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Aula 00 Curso: Português p/ TJ/PR - Técnico Professor: Fabiano Sales 00000000000 - DEMO

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Curso: Português p/ TJ/PR - Técnico

Professor: Fabiano Sales

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AULA 00

Estrutura e Processos de Formação das Palavras.

Ortografia Oficial. Acentuação Gráfica.

SUMÁRIO PÁGINA 01. Apresentação 01 02. Conteúdo, Metodologia e Objetivo do Curso 02 03. Cronograma do Curso 02 04. Estrutura das Palavras 03 05. Processos de Formação das Palavras 13 06. Ortografia Oficial 28 07. Acentuação Gráfica 58 08. Lista das Questões Comentadas na Aula 70 09. Gabarito 78

Olá, vitoriosos alunos! Sejam bem-vindos! É com imensa alegria e empolgação que daremos início ao Curso de Português para o Tribunal de Justiça do Paraná. O edital foi publicado recentemente. Então, é hora de “acelerar” os estudos e garantir a conquista de sua vaga! Para quem não me conhece, meu nome é Fabiano Sales. Tenho formação em Letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Em 2004, iniciei minhas atividades docentes no Rio de Janeiro, onde leciono aulas de gramática, de técnicas de redação, de compreensão e interpretação de textos e de redação de correspondências oficiais. Atualmente, leciono em cursos preparatórios presenciais e virtuais, além de escrever artigos e de comentar questões para o parceiro “Eu Vou Passar”. Dessa forma, trabalho visando a auxiliar candidatos de diversas áreas para os principais concursos públicos do país, com destaque para a Receita Federal, Tribunal de Contas da União, Banco Central, INSS, Tribunais Regionais, Fiscos Estaduais e/ou Municipais, Polícias Federal, Civis e Militares, entre outros. Conheço o perfil das principais bancas examinadoras, dentre as quais se destacam ESAF, CESPE/UnB, FGV, FCC, CESGRANRIO, FUNRIO, entre outras. Feita minha apresentação, falemos um pouco acerca do conteúdo e da metodologia do curso. Durante o Curso de Português para o TJ-PR, abordaremos os pontos mais recorrentes em concursos públicos, apresentando questões comentadas de Língua Portuguesa de diversas bancas. A metodologia do Curso de Português para o Tribunal de Justiça do Paraná contempla, em cada tópico (sempre que possível), a exposição da teoria seguida da resolução e comentário de questões anteriores sobre o assunto. Nos comentários, poderá haver explicações novas. Assim, teoria e questões se complementam. Ao final de cada aula, serão elencadas as questões que foram comentadas, seguidas do gabarito. Em se tratando do atual concurso para o TJ/PR, a matéria de Língua Portuguesa contemplará os seguintes tópicos:

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LÍNGUA PORTUGUESA - Compreensão e interpretação de textos, com razoável grau de complexidade; Reconhecimento da finalidade de textos de diferentes gêneros; Localização de informações explícitas no texto; Inferência de sentido de palavras e/ou expressões; Inferência de informações implícitas no texto e das relações de causa e conseqüência entre as partes de um texto. Distinção de fato e opinião sobre esse fato. Interpretação de linguagem não verbal (tabelas, fotos, quadrinhos etc.). Reconhecimento das relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios, preposições, locuções etc. Reconhecimento das relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contribuem para sua continuidade. Identificação de efeitos de ironia ou humor em textos variados. Reconhecimento de efeitos de sentido decorrentes do uso de pontuação, da exploração de recursos ortográficos e/ou morfossintáticos, de campos semânticos, e de outras notações. Identificação de diferentes estratégias que contribuem para a continuidade do texto (anáforas, pronomes relativos, demonstrativos etc.). Compreensão de estruturas temática e lexical complexas. Ambiguidade e paráfrase. Relação de sinonímia entre uma expressão vocabular complexa e uma palavra.

Sendo assim, seguiremos o cronograma de aulas abaixo: Aula 00 (18/07/2013) Estrutura e formação de palavras (elementos mórficos, valor dos afixos e dos radicais; processo de formação). Ortografia oficial. Acentuação gráfica. Aula 01 (25/07/2013) Morfologia: Flexão e emprego de classes gramaticais - Parte 1. Aula 02 (01/08/2013) Morfologia: Flexão e emprego de classes gramaticais - Parte 2. Aula 03 (07/08/2013) A frase e sua constituição. O período e sua construção. Termos essenciais, integrantes e acessórios. Ordenação dos termos na oração. Coordenação e subordinação. Aula 04 (14/08/2013) Concordância nominal e verbal. Aula 05 (21/08/2013) Regência nominal e verbal. Emprego do acento indicativo de crase. Aula 06 (28/08/2013) Pontuação. Paralelismo sintático e semântico. Equivalência e transformação de estruturas (paráfrase). Aula 07 (04/09/2013) Tipologia textual. Compreensão e interpretação de textos. Ambiguidade. Semântica: antônimos, sinônimos, homônimos e parônimos. Significação contextual de palavras e expressões. Mãos à obra!

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ESTRUTURA DAS PALAVRAS

As palavras são compostas de pequenas partes indivisíveis e significativas, denominadas morfemas. Estes, por sua vez, são classificados em lexicais ou gramaticais. Morfema Lexical – é o radical, que apresenta o sentido básico da palavra.

• Radical - é o núcleo de significação da palavra. É, portanto, o único elemento que não pode faltar na estruturação do vocábulo.

É possível que as palavras se associem de diversas maneiras. Uma dessas associações

ocorre quando os vocábulos apresentam o mesmo radical – palavras pertencentes à mesma família, chamadas cognatas – , isto é, pertencem ao mesmo campo semântico. Exemplos: terra terrestre terra terreiro terráqueo. pedra, pedreira, pedreiro, pedregulho, pedraria, pedrada; nocivo, nocividade, (i)nocente, (i)nocentar; (i)nóquo*. rico, ricaço, enriquecer, riqueza**. *”Inóquo” possui o mesmo radical de “nocivo“, pois, foneticamente, as formas “noc-“ e “noqu-“ apresentam o mesmo som. ** “Enriquecer” e “riqueza” possuem o mesmo radical de “rico”, “ricaço”, pois, foneticamente, as formas “ric” e “riqu” são equivalentes. Devido às vias erudita e popular da língua, é possível que haja formas correspondentes, mas com radicais distintos. Exemplos: digital / dedal; capilar / cabelo; auricular / orelha; plano / chão.

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Em se tratando de formas verbais, o radical é obtido a partir de sua forma infinitiva (o “nome” do verbo), suprimindo-se as terminações -AR, -ER ou -IR: Cantar � Cant- (radical) Vender � Vend- (radical) Partir � Part- (radical) Morfema Gramatical - indica noções puramente gramaticais, como as flexões de gênero e número, modo e tempo. Dividem-se em:

• Vogal temática – é o elemento que prepara o radical para o recebimento das desinências. Pode ser: a) Nominal - vogais a, e, o átonas que se ligam aos radicais dos nomes sem oposição de gênero. Exemplos: escola, ponte, ângulo, mesa. b) Verbal - é por meio da vogal temática que se identifica a conjugação a que o verbo pertence. Cantar � -a- (1ª conjugação) Vender � -e- (2ª conjugação) Partir � -i- (3ª conjugação) E a que conjugação pertence o verbo pôr ? Meus amigos, esse verbo (e os derivados compor, decompor, supor etc.) pertence à 2ª conjugação, uma vez que apresenta -e- como vogal temática, devido à sua origem da forma latina ponere. Notem que, em algumas pessoas verbais, a vogal temática -e- aparece ao longo da conjugação. Exemplo: Presente do indicativo Eu ponho / Tu pões / Ele põe / Nós pomos / Vós pondes / Eles põem

Considerações importantes 1ª) O tema é obtido por meio da união entre radical e vogal temática. Exemplos: escolar, pontes, angulosidade, falar, vender, partir.

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2ª) Quando o nome terminar por consoante, vogal tônica ou -i ou -u, só haverá radical, sendo, por isso, denominado atemático. Exemplos: raiz, jacaré, táxi, angu, sofá, café, caqui, baú, nível, hífen.

• Afixos - são morfemas que se unem ao radical, modificando o significado básico deste, formando, assim, novas palavras. Podem ser: a) Prefixos – elementos antepostos ao radical da palavra. Exemplos: desleal, ilegal, analfabeto, desconhecer.

Consideração importante Os prefixos, quando acrescidos ao radical da palavra, não modificam a classe gramatical do vocábulo. Entretanto, modificam seu sentido. Exemplos: Leal (=sincero, fiel); Desleal (=traidor, infiel); Legal (=conforme a lei); Ilegal (=contrário à lei); Alfabeto (=letras usadas nas línguas); Analfabeto (=aquele que não sabe ler nem escrever). Conhecer (=ter a ideia); Desconhecer (=ignorar) b) sufixos - elementos pospostos ao radical da palavra. Exemplos: realidade, felizmente, feioso, livrinho.

Consideração Importante Os sufixos, quando acrescidos ao radical da palavra, podem ou não alterar sua classe gramatical. Exemplos: Real (adjetivo) ; Realidade (substantivo) Feliz (adjetivo) ; Felizmente (advérbio) Feio (adjetivo) ; Feioso (adjetivo) Livro (substantivo) ; Livrinho (substantivo) O sufixo pode ser nominal, verbal ou adverbial.

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FORMADORES DE SUBSTANTIVOS a) Sufixos formadores de nomes de agente, naturalidade, profissão, ofício -ário(a) - secretário -nte - estudante -eiro(a) - padeiro -sor - agrimensor -ista - dentista -tor – inspetor -dor - narrador b) Sufixos que formam nomes de lugar, depositório, repartição, coleção -aria - padaria -il - covil -ário - herbanário -or - corredor -douro - ancoradouro -tério - cemitério -eiro - açucareiro -tório - dormitório -eria - vozeria c) Sufixos que formam nomes indicadores de abundância, aglomeração, coleção -aço – chumaço -ame - gentame, velame -ada - papelada -ario(a) - casario, infantaria -agem - folhagem -edo - arvoredo -al - capinzal -eria - correria -alha - cordoalha -io - mulherio -ama - dinheirama -ume - negrume d) Sufixos que formam nomes técnicos usados na ciência -ite - bronquite, hepatite (inflamação) -oma - mioma, epitelioma, carcinoma (tumores) -ato, eto, ito - sulfato, cloreto, sulfito (sais) -ina - cafeína, codeína (alcalóides, álcalis artificiais) -ol - fenol, naftol (derivado de hidrocarboneto) -ite - amotite (fósseis) -ito - granito (pedra) -ema - morfema, fonema, semema, semantema (ciência linguística) -io - sódio, potássio, selênio (corpos simples) e) Sufixos que formam nomes de ação, resultado de ação, estado, qualidade -ada – braçada -ice - velhice -ança - mudança -ície - calvície -ância - abundância -ismo - civismo -ção - perdição -mento - casamento -dão - solidão -são - compreensão -dade - maldade -(t)ude - amplitude -ença - crença -ume – negrume -ência - imponência -ura - formatura -ez(a) - sensatez, beleza

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f) Sufixos que traduzem ciência, doutrinas filosóficas, sistemas religiosos ou políticos, escola -ia - astronomia, valentia, melancolia (qualidade); sacristia (lugar); chefia (cargo) -ismo - budismo, kantismo, comunismo, kardecismo, batismo g) Sufixos que traduzem título ou dignidade de pessoa do sexo feminino -esa – baronesa -essa – condessa -isa - poetisa

h) Sufixos que denotam estado mórbido, doença -ose - neurose, esclerose, lordose i) Sufixos que traduzem ideia de “quem mata” ou “crime de matar” -cida - homicida, parricida, fratricida -cídio - suicídio, homicídio, genocídio

FORMADORES DE ADJETIVOS

a) Provenientes de Substantivos -aco - maníaco -ado - barbado -áceo(a) - herbáceo, liláceas -aico - prosaico -al - anual (referência, relação) -ano - curitibano (naturalidade, origem) -ão - alemão (naturalidade, origem) -ar - escolar (referência, relação) -ário - diário, ordinário -ático - problemático -az - mordaz -eiro - brasileiro (naturalidade, origem) -engo - mulherengo -enho - ferrenho -eno - terreno -ense - paraense, fluminense (naturalidade, origem) -ento - cruento -eo - róseo (referência, relação)

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-ês - chinês (naturalidade, origem) -esa - chinesa (naturalidade, origem) -esco - pitoresco -este - agreste -estre - terrestre -eu - europeu (naturalidade, origem) -ício - alimentício -ico - geométrico (referência, relação) -il - febril -ino - cristalino, bovino, florentino (referência, relação) -ivo - lucrativo -oide - antropoide (semelhança) *-oide - politicoide, moloide (depreciativo) -onho - tristonho -oso - bondoso, gorduroso (abundância, qualificação acentuada) -udo - barrigudo (abundância, qualificação acentuada) b) Provenientes de Verbos

SUFIXO SENTIDO

EXEMPLOS

-ante -ente -inte

ação, qualidade, estado semelhante, doente, seguinte

-vel possibilidade de praticar ou sofrer uma ação

louvável, perecível, punível

-io, -(t)ivo

ação, referência, modo de ser

tardio, afirmativo, pensativo

-(d)iço, -(t)ício possibilidade de praticar

ou sofrer uma ação, referência

movediço, quebradiço, factício

-(d)ouro,-(t)ório

ação, pertinência casadouro, preparatório

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QUADRO DE CORRESPONDÊNCIA ENTRE PREFIXOS GREGOS E LATINOS

Prefixos gregos Prefixos latinos Significado Exemplos

a-, an- des-, in- privação, negação acéfalo, anônimo, anarquia, desleal, desigual, incapaz, inativo

anti- contra- oposição, ação contrária antagonista, antibiótico, antítese,

contra-veneno, contra-dizer

anfi- ambi- duplicidade, de um e outro lado, em torno anfíbio, anfiteatro, ambidestro, ambivalente, ambíguo

apo- ab- afastamento, separação

apóstolo, apogeu, abstrair,

abuso, aberrar

di- bi(s)- duplicidade dígrafo, ditongo, dissílabo, bicampeão, bípede, bisneto

dia-,meta- trans- movimento através diáfano, diagnóstico, translúcido, transpassar

en-, em- in-, im-, ir- movimento para dentro encéfalo, energia, ingerir, incrustar, irradiação

endo- intra- movimento para dentro, posição interior endocárdio, endocarpo,

intravenoso, intramuscular, intraverbal

ec-, ex- es-, ex- movimento para fora, mudança de estado êxodo, exorcismo, excêntrico, expatriar, estender

epi-, super-, hiper- supra- posição superior, excesso epiderme, epitáfio, epílogo

supervisão, hipérbole, supradito, superpor, supercílio

eu- bene- excelência, perfeição, bondade eufonia, eufemismo, evangelho, benefício, benévolo, benéfico

hemi- semi- meio, metade hemiciclo, hemisfério,

hemistíquio, semicírculo, semimorto

hipo- sub- posição inferior hipoglosso, hipótese,

hipodérmico, submarino, subsolo, subterrâneo

para- ad- proximidade, adjunção paradigma, paralelo, advogado, adjacente

peri- circum- em torno de periferia, perífrase, circumpolar, circunlóquio

cata- de- movimento para baixo cataclismo, catástrofe, catavento, derrubar, decapitar, demolir

sin-, sim- cum- simultaneidade, companhia simpatia, sincronia, sinfonia, cúmplice

Fonemas Eufônicos – são fonemas (vogais e/ou consoantes) sem valor significativo de que a língua se serve para melhorar o som das palavras. São interpostos a outros elementos para facilitar a pronúncia (eufonia), de um modo geral.

Exemplos: chaLeira, gasÔmetro, cafeZal, capinZal, neuróTico.

Considerações importantes

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1ª) A palavra arrozal não possui fonema eufônico, já que a letra z faz parte do radical. A este vocábulo foi acrescido o sufixo –al. 2ª) Em lapisinho / paisinho / onusinho também não existe fonema eufônico, pois ao radical foi acrescido o sufixo –inho. 3ª) Em grandeza / beleza / pobreza não aparece fonema eufônico, visto que o sufixo –eza (formador de substantivo abstrato) foi adicionado aos respectivos radicais. Neste momento, chamo a atenção de vocês para as desinências dos verbos, pois é a partir delas que perceberemos as flexões verbais. As desinências subdividem-se em:

• modo-temporais – indicam o modo (indicativo, subjuntivo e imperativo) e o tempo verbal (presente, passado e futuro); e

• número-pessoais – indicam o número (singular e plural) e a pessoa do discurso (1ª, 2ª e 3ª). Exemplos:

Cant a va s radical vogal DMT DNP temática CANT- : radical – apresenta o significado da palavra.

-A- : vogal temática – indica que o verbo pertence à 1ª conjugação.

-VA- : desinência modo-temporal – indica que o verbo está flexionado no pretérito imperfeito do indicativo.

-S : desinência número-pessoal – indica que o verbo está flexionado na 2ª pessoa do singular.

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Vend e re mos radical vogal DMT DNP temática VEND- : radical – apresenta o significado da palavra. -E- : vogal temática – indica que o verbo pertence à 2ª conjugação. -RE- : desinência modo-temporal – indica que o verbo está flexionado no futuro do presente do indicativo.

-MOS : desinência número-pessoal – indica que o verbo está flexionado na 1ª pessoa do plural.

Part i ra s radical vogal DMT DNP temática PART- : radical – apresenta o significado da palavra. -I- : vogal temática – indica que o verbo pertence à 3ª conjugação. -RA- : desinência modo-temporal – indica que o verbo está flexionado no pretérito mais-que-perfeito do indicativo.

-S : desinência número-pessoal – indica que o verbo está flexionado na 2ª pessoa do singular.

A seguir, apresentarei a vocês o paradigma das desinências modo-temporais e número-pessoais.

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DESINÊNCIAS MODO-TEMPORAIS

Modo Tempo 1ª Conjugação

Exemplo 2ª e 3ª Conjugações

Exemplo

Presente ø (zero) falo ø (zero) vendo, parto

Pretérito perfeito ø (zero) falei ø (zero) vendi, parti

Pretérito imperfeito

-va (-ve) falava, faláveis

-ia (-íe)

vendia, vendíeis;

partia, partíeis

Pretérito mais-que- -perfeito

-ra (-re)

átono

falara, faláreis

-ra (-re)

átono

vendera, vendêreis;

partira, partíreis

Futuro do presente

-ra (-re)

tônico

falará, falareis

-ra (-re)

tônico

venderá, vendereis;

partirá, partireis

Indicativo

Futuro do pretérito

-ria (-ríe) falaria, falaríeis

-ria (-ríe)

venderia, venderíeis;

partiria, partiríeis

Presente -e fale, faleis -a venda, parta

Pretérito imperfeito

-sse falasse, falasses

-sse vendesse, partisse

Subjuntivo

Futuro -r falar, falares

-r vender, partir

Afirmativo -e fale, falemos

-a vendam, partam

Imperativo Negativo -e

não fale, não

falemos -a

não vendam, não partam

Infinitivo Pessoal -r falar, falares

-r vendermos, partirmos

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DESINÊNCIAS NÚMERO-PESSOAIS

� 1ª pessoa do singular -o (no Presente do indicativo): falo, vendo, parto. -i (no Pretérito perfeito e no Futuro do presente do indicativo): falei, vendi, parti; falarei. Ø (nos demais tempos e modos): falava, falaria, falara, falasse.

� 2ª pessoa do singular

-s (em todos os tempos, exceto no Imperativo afirmativo): falas, vendes, partes; falarás. -ste (no Pretérito perfeito do indicativo): falaste, vendeste, partiste. Ø (no Imperativo afirmativo): fala (tu), vende (tu), parte (tu).

� 3ª pessoa do singular

-u (Pretérito perfeito do indicativo): falou, vendeu, partiu. Ø (nos demais tempos e modos): falava, falaria, falara, falasse.

� 1ª pessoa do plural

-mos: falamos, vendemos, partimos.

� 2ª pessoa do plural

-stes (no Pretérito perfeito do indicativo): falastes, vendestes, partistes. -des (no Futuro do subjuntivo e no Infinitivo pessoal): falardes, venderdes, partirdes. -i (no Imperativo afirmativo): falai (vós), vendei (vós), parti (vós). -is (nos demais tempos e modos): falais, vendeis, partis. -des(no Presente do indicativo dos verbos irregulares ter, vir, pôr, ver, rir, ir): vindes, ides.

� 3ª pessoa do plural

-ram (Pretérito perfeito do indicativo): cantaram, venderam, partiram. -o (no Futuro do presente do indicativo): cantarão, venderão, partirão. -em (no Futuro do subjuntivo e no Infinitivo pessoal): cantarem, venderem, partirem. -m (nos demais tempos e modos): cantam, vendem, partem; cantavam, vendiam, partiam.

FORMAÇÃO DAS PALAVRAS

As novas palavras que surgem na língua são formadas por meio dos seguintes processos de formação: composição e derivação.

COMPOSIÇÃO – é a união de dois radicais. Com isso, a composição subdivide-se em: a) Justaposição - os radicais são colocados lado a lado, sem qualquer alteração gráfica e fonética, ou seja, sem perda de elementos. Exemplos: guarda-chuva, passatempo, malmequer, girassol.

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b) Aglutinação – dois radicais aglutinam-se, trocando ou perdendo fonemas, originando um só acento tônico. Exemplos: planalto (plano + alto), aguardente (água + ardente), embora (em + boa + hora), vinagre (vinho + acre), pernalta (perna + alta). DERIVAÇÃO – é o processo em que se acrescentam afixos – prefixo, sufixo ou prefixo e sufixo – ao radical. A derivação pode ser: a) prefixal – anteposição de prefixo ao radical. Os prefixos, geralmente, agregam-se a verbos ou a adjetivos. Exemplos: fiel - infiel; leal - desleal; existir - coexistir; passar - repassar; aéreo - antiaéreo; dito - sobredito; pôr - repor; quieto - inquieto. b) sufixal – posposição de sufixo ao radical. Os sufixos vêm imediatamente após o núcleo. Exemplos: simples - simplesmente; natural - naturalidade; dente - dentada; análise - analisável; feliz - felizmente; leal - lealdade. c) prefixal e sufixal - a palavra recebe prefixo e sufixo simultaneamente, existindo na língua apenas com um dos afixos. Exemplos: infelizmente, deslealdade. d) parassintética - a palavra recebe prefixo e sufixo simultaneamente, porém não possui registro no idioma com apenas um dos afixos. Geralmente, é um processo formador de verbos. As formações parassintéticas mais comuns no português ocor-rem com o concurso dos prefixos es-, a-, en- e dos sufixos –ear, -ejar, -ecer, -izar. Exemplos: enriquecer, espernear, anoitecer, ensurdecer, enlouquecer, aclarar, esclarecer, apodrecer, enraivecer, aterrorizar, entardecer, esverdear. e) regressiva ou deverbal – consiste em formar palavras por meio da supressão de elementos terminais existentes nas palavras derivantes.

Substantivos que indicam ação advêm de verbos: ataque (de atacar), embarque (de embarcar), resgate (de resgatar), disputa (de disputar). Por isso, são chamados substantivos deverbais, ou seja, o tema verbal cede lugar a um tema nominal em -a, -e ou -o.

Nomes que não indicam ação dão origem a verbos: plantar (de planta), aferrar (de ferro), escovar (de escova), pincelar (de pincel).

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Observação: Nomes podem ser derivados de outros nomes. Exemplos: boteco (de botequim), sarampo (de sarampão), comissa (de comissário), delega (de delegado), bença (de bênção), asco (de asqueroso) etc. f) imprópria – consiste na mudança da classe gramatical habitual da palavra, sem alterar-lhe a forma. O caso mais comum é a substantivação. Exemplos: Comício monstro (substantivo passa a adjetivo). Falavam alto (adjetivo passa a advérbio). O cantar é preciso (verbo passa a substantivo). O não é um advérbio (advérbio passa a substantivo). Maria Pereira (substantivo comum passa a próprio). O porquê (conjunção passa a substantivo). Abreviação ou Redução – é obtida por meio da utilização de apenas parte da palavra. Exemplos: pneu (de pneumático), moto (de motocicleta), foto (de fotografia), quilo (de quilograma), extra (de extraordinário), metro (de metropolitano), pólio (de poliomielite) etc. Reduplicação ou Onomatopéia – consiste na repetição de sílaba ou de palavra para formar uma palavra imitativa. Exemplos: bem-te-vi, tique-taque, pingue-pongue, zunzum. Hibridismo - palavras formadas com elementos provenientes de línguas diferentes. Exemplos: televisão (grego+latim) abreugrafia (português+grego) alcoômetro (árabe+ grego) burocracia (francês+grego) zincografia (alemão+grego) Petrópolis (latim+grego) Teresópolis (português+grego) cotonete (inglês+português) Siglas - palavras formadas por iniciais de títulos. É importante tecer as seguintes considerações:

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- quando as siglas forem formadas por até três letras, todas estas deverão ser maiúsculas. Exemplos: ONU (Organização das Nações Unidas) MEC (Ministério da Educação) AGU (Advocacia-Geral da União) PM (Polícia Militar) - quando as siglas forem formadas por quatro ou mais letras, deveremos observar o seguinte: a) se as siglas não forem sílabas, todas as letras deverão ser grafadas com iniciais maiúsculas. Exemplos: IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) b) se as siglas formarem sílabas, ou seja, se forem semelhantes a vocábulos, somente a letra inicial deverá ser maiúscula. Exemplos: Embratel (Empresa Brasileira de Telecomunicações) Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) Emerj (Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro) Vamos fazer algumas questões. 1. (FGV-2008/Senado Federal) Assinale a alternativa em que a palavra indicada não seja cognata de patrimônio. (A) patrono (B) patrulha (C) patriarca (D) paternal (E) pátrio Comentário: Palavras cognatas são aquelas que pertencem à mesma família, em virtude de apresentarem o mesmo radical. O vocábulo “patrimônio”, apresentado no enunciado, é formado pela radical “patr-“, proveniente da forma latina “pater”, significando “pai, chefe de um povo, país”. Essa mesma noção é apresentada pelos vocábulos “patrono”, “patriarca”, “paternal” e “pátrio”. Já o vocábulo “patrulha” é formado pelo radical “patrulh”, seguido da vogal temática nominal “a”, significando “ação ou efeito de patrulhar, de vigiar”. Gabarito: B.

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2. (FUNDATEC – 2010 – PREVIRG) Observe os seguintes pares de palavras, retiradas do texto. 1. crença – creia. 2. ficção – ficcional. 3. anjo – espiritual. 4. terapia – medicina. Quais dos pares representam famílias de palavras? A) Apenas 1 e 2. B) Apenas 2 e 3. C) Apenas 3 e 4. D) Apenas 1, 2 e 3. E) Apenas 2, 3 e 4. Comentário: Para identificar os vocábulos que pertencem à mesma família de palavras, precisaremos encontrar aqueles que apresentem o mesmo radical. Observando as assertivas, percebemos que as palavras cognatas, portanto, encontram-se nas assertivas (1) e (2): 1. Os vocábulos “crença” e “creia” são oriundos do verbo “crer”; 2. As palavras “ficção” e “ficcional” apresentam o mesmo radical. Já os pares “anjo / espiritual” e “terapia / medicina” não se caracterizam como vocábulos cognatos. Logo, a letra (A) é nosso gabarito. Gabarito: A. 3. (FUNDATEC – 2009 – DETRAN/RS) A respeito da palavra sustentável, afirma-se que: I – É um adjetivo derivado. II – O sufixo formador –vel indica ação, modo de ser. III – A palavra susto pertence à mesma família. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas I e II. d) Apenas I e III. E) I, II e III. Comentário: Inicialmente, devemos identificar que o adjetivo “sustentável” deriva do verbo “sustentar’. É formado por meio do acréscimo do sufixo –vel, indicando “ação ou modo de ser sustentado”. Sendo assim, já percebemos que as assertivas I e II estão corretas. Com relação à afirmação III, por sua vez, o vocábulo “susto” não provém de “sustentar”. Por conseguinte, não pertence à mesma família de “sustentável”. Gabarito: C.

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4. (CESGRANRIO) Assinale a palavra cujo sufixo NÃO tem o sentido de "ação ou resultado dela": a) Surgimento b) Separação c) Agressão d) Concorrência e) Fardamento Comentário: Nas assertivas A, B, C e D, todos os sufixos indicam “ação ou resultado desta”. Entretanto, esse mesmo sentido não é apresentado na opção E. O vocábulo “fardamento”, proveniente da junção entre o radical “fardar” e o sufixo “-mento”, indica “conjunto de fardas, uniforme completo”. O sufixo “-mento”, por sua vez, expressa a noção de “coleção, agrupamento”. Gabarito: E. 5. (FGV) Assinale a alternativa que não apresente a classificação correta de um dos elementos mórficos do vocábulo deixasse. (A) deix- = radical (B) -e = desinência número-pessoal (C) -a = vogal temática verbal (D) deixa = tema (E) -sse = desinência modo-temporal Comentário: A forma verbal “deixasse” é composta pelos seguintes elementos mórficos: deix- = radical (obtido a partir da extração de “-AR”, da forma infinitiva “deixar”) -a = vogal temática verbal de 1ª conjugação -sse = desinência modo-temporal (indica que o verbo está flexionado no pretérito imperfeito do subjuntivo) Notem que a forma “deixasse”, fora de contexto, pode referir-se tanto à primeira (eu) quanto à terceira (ele) pessoas do singular. Independentemente disso, em ambos os casos, a desinência número-pessoal é representada pelo morfema ø (zero). Logo, o gabarito da questão é a opção B. Gabarito: B.

6. (FGV) Assinale a alternativa em que todas as palavras têm prefixo indicativo de negação: (A) imoral - imprudente. (B) imoral - deslocar.

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(C) aderente - amoral. (D) aderente - subterrâneo. Comentário: O prefixo i-, do vocábulo “imoral”, possui valor negativo, sendo uma característica daquele que age contrariamente à moral, às regras de conduta vigentes. Em “imprudente”, o prefixo im- também apresenta valor de negação, significando “aquele que não é prudente; o que é descuidado”. Gabarito: A. 7. (FUNDATEC – 2009 – DETRAN/RS-Adaptada) Considere as seguintes afirmações acerca de palavras do texto. I – Em veículos, o elemento grifado represente desinência de número. II – Na palavra conhecida, a letra grifada representa desinência de gênero. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas I e II. Comentário: Analisando as assertivas, percebemos que: (i) veículos é marcado pelo morfema de plural –s, representando uma desinência de número; e (ii) conhecida representa, em oposição a “conhecido”, o feminino deste vocábulo, tendo como marca a desinência de gênero feminino “-a”. Logo, a letra (C) é o gabarito da questão. Gabarito: C. 8. (CESGRANRIO) Assinale a opção em que nem todas as palavras são de um mesmo radical: a) noite, anoitecer, noitada b) luz, luzeiro, alumiar c) incrível, crente, crer d) festa, festeiro, festejar e) riqueza, ricaço, enriquecer Comentário: Todas as palavras são formadas a partir de um mesmo radical, exceto na assertiva B. As palavras “luz” e “luzeiro” (derivação sufixal) são provenientes do radical “luz”. Entretanto, o vocábulo “alumiar”, que significa “iluminar, luzir”, formou- -se a partir do radical “lumi-“. Gabarito: B.

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9. (CESGRANRIO) O que indica nos parênteses NÃO está correto na opção: a) bordado-me (vogal temática). b) esforço-me (desinência número - pessoal). c) desenrolando (característica de gerúndio). d) imperceptível (derivado parassintético). e) meia-idade (composto por justaposição). Comentário: A indicação entre parênteses que indica erro encontra-se na assertiva (D). O vocábulo “imperceptível” é formado por meio do processo de “derivação prefixal e sufixal”: “im-“ (prefixo) + “percepti-“ (radical) + “-vel” (sufixo formador de adjetivos). As demais opções estão corretas. Gabarito: D. 10. (CESGRANRIO/IBGE) Assinale a opção em que todas as palavras se formam pelo mesmo processo: a) ajoelhar / antebraço / assinatura b) atraso / embarque / pesca c) o jota / o sim / o tropeço d) entrega / estupidez / sobreviver e) antepor / exportação / sanguessuga Comentário: Todas as palavras são formadas pelo mesmo processo na assertiva (B). Os vocábulos “atraso”, “embarque” e “pesca” provêm, respectivamente, das palavras “atrasar”, “embarcar” e “pescar”. Portanto, são formadas por meio de derivação regressiva. Gabarito: B. 11. (CESGRANRIO/Banco do Brasil) A palavra "aguardente" formou-se por: a) hibridismo b) aglutinação c) justaposição d) parassíntese e) derivação regressiva Comentário: O vocábulo “aguardente” é formado por meio de composição por aglutinação (processo em que há perda fonética): “água” + “ardente” = aguardente. Gabarito: B. 12. (CESGRANRIO) Indique a palavra que foge ao processo de formação de chape-chape: a) zunzum b) reco-reco

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c) toque-toque d) tlim-tlim e) vivido Comentário: O vocábulo “chape-chape” é formado por meio de reduplicação (redobro para alguns gramáticos), no qual se unem palavras iguais, obtendo-se um vocábulo para reproduzir determinado som. Esse mesmo processo é encontrado nas opções (A) a (D). Na assertiva (E), entretanto, o vocábulo “vivido” é obtido a partir da derivação sufixal: “viv-” (radical) + “-ido” (sufixo). Gabarito: E. 13. (CESGRANRIO) Os vocábulos aprimorar e encerrar classificam-se, quanto ao processo de formação de palavras, respectivamente, em: a) parassíntese - prefixação b) parassíntese - parassíntese c) prefixação - parassíntese d) sufixação - prefixação e sufixação e) prefixação e sufixação - prefixação Comentário: O vocábulo “aprimorar” é formado por meio da derivação parassintética. O radical “primor” recebe, ao mesmo tempo, o prefixo “a-” e o sufixo “-ar”. Notem que, se retirarmos qualquer dos afixos, a palavra não apresenta autonomia na língua: “aprimor” ou “primorar”. Isso é o que diferencia esse processo de formação daquele obtido por meio da derivação prefixal e sufixal. Por exemplo, em “infelizmente” (palavra formada por prefixação e sufixação), mesmo com a retirada de qualquer dos afixos (prefixo ou sufixo), a palavra continua a existir no vernáculo: “infeliz” ou “felizmente”. Por fim, a palavra “encerrar” é obtida com o processo de derivação prefixal, também conhecido como prefixação: “en-” (prefixo) + “cerrar”. Gabarito: A. 14. (CESGRANRIO/DECEA) O processo de formação da palavra conviver tem a mesma classificação em: a) neurótica; b) fugidio; c) desmatar; d) troca-troca; e) amoroso. Comentário: A palavra “conviver” é formada por meio do processo de derivação prefixal: “com” (prefixo que sofre alteração) + “viver” (radical) = “conviver”. De posse dessa informação, vamos analisar as alternativas. A) Resposta incorreta. Em “neurótica”, houve o processo de derivação sufixal: “neuro-” (radical) + “t” (consoante de ligação) + “-ica” (sufixo).

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B) Resposta incorreta. A palavra “fugidio” também foi formada por meio do processo de derivação sufixal: “fug-“ (radical) + “-idio” (sufixo). C) Esta é a resposta da questão. O vocábulo “desmatar” foi formado a partir do processo de derivação prefixal: “des-“ (prefixo) + matar (radical). D) Resposta incorreta. Em “troca-troca”, há o processo de composição por justaposição, ou seja, a união de dois vocábulos forma uma unidade semântica. É isso o que diferencia a justaposição da reduplicação, sendo este um processo para formar um determinado som (tique-taque, zunzum etc). E) Resposta incorreta. O vocábulo “amoroso” foi formado por meio do processo de derivação sufixal: “amor-“ (radical) + “-oso” (sufixo). Gabarito: C. 15. (FGV-2009/SEFAZ-RJ) Com relação aos processos de formação de palavras, analise as afirmativas a seguir: I. estruturador, civilizacional e renováveis são adjetivos formados por derivação sufixal. II. hominização, dilapidação e autodestruição são substantivos formados por composição e derivação. III. autodestruição, contrapartida e responsabilidade são substantivos formados por composição.

Assinale:

(A) se somente a afirmativa I estiver correta. (B) se somente a afirmativa II estiver correta. (C) se somente a afirmativa III estiver correta. (D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. (E) se todas as afirmativas estiverem corretas. Comentário: Todas as palavras do item I (estruturador, civilizacional e renováveis) apresentam sufixos (-dor, -al e -vel). Logo, o item está correto. O item II, por sua vez, apresenta vocábulos formados pelo processo de derivação sufixal, sendo todos eles formados por meio do sufixo -ção. Portanto, não houve formação por composição, o que torna o item incorreto. Por fim, o item III também apresenta vocábulos formados pelo processo de derivação: autodestruição (prefixo auto-), contrapartida (prefixo contra-) e responsabilidade (sufixo -dade). Sendo assim, o item está incorreto. Gabarito: A. 16. (FGV-2008/Polícia Civil-RJ) Assinale a alternativa em que a palavra não tenha sido formada pelo mesmo processo que infra-estrutura. (A) ilegítimas (B) hidrelétrica (C) desaparecesse

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(D) internacional (E) reequipar. Comentário: A palavra “infra-estrutura”¹ é formada pelo processo de derivação prefixal (prefixo intra-). O mesmo processo ocorre nos vocábulos “ilegítimas” (prefixo i-), “desaparecesse” (prefixo des-), “internacional” (prefixo inter-) e “reequipar” (prefixo re-). Sendo assim, restou a palavra “hidrelética”, a qual é formada pelo processo de composição (hidro + elétrica). ¹ Grafia modificada pelo Novo Acordo Ortográfico: infraestrutura. Gabarito: B. 17. (FGV-2010/CODEBA) Assinale a palavra que apresente, em relação a afixos, a mesma estrutura que desigualdade. (A) distribuição (B) Universidade (C) Desenvolvimento (D) principalmente (E) harmoniosas Comentário: O vocábulo “desigualdade” é composto pela seguinte estrutura:

des- : prefixo / igual: radical / -dade: sufixo Sendo assim, a palavra “desigualdade” é formada pelo processo de derivação sufixal e prefixal. Entre os vocábulos apresentados nas assertivas, somente “desenvolvimento” é formado pelo mesmo processo. As demais palavras – “distribuição”, “universidade”, “principalmente” e “harmoniosas” são formadas apenas por derivação sufixal. Gabarito: C. 18. (FGV-2009/MEC) Assinale a alternativa em que a palavra tenha sido formada pela união de dois radicais, ou seja, bases de sentido das palavras. (A) autogeridas (B) descolonização (C) superendividamento (D) ecossistema (E) desigualdades Comentário: Ao mencionar a “união de dois radicais”, o examinador referiu-se ao processo de composição. É o que ocorre na palavra “ecossistema”, formada pela junção do radical “eco” (domicílio, hábitat) com o radical “sistema”. Vamos analisar os demais vocábulos. Em “autogeridas”, há um processo de derivação prefixal (prefixo auto-). Por sua vez, “descolonização” é formada pelo processo de derivação prefixal (prefixo des-) e sufixal (prefixo -ção). Já a palavra “superendividamento” é formada

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pelo processo de derivação prefixal (prefixo super-) e sufixal (sufixo -mento). Por fim, “desigualdades” também é formada por derivação prefixal e sufixal (prefixo des- e sufixo -dade). Gabarito: D. 19. (FGV-2008/Polícia Civil-RJ-Adaptada) Observando-se as siglas UE, EUA e Mercosul, corretamente grafadas, é possível afirmar que, dentre as alternativas a seguir, há uma que não segue a regra moderna de grafia de siglas. Assinale-a. (A) UFRJ (B) PM (C) COFINS (D) Uerj (E) PIS Comentário: Conforme vimos nas lições, em siglas que formam sílabas, somente a letra inicial deve ser grafada em maiúsculo. Logo, a forma correta é Cofins. Gabarito: C. 20. (FUNDATEC-2010-Prefeitura de Pinhal da Serra) Analise as seguintes afirmações a respeito de palavras e expressões do texto. I. A palavra brasileiros é formada por sufixação, possuindo uma desinência de número. II. A palavra prazeroso é formada pelo sufixo –oso, que significa “provido ou cheio de”. III. A palavra impede forma-se a partir da palavra poder, acrescida do prefixo negativo im-. Quais estão corretas? A) Apenas I. B) Apenas II. C) Apenas I e II. D) Apenas II e III. E) I, II e III. Comentário: Analisando as assertivas, percebemos que: (i) brasileiros é marcado pelo morfema de plural –s, representando uma desinência de número; (ii) prazeroso representa a junção do radical “prazer” com o sufixo “-oso”, o qual exprime a noção de “provido ou cheio de”; e (iii) por fim, o vocábulo impede é proveniente do verbo “impedir”, tendo como radical “imped-”. Logo, a letra (C) é o gabarito da questão. Gabarito: C.

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21. (FUNDATEC – 2011 – CREMERS) Considerando o processo de formação de palavras, o vocábulo formado pelo mesmo processo que originou gorduroso é: A) entristecer. B) livraria. C) sobrenatural. D) passatempo. E) planalto. Comentário: No enunciado, “gorduroso” é proveniente de “gordura”, com o acréscimo do sufixo “-oso”. Portanto, temos o processo de derivação sufixal. Esse mesmo processo é encontrado na assertiva (B), em que “livraria” deriva de “livro”, recebendo o sufixo “-aria”. Nas demais opções, temos: (A) entristecer – derivação parassintética; (C) sobrenatural – derivação prefixal; (D) passatempo – justaposição; (E) planalto – aglutinação. Gabarito: B. 22. (FUNRIO-2006/DOCAS-Assistente Administrativo) "... gordura visceral ou intra-abdominal". O sentido do prefixo latino está contido no vocábulo: a) introvertido. b) introdução. c) intraduzível. d) intragável. e) intransferível. Comentário: No enunciado, o prefixo “intra-” exprime o sentido de “movimento para dentro, posição interior”. Essa mesma acepção é encontrada na assertiva (A), no vocábulo “introvertido”.

Nas demais opções:

b) O vocábulo “introduzir” é formado a partir do prefixo “intro-” com a junção à palavra latina “ducere” (introducere = introduzir). Nesse vocábulo, transmite-se o sentido de “guiar para dentro”. A questão deveria ter sido anulada, por apresentar duas respostas corretas; c) “intraduzível” – o prefixo “in-” exprime ideia de negação; d) “intragável” – o prefixo “in-” também exprime noção de negação; e) Em “intransferível”, transmite-se o sentido de negação. Gabarito: A. 23. (FUNRIO-2006/DOCAS-Assistente Administrativo) No vocábulo adiposo o sufixo -oso tem a noção de: a) nomenclatura científica. b) ação. c) profissão. d) quantidade. e) procedência.

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Comentário: Em “adiposo”, o sufixo “–oso”, formados de adjetivos, transmite ideia de quantidade. Portanto, a letra (D) é nossa resposta. Gabarito: D. 24. (FUNRIO-2006/DOCAS-Assistente Administrativo) Em qual das alternativas a seguir o sufixo exprime idéia de agente: a) agricultor, verdureiro, agente, modelador. b) paulista, verdureiro, agente, modelador. c) algodoal, viveiro, anilina, inglesa. d) canteiro, acetileno, solidão, resistente. e) maldade, surdez, brancura, perecível. Comentário: A ideia de agente é encontrada na assertiva (A). Em “agricultor”, temos o sufixo “-or”; em “verdureiro”, o sufixo “-eiro” denota a ação de vender verduras; por sua vez, ao vocábulo “agente” acrescentou-se o sufixo “-nte”, sinônimo de “agente”; e, por fim, novamente temos o sufixo “-or” em ‘modelador. Logo, a letra (A) é a resposta da questão. Vejamos algumas acepções nas demais alternativas: b) Em “paulista”, temos o sufixo “-ista”, indicador de localidade, origem, procedência; c) Em “algodoal”, o sufixo “-al” indica ideia de quantidade; d) Em “canteiro”, o sufixo “-eiro”, exprime a noção de lugar. Gabarito: A. 25. (FUNRIO-2009/Prefeitura do Rio de Janeiro) O vocábulo formado por sufixação é: a) sobrevivem b) vítimas c) poderia d) corredor e) ratificaram Comentário: O processo de formação de palavras por sufixação é autoexplicativo, ou seja, ao radical da palavra acrescenta-se um sufixo. Esse processo é encontrado na assertiva (D), em que “corredor” exprime o sentido de “aquele que corre”, que pratica tal ação. Portanto, essa é a nossa resposta. Gabarito: D. 26. (FUNRIO-2007/Prefeitura de Maricá) A palavra do texto formada por composição é: a) protomártir. b) seringueiro. c) desconfiar. d) internacional. e) comercialização. Comentário: Para que a palavra seja formada por composição, é necessário que haja a união de dois radicais. Esse processo de formação de palavras subdivide-se em:

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a) Justaposição - os radicais são colocados lado a lado, sem qualquer alteração gráfica e fonética, ou seja, sem perda de elementos. b) Aglutinação – dois radicais aglutinam-se, trocando ou perdendo fonemas, originando um só acento tônico. Dessa forma, identificamos que a resposta da questão se encontra na assertiva (A). O vocábulo “protomártir” é obtido a partir da junção dos radicais “proto” e “mártir”, sem acarretar alteração fonética. Trata-se do processo de composição por justaposição. Nas demais opções: (i) há o acréscimo de sufixo em “seringueiro”; (ii) o acréscimo de prefixo em “desconfiar”; (iii) a junção do prefixo “inter-” ao vocábulo “nacional”; e (iv) houve o acréscimo do sufixo “-ização” ao adjetivo “comercial”. Gabarito: A. 27. (FUNRIO-2008/SEJUS-RO) O processo de formação da palavra agronegócio, que aparece no segundo parágrafo do texto, é semelhante ao das palavras: a) aeromoça – autopeça – eletrodoméstico – minissaia. b) aguardente – fidalgo – pernalta – planalto. c) ambidestro – bisavô – ferrovia - quadrimotor. d) antiaéreo – hipertensão – antebraço –contradizer. e) cronômetro – homeopatia – octossílabo – tipografia. Comentário: No enunciado, o vocábulo “agronegócio” é formado por meio do processo de derivação prefixal, em que o prefixo “agro-“ foi acrescido ao radical “negócio”. Com isso, identificamos que a resposta da questão encontra-se na assertiva (A). Em “aeromoça”, “autopeça”, “eletrodoméstico” e “minissaia”, temos prefixos somados a radicais. Nas demais opções, temos, por exemplo: b) Em “aguardente”, temos processo de composição por aglutinação (água + ardente). Esse mesmo processo ocorre com as demais palavras desta assertiva. c) Em “ferrovia”, temos processo de derivação sufixal; d) Em “contradizer”, temos o processo de composição por justaposição. Gabarito: A. 28. (FUNRIO-2008/CBMERJ) O termos FILHOTE e CATIVEIRO são igualmente obtidos pelo processo de derivação: a) prefixal. b) sufixal. c) parassintética. d) regressiva. e) imprópria. Comentário: Em “filhote”, temos processo de derivação sufixal, em que o sufixo “-ote” foi acrescido à base “filh-”. Esse mesmo processo ocorre no vocábulo “cativeiro”, por meio do acréscimo do sufixo “-eiro”. Portanto, a letra (B) é nossa resposta. Gabarito: B.

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ORTOGRAFIA OFICIAL No Brasil, as normas ortográficas são regidas pela Academia Brasileira de Letras (ABL), por meio do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, conhecido como VOLP. Em 26 de setembro de 2008, o Decreto nº 6.583 entrou em vigor, promulgando o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Nesse documento, o então Presidente Luís Inácio Lula da Silva estabeleceu um período de transição, insculpido no artigo 2º, parágrafo único: “A implementação do Acordo obedecerá ao período de transição de 1o de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2015, durante o qual coexistirão a norma ortográfica atualmente em vigor e a nova norma estabelecida.” No decorrer desta aula, veremos que algumas questões foram elaboradas anteriormente ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Sendo assim, apresentarei as regras antigas e, quando for necessário, as novas normas ortográficas. Começaremos nossa aula de regras ortográficas pelo emprego das consoantes e das vogais.

EMPREGO DAS CONSOANTES

Emprega-se S (em) ... Exemplos

- vocábulos iniciados por I, O e U.

isento, Isabel, Osório, Oséias, usina, usura. Exceção: ozônio.

- sufixos -OSO e -OSA.

brilhoso, dengoso, saborosa, jeitosa, formosa.

- sufixos -ÊS (adjetivos que indicam nacionalidade ou procedência).

dinamarquês, japonês, chinês, inglês, português.

- sufixos -ESA e –ISA (formam o feminino de substantivos concretos ou designam títulos).

marquesa, baronesa, duquesa, consulesa, poetisa.

- sufixos ASE, ESE, ISE e OSE.

frase, crase, ênfase, tese, síntese, catequese, análise, catálise, hidrólise, hipnose, sacarose, apoteose. Exceções: gaze, deslize.

- depois de ditongos.

lousa, aplauso, maisena.

- verbos PÔR e QUERER (e nos respectivos derivados).

pus, pusera, puseram; quis, quisera, quiseram.

- prefixo TRANS-. transatlântico, transpor.

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Emprega-se S (em) ... Exemplos - palavras derivadas de verbos que possuem D, ND, RG, RT, PEL, CORR (no radical).

colidir, colisão; aludir, alusão. pretender, pretensão; suspender, suspensão. imergir, imersão; emergir, emersão. perverter, perversão; converter, conversão. repelir, repulsa; compelir, compulsão. recorrer, recurso; incorrer, incursão.

Emprega-se SS (em) ... Exemplos - palavras derivadas de verbos que possuem CED, GRED, PRIM, MET e CUT (no radical).

ceder, cessão; exceder, excesso. agredir, agressão; transgredir, transgressão. imprimir, impressão; reprimir, repressão. prometer, promessa; intrometer, intromissão.

- vogal + sufixo “-TIR”.

admitir, admissão; demitir, demissão.

- prefixo finalizado por vogal + palavra iniciada por S.

pressentir, pressentimento.

Emprega-se (C) Ç (em) ... Exemplos

- palavras africanas, árabes ou indígenas. açaí, açoite, araçá, babaçu, caçula, Iguaçu, Itaipuaçu.

- após ditongos.

afeição, beiço, correição. Exceções: coice, foice.

- sufixos -AÇA, -AÇO, -IÇA, -UÇO, -ANÇA, -ENÇA, -ÇÃO.

barcaça, balaço, carniça, crença, dentuço, esperança, petição.

- palavras derivadas do verbo TER.

ater, atenção; abster, abstenção; reter, retenção.

- palavras derivadas do verbo TORCER.

torcer, torção; contorcer, contorção; distorcer, distorção.

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Emprega-se (C) Ç (em) ... Exemplos

- palavras derivadas de outras que possuem “T” no radical.

optar, opção; cantar, canção; exceto, exceção; isento, isenção; correto, correção; setor, seção.

Emprega-se Z (em) ... Exemplos

- palavras iniciadas pela sílaba A.

azar, azado (oportuno), azia, azedo, azeite, azêmola, aziago, azul. Exceções: asa, asado (provido de asas), Ásia, asilo, asinino.

- palavras derivadas de outras que contenham Z no radical.

baliza, abalizado; revezar, revezamento; cruzar, cruzamento; paz, apaziguar; deslizar, deslize.

- antes dos sufixos - AL, -ADA e -INHO(A).

bambu, bambuzal; botão, botãozinho, botõezinhos; café, cafezal, cafezinho; pá, pazinha, pazada. Observação! Em regra, grafam-se com S os derivados de palavras cuja forma primitiva contenha S. Exemplos: lápis - lapisinho, lapiseira mesa – mesinha, mesada casa - casinha, casebre japonês - japonesinho parafuso – parafusinho

- sufixos -EZ e –EZA (formadores de substantivos abstratos derivados de adjetivos).

límpido, limpidez; macio, maciez; tímido, timidez; belo, beleza; franco, franqueza; gentil, gentileza.

- sufixos -IZAR e -IZAÇÃO.

utilizar, utilização; dinamizar, dinamização; centralizar, centralização; legalizar, legalização. Observação! Alguns verbos recebem apenas -AR como sufixo. Portanto, devem ser grafados com S. Exemplos: frisar (de friso), pesquisar (de pesquisa), pisar (de piso), bisar (de bis), irisar (de íris), analisar (de análise), improvisar (de improviso), paralisar (de paralisação).

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Emprega-se Z (em) ... Exemplos - segmento final da palavra, se o fonema /z/ não estiver entre vogais.

audaz, sagaz, loquaz, voraz, veloz, algoz, atroz, albatroz, giz, cicatriz, matriz, chafariz, cuscuz, mastruz. Exceções: abatis, ananás, anis, após, atrás, através, gás, ilhós, invés, lilás, quis, retrós, revés, viés.

- verbos finalizados em -ER e -IR.

fazer, dizer, trazer, cozer (cozinhar), produzir, abduzir. Exceções: coser (costurar), transir (arrepiar).

Emprega-se G em... Exemplos - após A inicial.

agente, ágil, agiota, agir, agouro. Observação! Grafam-se com J os derivados de palavras que contenham J no radical. Exemplos: jeito, ajeitar; jesuíta, ajesuitar; juízo, ajuizar.

- após R, geralmente.

aspergir, convergir, divergir, sargento, submergir, virgem. Exceções: gorjeio, gorjeta (de gorja); sarjeta (de sarja).

- finais -ÁGIO, -ÉGIO, -ÍGIO, -ÓGIO, -ÚGIO.

sufrágio, colégio, litígio, relógio, refúgio.

- finais dos substantivos -AGEM, -EGE, -IGEM, -OGE, -UGEM.

garagem, herege, vertigem, paragoge, ferrugem. Exceções: pajem, lajem (ou laje), lambujem.

- formas infinitivas de verbos terminados em -ER e -IR.

constranger, viger, fingir, fugir, infrigir (transgredir), infligir (aplicar).

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Emprega-se J (em) ... Exemplos - vocábulos derivados de palavras que contenham J no radical.

jeito, ajeitar; majestade, majestoso; gorja, gorjeta, gorjeio; sarja, sarjeta; laranja, laranjeira; cereja, cerejeira; granja, granjeiro; igreja, igrejeiro; lisonja, lisonjeado, lisonjeiro.

- palavras ameríndias, árabes e latinas.

pajé, jiboia, jirau, jiló, jequitibá, jenipapo, jerimum, canjica, cafajeste, manjericão, alforje, hoje, objeto.

- terminação -AJE.

laje, traje, ultraje.

- formas verbais terminadas em -JAR.

arranjar, arranjei, arranjemos, arranjem; bocejar, bocejei, bocejemos, bocejem; despejar, despejei, despejemos, despejem; viajar, viajei, viajemos, viajem. Observação! Cuidado os parônimos viagem (substantivo) e viajem (verbo viajar). Exemplos: Os caminhoneiros fizeram uma viagem cansativa. (substantivo) Desejo que eles viajem hoje à noite. (verbo)

Importante! Tenham atenção especial à grafia das seguintes palavras: berinjela, enrijecer, injeção, interjeição, jejuar, jejum, lambujem, ojeriza, projétil, trejeito.

Emprega-se X (em) ... Exemplos - após ditongos.

ameixa, caixa, eixo, encaixe, frouxo, queixo, seixo. Exceções: recauchutar, recauchutagem (de caucho).

- palavras de origem africana ou indígena.

abacaxi, caxumba, capixaba, muxoxo, Xavante, Xingu.

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Emprega-se X (em) ... Exemplos - depois das sílabas iniciais: Me- La- Li- Lu- Gra- Bru- En-

mexerico, mexicano, mexer, mexa (verbo). Exceção: mecha (substantivo). laxante. lixa, lixo. luxo, luxúria. graxa. bruxa, Bruxelas, bruxelês. enxada, enxuto, enxame, enxaqueca, enxoval, enxurrada, enxaguar, enxerto, enxergar, enxotar, enxugar. Exceções: enchova, encher, encharcar e derivados desses vocábulos. Observação! Quando en- for prefixo, prevalecerá a grafia da palavra primitiva. Exemplo: enxadrista (de xadrez), engraxar, engraxate (de graxa).

Importante! Fiquem atentos à grafia das seguintes palavras: esplêndido, estender, estendido, estourar, esterno (osso), estranho e estratificar (dispor em camadas ou estratos).

Emprega-se CH (em) ... Exemplos - cognatos das palavras com CH- .

chamariz (de chamar), chinelada (de chinelo), chifrada (de chifre), chaveiro (de chave), pichação (de piche).

- segmentos iniciais CHAM- e CHO- .

chamuscar, champanha, chaminé, chocalho, chocolate, choupana. Exceção: xampu.

- sufixos -ACHO, -ICHO e UCHO(A).

riacho, esguicho, gaúcho, gaúcha.

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Dicas estratégicas! 1ª) Quando “en-” for prefixo, prevalecerá a grafia da palavra primitiva: encharcar (de charco), enchapelar (de chapéu), enchiqueirar (de chiqueiro), enchumbar (de chumbo), enchouriçar (de chouriço), enchumaçar (de chumaço), enchente (de encher). 2ª) Atenção especial à escrita correta das seguintes palavras: chave, chuchu, chicote, chifre, chimarrão, chimpanzé, cochilo, chulo, chumaço, chacina, chantagem, chibata, brocha (prego), bucho (estômago de animais), chá (arbusto), cheque (ordem de pagamento), tacha (prego ou verbo tachar - apelidar), flecha, cartucho.

Emprega-se H (em)... Exemplos - compostos ligados por hífen em que o segundo elemento começa com H.

anti-higiênico, pré-histórico, pseudo-homérico, super-homem, infra-hepático, sobre-humano, arqui-herança, proto-história, mini-hotel, ultra-humano. Atenção à grafia correta das seguintes palavras: desarmonia, desumano, lobisomem.

- verbo HAVER (e em suas flexões).

havemos, haveis, haveria, houve, houvesse, houver.

- substantivo próprio BAHIA (Estado do Brasil).

Observação! Os derivados da palavra Bahia são grafados sem H. Exemplos: baiano, baianinha, baianada.

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EMPREGO DAS VOGAIS

Emprega-se E (em)... Exemplos - Presente do Indicativo: na 2ª e 3ª pessoas do singular (tu e ele) e na 3ª pessoa do plural (eles) dos verbos terminados em –IR.

Reunir – tu reúnes, ele reúne, eles reúnem. Partir – tu partes, ele parte, eles partem.

- Presente do Subjuntivo: em todas as pessoas dos verbos terminados em -OAR e -UAR.

Magoar - (que) eu magoe / tu magoes / ele magoe / nós magoemos / vós magoeis / eles magoem. Pontuar - (que) eu pontue / tu pontues / ele pontue / nós pontuemos / vós pontueis / eles pontuem.

- formas rizotônicas (sílaba tônica dentro do radical) dos seguintes verbos terminados em -IAR: mediar, ansiar, remediar, incendiar e odiar. Os demais são regulares: “Arriar” (abaixar-se) - arrio, arrias, arria, arriamos, arriais, arriam. “Arrear” (pôr o arreio) termina em –EAR: arreio, arreias, arreia, arreamos, arreais, arreiam.

M ediar – eu medeio, tu medeias, ele medeia, eles medeiam. A nsiar – eu anseio, tu anseias, ele anseia, eles anseiam. R emediar – eu remedeio, tu remedeias, ele remedeia, eles remedeiam. I ncendiar – eu incendeio, tu incendeias, ele incendeia, eles incendeiam. O diar – eu odeio, tu odeias, ele odeia, eles odeiam. Observação! O verbo intermediar segue o paradigma do verbo mediar.

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Reforçando...

Emprega-se a vogal E nos:

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Atenção! As seguintes palavras devem ser grafadas com “e”: beneficência, cadeado, candeeiro, creolina, cumeeira, descortinar, descrição (descrever), descriminar (inocentar), desperdício, despensa (depósito), empecilho, empório, espontâneo, encarnação, paletó, peão (pessoa), periquito, prazerosamente, rédea, terebintina. Memorizem isso!

Emprega-se I (em)... Exemplos - Presente do Indicativo: na 2ª e 3ª pessoas do singular (tu e ele) dos verbos terminados em -UIR, -AIR e -OER.

-UIR: tu possuis, ele possui; tu contribuis, ele contribui; tu constróis, ele constrói. -AIR: tu extrais, ele extrai; tu retrais, ele retrai; tu distrais, ele distrai. -OER: tu róis, ele rói; tu móis, ele mói; tu remóis, ele remói.

- formas rizotônicas (sílaba tônica dentro do radical) dos verbos terminados em -EAR.

Recear – eu receio, tu receias, ele receia, eles receiam. Frear – eu freio, tu freias, ele freia, eles freiam. Passear – eu passeio, tu passeias, ele passeia, eles passeiam. Arrear – eu arreio, tu arreias, ele arreia, eles arreiam.

As seguintes palavras devem ser grafadas com “i”: aborígine, açoriano, camoniano, calcário, casimira, cordial, corrimão, crânio, crioulo, digladiar, discernir, discrepância, discrição (discreto), discriminar (isolar), disenteria, dispensa (licença), displicência, erisipela, escárnio, impigem, inclinar, inquirir, invólucro, lampião, manteiga, manteigueira, meritíssimo, pião (brinquedo), privilégio. Sempre aparece alguma em prova.

EMPREGO DE ALGUMAS EXPRESSÕES

A partir deste momento, chamo a máxima atenção de vocês para o emprego de algumas expressões que podem gerar dúvida. Isso é recorrente nas provas de concursos. Vamos lá!

• A (preposição/artigo) x HÁ (verbo) A (preposição) – indica relação de distância ou de tempo futuro. Exemplos: A espiã trabalha a dois quarteirões dos inimigos. (preposição= relação de distância) Começarei a trabalhar daqui a uma semana. (preposição= ideia de futuro)

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A (artigo) – determina nomes femininos. Exemplo: A prova será muito fácil para aqueles que estudam. HÁ (verbo) – indica “tempo passado” ou a “existência de algo/alguém”. Nestas acepções, deve permanecer na terceira pessoa do singular, pois é um verbo impessoal. Exemplos: Fiz a prova há dois dias. (= Fiz a prova faz dois dias.) Há dois carros para o leilão. (Existem dois carros para o leilão.)

• AO ENCONTRO DE X DE ENCONTRO A AO ENCONTRO DE – em direção a, favoravelmente. Exemplo: Fui ao encontro de minha namorada. (= Fui em direção à minha namorada.) DE ENCONTRO A – ir contra; choque. Exemplo: Fui de encontro à opinião de sua esposa. (= Fui contra a opinião de sua esposa.)

• AFIM X A FIM AFIM – indica “semelhança”, “parentesco”. Exemplo: Nossa meta é afim: sua aprovação. (= Nossa meta é semelhante: sua aprovação.) A FIM – indica “finalidade”. Equivale à conjunção final “para”. Exemplos: Estudo a fim de ser aprovado. (= Estudo para ser aprovado.)

• ACERCA DE X A CERCA DE X HÁ CERCA DE X CERCA DE ACERCA DE - significa “a respeito de”, “sobre”. Exemplo: Conversamos acerca do namoro. (= Conversamos a respeito do namoro.) A CERCA DE - ideia de “aproximadamente”, “perto de”. Exemplo: Estive a cerca de 50 metros da linha de chegada. (= Estive à distância de 50 metros da linha de chegada.) CERCA DE – transmite ideia “durante”, “aproximadamente”. Exemplo: Jogamos cerca de três horas. (= Jogamos durante três horas.)

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HÁ CERCA DE - significa “faz aproximadamente”, indicando tempo passado. Exemplos: Há cerca de cem pessoas na fila. (= Existem aproximadamente cem pessoas na fila.) Chegou ao Brasil há cerca de 10 anos. (= Chegou ao Brasil faz aproximadamente 10 anos.)

• EM VEZ DE X AO INVÉS DE EM VEZ DE – indica “em lugar de”. Exemplo: Em vez de batata frita, comeu um sanduíche. (= No lugar de batata frita, comeu um sanduíche.) AO INVÉS DE – indica “ao contrário de”. Exemplo: Ao invés de trabalhar, dormiu. / Ao invés de subir, desceu. Importante!

A expressão “ao invés de” só deve ser empregada quando houver ideias contrárias. No segundo quadrinho, há ideia de “em lugar de”. Por essa razão, a frase da atendente está errada. O correto é: “Oi, Ju, bom dia! Em vez de ir com a Lu, vou com você”.

• MAL X MAU MAL (advérbio/substantivo) - oposto de “bem”. Exemplos: Ele fez o serviço mal. (= Ele fez o serviço bem.) Ele tem um mal incurável. (= Ele tem um bem incurável.) MAL - conjunção subordinativa temporal equivalente a “logo que”, “assim que”. Exemplo: Mal ele chegou, todos saíram. (= Logo que ele chegou, todos saíram.) MAU (adjetivo) – contrário, antônimo de “bom”. Exemplo: Ele é um aluno mau. (= Ele é um aluno bom.)

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• ONDE X AONDE X DE ONDE

ONDE – empregado com verbos que exprimem “ESTADO” ou “PERMANÊNCIA”. Exemplos: A cidade onde estou é linda. Onde você deixou os óculos ? Cuidado! “Onde” deve ser empregado somente quando houver referência a lugar:

“A cidade onde estou é linda”. É incorreto o emprego em outros contextos, tais como “A situação onde me encontro é favorável”. Notem que, no exemplo apresentado, não há referência a lugar, razão por que o emprego de “onde” está incorreto. Nesse caso, é correto o emprego das expressões “em que” ou “na qual”:

A situação em que me encontro é favorável. / A situação na qual me encontro é favorável. AONDE – empregado com verbos que exprimem “MOVIMENTO”. Exemplo: Aonde você quer chegar ? No exemplo acima, o verbo “chegar” indica movimento, regendo o emprego da preposição “a”. Esta, por sua vez, antecederá o advérbio “onde”, originando a forma “aonde”. DE ONDE – empregado com verbos que exprimem “ORIGEM”, “PROCEDÊNCIA”. Exemplo: De onde você veio ? No exemplo acima, o verbo “vir” indica origem, procedência, regendo o emprego da preposição “de”. Esta, por sua vez, antecederá o advérbio “onde”, originando a expressão “de onde” ou a contração “donde” (de + onde).

• OS PORQUÊS POR QUE (separado e sem acento) - é usado em: a) interrogativa direta. Exemplo: Por que você faltou à aula ontem? b) interrogativa indireta. Exemplo: Gostaria de saber por que você faltou à aula ontem.

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Dica! A forma “POR QUE” (separada e sem acento) também pode ser empregada nos seguintes contextos:

• Preposição + pronome interrogativo, equivalente a “por qual razão”.

Exemplo: Não sei por que insisto; só sei que serei aprovado. (= Não sei por qual razão insisto; só sei que serei aprovado.)

• Preposição + pronome relativo, equivalente a “pelo qual” (e flexões).

Exemplo: Passarei no concurso por que tanto luto. (= Passarei no concurso pelo qual tanto luto.)

• Após as palavras denotativas “EIS” e “DAÍ”.

Exemplos: “Eis por que seremos aprovados.” “Daí por que dizemos que seremos aprovados.” Cuidado! Se a forma “por que” estiver substantivada (antecedida de determinantes), o correto é empregar “porquê” (junto e com acento). Neste caso, será equivalente a motivo, razão. Exemplos: Eis o porquê de nossa aprovação. Daí um porquê de seu sucesso: o estudo.

• POR QUÊ (separado e com acento) – é usado quando no final da frase. Exemplo: Não fez a prova? Por quê? (o “quê” é tônico; por isso, é acentuado graficamente) Pode ser usado no final da oração, antes de pausa (não necessariamente em final do período), quando for equivalente a motivo, razão pela qual. Exemplo: Não conseguimos saber por quê, mas tentamos. (o “quê” é tônico)

• PORQUE (junto e sem acento) - é usado em respostas. Dependendo do contexto em que estiver inserido, indicará uma: a) explicação (= pois) Exemplo: A moça chorou porque os olhos estão vermelhos. (= A moça chorou pois os olhos estão vermelhos.) b) causa (= já que) Exemplo: A moça chorou porque foi aprovada no concurso. (= A moça chorou, já que foi aprovada no concurso.)

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c) finalidade ( = para que). Exemplo: Fiz-lhe sinal porque se calasse. (= Fiz-lhe sinal para que se calasse.) Observação! A forma “porque” (junta e sem acento) deve ser usada em frases interrogativas, quando for uma conjunção causal (relação de causa e efeito). Exemplo: Não íamos demonstrá-la porque nossa habilidade não era valorizada?

• PORQUÊ (junto e com acento) – é um substantivo usado sempre que vier precedido de determinante. Significa motivo, razão, causa. Exemplos: Gostaria de entender o porquê de suas faltas. (= Gostaria de entender o motivo de suas faltas.) Desejo saber os porquês de tanto estudo. (= Desejo saber as razões de tanto estudo.) Curiosidade! Na primeira estrofe da música “Gostava tanto de você”, cuja autoria pertence a Tim Maia, houve o emprego da forma “porque”. O emprego foi correto ?

Gostava Tanto de Você

Não sei porque você se foi Quantas saudades eu senti

E de tristezas vou viver E aquele adeus não pude dar...

(Tim Maia) Resposta: Não! A forma correta seria “por que”, pois é uma sequência composta por uma preposição + pronome interrogativo, equivalente a por qual razão:

Gostava Tanto de Você

Não sei por que você se foi Quantas saudades eu senti

E de tristezas vou viver E aquele adeus não pude dar...

(Tim Maia)

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• SE NÃO X SENÃO

Letra:Chico da Silva SE NÃO - formado por "SE" (conjunção condicional) + "NÃO" (advérbio). Equivale a "CASO NÃO". Exemplo: Se não estudarem, não passarão no concurso. (= Caso não estudem, não passarão no concurso.) SENÃO - equivalente a "CASO CONTRÁRIO", "EXCETO". Exemplos: Estude bastante, senão você não terá sucesso. (= Estude bastante, caso contrário você não terá sucesso.) Todos foram convidados para a festa, senão ela. (= Todos foram convidados para a festa, exceto ela.) Aluno(a)s, espero que tenham compreendido a explicação, senão (= caso contrário) explicarei novamente. Se não (= Caso não) conseguirmos isso na próxima explicação, retomaremos o tema quantas vezes forem necessárias! :-)

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• AGENTE X A GENTE

AGENTE - é aquele que atua, exerce certo cargo ou determinada função (p. ex. procurador, delegado, administrador etc.). Exemplo: O agente chegou cedo à repartição. A GENTE - é uma expressão que representa a ideia de primeira pessoa do plural (nós), sendo de uso comum entre os falantes do português brasileiro. Entretanto, a forma verbal associada deve permanecer na 3ª pessoa do singular. Exemplo: A gente vai à praia amanhã.

• DIA-A-DIA X DIA A DIA (segundo o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa)

Antes do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, a expressão “dia-a-dia” era grafada com hífen (ou traço de união). Exemplos: Nas escolas públicas, o dia-a-dia (= cotidiano) dos professores brasileiros é árduo. Com a promulgação do mencionado acordo, o hífen (ou traço de união) foi abolido: dia a dia. Exemplos: Nas escolas públicas, o dia a dia dos professores brasileiros é árduo. (equivalendo a “cotidiano”, a expressão será um substantivo) Estou melhorando minha performance dia a dia. (equivalendo a diariamente, a expressão será locução adverbial de tempo)

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• TAMPOUCO X TÃO POUCO TAMPOUCO - é uma conjunção coordenativa aditiva. Equivale a "TAMBÉM NÃO", "NEM". Exemplo: Eles não trabalham tampouco estudam. (= Eles não trabalham nem estudam.) TÃO POUCO - expressão equivalente a "MUITO POUCO". Exemplo: Ele dormiu tão pouco, que logo sentirá sono. (= Ele dormiu muito pouco, que logo sentirá sono.)

HOMÔNIMOS E PARÔNIMOS

Homônimos – são palavras que, embora tenham significados diferentes, têm a mesma

estrutura fonológica. Tripartem-se em:

• Homônimos homóFONOS – mesmo som (pronúncia) e grafias diferentes. Exemplos: coser (costurar) / cozer (cozinhar); expiar (pagar a culpa) / espiar (observar secretamente); cela (quarto de dormir) / sela (peça de couro posta sobre o lombo da cavalgadura);

• Homônimos homóGRAFOS – mesma grafia (escrita) e pronúncias diferentes. Exemplos: colher (verbo) / colher (substantivo); sede /é/ (lugar principal) / sede /ê/ (secura, necessidade de ingerir líquido).

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• Homônimos perfeitos - pronúncia e grafia iguais. Exemplos: são (verbo “ser”) / são (adjetivo = sadio). Os alunos do Estratégia Concursos são demais! (verbo “ser”) Mente sã no corpo são. (adjetivo = sadio) cedo (advérbio de tempo) / cedo (verbo “ceder”). Chegarei cedo ao local de prova. (advérbio de tempo) Neste instante, eu cedo o apartamento para vocês. (verbo “ceder”)

É importante diferenciar os homônimos perfeitos das palavras polissêmicas. Homônimos perfeitos são nomes que têm mesma grafia e pronúncia, mas que pertencem a classes gramaticais distintas.

Exemplos:

Os alunos do Estratégia Concursos são demais! (verbo “ser”) Mente sã no corpo são. (adjetivo = sadio) Nos exemplos acima, houve alteração da classe gramatical. Logo, temos homônimos perfeitos.

Por sua vez, termos polissêmicos são vocábulos que apresentam uma só forma com mais de um significado, pertencendo à mesma classe gramatical.

O cabo obedeceu às ordens dos superiores. (cabo = patente militar � substantivo) A cozinheira pegou a faca pelo cabo. (cabo = parte do instrumento � substantivo)

Nos exemplos acima, não houve alteração da classe gramatical. Logo, temos vocábulos polissêmicos.

PARONÍMINA

Parônimos – é a relação entre palavras que são parecidas, mas que possuem significados diferentes. Aproveitando o ritmo da aula, apresentarei uma sucinta lista com os homônimos e parônimos recorrentes nos certames organizados pelas principais bancas.

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Ascender: subir, elevar-se. Acender: atear fogo, abrasar. Acento: inflexão de voz, sinal gráfico. Assento: base, cadeira, apoio; registro, apontamento. Acerca de: a respeito de, sobre. A cerca de: a uma distância aproximada de. Há cerca de: faz aproximadamente, existe(m) perto de. Acerto: estado de acertar; precisão, segurança; ajuste. Asserto: afirmação, asserção. Aferir: medir. Auferir: obter, ganhar. Afim: parente por afinidade; semelhante, análogo. A fim (de): para (locução conjuntiva final). Amoral: indiferente à moral, que não se preocupa com a moral. Imoral: contrário à moral, indecente. Ao encontro de: para junto de, favorável a. De encontro a: contra, em prejuízo de. Ao invés de: ao contrário de. Em vez de: em lugar de. A par: ciente, ao lado, junto. Ao par: de acordo com a convenção legal; equivalência. Apreçar: marcar o preço de, avaliar, ajustar. Apressar: acelerar, dar pressa a, instigar. Arrear: pôr arreios a; aparelhar. Arriar: abaixar, descer, inutilizar, desaminar. Arrochar: apertar muito. Arroxar: tornar roxo. Ás: pessoa notável em sua especialidade; carta de jogo. Az: esquadrão, ala do exército, fileira. Asado: que tem asas, alado. Azado: oportuno, propício. Avocar: atrair, atribuir-se, chamar. Evocar: trazer à lembrança. Caçar: perseguir, apanhar. Cassar: anular, suspender. Cavaleiro: homem a cavalo. Cavalheiro: homem gentil, de boas maneiras e ações.

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Cela: aposento de religiosos, cubículo. Sela: arreio de cavalgadura. Censo: recenseamento, contagem. Senso: juízo, discernimento. Cerrar: fechar, apertar, encerrar. Serrar: cortar, separar. Cessão: ato de ceder, cedência. Seção ou secção: setor, corte, subdivisão, parte de um todo. Sessão: espaço de tempo em que se realiza uma reunião; reunião. Cheque: ordem de pagamento. Xeque: chefe árabe; lance de xadrez; perigo. Comprimento: extensão, tamanho, distância. Cumprimento: saudação, ato de cumprir. Concertar: combinar, harmonizar, arranjar. Consertar: remendar, restaurar. Conjetura: suposição, hipótese. Conjuntura: oportunidade, momento, ensejo, situação. Coser: costurar. Cozer: cozinhar. Deferir: atender, conceder, anuir. Diferir: divergir; adiar, retardar, dilatar. Delatar: denunciar, acusar. Dilatar: adiar, prorrogar. Descrição: ato de descrever; explanação. Discrição: moderação, reserva, recato, modéstia. Despensa: depósito de mantimentos. Dispensa: escusa, licença, demissão. Despercebido: não visto, não notado, ignorado. Desapercebido: desprevenido, desguarnecido, desprovido. Destratar: ofender, insultar. Distratar: desfazer um trato ou contrato. Emergir: vir à tona, aparecer. Imergir: mergulhar, penetrar, afundar. Eminente: alto, elevado; sublime, célebre. Iminente: imediato, próximo, prestes a acontecer. Emigrar: sair da pátria. Imigrar: entrar (em país estranho) para viver nele.

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Esbaforido: cansado, ofegante. Espavorido: apavorado, espantado. Espectador: testemunha, assistente. Expectador: aquele que tem expectativa, esperançoso. Esperto: fino, inteligente, atilado, ativo. Experto: perito, experiente. Espiar: espreitar, olhar. Expiar: pagar, resgatar (crime, falta, pecado). Estada: permanência, demora de uma pessoa em algum lugar. Estadia: permanência paga do navio no porto para carga e descarga. Aplica-se a veículos. Estância: morada, mansão. Instância: pedido urgente e repetido; jurisdição, foro. Estrato: nuvem; camada. Extrato: perfume, loção; resumo. Flagrante: evidente, manifesto. Fragrante: aromático, perfumoso. Incerto: duvidoso, indeciso, não certo. Inserto: inserido, incluído. Incipiente: principiante, iniciante. Insipiente: ignorante. Indefeso: desarmado, fraco. Indefesso: incansável, infatigável. Infligir: aplicar (pena, castigo, multa, etc.). Infringir: transgredir, desrespeitar, desobedecer. Intercessão: intervenção, mediação. Interse(c)ção: ponto em que se cruzam duas linhas ou superfícies. Intimorato: sem temor, destemido. Intemerato: puro, íntegro, incorrupto. Laço: laçada; traição, engano. Lasso: fatigado, cansado, frouxo. Mandado: ato de mandar. Mandato: autorização que se confere a outrem, delegação. Paço: palácio, palácio do governo; a corte. Passo: ato de andar, caminho, marcha; episódio. Preceder: anteceder, vir antes. Proceder: descender, provir, originar-se; comportar-se. realizar; caber, ter fundamento.

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Presar: capturar, apresar, agarrar. Prezar: estimar muito, amar, respeitar, acatar. Prescrever: determinar, preceituar, ordenar, receitar. Proscrever: condenar a degredo, desterrar; proibir, abolir, suprimir. Ratificar: validar, confirmar autenticamente. Retificar: corrigir, emendar. Ruço: pardacento; desbotado; grisalho. Russo: referente à Rússia; natural ou habitante da Rússia; língua da Rússia. Sortir: abastecer, prover. Surtir: ter como resultado, produzir efeito. Sustar: deter, suspender, interromper. Suster: sustentar, manter, alimentar. Tacha: pequeno prego; mancha, nódoa. Taxa: preço ou quantia que se estipula como compensação de certo serviço; razão do juro. Tachar: pôr prego em; notar defeito em, censurar, criticar, acusar. Taxar: regular o preço; lançar imposto sobre; moderar, regular. Vultoso: grande, volumoso. Vultuoso: vermelho e inchado (diz-se do rosto).

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EMPREGO DO HÍFEN (OU TRAÇO DE UNIÃO)

A seguir, apresentarei a vocês um ponto importantíssimo: o emprego do hífen (ou traço de união). Primeiramente, demonstrarei as regras antigas e, quando necessário, apresentarei as mudanças trazidas pelo Novo Acordo Ortográfico. Sempre me dizem: “Professor, são muitas regras. Como decorá-las?”. Fiquem tranquilos, meus amigos! Para facilitar a vida de vocês (rs...), trouxe algumas técnicas mnemônicas que facilitarão a memorização.

ANTES DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO Emprega-se hífen:

- nos prefixos PSEUDO-, SEMI-, INTRA-, CONTRA-, AUTO-, NEO-, EXTRA-, PROTO-, INFRA-, ULTRA- e SUPRA- que antecedem palavras iniciadas por ‘H’, ‘R’, ‘S’ e vogais diferentes. Para memorizar: P SEUDO- S EMI- I NTRA- C ONTRA- A UTO- N EO- que antecedem palavras iniciadas por ‘H’, ‘R’, ‘S’ e vogais diferentes. E XTRA- P ROTO- I NFRA- U LTRA- S UPRA- Exemplos: pseudo-homérico, neo-republicano, proto-revolução, pseudo-sábio, semi-selvagem, ultra-secreto, intraauricular, autoônibus, contra-indicação, intra-ocular, extra-oficial, supra- -excitação. Exceção: extraordinário.

APÓS O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO

Emprega-se hífen:

- nos prefixos PSEUDO-, SEMI-, INTRA-, CONTRA-, AUTO-, NEO-, EXTRA-, PROTO-, INFRA-, ULTRA- e SUPRA- que antecedem palavras iniciadas por ‘H’ e vogal igual à última do prefixo.

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Para memorizar: P SEUDO- S EMI- I NTRA- C ONTRA- A UTO- N EO- antes de ‘H’ e de vogal igual à última do prefixo E XTRA- P ROTO- I NFRA- U LTRA- S UPRA- Se os prefixos acima antecederem palavras iniciadas por ‘R’ e ‘S’, estas consoantes serão duplicadas, ou seja, não se emprega o hífen. Exemplos: pseudo-homérico, neorrepublicano, protorrevolução, pseudossábio, semisselvagem, ultrassecreto, intra-auricular, auto-ônibus. Dica! Os prefixos CO-, RE-, DES- e IN- não se enquadram na regra acima. Exemplos: coerança (co + herança), coerdeiro (co + herdeiro), coabitar (co + habitar), coordenar (co + ordenar), cooperar (co + operar), cosseno (co + seno), cossecante (co + secante), correlação (co + relação), reabilitar (re + habilitar), reeditar (re + editar), reeleição (re + eleição), desonra (des + honra), desumano (des + humano), inábil (in + hábil), inabitável (in + habitável).

ANTES DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO

Emprega-se hífen:

- nos prefixos ANTE-, ANTI-, SOBRE- e ARQUI- que antecedem palavras iniciadas por ‘H’, ‘R’ e ‘S’. Para memorizar: A NTE- A NTI- que antecedem palavras iniciadas por ‘H’, ‘R’ e ‘S’. S OBRE- A RQUI-

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Exemplos: ante-histórico, anti-higiênico, sobre-humano, arqui-herança, arqui-rival, ante-sala, anti- -semita, sobre-saia. Exceções: sobressair, sobressalente, sobressaltar, sobressalto.

APÓS O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO

Emprega-se hífen:

- nos prefixos ANTE-, ANTI-, SOBRE- e ARQUI- que antecedem palavras iniciadas por ‘H’ e por vogal idêntica à última do prefixo. A NTE- A NTI- antes de ‘H’ e vogal idêntica à última do prefixo S OBRE- A RQUI- * Diante de R e S, duplicam-se estas consoantes. Exemplos: ante-histórico, anti-higiênico, sobre-humano, arqui-herança, anti-inflamatório, arqui- -inimigo, anteontem, antiaéreo, arquirrival, antessala, antissemita, sobressaia, sobressalente, sobressaltar, sobressalto.

Emprega-se hífen: - nos prefixos SUPER-, INTER- e HIPER- que antecedem palavras iniciadas por ‘H’ e ‘R’ (regra mantida pelo novo acordo ortográfico). S UPER- H IPER- antes de ‘H’ e ‘R’ I NTER- Exemplos: super-requintado, hiper-humano, inter-resistente. Emprega-se hífen: - nos prefixos SOB-, AB-, AD- e OB- que antecedem ‘R’ (regra mantida pelo novo acordo ortográfico). Para memorizar: SOBABADOB

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S O B- A que antecedem ‘R’ B- A D- O B-

Exemplos: sob-roda, ab-rogar, ab-rupto, ad-renal, ob-reptício.

Emprega-se hífen: - no prefixo SUB- que antecede ‘B’ , ‘R’ e ‘H’. (regra mantida pelo novo acordo ortográfico)

Exemplos: sub-base, sub-bibliotecário, sub-reino, sub-reptício, sub-humano. O Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP) também admite a grafia subumano.

ANTES DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO

Emprega-se hífen: - nos prefixos CIRCUM-, PAN- e MAL- que antecedem palavras iniciadas por ‘H’ e vogais. Para memorizar: Lembrem-se de CPM. C IRCUM- P AN- que antecedem palavras iniciadas por ‘H’ e vogais M AL-

Exemplos: circum-hospitalar, pan-hispânico, mal-humorado, circum-escolar, pan-americano, mal-educado.

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APÓS O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO

Emprega-se hífen:

- nos prefixos CIRCUM- e PAN- ,que antecedem ‘H’, ‘M’, ‘N’ e vogais, e no prefixo MAL-, que antecede palavras iniciadas por ‘H’, ‘L’ e vogais.

C IRCUM- antes de ‘H’, ‘M’, ‘N’ e vogais P AN- M AL- antes de ‘H’, ‘L’ e vogais

Exemplos: circum-hospitalar, pan-hispânico, circum-escolar, pan-americano, circum-murado, pan-mágico, circum-navegação, pan-negritude, mal-humorado, mal-entendido, mal-limpo, mal-lavado, malsucedido.

Quando o prefixo MAL- formar um composto que designe doença, deveremos empregar o hífen: mal-caduco (epilepsia), mal-francês (sífilis). Emprega-se hífen: - nos prefixos PÓS-, PRÉ- e PRÓ-, quando estes forem tônicos e conservarem autonomia vocabular (regra mantida pelo novo acordo ortográfico). P ÓS- P RÉ- quando tônicos. P RÓ- Neste caso, os prefixos serão acentuados graficamente. Exemplos: pré-histórico, pré-eleitoral, pré-escolar, pós-meridiano, pós-moderno, pós-eleitoral, pós-guerra, pró-europeu, pró-ativa. Mas (sem hífen): prever, predeterminar, preestabelecer, preencher, preeminente, preeminência, preexistir, prefácio, posfácio, pospor.

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Emprega-se hífen:

- nos prefixos SEM-, SOTA-, SOTO-, VICE-, VIZO- e EX- , em qualquer caso (regra mantida pelo novo acordo ortográfico). S EM- S OTA- S OTO- em qualquer caso V ICE- V IZO- E X-

Exemplos: sem-cerimônia, sota-piloto, soto-ministro, vice-diretor, vizo-rei, ex-presidente.

Emprega-se hífen:

- nos prefixos os prefixos BEM-, ALÉM-, RECÉM- e AQUÉM-, em qualquer caso. (regra mantida pelo novo acordo ortográfico). Exemplos: bem-aventurado, bem-vindo, bem-sucedido, além-mar, recém-nascido, aquém-fronteiras.

Exceções: benfazejo (benfazer), benfeito, benfeitor, benquerença (benquerer). Emprega-se hífen:

- nos sufixos -AÇU, -GUAÇU e -MIRIM, quando o primeiro elemento da palavra terminar em vogal acentuada graficamente ou quando a pronúncia exigir (eufonia). (regra mantida pelo novo acordo ortográfico). -AÇU -GUAÇU quando o primeiro elemento da palavra terminar em vogal acentuada -MIRIM graficamente ou quando a pronúncia exigir (eufonia). Exemplos: araçá-guaçu, araçá-mirim, anajá-mirim, capim-açu. Emprega-se hífen:

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- nas formas compostas por GRÃ- ou GRÃO-, quando formarem nomes de lugar, ou nas formas verbais e nos compostos ligados por artigo. (regra mantida pelo novo acordo ortográfico) GRÃ- quando formarem nomes de lugar, ou nas formas verbais e nos compostos ligados por artigo. GRÃO- Exemplos: Grã-Bretanha, Grão-Pará, Passa-Quatro, Trás-os-Montes, Baía de Todos-os-Santos. Importante: O vocábulo Guiné-Bissau deve ser grafado com hífen por se tratar de forma consagrada pelo uso, mesmo após o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Emprega-se hífen: - nas palavras compostas por justaposição que constituem unidade sintática e semântica.

Exemplos: arco-íris, amor-perfeito, ano-luz, decreto-lei, guarda-chuva, guarda-roupa, manda-tudo, pára-brisa, pára-choque, pára-lama, pára-raios, professor-adjunto, secretário-geral, tenente-coronel.

O novo acordo ortográfico aboliu o emprego do hífen em palavras compostas que perderam a noção de composição. Exemplos: mandachuva, paramédico, paraquedas, paraquedista, madressilva, girassol, pontapé. Emprega-se hífen: - nos compostos que designam espécies zoológicas e botânicas. Exemplos: andorinha-do-mar, bem-me-quer, bem-te-vi, couve-flor, erva-doce, joão-de-barro, bico-de-papagaio, não-me-toques.

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ACENTUAÇÃO GRÁFICA

Agora, estudaremos as regras de acentuação gráfica. Inicialmente, pergunto: vocês sabem a diferença entre acento tônico e acento gráfico ? Vejam:

Acento tônico Acento gráfico Determina a sílaba tônica de um vocábulo. Exemplos: ruim, gratuito, amigo.

Sinal empregado sobre a sílaba tônica da palavra (de acordo com as regras de acentuação). Pode ser agudo ou circunflexo. Exemplos: saúde, ínterim, história, lâmpada.

REGRAS GERAIS

PROPAROXÍTONAS – são palavras em que o acento tônico recai na antepenúltima sílaba. Todas as proparoxítonas são acentuadas graficamente. Exemplos: lâmpada, pêssego, autógrafo, hábitat, déficit.

PAROXÍTONAS – são palavras em que o acento tônico recai na penúltima sílaba. Acentuam-se graficamente as paroxítonas terminadas em:

� L, N, R, X (Para memorizar: LoNaRoXa).

Exemplos: útil, hífen, éter, ônix.

� UM(NS).

Exemplos: médium, álbuns.

� U e I(S).

Exemplos: vírus, júri, álibis.

� Ã(S), ÃO(S).

Exemplos: órfã(s), bênção(s).

� ON(S)

Exemplos: elétron(s), próton(s).

� PS

Exemplos: fórceps, Quéops.

� Ditongo.

Exemplos: história, série, imóveis.

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Alguns gramáticos, entre eles Celso Cunha, consideram proparoxítonos eventuais os vocábulos terminados em ditongos crescentes (glória, série, sábio, mágoa, história etc.). Porém, para efeito de prova, tais vocábulos são PAROXÍTONOS terminados em ditongo crescente oral. Não se acentuam os prefixos paroxítonos terminados em -r e -i: super-homem, hiper-requintado, semi-intensivo. Não se acentuam os vocábulos paroxítonos finalizados em -ens: polens, hifens, abdomens. Estas palavras também admitem os respectivos plurais sob a forma proparoxítona: pólenes, hífenes, abdômenes. Também não se acentua o vocábulo item, tampouco sua forma pluralizada (itens). OXÍTONAS – são palavras em que o acento tônico recai na última sílaba. Acentuam-se graficamente as oxítonas terminadas em a(s), e(s), o(s), em(ens). Exemplos: maracujá, ananás, picolé(s), você, português, paletó(s), armazém, parabéns. Dica! Também se acentuam as formas verbais terminadas em a, e, o tônicos, seguidas de -lo(s) e -la(s): jogá-las (jogar + as), fazê-la (fazer + a), compô-lo (compor + o). MONOSSÍLABAS TÔNICAS – são palavras que apresentam acento tônico e que constituem uma única sílaba. São acentuadas graficamente as monossílabas tônicas terminadas em a(s), e(s), o(s). Exemplos: já, pás, pé(s), só(s). Dicas! Também se acentuam as formas verbais tônicas terminadas em a, e, o tônicos, seguidas de -lo(s) e -la(s): dá-lo (dar + o), fê-lo (fez + o), pô-los (pôr + os). Não se acentuam as formas verbais terminadas em i seguidas de -lo(s) ou -la(s): fi-lo (fiz + o), qui-lo (quis + o).

Conhecidas as regras gerais, podemos sintetizá-las da seguinte forma:

TERMINADAS EM...

A(S) E(S) O(S) EM(ENS) OUTRAS TONICIDADE

Acentuada?

Proparoxítonas Sim Sim Sim Sim Sim

Paroxítonas Não Não Não Não Sim

Oxítonas Sim Sim Sim Sim Não

Monossílabas Tônicas

Sim Sim Sim Não Não

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É preciso ter atenção à pronúncia correta de algumas palavras. O equívoco ao pronunciá- -las caracteriza a chamada silabada. Portanto, apresentarei uma lista dos vocábulos mais recorrentes em concursos:

REGRAS ESPECÍFICAS

• DITONGOS ABERTOS (ÉI, ÓI E ÉU)

Segundo as regras de acentuação gráfica, devemos empregar o acento agudo nos ditongos abertos das:

a) monossílabas tônicas: réis, céu, rói. b) oxítonas: heróis, chapéu(s), papéis. c) paroxítonas: geléia, epopéia, mocréia, jibóia, clarabóia.

Dica! O novo acordo ortográfico aboliu o emprego do acento agudo nos ditongos abertos EI e OI das palavras PAROXÍTONAS (geleia, epopeia, mocreia, jiboia, claraboia). Entretanto, segundo o VOLP, elaborado pela Academia Brasileira de Letras, o ditongo aberto ÓI, da palavra destróier, continua a ser acentuado, em virtude de o vocábulo ser paroxítono terminado em -R.

PROPAROXÍTONAS PAROXÍTONAS OXÍTONAS aeródromo alanos cateter aerólito austero cister ágape avaro condor álcool aziago fidel alcoólatra batavo gibraltar âmago caracteres hangar aríete ciclope mister arquétipo decano nobel bávaro edito (lei) novel bígamo exegese obus bímano fortuito recém crisântemo gratuito ruim édito (ordem judicial) ibero ureter égide látex sutil elétrodo libido hieróglifo maquinaria ímprobo meteorito ínterim necromancia munícipe pudico périplo recorde protótipo rubrica revérbero tulipa zênite

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ORLANDELI. Disponível em: <http://pribi.com.br/arte/acordo-ortografico-em-quadrinhos>.

• HIATOS “I” e “U” tônicos – deveremos empregar o acento agudo nas vogais “I” e “U” tônicas, desde que: a) estejam sozinhas (ou seguidas de -s) na sílaba; e b) não estejam antecedidas de vogal idêntica. Exemplos: heroína (he-ro-í-na), saúde (sa-ú-de), balaústre (ba-la-ús-tre), feiúra (fei-ú-ra). Ambas as condições acima são essenciais para que possamos acentuar a segunda vogal. Observação: O “I” tônico, que antecede o grupo “NH” ou que forma sílaba com as consoantes L, M, N, R, Z, não recebe acento: bainha, moinho, Raul, Coimbra, caindo, cair, juiz. Apresento, aqui, duas dicas de ouro para vocês:

� Não empreguem o acento agudo nas palavras PAROXÍTONAS, quando as vogais “I” e “U” estiverem repetidas. Exemplos: vadiice, sucuuba.

� Cuidado com o seguinte: se a repetição da vogal “I” ocorrer em palavra PROPAROXÍTONA, empreguem o acento agudo! Exemplos: iídiche, seriíssimo, friíssimo.

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Segundo o novo acordo ortográfico, foi abolido o emprego do acento agudo nas vogais “I” e “U” tônicas, antecedidas de ditongo, das palavras PAROXÍTONAS. Exemplos: baiuca, bocaiuva, boiuna, feiura, Sauipe. Porém, se essas vogais forem antecedidas de ditongo nas palavras OXÍTONAS, devemos empregar o acento agudo. Exemplos: teiú, Piauí.

• “-ÔO” E “-ÊEM” Segundo o sistema ortográfico antigo, grafa-se com acento circunflexo a primeira vogal dos hiatos “-ôo” e “-êem”: vôo, enjôo, abençôo, crêem, dêem, lêem, vêem. Para memorizar os verbos “crer”, “dar”, “ler” e “ver”, gravem a frase:

LEDA VÊ PARA CRER.

ORLANDELI. Disponível em: <http://pribi.com.br/arte/acordo-ortografico-em-quadrinhos>.

O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa aboliu o emprego do acento circunflexo na primeira vogal dos hiatos “-oo” e “-eem”. Exemplos: voo, enjoo, abençoo, creem, deem, leem, veem.

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Reforçando... O acento circunflexo foi abolido nas formas verbais finalizadas por “-eem” (verbos ler, dar, ver e crer e respectivos derivados). Para memorizar esses verbos, gravem a frase:

LEDA VÊ PARA CRER. Entretanto, no singular dessas formas verbais (e nos derivados), emprega-se o acento circunflexo. Exemplos: ele crê / lê / vê / provê (pres. do indicativo); (que) ele dê (pres. do subjuntivo) ACENTOS DIFERENCIAIS – São sinais gráficos que diferenciam:

• a terceira pessoa do singular e a terceira pessoa do plural dos verbos TER e VIR – e respectivos derivados. (regra mantida pelo novo acordo ortográfico) Exemplos: TER - Ele tem / Eles têm

VIR - Ele vem / Eles vêm MANTER - Ele mantém / Eles mantêm DETER - Ele detém / Eles detêm CONVIR - Ele convém / Eles convêm INTERVIR - Ele intervém / Eles intervêm

• os homônimos: (regra anterior ao novo acordo ortográfico)

PÁRA (verbo) ≠ PARA (preposição) Exemplos: O jogador corre e pára rapidamente. (verbo) Deram um prêmio para mim. (preposição)

PÊLO (substantivo) ≠ PÉLO (verbo) ≠ PELO (preposição) Exemplos: Esse cachorro tem pêlo marrom. (substantivo) A moça disse: “ – Pélo a perna diariamente”. (verbo) O ladrão saiu pelo basculante. (preposição)

PÉLA (substantivo) ≠ PÉLA (verbo) ≠ PELA (preposição) Exemplos: Fulano é um péla. (substantivo = chato) Aquela senhora péla o buço. (verbo “pelar”) O ladrão fugiu pela janela. (preposição)

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O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa aboliu o acento diferencial dos homônimos acima apresentados. Sendo assim, para que identifiquemos a classe gramatical do vocábulo, deveremos analisar o contexto em que se insere.

� os homônimos: (regra segundo o novo acordo ortográfico)

PARA (verbo) ≠ PARA (preposição) Exemplos: O jogador corre e para rapidamente. (verbo) Deram um prêmio para mim. (preposição)

PELO (substantivo) ≠ PELO (verbo) ≠ PELO (preposição) Esse cachorro tem pelo marrom. (substantivo) A moça disse: “ – Pelo a perna”. (verbo “pelar”) O ladrão saiu pelo basculante. (preposição)

PELA (substantivo) ≠ PELA (verbo) ≠ PELA (preposição) Exemplos: Fulano é um pela. (substantivo = chato) Aquela senhora pela o buço. (verbo “pelar”) O ladrão fugiu pela janela. (preposição)

• as formas verbais a seguir: (regra mantida pelo novo acordo ortográfico)

PODE (presente) ≠ PÔDE (pretérito perfeito) Exemplos: Ele pode assumir o cargo. (presente do indicativo) Ele pôde assumir cargo. (pretérito perfeito do indicativo)

PÔR (verbo) ≠ POR (preposição) Exemplos: Era para eu pôr o livro sobre a estante. O ladrão fugiu por ali.

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TREMA

Segundo o sistema ortográfico anterior ao novo acordo ortográfico, emprega-se o trema no “Ü” átono e pronunciado (semivogal) dos grupos GUE, GUI, QUE, QUI. Exemplos: lingüiça, freqüente, cinqüenta.

A partir do novo acordo ortográfico, não se emprega o trema no “Ü” átono e pronunciado (semivogal) dos grupos GUE, GUI, QUE, QUI. Exemplos: linguiça, frequente, cinquenta.

Também foi eliminado o acento agudo no “U” tônico dos grupos GUE, GUI, QUE, QUI. Exemplos: argui, averigue, oblique. É importante chamar a atenção de vocês para dois detalhes: a) a retirada do trema não altera a pronúncia das palavras; e b) o trema permanece em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros. Exemplos: mülleriano (de Müller), hübneriano (de Hübner).

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ORLANDELI. Disponível em: <http://pribi.com.br/arte/acordo-ortografico-em-quadrinhos>.

29. (FUNRIO – 2010 – SEBRAE-PA – Analista Técnico – Contabilidade) As alternativas abaixo transcrevem notícias publicadas na coluna de Ancelmo Gois, do jornal O Globo, em 21/04/2010. Assinale a única que contém um engano ortográfico decorrente de confusão entre letra e fonema. a) A PM do Rio vai iniciar um programa de prevenção de desvio de conduta da tropa. b) Mestre Marçal, o saudoso percussionista, entrou num avião e pôs a cuíca no colo. c) Em Londres, muito brazuca ficou retido nos aeroportos sem um tostão no bolso. d) Um grupo de brasileiros que mora em Milão tem cobrado 300 euros por noite para abrigar compatriotas. e) Os EUA, sede da Copa de 1994, já cabalam votos para voltar a abrigar a competição. Comentário: Há erro ortográfico na assertiva (C). Em “brazuca”, o fonema /s/ apresenta-se sonorizado pelo fato de estar entre vogais. Entretanto, a grafia adequada do vocábulo é “brasuca”. Sendo assim, esta é a resposta da questão. Gabarito: C. 30. (FUNRIO-2008/Fiscal de Tributos Municipais) Qual palavra está mal grafada? a) obceno. b) rescisão. c) ressuscitar. d) assessório. e) dissensão.

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Comentário: Há desvio ortográfico na assertiva (A). A palavra “obsceno” deve ser grafada com “SC”, e não da forma apresentada na alternativa. Logo, esta é a resposta da questão. As demais grafias estão em conformidade com o padrão culto escrito do idioma. Gabarito: A. 31. (FUNRIO-2009/PRF) Reescrevendo-se trechos do texto I, indicados entre parênteses, há correção ortográfica no item: a) "Uma colisão,..., há 530km do Recife." b) "O motorista do caminhão também falesceu no local do acidente" c) "...um caminhão foi de encontro a um veículo..." d) "Entre eles estavam proficionais responsáveis" e) "Segundo relatorios da Polícia Rodoviária Federal" Comentário: O trecho grafado em conformidade com a norma culta encontra-se na assertiva (C). A expressão “de encontro a” traz a acepção de “ir contra”, “contrariamente”, sendo corretamente grafada no contexto. Nas demais opções, temos o seguinte: a) Deve ser empregada apenas a preposição “a” no trecho “Uma colisão a 530km de Recife. b) A forma verbal “faleceu” deriva do verbo “falecer”. Portanto, a grafia correta ocorre apenas com “c”. d) O vocábulo “profissionais” é corretamente grafado com “SS”. e) O vocábulo “relatórios” é paroxítono terminado em ditongo. Por essa razão, deve ser acentuado graficamente. Gabarito: C. 32. (FUNRIO-2007/Prefeitura de Maricá-RJ) O vocábulo do texto cuja acentuação gráfica se justifica segundo a mesma regra observada na palavra "dionisíacos" é: a) país. b) Pelé. c) hábil. d) trópicos. e) contribuído. Comentário: Em “dionisíacos”, vocábulo derivado de “Dionísio”, a palavra foi acentuada por ser uma proparoxítona. Conforme prescrevem as lições gramaticais, todos os proparoxítonos são acentuados graficamente. A mesma regra de acentuação é encontrada na assertiva (D): “trópicos” também é proparoxítona. Gabarito: D.

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33. (FUNRIO-2008/SUFRAMA) O vocábulo do texto cuja acentuação gráfica se justifica segundo a mesma regra observada na palavra "públicos" é: a) vítima. b) açúcar. c) jatobá. d) atrás. e) transformá-lo. Comentário: O vocábulo “públicos” é acentuado graficamente por ser um proparoxítono. A mesma regra de acentuação é encontrada na assertiva (A), pois a palavra “vítimas” também pertence ao rol dos vocábulos proparoxítonos. Nas demais opções, temos: b) açúcar – paroxítona finalizada em R; c) jatobá – oxítona terminada em A; d) atrás – oxítona terminada em A, seguida de S; e) transformá-lo – oxítona finalizada em A. Gabarito: A. 34. (FUNRIO-2010/Prefeitura do Rio de Janeiro) O vocábulo cuja acentuação gráfica se justifica segundo a mesma regra observada na palavra “Piauí” é: a) café b) física c) Petrópolis d) angústia e) País Comentário: Em “Piauí”, temos um hiato: Pi-au-í . Como a vogal “i” não está antecedida de “nh” e está sozinha, formando uma sílaba, recebeu acento agudo. Observa-se a mesma regra na letra (E): a palavra “país” também recebeu acento agudo em virtude de ocorre hiato: pa-ís. Gabarito: E. 35. (Tribunal de Justiça do Paraná – 2009/Assistente Social) As palavras a seguir foram propositadamente escritas sem o acento gráfico. Assinale aquela em que a presença do acento gráfico não altera o significado. a) Praticas – vem b) E – conferencia c) Esta – secretario d) Publico – ai e) Ingenua – proximo

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Comentário: O emprego do acento gráfico não altera o significado das palavras constantes da assertiva (E). Os vocábulos “ingênua” e “próximo” devem ser, obrigatoriamente, acentuados graficamente. Nas demais opções, entretanto, a utilização do acento tônico alteraria o sentido das palavras. Vejamos: a) Inicialmente, “praticas” é forma relativa ao verbo “praticar”, estando conjugada na segunda pessoa do singular do Presente do Indicativo. Ao acrescentar o acento gráfico, a palavra muda não apenas o sentido, mas também a classe gramatical, passando à categoria dos substantivos: práticas. Por sua vez, a forma verbal “vem” (sem o acento gráfico) é relativa à terceira pessoa do singular do Presente do Indicativo. Com o acréscimo do acento gráfico, a estrutura resultante seria “vêm”, relativa à terceira pessoa do plural do Presente do Indicativo. b) Na assertiva, temos a conjunção “e”. Ao acrescentar o acento gráfico, haveria, inclusive, a mudança de classe gramatical, passando a designar o verbo “ser”, representado pela forma “é”. Por seu turno, “conferencia” se refere àquele que confere algo, isto é, o conferente. Já com o acento gráfico, teríamos a forma “conferência”, substantivo que significa “ato ou efeito de conferir”. c) Sem o acento gráfico, temos as estruturas “esta” (pronome demonstrativo) e “secretario” (do verbo “secretariar”). Já com o acento, teremos as estruturas “está”, flexão do verbo “estar”, e “secretário”, aquele que anota as deliberações de uma assembleia, segundo o Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa. d) Por fim, temos as formas “publico” (primeira pessoa do singular do Presente do Indicativo: verbo “publicar”) e “ai”, pertencente à classe das interjeições. Com os respectivos acento gráficos, teríamos as estruturas “público” (substantivo) e “aí” (advérbio). Logo, a assertiva (E) atende ao comando da banca. Gabarito: E. 36. (UFPR-2003-Tribunal de Justiça do Paraná - Técnico Administrativo) A palavra ingênuo é acentuada com base na mesma regra que justifica, também, o acento da palavra: a) crônica b) número c) contém d) consciência Comentário: A palavra “ingênuo” é uma paroxítona finalizada em ditongo crescente (semivogal “u” + vogal “o”): in-gê-nuo. A mesma regra de acentuação é encontrada na opção (D), pois “consciência” também é um vocábulo paroxítono finalizado em ditongo: cons-ci-ên-cia (semivogal “i” + vogal “a”). Nas demais opções, temos que: a) “crônica” é proparoxítona (o acento tônico recai na antepenúltima sílaba); b) ‘número” é um vocábulo proparoxítono; c) “contém” é uma palavra oxítona (o acento tônico recai na última sílaba). Gabarito: D.

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LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS NA AULA

1. (FGV-2008/Senado Federal) Assinale a alternativa em que a palavra indicada não seja cognata de patrimônio. (A) patrono (B) patrulha (C) patriarca (D) paternal (E) pátrio 2. (FUNDATEC – 2010 – PREVIRG) Observe os seguintes pares de palavras, retiradas do texto. 1. crença – creia. 2. ficção – ficcional. 3. anjo – espiritual. 4. terapia – medicina. Quais dos pares representam famílias de palavras? A) Apenas 1 e 2. B) Apenas 2 e 3. C) Apenas 3 e 4. D) Apenas 1, 2 e 3. E) Apenas 2, 3 e 4. 3. (FUNDATEC – 2009 – DETRAN/RS) A respeito da palavra sustentável, afirma-se que: I – É um adjetivo derivado. II – O sufixo formador –vel indica ação, modo de ser. III – A palavra susto pertence à mesma família. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas I e II. d) Apenas I e III. E) I, II e III. 4. (CESGRANRIO) Assinale a palavra cujo sufixo NÃO tem o sentido de "ação ou resultado dela": a) Surgimento b) Separação c) Agressão d) Concorrência e) Fardamento

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5. (FGV) Assinale a alternativa que não apresente a classificação correta de um dos elementos mórficos do vocábulo deixasse. (A) deix- = radical (B) -e = desinência número-pessoal (C) -a = vogal temática verbal (D) deixa = tema (E) -sse = desinência modo-temporal 6. (FGV) Assinale a alternativa em que todas as palavras têm prefixo indicativo de negação: (A) imoral - imprudente. (B) imoral - deslocar. (C) aderente - amoral. (D) aderente - subterrâneo. 7. (FUNDATEC – 2009 – DETRAN/RS-Adaptada) Considere as seguintes afirmações acerca de palavras do texto. I – Em veículos, o elemento grifado represente desinência de número. II – Na palavra conhecida, a letra grifada representa desinência de gênero. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas I e II. 8. (CESGRANRIO) Assinale a opção em que nem todas as palavras são de um mesmo radical: a) noite, anoitecer, noitada b) luz, luzeiro, alumiar c) incrível, crente, crer d) festa, festeiro, festejar e) riqueza, ricaço, enriquecer 9. (CESGRANRIO) O que indica nos parênteses NÃO está correto na opção: a) bordado-me (vogal temática). b) esforço-me (desinência número - pessoal). c) desenrolando (característica de gerúndio). d) imperceptível (derivado parassintético). e) meia-idade (composto por justaposição).

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10. (CESGRANRIO/IBGE) Assinale a opção em que todas as palavras se formam pelo mesmo processo: a) ajoelhar / antebraço / assinatura b) atraso / embarque / pesca c) o jota / o sim / o tropeço d) entrega / estupidez / sobreviver e) antepor / exportação / sanguessuga 11. (CESGRANRIO/Banco do Brasil) A palavra "aguardente" formou-se por: a) hibridismo b) aglutinação c) justaposição d) parassíntese e) derivação regressiva 12. (CESGRANRIO) Indique a palavra que foge ao processo de formação de chape-chape: a) zunzum b) reco-reco c) toque-toque d) tlim-tlim e) vivido 13. (CESGRANRIO) Os vocábulos aprimorar e encerrar classificam-se, quanto ao processo de formação de palavras, respectivamente, em: a) parassíntese - prefixação b) parassíntese - parassíntese c) prefixação - parassíntese d) sufixação - prefixação e sufixação e) prefixação e sufixação - prefixação 14. (CESGRANRIO/DECEA) O processo de formação da palavra conviver tem a mesma classificação em: a) neurótica; b) fugidio; c) desmatar; d) troca-troca; e) amoroso.

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15. (FGV-2009/SEFAZ-RJ) Com relação aos processos de formação de palavras, analise as afirmativas a seguir: I. estruturador, civilizacional e renováveis são adjetivos formados por derivação sufixal. II. hominização, dilapidação e autodestruição são substantivos formados por composição e derivação. III. autodestruição, contrapartida e responsabilidade são substantivos formados por composição.

Assinale:

(A) se somente a afirmativa I estiver correta. (B) se somente a afirmativa II estiver correta. (C) se somente a afirmativa III estiver correta. (D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. (E) se todas as afirmativas estiverem corretas. 16. (FGV-2008/Polícia Civil-RJ) Assinale a alternativa em que a palavra não tenha sido formada pelo mesmo processo que infra-estrutura. (A) ilegítimas (B) hidrelétrica (C) desaparecesse (D) internacional (E) reequipar. 17. (FGV-2010/CODEBA) Assinale a palavra que apresente, em relação a afixos, a mesma estrutura que desigualdade. (A) distribuição (B) Universidade (C) Desenvolvimento (D) principalmente (E) harmoniosas 18. (FGV-2009/MEC) Assinale a alternativa em que a palavra tenha sido formada pela união de dois radicais, ou seja, bases de sentido das palavras. (A) autogeridas (B) descolonização (C) superendividamento (D) ecossistema (E) desigualdades

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19. (FGV-2008/Polícia Civil-RJ-Adaptada) Observando-se as siglas UE, EUA e Mercosul, corretamente grafadas, é possível afirmar que, dentre as alternativas a seguir, há uma que não segue a regra moderna de grafia de siglas. Assinale-a. (A) UFRJ (B) PM (C) COFINS (D) Uerj (E) PIS 20. (FUNDATEC-2010-Prefeitura de Pinhal da Serra) Analise as seguintes afirmações a respeito de palavras e expressões do texto. I. A palavra brasileiros é formada por sufixação, possuindo uma desinência de número. II. A palavra prazeroso é formada pelo sufixo –oso, que significa “provido ou cheio de”. III. A palavra impede forma-se a partir da palavra poder, acrescida do prefixo negativo im-. Quais estão corretas? A) Apenas I. B) Apenas II. C) Apenas I e II. D) Apenas II e III. E) I, II e III. 21. (FUNDATEC – 2011 – CREMERS) Considerando o processo de formação de palavras, o vocábulo formado pelo mesmo processo que originou gorduroso é: A) entristecer. B) livraria. C) sobrenatural. D) passatempo. E) planalto. 22. (FUNRIO-2006/DOCAS-Assistente Administrativo) "... gordura visceral ou intra-abdominal". O sentido do prefixo latino está contido no vocábulo: a) introvertido. b) introdução.

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c) intraduzível. d) intragável. e) intransferível. 23. (FUNRIO-2006/DOCAS-Assistente Administrativo) No vocábulo adiposo o sufixo -oso tem a noção de: a) nomenclatura científica. b) ação. c) profissão. d) quantidade. e) procedência. 24. (FUNRIO-2006/DOCAS-Assistente Administrativo) Em qual das alternativas a seguir o sufixo exprime idéia de agente: a) agricultor, verdureiro, agente, modelador. b) paulista, verdureiro, agente, modelador. c) algodoal, viveiro, anilina, inglesa. d) canteiro, acetileno, solidão, resistente. e) maldade, surdez, brancura, perecível. 25. (FUNRIO-2009/Prefeitura do Rio de Janeiro) O vocábulo formado por sufixação é: a) sobrevivem b) vítimas c) poderia d) corredor e) ratificaram 26. (FUNRIO-2007/Prefeitura de Maricá) A palavra do texto formada por composição é: a) protomártir. b) seringueiro. c) desconfiar. d) internacional. e) comercialização. 27. (FUNRIO-2008/SEJUS-RO) O processo de formação da palavra agronegócio, que aparece no segundo parágrafo do texto, é semelhante ao das palavras: a) aeromoça – autopeça – eletrodoméstico – minissaia. b) aguardente – fidalgo – pernalta – planalto. c) ambidestro – bisavô – ferrovia - quadrimotor. d) antiaéreo – hipertensão – antebraço –contradizer. e) cronômetro – homeopatia – octossílabo – tipografia.

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28. (FUNRIO-2008/CBMERJ) O termos FILHOTE e CATIVEIRO são igualmente obtidos pelo processo de derivação: a) prefixal. b) sufixal. c) parassintética. d) regressiva. e) imprópria. 29. (FUNRIO – 2010 – SEBRAE-PA – Analista Técnico – Contabilidade) As alternativas abaixo transcrevem notícias publicadas na coluna de Ancelmo Gois, do jornal O Globo, em 21/04/2010. Assinale a única que contém um engano ortográfico decorrente de confusão entre letra e fonema. a) A PM do Rio vai iniciar um programa de prevenção de desvio de conduta da tropa. b) Mestre Marçal, o saudoso percussionista, entrou num avião e pôs a cuíca no colo. c) Em Londres, muito brazuca ficou retido nos aeroportos sem um tostão no bolso. d) Um grupo de brasileiros que mora em Milão tem cobrado 300 euros por noite para abrigar compatriotas. e) Os EUA, sede da Copa de 1994, já cabalam votos para voltar a abrigar a competição. 30. (FUNRIO-2008/Fiscal de Tributos Municipais) Qual palavra está mal grafada? a) obceno. b) rescisão. c) ressuscitar. d) assessório. e) dissensão. 31. (FUNRIO-2009/PRF) Reescrevendo-se trechos do texto I, indicados entre parênteses, há correção ortográfica no item: a) "Uma colisão,..., há 530km do Recife." b) "O motorista do caminhão também falesceu no local do acidente" c) "...um caminhão foi de encontro a um veículo..." d) "Entre eles estavam proficionais responsáveis" e) "Segundo relatorios da Polícia Rodoviária Federal" 32. (FUNRIO-2007/Prefeitura de Maricá-RJ) O vocábulo do texto cuja acentuação gráfica se justifica segundo a mesma regra observada na palavra "dionisíacos" é: a) país. b) Pelé. c) hábil. d) trópicos. e) contribuído.

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33. (FUNRIO-2008/SUFRAMA) O vocábulo do texto cuja acentuação gráfica se justifica segundo a mesma regra observada na palavra "públicos" é: a) vítima. b) açúcar. c) jatobá. d) atrás. e) transformá-lo. 34. (FUNRIO-2010/Prefeitura do Rio de Janeiro) O vocábulo cuja acentuação gráfica se justifica segundo a mesma regra observada na palavra “Piauí” é: a) café b) física c) Petrópolis d) angústia e) País 35. (Tribunal de Justiça do Paraná – 2009/Assistente Social) As palavras a seguir foram propositadamente escritas sem o acento gráfico. Assinale aquela em que a presença do acento gráfico não altera o significado. a) Praticas – vem b) E – conferencia c) Esta – secretario d) Publico – ai e) Ingenua – proximo 36. (UFPR-2003-Tribunal de Justiça do Paraná - Técnico Administrativo) A palavra ingênuo é acentuada com base na mesma regra que justifica, também, o acento da palavra: a) crônica b) número c) contém d) consciência

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Page 79: ESTRATÉGIA CONCURSOS AULA 1

Língua Portuguesa para TJ/PR Teoria e questões comentadas

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GABARITO

Por hoje é só, alunos!

Até a próxima aula!

Grande abraço! Fabiano Sales ([email protected])

01. B 19. C 02. A 20. C 03. C 21. B 04. E 22. A 05. B 23. D 06. A 24. A 07. C 25. D 08. B 26. A 09. D 27. A 10. B 28. B 11. B 29. C 12. E 30. A 13. A 31. C 14. C 32. D 15. A 33. A 16. B 34. E 17. C 35. E 18. D 36. D

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