estratÉgia de alfabetizaÇÃo

Upload: abdul-siaca-assamo-chinaca

Post on 19-Oct-2015

19 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

alfabetização em moçambiqueestratégias implementaçãopapel dos intervenientes

TRANSCRIPT

  • 1

    Repblica de Moambique

    Conselho de Ministros

    ESTRATGIA

    DE ALFABETIZAO E EDUCAO DE ADULTOS EM MOAMBIQUE

    (2010-2015)

    Por um Moambique Alfabetizado e em Desenvolvimento Sustentvel

    Aprovada pelo Conselho de Ministros aos 01 de Maro de 2011.

  • 2

    ndice

    Acrnimos ou Chave de Siglas e Abreviaturas ................................................................................................ 3

    Definio de Termos-Chave ............................................................................................................................... 4

    Sumrio Executivo .............................................................................................................................................. 6

    I. Introduo ........................................................................................................................................................ 9

    II. Contextualizao .......................................................................................................................................... 11

    2.1. Situao Actual ............................................................................................................................................ 12

    2.2. Pertinncia da Estratgia ............................................................................................................................. 13

    2.3. Anlise de Foras, Oportunidades, Fraquezas e Ameaas ........................................................................... 14

    2.4. Viso, Misso e Princpios Fundamentais .................................................................................................... 16

    III. Desafios e Objectivos .................................................................................................................................. 18

    3.1. Desafios da Estratgia .................................................................................................................................. 18

    3.2. Objectivo Geral ............................................................................................................................................ 18

    3.3. Objectivos Especficos .................................................................................................................................. 18

    3.4. Grupos-Alvo ................................................................................................................................................. 19

    IV. Pilares da Estratgia .................................................................................................................................. 19

    4.1. Primeiro Pilar: Acesso e Reteno ............................................................................................................... 19

    4.2. Segundo Pilar: Melhoria da Qualidade e Relevncia ................................................................................... 19

    4.3. Terceiro Pilar: Reforo da Capacidade Institucional .................................................................................... 20

    V. Directrizes para a implementao .............................................................................................................. 20

    5.1. Responsabilidades ....................................................................................................................................... 21

    5.2. Gesto .......................................................................................................................................................... 21

    5.3. Administrao .............................................................................................................................................. 21

    5.4. Logstica ....................................................................................................................................................... 22

    VI. Estratgias de Financiamento ................................................................................................................... 23

    VII. Monitoria e Avaliao............................................................................................................................... 24

    7.1. Monitoria ..................................................................................................................................................... 24

    7.2. Avaliao ...................................................................................................................................................... 24

    7.3. Uso e divulgao da informao .................................................................................................................. 25

    Anexo I: Matriz de Objectivos, Aces Estratgicas e Resultados ............................................................... 26

    Primeiro Pilar: Acesso e Reteno ...................................................................................................................... 27

    Segundo Pilar: Melhoria da Qualidade e Relevncia .......................................................................................... 29

    Terceiro Pilar: Reforo da Capacidade Institucional ........................................................................................... 32

    Anexo II: Cronograma de Aces e Custos da Implementao da Estratgia .......................................... 377

  • 3

    Acrnimos ou Chave de Siglas e Abreviaturas

    AEA Alfabetizao e Educao de Adultos

    Alfalit Alfabetizao e Literatura

    Alfa-Rdio Alfabetizao pela Rdio

    CapEFA Desenvolvimento da Capacidade de Educao para Todos

    CCDCs Centros Comunitrios de Desenvolvimento de Competncias CFQAEA Centros de Formao de Quadros de Alfabetizao e Educao de Adultos

    CONFINTEA VI VI Conferncia Internacional de Educao de Adultos

    DINAEA Direco Nacional de Alfabetizao e Educao de Adultos

    DIPLAC Direco de Planificao e Cooperao

    DPEC Direco Provincial de Educao e Cultura

    ENF Educao No-Formal

    EPT Ensino Tcnico Profissional

    Felitamo Projecto de Alfabetizao feminina Angola e Moambique

    FTI Iniciativa Acelerada da Educao Para Todos (Fast Track Initiative)

    GT Grupo de Trabalho

    IFEAs Institutos de Formao de Educadores de Adultos IFPs Institutos de Formao de Professores INEA Instituto Nacional de Educao de Adultos

    LIFE Iniciativa de Alfabetizao para o Empoderamento

    MCCD Membros dos Conselhos Consultivos Distritais

    MEC Ministrio da Educao e Cultura

    MICs Inqurito de Indicadores Mltiplos MINED Ministrio da Educao

    ODM Objectivos de Desenvolvimento do Milnio

    ONGs Organizaes No Governamentais

    OTEOs Orientaes e Tarefas Escolares Obrigatrias PEEC Plano Estratgico da Educao e Cultura

    PQG Programa Quinquenal do Governo

    Reflect Abordagem integrada Paulo Freireana com o Diagnstico Rpido Participativo

    SDEJT Servio Distrital de Educao Juventude e Tecnologia

    UCM Universidade Catlica de Moambique

    UEM Universidade Eduardo Mondlane

    UNESCO Organizao das Naes Unidas para Educao Cincia e Cultura

    UP Universidade Pedaggica

    ZIPs Zonas de Influncia Pedaggica

  • 4

    Defini o de Termos-Chve

    Alfabetizao - Aquisio e aplicao de habilidades bsicas de leitura, escrita e clculo.

    Alfabetizador: Indivduo facilitador do processo de aprendizagem bsica da leitura, escrita e

    clculo.

    Alfabetizando: Sujeito activo no processo de aprendizagem bsica da leitura, escrita e clculo.

    Alfabetizao Funcional: Aprendizagem atravs de um conjunto de actividades de leitura,

    escrita e clculo que permitem que as pessoas, individual ou colectivamente, apliquem os seus

    conhecimentos de forma efectiva para a melhoria das suas condies de vida e da comunidade.

    Ambientes de Alfabetizao: Contexto favorvel aprendizagem e uso da leitura, escrita e

    clculo.

    Andragogia: Arte e cincia que orienta o processo de aprendizagem de jovens e adultos.

    Aprendizagem: Forma sistemtica ou assistemtica de construo de conhecimentos, atitudes e

    habilidades.

    Aprendizagem ao longo da vida: Toda a actividade de aprendizagem, em qualquer estgio da

    vida, cujo objectivo melhorar os conhecimentos, as aptides e as competncias, com vista

    promoo da cidadania. tambm designada por educao permanente.

    Competncias: Conjunto de conhecimentos, atitudes e habilidades necessrios para a resoluo

    de problemas num determinado contexto.

    Educao Bsica: Conjunto de actividades desenhadas para aquisio e desenvolvimento de

    conhecimentos gerais e competncias elementares necessrios ao indivduo na vida em

    sociedade.

    Educao de Jovens e Adultos: Processo de aprendizagem formal, no formal e informal, em que jovens e adultos desenvolvem habilidades, conhecimentos e atitudes, aperfeioando as suas

    qualificaes tcnicas e profissionais, na perspectiva de satisfazer as suas necessidades, da

    comunidade e da sociedade em geral.

    Educao Formal: Sistema escolar, estruturado e institucionalizado, que obedece a etapas,

    segundo um plano de estudos, papis definidos para educandos e educadores, e culmina com

    uma certificao.

    Educao Informal: Aquisio assistemtica de conhecimentos, habilidades e atitudes, atravs de experincias em diferentes contextos.

    Educao No-Formal (ENF): Conjunto de actividades educacionais, organizadas e

    sistemticas, realizadas fora do quadro do sistema formal de ensino, flexveis em tempo, local e

    na adaptao dos contedos s necessidades dos educandos.

    Educador: Indivduo, com formao profissional, que facilita o processo de aprendizagem ps-

    alfabetizao.

    Empoderamento: Processo que conduz as pessoas, organizaes e comunidades a tomar

    conscincia das suas competncias e potencialidades para controlar a sua prpria vida e gerir os

    seus destinos.

    Ensino centrado no formando/alfabetizando: Processo de ensino e aprendizagem em que o

    formando/ alfabetizando o sujeito activo na construo do conhecimento.

    Ensino profissionalizante: o tipo de ensino que se caracteriza pela preparao do pblico

    beneficirio para o mercado laboral, (empreendimento de um negcio) (e isto profissionalizante!)

    ou para fazer frente s exigncias do quotidiano.

  • 5

    Formao Vocacional: Desenvolvimento de conhecimentos, atitudes e habilidades necessrios

    para o indivduo exercer uma actividade profissional, de acordo com o seu talento, inclinaes e

    necessidades.

    Habilidades para a vida: Conjunto de conhecimentos, atitudes e comportamentos necessrios

    para saber fazer, estar e ser.

    Literacia: Comunicao bsica atravs da leitura e escrita no domnio da vida. Necessidades Bsicas de Aprendizagem: Conhecimentos, competncias, atitudes e valores

    necessrios aos indivduos para sobreviver, melhorar a qualidade de vida, continuar a aprender e

    participar efectivamente na vida social, econmica e poltica.

    Numeracia: Capacidade de usar nmeros, fazendo clculos bsicos de forma efectiva para

    resolver problemas do dia-a-dia.

    Ps-alfabetizao: Conjunto de actividades de seguimento para consolidar as competncias adquiridas na alfabetizao e ampliar outros conhecimentos.

    Sociedade Civil: No contexto desta Estratgia, por sociedade civil se entende o conjunto de

    organizaes (ONGs, associaes comunitrias de base, igrejas, sindicatos, associaes de

    empresrios, etc.) e instituies (universidades e institutos superiores de investigao privados,

    meios de comunicao social privados, etc.) que no fazem parte do Aparelho do Estado.

  • 6

    Sumrio Executivo

    A alfabetizao assume um papel preponderante nos esforos do Governo de combate pobreza,

    por isso, liderou o processo de elaborao da segunda Estratgia, que visa aumentar as

    oportunidades de educao bsica dos jovens e adultos, atravs de um conjunto de aces

    integradas das instituies do governo e no-governamentais, para a reduo da taxa do

    analfabetismo dos actuais 48,1% para 30% em 2015, contribuindo desta forma para promoo da

    cidadania e reduo da pobreza.

    As demandas que se colocam para o Sector da Educao e seus parceiros, na rea de

    Alfabetizao e Educao de Adultos para o alcance das metas do Milnio, incluindo as de

    Dacar, exigem o estabelecimento de uma plataforma de trabalho entre todos os intervenientes,

    havendo a necessidade de assegurar o acesso e a reteno, a melhoria da qualidade e o reforo da

    capacidade institucional, de forma a responder, da melhor maneira, aos desafios de erradicao

    de analfabetismo e, contribuir dessa forma, para o desenvolvimento scio-econmico do Pas.

    Esta Estratgia est alinhada com os Objectivos do Programa Quinquenal do Governo,

    operacionalizados no Plano Estratgico do Sector da Educao. Alm do alinhamento vertical e

    horizontal entre o nvel nacional, local e a coordenao intra-sectorial entre o subsector de

    Alfabetizao e Educao de Adultos com os subsectores do Ensino Primrio e Secundrio do

    curso nocturno, respectivamente, atravs do envolvimento das Zonas de Influncia Pedaggica

    (ZIPs) e das escolas primrias como epicentros. Caber aos directores das escolas fazer a gesto da Educao de Adultos, atravs da tutoria dos Centros de Alfabetizao em torno das suas

    escolas. Por outro lado, dever haver uma coordenao com o Ensino Tcnico Profissional,

    particularmente, na Educao No Formal (ENF) que propicie actividades educativas que criem

    habilidades e aptides profissionalizantes e de assuno de comportamentos e atitudes

    socialmente positivas.

    A Estratgia, foi desenvolvida com a viso de, por um lado, proporcionar uma oportunidade a

    pessoas jovens e adultas de ambos os sexos, com ateno especial mulher e rapariga, com

    idade igual ou superior a 15 anos, no alfabetizados, ou que no tenham concludo o primeiro

    ciclo do primeiro grau, do nvel primrio, para que sejam alfabetizados e, por outro lado,

    promover a aprendizagem ao longo da vida.

    A misso de promover a educao bsica equitativa e a aprendizagem ao longo da vida para

    jovens e adultos, em parceria com a Sociedade Civil, reconhecendo a educao como atributo

    essencial para o desenvolvimento, econmico, social, cultural e humano, reduzindo a actual taxa

    de analfabetismo de 48,1% para 30% em 2015, contribuindo desta forma para a reduo da

    pobreza em Moambique.

    A estratgia vai beneficiar a todas instituies pblicas e privadas, em particular, para Jovens e

    adultos em idade activa de ambos sexos, incluindo pessoas portadoras de deficincia, instituies

    do Governo, Parceiros, Sector Privado, Lideranas comunitrias, ONGs, Sociedade Civil e Sindicatos.

  • 7

    O Acesso e Reteno configuram-se como sendo elementos fundamentais para o sucesso da

    educao e exerccio da cidadania, uma vez que, atravs deles, se resguarda a entrada e

    permanncia de jovens e adultos nos programas de educao, em todos os nveis, saindo com

    competncias e habilidades requeridas de leitura escrita e clculo e sua utilizao para a vida,

    permitindo enfrentar, de forma sustentvel, os desafios da mudana e do desenvolvimento.

    Nesse sentido, o esforo a ser empreendido o de criar condies para que estes grupos estejam

    suficientemente motivados para frequentarem os cursos oferecidos nos programas de AEA e

    prosseguirem os seus estudos at elevados nveis de escolaridade. Trata-se aqui de garantir que

    os grupos-alvo se beneficiem de forma igualitria das oportunidades, de acordo com as suas

    especificidades.

    A qualidade de ensino tem que ser entendida como satisfazendo critrios bem definidos que

    expressam: Definio de critrios pedaggicos e sociais; explicitao de indicadores; plani-

    ficao e execuo de estratgias de avaliao mais amplas para validao da qualidade de

    ensino desejado. Nesta rea sero revistos o currculo, os materiais de alfabetizao e realizadas

    aces de formao e capacitao, aces no mbito de Habilidades para a Vida, Gnero,

    Preveno e Combate a Doenas Endmicas, incluindo a Pandemia do HIV e SIDA, em parceria

    com outros intervenientes a todos os nveis, com profissionais capazes de responder com

    eficincia e eficcia s atribuies e desafios que se colocam na implementao da Estratgia de

    AEA.

    Para a implementao eficiente e eficaz da Estratgia de AEA, necessrio, a partir do ano 2010

    reforar e desenvolver a capacidade institucional da DINAEA a nvel local, distrital, provincial e

    central e das organizaes da Sociedade Civil envolvidas na implementao de programas de

    AEA em todo o pas.

    A prioridade deve ser dada primeiramente ao nvel local e ir avanando para os outros nveis,

    pois, deve-se partir do princpio que o centro das atenes reside onde se encontra o processo de

    ensino-aprendizagem, da a necessidade de criao de todas as condies essenciais para os

    resultados desejados. Assim, na implementao da estratgia de reforo da capacidade deve dar-

    se primazia aos Institutos de Formao de Educadores de Adultos (IFEAs) e s Instituies de

    Formao Profissional para o auto-emprego e emprego (INEFP), Institutos de Formao de

    Professores (IFPs). Cabe ao Estado, atravs do MINED, desempenhar o papel de facilitador, assim, deve ser, por um

    lado, provedor de polticas e estratgias, currculos, livros e fazer a monitoria e avaliao da

    implementao e, por outro lado, o Estado deve garantir a articulao e coordenao entre os

    diferentes sectores (nomeadamente Agricultura, Defesa Nacional, Mulher e Aco Social,

    Juventude e Desportos, Sade), parceiros de cooperao multilateral e bilateral, sociedade civil,

    empresas pblicas e privadas, confisses religiosas e Movimento de Educao para todos, na

    implementao da segunda Estratgia. Com efeito, cabe ao Estado, estabelecer as devidas

    ligaes entre as aces desenvolvidas pelos parceiros e as polticas nacionais, tendo em conta os

    compromissos internacionais, tanto na rea de alfabetizao (iniciativa LIFE e outras), bem

    como na promoo do desenvolvimento econmico e social do Pas (os Objectivos de

    Desenvolvimento do Milnio).

  • 8

    Aos Parceiros de Cooperao Bilateral ou Multilateral cabe o papel de apoiar a implementao

    dos Programas de AEA, provendo recursos humanos (assistncia tcnica), materiais e

    financeiros, alm de participarem nas aces de promoo, marketing, advocacia e sensibilizao

    ao nvel das suas sedes sobre a importncia da implementao da Estratgia, como contributo

    para ter um Moambique Livre do Analfabetismo.

    Aos parceiros nacionais atravs dos Governos Locais, para alm de garantir a articulao e

    coordenao cabe o papel de, em parceria com a Sociedade Civil, Empresas Pblicas e Privadas,

    Programas e Projectos financiados pelos Parceiros de cooperao, Confisses Religiosas,

    Escolas, Centros de Alfabetizao e Educao de Adultos e outras formas de organizao das

    comunidades, fazer a proviso de recursos e a implementao dos programas e iniciativas de

    alfabetizao nas suas diferentes formas, incluindo habilidades para vida, nomeadamente Alfa-

    Regular, Alfa-Rdio, Alfalit, Famlia Sem Analfabetismo, Reflect e Alfa em lnguas locais.

    O Governo tem um potencial, para junto dos seus parceiros, do sector privado e outros, mobilizar

    recursos para o desenvolvimento de aces de alfabetizao e educao de adultos. Para uma

    melhor gesto dos recursos destinados a implementao de Programas de Alfabetizao e

    Educao de Adultos e Educao no-Formal se preconiza, como aco estratgica, a criao do

    Fundo da Alfabetizao e Educao de Adultos e Educao no-Formal.

    Para a concretizao deste postulado, devero ser realizadas aces de mobilizao e

    sensibilizao para garantir o envolvimento dos potenciais contribuintes deste fundo, que so o

    governo, a sociedade civil, os parceiros de cooperao sector privado e outros. Existem outros

    organismos, em particular, as ONGs nacionais e internacionais e as confisses religiosas que atravs de projectos disponibilizam recursos humanos e financeiros para a alfabetizao. Estes

    devem ser estimulados a alimentar o Fundo da alfabetizao.

    O processo de monitoria geral da implementao da Estratgia da responsabilidade do

    Governo, atravs dos seus rgos existentes ao nvel territorial, nomeadamente a DINAEA,

    DPECs e os SDEJTs, que em parceria com os diferentes actores procedero o acompanhamento da implementao da Estratgia.

    De forma a assegurar a objectividade da anlise, concluses e recomendaes, as avaliaes

    devero ser feitas por equipas independentes, compostas, principalmente, por especialistas em

    avaliao de programas de AEA, tanto nacionais, como externas (sempre que se justificar), cuja

    tarefa ser de, por um lado, apreciar, analisar, avaliar e validar quantitativa e qualitativamente os

    processos e resultados, nas diferentes fases de implementao da Estratgia, quanto

    performance dos alfabetizadores, qualidade dos materiais e respectivo uso, o grau de

    desistncia, de entre outros elementos do processo de ensino-aprendizagem e, por outro lado,

    recolha e tratamento de dados estatsticos ligados aos Institutos de Formao e programas de

    AEA que operam no marco da implementao da Estratgia.

  • 9

    I. Introduo A Constituio da Repblica de Moambique define a Educao como direito e dever de cada

    cidado, por isso, o Estado promove a extenso da Educao formao profissional contnua e

    a igualdade de acesso de todos os cidados (Artigo 88), promove uma estratgia de educao

    visando a unidade nacional, a erradicao do analfabetismo, o domnio da cincia e da tcnica,

    bem como a formao moral e cvica dos cidados (Artigo 113).

    Na materializao do postulado na Constituio, o Sistema Nacional da Educao (Lei 4/83

    actualizado pela Lei 6/92) e o Governo, nos seus Programas Quinquenais, prioriza a

    alfabetizao de jovens e adultos como alicerce para a construo do conhecimento e das

    habilidades para a vida, uma contribuio nos esforos de desenvolvimento humano e de

    combate pobreza em Moambique.

    Com efeito, em 2001, o Conselho de Ministros aprovou a Estratgia de Alfabetizao e

    Educao de Adultos e Educao No-Formal (AEA e ENF), a primeira depois da Independncia

    Nacional, cujo horizonte temporal previa o trmino da implementao em 2005 mas esta

    prolongou-se at 2010, enquanto se desenvolvia a presente Estratgia.

    Na altura da implementao da primeira Estratgia, a taxa de analfabetismo era de 60,5%, para

    uma populao de 17 000 000, o que significa em termos absolutos que 10 285 000 pessoas

    jovens e adultas de 15 anos ou mais no sabiam ler nem escrever. A implementao da primeira

    Estratgia resultou na reduo da taxa de analfabetismo para 48,1%, o correspondente a 9 860

    500 pessoas da actual populao de 20 500 000 (INE, 2007).

    Portanto, de 2001 a 2008 foram alfabetizadas 2 542 000 pessoas. A reduo da taxa de

    analfabetismo deveu-se ao envolvimento de parceiros da sociedade civil, da introduo de

    iniciativas como Famlia Sem Analfabetismo, Distrito Livre de Analfabetismo e programas de

    alfabetizao pela Rdio, Alfalit, Reflect, Felitamo, entre outros, e a adopo da estratgia de

    responsabilizao das instituies escolares para a gesto dos centros de Alfabetizao e

    Educao de Adultos. Apesar dos avanos alcanados a actual taxa ainda constitui desafio para o

    logro da erradicao de analfabetismo no pas.

    A elaborao da segunda Estratgia tem em vista fazer face aos desafios identificados no

    diagnstico, cujos resultados se podem ler no Relatrio da Anlise da Situao de Alfabetizao

    em Moambique, produzido em 2008, tendo o contedo deste, sido objecto de consulta no

    Colquio Nacional de Alfabetizao e Educao de Adultos ocorrido em Setembro de 2008, no

    Instituto Nacional de Educao de Adultos da Beira (INEA) e observou diferentes momentos

    importantes. O primeiro momento, consistiu na reviso da literatura relevante sobre a AEA,

    entrevistas e consultas com informantes-chave ao nvel do Ministrio da Educao e Parceiros

    com o objectivo de colher informaes e opinies sobre a reviso, assim como as formas de

    coordenao subsectorial, para a implementao da segunda Estratgia de AEA.

    O segundo consistiu na anlise e apreciao da proposta do documento da Estratgia por uma

    equipa multidisciplinar e multissectorial composta por tcnicos de instituies governamentais e

    no-governamentais, parceiros e membros do Grupo de Trabalho AEA que definiu um prottipo

    para a verso final da Estratgia.

    O terceiro foi caracterizado por consultas sociedade civil, confisses religiosas e instituies

    governamentais e no-governamentais, tendo sido bastante participativo.

    O presente documento apresenta a segunda Estratgia de AEA e integra os seguintes captulos: I.

    Introduo que descreve o quadro legal e poltico de sustentao; II. Contextualizao, aborda a

  • 10

    situao actual, pertinncia da Estratgia, Anlise de Foras, Oportunidades, Fraquezas e

    Ameaas, Viso, Misso e Princpios Fundamentais; III. Desafios e Objectivos, explicita os

    objectivos e as reas nas quais assentam os pilares da Estratgia; IV. Pilares da Estratgia,

    conduz ao entendimento profundo do enfoque sobre o qual a Estratgia ser implementada; V.

    Directrizes para Implementao, consiste nas orientaes e procedimentos a ter em conta na

    implementao da Estratgia; VI. Estratgia de Financiamento, apresentam-se os mecanismos a

    serem seguidos para o financiamento da Estratgia; VII. Monitoria e Avaliao, orienta para um

    melhor acompanhamento e avaliao da implementao da Estratgia e, em anexo, as Matrizes

    de Aces e Cronograma de Custos de Implementao.

  • 11

    II. Contextualizao

    A Estratgia um instrumento de orientao das aces de Alfabetizao e Educao de Adultos

    em Moambique, que surge da necessidade de aumentar as oportunidades de aprendizagem das

    pessoas jovens e adultas de modo a melhorar a sua participao consciente e activa na construo

    das suas condies de vida e das comunidades onde vivem.

    Apesar dos sucessos alcanados durante a implementao da primeira Estratgia de AEA, a taxa

    de analfabetismo contnua elevada (48,1%) com incidncia para as provncias do Norte e Centro

    do pas. Assim, do diagnstico da situao de AEA realizado em 2007 e 2008 e das avaliaes

    em Reunies Nacionais do Sector anuais constou-se a existncia de desafios que se prendem

    com:

    Dificuldades de reteno dos alfabetizandos e alfabetizadores nos Programas de AEA;

    Fraca adeso dos jovens e adultos do sexo masculino em programas de AEA;

    Limitao dos alfabetizadores por insuficincia de formao;

    Irregularidade no pagamento do subsdio aos alfabetizadores;

    Desenvolvimento de Programas de AEA, com materiais em lnguas moambicanas e alfabetizadores e educadores de adultos no formados nestas lnguas;

    Interveno limitada das Universidades, IFEA da Beira (Sofala) e outras instituies de formao na implementao de aces estratgicas definidas nas reas de

    desenvolvimento curricular, formao de formadores e alfabetizadores;

    Inobservncia da implementao do Manual de Procedimentos que regula as actividades dos diferentes intervenientes na rea de AEA;

    Escassez de recursos humanos, materiais e financeiros.

    Dentre as vrias aces de Alfabetizao e Educao de Adultos e educao no-formal

    implementadas, em todo o pas, a partir da Estratgia Alfabetizao e Educao de Adultos

    (2001-2005) e do Plano de Aco, destacam-se:

    Formao de alfabetizadores em metodologias de AEA; Concepo, desenvolvimento e experimentao de um currculo de Alfabetizao de

    Adultos direccionado s necessidades do pblico-alvo;

    Concepo de um programa de Educao No-Formal com cursos diversificados; Reviso de materiais (livros e manuais) de alfabetizao; Elaborao de livros e manuais em Portugus e em lnguas moambicanas para a

    implementao do currculo;

    Criao de cinco IFEAs como resultado da transformao dos Centros Provinciais de Formao de Alfabetizadores e do INEA.

  • 12

    A Estratgia de Alfabetizao e Educao de Adultos (AEA) para o perodo 2010-2015

    representa o compromisso do governo em desenvolver aces com vista a erradicao do

    analfabetismo, prevista no seu Programa Quinquenal, serve de base para a coordenao inter e

    intra-sectorial e para o envolvimento da sociedade civil e sector privado e resultado da

    necessidade de actualizar as orientaes e estratgias do subsector de Alfabetizao e Educao

    de Adultos, em articulao com os esforos do governo de combate pobreza, uma vez

    concluda a implementao da primeira Estratgia e do seu respectivo Plano de Aco.

    2.1. Situao Actual

    O acesso de jovens e adultos de ambos os sexos aos programas de AEA aumentou na ordem dos

    50%, permitindo uma reduo da taxa de analfabetismo em cerca de 10%, de 60.5% em 2001

    para 50,4% em 2007, segundo os dados do INE e para 48,1%, em 2008, de acordo com os dados

    do Inqurito do Indicadores Mltiplos (MICs).

    A taxa de analfabetismo varia significativamente de regio para regio e entre as diferentes

    faixas etrias e sexo. Em 2007, o ndice de analfabetismo nas zonas rurais era de 65.5%,

    enquanto nas zonas urbanas a populao adulta analfabeta representava 26.3%. A taxa de

    analfabetismo era maior entre as mulheres (64.2) comparativamente a dos homens (34,6%) o que

    revela que aquelas enfrentam maiores dificuldades de acesso ao ensino, sobretudo no meio rural,

    onde este ndice de 81.2% contra 46.1% dos homens como se pode observar na tabela 1.

    Tabela 1: Taxas de analfabetismo por regio e sexo em 2007, segundo dados do INE 2007

    Regio Mulheres Homens Total

    Pas 64,2 34,6 50,4

    Urbano 37,8 13,9 26,3

    Rural 81,2 46,1 65,5

    Em 2007, as taxas de analfabetismo oscilam entre 9,8% (Cidade de Maputo), no Sul, e 66,6%

    (Cabo Delgado), no Norte. As Provncias de Niassa (62,3%), Nampula (62,4%), Zambzia

    (62,6%), e Tete (54,6%) apresentam a situao mais crtica, com taxas acima da mdia nacional

    (50,4%). Estes dados demonstram que o nvel de analfabetismo na maior parte das provncias do

    norte continua alto, apesar da reduo gradual que se tem vindo a observar no pas. O grupo mais

    alfabetizado o dos mais jovens e a maior diferena em termos de taxas de analfabetismo nota-

    se entre os mais jovens de sexo masculino (27%) e os adultos do sexo feminino (94%)

    (UNESCO, 2008).

    Embora se tenha verificado um aumento gradual e substancial do acesso de alfabetizandos aos

    Programas de AEA durante a implementao da primeira Estratgia, a reteno deste grupo, no

    sistema, at ao fim do ano, sobretudo das mulheres e dos alfabetizadores preocupante.

    Certamente, vrios factores podem se apontar para as desistncias, de entre eles:

  • 13

    Insuficiente formao dos alfabetizadores (a grande maioria so voluntrios1 tm baixa formao acadmica e no possuem formao especfica na rea de AEA);

    Desmotivao por irregularidades no pagamento do subsdio dos alfabetizadores (atrasos, descontinuidade nos pagamentos);

    Insuficincias na proviso de material didctico e de um ambiente literrio apropriado nos Centros de AEA.

    Os alfabetizandos do sexo feminino tm dificuldades de se manter nos programas, devido ao seu

    papel social, econmico e cultural que exercem na famlia e na sociedade moambicana rural e

    com menos rendimentos. Por isso, a reteno dos homens comparativamente maior que a das

    mulheres, embora a adeso destes aos Programas de AEA seja reduzida, recomendando-se

    estudos aprofundados para a busca de reais causas de evaso.

    Constituem ainda motivos de ateno especial, nomeadamente, a mobilizao e sensibilizao da

    populao, em particular dos lderes comunitrios, a durao dos cursos, devendo ser menos

    longos, a harmonizao entre o calendrio sazonal e o calendrio escolar, adoptando calendrios

    ajustados s responsabilidades sociais dos adultos, o cumprimento das metas dos efectivos

    definidos, a manuteno do rcio por turma de AEA (35 alfabetizandos/1 alfabetizador) e a

    aplicao das Orientaes e Tarefas Escolares Obrigatrias (OTEOs) que podem contribuir negativamente na permanncia dos alfabetizandos nos Centros.

    Na rea da Qualidade, destaca-se a oferta e procura de diversos programas de AEA,

    nomeadamente, Alfa regular em portugus e em Lnguas locais, Alfa rdio, Alfalit e Reflect.

    Entretanto, constataes de misses de superviso aos programas tm apontado para a

    preferncia dos alfabetizandos pelo Alfa Regular, alegadamente por proporcionar oportunidades

    de continuidade noutros nveis de ensino, bem como o acesso ao emprego como serventes,

    escriturrios, professores, entre outros. Este facto sugere o desenvolvimento de programas que

    atendam s aspiraes do pblico jovem e adulto objecto da presente Estratgia.

    2.2. Pertinncia da Estratgia

    A I Estratgia de Alfabetizao e Educao de Adultos para o perodo de 2001 a 2005 estendeu-

    se at 2009. Terminada a sua vigncia mostra-se pertinente estabelecer directrizes orientadoras

    do subsector, atravs de uma Estratgia actual e ajustada aos desafios que se colocam para a

    AEA, devendo constituir-se na principal Plataforma de Aco para todos os Intervenientes.

    Assim sendo, a II Estratgia de AEA materializa o compromisso do Governo na erradicao da

    pobreza, promovendo o desenvolvimento humano, por um lado, e, por outro, a realizao das

    metas do Milnio e da Educao para Todos.

    A Estratgia II tem em conta a anlise de Foras, Oportunidades, Fraquezas e Ameaas e enuncia

    as principais aces estratgicas a serem implementadas no perodo 2010/15, no domnio de

    alfabetizao e educao de adultos e direccionada para todos os cidados no alfabetizados de

    ambos os sexos que no concluram o primeiro ciclo do nvel primrio escolar de modo a

    1 Alfabetizadores Voluntrios Com vnculo contratual precrio.

  • 14

    adquirirem habilidades de leitura, escrita e clculo e sejam estimulados para aprenderem ao

    longo da vida.

    2.3. Anlise de Foras, Oportunidades, Fraquezas e Ameaas

    Esta anlise permitiu compreender os ambientes, interno (foras e fraquezas) e externo

    (oportunidades e ameaas), para a definio de aces tendentes ao sucesso da implementao da

    segunda Estratgia. Assim, os pontos fortes desta estratgia esto relacionados com a vontade

    poltica do Governo expressa nos diferentes documentos formais, a experincia acumulada na

    implementao da primeira Estratgia, pelo subsector de AEA com os diferentes instituies e

    parceiros, a ampliao do sistema de colecta de dados de alfabetizao com a integrao da

    Educao no-Formal, interesse na articulao inter e intra-institucional na implementao de

    ENF e o financiamento proporcionado pelo Governo e parceiros apesar de sua exiguidade.

    Estas foras representam vantagens comparativas dos programas de alfabetizao, a partir das

    quais foram estabelecidas aces estratgicas. Por seu turno, os pontos fracos mais salientes

    esto relacionados com a articulao, coordenao e comunicao multissectorial ainda

    insuficientes, a inexistncia de um mecanismo que garanta o financiamento da AEA de forma

    partilhada; a insuficincia de recursos (humanos, financeiros e materiais) e fragilidade dos fruns

    de articulao e coordenao. Estas situaes claramente inadequadas podero proporcionar uma

    desvantagem na implementao da segunda Estratgia, pelo que foram acauteladas nas aces

    estratgicas.

    Durante a anlise foi constatado que as oportunidades esto relacionadas com a existncia de:

    polticas sobre AEA, de grupos e fruns de dilogo entre o Governo e Parceiros, de processos de

    reformas no sector da Educao, particularmente na AEA e ENF, a implementao de programas

    diversificados de AEA e as aces de responsabilidade social das empresas pblicas e privadas.

    As possveis ameaas identificadas so: o insucesso na articulao com os Sectores e outros

    intervenientes na AEA, a baixa qualidade dos programas, a desistncia em massa dos

    alfabetizandos.

    De seguida apresentado o quadro resumo da anlise de Foras, Oportunidades, Fraquezas e

    Ameaas.

  • 15

    Quadro 1: Anlise de Foras, Oportunidades, Fraquezas e Ameaas

    Foras

    Vontade poltica;

    Experincia na implementao da I Estratgia;

    Existncia de instituies activas na alfabetizao;

    Ampliao do sistema de colecta de dados de alfabetizao com a

    integrao da educao no-formal;

    Cerca de 2% do oramento do MINED aplicado nos Programas de

    AEA;

    Interesse na articulao inter e intra-institucional na implementao de

    ENF;

    Experincia na capacitao de alfabetizadores em cursos de curta

    durao.

    Fraquezas

    Deficiente articulao, coordenao e comunicao multissectorial;

    Reduzido nmero de instituies pblicas e privadas (atravs da

    responsabilidade social), envolvidas na

    AEA;

    No implementao do Manual de procedimentos para o estabelecimento

    de parcerias;

    Deficiente colecta de dados estatsticos em termos quantitativos e qualitativos a

    todos os nveis na ENF;

    Inexistncia de um mecanismo que garanta um financiamento da AEA de

    forma partilhada;

    Insuficientes recursos (humanos, financeiros e materiais);

    Fragilidade na articulao e coordenao dos fruns de AEA.

    Oportunidades

    Existncia de polticas (Servios Cvicos, Aco Social, Trabalho

    Voluntrio, Lei do Mecenato);

    Existncia de grupos de fruns de dilogo entre o Governo e Parceiros;

    Processos de reformas em curso no Pas e, em particular, no sector da

    Educao;

    Inteno de implementao da plataforma comum de colecta de

    informao e disseminao;

    Implementao de programas diversificados de AEA;

    Existncia de mecanismo de responsabilidade social das empresas

    pblicas e privadas.

    Ameaas

    Insucesso na articulao com os Sectores e outros intervenientes na

    AEA;

    Baixo impacto dos programas;

    Desistncia em massa dos alfabetizandos;

    Necessidades de subsistncia dos beneficirios;

    Fraca adeso de jovens e adultos, em particular, dos homens nos programas de

    AEA;

    No incluso do oramento da AEA no Fast Track Initiative.

    Perante as constataes acima, a seguir se apresentam a viso, misso, objectivos e um quadro de

    aces estratgicas.

  • 16

    2.4. Viso, Misso e Princpios Fundamentais

    2.4.1 Viso

    Alfabetizar pessoas jovens e adultas de ambos os sexos, no alfabetizadas ou que no tenham

    concludo o primeiro ciclo do primeiro grau, do nvel primrio, com idade igual ou superior a

    15 anos, com ateno especial mulher e rapariga e promovida a aprendizagem permanente

    ao longo da vida.

    2.4.2 Misso

    Promover a educao bsica equitativa e a aprendizagem ao longo da vida para jovens e

    adultos, em parceria com a Sociedade Civil, reconhecendo a educao como atributo

    essencial para o desenvolvimento humano, econmico, cultural e social, reduzindo a actual

    taxa de analfabetismo de 48,1% para 30% em 2015, contribuindo desta forma para a reduo

    da pobreza, em Moambique.

    2.4.3. Princpios Fundamentais

    Os princpios fundamentais da presente Estratgias so os seguintes:

    Direito Educao. A educao um direito fundamental de todo o cidado e da

    humanidade e constitui um instrumento para a afirmao e insero do indivduo na vida

    social, poltica e econmica do pas. Este facto justifica a priorizao da AEA na aco

    governativa.

    O alinhamento e coerncia. Todos os pilares da Estratgia esto alinhados s iniciativas

    constantes nos Objectivos de Desenvolvimento do Milnio, Educao Para Todos, Programa

    Quinquenal do Governo e operacionalizados no Plano Estratgico do Sector da Educao.

    Alm do alinhamento vertical entre o nvel nacional e local, a estratgia tambm salienta a

    coerncia entre os pilares, nomeadamente, Acesso e Reteno, Melhoria da Qualidade e

    Relevncia e Reforo da Capacidade Institucional e Organizacional e o estabelecimento de

    parcerias com os diferentes intervenientes na AEA.

    Parcerias e sinergias. Reconhece-se que a alfabetizao de adultos sempre contou com o envolvimento activo de parceiros. Esta Estratgia reconhece este princpio e recomenda a

    manuteno e o estabelecimento de uma plataforma comum de trabalho entre os diferentes

    intervenientes. No entanto, para que estas possam agregar valor Estratgia, deve ser

    garantido o alinhamento e coerncia, tanto em termos de alocao de recursos, como na

    abordagem dos processos de ensino-aprendizagem e clarificao da responsabilidade do

    Estado e de outros intervenientes, para alm do uso de mecanismos de estabelecimento de

    parcerias, onde o MINED actuar como facilitador do processo.

  • 17

    O uso da lngua materna como factor indispensvel para a aprendizagem inicial na Alfabetizao e Educao de Adultos, devendo ser prolongado ao mximo dentro do

    processo educativo, aliada capacitao de educadores falantes da lnguas maternas, que vo

    garantir o processo de Ensino/aprendizagem nesta lngua, devendo ser equipados com

    materiais suficientes para prossecuo de ensino e aprendizagem incluindo os de lazer.

    Igualdade de gnero e a no discriminao surgem como os dois grandes princpios sobre os quais assenta toda a Estratgia de AEA. A igualdade, para efeitos da Estratgia , no

    apenas uma igualdade de direitos (igualdade perante a lei e na lei), mas tambm de

    oportunidades e de tratamento no acesso a Programas de Alfabetizao e Educao de

    Adultos e Educao No Formal.

    Papel do Governo e dos Parceiros: O Governo assume o papel de facilitador, provedor de polticas, estratgias, currculos, materiais e de monitoria e avaliao. Por outro lado,

    assegura e promove o crescimento do oramento do Estado alocado ao sector da educao,

    de acordo com o Marco de Aco de Belm e, finalmente, os Parceiros e a Sociedade Civil,

    devendo implementar os programas de AEA e provendo apoio material e financeiro.

  • 18

    III. Desafios e Objectivos 3.1. Desafios da Estratgia

    Os desafios que se colocam para a AEA esto relacionados com a disponibilizao de Programas

    de alfabetizao de jovens e adultos, formao e capacitao dos recursos humanos, em

    particular, os alfabetizadores e educadores; a existncia de livros didcticos para a alfabetizao

    e ps-alfabetizao e a continuao de concepo de polticas e estratgias viradas, no s para o

    acesso, mas sobretudo, para a qualidade.

    Na rea do Reforo da Capacidade Institucional, salienta-se a necessidade da continuao da

    implementao dos dispositivos aprovados que clarificam as atribuies e funes dos Institutos

    de Formao de Educadores de Adultos (IFEAs), o reforo do subsector em recursos humanos a todos nveis (distrital, provincial e central) e a melhoria da organizao.

    Consideram-se tambm desafios a ter em conta, a exiguidade de recursos materiais e financeiros

    nos diferentes nveis e a fragilidade do sistema de Monitoria e Avaliao, bem como o

    funcionamento pleno do sistema de colecta, sistematizao e disseminao de dados do

    subsector, com vista melhoria da gesto dos programas de AEA.

    Revela-se importante continuar a estabelecer parcerias entre o MINED, sociedade civil,

    organismos internacionais bilaterais e multilaterais, instituies governamentais e no-

    governamentais, para o estabelecimento das formas de articulao no desenvolvimento dos

    programas de Alfabetizao e Educao de Adultos. Especificamente colocam-se os seguintes

    objectivos:

    3.2. Objectivo Geral

    O Objectivo Geral da Estratgia de AEA o de aumentar as oportunidades para que mais jovens

    e adultos, com especial ateno para mulher e rapariga, sejam alfabetizados, com vista reduo

    do analfabetismo, atravs de um conjunto de aces integradas das instituies governamentais e

    no-governamentais, que contribuam para promoo da cidadania e a participao dos diferentes

    segmentos da sociedade, no processo de desenvolvimento humano, poltico-social, econmico e

    cultural do pas.

    3.3. Objectivos Especficos

    De forma a garantir o cumprimento do objectivo acima descrito, a Estratgia vai ser

    implementada tendo em conta os seguintes objectivos especficos:

    Garantir o acesso e reteno dos Alfabetizandos nos programas de Alfabetizao e Educao de Adultos;

    Melhorar a Qualidade e Relevncia dos Programas de Alfabetizao e Educao de Adultos e Educao No Formal;

    Reforar a Capacidade Institucional e Organizativa.

  • 19

    3.4. Grupos-Alvo

    A Estratgia vai beneficiar a todas as pessoas, com particular ateno para os jovens e

    adultos de ambos os sexos, em idade activa.

    IV. Pilares da Estratgia

    4.1. Primeiro Pilar: Acesso e Reteno

    O Acesso e Reteno configuram-se como sendo os elementos fundamentais para o sucesso da

    educao e exerccio da cidadania, uma vez que, atravs deles, se resguarda a entrada e

    permanncia de jovens e adultos nos programas de educao, em todos os nveis, saindo com

    competncias e habilidades requeridas de leitura escrita e clculo, bem como de habilidades para

    a vida, permitindo enfrentar, de forma sustentvel, os desafios crescentes das mudanas e do

    desenvolvimento.

    No contexto desta Estratgia, o Acesso e Reteno aos programas de AEA o primeiro pilar que

    possibilita o desenvolvimento de aces que contribuem para que jovens e adultos no

    alfabetizados e que no tenham o ensino primrio completo adiram e permaneam nos

    programas de educao de adultos.

    Nesse sentido, o esforo a ser empreendido o de criar condies para que estes grupos estejam

    suficientemente motivados para frequentarem os cursos oferecidos nos programas de AEA e

    ENF, inserirem-se activamente na sua famlia e comunidade, actualizarem-se de acordo com as

    necessidades e prosseguirem os seus estudos at elevados nveis de escolaridade e profissionais

    adequando-se s exigncias sociais. Trata-se aqui de garantir que os grupos-alvo se beneficiem

    de forma igualitria das oportunidades, de acordo com as suas especificidades.

    O pilar Acesso composto por duas reas distintas nomeadamente: Mobilizao e Sensibilizao

    e Acesso e Reteno. Para cada uma delas existe um conjunto de aces estratgicas que deve ser

    considerado na elaborao dos planos de aco sectoriais, conforme demonstrado abaixo.

    4.2. Segundo Pilar: Melhoria da Qualidade e Relevncia

    A qualidade de ensino pressupe um julgamento de mrito que se atribui tanto para o processo

    quanto para os produtos decorrentes das aces desenvolvidas, que de certa maneira, implica,

    obviamente, um juzo de valor. A qualidade de ensino tem que ser entendida como satisfazendo

    critrios bem definidos que expressam: Definio de critrios pedaggicos e sociais; explicitao

    de indicadores; planificao e execuo de estratgias de avaliao mais amplas para validao

    da qualidade de ensino desejada.

    Ao abordar a questo da qualidade de ensino, deve-se analisar as relaes e determinantes entre

    as polticas pblicas do sector de educao e qualidade de ensino, para alm de outros factores

    que podero ser agregados para melhor elucidar as razes e as relaes entre as variveis e

    factores analisados. luz do que est contido na estratgia institucional, expresso no Pilar do

    PEE, a Qualidade, enquadra-se em quatro reas prioritrias e interdependentes. Essas reas so:

  • 20

    i) Desenvolvimento curricular;

    ii) Desenvolvimento de materiais adequados;

    iii) Formao e capacitao de recursos humanos;

    iv) Educao para as habilidades para a vida, preveno e combate a doenas endmicas incluindo a pandemia do HIV e SIDA, Malria, Clera e outras.

    4.3. Terceiro Pilar: Reforo da Capacidade Institucional

    A componente de Reforo e Desenvolvimento da Capacidade Institucional distingue sete (7)

    reas e aces fundamentais a ter em conta. Com efeito, o Desenvolvimento do Quadro

    Institucional e Capacidade Humana e Tcnica nacional, dos nveis comunitrio, distrital,

    provincial e central, enquadra-se na componente Reforo/ Desenvolvimento da Capacidade

    Institucional do PEE.

    Para a implementao eficiente e eficaz da Estratgia do Subsector, necessrio, a partir do ano

    2010 reforar e desenvolver a capacidade institucional da DINAEA a nvel local, distrital,

    provincial e central e das organizaes da Sociedade Civil envolvidas na implementao de

    programas de AEA em todo o pas.

    A prioridade deve ser dada, primeiramente, ao nvel local e ir avanando para os outros nveis,

    pois deve-se partir do princpio de que o centro das atenes reside onde se encontra o processo

    de ensino-aprendizagem, da a necessidade de criao de todas as condies essenciais para

    atingir os resultados desejados. Assim, na implementao da estratgia de reforo da capacidade

    deve dar-se primazia aos Institutos de Formao de Educadores de Adultos (IFEAs) e s

    Instituies de Formao Profissional para o auto-emprego e emprego (INEFP e Escolas

    Tcnicas), Institutos de Formao de Professores (IFPs).

    Neste contexto, a coordenao e articulao inter e intra-institucional joga um papel fundamental

    para a consecuo do propsito de estabelecimento de um programa integrado de alfabetizao

    no mbito da Educao No Formal.

    V. Directrizes para a implementao

    O presente captulo refere-se s directrizes gerais para a implementao da Estratgia ao longo

    dos cinco anos e focaliza-se nos seguintes aspectos: Responsabilidades, gesto, administrao e

    logstica; monitoramento e avaliao e uso e divulgao da informao. necessrio capacitar

    os tcnicos do Sector da Educao (DINAEA, DPECs, SDEJTs) e dos actores de outros sectores e parceiros para a articulao e coordenao da implementao da Estratgia de AEA.

  • 21

    5.1. Responsabilidades

    Aos parceiros nacionais, atravs do Governo nos diferentes nveis, para alm de garantir a

    articulao e coordenao cabe o papel, em parceria com a Sociedade Civil, Empresas Pblicas

    e Privadas, Programas e Projectos financiados pelos Parceiros de cooperao, Confisses

    Religiosas, Escolas, Centros de Alfabetizao e Educao de Adultos e outras formas de

    organizao das comunidades, da proviso de recursos e a implementao dos programas de

    alfabetizao nas suas diferentes formas, incluindo habilidades para vida, nomeadamente Alfa

    funcional regular, Alfa rdio, Alfalit, Famlia Sem Analfabetismo, Reflect e Alfa em lnguas

    locais.

    Aos Parceiros de Cooperao Bilateral ou Multilateral cabe o papel de apoiar a

    implementao dos Programas de AEA e ENF, provendo recursos humanos (assistncia tcnica),

    materiais e financeiros, alm de participarem nas aces de promoo, marketing, advocacia e

    sensibilizao ao nvel das suas sedes sobre a importncia da implementao da Estratgia, como

    contributo para ter um Moambique Livre do Analfabetismo.

    O Governo atravs do MINED, por um lado, vai desempenhar o papel de facilitador, provedor

    de polticas e estratgias, currculo, livros e de monitoria e avaliao da implementao e, por

    outro lado vai garantir a articulao e coordenao entre os diferentes sectores (nomeadamente

    Agricultura, Defesa Nacional, Mulher e Aco Social, Juventude e Desportos, Sade), parceiros

    de cooperao multilateral e bilateral, sociedade civil, empresas pblicas e privadas e confisses

    religiosas e Movimento de Educao para todos, na implementao da Estratgia, estabelecendo

    as devidas ligaes entre as aces desenvolvidas pelos parceiros e as polticas nacionais, tendo

    em conta os compromissos internacionais, tanto na rea de alfabetizao (iniciativa Life e

    outras), bem como na promoo do desenvolvimento econmico e social do Pas.

    5.2. Gesto

    A gesto da implementao da Estratgia de AEA, tal como a administrao deve continuar da

    responsabilidade do Governo a nvel nacional, o qual estabelece, articula com os sectores, os

    parceiros de cooperao, a sociedade civil, as empresas pblicas e privadas e os Governos locais,

    para garantir a implementao eficiente e eficaz. A comunicao entre estes diferentes nveis e

    actores deve ser fluida no tratamento da informao e gil no processo de tomada de decises,

    soluo de problemas e resoluo de conflitos. A nvel provincial e distrital, a gesto dos

    programas de AEA ser da responsabilidade do Sector de alfabetizao a esse nvel e que de

    forma coordenada e articulada, garantir o envolvimento de outros actores, nomeadamente as

    organizaes da Sociedade Civil, Confisses religiosas, Organizaes no-governamentais e

    outros parceiros na implementao da Estratgia de AEA e que tenham a capacidade para

    angariar e gerir recursos.

    5.3. Administrao

    Para a rea administrativa, propem-se a continuao e aperfeioamento do sistema de

    administrao de recursos (em particular, os financeiros) estabelecido, devendo na essncia ser

  • 22

    prtico e funcional para os diferentes nveis de aplicao e que possa ser facilmente adoptado

    pelas organizaes da Sociedade Civil, parceiras. O sistema deve incluir um instrumento de

    prestao de contas regulares entre o MINED, organizaes parceiras da Sociedade Civil e

    parceiros/doadores internacionais.

    5.4. Logstica

    A Estratgia privilegia a descentralizao baseada no princpio de que o distrito o plo de

    desenvolvimento. Uma das directrizes para a implementao consistir no levantamento e

    mapeamento das organizaes da SC parceiras que actuam na AEA ao nvel distrital. Este

    levantamento permitir que se conhea o potencial de cada distrito e, a partir da, desenhar-se

    localmente, um plano de administrao, gesto e logstica da implementao da Estratgia

    liderado por um Conselho que engloba os Tcnicos Pedaggicos dos SDEJTs, os Vereadores para a rea da Educao, os Membros dos Conselhos Consultivos Distritais (MCCD) e os

    parceiros.

  • 23

    VI. Estratgias de Financiamento

    O Governo tem um potencial para junto dos seus parceiros, do sector privado e outros mobilizar

    recursos para o desenvolvimento de aces de alfabetizao e educao de adultos. Para uma

    melhor gesto dos recursos destinados a implementao de Programas de Alfabetizao e

    Educao no-Formal preconiza como aco estratgica a criao do Fundo da Alfabetizao e

    Educao no-Formal.

    O Fundo da Alfabetizao e Educao no Formal tem por objectivo gerir recursos destinados

    ao financiamento de Programas de Alfabetizao e Educao no Formal, provenientes do

    Estado, Parceiros de Cooperao, Empresas Pblicas e Privadas, Sociedade Civil e outras formas

    de comparticipao para apoiar a implementao da Estratgia e garantir a erradicao do

    analfabetismo em Moambique.

    Para a concretizao deste postulado, devero ser realizadas aces de mobilizao e

    sensibilizao para garantir o envolvimento dos potenciais contribuintes destes fundo, que so o

    governo, sociedade civil, parceiros de cooperao sector privado e outros. Existem outros

    organismos, em particular, as ONGs internacionais e as confisses religiosas que atravs de projectos disponibilizam recursos humanos e financeiros para a alfabetizao. Estes devem ser

    estimulados a alimentar o Fundo da alfabetizao.

    Em seguida prope-se aces-chave a serem desenvolvidas para a mobilizao de recursos para a

    criao do Fundo Nacional da Alfabetizao e Educao no Formal:

    Identificar novas possibilidades de apoio para a alfabetizao e educao no formal, atravs de programas especficos com envolvimento de parceiros de cooperao, agncias

    especializadas, sector privado e outros;

    Maximizar o potencial de financiamento atravs de alianas/parcerias estratgicas ao nvel local, entre o governo, empresas privadas e as ONGs interessadas na erradicao do analfabetismo;

    Criar espao para novas iniciativas, atravs de advocacia, fazendo com que as j existentes sejam estimuladas, divulgadas e disseminadas buscando sempre que possvel

    recursos financeiros alternativos ao oramento do Estado.

    Implementar um Programa Nacional de Alfabetizao, baseado entre outras nas seguintes aces:

    Realizar uma iniciativa presidencial para a promoo da alfabetizao para estimular a participao de todas as foras vivas da sociedade;

    Envolver todos os segmentos da sociedade nas aces de alfabetizao; Criar o Fundo de Alfabetizao e Educao de Adultos; Produzir e prover materiais para Alfabetizao; Massificar a formao de alfabetizadores e educadores de Adultos; Estimular e engajar o sector privado a se envolver nas aces de alfabetizao, via

    responsabilidade social.

  • 24

    VII. Monitoria e Avaliao

    7.1. Monitoria

    A monitoria ir acompanhar permanentemente a implementao e a execuo da Estratgia de

    Alfabetizao e Educao de Adultos. Este processo dever ocorrer em todos os nveis e dever

    alimentar o processo de tomada de decises quanto s questes relevantes identificadas.

    O processo de monitoria geral da implementao da Estratgia da responsabilidade do

    Governo, atravs dos seus rgos existentes ao nvel territorial, nomeadamente a DINAEA,

    DPEC e os SDEJT, que em parceria com os diferentes actores procedero o acompanhamento da

    implementao da Estratgia, usando a abordagem dos seis indicadores estratgicos (6Es) da

    dimenso do desempenho, a saber:

    Efectividade - para analisar os impactos dos processos de AEA e ENF, medindo inclusive o grau de satisfao, o valor agregado na implementao da Estratgia;

    Eficcia - para aferir a quantidade e qualidade de servios de AEA e ENF providenciados s partes envolvidas;

    Eficincia - a relao entre os servios providos com os recursos aplicados;

    Execuo - Realizao dos processos de AEA e ENF conforme o estabelecido na Estratgia;

    Excelncia - Respeito pelos critrios/princpios e padres de qualidade na execuo das actividades de AEA e ENF;

    Economicidade Obteno e uso de recursos com menor gasto/nus possvel respeitando os requisitos da qualidade exigidos pelo processo.

    Ser criado um Sistema de Monitoria e Avaliao ao nvel do Sector, baseada na abordagem dos

    6Es capaz de compilar, tratar e disseminar informaes e dados Estatsticos sobre o grau de progresso na implementao da Estratgia, incluindo a elaborao dos respectivos relatrios

    trimestral, semestral e anualmente.

    Ao nvel local e depois de passarem por processos de capacitao os tcnicos das instituies que

    representam o MINED teriam a responsabilidade de sistematizar e enviar as informaes atravs

    dos circuitos de circulao j estabelecidos para a referida Unidade para Sistematizao.

    7.2. Avaliao

    A Avaliao importante, porque envolve a verificao do grau de alcance dos resultados

    previstos e assegura que os objectivos e metas especficas estejam a ser alcanados. Esta

    crucial, tanto para o Subsector de Alfabetizao e Educao de Adultos, como para a sociedade

    em geral, para o estabelecimento da confiana dos intervenientes na estratgia.

    De forma a assegurar a objectividade da anlise, concluses e recomendaes, as avaliaes

    devero ser feitas por equipas independentes, compostas, principalmente, por especialistas em

    avaliao de programas de AEA e ENF, tanto nacionais como externas (sempre que se justificar),

    cuja tarefa ser de apreciar, analisar, avaliar e validar quantitativa e qualitativamente os

  • 25

    processos e resultados nas diferentes fases de implementao, usando a abordagem dos 6Es descritos acima, e apresentar recomendaes para melhorar e ajustar a Estratgia.

    As equipas tero acesso a toda informao disponvel que tenha relao com as fases da

    implementao em todo o Pas. Podero deslocar-se s provncias e trabalhar com informantes-

    chave ao nvel das comunidades beneficirias, alfabetizandos, alfabetizadores, educadores,

    tcnicos das Reparties de AEA e as organizaes da Sociedade Civil.

    Ao nvel micro , igualmente, necessrio ter-se em conta, por um lado, a avaliao dos

    programas de AEA e ENF sob o ponto de vista restrito da dimenso pedaggica dos programas,

    quer dizer, avaliao de resultados do processo de ensino-aprendizagem tais como: o

    aproveitamento/nvel de aprendizagem atingido pelos alfabetizandos, performance dos

    alfabetizadores, educadores no uso e qualidade dos materiais, grau de desistncia, de entre outros

    elementos do processo de ensino-aprendizagem e, por outro, recolha e tratamento de dados

    estatsticos ligados aos Institutos e programas de AEA e ENF que operam no marco da

    implementao da Estratgia 2010-2015.

    7.3. Uso e divulgao da informao

    A informao gerada dos processos de monitoramento e avaliao ser usada pela DINAEA,

    outras Direces Nacionais de Ensino, as Instituies de Ensino Superior, Sociedade Civil, bem

    como pelos parceiros nacionais e internacionais para atender as reas e programas que

    necessitem de ser fortalecidos ou melhorados substancialmente. Os relatrios resultantes das

    misses de avaliao devero ser amplamente divulgados tanto ao nvel do MINED como entre

    as organizaes da SC e agncias internacionais dos pases doadores, parceiras na

    implementao da Estratgia de AEA.

  • 26

    Anexo I: Matriz de Objectivos, Aces Estratgicas e Resultados

  • 27

    Primeiro Pilar: Acesso e Reteno Objectivo Estratgico 1

    Aces Estratgicas para Mobilizao e Sensibilizao Resultados Globais Previstos

    Mobilizar e sensibilizar

    todos os actores, para

    garantir a participao de

    um nmero crescente de

    alfabetizandos nas sesses

    de educao, formao e

    capacitao

    Promoo dos programas de AEA pelas instituies do

    Governo, movimentos de advocacia, sector privado, escolas,

    organizaes da sociedade civil e parceiros, para a

    mobilizao e sensibilizao.

    Divulgados os Programas de AEA com o envolvimento de diversos intervenientes, em

    particular, os que trabalham em prol da mulher e

    rapariga, nos trs primeiros anos da

    implementao.

    Divulgao de programas de AEA no seio das comunidades e lideranas comunitrias com enfoque na sensibilizao dos

    homens e mulheres para participarem e se manterem at a

    concluso, na alfabetizao para o empoderamento social,

    econmico e poltico das comunidades.

    Sensibilizadas comunidades (mulheres e homens) sobre a importncia dos programas de AEA e

    aumentada a reteno de mulheres e a participao

    activa dos homens nos programas de AEA.

    Realizao de estudos para identificar os factores que contribuem para a fraca reteno das mulheres e participao

    dos homens nos programas de AEA tomando em conta as

    especificidades regionais.

    Identificadas as causas das desistncias das mulheres e pouca afluncia dos homens nos

    programas de AEA e apresentadas recomendaes

    para a sua soluo. Disseminao dos Programas de Alfabetizao e educao de

    adultos, atravs dos meios de comunicao e informao,

    visando o engajamento massivo dos diferentes intervenientes:

    Instituies do Estado, Municpios, Sindicatos, ONGs, Sector Privado, Sociedade Civil, instituies de ensino superior e

    Comunicao Social.

    Formulada e implementada uma estratgia de comunicao e marketing da Estratgia de

    Alfabetizao e Educao de Adultos, at Julho de

    2012.

    Criao e/ou fortalecimento dos mecanismos para garantir a participao de diferentes intervenientes, quer atravs de

    convnios e acordos, quer atravs de desenvolvimento de

    centros de aprendizagem comunitria, para a implementao

    de Programas de AEA.

    Estabelecidos convnios e acordos visando a

    participao de diferentes actores Empresas Privadas,

    instituies de ensino superior, Sindicatos, ONGs, Confisses Religiosas, Instituies que trabalham em

    prol da mulher e rapariga na implementao de

    programas de AEA.

    Mobilizao de meios tcnicos necessrios (rdios,

    televisores, gravadores, CDs entre outros instrumentos) para a

    realizao de Programas massivos de AEA e ENF.

    Garantidos meios tcnicos necessrios para a implantao de programas de AEA e ENF (rdios,

    televisores, gravadores, CDs entre outros instrumentos).

  • 28

    Objectivo Estratgico 2

    Aces Estratgicas para Acesso e Reteno Resultados Globais Previstos

    Garantir o envolvimento

    de todos os actores, a

    todos os nveis, no acesso

    e Reteno dos

    alfabetizandos

    Implementao de programas de AEA com vista a alfabetizar 5 milhes de pessoas de ambos sexos, com

    particular enfoque na mulher e rapariga.

    Alfabetizados 5 milhes de cidados de ambos sexos at das quais mais de metade (60%) so mulheres e

    raparigas.

    Realizado o diagnstico para identificar as causas das desistncias da mulher na alfabetizao, pouca afluncia

    de homens e desenhadas e implementadas aces para

    garantir a manuteno e participao.

    Incluso de jovens abrangidos pelo Servio Militar Obrigatrio, a coberto da Lei do Servio Cvico, de

    estudantes das Escolas Primrias Completas, Secundrias

    Gerais, Ensino Tcnico e Formandos dos Institutos de

    Formao de Professores e IFEAs, em aces de alfabetizao e educao de adultos.

    Recrutados e mapeados, anualmente, 30.000 alfabetizadores com idade compreendida entre 18 e 35

    anos.

    Implementao de cursos de AEA e ENF para 3.500 (dos quais 2.500 mulheres) membros dos Conselhos

    Consultivos Distritais e Lderes comunitrios at 2015.

    Alfabetizados pelo menos 3.500 (2.500 mulheres) membros dos Conselhos Consultivo Distritais.

    Criao de incentivos incluindo os no monetrios, para a reteno dos alfabetizadores, em particular do sexo feminino

    (subsdio, formao, carreira).

    Revistos e reajustados e adoptados os subsdios no monetrios para estimular os alfabetizadores.

    Implementao de cursos de curta durao, articulados com programas sobre habilidades para a vida e cursos

    profissionalizantes para a mulher, rapariga, famlias e a

    comunidade para o empoderamento econmico e social dos

    participantes, at 2015.

    Implementados cursos de curta durao sobre habilidades para a vida e profissionalizantes para grupos

    alvo especficos em particular mulheres e crianas.

    Capacitao de formadores visando atender as necessidades de segmentos especficos, como mulheres, raparigas,

    trabalhadores, associaes agropecurias, pessoas com

    necessidades educativas especiais e com deficincia.

    Capacitados150 formadores dos IFEAs, 165 tcnicos provinciais, 2.560 tcnicos distritais, com destaque para

    a mulher, para responder as demandas destes grupos.

    Reactivao das comisses de estatstica de AEA e ENF e desenvolvimento dos mecanismos de recolha e tratamento de

    dados, a todos os nveis.

    Disponibilizados dados estatsticos e informaes actualizadas sobre alfabetizao e educao de adultos

    em Moambique.

  • 29

    Segundo Pilar: Melhoria da Qualidade e Relevncia

    Objectivo Estratgico 1

    Aces Estratgicas para a reviso e o desenvolvimento

    curricular

    Resultados Globais Previstos

    Rever o currculo e

    realizar aces de

    formao e capacitao,

    em parceria com outros

    intervenientes a todos os

    nveis de profissionais

    capazes de responder com

    eficincia e eficcia s

    atribuies e desafios que

    se colocam na

    implementao da

    Estratgia de AEA

    Desenvolvimento do currculo com base nos princpios de uma alfabetizao Integrada (Literacia e Numeracia), de

    Educao ao Longo da Vida.

    Implementados de programas AEA com base nos novos Currcula.

    Reviso do currculo de formao de educadores e alfabetizadores ou facilitadores, para integrar temas

    definidos no plano de estudo sobre habilidades para a vida, como transversais em todas as disciplinas de lngua, matemtica e cincias integradas do 2

    o e 3

    o nveis de AEA.

    Revistos e implementados os currculos e programas de formao incluindo contedos

    sobre habilidades para a vida.

    Elaborao do currculo especfico do ps-alfabetizao nveis 2 e 3 para adultos.

    Ps-alfabetizados 2.5 milhes pessoas das quais 60% so mulheres e raparigas.

    Concepo de programas de formao considerando os aspectos sociais, econmicos, culturais, gnero e outros,

    com o envolvimento de instituies e ou pessoas

    especializadas no desenvolvimento curricular para a AEA,

    articulado com outras polticas e sectores de ENF.

    Desenvolvidos programas de AEA articulado com outras polticas e sectores de ENF.

    Concepo de programas para a formao vocacional dos adultos tendo conta as suas necessidades de sobrevivncia

    e formao vocacional.

    Concedidos novos programas baseados nas necessidades de sobrevivncia e formao

    vocacional das pessoas nas comunidades.

  • 30

    Objectivo Estratgico 2

    Aces Estratgicas para a concepo e desenvolvimento de

    materiais de ensino e aprendizagem

    Resultados Globais Previstos

    Rever e elaborar materiais

    de alfabetizao e de ps-

    alfabetizao (em

    Portugus e Lnguas

    locais com base na

    ortografia padronizada)

    para a formao e para o

    ensino-aprendizagem,

    cobrindo as diferentes

    componentes do currculo.

    Reviso e actualizao onde se mostre necessrio dos materiais didctico/pedaggicos disponveis, definindo o

    que ser mantido como contedos de literacia e numeracia

    respeitando a diversidade presente nos grupos alvo, os

    contextos urbano/rural para AEA e as necessidades

    especficas de homens e mulheres

    Revistos e elaborados materiais didcticos (livros manuais) para o ensino-

    aprendizagem de adultos e distribudos por

    todos os nveis de AEA

    Elaborao de materiais de alfabetizao e de ps-alfabetizao para a formao dos profissionais de AEA e

    para o ensino-aprendizagem

    Revistos e elaborados materiais didcticos para o ensino-aprendizagem de adultos e

    distribudos por todos os centros de AEA

    at 2015;

    Elaborao ou angariao de materiais de alfabetizao e de ps-alfabetizao

    Disponibilizados de livros e manuais de literacia e numeracia at 2015

    Fornecidos os materiais bsicos (quadros, giz, sebentas e outros) para AEA

    Angariao de livros didcticos e de lazer para suprir a escassez de materiais de leitura

    Garantidos diversos livros para leitura

  • 31

    Objectivo Estratgico

    3

    Aces Estratgicas para a educao e para as Habilidades

    para a Vida, Gnero, Preveno e Combate a Doenas

    Endmicas, incluindo a Pandemia do HIV e SIDA

    Resultados Globais Previstos

    Conceber e

    implementar em

    parceria com outros

    intervenientes aces

    no mbito de

    Habilidades para a

    Vida, Gnero,

    Preveno e Combate a

    Doenas Endmicas

    incluindo a Pandemia

    do HIV e SIDA

    Desenvolvimento do programa integrado virado para as habilidades para a vida, gnero, preveno e combate ao HIV e

    SIDA e outras doenas endmicas em parceria com outros

    intervenientes.

    Implementado um programa integrado virado

    para as habilidades para a vida, gnero,

    preveno e combate ao HIV e SIDA e outras

    doenas endmicas.

    Elaborao dos Manuais para orientar os Alfabetizadores, Facilitadores, Formadores e educadores na implementao dos

    cursos sobre habilidades para Vida e Gnero.

    Providos Manuais para formao em

    habilidades para Vida , incluindo as doenas

    endmicas.

    Criao de turmas de alfabetizao viradas para a formao vocacional sedeada nos locais de trabalho.

    Criadas 500 turmas de alfabetizao direccionadas

    para a formao vocacional at 2015.

    Introduo de caixas de depsito/poupana e crdito para depsitos e obteno crditos para desenvolvimento de

    pequenos negcios.

    Concedidos 400 crditos para o desenvolvimento

    de pequenos negcios, como resultado da

    instalao de caixa de crdito e poupana at 2015.

    Certificao da frequncia e ou atribuio de equivalncia aos alfabetizando que concluram os cursos.

    Concebidos certificados de habilitaes e

    atribudas equivalncia.

    Envolvimento dos curandeiros e praticantes da medicina tradicional em aces de capacitao sobre Preveno e

    Combate ao HIV e SIDA e outras doenas endmicas, em

    parceria com o MISAU.

    Capacitados 1000 curandeiros e mdicos

    tradicionais em aces de preveno e Combate ao

    HIV e SIDA e outras doenas endmicas at 2015,

    em parceria com o MISAU.

    Criao de bibliotecas, imprensas rurais e centros culturais para leitura e lazer; incluindo o desenvolvimento de materiais

    didcticos, ilustrativos e que se debrucem sobre temas dos

    programas de AEA.

    Angariados, seleccionados e disponibilizados

    livros para o reforo da aprendizagem da

    literacia e numeracia dos adultos na ps-

    alfabetizao dos nveis 2 e 3.

    Realizao de aces de monitoria e capacitao permanente para superar dificuldades persistentes na implementao de cursos sobre

    habilidades para vida e formao vocacional dos alfabetizandos.

    Realizadas 200 misses de superviso e 100

    sesses de capacitao sobre cursos de habilidade

    para vida e formao vocacional at 2015.

  • 32

    Terceiro Pilar: Reforo da Capacidade Institucional

    Objectivos

    Estratgicos 1

    Aces Estratgicas para o Desenvolvimento do Quadro

    Institucional e Capital Humana a todos os nveis

    Resultados Globais Previstos

    Reforar a capacidade

    institucional e

    organizativa para a

    implementao efectiva

    de aces de inerentes

    ao Subsector

    Definio e implementao das orientaes e dispositivos legais sobre as responsabilidades do Estado atravs do

    MINED DINAEA, parceiros de cooperao, sector Privado, sociedade civil e outros intervenientes.

    Definidas as responsabilidades e os papis de cada interveniente na AEA.

    Definio e implementao de planos e programas de formao e capacitao de quadros em matrias de gesto e

    metodologias de educao de adultos.

    Capacitados os tcnicos da DINAEA, DPECs, SDEJT e IFEAs, em andragogia.

    Formao e capacitao dos quadros da DINAEA, INDE, IFEAs, DPECs, SDEJT e IFEAs para melhorar a capacidade de resposta s exigncias profissionais na rea.

    Capacitados tcnicos da DINAEA, DPECs, SDEJT e IFEAs.

    Construo, reabilitao e apetrechamento em equipamento e materiais as Instituies de Formao de Quadros de AEA.

    Construdas, reabilitadas e apetrechadas em equipamento e materiais as Instituies de

    Formao de Quadros de AEA.

    Desenvolvimento de um programa informtico para a catalogao dos locais onde funcionam os programas,

    provedores e Centros de AEA.

    Implementado o Programa Informtico de gesto de informaes.

    Identificar e criar pginas digitais informativas sobre alfabetizao.

    Revitalizao os Ncleos Pedaggicos de Base em todos os distritos atravs da formao dos coordenadores em gesto

    pedaggica, monitoria e avaliao, superviso e metodologias

    de educao de adultos e fornecimento de material didctico.

    Revitalizados todos os Ncleos Pedaggicos de Base criados em cada provncia at 2015.

    Realizao de aces de capacitao e formao de formadores, educadores profissionais e alfabetizadores

    voluntrios, bem como professores primrios em exerccio e

    em formao, nos IFPs em contedos relacionados com os novos currculos.

    Assegurada a capacitao dos 30 mil Alfabetizadores e 500 novos Educadores por

    ano.

  • 33

    Objectivos

    Estratgicos 2

    Aces Estratgicas para o Desenvolvimento e

    Estabelecimento de Parcerias entre o subsector e outros

    intervenientes

    Resultados Globais Previstos

    Desenvolver polticas e

    mecanismos de

    articulao entre as

    instituies do Governo

    e seus Parceiros

    privilegiando as

    provncias com

    elevadas taxas de

    analfabetismo

    Actualizao da Estratgia de Alfabetizao e Educao de Adultos at 2015, de forma a adequar ao contexto, mudanas

    e dinmica de desenvolvimento scio-econmico.

    Elaborada e divulgada a Estratgia de AEA, at Junho de 2012 e actualizada de forma

    permanente at 2015.

    Continuao do desenvolvimento de polticas alinhadas com o PEE.

    Alinhadas polticas e estratgias do subsector de AEA com o PEE.

    Alargamento da rede de Instituies de Formao de Educadores de Adultos, dando prioridade s provncias com

    altas taxas de analfabetismo.

    Alargada a rede de instituies de Formao de Educadores de Adultos e incrementada a taxa de

    alfabetizao nas provncias com altos ndices de

    analfabetismo at 2015.

    Transformao do GT de AEA num frum nacional alargado, s instituies governamentais, Comunicao Social,

    Empresariado, Sindicatos, e outras foras da Sociedade Civil.

    Criado e desenvolvido um Frum Nacional de AEA composto por representantes do

    Movimento de Educao para Todos, Sociedade

    Civil, Empresariado, Sindicato e do MINED,

    Julho de 2011.

    Implementao das aces com vista a angariao de recursos para aces de AEA.

    Estabelecido memorando, convnios e acordo entre o subsector de AEA e os parceiros na rea

    de AEA.

  • 34

    Objectivos

    Estratgicos 3

    Aces Estratgicas para o incremento e garantia do

    financiamento do Subsector de Alfabetizao e Educao de

    Adultos

    Resultados Globais Previstos

    Operacionalizar a

    articulao e parceria

    com as instituies do

    Estado, Sociedade

    Civil, Ensino Superior e

    Organizaes

    Internacionais

    Envolver as instituies de ensino primrio, secundrio, tcnico profissional, formao de professores e superior, a

    Sociedade Civil, (ONGs, Confisses Religiosas, Associaes Cvicas), Empresariado Local, Comunicao Social e outras

    organizaes interessadas na implementao da estratgia de

    AEA.

    Garantida a participao de diferentes actores na implementao da Estratgia e reactivados e

    criados fora provinciais e distritais de AEA, at

    Fevereiro de 2011.

    Divulgar a todos os nveis a Estratgia de AEA com a finalidade de estabelecer parcerias, com os diferentes actores

    envolvidos na implementao de aces de AEA.

    Consolidado, em parceria com o Movimento de Advocacia e Sensibilizao e Mobilizao de

    Recursos para AEA, o funcionamento do

    subsector, nos nveis Municipal, Distrital,

    Provincial e Central, at Agosto de 2011.

    Promover fora provinciais e distritais para a reflexo e troca de experincias sobre o desenvolvimento da AEA.

    Criados e desenvolvidos fora Provinciais e Distritais de AEA compostos por representantes

    do Movimento de Educao para Todos,

    Sociedade Civil, Empresariado, Sindicato e do

    MINED, Julho de 2011.

    Realizar aces de Advocacia das boas prticas de AEA para a sensibilizao e mobilizao de mais parcerias com ONGs, Confisses Religiosas, Sindicatos, Associaes,

    Empregadores, instituies de ensino superior e Organismos

    Internacionais.

    Estabelecidos acordos de parceria, a nvel central, provincial e local, atravs de

    memorandos de entendimento, contratos-

    programa e outros.

    Envolver o sector privado nas aces de alfabetizao e educao de adultos atravs da responsabilidade social.

    Garantida a participao do Sector Privado na implementao da AEA, atravs de

    responsabilidade social.

  • 35

    Objectivos

    Estratgicos 4

    Aces Estratgicas para o incremento e garantia do

    financiamento do Subsector de Alfabetizao e Educao de

    Adultos

    Resultados Globais Previstos

    Angariar e mobilizar

    fundos no Pas e

    estrangeiro para

    assegurar a

    implementao efectiva

    da Estratgia

    Estabelecimento do Fundo Nacional da Alfabetizao e

    Educao no Formal.

    Estabelecido o Fundo Nacional de Alfabetizao e Educao no Formal para a implementao da

    Estratgia.

    Identificao e mapeamento de potenciais parceiros internacionais, dos sectores pblico e privado e da sociedade

    civil para o estabelecimento de mecanismos da sua

    comparticipao no financiamento da Estratgia.

    Incrementada a comparticipao de financiamento da Estratgia, com o

    envolvimento de parceiros internacionais, dos

    sectores pblicos e privados e da sociedade civil.

    Mobilizao de parceiros nacionais e internacionais para a disponibilizao de recursos para a implementao efectiva da

    Estratgia de AEA.

    Estabelecidos acordos de cooperao com potenciais parceiros internacionais, pblicos,

    privados e da sociedade civil de forma a

    aumentar proporo da sua contribuio para a

    implementao da Estratgia.

    Avaliao do grau de crescimento do financiamento e divulgar a lista dos contribuintes e dos resultados das

    contribuies.

    Apresentado semestral e anualmente, aos intervenientes da implementao da Estratgia,

    um relatrio de prestao de contas do uso de

    fundos nacionais, internacionais e de outras

    fontes segundo mecanismos e procedimentos

    previamente acordados.

    Reajustamento e divulgao permanente do Diploma Ministerial sobre o pagamento de subsdio aos alfabetizadores

    voluntrios.

    Incrementado de forma proporcional at 40%, o total de fundos para custear os subsdios dos

    alfabetizadores.

    Reviso e actualizao do Manual de Procedimentos para Implementao da parceria definido pela DINAEA em 2003.

    Revisto o Manual de Procedimentos.

  • 36

    Objectivos

    Estratgicos 5

    Aces Estratgicas para articulao com Instituies do

    Estado e Ensino Superior e

    Resultados Globais Previstos

    Assegurar a

    participao de

    estudantes em aces

    de alfabetizao

    atravs de assinatura

    de memorandos de

    entendimento entre o

    MINED e instituies

    do ensino superior

    Estabelecimento de memorando de entendimento entre o MINED e as instituies de ensino superior vocacionadas para

    a AEA.

    Estabelecidos memorandos de entendimento entre o MINED e as instituies de ensino

    superior.

    Realizao de programas de Estgio para os finalistas de instituies de ensino superior (IES).

    Realizados estgios nos Centros de Formao em alfabetizao e educao de adultos pelos

    finalistas.

    Incluso de Programas de alfabetizao nas aces desenvolvidas pelas instituies de ensino superior, sector

    privado (responsabilidade social) e sociedade civil.

    Implementados Programas de AEA pelas instituies de ensino superior, sector privado e

    sociedade civil.

    Objectivos

    Estratgicos 6

    Aces Estratgicas param Reforo do envolvimento dos

    Governos Locais

    Resultados Globais Previstos

    Apoiar os Governos

    locais na organizao,

    planificao e

    implementao de

    Actividades de AEA

    Incluso de Alfabetizao e Educao de Adultos na planificao e oramentao das actividades dos governos

    locais.

    Implementadas aces de AEA pelos governos locais.

    Envolvimento dos governos locais na proviso de meios e recursos para a viabilizao da AEA.

    Garantidos os meios para a implementao de AEA ao nvel dos distritos Postos

    Administrativos, Localidades e Aldeias.

  • 37

    Anexo II: Cronograma de Aces e Custos da

    Implementao da Estratgia

  • 38

    Pilar Objectivos Estratgicos Calendrio de Desembolso Oramento

    I ano

    (2011)

    II ano

    (2012)

    Ano III

    (2013)

    Em Mt Em USD

    Acesso e

    Reteno

    1. Mobilizar e sensibilizar todos os actores, a todos os nveis, para garantir que, um cada vez mais crescente nmero de alfabetizandos participe nas sesses de

    formao e capacitao.

    1.350.000 1.350.000 1.350.000

    4.050.000

    115.714,2

    2. Garantir o envolvimento de todos os actores, a todos os nveis, no acesso e Reteno dos alfabetizandos.

    1.900.000 1.900.000 1.900 000

    5.900.000

    162.857,1

    Melhoria da

    Qualidade e

    Relevncia

    3. Rever e elaborar materiais de alfabetizao e de ps-alfabetizao (em Portugus e Lnguas Maternas com base na ortografia padronizada) para a

    formao e para o ensino-aprendizagem, cobrindo as diferentes componentes

    do currculo, em parceria com a Sociedade Civil.

    21.750.000

    17.750.000 16.000.000 55.430.000

    1.583.714,2

    4. Rever o currculo e realizar aces de formao e capacitao, em parceria com outros intervenientes a todos os nveis profissionais capazes de responder com

    eficincia e eficcia s atribuies e desafios que se colocam na implementao

    da Estratgia de AEA.

    900.000 900.000 900.000 2.700 000

    72.972,9

    5. Conceber e implementar em parceria com outros intervenientes aces para a educao e para as Habilidades para a Vida, Preveno e Combate a rea Doenas Endmicas Incluindo a Pandemia do HIV e SIDA.

    350.000 350.000 350.000 1.050.000

    30.000

    Reforo da

    Capacidade

    Institucional e

    Organizativa

    6. Reforar a capacidade institucional e organizativa para a implementao efectiva de aces de alfabetizao e educao de adultos de acordo com a

    actual demanda no Subsector.

    112.679.000 112.679.000 112.679.000 338.037.000

    9.658.200

    7. Desenvolver polticas e estratgias que tem em conta a realidade social e cultural do Pas que visem a melhoria do Subsector de Alfabetizao e

    Educao de Adultos e privilegiem a equidade de gnero.

    3.500.000 ---------- ------------ 3.500.000

    100.000

    8. Operacionalizar a articulao e parceria com as instituies do Estado, Sociedade Civil, Ensino Superior e Organizaes Internacionais.

    350. 000 350.000 350.000 1.050.000 30.000

    9. Implementar aces para mobilizao e disponibilizao de fundos nacionais e internacionais, que assegurem a implementao efectiva da Estratgia, baseada

    nos princpios de transparncia, eficincia e eficcia.

    350.000 350.000 350.000 1.050.000

    30.000

    10. Assegurar a articulao entre o MINED e Instituies do Ensino Superior na realizao da misso de alfabetizao e Educao de Adultos .

    200.000 200.000 200.000 600.000 17.142

    11. Apoiar os Governos locais na organizao, planificao e implementao de Actividades de AEA, como parte da sua agenda de governao e garante de

    sustentabilidade da Alfa