assepsia, anti-sepsia e esterilização

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ASSEPSIA,

ANTI-SEPSIA E

ESTERILIZAO

ASSEPSIA,

ANTI-SEPSIA E

ESTERILIZAOMeio insalubre Hospedeiros Microorganismo Resistncia Virulncia

ASSEPSIA,

ANTI-SEPSIA E

ESTERILIZAO

Na Frana, Saldmann demonstrou recentemente que 73% das pessoas saem do banheiro com as mos contaminadas (90% por Escherichia coli) e que, aps duas horas 77% exibem o mesmo germe na boca! Cerca de 50% das pessoas saem do banheiro sem lavar as mos, quando sozinhas, entretanto, se houver outra pessoa no banheiro s 9 % saem sem lavar as mos, demonstrando que muitos conhecem os bons hbitos higinicos, mas, no os cumprem!!!

ASSEPSIA

o conjunto de medidas que utilizamos para impedir a penetrao de microorganismos num ambiente que logicamente no os tem, logo um ambiente assptico aquele que est livre de infeco.

ANTI-SEPSIA

o conjunto de medidas propostas para inibir o crescimento de microorganismos ou remov-los de um determinado ambiente, podendo ou no destru-los e para tal fim utilizamos antisspticos ou desinfetantes

ESTERILIZAO

o processo de destruio de todas as formas de vida microbiana (bactrias nas formas vegetativas e esporuladas, fungos e vrus) mediante a aplicao de agentes fsicos e ou qumicos. Toda esterilizao deve ser precedida de lavagem e enxge do artigo para remoo de detritos. o conceito de esterilizao absoluto. O material esterilizado ou contaminado, no existe meio termo.

OUTRAS

DEFINIES

Degermao: Vem do ingls degermation, ou desinquimao, e significa a diminuio do nmero de microorganismos patognicos ou no, aps a escovao da pele com gua e sabo. Fumigao: a disperso sob forma de partculas, de agentes desinfectantes como gases, lquidos ou slidos Desinfeco: o processo pelo qual se destroem particularmente os germes patognicos e/ou se inativa sua toxina ou se inibe o seu desenvolvimento. Os esporos no so necessariamente destrudos.

OUTRAS DEFINIESEsterilizantes: so meios fsicos (calor, filtrao, radiaes, etc) capazes de matar os esporos e a forma vegetativa, isto , destruir todas as formas microscpicas de vida. Germicidas: so meios qumicos utilizados para destruir todas as formas microscpicas de vida e so designados pelos sufixos "cida" ou "lise", como por exemplo, bactericida, fungicida, virucida, bacterilise etc.

NA PRTICAOs termos antisspticos, desinfetantes e germicidas so empregados como sinnimos, fazendo que no haja diferenas absolutas entre desinfetantes e antisspticos. Entretanto, caracterizamos como antissptico quando a empregamos em tecidos vivo e desinfetante quando a utilizamos em objetos inanimados. Sanitizao, neologismo do ingls sanitization, em que emprega sanitizer, tipo particular de desinfetante que reduz o nmero de bactrias contaminantes a nveis julgados seguros para as exigncias de sade pblica.

ANTISSEPSIA

A descontaminao de tecidos vivos depende da coordenao de dois processos: degermao e antissepsia.

DEGERMAO a remoo de detritos e impurezas depositados sobre a pele. Sabes e detergentes sintticos, graas a sua propriedade de umidificao, penetrao, emulsificao e disperso, removem mecanicamente a maior parte da flora microbiana existente nas camadas superficiais da pele, tambm chamada flora transitria, mas no conseguem remover aquela que coloniza as camadas mais profundas ou flora residente.

ANTISSEPSIA

a destruio de micro-organismos existentes nas camadas superficiais ou profundas da pele, mediante a aplicao de um agente germicida de baixa causticidade, hipoalergenico e passvel de ser aplicado em tecido vivo. Os detergentes sintticos no-inicos praticamente so destitudos de ao germicida. Sabes e detergentes sintticos aninicos exercem ao bactericida contra microorganismos muito frgeis como o Pneumococo, porm, so inativos para Stafilococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa e outras bactrias Gram negativas. Consequentemente, sabes e detergentes sintticos (no inicos e aninicos) devem ser classificados como degermantes, e no como antisspticos.

ANTISSPTICO

Deve exercer a atividade germicida sobre a flora cutneo-mucosa em presena de sangue, soro, muco ou pus, sem irritar a pele ou as mucosas. Muitos testes in vitro foram propostos para avaliar a ao de antisspticos, mas a avaliao definitiva desses germicidas s pode feita mediante testes in vivo. Os agentes que melhor satisfazem as exigncias para aplicao em tecidos vivos so os iodos, a clorohexidina, o lcool e o hexaclorofeno.

DESINFECO

DAS MOS

Solues antisspticas com detergentes (degermantes) - Soluo detergente de PVPI a 10% (1% de iodo ativo) - Soluo detergente de clorhexidina a 4 %, com 4% de lcool etlico. Soluo alcolica - Soluo de lcool iodado a 0,5 ou 1 % (lcool etlico a 70%, com ou sem 2 % de glicerina) - lcool etlico a 70%, com ou sem 2% de glicerina.

COMPOSTOS

DE IODO

O iodo um halognio pouco solvel em gua, porm facilmente solvel em lcool e em solues aquosas de iodeto de potssio. O iodo livre mais bactericda do que bacteriosttico, e d um poder residual soluo. O iodo um agente bactericida com certa atividade esporicida. Esta, contudo, influenciada por condies ambientais como a quantidade de material orgnico e o grau de desidratao. Alm disso, o iodo fungicida e, de certo modo, ativo contra o vrus. O composto de iodo mais usado o lcool iodado a 0,5% ou 1 %. A soluo de iodo deve ser preparada semanalmente e condicionada em frasco mbar com tampa fechada, para evitar deteriorizao e evaporao e devidamente protegido da luz e calor.

EM

RESUMO

Os compostos iodados tm ao bactericida, bacteriosttico e residual.

IODFOROS

Shelanski & Shelanski, em 1953, descobriram que o iodo poderia ser dissolvido em polivinilpirrolidona (PVP), um polmero muito usado para detoxicar e prolongar a atividade farmacolgica de medicamentos e tambm como expansor plasmtico. Alm de conservar inalteradas as propriedades germicidas do iodo, apresenta as seguintes vantagens sobre as solues alcolicas e aquosas desse agente, pois no queima, no mancha tecidos, raramente provoca reaes alrgicas, no interfere no metabolismo e mantm ao germicida residual. So chamados de iodforos e liberam o iodo lentamente, permitindo uma estabilidade maior para a soluo.

IODFOROS

Os compostos de iodo tm ao residual, entretanto sua atividade diminuda em virtude da presena de substncias alcalinas em matrias orgnicas. A hipersensibilidade ao iodo contido no PVPI tem sido descrita na relao de 2: 5000. E com os outros compostos do tipo lcool iodado, essa relao maior. O iodforo mais usado para a anti-sepsia das mos a soluo degermante, de PVPI a 10% (1% de iodo ativo), em soluo etrica, que bactericida, tuberculicida, fungicida, virucida e tricomonicida. Essa soluo tem a seu favor, o fato de no ser irritante, ser facilmente removvel pela gua e reagir com metais. Para as feridas abertas ou mucosas, (sondagem vesical), usamos o complexo dissolvido em soluo aquosa. Para a anti-sepsia da pele integra antes do ato cirrgico, usamos o complexo dissolvido em soluo alcolica.

EM

RESUMO

Os iodforos tm ao bactericida, fungicida, virucida e ao residual.

CLORO-HEXEDINA

A cloro-hexedina (l, 6 di 4-clorofenil-diguanidohexano) um germicida do grupo das biguanidas, apresenta maior efetividade com um pH de 5 a 8, e age melhor contra bactrias Gram-positivas do que Gram-negativas e fungos. Tem ao imediata e tem efeito residual. Apresenta baixo potencial de toxicidade e de fotossensibilidade ao contato, sendo pouco absorvida pela pele integra. Para casos de alergia ao iodo, pode-se fazer a degermao prvia com soluo detergente de clorohexidina a 4%. As formulaes para uso satisfatrio so: soluo de gluconato de clorhexedina a 0,5%, em lcool a 70% e soluo detergente no ionica de clorhexedina a 4%, contendo 4% de lcool isopropilico ou lcool etlico para evitar a contaminao com Proteus e Pseudomonas. Solues aquosas de clorhexedina em concentraes inferiores a 4% de lcool, com ou sem cetrimida, so mais facilmente contaminveis sendo considerados inadequados para uso hospitalar.

EM

RESUMO

A ao da clorohexedina germicida, melhor contra Gram-positivo e tem ao residual.

ALCOOL

Os lcoois etlico e isoproplico, em concentraes de 70 a 92 % em peso (80 a 95% em volume a 25oC), exercem ao germicida quase imediata, porm sem nenhuma ao residual e ressecam a pele em repetidas aplicaes, o que pode ser evitado adicionando se glicerina a 2%.. O lcool etlico bactericida, age coagulando a protena das bactrias, fungicida e virucida para alguns vrus, razo pela qual usado na composio de outros antisspticos. A ao bactericida dos alcois primrios est relacionada como seu peso molecular, e pode ser aumentada atravs da lavagem das mos com gua e sabo.

ALCOOLO lcool etlico bactericida, fungicida e virucida seletivo, sem ao residual.

SABO

E DETERGENTE

So sais que se formam pela reao de cidos graxos, obtidos de gorduras vegetais e animais, com metais ou radicais bsicos (sdio, potssio, amnia etc), so detergentes ou surfactantes aninicos porque agem atravs de molculas de carga negativa. Existem vrios tipos e apresentao de sabo: em barra, p, lquido e escamas. Alguns sabes em barra so alcalinos (pH 9,5 a 10,5) em soluo. Sua qualidade pode ser melhorada atravs da adio de produtos qumicos. O sabonete um tipo de sabo em barra (composto de sais alcalinos de cidos graxos) destinado limpeza corporal, podendo conter outros agentes tensoativos, ser colorido e perfumado e apresentar formas e consistncias adequadas ao uso.

SABO

E DETERGENTE

O sabo/sabonete antimicrobiano contm antisspticos em concentrao suficiente para ser desodorante, sendo usado para lavar as mos antes de procedimentos cirrgicos. Os sabes tm aes detergentes, que remove a sujidade, detritos e impurezas da pele ou outras superfcies. Determinados sabes apresentam formao de espuma que extrai e facilita a eliminao de partculas.

SABO

E DETERGENTE

A formao de espuma representa, alm da ao citada, um componente psicolgico de vital importncia para a aceitao do produto. Preconiza-se o uso de sabo lquido no hospital e unidades de sade e, como segunda opo, o sabo em barra ou sabonete, em tamanho pequeno. O cuidado maior que se deve ter no manuseio do sabo evitar seu contato com a mucosa ocular, contato prolongado com a pele, que pode produzir irritao local.

SABO

E DETERGENTE

Os sabes tm ao detergente ou degermante

CLORO

E DERIVADOS CLORADOS

o mais potente dos germicidas que existem. Txico para todo tipo de matria viva, utilizado para desinfetar objetos, gua de abastecimento e, at certo ponto, tecidos. Pode ser usado sob forma de gs ou derivado clorados que desprendem cido hipocloroso, que no caso o agente germicida que interage com a matria orgnica e destri tecidos normais. A ao bacteriana do cloro anulada pela matria orgnica e pH alcalino. No recomendado para desinfetar instrumentos por ser corrosivo. Em medicina o derivado clorado mais usado a soluo de hipoclorito de sdio ou soluo de Dakin, a 0,5 %. A soluo a 5% um potente germicida indicado para desinfetar instrumentos e utenslios, muito irritante para os tecidos e no deve ser usado como antissptico.

CLORO

E DERIVADOS CLORADOS

O cloro um potente germicida

COMPOSTOS

DE PRATA

Sais de prata, solveis ou coloidais, j foram utilizados na anti-sepsia das mucosas, exercendo sua ao atravs da precipitao do ion Ag. O nitrato de prata, em aplicao tpica, bactericida para a maioria dos micrbios na concentrao de 1/1000 e se na concentrao de 1/10.000 bacteriosttica. A instilao de 02 gotas de uma soluo a 1% de nitrato de prata no saco conjuntival dos recm-nascidos evita a oftalmia neonatal.

COMPOSTOS

DE PRATA

Os sais de prata so bacteriostticos

DESINFETANTES

OXIDANTES

Compostos que se caracterizam pela produo de oxignio nascente, que germicida. A gua oxigenada ou perxido de hidrognio o prottipo dos perxidos, entre os quais ainda se contam os perxidos de sdio, zinco e benzila. A gua oxigenada se decompe rapidamente, e libera oxignio quando entra em contato com a catalase, enzima encontrada no sangue e maioria dos tecidos. Este efeito pode ser reduzido na presena de matria orgnica.

DESINFETANTES

OXIDANTES

til na remoo de material infectado atravs da ao mecnica do oxignio liberado, limpando a ferida muitas vezes melhor que soluo fisiolgica ou outros desinfetantes. No deve ser aplicada em cavidades fechadas ou abscessos de onde o oxignio no possa liberar-se. O permanganato de potssio um potente oxidante que se decompe quando em contato com matria orgnica. J teve grande uso no passado, mas hoje est ultrapassado como antissptico.

DESINFETANTES

OXIDANTES

Os desinfetantes oxidantes tm ao germicida

DERIVADOS

FENLICOS

So conhecidos de longa data como venenos protoplasmticos gerais, precipitando e desnaturando as protenas. O fenol, em solues diludas, age como antissptico e desinfetante, com espectro anti-bacteriano que varia com a espcie do micrbio, no sendo esporocida. usado principalmente para desinfetar instrumentos e para cauterizar ulceras e reas infectadas da pele. O fenol, na concentrao de 1/500 a 1/800, bacteriosttico, e de 1/50 a 1/100 torna-se bactericida.

DERIVADOS

FENLICOS

Os cresis, derivados metlicos do fenol, so menos irritantes e menos txicos que o fenol e parecem possuir ao anti-sptica mais poderosa. Os derivados halogenados dos fenois so tambm antimicrobianos mais potentes que o fenol, como o hexilresorcinol, por exemplo. Os derivados fenlicos so usados principalmente para desinfetar objetos porque so custicos e txicos para os tecidos vivos. O fenol e os cresis no devem ser usados para desinfetar artigos de borracha, de plstico, ou tecidos que possam entrar em contato com a pele, de que podem resultar queimaduras. Atualmente no mais se usa fenol como antissptico ou desinfetante.

DERIVADOS

FENLICOS

O derivado fenlico tem ao bactericida e no esporocida, utilizados em instrumental

ALDEDOS

O aldedo frmico, tambm chamado formaldeido, formol, formalina ou oximetileno, resulta da oxidao parcial do lcool metlico. Sofre ao da luz, polimerizando e dando origem a paraformaldedo. O formol um lquido lmpido, incolor, picante, sabor caustico. Seus vapores so irritantes para as mucosas (nariz, faringe, olhos etc.), que podem ser combatidos usando-se amonaco diludo. desinfetante potente, com poder de penetrao relativamente alto e baixa toxicidade, seu poder de potente redutor, reage com substncias orgnicas e precipita as protenas, germicida por excelncia, age inclusive sobre os esporos.

ALDEDOS

Desnatura as protenas, reagindo com os grupos aminos livres, e isso faz a transformao de toxina em toxide ou antoxina, conservando assim o poder de antigenicidade. O aldedo frmico, com sabo, forma o lisol. O lisoformio tem na sua composio alm de outros ingredientes , o aldedo frmico e sabo em soluo a 1% a 10%. O dialdedo frmico ou aldedo glutrico (Cidex) usado em solues aquosas a 2%, previamente alcalinizadas, menos irritante que o formaldeido, tem menor ndice de coagulao de protenas, no corrosivo, no altera artigos de borracha, de plstico, de metal ou os mais delicados instrumentos de corte e instrumentos pticos, no dissolve o cimento das lentes dos equipamentos pticos em exposies por perodos curtos. nocivo pele, mucosa (olhos) e alimentos.

ALDEDOSOs aldedos tm ao bactericida e esporocida

DERIVADOS

FURNICOS

A nitrofurazona (furacin) tem amplo espectro antibacteriano, interferindo no sistema enzimtico dos microorganismos pela inibio do metabolismo dos hidratos de carbono, usada apenas como tpico no tto de certas infeces assestadas na pele, feridas infectadas ou queimaduras. O uso continuo pode provocar intolerncia e sensibilizao. No afeta a cicatrizao, a fagocitose e a atividade celular e a sua eficcia persiste na presena de sangue, pus ou exsudato, diminui o mau cheiro e quantidade de secreo da ferida .

DERIVADOS

FURNICOS

Os derivados furanicos tm ao bactericida

TCNICAS DE ESTERILIZAOFsico

Calor seco Estufa Flambagem FulguraoQumico Desinfetantes

Calor mido Fervura Autoclave

Radiao Raio Alfa Raio Gama Raio X

ESTERILIZAO

Depende das caractersticas dos microorganismos: o grau de resistncia das formas vegetativas, a resistncia das bactrias produtoras de esporos, o nmero de microorganismos e da caracterstica do agente empregado para a esterilizao.

ESTERILIZAOa) b) c) d) e)

PELO CALOR

Variao individual de resistncia, Capacidade de formao de esporos, Quantidade de gua do meio, ph do meio, Composio do meio.

ESTERILIZAO

PELO CALOR SECO

Os microorganismos so carbonizados ou consumidos pelo calor (oxidao), assim, podemos usar a chama para esterilizar (flambagem) e a eletricidade (fulgurao). O aparelho mais comum para a esterilizao pelo calor seco a estufa, que consiste em uma caixa com paredes duplas, entre as quais circula ar quente, proveniente de uma chama de gs ou de uma resistncia eltrica. A temperatura interior controlada por um termostato. As estufas so usadas para esterilizar materiais secos, como vidraria, principalmente as de preciso, seringas, agulhas, ps, instrumentos cortantes, gases vaselinadas, gases furacinadas, leos, vaselina, etc.

ESTERILIZAO

PELO CALOR MIDO

Fervura Foi um mtodo correntemente usado na prtica diria, mas no oferece uma esterilizao completa, pois a temperatura mxima que pode atingir 100oC ao nvel do mar, e sabemos que os esporos, e alguns vrus, como o da hepatite, resistem a essa temperatura, alguns at por 45 h. Por outro lado, a temperatura de ebulio varia com a altitude do lugar. Cuidados na esterilizao pela fervura a) Devem-se eliminar as bolhas, pois estas protegem as bactrias - no interior da bolha impera o calor seco, e a temperatura de fervura (100oC), este calor insuficiente para a esterilizao b) Devem-se eliminar as substncias gordurosas e proticas dos instrumentos, pois estas impedem o contacto direto do calor mido com as bactrias.

ESTERILIZAO (AUTOCLAVE)

PELO VAPOR SOB PRESSO

Age atravs da difuso do vapor d'gua para dentro da membrana celular (osmose), hidratando o protoplasma celular, produzindo alteraes qumicas (hidrlise) e coagulando mais facilmente o protoplasma, sob ao do calor. O autoclave uma caixa metlica de paredes duplas, delimitando assim duas cmaras; uma mais externa que a cmara de vapor, e uma interna, que a cmara de esterilizao ou de presso de vapor. A entrada de vapor na cmara de esterilizao se faz por uma abertura posterior e superior, e a sada de vapor se fazem por uma abertura anterior e inferior, devido ao fato de ser o ar mais pesado que o vapor.

ESTERILIZAO (AUTOCLAVE)

PELO VAPOR SOB PRESSO

O vapor admitido primeiramente na cmara externa com o objetivo de aquecer a cmara de esterilizao, evitando assim a condensao de vapor em suas paredes internas. Sabe-se que 1 grama de vapor saturado sob presso, libera 524 calorias ao se condensar. Ao entrar em contacto com as superfcies frias o vapor saturado se condensa imediatamente, molhando e aquecendo o objeto, fornecendo assim dois fatores importantes para a destruio dos micro-organismos.

ESTERILIZAO PELO VAPOR SOB PRESSO (AUTOCLAVE)

O vapor d'gua, ao ser admitido na cmara de esterilizao menos denso que o ar, e portanto empurra este para baixo, at que sai da cmara, e atravs de correntes de conveco, retira todo o ar dos interstcios dos materiais colocados na cmara. Ao condensar-se, reduz de volume, surgindo assim reas de presso negativa, que atraem novas quantidades de vapor. Desse modo, as disposies dos materiais a serem esterilizados dentro da autoclave devem obedecer a certas regras, formando espaos entre eles e facilitando o escoamento do ar e vapor, tendo-se em mente a analogia com o escoamento de gua de um reservatrio, evitando assim a formao de bolses de ar seco (onde agiria apenas o calor seco, insuficiente para esterilizar nas temperaturas

ESTERILIZAO (AUTOCLAVE)

PELO VAPOR SOB PRESSO

A quantidade efetiva de gua sob a forma de vapor dentro da cmara de presso pode ser reduzida, de modo que, ao retirar-se os objetos esterilizados, estes estejam quase secos. A ao combinada de temperatura, presso e da umidade so suficientes para uma esterilizao rpida, de modo que vapor saturado a 750 mmHg e temperatura de 121C so suficientes para destruir os esporos mais resistentes, em 30 minutos. Essa a combinao mais usada, servindo para todos os objetos que no estragam com a umidade e temperatura alta como panos meios bacteriolgicos, solues salinas, instrumentais (no os de corte), agulhas, seringas, vidraria (no as de preciso ) etc.

ESTERILIZAO (AUTOCLAVE)

PELO VAPOR SOB PRESSO

Usando-se vapor saturado a 1150 mmHg e 128 C, o tempo cai para 6 minutos, podendo se assim evitar a ao destruidora do calor sobre panos e borracha. Em casos de emergncia, usamos durante 2 minutos a temperatura de 132C e 1400 mmHg. Para testar a eficincia da esterilizao em autoclave lanamos mo de indicadores, que pode ser tintas que mudam de cor quando submetidas a determinada temperatura durante certo tempo, ou tiras de papel com esporos bacterianos, que so cultivados em caldos aps serem retirados do autoclave. Como exemplo citamos tubinho contendo cido benzico mais eosina, que tem ponto de fuso de 121C. Anidrido ftalico mais verde metila tem ponto de fuso de 132C. cido salicilico mais violeta de genciana tem ponto de fuso de 156C.

BIOINDICADORES

Podemos usar ampolas contendo 2 ml de caldo de cultura com acares mais um indicador de pH e esporos de bacilo Stearo thermophilus (espcie no patognica), esporo estes que morrem quando submetidos a 121C por 15 minutos. Incuba-se por 24 a 48 horas a 55C, e se a esterilizao foi suficiente a cor violeta no se altera. Podemos tambm usar cadaros embebidos com suspenso salina de cultura de Bacilo subtilis (em esporulao acentuada) colocados no interior de um campo cirrgico dobrado, que ser colocado no centro dos pacotes, caixas ou tambores. Findo o prazo de esterilizao, o cadaro enviado para cultura no laboratrio. (o Bacilo subtilis no patognico e um dos mais

TER

CCLICO

- XIDO

DE ETILENO

um gs incolor, inflamvel, txico, altamente reativo, completamente solvel em gua, lcool, ter e muitos solventes orgnicos, borracha, couro e plsticos. bactericida esporicida e virucida. Eficaz em temperatura relativamente baixa, penetra em substncias porosas, no corroe ou danifica materiais, age rapidamente, removvel rapidamente.

ESTERILIZAO

PELO XIDO DE ETILENO

Necessita de trs unidades: aparelho de autoclave combinado, gs e vapor; aparelho de comando que vai misturar o gs, e o freon na concentrao prestabelecida e o aparelho aerador. Quatro condies bsicas: a) Tempo - o tempo de exposio ao gs varia de acordo com a temperatura do aparelho, b) Temperatura - Geralmente utiliza a temperatura de 55oC e a exposio em 2 horas. Em temperaturas mais baixas necessitamos de exposies maiores e vice-versa. c) Umidade relativa - usa de 20 a 40%, d) Concentrao do gs - usa a concentrao de 450 mg/L de espao da cmara esterilizadora. Por ser altamente inflamvel quando puro, usamos misturar com dixido de carbono (90%) ou freon (80%).

VANTAGENS

- bactericida, esporocida e virucida - Agente esterilizante em temperatura relativamente baixa - Facilmente removvel - Fcil de obter, armazenar e manusear - Penetra em qualquer material permevel e poroso - Esteriliza uma grande variedade de instrumentos e equipamentos sem danificar a maioria - mtodo simples, eficaz econmico e seguro - O material esterilizado pode ser estocado por perodo prolongado

DESVANTAGENS

Necessita de controle cuidadoso da concentrao de gs, temperatura e umidade. A aparelhagem cara e requer superviso tcnica especializada. O gs etileno possui efeito txico. O processo demorado. A utilizao do aparelho limitada a estabelecimentos grandes.

RADIAOA radiao uma alternativa na esterilizao de artigos termossensveis, (seringa de plstico, agulha hipodrmicas, luvas, fios cirrgicos), por atuar em baixas temperaturas, um mtodo disponvel em escala industrial devido aos elevados custos de implantao e controle.

RADIAES

IONIZANTES

Raios beta, gama, (cobalto, X,alfa) Tem boa penetrabilidade nos materiais mesmos j empacotados o que justifica a sua comodidade.

RADIAES

NO IONIZANTES

Raios ultravioleta, ondas curtas e raios infravermelhos. Devido a sua baixa eficincia est vetado o seu uso pelo Ministrio da Sade desde 1992. Filtrao usada como controle ambiental, criando reas limpas e reas estreis, podendo inclusive utilizar se no fluxo laminar.

ALDEDO

Agente qumico autorizado pelo Ministrio da Sade, (portaria 930/1992). Glutaraldeido a 2%, associada a um antioxidante, por 8 a 12 horas, usado para esterilizar material de acrlica, cateteres, drenos, nylon, silicone, teflon, pvc, laringoscpicos e outros) Formaldedo, usado tanto na forma lquida ou gasosa por 18 horas. Paraformaldedo, as pastilhas tem ao esterilizante na concentrao de 3 gramas por 100 centmetros cbico de volume do recipiente onde o material esterilizado por um perodo de 4 horas a 50C

CIDO

PERACTICO

Usado como desinfetante e esterilizante para cateteres (portaria 15 de 23 de agosto de 1988 do Ministrio da Sade), tem a vantagem que ao se decompor origina cido actico, gua, oxignio e perxido de hidrognio. Em altas concentraes, o cido peractico, tem odor pungente e riscos de exploso e incndio. O mecanismo de ao desnaturao protica, perda da permeabilidade da membrana celular e oxidam o radical sulfidril e slfur das protenas, enzimas e outro metablitos.

CIDO

PERACTICO

O perxido de hidrognio um agente qumico esterilizante tanto na sua forma lquida, gasosa e plasma, inativa bactrias, vrus, bacilos da tuberculose, fungos e alguns esporos. um agente altamente oxidante, txico, irritante em relao pele e aos olhos. Age produzindo radicais hidroxilas livres que atacam a membrana lpidica do DNA e outros elementos da clula microbiana. Novas tecnologias vm complementar os processos fsicos existentes, mas nunca a substituir e, em todas elas, a eficcia da esterilizao fica comprometida na presena de sujeira nos materiais processados.