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COMUNICADO TÉCNICO 563 Concórdia, SC Novembro, 2019 Estratégias para empreen- der na produção de frangos e outras aves em pequena escala ISSN 0100-8862 Foto: Gerson Pilatti Elsio Antonio Pereira de Figueiredo

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COMUNICADO TÉCNICO

563

Concórdia, SCNovembro, 2019

Estratégias para empreen-der na produção de frangos e outras aves em pequena escala

ISSN 0100-8862

Foto: Gerson Pilatti

Elsio Antonio Pereira de Figueiredo

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Estratégias para empreender na produçãode frangos e outras aves em pequenaescala1

1 Elsio Antonio Pereira de Figueiredo, doutor em Melhoramento Genético Animal, pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, Concórdia, SC

IntroduçãoA produção comercial de frangos

e de outras aves de carne no Brasil é uma atividade muito especializada e complexa, mas de grande apelo para os empreendedores. A cadeia produ-tiva da carne de aves, principalmente das de galinhas, perus, patos, galinhas d’angola, codornas e faisões, está es-tabelecida com uma organização que engloba os fornecedores de genética (avós, matrizes e pintos comerciais); de nutrição; de vacinas, medicamentos e desinfetantes; de instalações; de equi-pamentos; de softwares; de transporte, abate e processamento; de refrigeração e congelamento; de soluções para o meio ambiente; etc.

As grandes empresas conhecem muito bem esse cenário. Os pequenos empreendedores interessados na pro-dução de carne de aves, entretanto, necessitam de orientações básicas para entender a complexidade do negócio e então poder desenhar os respectivos projetos. Os projetos podem ser:

• Produção de ave viva para um pro-cessador já estabelecido (cadeia longa).

• Produção de ave viva e processá- la (cadeia intermediária).

• Produção de ave viva, processá-la e comercializá-la (cadeia curta).

Este Comunicado Técnico instrui sobre a organização da cadeia de car-ne de aves e sobre os projetos para empreendedores em pequena escala. Como exemplo, utiliza os procedimentos necessários para o estado de Santa Catarina, nas questões de defesa sa-nitária e inspeção estadual, e para o município de Concórdia-SC, nas ques-tões da inspeção municipal, cujas leis e regulamentos aparecem na Tabela 1.

Conhecendo as regras

No comando desta cadeia, está a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que segue o arcabouço legal e as regulamentações feitas pelo

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Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) nos seus depar-tamentos especializados, principalmen-te nas questões de inspeção e defesa sanitária. A regulamentação do Mapa se capilariza nos estados e nos municípios. No nível federal, a regulamentação da inspeção está a cargo do Serviço de Inspeção Federal (SIF) e a da defesa sa-nitária a cargo da Secretaria de Defesa Sanitária. É no Mapa que se encontra o serviço de equivalência ao SIF, que permite tanto estados e municípios, que possuam serviços de inspeção, aderi-remaosistemaunificadoSisbi/Suasa.

No nível estadual, a inspeção dos produtos de origem animal está a cargo das secretarias estaduais de agricultura, nas respectivas agências de desenvol-vimento da agricultura, com denomi-nações diversas em cada estado. Por exemplo, em Santa Catarina essa função está a cargo da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agropecuário de Santa Catarina (Cidasc). Essas agências são responsáveis pela regulamentação no nível de cada estado das atividades de produção, defesa sanitária e inspeção dos produtos. No caso, executam o Serviço de Inspeção Estadual (SIE).

No nível dos municípios, a inspeção dos produtos de origem animal está a cargo das prefeituras, geralmente nas secretarias municipais de agricultura. Porém, alguns municípios não possuem esse serviço. Nesse caso é necessário que a câmara de vereadores crie a lei municipal de inspeção de produtos de origem animal e seus regulamentos

e que a prefeitura crie o Serviço de Inspeção Municipal (SIM), alocando profissionais necessários para exerceras suas atividades técnicas.

Sem conhecer a organização da ca-deia da carne de aves, não é possível empreender.Especificamenteparaaavi-cultura alternativa, existe a Associação Brasileira de Avicultura Alternativa (Aval) (https://aval.org.br/), com sede emIpeúna-SP, que organiza os produtores de aves em pequena escala e presta assistência para o estabelecimento de negócios e de comercialização aos seus associados, bem como os representa no Mapa. A Aval elaborou as Normas de Produção, Abate e Controle Laboratorial eoManualdeCertificaçãodaQualidadedo FrangoAlternativo, que definem asregras a serem observadas.

Delineando o projetoNo Brasil, toda a iniciativa para

empreender na produção comercial de carne de aves necessita um projeto contendo o objetivo, o escopo, o local, os envolvidos, as atividades, as maté-rias-primas, os produtos e as respon-sabilidades. Para cada tipo de projeto, é necessário um responsável técnico que possa redigir o documento em to-das as suas fases e conteúdos e que, juntamente com o empreendedor, faça a tramitação da documentação onde for necessário (organismos municipais, estaduais ou federais).

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No caso de projetos do Tipo 1, para produção de aves vivas para um pro-cessador já estabelecido, o processo é mais simples e envolve o licenciamento da produção de aves na propriedade. O projeto necessita conter:

• Planta de situação da propriedade (vias de acesso, reservas flores-tais, fontes de água, rios, córregos e lagos), distância de outros criató-rios e limites da área. Onde já há um criatório de aves de reprodução registrado, não se pode alocar ou-tro criatório num raio inferior a 3 mil metros.

• Planta das instalações a serem construídas ou reformadas. Há de-talhes técnicos para a construção dessas plantas, os quais normal-mente são obtidos nos livros e do-cumentos técnicos (Boas Práticas de Produção).

• Memorial descritivo das atividades, conservação do meio ambiente e destinação dos resíduos.

No caso de projetos Tipo 2, para pro-dução de aves vivas e processamento, é preciso conter, além dos itens 1 a 3 do projeto Tipo 1, os seguintes itens:

• Planta da situação do abatedouro (viasdeacesso,reservasflorestais,fontes de água, rios, córregos e la-gos) e limites. Onde há um criatório de aves de reprodução registrado,

não se pode alocar outro criatório, incubatório ou abatedouro num raio inferior a 3 mil metros.

• Plantas baixas e em cortes das ins-talações do abatedouro.

• Memoriais descritivos (MES = Me-morial Econômico e Sanitário).

• Aprovação da marca, das receitas dos produtos e dos rótulos das em-balagens.

No caso de projetos Tipo 3, para pro-dução de aves vivas, processamento e comercialização, é preciso conter, além dos itens necessários nos projetos Tipo 1 e 2:

• Canais de comercialização.

• Rede de lojas de clientes.

Estratégia do negócioNegócios de produção, processa-

mento e comercialização de carne de aves, em pequena escala, necessitam uma estratégia bem elaborada para obter sucesso. A estratégia deve ser de-lineada com base nos seguintes fatores:

• Cliente.

• Parceiros.

• Localização.

• Concorrentes.

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Depois de identificado o cliente, énecessário estudar quais são as deman-das dele para a carne de aves. Essa demanda pode ser:

• Frango convencional.

• Frangos especiais.

• Aves especiais (peru, pato, galinha d’angola, codorna, faisão, etc.).

No caso do frango convencional, os protocolos estão regulamentados e de conhecimento do serviço de assistência técnica. Os sistemas de produção estão definidos, bem como os parceiros econcorrentes.

No caso dos frangos especiais, há várias alternativas:

Frango caipira ou colonial ou de capoeira - regulamentado pela ABNT e pelo Mapa (Associação Brasileira de Normas Técnicas 2015).

• Frango caipira, frango colonial, frango de capoeira: ave oriunda de raças ou linhagens de cresci-mento lento, destinada à produção de carne, com idade mínima de 70 dias e máxima de 120 dias, criada em conformidade com esta Norma.

• Galinha caipira, galinha colonial, galinha de capoeira: ave produto-ra de ovos comerciais caipiras, de linhagens ou raças caipiras, criada sobosistemacaipira,queaofinalde seu ciclo produtivo destina-se à produção comercial de carne.

• Galo caipira, galo colonial, galo de capoeira: macho acima de 120 dias de idade, sexualmente madu-ro.

• Frango sem antimicrobiano: não está regulamentado, mas há proto-coloquepodesercertificado.

• Frango orgânico: está regula-mentado e com protocolo para cer-tificação.Énecessárioumperíodode conversão ao sistema orgânico para as unidades convencionais que optarem por este tipo de pro-dução (Brasil, 2011).

As aves de corte das demais espé-cies, como perus, patos, galinhas d’an-gola, codornas e faisões também podem ser criadas com tecnologia apropriada e colocadas no mercado, na forma abatida ou processada, sendo na maioria das vezesofertadaspararestaurantesfinos,que servem iguarias preparadas com suas carnes.

Figura 1. Exemplo de criação de frango colonial.

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No caso das aves especiais, não está regulamentado. Elas podem ser produ-zidastantonosistemaconfinado,comotambém no sistema caipira e orgânico. Mais recentemente, tem sido utilizado o termo produção de base ecológica. Por produção de base ecológica se entende aquela produção “sustentável” que está inserida “amigavelmente” no ecossis-tema, isto é, sem estressá-lo. Nesse caso, os alimentos necessários para alimentar as aves devem ser produzidos no espaço agricultável da propriedade, num protocolo de biodiversidade (www.agricultura.gov.br/assuntos/sustentabi-lidade/organicos/fichas-agroecologicas/arquivos-praticas-conservacionistas/1-a-importancia-da-diversificacao-em-pro-priedade-agroecologicas.pdf/view), compolicultivos, rotação de culturas (www.agricultura.gov.br/assuntos/sustentabi-lidade/organicos/fichas-agroecologicas/arquivos-praticas-conservacionistas/5-rotacao-de-culturas.pdf), reciclagem dos nutrientes e sem o uso de produtos químicos de síntese, sejam fertilizantes ou agrotóxicos em geral. A monocultura não se enquadra no conceito de base ecológica. No caso, todos os três tipos de frangos podem ser produzidos em unidades de base ecológica.

Na produção de base ecológica, a estratégia está em conceber um negó-cio, que mesmo com produção em pe-quena escala, seja de qualidade e que inclua em seu protocolo de produção os conceitos mais valorizados pelo cliente, como aqueles conservacionistas. Além disso, deve-se começar a produzir somente depois de contratados pelo

menos 75% da produção, ao preço ob-tido nos estudos de mercado. Os 25% podem representar a sua porção para conquistar outros clientes. É um tipo de produção exercida em policultivo, onde o resíduo de uma atividade é incorpora-do na produção de outra, como o com-posto orgânico, por exemplo, no caso da horticultura.

Pelo fato de ser produção em pequena escala, as dificuldades delogística são as que mais preocupam, notadamente para a entrega dos pintos e da ração, para o transporte das aves prontas para o abate, pelo funciona-mento do abatedouro, da refrigeração e congelamento dos produtos gerados, e do transporte dos produtos para os pontos de venda. Nesse caso, de cadeia curta, não se pode estar distante dos pontos de venda e nem ofertar o produto no atacado. Por isso, deve-se pensar em vendas no varejo e saber alocar os pontos de venda que possam comercia-lizar os produtos com valor agregado. Por exemplo, todas as viagens para o transporte de qualquer dos itens men-cionados devem ser em veículos com carga total, caso contrário, os custos de transporte inviabilizam o negócio.

Estudos de pesquisa de mercado devemserefetuadosparaidentificarosprodutos mais necessários, os atributos mais valorizados, os volumes demanda-dos, os concorrentes nacionais e impor-tadoseovalorfinaldecadaprodutoaoconsumidor. Com base nesses dados, constroem-se planilhas para tomada de decisão e para o monitoramento da

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produção, processamento, transporte, vendas e margens.

Os produtos que podem ser oferta-dos são: frango inteiro, embalado em saco plástico; meio frango ou cortes (coxa, sobrecoxa, asa, peito, coração, moela, pescoço e pés), embalados em bandejas;cortesespeciais(filédepeito,coxinha da asa, sobrecoxa desossada), também embalados em bandejas; pro-cessados (linguiça, salsicha, presunto, patê); empanados (nuggets, coxinhas). Normalmente, os cortes maiores são ofertados na forma de resfriado e conge-lado. Os produtos processados, por sua vez, são entregues na forma de refrige-rados e os empanados na forma de con-gelados. O Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (Riispoa) (Brasil, 2017), traz a regulamentação de cada produto cárneo que se produz sob inspeção.

O porcionamento e a embalagem de cada produto deve atender a necessida-de do cliente, como, por exemplo, por-ções e embalagens individuais por peça (solteiros), ou aos pares (casais) ou aos trios(casalcomumfilho)ouemquatropeças(casaiscomdoisfilhos).

As embalagens e os rótulos devem teraprovaçãooficialeconterasinforma-ções técnicas sobre o tipo de produto, ingredientes utilizados e informação nutricional para necessidades diárias. A embalagem deve trazer a data da fa-bricação e o período de validade, bem como as recomendações para conser-vação do produto após adquirido pelo consumidor. O marketing da marca e dos

produtos deve informar as vantagens de consumo para a saúde do consumidor e também das pessoas que o produziram, bemcomoosprotocolosparabeneficiaro bem-estar animal e o meio ambiente. Receitas são um atrativo de marketing importante.

Preocupada com as fases de pro-cessamento e mercado, a Embrapa Suínos e Aves, em parceria com a em-presa Engmaq (www.engmaq.com) de Peritiba-SC, desenvolveu um conjunto de módulos de abate e processamento de aves que são pré-fabricados em iso-painel, dimensionáveis e customizáveis para o abate e processamento de aves em pequena escala com inspeção. Essa solução tecnológica se destina aos esta-dos e municípios que necessitam ofertar uma solução para os abates inspeciona-dos, em pequena escala, nas comunida-des do interior do Brasil, e também aos empreendedores na produção, abate e processamento de aves de maior valor agregado, como no caso das aves e produtos especiais.

Figura 2. Exemplo de abatedouro modu-lar customizável para aves.

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Certificaçãoerastreabilidade

Os produtos orgânicos necessitam ser certificados por uma terceira parte.No Brasil, existe uma variedade de certificadoras acreditadas pelo Mapa.Também as aves criadas com proto-colo de bem-estar animal e/ou semo uso preventivo de antimicrobianos podemsercertificadas.Acertificaçãoéimportante para grupos de clientes pre-ocupados com os aspectos culturais, de sustentabilidade, de bem-estar animal, da origem e composição, da qualidade e da legitimidade das matérias-primas e dosprodutos.As certificadoras cobramuma taxa ou valor por selo emitido. A presença do selo da certificadora noproduto é uma garantia para os clientes e representa um diferencial de qualidade no produto e nos negócios.

Lojas e franquiasProdutos especiais geralmente agre-

gam valor e, por isso, custam mais caro do que produtos convencionais. Assim, são ofertados em menor quantidade, embalados de forma diferente e com informações sobre a diferenciação. Demandam conhecimento por parte do vendedor e formas diversas de venda. Essa característica remete para ideia de comercialização em lojas especializa-das, que podem ser de propriedade do empreendedor, mas também de parcei-ros ou de franqueados.

Uma estratégia interessante para o empreendedor comercializar seus produtos é estar próximo a um grande centro consumidor como, por exemplo, uma capital de estado ou uma grande cidade. Outra, é instalar a produção das aves numa distância não mais do que 20 km do ponto de processamento. De preferência, esta pode estar numa dis-tância não mais do que 20 km do centro consumidor. Também é uma vantagem instalar uma loja especializada para venda dos produtos que contenha uma câmara fria de estocagem. Essa loja pode ser de parceiro ou de franqueado e pode também ter vários produtos de ou-tros tipos de carnes de outros empreen-dedores. Este modelo tem sido utilizado por produtores de produtos orgânicos, que participam das “cestas orgânicas”, preparadas por um empreendedor. Ainda, instalar nessa loja um serviço de venda direta ao consumidor, e também de venda pela internet e de tele-entrega, e abastecer a loja semanalmente.

Na venda direta, não esquecer as redes de alimentos rápidos (fast food), restaurantes especiais, bares, lancho-netes, food trucks, interessados em produtos diferenciados e produzidos e porcionados especialmente para eles.

Muito importante para as comunida-des distantes dos grandes centros são as festas municipais, por representarem oportunidade para divulgação da gastro-nomia e culinária local, sendo um grande atrativo para turistas, que posteriormente poderão procurar e divulgar os produtos degustados nessas ocasiões. No Brasil,

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as subpopulações das várias culturas existentes (portuguesa, italiana, alemã, japonesa, árabe, etc.) representam grandes oportunidades para o comércio de produtos característicos da culinária desses povos e essa oportunidade pode ser explorada pelos respectivos descen-dentes que estão nas comunidades do interior.

Para os empreendedores que não conseguirem se instalar em condições tão favoráveis como essas, há ne-cessidade de associar sua produção especial com a produção convencional de maior escala, de forma que os pro-dutos convencionais possam custear a logística dos produtos especiais. Por exemplo, abater e processar frangos convencionais durante os quatro dias da semana, reservando um dia para abater e processar os frangos especiais. Nesse caso, a produção dos frangos conven-cionais pode ser de também própria ou de terceiros.

Cooperativa ou integração

Normalmente, a produção em peque-na escala pode ser feita por um único empreendedor. Porém, quando a escala de produção necessita ser ampliada, é interessante integrar outros empreende-dores ou produtores para fazer o projeto Tipo 1. Há casos em que o negócio já nasce numa cooperativa. Nestas situ-ações, tudo se torna mais fácil, uma vez que já há a organização e a cultura dos produtores e a cooperativa já tem

os canais de aquisição de insumos, os locais de abate e os fornecedores, pois normalmente o volume demandado pela cooperativa para todos os insumos é grandeosuficientepararesolverospro-blemas de logística de transporte, abate e refrigeração.

RegulamentaçãoA regulamentação necessária para

a implantação de projetos de produção, processamento e comercialização de carne de aves, em pequena escala, normalmentenãoéespecíficaesegueo que é exigido para projetos de grande escala. Os estados e municípios têm di-ficuldadedeestabelecerumalegislaçãoe regulamentação própria e, por isso, alguns seguem somente a exigência federal.

O endereço eletrônico onde podem ser encontradas as principais leis e regu-lamentos de defesa sanitária, inspeção de produtos de origem animal, projetos de proteção ambiental e tratamento dos efluenteseresíduosestãonaTabela1.

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men

to d

e In

speç

ão d

e P

ro-

duto

s de

Orig

em

Ani

mal

(Dip

oa)

Sistem

aUnificadodeAtençãoàSanidadeAgrop

ecuária

(S

uasa

) - C

onhe

ça o

Sis

tem

a B

rasi

leiro

de

Insp

eção

de

Pro

-du

tos

de O

rigem

Ani

mal

(Sis

bi-P

OA

), qu

e fa

z pa

rte d

o S

uasa

.

O S

iste

ma

Bra

sile

iro d

e In

speç

ão d

e P

rodu

tos

de O

rigem

Ani

-mal(S

isbi-POA),quefazpartedoSistemaUnificadodeAten-

ção

a S

anid

ade

Agr

opec

uária

(Sua

sa),

padr

oniz

a e

harm

oniz

a os

pro

cedi

men

tos

de in

speç

ão d

e pr

odut

os d

e or

igem

ani

mal

pa

ra g

aran

tir a

inoc

uida

de e

seg

uran

ça a

limen

tar.

Os

esta

dos,

o D

istri

to F

eder

al e

os

mun

icíp

ios

pode

m s

olic

itar

a eq

uiva

lênc

ia d

os s

eus

Ser

viço

s de

Insp

eção

com

o S

ervi

ço

Coo

rden

ador

do

Sis

bi. P

ara

obtê

-la, é

nec

essá

rio c

ompr

ovar

qu

e tê

m c

ondi

ções

de

aval

iar a

qua

lidad

e e

a in

ocui

dade

dos

produtosdeorigem

animalcom

amesmaeficiênciadoMinisté

-rio

da

Agr

icul

tura

.

ww

w.agricultura.gov.br/assuntos/

inspecao/sisbi

Gui

a de

Trâ

nsito

de

Ani

mai

s

Min

isté

rio d

a A

gri-

cultu

ra, P

ecuá

ria

e A

bast

ecim

ento

(M

apa)

Sej

a qu

al fo

r a v

ia d

e trâ

nsito

, a a

pres

enta

ção

de d

ocum

en-

taçã

o é

obrig

atór

ia.O

docum

entooficialparatransportede

anim

al n

o B

rasi

l é a

Gui

a de

Trâ

nsito

Ani

mal

(GTA

), qu

e co

ntém

as

info

rmaç

ões

sobr

e o

dest

ino

e co

ndiç

ões

sani

tária

s,

bemcom

oafinalidadedotransporteanimal.C

adaespécie

animalpossuiumanormaespecíficaparaaemissãodaguia

de tr

ânsi

to.

ww

w.agricultura.gov.br/assuntos/

sanidade-animal-e-vegetal/sau

-de-animal/transito-animal/transi

-to

-ani

mal

Insp

eção

Est

adua

lS

ervi

ço d

e In

spe-

ção

Est

adua

lIn

speç

ão d

e pr

odut

os d

e or

igem

ani

mal

ww

w.cidasc.sc.gov.br/inspecao/

Def

esa

San

itária

Ani

mal

Dep

arta

men

to E

s-ta

dual

de

Def

esa

San

itária

Ani

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(DEDSA/Cidasc)

Def

esa

sani

tária

ani

mal

ww

w.cidasc.sc.gov.br/defesasani-

tariaanimal/

O M

inis

tério

da

Agr

icul

tura

pre

vê, n

o D

e-cr

eto

nº 5

.741

de

30 d

e m

arço

de

2006

, afiscalizaçãodotrânsitodeanimais

Dep

arta

men

to E

s-ta

dual

de

Def

esa

San

itária

Ani

mal

(DEDSA/Cidasc)

Gui

a de

Trâ

nsito

Ani

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(GTA

) - P

ara

trans

porta

r ani

mai

s co

m s

egur

ança

, pro

cure

o e

scrit

ório

da

Cid

asc

mai

s pr

óxim

o ou

um

méd

ico

vete

rinár

io c

rede

ncia

do p

elo

Min

isté

rio d

a A

gri-

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ra P

ecuá

ria e

Aba

stec

imen

to, p

ara

forn

ecer

a G

TA, q

ue é

o

docu

men

to n

eces

sário

ww

w.cidasc.sc.gov.br/defesasani-

tariaanimal/transporte-de-animais/

Tabe

la 1

. Con

tinua

ção.

Con

tinua

...

Page 12: Estratégias para empreen- der na produção de frangos e ...ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/206491/1/final9266.pdf · 2 Estratégias para empreender na produção

12

Lei/R

egul

amen

toO

rgan

ism

oA

ssun

toLi

nk

Lei n

º 3.0

11, d

e 1º

de

outu

bro

de 1

997.

D

ispõ

e so

bre

o ab

ate

de a

nim

ais,

pr

odut

os d

e or

igem

ani

mal

e p

rodu

tos

de

orig

em v

eget

al, d

estin

ados

ao

cons

umo

hum

ano,

no

mun

icíp

io d

e C

oncó

rdia

; dá

outra

s pr

ovid

ênci

as

Pre

feitu

ra d

e C

oncó

rdia

-SC

Art.

1º F

ica

cria

do o

Ser

viço

de

Insp

eção

Mun

icip

al -

SIM

, com

afinalidadedefiscalizarosserviçosdeabatedeanimais,a

indu

stria

lizaç

ão, a

ela

bora

ção

arte

sana

l e a

com

erci

aliz

ação

de

pro

duto

s de

orig

em a

nim

al e

veg

etal

no

Mun

icíp

io d

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oncó

rdia

, vin

cula

do à

Sec

reta

ria M

unic

ipal

de

Agr

icul

tura

, D

esen

volv

imen

to R

ural

e M

eio

Am

bien

te -

SE

MA

DR

A.

Art.

2º O

SIM

atu

ará

de a

cord

o co

m o

que

dis

põe

a Le

i Fed

eral

7.8

89, d

e 23

.11.

89, L

ei E

stad

ual n

º 8.5

34, d

e 19

.01.

92,

dem

ais

legi

slaç

ão e

stad

ual e

m v

igor

, leg

isla

ção

sani

tária

m

unic

ipal

e a

s no

rmas

oriu

ndas

des

ta L

ei e

suj

eita

s, a

inda

, às

obr

igaç

ões

cont

idas

no

artig

o 10

2, it

ens

1 a

5 e

8 a

17, d

o D

ecre

to F

eder

al n

º 1.2

55, d

e 25

.06.

62.

Art.

3º O

SIM

ser

á ex

erci

do e

m to

do o

terr

itório

do

Mun

icíp

io

de C

oncó

rdia

e a

tend

erá

acer

ca d

as c

ondi

ções

hig

iêni

co-s

a-ni

tária

s do

s ab

ated

ouro

s de

ani

mai

s e

esta

bele

cim

ento

s qu

e in

dust

rializ

em e

ela

bore

m p

rodu

tos

dest

inad

os a

o co

nsum

o hu

man

o, re

ssal

vada

a c

ompe

tênc

ia d

o S

ervi

ço d

e In

speç

ão

Fede

ral -

SIF

e S

ervi

ço d

e In

speç

ão E

stad

ual -

SIE

.

§ 1º

A in

speç

ão s

anitá

ria s

erá

inst

alad

a ju

nto

a ca

da e

stab

ele-

cim

ento

de

abat

e e

indu

stria

lizaç

ão e

terá

car

áter

per

man

ente

.

§ 2º

Não

ser

á pe

rmiti

da a

com

erci

aliz

ação

no

Mun

icíp

io d

e C

oncó

rdia

, de

qual

quer

pro

duto

de

orig

em a

nim

al q

ue n

ão

ates

te q

ue te

nha

sido

insp

ecio

nado

pel

a au

torid

ade

fede

ral

(SIF

), pe

la a

utor

idad

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tadu

al (S

IE) o

u pe

lo S

IM d

e C

oncó

r-di

a, e

qua

lque

r pro

duto

de

orig

em v

eget

al e

m d

esac

ordo

com

a

legi

slaç

ão v

igen

te, s

endo

, por

tant

o, c

onsi

dera

da c

land

estin

a e

suje

ita à

apr

eens

ão, n

os te

rmos

da

legi

slaç

ão e

m v

igor

.

§ 3º

São

con

side

rado

s pa

ssív

eis

de in

dust

rializ

ação

ou

elab

o-ra

ção

de p

rodu

tos

com

estív

eis

de o

rigem

ani

mal

e v

eget

al, a

s se

guin

tes

mat

éria

s-pr

imas

, seu

s de

rivad

os e

sub

prod

utos

:

I - c

arne

s, p

eixe

s, c

rust

áceo

s e

mol

usco

s;

II - l

eite

;

III -

ovos

;

leis

mun

icip

ais.com.br/a/sc/c/con-

cordia/lei-ordinaria/1997/301/3011/

lei-o

rdin

aria

-n-3

011-

1997

-dis

-po

e-so

bre-

o-ab

ate-

de-a

nim

ais

-pro

duto

s-de

-orig

em-a

nim

al-e

-pro

-du

tos-

de-o

rigem

-veg

etal

-des

tina-

dos-

ao-c

onsu

mo-

hum

ano-

no-m

u-ni

cipi

o-de

-con

cord

ia-d

a-ou

tras

-pro

vide

ncia

s-19

97-1

0-01

Tabe

la 1

. Con

tinua

ção.

Con

tinua

...

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13

Lei/R

egul

amen

toO

rgan

ism

oA

ssun

toLi

nk

Lei n

º 3.0

11, d

e 1º

de

outu

bro

de 1

997.

D

ispõ

e so

bre

o ab

ate

de a

nim

ais,

pr

odut

os d

e or

igem

ani

mal

e p

rodu

tos

de

orig

em v

eget

al, d

estin

ados

ao

cons

umo

hum

ano,

no

mun

icíp

io d

e C

oncó

rdia

; dá

outra

s pr

ovid

ênci

as

Pre

feitu

ra d

e C

oncó

rdia

-SC

IV -

prod

utos

apí

cula

s;

V -

fruta

s;

VI -

cer

eais

;

VII

- out

ros

prod

utos

de

orig

em a

nim

al e

veg

etal

.

§ 4º

Os

prod

utos

des

tinad

os a

o co

nsum

o hu

man

o em

nat

ure-

za o

u de

rivad

os, d

ever

ão a

tend

er a

os p

adrõ

es d

e id

entid

ade

e qu

alid

ade

prev

isto

s pe

la le

gisl

ação

san

itária

e p

elo

Cód

igo

de

Def

esa

do C

onsu

mid

or.

Art.

4º N

o in

tere

sse

da s

aúde

púb

lica,

as

atrib

uiçõ

es d

o S

IM

com

pree

nder

ão:

I-aclassificaçãodosestabelecimentos;

II - a

s co

ndiç

ões

e ex

igên

cias

par

a re

gist

ro d

os e

stab

elec

i-m

ento

s;

III -

a hi

gien

e do

s es

tabe

leci

men

tos;

IV -

a in

speç

ão a

nte

e po

st-m

orte

m d

os a

nim

ais

dest

inad

os

ao a

bate

;

V -

a in

speç

ão e

rein

speç

ão d

e to

dos

os p

rodu

tos,

sub

prod

u-to

s e

mat

éria

s-pr

imas

, dur

ante

as

dife

rent

es fa

ses

de in

dust

ria-

lizaç

ão o

u el

abor

ação

;

VI -

o re

gist

ro d

e ró

tulo

, obe

deci

das

as e

xigê

ncia

s qu

e di

scip

li-na

m a

mat

éria

;

VII

- a c

arim

bage

m d

e ca

rcaç

as e

cor

tes

de c

arne

s, b

em c

omo

aidentificaçãoedemaisdizeresaseremim

pressosnasem

-ba

lage

ns d

e ou

tros

prod

utos

indu

stria

lizad

os o

u el

abor

ados

, de

stin

ados

ao

cons

umo

hum

ano;

VIII

- ou

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recu

rsos

que

se

torn

em n

eces

sário

s pa

ra m

aior

eficiênciadainspeçãoindustrialesanitáriadosprodutosdesti-

nado

s ao

con

sum

o hu

man

o.

leis

mun

icip

ais.com.br/a/sc/c/con-

cordia/lei-ordinaria/1997/301/3011/

lei-o

rdin

aria

-n-3

011-

1997

-dis

-po

e-so

bre-

o-ab

ate-

de-a

nim

ais

-pro

duto

s-de

-orig

em-a

nim

al-e

-pro

-du

tos-

de-o

rigem

-veg

etal

-des

tina-

dos-

ao-c

onsu

mo-

hum

ano-

no-m

u-ni

cipi

o-de

-con

cord

ia-d

a-ou

tras

-pro

vide

ncia

s-19

97-1

0-01

Tabe

la 1

. Con

tinua

ção.

Con

tinua

...

Page 14: Estratégias para empreen- der na produção de frangos e ...ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/206491/1/final9266.pdf · 2 Estratégias para empreender na produção

14

Lei/R

egul

amen

toO

rgan

ism

oA

ssun

toLi

nk

Lei n

º 3.0

11, d

e 1º

de

outu

bro

de 1

997.

D

ispõ

e so

bre

o ab

ate

de a

nim

ais,

pr

odut

os d

e or

igem

ani

mal

e p

rodu

tos

de

orig

em v

eget

al, d

estin

ados

ao

cons

umo

hum

ano,

no

mun

icíp

io d

e C

oncó

rdia

; dá

outra

s pr

ovid

ênci

as

Pre

feitu

ra d

e C

oncó

rdia

-SC

Art.

5º N

a de

fesa

da

saúd

e pú

blic

a nã

o se

rá p

erm

itido

o

func

iona

men

to d

e qu

alqu

er e

stab

elec

imen

to q

ue a

bata

, ind

us-

trial

ize

e el

abor

e pr

odut

os c

omes

tívei

s qu

e nã

o di

spon

ham

de

alva

rá s

anitá

rio e

do

com

pete

nte

regi

stro

no

SIM

de

Con

córd

ia

ou o

rgan

ism

o da

esf

era

esta

dual

ou

fede

ral.

§ 1º

Par

a in

stal

ar n

o M

unic

ípio

um

est

abel

ecim

ento

par

a o

abat

e e

indu

stria

lizaç

ão d

e pr

odut

os d

estin

ados

ao

cons

umo

hum

ano,

dev

erá

ser r

eque

rida

a ap

rova

ção

de s

eu p

roje

to d

e co

nstru

ção

e de

loca

lizaç

ão ju

nto

ao S

IM d

e C

oncó

rdia

, sal

vo

se e

ste

for a

prov

ado

junt

o ao

SIF

ou

SIE

.

§ 2º

Os

esta

bele

cim

ento

s já

exi

sten

tes,

par

a se

ade

quar

em

a es

ta L

ei, d

ever

ão a

pres

enta

r os

resp

ectiv

os p

roje

tos

para

ap

rova

ção

e re

gist

ro n

o S

IM, c

om a

ress

alva

do

pará

graf

o an

terio

r.

leis

mun

icip

ais.com.br/a/sc/c/con-

cordia/lei-ordinaria/1997/301/3011/

lei-o

rdin

aria

-n-3

011-

1997

-dis

-po

e-so

bre-

o-ab

ate-

de-a

nim

ais

-pro

duto

s-de

-orig

em-a

nim

al-e

-pro

-du

tos-

de-o

rigem

-veg

etal

-des

tina-

dos-

ao-c

onsu

mo-

hum

ano-

no-m

u-ni

cipi

o-de

-con

cord

ia-d

a-ou

tras

-pro

vide

ncia

s-19

97-1

0-01

Lei C

ompl

emen

tar n

º 742

, de

21 d

e no

vem

bro

de 2

017

Sec

reta

ria d

e A

gric

ultu

ra d

e C

oncó

rdia

-SC

Inst

itui e

dis

cipl

ina

a co

nces

são

de in

cent

ivos

a p

ropr

ieda

des

prod

utiv

as e

pro

duto

res

rura

is d

o m

unic

ípio

de

Con

córd

ia.

leis

mun

icip

ais.com.br/a/sc/c/

concordia/lei-com

plem

en-

tar/2017/74/742/lei-com

plem

entar

-n-7

42-2

017-

inst

itui-e

-dis

cipl

ina-

a-co

nces

sao-

de-in

cent

ivos

-a-p

ro-

prie

dade

s-pr

odut

ivas

-e-p

rodu

tore

s-r

urai

s-do

-mun

icip

io-d

e-co

ncor

dia

Nor

ma

Técn

ica

AB

NT

NB

R 1

6389

:201

5,

de 2

7 de

ago

sto

de 2

015

Ass

ocia

ção

Bra

-si

leira

de

Nor

mas

cnic

as (A

BN

T)

Avicultura-Produção,abate,processam

entoeidentificação

do fr

ango

cai

pira

, col

onia

l ou

de c

apoe

ira

Ess

a no

rma

nece

ssita

ser

adq

ui-

rida

no s

ite d

a A

BN

T (w

ww

.abn

t.or

g.br

)

Inst

ruçã

o N

orm

ativ

a nº

4, A

tivid

ades

In

dust

riais

Inst

ituto

do

Mei

o A

mbi

ente

de

San

ta C

atar

ina

(IMA

)

Lice

ncia

men

to d

e at

ivid

ades

indu

stria

isw

ww

.ima.

sc.g

ov.b

r

Tabe

la 1

. Con

tinua

ção.

Page 15: Estratégias para empreen- der na produção de frangos e ...ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/206491/1/final9266.pdf · 2 Estratégias para empreender na produção

15

Comitê Local de Publicações da Embrapa Suínos e Aves

PresidenteMarcelo Miele

Secretária-ExecutivaTânia Maria Biavatti Celant

MembrosAirton Kunz, Ana Paula Almeida Bastos,

Gilberto Silber Schmidt, Gustavo Julio Mello Monteiro de Lima, Monalisa Leal Pereira

Supervisão editorialTânia Maria Biavatti Celant

Revisão técnicaCícero Juliano Monticelli

Monalisa Leal Pereira

Revisão de textoLucas Scherer Cardoso

NormalizaçãobibliográficaClaudia Antunez Arrieche

ProjetográficodacoleçãoCarlos Eduardo Felice Barbeiro

Editoração eletrônicaVivian Fracasso

Exemplares desta edição podem ser adquiridos na:

Embrapa Suínos e AvesRodovia BR 153 - KM 110

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1ª ediçãoVersão eletrônica (2019)

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ConsideraçõesfinaisA Embrapa Suínos e Aves reconhece

a importância da produção em pequena escala nos sítios, assentamentos, agro-vilas e pequenas comunidades próximas dos centros consumidores, mas também aquelas distantes desses centros. Para cada caso há uma estratégia que con-fere a legalidade do negócio frente à regulamentação necessária à avicultura brasileira. Diante dessa responsabilida-de, são disponibilizadas no seu portal (www.embrapa.br/suinos-e-aves) asprincipais publicações que dão supor-te aos projetos de desenvolvimento. Importante citar as Boas Práticas de Produção, os manuais das linhagens de galinhas, as técnicas de alimentação e de manejo das aves e a solução para abate e processamento.

ReferênciasASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 16389: avicultura: produção, abate, processamentoeidentificaçãodofrangocaipira,colonial ou capoeira. Rio de Janeiro, 2015. 9 p.

BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa n° 46, de 6 de outubro de 2011. Estabelece o regulamento técnico para os sistemas orgânicos de produção animal e vegetal, bem como as listas de substâncias permitidas para uso nos sistemas orgânicos de produção animal e vegetal. DiárioOficial[da]República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 7 out. 2011. Seção 1.

BRASIL. REGULAMENTO DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE PRODUTOS BRASIL. Presidência da República. Secretaria-Geral. SubchefiaparaAssuntosJurídicos.Decretonº9013,de 29 de março de 2017. Este Decreto dispõe sobre o regulamento da inspeção industrial e sanitária de produtos de origem animal, que disciplina a fiscalizaçãoeainspeçãoindustrialesanitáriadeprodutos de origem animal, instituídas pela Lei nº 1.283, de 18 de dezembro de 1950, e pela Lei nº 7.889, de 23 de novembro de 1989. DiárioOficial[da]RepúblicaFederativadoBrasil, Brasília, DF, 30 mar. 2017, n. 62. Seção1. p. 3-27. Disponível em:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Decreto/D9013.htm#art541.Acessoem:13 nov. 2019.