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Lmlima Página 1 07/04/2005 F:\PRD\Projetos\2005\2005_011_SEFAZ_SAGEC_BALANCO2004\Impresso\Volume I\RELATÓRIO DO CONTADOR.doc GOVERNO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA BALANÇO GERAL DO ESTADO RELATÓRIO DO CONTADOR VOLUME – I EXERCÍCIO DE 2004 Abril de 2005

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Lmlima Página 1 07/04/2005 F:\PRD\Projetos\2005\2005_011_SEFAZ_SAGEC_BALANCO2004\Impresso\Volume I\RELATÓRIO DO CONTADOR.doc

GOVERNO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA

BALANÇO GERAL DO ESTADO

RELATÓRIO DO CONTADOR

VOLUME – I

EXERCÍCIO DE 2004

Abril de 2005

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ESTADO DE MATO GROSSO

SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA

BLAIRO BORGES MAGGI Governador do Estado

WALDIR JÚLIO TEIS Secretário de Estado de Fazenda

EDMILSON JOSÉ DOS SANTOS Secretário Adjunto de Política Fiscal

SÍRIO PINHEIRO DA SILVA Auditor Geral do Estado

AVANETH ALMEIDA DAS NEVES Superintendente do Sistema Integrado de Administração Financeira

LUIZ MARCOS DE LIMA Superintendente Adjunto de Gestão da Contabilidade Pública

Contador CRC-MT 007836/0-1

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ÍNDICE

ÍNDICE .......................................................................................................................3 Apresentação .............................................................................................................4 METAS ALCANÇADAS..............................................................................................4 Introdução...................................................................................................................5 Cap. 1 - Apresentação e análise das metas fiscais..................................7 Das Metas Fiscais................................................................................................7 Análise dos resultados .......................................................................................9 Resultados da Receita Primária......................................................................9 Resultado do Equilíbrio Fiscal ..................................................................................11 Cap. 2 - Apresentação e análise dos resultados contábeis.................14 Balanço orçamentário.......................................................................................14 Resultado Orçamentário ..................................................................................14 Receita Prevista e Realizada .........................................................................15 Receitas Correntes ............................................................................................16 Despesa por Categoria Econômica..........................................................................19 Balanço Financeiro ............................................................................................23 Resultado Financeiro ........................................................................................24 Balanço Patrimonial...........................................................................................27 Resumo do Balanço Patrimonial...................................................................29 Resultado e Demonstração das Variações Patrimoniais......................30 Restos a Pagar ...................................................................................................31 Quadro Explicativo do Realizável .................................................................33 Ativo Permanente...............................................................................................34 Dívida Ativa ..........................................................................................................34 Notas Explicativas..............................................................................................35 Cap. 3 - Apresentação e análise dos resultados dos Fundos.............37 Análise dos Fundos Estaduais. .....................................................................37 Aplicação na Educação e na Saúde............................................................37 Aplicação na Educação....................................................................................38 Aplicação na Saúde...........................................................................................39 Capítulo 4: Apresentação de informações sobre a realização de incentivos fiscais no exercício. .............................................................................................................41

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Apresentação

METAS ALCANÇADAS

Mais um ano teve avanços importantes no Estado de Mato Grosso, e

principalmente na gestão pública como um todo. Isso pode ser demonstrado nas páginas a seguir, onde os resultados apresentados indicam a manutenção do equilíbrio fiscal, mediante o cumprimento das metas estabelecidas e dos limites definidos para as despesas com pessoal e a dívida consolidada líquida, ficando confirmado o atendimento aos requisitos da Lei de Responsabilidade Fiscal.

O resultado primário, principal indicador de sustentabilidade fiscal do setor público, apresentou no exercício de 2004 o resultado de R$ 553,9 milhões, valor 9,9% superior à meta de R$ 504 milhões. Esse resultado foi também 34,2% maior que o valor de R$ 412,8 milhões obtido em 2003. O desempenho verificado demonstra que o ingresso das receitas fiscais foi capaz de suportar o total das despesas fiscais do exercício.

Mantendo uma política fazendária que aprimora constantemente seus controles e celebra parcerias para combater a evasão e a inadimplência, as receitas fiscais totalizaram R$ 4,73 bilhões, superando em 11% a projeção para o período.

No campo das despesas fiscais, considerando o rigoroso contingenciamento de gastos, foi atingido um montante de R$ 4,18 bilhões, estabelecendo-se 11,2% da previsão orçamentária. No entanto, limitou-se a 88,3% do total das receitas fiscais, não comprometendo a obtenção do superávit primário.

Nesse sentido, o que podemos perceber é que conseguimos grandes avanços de um ano para o outro, mantendo sempre o planejamento e execução das metas. Esse resultado positivo está sendo possível graças à participação e compromisso de toda a administração pública de Mato Grosso, que entendeu e assimilou nossa filosofia de trabalho, pautada sempre no polinômio: honestidade, transparência, ousadia e eficiência.

BLAIRO BORGES MAGGI GOVERNADOR DO ESTADO DE MATO GROSSO

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Introdução

Em cumprimento ao que dispõe a Lei 4.320, de 17 de março de 1964 e demais dispositivos legais pertinentes, o Governo do Estado de Mato Grosso apresenta o Balanço Geral do Estado, relativo ao exercício financeiro de 2004. Além dos anexos definidos na forma da referida Lei, estão inclusos demonstrativos, gráficos e anexos complementares, referentes às Execuções Orçamentária, Financeira e Patrimonial.

Esta peça de Prestação de Contas é composta de 03 (três) volumes assim estruturados:

Volume I Relatório do Contador. Nele consta o resultado comentado das metas e prioridades da área fiscal da administração pública estadual para o exercício de 2004, além dos resultados contábeis convencionais.

Volume II Anexos da Lei 4.320/64. Os 17 anexos exigidos pela Lei são apresentados em forma de relatório.

Volume III Demonstrativos Analíticos da Execução Orçamentária e Relatórios de Inscrições em Restos a Pagar, ambos por Unidade Orçamentária, atendendo exigência do Tribunal de Contas de Mato Grosso.

O Volume I apresenta os resultados obtidos em quatro capítulos:

• Capitulo 1: Apresentação e análise dos resultados relacionados com as metas fiscais do Estado:

Nele são apresentados os resultados obtidos com as metas relacionadas às receita e despesa primária, resultados primário e nominal e dívida pública sob o ponto de vista dos pagamentos de juros e amortizações, estabelecidas de acordo com o artigo 2º da Lei 7.940 de 29/07/2003 (LDO/2004).

• Capítulo 2: Apresentação e análise dos resultados contábeis: Resultados Orçamentário, Financeiro e Patrimonial.

• Capítulo 3: Apresentação e análise dos resultados da execução orçamentária dos diversos Fundos instituídos pelo Poder Executivo do Estado. Atenção especial foi dada aos demonstrativos de aplicação nas áreas de Educação e Saúde.

• Capítulo 4: Apresentação de informações sobre a realização de incentivos fiscais no exercício.

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CAPÍTULO 1

APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS RELACIONADOS COM AS METAS FISCAIS DO ESTADO

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Cap. 1 - Apresentação e análise das metas fiscais

Das Metas Fiscais

As metas para o exercício de 2004 foram estabelecidas a partir dos objetivos e das metas constantes no PPA (Plano Plurianual) do Estado de Mato Grosso, e constam em anexo da Lei 7.940/2003 – LDO de 29/07/2003, conforme especifica seu artigo segundo:

“Art. 2º Em consonância com o art. 162, § 2º, da Constituição Estadual, as metas e as prioridades do projeto de lei orçamentária para o exercício financeiro de 2004 serão compatíveis e constarão do projeto de lei do Plano Plurianual para o período de 2004-2007, inclusive o Anexo de Metas e Prioridades constante desta lei”.

Cinco são as metas fiscais, objeto de monitoramento constante por parte

das secretarias instrumentais: I. Receita Primária; II. Despesa Primária; III. Resultado Primário; IV. Resultado Nominal; e V. Montante da Dívida Pública.

Para melhor entendimento dos resultados alcançados e reconstituição dos

cálculos efetuados, reproduzimos abaixo o conceito de cada uma delas, tal qual encontra-se definida na LDO:

1 - a receita primária corresponde às receitas fiscais líquidas, a qual resulta do somatório das receitas correntes e de capital, excluídas as receitas de aplicações financeiras (juros de títulos de renda), operações de crédito, amortização de empréstimos e alienação de ativos;

2 - a despesa primária corresponde às despesas fiscais líquidas, que é resultante do somatório das despesas correntes e de capital, excluídas as despesas de juros e encargos e amortização da dívida pública;

3 - o resultado primário corresponde à diferença entre receita primária e despesa primária;

4 - o resultado nominal corresponde ao resultado primário menos o pagamento dos juros e encargos da dívida líquidos, isto é, juros e encargos da dívida menos a receita de juros de títulos de renda (demonstra o resultado destinado à amortização do principal da dívida pública);

5 - o montante da dívida pública corresponde ao fluxo da dívida fundada, ou seja, amortizações do principal e juros e encargos da dívida, devidos em cada exercício.

É comum no processo de apreciação da proposta orçamentária, pela

Assembléia Legislativa, a adequação de alguns valores de previsão de receita e de fixação de despesa. Essas alterações geram impactos nas metas estabelecidas e por isso, nos obrigam a recompor os valores que serão objetos de acompanhamento e análise.

Análise simples, por comparação, entre o valor declarado na tabela de metas da LDO e o valor estimado na Lei Orçamentária Anual – LOA evidencia as

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diferenças. A tabela nº 1 demonstra, analiticamente, a composição final do valor de cada meta. Os comentários e análises aqui efetuados têm como referência as metas ajustadas, ou seja, as contidas na coluna de valores denominada “2004 - LOA”:

Tab 1 Valores Nominais em R$

DEMONSTRATIVO DE AJUSTE DE METAS ENTRE LDO E LOA

METAS - 2004

2004 - LDO 2004 - LOA 2004 Receita

Previsto (A) Previsto (B) DIFERENÇA

I - Receitas Correntes 4.119.317.312,00 4.498.056.413,00 -378.739.101,00( - ) Aplicações Financeiras 8.936.231,00 18.708.007,00 -9.771.776,00( - ) Deduções do Fundef 0,00 370.722.754,00 -370.722.754,00

1 - RECEITAS FISCAIS CORRENTES 4.110.381.081,00 4.108.625.652,00 1.755.429,00II - Receitas de Capital 164.568.310,00 174.454.877,00 -9.886.567,00

( - ) Operações de Crédito (1) 0,00 4.216.848,00 -4.216.848,00( - ) Amortização de Empréstimos (2) 9.311.988,00 9.311.988,00 0,00( - ) Alienação de Ativos 4.710.002,00 4.710.002,00 0,00

2 - RECEITAS FISCAIS DE CAPITAL 150.546.320,00 156.216.039,00 -5.669.719,003 - RECEITAS FISCAIS LIQUIDAS ( 1 + 2 ) 4.260.927.401,00 4.264.841.691,00 -3.914.290,00

2004 - LDO 2004 - LOA 2004 Despesa

Previsto (A) Previsto (B) DIFERENÇA

III - Despesas Correntes 3.590.295.093,00 3.542.480.047,00 47.815.046,00( - ) Juros e Encargos da Dívida 348.455.953,00 265.956.364,00 82.499.589,00

4 - DESPESAS FISCAIS CORRENTES 3.241.839.140,00 3.276.523.683,00 -34.684.543,00IV - Despesas de Capital 679.668.539,00 692.667.920,00 -12.999.381,00

( - ) Concessão de Empréstimos 0,00 0,00 0,00( - ) Aquisição de Título de Capital já Integ. 0,00 0,00 0,00( - ) Amortização da Dívida 262.955.312,00 275.001.657,00 -12.046.345,00

5 - DESPESAS FISCAIS DE CAPITAL 416.713.227,00 417.666.263,00 -953.036,006 - Reserva de Contigência 0,00 66.640.569,00 -66.640.569,007 - DESPESAS FISCAIS LIQUIDAS ( 4 + 5 + 6 ) 3.658.552.367,00 3.760.830.515,00 -102.278.148,00

RESULTADO PRIMÁRIO ( 3 - 7 ) 602.375.034,00 504.011.176,00 98.363.858,00

RESULTADO NOMINAL 262.855.312,0 256.762.819,0 6.092.493,0

Fonte: Balanço Geral do Estado - Exercício de 2004. Notas: (1) Operações de Créditos: BID-Pnafe / (2) Amortização de Empréstimos: Prodei/Fundeic/Fadem/Fundagro-PADIC

A coluna denominada “diferença” deixa mais explícitas as receitas e as

despesas que sofreram alterações e o impacto que elas geram sobre as metas originais declaradas na LDO.

Antes da apresentação dos resultados, cabe fazermos o registro da forma

de apresentação dos valores da receita corrente e receita tributária, para evitar desentendimentos e o sentimento de existência de erro de registro. A tabela de receita do estado obedece a portaria nº 328 da STN. Essa portaria introduziu uma novidade: um conjunto de contas de dedução, classificadas sob o número 9... Essas contas foram concebidas para permitir o controle dos recursos destinados ao Fundo de Desenvolvimento do Ensino Fundamental – FUNDEF. Em nossa sistemática de contabilização, os valores são apresentados em sua composição bruta, ou seja, sem a dedução dos valores do FUNDEF. A apuração do valor líquido deve ser calculada através de simples operação de subtração. Assim, a

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“receita corrente” (cód. 1000.00.00.00) apresenta na coluna de previsão o valor de R$ de 4.498.056.413,00, que subtraído, também na coluna de previsão, da “dedução da receita corrente” (cód. 9000.00.00.00) que monta em R$ 370.722.754,00, gera o valor líquido da “receita corrente” que é de R$ 4.127.333.659,00. Esse valor somado com o total das “receitas de capital” – R$ 174.454.877,00, e deduzida das receitas explicitadas no conceito gera o valor da meta de receita primária.

Para evitar maiores confusões, incluímos na demonstração de apuração da receita primária realizada a “dedução do Fundef”, para garantir a fidelidade ao valor projetado inicialmente.

Análise dos resultados

Resultados da Receita Primária

A Receita Primária realizada no exercício de 2004 foi de R$ 4.734,4 milhões, como pode ser verificado detalhadamente na tabela 2:

Tab. 2 Valores Nominais em R$DEMONSTRATIVO DA RECEITA PRIMÁRIA

(RECEITAS FISCAIS LÍQUIDAS) RECEITAS PREVISTA REALIZADA RESULTADO

(+) RECEITAS CORRENTES 4.498.056.413,00 5.178.652.789,86 15,13% (+) RECEITAS DE CAPITAL 174.454.877,00 40.379.038,60 -76,85% (=) TOTAL DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA 4.672.511.289,99 5.219.031.828,46 11,70% (-) DEDUÇÃO DA REC. CORRENTE - FUNDEF 370.722.754,00 422.578.223,24 (-) RECEITAS DE APLICAÇÃO FINANCEIRA 18.708.007,00 46.213.533,17 147,03% (-) RECEITAS DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO 4.216.848,00 6.451.000,00 52,98% (-) RECEITAS DE ALIENAÇÕES DE BENS (ATIVOS) 4.710.002,00 7.439.034,18 57,94% (-) RECEITAS DE AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS 9.311.988,00 1.975.368,70 -78,79% (=) RECEITAS FISCAIS LÍQUIDAS / RECEITA PRIMÁRIA 4.264.841.691,00 4.734.374.669,17 11,01% Fonte: Relatórios do SIAF Houve uma superação da meta em 11%. O resultado expressa o desempenho das receitas correntes, que apresentou um crescimento de 15,13% acima do orçado e é responsável por 99,23% da composição total da receita orçamentária. As receitas de natureza retificadora (aplicação financeira, operações de crédito, alienação e amortização de empréstimo), juntas, também apresentaram um bom desempenho e o excesso de arrecadação registrado para o conjunto foi de R$ 25,13 milhões, 68% acima do projetado para o período. Análise mais detalhada do desempenho da receita pública será apresentada no capítulo 2, que trata dos resultados contábeis, entre eles o resultado orçamentário. A Despesa Primária realizada no período foi de R$ 4.180,5 milhões contra os 3.760,8 milhões iniciais , como pode ser observado na tabela 3:

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Tab. 3 Em R$DEMONSTRATIVO DA DESPESA PRIMÁRIA

DESPESAS PREVISTA REALIZADA RESULTADO(+) DESPESAS CORRENTES 3.542.480.047,00 3.929.820.823,94 10,93% (+) DESPESAS DE CAPITAL 692.667.920,00 828.381.054,18 19,59% (+) RESERVA DE CONTIGÊNCIA 66.640.569,00 - -100,00% (=) TOTAL DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA 4.301.788.536,00 4.758.201.878,12 10,61% (-) JUROS E ENCARGOS DA DÍVIDA 265.956.364,00 243.636.772,34 -8,39% (-) AMORTIZAÇÃO DA DÍVIDA 275.001.657,00 328.207.281,83 19,35% (-) CONCESSÃO DE EMPRÉSTIMOS - 5.883.900,82 - (=) DESPESAS PRIMÁRIA 3.760.830.515,00 4.180.473.923,13 11,16% Fonte: Relatórios do SIAF

Concluí-se que a meta de despesa primária não foi alcançada. Espera-se

que realização da despesa seja no máximo igual ao projetado. A diferença entre previsão e realização foi de 11,16%. No entanto, a execução a maior dos gastos não trouxe prejuízos aos resultados de equilíbrio e tão pouco denotam irresponsabilidade de gestão, visto que executou-se a maior o valor resultante do excesso de arrecadação.

A exemplo do que ocorre com as receitas, a proporção entre as categorias

corrente e capital, na despesa, também é desproporcional. As despesas correntes acumulam 83% do total de despesas realizadas e as de capital 17%. Maiores detalhes sobre as despesas públicas são apresentados no capítulo 2.

A meta de número 3: o resultado primário - classificado como principal indicador de sustentabilidade fiscal do setor público, apresentou no exercício de 2004 o resultado de R$ 553,90 milhões, valor 9,90% superior à meta de R$ 504,01 milhões. O desempenho verificado está coerente com o resultado obtido nas duas metas anteriores. A superação desta meta também é explicada pelo excesso de arrecadação registrado.

Tab. 4 Valor Nominal em R$DEMONSTRATIVO DO RESULTADO PRIMÁRIO

Prevista Realizada Diferença (+) RECEITA PRIMÁRIA 4.264.841.691,00 4.734.374.669,17 11,01% (-) DESPESA PRIMÁRIA 3.760.830.515,00 4.180.473.923,13 11,16% (=) RESULTADO PRIMÁRIO 504.011.176,00 553.900.746,04 9,90% Fonte: Relatórios do SIAF

A tabela 5 demonstra que a quarta meta consolidou um resultado superior

ao planejado no valor de 38,84%:

Tab. 5 Valor Nominal em R$

DEMONSTRATIVO DO RESULTADO NOMINAL Prevista Realizada Diferença

(+) RESULTADO PRIMÁRIO 504.011.176,00 553.900.746,04 9,90% (+) APLICAÇÕES FINANCEIRAS 18.708.007,00 46.213.533,17 147,03% (-) JUROS E ENCARGOS DA DÍVIDA 265.956.364,00 243.636.772,34 -8,39% (=) RESULTADO NOMINAL 256.762.819,00 356.477.506,87 38,84% Fonte: Relatórios do SIAF

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O resultado nominal é um indicador concebido, de acordo com o conceito adotado, para sinalizar a capacidade do Estado em honrar com a amortização do principal da dívida pública. Considerando esta concepção o resultado foi atingido, visto que o valor desembolsado para pagamento da amortização do principal da dívida foi de R$ 328,21 milhões, vinte e oito milhões a menos do resultado nominal que montou em R$ 356.477.506,87.

A quinta meta: “Montante da Dívida Pública” apresentou um resultado

insatisfatório. Pagou-se 30,9 milhões (5,71%) a mais do que foi projetado, conforme aponta da tabela 6:

Tab. 6 Valor Nominal em R$

DEMONSTRATIVO DO MONTANTE DA DÍVIDA (SERVIÇO DA DÍVIDA)

2003 2004 2003/200

4

(A)

Realizada (B)

Prevista (C)

Realizada (C/B)

Diferença

(C/A) Diferenç

a (-) JUROS E ENCARGOS DA DÍVIDA 247.858.138,93 265.956.364,00 243.636.772,34 -8,39% -1,70% (-) AMORTIZAÇÃO DA DÍVIDA 242.147.643,32 275.001.657,00 328.207.281,83 19,35% 35,54%(=) MONTANTE DA DÍVIDA PÚBLICA 490.005.782,25 540.958.021,00 571.844.054,17 5,71% 16,70%Fonte: Relatórios do SIAF

Em 2004 o Estado efetuou desembolso no valor de R$ 243,6 milhões com o pagamento dos juros e encargos da dívida, valor esse inferior a 1,7% em relação a 2003 devido ao término da carência do BID/PNAFE, um bônus da dívida de médio e longo prazo do Governo e da CODEMAT, e liquidação integral da parcela do contrato firmado ao amparo da Lei no 8.727/93.

O valor realizado foi inferior ao previsto na ordem de R$ 22,4 milhões, proveniente da variação cambial e da exclusão da receita da gestão plena do SUS da base de cálculo da receita líquida real, que propiciou o pagamento por compensação do contrato firmado sob a égide da Lei no 9.496/97, no valor de R$ 19 milhões.

A amortização da dívida totalizou R$ 328,2 milhões, valor 19,35% maior que a meta do exercício e 35,5% maior que o pagamento efetuado em 2003. A variação entre os pagamentos de 2003 e 2004 são proveniente dos seguintes fatores: aumento no percentual da amortização da conta gráfica; contrato oriundo do refinanciamento de dívida sob a égide da Lei no 9.496/97; início da amortização dos contratos do BID/PNAFE e um bônus da dívida de médio e longo prazo do Governo e da CODEMAT; e aumento da receita líquida real que propiciou a amortização integral da parcela do contrato da Lei no 8.727/93.

Resultado do Equilíbrio Fiscal

Encerrando a análise das metas fiscais, resolvemos apresentar o resultado de mais um indicador – o do equilíbrio fiscal, que apesar de não estar explicitamente declarado na tabela que compõe o anexo de metas, é um indicador importante e consta registrado no programa “Gestão da Política Financeira Estadual”. Esse indicador é conceituado como a relação entre a despesa orçamentária e a receita orçamentária, cujo resultado deve ser igual a 1. O registro de valor superior a 1,00 indica a existência de déficit; e o contrário indica superávit. Considerando a dificuldade de se obter um resultado de maneira tão rígida, o

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governo tem usado como referência, para indicação de equilíbrio fiscal o resultado apurado no intervalo entre 0,99 e 1,01. A tabela 7 demonstra que o exercício de 2004 encerrou com uma Relação Despesa/Receita de 0,99, o que representa contas fiscais equilibradas:

Tab. 7 Valor Nominal em R$

EQUILÍBRIO FISCAL Prevista Realizada

DESPESA ORÇAMENTÁRIA 4.301.788.535,54 4.758.201.878,12 RECEITA ORÇAMENTÁRIA 4.301.788.535,54 4.796.453.605,22 EQUILÍBRIO FISCAL (Despesa/Receita) 1,00 0,99 Fonte: Relatórios do SIAF

Considerando que não é papel do estado “poupar”, um superávit no montante de R$ 38.251.727,10, não sinaliza a existência de poupança. O valor apurado foi suportado pela variação admissível de + 1,0% no índice, como foi deliberado pela Câmara Fiscal.

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Capítulo 2

Apresentação e análise dos resultados contábeis

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Cap. 2 - Apresentação e análise dos resultados contábeis

Balanço orçamentário

O Balanço Orçamentário demonstra o resultado da execução orçamentária confrontando a receita e a despesa prevista com a receita e a despesa realizada. A despesa realizada é representada pelo montante empenhado no exercício. Esse confronto de realização possibilita conhecer o resultado Orçamentário do Exercício, sob a forma de Superávit ou Déficit Orçamentário, conforme o disposto no artigo 102, da Lei nº 4.320/64.

Os valores nele representados é conseqüência da execução da Lei nº 8.065 de 30 de dezembro de 2003, Lei Orçamentária Anual que estima a receita e fixa a despesa para o ano de 2004 no montante de R$ 4.301.788.536,00 (quatro bilhões, trezentos e um milhões, setecentos e oitenta e oito mil e quinhentos e trinta e seis reais).

Resultado Orçamentário Findamos o exercício 2004 com um superávit orçamentário no valor R$

38.251.727,10, como evidencia o Balanço Orçamentário representado pela tabela nº 8:

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Para facilitar a análise e entender melhor o resultado obtido, vamos reproduzir na tabela nº 9 o “Anexo I” da Lei 4.320/63, que demonstra o mesmo resultado, porém sob o ponto de vista da categoria econômica – receita/despesa corrente e capital, com a vantagem de apresentar a despesa por grandes grupos e superávits e déficits por categoria:

Verifica-se no demonstrativo, que os R$ 4,756 bilhões de receitas correntes

financiaram todas as despesas correntes e com seu superávit de R$ 826,25 milhões, ainda acobertou 99,74% das despesas de capital.

O desempenho das receitas de capital, como nos exercícios anteriores,

continua baixo, em relação à previsão da LOA. Já sobre a despesa não se pode dizer o mesmo. Além de incorporar os investimentos efetuados pelo Estado, aí se contabiliza também a amortização do principal da dívida pública.

Receita Prevista e Realizada As receitas totais, equivalentes ao somatório das receitas correntes e de

capital excluídas as deduções para o Fundef, acumulou no exercício R$ 4.796,5 milhões, para uma receita projetada de R$ 4.301,8 milhões. Realizou-se 111,5% da projeção. Confrontada com o valor de R$ 3.985,0 milhões efetivados em 2003, apontou um crescimento nominal de 20,4%. Esse resultado foi fortemente condicionado pelo comportamento das receitas correntes, que apresentaram um incremento de 15,1% em relação ao valor consignado no orçamento.

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Receitas Correntes As receitas correntes – excluídas as deduções para o Fundef – totalizaram

R$ 4.756,1 milhões, contra uma projeção de R$ 4.127,3 milhões. O resultado apresentado foi também 20,0% maior, em valores nominais, que o total de R$ 3.962,3 milhões realizado no ano anterior. Destaca-se nessa categoria a performance dos grupos de receitas tributária, patrimonial e de transferências correntes, que superaram a expectativa, respectivamente, em 12,7%, 172,3% e 30,9%. Especialmente no caso da receita patrimonial, cabe ressaltar que o seu desempenho é decorrente da institucionalização da Conta Única do Estado, que possibilitou o incremento da receita derivada de aplicações financeiras.

Receita Tributária

A receita tributária, como pode ser observado na tabela 10, atingiu R$ 3.189,2 milhões, superior ao valor previsto de R$ 2.829,1 milhões. Expressa em valores nominais, ficou 21,6% acima da arrecadação do exercício anterior, de R$ 2.623,8 milhões.

O Imposto de Renda Retido na Fonte realizou 111,2% do valor inicial, ou seja, previa-se o ingresso de R$ 102,6 milhões, tendo sido arrecadados R$ 114,0 milhões. Quando comparado à receita de 2003, demonstrou uma queda de 17,5%.

O IPVA totalizou R$ 101,1 milhões, ficou 3,3% abaixo do valor estimado. Contudo, excedeu em 12,9% a receita realizada em 2003.

O ITCD, para o qual havia uma previsão de R$ 3,9 milhões, acumulou no exercício R$ 5,1 milhões, equivalentes a 131,4% da meta. O efeito positivo sobre a arrecadação dessa receita decorre dos efeitos da Lei nº 7.850, de 18/12/2002, que introduziu mudanças na alíquota do imposto, alterando-a de 2% para alíquotas escalonadas de 2% a 4%. Situou-se também 12,5% acima da receita demonstrada no período anterior.

As receitas de taxas totalizaram R$ 34,3 milhões, correspondendo a 161,2% da projeção e encerraram o período com 77,2% de acréscimo comparativamente ao valor registrado em 2003.

Tab 10 Valor Nominal em R$ milhõesDEMONSTRATIVO DA RECEITA TRIBUTÁRIA

2003 2004 ∆ % ∆ % Discriminação

(A) Previsto (B)

Realizado (C) (C) / (A) (C) / (B)

Receita Tributária 2.623,8 2.829,1 3.189,2 121,6% 112,7% Impostos 2.604,4 2.807,8 3.154,9 121,1% 112,4%

IRRF 138,3 102,6 114,0 82,5% 111,2% IPVA 89,5 104,5 101,1 112,9% 96,7% ITCD 4,6 3,9 5,1 112,5% 131,4% ICMS 2.372,1 2.596,9 2.934,7 123,7% 113,0%

( - ) Deduções ao Fundef 266,8 292,2 330,2 158,4% 114,0%

Taxas 19,4 21,3 34,3 177,2% 161,2% Fonte: Relatórios do SIAF

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O ICMS - que representa 92% da receita tributária - totalizou R$ 2.934,7 milhões, valor 13,0% maior que a expectativa orçamentária de R$ 2.596,9 milhões. Esse resultado foi também 23,7% superior à arrecadação de 2003.

De um lado, os seus resultados provêm do comportamento positivo apresentado pelo lado real da economia estadual, com reflexo sobre o faturamento dos segmentos econômicos que compõem a base de arrecadação do ICMS, principal fonte de receita do Estado. De outro, das medidas adotadas pela Secretaria de Fazenda, que possibilitaram a otimização e a reformulação de processos, com aumento da objetividade, economicidade, eficácia, eficiência e justiça fiscal na ação fazendária.

Cabe, ainda, destacar duas importantes medidas, resultantes de um grande esforço de implantação, visando o combate à evasão fiscal. A primeira, diz respeito à implementação da interligação, em tempo real, de Mato Grosso com outros 22 Estados brasileiros. Trata-se do Sistema Interestadual de Controle de Trânsito de Mercadorias – SICMT. A segunda, foi a instituição do Posto Fiscal Virtual na Secretaria de Fazenda.

Receitas de Contribuição

As receitas de contribuições alcançaram R$ 365,2 milhões, situando-se apenas 1,7% acima do previsto. Relativamente ao ano de 2003 o incremento foi de 29,0%. Valores demonstrados na tabela 11.

As contribuições econômicas acumularam R$ 292,2 milhões, equivalentes a 109,3% da meta. Equiparando-se à receita do exercício anterior, apresentaram um crescimento de 38,4%. O FETHAB - que representa 95,3% desse total - atingiu no ano R$ 278,4 milhões, valor 7,2% maior que a projeção e fechou o período com uma arrecadação 38,2% superior a 2003.

Tab. 11 Valor Nominal em R$ milhõesDEMONSTRATIVO DA RECEITA DE CONTRIBUIÇÕES

2003 2004 ∆ % ∆ %

Discriminação (A) Previsto

(B) Realizado

(C) (C) / (A) (C) / (B)

Receita de Contribuições 283,1 359,1 365,2 129,0% 101,7% Contribuições Sociais 72,0 91,8 73,0 101,4% 79,6% Contribuições Econômicas 211,1 267,4 292,2 138,4% 109,3%

Contribuições a Fundos 201,4 259,7 278,4 138,2% 107,2% Fethab Soja 48,6 46,2 61,2 126,0% 132,4% Fethab Gado 16,5 18,9 21,1 128,0% 111,9% Fethab Combustíveis 123,7 194,6 177,5 143,5% 91,2% Fethab Algodão 1,1 - 2,4 227,9% 0,0% Fethab Madeira 11,6 - 16,2 139,5% 0,0%

Outras Contribuições 9,6 7,7 13,8 142,9% 178,4% Fonte: Relatórios do SIAF

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Transferências Correntes

A tabela 12 evidencia que as transferências correntes totalizaram R$ 1.226,7 milhões, contra uma previsão de R$ 937,1 milhões, e que ficou também 61,3% acima do total efetivado em 2003. O principal item dessa receita refere-se ao FPE, que realizou R$ 552,4 milhões, correspondendo a 117,4% da estimativa inicial.

Merecem destaque as transferências de receita a título de Auxílio Financeiro da União aos Estados, com o objetivo de fomentar as exportações do País. Em razão do intenso trabalho desenvolvido no exercício de 2003 pela representação do Estado na Comissão Técnica Permanente do ICMS para o CONFAZ, foi possível elevar as compensações financeiras, de R$ 46,9 milhões anuais em 2003 (Lei Kandir) para R$ 112,9 milhões em 2004 (Lei Kandir e Medida Provisória no 193/04).

Tab. 12 Valor Nominal em R$ milhões DEMONSTRATIVO DAS TRANSFERÊNCIAS CORRENTES

2003 2004 ∆ % ∆ % Discriminação

(A) Previsto (B)

Realizado (C) (C) / (A) (C) / (B)

Transferências Correntes 760,3 937,1 1.226,7 161,3% 130,9% FPE 501,2 470,5 552,4 110,2% 117,4% IPI 13,1 16,9 19,0 144,8% 112,7% Compensação da Lei Kandir 46,9 40,7 49,5 105,5% 121,6% Salário Educação 16,2 17,7 10,8 66,3% 60,6% Fex - Auxílio Finan. Fomento Export. 0,0 0,0 63,4 0,0% 0,0% CIDE 0,0 0,0 30,6 0,0% 0,0% Transferência do Fundef 0,0 243,9 289,4 0,0% 118,7% Transferências de Convênios 26,1 69,1 60,5 231,8% 87,6% Outras Tranferências Correntes 156,7 78,4 151,1 96,4% 192,8%

( - ) Deduções ao Fundef 83,7 78,6 92,4 110,4% 117,6% Fonte: Relatórios do SIAF

A rubrica de transferências de convênios, para a qual havia uma projeção de R$ 69,1 milhões, acumulou no exercício R$ 60,5 milhões, 87,6% do valor previsto. No entanto, quando confrontada com a receita de R$ 26,1 milhões realizada em 2003, demonstrou uma evolução de 131,8%.

As outras transferências correntes atingiram R$ 151,1 milhões, valor 92,8% maior que a previsão. Comparativamente ao resultado de 2003, verificou-se uma queda de 3,6%. O componente mais expressivo, nesse sub-grupo, refere-se às transferências do SUS, que registraram uma redução de 6,3% em relação a receita do ano anterior.

Receitas de Capital

As Receitas de Capital obtiveram baixo nível de realização relativamente à previsão. A apreciação da tabela 13 demonstra que se efetivou R$ 40,4 milhões, para uma expectativa de R$ 174,5 milhões. A maior frustração verificada nessa

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categoria refere-se às transferências de capital, que confirmaram apenas 13,6% do valor projetado.

Tab. 13 Valor Nominal em R$ milhões DEMONSTRATIVO DA RECEITA DE CAPITAL

2003 2004 ∆ % ∆ % Discriminação

(A) Previsto (B)

Realizado (C) (C) / (A) (C) / (B)

Receitas de Capital 22,7 174,5 40,4 178,2% 23,1% Operações de Crédito 5,3 4,2 6,5 120,7% 153,0% Alienação de Bens 4,0 4,7 7,4 186,1% 157,9% Amortização de Empréstimos 2,1 9,3 2,0 92,4% 21,2% Transferências de Capital 9,9 156,2 21,2 213,6% 13,6% Outras Receitas de Capital 1,2 0,0 3,3 262,8% 0,0%

Fonte: Relatórios do SIAF

Despesa Fixada e Realizada

Considerando todas as fontes de recursos, a despesa realizada em 2004 totalizou R$ 4.758,2 milhões, valor 10,6% superior à dotação inicial de R$ 4.301,8 milhões. Ainda que tenha se mostrado maior que o valor inicialmente autorizado, foi inferior à receita realizada, permitindo que a correlação Despesa Realizada/Receita Realizada se estabelecesse ligeiramente inferior a 1,0, resultado compatível com o principal indicador de acompanhamento do equilíbrio fiscal constante no PPA 2004-2007 - de manutenção da relação Despesa Pública/Receita Pública na proporção menor ou igual a 1,0 -, assim como em consonância com as determinações legais voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal.

Contribuiu para esse resultado a implementação de ações que objetivaram aperfeiçoar os mecanismos de controle da execução orçamentária e financeira. Com a conclusão, no exercício de 2004, de projetos do PNAFE, foi possível estabelecer o monitoramento dos gastos por fontes de recursos e implantar o acompanhamento da programação financeira estadual dentro do SIAF, mecanismos que permitiram o compasso orçamentário-financeiro. Igualmente, através da Câmara Fiscal - colegiado composto pelos secretários-adjuntos dos órgãos centrais sistêmicos – efetivou-se a sistemática de avaliações bimestrais e quadrimestrais da execução orçamentária e financeira identificando os riscos ao equilíbrio fiscal.

Despesa por Categoria Econômica

As despesas correntes corresponderam a 82,6% da despesa total, apresentando ao final do exercício uma realização de R$ 3.929,8 milhões. Esse resultado situou-se 10,9% acima da previsão e 13,4% superior ao valor executado em 2003, como demonstra a tabela 14:

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Tab. 14 Valor Nominal em R$ milhões

DEMONSTRATIVO DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA 2003 2004 ∆ % ∆ %

Discriminação (A) Previsto

(B) Realizado

(C) (C) / (A) (C) / (B)

Despesa Corrente 3.464,2 3.542,5 3.929,8 113,4% 110,9% Pessoal e Encargos Sociais 1.691,0 1.564,0 1.846,7 109,2% 118,1% Juros e Encargos da Dívida 247,9 266,0 243,6 98,3% 91,6% Outras Despesas Correntes 1.525,4 1.712,5 1.839,5 120,6% 107,4%

Despesa Capital 556,8 692,7 828,4 148,8% 119,6% Investimentos 311,0 408,9 484,4 155,8% 118,5% Inversões Financeiras 3,7 8,7 15,7 423,2% 180,1% Amortização da Dívida 242,1 275,0 328,2 135,5% 119,3%

Reserva de Contigência - 66,6 - 0,0% 0,0% Despesa Total 4.021,0 4.301,8 4.758,2 118,3% 110,6%Fonte: Relatórios do SIAF

As despesas com pessoal e encargos sociais totalizaram R$ 1.846,7 milhões, valor 18,1% maior que a dotação inicial. Comparativamente à execução do ano anterior, elevou-se 9,2%. As despesas do Poder Executivo perfizeram R$ 1.449,4 milhões, correspondendo a 78,5% do total do grupo. Registraram em 2004 uma evolução de 19,6% em relação ao valor efetivado no período anterior.

Analisando a execução das despesas de todos os órgãos do Executivo Estadual observa-se que em 2004 foram implementadas diversas ações de gestão de pessoas que contribuíram para esse acréscimo: extinção e criação de órgãos/entidades; nomeações de servidores após aprovação em concurso público; contratação de servidores temporários; alteração em leis de carreira com a aplicação de reajustes nas tabelas salariais; e ainda, estabelecimento de novas regras para progressão e promoção nas carreiras do Poder Executivo.

Também foram promovidas reestruturações administrativas cominando com alterações nas tabelas dos cargos em comissão, que impactaram nas despesas com pessoal, principalmente, nas Secretarias de Estado de Saúde, de Infra-Estrutura, de Ciência e Tecnologia e Escola de Governo.

Em 2004 o Estado efetuou desembolso no valor de R$ 243,6 milhões com o pagamento dos juros e encargos da dívida, valor esse inferior a 1,7% em relação a 2003 devido ao término da carência do BID/PNAFE, um bônus da dívida de médio e longo prazo do Governo e da CODEMAT, e liquidação integral da parcela do contrato firmado ao amparo da Lei no 8.727/93.

O valor realizado foi inferior ao previsto na ordem de R$ 22,4 milhões, proveniente da variação cambial e da exclusão da receita da gestão plena do SUS da base de cálculo da receita líquida real, que propiciou o pagamento por compensação do contrato firmado sob a égide da Lei no 9.496/97, no valor de R$ 19 milhões.

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As outras despesas correntes acumularam R$ 1.839,5 milhões, valor 7,4% superior a previsão. Esse grupo compreende, em sua maioria, os gastos relativos à manutenção administrativa do Estado e às transferências constitucionais e legais aos municípios, estas totalizaram R$ 814,7 milhões, correspondendo a 44,3% do valor registrado no grupo.

As despesas de capital se expressaram com um total de R$ 828,4 milhões, correspondendo a 119,6% da previsão. Ficou também 48,8% acima do valor executado em 2003. Tal comportamento decorre da retomada dos gastos com investimentos, assim como do aumento do desembolso com a amortização da dívida.

Os investimentos atingiram R$ 484,4 milhões. Realizou-se 118,5% do projetado. Relativamente ao valor executado em 2003, registrou uma expansão de 55,8%.

O Fundo de Transporte e Habitação – Fonte 131 – foi responsável pela execução de R$ 186,0 milhões do total de investimentos realizados no exercício, cerca de 38,4% do total do grupo, como pode ser observado na tabela 15:

Tab. 15 Em R$ Milhões

DEMONSTRATIVO DA DESPESA DO FETHAB ( EM R$ MILHÕES ) 2004 Part. Vert. ∆ %

Discriminação Previsto (A)

Realizado (B) ( B ) em % (B) / (A)

DESPESAS CORRENTES 92,0 94,9 33,8% 103,1%Outras Despesas Correntes 92,0 94,9 33,8% 103,1%

Transferências a Municípios 18,4 33,2 11,8% 180,3%Material de Consumo 7,3 19,3 6,9% 265,2%Outros Serv. Terc. Pessoa Jurídica 11,1 13,9 4,9% 124,6%

Transferências a Inst. Priv. s/ Fins Lucrativos 0,0 0,8 0,3% 0,0%Material de Consumo 0,0 0,7 0,2% 0,0%Outros Serv. Terc. Pessoa Física 0,0 0,0 0,0% 0,0%Outros Serv. Terc. Pessoa Jurídica 0,0 0,1 0,0% 0,0%

Aplicações Diretas 73,6 60,9 21,7% 82,7%Diárias Pessoal Civil 0,9 0,6 0,2% 66,8%Material de Consumo 25,2 14,0 5,0% 55,5%Serviços de Consultoria 0,0 0,0 0,0% 0,0%Outros Serv. Terc. Pessoa Física 0,0 0,1 0,0% 0,0%Outros Serv. Terc. Pessoa Jurídica 47,5 46,2 16,5% 97,3%

DESPESAS DE CAPITAL 167,6 186,0 66,2% 111,0%Investimentos 167,6 186,0 66,2% 111,0%

Transferências a Municípios 61,1 63,6 22,6% 104,0%Obras e Instalações 61,1 63,6 22,6% 104,0%

Aplicações Diretas 106,5 122,4 43,6% 115,0%Obras e Instalações 86,3 118,2 42,1% 137,0%Equipamentos e Material Permanente 20,0 4,1 1,4% 20,3%Aquisição de Imóveis 0,1 0,1 0,0% 178,8%Despesas de Exercícios Anteriores 0,0 0,0 0,0% 0,0%Indenizações e Restituições 0,1 0,0 0,0% 0,0%

DESPESA TOTAL 259,7 280,9 100,0% 108,2%Fonte: Relatórios do SIAF

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É interessante notar, que este é o único órgão do Governo cuja relação da despesa capital sobre o montante de seus gastos é de 66%.

DESPESA DE PESSOAL EM RELAÇÃO AOS LIMITES DA LRF

A despesa total com pessoal permaneceu dentro dos limites estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal, como pode ser verificado na tabela 16. Em relação à receita corrente líquida dos últimos 12 meses, apresentou o percentual de comprometimento de 45,33%. Esse resultado demonstrou-se inferior ao percentual de 48,58% registrado no exercício de 2003.

Tab. 16 Em R$ milhõesDESPESA DE PESSOAL CONCEITO LRF (NORMATIZADO PELA STN/MF)

dez/03 dez/04 Poder Em R$

milhões % RCL Em R$ milhões % RCL

Limite Prudencial /

LRF

Limite Máximo /

LRF

Todos os Poderes 1.523,59 48,58% 1.755,46 45,33% 57,00% 60,00%Executivo 1.168,47 37,25% 1.365,43 35,26% 46,55% 49,00%Legislativo 128,62 4,10% 134,09 3,46% 2,85% 3,00%Judiciário 177,02 5,64% 190,83 4,93% 5,70% 6,00%

Ministério Público 49,48 1,58% 65,11 1,68% 1,90% 2,00%

RCL 3.136,45 3.872,94 Fonte: Relatórios do SIAF

A verificação do atendimento dos limites definidos demonstra que, individualmente, os Poderes Executivo e Judiciário e também o Ministério Público não excederam os percentuais exigidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal, exceção observada apenas para o Poder Legislativo que demonstrou comprometimento superior ao teto legal.

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Balanço Financeiro

O Balanço Financeiro demonstra a Receita Orçamentária e a Despesa Orçamentária realizada, conjugadas com as disponibilidades provenientes do exercício anterior e com as que são transferidas para o exercício seguinte, conforme preceitua o artigo 103 da Lei nº 4.320. A tabela nº 17 reproduz os dados do Balanço Financeiro:

Tab. 17 Em R$BALANÇO FINANCEIRO - EXERCÍCIO - 2005

RECEITAS DESPESAS TITULO ACUMULADO TITULO ACUMULADO

RECEITA ORÇAMENTÁRIA 4.796.453.605,22DESPESA ORÇAMENTÁRIA 4.758.201.878,12RECEITA CORRENTE 4.756.074.566,62 LEGISLATIVA 181.847.590,91

RECEITA TRIBUTÁRIA 3.189.206.282,41 JUDICIARIA 240.552.371,56RECEITA CONTRIBUIÇÕES 365.204.132,65 ESSENCIAL A JUSTIÇA 59.922.553,69RECEITA PATRIMONIAL 52.665.500,40 ADMINISTRAÇÃO 318.697.430,78RECEITA AGROPECUARIA 246.346,16 SEGURANÇA PÚBLICA 387.209.911,40RECEITA INDUSTRIAL 5.207.096,64 ASSISTENCIA SOCIAL 12.298.371,80RECEITA DE SERVIÇOS 164.256.378,25 PREVIDÊNCIA SOCIAL 497.425.938,68TRANSFERENCIAS CORRENTES 1.226.703.354,15 SAÚDE 475.857.978,07OUTRAS RECEITAS CORRENTES 175.163.699,20 TRABALHO 10.562.531,39DEDUÇÃO DA REC.

ORÇAMENTÁRIA (422.578.223,24) EDUCAÇÃO 601.466.511,51 CULTURA 4.978.846,48

RECEITA DE CAPITAL 40.379.038,60 CIDADANIA 1.030.630,56OPERAÇÕES DE CREDITO 6.451.000,00 HABITAÇÃO 73.039.468,03ALIENAÇÃO DE BENS 7.439.034,18 SANEAMENTO 561.727,72AMORTIZAÇÃO DE

EMPRESTIMOS 1.975.368,70 GESTÃO AMBIENTAL 22.162.323,98TRANSFERENCIAS DE CAPITAL 21.230.999,41 CIÊNCIA E TECNOLOGIA 8.953.905,09OUTRAS RECEITAS DE CAPITA 3.282.636,31 AGRICULTURA 54.174.705,77

ORGANIZAÇÃO AGRÁRIA 13.076.550,41 INDUSTRIA 22.241.343,09 COMÉRCIO E SERVIÇOS 12.369.386,47 COMUNICAÇÕES 15.657.891,35 TRANSPORTE 266.260.245,66 DESPORTO E LAZER 7.020.992,78 ENCARGOS ESPECIAIS 1.470.832.670,94RECEITA EXTRA ORÇAMENTÁRIA 1.244.024.338,69DESPESAS EXTRA ORÇAMENTÁRIA 1.071.742.332,43

RESTOS A PAGAR PROCESSADO 176.475.602,03 RESTOS A PAGAR 118.945.709,32RESTOS A PAGAR NÃO

PROCESSADO 106.447.983,23DIVERSAS ENTIDADES

DEVEDORAS 147.637.796,18DIVERSAS ENTIDADES DEVEDORAS 184.701.001,98 CHEQUES EM COBRANÇA 47.481,17CHEQUES EM COBRANÇA 33.236,12 PREFEITURAS DEVEDORAS 97.185,18PREFEITURAS DEVEDORAS 396.339,69 CREDORES DIVERSOS 357.778.081,65CREDORES DIVERSOS 313.012.393,29 CONSIGNAÇÕES 263.317.547,95CONSIGNAÇÕES 263.083.226,45 DEPOSITO DIVERSAS ORIGENS 59.540.052,19DEPOSITO DIVERSAS ORIGENS 58.628.043,11 DEPOSITO JUDICIAIS 3.943.923,37

DEPOSITO JUDICIAIS 3.105.570,67RESTITUIÇÃO

REC.ORÇAMENTÁRIA 1.061.336,97RESTITUIÇÃO REC.ORÇAMENTÁRIA 1.062.723,82 DIVERSOS RESPONSAVEIS 244.399,79DIVERSOS RESPONSAVEIS 244.124,79 DESPESAS A REGULARIZAR 86.567.763,13

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DESPESAS A REGULARIZAR 100.752.554,08DESINCORPORA SALDO

BANCÁRIO 1.333.987,95RECURSOS A RECEBER 3.720.046,23 DESPESAS A PAGAR-CEPROMAT 47.428,49INCORPORA SALDO BANCÁRIO 1.236.679,44 RECURSOS A RECEBER 404.653,76DESPESAS A PAGAR-CEPROMAT 349.828,43 MOVIMENTOS DE FUNDOS 30.774.985,33MOVIMENTOS DE FUNDOS 30.774.985,33

TOTAL RECEITA 6.040.477.943,91TOTAL DESPESA 5.829.944.210,55SALDO ANO ANTERIOR SALDO ANO SEGUINTE DISPONÍVEL DISPONÍVEL

EM BANCOS 142.351.682,84 EM BANCOS 352.884.665,40BANCOS CONTA ESPECIAL 1.555,39 BANCOS CONTA ESPECIAL 1.482,78BANCOS CONTA MOVIMENTO 63.232.152,39 BANCOS CONTA MOVIMENTO 87.889.752,76BANCOS CONTA ÚNICA 79.087.971,06 BANCOS CONTA ÚNICA 264.993.429,86

BANCOS CONTA ARRECADAÇÃO 30.004,00BANCOS CONTA

ARRECADAÇÃO 0,00EM CAIXA 1.227,90 EM CAIXA 1.978,70

CAIXA GERAL 1.227,90 CAIXA GERAL 1.978,70TOTAL DISPONIBILIDADE ANTERIOR 142.352.910,74TOTAL DISPONIBILIDADE SEGUINTE 352.886.644,10TOTAL GERAL 6.182.830.854,65TOTAL GERAL 6.182.830.854,65

Resultado Financeiro

O Resultado Financeiro é obtido através do Balanço Financeiro, que tem por objetivo demonstrar as receitas e despesas orçamentárias e os ingressos e saídas de natureza extra-orçamentária, que conjugados com os saldos existentes no inicio e no final do exercício, evidenciará o resultado financeiro.

O Exercício de 2.004, apresentou um Resultado Financeiro superavitário

de R$ 210,5 milhões, conforme apurado na tabela nº 18:

Tabela nº 18 Em R$ RESULTADO FINANCEIRO

2003 2004 TOTAL RECEITA ORÇAMENTÁRIA 3.984.960.816,70 4.796.453.605,22 TOTAL RECEITA EXTRAORÇAMENTÁRIA 548.598.956,45 1.244.024.338,69

TOTAL DAS ENTRADAS 4.533.559.773,15 6.040.477.943,91 TOTAL DESPESA ORÇAMENTÁRIA 4.021.012.175,24 4.758.201.878,12 TOTAL DESPESA EXTRAORÇAMENTÁRIA 421.472.451,46 1.071.742.332,43

TOTAL DAS SAÍDAS 4.442.484.626,70 5.829.944.210,55 RESULTADO FINANCEIRO 91.075.146,45 210.533.733,36

Fonte: Relatórios do SIAF

Neste ano ocorreu uma melhora em relação ao ano passado. No ano de 2003 obtivemos um resultado total superavitário de R$ 91,07 milhões, no entanto o resultado orçamentário foi negativo em R$ 36 milhões.

Em 2004 não só a receita total foi suficiente para cobrir as despesas, apresentando um superávit, como ainda obteve desempenho positivo da execução orçamentária, demonstrando um resultado orçamentário superavitário de R$ 38 milhões.

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O exercício foi encerrado com saldo de disponibilidade, que se transfere para o exercício de 2005, no valor total de R$ 352.886.644,10. Deste valor, apenas três Órgãos são detentores de 86,67%, como demonstra a tabela nº 19:

Tabela nº 19 Em R$ SALDO DE DISPONIBILIDADE EM 31/12/2004

ÓRGÃO SALDO AV 99.000 TESOURO DO ESTADO 267.304.904,38 75,75%19.601 FDO ESPECIAL SEGURANCA 19.716.997,43 5,59%03.101 TRIBUNAL DE JUSTIÇA 18.808.841,20 5,33%

SUBTOTAL 305.830.743,01 86,67% DEMAIS ÓRGÃOS 47.055.901,09 13,33%

TOTAL 352.886.644,10 100,00%Fonte: Relatórios do SIAF

O Balanço Financeiro propicia também, a análise da destinação dos recursos arrecadados como contraprestação de serviços à sociedade. Aqui a despesa é demonstrada por função de governo. No exercício de 2004, executamos ações envolvendo 24 funções (vide tabela nº 17).

A tabela nº 20 demonstra dentre as funções executadas, as mais favorecidas com recurso público e o seu percentual na composição da Despesa Total realizada:

Tabela nº 20 Em R$ DESPESA POR FUNÇÃO FUNÇÃO DE GOVERNO

ENCARGOS ESPECIAIS 1.470.832.670,94 30,91% EDUCAÇÃO 601.466.511,51 12,64% PREVIDÊNCIA SOCIAL 497.425.938,68 10,45% SAÚDE 475.857.978,07 10,00% SEGURANÇA PÚBLICA 387.209.911,40 8,14% ADMINISTRAÇÃO 318.697.430,78 6,70% TRANSPORTE 266.260.245,66 5,60% JUDICIÁRIA 240.552.371,56 5,06% LEGISLATIVA 181.847.590,91 3,82%

SUBTOTAL 4.440.150.649,51 93,32% DEMAIS FUNÇÕES 318.051.228,61 6,68%

TOTAL 4.758.201.878,12 100,00% Fonte: Relatórios do SIAF

A função “Encargos Especiais” acumula os desembolsos efetuados em programas/operações especiais, que conceitualmente são classificadas como despesas que não geram contraprestação de serviço a sociedade. As despesas mais representativas que integram essa função são as transferências constitucionais aos municípios e as despesas com o serviço da dívida.

Na análise da despesa realizada por área de ação governamental no ano de

2004, observa-se que 30,9% dos recursos aplicados foram absorvidos pela função encargos especiais. Nessa função incluem-se as transferências constitucionais e

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legais aos municípios (55,8%) e o serviço da dívida (38,9%), representando 94,7% do total desta função.

Cabe, também, destacar que parcela expressiva dos recursos destinou-se

às funções educação, saúde e segurança pública, que conjuntamente, representaram 30,7% do total dos gastos. Por fim, destaca-se que as funções previdência social (10,5%), administração (6,7%), transporte (5,6%), judiciária (5,1%) e legislativa (3,8%), perfizeram 31,7% da despesa global.

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Balanço Patrimonial

O Balanço Patrimonial retrata a situação estática do Patrimônio do Estado, sob aspectos quantitativos, compondo-se dos grupos de contas representadas na Tabela nº 21.

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A análise deste instrumento de gestão e avaliação serve para evidenciar a situação financeira e patrimonial do Estado e quando combinado com outras informações nos permite gerenciar também limites de endividamento e níveis de dispêndios com dívidas.

Analisando os números apresentados, verifica-se equilíbrio entre os direitos

e as obrigações de curto prazo, representadas pelo “quociente da situação financeira”:

Quociente da Situação Financeira

Ativo Financeiro 938.685.721,77 Passivo Financeiro

= 922.211.256,10

= 1,02

O resultado do quociente demonstra que o Estado dispõe de recursos

financeiros para cobrir suas obrigações de curto prazo. Para cada R$ 1,00 de obrigação, há R$ 1,02 de cobertura financeira. Vale ressaltar que do valor do ativo financeiro constante no balanço patrimonial foram deduzidos os valores referentes a despesa a regularizar tanto da administração direta, como da indireta. Esses valores compõem o ativo financeiro, contudo não representam direitos a receber, somente registram valores de pagamentos efetuados a margem da execução orçamentária.

A análise dos quocientes da “situação permanente” e “resultado patrimonial”

deve ser conjugada com o da situação financeira para ter algum sentido. Como pode ser observado, o resultado destes quocientes, que indicam o nível de solvência em longo prazo do Estado, trazem um resultado inverso ao de curto prazo:

a) b) É de domínio público a informação de que a grande maioria dos estados que

compõe a federação brasileira encontrava-se, até 1997, em estado de completa insolvência. Com base em Resolução editada pelo Senado Federal, a Secretaria do Tesouro Nacional-STN administrou ação de refinanciamento das dívidas consolidadas e instituiu o Programa de Reestruturação e Ajuste Fiscal, do qual Mato Grosso fez adesão.

A adesão ao referido programa trouxe novos compromissos ao Estado, cuja

comprovação de realização são medidos por indicadores estabelecidos com este fim. Duas metas são vitais dentro do programa: resultado primário e pagamento da dívida.

O Passivo Real do Estado de Mato Grosso é altamente influenciado pelo

montante da dívida fundada, que representa 75% do seu total.

Quociente da Situação Permanente Ativo Permanente 3.916.266.508,61

Passivo Permanente =

7.270.670.627,06 = 0,54

Quociente do Resultado Patrimonial Soma do Ativo Real 4.856.369.054,44

Soma do Passivo Real =

8.192.881.883,16 = 0,59

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A comprovação de que os índices de 0,54 e 0,59 como resultado dos quocientes da situação permanente e do resultado patrimonial não representam problema de insolvência do Estado, pode ser verificado em outro indicador, criado pelo Senado Federal, através da Resolução nº 40/2001 (LRF), cuja função é medir o estoque da dívida pública, e que tem por pressuposto que o saldo total da dívida líquida deve, no máximo, ser igual a duas vezes o valor da Receita Corrente Líquida - RCL. A própria Resolução 40 estabeleceu a regra de que é admissível resultado do quociente superior a 2,00 x RCL, desde que ações de gestão estabelecidas resultem em decréscimos de 1/10 por ano até, atingir o valor equivalente a duas vezes a Receita Corrente Líquida. O Estado, no exercício de 2004, atingiu 1,30 x RCL.

Com base nos parâmetros acima e substituindo o estoque pelo passivo

permanente, verificamos que o Estado deve 1,88 vezes a sua RCL.

Quociente do Limite de Endividamento I Passivo Permanente 7.270.670.627,06

Receita Corrente Líquida =

3.872.935.672,70 = 1,88

O resultado demonstra que Mato Grosso, dentro das regras estabelecidas,

reverteu o quadro apresentado em 1997, anterior ao Programa de Ajuste Fiscal.

Resumo do Balanço Patrimonial A composição do passivo real descoberto está demonstrada na tabela nº 22:

Tab 22 Em R$

Resumo do Balanço Patrimonial Ativo Financeiro 940.102.545,83 Passivo Financeiro 922.211.256,10 Ativo Permanente 3.916.266.508,61 Passivo Real a Descoberto 3.336.512.828,72

Passivo Permanente 7.270.670.627,06

Total 8.192.881.883,16 Total 8.192.881.883,16 Saldo Patrimonial

Resultado Patrimonial Acumulado até 2003 (4.401.660.672,19) Superávit do Exercício de 2004 1.065.147.843,47

Passivo Real a Descoberto Acumulado até 2004 (3.336.512.828,72) Fonte: Relatórios do SIAF

O passivo a descoberto continua apresentando redução de um exercício

para o outro. Este é o segundo e ano em que fechamos as contas com superávit patrimonial no exercício. Isso vem comprovar cada vez mais o esforço do estado na busca do equilíbrio fiscal.

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Resultado e Demonstração das Variações Patrimoniais

O Resultado Patrimonial do exercício de 2004 foi superavitário em R$ 1.065.147.843,47, conforme se verifica na tabela nº 23:

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O superávit obtido reflete três resultados da execução ocorrida no exercício: 1) superávit orçamentário no valor de R$ 38,25 milhões, mutações patrimoniais positivas no valor de R$ 728,96 milhões – adquiriu-se mais do que se alienou; e pelo resultado também positivo das variações independentes da execução orçamentária no valor de R$ 297,93 milhões. No grupo das variações independentes da execução orçamentária continua sendo representativo o valor da inscrição de dívida ativa, que neste exercício montou em – R$ 354,56 milhões.

Restos a Pagar

O Decreto Nº 4.313 de 08/11/2004, que dispõe sobre o encerramento do exercício de 2004, em seu artigo 4º, fixou como principais regras para inscrição em Restos a Pagar:

• Inscrição das despesas processadas e não processadas desde que haja a devida comprovação de disponibilidade financeira ou que tenha ingresso de recursos assegurados até 31/01/2004, por fonte de recurso e obedecidos os prazos fixados no artigo 2°;

• Comprovação da existência de disponibilidade de caixa obedecerá aos critérios definidos na regulamentação da Lei Complementar 101/2000.

A aplicação deste dispositivo resultou na inscrição de restos a pagar, no

exercício, no valor total de R$ 283,76 milhões. A tabela nº 24 demonstra os valores inscritos em 2004 desdobrados por tipo de administração e compõe os saldos atuais desta obrigação, evidenciando também o saldo remanescente dos Restos a Pagar, inscritos em 2003, e que não foram pagos.

Tab. 24 Em R$

RESUMO DE RESTOS A PAGAR INSCRIÇÕES EM 2004

ADMINSTRAÇÃO PROCESSADO NÃO PROCESSADO TOTAL DIRETA 139.936.812,86 8.597.860,19 148.534.673,05

INDIRETA 36.538.789,17 97.850.123,04 134.388.912,21 TOTAL DE INSCRIÇÕES EM 2004 176.475.602,03 106.447.983,23 282.923.585,26 SALDO DE EXERCÍCIO ANTERIOR 771.366,02 67.881,94 839.247,96 TOTAL QUE PASSA P/ O EXERC. SEGUINTE 177.246.968,05 106.515.865,17 283.762.833,22 Fonte: Relatórios do SIAF

Os gestores dos Órgãos que mantiveram obrigações de Restos a Pagar referente ao exercício de 2003 apresentaram como justificativa a impossibilidade de dar continuidade da execução orçamentária no exercício de 2005, tendo em vista tratar-se de ações em fase de conclusão no exercício de 2004, mas que ainda não atendiam as condições para pagamento.

A tabela nº 25 demonstra com detalhe a composição dos Restos a Pagar inscrito no exercício:

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Tab. 25 Em R$CONTROLE DE RESTOS A PAGAR

CÓDIGO FUNDO NÃO PROCESSADO PROCESSADO TOTAL

01.101 ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA - 3.654.461,41 3.654.461,41 01.302 DIRETORIA GESTORA DO EXTINTO FAP - - - 01.303 ISSPL 83.863,44 1.311.095,34 1.394.958,78 02.101 TRIBUNAL DE CONTAS - 5.332.468,40 5.332.468,40 03.101 TRIBUNAL DE JUSTIÇA - 17.335.242,89 17.335.242,89 03.601 FUNDO DE APOIO AO JUDICIÁRIO 7.207.426,43 - 7.207.426,43 04.101 CASA CIVIL - 402.359,63 402.359,63 04.201 FUNDAÇÃO PROM. SOCIAL - - - 04.202 FUNDAÇÃO MEIO AMBIENTE 268.959,62 1.035.477,03 1.304.436,65 04.301 AG.EST.REGUL. SERV. PUBLICOS DELEG 1.665,80 147.782,69 149.448,49 04.601 FUNDO CONST. RECONST. BENS LESADOS 2.850,00 5.463,23 8.313,23 04.603 FDO. ESTADUAL ASS. SOCIAL - - - 05.101 CASA MILITAR - 111.291,27 111.291,27 06.101 AUDITORIA GERAL DE ESTADO - 138.670,10 138.670,10 07.101 GAB. DA VICE - GOVERNADORA - 20.561,20 20.561,20 08.101 PROC.GERAL DE JUSTIÇA 4.278.923,20 7.426.758,51 11.705.681,71 08.601 FUNDO DE APOIO AO MP - - - 09.101 PROC.GERAL DO ESTADO 6.559,22 2.133.689,78 2.140.249,00 09.601 FUNDO DE APERF. DOS SERV. JURÍDICOS 222.151,27 1.086,90 223.238,17 10.101 DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO - 553.325,20 553.325,20 11.101 SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO 288.699,94 911.703,42 1.200.403,36 11.301 IMPRENSA OFICIAL DO ESTADO DE MT - 16.145,80 16.145,80 11.303 INSTITUTO DE ASSIST. SAÚDE - MT SAÚDE - 66.875,48 66.875,48 11.304 ESCOLA DE GOVERNO DO ESTADO DE MT 187.037,89 15.000,00 202.037,89 11.601 FUNDO DE DESENV. DO SIST. DE PESSOAL - 11.731,12 11.731,12 12.101 SECRET. DE ESTADO DE DESENV. RURAL - 215.813,51 215.813,51 12.301 INSTITUTO DE TERRAS DO ESTADO DE MT 617.978,60 204.704,29 822.682,89 12.302 INSTITUTO DE DEFESA AGROPEC. DE MT 86.267,81 1.582.721,25 1.668.989,06 12.501 EMPRESA MATOGROS. DE PESQ. - EMPAER 102.104,05 11.258,85 113.362,90 12.601 FUNDO AGRÁRIO DO ESTADO DE MT - - - 12.603 FUNDO DE APOIO A CULTURA DO CAFÉ - - - 13.101 SECRETARIA DE ESTADO DE COM. SOCIAL - 111.762,84 111.762,84 14.101 SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO 1.827.741,90 19.344.412,36 21.172.154,26 14.301 FUNDO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO 23.906.761,84 19.398.565,32 43.305.327,16 15.101 SECRET.DE ESTADO DE ESPORTE E LAZ. - 108.989,23 108.989,23 15.601 FUNDO DO DES. DESPORTIVO 230.212,85 5.734,50 235.947,35 16.101 SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA - 15.812.216,82 15.812.216,82 16.601 FUNDO DE GESTÃO FAZENDÁRIA 16.107.499,83 3.305.500,86 19.413.000,69 17.101 SECRETARIA DE INDÚSTRIA E COMÉRCIO 134.114,23 185.928,32 320.042,55 17.301 JUNTA COMERCIAL DO ESTADO DE MT 132.298,00 8.437,97 140.735,97 17.302 INSTITUTO DE METROL. E QUALID. DE MT 113.231,90 42.224,00 155.455,90 17.501 CIA MATOGROSSENSE DE MINERAÇÃO 24.000,00 442.334,83 466.334,83 17.502 COMPANHIA MATOGROSSENSE DE GÁS - - - 17.601 FUNDO DE DESENV. INDUSTRIAL E COM. 1.341.522,88 23.037,00 1.364.559,88 19.101 SECRETARIA DE JUSTIÇA E SEG. PÚBLICA - 3.593.234,72 3.593.234,72 19.102 POLÍCIA MILITAR - 15.214.300,14 15.214.300,14 19.103 POLÍCIA CIVIL - 7.547.703,85 7.547.703,85 19.104 CORPO DE BOMBEIROS MILITAR - 1.834.037,66 1.834.037,66 19.301 DEPARTAMENTO ESTADUAL DE TRÂNSITO 4.184.790,85 1.410.470,64 5.595.261,49

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19.601 FUNDO ESTADUAL DE SEG. PÚBLICA 19.827.042,66 428.690,69 20.255.733,35 19.602 FUNDO PENITENCIÁRIO DO ESTADO DE MT - - - 19.603 FUNDO DE REEQUIP. DO CORPO DE BOMB. - 7.930,00 7.930,00 20.101 SEPLAN 467.536,60 576.282,03 1.043.818,63 20.401 CEPROMAT - 1.302.977,32 1.302.977,32 21.101 SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE - 12.153.880,92 12.153.880,92 21.201 CENTRO DE REABIL. D. AQUINO CORRÊA - - - 21.601 FUNDO ESTADUAL DE SAÚDE 18.314.905,50 836.937,73 19.151.843,23 22.101 SETEC - SEC.ESTADO EMP.TRAB.E CID. 1.792,00 501.675,88 503.467,88 22.201 FUNDAÇÃO DE PROMOÇÃO SOCIAL - 581.101,96 581.101,96 22.601 FUNDO DE AVAL DO ESTADO DE MT - - - 22.603 FUNDO PARA A INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA 1.365,00 - 1.365,00 22.604 FUNDO DE DEFESA CONSUMIDOR - - - 22.605 FUNDO DE AMPARO AO TRAB. 521.634,40 - 521.634,40 22.607 FUNDO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL - - - 23.101 SECRETARIA DE ESTADO DA CULTURA - 233.054,00 233.054,00 23.601 FUNDO DE CULTURA MT - - - 24.101 SEDTUR - SEC.DE EST.DE DES.TURISMO - 115.599,89 115.599,89 25.101 SINFRA - SEC.DE INFRA-ESTRUTURA 1.592.493,10 1.929.824,26 3.522.317,36 26.101 SECITES - SEC.DE EST.CIÊNCIA E TECNOL. - 89.148,03 89.148,03 26.201 FUNEMAT 3.120.614,99 3.572.903,64 6.693.518,63 26.202 FAPEMAT 201.277,09 574.134,48 775.411,57 26.301 CEPROTEC - CENTRO EST.EDUC.PROF. 1.042.660,34 180.274,12 1.222.934,46 26.302 FUNDO DE EDUC.PROFISSIONAL - 8.192,13 8.192,13 30.101 EGE/SAD - 5.649.395,76 5.649.395,76 30.102 EGE/SEFAZ - 16.699.020,83 16.699.020,83

TOTAL 106.447.983,23 176.475.602,03 282.923.585,26 Fonte: Relatórios do SIAF Análise dos dados da tabela demonstra que 62,16% dos valores inscritos em “restos a pagar” constituem obrigações de apenas quatro secretarias de estado e suas vinculadas: Secretaria de Educação – 22,79%, Secretaria de Segurança Pública – 17,13%, Secretaria de Fazenda – 12,45% e Secretaria de Saúde – 11,07%.

Quadro Explicativo do Realizável

A Tabela nº 26 demonstra o Quadro Explicativo do Realizável, e tem por objetivo demonstrar a movimentação das contas deste grupo, evidenciando os acréscimos e as baixas ocorridas, compondo o saldo vigente em 31/12/2004:

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Dentre as contas que compõem o conjunto, merece destaque a intitulada “despesas a regularizar”, que apresentou uma significativa redução de saldo. Encerrar o exercício com saldo de apenas R$ 1,4 milhões, contra os R$ 15,6 milhões existentes em 31/12/2003, demonstra a seriedade com que o governo vem tratando as recomendações da Auditoria Geral do Estado e da Secretaria do Tesouro Nacional.

Ativo Permanente

O Ativo Permanente tem apresentado um crescimento ascendente de um exercício para o outro. Em valores nominais, cresceu 32% de 2002 para 2003, e deste para 2004 o crescimento foi de 32,33%.

A tabela nº 27 nos fornece uma visão global sobre a evolução dos saldos

que compõem este grupo de direitos:

Análise da tabela nos remete a tecer comentários sobre as “contas bens intangíveis” e “outros créditos”. A evolução do saldo de bens intangíveis de R$ 106,74 mil, registrados em 2003 para R$ 1,17 milhões efetivados em 2004 é atribuído a incorporação e reavaliação de softwares pelo CEPROMAT. O crescimento do saldo da conta “outros créditos” é atribuída aos seguintes fatos: 1) incorporação dos direitos do estado junto a beneficiários de incentivos fiscais do PRODEI, que montou em R$ 238,85 milhões; 2) incorporação de créditos junto a municípios referente à direitos decorrente da municipalização da SANEMAT, que importou em R$ 114,62 milhões.

Dívida Ativa

A Dívida Ativa é uma conta representativa de direito integrante do grupo Ativo Permanente, e tem apresentado, como ele, crescimento ascendente entre os exercícios.

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A tabela nº 28 demonstra a evolução do saldo atual da Dívida Ativa que monta em R$ 2,33 milhões, contra R$ 1.93 milhões registrados em 31/12/2003.

Tab 28 Em R$Dívida Ativa

Saldo em 31/12/2003 1.937.697.361,27 Inscrições 354.562.439,65 Atualizações 79.317.815,89 Cobrança / Desincorporação (37.803.447,38)Saldo em 31/12/2004 2.333.774.169,43 Fonte: Relatórios do SIAF

Depreende-se da análise dos dados apresentados, que a política de cobrança deste direito não tem apresentado os resultados desejados. Todos os esforços empregados através de incentivos como redução de multas e juros, além da aceitação de cartas de créditos de servidores, não têm sido suficientes para gerar respostas positivas na redução deste estoque.

Notas Explicativas A execução contábil de 2004 ocorreu com um razoável nível de normalidade. Contudo, merecem destaque, por sua relevância, as notas abaixo relacionadas, para que se registrem as alterações de procedimentos: • Neste exercício não foram efetuadas as correções das cartas de créditos

salariais. • Houve baixa do saldo dos contratos ativos da carteira imobiliária da extinta

COHAB, com amparo no Decreto nº 3016 de 06/05/2004; • Foi efetuada incorporação ao patrimônio os direitos do Estado referente a

municipalização da SANEMAT; • Em cumprimento a Lei Complementar nº 199/2004 de 17/12/04, foi revertido o

saldo dos Fundos mencionados na citada lei, para o Tesouro Estadual. • O Fundo Estadual de Saúde, conforme Lei Complementar nº 182/2004 de

13/07/04, absorveu todos os direitos e obrigações do Centro de Reabilitação Dom Aquino Correa, que foi extinto através da citada lei;

• Em atendimento ao acórdão nº 1.089/2004 de 04/11/2004, foi excluído da base

de cálculo dos repasses para a educação, saúde e Fapemat os valores referentes às vinculações com base na receita de imposto de renda.

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Capitulo 3

Apresentação e análise dos resultados dos Fundos

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Cap. 3 - Apresentação e análise dos resultados dos Fundos

Análise dos Fundos Estaduais.

Um total de 21 Fundos executou orçamento no Governo de Mato Grosso, neste exercício, conforme pode ser analisado na Tabela nº 29. Tab. 29 Em R$

RECEITAS E DESPESAS DOS FUNDOS - 2004 ORGÃO RECEITAS DESPESAS DISPONIBILIDADE SALDO

01.302 - FAP 6.055.500,00 6.254.333,69 389.518,69 389.518,69 03.601 - FUNAJURIS 40.765.750,32 38.966.163,07 9.958.263,78 2.750.837,35 04.601 - FUNLESADOS 83.883,90 15.165,29 8.313,23 - 04.603 - FEAS 1.251.899,41 1.061.622,54 - - 08.601 - MP 402.344,36 140.799,50 573.828,16 573.828,16 09.601 - FUNJUS 5.826.861,06 1.720.161,19 223.238,17 - 11.601 - FUNDESP 4.470.893,09 3.471.330,53 11.911,12 180,00 12.601 - FAEMAT 326.000,00 529.982,29 - - 12.603 - FUNCAFE 47.888,03 39.613,00 - - 14.301 - FEE 350.866.837,71 361.599.556,45 48.860.772,78 5.555.445,62 15.601 - FUNDED 5.613.072,52 5.075.538,25 717.252,84 481.305,49 16.601 - FUNGEFAZ 64.962.044,53 72.184.148,43 12.512.546,25 (6.900.454,44)17.601 - FUNDEIC 10.991.068,66 6.129.835,98 1.378.639,40 14.079,52 19.601 - FESP 107.866.016,11 95.013.077,20 25.395.040,12 5.139.306,77 19.602 - FUNPEN 1.808,11 - - - 19.603 - FREEBOM 5.310.893,83 5.133.017,57 21.061,52 13.131,52 21.601 - FES 329.375.541,98 341.482.830,48 32.968.428,69 13.816.585,46 22.603 - FIA 84.993,34 60.169,85 1.365,00 - 23.601 - FUNDEC 576.144,96 554.065,81 198.500,96 198.500,96 25.101 - FETHAB 377.278.279,99 375.042.627,38 5.288.478,95 1.766.161,59 22.605 - FEAT 2.135.067,72 3.628.542,06 1.628.589,33 1.106.954,93

TOTAL 1.314.292.789,63 1.318.102.580,56 140.135.748,99 24.905.381,62 A execução de gasto público via Fundos de um lado permite ao Governo a otimização de aplicação em área de grande interesse da sociedade, como é o caso das ações de educação, saúde, segurança, transporte e habitação.

Aplicação na Educação e na Saúde

No exercício de 2002, a Secretaria do Tesouro Nacional criou, no conjunto de relatórios bimestrais de publicação obrigatória da Lei de Responsabilidade Fiscal, os anexos X e XVI, com o objetivo de facilitar a publicidade dos valores destinados à Educação e à Saúde. Estes relatórios demonstram aplicação sob a ótica da despesa efetivamente realizada – a despesa liquidada. Na execução orçamentária, diz-se, que este é o segundo estágio da despesa, pois, aí o fornecedor já cumpriu com a sua parte no contrato: executou o serviço ou entregou o produto.

Tendo em vista, que os demonstrativos criados pela STN são utilizados por

todos os Estados Brasileiros, deliberamos por adotá-los para comprovar o

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cumprimento do preceito constitucional que os instituíram, o que evidencia, se o Governo cumpriu ou não, com o percentual definido em Lei para aplicação na Educação e Saúde, conforme demonstram os anexos X e XVI, respectivamente.

Aplicação na Educação O anexo X demonstra que o Governo de Mato Grosso cumpriu com suas obrigações constitucionais, ao aplicar 28% na Educação:

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Aplicação na Saúde O anexo XVI demonstra que, sob o ponto de vista da aplicação, ou seja, realização da despesa, Mato Grosso aplicou 12,59%.

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Capítulo 4

Apresentação de informações sobre a realização de incentivos fiscais no exercício.

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Capítulo 4: Apresentação de informações sobre a realização de incentivos fiscais no exercício.

O ano de 2004 foi o primeiro exercício em que foi dado tratamento contábil à

Renúncia Tributária Estadual, demonstrando interesse do Governo na preservação da transparência das contas públicas estaduais.

Neste momento, não foi possível contemplar, em termos contábeis, todos os

programas referentes à Renúncia tributária, buscou-se evidenciar aqueles cujos valores representam direitos e obrigações do Estado perante terceiros. A partir do exercício de 2005, está prevista a abrangência de todos os programas de incentivos e benefícios fiscais concedidos pelo Estado.

Procurou-se também atender aos arts. 83 e 85 da Lei 4.320/1964 e ao art.

14 da Lei Complementar 101/2000 – LRF, e em particular, à Instrução Normativa 002/2004 do TCE/MT que trata dos atos de concessão e prestação de contas dos incentivos e benefícios fiscais.

Na Contabilidade, foram demonstrados os valores do ICMS Incentivado através do Programa de Desenvolvimento Industrial do Estado – PRODEI (Lei 5.323/1988 e alterações posteriores). Trata-se de Créditos Tributários Postergados, com as empresas beneficiárias do programa tendo prazo especial de pagamento de ICMS em até 15 anos conforme condições contratuais.

Na tabela 30 estão demonstrados, por segmento, os valores referentes à

previsão e à realização das concessões do ICMS Incentivado/PRODEI no Exercício de 2004:

Tab. 30 Em R$INCENTIVOS FISCAIS – PREVISÃO E REALIZAÇÃO

SEGMENTO PREVISÃO REALIZAÇÃO DIFERENÇA Algodão 107.944,24 88.895,61 -19.048,63Atacado 0 8.841.680,82 8.841.680,82Bebidas 40.628.687,18 59.405.602,65 18.776.915,47Pecuária 4.161.681,70 2.622.598,17 -1.539.083,53Soja 14.477.400,00 0 -14.477.400,00Varejo 2.487.856,19 2.919.356,15 431.499,96Não específicos 211.750,09 31.762,14 -179.987,95TOTAIS 62.075.319,40 73.909.895,54 11.834.576,14Fonte: Gerência do PRODEI/Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia.

A diferença apresentada de R$ 11.834.576,14 representa uma variação de

19,06% entre o realizado e o previsto e se justifica, em grande parte, pelo estágio inicial já descrito anteriormente, que o Estado se encontra com relação à

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contabilização e controle mais eficazes dos Programas de Incentivos Fiscais. Os segmentos Bebidas e Soja apresentaram as maiores distorções. Os valores da tabela 31 demonstram, por segmento, os saldos devedores das empresas beneficiárias do ICMS Incentivado/PRODEI em 31/12/2004.

Destacam-se ainda, que fase do Programa as empresas se encontram (carência ou de amortização), prazos e datas prováveis para a 1ª amortização, salientando que muitas empresas prorrogam o prazo de pagamento através de aditivos ao contrato original. Ao todo são 57 contratos (considerando o desdobramento em matrizes, filiais e/ou etapas conforme os contratos firmados); destes, 53 estão na fase de carência com 01 deles (Frigoverdi Ltda) em processo de falência e apenas 04 estão amortizando sua dívida.

Os saldos devedores em 31/12/2004 foram compostos pela transferência dos saldos acumulados até 31/12/2003 acrescidos das concessões de parcelas ocorridas no exercício e da atualização monetária pelo índice IGP-DI, deduzidas das amortizações efetuadas e dos ajustes/estornos realizados, conforme apresentado na tabela 32:

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Das parcelas do ICMS Incentivado/PRODEI devem ser recolhidas as

seguintes contribuições: 5% para o FUNDEIC (Lei 7969/2003) e 6% para o FUNDED (Lei 7779/2002). A tabela 33 demonstra os valores previstos e realizados de 2004:

Tab. 33 Em R$ Realização de Receita Vinculada - PRODEI

CONTRIBUIÇÃO PREVISÃO REALIZAÇÃO DIFERENÇA FUNDEIC (5%) 5.184.395,21 3.646.882,30 1.537.512,91 FUNDED (6%) 4.526.675,53 4.435.628,27 91.047,26

TOTAIS 9.711.070,74 8.082.510,57 1.628.560,17 Fonte: SIAF/SIA 630 e SIA 215

O controle dos valores recolhidos ao FUNDED se faz necessário, uma vez

que as empresas podem utilizar 83,33% deles para deduzir do saldo devedor do PRODEI (Lei 7.799/2002, art. 2º § 1º). O controle destes saldos é feita através de planilha Excel, onde são verificados os saldos por empresa dos anos anteriores a 2004, as concessões realizadas e eventuais atualizações monetárias conforme os contratos. Os saldos acumulados da contribuição ao FUNDED (6% da parcela de ICMS Incentivado/PRODEI) pela empresas, referente a 31/12/2004 não foram disponibilizados até a data do fechamento do Balanço Geral do Estado, entretanto, já estão sendo apurados pela SICME/Gerência do PRODEI (previsão: 31/03/2005).

O limite para postergação do ICMS Incentivado através do PRODEI estava condicionado ao total do investimento a ser realizado pelas empresas beneficiárias, todavia a Lei 7.367/2000, que deu nova redação ao art. 3º da Lei 6.896/1997 deixa claro que essa condição não mais se aplica. Até a data do Balanço, a única empresa que não se pronunciou e não assinou termo aditivo ao contrato foi a COOPRODIA Ltda, cujo limite de investimento permanece registrado na tabela 34:

Tab. 34 Em R$LIMITE INDIVIDUAL DE INVESTIMENTO

EMPRESA LIMITE LIMITE UTILIZADO LIMITE A UTILIZAR COOPRODIA LTDA 12.607.212,25 3.514.336,32 9.092.875,93TOTAIS 12.607.212,25 3.514.336,32 9.092.875,93

Estas são as considerações que tínhamos a fazer.

LUIZ MARCOS DE LIMA

Contador CRC Nº MT 007836/0-1