAPITAIS

2. MODIGLIANI E MILLER COM IMPOSTOS

• Impostos sobre empresas (Tc)

� U paga Tu� L paga TL

� O valor das empresas é o mesmo?

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ESTRUTURA DE CAPITAIS

2. MODIGLIANI E MILLER COM IMPOSTOS

• Impostos sobre empresas (Tc)

� As empresas têm um valor diferente• O valor da empresa endividada é superior ao valor da empresa sem dívida por via das economias de imposto

• Fica mais cashflow disponível para pagar aos detentores de direitos sobre a empresa (accionistas e credores)– O que ganham os financiadores da empresa é equivalente à perda que o Estado tem em termos de captação de impostos

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Finanças II

ESTRUTURA DE CAPITAIS

2. MODIGLIANI E MILLER COM IMPOSTOS

• Impostos sobre empresas (Tc)

� Implicações para o gestor: 100% de endividamento• O valor da empresa aumentaria continuamente à medida que aumentasse o endividamento

• VL = VU + Tc * D– VL é máximo quando D é máximo– A fonte de valor é a economia de imposto

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Finanças II

ESTRUTURA DE CAPITAIS

2. MODIGLIANI E MILLER COM IMPOSTOS

• Impostos sobre empresas (Tc) e particulares (Tp)

� Interessa analisar o que sobra, depois de impostos,

• dos resultados pagos sob a forma de juros

• e comparar com o que sobra depois de imposto sobre a empresa e particulares com relação a rendimentos derivados de juros e dividendos

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Finanças II

ESTRUTURA DE CAPITAIS

2. MODIGLIANI E MILLER COM IMPOSTOS

• MUNDO REAL – Tc e Tp

� IRC: 35%� IRS – rendimentos acções (dividendos/mais valias): 15%� IRS – juros: 20%

Só Divida Só Capitais Próprios

RAIEF 1,00 1,00

IRC 0,00 0,35

Rend Brutos 1,00 0,65

IRS

…accionistas 0,0975

…obrigacionistas 0,20

Rend Líquidos 0,80 0,5525

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Finanças II

ESTRUTURA DE CAPITAIS

2. MODIGLIANI E MILLER COM IMPOSTOS

• MUNDO REAL – Tc e Tp

� IRC: 25%� IRS – rendimentos acções (dividendos/mais valias): 10%� IRS – juros: 20%

Só Divida Só Capitais Próprios

RAIEF 1,00 1,00

IRC 0,00 0,25

Rend Brutos 1,00 0,75

IRS

…accionistas 0,0750

…obrigacionistas 0,20

Rend Líquidos 0,80 0,6750

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Finanças II

ESTRUTURA DE CAPITAIS

2. MODIGLIANI E MILLER COM IMPOSTOS

• Impostos sobre empresas (Tc) e particulares (Tp)

� Impostos particulares pagam• Tps: impostos sobre rendimentos de acções• Tpb: impostos sobre juros

� Oportunidade de arbitragem? VL≠VU + T*D?• Θ = (1-Tc)*(1-Tps)/(1-Tpb)• T* = 1 - [(1-Tc)*(1-Tps)/(1-Tpb)] = 1 - Θ

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Finanças II

ESTRUTURA DE CAPITAIS

2. MODIGLIANI E MILLER COM IMPOSTOS

• Oportunidade de arbitragem? VL≠VU + T*D?

� Estratégia I: investir uma fracção α em L� Estratégia II: investir uma fracção α em U e recorrer aoendividamento em θ

Custo Payoff

Est 1 αSL α(1-Tps)*(1-Tc)*(X-B)

Est 2 αSU - αθD α(1-Tps)*(1-Tc)X- αθ(1-tpb)B

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Finanças II

ESTRUTURA DE CAPITAIS

2. MODIGLIANI E MILLER COM IMPOSTOS

• Estratégias têm o mesmo payoff� têm o mesmo custo

• SL = SU – θD» Sendo VL = SL + D = SU – θD + D = VU + T*D

• Se Tpb = Tps, T* = T– VL = VU + Tc*D

• A fórmula será a mesma que sem impostos sobre particulares– Os impostos sobre o rendimento de juros de particulares são

compensados pelo imposto sobre particulares do rendimento pago como dividendo

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Finanças II

ESTRUTURA DE CAPITAIS

2. MODIGLIANI E MILLER COM IMPOSTOS

• Se (1- Tc) * (1- Tps) = (1 –Tpb), T* = 0

• VL = VU

• A fórmula será a mesma que sem quaisquer impostos• A irrelevância da estrutura de capitais é recuperada

– O que sobra, depois de impostos sobre particulares, dos resultados pagos sob a forma de juros é equivalente ao que sobra depois de imposto sobre empresas e particulares do rendimento pago como dividendo

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Finanças II

ESTRUTURA DE CAPITAIS

2. MODIGLIANI E MILLER COM IMPOSTOS

• Implicações para o gestor: endividamento menos atractivo

� O valor da empresa poderá aumentar à medida que aumenta o endividamento, mas depende das taxas de imposto sobre empresas /particulares

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Finanças II

ESTRUTURA DE CAPITAIS

2. MODIGLIANI E MILLER COM IMPOSTOS

• Custos de falência

� quanto maior o recurso ao endividamento• Maiores as taxas de juro requeridas pelos credores

– Maiores a probabilidade que uma ruptura de tesouraria acabe em falência

– Maior a probabilidade de uma perda de valor

� Quem suporta estes custos? Accionistas– Aumento de rd (rd não é constante)

» Efeitos sobre o valor

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Finanças II

ESTRUTURA DE CAPITAIS

2. MODIGLIANI E MILLER COM IMPOSTOS

• Custos de agência (+)

� A dívida poderá, no entanto, funcionar como acção disciplinar da gestão• Travar a efectivação de gastos supérfluos/projectos com vista a

aumentar o hubris do gestor

• Reduzir Free Cash Flow (Jensen, 1986)– Desperdiçar– Investir em demasia

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Finanças II

ESTRUTURA DE CAPITAIS

2. MODIGLIANI E MILLER COM IMPOSTOS

• Custos de agência

� Com o aumento do endividamento, os accionistas têm maior incentivo para– Prvilegiar projectos mais arriscados– Pagar dividendos estraordinários

� Não havendo monitorização ou sendo esta custosa

� Quem suporta os custos? Os accionistas• Aumento de rd e impacto sobre decisões de investimento

– Efeito sobre o valor

Abril 2006 Ricardo Valente

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Finanças II

ESTRUTURA DE CAPITAIS

2. MODIGLIANI E MILLER COM IMPOSTOS

• Flexibilidade Financeira

� Para níveis elevados de endividamento, dificuldade em obter financiamentos adicionais pode fazer com que• Se percam oportunidades de investimento

• Seja necessário “desacelerar” a actividade por dificuldades de financiar necessidades em fundo de maneio

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Finanças II

ESTRUTURA DE CAPITAIS

2. MODIGLIANI E MILLER COM IMPOSTOS

• Flexibilidade Financeira

� Preferência pelo autofinanciamento• Disponibilidades excedentárias• Nível da dívida abaixo do potencial

� Aproveitar oportunidades de investimento que possam ocorrer no futuro• Qualidade dos projectos de investimento• Incerteza quanto ao surgimento de projectos valiosos

� Avaliar esta flexibilidade usando valorização de opções

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Finanças II

ESTRUTURA DE CAPITAIS

• Partindo de MILLER E MODIGLIANI

� Economias de imposto ditariam que se aumentasse o endividamento

� Tendo em consideração, que a partir de determinado nível de endividamento, há• Custos de falência• Custos de agência• Perda de flexibilidade• Efeitos de alavancagem financeira nas decisões de investimento• Aumento do custo de endividamento

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Abril 2006 Ricardo Valente

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Finanças II

ESTRUTURA DE CAPITAIS

• MODELO OU TEORIA DE EQUILÍBRIO / TRADE-OFF

� Relação entre o valor da empresa e o nível de endividamento• VL = VU + Tc*D – F – CA – ACD

• F: Valor actual dos potenciais custos de falência– Probabilidade de incorrer em falência– Custos de falência estimáveis

• CA: valor actual dos custos de agência

• ACD: redução dos CFs libertos resultante do aumento dos custos do endividamento ou perda de flexibilidade

Abril 2006 Ricardo Valente

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Finanças II

ESTRUTURA DE CAPITAIS

• MODELO OU TEORIA DE EQUILÍBRIO / TRADE-OFF

� Factores na definição da estrutura de capitais:

• Variam de sector para sector, de empresa para empresa– Impostos: taxa efectiva de imposto (ex: Banca)– Risco de negócio– Maior risco, mais provável incorrer em custos de falência

• Tipo de activos– Corpóreos/incorpóreos– Capital humano– Oportunidades de crescimento

• Folga financeira– Decisões de investimento determinante de valor no LP

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Finanças II

ESTRUTURA DE CAPITAIS

• MODELO OU TEORIA DE EQUILÍBRIO / TRADE-OFF

� A teoria de equilíbrio explica o padrão de endividamento que se observa na realidade?

• SIM– Diferenças entre sectores de actividade– Tipo de empresas que fazem LBO’s ou restringem dividendos para equilibrar

estrutura de capitais

• NÃO– Empresas bem sucedidas têm pouco endividamento tendo

» Factura fiscal elevada» Reduzidos custos de falência

– Rácios de endividamento não são conformes com os sistemas de tributação» Ex crédito fiscal de dividendos

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Finanças II

ESTRUTURA DE CAPITAIS

• TEORIA DE ESCOLHAS/PECKING ORDER THEORY

� Informação assimétrica• SIM

– Diferenças entre sectores de actividade– Tipo de empresas que fazem LBO’s ou restringem dividendos para

equilibrar estrutura de capitais

• NÃO– Empresas bem sucedidas têm pouco endividamento tendo

» Factura fiscal elevada» Reduzidos custos de falência

– Rácios de endividamento não são conformes com os sistemas de tributação» Ex crédito fiscal de dividendos

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Finanças II

ESTRUTURA DE CAPITAIS

• TEORIA DE ESCOLHAS/PECKING ORDER THEORY

� Informação assimétrica– Afecta política de financiamento

» Fontes internas ou fontes externas» Dívida ou capital próprio

� Hierarquia das escolhas– 1º Investimento financiado por fundos internos– 2º Novas emissões de dívida– 3º Novas emissões de acções, em última instância

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Finanças II

ESTRUTURA DE CAPITAIS

• TEORIA DE ESCOLHAS/PECKING ORDER THEORY

� Implicações– Autofinanciamento é privilegiado

– Começar por emitir dívida, depois ir para instrumentos híbridos e deixar a opção de emissão de acções para último

– Benefícios fiscais: efeitos de segunda ordem

– Não há estrutura óptima de capitais

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Finanças II

ESTRUTURA ÓPTIMA DE CAPITAIS

• COMO IDENTIFICAR A ESTRUTURA ÓPTIMA DE CAPITAIS?

1. Abordagem Custo de Capital

2. Abordagem de Valor Actual Ajustado

3. Abordagem das Empresas Comparáveis

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ESTRUTURA DE CAPITAIS

1. ABORDAGEM CUSTO DE CAPITAL

� Etapas:1. Estimar o custo de capital próprio, Ke2. Estimar custo de capital alheio, Kd3. Estimar custo de capital da empresa, WACC para cada nível de

endividamento (We, Wd)4. Escolher a estrutura que minimiza WACC (maximiza valor)

Valor da empresa:V* = FCFF(1+g)/(WACC* - g)

* Óptimo (mínimo)

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ESTRUTURA DE CAPITAIS

1. ABORDAGEM CUSTO DE CAPITAL

� Maximização do valor da empresa• Minimização do custo de capital da empresa

– Considerando os CFs constantes

• Pressuposto: alteração da dívida não influencia os fluxos operacionais– Emissão de dívida para recompra de acções– Empresa investe fundos em projectos dentro da mesma classe de

risco

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ESTRUTURA DE CAPITAIS

1. ABORDAGEM CUSTO DE CAPITAL

� Maximização do valor da empresa• Minimização do custo de capital da empresa

– Considerando os CFs constantes

• Pressuposto: alteração da dívida não influencia os fluxos operacionais– Emissão de dívida para recompra de acções– Empresa investe fundos em projectos dentro da mesma classe de

risco

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ESTRUTURA DE CAPITAIS

1. CUSTO DE CAPITAL PRÓPRIO

� O custo de capital depende do risco do cash flow que se pretende actualizar

• Obter estimativa do beta (ou outra medida de risco) das acções da empresa

• Desalavancar esse beta (retirar efeito de alavancagem implícito)• Alavancar o beta para os vários níveis de endividamento• Estimar o custo de capital próprio para os vários níveis de dívida

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ESTRUTURA DE CAPITAIS

1. CUSTO DE CAPITAL PRÓPRIO

� Desalavancar/alavancar o beta?

• O beta da carteira é a média ponderada dos betas dos valores mobiliários que a constituem tendo em conta valores de mercado

A/(D+E)* Beta Activos + PF/(D+E) * Beta Poupanças Fiscais == D/(D+E) * Beta Dívida + E/(D+E)* Beta Capitais Próprios

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Análise do risco da empresa

� risco especifico da empresa

� risco financeiro

� risco competição

� risco especifico da indústria� risco tecnológico� risco legal� risco preço de mercadorias

� risco internacional

� risco de mercado

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Quantificação do risco da empresa

� Quais destes riscos afectam os betas?

� A estimação do retorno esperado passa por:

8 identificação da base de investidores

8 identificação dos factores de risco relevantes

8 quantificação desses factores de risco

em termos teóricos, a única medida de risco relevante para todas as empresas é o risco de mercado

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Finanças II

Como obter os betas?

� Informação histórica

� betas são constantes?

� erro de estimação� volatilidade dos betas� correlação entre betas estimados e observados� reversão para a média

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Finanças II

Como obter os betas?

� Informação fundamental

� regressão múltipla

� medidas históricas de risco� dummies do sector� indicadores de sucesso/insucesso� dimensão� alavancagem operacional� alavancagem financeira

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Quantificação do risco de mercado

� Duas metodologias:

� aplicação do CAPM ou do APM;

� estimação das características dos riscos dos projectos de investimento da empresa:

�método dos comparativos� cálculo do beta contabilistico� betas a partir de regressões cross-section

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ESTRUTURA DE CAPITAIS

1. CUSTO DE CAPITAL PRÓPRIO

� Inputs para uma folha de cálculo• Beta corrente• D/E corrente (valores de mercado)• Taxa marginal de imposto• Resultados Operacionais / Amortizações / Fundo de Maneio• Taxa de juro de mercado para a empresa (YTM)• Taxa de OTs• Prémio de risco de mercado• Ratings e spreads

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ESTRUTURA DE CAPITAIS

1. CUSTO DE CAPITAL PRÓPRIO

� Para os vários níveis de dívida• re• Rd * (1 – T)• We• Wd

– WACC: escolher o mínimo

Valor da empresa:V* = FCFF(1+g)/(WACC* - g)

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ESTRUTURA DE CAPITAIS

1. CUSTO DE CAPITAL PRÓPRIO

� Qual o aumento no valor da empresa?• Em cada ano

– |(WACC – WACC0)|Vo

– Valor actual deste ganho considerando taxa de crescimento gV* - Vo

– Impacto nas cotações» No momento do anúncio da alteração da estrutura

P* - P0 = (V* - V0)/N

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ESTRUTURA DE CAPITAIS

1. CUSTO DE CAPITAL PRÓPRIO

� Pressupostos• A notação de risco pode ser prevista pelos rácios financeiros

• Para cada nível de dívida é assumido que a dívida já existente érefinanciada à mesma taxa da nova dívida (não há expropriação da riqueza dos obrigacionistas iniciais em favor dos accionistas)– Puts de protecção

• Os resultados operacionais não são influenciados pelo rating da dívida da empresa

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ESTRUTURA DE CAPITAIS

1. CUSTO DE CAPITAL PRÓPRIO

� Pressupostos• O nível óptimo de dívida nunca corresponde a uma notação de risco

abaixo de “investment grade”

– Se o nível óptimo de dívida corresponde a uma notação de risco abaixo de BBB» Repetir o trabalho de optimização com restrição a notação de rating

=> = BBB

» Para depois se quantificar o custo desta restrição

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ESTRUTURA DE CAPITAIS

1. CUSTO DE CAPITAL PRÓPRIO

� Abordagem da Rendibilidade diferencial• Abordagem semelhante à do custo de capital

• Aumentar a dívida de forma a maximizar ROE – Ke

– Sendo ROE = ROA + [ROA – I (1 – Tc)]*D/E

– Com ROA = Roperacionais * (1- Tc) / (D+E)

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ESTRUTURA DE CAPITAIS

2. ABORDAGEM VALOR ACTUAL AJUSTADO

� VL = VU + Valor actual (efeitos positivos Dívida, efeitos negativos Dívida)

1. Calcular VA dos fluxos operacionais depois de impostos– Taxa de actualização adequada: custo de oportunidade do capital

» Custo de capital da empresa se A= E (reu)

» VU = FCF (1+g) / (reu – g)

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ESTRUTURA DE CAPITAIS

2. ABORDAGEM VALOR ACTUAL AJUSTADO

2. Para cada nível de dívida

– Calcular VA das poupanças fiscais da dívida

– Calcular VA dos custos de falência esperados

» Estimar custos de falência» Estimar probabilidade de falência

» Taxa de actualização adequada: custo de capital alheio

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ESTRUTURA DE CAPITAIS

2. ABORDAGEM VALOR ACTUAL AJUSTADO

2. Para cada nível de dívida

– Como obter probabilidade de falência?

» P = probabilidade de incumprimento após emissão de dívida adicional» Usar ratings» Estudos anteriores (Altman)

» F = Valor Actual Custos de Falência

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ESTRUTURA DE CAPITAIS

2. ABORDAGEM VALOR ACTUAL AJUSTADO

3. Calcular valor ajustado para os vários níveis de dívida e escolher o nível de endividamento que maximiza o valor

V = FCF (1+g)/(reu – g) + Tc*D – p*F

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ESTRUTURA DE CAPITAIS

3. EMPRESAS COMPARÁVEIS

• Comparar a estrutura de capitais da empresa com a média do sector� Assume que, em média, no sector, as empresas estão junto ao óptimo� Usar empresas comparáveis

• Sector• Dimensão• Crescimento• Padrão dos CFs

� Controlar as diferenças individuais• Taxa de impostp• Variância dos RO• Estimativa de crescimento

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IMPLEMENTAR A ESTRUTURA DE CAPITAIS

• IMPLEMENTAR A NOVA ESTRUTURA DE CAPITAIS

• Como usar os fundos do novo financiamento?

� Um só movimento para a estrutura óptima

• (+) pressão por parte dos accionistas para realizar esse valor potencial

• (-) perigo de vir a descobrir que, afinal, aquela não era a estrutura óptima

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IMPLEMENTAR A ESTRUTURA DE CAPITAIS

• IMPLEMENTAR A NOVA ESTRUTURA DE CAPITAIS

• Empresas abaixo do seu potencial de alavancagem financeira� Considerações

• Qualidade da estimativa da estrutura de capitais óptima• Posição face a empresas comparáveis• Probabilidade de aquisição hostil (OPA)• Necessidade de flexibilidade financeira

• Empresas acima do seu potencial de alavancagem finnaceira� Considerações

• Qualidade da estimativa da estrutura óptima de capitais• Probabilidade de falência

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IMPLEMENTAR A ESTRUTURA DE CAPITAIS

• IMPLEMENTAR A NOVA ESTRUTURA DE CAPITAIS

• Processo de implementação (gradual ou de uma só vez) depende� Pressões� Existência de novos projectos de investimento com VAL positivo

� De uma só vez aumentar o endividamento• Emitir dívida e recomprar acções/dividendo extraordinário• Substituir capital próprio por capital alheio• Vender activos e comprar acções próprias• Acautelar cláusulas de protecção dos credores existentes

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IMPLEMENTAR A ESTRUTURA DE CAPITAIS

• IMPLEMENTAR A NOVA ESTRUTURA DE CAPITAIS

• De uma só vez diminuir o endividamento

• Dificuldade em fazer aumentos de capital quando a empresa pode falir

• Renegociar dívida

• Vender activos e pagar dívida