este jornal publ a desforra do vulcÃomemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1912_00351.pdf · o...

24
15 IO DE J 4* li USO. OL4HTA-FE1KA, »« DE JUNHO DE 1913« 3*1 ICANNO VII r ESTE JORNAL PUBL ETRATOS DE TODOS Oi A DESFORRA DO "VULCÃO &J*2^fT^'" " " J^^?^^>.ijr'f&iy^^s^ e s ri) O Z-ií/ii tem uma queda pelas fructas e, íuando consegue abrir o guarda-comida, 2) nada mais deixa alli— Vem a ma- mãi e pergunta : —Quem comeu as fructas? —Foi o Vulcão 3] E o Vulcão, que é um bom cachorro' coitadinho, apanha em logar do Lulúg. s m ~3 •» st e t. muitas vezes 4) Vulcão, com as costas a arder, foi Queixar-se a seu amigo Bem-te-vi, que W—' *5> írn Prometteu servir-lhe de testemunha6). .. «escondeu-se sobre o guarda-co- com°Utra Occasião.Vw/cão voltou trazendo mida. Lulú foi de novo comer as fructas fort Sig,° ° àem-te-vi para tirar uma des- 7| Quem comeu as fructas?—perguntou a m»- mãi. Lulii ia dizer Foi o Vulcão. Mas o passari- nho começou logo a gritar Bem-te-vi. bem-te-vi! E d'essa vez foi Lulú quem apanhou

Upload: others

Post on 21-Aug-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: ESTE JORNAL PUBL A DESFORRA DO VULCÃOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1912_00351.pdf · O Z-ií/ii tem uma queda pelas fructas e, íuando consegue abrir o guarda-comida, 2) nada

15 IO DE J 4* li USO. OL4HTA-FE1KA, »« DE JUNHO DE 1913 « 3*1IC ANNO VIIr

ESTE JORNAL PUBL ETRATOS DE TODOS Oi

A DESFORRA DO "VULCÃO

&J*2^fT^ '" " " J^^?^^ !¦ .¦ .ijr' f&iy^^s^

es

ri) O Z-ií/ii tem uma queda pelas fructas e,

íuando consegue abrir o guarda-comida,2) nada mais deixa alli— Vem a ma-

mãi e pergunta :—Quem comeu as fructas?—Foi o Vulcão

3] E o Vulcão, que é um bom cachorro'coitadinho, apanha em logar do Lulúg.

sm~3•»stet.

muitas vezes

4) Vulcão, com as costas a arder, foiQueixar-se a seu amigo Bem-te-vi, que

—' *¦ —

*5>írn Prometteu servir-lhe de testemunha 6). .. «escondeu-se sobre o guarda-co-com°Utra Occasião.Vw/cão voltou trazendo mida. Lulú foi de novo comer as fructasfort Sig,° ° àem-te-vi para tirar uma des-

7| Quem comeu as fructas?—perguntou a m»-mãi.

Lulii ia dizer — Foi o Vulcão. Mas o passari-nho começou logo a gritar— Bem-te-vi. bem-te-vi! E d'essa vez foi Lulúquem apanhou

Page 2: ESTE JORNAL PUBL A DESFORRA DO VULCÃOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1912_00351.pdf · O Z-ií/ii tem uma queda pelas fructas e, íuando consegue abrir o guarda-comida, 2) nada

O GÀCHORRINHO DE D SINHA' O TICO-TiCfl

1)D Sinhá, senhora velha, mas valente, de 2]. tão exquisito como ella e que até tinha 3) Mas Bitii tinha um inimigo na ffigura exquisita, gostava muito de animaes. barbas. Era justamente por Bitú ser assim, que D. de um cachorro grande chamado \e, especialmente, d'um cachorrinho chamado Sinhá gostava delle, tratando-o com todo o ca- pertencente a seu Aniceio, vizinho de]Bitú... rinho. Sinhá.f-

4) Sempre que Vampa encontrava Bitú, 5) .. e ladrava-lhe com voz grossa, correndo (>) .. .e ria muito. Bitú fugia por onde podia!como este era feio, pequeno e grotesco, depois atraz d'elle, como que para o devorar, mettia-se por toda a parte. D. Sinhá dava alW"manifestava-lhe seu desprezo.,. Seu Aniceto gostava de acirrar seu cachorro... gritos de indignação e terror.

H vHX í**f?'. Al J^MmF ^-^^^^^Jl

7) Mas um dia, D. Sinhá vestiu uma couraça 8)cheia de bicos a seu cachorrinho, e quando gue.Vampa ia mordel-o..

.. .ficou com as ventas escorrendo san-Seu Aniceto, furioso...

9] .. jurou vingar-se e em cada bico dlcouraça de Bitú espetou algumas batatas, à%modo que...

10] .. .o pobre cachorrinho foi ter com sua dona,coberto de batatas. D. Sinhá ficou tão furiosaque.

11).. . encontrando-se com seu Aniceto o aggrediucom o guarda-chuva. Por isso respondeu a um proces-so sendo condemnada a dar 200$000 réis como indem-nisação a seu vizinho. Defgostosa e aborrecida D.Sinhá foi viver na roça, onde. .

12) .. .como gosta muito de aflmães, arranjou um pátosinho, Q*9a acompanha a passeio, com mufltristeza de Bitú, que não pode 'guir a dona, porque o patosinhJcorre a bicadas A

Page 3: ESTE JORNAL PUBL A DESFORRA DO VULCÃOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1912_00351.pdf · O Z-ií/ii tem uma queda pelas fructas e, íuando consegue abrir o guarda-comida, 2) nada

3 O TICO-TICO

EXPEDIENTE/è ,[r '" t

Condições da assignatura \^ jf cinterior: 1 anno, 11 $000, 6 mezes 6^000V^!rj}$"

exterior: 1 » 20$000, 6 » 12S000 ^~"

Numero avulso, 200 réis. Numero atrazado, 500 réis.'

Pedimos aos nossos assignantes, cujas assignatuiasterminam em 30 de JUNHO, mandarem reformal-as emtempo, para que não haja interrupção e não ficarem comsuas collecções Inutillsadas.

As assignaturas começam em qualquer tempo, mas ter-minam em Junho e Dezembro, década anno. Não serão ac-ceitas por menos de seis mezes. .

A importância das assignaturas deve ser remettidaem carta registrada, ou em vale postal, para a rua di>Ouvidor, i« 1.

^^^^^^^^^^^^H^^^^^^^^Efcfc"

O MAIOR PAYSAGISTADenomina-se paysagista o pintor que

fí em seus quadros representa scenas e as-(t ii* '5L"l*s

pectos do campo. Pode-se chamar assimtambém, a um jardineiro cuja imaginação se diverte emmodificar os canteiros, procurando dar-lhes o aspecto deflorestas ou montanhas.

Esta ultima espécie de paysagem é bastante rara. Com-tudo todos nós conhecemos um, jardineiro que é o vento.

Vocôs não podem avaliar o quanto o vento modificaa seu gosto a superfície da terra ; aqui como em certas

plagas marinhas elle tor-Duna nou a terra estéril, fez

d'ella um areai; em cer-tas regiões africanas ellequeimou as plantas comseu hálito ardente; maislonge desfolhou as arvo-rts; em toda a parte di-verte-se em transformarapaysagem.

Em certos logares sediverte a crear pequenasmontanhas com lagos mi-

¦IP*Fgüar,

liarçha c/àS c/unas

nusculos. E depois, como gosta de variar, desmanchatoda a paysagem em que trabalha de anno em anno. . _

E' sobretudo com a areia que elle gosta de sejdivertirExperimentem de fazer montanhas de areia e verão comoo vento ao fim de alguns dias a transforma em completo.

Mas, por sua vez, elle edifica montes enormesj sãoverdadeiras montanhas que têm o nome de Dunas. Encon-tram-se, geralmente, em certas regiões como dos golfos deGasconha e no littoral Occidental da África.

Sua construcção é fácil. O vento sopra a areia secca emovei da praia e leva-a para os campos. Acontece que ashervas prendem os grãos de areia, que formam então ummonticulo. Pouco a pouco esses monticulos, augmentadospor nova quantidade de areia tráfeida, transformam-se emgrandes colunas, que attingem a perto de 30 metros de

A parte da duna, que fica para o lado do mar é de fácilsubida, Quando uma duna attinge a altura considerável,outra duna e depois uma terceira se formam atraz d'ella einvadem pouco a pouco o terreno. Dão a este phenomenoo nome de caminho de dunas.

O Departamento de Landes, em França e a costa oeci-dental da Irlanda, na Europa, estavam ameaçados de ser;

Invadidos pelas dunas. A população estava já alarmada,quando o sábio Bremontier lembrou-se de fazer parar estamarcha,cercando as dunas com arvores. Hoje, grandes fio-restas de pinheiros protegem as terras cultivadas.

De traz de cada duna, a água é accumulada em vastosreservatórios naturaes.e muitoscVeües tomaram proporçõesde grandes lagos.

Os grandes reservatórios d'agua de Biscarosse e deCazam não tem outra origem,

Vovô.

gJPV 5LÍ M I

wL/v^s ' Bi]

Leitores e amigos d'Tico-Tico: Dulce, Maria de Lourdes,Olga, Judith, Deolinda, Luiz Antônio e

Cicero.filhos do Sr. João E. Netto Caldeiia Júnior

Desenho de José de G. Duarte

Be *'' 'WSM " •'.""..-jfflElS.'

O valente cavalteiro Luiz, filho do Sr. Virgílio Ayrea deAguirra, negociante em Ilapetininga

Page 4: ESTE JORNAL PUBL A DESFORRA DO VULCÃOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1912_00351.pdf · O Z-ií/ii tem uma queda pelas fructas e, íuando consegue abrir o guarda-comida, 2) nada

O TICO-TICO

òteJir»M DOS NOSSOS PEQUENOS COLLABORADORES i

^r-

O CEGOUm cego possuia quinhentas libras, que escondera num

canto de seu jardim; porém um seu vizinho, que se aper-cebeu d'isso, desenterrou-as e tomou-as.

O cego, não achando mais seu dinheiro, adivinhouquem podia ser o gatuno.

Como se haver para recuperal-o? Foi ter com seu vizi-nho e disse que ia pedir-lhe um conselho :¦

—Eu tenho 500 librasnuma caixa que está es-condida em Iogar seguroe quero guardar mais500; não sei se devo bo-tar o restante no mesmologar...O vizinho ladrãoaconselhou-lhe que as-simfizesse e apressou seem tornar a botar as qui-nhentas libras no seulogar, na esperança deretirar mais mais tardeaquellas e as outras;porém o cego,tendo en-contrado seu dinheiro,apoderou-se d'elle echamando seu vizinhodisse-lhe:

— Compadre, o cegoviu melhordoqueaquel-les que muito vêem.

Carmen Ramos(Traducção)

HISTORIA DEUMA CAÇADA

Em verbosManhã esplendida,

sob um céu claro e trans-parente.

\)i - pv *$r

mChiquinho ao violão

José de Góes Duarte

3 —*" EVovô

José de Góes Duarte

-n

j£if oca ,^«K.t, 4., ,«„./"iniíyos

I—

_^| Ultimo retrato de Pipoca; foi tirado antes—<| d'elle partir para o Pólo

Armando S. Diniz

mTTTTk

Seis horas e meia.Pelo amplo terreiro da fazenda, preparativos para uma

caçada em terras do Sr. Pedro, bom e abastado agricultor;rumor de trelas,latidos de cães.signaes de impaciência doscavallos.

— Tudo prompto ? Então a caminho 1E, súbito, eis todos em marcha pela estrada afora. Os

caçadores, entre os quaes o Antônio, folgazões epilhericoscomo sempre; a estrada lisa e desembaraçada, a viraçãomatinal... em resumo tudo favorável e ás mil maravilhas.

Eil-os, afinal, no ponto convencionado: um bosqueverdcjante, fresco ; arvores em profusão : o alamo, o ce-dro, o triste e solitário pinheiro bravio, etc; e, sobre suascabeças, na densa abobada de verdura, o gorgeio dospássaros saltitantes.

Sons alegres de buzina, grande movimento... De re-pente, silencio!

Caçada em começo 1Uma hora ! Duas horas ! Que demora ! Nem ao menos

um latido !Oh 1 Eis alli, entre as moitas, um bello veado ! Estu-

pefacção dos caçadores ! Ao veado 1 Posição de caçadoihábil e experiente 1 Firmeza no alvo 1 Fogo !

Mas... que bella peça! No meio da galhofa dos ami-gos, eis o Antônio, desapontado, com um bello spécimende gato do matto pelos pés...

Guaratinguetá.Jardiuna Xavier (13 annos)

AO TICO-TICOO Tico-Tico mavioso,Dai me agora a tua pennaP'ra cantar na minha lyraMaviosa cantilenaMinha lyra é de creança,Não soffreu os desenganos...Ainda sou pequenina,Somente tenho dez annos.

Acceita, pois, Tico-Tico,Estes versos que offereço.Desde já mui grata ficoDesde já muito agradeço.

Nathalina Brito (Porto Novo)

Page 5: ESTE JORNAL PUBL A DESFORRA DO VULCÃOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1912_00351.pdf · O Z-ií/ii tem uma queda pelas fructas e, íuando consegue abrir o guarda-comida, 2) nada

O TICO-TICO

«/O !jOSOSOS TREZ IRMiOS PREBUIt

Quando seus trez filhos ficaram homens, a velha mãique se chamava Fabia, insistiu para que escolhessem umofficio. Porém elles não se sentiam dispostos a trabalhar ;tinham vivido até então preoccupados apenas com comer,beber e dormir e não queriam mudar a existência.

A verdade é que eram preguiçosos e achavam muitocommodo passar a existência sem fazer cousa alguma,tendo sua mãi, que trabalhava para elles.

Ora, trez rapazes custava caro a sustentar ; por isso avelha Fabia viu-se obrigada a vender pouco a pouco asterras que lhe pertenciam e de tal modo correram as cousasque, um dia, a pobre velha viu que caminhava direito paraa miséria, com seus preguiçosos filhos, que não qufiriamtrabalhar.

Ella os reuniu então e lhes disse :—Fiz por vocês tudo quanto pude e é preci-

so agora que cuidem de suas necessidades. Sóme restam a casa e a cabra, e essas não venderei,porque quando eu nada mais tiver não serão meusfilhos, que me ajudarão, e não esperem que eu vámendigar o meu pão pelas ruas. E' preciso querios separemos, meus filhos. Viajem um poucopelo mundo; são moços e vigorosos e sem duvidaencontrarão meios de ganhar a vida.

No dia seguinte os trez irmãos disseram adeusa sua mãi e partiram ao acaso.

Tendo andado um bom par de horas, chega-ram á entrada de uma floresta.Um dos trez irmãosqueria rodeal-a, emquanto os outros dous deseja-vam atravessal-a em linha recta.

Foi esta ultima opinião que, depois de umacurta discussão, prevaleceu e os trez moços em-brenharam-se por entre as arvores. De repente,no mais profundo do matto, encontraram um ve-lho, alto, vestido com uma grosseira roupa côr decinza, e tendo o rosto emmoldurado por uma lon-ga barba branca, que lhe descia até á cintura. Es-se desconhecido olhava attentamente para o chãoem torno de si e colhia de vez em quando peque-ras hervas, que mettia depois em um sacco depanno. Venda os trez rapazes, que se approxima-vam, elle se levantou.

—Aonde vão, meus rapazes ?—perguntou ellebondosamente.

— Procurarmos trabalho. Não conhecerá ai-guem, que tenha necessidade de trez bons paresde braços?

—Não conheço. Eu sou um pobre medico e,como não posso ter creados, sirvo-me eu próprio.Mas.se querem deveras trabalhar, encontrarãocertamente pessoas dispostas a ajudal-os. Eu sólhes posso dar um conselho, mas ouçam-no bem,porque é preciso : Tenham cuidado com os «trezbarbas vermelhas.»

Dizendo essas palavras, o velho deixou que os trez ra-pazes seguissem seu caminho. Ao anoitecer, elles iam sahirdo matto, quando viram deante de si trez homens muitoricamente vestidos e que tinham barbas vermelhas. Cadaum monta 'a um pequeno cavallo preto.

Um d'esses trez cavalleiros fez-lhes a mesma pergunta,que o velho:

Aonde vão ?Por não saberem o que responder, os trez irmãos guar-

daram silencio, lembrando se do conselho do velho medicoe receiando ser muito francos com os barbas vermelhas,contra os quaes tinham sido prevenidos.Aonde vão ? —repetiu o cavalleiro.

Não podendo guardar por mais tempo silencio, os trezirmãos responderam que procuravam um trabalho, quelhes desse para viver.

Que coincidência I — disse então o segundo cavai-letro — Procuramos justamente trez creados. Se nos queremseguir, desde já estarão ao nosso serviço; não terão muitoque fazer, serão bem alimentados e bem pagos. Comnosco,em um só anno, ganharão o dobro do que ganhariam comoutros patrões.

Essas palavras levaram os trez irmãos a reflectir e con-sultarem-se com o olhar.

O terceiro cavalleiro.Vendo que elles hesitavam,disse:De hoje a um anno serão possuidores, cada um, de

cem bellos escudos de ouro.Não era preciso mais para decidir os trez irmãos, que,

sem reflectirem mais, seguiram os trez cavalleiros dasbarbas vermelhas.

Chegaram depressa os seis a um castello cujas trezaltas torres tinham visto de longe. Um dos cavalleiros lhesdisse :

— Cada um de vocês vai subir a uma d essas torres e

>lll,.»»

Aonde vão, meus rapazes ?

Page 6: ESTE JORNAL PUBL A DESFORRA DO VULCÃOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1912_00351.pdf · O Z-ií/ii tem uma queda pelas fructas e, íuando consegue abrir o guarda-comida, 2) nada

O TICO-TICOalli ficará dia e noite durante um anno inteiro. Seus ali-mentos serão levados lá em cima.

Agora escutem bem o que têm a fazer. O que estiverna torre da direita terá que dizer todas as manhãs : oNóssomos trez irmãos.» O que estiver na torre da esquerda dirá

todas as manhãs : «Por um poucode ouro», e aquelle que estiver natorre do meio accrescentará: «Fazei-nos justiça».

Os trez irmãos ficaram encanta-dos com esse modo nada fatigantede ganhar muito dinheiro e, se se-pararam, subindo cada um para atorre, bem contentes com essa felici-dade, que os ia tornar possuidoresde uma pequena fortuna, sem neces-sidade de mostrarem destreza,nem saber, nem intelligencia. Quegrande erro 1

Desempenharam muitoconscien-ciosamente a missão que lhes foraconfiada e passaram um anno natorre,sem nada fazerem,dizendo apenas as palavras que lhes haviam sidorecommendadas. No fim de um an-no, desceram para o pateo do castel-Io; cada um recebeu cem escudos, e

Desempenharam a sua missào.

um creado abaixou aponte levadiça, para que elles pudes-sem sahir.Os trez irmãos se encontraram então juntos no campo

e notaram uma cousa, que os deixou estúpidos de espanto.Notaram que não sabiam mais fallar e não tinham mais

uma idéa na cabeça.Como no dia em que tinham deixa-

do a cabana materna,começaram a andarpara deante, ao acaso.

Bom dia, amigos — disse um ho-mem, que os encontrou no caminho.Aonde vão ?

O primeiro quiz responder a essedesconhecido, que lhes fallava tão ama-velmente, mas só poude pronunciar essaspalavras :

Nós somos trez irmãos.Ora ! era preciso ser cego para não

o vôr, porque se parecem como trez got-tas d'agua ; mas saber que são trez ir-mãos nada me adeanta sobre o logaraonde vão.

O segundo respondeu sorrindo :Por um pouco de ouro.Que é isto ? Caçoam de mim poracaso, rapazes ^Pergunto para onde vão.

—Fazei-nos justiça—disse o terceiro,Ora, são trez idiotas I — disse o

homem encolerisado, e não sei o que mecontém que não os faço perder a vontadede trincar !

Dizendo isto retifou-seAlgum tempo depois os trez irmãos

assistiram, do alto de uma coluna paraonde se haviam dirigido, a um horrívelespectaculo. Um homem matava outro.Correram logo na direcção dos dous ho-mens para soecorrerem a victima.

Mas, vendo os chegar, o assassinofugiu e, quando os soldados, attrahidospelos gritos, chegaram, apoderaram-sedos trez irmãos; julgando os culpados,amarraram-os com cordas e, bem escol-tados, conduziram-os á cidade mai9próxima, onde foram entregues aos ar-cheiros.

Um juiz interrogou-os.—Quem são ?—perguntou elle.—Nós somos trez irmãos, — repli-

cou o primeiro dos trez rapazes.—Porque mataram este homem.des»

graçados?—Por um pouco de ouro,—respon-deu o segundo.

—Ainda bemgar o seu crime;

que nao procuram ne-raramente tenho en-

Permitia que elles bebam d'esía bebida

Page 7: ESTE JORNAL PUBL A DESFORRA DO VULCÃOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1912_00351.pdf · O Z-ií/ii tem uma queda pelas fructas e, íuando consegue abrir o guarda-comida, 2) nada

O TICO-TICOCOntraJo malfeitores cum tanta audácia. Sabím qui estouresolvido a mandal-os enforcar?

Fazei-nos justiça,—disse o terceiro rapaz.Certamente, e sem mais demora.

Foi dada a ordem de conduz:r os trez assassinos paraa forca. Emquanto lhes passavam acorda ao pescoço, ellesbem desejariam se defender; mas em uma palavra lheschegava aos lábios.

Iam esticar as cordas que lhes rodeavam o pescoço,quando o velho de roupa côr de zinza, que elles haviamencontrado na floresta, sahiu de entre o povo. Trazia namão um pequeno copo de madeira no qual havia um li-quido.

. Approximando-se do chefe dos soldados elle lhes disse :Permitta que estes pobres diabos bebam um pouco

d'essa bebida, é a ultima vez em sua vida.O official, que não era máu, deu a licença. Os trez

rapazes tinham apenas molhado os lábios no licor c, súbita-mente, soltaram as línguas.

Nós somos innocentes,—exclamaram os trez aomesmo tempo.

Eis o assassino.E mostravam um homem que tentava se esconder

entre o povo.—E eis os trez barbas vermelhas rindo-se, lá em baixo,acerescentaram elles.

Os trez homens de barbas vermelhas nao quizeramouvir mais. Atiraram-se sobre os cavallos e partiram a ga-lope, desapparecendo logo. Mas o assassino, que nao ti-nha cavalio, não se poude salvar tão depressa. Os soldadosapoderaram-se d'elle e obrigaram-no a confessar o crime.Os trez rapazes, reconhecidos innocentes, foram postos emliberdade.

Houve mulheres que não deixaram de dizer que ostrez barbas vermelhas eram, certamente, gênios maus eque o velho vestido de côr de cinza era um gênio bom.Mas outros disseram também, sacudindo a cabeça :

Eis o resultado de ficar tanto tempo sem pensar e,sobretudo, sem fallar.

Outros disseram ainda:Eis no que dá a preguiça f

•mmmé» >«****<?>»= m

0 "SR. X" E SUA PAGINAO BERÇO CANTOR

Todos voces, que têmirmãos e irmãs pequeni-nos, sabem que essascreaturinhas gostam muitode dormir balançadas aosom de uma cantilenaqualquer. Por muito ma-nhosa e chorona que umacreança seja, cala-se des-de que se a embale can-tando ; o balanço entor-pece-lhe o corpo, a can-tiga prende lhea attenção,a creança fica immovel,calada e, em pouco, ador-mece.

Entretanto, o melhoré que uma creança durmano berço não só para quepossa estender bem ocorpo como para evitar alonga permanência nocalor dos joelhos mater-nos. Ha porém creanças,que gostam tanto do ba-

lanço e de cantiga, que despertam e choram desde que asdeixam dormir quietas e em silencio.

Assim, mesmo'que não conserve a creança ao cotio a

pobre mamai é obrigada a se manter junto do braço,Can

Pois iá houve quem se lembrasse de evitar esse incom-modo, applicando uma das mais assombrosas invençõesmodernas ao capricho das creancinhas. Lm papai ingiezque é engenheiro e se preoecupa muito nao so com a tran-quillidade de seus filhinhos, como com o repouso de suamulher, adaptou a um berço um phonographo e ligou a

iif) ##/>•- %

y

esse apparelho umn placa sensível, preparada de tal modoque funeciona sosinha.

Desde que a creança acorda e chora seus gritos im-pressionam a placa sensível e esta faz funecionar o phono-grapho que começa a cantar.

A EDADE DE UMA PENNA

Pensam talvez saber que edade tem a penna com quefazem seus themas e escrevem para o Tico-Tico? Engano.Podem saber apenas quanao compraram ou quando lhederam essa penna. Mas nâo é d'isso que se trata. Pergun-tamos se sabem quando foi inventada a penna.

Não sabem ? Pois foi ha, exactamente, cento e oitoannos. Foi em 1801 que um inglez chamado Wise teve aidéia de se servir do aço para fabricar p;nnas de escrever;

\

Até então escrevia se com pennas de ganso, que seestragavam muito facilmente e era preciso aparar a cadainstante, fazendo-lhes, pintas como é costume ainda hoje,fazer com os lápis. Primeiramente, um francez chamadoThevenot já se lembrara de empregar um metal para fa-zer pennas.Foi isso em 1790, durante a Revolução Franceza.zer peThevenot começoul rocessode fa-bricoera aindatão complica-do que, cadapenna, ficavapolo custo dedoze mil réis.Depois, Wisesimplificou otrabalho e hojejá n i ngue mescreve senãocom pennasmetálicas. Osgansosficaramba n i do s damesa dos es-ciiptores.

a fabricar pennas de latâo, mas o

^S ST "SJ5 Bk

:»mmms13 I>E MAIO

Já no horizonte as brumas da noite que renecia, ce-diam logar aos primjiros albores do grandioso dia que é13 dê1 Maio.

13 de Maio I Fci nessa grandiosa data, que a alma ai-truistica de uma mulher, quebrou para sempre os tetriedsgrilhões da escravidão.

Todos os bonsbrazileiros, em cujos corações vibre opuro e sacrosanto sentimento da humanidade, devem uni-sonamente elevar com intenso júbilo o nome venerandoda princeza Izabel. Justiça é também relembrar os pro-eminentes vultos dessa gloriosa campanha, taes como :José do Patrocínio, Rio Branco, Joaquim Nabuco.Macedo e outros, que com seus ingentes esforços por li-bertar a Pátria extremecida da dura escravidão, alcançaramn'esse dia a grata recompensa dos seus inesquecíveis ser-viços.

A' memória de tão illustres brazileirss curvamo-nosagradecidos, regando com as nossas lagrimas, as flores desuas campas.

Neverita Pulcherio

[Edade 11 annos]

Page 8: ESTE JORNAL PUBL A DESFORRA DO VULCÃOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1912_00351.pdf · O Z-ií/ii tem uma queda pelas fructas e, íuando consegue abrir o guarda-comida, 2) nada

O TICO-TICO S

I jl if|NjB i Sv|^S'ííÍí'XMB2fflA\ I Èf^MMiÈ^?, Um armário para roupas (constrn- ^s£ál'£s+l^

iTroPIlrlOP Faz-se como as demais construções cujosmodelos temos dado nesta secção. Sem collae com um só pedaço de papel cartão. Paranão cortar a pagina do Tico-Tico decalquemem papel transparente a figura 1 collem-a so-bre papel-cartão não muito grosso e recor-tem-o. Se quizerem poderão pintar o papel-cartão com tinta de aquarella, côrde madeira,que será fácil obter misturando tintas Ama-rella Scenica natural e um pouco de vermelho.

Armar é facilimo : enfiem as tiras som-breadas no desenho nas frestas. que se de-vem abrir com a ponta de um canivete sobreos riscos pretos, marcados no tecto e de umdos lados da figura 1, sobre a linha pontilha-

da. E ahi está prompto o armário.As linhas pontilhadas das portas servem de dobradiças e, se quizerem fazer

mais completo o movei, collem sobre suas portas dous pedaços de espelho.

! 9 !¦ I¦¦.¦'/ ' m

fig. 2—0 armário prompto

¦ • W/A - ww">• •.'• : ; f/% *ffl ! :

i • "$W Ú i !

\\4§kWâ\\! >M 11 ¦£__] j;

güi

Fig. I—Modelo tamanho natural, para. o decalque com que deve ser feito o armário

AS RAS AO SOL(£»e tal pae, tal filho)

Nos tempos de nossos bisavós, o sol, cansado de viversó, contrahio casamento. As rãs começaram a protestar,checando os seus gritos até ás estrellas; Júpiter um deus,ouvindo aquelle barulho, perguntou o motivo de suas quei-zas.

Então uma. habitante do brejo respondeu : — Agora,apezar de ser somente um sol, faz um calor abrazador,pondo a secco os charcos e nos condemnando a morrer porfalta de água; o que será se tiver filhos ?

S. Paulo, 1912.Traducção de

Wilham Hopkins

Page 9: ESTE JORNAL PUBL A DESFORRA DO VULCÃOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1912_00351.pdf · O Z-ií/ii tem uma queda pelas fructas e, íuando consegue abrir o guarda-comida, 2) nada

O TICO-TICO

PERSONAGENS CELEBRES DA HISTORIAA INFANTA ISABEL

...Infanta Isabel

Esta princeza illustre, A infanta Isabel sobretudo poisua bondade, era neta de Carlos Quinto, rei de Hespanhae imperador da Allemanha. Elisabeth de Valois, sua mai(filha de Henrique II de França) parecia ter-lhe legadoseu caracter doce e affavel. FelippcII, mesmo o seu tioFelippell, de Hespanha adorava a-intelligente e pacienteIsabel; ella renunciara, por seupai, ás pompas é aos gozos dacorte. Vivia muito retirada, pas-sando a maior parte de sua vidano gabinete de seu pai despa-chando com elle as petições,das quaes ajudava-o a fazer aleitura.

Isabel chegou assim á idadede trinta e dous annos. Felip-pe II tomou emfim uma granderesolução. Desde um quarto deséculo, elle empregava debaldeos exércitos e os thesouros deHespanha contra as provínciasinsurrectas dos Paizes-Baixos;sem ter conseguidos vencel_-as,esperou apaziguai as renuncian-do á soberania das DezeseteProvíncias em favor de sua fi-lha, que pretendia fazer casarcom o archiduque Alberto daÁustria. O acto da Renunciados Paizes-Baixos e do FrancoCondado de Borgonha foi assi-gnado em Madrid, no dia 6 deMaio de 1598, e o casamento daInfanta Isabel com o archiduqueAlberto celebrou-se em Valen-cia, no dia 18 de Abril de 1599.

No dia 5 de Setembro doanno seguinte os novos sobe-ranos fizeram sua entrada so-Iemne em Bruxellas. Bem de-pressa a Infanta tornou-se po-pular. Ella acolhia com tocantebondade os que vinham solici-tal-a; derramava a mãos cheiasas dádivas e as esmolas; nãodesdenhava tomar parte nasfestas da buguezia.

Com os arcabuzeiros atiravaao «passarinho» que terminavao alto da torre da egreja do Sa-blon.como era costume popular.

Mas, nas conjuneturas solemnes, a doce princeza sabiarevelar a alma enérgica de Isabel de Castella, sua avó.

As províncias do norte dos Paizes Baixos, tendo recu-ado reconhecer os «archiduques» (era assim que chama-vam aos novos soberanos), a guerra reaccendeu-se commais furor ainda.

Maurício de Nassaa, o stathonder das Províncias Uni-das, desembarcou em Flandres marítima e dirigiu-se paraNewport. Os archiduques apresssaram-se em reunir suastropas.ás quaes passaram revista, perto deGand. A Infanta,a cavallo, percorreu as fileiras fallando aos soldados, ntasa esperança que tinha n'essas velhas tropas, foi bem de-pressa anniquilada. O archiduque Alberto perdeu a batalha,que se travou perto de Newport, no dia 2 de Julho de 1600,e foi até gravemente ferido no combate.

A Infanta supportou esse revezeom admirável firmeza.Póde-se ver, no Museu de Bruxellas, um bellissimo retratoda Infanta Isabel, pintado pelo grande Rubens. O grandeartista não enfeitou o modelo. E, de facto, eis aqui outroretrato, á penna, do cardeal Bentivoglio, que residia, comonúncio, na corte dos archiduques :1 «Póde-se dizer que a princeza é alta, comparando-a aoutras mulheres; conserva ainda, com a edade. que tem,nos olhos e no rosto, a brileza magestosa, com a qual,conforme a opinião de todos, sobresahia no meio das outras,nos bellos annos de sua mocidade. Todos os seus gestossão de maravilhosa graça; e vê-se, em todos os seus movi-mentos, nao sei que de terno e de grandioso ao mesmotempo.que attrahe irresistivelmente todos os espíritos. Gozade esplendida saúde, fazendo de boa vontade exercícios,phy-sicos; gosta muito de caçar e da vida no campo e, ás vezes,ella própria,á cavallo, solta o falcão e dirige a caçada emMariemont e em Tervuerem.»

A morte do archiduque Alberto, que oceorreu no dia13 de Julho de 1021, trouxe aodestino da Infanta completamudança. Os Paizes Baixos catholicos voltaram á Hespa-nha.e de soberana Isabel tornou-se governadora geral.Ellamanifestara durante a doença do archiduque a intençãode se retirar para um mosteiro; mas seu esposo, mori-bundo,fel-a renunciar a esse desejo.

O palácio de Bruxellas parecia agora um claustro. Ainfanta, vestida de luto, consagrava cada dia seis horas asuas meditações e seis horas aos negócios do govetno ;

A Infanta Isabel recebendo o prêmio do concurso de arcabuz

Page 10: ESTE JORNAL PUBL A DESFORRA DO VULCÃOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1912_00351.pdf · O Z-ií/ii tem uma queda pelas fructas e, íuando consegue abrir o guarda-comida, 2) nada

o nco-nco ÍOuas distrações consistiam cm trabalhar.com suas damas,

em bordados e roupas para os pobres; só sahia do paláciopara suas devoções ou para visitar os pobres doentes.Cadadia, antes de deilar-se, lia todas as petições, que lhe eramapresentadas, ás quaes attendia. Seu somno não se pro-longava nunca mais de seis horas; mas, apezar d'isso, or-denárà que a acordassem sempre que chegasse algum cor-

reio apressado. Todos os dias, se não estava doente, davaaudiência e recebia os pobres e aos ricos com egual affa-bilidade, que lhe conquistava todos os corações.

A regência de Isabel foi desastrosa, menos por suaculpa do que pela deplorável obstinação do governo deHespanha. Por isso ella viu chegar a morte, com alegria,mostrando em seus ultimosinsiantes uma firme e tantaresignação. Era no dia 30 de Novemhro de 1633. Notandoque um dos seus offiiciaes chorava: «—Vejam aquelle ho-mem—disse ella rindo—não quet quseu morra.«Tendo sejá preparado para a morte lembrou-se de que seu cofrecontinha petições que não despachara; fazendo seguraremlhe a cabeça e a mão, empregou o que lhe restava devida para assignar esses papeis. Foi enterrada junto doarchiduque Alberto, no coro da egreja de Santa Gudula.

CREANÇAS

¦ jBf - EK

TELEPHONE¦ N.

1.313

Coiffenr ia DAMESUruguayana, 78

POSTIÇO OE ARTETodos os trabalhos sendo

feitos com cabellos natu-raes, a casa não tem imi-tação.

MANDA-SE CATALOGOILLUSTRADO

^ímdwkSERVIÇO ESPECIAL EM

CORTES DECABELLOS DE CREANÇAS

s

X*;

>--«-*ís^*-kí<>-#-k;-*^#^I2<~»^s*-#-hí»--#-<{#CINEMA HADDOGK LOBO

RUA HADDOCK LOBO N. 20O melhor installado do Bairro e oque mais com mo-

didade offerece ás Exmas. Famílias. *

Entrada gratuita para creanças até 10 annos, nas Ysessões das quintas-feiras, j

quando acompanhadas por adulto. A

Palliclas, Ijymphatl^as, EJscrophuIosas, Rachiticasou anêmicas

O JUGLAND1- ...„.„,,..., ,,...,.„„.„.._„_ _íNO de Giffoni é t 1um excellente re- iconstituinte geraldos organismos eu-fraquecidos das cre-ancas,poderoso to-

nico depuralivo,onli-escrophuloso.que nunca falha notratamento das mo-lestias consumpti-vas acima aponta-das. E' superio"r aoóleo de fígado debacalhau e suasemulsões, porquecontêm em muitomaior proporção oiodo vegetalisado,intimamente com-binado ao tannino i JlK .4? jda nogueira (ju-glans regia) e o phosphoro physiologico, medicamento eminentamente vitatisador, sob uma forma agradável einteiramente assi-milavel. E' um xarope saboroso que não perturba o estômago e 09intestinos, como freqüentemente suecede ao óleo e ás emulsões; d'ahia preferencia dada ao JUG1.ANDINO pelos mais distinetos clínicos,que o receitam diariamente aos seus próprios filhos. Para os adultospreparamos o Vinho ioão-lannico glycero-phosphalado.

Encontram-se ambos nas boas drogarias e pharmacias d'esta cidaide e dos Estados eno deposito geral:

Pharmacia a drogaria de FRANCISCO GIFFONI Sc C.RUA PRIMEIRO DE MARÇO, 17 RIO DE JANEIRO;

-LÊRCOM ATTENÇÃO-AOS QUE PRECISAM DE DENTADURAS

Muitas pessoas que precisrm de dentaduras, devido á exiguUdade dos seus recursos, sao, muitas vezes, forçadas a procurarprofissionaes menos habe>s, que as illudcm em todos os sen-tidos, pois esses trabalhos esigem muita pratica e conheci-mentos especiaes.

Para evitar taes prejuízos e facilitar a todos obter dentaduras,dentes a pivot, coroas de ouro, bridge-work, etc, o que liade mais perfeito nesse gênero, resolveu o abaixo assignado reduziro mais possível a sua antijja tabeliã de preços, que ficam d'essemodo ao alcance dos menos favorecidos da fortuna. No seunovo consultório, á rua do Carmo n. 71, (canto da do Ouvidor)dá informações completas a todos que as desejarem. Acerta e fazfunccionar perfeitamente qualquer dentadura que não estejabem na bocea e concerta as que se quebrarem, poi* preçosinsignificantes.Os clientes que não puderem vir ao consultório serão

attendidos em domicilio, sem augmento de preçoDR. SÁ REGO (Especialista)

mudou-se RUA DO CARMO 71 SToSvíd*.

Olhai para o futuro de vossos filhosDai-lhes Morrhuina (principio activo do óleo da

fígado de bacalhau) de

COELHO BARBOSA & C. ^¦"¦^SBSSS/ío.assim os tomareis fortes e livres de

muitas moléstias na juventude

A TORRE-EIFFEL97, RUA DO OUVIDOR, 99 ^^H-^© 97, RUA DO OUVIDOR, qq

meninosVestuários e roupas parade todas as edades

Grando venda com abatimento real de 20 ,f. em. todos os artig-os

Page 11: ESTE JORNAL PUBL A DESFORRA DO VULCÃOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1912_00351.pdf · O Z-ií/ii tem uma queda pelas fructas e, íuando consegue abrir o guarda-comida, 2) nada

O TICO-TICO II____________________ *

[^ ^® o^®^® Fad)rjaTr(g|1L ii ... -— i .-¦ . -i.-i ¦¦¦¦ ¦-_¦¦*¦

___ --ii ¦ ¦ -- -- ¦* ' ¦''" ' *" *

A estrella polar depois de ler percorrido com assombrosa fincada no alto de um íceberg», Kaximbown Pipoca e Sabbado consecidade o espaço celeste, foi cahir sobre o Polo norte.onde guiram salvar-se, tendo passado por um susto formidável.velocidade o espaço

ficou.

MSs'o susto foi ainda maior quando viram se approximar um enorme cão marinho, que estava de guarda áo Pólo norte Como selivrarem dos dentes de tão rerrivel Sskhuroco ? Parecia difficil. mas Kaximbow tem talento até no bolso {Continua-]

Page 12: ESTE JORNAL PUBL A DESFORRA DO VULCÃOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1912_00351.pdf · O Z-ií/ii tem uma queda pelas fructas e, íuando consegue abrir o guarda-comida, 2) nada

12

' Éfe~ JÜÉ^S

A ILHA DAS JÓIAS (Continuacão-xi o TICO-TlC<CROMANCE DE AVENTURAS FANTÁSTICAS "1/

121] Voltemos um pouco atraz e vejamoso que se passara com o príncipe gentil.Logo que se afastou da ilha das Jóias obarco do príncipe...

122] ... foi assaltado por uma furiosa tempes-tade. As ondas colossaes ameaçavam a cadainstante fazel-o naufragar.. .

123] ...quando o príncipe viu Bngrande navio a pequena distancia- Jfr:príncipe fez signaes, pedindo soccorro-sa

124].. .£, pouco depois, veiu, do navio, umbote tripulado por dous homens de má cata-dura.

125] O príncipe deixou-se conduzir e, aofim de meia hora, viu que fora recolhidopara um navio de piratas

126] Estes começaram por. lhe rouWtudo quanto tinha algum valor em seu v9 &tuario; depois. . e

127)...o capitão dos piratas declarou queelle ficaria a bordo como creado.e, immediata-mente,mandou-o carregar fardos, ameaçando-ocom um chicote.

128) Ficou assim oprincipe sujeito á sortemais triste. Davam-lhe má comida, muito tra-balho e mal o deixavam sentar-se um pouco...

129) .. .para descansar. A' noite nericomida lhe davam. O príncipe tinhque dornnir sobre um monte de palWjPor fim, chegando a uma ilha...

1:50) ...habitada por pretos semi-selva-gens, venderam-o como escravo ao rei d'es-ses pretos, que se chamava Zulermão.

1311 Zulermão mandou-o prender du-rante alguns dias ; depois fel-o trabalharem sua roça. .

132] . . .servindo de animal de carga, semp1''"sob a ameaça do chicote. I

(Continua na pagina seguinte)

Page 13: ESTE JORNAL PUBL A DESFORRA DO VULCÃOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1912_00351.pdf · O Z-ií/ii tem uma queda pelas fructas e, íuando consegue abrir o guarda-comida, 2) nada

(O TICO-TICO A ILHA DAS JÓIAS continuação - xn 13ROMANCE DE AVENTURAS. FANTÁSTICAS

I 133) 0 único momento tranquillo em suaJfriste vida era aquelle em que príncipe repou-

• sava um pouco á tarde á beira-mar

134) Uma tarde estava elle assim descan-sando, quando ouviu gemidos e viu umgrande pássaro ferido, que mal se mantinhasobre as ondas.

135) 0 príncipe recolheu-o e, vendo queelle estava com as azas partidas, applicou-lhe um unguento de plantas...

136) . .que elle aprendera a fazer com osi selvagens. 0,pássaro ficou vivendo occulto

entre os rochedos. Todos os dias...

137) ...o príncipe trazia-lhe alimentos e opássaro, que era o albatroz braneo, melhoravadia a dia.

138) Imaginem porém qual não foi atristeza do príncipe quando, um bellodia, encontrou o ninho vasio.

139] Andou pela praia muito triete á procura 140] ...mas, pouco depois, ouviu um grito 141] ...conduziu o príncipe a um recantoSopassaro.. e viu o albatroz, que já curvado... onde estava uni bote.

!*"- *'"<__-

— n—7—A''>? —>i 1

'4^| O príncipe embarcou e partiu guiado£e'o pássaro mysterioso. Os selvagens,"üando deram por sua falta..

143] ...atiraram-lhes vários tiros de canhão,mas não alcançaram, nem o barco, nem o passa-ro.

144] Ao fim de oito dias de viagem, opríncipe viu, ao longe, uma linha de terracom casaria magnífica. ICo/i/twiía]

Page 14: ESTE JORNAL PUBL A DESFORRA DO VULCÃOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1912_00351.pdf · O Z-ií/ii tem uma queda pelas fructas e, íuando consegue abrir o guarda-comida, 2) nada

14 ZE MACACO O TICO-TIC

B

^¦i^á_ftrL_-

7 \ \

3"V \

<%::

te^irs

1) <2Te Macaco, que é por Índole emprehendedore dado ás grandes aventuras, não podia permane-cer inactivo por muito tempo, por ÍS60, um Jbellodia, resolveu fazer uma sensacional excursão aoDedo de Deus, em Therezopolis

Fez os devidos preparativos, despediu-se cho-roso da sua querida família e partiu solennementepara morrer ou voltai coberto de glorias.

4

^

r^ [\j<!{.\

zs__ .,\i

2) Andou, andou durante muitas horas, tendo porvezes que escalar ladeiras íngremes que lhe oceasi-onaram alguns valentes escorregões. mas afinal ai-cançou um planalto onde resolveu passar a noite.

I

Jferfí\ VY ^Y W*iC,ErA

V

1 -___> / JU^-o,. va

VELO

LI / • / J***^f\

*XI 4**" * C<\i

^*<1__"2^"W*

Ss

3) Dormia tranquillamente Zé Macaco, o somno da innocencia, quando no meio do silencio da noite, um rugido pavoroso s>]ouvir, alarmando sobremaneira os bichos do matto que a essa hora também descançavam das lutas do dia

v____,_: "__I_I-IMKA U n>\( 1 Itso i%. USO

Page 15: ESTE JORNAL PUBL A DESFORRA DO VULCÃOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1912_00351.pdf · O Z-ií/ii tem uma queda pelas fructas e, íuando consegue abrir o guarda-comida, 2) nada

24 Bibliotheea cVO TICO-TICO MEMÓRIAS DE UMA BONECA EGYPC1A 21

tas em razão de irem mal tratados poistinham apanhado valentemente na cabe-ça, costas e hombros.

Só no fim da refrega, que ainda duroualgum tempo, é que eu percebi que nellatinha perdido um olho 1

vniUma noite tudo dormia na cabana do

pescador. Só eu, despertada, pensavanas cousas estranhas da vida, em seusaltos e baixos. Depois de ter habitado noEgypto o sumptuoso palácio dos Pha-ráos, depois de ter estado na rica villaro-mana,encontrava-me abrigada num mise-ravel tecto I Lembrava-me de que nestehavia mais felicidade do que nas habi-tações principescas, porque Elio e seuavó viviam tranquillos e felizes.

Só ficavam tristes e melancólicosquando se lembravam de dous entes que-ridos, mortos no mesmo dia, victimadospor uma epedemia, que reinara então: opae e a mãe de Elio. Esta lembrança fa-zia com que a fronte do velho se annu-viasse; mas nesses momentos o neto sal-tava-lhe ao pescoço abraçava-o e acari-ciava-o, de maneira que o bom velho aca-bava sempre por sorrir.

Estava eu aquella noite num dos meussonhos, quando ouvi um crepitar exque-sito,a um canto da cabana. Vi logo umagrande fumaça, desenrolando-se em co-lumnas negras e um clarão vermelho,sinistro, illuminar toda a miserável habi-tação. Fogo... era fogo I... Eu já tinhaouvido varias vezes fallar de incêndiose sabia que a chamma é mortal inimigada madeira... Ora eu era de madeira...eu I... Um immenso terror se apoderoude mim I Iria ter flm a minha existen-cia?... Iria morrer consumida pelofogo ? Que triste e horrível fim I ..

Julgando os meus sentimentos actuaes,pelos de outr'ora, achava-me despresivel,porque estava muito egoísta: meu primei-ro pensamento fora na minha própria pes-sôa e se não fosse o clarão qne me mos-trava Elio e seu avô dormindo, eu nãoteria pensado nelles. Mas vendo-os, umagrande piedade se apoderou de meu co-ração. Como despertal-os ? De que ma-neira prevenll-os do terrível perigo queos ameaçava ?...

£—tão. reunindo toda a forca da minha

vontade, experimentei fazer um movi-mento para a frente. O peso de minhacabeça fez com que balançasse e cahi,com enorme ruido, da espécie da prate-Ieira que era meu logar hatitual.

O pescador e seu neto despertaram so-bresaltados e o forte crepitar da madeira,em razão do incêndio, acabou o que eutinha começado. Vestiram-se a toda apressa e não podendo sahir pela porta,presa já das chammas, pularam pelajanella. Mas Elio, que tinha um bom co-ração, antes de sahir foi á prateleira, ta-cteou, suffocado pela fumaça, mas nãome encontrou.

Venus!... onde está Venus, que nãoa encontro I... — exclamou elle angus-tiado.

O velho, aterrado, chamava por elle.Que fazes, infeliz 1... E' este o mo-

mento de procurar uma boneca?. ..Vem,vem immediatamente I...

Oh 1 avó — gemia elle — Deixe-molevar Venus, minha pobre Venus... Nãoquero que ella fique queimada!...Vem já ! — repetia o velho — Vaesentão desobedecer-me pela primeira vezem tua vida ?...

Avôl... não a encontro na pratelei-ra... terás por acaso pegado nella?...Onde a puzeste ?

Ouviu-se um enorme estrepito. O tectoabateu e eu tremi pelo infeliz menino.Mas seu avô dirigiu-se para elle,agarrou-o, apezar de seus gritos e parecendo quesuas pernas recuperavam o vigor dosvinte annos, para salvar o neto, saltoupela janella.

Fora da cabana eu ouvi a voz deElio que gritava:Venus, minha boneca!... minhainfeliz e querida boneca 1...

Ouviu-se um medonho ruir e a cabanaderrocou num immenso brazeiro.de ondesubiu uma infinidade de fagulhas e eufiquei sepultada naquelles escombros fu-megantes.

Durou alguns dias esta tão penosa si-tuação.

O fogo tinha-se naturalmente abafadocom a queda do tecto. Achava-me nasmais espessas trevas.das quaes metardavasahir. Emfim percebi que alguns homensremoviam os escombros que me cobriam.Como conversavam uns com os outrosvim a saber que Elio se encontrava só nc

6

"o_.

o

_s4>OcRSEo

Oi

OX,r-OW<Otü21OCQ

<ss_)waco<Eo£w

íwdopor que aquellaaccusação contrasua jas, renegando Agnés e pedindo-lhe per-patente podia lhes fazer perder o credito dão pelo mau exemplo que a joven pa-e consideração de que gozavam em Roma tricia dava. Em nome de Júpiter affir-e os favores do imperador 1... Apressa- mava ter sempre ignorado a aberração.oram-se a renegar bem alto sua joven erro inaudito de sua prima, pois que seprima e a fazer coro com as blasphemias o soubesse elle mesmo a teria denun-que contra ella se levantavam. Isso pa- ciado e entregado ao carrasco,receu-me indigno e fez com que soffresse A mulher de Flavio foi ainda mais re-horrivelmente. Quizera ter os ouvidos soluta. Disse logo tencionar assistir 1bem tapados, quando fallavam d'aquelle execução de Agnés, a quem censurariamodo aquelles maus parentes I... na presença do povo, exporbando-Ihe o

Uma certa manhã, os Flavios foram acto que ella praticava, a deshonra pu-informados de que, apezar das promes- blica de sua família. Eu, que vira emsas, das ameaças e do martyrio, Agnés casa da moça christã, a doce imagem derecusava abjurar sua nova religião, seu Deus e que tinha ouvido o pai d'ellaque era tida como erro, e que na tarde fazer a exposição das sublimes doutrinasd'esse mesmo dia devia ser decapitada. d'esse Jesus, comprehendia o heroísmoNão posso descrever a intensidade de de Agnés e a venerava de todo o meu co-minha dôr, quando soube a terrivel no- ração.ticia, nem posso dar uma idéia do furor Flavia ouviu seus pães desencadearinaudito de que os Flavios deram pro- seu ódio contra Agnés e não lhes quizvai... ficar atraz.

Flavio, pai, escreveu ao imperador Pegando-me por um pé, dando tndasuma carta cheia de servilismo e de lison- as mostras de um vil desgosto, correupara o terraço que dominava o gran-de rio chamado Tibre, que corre emRoma. E balançou-me para tomar oimpulso... uma... duas... trez epouf 1 .... Descrevrno ar uma traje-ctoria, rodei quatro vezes sobre mimmesma.de maneira que via,ora o azuldo céu ora a água espelhante, e deium mergulho bem no meiodacorren-teza do rio. Felizmente tinha-me ha-bituado ao contacto da água, pelo»banhos que tomara no rio Nilo e nãohavia perigo de perder minha bel-leza, pobre velha horrorosa que euera!... Percebi que meus vestidosde seda me sustentavam á toda daágua e, sem cuidado pelo futuro,abandonei-me sem receio á mercê daságuas correntes do Tibre...

VII

Emvoltademim navegavam algunsbarcos de carga; os marujos canta-vam e não me viram, ou se me viram,não tiveram a idéia de me tirar dáágua. Alguns peixes grandes, curió-samente, subiam do fundo do rio áflor da água e, dando-me cabeçadas,faziam com que eu volteasse num pe-queno circulo de espuma. Ao sahirde Roma o rio Tibre serpenteia jaox

UMSIHB

Fiquei alli immovel, gêlàdâ por uma hamidadepenetrante...

Page 16: ESTE JORNAL PUBL A DESFORRA DO VULCÃOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1912_00351.pdf · O Z-ií/ii tem uma queda pelas fructas e, íuando consegue abrir o guarda-comida, 2) nada

I \^ ^ X ^ ^~~

22 Bibliothecà d'0 TICO-TICO

entre verdejantes margens, bordadas dejunco e de nenuphares.

Um enorme peixe lúcio, que tinha aresde jogar as escondidas com uma carpa,fez-me de repente senlir um choque tãoviolento, dando-me tão grande cabeçada,que, sahindo da água fui estatelar-me namargem do rio, indo de encontro a ummassiço de íris. Fiquei alli immovei, ge-lada por uma humidade penetrante, aspernas na água e a cabeça tocando a fo-lhagem meio pútrida.

Sobreveiu a noite. O ceu constellou-sede estrellas.cujas luzes se reflectiam, tre-mulacdo, nas águas tranquillas. A brisadespertou as harpas eólias nos ramosdas arvores e as rãs fa-ziam seus concertos, ou- jvindo-se suas notas cry-stallinas na monotoniada noite. Qualquer.cou-sa de grave, de com-movente, um recolhi-mento, uma prece, pa-reciam pairar no céu elançar sobre a terrauma deliciosa quieta-ção. Esqueci meus sof-frimentos.

De repente estremeci,porque vi fluctuando ásuperfície da correntealguma cousa de lumi-noso, que passava. Vo-zes melodiosas, quaeslyras invisíveis, acom-panhavam em suave ry-thmo, entoando divinacanção. A água teve umcrispar commovente, le-vantou-me e, então, euvi...

..Pallidae loura.au-reolada de branca luz,com os lábios num do-ce sorriso, os olhos cer-rados, Agnés, que pas-sava lentamente, levada pela correnteonde os miseráveis pagãos, seus algozes,a tinham lançado, depois do seu suppli-cio. Tinha as mãos postas, em signal desupplica e adoração, e seu esbelto corpoia castamente envolvido nas pregas desua túnica cór de lyrio.

A chaga horrível que lhe haviam feitopo pescoço desapparecia sob o manto ru-

tilante de seus louros cabellos. Pareciadormir...

Destacou-se da margem uma pequenabarca e dirigiu-se para o logar em queia fluctuando o corpo da joven christã.Com todo o respeito os homens, que iamna barca, tiraram do rio aquelle corpo demartyr.

A pequena boneca de madeira.a pobreboneca egypcia presenceava cousas quenão podia comprehender. Adivinhandoporém que fora tocada por um ente santoeu mesma me julquei uma relíquia eparao futuro fiquei tendo por minha pessoaum piedoso respeito. E' certo que estavabastante velha e feia; mas tinha sido aca-

Olhou para mim com ar dedespreso..

riciada.um dia.oh 1 dia inesquecível I pe-los finos e brancos dedos de Agnés I...

No dia seguinte, ao romper da aurora,um velho pescador foi lançar suas redesde pescar não muito distante de mim.Um redomoinho de água conduziu-meaté junto do barco e fiquei envolvida nas

MEMÓRIAS DE UMA BONECA EGYPCIA 23

redes. Quando o pescador retirou as re-des, encontrou-me entre os peixes.

Pegando na minha minúscula pessoa,olhou para mim com ar de despreso eeu adivinhei, pelo gesto que elle fez,quetinha vontade de lançar-me de novo norio. Mas reflectindo, levou-me para suacabana dando-me a seu neto, que era umverdadeiro diabrete, traquinas e turbu-lento, mas dotado de muito bom coração,o que fazia esquecer todos os seus defei-tos.

Logo me affeiçoei a elle, apezar dostratos que elle me dava. O pequeno poz-me o nome de Venus, iro:iia d'elle, semduvi ia,porque, no meu estado actual, eusó tinha longínquas se- ««*„melhanças com a deusada belleza. Um dos seusrraiores divertimentosera jogar-me ao ar e es;perar a minha queda,apanhando-me somentecom uma das mãos. Afi-nal elle era muito destroc eu quasi nunca cahiano chão.Digo quasi por-que eu aprendi á minhacusta que as quedas,sendo prejudiciaes a to-dos, o são muito mais ásbonecas. Nesses brin-quedos perdi aqui e allium pouco do verniz,que me restava, algumapintura... mas eu esta-va perfeitamente resi-gnada o conformadacom tudo.

Uma tarde meu pe-queno dono levou-me apassear. O campo emRoma 6 muito pittores-co, muito bello e euadmireho muito. De re-pente ouvimos gritos,risos e queixumes, tudode mistura, não muitolonge do caminho, queseguíamos.

Julgam que o meuquerido e pequeno se-nhoi Elio — assim sechamava — fugiu ? Pelocontrario. Mettendo-medebaixo do braço pre-

cipitou-se para o logar de onde par-tia o barulho. Enconuámos uma velhaque tinha junto de si um pouco de matto,que fora buscar para se aquecer e emvolta d'eila, injuriando a, chacoteando eimpedindo-lhe a passagem, cinco vaga-bundos que pulavam, parecendo verda-deiro3 demônios. Elio não esteve comdemoras. Lançou'se no meio do grupoe,empunhando-me solidamente pelos pés,brandiu-me com soberba energia, da di-re:ta para a esquerda e eu, sem compre-hender ainda o que podia acontecer-me,desempenhei admiravelmente o papel deum bom cacete. Os vagabundos abando-naram o terreno, fugindo e fazendo care-

O velho saltou pela janell».

iiiiiliiiiln

Page 17: ESTE JORNAL PUBL A DESFORRA DO VULCÃOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1912_00351.pdf · O Z-ií/ii tem uma queda pelas fructas e, íuando consegue abrir o guarda-comida, 2) nada

17 O TICO-TICO

lgj>o>0rVoáSt

«Cf) o>0

ÍKjE1 D.,0

o<o «3t4Ki) oxdoko <f^p jEp 7**^

CXo d^B4@^ ò)oc4 (irafe^Bt *x*C

0 Invejoso0ç\mbkidSonwt?

^kr H

;>>

í*" '¦ ST ^S'' r^v*

"pv*t -íjrèsãÉi" «far

A*"X V-

o/ !^2

Um Ambicioso, cheio de riquezas e ainda mais cheiode desejos, ia por uma estrada montado em um cavallotranco.

Um Invejoso, magro e secco pelo ciúme montava um«squeletico cavallo preto. ^

mediatamente satisfeito e o outro o que nada tiver pedidoreceberá o dobro do que o primeiro tiver tido.

Ouvindo essas palavras o Ambicioso resolveu nada pe-dir. Assim teria o dobro do que o outro pedisse.

Quanto aó Invejoso calou-se também porque seria capaz

. >» \^ m „.M^ ¦¦nu mn --^—-

Em caminho encontraram uma velha de mantilha quelhe pediu esmola, promettendo maravilhosas recompensas.

Os dois viajantes tiveram piedade delia e deram-lheum vintém já muito enferrujado.

Eis que de subido se transfigurouEra a Fada Onlana, que para recompensaros dous via-

jantes, disse-lhes :— Que um de vocês exprima um desejo. Vel-o-ha im-

ae estourar, de raiva se o outro recebesse em recompensao dobro do que elle pedisse.

Calaram-se pois ambos.Por fim ameaçado pelo Ambicioso louco de furor o In»

vejoso exclamou :— O que eu desejo é perder um olho. Assim esse mi-

seravel perderá os dois.Immediatamente foi satisfeito o desejo. 0 Invejoso fi-

cou zarolho e o ambicioso ficou cego.

Page 18: ESTE JORNAL PUBL A DESFORRA DO VULCÃOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1912_00351.pdf · O Z-ií/ii tem uma queda pelas fructas e, íuando consegue abrir o guarda-comida, 2) nada

O TICO-TICO 18

/i s^JÊ^X^S^y)'WÈmIIIjli ^^^^Sf^^f^

^fip^J^^v*mmmEis um tra-

balho muito fa-cil, correspon-dendo ao pe-dido de variasde nossas ami-guinhas que nostêm escripto.pe-dindo um traba-lho de agulhabastante simplese que possa ser-vir paia um pre-sente.

Entramos naestação em quenão é prudenteá noite passeiarou mesmo iratéo jardim con-versarumpouco,com uma échar-pe ou cachenez

destinados a nos livrar de um resfriamento na garganta.Portanto as mamas e vovós gostarão muito de ter essepequeno accessorio de vestuário, que a escolha da lá esua côr podem tornar de muito bello effeito.

Executa-se o trabalho doseguinte modo : Cómeça-sea fazer um certo numero demalhas de tricot maior oumenor, conlorme a gros-sura da lã, de mecharpe tenha 35 a 40 centi-metros de largura. Notem-iue é preciso medir sem esti-Cu..

Depois continuem a fazera echarpe ou tricot, fazendouma carreira pelo direito, ou-tra pelo avesso.

Faz se assim para evitaro trabalho de cortar a lã nofim de cada carreira.

Mas para obter que o te-cido da echarpe fique comomostra a figura 2, compo-nham o tricot do seguintemodo :

Façam a primeira carreirade malhas unidas.

A segunda de malhaspelo avesso.

A terceira com trez ma-lhas juntas, duas laçadas, ou-trás trez juntas e assim pordiante até o fim da carreira. Fig. 1—F'cKarpe de^Tricot

ECHARPE DE TRICOTDepois recomecem: outra carreira de malhas unidas,

outra pelo avesso, etc.A figura 2 mostra as agulhas fazendo a terceira car-

reira; chama-se fazer uma laçada, enrolar a lã na agulhaantes de fazer a malha. Observando na figura 2 a agulha,que está levantada, vê.-se se a lã está enrolada nella duasvezes.

Assim ó que devem fazer.O comprimento da echarpe deve ser de metro e meio

a um metro e 80 centímetros, conforme a altura e corpu-lencia da pessoa a que é destinada. Depois de promptadevem debrual-a com uma franja em semi-circulos feitacom lã crespa,

Fazendo a echarpe de uma cór viva e a franja comduas tiras da mesma côr, porém mais claras,fica o trabalhomuito bonito.

Fia:. %—Detathe do trabalho

Armando Souza Diniz [S.'Paulo] — Mande o conto e as illus-trações; só depois de os exami-nar poderemos responder-lhe.

Chiquinho rranda-nos quelhe agradeçamos.Cy Maria Bittencourt (Rio) —

Será publicada, se estiver emcondições para isso.

Um leitor [Santos] — O auetorde Jick Tindall — o desenhistaYantock—responder-lhe-ha, des-de que você lhe escreva e assigne

o que consultar. A carta deve ser enviada a esta re-dacção.

Sr. Francisco Alves de Andrade.— Recebemos o seucartão, onde nos diz que nos envia o retrato, etc, etc...mas esse retrato não o temos. Será um tirado em Cata.guazes—Minas,pelophotographo Landoes? Esta photogra-phia é a única que possuimds, sem esclarecimento algum.

Aguardamos respostaRecebemos durante a ultima semana e vamos exami-

nar os seguintes trabalhos :Descripções, versos e contos : Descripção, de Maria

da Gloria ; A legenda das Violetas, Armando Souza Diniz;A Despedida, Heitor Amaradas ; O velho Miguel, GustavoFernandes; Pobre Mãi, Mario de Lima e Silva: Manhã, lvoRodrigues; O Crepúsculo, Jean Belmontée ; Coração In-Jantil, Fhilemonth Amader; A bandeira auri-verde, Aris-tides Ferreira de Queiroz; Soluços, Maria da CandeláriaDiniz ; Empastelameento, Adauto de Assis ; Pae conscien-cioso, Julinha Cruz.

Desenhos de : lvo Dias da Silva, Dimas Rezende,Heleodoro Cavalcanti, Jayme de Oliveira, Edgard Abreude Oliveira, Amanda S. Diniz, lvo R. Diniz, Archirr.ide»de Azevedo.Tacito Salgado dos Santos e Anandade Abreu,

Perguntas e concursos de: Guilherme D. Evaristode Souza, Maria de Cruz Carvalho, Frederico Oberlaender,Joaquim Miguel Pereira Júnior, Julinha Cruz, BenjaminGomes de Amorim, Maria Thereza Dias da Silva, CarmenChaves, Maria Cruz Carvalho, Eurico Fernandes da Motta,F. Mottaes, Braulio Aguiar, Hilton Jesus Gadret, AlbaFerreira da Fonseca, Arlindo Mariz Garcia, Agenor Bel-monte dos Santos, Castellar J. Freire, Victorino Luit Pe-reira, Edgard Abreu de Oliveira, Armando Diniz, RenataCambuquira, Durval Ferreira e Paulo J. Duarte

Page 19: ESTE JORNAL PUBL A DESFORRA DO VULCÃOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1912_00351.pdf · O Z-ií/ii tem uma queda pelas fructas e, íuando consegue abrir o guarda-comida, 2) nada

19 O TfCO-TICO

>

RESULTADO DO CONCURSO N. 661

_ Cara feia, leitores ? ! Não digam isto, porque offendemassim a um nobre filho do ex-Celeste império— o príncipeChoug-Chin-Fim. E', de facto, o retrato d'esse príncipe asolução do concurso n. 661.

Resultado do sorteio :1-prêmio—10$

tâeila Nogueipade 9 annos de edade, moradora á rua Pereira de Siqueiran. 53—CaDital

. 661Solução do concurso n2- prêmio —10$

Alida Haptleycom 10 annos—Pelotas—E. Rio Grande do Sul.

Recebemos soluções dos seguintes senhores :Mary Augusta Lopes, Adaucto de Assis, J. Bairros,

Antônio Gonçalves Melgaço, João Soalheira, Alcides Vai-lim de Carvalho Aranha, Gilberto Rodrigues Pinto, ÁlvaroFelicíssimo de Paula Xavier, Luiza Fonseca, Maria Appa-recida de Carvatho, Fausta Lima da Motta, Gabriel deArion da Motta, Trajano Pinto, Alrair F. Teixeira, MariaAugusta dos Anjos, Sophia Rischuer, Nadir Pereira La-zaty, Aloysio de Carvalho Filho, Edgar Francisco Villeroy,José Baptista Pereira, O. S. Leite, Rosa Alves Penna.Irenetíholl, Paulinode Andrade, Lygia J. Villa Forte, MairyEspinola, Odette Velloso Pereira, Miguel de Campos Ju-nior, Alice Segadas Vianna, Samuel A. Siqueira, LuizPereira da Silveira Júnior, Aida Ladeira, Maria de Lour-des Guedes Pacheco Borges, Luiz dAvellaí Drummond,Maria das Dores Rodrigues, Maria da Candelária Diniz,Luzia de Sá Franco, Socida Vianna de Lima, Eurico Ri-beiro, Zoraida Autran, Regina Hallier.Pedro Jaguaribe,Oscar Pires da Silva, Isabel Oliveira Penteado, Zelia Mag-gessi, Oihon Leonardes, Moacyr Peixoto, Jayme Amorim,Noemi Cotrim Moreira de C," Renato Kloers Werneck,Octavio Silva, Luiz M. Cumplido, IvoDiasda Silva, DellenFerreira de Mattos, Luiz Nogueira, Francisco Xavier SoaresPereira, Escholastica da Conceição, Thereza de Gouvêa.Nelson de Vincenzi, Milton de Castro Menezes, EvclzitaGomide, Pedro Barros Júnior, Isa Guimarães, Luiz Kir-chhofer Lanube. Olavo Leal Arnaut, Carlindo Tinquitella,Adão Corcione, Alice Cândida da Gama, Arlinda G. daCunha, Palmyra de Souza Filgueiras, Max Koenow, Fer-nando Silveira de Rosa, Maria da Candelária C. da Costa,Ecilia Nogueira, José Diniz Garcia, Marietta Prado Browne,Henrique F. Esbérard, Alzira Lobo das Mercês, Alda RosaDelphino, Hygino Vaz de Siqueira, Sylvia Josephina Dar-jou, Jayme Ramos Lameira, Jahel da Motta Teixeira.Joaquim de Araújo S. Moreira, Alida Hartley, José Mar-ques de Oliveira, Clarimundo do Nascimento Mesquita,

João José Ferreira, Esther Dutrain. Maria Antonietta Ca«margo, João Fernandes Braga, Arlindo Mariz Garcia,Antônio Btagança, João Alfredo Gonçalves Costa, CéliaBaptista, Adherbal Corrêa Mesquita, Joaquim Prado Pinto,Reydner Guimarães Lima,Paulo Bedaux, Stella Aguiar, Ar-minio Pacheco, Giraldo do Camino, Julita Martins Moreira,Alfredo Fernandes, Joaquim Uchôa, João Primo, Ary Za«mora, Beatriz Pinheiro Baptista, Dinorah Abreu, MariaMarques de Oliveira, Arthur Moreno, Romeu A. Candura,Arthur Napoleão Goulart, Palmyra Mendes de Castro, Ca-millo H. d'Arcanchy. Teimo S. Pereira, Amélia de A. Cor-rêa, Walkiria Fragoso Lopes, Alyra Pinto, Antônio Rodri-gues de Amorim, Octacilio Assumpção, Luiz Carlos Ayres,Alberta EUzabeth Dahl, Marcos Lindberg, Joaquim Pe-reira, Nestor Pereira Braga, Mano :1 José da Trindade,Casimiio Souza, Walfrido Albertino da Cunha, AlcidaMedeiros de Seixas, Argemiro Câmara Santos, G. Rameu,Helverio Pires de Carvalho, Helena Bastos Ribeiro da Sil-va, Stella Uchôa de Lyra, Edison Nobre Ventura de La-cerda, Manoel Gomes da Cunha, Mario Nunes da Silva,José de Góes Duarte, Leonor dos Prazeres, José NelsonPeckolt, Adahyl Elly Camy, Honorina dos Afflictos, Ju-vencio Portella, Alnizio de Castro Rollim, Raymundo <>-piro te da Motta, Alba Casianheira Teixeira da Fonseca, Ar-minda Dias, Joaquim Alves de Sou7j>( HylJa C. de Olivei-ra, Hylda NOgacii a üe Carvalho,Gertrudes Pereira de Quei-roz, Joaquim Antônio Naegele, Jacy Nogueira, EdmundoBarbosa Braga, Dionysio Brazil dos Reis, César do RegoMonteiro, Rosa Machado, Alfredo José Fernandes, OlgsHungria, Dinorah Q. Abreu, Manuel AlonSD, AdherbalPereira Madruga, Maria Dulce Soares, Constantino de C.Lisboa, Leonor Coppi, Stella Rios, Emilia Ferreira da Sil-va, Eloisa Flora Neves, Martha dos Santos Abreu, MarioRaposo, Rosa Vieira, Roberto G. Hertzfeldt. AustregesilaFreitas Barbosa, Mario Zito, Avany Ribeiro Vidal, José M.M. Naegele, Gabriel Corrêa Brandão, Helena Geiger, Tho-maz Aquino Bomfim, Dina P. Giglioni, Carmen JacobinaRabello. Felix da Cunha Vasconcellos, Eugênio CamposTelles, Gilvandro Pessoa, José Nascimento Anaujo, Aidade Souza Lima, Esther de Orvil Ferreira, Marina FerraraBouças, Walter Ramos Maia, Benjamim Leitão, Hilde-mando Ferreira Júnior, Lúcia E. Varanda, Alice Castro,Cina Manchebert Arroio Grande. Anna Ritta Ribeiro Vian-na, Eurico Neves Maia, Hermengarda Mamede, Maria Joséde Carvalho, Hylda Hollanda, João Baptista Furtado, Sy-dney de Orvil Ferreira, Álvaro Coelho, Olavo Mendes Pe-reira Nunes, Carlos Arieira, Othron Gannanho, NatherciaBacellar, Carmen Fernandes, Nair Fernandes, José Tho-maz de Contuaria, Affonso Henrique3 Cardoso, AmaliaCampello, Attilio Oguibede, Manuel de Mello Filho, Vi-cente Marcondes de Mello, Antônio Felix, Joaquim MiguelPereira Júnior, Theodoro Nunes, E. de Luiz Motta, Rena-to Neves, Hildebrando da Rocha, Severa Macedo, AurcaTosta de Oliveira e Silva, Julieta de Oliveira, AntônioPorto, Maria do Carmo Dias Leal, Donguinha Dias Leal.Homero Dias Leal, Filhote Dias Leal, Conceição da VeigaMenezes, Lydia Gaminha Torres, Dalia Corrêa, HelenaMonat, Christina Cruz Filho, Américo Ávila Brum Filho,Floriano Peixoto Martins Stoppell, Alice Gama, JoaquimMiguel Pereira Júnior, Christiana Bueno, Pedro MoreiraPadrão, Maria Evoi Vieira, Almira da Fonseca, Álvaro daAraújo Castro, Ormindo da Rocha Santos, Adalgisa Fer-nandaRamoa, Marina Lage, Melita Schweitzer, Ilára Gar-cia, M.deL. A. Avellar, Domingos Gama Filho, JoãoDenoz Junqueira, Ondina Villarinho Cardoso, Iby SoaresCastro Miranda. Irene Soares de Castro Miranda, NelsonPereira de Castro, Iracema Rosa, Martiniano Augusto Cos-ta Netto e vários outros.

RESULTADO DO CONCURSO N. 674Respostas:p — Sol —sat2- Sabre — sobre3- — Yolanda—Hollanda4- — Magnolia

A sorte contemplou:1* — prêmio 10$

Weusa Antunes Baptistade 9 annos, moradora em Barra do Pirahy,

2- prêmio— 10$ipaeema i^aquintinie

residente na Avenida Rio Branco, 27 — 1 • andar. Captta^

Page 20: ESTE JORNAL PUBL A DESFORRA DO VULCÃOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1912_00351.pdf · O Z-ií/ii tem uma queda pelas fructas e, íuando consegue abrir o guarda-comida, 2) nada

O TICO-TICO 20Remetteram-nos soluções:Heloísa d'Avila Bitencourr Mello, Moacyr Homem Mar-

fins, Alba Castanheira Ferreira da Fonseca, José Marquesde Oliveira, Francisco Xavier Soares, Dinorah Azevedo,Alberto Franco, Henrique Guanabara, Oswaldo Fernandes,de Souza Cherem, Esdras do Prado Seixas Filho, Alfred >Renault Filho, Maria de Lourdes, Iracema Laquintinie,Edgar Diniz Alves Pequeno, Edgar Diniz da Cunha Couto.Rosa Alves Penna, Edmundo Francisco Pereira, NeusiAntunes Baptista, Almira da Fonseca, Antônio Caio Frei-tas Guimarães, Antônio Perto, Osvaldo Pio da Rocha Vi-dal, C( ryntha de Souza Neves, Renato Cambuquira, OdetteBarbosa, José Ribeiro de Azevedo, Álvaro Coelho, HercynaProserpina de Assumpção, Ormindo da Rocha Santos, Ju-racy Rosa, Duival Ferreira Braga, Hortencio Gonçalves,Thales de Azevedo, Eurico Fernandes da Motta, Yara deRezende Costa, Maria Dolores Pinto Coelho, Maria daCandelária S. Diniz, Enedina Amorim, Braulio Aguiar,Dacio do Nascimento Moura, Edméa Miranda, GraciemaFerreira da Costa e Souza, Yolanda de Carvalho, Maria dasDores, Francisco Mattos, Alice de Mello, Odette Peckolt,Alice Martins, Custodio Monteiro de Carvalho, RogérioMajor, Coryntha de Souza Neves, Cecijia e Maria Senra,J- Maria Bittencourt, Carmen Chaves, Octavio MascarenhasWerneck, Zoraide Guerreiro, Luiz Nogueira Martins Fi-

lho, Adhemar Moraes da Silva, AJaria do Carmo Dias Leal,Donguinha Dias Leal, Homero Dias Leal, Fiihote^ DiasLeal, Irincu Rodrigues Chaves, Carlos Azevedo Leite, Ede-wiges Gusmão Versiani, Luiz Pederneiras, Leilá Leonar-des, Alice Leonardes, Isidro dos Santos liberado, AntônioGonçalves, Inah Gonçalves, Sylvia Nogueira, Hugo Marizde Figueiredo, Maria Dulce Soares, Rosa Freire d'Avilla,Álvaro Almeida Rosa, Autonio Arnaldo de A. e Silva, Lau-rinda Camargo. Eduardo Souza Filho, Maria Dagmar Ro-cha, Elder Figueiredo Martins, Clarimundo do Nascimento.Zaida Navarro da Fonseca, Durval Junqueira Machado,Maria dos Anjos Coelho, Evangelina de Almeida Lobo,Nelson Almeida, Henrique Moraes, José Peckolt, Zilda deBritto Pereira, Anany Ribeiro Vidal, Helvécio Pires deCarvalho, ülda Leite Muller, Agones Belmonte dos San-tos, Rubem Romano Madeira, Yolanda C. Ferraz, Olindada Rocha Pereira, Carmen de Miranda, Alfredina Fernan-des da Costa Mattos, Maria da Gloria Machado, NelsonOddone, Anna B. Martins, Sara de Mello Alvarenga, Gon-tran Mury, Isidoro Campos Filho, Carlos Monteiro, DhylaJ. Villa Forte, José Novaes Vazea, Maria de Almeida eAlbuquerque, Agostinho Leite Rodtigues, Raphael Ccr-rôa Logulo, Martha dos Santos Abreu, Moacyr Peixoto,Aguinaldo Mello Junqueira, Ernani Ferreira Porto, CarlosSantos e outros.

/ CONCURSO N. 679

PARA OS LEITORES DOS ESTADOS E D'ESTA CAPITAL

Ia

/ /^

*¦"¦•¦: P

\,—$

O suecesso que alcançou o primeiro concurso neste ge-nero publicado permitte-nos que affirmemos prematura-mente o grande êxito d'esse novo problema geogra-phico.

Leitores, tratem com carinho esse concurso.dediquem-lhe a máxima attenção e o cuidado todo.

Porque? ÜPorque esse e de facto um concurso instruetivo. Eque

nesse mundo merece mais carinho do que a instrucção?Que ha mais digno do nosso amor do que o saber?

Instrucção — chave de todos os mysterios, thesourode todos os homens, conquistavel a todos— do mais opu-lento ao mais Ínfimo.

Saber — ponto para onde todos. devem caminhar,affrontando e ultrapassando todos os impecilios. Saber—Deus, o grande Deus, que deve ter guarida em cada cere-bro e um templo ein cada coração...

Pois o concurso que nesse momento apresentamos vemcomo uma lição de geographia, lição que, é de suppor-se,

Page 21: ESTE JORNAL PUBL A DESFORRA DO VULCÃOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1912_00351.pdf · O Z-ií/ii tem uma queda pelas fructas e, íuando consegue abrir o guarda-comida, 2) nada

MEMOB

jamais será esquecida por todos que freqüentam a nossaSecção de concursos.

E' da Europa um glorioso paiz; traz do passado umahistoria grandiosa—e representará esse paiz o mappa, cujocontorno entregamos á perspicácia dos leitores. Cada pon-to que ahi vedes represente uma importante cidade. Estascidades devem ser declaradas pelos concurrentes e collo-cadas nos seus respectivos logares. Emfim dizer qual apo-sisção que esse paiz oecupa, qual sua importância, etc.

Receberemos soluções até o dia 20 de Agosto. Haverádous prêmios de 10$000.

CONCURSO N. 680P&RA OS LEITORES DOS ESTADOS PRÓXIMOS E D'ESTA CAPITAL

Perguntas :1-—Com b sou embarcação

Com p sou feito de barroQuaes são as palavras?

(De Castellar José Freire)2- —Qual o nome de rei que está na embarcação ?(Remettida por José Guadalupe),3-—E' cidade da Hespanha e ê uma ferramenta.se uma

lettralhe trocarmos. Que é ?(Enviada por Arthur Newlands].3-—Qual é o substantivo que éornamento predilecto da

mulher, e que,porém,se lhe acerescentarmos duas syllabas,se torna um objecto quasi sempre usado pelos homens?

Pergunta enviada por José de Góes Duarte.Haverá dous prêmios, ambos de 10$.Só entrarão no sorteio as soluções assignadas pelos

próprios concurrentes e acompanhadas de suas residênciase edade?,

Cada solução deve trazer eollado á margem o valen. 680.

iv_'^

CARTA ABERTAPolo Norte, 19 de Junho de 1912.

Caro amiguinho Armando S. DinizRecebi pelo correio esquimau a sua espirituosa carta,

a qual me commoveu no mais profundo das fibras domeu nariz.

Ha mais de uma semana que estou á procura do eixoda terra e não o encontro, pois queria com este eixo man-dar fazer uma bengala com castão de ovo para o meu pa-UoKaximbown.

Aqui faz um frio medonho; imagine você que quandoquiz fazer fogo as brazas se tornaram em um só pedaço degelo e quasi as tomei por sorvetes. Mas, caro Armando, vo-cê sabe que, apezar de estar tão longe do amiguinho, nãome esquecerei de levar-lhe um presente do Polo Norte,que lhe servirá como prêmio do Tico-Ticn.

E você sabe qual é o presente? Adivinha?E' um enorme sorvete de creme e abacaxi, que você

poderá pendurar á parede e comer pouco de cada vez, du-rante todo o tempo em que for leitor do Ttco-Tico.

Ainda mais, olhe que nem Kaximbown se esquece devocê, espere por um cachimbo feito todo de gelo, colhidobem no centro do Polo Norte.

.Loga ?ue Sabbado fique envernizado também se lem-brará de você.

Adeuzinho, não poSSü CODtiJWWV pois achei o eixo da,-rra. Eureka? Sabe qual é o eixo da terra ?

E' o meu nariz que, derramando lagrymas de coinnw-ção. abraça o bom amiguinho, que mesmo de S. Paulopoderá enxugal-as.

Lembranças de Kaximbown ede Sabbado e mais umabraço—Do Amigo Obrigado e Malcreado Pipoca Geladi-nho di Silva.

J IUÜ- f

— E' alli, ao dobrar d_quella es-quina. E' alli que está a

pharmacia onde devemos compra"o xarope BROM1L,

que cura qualquer tosse em24, horas, no máximo.

Fraqueza cia vista cansada pela aae-mia — Côr mucilloutti — Magreasa—ITastio — SyncopeFaço publico, com extraordinário prazer, que me

acho completamente restabelecido de minha longa en-fermidade, com o uso do grande e poderoso medica-mento «IODOL1NC DE ORH».

Durante muitos annos fui presa de grande anemia esuas conseqüências; comecei por sentir fraqueza navista, não podendo ler, escrever e nem mesmo olhar fi-xo para qualquer ponto. Augmentando a doença, fiqueiextraordinariamente magro, côr macillenta esverdeada,repugnava qualquer alimento, e muitas vezes tive syn-copes, devido á minha extrema anemia ; eu mesmo es-tavi certe d;ciUii :ubi.i\.üfoso. __

Nada conseguindo com os medicamentos que Usava"!quiz experimentar também o IODOLINO DE ORH, e oresultado immediato foi apreciado per todos de minhafamilia e conhecidos, que, com admiração, presencia-vam minhas repelidas melhoras e cura em pouco tem-po, voltando-me a fome e bom humor, desde os pri-meiros dias do uso do IODOLINO DE ORH.Agapito Prado Fernandes.—Bahia, 2 de Maio de 1911.

Vende-se em todas as drogarias e pharmacias — Gar-rafa 5S300.— Agentes geraes: Silva Gomes & C. — Riode Janeiro.

-lh! Ih! Ih! Mas

é arara o patrão. Em vez

de comprar o ELIXIR

DE NOGUEIRA, o mais

famoso depu rativ o do

sangue, anda a tomar ti-

zanas de que nada valem.

Ora que arara t I...

w—X. _—¦>'

kk O TOMBO DO RIO"Os Srs. chefes de familia encontram o mais bello, mais varia-do e mais barato «stock» de roupas para meninos de 3 a 12 an-nos. desde o preço de 3$ a 40$, assim como gorros, bonetse cha-peus de palha para os mesmos.

i--r_xjjL T_THXJG-T_rJLYJ_I__5.PONTO DOS BONDS

Page 22: ESTE JORNAL PUBL A DESFORRA DO VULCÃOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1912_00351.pdf · O Z-ií/ii tem uma queda pelas fructas e, íuando consegue abrir o guarda-comida, 2) nada

O TICO-TIOO 22

PARQUE FLUMINENSE3

1zá

=4

EMPREZA ANTUNES & C.

O presente coupon dá

ENTRADA GRATUITAde primeira classe, no

CINEMA PARQUE FLUMINENSE,a um leitor d'«0 Tico-Tico», até

14 annos de edade

^YYyyyyyyryyw

AEmuIsRodbScot'Purifica e enriquece o san-gue e é o melhor remédiopara curar rapidamente a

Anemia e Chlorosedoenças tão communs asse-nhoras nos paizes tropicaes.

' EXIJA-SE A LEGITIMA

Mediana de Aragon, Ilespanha. Premiados com Medalhas de Ouro na Exposição de Hygiene do Rio de Janeiro—1909

SAES DE PILARBIcarbonatados, Sodlcos, Lithhiicos

Para preparar a melhor água demesa, sem rival em affecções doestômago, Fígado, Elins e In-teslínos.

Não altera o vinho. Agradávelnas comidas. .APrF.RITIVOS, DIGESTIVOS E DIURE-

TICOS.ínfallivel contra a

ObesidadeCaixinhas de 10 pacotes para 10

litros de água.Os Saes de Pilar são, como o tem

dito o eminente medico Dr. Smith,um verdadeir-v thesour^ doméstico.

SAES NATURAES PUR6ATIV0SSulphatados, Sodieos, Lithinicos e Ma-

gnesicosObtidos por evaporação espontânea da Água de

Mediana de Aragon,nas suas próprias nascentes.Depurativos.Diurcticos, Apperilivosc Laxan-tes. Asuaacção resulta admirável para combateras congestões do fígado, do baço e dos rins.

Em pequenas doses—seus effeitos são seguros—contra o Escrophulismo, Herpetismo, eezemas eem geral em todas as enfermidades que têm a suaorigem na impureza do sangue.

Deposito: <ilS W&IÍO A C—Rua Primeirode Março ns, 14, 16 e 18.

Agentes importadores: The Anglo Ameri-can Brazilian Agenoy, Ouvidor, 164 — Rio deJaneiro. — A'venda em pharmacias e drogarias.

CAIXINHA SALUSIndispensável para a hygiene inti-

ma da mulher.Todas as senhoras devem usar a

. CAIXA SALUScujos sáes são o mais agradável,suave e efficaz desintectante do ap-parelho genital humano. Eíflcassi-simo para prevenir e curar as enfer-midades próprias do seu sexo e mui-to especialmente os calharros davagina, congestões dos ovorios,leucorrhéas (fluxos brancos), ulcera-ções, infartos, irritações, etc.

Recommendados pelos mais emi-nentes Tocologos e Ginecologos.

Caixinhas com 6 Dacotes para 6irrigações.

ESTÔMAGO FÍGADO RINSTodas estas doenças dcsapparecem por completo fazendo uso da

ÁGUA DE LOEOHESMINERAL, NATURAL, IN ALTERAVELEPURG ATI VA

Poucos dias são necessários para experimentargrandes melhoras. Não existe outra similar no mun-do.tão medicinal e de effeitos maisrapides. Peçamnas pharmacias e drogarias. Vendas por ataca-do: GRANADO &G., rua Primeiro de Março, 14, 16,18. Agemes importadores: THE ANGLO-AMERI-CAN & BRAZILIAN AGENCY.

Rua do Ouvidor, 164— Rio de Janeiro—Brazil

ANTAPNÉAé um excellente Xarope formulado especial-

mente para creanças, pelo pharmaceutico Samuelde Macedo Soares.

Antapnéa é a mais activa, a mais agradável ea mais completa das preparações até hoje conheci-das para combater as affecções bronchiaes das cre>ancas: bronchites, coqueluche.

Em todas as drogarias e no deposito geral:

PHARMACIA AURORA57, Rua AST&â Ü. 57 ~ S, Paulo

A TORRE-EIFFEL97- RUA DO OUVIDOR, 99 ^W^§> 97, RUA DO OUVIDOR, qq

~~""""" *i^MaiJiJJ^MBBiajjjjj«ai«fBISJaB .

Vestuários e roupas para meninosde todas as edades

Grande venda com abatimento real de SO -t. em toava' os artig-os __ -

Page 23: ESTE JORNAL PUBL A DESFORRA DO VULCÃOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1912_00351.pdf · O Z-ií/ii tem uma queda pelas fructas e, íuando consegue abrir o guarda-comida, 2) nada

VLElMLGUlAS DE UM BOTÁO

1] Sou apenas um simples botão deío, mas sendo honrado e intelligente,£o que vim ao mundo jurei cumprirpn meus deveres.

I

I 4) Depois peftenci a um avarento, que quizEnganar o barbeiro, mettendo-me na caixa,*m vez de 400 reis por lhe fazerem a barba.lias o barbeiro era fino e, vendo tudo.desmo-

2] Pertenci primeiro ao collete de um se-nhor gordo,muito comilão. Um dia elle encheutanto a barriga que o collete rebentou e eufui arremessado ao chão...

3]... onde descansei algum tempo até que,sendo encontrado por um menino, »ste met-teu num de meus buracos um phosphoro semcabeça, para me fazer gyrar como se fosseum pião.

5) Pregado nas calças de um gatuno, com mui- 6] .. descosi-me e as calças do gatito desgosto meu, um dia, quando o gatuno fugia, no cahiram-lhe aos pés, de modo <perseguido pela policia. não podendo correr.foi facilmene pres<

Depois, estive nas calças de um homemh?0' HVe b"&ava constantemente com aper. Um dia de maior briga disse á mu-| que nao voltava a casa; mas eu.

- 8]... tendo penna da mulher, quan-do meu dono estava jáá porta da casa,quebrei a linha que me prendia áscalças e.

9) ..elle teve de ir pedir á mulhe , quepregasse de novo. Tendo já passado c máihumor a meu dono, fez as pazesmulher

Em seguida servi para segurar na lapellaçrecasaca de um senhor elegante e rico,cnc-io de si e ridículo, uma condecoraçãop

comprou por bom preço.

11) Emfim,passando ao collete de um velhoburguez, aconteceu que elle foi atacado porum gatuno, para o roubar e que lhe desfechouum tiro de revóiver, para o matar, Fui eu querecebi a bala em cheio, salvando da morte meudono. que só soffreu o susto

«¦m \m"\ i ilil

12| Meu dono, em recompensa deminha acção, não quiz que eubalhasse mais e guardou-meuma relíquia numa bolsinh;>me tira ás vezes paramecont;-;com lagrvrnas^iecjfftidãir

Page 24: ESTE JORNAL PUBL A DESFORRA DO VULCÃOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1912_00351.pdf · O Z-ií/ii tem uma queda pelas fructas e, íuando consegue abrir o guarda-comida, 2) nada

24- A.3 A.ViEIKrTTJIR^A.S IDO OKIQtlUSTIÍOOS DOCES

CONTINUAÇÃO

O TICO-TIC(

lj Comb íamos contando, Chiquinho e a prima Lih entraram em uma 2] Pouco depois, tendo comido doces a fartar, Chiquinho <confeitaria. Jagunço ficou do lado de fora sahiram e ainda trouxeram uma caixa de fructas crystalisadasj

Jagunço.ama —,——r rxn1L_\|I ~~1 , 1 |T—

I 7] K I | CHOCOLATE I / \

EJ y Lí_JI JL\Ipi—- BOLA f ' -hi_ LlJ ,. I

A^Ê£\ ' AMÊNDOAS '

^Étfe ll\j£) kK* 8r\ cobertas ( larw~? rx^v

3] Seguiram a passeiar; Chiquinho e £.<« fizeram sociedade com y«- 4] ...entrou em outra confeitaria e comprou novo ftgunço na caixinha de fructas. Quando a caixinha ficou limpa, Chiquinho.. mento de doces. Parecia disposto a gastar todo o dinhe;'

guloseimas\Conlinut

OfflOinos Hthograptuca» d*0 MALHO