esterilizaÇÃo

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Métodos físicos de esterilizaçãoMétodos químicos de esterilizaçãoClassificação dos materiais hospitalaresINSTRUMENTAL E SUA CLASSIFICAÇÃO

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ESTERILIZAO

o processo empregado para eliminar microorganismos nas formas vegetativas e esporuladas das substncias ou materiais.Nos hospitais e clnicas esse processo realizado pelo Central de Material Esterilizado - CME.

A Central de Material Esterilizado (CME) o conjunto de reas destinadas recepo, limpeza, preparo, esterilizao, guarda e distribuio do material a todos os departamentos de um hospital. As diferentes reas do CME devem ser distribudas de forma a permitir um fluxo de trabalho progressivo, em linha reta e seqencial, do expurgo at a rea de distribuio, com o objetivo de reduzir as possibilidades de contaminao.Compreende o servio dentro do hospital que prepara, controla, prover e distribui os materiais esterilizados, requeridos por todas unidades e setores que prestam assistncia ao paciente.

Mtodos fsicos de esterilizao

Calor seco:A esterilizao por calor seco realizada a temperatura de 140C a 180C, em estufas eltricas equipadas com termostato e ventilador para promover o aquecimento rpido, controlado e uniforme da cmara. O calor seco somente deve ser usado para materiais que no podem ser esterilizados pelo calor mido. Pode ser empregado na esterilizao quando no houver contato direto entre o vapor saturado e as superfcies dos objetos ou substncias, pois o calor seco tem a propriedade de penetrar em todas as espcies de materiais e recipientes fechados impermeveis ao vapor.Calor mido: a esterilizao pelo vapor sob presso. o mtodo processado pela autoclave. O calor mido o mais seguro e tambm mais utilizado para esterilizar a maior parte dos materiais mdico-hospitalares. Sua eficcia depende da penetrao do vapor saturado sob presso nos pacotes ou caixas, a uma determinada temperatura, durante certo tempo.Radiao:A esterilizao por radiao obtida atravs de raios gama e cobalto 60. um mtodo altamente penetrante, atravessando invlucro de materiais como caixas de papel, papelo ou plstico; no danifica o material submetido ao processo, pois frio, tem um longo tempo de validade desde que o invlucro no seja rasgado, molhado ou perfurado.

Mtodos qumicos de esterilizao

xido de etileno: um gs incolor temperatura ambiente, cujo ponto de congelao -113,3C e de ebulio de 10,7C. Possui um odor semelhante ao ter. O xido de etileno puro, tanto na forma lquida como gasosa altamente txico e inflamvel, sendo permitida a sua utilizao para esterilizao de materiais mdico-hospitalares somente na sua forma gasosa e misturado a outros gases inertes. A utilizao desse processo de esterilizao por xido de etileno necessita de instalaes adequadas, controle de segurana rigorosos e pessoal altamente treinado.Esterilizao por lquidos:A utilizao de produtos qumicos lquidos destinados desinfeco ou esterilizao, indicada somente para aqueles materiais que no podem sofrer a ao do calor, mas que suportam o meio lquido, e ainda quando no se dispe da esterilizao pelo xido de etileno. O tempo de permanncia para desinfeco de 30 minutos e para esterilizao de 18 horas. Soluo aquosa de glutaraldedo a 2%. Soluo alcolica de formaldedo a 8%. Soluo de formaldedo a 10% e, veculo aquoso contendo glicerina ou propilenoglicol.

Classificao dos materiais hospitalares

Os materiais e equipamentos hospitalares esto relacionados principalmente transmisso da infeco hospitalar exgena. Os materiais foram classificados conforme o risco de transmisso de infeco em:Artigos crticos:So aqueles que penetram atravs da pele e mucosas, atingindo os tecidos sub-epiteliais, e no sistema vascular, bem como todos os que estejam diretamente conectados com este sistema.Artigos semi-crticos:So todos aqueles que entram em contato com a pele no ntegra, ou com mucosas ntegras.Artigos no-crticos:So aqueles que entram em contato apenas com a pele ntegra, e ainda os que no entram em contato direto com o paciente.

Instrumental

O instrumental cirrgico pode ser classificado e dividido em especial e comum. Especiais so aqueles usados em apenas alguns tempos de determinadas cirurgias. J os comuns constituem o instrumental bsico de qualquer tipo de interveno cirrgica em seus tempos fundamentais, a saber : direse, exrese , hemostasia e sntese .

Instrumental comum :

Seus nomes correspondem, em geral ao nome do autor que o descreveu. Em uma classificao geral os vrios tipos de instrumentos poderiam ser agrupados tambm da seguinte maneira: direse, hemostasia, preenso, separao, sntese e especiais. Nesta classificao so considerados apenas os instrumentos cirrgicos propriamente ditos (ferros). Seringas e agulhas, drenos de borracha ou plstico, gaze, compressas e campos tambm podem ser relacionados como instrumental cirrgico, sensu lato.

INSTRUMENTAL E SUA CLASSIFICAO

Na direse os principais instrumentos agrupados so o bisturi e tesouras em seus vrios tamanhos e modalidades.Nos hemostticos agrupam-se todos aqueles destinados ao pinamento de vasos sangrentos, como o Halsted, Kelly, Rochester, Moynihan e outros. Nos de preenso agrupam-se todos aqueles destinados a preender e segurar vceras e rgos, como as pinas Babcock, Allis, Collin, Duval, etc. No grupo dos instrumentos de separao encontram-se todos os tipos de afastadores como Gosset, Finochietto, Farabeuf, etc. No grupo dos instrumentos para sntese so basicamente agrupados os porta-agulhas e os vrios tipos de agulha.

E por fim, no grupo dos instrumentos especiais, agrupa-se todos aqueles destinados a tempos especficos de determinadas cirurgias, como Abadie usado nas gastrectomias, pinas de Randal para extrao de clculos das vias biliares, etc.

Quase todos os instrumentos cirrgicos apresentam-se em tamanhos variados e muitos deles com anis e cremalheira tornando-os de formas reta ou curva. Essa variabilidade nos tamanhos e formas desse instrumental tem o objetivo de proporcionar ao cirurgio uma gama enorme de recursos perante as mais variadas situaes cirrgicas.

O bisturi, um instrumental de corte, existe em vrios tamanhos e formas de lminas. Os cabos so classificados em n3 e n4 sendo o primeiro receptor de lminas em geral menores e destinados a atos cirrgicos delicados. O segundo apresentam um encaixe maior para lmina e destina-se a ato cirrgico gerais. Cada cabo ainda apresenta variedade no seu tamanho (3L e 4L), destinada a operar na profundidade.

A lminas para bisturi, podem ser classificadas quanto seu formato e aplicabilidade. As tesouras, tambm outro instrumento de corte, apresentam-se curvas ou retas, fortes ou delicadas e em vrios tamanhos. A tesoura de uso do cirurgio a tesoura curva. A reta mais usada pelos auxiliares para cortar fios.

O instrumental hemosttico tem a funcionalidade de pinar vasos sangrantes como as pinas do tipo Kelly e Halsted, sendo estas curvas por proporcionar maior facilidade de manuseio. Halsteds delicados e menores (9,5 cm) so chamadas de pinas mosquito, so usadas em cirurgias infantil. Quando o pinamento envolve estruturas mais grosseiras, a Rochester esta em geral indicada por ser uma pina mais robusta. A Kocher reta, inicialmente descrita como hemosttica, hoje mais usada como pegadora e suspensora de aponeuroses,aproveitando a segurana que lhe confere seus dentes-de-rato.

Em ocasies que so necessrias hemostasias profundas usam-se a Mixter, a Moynihan e a Crafoord. As duas primeiras so usadas como pina para trabalhar pedculos como o heptico, o renal e o pulmonar. As pinas so instrumentos auxiliares de preenso que, geralmente empunhados com a mo esquerda, do suporte a manobras vrias, como pinamento de um vaso sangrante, de seco de um rgo ou estrutura, etc.

So encontradas em vrios tamanhos, mais fortes, mais delicadas, com ou sem dentes. Quando se deseja preender estruturas sobre as quais no se deseja esgarar os tecidos d-se preferncia Babcock, como no caso para segurar ou tracionar alas intestinais. Os porta-agulha so utilizados para manusear agulhas e fios na sntese dos tecidos. Os dois tipos bsicos so o Hegar e o Mathieu.

Os afastadores estticos so os que permanecem abertos, portanto expem o campo operatrio sem a trao contnua pelo cirurgio auxiliar. O afastador de Gosset usado para manter aberta a cavidade abdominal, e o Finochietto para a cavidade torcica. Para facilitar o ato operatrio o auxiliar dever utilizar tambm os afastadores dinmicos com o Farabeauf que usado durante a abertura e fechamento da parede abdominal. O afastador de Doyen (esttico) usado durante as manobras intra-abdominais, afastando o bao, por exemplo.

As esptulas que tambm so chamadas de sapatas so lminas rgidas ou maleveis tambm usadas como afastadores. As pinas de coprostase so pinas longas, de haste malevel usadas para conteno dos fludos intestinais.As pinas de Foerster e Cheron so longas, usadas como transportadoras de gases para curativos em profundidade. O Cheron muito usada na anti-sepsia da pele do doente.As pinas de Abadie so utilizadas nas operaes do estmago. Peas indispensveis na cirurgia torcica so as ruginas e o costtomo. As ruginas so usadas para separar a musculatura intercostal das costelas. J o costtomo tem a funo de seccionar as costelas.Todo o instrumental deve ser manipulado cuidadosamente evitando-se que no sejam danificados. As tesouras mais delicadas no devem ser utilizadas para seccionar estruturas grosseiras como gases, fios cirrgicos para no perderem o seu corte.

As pinas hemostticas no devem realizar traes em estruturas duras para se evitar que estas sofram deformaes. O ao pode trincar e se deformar quando aquecidas a altas temperaturas, logo, deve-se evitar a utilizao destas pinas para outros fins a no ser para o pinamento de tecidos de pouca consistncia. As cremalheiras devem ser guardadas presas somente no primeiro dente e no se deve, quando no em uso, serem utilizadas sem necessidade, evitando-se assim o seu desgaste.

Centro Cirrgico um lugar especial dentro do hospital, convenientemente preparado segundo um conjunto de requisitos que o tornam apto prtica da cirurgia. "O centro cirrgico um setor do hospital onde se realizam intervenes cirrgicas, visando atender a resoluo de intercorrncias cirrgicas, por meio da ao de uma equipe integrada (RIBEIRO; SOUZA 1997 p. 09). Nele so realizadas tcnicas estreis para garantir a segurana do cliente quanto ao controle de infeco.

A classificao de reas crticas, semicrticas e no crticas feita de acordo com o risco de aquisio de infeco por clientes e profissionais. Este risco determinado pelo volume de matria orgnica presente no ambiente, o grau de susceptibilidade do indivduo e o tipo de procedimento realizado. Considerando que os procedimentos realizados em Unidade Bsica de Sade UBS e Ambulatrios so de baixa invaso as reas podem ser classificadas como reas semicrticas e reas no crticas.

Entretanto para fins de racionalizao de frequncia e tipo de produtos utilizados algumas reas da Unidade Bsica de Sade e do Ambulatrio, neste documento, so consideradas crticas.

reas crticas:

Centro de Material e Esterilizao CME (rea de expurgo, preparo e esterilizao). Sala de curativos Sala de vacinas Sala de coleta de exames de laboratrio (Papanicolaou) Consultrio odontolgico. Sala para realizao de pequenos procedimentos cirrgicos (bipsias, retirada de nevos, colposcopia e outros) Sanitrios.

reas semicrticas Consultrios Sala de inalao Sala de medicao Sala de fisioterapia

reas no crticas Administrao Almoxarifado. Auditrios

Considerando a CME rea crtica, indicada a frequncia diria da limpeza e sempre que necessrio, recomenda-se a utilizao de desinfetante no piso do expurgo. Deve-se dar nfase frequncia aumentada de limpeza das superfcies mais tocadas, como por ex; bancadas de trabalho, maanetas

A funo da CME a de fornecer uma variedade de itens esterilizados ou desinfetados para os centros cirrgicos, enfermarias e outros estabelecimentos de sade.

A rea de expurgo da CME o local onde feita a recepo de todo o material contaminado e sujo da instituio, para limpeza e desinfeco. fundamental que o material seja selecionado e desinfetado imediatamente aps o seu recebimento na rea de expurgo, evitando o acmulo dos mesmos e, conseqentemente, que matrias orgnicas fiquem aderidas, tornando mais difcil a sua limpeza. essencial que essa limpeza seja realizada antes do processo de esterilizao, uma vez que restos de sujidade e matria orgnica protegem os microorganismos, impedindo que os agentes esterilizante aja sobre ele.A rea de preparo o local onde feita a reviso, seleo, preparo e acondicionamento do material utilizado em uma instituio hospitalar, tais como: instrumental, luvas, roupa cirrgica, compressas, gazinhas, etc.Esta rea tem como objetivo proporcionar aos profissionais que utilizaro o material esterilizado o conforto de ter nas mos o material completo, na seqncia necessria e em perfeitas condies de uso. O local deve possuir amplitude suficiente para abrigar a quantidade e a diversidade dos materiais da instituio. Para realizar o preparo do material, esta rea deve possuir mesas ou balces, cadeiras de encosto, assento anatmico e apoio para os ps, armrios, gavetas, suportes para pinas, cestos aramados e carrinhos para transporte de material.O preparo de luvas deve ser realizado em local isolado, com exaustor apropriado, uma vez que, devido a utilizao de talco, ocorre o levantamento de partculas deste material no ambiente. A iluminao deve ser adequada para permitir a perfeita triagem, reviso e seleo do material, combinando luz natural com luz artificial, evitando sombras e reflexos. A escolha da embalagem deve ser realizada de acordo com o tamanho, forma, meio de esterilizao e utilizao do material. As embalagens mais utilizadas so: tecido de algodo cru duplo, papel grau cirrgico e caixas metlicas.O material deve ser codificado, com o objetivo de facilitar o seu controle ea confeces de pacotes. Os pacotes devem ser padronizados por tipos de procedimentos ou por clnicas, de acordo com a clientela a ser atendida. Este procedimento economiza tempo e material, agiliza o trabalho do funcionrio e mantm o padro de qualidade da CME.Nos pacotes envolvidos em tecido duplo dever ser utilizada a forma de empacotamento, que permite uma proteo adequada e segurana na utilizao de material, que doravante denominaremos tcnica do envelope. Na utilizao de papel grau cirrgico devem ser observados a forma, tamanho e volume do material, para escolha adequada da embalagem.A produo realizada deve ser anotada por cada tipo de pacote confeccionados, possibilitando uma avaliao mensal e anual da produo da CME, e facilitando o controle e reposio de material de consumo utilizado pelo encarregado administrativo.O Enfermeiro do servio deve ter um levantamento do gasto dirio de material pelas unidades, e montar um controle interno de material a ser esterilizado. Somente devero ser encaminhados rea de esterilizao os pacotes necessrios reposio do estoque da rea de distribuio, evitando-se a contaminao.