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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - ECA Profª Rachel Leão 1

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Page 1: ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - ECA · governo e sociedade civil ) para deliberação de políticas públicas. • O Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente

ESTATUTO DA CRIANÇA E DO

ADOLESCENTE - ECA

Profª Rachel Leão

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ANTECEDENTES• Vigorava no Brasil a doutrina do menor em

situação irregular (Código de Menores, 1979). Dava visibilidade apenas à situação de irregularidade do menor. A criança não

era vista como uma pessoa dotada de dignidade, um sujeito de direitos.

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ECA• Tornou–se Lei Federal em 13 julho

de 1990 (Lei nº 8.069), quandoaprovado pelo Congresso Nacional esancionado pelo, então, presidente daRepública Itamar Franco.

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• Foi criado para proteger nossas crianças eadolescentes, garantindo aos mesmos todasas oportunidades, além do desenvolvimentofísico, mental, moral, espiritual e social, emcondições de liberdade e de dignidade.

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Quem são os responsáveis pela garantia dos direitos das crianças?

• Todos nós!- O estado

- A sociedade

- A família

• Porque, afinal, todas crianças são de todos!

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O ECA institui órgãos responsáveis em zelar pelos direitos das crianças e adolescentes.

• Conselhos de Direitos: compostos de forma paritária (governo e sociedade civil ) para deliberação depolíticas públicas.

• O Conselho Estadual dos Direitos da Criança e doAdolescente normatiza, delibera e realiza o controlesocial das ações implantadas no Estado.

• Conselho Tutelar- composto por cidadãos comunseleitos por suas comunidades para zelar e garantir osdireitos das crianças e adolescentes.

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PÚBLICO-ALVO• O ECA classifica os menores de idade:

Criança – de 0 a 12 anos incompletosAdolescente – de 12 anos até 18 anosincompletos.

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PRIORIDADES• O Eca através do seu Artigo 4º coloca como dever

da família, da comunidade, da sociedade, emgeral, e do poder público, priorizar a efetivaçãodos direitos referentes à vida, à saúde, àeducação, ao esporte, ao lazer, àprofissionalização, à cultura, à dignidade, aorespeito, à liberdade e à convivência familiar ecomunitária.

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DIREITO À• VIDA• SAÚDE• ALIMENTAÇÃO• EDUCAÇÃO• LAZER• ESPORTE• PROFISSIONALIZAÇÃO• CULTURA• DIGNIDADE• RESPEITO• LIBERDADE• CONVIVÊNCIA FAMILIAR• CONVIVÊNCIA COMUNITÁRIA

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PROTEÇÃO À• NEGLIGÊNCIA• DISCRIMINAÇÃO• EXPLORAÇÃO• VIOLÊNCIA• CRUELDADE• OPRESSÃO

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PROTEÇÃO À VIOLÊNCAArt. 5 . Nenhuma criança ou adolescente seráobjeto de qualquer forma de negligência,discriminação, exploração, violência, crueldadee opressão, punido na forma da lei qualqueratentado, por ação ou omissão, aos seus direitosfundamentais.

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O QUE CABE À ESCOLAArt. 56. Os dirigentes de estabelecimentos deensino deverão comunicar ao Conselho Tutelar oscasos de:I – maus-tratos e ou qualquer tipo de violênciaenvolvendo seus alunos dentro do âmbito escolar;II- caso de faltas injustificadas e de evasão escolar,esgotados os recursos escolares :III – Elevados níveis de repetência.

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Na família – quando os pais, parentes e responsáveis pelacriança e o adolescente utilizam de força física de formadesproporcional, como por exemplo, a pretexto de corrigirum ato indisciplinado do menor, com queimaduras, etc.

Na rua – Quando alguém (adulto criança ou adolescente ) utilizade força física para dominar, explorar. Por exemplo, esmurraruma criança com a finalidade de atemorizá-la.

Na escola – Quando o professor ou funcionário utiliza de forçafísica sobre o aluno mesmo que de forma indireta; como porexemplo, privar a criança de ir ao banheiro durante a aula,causando-lhe sofrimento físico.

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I -VIOLÊNCIA é toda ação ou omissão que prive uma pessoa dos seus direitos fundamentais.

Para melhor entendermos as formas de violência vamos dividi-las por tipos.

Violência Física indicadores físicos - através de lesões físicas, como hematomas, feridas ou fraturas, que não se adequam à causa alegada.

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Como identificar a violência física:Comportamento da criança e do adolescenteviolentada fisicamente: agressividade,hiperatividade, temor excessivo, tendênciaao isolamento, baixa auto-estima, tristeza,medo dos pais, fugas de casa, problemas noaprendizado, faltas frequentes, alegaagressão dos pais, relata causas poucoviáveis às lesões físicas, etc...

Comportamento da família da criança e doadolescente violentada fisicamente: ocultas as lesões,justificando-as de forma não convincente oucontraditória; descreve a criança como desobediente;abusa de álcool ou drogas; defende uma disciplina“severa” ; tem antecedentes de violência, etc...

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Violência Sexual - Indicadores físicos: infecções urinárias; lesõese sangramentos; secreção vaginal ou perianal;doenças sexualmente transmissíveis;dificuldade de caminhar; enfermidadespsicossomáticas, etc...

Na rua – Quando adulto impõem à “menina de rua” que esta satisfaça os seus desejos sexuais, em troca de proteção.

Na escola – Quando o (a) professor(a) assedia sexualmente o(a) aluno(a), aproveitando-se da sua posição superior, ou o (a) professor(a), na condição de adulto e educador, cede aos assédios sexuais da(o) aluna (o).

Na família – Quando um pai ou parente ou responsável tem por hábito acariciar ao corpo da filha ou filho, justificando estar dando carinho, porém com o objetivo de estimular-se sexualmente.

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Comportamento da criança e do adolescenteviolentado sexualmente :Falta de confiança no adulto; fugas de casa ;brincadeiras sexuais agressivas; auto-flagelação;vergonha excessiva e negação do abuso; tentativasde suicídios; sono agitado, acordando no meio danoite e chorando; comportamento sexual inadequadopara a idade, etc. Comportamento da família da criança e do adolescente

violentado sexualmente :Oculta frequentemente o abuso; alega outro agressorpara proteger membro da família ; crê que o contatosexual é forma de amor familiar; nega à criança ocontato social normal; acusa a criança depromiscuidade, sedução sexual e de ter atividadesexual fora de casa. 17

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Violência Psicológica Indicadores físicos da criança e doadolescente: comportamentosinfantilizados; descontrole da urina;distúrbio no sono; problemas de saúdecomo obesidade e afecções na pele etc.

Os atos mais comuns são: Rejeitar – não reconhece seu valor.

Isolar – afasta a criança e ou adolescente de experiências sociaishabituais à idade e privando-a de ter amigos.Aterrorizar – instaurar clima de medo com agressões verbais.Ignorar – não estimular o crescimento emocional e intelectual dacriança e ou adolescente.Corromper – induzir a criança e ou adolescente à prostituição ao crime e ao uso de drogas, etc. 18

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Na família Quando um pai ou parente ou responsável faz comparaçãoentre dois filhos, estimulando o comportamento de um,desqualificando e humilhando o outro.

Na rua Quando se culpa a criança e ou adolescente em potencialpor atos ilícitos sem que seja dado o direito de defesa oude manifestar-se.

Na escolaQuando o (a) professor(a) evidencia limitações de um alunoperante a turma; desqualificando-o; humilhando-o; quando um(a) professor(a), ao ser interrompido pelo aluno que pedepara explicar mais uma vez o assunto, se nega a explicar,dizendo: “limpe os ouvidos antes de vir para a escola e sequiser saber mais procure um livro e vá estudar”.

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Comportamento da criança e do adolescente violentada psicologicamente:

Timidez; agressividade; distúrbio de auto-destrutividade; problemas nosono; isolamento; baixo autoestima; abatimento profundo; tristeza; ideiase tentativas de suicídios; insegurança etc.

Comportamento da família da criança e do adolescente violentadapsicologicamente :

Rejeita; aterroriza; ignora; exige em demasia; corrompe; isola; define-acomo uma criança má diferente das outras.

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Negligência Corresponde a todos os atos de omissãocom efeitos negativos .

Indicadores físicos Crescimento deficiente fora dos padrões ; fadigaconstante; desatenção; vestimenta inadequada aoclima; necessidades básicas não atendidas(alimentação, saúde ...).

Quando o (a) professor(a) despreza um aluno em sala deaula, não lhe orientando devidamente.

Na família Quando um pai ou responsável não se preocupa com aeducação deixando a criança e ou adolescente fora da escola,não se preocupa em dar tratamento médico ao filho, etc.

Na rua Quando um adulto não toma providências para proteger umacriança visivelmente doente; crianças expostas pelosresponsáveis à situação de ,etc.

Na escola

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Faltas ou atrasos à escola ou ao médico;comportamentos infantis ou depressivos; oucomportamento amadurecido (assume responsabilidadede adulto).

Comportamento da criança e do adolescente:

Tem baixa autoestima; apresenta desleixo com ahigiene, abusa de álcool e/ou drogas; não se preocupaem resolver às necessidades de atenção da criança; éapática e passiva, não se preocupando muito com asituação da criança.

Comportamento da família:

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Alguns exemplos reais de violência:

Negação do direito à saúde

Negação o direto a vida

Deixar de vacinar a criança nos primeiros anos de vida. Negar amanter tratamento de saúde, alegando dar muito trabalho por serdemorado.

Rejeitar o filho após a gestação.

Exploração do trabalho infantil

Privar a criança do lazer e ou estudo para realizar as tarefas domésticas.

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Omissão de proteção:Família não busca assistência médica, alegando grandedistância do hospital ou falta de dinheiro para pegar um táxi.

Ameaçar o aluno, dizendo: “comigovocê não vai passar de jeitonenhum”.

Uso e abuso de poder para oprimir

Negação do direito a segurança

Os pais saem da casadeixando sozinhas criançasmuito pequenas.

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Negação do direito à educação

A família não oferece condiçãopara a criança frequentar aescola por qualquer pretexto.

Todos estes tipos de violência cometidoscontra a criança e ou adolescente sãopassíveis de punições no Código PenalBrasileiro.

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Direitos e Deveres da EscolaO art.70 do ECA evidencia que professores, servidores edirigentes de estabelecimentos de ensino, público ouparticular, têm o dever de assegurar os direitosfundamentais da população infanto-juvenil.

O ECA prevê um controle externo damanutenção do aluno na escola, para que aprópria escola não motive a exclusão.Assim, estabelece o dever dos dirigentesde comunicar as autoridades competentesos casos de reiteradas faltasinjustificadas e de evasão escolar, bemcomo a ocorrência de elevados níveis derepetência. 26

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DEVERES DOS ALUNOS

O aluno que viola as regras deconvivência pacífica, as normasdisciplinares da escola, está sujeito àspenalidades previstas em seu regimentopróprio, respeitando, evidentemente, odevido processo legal.

A criança e ou adolescente possuem seus direitos,porém também possuem deveres na forma da Lei.

Vejamos:

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Toda escola deverá possuir um regimentointerno, descrevendo a conduta do aluno e o quecaracteriza a infração disciplinar. Para tanto,cada conduta corresponderá determinadasanção proporcional à sua gravidade, baseada noECA, para ter legitimidade.

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Direitos e Deveres do ProfessorValem as mesmas observações feitas anteriormente.

Dentre os direitos fundamentais jámencionados, em se tratando darelação aluno-professor, o que maischama à atenção é o direito aorespeito e à dignidade.

O ECA assegura, em seu art.53, II, odireito do aluno de ser respeitado porseus educadores. Tal direito decorreda norma no Art. 227 da Constituiçãode sorte que nenhum aluno podesofrer castigo físico.

Evaldo- 2

Carlos- SR

André- 1

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Por outro lado, o aluno também deverespeito aos dirigentes escolares,professores e funcionários da escolae seus próprios colegas. A condutadesrespeitosa poderá configurar atoinfracional que, nos termos da lei,corresponde a crime oucontravenção penal. O adolescentefica sujeito a responder a processoe pode ser submetido à medidassócio-educativas.

Da mesma forma, a integridadepsíquica e moral é objeto deproteção legal, entendida como apreservação da imagem daidentidade, da autonomia , dosvalores, das ideias e das crenças. Oprofessor, portanto, não devedesrespeitar o aluno, submetendo-o ao vexame ou constrangimento,chamando-o de burro, retardado,dizendo que não possui a mínimacapacidade, sob pena de respondera processo criminal (art. 231 doECA).

FIQUE DE OLHO!

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O professor desrespeitado pelo aluno em sala de aula não deve travaruma discussão com o jovem, pois sua autoridade poderá se desgastar.Deve levar o fato ao conhecimento da direção do colégio, a fim defazer aplicar a punição administrativa. A depender da gravidade aindapode noticiar o ocorrido à Delegacia da Criança e do Adolescente,objetivando a instauração de processo na Vara da Infância e daJuventude, para que sejam aplicadas às medidas cabíveis.

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COMO INTERVIR DIANTE DE UMASUSPEITA DE VIOLÊNCIA CONTRA ACRIANÇA E O ADOLESCENTE

• Manter observação quanto à frequência do comportamento ou sintomasuspeito;• Não abordar a criança ou o adolescente diante dos colegas ou de outrosfuncionários;• Questionar a criança ou adolescente quanto às causas diante de umhematoma ou um comportamento incomum, por exemplo, sem falar sobreas suspeitas;• Discutir o caso com a coordenação;

• Ouvir os pais ou responsáveis, sem falar sobre as suspeitas existentes.

FIQUE DE OLHO!

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• Permanecendo a dúvida ouconfirmada a suspeita,encaminhar o caso para os órgãoscompetentes da comunidade, quedesenvolvem trabalho deproteção infância e a juventude:SOS-Criança, Conselho Tutelar:(DPCA) Delegacia de Proteção daCriança e do Adolescente;Ministério Público e Vara daInfância e da Juventude.

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II - USO DE DROGAS

Art. 81 É proibido a venda ou oferta à criança ou ao adolescente de:I – armas, munições e explosivos;

II – bebidas alcoólicas;

III – produtos cujos componentes possam causar dependência físicaou psíquica ainda que por utilização indevida;

IV – fogos de estampidos e de artifícios.

V – revistas e publicações a que alude o art. 78;

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Os primeiros contatos com as drogas têm causas diversas:curiosidade, imitação por sugestionabilidade, etc. Às vezes,tudo o que se quer é provar a droga para brincar com ela.Outras vezes, tomá-la para fazer como os outros, para nãose sentir um “frouxo”. Mas não se deve esquecer que asmotivações profundas são frequentemente a revolta contrao mundo e a família, a vontade de transgredir, de fazer oproibido, a necessidade de uma satisfação imediata.

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Induz à embriaguez, ao estado de êxtase, causamilusões e alucinações, despersonalização, viagem forado tempo com a suspensão do real cotidiano.São elas, as mais comuns : LSD, chá de cogumelo.

Alucinações, delírios, confusão mental e dificuldadede raciocínio. Risos e choros, atitudes impulsivas eirracionais. Calafrios, tremores, sudorese, linguagemincoerente, pupila dilatada, reações de pânico comsensação de deformação no corpo e nos objetos.

As drogas mágicas

Como identificar os sintomas mais comuns:

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Diminui a fadiga, aumenta a energia e ofereceatividade, a excitação eufórica. São ela as maiscomuns: cocaína seus derivados, a merla e o crack.

Excitação, aumento de atividades, agressividade,ideias delirantes com suspeita de tudo e de todos,(paranoia) palidez acentuada e dilatação da pupila,além do septo nasal perfurado e com pequenashemorragias. Este tipo de droga apresenta emforma de pó branco cristalino e é utilizado comobjetos metálicos, tipo caixinha de rapé, CDs,pequenos tubos metálicos, canetas ouesferográficas sem carga.

A droga psicoestimulantes

Como identificar os sintomas mais comuns:

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As drogas redutora do estado de tensão ou de sofrimentoTraz um estado de tranquilidade e de beatitude, grau de euforiavariável, esquecimento e sono.

São ela as mais comuns: ópio, opiáceos, a morfina, esucedâneos sintéticos, a heroína etc.Os hipnóticos barbitúrios e não-barbitúrios, os analgésicos,os tranquilizantes e, evidentemente, o álcool.

Como identificar os sintomas mais comuns:

Estupor, analgesia, lacrimejamento, coriza, “pupila emcabeça de alfinete”, sonolência.Apresenta-se na forma de pós brancos cristalinos ouescuros. São usadas ampolas, frascos de xarope, seringashipodérmicas e acessórios, agulhas, manchas, feridas eabcessos no corpo, dedo queimados. 38

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Outras drogas muito utilizadas e seu sintomas e forma de uso.

Maconha, marijuana e haxixe.

Tagarelice, risadas ou depressão e sonolência. Aumento de apetite(doces) olhos vermelhos, alucinações, distúrbios na percepção dotempo e do espaço.

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Barbitúricos e tranquilizantes

Sintoma:

Sonolência, apatia, indiferença motoraaparência de ébrio, “língua enrolada”,depressão. Embriaguez, sem hábito deálcool, falta de força muscular, presençade comprimidos ou drágeas de diversascores.

Estimulantes, anfetaminas ou bolinhas e moderadores de apetite.

Sintoma:

Inquietação, excitabilidade, tagareliceconstante, confusão mental, falta de apetitecom emagrecimento, insônia, condutaagressiva, boca seca com irritação dasnarinas (secas), alucinações e dilatação daspupilas e hábito de fumar cigarrosconstantemente, inquietação motora. 40

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Solventes volátil, cola de sapateiro ou aeromodelismo, lançaperfume, fluídos de limpeza, éter, clorofórmio, benzina,aerossóis, sprays diluentes de tintas, etc.

Sintoma:

Aparência de ébrio, excitação, hilariante,linguagem enrolada, perda de equilíbrio,olhos vermelhos, nariz escorrendo(constipado), sonolência, inconsciência.Tipos de utilização:Em latas ou bisnagas de cola, frascos delança perfume, restos de sólidos/nódoasem panos ou lenços, sacos de plástico.

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“Droga lícita” Álcool

Etanol (cerveja, vinho, cachaça, uísqueconhaque, etc). Tem alto potencial dedependência física e psicológica.

Tabaco

Cigarro e charuto (nicotina).Tem alto potencial de dependênciapsicológica e moderada paradependência física.

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COMPORTAMENTO TÍPICO DO USUARIO DE DROGAS DENTRO DA UNIDADE ESCOLAR

• Queda do rendimento escolar;• Falta de atenção na sala de aula (como se estivesse só de corpo presente);

• Desqualificação do professor, dos colegas e dos agentes públicos;

• Agressividade (palavras de baixo calão, irritabilidade, desafio à autoridade);• Atrasos frequentes em todas as aulas ou em algumas delas, principalmente no primeiro horário e após o recreio;• Inquietude (mexe-se o tempo todo, conversa muito, solta risosimotivados);

• Mudança no comportamento e nos relacionamento (grupos de amigos).

• Passividade – apatia;

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VIOLÊNCIA PRATICADA PELA CRIANÇA E PELOADOLESCENTE PASSÍVEL DE PUNIÇÃO

A criança e o adolescente não cometem crime, e sim Ato Infracional.

Atos infracionais mais comuns:

Apologia ao Crime

Art. 287. Fazer, publicamente de fato criminoso ou de autor de crime.

Art. 147. Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave:

Ameaça

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Atentado ao PudorArt. 214. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, apraticar ou permitir que com ele se pratique ato libidinoso diverso daconjunção carnal:

Crime Contra a Honra

Art. 138. Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definidocomo crime.

Calúnia

Difamação

Art.139. Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação:

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InjúriaArt. 140. Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro.

Art. 163. Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia.

Dano

EstuproArt. 213. Constranger mulher à conjunção carnal, mediante violência ou grave ameaça.

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Art. 132. Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente.

Exposição ao perigo

IncêndioArt. 250. Causar incêndio, expondo a perigo a vida, a

integridade física ou a patrimônio de outrem.

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Art. 251. Expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, mediante explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de dinamite ou de substância de efeitos análogo.

Explosão

HomicídioArt. 121. Matar alguém:

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Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem.

Art. 19. Trazer consigo arma fora de casa ou de dependência desta, sem licença.

Lesão corporal

Porte de arma e uso de artefatos explosivos

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Art. 16. Adquirir, guardar ou trazer consigo,para uso próprio, substância entorpecente ouque determine dependência física oupsíquica, sem autorização ou em desacordocom determinação legal ou regulamenta.

Art. 157. Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência à pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzindo à impossibilidade de resistência.

Porte de droga

Roubo

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Art. 12. Importar ou exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar,adquirir, vender, expor à venda ou oferecer, fornecer ainda quegratuitamente, ter em depósito, transportar, trazer, consigo, guardar,prescrever, ministrar ou entregar, de qualquer forma, a consumosubstância entorpecente ou que determine dependência física oupsíquica, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ouregulamentar.

Art. 217. Seduzir mulher virgem, menor de 18 anos e maior de 14 anos, eter com ela conjunção carnal, aproveitando-se de sua inexperiência oujustificável confiança.

Sedução

Tráfico de drogas

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Art. 61. importunar alguém, em lugar público ou acessível ao público,de modo ofensivo ao pudor.

Lei de contravenção Penais

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MEDIDAS PROTETIVAS PARA ATO INFRACIONAL COMETIDO POR CRIANÇA E

ADOLESCENTEQuando o ato ilícito for praticado por uma criança ou adolescente E.C.A. determina a aplicação de medidas protetivas como:

- Encaminhamento aos pais ou responsáveis;- Orientação, apoio e acompanhamento temporários;

- Matrícula e frequência obrigatória em estabelecimento de ensino;

- Inclusão em programas comunitários ou oficiais de auxílio à família, à criança e ao adolescente;- Inclusão em programa comunitário ou oficial de auxílio, orientação e tratamento à alcoólatras e toxicômanos;

ECA

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Medidas socioeducativasO E.C.A. prevê aplicação de medidas socioeducativas para o adolescente

autor de ato infracional. Trata-se de atuações mais rigorosas,diretamente dirigidas ao adolescente e à sua família. Qualquer dasmedidas de proteção já referidas pode ser aplicada de formacumulativa.

As medidas socioeducativas deverão ser sedimentadas empedagogicamente. Em nenhum momento pode-se perder devista a sua natureza educativa, no sentido de buscar areintegração familiar e comunitária para o jovem que cometeuo delito, de acordo com a gravidade do fato.

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As medidas socioeducativas estão previstas nos incisos I e VI, do artigo 112, do E.C.A. São os seguintes:-Advertência

Repreensão verbal do adolescente infrator, aplicada pelo Juiz da Infância e da Juventude, na presença de seus responsáveis;

- Obrigação de reparação do dano Obriga o adolescente ou sua família reparar o dano causado à vítima. - Prestação de serviços à comunidadeConsiste na imposição de obrigação de prestar serviços laborais (físicosou intelectuais) pedagogicamente orientada. Objetiva conscientizar oadolescente da importância do trabalho e do seu papel na sociedade.Destina-se, especialmente, aos jovens com núcleo familiar estabilizadosocial e economicamente, cuja família possa arcar com sua permanênciaem atividade laboral gratuita. 55

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Outros tipos de medidas que somente são aplicáveis atavés da Delegacia da Criança e do Adolescente e Conselho Tutelar:

- Liberdade assistida

Consiste no acompanhamento, auxílio e orientação do adolescente emconflito com a lei.Tem caráter educativo e preventivo porexcelência, devendo ser fixada pelo prazo máximo de seis meses.Sujeita-se a prorrogação, revogação e substituição por outra medida.A medida é executada pelo orientador, pessoa capacitada edesignada pelo Juiz de Direito para acompanhar o caso, indicada porentidade ou por programa de atendimento. Essa medida ésupervisionada pela autoridade competente.

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Semiliberdade (pena restritiva da liberdade)

Consiste na permanência do adolescente infrator emestabelecimento próprio, onde pernoitará e exercerá outrasatividades de cunho educativo e social, com a possibilidade derealização de atividades externas, sendo obrigatórias aescolarização e profissionalização. A medida tem característicade privação de liberdade, porquanto retira o jovem do ambientefamiliar, inserindo-o em unidade especial.

- Internação por tempo indeterminado (pena restritiva da liberdade)

Consiste na internação do jovem infrator em unidade dereeducação, com cerceamento total de sua liberdade de ir e vir.

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Na prática, o adolescente que fica recluso em uma unidade de internação. A medida deve ser orientada pelos seguintes princípios legais:

seu tempo é determinado na sentença judicial, sua manutenção deverá ser reavaliada a cada seis meses e jamais excederá a três anos; (art. 121 do E.C.A.)

será aplicada em último caso e nas hipóteses de atoinfracional de violência ou grave ameaça à pessoa,reiteração na prática de infrações graves edescumprimento injustificado e reiterado de medidasocioeducativa aplicada anteriormente; (art. 121 do E.C.A.)

Respeito à condição peculiar da pessoa em desenvolvimentoAo Estado compete pela integridade física e moral do infrator, adotando as medidas apropriadas de contenção e segurança.

Brevidade

Excepcionalidade

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OS GRANDES GANHOS DO ECA• Redução da mortalidade infantil, sobretudo no

Nordeste;• 97% das crianças com acesso ao ensino fundamental;• Redução do número de crianças no trabalho infantil;• Redução do número de crianças que não têm Registro

de Nascimento;• Programas como o Bolsa Família e Agente Jovem que

colocam a educação e a saúde das criança no centrodas atenções.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS• Nossa missão é nos unir a todos que já

trabalham pelos direitos das crianças eadolescentes, e ajudar a mobilizar mais gente.Só assim, poderemos ter um mundo maisjusto, menos violento e melhor para todas ascrianças e adolescentes.

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