estratégias de marketing digital para alavancar vendas e fortalecer a imagem da marca

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS Curso de Comunicação Social - Jornalismo ROBERTA EMMANUELLE DE PAULA VIEIRA MARQUES ESTRATÉGIAS DE MARKETING DIGITAL PARA ALAVANCAR VENDAS E FORTALECER A IMAGEM DA MARCA Coronel Fabriciano 2015

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Page 1: Estratégias de Marketing Digital para alavancar vendas e fortalecer a imagem da marca

CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS

Curso de Comunicação Social - Jornalismo

ROBERTA EMMANUELLE DE PAULA VIEIRA MARQUES

ESTRATÉGIAS DE MARKETING DIGITAL PARA ALAVANCAR VENDAS E

FORTALECER A IMAGEM DA MARCA

Coronel Fabriciano

2015

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ROBERTA EMMANUELLE DE PAULA VIEIRA MARQUES

ESTRATÉGIAS DE MARKETING DIGITAL PARA ALAVANCAR VENDAS E

FORTALECER A IMAGEM DA MARCA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Comunicação Social – Jornalismo do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Jornalismo. Orientador: Silvana Soares Silva

Coronel Fabriciano

2015

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AGRADECIMENTOS

Chegar ao final de uma das muitas caminhadas que ainda estão por vir, me

traz uma sensação de alívio e o delicioso sentimento de dever cumprido. Agradeço a

Deus, primeiramente, por me dar força, sabedoria e por derramar inúmeras bênçãos

sobre mim. Toda honra e toda a glória a Ele.

Agradeço aos meus pais por nunca medirem esforços ao me ajudarem. Pela

dedicação, pela criação e pelo incentivo aos estudos. Se eu conseguir ser pelo

menos dez porcento do que eles representam para mim, para os meus futuros filhos,

serei muito feliz. Agradeço meus familiares pelos incentivos e a confiança

depositada em mim.

Agradeço ao Unileste e todos os seus colaboradores. Em especial, a minha

orientadora, Silvana Soares Silva, pelo apoio e confiança. À orientadora do curso de

comunicação social, Ana Cláudia Resende, pelos seus auxílios durante o curso. Às

bibliotecárias da instituição, pelo suporte quanto às normas técnicas.

Agradeço as minhas colegas de curso, Layane Óliver e Jéssica Santiago, que

por diversas vezes me acompanharam por essa jornada acadêmica, apoiando e

compartilhando ideias. À minha amiga, Maria Luíza Reggiani, que mesmo à

distância e atarefada, se dispôs a revisar o meu trabalho, e a minha amiga Tamara

Silveira e amiga-cunhada Hayanne Teixeira, por suas opiniões sobre ele.

Agradeço ao Cruzeiro Esporte Clube, especialmente ao assistente de

marketing, Mericks Mendes da Silva, pela boa vontade e por me ceder informações

do Cruzeiro sobre o meu tema.

Em suma, agradeço a todos que contribuíram diretamente e indiretamente

com este trabalho. E que ele seja um de muitos que ainda estão por vir.

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Se clamares por conhecimento, e por

inteligência alçares a tua voz,

Se como a prata a buscares e como a

tesouros escondidos a procurares,

Então entenderás o temor do Senhor, e

acharás o conhecimento de Deus.

Porque o Senhor dá a sabedoria; da sua

boca é que vem o conhecimento e o

entendimento.

Ele reserva a verdadeira sabedoria para

os retos. Escudo é para os que caminham

na sinceridade,

Para que guardem as veredas do juízo.

Ele preservará o caminho dos seus

santos. Provérbios 2:3-8 (BIBLIAONLINE,

on line).

Page 5: Estratégias de Marketing Digital para alavancar vendas e fortalecer a imagem da marca

RESUMO

O marketing é considerado um conjunto de métodos com o objetivo de conquistar

novos clientes, divulgar produtos e marca. O advento da internet trouxe novas

possibilidades de disseminar informações e, por consequência, as estratégias de

marketing também foram criadas no espaço digital. O número de internautas tem

crescido consideravelmente e, para alcança-los, torna-se indispensável a um

profissional de marketing conhecer as estratégias digitais, saber aplicá-las e

mensurá-las. Este trabalho tem como objetivo descrever essas estratégias,

apresentando métodos estatísticos com pesquisas realizadas que comprovam suas

eficácias e um estudo de caso sobre o Cruzeiro Esporte Clube. Aborda-se também o

comportamento do consumidor, os fatores que influenciam a decisão de compra e

faz-se uma abordagem histórica sobre a evolução da comunicação e da internet,

tendo como referência bibliográfica, estudiosos no tema. Por meio deste trabalho,

pode-se concluir que, as estratégias de marketing digital contribuem para alcançar

prospectos clientes em uma escala maior, em rede, além de aumentar a divulgação

da marca, fortalecendo a sua imagem.

Palavras-chave: Marketing. Marketing digital. Estratégias de Marketing digital.

Page 6: Estratégias de Marketing Digital para alavancar vendas e fortalecer a imagem da marca

ABSTRACT

Marketing is considered a set of methods in order to gain new customers, advertise

products and brand. The advent of internet has brought new possibilities to

disseminate information and, consequently, the marketing strategies were also

created in the digital space. The number of Internet users has grown considerably

and to reach them, it is essential to a marketing professional know the digital

strategies, how to apply them and measure them. This paper aims to describe these

strategies, presenting statistical methods with research conducted that prove their

efficacy and a case study about Cruzeiro Esporte Clube. It also covers consumer

behavior, the factors that influence the purchase decision and makes a historical

approach about the evolution of communication and the Internet, containing

bibliographic reference of theme scholars. Through this work, it can be concluded

that the digital marketing strategies contributes to achieving customer prospects on a

larger scale, networked, and increase brand awareness, strengthening its image.

Keywords: Marketing. Digital marketing. Digital marketing strategies.

Page 7: Estratégias de Marketing Digital para alavancar vendas e fortalecer a imagem da marca

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 9

2 A EVOLUÇÃO DA COMUNICAÇÃO ........................................................... 11

2.1 Da impressão com moldes aos computadores ........................................ 11

2.2 Revolução Industrial e Criação da Internet .............................................. 12

2.3 Comunicação e seus desdobramentos .................................................... 15

3 DESENVOLVIMENTO DO MARKETING E COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR ............................................................................................. 17

3.1 Introdução ao marketing ............................................................................ 17

3.1.1 Evolução do marketing .............................................................................. 17

3.2 Comportamento do Consumidor ............................................................... 23

3.2.1 Teoria da Racionalidade Econômica ........................................................ 24

3.2.2 Teoria Comportamental ............................................................................. 24

3.2.3 Teoria psicanalítica .................................................................................... 25

3.2.4 Teoria sociais e antropológicas ................................................................ 25

3.2.5 Teorias Cognitivas ...................................................................................... 26

3.3 Fatores que influenciam o processo de compra ..................................... 27

3.3.1 Fatores psicológicos .................................................................................. 27

3.3.2 Percepção ................................................................................................... 28

3.3.3 Motivação .................................................................................................... 28

3.3.4 Aprendizagem e memória .......................................................................... 29

3.3.5 Atitudes ....................................................................................................... 29

3.3.6 Personalidade, autoconceito e estilo de vida .......................................... 30

3.4 Fatores socioculturais ............................................................................... 30

3.4.1 Influência de grupo ..................................................................................... 30

3.4.2 Influência da família ................................................................................... 31

3.4.3 Influência da classe social ......................................................................... 32

3.4.4 Influência da cultura ................................................................................... 32

3.5 Fatores situacionais ................................................................................... 33

3.6 Fatores demográficos ................................................................................ 33

3.7 Fatores de mercado .................................................................................... 33

3.8 O comportamento do consumidor na web ............................................... 34

3.8.1 Fatores positivos e negativos da venda on line ...................................... 35

3.8.2 Redes sociais no comportamento do consumidor on line ..................... 36

4 MARKETING DIGITAL E COMUNICAÇÃO INTEGRADA .......................... 38

4.1 Evolução da Web ........................................................................................ 38

4.2 Marketing Digital ......................................................................................... 39

4.2.1 Mídias sociais ............................................................................................. 40

4.3 Comunicação Integrada de Marketing ...................................................... 41

Page 8: Estratégias de Marketing Digital para alavancar vendas e fortalecer a imagem da marca

5 ESTRATÉGIAS DE MARKETING DIGITAL ................................................ 44

5.1 Marketing de Contéudo e Inbound Marketing .......................................... 45

5.2 SEO e Google Adwords ............................................................................. 46

5.3 SMO ............................................................................................................. 47

5.3.1 Compra de Mídia ......................................................................................... 47

5.3.2 Facebook ..................................................................................................... 48

5.3.3 Linkedin ....................................................................................................... 48

5.3.4 Twitter .......................................................................................................... 48

5.3.5 Youtube ....................................................................................................... 49

5.3.6 Instagram .................................................................................................... 49

5.4 E-mail Marketing ......................................................................................... 49

5.5 Banners ....................................................................................................... 50

5.6 Storytelling .................................................................................................. 51

5.7 Marketplace ................................................................................................. 53

5.8 Compras coletivas e cupons de desconto ............................................... 53

5.9 Customer Relationship Management (CRM) ............................................ 54

5.10 Mensurando as estratégias de marketing on line .................................... 55

5.10.1 Taxa de Churn ............................................................................................. 55

5.10.2 Taxa de Conversão ..................................................................................... 56

5.10.3 Retorno sobre o investimento (ROI) ......................................................... 56

5.10.4 Lifetime Customer Value ............................................................................ 56

5.10.5 Taxa de Rejeição ......................................................................................... 56

5.10.6 Custo por lead ............................................................................................. 57

6 ESTUDO DE CASO ..................................................................................... 58

6.1 Cruzeiro Esporte Clube .............................................................................. 58

6.2 Presença do clube nas mídias sociais ..................................................... 58

6.3 Presença do termo “Cruzeiro” nos mecanismos de busca .................... 62

6.4 Estratégias e informações recebidas ....................................................... 63

7 CONCLUSÃO............................................................................................... 65

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 67

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1 INTRODUÇÃO

O marketing está presente na sociedade desde a Roma antiga, em meados

do século VI a.C., quando seus métodos foram utilizados para aprimorar as vendas

e foi se desenvolvendo até que, no século XX, tornou-se uma área específica. Em

muitos casos, o conceito de marketing tem sido confundido com vendas ou

publicidade, quando, na verdade, seu conceito não se limita apenas a essas duas

práticas. O marketing aborda vários métodos a fim de atender às necessidades do

consumidor e desenvolveu-se quando os comerciantes viram a importância de obter

clientes a longo prazo.

O profissional de marketing, além de conduzir às vendas e elaborar

campanhas publicitárias, precisa também estar atento a adotar estratégias para

fortalecer a marca da empresa, fidelizar e reter clientes. Para isso, é preciso

conhecer o mercado, o perfil do consumidor, e outros fatores que influenciam na

decisão de compra.

O advento da internet trouxe possibilidades de comercialização e divulgação

da marca, por isso, tornou-se fundamental aplicar as estratégias de marketing

também na plataforma digital para alcançar prospectos clientes.

Este trabalho tem como objetivo descrever as estratégias de marketing digital

que consolidam a presença da marca na internet aproximam o relacionamento com

o consumidor e aumentam as vendas. Para seu desenvolvimento foram utilizadas

pesquisas bibliográficas de diversos autores, inclusive de renome, como Philip

Kotler, considerado o pai do marketing moderno, métodos de procedimentos

estatísticos, e um estudo de caso sobre o Cruzeiro Esporte Clube a fim de entender

como uma organização pode utilizar essas estratégias para alcançar seus objetivos.

Por se tratar de um tema bastante recente, esse trabalho traz uma

contribuição empírica ao descrever as estratégias de marketing digital que servirão

de base aos profissionais na área, e para o público em geral, e foi elaborado de

forma que até um novato no assunto possa entendê-lo.

O desenvolvimento deste trabalho está dividido em cinco partes, sendo a

primeira relacionada à abordagem histórica sobre a evolução da comunicação,

Page 10: Estratégias de Marketing Digital para alavancar vendas e fortalecer a imagem da marca

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relatando a revolução industrial, o desenvolvimento dos meios de comunicação e a

criação da internet.

A segunda parte aborda o desenvolvimento do marketing e o comportamento

do consumidor fora e na internet, elemento essencial para compreender a decisão

de compra. A terceira parte aborda a evolução da web, o conceito de marketing

digital, comunicação integrada e valor de marca.

Na quarta, destacam-se as estratégias de marketing digital, tema principal

deste trabalho, apresentando seus conceitos e estatísticas que reforçam sua eficácia

e as formas de mensurar as ações de marketing digital. Na quinta parte, apresenta-

se um estudo de caso sobre o Cruzeiro Esporte Clube, analisando sua presença nas

mídias sociais e as estratégias adotadas por ele.

E por último, tem-se a conclusão do trabalho por meio de seus conteúdos,

analisando se as estratégias de marketing digital contribuem com o aumento das

vendas e a valorização da marca.

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2 A EVOLUÇÃO DA COMUNICAÇÃO

2.1 Da impressão com moldes aos computadores

Desenhos pintados em cavernas, ruídos sonoros e movimentos do corpo,

representam as primeiras manifestações de comunicação dos homens primatas.

Desde o tempo em que o homem começou a viver em sociedade houve a

necessidade de se comunicar. Após o aparecimento da fala e da escrita, a

impressão, aprimorada pelo alemão Johannes Gutenberg, em meados de 1455, na

Europa, revolucionou os processos informacionais. A xilografia1 já era praticada na

China e no Japão, mas o novo material dado por Gutenberg contribuiu para a

impressão em massa.

O surgimento dos jornais impressos e do telégrafo no século XVII disseminou

a informação na sociedade facilitando seu acesso. Com o advento do rádio e da

televisão, surgiu o termo denominado comunicação de massa, que tem como

característica levar informação a vários receptores ao mesmo tempo.

[...] a ideia de uma "sociedade de massa" já se tornava comum na linguagem de 1914, sobretudo nos países da Europa continental. Essa ideia foi complementada em um contexto cultural no século XX pelas expressões "elites" e "sociedade de massa". James Bryce escreveu sobre política (e sobre o que veio a ser chamado de "meios de comunicação de massa"). Afirmou ele em 1900 que "a ação e reação mútua dos formadores de opinião sobre a massa e da massa sobre eles" foram "a parte mais curiosa de todo o processo pelo qual é produzida a formação de opinião". (BRIGGS; BURKE, 2006, p. 122).

Hohlfeldt, Martino e França (2001) também abordam o conceito dos meios de

comunicação de massa no livro “Teorias da comunicação: conceitos, escolas e

tendências”, quando descreve que os termos cultura e meios de comunicação de

massa tiveram origem na reflexão sociológica do século XIX por consequência de

um longo trabalho reflexivo das décadas anteriores.

Os novos meios de comunicação transformaram significativamente a

sociedade em todos os âmbitos, sejam eles, sociais, econômicos e políticos. Charles

Horton Cooley (1909 apud DeFLEUR, BALL-ROKEAC, 1993, p. 40) declarou que

existem quatro fatores que fizeram com que esses novos veículos se tornassem

1 Técnica de impressão utilizando-se moldes.

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mais eficientes que os processos de comunicação nas sociedades anteriores.

Conforme Charles, os novos meios foram mais eficazes em termos de:

“expressividade, por incluir uma ampla gama de ideias e sentimentos, permanência

do registro, ou a superação do passar do tempo, presteza ou a superação do

espaço, e difusão, ou acesso a todas as espécies de homens”.

Vista salientar que o estudo da comunicação vem desde os períodos

históricos quando Aristóteles, no século III a. C., apresentou trabalhos sobre a

comunicação interpessoal dirigida. A teoria hipodérmica e o modelo de Lasswell

tiveram destaques durante a segunda guerra mundial, e o conceito de “indústria

cultural” por Adorno, Horkheimer e Marcuse, se referiu à “indústria cultural” como a

conversão da cultura em mercadoria (HOHLFELDT; MARTINO; FRANÇA, 2001).

Foi a era dos computadores, da microeletrônica, que ocasionou ao período

que vivemos neste século XXI, a sociedade em rede. O chip inventado em 1947,

pelos físicos Bardeeen, Brattain e Shockley, permitiu a codificação entre as

máquinas. Na década de 1960, os estudos sobre o chip progrediram até que em

1971, o engenheiro da Intel, Ted Hoff, inventou o microprocessador, que é um

computador em um único chip.

Então os primeiros computadores foram criados. Conforme relata Castells

(2012, p. 78-79), o primeiro computador eletrônico pesava cerca de 30 toneladas, foi

construído sobre estruturas metálicas com 2,75 m de altura, tinha 70 mil resistores e

18 mil válvulas a vácuo e ocupava a área de um ginásio esportivo. Dessa forma, a

criação do computador e posteriormente da internet trouxeram uma nova dinâmica

para a comunicação.

Cada grande avanço em um campo tecnológico especifico amplifica os efeitos das tecnologias eletrônicas da informação conexas. A convergência de todas essas tecnologias eletrônicas no campo da comunicação interativa levou à criação da Internet, talvez o mais revolucionário meio tecnológico da Era da Informação. (CASTELLS, 2012. p. 82).

2.2 Revolução Industrial e Criação da Internet

Com o advento dos meios de comunicação, a sociedade passou por uma

grande transformação cultural nas formas de se relacionar. Relações à distância que

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demoravam dias ou até meses para serem concretizadas, com evolução dos meios

de comunicação, necessitam hoje de poucos segundos para serem concluídas.

As Revoluções Industriais foram momentos históricos fundamentais para a

transformação da sociedade e de uma nova cultura. A primeira revolução que

ocorreu na Inglaterra, no século XVIII, teve como principal inovação a máquina a

vapor, enquanto o marco da segunda revolução industrial, que ocorreu

principalmente nos Estados Unidos e Alemanha, foi o advento da eletricidade e

outros avanços como produtos químicos, telégrafo, telefonia e motor de combustão

interna.

Foram, de fato, “revoluções” no sentido de que um grande aumento repentino e inesperado de aplicações tecnológicas transformou os processos de produção e distribuição, criou uma enxurrada de novos produtos e mudou de maneira decisiva a localização de riquezas e do poder no mundo, que, de repente, ficaram ao alcance dos países e elites capazes de comandar o novo sistema tecnológico. (CASTELLS, 2012. p. 71).

Por meio dos desenvolvimentos ocasionados pelas revoluções, percebeu-se

que quanto mais próximos os países estavam das inovações, mais rápido ocorriam

transformações socioeconômicas. Assim, as classificações dos países entre

desenvolvidos e subdesenvolvidos tornaram-se frequentes. O termo desenvolvido se

direciona aos países que detêm tecnologias de produção, enquanto o termo

subdesenvolvido é destinado aos países que têm “atraso” em relação aos países

“avançados”.

Devido ao aumento da produção e das inovações, os produtos foram se

especializando e a batalha comercial em busca dos consumidores tornou-se

característica da nova economia. Manuel Castells (2012, p. 141) afirma que:

O novo paradigma tecnológico mudou o escopo e a dinâmica da economia industrial, criando uma economia global e promovendo uma nova onda de concorrência entre os próprios agentes econômicos já existentes e também entre eles uma legião de recém-chegados.

Pode-se perceber que a revolução industrial foi um processo proporcional à

revolução da comunicação. À medida que os avanços na criação de novos meios de

comunicação surgiam – jornal, telégrafo, rádio, etc. – surgia também, uma nova

forma de se comunicar. Briggs e Burke (2006) encaram a revolução industrial e da

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comunicação como parte do mesmo processo. Os autores destacam as invenções

ocasionadas pela industrialização – das máquinas a vapor à eletricidade – com os

meios de comunicação.

A geopolítica (que é a geografia do poder do Estado), a ciência e a economia sempre influenciaram o modo de desenvolvimento da tecnologia da mídia: o objeto de disputa que o país ou individuo seria responsável por uma invenção. [...] Somente hoje, no estágio atual da historia da mídia, nas primeiras fases da “idade da rede”, que não é uma metáfora nova, pode-se ver claramente como sequencias diferentes de desenvolvimentos na comunicação têm se relacionado entre si em culturas diversas. (BRIGGS; BURKE, 2006, p. 121).

Para fins de estratégia militar a internet foi criada e nos anos 1960 e 1970,

desenvolvida para alcançar maior público. Com objetivo de criar um sistema de

comunicação invulnerável aos ataques nucleares, a internet teve origem no trabalho

da Agência de Projetos de Pesquisa Avançada (ARPA) do Departamento de Defesa

dos EUA. Porém, por proporcionar uma forma de comunicação mais rápida e em

rede, a internet não se limitou às estratégias militares e disseminou para outros

públicos com outros objetivos.

A adequação da internet para fins de estratégia militar viabilizou a

oportunidade de se ter acesso à nova tecnologia. Intelectuais da época

desenvolveram a rede de computadores até que ela estivesse disponível para a

sociedade em geral. “A criação de um novo aplicativo, a teia mundial (world wide

web – WWW), [...] oferecendo aos usuários um sistema fácil de pesquisa para

procurar as informações desejadas”, relata Manuel Castells (2012, p. 87-88).

Passamos a viver a era da informação, da sociedade em rede. Formas de se

comunicar foram transformadas. A informação tornou-se uma aliada ferramenta de

poder. Gerações que não nasceram na era digital têm de se adaptar ao “novo

mundo”, e os meios de comunicação de massa tradicionais foram substituídos pelos

mais versáteis e integrados.

[...] Um novo sistema de comunicação que fala cada vez mais uma língua universal digital tanto está promovendo a integração global da produção e distribuição de palavras, sons e imagens de nossa cultura como personalizando-os ao gosto da identidades e humores dos indivíduos. As redes interativas de computadores estão crescendo exponencialmente, criando novas formas e canais de comunicação, moldando a vida, e ao mesmo tempo, sendo moldadas por ela. (CASTELLS, 2012. p. 40).

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Manuel Castells (2012) também expõe a sensação de desorientação que é

formada por mudanças radicais no âmbito da comunicação, derivadas da revolução

tecnológica nesse campo. Haim et al. (2013) ressaltam sobre o mesmo aspecto

quando descrevem que as novas tecnologias contribuíram para fazer as empresas

provedoras de informação serem chamadas de “o quarto poder”, em alusão a Teoria

dos Três Poderes, Executivo, Legislativo e Judiciário, consagrada pelo pensador

francês Montesquieu.

2.3 Comunicação e seus desdobramentos

A comunicação através dos meios de comunicação já existentes já era de fato

uma ferramenta capaz de influenciar pessoas e seus comportamentos. Desde as

publicações dos jornais, na história da imprensa, o poder da informação ganhou o

nome de quarto poder. Gordon Bennet, criador do Herald, jornal de Nova York

(1835), descreve bem sobre a influência da informação na sociedade quando afirma

que “um jornal pode mandar mais almas para o céu e salvar mais do inferno do que

todos os clubes e capelas de Nova York” (DeFLEUR; BALL-ROKEACH, 1993, p. 69).

Com o advento do rádio, cinema, da televisão, e por fim, dos computadores e

da internet, a informação ampliou o seu espaço e acentuou o seu poder na

sociedade. Briggs e Burke (2006) descrevem que a importância da informação só foi

destacada no século XIX, na sociedade comercial e industrial, quando a velocidade

e distância sofreram transformações. Antes, nos séculos XVII e XVIII a informação

era vista somente como passatempo, inteligência ou educação.

Com a transição do século XX, marcado pelas transformações da revolução

industrial para o século XXI, dos novos meios de comunicação e das tecnologias de

informação, tornou-se indispensável o estudo da comunicação, tendo em vista que

com a velocidade das informações, consequência da internet, a comunicação

tornou-se mais complexa.

Os desdobramentos a respeito da evolução da comunicação trouxeram

desafios para o profissional da informação, tanto para aqueles que utilizam os meios

de comunicação para levar notícias às pessoas, quanto àqueles que os utilizam para

apresentar um novo produto em busca da comercialização. “As novas tecnologias

modificavam o uso dos meios de comunicação social, era necessário definir qual a

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16

função da comunicação, agora em escala global e interativa”, conclui Osvaldo

Trigueiro (2001, on line).

É de suma importância destacar o poder da mídia sobre a sociedade, ditando

comportamentos, estilo de vida, influenciando, muitas vezes manipulando e

transformando radicalmente a vida das pessoas. Sobre isso, Silva (2015, on line)

argumenta que:

O poder de manipulação da mídia pode atuar como uma espécie de controle social, que contribui para o processo de massificação da sociedade, resultando num contingente de pessoas que caminham sem opinião própria. Subliminarmente, através da televisão, das novelas, jornais e internet, é transmitido um discurso ideológico, criando modelos a serem seguidos e homogeneizando estilos de vida.

Por meio das mensagens enviadas de forma homogênea e o grande poder de

influência que proporciona, a mídia é uma arma poderosa para aqueles que sabem

usá-las. “A política, o esporte, a escola, a economia são atravessados e marcados

pela influência dos meios de comunicação de massa. Devido aos avanços

tecnológicos que fazem com as (sic) informações veiculem de forma rápida e real, o

domínio da mídia cresce de forma exacerbada,” expõe Silva (2015, on line).

Depois de analisado o processo de evolução da comunicação, no texto a

seguir, abordam-se o desenvolvimento do marketing e as teorias sobre o

comportamento do consumidor.

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3 DESENVOLVIMENTO DO MARKETING E COMPORTAMENTO DO

CONSUMIDOR

3.1 Introdução ao marketing

Paralelamente à ascensão da sociedade e dos meios de comunicação, o

marketing esteve presente desde a Roma antiga, quando era utilizado para

comercializar produtos e progrediu com o passar dos anos, especialmente quando a

produção ficou em escala maior.

Somente no século XX, o Marketing tornou-se uma área específica e ganhou

sua devida importância. Segundo Berardi (2008), o desenvolvimento das técnicas de

vendas foi iniciado na década de 20, mas somente na década de 50, nos Estados

Unidos, o método se desenvolveu.

Santos et al. (2009) também consideram, através de estudos, o início do

Marketing nos anos 1950, época em que os empresários perceberam a importância

de se manter um relacionamento com os clientes.

[...] a era do Marketing, que teve seu início em 1950 e foi caracterizada pela percepção dos empresários sobre a importância da conquista e manutenção de negócios a longo prazo e, especialmente, da manutenção de relações permanentes com a clientela. Por isso, a partir dessa era passou-se a valorizar mais o consumidor – todos os produtos deveriam ser produtos a partir da constatação dos seus desejos e necessidades. (SANTOS et al., 2009, p. 94).

O marketing tem por muitas vezes o seu conceito confundido como

propaganda, publicidade e vendas, transmitindo a sensação de que o marketing se

encaixa somente nesses âmbitos. Quando na verdade, conforme demostra Berardi

(2008) o marketing é um estudo dos desejos dos clientes, para fornecê-los o que

desejam.

3.1.1 Evolução do marketing

Ao falar de marketing, deve-se mencionar o fundamental estudo desenvolvido

pelo professor norte-americano, Jerome McCarthy, na década de 60, inspirado pelas

teorias de Neil Borden quando lançou pela primeira vez, em 1949, o termo “mix de

marketing”. McCarthy apresentou os “4 Ps” – produto, preço, ponto e promoção -

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18

que se tornou um modelo a ser seguido pelos profissionais e permanece até os dias

de hoje, com algumas modificações necessárias pela mudança no mundo.

Os 4 Ps representam cada elemento que formam o composto de marketing. O

produto é algo oferecido ao cliente conforme suas necessidades, o preço se refere

ao preço justo do produto, visando também, seu lucro, o ponto ou distribuição é o

local onde o cliente vai adquirir o produto e por fim, a promoção que se refere ao

estimulo à venda do produto.

Para Kotler e Kotler (2013, p. 27) “o fator-chave do marketing bem sucedido é

imaginar o tipo de cliente que se pretende alcançar, conquistar e reter. Quando não

se define o mercado-alvo, não há como definir a proposta de valor”. Conforme os

autores são necessários que o produto, preço, ponto (lugar) e promoção estejam de

acordo com as características do público-alvo.

Serrano (2006) relata as tentativas de outros estudiosos a incluir outros “Ps”

no modelo de McCarthy, todavia, sem sucesso. Profit (lucro), People (pessoas),

Public Relations (Relações Públicas) seriam outros segmentos a incluir no modelo

original. Porém, segundo o autor, os 4 Ps originais já englobam todos eles.

Kotler, Kartajaya e Setiawan (2010) também consideram o modelo inicial dos

4Ps sem alteração, nomeando-o de marketing 1.0, e destaca que o marketing

evoluiu quando precisou estimular a demanda do produto. Até então o marketing era

focado na gestão dos produtos. As mercadorias eram “empurradas” aos

consumidores que não tinham muitas escolhas.

Fomentada a necessidade de demandas, o marketing tornou-se estratégico.

Somente os quatros segmentos destacados não supririam a necessidade do

consumidor. Diante da mudança na economia, provocada pela crise do petróleo da

década de 1970, os profissionais de marketing foram desafiados a conquistar o

mercado em época de crise e daí surge o marketing 2.0.

Para dar conta de todas essas mudanças, profissionais de marketing ao redor do mundo expandiram o conceito e passaram a focar também as emoções humanas. Introduziram novos conceitos, como marketing emocional, marketing experimental e valor de marca. Para gerar demanda, não bastava apenas atingir a mente do cliente com o clássico modelo de posicionamento. Era necessário atingir também o coração do cliente. (KOTLER; HERMAWAN; SETIAWAN, 2010, p. 31).

Page 19: Estratégias de Marketing Digital para alavancar vendas e fortalecer a imagem da marca

19

O marketing 2.0 direcionou o seu foco para os clientes e incluiu novos

conceitos para aprimorar suas estratégias, tais como marketing emocional,

marketing experimental e valor de marca.

O marketing emocional traz o cuidado de se relacionar com o cliente. O

comprador não é visto somente como aquele que gera lucro, mas um ser humano,

carregado de emoções e que deseja valorização. O marketing emocional tem como

estratégia desenvolver um produto e sua divulgação de forma a emocionar o público

e aproximá-los da empresa.

Seixas (2012, p. 7) afirma que “além de servir de ponte entre a motivação e o

comportamento, a emoção também trabalha em conjunto com a razão para trazer

equilíbrio ao processo de decisão de compra do consumidor”.

Diante de muitos produtos homogêneos – que carregam a mesma proposta,

preço, ou seja, sem diferenciação – o consumidor em seu novo comportamento,

espera que seu produto escolhido, além de emocionar, possa lhe provocar novas

sensações. O marketing experimental destaca a forma de desenvolver produtos que

possam despertar sentimentos, prazer, resultando na fidelização do cliente com a

marca. Em suma, o marketing experimental propõe a diferenciação do produto.

A proposta do Marketing Experimental é oferecer diferenciação no momento de compra/obtenção de um produto ou serviço, valorizando o racional e o emocional dos indivíduos, marcando positivamente, tornando a ação mais que um ato de compra, mas sim um momento de prazer, diversão, entretenimento, estímulo e emoção. (LIMA, 2009, p.9).

O valor de marca (brand equity) está relacionado a construir uma marca que

seja reconhecida pelo consumidor, e na perspectiva da empresa, é o valor atribuído

ao produto, sendo este positivo ou não, pelo cliente (SANTANA, 2003). Ou pelo

conceito de Aaker (1998, p. 16 apud SANTANA, 2004, p. 5) valor de marca é o

“conjunto de ativos e passivos ligados a uma marca, seu nome, e seu símbolo, que

se somam ou se subtraem do valor proporcionado por um produto ou serviço para

uma empresa e/ou para os consumidores dela”.

O termo marca é originado da palavra inglesa brand, e de acordo com Kotler

(1986 apud MAGALHÃES, 2006, p. 20) “uma marca pode ser definida como um

nome, termo, sinal, símbolo, ou desenho, ou, ainda, uma combinação deles e, que

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20

se pretende que um vendedor, ou grupo de vendedores, identifique bens e serviços

para diferenciá-los dos de seus competidores”.

Perante o aumento da concorrência no mercado, houve a necessidade de

valorizar e diferenciar a marca. Por isso, é de suma importância o cuidado na

construção da mesma. O produto de uma marca tem que transmitir os valores que a

empresa quer passar para o público, de forma que o consumidor se identifique com

ela.

Magalhães (2006, p. 36) relata que “sempre que as expectativas do

consumidor, sobre certas marcas forem confirmadas, as suas crenças e atitudes

serão positivamente alimentadas”. Portanto, o trabalho de construção da marca deve

ser bem realizado para que haja valorização e que a marca se torne uma identidade

não só para seus consumidores, mas para a sociedade.

Diante de um mundo com inúmeros produtos, é preciso que o valor da marca

seja aprimorado continuamente, pois o reconhecimento da marca e a imagem

transmitida por ela tornou-se um grande fator que pode influenciar a decisão de

compra do consumidor.

Sobre essa questão, Sá et al. (2010, p. 32) afirma que “a marca, muitas

vezes, passou a ser um grande alavancador de valor percebido e um importante

diferencial na tomada de decisão de compra”. Uma marca forte, capaz de ser

reconhecida rapidamente pela sociedade, pode influenciar significativamente a

decisão do consumidor. Exemplos como este são visto quase todos os dias, onde

pessoas investem uma alta quantia de dinheiro em produtos “comuns” por causa do

valor da marca, e às vezes mesmo sem ter condições financeiras de desembolsar

este valor.

Santana (2004, p. 4) expressa que “a marca é mais do que um simples nome.

[...] Marcas fortes podem gerar efeitos poderosos sobre o comportamento de compra

do cliente, pois informações e as impressões de marca dificilmente são esquecidas”.

Sobre a marca e como ela pode crescer, Santos e Guimarães (2011, p. 2)

mostram que pequenos detalhes fazem muita diferença, as autoras afirmam que

“uma escrita diferenciada, um desenho mais elaborado, transforma-se em uma

Page 21: Estratégias de Marketing Digital para alavancar vendas e fortalecer a imagem da marca

21

marca valorizada, pois a sua representação pode ser feita tanto por um desses

elementos isoladamente, como por uma combinação de alguns desses elementos”.

A chegada da informação fez com que os consumidores ficassem mais

instruídos e exigentes quanto à escolha de compra. Os profissionais de marketing

adotaram como estratégia atingir a mente e o coração dos consumidores. “Os

consumidores estão em melhor situação e tem desejos e necessidades para serem

atendidos. Nessa época, a frase “o cliente é o rei” funciona bem e é aí que o

Marketing 2.0 opera”, confirmam Kury e Gomes (2013, p. 4).

Kotler, Kartajaya e Setiawan (2010, p. 34) afirmam que “os novos conceitos

de marketing são sempre uma reação às mudanças que ocorrem no ambiente de

negócios”. O cenário econômico mudou mais uma vez e foi necessário que o

marketing evoluísse. A globalização aumentou os problemas com o meio ambiente

também, e o consumidor deixou de ser apenas um comprador e passou a fazer

parte da equipe.

Valores sobre a empresa, preocupação com o meio ambiente, participar do

processo de criação e personalização, tornaram-se essenciais em uma organização

para conquistar consumidores, ou como preferem ser chamados, parceiros. Sobre

está questão Vaz (2008 apud VASSARI; SILVA, 2009) afirma que o seu consumidor

quer participar e fazer parte daquilo que vai comprar.

Diante dessa situação, nomeamos o marketing 3.0, ou como descrevem

Kotler, Kartajaya e Setiawan (2010), “o futuro do marketing”, o qual tem como

disciplinas, a gestão de produtos, a gestão do cliente e a gestão de marca.

A gestão de marca é conceituada pela cocriação, termo designado para a

colaboração dos consumidores, fornecedores e empresas para a criação do produto.

A gestão do cliente é baseada por meio da “comunização” que é o espaço criado

pelas empresas para os consumidores compartilharem os mesmos valores e

opiniões sobre a marca. Já a gestão de marca, é o desafio de se construir uma

marca autêntica e que entre em sintonia com seu público-alvo.

Kotler, Kartajaya e Setiawan (2010) configuram o marketing, no estágio 3.0,

com três segmentos: marca, posicionamento e diferenciação. Para alcançar esses

Page 22: Estratégias de Marketing Digital para alavancar vendas e fortalecer a imagem da marca

22

conceitos adicionados, é necessário trabalhar com a identidade, integridade e

imagem da marca.

No mundo horizontal dos consumidores, a marca é inútil se apenas articular seu posicionamento. A marca pode ter uma identidade clara na mente dos consumidores, mas não necessariamente boa. O posicionamento é uma mera alegação que alerta os consumidores para serem cautelosos a respeito de uma marca não autêntica. (KOTLER; KARTAJAYA; SETIAWAN 2010, p. 41).

O marketing 3.0 também é baseado em valores. Os termos missão, visão e

valores abordam sobre o papel que a empresa exerce na sociedade, o que ela

pretende no futuro, e quais valores morais e éticos cercam a empresa,

respectivamente. Estes instrumentos eram poucos destacados por muitos gestores,

conforme expõe Maroueli (2008). Com as mudanças na comunicação, tornaram-se

mais eficazes.

Sobre essa questão, Kotler, Kartajaya e Setiawan (2010, p.45) afirmam que

“para incluir as boas ações na cultura corporativa e manter-se firme a seu

compromisso, a melhor abordagem é incorporá-las à missão, à visão e aos valores

da empresa. Os lideres das empresas encaram essas declarações como seu DNA

corporativo”.

O marketing 3.0 é marcado pelos 3 Is – identidade, integridade e imagem da

marca. Os consumidores querem fazer parte da empresa, e espera que a mesma se

importe com o meio ambiente e tenha alguma forma de contribuir com o mundo. O

marketing 3.0 reforça os conceitos de missão, visão e valores e não basta apenas

vender, é necessário atingir, a mente, coração e espírito do consumidor.

Page 23: Estratégias de Marketing Digital para alavancar vendas e fortalecer a imagem da marca

23

Quadro 1 – Características dos Marketing 1.0, 2.0 e 3.0

Fonte: Philip Kotler, 2010.

3.2 Comportamento do Consumidor

O comportamento do consumidor é um estudo interdisciplinar, pois envolve

várias áreas de conhecimento como a psicologia, economia, antropologia, etc.

Estudar quais fatores que levam o consumidor a se comportar em meio a uma

decisão de compra é primordial para os profissionais de marketing.

Para Pinheiro et al. (2011) entender o comportamento do consumidor ajuda o

profissional de marketing a se situar no mercado. Por conhecer a visão do

consumidor, como ele se comporta, torna-se mais fácil para o profissional agir,

conforme o que o consumidor faria.

Os autores também defendem a ideia de nas escolas de graduação, pós-

graduação e mestrado, a disciplina “comportamento do consumidor” vir nos

primeiros estudos, alegando que é imprescindível estudar essa disciplina para que

os profissionais de marketing reconheçam o consumidor como sua referência.

As teorias sobre esse assunto desenvolveram-se com o objetivo de suprir,

complementar o que não foi solucionado em teorias anteriores. Temos como

principais abordagens teóricas a teoria da racionalidade econômica, a teoria

Page 24: Estratégias de Marketing Digital para alavancar vendas e fortalecer a imagem da marca

24

comportamental, teoria psicanalítica, teorias sociais e antropológicas e teoria

cognitivista.

3.2.1 Teoria da Racionalidade Econômica

A teoria da racionalidade econômica ou teoria do consumidor vem do estudo

da microeconomia por volta do século XX. A teoria do consumidor divide-se em três

etapas: preferências do consumidor, restrições orçamentárias e escolhas do

consumidor. Essa teoria enfatiza que o consumidor busca maximizar sua satisfação,

ou seja, escolhe o produto que lhe trará o melhor custo-benefício.

Pinheiro et al. (2011, p.19 ) afirmam que:

O eixo central dessa teoria baseia-se em uma visão do consumidor que se apoia na racionalidade econômica. [...] O comportamento do consumidor obedece a um padrão egoísta e maximizador, sendo suas escolhas de consumo pautadas pela busca do maior benefício (prazer ou satisfação) ao menor custo possível (desconforto ou sofrimento).

A teoria do consumidor está baseada em questões econômicas, era preciso

saber o que se passa na mente dos consumidores. Para isso, a psicologia surgiu

como alternativa para compreender também a escolha e a decisão de compra do

consumidor.

3.2.2 Teoria Comportamental

A teoria comportamental ou behaviorista proposta por um de seu criador John

B. Watson baseia-se na premissa de que para compreender o consumidor é preciso

observar o seu comportamento. Watson acreditava que o consumidor é influenciado

pelo ambiente que se encontra. Todavia, não descartava os estudos mentais, só

acreditava que não era necessário abordá-lo. “Segundo sua visão, os processos

mentais devem ser ignorados por uma questão de método (e não porque não

existissem)”, relata Pinheiro et al. (2011, p.22).

De acordo com Baum (2006, p. 30) “John B. Watson, que fundou o

behaviorismo, adotou o caminho da psicologia comparativa. [...] Sustentou que

somente através do estudo do comportamento poderia a psicologia atingir a

confiabilidade e a generalidade necessárias para se tomar uma ciência natural”.

Page 25: Estratégias de Marketing Digital para alavancar vendas e fortalecer a imagem da marca

25

3.2.3 Teoria psicanalítica

A teoria psicanalítica é uma teoria utilizada para compreender o que acontece

na mente do consumidor. Esta teoria foi criada por Sigmund Freud no final do século

XIX e início do XX. Para Freud, a mente humana é dividida em duas partes:

consciente e inconsciente, sendo que a última exerce poder sobre a primeira.

Segundo Pinheiro et al. (2011) o consumo é uma expressão do inconsciente

do indivíduo, que espera encontrar no produto comprado, características de

similaridade que possam satisfazer seus desejos, expectativas, conflitos, mesmo

que parcialmente e afirma que:

A busca da felicidade, da beleza, do corpo ideal, do status e da aceitação social por parte dos outros, que está presente em muitas estratégias de marketing da atualidade, deve muito à psicanálise, fazendo com que esta seja utilizada quando se pretende mergulhar na mente dos consumidores. (Pinheiro et al., 2011. p. 24)

3.2.4 Teoria sociais e antropológicas

A antropologia é o estudo do homem em várias vertentes: social, cultural,

hábitos, costumes, psicológicos, etc. A antropologia aplicada ao marketing tem como

finalidade estudar o homem e sua influência pelo meio social, familiar e cultural.

Para Pinheiro et al. (2011) as teorias sociais e antropológicas abordam que o

comportamento do indivíduo sobre o consumo é um processo social, e que para

entendê-lo, é preciso analisar fatores sociais, históricos e culturais.

O conceito de classe social é fortemente relacionado ao consumo. Este

conceito desenvolveu-se por meio dos estudos de Karl Marx, Max Weber e Warner,

dentre outros autores conforme relata Mattoso (2006).

Para Marx, a divisão de classe social estaria associada aos meios de

produção, enquanto Weber acreditava que as classes sociais eram divididas

conformem a renda, prestígio, educação ou trabalho do indivíduo, e que poderiam

ser divididas também, conforme estilo de vida, independente de situação econômica.

Já Warner definiu a classe social como pessoas que se relacionam e partilham

experiências diante de suas similaridades e que cada classe têm motivações de

compras únicas.

Page 26: Estratégias de Marketing Digital para alavancar vendas e fortalecer a imagem da marca

26

Do ponto de vista do marketing, a principal contribuição de Weber foi trazer elementos não-econômicos, como o estilo de vida para a definição de classes sociais. O estudo de Warner também foi muito importante para a disciplina de marketing, pois foi ele o primeiro autor a fazer conexões mais claras entre classe e consumo (COLEMAN, 1983 apud MATTOSO, 2006, on line).

Rocha e Barros (2006) também mencionam a situação econômica sobre a

divisão das classes e comportamento do consumidor, argumentando que o fator

renda restringe uma parcela na escolha do consumidor, mas que as escolhas

dependem totalmente da ordem cultural e de suas necessidades.

[...] nem o dinheiro, nem a razão prática nem a lógica econômica explicam os diferentes significados do consumo. Uma vez que se pode pagar o preço de entrada para adquirir bens e usufruir serviços, as escolhas se tornam completamente dependentes da ordem cultural, de sistemas simbólicos e de necessidades classificatórias. O consumo apenas se reduz a um fato econômico, algo capaz de igualar a todos pela via da posse do dinheiro, até à fronteira do preço de entrada, pois a partir daí são diferenças de uma ordem mais complexa que passam a governar. (ROCHA; BARROS, 2006, p.37).

Pinheiro et al. (2011, p.35) também ressaltam que “para o profissional de

marketing é fundamental perceber que o consumo não é um ato meramente

individual e racional, mas também um processo essencialmente social”.

3.2.5 Teorias Cognitivas

Recentemente, a teoria cognitivista é a teoria mais utilizada pelos

profissionais de marketing segundo Pinheiro et al. (2011). Esta teoria consiste em

analisar o homem considerando seu processo de estímulo e resposta. A resposta a

estes estímulos é influenciada pela cultura, família, grupo social, motivações,

memória, valores, etc., que são desenvolvidos na vida do indivíduo.

Em relação ao estímulo e resposta, Chauvel (1999, on line) conclui que “o ser

humano, ao longo da sua existência, constrói aprendizados, atitudes, que orientam

suas respostas a determinados estímulos. O estudo destes elementos deveria levar

a uma melhor compreensão e previsão do seu comportamento”.

Page 27: Estratégias de Marketing Digital para alavancar vendas e fortalecer a imagem da marca

27

3.3 Fatores que influenciam o processo de compra

Para que sejam elaboradas estratégias de marketing é fundamental conhecer

o comportamento do consumidor. Haja vista que o marketing não se resume a

vendas, mas conhecer melhor o consumidor e compreender seus anseios e

necessidades.

As teorias contribuíram para entendermos a ação do cliente influenciada pelo

ambiente em sua volta e como ele age no momento da compra. Saber quem é o

consumidor, sua família, amigos, classe social, e estilo de vida são fundamentais

para uma estratégia de sucesso.

Pinheiro et al. (2011, p. 37-38) relatam que uma série de fatores são decisivos

no período da compra e afirma que :

A compreensão desses fatores que influenciam o comportamento de compra não só possibilita uma visão mais a fundo da dinâmica da compra, mas também abre um leque de intervenções possíveis relativas ao uso de estímulos de marketing que busquem gerar bons resultados a partir do comportamento de compra, criando valor para o cliente e produzindo satisfação com o produto/serviço e, consequentemente, um envolvimento maior do consumidor com a compra.

Pinheiro et al. (2011) dividem os fatores do processo de compra do

consumidor em quatro. Fatores psicológicos, que diz respeito ao que passa na

mente do consumidor, como indivíduo isolado. Fatores socioculturais que se refere à

relação do indivíduo com o ambiente em que vive, influenciado pelos seus

relacionamentos sociais e sua cultura. Fatores situacionais que trata sobre as

influências momentâneas e circunstanciais por ocasião da compra e por último,

fatores demográficos, que consiste na análise de uma região por meio da religião,

etnia, ocupação, etc.

3.3.1 Fatores psicológicos

Nos fatores psicológicos temos como um dos objetos de análise, a percepção,

motivação, aprendizagem e memória, atitudes, personalidade, autoconceito e estilo

de vida.

Page 28: Estratégias de Marketing Digital para alavancar vendas e fortalecer a imagem da marca

28

3.3.2 Percepção

Conforme Pinheiro et al. (2011), através da percepção, o sujeito organiza e

interpreta suas impressões sensoriais sobre o meio. Teixeira (2010) relata que a

maneira como a pessoa age é influenciada pela percepção.

A percepção é a forma como o indivíduo vê o mundo através de seus

receptores sensoriais: olhos, ouvidos, boca, e dedos. Segundo Faria (2010, p. 33) “o

estudo da percepção tem como objetivo entender como damos significado às

sensações”.

Kotler (2000 apud FARIA, 2010) descreve que a percepção passa por três

processos: atenção seletiva, distorção seletiva e retenção seletiva. A primeira se

refere aos “filtros” que as pessoas produzem para não serem atingidas com tantas

informações no dia a dia. Por isso, para o profissional de marketing captar o

consumidor, é preciso chamar a atenção do cliente, criando embalagens, vitrines e

propagandas chamativas e interessantes.

De acordo com a pesquisa realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro

e Pequenas Empresas (SEBRAE) de São Paulo, uma loja pode ampliar suas vendas

de 12% a 40% por causa do aspecto visual da loja e da vitrine (BARBOSA, 2013 on

line).

A distorção seletiva é o significado que as pessoas dão aos produtos,

conforme suas crenças e valores. Portanto, é importante a eficácia da identidade de

uma marca, para que seu significado não seja confundido.

A retenção seletiva é que a capacidade que os seres humanos têm de

armazenar estímulos sensoriais. Faria (2010) também descreve como a tendência

de lembrar o que vai de encontro às crenças e valores do indivíduo.

3.3.3 Motivação

A motivação refere-se ao estímulo interno no indivíduo a fim de saciar seus

desejos e necessidades. Pinheiro et al. (2011, p. 41) conceitua-a como “o estado de

tensão psicológico que antecede e prepara o indivíduo para a ação”.

Page 29: Estratégias de Marketing Digital para alavancar vendas e fortalecer a imagem da marca

29

Para entender a motivação como um dos fatores do processo de compra,

diversos estudos foram realizados, dentre eles, com mais destaque, a teoria de

Freud e o modelo de Maslow.

De acordo com Faria (2010, p. 31), Freud afirma que “as pessoas não

conhecem seus verdadeiros desejos e, consequentemente não podem entender

completamente suas motivações”.

A teoria de Maslow, criada pelo psicólogo humanista norte-americano na

década de 1960, criou um modelo hierárquico classificando as necessidades.

Segundo Pinheiro et al. (2011, p. 42) para Maslow, “o ser humano sempre busca o

crescimento psicológico, e, conforme os níveis inferiores da hierarquia vão sendo

razoavelmente atendidos, a tendência é as necessidades localizadas nos patamares

mais elevados ficaram mais prementes”.

3.3.4 Aprendizagem e memória

O comportamento de compra também é consequência da aprendizagem do

indivíduo em experiências passadas e da memória que armazena as informações. O

consumidor se comporta conforme os estímulos recebidos no seu ambiente. Richers

(1984 apud GIARETA, 2011, p. 8-9) salienta “que o homem é capaz de aprender e

alterar os seus comportamentos através da ampla utilização de sua experiência

passada”.

Duas teorias que reforçam esses conceitos são as teorias comportamentais e

cognitivas, já citadas anteriormente. “Os valores e crenças que desenvolvemos, bem

como nossas preferências e hábitos que influenciam o processo de decisão de

compra são resultados de uma aprendizagem anterior,” afirma Faria (2010, p. 34).

3.3.5 Atitudes

As atitudes são a forma como a pessoa age conforme suas crenças e valores.

As atitudes podem ser mudadas quando há situações que contrastem o pensamento

e o julgamento do indivíduo.

Uma das formas que o profissional de marketing usa para provocar a

mudança da atitude, conforme salientam Pinheiro et al. (2011), é expor produtos

concorrentes com atributos diferentes.

Page 30: Estratégias de Marketing Digital para alavancar vendas e fortalecer a imagem da marca

30

3.3.6 Personalidade, autoconceito e estilo de vida

A personalidade corresponde ao caráter do indivíduo. A forma como ele age e

se comporta é baseado em sua personalidade, singularidade, com seus valores,

opiniões, interesses e crenças. O autoconceito refere-se à imagem da pessoa para

si mesmo e perante a sociedade. O que ela segue, o que veste, come, aonde vai,

são formas de caracterizar o estilo de vida.

Estes valores são cada vez mais exigidos pela sociedade em busca de status

e sucesso. Os profissionais de marketing trabalham para que a busca por esses

conceitos sejam encontrados em produtos. Pinheiro et al. (2011, p. 46) ressaltam

que os “valores reforçados em nossa sociedade, como beleza, sucesso e saúde não

só levam a uma reorientação da personalidade do consumidor, como permitem um

posicionamento competitivo na busca de status e sucesso social”.

3.4 Fatores socioculturais

Os fatores socioculturais estão relacionados com as influências que a classe

social, família, grupo e cultura exercem sobre o indivíduo. Neste âmbito o

consumidor não é visto como ser isolado em suas singularidades e pensamento,

mas um consumidor que também se comporta a partir de influências ao seu redor.

3.4.1 Influência de grupo

O ser humano sofre influência pelas relações sociais. O grupo que escolhe se

relacionar e compartilhar ideias, também é um grande formador de opinião que dita

comportamentos e regras para os participantes. Conforme salienta Teixeira (2010),

os grupos é um dos fatores sociais que moldam as pessoas e mudam o seu

comportamento.

Notam-se, constantemente, pessoas que modificam seu estilo de vida e

passam a agir de outra maneira por influência de determinado grupo. Há os

chamados “grupos de referência”, que geralmente são formados por aqueles que

possuem poder aquisitivo econômico mais elevado. Essas pessoas servem de

referência a outros grupos e são grandes formadores de opiniões. Pinheiro et al.

(2011, p. 51) afirmam que:

Page 31: Estratégias de Marketing Digital para alavancar vendas e fortalecer a imagem da marca

31

Os grupos de referência, por serem objeto de comparação no que toca à aquisição de produtos mais luxuosos e de serviços, que indicam um grau elevado de sofisticação e refinamento, são poderosos elementos de influência na dinâmica de compra de indivíduos ou grupos que estão num patamar mais abaixo da estrutura social.

Sobre essa questão, temos como exemplo, o recurso de usar celebridades

para realizarem propagandas. Uma pesquisa publicada pela editora Abril, em 2012,

sobre como as celebridades impactam a publicidade e influenciam o consumo,

revela que campanhas que utilizam celebridades aumentam em 15% em média a

lembrança da mensagem (recall) (PUBLIABRIL, 2012, on line).

A pesquisa também mostrou como a celebridade agrega valor à marca e

induz à experimentação do produto. Por exemplo, no âmbito da moda, 62% dos

entrevistados disseram ser influenciados pela maneira de vestir das celebridades,

sendo as mulheres as mais influenciadas, 71% (PUBLIABRIL, 2012, on line).

3.4.2 Influência da família

Por ser a base e interferir na criação e no desenvolvimento da identidade do

indivíduo, a família exerce forte influência na decisão de compra. Pinheiro et al.

(2011) destacam que a influência da família faz com que a decisão de compra seja

vista como um processo coletivo, onde participantes envolvidos, como filhos e

cônjuges relatam seus interesses que podem influenciar o consumidor.

Os filhos, na fase infantil, têm se tornado grandes alvos dos profissionais de

marketing. Por serem alcançados pelas estratégias de marketing mais facilmente, as

crianças ao quererem um produto, acabam conquistando os pais a compra-lo.

Algumas das táticas adotadas pelo marketing é a posição estratégica dos produtos

na prateleira, de acordo com a altura das crianças e o uso de personagens de

desenhos animados.

Pinheiro et al. (2011) também expõem a importância de se analisar o ciclo

familiar e sua interferência no processo de compra, e relata que as mudanças

sociais, culturais e padrões econômicos marcam as famílias contemporâneas.

Page 32: Estratégias de Marketing Digital para alavancar vendas e fortalecer a imagem da marca

32

3.4.3 Influência da classe social

A classe social é divida em determinados grupos conforme seu poder

aquisitivo, ocupação e escolaridade. As classes são relativamente homogêneas e

compostas por pessoas que compartilham os mesmos valores, crenças e estilos de

vida.

Pinheiro et al. (2011, p. 54) relatam que “o comportamento de consumo pode

ser influenciado pelos desejos compartilhados por uma determinada classe social,

especialmente se os consumidores almejam ascender na escala social (mesmo que

simbolicamente) [..]”.

3.4.4 Influência da cultura

A sociedade expressa seus valores, normas, princípios, conforme lhes foi

orientado através da cultura. Entende-se como cultura, um conjunto das estruturas

sociais que formam a sociedade. Por isso, é relevante que o profissional de

marketing reconheça a cultura antes de adotar suas estratégias.

[...] a cultura é uma grande instância de constituição da identidade dos indivíduos, que buscam referências, padrões, normas e mapas que delimitam seus espaços de atuação. [...] Por isso, não existem comunidades humanas sem qualquer tipo de manifestação cultural. (PINHEIRO et al. 2011, p. 55-56).

Sobre essa abordagem, Teixeira (2010, p. 18) expressa que “a cultura surge

como o quadro dentro do qual se situam as interações entre os indivíduos que a

compõem. Desenvolvida em torno de valores, de normas e de comportamentos

comuns, ela viabiliza a um grupo a vida em sociedade”.

QUADRO 2 – Fatores psicológicos e socioculturais como um dos fatores

que influenciam o processo de compra

Fonte: Autora

Page 33: Estratégias de Marketing Digital para alavancar vendas e fortalecer a imagem da marca

33

3.5 Fatores situacionais

Os fatores situacionais são alvos de estudos antropológicos e suas

estratégias são adotadas pelo comércio varejista. Estes fatores referem-se à

ambientação da loja, a disposição dos produtos, os recursos midiáticos utilizados

pela empresa, o atendimento do vendedor, etc.

Como exemplo da utilização desses recursos, temos lojas cada vez mais

arquitetônicas, perfumes desenvolvidos para as empresas de forma que o cliente

identifique o “cheiro” da loja, produtos expostos perto do caixa de pagamento, dentre

outros.

Rennó (2009, p. 88) afirma que “qualidade do atendimento, o aspecto visual

da loja, a importância da simpatia do vendedor, e a roupa que o mesmo esteja

usando, como elementos que contribuem para a decisão de compra”.

3.6 Fatores demográficos

A demografia é a ciência que, através de dados quantitativos, analisa a

população humana de acordo com a religião, renda, faixa etária, ocupação, etnia,

etc.

Conforme Kotler e Keller (2006 apud CARVALHO, 2012 p. 78), “as tendências

demográficas são indicadores altamente confiáveis no curto e médio prazo. Há

poucos motivos para uma empresa ser pega de surpresa por eventos demográficos”.

Dessa forma, para os profissionais de marketing, os fatores demográficos são

ótimos aliados para compreender o processo de compra de determinados gêneros.

3.7 Fatores de mercado

Um fator que não foi mencionado separadamente pelos autores Pinheiro et al.

(2011), mas abordado por outros estudiosos e merece o destaque, é o fator de

mercado.

A situação econômica influencia consideravelmente o comportamento do

consumidor. Se o cenário econômico de um país encontra-se positivo, pode-se

perceber o aumento de consumo, porém, se este quadro é inverso, temos a queda

do consumo.

Page 34: Estratégias de Marketing Digital para alavancar vendas e fortalecer a imagem da marca

34

As políticas monetária e fiscal governamentais influenciam o comportamento

do consumidor por meio da mudança na taxa de juros e da concessão ao crédito,

que podem intervir na demanda e oferta do produto, que por sua vez, podem gerar

expectativas negativas ou positivas aos consumidores.

Conforme salienta Teixeira (2010, p. 12) “em resumo, o bom desempenho do

da economia propicia um clima de otimismo que viabiliza as compras e os

investimentos. Portanto o ambiente econômico influencia o comportamento de

compra do consumidor que influencia o ambiente econômico”.

3.8 O comportamento do consumidor na web

No ano de 2014 houve um faturamento de R$ 35,80 bilhões de reais no

mundo on line através das vendas realizadas (e-commerce) (E-COMMERCE, 2015,

on line). Com o aumento das vendas pela internet tornou-se essencial analisar e

compreender o comportamento do consumidor no ambiente virtual. A internet

tornou-se o segundo maior veículo de alcance no Brasil, atrás apenas da televisão

(NASSIF, 2015, on line).

O estudo dos fatores que influenciam o comportamento do consumidor na

internet foi facilitado pela própria tecnologia. Quando o usuário acessa e faz seu

cadastro em uma página na internet, os seus dados são armazenados permitindo a

empresa saber o perfil do seu consumidor. Obter conhecimento das palavras mais

buscadas relacionadas ao seu produto/serviço no mecanismo de busca, como o

Google, por exemplo, também é outro fator valoroso para que a empresa identifique

o que seus consumidores desejam.

Costa (2009, p. 40) argumenta que “a transparência dos padrões de compras

do consumidor virtual, documentadas eletronicamente, geram enormes

oportunidades para que uma empresa personalizar [sic] seus produtos e serviços de

acordo com as preferências de seus clientes”.

Telles (2011) afirma que o espaço digital contribuiu para medir o desempenho

de uma campanha publicitária, destacando que os meios digitais trazem resultados

inigualáveis.

Page 35: Estratégias de Marketing Digital para alavancar vendas e fortalecer a imagem da marca

35

Outro ponto a ser destacado é o crescimento do uso de dispositivos móveis,

compreendidos como celulares, smartphones e tablets. Esses dispositivos que

também possibilitam o acesso à internet têm influenciado o comportamento do

consumidor, que já realiza compras através dos mesmos.

Uma pesquisa realizada pela E-bit revela que as vendas por dispositivos

móveis no Brasil, no primeiro semestre de 2014, chegou a R$ 1,13 bilhão e que a

adaptação do e-commerce para dispositivos móveis teve um aumento de 84% do

ano de 2013 para 2014 (FONSECA, 2014, on line).

Por meio destes resultados pode-se perceber a necessidades das pessoas de

estarem conectadas em qualquer lugar que estejam, e a busca pela praticidade que

o dispositivo móvel, na palma da mão, oferece.

3.8.1 Fatores positivos e negativos da venda on line

Miranda e Arruda (2004 apud COSTA, 2009) revelam que a preferência de

compra pela internet dar-se-á por vários fatores, como a variedade de produtos, o

não deslocamento, as ferramentas de segurança, rapidez em finalizar a compra,

suporte técnico, dentre outros.

Contudo, experiências vividas por terceiros em sites de compra, indicação de

amigos, familiares, estilo de vida e personalidade continuam sendo aspectos que

influenciam a decisão de compra do indivíduo.

Outro fator que também interfere é o ambiente virtual. O site ou uma página

de relacionamento é a “porta de entrada” para o consumidor. Por isso, é preciso que

essas páginas sejam elaboradas de forma a atrair o usuário de internet. Precisam

ser interativas, de bom aspecto visual e apresentar informações sobre a empresa e

seu produto.

Todavia, existem aspectos negativos que comprometem o sucesso das

vendas on line. A segurança e privacidade, por exemplo, são motivos pelos quais

muitos consumidores deixam de comprar pela internet, com receio de terem suas

contas roubadas e dados financeiros fraudados. Por isso, é necessário fornecer ao

cliente uma navegação segura e meios que possam certificá-lo de que não ocorrerá

problemas na compra.

Page 36: Estratégias de Marketing Digital para alavancar vendas e fortalecer a imagem da marca

36

Solomon (2002, apud FARIAS; UZEDA; CERQUEIRA, 2012, p. 1) aponta

como aspectos negativos, além da segurança, ou melhor, insegurança e fraude, “a

impossibilidade de tocar nos itens, despesa com pedido e devolução e ruptura

potencial das relações humanas”.

Alguns estudos destacam também a experiência e uso da tecnologia como

processo decisório de compra. Usuários que estão habituados e possuem

conhecimento mais amplo sobre o uso da internet têm menos receio de realizar

compras e por isso, fazem-na mais vezes.

Garcia (2007, p. 16) afirma que “pessoas que utilizam a internet diariamente e

intensamente avaliam-na mais favoravelmente do que usuários inexperientes.

Usuários experientes sentem menos ansiedade em relação à compra na Internet do

que os iniciantes”.

3.8.2 Redes sociais no comportamento do consumidor on line

As redes sociais desenvolveram-se a partir da evolução da web 2.0, que será

detalhado na próxima parte, para estreitar relacionamentos, compartilhar e fortalecer

ideias, resultando em um ambiente que leva informações às pessoas através de

terceiros, sendo estes conhecidos ou não. “A dinâmica das Redes contribui para a

compreensão da percepção dos contextos e interações dos atores que dela fazem

parte” (SILVA, 2011, p. 21).

Uma pesquisa realizada pela TNS Research International mostra que mais de

90% dos entrevistados pesquisam na internet antes de finalizar a compra, que 76%

procuram informações em blogs ou em fóruns, e que as redes sociais são utilizadas

principalmente para compartilhar e obter essas informações. (GLOBO, 2010, on line).

Outra pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pelo

portal de educação financeira “Meu bolso feliz”, revela que 90% dos consumidores

brasileiros pesquisam na internet antes de comprar em lojas físicas, mas que também

ocorre o inverso. 63% dos consumidores afirmam consultar lojas físicas antes de efetuar

compras em lojas virtuais (SPCBRASIL, 2015, on line).

Maya e Otero (2002 apud MARTINS; SILVEIRA, 2012, p. 7) afirmam que “o

surgimento de comunidades virtuais agrega pessoas com interesses comuns e cria

Page 37: Estratégias de Marketing Digital para alavancar vendas e fortalecer a imagem da marca

37

efeitos que alteram as relações de consumo e que são sentidos pelos profissionais

de marketing e vendas, que deverão se adaptar a essas mudanças”.

Page 38: Estratégias de Marketing Digital para alavancar vendas e fortalecer a imagem da marca

38

4 MARKETING DIGITAL E COMUNICAÇÃO INTEGRADA

Pode-se perceber pelos capítulos anteriores que a internet foi uma das

causas que provocou significativas mudanças na economia, na vida social e no

comportamento do consumidor. A internet tem sido aprimorada a cada dia, e até

chegar ao estágio do momento atual, chamada web 3.0, ela passou por diversas

fases.

4.1 Evolução da Web

A primeira fase da internet foi nomeada de web 1.0, neste momento, os

internautas que ainda estavam conhecendo sobre o “novo mundo”, navegavam pela

internet e tinham à sua disposição, páginas de web com layout simples e

ferramentas de busca com poucas opções. Os usuários não interagiam muito,

trocavam alguns e-mails, pesquisavam o que queriam. Enfim, era básico.

Silva (2010, p. 129) salienta que a web 1.0 é “caracterizado pela elaboração

de conteúdos por especialistas, enquanto o usuário realizava leitura e mantinha

contatos através das tecnologias de informação como chat, e-mail, ou seja, o

usuário era “passivo””.

A internet evoluiu e denominou-se a web 2.0, nesse estágio, o internauta

tornou-se um usuário mais ativo, o crescimento dos blogs e redes sociais despertou

os interesses dos usuários que viram na internet, a oportunidade de expor o seu

desejo de compartilhar sobre algo. Foi neste momento que o usuário ganhou “voz” e

impactou empresas e organizações.

A Era Digital está exercendo forte impacto sobre a construção e o controle da marca. A ascensão de mídias sociais como Facebook, Twiter, Youtube, Linkedin e outras contribuíram muito para o empoderamento do cliente. Os clientes de hoje podem fazer varias coisas novas que não eram possíveis antes da Era Digital. (KOTLER; KOTLER, 2013, p. 57).

Essa nova fase também exigiu ao profissional de marketing ser mais

persuasivo nas propagandas, afinal, através da internet e de seus parceiros de rede,

os clientes têm acesso facilmente sobre as informações acerca de um produto ou

marca, afirma KOTLER e KOTLER (2013).

Page 39: Estratégias de Marketing Digital para alavancar vendas e fortalecer a imagem da marca

39

A atual web 3.0, web semântica ou, ainda, web inteligente é a fase que mais

se aproxima da inteligência artificial. Nela, os tecnólogos estão engajados para que

as inúmeras informações on line sejam organizadas e que as páginas da web sejam

personalizadas conforme o tipo de usuário que acessa.

Ambinder (2012, p. 77) afirma que:

Esta evolução da Web atual propõe uma estruturação semântica aos dados da rede, possibilitando assim, que as informações disponíveis na Web, sejam legíveis não só pelos humanos, mas também pelas máquinas, onde os agentes computacionais (de softwares) sejam capazes de interpretar, processar e relacionar os dados disponíveis na Web.

Alguns estudiosos já falam sobre o futuro da internet, a web 4.0. Porém, são

estudos ainda muito recentes. Conforme salientam Aghaei, Nematbakhsh e Farsani

(2012) a web 4.0 é uma ideia em progresso que tem por base aumentar a interação

das pessoas com as máquinas. Ao acessar a internet, as máquinas buscariam

resultados automáticos e tomariam decisões para os usuários. Acredita-se que essa

era chegará aproximadamente no ano de 2020.

4.2 Marketing Digital

O marketing tradicional que teve sua evolução por consequência das

necessidades do consumidor e mudanças político-econômicas – pode-se analisar

nos capítulos anteriores – precisou entrar em um novo cenário. A adesão e a

evolução da internet fez com que o profissional de comunicação aplicasse as

estratégias de marketing também na plataforma digital.

Sobre o marketing digital Bird’s (2007 apud VASSARI 2009, p.47) afirma que

o “[...] marketing digital é o marketing no qual as mensagens são enviadas usando

um meio que dependa de transmissões digitais. Mensagens de texto, TV digital e

rádio [...]”.

O novo espaço oferecido pelo mundo digital é amplo e complexo. Segundo

Santos (2010, p. 25) “o marketing digital é uma nova forma interativa da

aplicabilidade de técnicas tradicionais do marketing, em um novo cenário, tendo

ainda um conceito amplo de pouca orientação [...]”. As mensagens são de um para

Page 40: Estratégias de Marketing Digital para alavancar vendas e fortalecer a imagem da marca

40

muitos ou de um para um2, várias informações são publicadas a cada segundo, por

isso, é preciso alcançar o consumidor diante de uma plataforma sobrecarregada.

Sobre isso, Santos (2010, p. 26) relata que:

Mas deve-se ter o cuidado em fazer marketing digital, pois logo vêm em mente sites, banners, que são jogados no imenso ambiente que a internet proporciona, e assim, tudo isso se torna inútil, uma vez que passaria a ser mais uma informação [...] O dilema então passa a ser montar uma estratégia de encontrabilidade, pois os consumidores não iriam encontrar a empresa ou produtos anunciados em um vasto ambiente.

Novas ferramentas e estratégias foram criadas para atingir o público on line. A

empresa para estar presente no espaço digital precisa possuir um site e/ou também

uma página em sites de relacionamentos e por meio desses canais interagir e

apresentar o seu produto ou serviço ao consumidor.

É necessário também que a empresa gere conteúdos on line sobre sua

marca, produtos e também sobre as novidades relacionadas ao seu material

vendido. Cintra (2010) afirma que:

A internet e os serviços de informação vêm oferecendo cada vez mais novas ferramentas tecnológicas para que o usuário possa sempre (sic) um canal direto com o cliente. O investimento é pequeno, frente a grandes possibilidades de negócios que surgem com o decorrer do tempo. E é importante que a empresa mantenha sempre seu site atualizado. A inovação é necessária, pois os usuários gostam de abrir o site e ver novos produtos. (CINTRA, 2010, p. 8- 9).

Com o expressivo aumento de números de usuários na internet e as

possibilidades de divulgação que ela traz, tornou-se indispensável uma organização,

mesmo que de pequeno porte, aderir ao universo digital. Uma pesquisa

empreendida pelo Mundo do Marketing em parceria com a TNS Research

International revela que 90% das empresas já realizaram alguma ação de marketing

digital. (ADNEWS, 2011, on line).

4.2.1 Mídias sociais

A ascensão das mídias e redes sociais proporcionou o aumento de

informações compartilhadas na web. Várias pessoas diariamente expressam sua

2 As mensagens podem ser destinadas individualmente (de um para um) ou para vários

destinos ao mesmo tempo (de um para muitos)

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41

opinião sobre inúmeros assuntos na plataforma digital. Independente se a

organização está presente na internet, ela não será isenta de opiniões dos

consumidores.

Essas opiniões publicadas nas mídias sociais influenciam a decisão de

compra do consumidor. Por isso, é importante que as organizações estejam

presentes nas plataformas on line para responder seus consumidores, mensurar

opiniões e aprimorar seus serviços.

Kotler, Kartajaya e Setiawan (2010, p. 9) expressam que “à medida que as

mídias sociais se tornarem cada vez mais expressivas, os consumidores poderão,

cada vez mais, influenciar outros consumidores com suas opiniões e experiências”.

Muitos confundem os conceitos de mídias sociais com redes sociais por se

parecerem bastante. Porém, as redes sociais é uma categoria das mídias sociais

conforme salienta Telles (2011).

Telles (2011) afirma que as mídias sociais são sites na internet onde as

pessoas compartilham, interagem e ajudam a criar conteúdos, como por exemplo,

Youtube, Slideshare, Digg. Já as redes sociais são sites de relacionamento, onde o

foco é reunir pessoas que geralmente vão se expor de forma pessoal e interagir com

amigos e comunidades.

Uma pesquisa publicada na revista Pequenas Empresas e Grandes Negócios

revela que os três setores de empresas que mais mantêm seus perfis em redes

sociais são informação e comunicação, 64%, hotelaria e alimentação com 51% e

artes e entretenimento com 50% (HESSEL; GOMES, 2014, p. 80).

4.3 Comunicação Integrada de Marketing

A comunicação desenvolvida nas organizações era de forma fragmentada.

Cada setor na organização desempenhava suas funções separadamente de outros

setores. Cabral et al. (2009) relatam que no início da comunicação empresarial no

Brasil, a característica da comunicação era a fragmentação.

O conceito de comunicação integrada de marketing (CIM), conforme expõe

Santana (2003) foi profundamente discutido a partir dos anos 1990, quando a

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42

globalização se expandiu provocando significativas mudanças no comportamento

social e de consumo da população.

A integração da comunicação surgiu com o objetivo de unir os setores

comunicacionais de uma organização, para que a mensagem enviada ao público-

alvo seja a mesma de todos os setores. Cabral et al. (2009, p. 2) afirmam que “a

integração dessas atividades foi possível graças à atuação conjunta dos

profissionais da área, garantindo coerência da linguagem adotada e racionalização

das atividades [..]”.

A evolução das tecnologias e dos novos meios de comunicação possibilitou

uma enxurrada de informações, por isso, fez-se necessária a integração da

comunicação para que a transmissão das mensagens seja de forma simultânea e

sinérgica pelos setores. Ribeiro, Lima e Ghisleni (2006, p. 98) afirmam que “os

empresários precisam ter confiança de que as mensagens que remetem a seus

consumidores são precisas e consistentes. A mensagem enviada ao consumidor

tem de ser uma comunicação integrada”.

Sá et al. (2010, p. 48) afirmam que a comunicação integrada de marketing

tem o objetivo de fornecer unidade, clareza e consistência à marca, e expõe a

importância de todos os membros da organização estarem envolvidos no mesmo

objetivo.

O uso da CIM traz, intrinsecamente, a filosofia de se trabalhar de forma coordenada toda a comunicação da organização, seja ela interna, institucional ou de incentivo à venda. Todos os membros da organização têm que estar envolvidos e precisam entender o que está sendo comunicado, resultando em uma identidade única para a marca, independente do público, em todos os seus pontos de contato.

Pode ate parecer óbvio a comunicação integrada para muitas pessoas, mas

ainda existem diversas organizações que não dão importância e não aplicam essa

forma de comunicar. Sá et al. (2010) relatam que muitas empresas desempenham

as funções de seus setores de forma independente. Schultz et al. (1994 apud

IKEDA; CRESCITELLI, 2002 apud SANTANA 2003, p. 24) também têm a mesma

opinião quando expressam que:

Além disso, com poucas exceções, a comunicação de marketing não é considerada muito importante na maioria das empresas. A alta gerência não

Page 43: Estratégias de Marketing Digital para alavancar vendas e fortalecer a imagem da marca

43

a considera muito importante, portanto, esta atividade, geralmente, é desenvolvida e implementada por funcionários de baixos níveis hierárquicos e inexperientes Ainda, um outro problema é que a maioria dos profissionais contratados é especializada em uma função específica, conhecendo muito pouco sobre formas de comunicação ou como funcionam ou interagem.

A comunicação integrada de marketing tornou-se o modelo de comunicação

da era da informação, porém ela pode ocorrer sem êxito quando os setores de

comunicação não trabalham visando o mesmo objetivo e/ou quando não há respeito,

desconhecimento e ocorre disputa entre os setores de uma organização.

Sobre essa questão, Palmerston et al. (2007, p. 5) relatam que:

Para que a comunicação integrada atinja a eficácia é necessário principalmente o conhecimento de cada habilitação por parte dos profissionais. É preciso também, respeito, pois só assim cada um terá liberdade para opinar e compartilhar as funções exercidas pelos demais profissionais envolvidos.

Tendo como consequência bons resultados, Sá et al. (2010, p. 47) afirma que

rapidamente o modelo de comunicação integrada de marketing foi sendo adotada

pelas organizações e lista suas vantagens “economia de tempo, rapidez de resposta

e sinergia na realização das ações de comunicação, desde briefings3 unificados à

otimização dos recursos envolvidos”.

3 De acordo com Sá et al. (2010, p. 47) briefing é o “documento com as informações

preliminares e instruções que o cliente fornece à agência, completado com dados de pesquisas, para esboçar o planejamento publicitário e desenvolver as peças solicitadas.

Page 44: Estratégias de Marketing Digital para alavancar vendas e fortalecer a imagem da marca

44

5 ESTRATÉGIAS DE MARKETING DIGITAL

Como foi abordado nos capítulos anteriores é preciso conhecer o público-alvo

e o comportamento do consumidor, para então, elaborar estratégias de marketing,

caso contrário, não terá sucesso a comunicação. Pôde ser visto também, que as

vantagens em alta velocidade que a internet proporcionou ao mundo trouxeram a

preocupação aos profissionais de marketing de como captar o consumidor no mundo

virtual.

Afinal, como converter leads4 em vendas efetivas? Como atrair o público para

a página da organização? Como ganhar seguidores? Essas são algumas das muitas

perguntas que o profissional de comunicação precisa ter respostas para fortalecer a

marca da empresa e fechar negócios.

Tendo em vista esta preocupação, os formatos de marketing digital mais

explorados pelos pequenos e médios negócios de acordo com a pesquisa publicada

pela revista Pequenas Empresas Grandes Negócios são banners, com 27%,

campanhas de e-mail marketing com 18%, anúncios em marketplaces com 15%,

Google Adwords com 12% e cupons de compras coletivas com 6%. (HESSEL;

GOMES, 2014, p. 80).

A pesquisa revela também que as estratégias mais adotadas por marcas em

redes de relacionamento são por meio de publicação de notícias do setor, com 77%,

divulgação de produtos e serviços, 74% e respostas a dúvidas e comentários, 74%.

(HESSEL; GOMES, 2014, p. 81).

Só no ano de 2014 foram investidos globalmente em mídia on line, 140

bilhões de dólares, 36 bilhões a mais se comparados ao ano de 2012. Dados como

estes mostram claramente a valia que se tem ao investir no marketing digital

(GOMES, 2015, p. 24).

As estratégias elaboradas pelo comunicador precisam ser previamente

pensadas. Com o desenvolvimento da tecnologia, aumentaram-se os meios de se

alcançar o consumidor, por isso, faz-se necessário a construção de um plano

4 Lead é o alguém que se interessa pelo produto ou serviço prestado pela empresa. Um

cliente em potencial.

Page 45: Estratégias de Marketing Digital para alavancar vendas e fortalecer a imagem da marca

45

definindo as estratégias mais importantes para a empresa, de acordo com o seu

público.

Em entrevista a revista Pequenas Empresas Grandes Negócios, Diego Ivo,

CEO da agência Conversion, diz que “toda ação digital precisa nascer com uma

estratégia de retorno bem definida. [...] Isso ajuda a escolher o formato e os canais

mais adequados para atingir cada objetivo” (HESSEL; GOMES, 2014, p. 92).

Em outra entrevista, Eric Santos, CEO da consultoria Resultados Digitais diz

que o primeiro passo para converter leads digitais em vendas é conhecer e

acompanhar o público-alvo. Esse processo pode ser feito por meio de históricos de

compras, pesquisas em redes sociais ou interações registradas no site da empresa.

(HESSEL; GOMES, 2014, p. 89). A seguir, podem-se analisar as estratégias mais

frequentemente adotadas pelos profissionais de marketing.

5.1 Marketing de Contéudo e Inbound Marketing

A Resultados Digitais e a Rock Content (2015, p. 6) no ebook “Marketing de

Conteúdo Para Resultados” descreve o marketing de contéudo como:

Marketing de conteúdo é uma maneira de engajar com seu público-alvo e crescer sua rede de clientes e potenciais clientes através da criação de conteúdo relevante e valioso, atraindo, envolvendo e gerando valor para as pessoas de modo a criar uma percepção positiva da sua marca e assim gerar mais vendas e melhor relacionamento com seus atuais e potenciais clientes.

Os profissionais de comunicação estão investindo massivamente em

marketing de contéudo. De acordo com Diego Ivo, o marketing de contéudo é a

estratégia fundamental para todos os tipos negócios. Ele ainda relata que “é um

formato acessível e eficiente”, e que é “importante produzir um material que fale

diretamente para o público-alvo da empresa” (HESSEL; GOMES, 2014, p. 92).

Além de apresentar os seus produtos ou serviços no site, é preciso criar

conteúdos relacionados à marca para atrair o prospecto cliente à página da

empresa. Através do interesse em ler e acompanhar esses conteúdos publicados -

vídeos, ebooks, postagens - a empresa pode medir o que o seu cliente gosta de ler

e detectar os seus interesses, obter seus dados cadastrais e ter um relacionamento

mais próximo, aumentando a possibilidade de venda.

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46

Segundo pesquisa divulgada pela consultoria Tracto em dezembro de 2013,

83% dos profissionais brasileiros de marketing B2B (Business to Business5) geram

contéudo e 49% se consideram eficazes em sua iniciativa (JUNIOR, 2014, on line).

De acordo com Campos (2014, p. 9), “não basta apenas produzir conteúdo

para se obter resultado, este conteúdo precisa ser interessante e estar onde o

usuário procura, simplesmente entregar estes conteúdos de maneira forçada pode

fazer efeito contrário”.

O Marketing de Contéudo é por muitas vezes confundido com o Inbound

Marketing, porém enquanto o Marketing de Contéudo consiste em produzir

conteúdos relacionados ao que a empresa vende, o Inbound Marketing tem por

objetivo fazer com que a empresa seja encontrada no mundo virtual, através dos

mecanismos de busca, por meio de suas propagandas nos bloggers, newsletters,

mídias sociais, etc.

Todavia, estes dois termos possuem ligação. Quando uma pessoa, através

dos mecanismos de busca procura um produto ou serviço, o objetivo do Inbound

Marketing é fazer com que a empresa apareça como opção para o interessado. E o

Marketing de Contéudo ajuda nesse objetivo, pois ao promover conteúdos

relacionados não só a marca, mas ao tipo de produto, a empresa se torna mais

relevante nos mecanismos de busca por ter vários conteúdos postados.

Essa questão de relevância no campo de pesquisa se relaciona com outras

estratégias muito importantes que são o Search Engine Optimization (SEO) ou

Otimização de Sites, Google Adwords e o Social Media Optimization (SMO) ou

Otimização das Mídias Sociais que poderão ser analisados a seguir.

5.2 SEO e Google Adwords

O Search Engine Optimazation (SEO), ou seja, otimização para mecanismos

de busca é uma ferramenta dos mecanismos de busca como o Google e o Yahoo

que capta as palavras-chaves relacionadas ao produto ou serviço da empresa.

5 É a sigla utilizada em inglês para definir transações comerciais entre empresas. Business to

Business (De empresa para empresa)

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47

Sendo assim, os links mais bem posicionados na página de busca terão

provavelmente mais acessos, e por consequência, mais possibilidade de venda.

No caso do Google, em sua página, os links são divididos em orgânicos e

patrocinados. Os orgânicos são links não pagos que possuem relevância por causa

de seus conteúdos e expressivos acessos. Para alcançar um bom resultado, é

preciso que a página da organização tenha conteúdos de qualidade, palavras-

chaves mais específicas e recomendações de outras páginas.

Os links patrocinados por meio do Google Adwords são os anúncios que

aparecem no lado direito da página e nos dois primeiros links superiores. O usuário

pode comprar as palavras-chaves que mais se relacionam com o produto ou serviço

vendido/prestado por ele. Ele pode tanto pagar um valor diário por essas palavras-

chaves como pagar o valor por clique, cada pessoa que clicar em seu link através do

Google, o anunciante pagará a quantia definida por ele mesmo.

Para auxiliar os usuários a fazerem o uso das ferramentas de SEO e Google

Adwords, o próprio Google disponibiliza cursos gratuitos através de sua página. Mas

porque investir neles?

De acordo com a Rock Content, 93% dos processos de compra começam

com uma busca on line, 68% de todos os cliques da busca orgânica vão para os

primeiros três resultados e 75% dos usuários nunca passam da primeira página do

resultado de busca (ROCK CONTENT, 2015, on line).

5.3 SMO

O Social Media Optimization (SMO), ou Otimização para Mídias Sociais tem

como objetivo aumentar a exposição de uma marca através das redes de

relacionamentos. Por isso, é importante investir em bons conteúdos nas redes

sociais e promover o compartilhamento e curtidas para que estes conteúdos

alcancem vários públicos. A seguir, estão listadas algumas estratégias que podem

ser feitas nas mídias sociais.

5.3.1 Compra de Mídia

Existem as chamadas “compras de mídias”, onde influentes nas redes sociais

ganham dinheiro por promover marcas em suas páginas sociais. Este mercado tem

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sido promissor. Uma notícia veiculada no site da Folha de São Paulo revela que

blogueiras de moda cobram até R$ 40 mil por postagem de marca. (FELITTI, 2014,

on line).

O analista de mídia Roberto Alcaide, entrevistado pela Folha, revela que

ainda não há estudo específico sobre essa forma de divulgação, o que torna difícil

saber o retorno para as marcas. “Acredito que, dentro de uns cinco anos, haverá

estudos e informação para descobrir se e para que produtos essa publicidade

funciona. Mas, por enquanto, ainda é um tiro no escuro. Questão de crença," disse

ele (FELITTI, 2014, on line).

5.3.2 Facebook

O alcance ao público pode ser feitos também através de anúncios pagos nas

redes sociais. Por exemplo, no Facebook, as postagens ou perfis impulsionados são

exibidos nos feeds (lista de conteúdos) e podem ser direcionados conforme idade,

localidade e palavras-chaves do contéudo a ser publicado. O valor a ser

desembolsado pela publicidade fica a critério do anunciante.

Ao impulsionar, o Facebook já estima para o anunciante o possível número de

pessoas que serão impactadas pelo anúncio. Esse tipo de divulgação permite que o

público interaja com a marca através dos comentários, que o anunciante capte os

leads através de suas curtidas e que os compartilhamentos feitos por eles alcancem

outros públicos.

5.3.3 Linkedin

No Linkedin os anúncios são direcionados conforme profissão, cargo e local

de trabalho do público e exibidos nos resultados de pesquisa, grupos de discussão e

caixa de entrada através de banners. O valor mínimo de investimento é de US$ 10

por dia. O Linkedin é uma boa opção para aqueles que querem divulgar seus

produtos ou serviços para o mundo corporativo.

5.3.4 Twitter

No Twitter, os tweets promovidos aparecem no topo dos feeds para os

usuários relevantes para o anunciante, também existe a possibilidade de promover

contas para ganhar mais seguidores. Como o Facebook, ele estima o número de

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49

cliques que será alcançado, e o anunciante determina o valor que irá pagar por

clique. A divulgação no twitter é recomendada geralmente para ações de divulgação

de curto prazo, já que as mensagens expostas têm seus caracteres limitados.

5.3.5 Youtube

O Youtube é uma ótima forma de aumentar a visibilidade da marca e dispõe

de várias formas de publicidade. A empresa pode abrir um canal, criar bons

conteúdos em vídeos gratuitamente e divulgar em suas mídias sociais. Há também

as publicidades pagas, as quais, o anunciante pode investir em banners que ficam

no canal do youtube ou então criar anúncios em vídeos que serão expostos às

pessoas quando elas forem assistir a qualquer contéudo. Este público é selecionado

pelo anunciante que também informa o quanto está disposto a pagar pela

publicidade, sendo o Google Adwords o responsável por essas publicidades no

Youtube.

5.3.6 Instagram

O instagram estreiou a possibilidade de publicidade em sua plataforma no

Brasil, no mês de abril deste ano, porém, somente algumas grandes marcas

selecionadas pela rede social terão os seus anúncios publicados. A partir do dia

primeiro de julho, conforme notícia publicada pela Meio e Mensagem, qualquer

anunciante poderá comprar mídia (CASTELLON, 2015, on line).

Em suma, é importante salientar que as postagens nas mídias sociais podem

ser feitas também de forma gratuita, porém os resultados virão ao longo prazo.

Diante disso, para aqueles que desejam a propagação de sua marca de forma mais

rápida, é aconselhável investir nos anúncios pagos das mídias sociais. Afinal, já é

sabido que antes de decidir uma compra, os consumidores recorrem às mídias

sociais para lerem as avaliações de outros clientes da marca.

5.4 E-mail Marketing

O e-mail marketing é uma estratégia digital que proporciona uma relação

direta do anunciante com o consumidor. Ele também traz a vantagem de poder

abordar vários conteúdos em um único e-mail, contudo, é importante ter o senso da

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50

quantidade para que não entediar o destinatário ou para que ele não se perca em

tantas informações.

Os e-mails geralmente contêm conteúdos sobre a marca e suas promoções.

Também podem ser utilizados para a prática de newsletter6, envio de questionários e

pesquisa de satisfação.

De acordo com uma pesquisa de 2012 publicada pelo site da Endeavor, 46%

dos brasileiros informaram que o e-mail é o primeiro meio de comunicação on line

diário. Em outra pesquisa, o site relata que o e-mail traz o melhor ROI (sigla em

inglês para retorno de investimento), e que 91% das pessoas informaram ver seus e-

mails diariamente (KELMANN, 2013, on line).

Diante de bons resultados da prática do e-mail marketing, é fundamental que

as empresas não pratiquem SPAM, Sending and Posting Advertisement in Mass,

que quer dizer enviar mensagem sem autorização para vários destinatários ao

mesmo tempo. Essa prática ao invés de aproximar o prospecto cliente com a marca

poderá transmitir uma imagem negativa da empresa.

5.5 Banners

Pinho (2000, p. 179) relata que “a própria necessidade de uma ferramenta

para conduzir os usuários aos sites resultou no surgimento dos banners, inspirados

no tradicional modelo da mídia impressa,” destacando que os banners na plataforma

digital ganharam interatividade e melhor funcionalidade.

Mas o que é banner? O banner é uma estratégia de publicidade

frequentemente encontrada nas páginas on line, seria o outdoor que é exposto nas

cidades. Trata-se de imagens com links que direcionam o usuário para a página da

organização. Os banners geralmente são expostos em páginas de tráfego elevado e

em redes sociais.

6 Newsletter é um informativo periódico destinado aos assinantes que se cadastram através

da página da empresa

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51

Figura 1 – Modelo de Banner

Fonte: Página do Cruzeiro no site oficial, 10 maio 2015

Obs.: O banner é a parte destacado com contorno preto, na figura.

A forma de pagamento de um banner varia de acordo com a audiência da

página, tamanho do banner e se ele será estático ou rotativo. O cálculo do valor é

feito pelo custo por mil (CPM), ou seja, um valor fixo para cada mil vezes que o

banner é visualizado, embora existam “alguns sites que preferem trabalhar somente

por tempo determinado e não por quantidade de exposição” (PINHO, 2000, p. 182).

Uma pesquisa feita em 1997 pela Internet Advertising Bureau que envolveu

mais de 16 mil entrevistadores, concluiu que a marca é fortalecida quando seus

banners são expostos às pessoas e que os banners podem aumentar a intenção de

compra (PINHO, 2000, p. 187). Porém, um estudo mais recente feito pela

Internacional Adobe, publicada em 2013, revela que a publicidade em forma de

banner tem causado irritação aos usuários, tornando-se uma publicidade menos

eficaz (MAIORIA..., 2013, on line).

Foram entrevistados milhares de pessoas, dentre eles, profissionais de

marketing. 60% e 58% dos consumidores do Reino Unido e Austrália,

respectivamente, informaram que a publicidade em forma de banner não funciona,

por considerá-la intrusiva, manipuladora e por chamar a atenção de forma

exagerada. Apesar do resultado negativo, os banners ainda estão presentes na

maioria das páginas institucionais e mídias sociais (MAIORIA..., 2013, on line).

5.6 Storytelling

O Storytelling ou em tradução livre, contar história é uma estratégia para

envolver não só o lead, mas também o funcionário com a empresa. Fazer com que o

Page 52: Estratégias de Marketing Digital para alavancar vendas e fortalecer a imagem da marca

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público se envolva com a história a ser contada é uma forma de captar possíveis

consumidores e fortalecer a equipe corporativa. O Storytelling busca levar emoções

as pessoas, conecta-las com os personagens da história e promover insights7.

Robert Mckee, consultor de produtoras de filmes, como a Paramount e a

Disney, em entrevista a revista Pequenas Empresas Grandes Negócios, relata que o

Storytelling atribui sentido à marca, e que os empreendedores precisam entender

essa estratégia. Para ele, “a mente humana foi construída para entender e enxergar

a vida no formato de uma história: as pessoas lembram, sonham e imaginam as

coisas como se fossem um livro, um filme, não um amontoado de fatos” (PIRES,

2014, p. 56).

“As técnicas de transmídia Storytelling basicamente elas tratam, de qual

história é interessante uma marca contar, e em quais plataformas isso vai acontecer,

de uma maneira que cada plataforma contribua com um pedacinho da história e que

seja um pedaço onde a plataforma contribua com as suas forças”. (informação

verbal) 8

Bons storytelling são feitos por grandes marcas como a Coca-Cola e a escola

de inglês CCAA. Por exemplo, a Coca-Cola conta histórias de pessoas de estilos

diferentes que se relacionam e tem em comum o gosto pelo refrigerante. O CCAA

conta histórias de pessoas que enfrentam dificuldades em algumas situações por

não entenderem ou falarem inglês. Essas histórias proporcionam identificação com o

espectador.

De acordo com uma pesquisa publicada em 2013 pela Associação Brasileira

de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD), 92% dos executivos acreditam que a

técnica de Storytelling pode melhorar a comunicação na empresa, porém, somente

27% deles utilizam essa técnica (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE TREINAMENTO E

DESENVOLVIMENTO, 2013, on line).

7 Insights é a compreensão de situações que ocorrem de forma repetida. Na publicidade

quando o comunicador provoca “insights” nas pessoas, ele faz com que elas se lembrem de situações parecidas e que possivelmente elas relacionem essas situações com o que a marca quer transmitir.

8 Informação fornecida por Martha Gabriel disponível no youtube pela HSM Educação

https://www.youtube.com/watch?v=7wdZLU7bgDk

Page 53: Estratégias de Marketing Digital para alavancar vendas e fortalecer a imagem da marca

53

5.7 Marketplace

O marketplace é uma das formas na qual as empresas têm apostado para

divulgar a sua marca na internet e colocar seus produtos à venda. O marketplace

pode ser comparado ao momento que vamos ao shopping; é um ambiente virtual,

onde vários produtos de diversas marcas são vendidos.

Bons exemplos de marketplaces no Brasil é o Mercado Livre, Sephora, OLX.

Nos Estados Unidos, destacam-se os websites como a Amazon, Ebay. O

marketplace tem se tornado uma boa saída para aqueles que desejam vender seus

produtos na internet sem ter que abrir uma loja virtual e contratar sistemas de

pagamentos.

De acordo com uma pesquisa realizada pelo E-bit, em 2012, as vendas pelos

marketplaces movimentaram R$ 6,5 bilhões. Valor que equivale a 29% do valor do

comércio on line tradicional, com R$ 22,5 bilhões (SERRANO, 2013, on line).

5.8 Compras coletivas e cupons de desconto

Participar de sites de compras coletivas é uma forma que o comerciante

encontrou de divulgar e vender seus produtos ou serviços. Em parceria com a

empresa de site de compras coletivas, o comerciante expõe seus produtos/serviços

com descontos que valem em determinado tempo.

De acordo com Martins e Ribeiro (2012, on line) a vantagem da compra

coletiva para o comprador é causada pela “Facilidade e praticidade de realizar

compras oferecidas com super descontos.”, já para o anunciante, é vantajoso por

ser uma “oportunidade de despertar a atenção de clientes que até então não tinham

o conhecimento do seu produto e da sua marca em promoção”. Já as desvantagens

são as limitações das informações sobre o produto/serviço, a má preparação das

empresas que contratam esse tipo de estratégia e não conseguem atender a

demanda.

A compra coletiva também causa no consumidor a reação de agir por

impulso, tentados por super promoções, o consumidor vê na compra coletiva a

oportunidade de se fazer um bom negócio, mesmo que às vezes não haja nem

necessidade de compra. Segundo Costa e Laran (2003, p. 37 apud RIBEIRO;

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MARTINS, 2012, on line), “o comportamento de compra por impulso ocorre quando

o consumidor adquire algo de forma repentina e sem controle sobre seus atos,

obtendo produtos de forma puramente emocional”.

Sobre o mercado de compras coletivas no Brasil, Benazzi e Pedra (2011, on

line), descrevem que:

O mercado de compras coletivas no Brasil surgiu no início de 2010 com a criação do Peixe Urbano e dados do e-bit 2011, nos mostram que o número de sites do gênero chegou, em Janeiro de 2011, a mais de mil (Schnoor, 2011). Esse rápido crescimento se dá pelo alto nível de lucratividade do negócio, segundo Vitulli (2011). Em 2010 os sites de compra coletiva tiveram um faturamento superior a US$ 500 milhões.

Os cupons de descontos, parecido com a compra coletiva por proporcionar

produtos/serviços com muitos descontos, são estratégias usadas pelos

comerciantes para conquistar novos consumidores e aumentar o fluxo de vendas.

Os cupons de descontos são fornecidos no próprio site da organização e divulgados

através das redes sociais e ações de e-mail marketing.

5.9 Customer Relationship Management (CRM)

Customer Relationship Management (CRM) é uma estratégia com foco no

consumidor, sendo um dos seus objetivos fidelizar clientes. Conforme expõe Swift

(2001, p. 8) o “CRM baseia-se na premissa, atualmente bem conhecida, que custa

menos manter os clientes atuais do que obter novos – na realidade, cinco vezes

menos”.

Empresas também têm investidos em softwares para fornecer sistemas de

CRM que facilitam a gestão do empreendedor. O sistema integra vários recursos de

marketing de relacionamento de forma automatizada. No CRM é possível, por

exemplo, obter os históricos de cada cliente, situações de estoque, catálogos de

produtos, planejar e criar relatórios sobre ações digitais, etc. Exemplos de marcas

que fornecem sistema de CRM são as empresas Resultados Digitais, Microsoft, e o

Google.

Page 55: Estratégias de Marketing Digital para alavancar vendas e fortalecer a imagem da marca

55

5.10 Mensurando as estratégias de marketing on line

Para produzir um bom plano de comunicação é fundamental que o

profissional da área conheça seu público-alvo, defina as estratégias de marketing,

saiba em quais plataformas irá aplicar e, é preciso também, mensurar os resultados

obtidos com as ações de marketing digital. Analisar esses resultados é essencial

para que a organização saiba qual anúncio trouxe melhor retorno e em qual vale a

pena continuar investindo.

As próprias mídias sociais como o Facebook, Youtube ou links patrocinados

pelo Google Adwords disponibilizam os resultados alcançados pela ação de

marketing para o anunciante. Para aqueles que possuem o próprio site, o Google

criou de forma gratuita, o Google Analytics, uma ferramenta vários dados, como a

quantidade de visitas, quanto tempo eles permaneceram na página, etc. Saber

quantas curtidas e comentários foram alcançados, quantas pessoas clicaram no link

do anúncio é importante, mas é preciso ir além disso. O objetivo de uma

organização não é ter uma página com milhares de curtidas e sim visitantes que se

tornem clientes.

“Pode-se observar nas literaturas disponíveis, que as empresas têm

dificuldade em avaliar a eficácia das iniciativas nas redes sociais, pois ainda não

entenderam como medir os resultados” (HERINGER; DÓRIA, 2012 p. 100). Por isso,

para que seja feito uma boa análise dos resultados de uma campanha de marketing,

é necessário recorrer a outras métricas.

5.10.1 Taxa de Churn

A taxa de Churn ou taxa de abandono é uma forma de mensurar quantas e

quais pessoas deixaram de pagar pelo seu serviço ou produto. Gerenciar essa

métrica é importante para não perder clientes que compravam com frequência e

entender porque ele deixou de investir na sua marca. Sobre o objetivo da taxa de

Churn, Daré (2007, p. 70) relata que:

Com ele [taxa de Churn] a empresa pode tomar atitudes não só reativas, em relação aos clientes que desistiram do serviço, mas principalmente ações pró-ativas, ao identificar os bons clientes e selecionar planos especiais para garantir sua manutenção, evitando, com isso, a evasão dos clientes que agregam valores para a empresa. Preocupa-se com o tipo do cliente que tende a sair, em identificar os bons clientes, e o porquê dos clientes lucrativos resolverem sair [...].

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5.10.2 Taxa de Conversão

Existem vários tipos de taxas de conversão: visitantes, vendas e acessos. Em

todos os casos, o objetivo é fazer com que o visitante se torne lead e depois um

cliente.

Pode-se se medir essas taxas pelo número de visitantes que retornaram ao

site, quanto tempo ele permaneceu e se ele tornou-se cliente, quantas vendas foram

realizadas. Caso os visitantes acessem a página e saiam em poucos minutos, pode-

se perceber que a forma usada para captar os prospectos clientes não está sendo

eficaz. É interessante também, saber as origens de tráfego desses visitantes, ou

seja, se acessaram a página por meio de links pagos ou orgânicos e de qual região

demográfica são.

5.10.3 Retorno sobre o investimento (ROI)

O retorno sobre o investimento (ROI) mede de forma mais próxima o

resultado investido em uma campanha. De acordo com a Associação Brasileira de

Marketing Direto (2015, on line) o ROI “define a relação entre quanto a empresa

ganhou ou perdeu em relação a um determinado investimento”, calcula-se o ROI

subtraindo o investimento da margem dividida pelo investimento.

5.10.4 Lifetime Customer Value

Lifetime Customer Value, Customer Equity, ou Lifetimevalue, e, traduzindo,

valor vitalício do cliente, é uma métrica utilizada para saber qual valor o cliente tem

para a empresa diante do retorno que ele trouxe ao longo prazo, levando em

consideração os custos e as receitas de cada relacionamento. “O modelo valor do

cliente enfatiza a importância do gerenciamento dos clientes-chaves de uma

empresa e aponta a habilidade de retê-los como condição para garantir a sua

sobrevivência” (TEIXEIRA et al., 2007, p. 40).

5.10.5 Taxa de Rejeição

Taxa de rejeição, ou Bounce Rate, no termo original em inglês, é a taxa que

mede a quantidade de usuários que abandonaram seu site no primeiro acesso, sem

interagir com a página. Caso essa taxa esteja alta na página da organização, é

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necessário analisar quais os fatores que possam estar causando esse “abandono”

por parte do usuário.

O Google (2015, on line) lista alguns fatores que podem contribuir para o

aumento da taxa de rejeição como problemas de design ou utilização do site e

dificuldades de encontrar todas as informações em única página, o que não levará o

usuário a percorrer e a se interessar por outras páginas.

5.10.6 Custo por lead

Custo por lead é a forma de calcular quanto o anunciante investiu em

marketing para alcançar um prospecto cliente. Para calcular essa métrica, é

necessário dividir o total gasto com uma campanha de publicidade pelos leads que

foram gerados por ela. Conhecer quanto que vale cada lead para a organização é

interessante para saber se vale a pena continuar investimento na campanha

publicitária e até quanto vale a pena pagar por esse investimento.

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6 ESTUDO DE CASO

6.1 Cruzeiro Esporte Clube

O Cruzeiro Esporte Clube é uma associação poliesportiva brasileira fundada

por italianos em 02 de janeiro de 1921, com sede em Belo Horizonte, Minas Gerais.

Inicialmente foi nomeada de Societá Sportiva Palestra Itália e tinha em sua bandeira

as cores vermelha e verde em referência a bandeira da Itália. Após a 2ª Guerra

Mundial, o Brasil proibiu o uso de termos que remetem à Itália, então o clube foi

nomeado como Cruzeiro Esporte Clube em homenagem ao símbolo maior da pátria

brasileira e adotou as cores azul e branca.

O time é reconhecido mundialmente por suas excelentes estruturas físicas,

bons jogadores revelados e por seus títulos. O Cruzeiro tem destaque no futebol,

vôlei, atletismo e bocha. Estima-se que são 8 milhões de torcedores pelo mundo9.

Mas e o Cruzeiro e sua presença digital? Quais ações de marketing digital ele

adota? Será que nesse quesito, ele também é merecedor de títulos?

6.2 Presença do clube nas mídias sociais

Conforme dados do departamento de marketing do clube, nas redes sociais, o

Cruzeiro possui perfil no Facebook, Twitter e Instagram.

No Facebook, a página do clube celeste surgiu no ano de 2008. A partir de

uma nova administração no ano de 2013, os resultados de engajamento na página

aumentaram consideravelmente. Somente no ano de 2013, houve um aumento de

92,8% no número de seguidores, no ano de 2014, houve um aumento de 80,82%,

atualmente são 2,6 milhões de seguidores, destes 44% são mulheres e 56% são

homens. A página do Cruzeiro é a sexta maior página de clubes de futebol da série

A, no Brasil.

As redes sociais são utilizadas também para divulgar ações do clube no

exterior, como parcerias que o Cruzeiro faz com times do exterior para revelar

talentos e jogos da categoria de base e profissional que são realizados fora do país.

9 Informações pelo site oficial do Cruzeiro Esporte Clube

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Em sua base de seguidores, o Cruzeiro possui acessos de países como Estados

Unidos, Portugal, Marrocos, entre outros.

Figura 2 – Informações sobre as pessoas que curtem a página do

Cruzeiro no Facebook

Fonte: Departamento de Marketing do Cruzeiro, figura enviada no dia 06 mar. de 2015

Os conteúdos publicados no Facebook referem-se a notícias sobre o time e

seus próximos jogos, promoções que o clube realiza com outras empresas, vídeos

de entrevistas e divulgação sobre o programa Sócio do Futebol.

O Sócio do Futebol é um programa que garante acessos aos jogos,

descontos em mais de 600 produtos, visitas à Toca da Raposa10 e está disponível

em 8 categorias com preços e privilégios variados. O departamento de marketing do

Cruzeiro informou que ainda não é possível mensurar diretamente as conversões ao

programa Sócio do Futebol por meios de ações nas redes sociais, mas informa que

o crescimento de adeptos ao programa em 2013, foi de aproximadamente 1300

sócios/mês e em 2014, 1100 sócios/mês. E que atualmente, o objetivo nas redes

sociais é a divulgação do Sócio do Futebol em todas as suas ações (planos,

eventos, rede de descontos, etc.).

10 Toca da Raposa é o nome dado ao centro de treinamento do Cruzeiro Esporte Clube

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Figura 3 – Uma publicação do Cruzeiro no Facebook sobre uma

vantagem em ser Sócio do Futebol

Fonte: Página do Cruzeiro no Facebook, 10 maio 2015

A princípio, as divulgações do clube nas redes sociais eram sobre conteúdos

institucionais. Gradativamente, o clube começou a interagir mais com os usuários,

principalmente pelo Twitter, plataforma que, conforme relata o departamento de

marketing do clube, se mostrou ser mais dinâmica. No twitter (@cruzeiro), o clube

possui 935 mil seguidores. Neste ano, o crescimento de seguidores por dia de

janeiro para fevereiro foi de 111,5%, num total de 29.553 interações por meio de

respostas, retweets11 e favoritos.

O clube interage com os internautas por meio de agradecimentos por

mensagens ao clube, mensagens para os perfis dos jogadores do elenco, narração

de jogos e quiz sobre a história do clube. Todavia, a maioria dos tweets12 postados é

informativa com links que direcionam a outros sites.

11

Retweet significa repostar algo que já foi escrito por outro usuário no twitter. 12

Tweet é o nome dado a uma mensagem pela rede social Twitter.

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Figura 4 – Exemplos de tweets postados pelo perfil do Cruzeiro

Fonte: Página do Cruzeiro no Twitter, 10 maio 2015

Obs.: O primeiro tweet da figura refere-se a um retweet de uma torcedora do clube, e o segundo refere-se a uma informação sobre o time em um campeonato.

No instagram o Cruzeiro criou sua conta oficial (@cruzeiro) em abril de 2013 e

possui mais de 176 mil seguidores, o quarto maior perfil entre os clubes da série A.

No perfil são publicados fotos com informações sobre promoções, jogos e sócio

futebol, semelhantes aos conteúdos que são postadas nas outras redes sociais.

Figura 5 – Perfil do Cruzeiro no Instagram

Fonte: Perfil do Cruzeiro no Instagram, 10 maio 2015

Page 62: Estratégias de Marketing Digital para alavancar vendas e fortalecer a imagem da marca

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6.3 Presença do termo “Cruzeiro” nos mecanismos de busca

Ao buscar somente a palavra Cruzeiro no mecanismo de busca, como o

Google, por exemplo, nota-se vários conteúdos a respeito do Cruzeiro Esporte Clube

e não de outras definições da palavra “Cruzeiro”.

Com este resultado, pode-se perceber que os conteúdos da palavra Cruzeiro

em relação ao clube, são mais relevantes na página do Google. Na parte superior

consta o próximo jogo do time, ao lado direito constam fotos e informações a

respeito de sua origem e nos links abaixos, notícias em destaque e o site oficial. A

palavra “Cruzeiro” em referência a outra marca só aparece no sexto link.

Figura 6 – Busca da palavra “Cruzeiro” no Google

Fonte: Autora, 10 maio 2015

Figura 7 – Outro conceito sobre a palavra “Cruzeiro” só aparece no

sexto link

Fonte: Autora, 10 maio 2015

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63

6.4 Estratégias e informações recebidas

As estratégias de marketing digital do Cruzeiro são definidas através de

reuniões do departamento de marketing, onde são discutidos os conceitos de cada

campanha, o tempo e onde será feita a veiculação. As campanhas são criadas

conforme demandas detectadas nas mídias sociais ou pelo momento do time.

Em relações as estratégias de marketing digital descritas neste trabalho, a

hashtag13 #fechadocomocruzeiro, por exemplo, foi criada nas redes sociais pelos

torcedores, em apoio ao time na final do campeonato mineiro de futebol de 2013. O

Cruzeiro transformou essa hashtag em uma grande campanha, criando produtos e

promoções para aumentar a interação com o torcedor.

Quanto aos anúncios nas redes sociais, o Cruzeiro não promove anúncios

pagos, somente orgânicos. O expressivo aumento, em médio prazo, de seguidores e

interações nas redes sociais, pode estar associado com a paixão pelo esporte, a

ascensão das redes sociais e os call to action14 com links das redes sociais no site

oficial do Cruzeiro.

O Cruzeiro também não utiliza cupom de descontos e não promove anúncios

pagos em sites de buscas, como o Google Adwords, somente orgânicos. O único

anúncio promovido referente ao Cruzeiro que aparece nos resultados de pesquisa

do Google é do ShopCruzeiro. Porém, este é uma parceria do Cruzeiro com a

empresa Netshoes, responsável por este anúncio pago.

O Cruzeiro utiliza estratégias de e-mail marketing e, inclusive, está adaptando

este modelo para ser mais assertivos nas entregas. Quanto ao sistema de CRM, ele

é todo direcionado para o programa Sócio do Futebol, com campanhas exclusivas

para o atendimento aos associados ao programa.

De acordo com o departamento de marketing do Cruzeiro, a comunicação do

clube está trabalhando para a geração de contéudo exclusivo e está firmando

13

Hashtag é precedida pelo símbolo “jogo da velha” e é utilizada para categorizar assuntos na internet.

14 Call to Action que significa “chamada para ação” são ícones em páginas da internet que

quando clicados, direcionam para determinadas páginas.

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parceria com o Twitter, Facebook e Instagram, e com a equipe deles, traçando

estratégias focadas em marketing de contéudo.

Já as informações como críticas e sugestões recebidas nas redes sociais do

clube, as sugestões são estudadas e analisadas para saber se há possibilidade de

execução. Quanto às críticas negativas que se tratam de algo específico, os

torcedores são atendidos de forma individual, caso seja uma reclamação coletiva, o

clube procura atender as reclamações e promover ações que as minimizem.

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7 Conclusão

A evolução da comunicação com o advento da internet trouxe a necessidade

de aplicar o marketing na plataforma digital. Por meio de estudos do comportamento

do consumidor, pode-se perceber vários fatores que influenciam sua decisão de

compra. A internet tornou-se mais um espaço para que este consumidor, cada vez

mais exigente e em busca de satisfazer seus desejos, possa expor suas ideias,

opiniões e adquirir produtos.

As estratégias de marketing digital não são apenas fundamentais para as

marcas que possuem e-commerce, mas conforme exposto neste trabalho, mesmo

as marcas que não fazem vendas através da internet não estão isentas de opiniões

do consumidor on line. Por isso, torna-se importante a presença da marca no espaço

virtual. Esta presença que, com auxílios das ferramentas estratégicas de marketing

digital, podem aumentar as vendas e fortalecer a imagem da marca.

As estratégias de marketing digital possibilitam a organização interagir com

seus consumidores por meio das mídias sociais, produzir conteúdos e promover

anúncios, criando uma relação mais próxima e parceira entre a empresa e a marca.

Em um mercado cada vez mais competitivo e diante de muitas opções, para que se

alcance sucesso, é necessário que o cliente seja mais que um consumidor, ele

precisa ser mais próximo da empresa, ser parceiro.

A internet e as tecnologias de informação têm evoluído consideravelmente, tal

como os números de usuários de internet e seu acesso a ela. Captar este

consumidor que na era da informação e tecnologia utiliza massivamente a internet é

uma das formas da marca alcançar prospectos clientes e ter o reconhecimento de

sua marca. Por isso, as estratégias de marketing digital.

Este trabalho por meio de referências de estudiosos na área da comunicação,

pesquisas sobre a legitimidade das teorias e das estratégias de marketing digital,

demostrou como é importante conhecer seu consumidor, saber quais estratégias

aplicar e como mensurar. Afinal, conhecer os resultados é essencial para saber qual

investimento é satisfatório.

No estudo de caso deste trabalho foi feita uma análise da utilização das

estratégias de marketing digital pelo Cruzeiro Esporte Clube e sua presença no

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espaço virtual. Por meio dos resultados de dados relacionados à interatividade do

Cruzeiro nas redes sociais e na web em geral, pode-se perceber que as ações de

marketing proporcionam uma relação melhor do torcedor com o clube, o que por sua

vez, valoriza a imagem da marca Cruzeiro no âmbito nacional e internacional.

Todavia, interações mais íntimas do clube com o torcedor não foram

encontradas, recentemente, nas mídias sociais do clube, que utiliza as páginas da

internet estritamente para divulgar informações a respeito de seus times e de

parceiros e programas, como o Sócio do Futebol. Interagir com os torcedores com

simples perguntas como “qual foi o seu jogo preferido?” ou “qual loucura você faria

pelo Cruzeiro?”, seriam formas de não apenas fornecer informações aos torcedores,

mas também saber seus sentimentos e histórias sobre o clube.

Não foram notadas também, manifestações do clube em suas páginas na

internet, após derrota em jogos importantes ou desclassificação em campeonatos.

Informar ao torcedor, em curto prazo, que o clube está ciente do ocorrido e divulgar

mensagens positivas, até mesmo de jogadores ou alguém da comissão técnica,

seria interessante também, para aumentar ainda mais a participação do torcedor.

Conclui-se, portanto, que este trabalho atingiu seus objetivos, legitimando as

teorias a respeito do tema apresentado, com pesquisas, referências de estudiosos e

estudo de caso. Demonstrando que as estratégias de marketing digital potencializam

o relacionamento com o prospecto consumidor, o que possibilitam o aumento das

vendas e reforça a identidade da marca.

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REFERÊNCIAS

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