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SECRETARIA ADJUNTA DA RECEITA PÚBLICA
ANÁLISE DA RECEITA PÚBLICA - 2012 1º Bim (jan-fev)
Cuiabá – Abril - 2012
SILVAL BARBOSA Governador do Estado de Mato Grosso
EDMILSON JOSÉ DOS SANTOS Secretário de Estado de Fazenda de Mato Grosso
BENEDITO NERY GUARIM STROBREL Secretário Adjunto Executivo do Núcleo Fazendário - SENF
AVANETH ALMEIDA DAS NEVES Secretária Adjunta do Tesouro Estadual – SATE
MARCEL SOUZA DE CURSI Secretário Adjunto da Receita Pública - SARP
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
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Sumário
Resumo executivo - receita pública ................................................................................................ 7 Aspectos legais ............................................................................................................................. 16 Aspectos metodológicos ............................................................................................................... 17 Códigos das Atividades Econômicas (CNAE´s) .......................................................................... 20
Comportamento da receita tributária ............................................................................................ 24 Gráficos ........................................................................................................................................ 24 Tabelas .......................................................................................................................................... 29 Eficácia Tributária – 2011 ............................................................................................................ 32 Analise do Inconverso .................................................................................................................. 34
Resumos ....................................................................................................................................... 37 Arrecadação de ICMS com Valores Nominais e Corrigidos ........................................................ 40 Modelo econométrico de previsão da arrecadação de ICMS ....................................................... 58
ICMS per capita ............................................................................................................................ 61 Ranking Carga ICMS por Unidade da Federação ........................................................................ 63 Transferências Constitucionais per capita .................................................................................... 67
Transferências Constitucionais e Legais - CIDE .......................................................................... 69 Transferências Voluntárias. .......................................................................................................... 71 Multas, juros e dívida ativa........................................................................................................... 72
Créditos tributários “sub judice”. ................................................................................................. 73 Valores transferidos a fundos. ...................................................................................................... 76
PTA da receita pública – 2008 - 2011 .......................................................................................... 77 Sítios consultados pela Secretaria de Fazenda ............................................................................. 93
Anexos.............................................................................................................................89
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EQUIPE DA SECRETARIA ADJUNTA DA RECEITA PÚBLICA - SARP
SECRETÁRIO ADJUNTO DA RECEITA PÚBLICA Marcel Souza de Cursi - Fiscal de Tributos Estaduais
UNIDADE TÉCNICA DE NEGÓCIO DA RECEITA PÚBLICA - UNRP
Nardele Pires Rotherbarth – Fiscal de Tributos Estaduais/Assessor
Marly Aparecida Tavares Pauletti - Agente de Tributos Estaduais
Maira Cristina de Santana Alves – Fiscal de Tributos Estaduais
Paulo César da Silva - Técnico em Processamento
UNIDADE DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA - UPEA
Jonil Vital de Souza – Agente de Tributos Estaduais/Assessor
Eliézer Pereira da Silva - Técnico da Área Instrumental do Governo
Elizeu Gomes de Souza - Técnico da Área Instrumental do Governo
Greice Caroline Guerro - Técnica da Área Instrumental do Governo
Jacildo Souza – Agente de Tributos Estaduais
Emanuel Jesus Daubian Costa – Fiscal de Tributos Estaduais
Luiz Gonçalo Pereira Ormond – Agente de Tributos Estaduais
Paulo Cezar de Souza – Gestor Governamental
Reinhard Ramminger – Gestor Governamental
Valéria Isaac Marques - Técnica da Área Instrumental do Governo
Valdi Simão de Lima - Fiscal de Tributos Estaduais
UNIDADE DE RELAÇÕES FEDERATIVAS FISCAIS - URFF
Lucymar Regina Padoan S.Froés – Agente de Tributos Estaduais
Iara Xavier – Fiscal de Tributos Estaduais
Lucas Elmo Pimentel Filho – Fiscal de Tributos Estaduais
Polyanna Maria de Alcântara Ribeiro Lima – Fiscal de Tributos Estaduais
Thelniza Vieira de Araújo – Agente de Administração Fazendária
Zilanda Sorai de Oliveira – Agente da Área Instrumental do Governo
UNIDADE EXECUTIVA DA RECEITA PÚBLICA - UERP
Alexandre Paulino Monea – Fiscal de Tributos Estaduais
Carlos Henry Dantas de Souza – Fiscal de Tributos Estaduais
Janete Sichoski Ferro – Fiscal de Tributos Estaduais
José Ortega – Fiscal de Tributos Estaduais
Paulo da Silva Nardes – Técnico da Área Instrumental do Governo
Halex Maciel Silva Vieira – Agente de Tributos Estaduais
UNIDADE DE POLÍTICA E TRIBUTAÇÃO - UPTR
Jorge Luiz da Silva – Fiscal de Tributos Estaduais
Carlos Alberto Eitaró Oshiro – Agente de Tributos Estaduais
Edgar Dias Correa – Fiscal de Tributos Estaduais
José Humberto Oliveira de Holanda – Agente de Tributos Estaduais
Moisés de Campos Ferreira – Técnico da Área Instrumental do Governo
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Tayná Jully Ferreira Costa – Estagiária
UNIDADE DE INTEGRAÇÃO DE SISTEMAS DO NEGÓCIO – UISN
Luciney Martins de Almeida Moreira – Fiscal de Tributos Estaduais
José Serra Neto - Fiscal de Tributos Estaduais
Carlos Alberto Eitaró Oshiro - Agente de Tributos Estaduais
Nadir Sumie Yoshida Minakami - Fiscal de Tributos Estaduais
Luciana Martins Dornas - Agente de Tributos Estaduais
PRÓ-FISCO César Henrique Ruivo Gatti – Agente de Tributos Estaduais
Edson Fontana de Oliveira - Fiscal de Tributos Estaduais
APOIO DIRETO AO GABINETE Valéria Cristina Cunha Cintra – Assistente Técnica
Maria Alves da Silva – Agente da Área Instrumental do Governo
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APRESENTAÇÃO
O presente trabalho avalia o comportamento da receita pública do Estado de
Mato Grosso no primeiro bimestre/2012, cumprindo assim o dispositivo do Art. 12 da
Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Parte do conteúdo deste documento compara as
receitas efetivamente ingressadas no erário estadual com os montantes de receitas que
foram previstas pela Secretaria de Estado de Fazenda.
Art. 12 As previsões de receita observarão as normas
técnicas e legais, considerarão os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas (LRF, 2000)
As análises da receita visam prevenir riscos futuros, além de permitirem
correções de eventuais desvios das metas legais e econômicas. Desse modo, o esforço
em antecipar as distorções das metas pode ser corrigido em tempo como tentativa de
evitar desequilíbrios das contas públicas.
Uma visão geral de receita como a elaborada neste documento é uma tentativa
de sintetizar informações e evidenciá-las a todos os gestores, possibilitando a estes o
cumprimento da gestão fiscal (acompanhamento e avaliação permanente através de
análises, estudos e diagnósticos da receita) como estabelecido no Art. 67 da LRF, inc.4.
Ao auferir resultados obtidos referentes ao ano anterior pretende-se motivar
todos os gestores públicos a realizarem as receitas cabíveis ao Estado de Mato Grosso
de acordo com os princípios tributários e com o potencial da economia.
Procurou-se identificar o potencial de algumas das Receitas Tributárias e suas
componentes (IRRF, IPVA, ITCD, ICMS e TAXAS) como também, o FETHAB que,
no presente trabalho foram denominadas “receitas analisadas”.
A distância entre a receita realizada e a analisada representa possibilidades de o
Estado avançar na arrecadação sem aumentar alíquotas dos tributos de sua competência.
A diferença entre a arrecadação realizada e a analisada representa também um desafio
para os respectivos gestores dessas contas (IRRF, IPVA, ITCD, ICMS e TAXAS).
Procura-se, assim, contribuir tanto para o aperfeiçoamento das atividades fiscais como
melhorar os mecanismos ou processos para a operacionalização das receitas.
MARCEL SOUZA DE CURSI
Secretário Adjunto da Receita Pública
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RESUMO EXECUTIVO - RECEITA PÚBLICA
Tabela 1 – Código, Especificação e Comparação entre
Receita Prevista e Realizada no 1º Bim/2012.
A tabela 1 ressalta o peso de três contas na composição da receita. As receitas
Tributárias, de Contribuições e Transferências Correntes responderam no 1º
Bimestre/2012 por 85,38 % de toda a receita estadual.
Receita Patrimonial
A receita patrimonial foi de R$ 11,24 milhões, destacando-se neste grupo as
receitas de valores mobiliários, remuneração de depósitos bancários e outras receitas de
valores mobiliários.
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RECEITA AGROPECUÁRIA
A receita Agropecuária no período foi de apenas R$ 18,28 mil reais,
possuindo pouca representatividade do total das receitas correntes, participando com
apenas 0,001 % do total. As receitas que compõem este grupo são: Receita da produção
animal e derivados e Outras receitas agropecuárias.
RECEITA INDUSTRIAL
A receita Industrial foi de R$ 351,38 mil reais, sendo composta
basicamente pela receita da industria de transformação.
RECEITA DE SERVIÇOS
A receita de Serviços foi de 57,23 milhões, representando 3,14 % do
total das Receitas Correntes. Dentre as receitas deste grupo destacam-se os serviços
relativos ao trânsito, saúde e agropecuários.
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Tabela 2 - Especificação da Receita Prevista, Realizada e
Participação Percentual das Receitas no 1º Bimestre/2012 (em
milhões de reais).
A Receita Pública Total realizada no 1º Bim/2012 foi de R$ 1,963 bilhões,
ficando 10,5% abaixo da prevista na LOA, fato este que pode ser explicado pela pouca
realização da receita de capital no período, haja vista que algumas operações de crédito
previstas na LOA serão liberadas durante o decorrer do exercício.
A tabela 2 permite verificar que pelo potencial (analisada), a receita pública
total, poderia ter alcançado R$ 2,35 bilhões no período, ou seja, 7,3 % acima da
prevista.
A tabela mostra que as receitas tributárias realizadas no período obtiveram um
valor acima do projetado na LOA em 9,1 %.
TAXAS Quanto às taxas (Segurança Pública, Serviços Estaduais e Judiciárias),
estimou-se na LOA um montante para o período de R$ 13,76 milhões, no entanto, o
valor realizado foi de R$ 15,51 milhões, ou seja, 12,7 % superior ao previsto.
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IPVA
A previsão de arrecadação do IPVA para o período foi de R$ 51,91 milhões,
sendo realizado R$ 68,4 milhões, ficando 31,8% acima do previsto. Analisando o
comportamento desta receita no período, concluiu-se que o valor poderia ter sido de R$
70,31 milhões, ou seja o inconverso foi de aproximadamente R$ 2 milhões.
ICMS
O valor do ICMS projetado na LOA para o período foi de R$ 792,25 milhões,
sendo realizado R$ 851,18 milhões, portanto 7,4 % superior ao previsto, em valores
nominais.
Imposto sobre transmissão Causa Mortis ou Doação de Bens e Direitos
(ITCD)
Houve uma significativa melhoria nos índices de recolhimento do ITCD,
especialmente devido à ação fazendária de vistoria de imóveis sujeitos ao fato gerador.
Anteriormente, o ITCD era recolhido tendo como base o valor cadastral informado
pelas prefeituras e nem sempre esses imóveis tinham seus preços regularmente
atualizados. Agora, há um esforço para recolher o ITCD com base numa avaliação do
imóvel feita por servidor fazendário, o que permitiu uma arrecadação de R$ 7,54
milhões, contra uma previsão de R$ 2,46 milhões, incremento de 206,1 %.
Transferências Correntes (Constitucionais e Legais) Estava prevista uma receita de R$ 539,73 milhões de transferências correntes
para o período, no entanto, a realização foi de R$ 523,99 milhões, ficando 2,9% abaixo
do valor orçado.
Multas e juros
Os valores efetivamente recebidos a título de Multas e Juros ficaram abaixo do
valor orçado em 17%, totalizando 22,19 milhões ante os R$ 26,74 milhões previstos na
LOA.
Receita da Dívida Ativa A Receita orçada da Dívida Ativa para o período foi de R$ 9,39 milhões,
realizando-se R$ 6,76 milhões, portanto, 28% acima do previsto.
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RECEITAS DE CAPITAL
As receitas de capital apresentaram um resultado inferior em relação ao
estimado na LOA para o período, ou seja, estava prevista uma receita de R$ 324,32
milhões, realizando-se, apenas, R$ 10,14 milhões.
Salientamos que este comportamento pode ser explicado pelo fato de existirem
Operações de Crédito em andamento, principal componente de receita deste grupo, que
só serão liberadas no decorrer do exercício.
Tabela 3 - Arrecadação ICMS, Nominal e Corrigido, para o Período entre 2003
a 2012 (em Milhões de Reais)
Observando-se o valor do ICMS, no intervalo de nove anos (2003 – 2012 ),
verificamos uma variação nominal de 156 % e corrigida de 50 % na arrecadação do
referido tributo.
Comparando-se em termos nominais os valores arrecadados no 1º Bim/2012
com os do mesmo período do ano anterior, observa-se uma variação positiva de 21,4%.
Já em termos reais houve variação positiva de 16,01%.
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Tabela 4 – Tributos (ICMS, IRRF, IPVA, ITCD e Taxas), Valores
Projetados na Lei Orçamentária Anual (LOA) e a Receita Realizada 1º Bim/2012.
Os dados mostram que o montante de arrecadação da receita tributária ficou
9,1% acima das projeções iniciais, resultando uma receita superior à prevista em 83,9
milhões de reais.
A análise do efetivo comportamento da economia no período indica que essa
arrecadação poderia ter sido 5,9 % (R$ 58,8 milhões) maior do que a realizada, o que
indica que há espaço para incremento da receita tributária.
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Tabela 5 - Análise da Receita Projetada e Analisada obtida com o IPVA no
1º Bim/2012.
O valor do IPVA previsto na LOA para o 1º Bim/2012 foi de R$ 51,91
milhões, no entanto foi realizado a importância de R$ 68,4 milhões, ou 31,8% acima,
todavia analisando o potencial dessa receita, estima-se que poderia ter alcançado o valor
de 70,31 milhões, portanto aproximadamente 2 milhões acima do arrecadado.
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Tabela 6 - Transferências Correntes – 1º Bim/2012.
A tabela acima demonstra as Transferências Correntes para o Estado de Mato
Grosso no 1º Bim/2012. Há que se destacar como positivos as Transferências de: FPE;
IOF-Ouro; Transf.Comp.Financ; Transf.do FNAS; Cota Parte Conc.Prognósticos;
Transf.Fundeb – Negativos: IPI-LC 61/89; CIDE; Tansf.Rec.Sus;
Transf.Rec.Fund.Nac.Des.Educ; Contr.Inativos e Pension; FEX; Transf.do Estado
(Enc.Inat.MS); Transf.Convênios.
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Tabela 7 – Receita potencial, Inconverso, FETHAB efetivo e índice de Inconverso
para soja, gado, diesel, algodão, e madeira. Valores realizados no 1º Bim/2012.
Observa-se para o período uma receita potencial de R$ 93,31 milhões para o
Fundo Estadual de Transporte e Habitação (FETHAB). A receita realizada foi de R$
77,83 milhões, sendo destinados R$ 25,89 milhões para a SECOPA, para fomentar
obras de infra-estrutura visando à Copa do Mundo de 2014. Quando comparamos o
valor efetivo com o valor potencial, em princípio, poderíamos presumir que as bases
econômicas sob as quais incide a contribuição para o Fundo (Soja, Gado, Diesel,
Algodão e Madeira) poderiam gerar um montante de FETHAB total superior em
19,88%.
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ASPECTOS LEGAIS E METODOLÓGICOS
ASPECTOS LEGAIS
1. DISPOSIÇÕES LEGAIS
Lei de Responsabilidade Fiscal – LC 101/2000
A Lei de Responsabilidade Fiscal determina a realização, a cada dois meses, de
uma avaliação de desempenho da receita.
Uma das vantagens dessa análise é que ela propicia um contexto mais amplo
das causas que estão influenciando o comportamento das receitas. Naturalmente que a
observação das causas permite correção de rumos. Entre as mudanças possíveis,
destaca-se a atuação do aparelho fiscal movido pela necessidade de desdobramento e
cumprimento de metas bimestrais de receitas.
O acompanhamento da arrecadação visa garantir as metas estabelecidas na Lei
de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
Art. 12. As previsões de receita observarão as normas
técnicas e legais, considerarão os efeitos das alterações na legislação,
da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de
qualquer outro fator relevante e serão acompanhadas de
demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da projeção
para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de
cálculo e premissas utilizadas.
Art. 13. No prazo previsto no art. 8º, as receitas previstas
serão desdobradas, pelo Poder Executivo, em metas bimestrais de
arrecadação, com a especificação, em separado, quando cabível, das
medidas de combate à evasão e à sonegação, da quantidade e valores
de ações ajuizadas para cobrança da dívida ativa, bem como da
evolução do montante dos créditos tributários passíveis de cobrança
administrativa.
Art. 8º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos,
nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias, o Poder
Executivo estabelecerá a programação financeira e o cronograma de
execução mensal de desembolso.
Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a
realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas
de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas
Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato
próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias subseqüentes,
limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os
critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.
§ 1º No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda
que parcial, a recomposição das dotações cujos empenhos foram
limitados dar-se-á de forma proporcional às reduções efetivadas.
§ 2º Não serão objeto de limitação as despesas que
constituam obrigações constitucionais e legais do ente, inclusive
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aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, e as
ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias.
§ 3º No caso de o Poder Legislativo e Judiciário e o
Ministério Público não promoverem a limitação no prazo
estabelecido no caput, é o Poder Executivo autorizado a limitar os
valores financeiros segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes
orçamentárias.
§ 4º Até o final dos meses de maio, setembro e fevereiro, o
Poder Executivo demonstrará e avaliará o cumprimento das metas
fiscais de cada quadrimestre, em audiência pública na comissão
referida no § 1º do art. 166 da Constituição ou equivalente nas Casas
Legislativas estaduais e municipais.
(Constituição Federal, art. 166, § 1º... Comissão
permanente de Senadores e Deputados).
A LRF prevê também a prestação de contas periódicas à sociedade das
realizações do Poder Executivo no campo tributário. Trata-se da divulgação do seu
programa de melhoria da arrecadação e de sua política tributária.
Conforme se interpreta o Art. 12 da LRF, caso a receita própria venha mostrar-
se declinante, o Estado poderá:
Adotar medidas para atualização do cadastro de contribuintes;
Focar o aparelho fiscalização para evitar sonegação de tributos;
Rever as isenções concedidas;
Adequar taxas ao custo real dos serviços e outras medidas.
Decidir sobre outras ações recuperadoras de créditos.
Nesse sentido, a LRF estabelece: Art. 58. A prestação de contas evidenciará o desempenho
da arrecadação em relação à previsão, destacando as providências
adotadas no âmbito da fiscalização das receitas e combate à
sonegação, as ações de recuperação de créditos nas instâncias
administrativa e judicial, bem como as demais medidas para
incremento das receitas tributárias e de contribuições.
ASPECTOS METODOLÓGICOS
METODOLOGIA
Projeção da Receita do ICMS
A metodologia de estimativa da receita de ICMS adotada pela SEFAZ/MT, em
março de 2001, considerou a dinâmica macroeconômica atual e futura da base produtiva
do Estado, ao invés da tendência histórica de comportamento da receita. O acelerado
processo de crescimento e transformação produtiva da economia local, a partir da
segunda metade da década de 90, motivou essa decisão. Entendeu-se que o ritmo e a
trajetória do ICMS de hoje não guardava aderência com o verificado nos últimos 10
anos.
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Assim, a previsão de receita de ICMS deu-se a partir de informações sobre o
potencial de consumo e de estimativas do comportamento do PIB setorial, em
agrupamentos denominados SEGMENTOS.
Esse agrupamento poderia ser feito sob a ótica do produto ou da sua cadeia
produtiva. Optou-se pelo agrupamento da cadeia produtiva, pois tal procedimento
guarda sintonia com a abordagem adotada pelo Governo do Estado em sua Política de
Desenvolvimento Regional. Além disso, essa estruturação contribui para a padronização
do Sistema de Administração Tributária, em consonância com o modelo de gestão da
SEFAZ/MT e permite maior eficácia na projeção e acompanhamento da receita. Permite
ainda mensurar e avaliar o efeito multiplicador da renda e de tributos decorrentes da
produção.
Apesar desse entendimento, não foi possível enquadrar todos os Segmentos no
conceito de cadeia produtiva, de modo que alguns ainda permanecem sob a ótica do
produto. Adotou-se, portanto, o conceito misto, conforme demonstrado na tabela 8.
Tabela 8 - Segmentos da Economia Mato-Grossense e seu
Respectivo Conceito Misto (sob a Ótica de Cadeia Produtiva e da
Ótica de Produto)
SEGMENTO
CONCEITO MISTO
1. Algodão Produção, Indústria, Comercialização
2. Arroz Produção, Indústria, Comercialização (exclusive comercialização alcançada por outros segmentos)
3. Atacado Exclusive mercadorias contempladas nos segmentos
4. Bebidas Indústria, Distribuição e Comercialização
5. Combustíveis
Diesel, Álcool, Gasolina, GLP, GNV, Querosene
6. Comunicação
Telefonia, Rádio Difusão, TV, TV a Cabo, Correios, Internet
7. Energia Elétrica
Consumo
8. Madeira Extração, Beneficiamento, Indústria Moveleira
9. Medicamentos
Distribuidores e Farmácia
10. Pecuária
Produção, Indústria, Exportação, Comercialização (inclusive frigoríficos, casas de carnes, etc)
11. Soja Produção, Indústria, Exportação e Comercialização Mercado Interno
12. Supermercados
Hiper, Super, Produtos Alimentícios, bebidas, fumos, outros (inclusive substituição tributária)
13. Transportes
Aéreo, rodoviário de cargas e passageiros, ferroviário, fluvial
14. Varejo Exclusive mercadorias contempladas nos segmentos e inclusive substituição tributária
15. Veículos
Automóveis, Motos, Ônibus, Caminhões, Auto-Peças, Pneus e Acessórios
16. Outros Outras receitas de ICMS (inclusive outros produtos agrícolas não alcançados pelos segmentos)
Os critérios para definir produto ou cadeia produtiva como Segmento foram
sua representatividade na receita tributária e/ou na economia do Estado, de modo que o
conjunto dos Segmentos representasse, no mínimo, 90% da arrecadação total.
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Para os diversos PIBs setoriais – PIB dos Segmentos - adotou-se a hipótese de
elasticidade unitária PIB - receita tributária, ou seja, para cada ponto de
crescimento/redução no PIB registra-se um incremento/queda de um ponto na receita de
ICMS.
Como Proxy do PIB considerou-se a estimativa do faturamento de cada
Segmento, com base em informações sobre a demanda local, obtida a partir de
indicadores de consumo per capta e do volume de produção do Segmento. Essa
informação permitiu identificar a capacidade contributiva potencial dos agentes
econômicos.
O ICMS potencial, obtido a partir da aplicação da alíquota média do ICMS do
segmento no valor do faturamento, refere-se ao valor da arrecadação em uma situação
ideal (ausência de externalidades na gestão tributária, tais como, renúncia,
inadimplência, medidas judiciais que anulem a obrigação tributária, contencioso
administrativo e sonegação).
A renúncia por segmento foi calculada a partir de levantamento das concessões
de incentivos fiscais isolados (redução de base de cálculo, crédito presumido, crédito
outorgado, isenção, diferimento) e de programas de incentivos fiscais.
O ICMS potencial menos a renuncia, o aproveitamento de crédito é igual ao
ICMS efetivo. O Inconverso por sua vez é composto de quatro variáveis: contencioso
administrativo, contencioso judicial, conta corrente ou inadimplência e um valor
residual configurado como fraude (ver ilustração 1).
ICMS efetivo é obtido com base no registro das receitas recolhidas ao erário.
Essa metodologia permitiu identificar um importante indicador de desempenho da
receita pública, que é o de eficácia tributária, o qual estabelece uma relação entre a
receita efetiva e receita potencial, revelando o espaço ainda existente para avançar em
termos de arrecadação.
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Códigos das Atividades Econômicas (CNAE´s)
Segmento: Algodão
CNAES Descrição
1321-9/00 Tecelagem de fios de algodão
1311-1/00 Preparação e fiação de fibras de algodão
0112-1/01 Cultivo de algodão herbáceo
4623-1/03 Comércio atacadista de algodão
Segmento: Arroz
1061-9/02 Fabricação de produtos do arroz
0111-3/01 Cultivo de arroz
4632-0/01 Comércio atacadista de cereais e leguminosas beneficiados
1061-9/01 Beneficiamento de arroz
Segmento: Atacado
0114-8/00 a 1749-4/00
2011-8/00 a 2829-1/01
3050-4/00 a 3329-5/99
4623-1/04 a 4693-1/00
Com 212 atividades
Segmento: Bebidas
1112-7/00 Fabricação de vinho
1033-3/02 Fabricação de sucos de frutas, hortaliças e legumes, exceto concentrados
1033-3/01 Fabricação de sucos concentrados de frutas, hortaliças e legumes
1122-4/01 Fabricação de refrigerantes
1122-4/03 Fabricação de refrescos, xaropes e pós para refrescos, exceto refrescos de frutas
1122-4/99 Fabricação de outras bebidas não-alcoólicas não especificadas anteriormente
1111-9/02 Fabricação de outras aguardentes e bebidas destiladas
1113-5/01 Fabricação de malte, inclusive malte uísque
1122-4/02 Fabricação de chá mate e outros chás prontos para consumo
1113-5/02 Fabricação de cervejas e chopes
1121-6/00 Fabricação de águas envasadas
1111-9/01 Fabricação de aguardente de cana-de-açúcar
4723-7/00 Comércio varejista de bebidas
4635-4/02 Comércio atacadista de cerveja, chope e refrigerante
4635-4/99 Comércio atacadista de bebidas não especificadas anteriormente
4635-4/03 Comércio atacadista de bebidas com atividade de fracionamento e acondicionamento associada
4635-4/01 Comércio atacadista de água mineral
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Segmento Bebidas
3520-4/01 Produção de gás; processamento de gás natural
1922-5/01 Formulação de combustíveis
2021-5/00 Fabricação de produtos petroquímicos básicos
1921-7/00 Fabricação de produtos do refino de petróleo
2099-1/99 Fabricação de outros produtos químicos não especificados anteriormente
1922-5/99 Fabricação de outros produtos derivados do petróleo, exceto produtos do refino
1931-4/00 Fabricação de álcool
0600-0/02 Extração e beneficiamento de xisto
0600-0/03 Extração e beneficiamento de areias betuminosas
0600-0/01 Extração de petróleo e gás natural
3520-4/02 Distribuição de combustíveis gasosos por redes urbanas
1910-1/00 Coquerias
4732-6/00 Comércio varejista de lubrificantes
4784-9/00 Comércio varejista de gás liqüefeito de petróleo (GLP)
4731-8/00 Comércio varejista de combustíveis para veículos automotores
4681-8/05 Comércio atacadista de lubrificantes
4682-6/00 Comércio atacadista de gás liqüefeito de petróleo (GLP)
4681-8/02 Comércio atacadista de combustíveis realizado por transportador retalhista (TRR)
4681-8/03 Comércio atacadista de combustíveis de origem vegetal, exceto álcool carburante
4681-8/04 Comércio atacadista de combustíveis de origem mineral em bruto
4681-8/01 Comércio atacadista de álcool carburante, biodiesel, gasolina e demais derivados de petróleo, exceto lubrificantes, não realizado por transportador retalhista (TRR)
0500-3/02 Beneficiamento de carvão mineral
Segmento: Comunicação
6120-5/01 Telefonia móvel celular
6130-2/00 Telecomunicações por satélite
6110-8/01 Serviços de telefonia fixa comutada - STFC
6120-5/99 Serviços de telecomunicações sem fio não especificados anteriormente
6110-8/99 Serviços de telecomunicações por fio não especificados anteriormente
6110-8/02 Serviços de redes de transporte de telecomunicações - SRTT
6110-8/03 Serviços de comunicação multimídia - SCM
6120-5/02 Serviço móvel especializado - SME
6190-6/02 Provedores de voz sobre protocolo internet - VOIP
6190-6/01 Provedores de acesso às redes de comunicações
6022-5/01 Programadoras
6190-6/99 Outras atividades de telecomunicações não especificadas anteriormente
6143-4/00 Operadoras de televisão por assinatura por satélite
6142-6/00 Operadoras de televisão por assinatura por microondas
6141-8/00 Operadoras de televisão por assinatura por cabo
6022-5/02 Atividades relacionadas à televisão por assinatura, exceto programadoras
6021-7/00 Atividades de televisão aberta
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22
Segmento: Energia
3512-3/00 Transmissão de energia elétrica
3511-5/00 Geração de energia elétrica
3514-0/00 Distribuição de energia elétrica
3513-1/00 Comércio atacadista de energia elétrica
Segmento: Medicamentos
1610-2/02 Serrarias sem desdobramento de madeira
1610-2/01 Serrarias com desdobramento de madeira
0210-1/09 Produção de casca de acácia-negra - florestas plantadas
0210-1/08 Produção de carvão vegetal - florestas plantadas
0220-9/02 Produção de carvão vegetal - florestas nativas
1622-6/99 Fabricação de outros artigos de carpintaria para construção
3101-2/00 Fabricação de móveis com predominância de madeira
1621-8/00 Fabricação de madeira laminada e de chapas de madeira compensada, prensada e aglomerada
1622-6/02 Fabricação de esquadrias de madeira e de peças de madeira para instalações industriais e comerciais
1622-6/01 Fabricação de casas de madeira pré-fabricadas
1629-3/01 Fabricação de artefatos diversos de madeira, exceto móveis
2219-6/00 Fabricação de artefatos de borracha não especificados anteriormente
0210-1/07 Extração de madeira em florestas plantadas
0220-9/01 Extração de madeira em florestas nativas
0210-1/04 Cultivo de teca
0139-3/06 Cultivo de seringueira
0210-1/03 Cultivo de pinus
0210-1/01 Cultivo de eucalipto
0210-1/05 Cultivo de espécies madeireiras, exceto eucalipto, acácia-negra, pinus e teca
0210-1/02 Cultivo de acácia-negra
4744-0/02 Comércio varejista de madeira e artefatos
4671-1/00 Comércio atacadista de madeira e produtos derivados
0230-6/00 Atividades de apoio à produção florestal
Segmento: Pecuária
0151-2/01 0322-1/99
1011-2/01 1529-7/00
1012-1/02 1012-1/01
4623-1/01 4722-9/01
63 Atividades
Segmento: Soja 1042-2/00 Fabricação de óleos vegetais refinados, exceto óleo de milho
1041-4/00 Fabricação de óleos vegetais em bruto, exceto óleo de milho
0115-6/00 Cultivo de soja
4622-2/00 Comércio atacadista de soja
4637-1/03 Comércio atacadista de óleos e gorduras
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23
Segmento: Supermercado
4721-1/02 Padaria e confeitaria com predominância de revenda
4721-1/01 Padaria e confeitaria com predominância de produção própria
4711-3/02 Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios - supermercados
4712-1/00 Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios - minimercados, mercearias e armazéns
4711-3/01 Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios - hipermercados
4724-5/00 Comércio varejista de hortifrutigranjeiros
4637-1/99 Comércio atacadista especializado em outros produtos alimentícios não especificados anteriormente
4639-7/02 Comércio atacadista de produtos alimentícios em geral, com atividade de fracionamento e acondicionamento associada
4639-7/01 Comércio atacadista de produtos alimentícios em geral
4637-1/01 Comércio atacadista de café torrado, moído e solúvel
4621-4/00 Comércio atacadista de café em grão
Segmento: Transporte
4911-6/00 4950-7/00
5011-4/01 5320-2/02
48 atividades
Segmento: Varejo
1932-2/00
2029-1/00 2869-1/00
3102-1/00 3299-0/04
4615-0/00 4789-0/99
5611-2/01 5620-1/04
168 Atividades
Segmento: Outros
0170-9/00 a 1811-3/01 a 1830-0/03
0210-1/06 a 0220-9/99 1922-5/02
0311-6/03 a 0322-1/07 2019-3/01 a 2541-1/00
0500-3/01 a 3211-6/01 a 3900-5/00
0710-3/01 a 0729-4/05 4110-7/00 a 4618-4/99
0810-0/01 a 0899-1/99 5211-7/01 a 5920-1/00
0910-6/00 a 0990-4/03 6010-1/00 a 6920-6/02
1099-6/04 a 1340-5/99 7020-4/00 a 7990-2/00
1531-9/02 8011-1/01 a 8800-6/00
1741-9/02 9001-9/01 a 9900-8/00
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24
COMPORTAMENTO DA RECEITA TRIBUTÁRIA
Gráficos
Gráfico 1 – Total do ICMS, Projeção Inicial, Realizado e Analisado no 1º
Bim/2012 – Algodão, Arroz, Atacado e Bebidas (em Milhões de Reais)
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25
Gráfico 2 – Total do ICMS, Projeção Inicial, Realizado e Analisado no 1º
Bim/2012 – Combustível, Comunicação e Energia (em Milhões de Reais)
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26
Gráfico 3 – ICMS, Projeção Inicial, Realizado e Analisado no 1º Bim/2012,
segmentos de Madeira, Medicamentos, e Pecuária (em Milhões de Reais)
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27
Gráfico 4 – ICMS, Projeção Inicial, Realizado e Analisado no 1º Bim/2012,
segmentos de Soja, Supermercado e Transporte (em Milhões de Reais)
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28
Gráfico 5 – ICMS, Projeção Inicial, Realizado e Analisado no 1º Bim/2012,
segmentos de Varejo, Veículos e Outros (em Milhões de Reais).
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29
TABELAS
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30
Tabela 9 – Potencial, Efetivo e Eficácia Tributária do ICMS por Segmentos – 1º Bim/2012.
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31
Tabela 10 – Comparação entre Receita Projetada, Realizada e Analisada – 1º Bim/2012.
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32
Eficácia Tributária
Na última Análise de 2010, a Assessoria Econômica incorporou mudanças
para obter a eficácia da arrecadação de ICMS. Para manter a uniformidade da
série, ajustes parciais foram feitos para os anos de 2007, 2008 e 2009 e os
resultados (juntamente com 2010) estão apresentados na Tabela 11. As referidas
mudanças no procedimento de cálculo da eficácia constam do Quadro 01.
Quadro 01 – Mudanças introduzidas no cálculo da eficácia, antes e depois de
2010.
Eficácia antes Eficácia atual
E =
E = –
A eficácia consistia numa divisão entre o ICMS arrecadado e o ICMS potencial.
Soma-se ao ICMS arrecadado, os valores do FESP, FETHAB e FUNGEFAZ.
Motivo: os fundos derivam do ICMS que integram o esforço fiscal de arrecadação. Já a renúncia caracteriza uma escolha de política tributária, portanto, não está ao alcance do erário. O agente arrecadador não tem governabilidade sobre as renúncias e nem sobre os créditos usufruídos já que estes integram a atividade operacional de aquisição de insumos inerente à mediação econômica.
E = eficácia
Como se observa no quadro 01 acima, a eficácia tributária do ICMS é uma
relação entre o ICMS arrecadado e ICMS potencial. A eficácia representa o
percentual de realização que o Estado arrecada em relação àquilo que seria
possível, ou seja, um valor denominado de ICMS potencial. O ICMS potencial é
montante teórico de arrecadação dimensionado num ambiente sem qualquer
desvio tributário.
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33
Tabela 11 - Eficácias Tributárias por segmentos.
A Eficácia Tributária Realizada no 1º Bim/2012 nos diversos segmentos que
compõem o ICMS ficou em torno de 84,93%.
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34
Analise do Inconverso
Tabela 12 – Comparação do Inconverso do ICMS entre Original,
Realizado e Analisado por Segmento – 1º Bim/2012.
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35
INDICADORES DE QUALIDADE DA DÍVIDA - (Inconverso)
a) Gestão da Redução do Inconverso – 6,00%.
São ações no âmbito da SEFAZ, que utilizam o aparato fiscal e administrativo para
redução do Inconverso. É de nossa governabilidade. Composição: Contencioso Administrativo
(SARE), Contencioso Administrativo (SUIC) e Fraudes autuadas (TAD e NAI).
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36
b) Gestão da realização do Inconverso – 20,78%
No total de Inconverso apurado, através das análises econômicas, encontramos esse
percentual em nossas bases de dados. Engloba esfera administrativa e judicial. (TADS, NAIS,
Contenciosos, CCF, Ordens Judiciais)
c) Índice de Gestão da rotação do Inconverso – 4,81
A análise do período mostra que considerando o prazo decadencial da dívida, 5 anos,
detectamos o débito em aproximadamente 4 anos e 9 meses.
d) Dimensão potencial da lacuna do Inconverso – 15,07%
Diferença entre a eficácia de 100% (esperada) e a realizada 84,93%. Essa lacuna
existente é o percentual do Inconverso com relação ao ICMS possível de se arrecadar com base
no potencial de realização da receita.
e) Eficácia tributária de exploração da base – 84,93%
Eficácia atual ao explorar a base tributável, deduzidas as exportações, as Renúncias e
os Créditos Usufruídos.
f) Dimensão potencial da redução da lacuna do Inconverso – 3,13%
Considerando um percentual de detecção do Inconverso de 20,78%, presume-se que,
dos 15,07% de Inconverso, são potencialmente realizáveis, 3,13%, ou seja, o produto de 15,07%
por 20,78%. Esse patamar representa a margem de conversão dos 15,07% em receita do ICMS
tendo como base a detecção 20,78%.
g) Eficácia tributária com Gestão da redução da lacuna – 88,06%
Incorporação da lacuna de redução do Inconverso, 3,13%, a eficácia realizada 84,93%.
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37
Resumos
Tabela 14 – Resumo
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38
Tabela 15 - Resumo
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39
Tabela 16 - Resumo
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40
Arrecadação de ICMS com Valores Nominais e Corrigidos
Tabela 17 – Arrecadação de ICMS com Valores Nominais e Corrigidos – 1º Bim
(2006-2012).
Nom= nominal, Cor = corrigido
Na tabela 17, comparando o 1º Bim/2012 com o mesmo período de 2011,
verificamos que os piores desempenhos em termos de arrecadação são atribuíveis aos
segmentos de arroz, madeira, medicamento e soja. Os melhores desempenhos foram
observados em energia, algodão, combustível e bebidas.
A arrecadação do ICMS no 1º Bim/2012 foi de R$ 851,18 milhões, em valores
nominais, enquanto que no mesmo período de 2011 foi de R$ 700,9 milhões, registrando uma
variação positiva de 21%. Já em termos reais a variação foi de 16,01%.
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41
PARTICIPAÇÃO DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS NA RECEITA DO ICMS
Tabela 18 – Segmento Econômico, Faturamento Total, Faturamento Tributável,
Renúncia Fiscal ICMS realizado – 1º Bim/2012.
A tabela 18 mostra que não há conversão proporcional do faturamento do
agronegócio em arrecadação de ICMS. São destacados os percentuais referentes à
participação relativa no faturamento e no ICMS efetivo: Agropecuária 26,9% do faturamento
tributável e 10,9% da arrecadação do ICMS efetivo; comércio 55,3 % do faturamento e 64,7%
do mesmo tributo, já para os segmentos que integram os serviços, esses percentuais são 13,8
% e 22,2%, respectivamente.
Relação entre faturamento e ICMS
Na Tabela 18, observamos que o faturamento total da agropecuária representa
38,5 %, mas a parte que se converte em ICMS é de apenas 10,9 %. Isso ocorre devido à
imunidade dos produtos exportados e ao expressivo valor da renúncia que é concedida para os
segmentos componentes da agropecuária. Uma das maiores renúncia, de 39,3%, está na
pecuária, seguida do combustível com 14,8% e do varejo, com 14,3%. O argumento
justificador da renúncia, geralmente leva em consideração os efeitos multiplicadores dessas
atividades em toda a economia, já que, em termos de arrecadação direta, o ICMS é bem
menor do que em outros segmentos.
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
42
As atividades ligadas ao comércio, embora tenham contribuído com 45,5 % do
faturamento total neste período, apresentaram um peso de quase 64,7% na arrecadação efetiva
do ICMS.
Agrupando-se os segmentos de serviços - comunicação, energia e transportes –
cujo faturamento total representou 12,7% , em termos de participação na arrecadação do
ICMS, tais segmentos contribuíram com 22,2% do total.
Segmentos econômicos
Segmento Algodão
Tabela 19 – Memória de Cálculo do ICMS projetada para o algodão – 1º Bim/2012.
No segmento algodão, o faturamento tributável realizado foi superior ao previsto na
LOA em 23,4%, pois, foi projetado para o período R$ 361,2 milhões e o valor efetivamente
realizado foi de R$ 445,8 milhões. Quanto ao ICMS efetivo, a LOA previu para o período R$
3,62 milhões, realizando R$ 9,03 milhões, ou seja, 149,5 % acima.
É verificável também que houve um aumento significativo na eficácia tributária
realizada em relação a projetada, ficando em 47,1% ante a projeção inicial de 18,41%, bem
como uma redução no mesmo patamar do índice de Inconverso em relação ao original. A
renúncia fiscal refere-se ao Proalmat agricultura, Prodei, Prodeic e remissão/anistia (Lei
9434/2010). Os créditos usufruídos referem-se à utilização de créditos decorrentes da
aquisição de insumos. Vale ressaltar que a alíquota média analisada foi ajustada para 3% em
função do Decreto 2809/2010, que reduziu a alíquota interestadual para este patamar a partir
de julho de 2.010.
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43
Segmento Arroz
Tabela 20 – Memória de Cálculo do ICMS do Arroz – 1º Bim/2012.
O faturamento no segmento de arroz realizou-se 64,09% abaixo do previsto na LOA
para o período, comprometendo a arrecadação esperada para o período, cerca de R$ 6,32
milhões, efetivando-se em R$ 2,8 milhões. A eficácia do segmento ficou 6,2 pontos
percentuais menor que a prevista na LOA, enquanto que o inconverso aumentou na mesma
proporção.
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44
Segmento Atacado
Tabela 21 - Memória de Cálculo do ICMS para o Atacado – 1º Bim/2012.
Para o segmento de Atacado previa-se um faturamento de R$ 445,84 milhões, sendo
realizado R$ 489,77 milhões em função do aumento do PIB (4,39%) e do IPA-DI (3,37%)
esperado para 2012. A arrecadação do período, R$ 51,27 milhões, ficou 4,35% abaixo da
prevista na LOA. Em função do desempenho do segmento , a eficácia tributária ficou 12,16
pontos percentuais abaixo da esperada para o período, ou seja, 83,91% contra previsão de
96,06%.
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45
Segmento: Bebidas
Tabela 22 - Memória de Cálculo ICMS do segmento de Bebidas- 1º Bim/2012.
O faturamento do segmento de Bebidas previsto na LOA para o período foi de R$
249 milhões, sendo realizado no período o montante de R$ 262 milhões. Houve elevação de
5,23% no valor do faturamento tributável em relação à LOA, que somado ao baixo índice de
inconverso no período, propiciou um aumento no valor do ICMS arrecadado em relação ao
previsto na LOA de 18,50%. A alta eficácia tributária, 92,12%, reflete o bom desempenho do
segmento no período.
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46
Segmento: Combustíveis
Tabela 23 – Memória de Cálculo ICMS dos Combustíveis – 1º Bim/2012.
O faturamento tributável no segmento de combustíveis no período obteve uma
variação positiva de 10,39% em relação ao orçado, impactando diretamente na arrecadação.
Foi prevista na LOA uma arrecadação para o período de R$ 197 milhões, realizando-se R$
244 milhões, ou seja R$ 47 milhões acima (com a composição dos repasses ao fundo Fethab-
diesel). A Renúncia fiscal refere-se ao PRODEIC, crédito presumido - diferença de estimativa
segmentada - RICMS, art. 87-C, § 3º. (açúcar e álcool), redução de alíquota do diesel de 17%
para 12% até 2015 (1% ao ano) e remissão/anistia (Lei nº. 9434/2010). Analisando o
comportamento do segmento no 1º Bim/2012, conclui-se que a eficácia tributária foi superior
à prevista na LOA, ou seja, 97,83 % contra previsão de 88%, e o inconverso inferior , 2,17%
contra previsão de 11,86%, o que justifica o bom desempenho do segmento no período.
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47
Segmento: Comunicação
Tabela 24 – Memória de Cálculo ICMS de Comunicação – 1º Bim/2012.
A lei Orçamentária Anual previu para o segmento de Comunicação para o
período uma receita de R$ 67 milhões, sendo realizados R$ 69 milhões, portanto, 3,47%
acima da previsão. A eficácia tributária realizada ficou 24,63% pontos percentuais acima da
prevista, ou seja 94,97% contra uma previsão de 70,34%. Cabe salientar que estava previsto
na LOA repasses para o Fungefaz , referentes a créditos outorgados às Concessionárias de
Serviços de Comunicação, no valor de R$ 24 milhões e que estes números praticamente se
confirmaram na realização, ficando em 23 milhões. Somando-se os créditos ao ICMS
realizado temos R$ 92 milhões, contra previsão/LOA de R$ 91 milhões, confirmando-se a
realização do valor previsto para o período.
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48
Segmento Energia Elétrica
Tabela 25 – Memória de cálculo ICMS da Energia Elétrica – 1º Bim/2012.
A receita do ICMS deste segmento prevista para o período foi de R$ 64,7 milhões, no entanto,
efetivou-se em R$ 86,82 milhões, ou 34,19% acima. Convém ressaltar que há parcelamento
em curso por parte das empresas de energia, o que de certa forma ajuda a justificar a alta
eficácia tributária realizada no período, que ficou em 93,27%, portanto, acima da prevista que
foi 80,30%. Foram, também, recolhidos ao FESP e ao Fundo de Fomento à Cultura pela Rede
Cemat valores que totalizaram R$ 17 milhões, gerando crédito de ICMS neste valor,enquanto
na LOA tais créditos foram previstos em R$ 15,92 milhões. A soma dos créditos repassados
ao Fesp com o ICMS realizado totalizaram R$ 103,82 milhões.
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49
Segmento Madeira
Tabela 26a – Memória de cálculo ICMS da Madeira – 1º Bim/2012.
A projeção da Lei Orçamentária para o período, deste segmento, foi de R$ 12,9
milhões, realizando-se R$ 10,4 milhões, portanto, 19,46% abaixo da LOA.
Oportuno observar, que no período analisado, aproximadamente 14,91% da madeira
foi destinada à exportação, portanto, não constitui base de cálculo para o ICMS. Com o
advento do Super Simples muitas empresas migraram para este regime, contribuindo para
redução do valor arrecadado. A análise do segmento no período mostra que o índice de
inconverso foi alto, 45,6% contra previsão de 22,6%, o que justifica o fato de a eficácia
tributária ter ficado abaixo da previsão.
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50
Segmento Medicamentos
Tabela 27 – Memória de Cálculo ICMS do Segmento Medicamentos- 1º Bim/2012.
O valor do faturamento tributável no segmento de Medicamentos, previsto para o
período, foi de R$ 260,8 milhões, realizando-se R$ 269,2 milhões, portanto 3,23% acima. O
ICMS efetivo atingiu R$ 15 milhões, ficando 12,71% abaixo do previsto na LOA e na
Análise. A eficácia realizada foi de 64,4%, ou seja, 15,64% inferior à prevista na LOA,
enquanto que o índice de inconverso foi de 35,6%, ficando acima da previsão , que foi de
23,6%, comprometendo assim a eficácia do segmento no período.
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51
Segmento: Pecuária
Tabela 28 – Memória de Cálculo ICMS da Pecuária – 1º Bim/2012.
O segmento da pecuária engloba a cadeia produtiva dos bovinos, das aves e dos
suínos. Houve queda de 15,59 % no faturamento tributável, o que refletiu na arrecadação do
segmento no período, R$ 41 milhões contra previsão de R$ 47 milhões.
Houve queda nas exportações do segmento, principalmente em razão da diminuição
das importações feitas pelo Oriente Médio. No ano passado, a região foi o destino de 44,5%
dos embarques de carne in natura mato-grossense, ante 13,0% neste ano.
A renúncia de R$ 64 milhões refere-se aos programas de incentivo do Programa de
Desenvolvimento da Política Industrial e Comercial (PRODEIC), do Programa de
Desenvolvimento Industrial (PRODEI) e Crédito Presumido e diferença de estimativa
segmentada – RICMS, art.87-C, § 3º e remissão/anistia (Lei 9434/2010).
Apesar de a receita não ter sido realizada conforme previsto na LOA, podemos
considerar que a eficácia realizada de 65,81% foi boa, haja vista a alta renúncia deste
segmento, que diminui o ICMS potencial que serve de base para a arrecadação.
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52
Segmento Soja
Tabela 29 – Memória de Cálculo do ICMS da soja- 1º Bim/2012
.
Para o 1º Bim/2012 foi previsto na LOA um faturamento total de R$ 3,18 bilhões, no
entanto o valor realizado atingiu o montante de R$ 2,019 bilhões. Já o ICMS efetivo foi de R$
28 milhões, ante um valor previsto de R$ 46,1 milhões. A renúncia fiscal prevista na LOA,
para o período, foi de aproximadamente R$ 600 mil, no entanto efetivou-se em torno de R$
400 mil. A eficácia tributária do período foi de 54,2%, portanto, bem abaixo da prevista na
LOA que foi de 76,8%. A tabela acima demonstra que as exportações realizadas ficaram
38,27% acima da previsão/LOA, demonstrando que as exportações ficaram superestimadas na
LOA para o período e corresponderam a 62,70 % do faturamento total. A renúncia fiscal
refere-se ao PRODEI e remissão/anistia (Lei 9434/2010).
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53
Segmento Supermercados
Tabela 30 – Memória de Cálculo do ICMS dos Supermercados- 1º Bim/2012.
O faturamento tributável previsto para o período foi de R$ 491 milhões, entretanto,
realizou-se R$ 518,4 milhões, 5,6% acima, o que justifica parte do bom desempenho do
segmento no 1º bim/2012. A eficácia tributária prevista foi de 71,5%, efetivando-se em
74,9%. O índice de inconverso do segmento no período foi de 25,1 %, abaixo da previsão
LOA de 28,5%. A Renúncia fiscal refere-se a crédito presumido - diferença de estimativa
segmentada - RICMS, art. 87-C, § 3º e remissão/anistia (Lei 9434/2010). O ICMS efetivo
ficou 11 % superior à previsão inicial, ou seja, R$ 37,9 milhões, ante previsão de R$ 34,2
milhões.
As compras das famílias permaneceram em forte ascensão demonstrando vigor
apresentado pelas atividades econômicas inseridas neste segmento. Importante registrar as
tendências de altas dos preços em diversos gêneros alimentícios, para as quais concorrem
vários fatores: especulação com as commodities de alimentos nos mercados futuros,
crescimento do consumo das famílias, entre outros.
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54
Segmento: Transporte Tabela 31 - Memória de Cálculo do ICMS do Transportes – 1º Bim/2012.
No Segmento de Transporte, o faturamento realizado foi de R$ 463,4 milhões,
praticamente confirmando o valor previsto na LOA, R$ 458,8 milhões
O ICMS efetivamente arrecadado foi de R$ 33,1 milhões, confirmando as
projeções iniciais para o período, cerca de R$ 32 milhões. O valor do Inconverso, que foi
estimado em 16,1 milhões, realizou-se em 15,3 milhões, ou seja 4,5% a menor, o que
permitiu uma eficácia tributária acima da prevista, 68,36 % ante uma previsão de 66,55%. A
renúncia fiscal refere-se à remissão/anistia (Lei 9434/2010).
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Segmento Varejo
Tabela 32 – Memória de Cálculo do ICMS do Varejo – 1º Bim/2012.
O faturamento tributável previsto para o período foi de R$ 1,38 bilhões, sendo
realizado R$ 1,44 bilhões, 4,34 % acima. O ICMS previsto de R$ 139,55 milhões, efetivou-
se em R$ 135,13 milhões , portanto, 3,17% abaixo do previsto. Analisando o comportamento
do segmento no período, conclui-se que o ICMS poderia ter atingido o valor de R$ 142,24
milhões. A eficácia tributária efetivou-se em 90,3%, portanto 8 pontos percentuais abaixo da
prevista na LOA. Vale ressaltar as diversas ações implementadas pela SEFAZ tanto a nível
administrativo, quanto fiscal , que permitiram o bom desempenho do segmento no período.
Existem, aproximadamente, 170 atividades com CNAE’s - Código Nacional da
Atividade Econômica inseridas no segmento de varejo, entre elas: lanchonetes, produtos de
limpeza, vestuário, calçados, azulejos, pisos, móveis e material elétrico, que devem
proporcionar um acréscimo de um bilhão de reais no faturamento anual do segmento, em
relação ao ano anterior.A renúncia Fiscal do período refere-se aos programas: PRODEI,
PRODEIC, PRODECIT, Cartão de Crédito (Lei 9.208/2009) e remissão/anistia (Lei
9434/2010).
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Segmento Veículos
Tabela 33 – Memória de Cálculo do ICMS do segmento Veículos -1º Bim/2012.
O segmento de veículos mostra percentuais que ratificam um consumo
aquecido, sendo responsável por 7,21% do PIB estadual em 2011 (dados da SEFAZ), e um
dos principais indicadores de que a tendência é o equilíbrio econômico. O faturamento
realizado, de R$ 812,99 milhões, ficou 1,89% inferior ao previsto que foi de R$ 828,67
milhões.
A projeção do ICMS deste segmento para o período foi de R$ 65,1 milhões e
favoravelmente o segmento registrou uma arrecadação de R$ 70,2 milhões, 7,83 % superior à
previsão.
A estabilidade do mercado, um Inconverso relativamente baixo e uma eficácia de
83,5%, justificam os bons resultados do segmento no período.
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57
OUTROS
Tabela 34 – Memória de Cálculo ICMS do segmento Outros- 1º Bim/2012.
A UPEA, por orientação da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas,
trabalha com a seguinte premissa: quando o faturamento do segmento Outros apresentar um
ICMS cujo percentual ultrapasse 5% do valor do ICMS total, a atividade dentro do segmento
Outros que for identificada pelo desempenho será desagregada e se transformará em novo
segmento. Desse modo o segmento Outros continuará existindo como um resíduo inferior a
5%. No segmento Outros estão inseridas mais de 600 atividades em todo o Estado de Mato
Grosso.
O ICMS efetivo, no período, foi de R$ 19,4 milhões, ficando 28,22 % acima do
previsto, entretanto, analisando o comportamento do segmento, constatou-se que poderia ter
atingido a importância de R$ 20 milhões. A eficácia tributária no 1º Bim/2012 ficou 8,4
pontos percentuais acima da previsão na LOA, 82,4% contra 74% , enquanto que o
inconverso ficou abaixo na mesma proporção, 17,6% ante 26% nas projeções iniciais, o que
garantiu o bom desempenho do segmento no período. Vale ressaltar que a renúncia fiscal do
segmento refere-se aos programas: Prodeic, Promineração, Prodetur, Proder ,Porto Seco
(Trading, Indústria, Comércio), Convênio ICMS 66/2010 e remissão/anistia (Lei 9434/2010).
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58
MODELO ECONOMÉTRICO DE PREVISÃO DA ARRECADAÇÃO DE
ICMS
No ano de 2003 a Secretaria de Fazenda, visando testar sua metodologia de projeção
da receita do ICMS, contratou a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE para
desenvolver um modelo econométrico de previsão da arrecadação. O relatório foi feito com
base nos valores históricos da receita do ICMS dos anos de 1992 a 2001.
Optou-se por essa alternativa porque, embora os problemas de economia
possam ser analisados de diversas formas, uma das mais importantes dentre elas é a
econometria, que é, segundo a literatura, a aplicação de métodos matemáticos e estatísticos a
problemas de economia.
A econometria é o ramo da Economia que trata da mensuração de relações
econômicas, isto é, das relações entre variáveis de natureza econômica.
O método mais importante da econometria é a análise de regressão. Ela serve para
estimar valores não conhecidos de uma variável dependente (comumente chamada de y) a
partir de uma série de valores conhecidos de uma variável independente (geralmente
denominada x).
Um das técnicas mais difundidas da econometria consiste em encontrar uma equação
que melhor descreva a relação entre os pontos distribuídos num sistema de eixo ortogonais
(uma reta horizontal e vertical). Entretanto, é comum trabalhar com um terceiro eixo, ou seja,
três variáveis independentes. Quando há mais de três variáveis, os cálculos são apenas
algébricos – sem representação gráfica.
As variáveis dependentes são aquelas que recebem influência de outras variáveis, das
independentes. As primeiras também são chamadas de variáveis endógenas, variáveis-efeitos
ou explicativas. O conjunto de variáveis explicativas mais o termo constante (não captado nas
equações) são chamados de regressores.
As etapas metodológicas para a pesquisa em economia com uso de modelos
econométricos são três:
Formulação de hipóteses sobre o comportamento da realidade. Nessa etapa aplicam-
se conhecimentos sobre a teoria econômica e/ou da observação do mundo real. A seguir essas
hipóteses estão reunidas em um modelo matemático, utilizando-se uma função definida, com
o acréscimo de um termo aleatório;
A segunda etapa consiste na coleta de dados estatísticos e estimação dos parâmetros;
A terceira e última etapa é a avaliação. No presente caso, a avaliação foi feita
comparando-se a arrecadação anual resultante da aplicação do modelo com arrecadações já
realizadas em determinado ano (valores previstos x valores observados).
As pressuposições de um modelo de regressão linear, ou seja, as premissas a serem
satisfeitas, foram atendidas no modelo. (São elas: Relação linear entre Y e X; erro aleatório
com média zero; erro aleatório com variância constante - presença de homocedasticidade;
erros aleatórios independentes; variáveis não aleatórias – fixas; os erros apresentaram
distribuição normal, com média zero e variância constante; ausência de relação linear exata
entre as variáveis explicativas).
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59
RESULTADOS
Tabela 35 – Previsão de Arrecadação Conforme Modelo
Econométrico Desenvolvido pela Fundação Instituto de Pesquisas
Econômicas (FIPE) comparado com o Método da SARP por segmento
econômico- Projeção no 1º Bim/2012.
Como foi mostrado na tabela 35, o ICMS para 2.012, tanto projetado pelo método
econométrico, quanto pelo método SARP, na análise 1º Bim de 2012, ficou muito próximo
ao previsto na LOA (R$ 5,171 bilhões). O valor obtido pelo método SARP difere do valor
econométrico da FIPE em apenas 4,1%.
O modelo econométrico é considerado robusto quando a comparação entre os valores
analisados pela APEA e gerados pelo modelo (FIPE) não supere 5%. Então, pode-se
considerar que o percentual de 4,1% assegura uma consistência às previsões para o período
analisado.
Evidente que toda estimativa define variáveis e comportamentos relativamente
estáveis da economia, de modo que, conjunturas e movimentos imprevisíveis podem distorcer
as previsões.
As diferenças geralmente observáveis entre o modelo e as análises devem-se a
fatores que o modelo econométrico não consegue captar como: variações na produção
agrícola; quantidade exportada; flutuação de preços; ajustamentos dos CNAE’s1 e alterações
significativas da eficácia tributária em alguns segmentos. Adicionalmente, convém mencionar
que o Modelo econométrico formulado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas
(FIPE), define a seguinte relação funcional para o ICMS estadual. A relação [(1 + ).(1 + )-
1], onde significa o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) Estadual e (gama) reflete
o IGP-DI acumulado.
1 CNAE – A Classificação Nacional das Atividades Econômicas foi construída para uso federal e amplamente
difundida a partir de 1994 após sua publicação do Diário Oficial. Todos os segmentos econômicos utilizados
pela SEFAZ (16 ao todo) são compostos por inúmeras atividades, e todas essas atividades têm um CNAE
específico. A vinculação das atividades do CNAE a um Segmento não é algo estático, ela muda com o tempo e
conforme a necessidade de atualização da economia. Esses ajustamentos dos CNAE não são padrões que possam
ser mensurados numa variável e, portanto, não é possível inserir seus efeitos no modelo econométrico.
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60
Quando o PIB do Estado de Mato Grosso aumenta em 1% em termos reais, a
arrecadação do ICMS aumenta nas proporções na coluna c. Quando a inflação medida pelo
IGP-DI se eleva em 1%, as arrecadações nominais de cada segmento (coluna a) aumentam nas
proporções na coluna d.
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61
ICMS per capita
Tabela 36 – Classificação dos Estados Brasileiros, População, Ranking ICMS per
capita – 1º Bim/2012.
A tabela mostra que a arrecadação de ICMS média per capita (Estadual) no Brasil no
período analisado foi de R$ 250 reais - Como é de se esperar, geralmente as médias tendem a
distorcer os valores extremos, no caso em tela, temos um limite inferior de ICMS per capta de
R$ 95 para o Estado do Maranhão e um limite superior de R$ 446 para o Espírito Santo.
Outro fator importante é que as médias além de ocultarem as disparidades de uma série não
dizem muito a respeito do quadro econômico e social do Estado. Obviamente que a avaliação
do ICMS per capita sem qualquer outro dado adicional, como por exemplo, a qualidade e a
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62
quantidade de serviços públicos providos por esses impostos, não favorecem uma análise mais
aprofundada.
O Estado de Mato Grosso está nas primeiras posições em termos de ICMS per capita,
6º lugar, abaixo dos Estados de ES, SP, MS, DF e SC.
Tabela 37 – Classificação PIB per capita
A tabela 37 demonstra que a Renda média per capita anual no
Brasil é de R$ 16.982 mil. O Estado de Mato Grosso classifica-se um pouco acima dessa
média, com R$ 18.877, na sétima posição a nível nacional. O Distrito Federal ocupa a
primeira colocação com R$ 51.159 , enquanto que o Estado do Maranhão ocupa a última
colocação com R$ 6.062 anual.
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63
Ranking Carga ICMS por Unidade da Federação
Tabela 38 – Ranking Carga ICMS por Unidade da Federação.
A tabela demonstra que a Carga ICMS/PIB no Brasil no período analisado,
tomando-se como base o PIB de 2.009 (última publicação do IBGE), ficou em 1,47%. Os
Estados com percentuais abaixo ou acima dessa participação podem avançar ou regredir na
condução da eficácia de arrecadação do ICMS. Mato Grosso possui a 13ª colocação a nível
nacional no período em análise, com 1,73% de carga.
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64
Tabela 39 – Ranking do ICMS por Unidade da Federação.
A tabela acima mostra o Estado de Mato Grosso na 13ª posição em relação ao valor
de arrecadação do ICMS a nível nacional. Convém ressaltar que os valores são fornecidos pela
COTEPE e que os números referentes aos estados de Pará e Alagoas são provisórios.
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65
Ranking transferências constitucionais
Tabela 40 – Ranking dos Estados Brasileiros, FPE, IOF, IPI-EXP,
FUNDEB, LC 87/96, CIDE – 1º Bim/2012.
Considerando todas as rubricas da tabela 40, Mato Grosso foi o vigésimo
segundo em recebimento de FPE, IOF, IPI-EXP, FUNDEB, Lei Constitucional 87/96, CIDE e
FEX . Um esclarecimento adicional deve ser feito quanto ao IPI-EXP. O critério para compor
o montante do IPI-EXP é originado de uma fração de 10% do IPI. Após a apuração desses
10%, os Estados receberão uma parcela conforme a participação deles na exportação de
produtos industrializados. São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais foram os Estados que
mais receberam essa modalidade de transferência constitucional.
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66
Tabela 41 – Especificação das Transferências Correntes e sua Comparação
entre o valor previsto na Lei Orçamentária e o Realizado – 1º Bim/2012.
As Transferências Correntes efetivadas para Mato Grosso no primeiro
Bim/2012 ficaram 2,92 % inferior ao valor consignado na LOA para o período.
O Fundo de Participação dos Estados (FPE) e o Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação
(FUNDEB) são os valores mais representativos da Tabela. O FUNDEB realizou-se 18,6%
acima da previsão. Já o FPE ficou 9,04% acima do previsto na LOA para o período.
Nota-se que o valor de R$ 276,85 milhões do FPE recebido por Mato Grosso
(conforme tabela 41) está acima do montante de R$ 221,48 milhões (conforme tabela 40).
Essa diferença ocorre porque os dados da tabela 40 originam-se da STN e, deles estão
deduzidos os 20% referente aos repasses do FUNDEB, cálculo não efetuado na tabela 41.
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67
Transferências Constitucionais per capita
Tabela 42 - Transferências Constitucionais per capita – 1º Bim/2012.
A tabela mostra que as Transferências Correntes no Brasil no 1º Bim/2012 chegaram
a R$ 19,41 bilhões. Em valores absolutos, São Paulo foi à unidade da federação que recebeu
o maior valor, cerca de R$ 3,06 bilhões. Já em termos per capita, Roraima recebeu R$ 651,80
por pessoa, sendo a unidade da federação que recebeu a maior fração per capita das
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68
transferências. Mato Grosso, com uma população de, aproximadamente, 3 milhões, recebeu
R$ 132,31 por pessoa, ficando na 11º posição do ranking nacional.
As transferências têm por finalidade amenizar as desigualdades regionais, na
busca incessante de promover o equilíbrio sócio-econômico entre Estados e Municípios. Esse
mecanismo provê recursos adicionais aos governos subnacionais, de modo a manter os
serviços públicos sob suas competências. As transferências não constituem fonte primária de
receita, mas alteram a receita disponível dos tesouros subnacionais.
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69
Transferências Constitucionais e Legais - CIDE
Tabela 43 – Ranking dos Estados e o Percentual da CIDE- 1º Bim/2012.
A Lei 10.866/2004 acrescentou os artigos 1-A e 1-B à lei 10.336/2001, com o
objetivo de regulamentar a partilha da CIDE com os Estados, o Distrito Federal e os
municípios. A CIDE - Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incide sobre a
importação e a comercialização de petróleo e gás natural, e também se aplica às operações
realizadas com o álcool etílico. Mato Grosso recebeu no 1º Bim/2012 o total de R$ 10,27
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70
milhões, o que o coloca na décima segunda posição do ranking nacional no recebimento dessa
modalidade de transferência.
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71
Transferências Voluntárias.
Tabela 44 – Transferências de Convênios da União – 1º Bim/2012.
As receitas de Transferências de Convênios estavam previstas para o período em
análise no valor de R$ 22,23 milhões, sendo realizados R$ 15,43 milhões, ou seja, 30,57%
abaixo do previsto na LOA.
Transferências voluntárias são os recursos financeiros
repassados pela União aos Estados, Distrito Federal e
Municípios em decorrência da celebração de convênios,
acordos, ajustes ou outros instrumentos similares cuja
finalidade seja a realização de obras e/ou serviços de interesse
comum às três esferas de Governo. Conforme a Lei de
Responsabilidade Fiscal, entende-se por Transferência
Voluntária a entrega de recursos correntes ou de capital a outro
ente da Federação, a título de cooperação, auxílio ou assistência
financeira, que não decorra de determinação constitucional,
legal ou os destinados ao Sistema Único de Saúde.
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72
Multas, juros e dívida ativa.
Tabela 45 – Especificação multas e juros: ICMS, IPVA, ITCD,
Taxa Fisc.Vig.Sanitária, Contribuições, Dívida Ativa e Outros Tributos –
1º Bim/2012.
A receita realizada decorrente de Multas e Juros de ICMS, ITCD, IPVA,
TAXA Fisc.Vig. Sanitária, Contribuições, Dívida Ativa e Outros Tributos alcançou, no
período, o total de R$ 22,19 milhões, ante uma previsão LOA de R$ 26,74 milhões, ou seja,
17,03 % inferior à prevista.
Dívida ativa
Tabela 46 – Código, Especificação (Receita da Dívida Ativa),
Valor Previsto, Realizado e Analisado – 1º Bim/2012.
A receita da Divida Ativa no período alcançou o montante de R$ 6,76 milhões, ou
seja, 28,03 % inferior ao valor previsto na LOA que foi de R$ 9,39 milhões.
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73
CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS “SUB JUDICE”.
Tabela 47 – Segmentos, Quantidades de Processos, Valor e Participação
percentual do Valor Econômico Sobre o Valor da Operação – 1º Bim/2012.
Em R$.
Fonte: Coordenadoria Geral de Normas da Receita Pública - Gerência de Controle de Processos Judiciais
A tabela 47 mostra que os contribuintes ligados aos segmentos de varejo e veículos
foram os que mais questionaram os débitos tributários no 1º Bim/2012, com 25 e 16
processos, respectivamente. O valor econômico do ICMS atualizado foi de R$ 1,214 milhões.
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74
Tabela 48 – Objetos de Processo Judicial, Quantidades de Processos, Valor e
Participação percentual do Valor Econômico Sobre o Valor da Operação- 1º
Bimestre/2012.
Em R$
Fonte: Coordenadoria Geral de Normas da Receita Pública - Gerência de Controle de Processos Judiciais
A tabela 48 quantifica em 152 a totalidade de processos judiciais no período
analisado. Repetindo situações anteriores, a liberação de mercadorias com 62 processos é o
objeto que tem causado maior quantidade de litígios. A soma de tributos em questionamento
alcança mais de R$ 1,214 milhões em ICMS.
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75
CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS A RECUPERAR
Tabela 49 – Créditos Tributários a Recuperar (ICMS), Correção Monetária, Juros,
Multas – 1º Bim/2012.
A tabela 49 mostra, no período analisado, o valor de R$ 17 milhões no c/c fiscal
ICMS a recuperar. Somando-se correção monetária, Juros e Multas (R$ 1 milhão), o valor
atinge R$ 19 milhões acumulados no 1º Bim/2012.
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Valores transferidos a fundos.
Tabela 50 – Valores Transferidos a Fundos (FUNGEFAZ, FUPIS, E FESP),
Previstos e Realizados – 1º Bim/2012.
Como evidenciado na tabela 50, o FUNGEFAZ realizado no 1º Bim/2012
praticamente confirmou o valor previsto na LOA R$ 23 milhões, FUPIS 101,5% acima ,
FESP 7,7% abaixo e Fundo da Cultura 17,8% acima do previsto. Vale ressaltar que a receita
do Fundo da cultura refere-se às contribuições das empresas interessadas em participar do
programa, podendo deduzir até 30% do saldo devedor do ICMS, apurado em cada período, os
valores efetivamente depositados em benefício do referido fundo.
A Secretaria de Estado de Fazenda editará portaria para determinar os
segmentos/setores econômicos autorizados a optarem pela efetivação da contribuição ao
Fundo Estadual de Fomento à Cultura . Até que seja editada a portaria, constituirão receita do
fundo os valores advindos de créditos outorgados às concessionárias de energia elétrica, os
quais serão utilizados, exclusivamente, como dedução do valor do ICMS devido ao Estado de
Mato Grosso, conforme percentual já mencionado anteriormente.
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77
PTA DA RECEITA PÚBLICA – 2010 - 2012
O Plano de Trabalho Anual da Receita Pública – PTA foi elaborado visando atender
ao objetivo proposto no Programa de Gestão da Receita Pública - “Democratização e aumento
da eficiência da gestão pública do Estado e dos municípios e da excelência dos serviços
públicos prestados à sociedade, com base na melhoria da estrutura do Estado e controle
sistemático dos recursos governamentais”.
O PTA (metas, medidas, tarefas e respectivos indicadores) foi construído para
harmonizar-se com as disposições da Lei do Plano Plurianual de Investimentos – PPA, da Lei
das Diretrizes Orçamentárias – LDO e da Lei Orçamentária Anual - LOA.
No triênio 2010/2012 e a área da Receita Pública, com base nos fatores críticos de
sucesso definidos na Política Econômica e Tributária, formulou e promoveu a execução de
medidas voltadas para a eficácia da arrecadação da Receita Pública Estadual.
A Política Econômica e Tributária propõe uma nova forma de gerir a organização.
Tem como foco alcançar os resultados projetados para atender as partes interessadas
(clientes/usuários, fornecedores, servidores, sociedade, etc) e os objetivos de Governo.
Para tanto, foi necessário introduzir mudanças nas práticas de gestão, inclusive, no
que diz respeito às fases de planejamento, que anteriormente estavam direcionadas para a
orçamentação. Atualmente as práticas adotadas consideram possíveis cenários de futuro e elas
estão articuladas em torno de diretivas que abrangem estratégias, atendimento às partes
interessadas e busca de melhoria contínua do desempenho das ações pública.
Neste contexto de significativas reformulações no processo da área da receita pública
descrito acima, foi possível alcançar as metas propostas para o programa nos anos de 2010 e
2011.
As mudanças introduzidas em 2010 estão contempladas em 2011/2012. O
acompanhamento e controle dos indicadores do programa são efetuados em reuniões
sistemáticas de acompanhamento realizadas mensalmente.
A medição é feita por meio do Sistema de Gestão e Acompanhamento da Execução
– SIGPEX, que possibilita o monitoramento dos progressos efetuados na execução do
planejado através do seu conjunto de indicadores: financeiros, clientes, processos internos,
aprendizagem contínua e responsabilidade social. Em seguida, é feito um acompanhamento
das medidas vinculadas ao programa da Receita Pública.
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78
PROGNÓSTICOS E CIRCUNSTÂNCIAS RELEVANTES
Em relação ao Cenário internacional e o nacional, decidimos reproduzir abaixo as
análises da 166ª Reunião do Comitê de Política Monetária – COPOM realizada em 17 e
18/04/2012.
Sumário dos dados analisados pelo COPOM:
Cenário Internacional
As perspectivas para o crescimento da economia mundial seguem sujeitas a significativos
riscos de baixa, haja vista a crise europeia em curso, as incertezas quanto ao ritmo de
desaceleração na China e a sustentabilidade do crescimento nos EUA, além das tensões
geopolíticas no Oriente Médio. Nesse sentido, a avaliação dos gerentes de compra, depois de
assinalar avanço para 55,4 pontos em fevereiro, apontou recuo do PMI global para 54,6
pontos em março. Nos EUA, a despeito da recuperação em curso, a variação anualizada do
PIB do quarto trimestre de 2011, mantida em 3% após revisão, e a criação de 120 mil postos
de trabalho em março vieram abaixo das expectativas. Entre os riscos de baixa para o
crescimento da atividade, destaca-se o fato de que, em fevereiro, os aumentos mensais das
vendas no varejo e do consumo, pela ordem, 1,1% e 0,5%, apoiaram-se na diminuição da taxa
de poupança, que atingiu 3,7%, menor nível desde janeiro de 2008. Na Área do Euro, em que
se destacaram os recuos da produção industrial alemã mensal, -1,1% em fevereiro, e do PMI
composto de março, para 49,1 pontos, com aprofundamento da contração nos subíndices de
manufatura e encomendas, a taxa de desemprego atingiu 10,8% em fevereiro, o mais alto
valor desde a instituição da união monetária. Na China, o crescimento trimestral anualizado
do PIB no primeiro trimestre deste ano desacelerou para 7,4%, de 8,2% no trimestre anterior,
e, em termos interanuais, passou de 8,9% para 8,1%, marcando o pior desempenho da
atividade desde o primeiro trimestre de 2009, com destaque para a desaceleração da formação
bruta de capital fixo, 21,1% e 18,2%, na mesma ordem. No Japão, a revisão do PIB
anualizado do quarto trimestre apontou menor contração, de -2,3% para -0,7%. Naquele país,
o PMI de serviços apresentou valor recorde da série histórica, 53,7 pontos em março,
enquanto mantém-se a trajetória de crescimento das vendas no varejo, de 2% em fevereiro.
Desde a última reunião do Copom, os mercados financeiros apresentaram dois momentos.
Até meados de março, foi mantida a trajetória ascendente iniciada em dezembro, tendo os
índices das bolsas norte-americanas registrado o melhor primeiro trimestre desde 1998. Na
Área do Euro, o anúncio de que a Linha (temporária) de Estabilidade Financeira Europeia
(EFSF) funcionará junto com o Mecanismo (permanente) de Estabilidade Europeu (ESM) até
julho de 2013, elevando a capacidade de empréstimo contra crises de €500 bilhões para €700
bilhões, bem como a reestruturação da dívida grega e a aprovação pelo FMI e pela União
Europeia do segundo pacote de ajuda à Grécia, trouxeram alívio aos mercados. Nesse
contexto, a volatilidade, medida pelo índice VIX recuou a 14,3% em 26 de março. Na
sequência, essa tendência se inverteu. Os resultados ruins para os PMIs de março na China e
nos países europeus, com consequente ampliação do risco de recessão no continente, e os
resultados aquém do esperado com o payroll de março nos EUA, com o leilão de títulos da
Espanha no início de abril e com a divulgação do PIB chinês do primeiro trimestre de 2012,
implicaram diminuição do apetite ao risco, forte queda nas bolsas, elevação do VIX a 20,4%
em 10 de abril, redução dos retornos dos títulos de dez anos dos EUA, da Alemanha e do
Reino Unido, e elevação dos yields dos bônus governamentais de países europeus, em
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
79
especial, Itália e Espanha. Destaque-se que, em 13 de abril, o CDS da Espanha alcançou valor
recorde, 502 p.b. Nesse cenário de ampliação da aversão ao risco, o dólar se valorizou ante o
euro e as moedas de países emergentes exportadores de commodities.
Desde a última reunião do Copom, os preços internacionais das commodities apresentaram
recuo, reagindo às perspectivas favoráveis para as safras de grãos no hemisfério norte, ao
aumento da aversão ao risco nos mercados financeiros, ao aumento dos riscos quanto a uma
desaceleração mais aguda da economia chinesa, e, no caso do petróleo, ao aumento dos
estoques nos EUA.
Nos EUA, o Federal Reserve manteve os juros básicos entre 0% e 0,25% e ratificou a
perspectiva de manutenção deste patamar até o final de 2014, haja vista a trajetória declinante
da inflação, a variação anual do índice de preços ao consumidor (IPC), que atingiu 2,7% em
março, sexto recuo consecutivo, e a percepção de que a sustentabilidade do crescimento ainda
depende de estímulos monetários excepcionais. No Japão, onde o IPC, em alta, atingiu 0,3%
em fevereiro, o Banco do Japão (BoJ) conservou a taxa básica de juros entre 0% e 0,1% e, em
13 de março, ampliou de ¥3,5 trilhões para ¥5,5 trilhões a linha de assistência para fortalecer
as bases do crescimento (Growth-Supporting Funding Facility), detalhando regras para as
modalidades que a integram. Também o BCE não alterou sua taxa de juros de referência de
1%. Segundo a Eurostat, a variação anual da inflação ao consumidor na Área do Euro atingiu
2,7% em março. No Reino Unido, a variação anual do IPC em março avançou a 3,5%,
permanecendo em patamar significativamente inferior ao auge de 5,2% registrado em
setembro de 2011. Neste cenário, o BoE decidiu pela manutenção da taxa básica de juros,
0,5% a.a., e do montante do programa de compra de ativos, £325 bilhões. Na China, o IPC
sofreu ligeiro aumento para 3,6% em março, ante 3,2% em fevereiro, sem comprometer,
contudo, sua trajetória de queda após máxima de 6,5% em julho do ano passado. Na maioria
das demais economias em desenvolvimento, desde a última reunião do Copom, prevalecem
cenário benigno para a inflação e manutenção de políticas monetárias acomodatícias
Comércio exterior e reservas internacionais
A balança comercial brasileira registrou superávit de US$2 bilhões em março, resultado de
exportações de US$20,9 bilhões e importações de US$18,9 bilhões. O saldo acumulado no
primeiro trimestre do ano totalizou US$2,4 bilhões, ante US$3,1 bilhões em igual período de
2011, refletindo aumento de 7,5% nas exportações e de 9,5% nas importações. A corrente de
comércio cresceu 8,5% no ano, somando US$107,7 bilhões, ante US$99,3 bilhões registrados
no primeiro trimestre de 2011.
As reservas internacionais somaram US$365,2 bilhões em março, com elevação de US$8,9
bilhões em relação a fevereiro. Na comparação com dezembro de 2011, as reservas
aumentaram US$13,2 bilhões. O Banco Central comprou US$3 bilhões líquidos no mercado
doméstico de câmbio a vista no mês.
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80
Cenário Nacional
Inflação e Evolução Recente da Economia
A inflação, medida pela variação mensal do Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA), alcançou 0,21% em março (0,45% em fevereiro e 0,56% em janeiro),
determinando o sexto recuo consecutivo da inflação acumulada em doze meses, que se
deslocou de 5,85% em fevereiro para 5,24% em março (6,30% em março de 2011). Os preços
livres variaram 5,49% em doze meses até março (7,04% em março de 2011), e os preços
administrados, 4,58% (4,53% em março de 2011). Em relação aos preços livres, cabe destacar
que os dos bens comercializáveis aumentaram 3,41% em doze meses até março e os dos não
comercializáveis, 7,37%, ante altas de 6,04% e 7,93%, respectivamente, em igual período de
2011. Especificamente sobre serviços, a inflação nesse segmento foi de 0,52% em março,
após variação de 1,25% em fevereiro. Dessa forma, a inflação de serviços acumulada em doze
meses atingiu 7,75% (ante 8,53% registrados até março de 2011). Em síntese, o conjunto de
informações disponíveis sugere tendência declinante da inflação acumulada em doze meses
em direção à meta de inflação, apesar de a inflação de serviços ainda seguir em níveis
elevados.
As medidas de inflação subjacente calculadas pelo Banco Central têm apresentado evolução
similar à da inflação plena. A média das variações mensais passou de 0,52% em janeiro para
0,46% em fevereiro e 0,25% em março. Por sua vez, no acumulado em doze meses, a variação
média das cinco medidas de núcleo se deslocou de 6,41% em janeiro para 6,10% em fevereiro
e 5,69% em março, sexto recuo consecutivo. O núcleo do IPCA por médias aparadas com
suavização deslocou-se de 0,47% em janeiro para 0,41% em fevereiro e para 0,28% em
março, enquanto o núcleo por médias aparadas sem suavização passou de 0,36% para 0,28% e
para 0,27% no mesmo período. De modo similar, o núcleo por dupla ponderação, após
registrar 0,59% em janeiro, recuou para 0,47% em fevereiro e para 0,26% em março. Ao
mesmo tempo, o núcleo por exclusão, que descarta dez itens de alimentação no domicílio e
combustíveis, avançou de 0,59% em janeiro para 0,60% em fevereiro, antes de recuar para
0,21% em março; e o núcleo por exclusão de monitorados e de alimentação no domicílio
passou de 0,57% em janeiro para 0,54% em fevereiro e para 0,22% em março.
O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) avançou 0,56% em março,
após variar 0,07% em fevereiro e 0,30% em janeiro. Dessa forma, no acumulado em doze
meses, março registrou o décimo quinto recuo consecutivo da inflação medida pelo IGP-DI,
para 3,32%, 7,77 pontos percentuais (p.p.) abaixo da registrada em março de 2011. O
principal componente desse indicador, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), variou
1,80% em doze meses até março, refletindo aumento de 2,53% no IPA industrial e recuo de
0,14% no IPA agrícola. Na desagregação segundo o estágio da produção, observou-se, na
mesma base de comparação, avanço de 0,02% nos preços de matérias-primas brutas, de
2,17% nos preços de bens intermediários e de 2,96% nos preços de bens finais. Já a inflação
medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), segundo componente mais importante do
IGP-DI, ficou em 5,50% em doze meses até março (5,86% em março de 2011). O Índice
Nacional de Custo da Construção (INCC), componente de menor peso no IGP-DI, variou
8,10%. Por sua vez, o Índice de Preços ao Produtor/Indústria de Transformação (IPP/IT),
calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), recuou 0,38% em
fevereiro, após deflação de 0,43% em janeiro. Em doze meses, a variação desse índice
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81
deslocou-se de 1,75% em janeiro para 0,76% em fevereiro. De forma geral, a evolução
recente dos índices de preços no atacado e ao produtor sinaliza redução das pressões
inflacionárias nesses segmentos.
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) incorpora estimativa para a
produção mensal dos três setores da economia, bem como para os impostos sobre produtos, e
constitui importante indicador coincidente da atividade econômica. Considerando os dados
ajustados sazonalmente, o IBC-Br recuou 0,2% em fevereiro, mesma variação observada em
janeiro, ante incremento de 0,4% em dezembro. Dessa forma, o indicador registrou
crescimento de 0,9% no trimestre dezembro/fevereiro, em relação ao período
setembro/novembro de 2011. Já a taxa de crescimento acumulada em doze meses vem
desacelerando desde novembro de 2010 e alcançou 1,9% em fevereiro. Por sua vez, o Índice
de Confiança do Consumidor (ICC), da Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou a segunda
alta consecutiva em março. Da mesma forma, o Índice de Confiança do Setor de Serviços
(ICS) apresentou a segunda elevação sucessiva em março, após seis resultados negativos.
Os Indicadores de Condições de Crédito, construídos pelo Banco Central com base em
consulta trimestral realizada com instituições representativas de cada segmento do mercado de
crédito evidenciam, em geral, condições mais flexíveis no segundo trimestre de 2012 em
comparação ao primeiro. Especificamente sobre crédito às grandes empresas, a análise sugere
cenário ainda restritivo (no que se refere à aprovação de crédito), mas em intensidade menor.
Para micro, pequenas e médias empresas, os indicadores indicam aumento na aprovação de
crédito no segundo trimestre em relação ao anterior, com demanda moderadamente mais forte
e oferta ainda moderadamente restritiva, mas em intensidade menor. Em relação ao crédito
voltado ao consumo, a expectativa para o segundo trimestre indica redução no percentual de
aprovação de crédito, ante o verificado no trimestre anterior. Para o crédito habitacional,
apesar de oferta em níveis similares aos observados de janeiro a março de 2012, a expectativa
de expansão da demanda tende a confirmar cenário com elevação do percentual de aprovação.
A atividade fabril avançou 1,3% em fevereiro, de acordo com a série da produção industrial
geral dessazonalizada pelo IBGE, após registrar recuo de 1,5% em janeiro e avanço de 0,5%
em dezembro. Houve crescimento da produção em dezoito dos 27 ramos de atividade em
fevereiro, com destaque para a recuperação no setor de veículos automotores (13,1%), após
forte recuo em janeiro. Sob o critério da média móvel trimestral, houve avanço de 0,1% na
produção industrial de dezembro a fevereiro, a primeira leitura positiva nessa base de
comparação desde julho de 2011. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a
produção recuou 3,9% em fevereiro e, no acumulado em doze meses, 1,0%. Por outro lado,
em relação a dezembro de 2008, mês que registrou a menor medição da produção industrial
durante a crise de 2008/2009, o crescimento acumulado até fevereiro atinge 22,1%. Já em
termos de faturamento da indústria de transformação, segundo dados dessazonalizados da
Confederação Nacional da Indústria (CNI), houve crescimento real de 1,5% em fevereiro em
relação ao mês anterior, com o número de horas trabalhadas avançando 2,2% na mesma base
de comparação.
Entre as categorias de uso da indústria, segundo dados dessazonalizados pelo IBGE, houve
recuo de 4,3% na produção de bens de consumo duráveis em fevereiro e expansão de 1,1% na
de não duráveis e semiduráveis. A produção de bens intermediários cresceu 2,3%, e a
produção de bens de capital, 5,7%, após diminuir 16,1% em janeiro. No acumulado em doze
meses até fevereiro, a produção de bens de consumo duráveis recuou 6,1%; a de bens não
duráveis e semiduráveis, 0,5%; a de bens intermediários, 0,3%; e a de bens de capital, 1,0%.
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82
A taxa de desemprego nas seis regiões metropolitanas cobertas pela Pesquisa Mensal de
Emprego (PME), sem ajuste sazonal, foi a 5,7% em fevereiro, após 5,5% em janeiro e 4,7%
em dezembro. A taxa de fevereiro foi 0,7 p.p. inferior à do mesmo mês do ano anterior. Já os
dados dessazonalizados pelo Banco Central apontam taxa de desocupação se deslocando de
5,6% em janeiro para 5,5% em fevereiro, o mínimo da série iniciada em março de 2002. Em
doze meses, houve expansão de 1,9% na população ocupada e de 1,3% da população
economicamente ativa. Na população ocupada, a proporção de empregados do setor privado
com carteira de trabalho assinada – que vem crescendo de forma consistente nos últimos anos
– atingiu 49,7% em fevereiro, mas dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego
(MTE) indicam moderação desse processo. De fato, em março, houve criação de 111,7 mil
postos de trabalho formais (ante 150,6 mil em fevereiro) e expansão do número de empregos
formais em seis dos oito setores de atividade econômica, com as principais contribuições
vindo dos setores de serviços e de construção civil. De acordo com a PME, o rendimento
médio real habitual cresceu 1,2% em fevereiro e 4,4% em doze meses. Como consequência, a
massa salarial real, considerando o rendimento médio da população ocupada nas seis regiões
metropolitanas, cresceu 6,4% em relação a fevereiro de 2011. Em suma, o conjunto de dados
disponíveis indica que, embora o mercado de trabalho continue robusto, há sinais de
moderação na margem.
De acordo com dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo IBGE, o
volume de vendas do comércio ampliado cresceu 2,5% em fevereiro, na comparação com o
mesmo mês do ano anterior, após registrar alta de 8,3% em janeiro e de 4,3% em dezembro,
na mesma base de comparação. Já na comparação mês a mês, a série com ajuste sazonal
indica que o volume de vendas do comércio ampliado recuou 1,1% em fevereiro, após crescer
1,8% em janeiro e 1,6% em dezembro. Assim, a taxa de crescimento acumulada em doze
meses ficou em 5,5% em fevereiro. Os dez segmentos pesquisados mostraram expansão no
volume de vendas no acumulado em doze meses, com destaque para equipamentos e materiais
para escritório, informática e comunicação (22,1%) e móveis e eletrodomésticos (15,5%).
Desde outubro, a FGV, em parceria com o Banco Central, vem divulgando o Índice de
Confiança do Comércio (ICOM). Esse indicador fornece informação adicional importante, à
medida que retrata o estado atual e sinaliza a evolução da atividade comercial de forma mais
tempestiva. Em março o índice evoluiu positivamente, após cinco leituras negativas,
impulsionado pela melhora nas expectativas em relação ao futuro. Nos próximos meses, a
trajetória do comércio continuará a ser influenciada pelas transferências governamentais, pelo
ritmo de crescimento da massa salarial real, pela melhora no nível de confiança dos
consumidores e pela expansão moderada do crédito.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) na indústria de transformação,
calculado pela FGV, sem ajuste sazonal, passou de 82,9% em fevereiro para 83,0% em março,
0,5 p.p. abaixo do observado em março de 2011. Na série com ajuste sazonal calculada pela
FGV, o Nuci ficou em 83,8% em março – 2,9 p.p. abaixo do máximo registrado em junho de
2008. A utilização da capacidade apresenta-se mais intensa no setor de materiais de
construção (86,0%), embora tenha havido recuo de 4,5 p.p. nesse setor desde novembro de
2011. Já no setor de bens intermediários, o Nuci ficou em 84,4%, ante 82,7% registrados no
setor de bens de capital e 82,4% no setor de bens de consumo. Segundo dados da CNI,
dessazonalizados pelo Banco Central, o Nuci ficou estável em 82,3% em fevereiro. Note-se,
ainda, que a diferença entre a proporção de empresas que reportavam excesso de estoques e
aquelas que reportavam estoques insuficientes apresentou a terceira queda consecutiva em
março.
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83
O saldo da balança comercial acumulado em doze meses aumentou para US$29,1 bilhões
em março, de US$28,6 bilhões em fevereiro. Esse resultado adveio de exportações de
US$259,9 bilhões e de importações de US$230,8 bilhões, associadas a variações de 21,5% e
de 20,5%, respectivamente, no acumulado em doze meses até março. O deficit em transações
correntes acumulado em doze meses passou de US$54,1 bilhões em janeiro para US$52,4
bilhões em fevereiro, equivalente a 2,09% do PIB. Por sua vez, os investimentos estrangeiros
diretos totalizaram US$65,0 bilhões em doze meses até fevereiro, equivalente a 2,60% do
PIB.
A economia mundial continua a enfrentar período de incerteza acima da usual, apesar de
certa estabilidade no nível de aversão ao risco, e com perspectivas de baixo crescimento.
Desde a última reunião do Copom, consolidou-se percepção mais positiva em relação à
atividade nos Estados Unidos (EUA) e no Japão, mas persistem riscos como os associados ao
preço do petróleo e ao cenário de contenção fiscal. O provimento ilimitado de liquidez pelo
Banco Central Europeu (BCE) reduziu a probabilidade de ocorrência de eventos extremos,
mas persistem riscos elevados para a estabilidade financeira global, entre outros, devido à
exposição de bancos internacionais às dívidas soberanas de países com desequilíbrios fiscais.
Taxas de desemprego elevadas por longo período, aliadas a necessidades de ajustes fiscais, ao
limitado espaço para ações de política anticíclicas e à incerteza política, têm contribuído para
projeções de baixo crescimento em economias maduras, embora com heterogeneidade entre
países. De fato, tanto o indicador antecedente composto divulgado pela Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), referente a fevereiro, como os
indicadores desagregados do Purchasing Managers Index (PMI) referentes a março apontam
atividade frágil na Zona do Euro. Ao mesmo tempo, a atividade na China desacelerou no
primeiro trimestre, e registrou a menor taxa de crescimento desde o primeiro trimestre de
2009. No que se refere à política monetária, as economias avançadas persistem com posturas
fortemente acomodatícias e, em alguns casos, com iniciativas não convencionais de política.
Mesmo assim, os núcleos de inflação continuaram em níveis moderados tanto nos EUA como
na Zona do Euro e no Japão, haja vista as perspectivas relativamente moderadas para o nível
de atividade. Nas economias emergentes, de modo geral, o viés da política monetária se
apresenta expansionista.
O preço do barril de petróleo do tipo Brent manteve-se acima de US$115, refletindo, em
parte, instabilidade política em importantes países produtores e defasagens no processo de
retomada de produção. Cabe ressaltar que a complexidade geopolítica que envolve o setor do
petróleo tende a acentuar o comportamento volátil dos preços, que é reflexo, também, da
baixa previsibilidade de alguns componentes da demanda global e do fato de o crescimento da
oferta depender de projetos de investimentos de longa maturação e de elevado risco. Em
relação às demais commodities, destaca-se o movimento de redução dos preços internacionais
das agrícolas e das metálicas desde a última reunião do Copom, de 4,6% e de 2,8%,
respectivamente, quando medidos pelo Commodity Research Bureau (CRB). Em relação aos
picos de abril de 2011, as duas categorias recuaram 17,5% e de 20,0%, respectivamente. O
Índice de Preços de Alimentos, calculado pela Organização das Nações Unidas para
Agricultura e Alimentação (FAO), que compreende 55 itens, acumula recuo de 6,5% até
março, desde o pico observado em fevereiro de 2011. No passado recente, a alta volatilidade
dos preços das commodities foi influenciada pela ampla liquidez global, em contexto no qual
os mercados financeiros se ajustam às novas expectativas de crescimento e à volatilidade nos
mercados de câmbio. Prospectivamente, é plausível afirmar que o recente anúncio por
autoridades chinesas de redução nas metas para crescimento tende a gerar algum impacto
sobre preços de commodities.
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84
Atividade econômica
O IBC-Br registrou queda de 0,23% em fevereiro, ante janeiro, considerados dados
dessazonalizados. No trimestre encerrado nesse mês, o índice apresenta elevação de 0,87%
em relação ao terminado em novembro, quando havia registrado retração de 0,37% no mesmo
tipo de comparação. Pela série com dados observados, o IBC-Br registrou expansão de 0,86%
no mês em relação a fevereiro de 2011, ante alta de 1,44% registrada em janeiro na mesma
base de comparação. O IBC-Br acumula crescimento de 1,15% no ano e de 1,91% nos
últimos doze meses finalizados em fevereiro.
As vendas do comércio ampliado, que inclui veículos e materiais de construção,
registraram retração de 1,1% em fevereiro em relação ao mês anterior, de acordo com dados
dessazonalizados da PMC do IBGE, após altas (revisadas) de 1,8% em janeiro e de 1,6% em
dezembro. Com o resultado, o trimestre finalizado em fevereiro apresentou crescimento de
3,4% em relação ao trimestre encerrado em novembro. Por segmento, observou-se queda nas
vendas de 5 dos 10 segmentos pesquisados, com destaque para o recuo de 3,6% em tecidos,
vestuários e calçados; 2,7% em livros, jornais, revistas e papelaria; e 2,1% em hipermercados,
supermercados, produtos alimentícios. Por outro lado, o crescimento mais expressivo foi
registrado nas vendas de equipamentos e materiais para escritório, 3,1%; combustíveis e
lubrificantes, 1,9%; e outros artigos de uso pessoal e doméstico, 1,6%. No ano, o comércio
ampliado variou 5,4%. As vendas do comércio varejista apresentaram recuo de 0,5% em
fevereiro, comparativamente ao mês anterior, dados com ajuste sazonal, após altas de 3,3%
em janeiro (revisada) e de 0,5% em dezembro, na mesma base de comparação. Observou-se
expansão de 3,4% no trimestre em relação ao trimestre anterior, dados dessazonalizados, de
8,7% no ano e de 6,7% no acumulado de doze meses.
Considerados os dados observados, as vendas do comércio ampliado apresentaram aumento
interanual de 2,5% em fevereiro, com destaque para a expansão nos segmentos equipamentos
e material para escritório, informática e comunicação, 26,6%; móveis e eletrodomésticos,
13,3%; hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, 11,8%; e artigos farmacêuticos
e médicos, 9,5%; contrabalançadas pela redução de 10% em veículos e motos, partes e peças.
No período de doze meses encerrado em fevereiro, o comércio ampliado registrou
crescimento de 5,5%, com ênfase no aumento das vendas de equipamentos e material para
escritório, informática e comunicação, 22,1%; móveis e eletrodomésticos, 15,5%; artigos
farmacêuticos e médicos, 9,3%; e material de construção, 8,3%.
As vendas de autoveículos pelas concessionárias, incluindo automóveis, comerciais leves,
caminhões e ônibus, registraram retração mensal de 5,5% em março, após queda de 2,1% em
fevereiro, de acordo com dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos
Automotores (Fenabrave), dessazonalizados pelo Banco Central. No trimestre encerrado em
março, houve recuo de 0,6%, ante variação de -0,4% no terminado em dezembro. No
acumulado do ano, as vendas de autoveículos declinaram 0,7%, resultado de queda de 5,6% e
de 0,8% nos segmentos caminhões e automóveis, respectivamente, e de expansão de 4,4% e
de 0,6%, nessa ordem, em ônibus e em comerciais leves.
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85
O índice de quantum das importações de bens de capital, divulgado pela Fundação Centro
de Estudos do Comércio Exterior (Funcex) e ajustado sazonalmente pelo Banco Central,
registrou retração mensal de 2,5% em março. A análise dos dados observados indicou queda
de 3,5% em relação a março do ano anterior e elevação de 4,3% no acumulado do ano e de
8,2% em doze meses encerrados em março.
A produção de bens de capital cresceu 5,7% em fevereiro, acumulando queda de 5,4% no
trimestre, relativamente ao finalizado em novembro, de acordo com dados dessazonalizados
da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), do IBGE. A principal
contribuição para o desempenho positivo da categoria no mês decorreu da expansão de 21,9%
na produção de equipamentos de transporte, em oposição a queda de 12% e de 7,3% na
produção de equipamentos agrícolas e de bens de capital para fins industriais não seriados,
respectivamente.
A produção de insumos típicos da construção civil registrou elevação mensal de 1,3% em
fevereiro, acumulando retração de 0,9% no trimestre, em relação ao finalizado em novembro,
considerados dados dessazonalizados. A produção do segmento aumentou 1,2% em relação a
fevereiro de 2011, com altas acumuladas de 2,2% no ano e de 3% em doze meses.
A produção física da indústria geral apresentou elevação mensal de 1,3% em fevereiro, de
acordo com dados dessazonalizados do IBGE, após variação revisada de -1,5% em janeiro,
refletindo expansão de 1,3% na indústria de transformação e de 9,3% na indústria extrativa.
Por categorias de uso, destacou-se a produção de bens de capital, com aumento de 5,7% no
mês, seguida pela elevação de 2,3% e de 1,1% na produção de bens intermediários e de bens
de consumo semi e não duráveis, respectivamente, enquanto a produção de bens de consumo
duráveis recuou 4,3%. Das 26 atividades da indústria de transformação consideradas na
pesquisa, dezessete apresentaram crescimento no mês, com ênfase para os segmentos de
equipamentos de instrumentação médico-hospitalar, 23,8%; veículos automotores, 13%; e
máquinas para escritório e equipamentos de informática, 9,5%. A produção da indústria
recuou 0,2% no trimestre encerrado em fevereiro, em relação ao terminado em novembro,
quando havia decrescido 2,2%, refletindo retração de 2,1% na indústria extrativa, enquanto a
indústria de transformação registrou expansão de 0,5%. A evolução trimestral decorreu, em
parte, do desempenho das atividades das indústrias de veículos automotores, de máquinas
para escritório e equipamentos de informática, e de fumo, com queda de 11,1%, 10,6% e
9,9%, nessa ordem. Considerados dados observados, a produção física da indústria registrou
retrações de 3,9% no mês, ante igual mês do ano anterior, de 3,4% no acumulado do ano e de
1% em doze meses, influenciadas, sobretudo, pelo desempenho desfavorável das indústrias de
bens de consumo duráveis e de capital.
O Nuci da indústria de transformação atingiu 83,8% em março, com expansão de 0,1 p.p.
em relação a fevereiro, segundo dados dessazonalizados da FGV. Os segmentos de bens de
capital e de material de construção apresentaram recuo de 1,3 p.p. em relação ao mês anterior,
enquanto os referentes a bens intermediários e bens de consumo, elevações de 0,5 p.p.
Considerada a série observada, o Nuci apresentou queda 0,5 p.p. em relação a março de 2011,
resultado de decréscimos nos indicadores referentes às indústrias de material de construção,
3,2 p.p.; de bens de capital, 2,3 p.p.; de bens intermediários, 1,1 p.p.; e de bens de consumo,
de 0,3 p.p.
A produção de autoveículos montados atingiu 308,5 mil unidades em março, representando
variações de 6,2% em relação a fevereiro e de -3,1% no trimestre, de acordo com dados da
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Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), dessazonalizados
pelo Banco Central. Considerando dados observados, a produção apresentou crescimento de
4,5%, em relação a março de 2011, e queda de 10,9% e de 3,1% nos acumulados do ano e em
doze meses, respectivamente.
Ainda segundo a Anfavea, o licenciamento de autoveículos nacionais registrou retração de
6% em relação a fevereiro e crescimento de 1,7% no trimestre encerrado em março ante o
trimestre anterior, dados com ajuste sazonal. Considerados dados observados, ocorreu
decréscimo de 5,8% em relação a março de 2011, de 3,9% no ano e de 3,6% no acumulado de
doze meses. As exportações de autoveículos montados somaram 42,2 mil unidades em março,
representando variações de -1% em relação a igual mês do ano anterior, de -6,7% no
acumulado do ano e de 6,6% no acumulado em doze meses. Considerada a série
dessazonalizada pelo Banco Central, as exportações recuaram 1,1% no mês e 10,2% no
trimestre.
De acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do IBGE,
referente a março, a safra de grãos do país deverá totalizar 158,6 milhões de toneladas em
2012, o que representa redução de 0,9% em relação à de 2011 e elevação de 0,7% em relação
ao último levantamento divulgado em fevereiro. O novo prognóstico apresentou perspectiva
mais favorável para as culturas de milho e feijão, com acréscimo de 4,3% e de 0,7%,
respectivamente, em comparação à estimativa do mês anterior, contrastando com as previsões
para o cultivo de soja e arroz, que projetam retração de 1,8% e de 1,2%, respectivamente, em
igual base de comparação. Em relação à safra de grãos de 2011, o novo levantamento estima
expansão de 17,3% para milho, de 1,5% para caroço de algodão e de 0,2% para feijão, em
oposição ao decréscimo de 14,2%, 11,1% e 9,9% nas colheitas de arroz, soja e trigo,
respectivamente.
Expectativas e sondagens
O ICC, considerados os dados dessazonalizados da Sondagem de Expectativas do
Consumidor, da FGV, de abrangência nacional, registrou expansão de 2,8% em março, em
relação a fevereiro, alcançando 122,7 pontos, melhor resultado desde julho de 2011,
influenciado pelos aumentos de 1,6% no Índice da Situação Atual (ISA) e de 3,6% no Índice
de Expectativas (IE). Em relação a março de 2011, o ICC cresceu 2,2%, resultado de variação
de -1,2% no ISA e de 4,8% no IE.
O ICS, calculado pela FGV, recuou 1% em março, em relação ao mesmo mês do ano
anterior, atingindo 130 pontos, refletindo retração de 2,7% no ISA, enquanto o IE registrou
alta de 0,3%. Na comparação com fevereiro, o ICS apresentou elevação de 0,3% em março,
sem ajuste sazonal, resultado de variações respectivas de 1,6% e -0,6% no ISA e no IE.
O ICOM, calculado pela Sondagem Conjuntural do Comércio da FGV, atingiu 129,4
pontos em março, representando recuo de 0,1% relativamente a igual mês do ano anterior. O
resultado decorreu de variações de 0,7% no Índice de Situação Atual (ISA-COM) e de -0,6%
no Índice de Expectativas (IE-COM). No trimestre finalizado em março, o ICOM registrou
contração de 4,3% comparativamente ao mesmo período de 2011, influenciado pela retração
de 4,1% no ISA-COM e de 4,5% no IE-COM.
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
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O Índice de Confiança da Indústria (ICI), considerados dados dessazonalizados da
Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação, da FGV, apresentou alta de 0,5% em
março, em relação a fevereiro, situando-se em 103 pontos, resultado de aumento de 0,2% no
ISA e de 1% no IE. Em relação a março de 2011, o ICI recuou 8%, resultado de retrações de
7,8% no ISA e de 8,3% no IE.
O Índice de Confiança da Construção (ICST), calculado pela Sondagem Conjuntural da
Construção, da FGV, atingiu 129,1 pontos em março, 4,3% inferior ao resultado de igual mês
do ano anterior. O resultado refletiu retrações de 6,9% no Índice de Situação Atual (ISA-
ICST) e de 2% no Índice de Expectativas (IE-ICST). No trimestre finalizado em março, o
ICST registrou contração de 6,6%, comparativamente ao mesmo período de 2011,
repercutindo recuos de 9,3% no ISA-ICST e de 4,2% no IE-ICST.
Cenário Estadual
Em relação à análise para o Cenário Estadual reproduzimos o Artigo abaixo
publicado no site cenariomt.com.br.
AGRICULTURA
Renda deve atingir R$ 18 bi em Mato Grosso Previsão aponta aumento de 29% no Valor Bruto de Produção para as duas culturas este ano
Cenário Agrícola
O ano de 2012 será de recordes na agricultura. Além da produção e preços pagos pelas
commodities, o Valor Bruto da Produção (VBP) será o maior.
Somente para as culturas de soja e milho as projeções é um incremento de 29% este ano,
frente a 2011, um salto de R$ 14,1 bilhões para R$ 18,2 bilhões proporcionados pelo aumento
da produção e preço médio da saca de 60 quilos. As estimativas são do Instituto Mato-
grossense de Economia Agropecuária (Imea), que revela perspectiva de que 2013 não será
diferente.
As projeções da entidade, visto que nem toda a produção de soja e milho foram
comercializadas, mostram ainda que caso estas se concretizem, ao se comparar com 2007, o
Estado terá um aumento de 163,7%.
"O incremento, ante 2011, é devido a dois fatores: o aumento da produção e o preço
elevado. Ano passado tivemos um mercado aquecido para a soja e o milho o que fez com que
os produtores aumentassem a área e consequentemente a produção", explica o gestor do Imea,
Daniel Latorraca. Os preços atuais aquecidos e considerados recordes deve-se aos baixos
estoques mundiais de ambas as commodities, ocasionadas pelas quebras de safra no sul do
Brasil, Argentina e Estados Unidos.
Segundo ele, o VBP são os ganhos brutos dos produtores com a atividade, obtidos a partir
da multiplicação da produção com o preço médio ao qual é vendida a saca da cultura. "É
importante frisar que esse montante não significa a totalidade que ficará nas mãos dos
produtores".
O VBP da soja projetado para 2012 é de R$ 14,4 bilhões, volume 21% superior aos R$ 11,9
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bilhões de 2011 e 148,2% maior que os R$ 5,8 bilhões de 2007. Conforme o Imea, o preço
médio da saca de 60 quilos do grão teve acréscimos de 11%, saltando de R$ 36,47 para R$
40,34. Na safra 2011/2012, Mato Grosso colheu 21,3 milhões de toneladas de soja, 4% a mais
que as 20,6 milhões da safra 2010/2012.
Para o milho, cuja colheita inicia em julho, a previsão é de R$ 3,9 bilhões o VBP. O
montante esperado é 72% superior aos R$ 2,3 bilhões de 2011 e 254,4% que o total de R$ 1,1
bilhão alcançado em 2007. Na safra 2011/2012 estima-se uma produção de milho safrinha de
11,7 milhões de toneladas, 68% a mais que a safra 2010/2011. O preço médio da saca
aumentou 5%, com alta de R$ 18,85 em 2011 para R$ 19,82 este ano.
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A N E X O
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GLOSSÁRIO
Alíquota média Alíquota resultante da ponderação de cada alíquota com o respectivo faturamento num mesmo segmento econômico
Analisada (Receita)
Dummy (Variable)
Receita obtida a partir da atualização das hipóteses utilizadas na projeção inicial da receita.
Uma variável que considera as alterações exógenas ou mudanças de inclinação de uma curva numa relação econométrica. Por exemplo: as variáveis dummy podem ser utilizadas para estimação das influências sazonais sobre um conjunto de dados. Administrando a uma dummy o valor 1 para os meses de inverno e “zero” para os demais, ela indicará em que medida uma relação econométrica (preços de produtos agrícolas e quantidades produzidas, por exemplo) se alterará durante o inverno, em relação aos demais meses do ano
Eficácia tributária Relação entre a receita efetiva e a potencial.
Elasticidade Mede a reação/sensibilidade de uma variável a uma mudança em outra, sendo as duas variações expressas em termos percentuais. A elasticidade mede um aumento ou diminuição no ICMS dos segmentos econômicos ocasionados por acréscimo ou redução do PIB.
Evasão Fuga ou subtração do contribuinte ao pagamento do tributo, que lhe é atribuído, usando para isso de meios que evitem a incidência tributária a seu cargo.
Execução Cobrança ajuizada
Faturamento tributável Faturamento do segmento econômico sobre o qual incide a alíquota média
ICMS efetivo
ICMS potencial, menos renúncia, créditos e Inconverso do ICMS.
ICMS potencial Valor obtido a partir da aplicação da alíquota média do ICMS do segmento sobre o valor do faturamento.
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Inconverso
Inconverso do ICMS
Não convertido; inconvertido. ICMS que poderia ser ou ter sido
arrecadado, mas deixou de sê-lo em virtude de contencioso administrativo, contencioso judicial, inadimplência e fraudes.
Índice de Inconverso
Relação entre o Inconverso e o
ICMS efetivo.
Renúncia A renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, isenção de caráter não geral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que implique redução discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado (LRF, Art. 14, Inciso II, § 1º). Os Programas de incentivos fiscais (PROALMAT, PRODEIC, PROARROZ, etc.) são
Isenção Dispensa legal do pagamento do
tributo. Segmento
econômico/Segmento Produto ou cadeia produtiva com
representatividade na receita tributária e/ou na economia do Estado.
Sonegação Sonegação simples: Falta de
pagamento do tributo sem qualquer malícia, ou sem o emprego de ardil, ou fraude, com que o contribuinte procura furtar-se ao cumprimento da imposição fiscal.
Sonegação dolosa (ou fraudulenta): Decorrente da fraude ou da má-fé do contribuinte, usando meios, manobras ou ardis para se furtar, ou se subtrair ao pagamento do tributo.
PIB – Produto Interno Bruto
Proxy
Valor monetário total de todos os
bens e serviços finais produzidos dentro das fronteiras de uma Nação, mesmo que tenham sido produzidos por estrangeiros.
Variável utilizada para substituir
outra teoricamente mais satisfatória, nos casos
em que não se dispõe de dados para esta última ou estes não podem ser
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obtidos.
Avenida Historiador Rubens de Mendonça, 3415 A
Cuiabá – MT – CEP: 78.055-500
Telefone SARP 0xx65 – 3617-2201
www.SEFAZ.mt.gov.br
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Sítios consultados pela Secretaria de Fazenda www.bc.gov.br
www.imf.org
www.worldbank.org/
www.ibge.gov.br
www.imea.com.br
www.tesouro.fazenda.gov.br
www.famato.org.br
www.detran.mt.gov.br
www.fiemt.com.br
www.aprosoja.com.br
www.ampa.com.br
www.seplan.mt.gov.br www.portaldoagronegocio.com.br
www.esalq.usp.br
www.agricultura.gov.br/
aliceweb.desenvolvimento.gov.br
www.uba.org.br
www.indea.mt.gov.br/