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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DISCIPLINA: EMPREENDEDORISMO AMANDA HENRIQUE SANTANA ANTONIO FRANCISCO MENEZES FILHO EDER SEREJO DE CASTRO IATA ANDERSON GOMES DE MORAES NIELSON LOPES FRAZÃO THAÍS FROTA DE ALBUQUERQUE VÉRAS LARISSA FERNANDES JANSEN DE MELO TRABALHO DE EMPREENDEDORISMO

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

DISCIPLINA: EMPREENDEDORISMO

AMANDA HENRIQUE SANTANAANTONIO FRANCISCO MENEZES FILHO

EDER SEREJO DE CASTROIATA ANDERSON GOMES DE MORAES

NIELSON LOPES FRAZÃOTHAÍS FROTA DE ALBUQUERQUE VÉRASLARISSA FERNANDES JANSEN DE MELO

TRABALHO DE EMPREENDEDORISMO

São Luís2011

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AMANDA HENRIQUE SANTANAANTONIO FRANCISCO MENEZES FILHO

EDER SEREJO DE CASTROIATA ANDERSON GOMES DE MORAES

NIELSON LOPES FRAZÃOTHAÍS FROTA DE ALBUQUERQUE VÉRASLARISSA FERNANDES JANSEN DE MELO

TRABALHO DE EMPREENDEDORISMO

Trabalho apresentado ao professor José de Ribamar S. Morais para obtenção de nota referente à 2ª avaliação.

São Luís2011

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1 INTRODUÇÃO

2 LEI DE FRANQUIAS

Todos os contratos de franquia empresarial são disciplinados pela lei 8.955,

mais conhecida como a Lei de franquias ou, ainda, Lei Magalhães Teixeira. Foi sancionada

em 1994 pelo então presidente Itamar Franco. Um dos objetivos principais da lei é

resguardar os direitos do franqueado, pois obriga o franqueador a disponibilizar

informações detalhadas a respeito do acordo de franquia. Um dos documentos que, por lei,

devem ser entregues ao candidato franqueado é a Circular de Oferta de Franquia, que serve

como base para o franqueador analisar a oportunidade de negócio. Essa Circular deve ser

entregue dez dias antes da assinatura do contrato ou pré-contrato de franquia, conforme

disposto no Art. 4° da lei em questão.

A Lei de franquias é reconhecidamente importante no que concerne à regulação

das relações comerciais existentes entre franqueadores e franqueados e define de forma

bem clara o conceito de franquia empresarial, disposto no Artigo 2°.

“O sistema de franquia empresarial no Brasil é regulado pela Lei 8.955/94, que estabelece direitos e obrigações entre franqueadores e franqueados dentro de um negócio jurídico conhecido como franchising. Nos termos do artigo 2º da referida lei, a franquia empresarial é um sistema desenvolvido visando a cessão do direito de uso de marca ou patente, de propriedade de um determinado franqueador ao franqueado (normalmente escolhido respeitando um perfil pré-fixado). Juntamente com o direito de distribuição exclusiva, ou semi-exclusiva, de produtos ou serviços, facultando-se, ainda, o direito de uso de tecnologia de implantação e administração de negócio ou sistema operacional desenvolvidos ou detidos pelo franqueador, sempre tendo como contraprestação do franqueado ao franqueador uma remuneração direta ou indireta. Cabe frisar que na relação entre franqueador e franqueado não existe qualquer possibilidade de caracterização de vínculo empregatício, hipótese excluída expressamente pela lei. [...] Costuma-se confiar a Circular de Oferta de Franquia (COF) à pessoa física do franqueado, firmando com este, posteriormente, o conhecido pré-contrato de franquia empresarial, no qual este se compromete a, em determinados números de dias (determinado tempo), constituir e iniciar as operações de uma pessoa jurídica, cujo tipo societário geralmente é imposto pelo franqueador.”

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3 COMO ESCOLHER UMA FRANQUIA

Antes da decisão final de se compra uma franquia, deve-se atentar a alguns

detalhes sobre o empreendimento, seu produtos e serviços. A seguir são apresentados os

principais focos de atenção no momento da escolha da franquia.

1º: Ler atentamente a Lei de Franchising nº 8.955.

2º: Escolher o segmento de negócio onde se tem maior identidade e prazer em

trabalhar, pois isso gera motivação para um melhor empenho com relação ao

empreendimento.

3º: É importante promover uma auto-avaliação para medir as chances de sucesso

num empreendimento, alguns dados são importes na definição do perfil do empreendedor,

como: O capital para abrir e manter o negócio até a obtenção de receitas, equilíbrio emocional

e conhecimento das próprias limitações, disponibilidade, disposição e disciplina para se

empenhar na tarefa de “fazer dar certo”, assim como paciência e determinação.

4°: Saber diferenciar um negócio independente e uma franquia. Assim como os

outros negócios, as franquias também apresentam riscos, só que menores. Na hora de decidir

por qual sistema seguir é necessário avaliar os detalhes de operação do empreendimento em

que deseja atuar, comparando as vantagens e desvantagens entre um negócio independente e

uma franquia.

5°: Entrar em contato e conhecer a franquia escolhida, isso pode ser feito através

de visitas ao site, troca de e-mails com a franqueadora, telefonemas e até mesmo visitar uma

franquia já existente.

6°: Verificar a veracidade das informações disponíveis no site, o sistema de

atendimento a candidatos franqueados, a organização da empresa franqueadora e a seriedade

com a qual ela trata cada um dos candidatos.

7º: Realizar uma análise profunda do negócio – considerando a realidade do

mercado local - através de um estudo de viabilidade financeira, que envolve o sistema de

fornecimento, custo da mercadoria, frete envolvido e etc. Já que algumas franqueadoras

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oferecem, direta ou indiretamente, planilhas com dados que possibilitam essa análise de

viabilidade.

Há ainda a verificação da transferência de Know-how, onde é necessário

consultar os programas de treinamento e reciclagens, e a viabilidade da manualização dos

processos por meio de uma equipe de suporte. Além de se atentar à atuação do marketing da

franquia.

8º: Se ainda houver necessidade de colher mais dados para decidir por qual

franquia optar, é importante consultar alguns empreendedores que trabalham com a franquia,

procurando informações a respeito do tempo de permanência na Rede, se o investimento

inicial correspondeu ao previsto, em quantos meses foi atingido o faturamento médio, se a

empresa já atingiu o ponto de equilíbrio, se as vendas têm apresentado um crescimento

progressivo nas vendas, se os manuais oferecidos nos treinamentos, bem como, o resultado

dos treinamentos, a qualidade da assistência prestada pela franqueadora, quais as maiores

dificuldades enfrentadas na operação da franquia, o retorno do investimento, etc.

De acordo com as respostas se pode ter uma idéia a respeito da franquia ser

realmente uma boa oportunidade de negocio.

9º: Em caso de dúvidas sobre qual franquia comprar, se faz necessário optar pela

que melhor se encaixe dentro da disponibilidade de investimento.

10°: É comum que as franqueadoras enviem questionários de pré-qualificação

(Via e-mail ou carta) aos candidatos à franquia. Com o questionário respondido e enviado, o

candidato pode ter acesso à Circular de Oferta da Franquia - COF e posteriormente a Minuta

de Contrato de Franquia.

11º: Assinado o Protocolo de Recebimento e com a Circular de Oferta da

Franquia em mãos, é indicado o preenchimento a punho, após concluído faz-se necessário

enviar de volta à empresa franqueadora via Correios. Por via de segurança, mesmo que o

processo possa ser feito através da internet, é indicado o envio da correspondência física.

12º: Verificar se os dados contidos na COF e na Minuta de Contrato de Franquia

correspondem entre si, averiguando se o que está prometido na COF está assegurado na

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Minuta de Contrato de Franquia. Em caso de dúvidas é aconselhado buscar ajunta junto a

consultores de franchising.

13º: Revisar todos os outros passos para se ter certeza de que nada foi esquecido

e que existem condições reais de se avaliar a franquia com a qual se deseja trabalhar.

4 COMO TORNAR UMA EMPRESA FRANQUEADORA

É fundamental promover uma estruturação correta e ter um conceito de negócio

já testado e comprovadamente viável. A expansão de um negócio via franchising, exigirá do

franqueador um projeto completo de formatação específico para empresa, compreendido

especialmente por:

- Análise de franqueabilidade do negócio e viabilidade financeira para as unidades franqueadas, a partir da análise do mercado, e da experiência do franqueador na operação da unidade piloto, com definição das taxas do sistema, investimento necessário para implantação da unidade franqueada, projeção de receitas e despesas, e do retorno do investimento para o franqueado.

- Planejamento Estratégico da Expansão, que deve conter o perfil das cidades e locais mais apropriados para instalação de franquias. Assim, o planejamento mostrará as oportunidades, os locais e regiões mais adequadas para instalação de franquias com maiores chances de sucesso. Projeta-se o futuro da rede, e traçam-se as ações que conduzirão o processo de expansão da marca.

- Manualização do sistema. O conjunto de manuais vinculados a uma franquia registra os métodos de trabalho da empresa, bem como, o know-how do franqueador. São manuais que dizem o que deve ser feito, quando e como fazer, facilitando os treinamentos e a administração da unidade franqueada. Compõem de módulos administrativos e operacionais e devem ser descritos de forma clara e objetiva, de modo que os franqueados, sem experiência no negócio, possam aprender, durante os treinamentos e assistência contínua. As empresas franqueadoras devem preparar os manuais mais completos possíveis e que contemplem toda a operação do negócio.

- Documentação Legal: Toda empresa franqueadora deve preparar e oferecer a Circular de Oferta da Franquia e uma Minuta do Contrato de Franquia aos candidatos a franqueados. A Circular de Oferta deve ser elaborada com muito critério, contendo todos os itens determinados no artigo 3º da Lei 8.955 Franquia Empresarial - de 15/12/94, dentre os quais se destacam: uma descrição completa do negócio, que está sendo franqueado, das taxas a serem pagas, juntamente com todo investimento necessário para a montagem de uma unidade. A Minuta de Contrato de Franquia é o documento que formaliza o relacionamento e define os direitos e deveres do franqueador e do franqueado. A minuta apresenta as normas que regerão a relação comercial que envolve em sua essência: do direito de uso da marca, a concessão de venda de produtos e/ou serviços, associada à transferência de métodos e técnicas de operação do negócio. (SAIBA..., 2011)

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5 FRANCHISING: VANTAGENS E DESVANTAGENS

5.1 VANTAGENS

Aumento nas chances de sucesso: As chances de um franqueado obter sucesso em

seu negócio utilizando-se do sistema de franquia formatada são bem maiores do que as de

uma pessoa que monta um negócio independente, pois o franqueador já possui uma rede

própria de distribuição e o sucesso de marca foi fortalecido após vários testes de produtos.

Marca conhecida no mercado e boa reputação: O fato de o franqueador dispor de

um cadastro financeiro respeitável levará o franqueado a poder usufruir descontos nos preços,

prazos mais longos e pagamentos em condições especiais. O franqueado terá também a

possibilidade de tirar proveito da vantagem competitiva de seu franqueador, uma vez que seus

produtos e/ou serviços já tenham sido testados no mercado.

Facilidade na instalação: Os franqueados possuem uma série de benefícios e

serviços que facilitam a implantação e o início da operação, especialmente no que se refere a:

Assessoria na escolha do "ponto".

Projeto para a instalação da unidade.

Assessoria na aquisição dos materiais, instalações, estoques e insumos.

Treinamento e orientação quanto a práticas administrativas e comerciais.

Geralmente, em um negócio independente, os custos de instalação fogem

completamente à previsão, causando enormes problemas de fluxo de caixa ao empreendedor.

Economia de escala: Como os custos de propaganda serão rateados entre os

franqueados da rede, haverá uma redução substancial nos investimentos, contando ainda com

a possibilidade de melhoria na qualidade desta propaganda. Além disso, existe a vantagem

relacionada aos preços obtidos por uma central de compras da rede e ao investimento nos

ativos fixos, como máquinas, equipamentos e instalações, que também acabam sofrendo uma

redução pela quantidade necessária.

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Desenvolvimento contínuo: Os franqueadores mais bem-estruturados têm condições

de coletar informações e sugestões de cada um dos integrantes da rede para, em seguida,

processá-las e repassá-las aos demais. Além disso, os próprios franqueados de cada rede

costumam manter contato entre si para a troca de ideias e experiências com relação aos mais

diversos aspectos do negócio.

Maior poder de negociação: Um indivíduo, ao adquirir uma franquia, passa a obter

um poder de negociação próprio de uma rede com inúmeras unidades, o que seria impossível

se ele estivesse sozinho.

Devido ao tamanho da rede e à sua perspectiva de crescimento, o franqueado

consegue ter acesso a preços reduzidos e condições de pagamento mais facilitadas.

Possibilidade de pesquisa e desenvolvimento: O custeio da pesquisa e

desenvolvimento de novos produtos, e/ou aperfeiçoamento daqueles já existentes caberá

inteiramente ao franqueador, que os testará em suas unidades antes de lançá-los na rede.

5.2 DESVANTAGENS

Pouca flexibilidade oferecida: Nos sistemas de franquia formatada, os controles

sobre as operações do franqueado são constantes e permanentes. O objetivo das auditorias é

detectar falhas no cumprimento das obrigações por parte do franqueado, atuando nos

controles financeiros e contábeis, assim como no controle de operações, reorientando para o

rumo certo na gestão do negócio. O franqueado deve estar ciente de que a interdependência

mútua no sistema de franquia é uma condição fundamental para o desenvolvimento da rede, e

tanto o sucesso como o fracasso serão compartilhados pelo franqueado e pelo franqueador.

Risco de ocorrência de falhas no sistema: Ao selecionar uma rede de franquias

com um sistema problemático, o franqueado pode fazer mau negócio, acarretando problemas

operacionais no futuro. Poderá ocorrer o descumprimento de algumas cláusulas do contrato,

como atraso na entrega de produtos e equipamentos, deficiência na variedade de produtos,

diminuição da rentabilidade prevista, perda de qualidade e/ou pouca inovação nos produtos

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comercializados etc. Além disso, os serviços inicialmente garantidos pelo franqueador

também podem ser ineficientes ou até mesmo inexistentes.

Localização forçada: Apesar da possibilidade do franqueado de dar sugestões de

locais apropriados para a instalação do ponto de venda, o fato do franqueador ter a

responsabilidade final pela localização desse ponto faz com que ele, na maioria dos casos, a

determine. Muitas vezes, mesmo se o franqueado possuir um bom imóvel para a sua

instalação, o estudo feito para localização da unidade franqueada pode indicar que o local não

é apropriado.

6. ANÁLISE DE SWOT COMO FERRAMENTA GERENCIAL EM UM SISTEMA DE

FRANCHISING

A análise SWOT é uma ferramenta utilizada para examinar uma empresa e os

fatores que afetam seu funcionamento. Este é o primeiro estágio de planejamento, o que ajuda

o empresário focar nos pontos principais da empresa. Os Pontos fracos e fortes são fatores

internos da empresa. Oportunidades e Ameaças são fatores externos. Dentro do sistema de

franchising pode-se elencar alguns aspectos desta análise, tais quais:

a) Forças:

Planejamento e pesquisas, orientações e aperfeiçoamentos sob a responsabilidade do

franqueador;

Instalação (comunicação visual/arquitetura);

Economia de escala em compras de maiores volumes e custos de propaganda,

promoções;

Retorno mais rápido que nos negócios independentes;

Independência Jurídica.

b) Oportunidades:

Perspectiva de sucesso de um negócio já experimentado, com marca consagrada no

mercado;

Conhecimento do mercado, pontos fortes e fracos, com apoio de especialistas;

Maiores facilidades de acesso a créditos.

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c) Fraquezas:

Excesso de Controle Externo (auditorias) por parte do franqueador;

Excesso de Duração do Contrato (longo prazo);

Custo da Aquisição da Franquia (taxas), com riscos de não cumprimento das cláusulas

contratuais;

Erros de Seleção na Escolha (falta de escrúpulos ou inadequação de perfil).

d) Ameaças:

Limitação da Autonomia, do mercado e da criatividade do franqueado;

Localização Exclusiva da Franquia (franqueado pode ser impedido de usar o ponto,

em caso de rescisão contratual).

7. OPÇÕES DE FINANCIAMENTO PARA FRANQUIAS

7.1 BANCO DO BRASIL

O BB franquia, programa do Banco do Brasil, é exclusivo para apoiar as

empresas do segmento e oferece todos os produtos voltados para pessoas jurídicas, como

linhas de empréstimos, financiamentos, investimentos, cartões, seguros e previdência.

Algumas franqueadoras, como Arezzo, L´Occitane e MegaMatte, são parceiras

do programa. Os empréstimos para capital de giro incluem, por exemplo, o BB Giro Rápido,

com limite máximo de 120 mil reais e o BB Giro Empresa Flex, que tem custo entre 2,30% a

4,64% ao mês.

Entre os financiamentos para investimento, o BB oferece o BNDES Automático,

o cartão BNDES e o PROGER Urbano Empresarial, que financia até 200 mil reais, com prazo

de 72 meses e taxa de juros de 0,69% ao mês.

7.2 BNDES

O BNDES empresta apenas por meio de outras instituições financeiras

credenciadas e para projetos nacionais. Podem ser financiadas instalações novas e reformas,

compra de máquinas ou equipamentos nacionais, informatização e publicidade para

inauguração.

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Além disso, uma parcela de capital de giro e a taxa de franquia podem ser

financiadas em condições especiais dependendo do investimento. Existem duas opções

oferecidas pelo banco. O BNDES Automático dá crédito a projetos com valor de até 10

milhões de reais, que pode ser renovado a cada 12 meses. Já o Finem é destinado a

empreendimentos com valor igual ou superior a 10 milhões de reais. 

A taxa de juros para o Finem, por exemplo, é o TJLP (taxa de juros de longo

prazo), de 6% a.a., a remuneração básica do BNDES, de 0,9% a.a., a taxa de risco de crédito,

que chega a 3,57% a.a. e a taxa cobrada pela instituição financeira que faz a intermediação.

7.3 BANCO DO NORDESTE

O banco tem uma estratégia de negócios exclusiva para franquias, o Nordeste

Franquias. O financiamento conta com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento

do Nordeste, com juros a partir de 5,06% ao ano, prazos de até 12 anos e até quatro anos de

carência.

O banco tem convênio com 87 franqueadores, entre eles 5àSec, Anna Pegova,

Bebelu Sanduíches, City Shoes, Dr. Jardim, Eurodata e Fran´s Café. Em 2009, o banco

liberou 1,7,bilhão de reais em créditos de curto e longo prazos para pequenas empresas. Em

2010, a meta foi oferecer 2,6 bilhões de reais em linhas de crédito para esse público.

7.4 BRADESCO

A instituição oferece praticamente todos os serviços de pessoa jurídica para as

franquias. Além de auxiliar o franqueador no controle e na ampliação da rede, o Bradesco tem

dois tipos de crédito específicos para franqueados. 

O crédito para fluxo de caixa tem linhas para capital de giro, antecipação de

recebíveis e o Compror franquias, para aquisição de mercadorias exclusivamente junto ao

franqueador. Há outro pacote de linhas de crédito para financiar a taxa de franquia, a reforma

ou ampliação, e outros bens.

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7.5 CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

O Caixa Franquias, programa da Caixa Econômica Federal, tem duas opções de

linhas de crédito para implantação de franquias parceiras: o PROGER Investimento e o

BNDES Automático. No primeiro, o banco financia até 400 mil reais, com taxa de

TJLP+5%a.a, prazo de 48 meses e carência de até 6 meses.

No BNDES Automático a Caixa financia de 20% a 60% do investimento,

dependendo da franquia, com valor máximo financiável de 10 milhões de reais, taxa

TJLP+6,4%a.a e prazo de até 60 meses.

Foram contratados 133,8 milhões em crédito de janeiro a abril de 2010. Capital

de giro, antecipação de receitas, financiamentos para investimentos, convênios e seguros são

alguns serviços oferecidos pelo banco para quem já tem uma unidade em operação. Entre os

franqueadores conveniados estão Bob’s, Casa do Pão de Queijo, Hering e Spoleto.

7.6 HSBC

O HSBC criou uma área específica para atender a demanda de franquias. Por

enquanto, são quatro redes conveniadas: Bob´s, 5àSec, Subway e Wizard. Para os novos

franqueados, será possível ter acesso a 60% do capital de giro inicial, com prazo de até 42

meses e seis meses de carência.

As taxas de juros ficam abaixo de 2% ao mês. Outros serviços ainda devem ser

disponibilizados, como antecipação de recebíveis. Em julho de 2010, o banco já tinha

aumentado em  mais de R$ 3 bilhões as linhas de crédito para empresas com faturamento de

até 20 milhões de reais.

7.7 ITAÚ UNIBANCO

Em 2009, o Itaú aumentou em 30% os clientes do segmento e em 39% a carteira

de crédito oferecida para empresas desse setor. O Itaú Unibanco financia até 50% do total

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investido na abertura de uma nova unidade franqueada. O candidato deve dar como garantia

os recebíveis do negócio ou o próprio patrimônio.

Além de empréstimos para aquisição de franquias, equipamentos, estoque e

financiamento do fluxo de caixa, o banco oferece linhas de repasse do BNDES, que podem

ser usadas tanto na instalação da nova unidade quanto para a modernização, e o Compror

Franquias, que ajuda a financiar os royalties ou produtos.

8 TAXA DE FRANQUIA

A taxa de franquia, também chamada de taxa de entrada, corresponde ao

montante pago pelo franqueado ao franqueador para uso dos direitos da franquia, de acordo

com Obringer (2011), no Brasil a taxa de franquia pode variar de R$ 20 mil a R$ 1,5 milhões

dependendo da empresa e do tipo de franquia.

A lei das franquias (Lei nº 8.955) não menciona que tipos de serviços deverão

constar nesta taxa de investimento, mas estabelece que os que existirem deverão constar

explicitamente no contrato (acordo de franquia), as principais são:

a) Compra de direitos da marca: referente tanto a nome, quanto a produtos ou

serviços da empresa.

b) Treinamento de funcionários e gestores: refere-se a instruções iniciais

acerca do produto a ser oferecido, bem como do modo de gerenciamento.

c) Compra de equipamento padronizado: como as franquias seguem um

rigoroso padrão, deverão constar equipamentos oferecidos pela empresa.

d) Decoração do ponto: refere-se à disponibilização artigos decorativos ou

referentes ou layout do ponto.

e) Abertura da empresa: o franqueador deverá dar todas as condições de

funcionamento do estabelecimento ao franqueador.

f) Reforma do ponto: mudanças estruturais de acordo com mudanças da

empresa detentora da marca.

g) Primeiro enxoval: no caso de restaurantes refere-se às mesas, pratos e

utensílios.

h) Primeiro estoque: primeira remessa de mercadorias para comercialização.

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9 CONHECENDO UMA FRANQUIA: FOLIC

A FOLIC é uma marca do ramo da moda feminina, possui sede na Rua Visconde

de Pirajá, bairro de Ipanema, Rio de Janeiro/RJ e existe desde o ano de 1984, de acordo com o

site da marca, a empresa possuía em 2010 um quantitativo de 53 lojas localizadas em todas as

regiões do Brasil, 19 franquias e 9 representantes de venda (nas cidades de: Belo Horizonte,

Goiânia, Recife, Salvador, Curitiba, Blumenau, Porto Alegre, Vitória e São Paulo).

A franqueada da FOLIC em São Luís, D. Teresinha Gaspar, começou no ramo

de confecções há 20 anos. Inicialmente a produção era independente, realizada em instalações

próprias. Dispunha de auxiliares para corte e costura. A partir desse seu empreendimento ela

conseguiu abrir sua visão para o mercado de São Luís e identificar os pontos fracos para o

desenvolvimento do mercado que esta escolheu atuar. A partir daí, ela verificou as

oportunidades e resolveu investir em uma Franquia, a FOLIC.

Como mercadorias a FOLIC oferece:

a) Vestidos: desde os simples vestidos do dia a dia até os exuberantes vestidos de festa.

b) Blusas: todos os estilos de blusas que vai da básica até as sociais (mais executivas).

c) Calças e saias: grande variedade em todos os estilos da mulher com atitude, não deixando de ser clássica.

d) Bolsas: sendo estas diferenciadas, pois se trata de produtos exclusivos.

e) Acessórios: para complementar o look proposto pela linha da FOLIC, que inclui uma linha exclusiva de relógios com design diferenciado no mercado.

No que diz respeito aos cargos e à estrutura organizacional da franquia FOLIC em São Luís, acorre que a proprietária recebe auxílios externos de uma consultoria contábil e de um consultor da empresa matriz, e dentro do ambiente organizacional existem 9 funcionárias, sendo, que revezam em dois turnos e seguem a estrutura a seguir.

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Fonte: MORAES, A; PADILHA, D; LIMA, A. (et. a.l), 2010.

Após um estudo de logística do mercado consumidor da marca, a filial traz como pontos diferenciais para os seus clientes: localização privilegiada (fácil de chegar e estacionar); estrutura ampla (quando comparada as demais lojas do shopping), confortável e organizada; totalmente climatizada e com som interno agradável a todos; fidelização dos clientes com vantagens especiais.

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10 CICLO PDCA

O Ciclo PDCA é uma ferramenta de análise e melhoria contínua que facilita a

tomada de decisões visando garantir o alcance das metas necessárias à sobrevivência das

organizações empresariais, sendo composto das seguintes etapas conforme a sigla:

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10.1 PLANEJAR

Na primeira fase do ciclo o gestor deve estabelecer os objetivos e processos

necessários para alcançar resultados de acordo com requisitos e políticas pré-determinados

pela organização.

O planejamento começa pela análise do processo onde várias atividades são

realizadas de forma a obter um resultado eficaz:

Levantamento de fatos;

Levantamento de dados;

Elaboração do fluxo do processo;

Identificação dos itens de controle;

Elaboração de uma análise de causa e efeito;

Colocação dos dados sobre os itens de controle;

Análise dos dados;

Estabelecimento dos objetivos.

O gestor que seguir essas etapas será capaz de iniciar a elaboração de um plano de

ação que garantirá a execução dos processos de forma eficiente e eficaz.

10.2 FAZER, EXECUTAR

Na segunda fase o gestor deve implementar o plano de ação, executando as

atividades exatamente como foi previsto na etapa de planejamento e, coletar dados que serão

utilizados na próxima fase.

Nesta fase é essencial que as pessoas envolvidas no processo sejam competentes

para executarem as atividades com eficácia. Um bom treinamento irá habilitá-las a fazer isso.

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10.3 CHECAR, VERIFICAR

Na terceira fase do ciclo o gestor deve verificar se o executado está conforme o

planejado, ou seja, se os objetivos foram alcançados conforme o processo definido.

É nesta fase que se verifica se os procedimentos foram claramente entendidos e se

estão sendo corretamente executados. O gestor faz isso monitorando e medindo os processos e

produtos em relação às políticas, aos objetivos e aos requisitos estabelecidos, identificando

possíveis desvios nos objetivos e/ou processos e, consequentemente, relatando os resultados.

Esta verificação deve ser contínua e pode ser efetuada tanto através de sua

observação, quanto através do monitoramento dos índices de qualidade e produtividade.

10.4 AGIR

Na quarta e última fase do ciclo o gestor deve agir de acordo com o que foi

avaliado, executando ações para promover continuamente a melhoria dos processos.

Se durante a checagem ou verificação (fase três) for encontrada alguma

anormalidade ou desvio, este será o momento de agir corretivamente, “atacando” as causas

que impediram que o procedimento fosse executado conforme planejado. Assim que elas

forem localizadas, as contramedidas deverão ser adotadas, isto é, as ações que vão evitar que

o erro ocorra novamente. Porém, caso não sejam identificados desvios, é possível realizar um

trabalho preventivo, identificando anormalidades passíveis de ocorrer no futuro.

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11 CUIDADOS E IMPORTÂNCIA NA IMPLEMENTAÇÃO DO CICLO PDCA

O PDCA é um ciclo e, portanto, deve “rodar” continuamente. Para que rode de

maneira eficaz, todas as fases devem acontecer. A supressão de uma fase causa prejuízos ao

processo como um todo. Quando implementado corretamente, um verdadeiro processo de

melhoria contínua se instala na organização, deste modo, evite:

Fazer sem planejar;

Definir as metas e não definir os métodos para atingi-las;

Definir metas e não preparar o pessoal para executá-las;

Fazer e não checar;

Planejar, fazer, checar e não agir corretivamente, quando necessário;

Parar após uma volta.

Portanto, todas as organizações empresariais deverão aplicar o Ciclo PDCA para

desenvolver o planejamento e o controle do projeto que lhes cabe gerenciar. A utilização do

Ciclo promove o aprendizado contínuo dos processos, repercutindo positivamente nas

tomadas de decisão do gestor, que passa a obter um maior número de informações oportunas e

confiáveis durante a execução do projeto.

Vale lembrar que:

A melhoria contínua ocorre quando mais “rodado” for o ciclo PDCA;

A melhoria contínua otimiza a execução dos processos, possibilitando a redução

de custos e o aumento da produtividade;

A aplicação do ciclo PDCA a todas as fases do projeto leva ao aperfeiçoamento

e ajustamento do caminho que o empreendimento deve seguir;

Mesmo os processos considerados satisfatórios são passíveis de melhorias: o

mundo evolui constantemente;

A introdução de melhorias gradativas e contínuas aos processos só tendem a

agregar mais valor aos resultados do projeto e a assegurar maior satisfação dos

clientes.

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12.CONCLUSÃO

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REFERÊNCIAS:

OBRINGER, Lee Ann. Como funcionam as franquias. Disponível em: <http://

Empresas e Financas Disponível em: http://www.uol.com.br/franquias3.htm. Acesso em: 29 jan. 2011.

FOLIC. Disponível em: http://www.folic.com.br/site11/empresa.asp. Acesso em: 1 fev. 2011.

MORAES, A; PADILHA, D; LIMA, A. (et. a.l). Estudo de caso: FOLIC. São Luís, 2010.

Franquia / Franchising - Vantagens e desvantagens das franquias - Para o franqueado. Disponível em: http://www.igf.com.br/aprende/dicas/dicasResp.aspx?dica_Id=3058. Acesso em: 29 jan. 2011.

Franquia: Vantagens e Desvantagens. Disponível em: http://www2.rj.sebrae.com.br/boletim/franquia-vantagens-e-desvantagens/. Acesso em: 29 jan. 2011.

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Saiba como tornar sua empresa franqueadora.

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(SAIBA..., 2011)

http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/BDS.nsf/49B285DDC24D11EF83257625007892D4/$File/

NT00041F72.pdf

http://borboleta848.blogspot.com/2007/11/ciclo-pdca.html (REFERENCIA DA IMAGEM DO CICLO.... Vê aí

como botar, se for necessário)