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ESTADO DE MATO GROSSO ANÁLISE DA RECEITA TRIBUTÁRIA 2004 – 1º quadrimestre (Janeiro a Abril) Secretaria Adjunta de Política Econômica e Tributária Maio de 2004.

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ESTADO DE MATO GROSSO

AANNÁÁLLIISSEE DDAA RREECCEEIITTAA TTRRIIBBUUTTÁÁRRIIAA 2004 – 1º quadrimestre (Janeiro a Abril)

Secretaria Adjunta de Política Econômica e Tributária

Maio de 2004.

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RESUMO EXECUTIVO

1. ANÁLISE

1.1. ICMS

A receita de ICMS projetada em abril de 2003 para o 1º quadrimestre de

2004, foi de R$ 756 milhões. A arrecadação efetiva atingiu o montante de R$ 843 milhões, R$ 87 milhões (12%) acima da previsão.

Ao analisar-se o efetivo comportamento da economia no período, conforme detalhado no presente trabalho, com ajustamento das hipóteses iniciais a esse comportamento – aqui identificada como “projeção analisada” – concluiu-se que a arrecadação poderia ter atingido o valor de R$ 900 milhões. Ficou, portanto, R$ 57 milhões (6%) abaixo do que poderia ter sido realizado, caso não houvesse perda de eficácia.

De fato, a eficácia alcançada foi de 62%, contra uma eficácia possível de 66%.

A comparação da arrecadação no mesmo período (jan./abr.) de 2004 com a realizada em 2003, em valores nominais e valores reais, atualizados pela variação do IGP-DI mensal, resulta no seguinte quadro (R$ milhões):

R$ milhões

ANO 2003 2004 VAR, %

NOMINAL 686,47 843,81 22,92%

CORRIGIDO 735,61 855,84 16,34%

Secretaria Adjunta de Política Econômica e Tributária 1

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Em valores nominais e reais, comparando-se as arrecadações dos segmentos em 2003 e 2004, obtém-se as seguintes variações percentuais:

Segmento Variação nominal Variação real

Algodão - 14,96% - 19,66%

Arroz 39,82% 33,33%

Atacado 27,30% 20,51%

Bebidas 21,71% 15,01%

Combustível 24,11% 17,66%

Comunicação 25,96% 19,12%

Energia 54,47% 46,02%

Madeira 2,66% - 2,96%

Medicamentos 42,87% 34,99%

Pecuária - 19,43% - 13,14%

Soja - 11,21% - 15,85%

Supermercados - 39,51% - 42,73%

Transporte 63,26% 54,52%

Varejo 50,14% 41,79%

Veículos 51,14% 43,16%

Outros - 23,02% - 27,67%

Total 22,92% 16,34%

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1.2. IPVA A previsão de arrecadação de IPVA no 1º quadrimestre de 2004 foi de R$

49,6 milhões. Realizou-se a receita de R$ 49,6 milhões, portanto rigorosamente coincidente com a previsão.

1.2. ITCD, TAXAS E OUTRAS RECEITAS (acréscimos legais):

As receitas tributárias acima citadas apresentaram o seguinte comportamento:

R$ milhões

Tributo Projetado Realizado Real/Proj.

ITCD 0,88 1,66 90%

Taxas 7,52 5,81 - 23%

Outros 37,6 12,3 - 67%

COMENTÁRIOS:

As diferenças entre projeção e realização de receita dos tributos acima não se devem a fatos relacionados ao comportamento da economia estadual, objeto de análise do presente trabalho. As causas prováveis são:

• ITCD: quando da projeção da receita desse tributo, em abril de 2003, não foi considerado o efeito positivo na arrecadação, decorrente da edição da Lei nº 7.850, de 18/12/2002, que introduziu mudanças na alíquota. Passou de 2% para alíquotas escalonadas de 2% a 4%;

• TAXAS: o programa de modernização da SEFAZ proporcionou a implantação, dentre outras facilidades aos contribuintes, da emissão do documento de arrecadação via Internet, com redução no valor da TSE. Essa circunstância não foi considerada quando da projeção da receita em abril de 2003.

• OUTROS: os ingressos referentes a essa rubrica tem como característica um comportamento pouco previsível.

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APRESENTAÇÃO

O presente estudo, do comportamento da receita tributária de Mato Grosso no 1º quadrimestre de 2004, constitui-se em mais uma etapa da série de avaliações parciais e periódicas a serem realizadas durante o ano, conforme exige a Lei Complementar 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal).

Essa metodologia de acompanhamento do desempenho da Administração Pública no tocante à arrecadação de tributos foi implantada na SEFAZ em 2002.

Os dados mostram que o montante da arrecadação de receita tributária superou a previsão inicial. Mostram também que esse fato decorreu de um desempenho mais favorável da economia do Estado do que aquele projetado quando da elaboração da previsão inicial da receita; decorreu também do avanço constatado na eficácia tributária que atingiu, no período, 62%, contra a projeção inicial de 61%.

Mesmo assim, a análise do efetivo comportamento da economia no período indica que a arrecadação de ICMS poderia ter sido 6% (R$ 57 milhões) maior. Isso indica que há espaço para incrementar a receita tributária, sem aumento da carga existente.

Esperamos que esse trabalho possa contribuir para o aperfeiçoamento da Política Tributária estadual.

MARCEL SOUZA DE CURSI

Secretário Adjunto de Política Econômica e Tributária

Secretaria Adjunta de Política Econômica e Tributária 4

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ÍNDICE

PRIMEIRA PARTE Comentários sobre a receita do IRRF, IPVA, ITCD, Taxas e Outros ---------------------------------------------------------------- 4 Aspectos legais e metodológicos ------------------------------------ 6 Aspectos legais -------------------------------------------------------- 7 Aspectos metodológicos --------------------------------------------- 10 SEGUNDA PARTE Comportamento da receita ------------------------------------------- 13 Gráficos ----------------------------------------------------------------- 14 Tabelas ----------------------------------------------------------------- 19 TERCEIRA PARTE Comportamento macroeconômico --------------------------------- 29 Análise da eficácia tributária do ICMS ---------------------------- 31 Recomendações.............................................------------------- 37 QUARTA PARTE Memórias de cálculo -------------------------------------------------- 41

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Primeira Parte

ASPECTOS LEGAIS E METODOLÓGICOS

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ASPECTOS LEGAIS

1. DISPOSIÇÕES LEGAIS

1.1 Lei de Responsabilidade Fiscal – LC 101/2000 A Lei de Responsabilidade Fiscal determina a realização, a cada dois

meses, de uma avaliação de desempenho da receita, tendo por base o documento anual que a estimou – art. 13 da LRF.

Dessa forma, a previsão da receita precisa ser desdobrada em metas bimestrais. Isto é, 30 dias após a publicação do orçamento.

O acompanhamento da arrecadação visa garantir as metas estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

Por exemplo: caso tenha sido assegurado na LDO um superávit de 0,5% da receita estimada e no 5º bimestre de 2002, o controle orçamentário do Estado tenha revelado a seguinte posição:

BIMESTRE META DE

ARRECADAÇÃORECEITA

ARRECADADADIFERENÇA

ACUMULADA1º 1.000 1.100 + 1002º 1.200 1.250 + 1503º 1.300 1.200 + 504º 1.100 1.100 + 505º 1.500 1.170 ( 280 )6º 900 -

TOTAL 7.000

A diferença negativa de 280, projeta para 2002, no exemplo acima, um déficit orçamentário de 4% (280/7000), supondo-se que o Estado tenha empenhando valor próximo da receita prevista.

Se a Administração comprometeu-se, na LDO, realizar superávit de 0,5%, terá ela que “congelar” valor equivalente a 4,5% das dotações iniciais dos Poderes Executivo, Legislativo, Judiciário e do Ministério Público, ou – o que dá no mesmo – limitar os empenhos em até 95,5% da verba original. Todo esse esforço visa atingir o que foi, de antemão, assegurado na LDO (superávit de 0,5%).

Textualmente a LRF estabelece:

“Art. 12. As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerarão os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão acompanhadas de demonstrativo de sua

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evolução nos últimos três anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas. Art. 13. No prazo previsto no art. 8º, as receitas previstas serão desdobradas, pelo Poder Executivo, em metas bimestrais de arrecadação, com a especificação, em separado, quando cabível, das medidas de combate à evasão e à sonegação, da quantidade e valores de ações ajuizadas para cobrança da dívida ativa, bem como da evolução do montante dos créditos tributários passíveis de cobrança administrativa. Art. 8º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso. Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias subseqüentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias. § 1º No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que parcial, a recomposição das dotações cujos empenhos foram limitados dar-se-á de forma proporcional às reduções efetivadas. § 2º Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, e as ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias. § 3º No caso de os Poderes Legislativo e Judiciário e o Ministério Público não promoverem a limitação no prazo estabelecido no caput, é o Poder Executivo autorizado a limitar os valores financeiros segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias. § 4º Até o final dos meses de maio, setembro e fevereiro, o Poder Executivo demonstrará e avaliará o cumprimento das metas fiscais de cada quadrimestre, em audiência pública na comissão referida no § 1º do art. 166 da Constituição ou equivalente nas Casas Legislativas estaduais e municipais. (Constituição Federal, art. 166, § 1º ... Comissão permanente de Senadores e Deputados).”

A LRF prevê também a prestação de contas periódicas à sociedade das realizações do Poder Executivo no campo tributário. Trata-se da divulgação do

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seu programa de melhoria da arrecadação, sua política tributária, enfim. Depois, quando terminado o ano, o chefe do Executivo prestará contas das realizações nesse campo.

Caso a receita própria venha mostrar-se declinante nos últimos 3 anos – a política tributária poderá conter (art. 12 da LRF):

Medidas para atualização do cadastro de contribuintes;

Critérios de fiscalização para evitar evasão, elisão e sonegação de impostos e taxas;

Revisão de isenções concedidas;

Métodos para intensificar a cobrança da dívida ativa;

Adequação de taxas ao custo real dos serviços e outras medidas. Nesse sentido, a Lei estabelece:

“Art. 58. A prestação de contas evidenciará o desempenho da arrecadação em relação à previsão, destacando as providências adotadas no âmbito da fiscalização das receitas e combate à sonegação, as ações de recuperação de créditos nas instâncias administrativa e judicial, bem como as demais medidas para incremento das receitas tributárias e de contribuições. “

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ASPECTOS METODOLÓGICOS

1. METODOLOGIA

1.1 Projeção da Receita do ICMS A metodologia de estimativa da receita de ICMS adotada pela SEFAZ/MT,

em março de 2001, considerou a dinâmica macroeconômica atual e futura da base produtiva do Estado, ao invés da tendência histórica de comportamento da receita. O acelerado processo de crescimento e transformação produtiva da economia local, a partir da segunda metade da década de 90, motivou essa decisão. Entendeu-se que o ritmo e a trajetória do ICMS de hoje não guarda aderência com o verificado nos últimos 10 anos.

Assim, a previsão de receita de ICMS deu-se a partir de informações sobre o potencial de consumo e de estimativas do comportamento do PIB setorial, em agrupamentos denominados SEGMENTOS.

Esse agrupamento poderia ser feito sob a ótica do produto ou da sua cadeia produtiva. Optou-se por englobar em cada Segmento, preferencialmente todas as atividades referentes à sua cadeia produtiva, pois tal procedimento guarda sintonia com a abordagem adotada pelo Governo do Estado em sua Política de Desenvolvimento Regional. Além disso, tal estruturação contribui para a padronização do Sistema de Administração Tributária, em consonância com o modelo de gestão da SEFAZ/MT e permite maior eficácia na projeção e acompanhamento da receita, garantindo a arrecadação. Permite ainda mensurar e avaliar o efeito multiplicador da renda e de tributos decorrentes da produção de um determinado bem e maior controle de sonegação e créditos.

Apesar desse entendimento não foi possível enquadrar todos os Segmentos no conceito de cadeia produtiva, de modo que alguns ainda permanecem sob a ótica do produto. Adotou-se portanto, o conceito misto, conforme demonstrado no Quadro I.

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QUADRO I - SEGMENTOS: CONCEITO MISTO

ÓTICA DE CADEIA PRODUTIVA E ÓTICA DE PRODUTO

SEGMENTO CONCEITO MISTO

1. Algodão Produção, Indústria, Comercialização 2. Arroz Produção, Indústria, Comercialização (exclusive comercialização alcançada

por outros segmentos)

3. Atacado Exclusive mercadorias contempladas nos segmentos

4. Bebidas Indústria, Distribuição e Comercialização

5. Combustíveis Diesel, Àlcool, Gasolina, GLP, GNV, Querosene

6. Comunicação Telefonia, Rádio Difusão, TV, TV a Cabo, Correios, Internet

7. Energia Elétrica Consumo

8. Madeira Extração, Beneficiamento, Indústria Moveleira

9. Medicamentos Distribuidores e Farmácia

10. Pecuária Produção, Indústria, Exportação, Comercialização (inclusive frigoríficos, casas de carnes, etc)

11. Soja Produção, Indústria, Exportação e Comercialização Mercado Interno

12. Supermercados Hiper, Super, Produtos Alimentícios, bebidas, fumos, outros (inclusive substituição tributária)

13. Transportes Aéreo, rodoviário de cargas e passageiros, ferroviário, fluvial

14. Varejo Exclusive mercadorias contempladas nos segmentos e inclusive substituição tributária

15. Veículos Automóveis, Motos, Ônibus, Caminhões, Auto-Peças, Pneus e Acessórios

16. Outros Outras receitas de ICMS (inclusive outros produtos agrícolas não alcançados pelos segmentos)

Os critérios para definir produto ou cadeia produtiva como Segmento foram sua representatividade na receita tributária e/ou na economia do Estado, de modo que o conjunto dos Segmentos representasse, no mínimo, 90% da arrecadação total.

Para os diversos PIBs setoriais – PIB dos Segmentos - adotou-se a hipótese de elasticidade unitária PIB - receita tributária, ou seja, para cada ponto de crescimento/redução no PIB registra-se um incremento/queda de um ponto na receita de ICMS.

Como proxy do PIB considerou-se a estimativa do faturamento de cada Segmento, com base em informações sobre a demanda local, obtida a partir de indicadores de consumo per capita e o volume de produção do Segmento. Essa informação permitiu identificar a capacidade contributiva potencial dos agentes econômicos.

O ICMS potencial, obtido a partir da aplicação da alíquota média do ICMS do segmento no valor do faturamento, refere-se ao valor da arrecadação em uma

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situação ideal (ausência de externalidades na gestão tributária, tais como, incentivos fiscais, outras formas de renúncia, ou evasão).

A renúncia por segmento foi calculada a partir de levantamento das concessões de incentivos fiscais isolados (redução de base de cálculo, crédito presumido, isenção, crédito outorgado, diferimento) e de programas de incentivos fiscais. A evasão foi apurada pela diferença entre o potencial de arrecadação, descontada a renúncia e o ICMS efetivo.

O ICMS efetivo representa o ICMS potencial menos a renúncia e a evasão fiscal.

Essa metodologia permitiu ainda identificar um importante indicador de desempenho da receita pública, que é o de eficácia tributária, o qual estabelece uma relação entre a receita efetiva e a potencial, revelando o espaço ainda existente para avançar em termos de arrecadação.

Por último, atendendo a uma demanda da Superintendência Adjunta de Fiscalização, incorporou-se à análise, a partir do 2º quadrimestre de 2003, mais um indicador, que é índice de evasão, que informa quanto, percentualmente, a evasão estimada representa sobre o ICMS efetivo.

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Segunda Parte

COMPORTAMENTO DA RECEITA

Gráficos e Tabelas

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Secretaria Adjunta de Política Econômica e Tributária

14 14

756843 900

50 50 50 78 45 79

884 9371.029

0

200

400

600

800

1.000

1.200

ICMS IPVA OUTROS ** TOTAL

** IRRF, ITCD, Taxas e Outros

Arrecadação Tributária até 1º quadrimestre de 2004- Projeção, Arrecadação Obtida e Arrecadação Possível

Projeção inicial Realizada O que poderia ser realizada

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Secretaria Adjunta de Política Econômica e Tributária

15 15

74 4

7

10

21

36

40

45

36

30 32

-

5

10

15

20

25

30

35

40

45

Algodão Arroz Atacado Bebidas

ICMS até 1º quadrimestre de 2004 - Projeção, Arrecadação Obtida e Arrecadação Possível

Projeção inicial Realizada O que poderia ser realizada

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Secretaria Adjunta de Política Econômica e Tributária

16 16

167

208 208

96 9510

59

82 84

3625 25

-

50

100

150

200

250

Combustível Comunicação Energia Madeira

ICMS até 1º quadrimestre de 2004 - Projeção, Arrecadação Obtida e Arrecadação Possível

Projeção inicial Realizada O que poderia ser realizada

4

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Secretaria Adjunta de Política Econômica e Tributária

17 17

1114 14

39 37

44 46

50 50 50

28

48

-

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

Medicamentos Pecuária Soja Supermercados

ICMS até 1º quadrimestre de 2004 - Projeção, Arrecadação Obtida e Arrecadação Possível

Projeção inicial Realizada O que poderia ser realizada

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Secretaria Adjunta de Política Econômica e Tributária

18 18

3442 43

85

111 111

35

51 51

12 16 16

-

20

40

60

80

100

120

Transporte Varejo Veículos Outros

ICMS até 1º quadrimestre de 2004 - Projeção, Arrecadação Obtida e Arrecadação Possível

Projeção inicial Realizada O que poderia ser realizada

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GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO

Secretaria de Fazenda Secretaria Adjunta de Política Econômica e Tributária

Análise da receita resumo : tributo até 1º quadrimestre 2004 Em R$ milhões

Janeiro a Abril de 2004

Realizada/Projetada Analisada Realizada/AnalisadaTributo Projetada RealizadaR$ % R$ R$ %

ICMS 756 843 87 12% 900 (57,00) -6%IRRF 32 25 -8 -23% 32 (7,09) -22%

IPVA 50 50 0 0% 50 (0,39) -1%

ITCD 0,88 1,66 0,79 90% 1,66 0,00 0%

TAXAS 8 6 -2 -23% 8 (2,18) -27%

OUTROS 38 12 -25 -67% 38 (25,64) -67%

TOTAL 884 937 53 6% 1.030 (92,31) -9%

Fonte: Valores realizados: relatório SIAT/SAIT/SEFAZ Nota: Outros engloba: multas ICMS, multas ações fiscais, juros mora de ICMS, juros de mora ICMS ações fiscais e dívida ativa.

Secretaria Adjunta de Política Econômica e Tributária 19 19

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Secretaria Adjunta de Política Econômica e Tributária

20 20

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Secretaria Adjunta de Política Econômica e Tributária

21 21

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Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso

Secretaria Adjunta de Política Econômica e Tributária 25 25

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Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso

Secretaria Adjunta de Política Econômica e Tributária 26 26

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Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso

Secretaria Adjunta de Política Econômica e Tributária 27 27

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Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso

Secretaria Adjunta de Política Econômica e Tributária

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Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso

COMPORTAMENTO MACROECONÔMICO

Secretaria Adjunta de Política Econômica e Tributária

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O ESTADO DA ECONOMIA E PERSPECTIVAS * A inflação medida pelo IGP-M fechou o mês de março com alta de 1,13%. Essa taxa, a maior desde setembro do ano passado, foi impulsionada pelo IPA (Índice de Preços por Atacado), cuja variação passou de 0,79% em fevereiro para 1,33%.

A pressão sobre o IPA se concentrou nos produtos agrícolas, influenciados pela alta das commodities no mercado internacional. Em março, os preços por atacado agrícolas subiram 0,91%, ante uma queda de 1,27% no mês anterior. O óleo de soja refinado passou de uma deflação de 0,74% em fevereiro para um aumento de 14,36% em março, com contribuição individual de cerca de 0,21 p.p. sobre o IPA-M.

Esta trajetória dos preços já havia sido antecipada na ata da última reunião do Copom, que mostrou preocupação com o reaquecimento do mercado internacional e seus efeitos sobre os preços agrícolas. A boa notícia é que os preços industriais, ao contrário, tiveram em março alta inferior à registrada em fevereiro, o mesmo tendo ocorrido com os preços ao consumidor. Isso mostra que não está havendo contágio dos preços industriais pelos agrícolas, e nem dos preços ao consumidor pelos preços por atacado em geral. A alta dos preços verificada no primeiro trimestre do ano foi, grosso modo, causada por fatores sazonais, tais como os relacionados às despesas escolares ou à entressafra agrícola, e pela cotação internacional das commodities, ambos fatores que não puderam ser evitados pela política monetária. Isto é, manter alta a taxa de juros não impediu que o movimento desses preços gerasse taxas de inflação mais elevadas. E, nesse caso, qualquer meta inflacionária pode ser considerada rígida demais, pois ao considerar na taxa de inflação fatores que não são influenciados pela política monetária, o Banco Central (Bacen) pode acabar exagerando na dose de juros. Essa percepção, aliada ao fraco desempenho da economia, poderá fazer com que o Bacen adote um ritmo menos lento de redução dos juros de agora em diante. Afinal, o PIB em 2003 sofreu queda real de 0,2%, e nos últimos 12 meses a indústria de transformação acumulou um crescimento de apenas 0,07%. No início do ano, as expectativas do mercado, captadas pelo Relatório Focus do Banco Central, apontavam para um aumento do PIB em 2004 de 3,63%. No final de março, essa estimativa já tinha sido reduzida para 3,55%. A mudança nas expectativas, passado o clima de euforia vivido no final do ano passado e início deste, reflete também as incertezas no campo político. Essas incertezas fizeram com que o ingresso de capital financeiro e produtivo permanecesse em compasso de espera. Mas não a ponto de desequilibrar as contas externas do país. O balanço de pagamentos fechou, até fevereiro, com superávit de US$3,9 bilhões. Nesse período o balanço comercial ficou com saldo positivo de US$3,6 bilhões, com o valor exportado chegando a US$11,5 bilhões — resultado favorecido principalmente pela alta das commodities, já que a quantidade exportada (índice quantum de exportação) sofreu uma queda de 17,11% em relação ao mesmo período do ano passado, e de 1,99% em relação a janeiro.

* Texto reproduzido da Revista Conjuntura Econômica, editada pelo Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas, de abril 2004 – vol. 58 - nº 4, p. 12, de autoria de A.C. Pôrto Gonçalves – Diretor do IBRE/FGV e Tatiana Deane – Economista da DPE/IBRE/FGV.

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ANÁLISE DA EFICÁCIA TRIBUTÁRIA

Esta seção analisa e compara os resultados da arrecadação do ICMS no quadrimestre, bem como a sua eficácia tributária vis-à-vis a receita prevista originalmente (em abril de 2003) e a receita analisada. Receita analisada refere-se à receita obtida a partir da atualização das hipóteses utilizadas para projetar a receita em abril de 2003, de modo a incorporar o comportamento efetivo das variáveis macroeconômicas registrado em 2004.

Esse procedimento metodológico proporciona aos gestores da administração tributária uma visão mais realista do desempenho da eficácia tributária, revelando-se, dessa forma, um importante instrumento de orientação do processo de decisão das ações de fiscalização.

A arrecadação do ICMS no 1º quadrimestre de 2004, de R$ 843 milhões, representa um incremento nominal de 22,92% em relação ao mesmo período de 2003. Essa comparação revela, portanto, um comportamento positivo. Entretanto, quando o comparamos com a receita projetada à luz do desempenho real da economia, a conclusão é a de que ainda há espaço para a arrecadação avançar. Isto porque a receita analisada para esse período é de R$ 900 milhões, significando que a receita realizada está 6% abaixo do patamar compatível com o desempenho econômico do Estado no quadrimestre.

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1. Análise da Eficácia Tributária no 1º quadrimestre de 2004, por Segmento

1.1 Algodão

Realizou-se uma revisão do faturamento do segmento algodão com atualização das hipóteses: a produção para 2004 , inicialmente estimada em 415 mil toneladas, foi ajustada para 565 mil toneladas, conforme dados recentes (abril de 2004) divulgados pela CONAB. A exportação e a comercialização no mercado interno foram ajustadas de 75 para 339 mil toneladas e de 341 para 226 mil toneladas, respectivamente, para o ano de 2004. O principal ajuste, no entanto, verificou-se no preço, inicialmente projetado em R$ 4.000/t, e agora ajustado para R$ 4.815,92/t, que representa os preços médios mensais do quadrimestre, ponderados pela sazonalidade da comercialização. Dessa forma, o faturamento tributável anual passou de R$ 1.365 milhões para R$ 1.636 milhões, o que provocou a elevação da expectativa de arrecadação anual, de R$ 26 milhões para R$ 31 milhões.

Para o 1º quadrimestre, a previsão inicial de comercialização, com base na sazonalidade verificada em anos anteriores, de 26,13% da produção, foi ajustada para 10,71%, com base em informações atuais do mercado. Assim, a receita esperada ficou em R$ 4 milhões e se realizou.

O segmento apresenta baixa eficácia tributária projetada (16%) pelo expressivo volume de renúncia fiscal (cerca de 3 vezes superior à receita do segmento).

Comparando-se a arrecadação efetiva do segmento com o ano anterior, em valores reais de abril de 2004, atualizados pela variação do IGP-DI mensal, resulta pra 2004 uma arrecadação 19,66% inferior a 2003.

1.3. Arroz

Realizou-se também uma revisão no faturamento do segmento arroz, pois a produção, inicialmente estimada para 2004, de 1.215 mil toneladas foi ajustada para 1.869,9 mil toneladas, conforme dados da Conab, de abril de 2004. Houve revisão também na estimativa de preço: de R$ 489/t da projeção inicial para R$ 616,1/t, que é a média dos preços mensais praticados de janeiro a março. Com esses ajustes o faturamento anual passou de R$ 671 milhões para R$ 1.237 milhões. Retirou-se também da projeção o valor de R$ 217 milhões, inicialmente projetados como exportações, já que no 1º quadrimestre não houve vendas para o exterior. Assim sendo, o faturamento tributável anual passou de R$ 454 milhões para R$ 1.237 milhões e a expectativa de arrecadação anual de R$ 18 milhões para 58 milhões, com eficácia de 39%.

A arrecadação efetiva, no período, foi de R$ R$ 10 milhões, contra R$ 21 milhões que poderiam ser realizados, reduzindo a eficácia dos 39% projetados para 18%.

Comparando-se a arrecadação efetiva do segmento com o ano anterior, em valores reais de abril de 2004, atualizados pela variação do IGP-DI mensal, resulta pra 2004 uma arrecadação 33,33% acima de 2003.

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1.3 Atacado

Para o comércio atacadista promoveu-se um ajuste no índice de eficácia para 75%. Inicialmente essa eficácia foi projetada em 61%, contra 68% realizado em 2003. Dessa forma, o ICMS efetivo anual estimado passou de R$ 119 milhões para R$ 150 milhões. A arrecadação realizada ficou R$ 5 milhões (11%) abaixo daquela que poderia ter sido realizada, .

Comparando-se a arrecadação efetiva do segmento com o mesmo período do ano anterior, em valores reais de abril de 2004, atualizados pela variação do IGP-DI mensal, resulta pra 2004 uma arrecadação 20,51% superior a 2002.

1.4 Bebidas

Ajustou-se o valor do faturamento de 2004 de R$ 916 milhões para R$ 712 milhões, com base no faturamento realizado em 2003. Corrigiu-se, também, a eficácia tributária de 64%, projetada em abril de 2002, para 72%, mesma eficácia realizada em 2003. A receita anual inicialmente prevista para o setor de R$ 115 milhões foi revisada para R$ 101 milhões,

No 1º quadrimestre a receita atingiu R$ 30 milhões, abaixo (6%) daquela que poderia ter sido realizada, de R$ 32 milhões. Dessa forma a eficácia esperada , de 72% não foi alcançada, ficando em 69%.

Mesmo assim, comparando-se a arrecadação efetiva do segmento com o mesmo período do ano anterior, em valores reais de abril de 2004, atualizados pela variação do IGP-DI mensal, resulta pra 2004 uma arrecadação 15,01% superior a 2003

1.5 Combustíveis

A receita anual inicialmente projetada para o segmento foi de R$ 599 milhões, em função do crescimento de consumo e de reajuste de preços (variação do IGP-DI e crescimento do PIB = total de 16%). Na revisão das hipóteses, atualizou-se a estimativa desses índices, resultando um crescimento de 23,81%. Além disso, atualizou-se a base da projeção partindo-se do faturamento realizado em 2003 (R$ 4.231 milhões), contra o faturamento estimado em abril de 2003, para aquele ano, de R$ 3.840 milhões.

No 1º quadrimestre a arrecadação foi compatível com aquela que poderia ser realizada, com eficácia de 77%, contra a eficácia alcançada em 2003, de 79%. A redução nesse índice justifica-se pelo significativo aumento no volume de créditos, decorrentes do reajuste da contribuição ao FETHAB, sobre o consumo de óleo diesel – R$ 0,4 para R$ 0,10/ litro) – instituído em meados de 2003.

Comparando-se a arrecadação efetiva do segmento com o mesmo período do ano anterior, em valores reais de abril de 2004, atualizados pela variação do IGP-DI mensal, resulta para 2004 uma arrecadação 17,66% acima de 2003.

1.6 Comunicação

A hipótese inicial (abril de 2003) para o comportamento do faturamento do setor era de crescimento de 23,06% no ano de 2004, decorrente de 8,5% de incremento nos preços, 7% de crescimento do PIB e 6,0% de expansão no consumo.

A hipótese ajustada considera o crescimento de preços de 12,38% (IGP-M acumulado do 1º quadrimestre, anualizado), 10% de crescimento do PIB (base adotada para projeção da LDO 2005) e 6% de crescimento referente à expansão, totalizando 31,03% de incremento no faturamento, sobre o faturamento efetivo de 2003 (R$ 979 milhões). Assim, o faturamento anual passou de R$ 1.191 – projeção inicial - para R$ 1.283 milhões – projeção analisada.

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A arrecadação realizada no 1º quadrimestre, de R$ 95 milhões, ficou 9% abaixo daquela que poderia ter sido realizada (R$ 104 milhões). A eficácia tributária projetada, de 88% não se confirmou no período, ficando em 81%.

Mesmo assim, comparando-se a arrecadação efetiva do segmento com o mesmo período do ano anterior, em valores reais de abril de 2004, atualizados pela variação do IGP-DI mensal, resulta pra 2004 uma arrecadação 19,12% superior a 2003.

1.7. Energia Elétrica

As hipóteses iniciais, de abril de 2003, indicavam um incremento no consumo de 7% (variação do PIB) e aumento de preços de 8,48% (IGP-DI), resultando num aumento de 16% no faturamento.

No ajuste das hipóteses estimou-se um incremento de consumo de 10% (estimativa crescimento do PIB estadual – LDO 2005)) e elevação de 12,55% no preço (IGP-DI acumulado do 1º quadrimestre de 2004, anualizado), o que resultou em 23,81% de aumento no faturamento, aplicado sobre o faturamento efetivo de 2003, que foi de R$ 1.104 milhões, contra R$ 1.102 milhões projetados em abril de 2003.

Assim, no 1º quadrimestre de 2004 a arrecadação de R$ 82, embora 39% acima dos R$ 59 milhões projetados em abril de 2003, é ligeiramente inferior (2%) àquela que poderia ter sido realizada (R$ 84 milhões).

A eficácia alcançada, de 84%, está no mesmo patamar da realizada em 2003, contra a projeção inicial de 78%.

Comparando-se a arrecadação efetiva do segmento com o mesmo período do ano anterior, em valores reais de abril de 2004, atualizados pela variação do IGP-DI mensal, resulta para 2004 uma arrecadação 46,02% superior a 2003.

1.7 Madeira

A projeção inicial – abril de 2003 - do faturamento do segmento foi realizada com base na estimativa da variação do IGP-DI (8,48%) e PIB (7%), totalizando um incremento de 16%. Em 2003 a participação dessa atividade econômica no PIB do Estado foi de 5,7%.

Na revisão estimou-se a participação do segmento no PIB do Estado em 5,5%, mesmo índice adotado para a projeção da LDO 2005. Aplicando-se esse percentual sobre o faturamento de 2003, de R$ 1.285 milhões – contra R$ 1.423 projetados em abril de 2003 – tem-se um faturamento de R$ 1.355 em 2004, contra R$ 1.652 de abril de 2003.

As exportações do segmento em 2003 representaram 32,7% do faturamento. Para 2004, a projeção inicial previa exportações correspondentes a 29,5% do faturamento, o que na análise foi ajustado, com incremento de 5% sobre 2003, resultando em 34,3% do faturamento (R$ 465 milhões).

No 1º quadrimestre de 2004, a arrecadação do segmento ficou R$ 11 milhões (31%) abaixo da projeção de abril de 2003, mas mostrou-se compatível com a receita analisada.

A eficácia tributária inicialmente projetada em 81% foi ajustada para 76% - mesmo patamar registrado em 2003 – que equivale à eficácia da receita realizada.

Comparando-se a arrecadação efetiva do segmento com o mesmo período do ano anterior, em valores reais de abril de 2004, atualizados pela variação do IGP-DI mensal, resulta pra 2004 uma arrecadação 2,96% inferior a 2003.

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1.8 Medicamentos

A hipótese inicial (abril de 2003), de crescimento no faturamento anual de 10,46% decorrente do aumento de consumo (1,8%) e nos preços (8,48%) foi ajustada na análise para um crescimento do faturamento, de 31,97%, decorrente de aumento de consumo e preços, com base no efetivo comportamento da receita no 1º quadrimestre de 2004.

Certamente a implantação do ICMS GARANTIDO INTEGRAL, sugerido pelas organizações

empresariais (FOREMAT, CDL, FECOMÉRCIO, AECC e representantes dos setores específicos) e debatido com uma comissão integrada por servidores da SEFAZ, contribuiu para essa mudança positiva.

Disso tudo resultou o ajuste do faturamento anual de R$ 454 milhões (abril de 2003), para R$ 549 milhões.

A análise indica que a arrecadação no 1º quadrimestre foi compatível com a esperada, com eficácia de 93% (idêntica à registrada em 2003), contra 88% da projeção inicial.

Comparando-se a arrecadação efetiva do segmento com o mesmo período do ano anterior, em valores reais de abril de 2004, atualizados pela variação do IGP-DI mensal, resulta pra 2004 uma arrecadação 34,99% superior a 2003.

1.9 Pecuária

O segmento pecuária engloba toda a cadeia produtiva dos bovinos, aves e suínos.

Recalculou-se o valor bruto da produção do segmento, que resultou no faturamento anual de R$ 5.278 milhões, contra R$ 5.647 estimados em abril de 2003. Excluindo-se as exportações (representaram 10,3% do faturamento do segmento em 2003 e foram estimadas para 2004 em 12,2% do faturamento - crescimento de 18%), no valor de R$ 644 milhões, obteve-se o faturamento tributável, de R$ 4.634 milhões, contra R$ 4.667 milhões da projeção inicial.

A arrecadação no 1º quadrimestre ficou R$ 2 milhões (5%) abaixo da projeção inicial e R$ 7 milhões (16%) abaixo daquela que poderia ter sido realizada. De fato, a eficácia tributária esperada, de 24%, fechou o quadrimestre em 21%.

Mesmo assim, comparando-se a arrecadação efetiva do segmento com o mesmo período do ano anterior, em valores reais de abril de 2004, atualizados pela variação do IGP-DI mensal, resulta pra 2004 uma arrecadação 13,14% superior a 2003.

1.10 Soja

O segmento soja abarca a cadeia produtiva (soja em grão, farelo e óleo).

Para esta análise também recalculou-se o Valor Bruto da Produção do segmento (proxy do faturamento), com base nos volumes de produção e nível de preços atualizados. Nesse cálculo foi considerada a redução da safra, inicialmente prevista, de 15,65 para 14,52 milhões de toneladas, conforme dados da Conab, de abril de 2004. Descontando-se as exportações - 65% do faturamento – resultou o faturamento anual tributável de R$ 3.198 milhões.

Para o 1º quadrimestre, a previsão inicial de comercialização, com base na sazonalidade verificada em anos anteriores, de 42,46% da produção, foi ajustada para 31,45%, mesma proporção verificada nas exportações realizadas sobre as exportações totais previstas para o ano, para este segmento.

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A partir de estudo técnico realizado pela SAFIS/SEFAZ ajustou-se a alíquota média de 10% para 8,6%.

Assim, a receita esperada, de R$ 46 milhões, foi superada, arrecadando-se 9% (R$ 4 milhões) acima da projeção. A receita realizada mostra-se compatível com a receita analisada.

Comparando-se a arrecadação efetiva do segmento com o mesmo período do ano anterior, em valores reais de abril de 2004, atualizados pela variação do IGP-DI mensal, resulta para 2004 uma arrecadação 15,85% inferior a 2003. Essa arrecadação menor decorre, provavelmente, da comercialização menos intensa dos produtos do segmento no 1º quadrimestre de 2004.

1.11 Supermercados

Para esse segmento foi revista a hipótese inicial que previa o crescimento do faturamento correspondente à variação do IGP-DI, de 8,48% e 1,75% da população, totalizando 10,37%, aplicados sobre a base estimada de 2003, de R$ 1.801 milhões.

Ajustando-se a variação do IGP-DI para 12,55% (IGP-DI acumulado no 1º quadrimestre, anualizado) e a expectativa de crescimento da população para 2,17%, totalizando 14,99% e tomando-se como base o faturamento efetivo de 2003 (R$ 1.689 milhões), chegou-se ao novo faturamento estimado para 2004, de R$ 1.942 milhões.

A arrecadação no 1º quadrimestre, de R$ 28 milhões, ficou R$ 22 milhões (44%) abaixo daquela projetada em abril de 2003 (R$ 50 milhões) e 42% abaixo daquela que seria possível realizar (R$ 20 milhões). A eficácia tributária fechou o bimestre em 34%, abaixo da esperada (58%). Voltou ao patamar de 2002 (57%), após haver fechado 2003 em apenas 37%.

Comparando-se a arrecadação efetiva do segmento com o mesmo período do ano anterior, em valores reais de abril de 2004, atualizados pela variação do IGP-DI mensal, resulta pra 2004 uma arrecadação 42,73% inferior a 2003.

1.12 Transportes

Neste segmento também fez-se necessário o ajuste da hipótese de crescimento do faturamento. A projeção inicial indica um incremento de 15,56% (IGP-DI: 8%; PIB: 7% sobre o faturamento de 2003, estimado, à época (abril 2003) em R$ 1.073 milhões. O faturamento efetivo de 2003 foi de R$ 936 milhões sobre o qual aplicou-se um incremento de 23,81%: 12,55% referente à estimativa de incremento nos preços (IGP-DI) e 10% referente à estimativa de crescimento do PIB. Além disso, foram acrescidos ao faturamento mais 29,2%, que corresponde à inclusão de novos valores no segmento pela SARET, que anteriormente integravam indevidamente outros segmentos.

Chegou-se, assim, ao faturamento analisado, de R$ 1.497 milhões, contra R$ 1.246 milhões da projeção original.

A arrecadação no 1º quadrimestre de 2004, de R$ 42 milhões ficou R$ 8 milhões (24%) acima da projeção inicial e R$ 1 milhão (2%) abaixo daquela que poderia ser realizada.

A eficácia, inicialmente projetada em 62%, fechou o bimestre em 64%, ligeiramente superior da verificada em 2003 (65%).

Comparando-se a arrecadação efetiva do segmento com o mesmo período do ano anterior, em valores reais de abril de 2004, atualizados pela variação do IGP-DI mensal, resulta para 2004 uma arrecadação 54,52% superior a 2003.

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1.13 Varejo

Ajustou-se as hipóteses iniciais, de abril de 2003, que se referem à variação do IGP-DI (de 7% para 12,55%) e do PIB (de 6% para 10%). Assim, o crescimento do faturamento de 2003 para 2004, estimado inicialmente em 13,42%, passou para 23,81%, que, aplicado sobre o faturamento efetivo de 2003 (R$2.615 milhões) resultou no faturamento revisado de R$ 3.238 milhões, contra R$ 3.125 milhões da projeção inicial.

A arrecadação do 1º quadrimestre de 2004, de R$ 111 milhões, ficou R$ 26 milhões (31%) acima da projeção inicial e mostra-se compatível com aquela que poderia ter sido realizada. A eficácia, para a qual havia a expectativa de 80%, contra 86% realizada em 2003, ficou, no período, em 90%.

Essa melhora de desempenho pode ser resultado da implantação do ICMS GARANTIDO

INTEGRAL sugerido pelos segmentos empresariais (FOREMAT, CDL, FECOMERCIO, AECC e Representantes dos setores específicos) e debatido em conjunto com uma comissão integrada por servidores da SEFAZ

Comparando-se a arrecadação efetiva do segmento com o mesmo período do ano anterior, em valores reais de abril de 2004, atualizados pela variação do IGP-DI mensal, resulta pra 2004 uma arrecadação 41,79% superior a 2003.

1.14 Veículos/Pneus

A projeção inicial de faturamento anual para o segmento de R$ 2.637 milhões, foi revisada para R$ 2.647 milhões, considerando o comportamento real das variáveis econômicas e o faturamento efetivo de 2003 (R$ 2.138 milhões), contra um faturamento estimado em abril de 2003, de R$ 2.271 milhões.

Inicialmente considerou-se a elevação do faturamento de 16,07% em função da expectativa de crescimento do PIB (7%)e IGP-DI (8,48%). Esses índices foram revisados: PIB para 10% e IGP-DI para 12,55%, resultando um crescimento de 23,81% no faturamento de 2004, em relação a 2003.

A arrecadação no período, de R$ 51 milhões, ficou R$ 16 milhões (46%) acima da projeção inicial e mostra-se compatível com aquela que poderia ter sido realizada.

Comparando-se a arrecadação efetiva do segmento com o mesmo período do ano anterior, em valores reais de abril de 2004, atualizados pela variação do IGP-DI mensal, resulta pra 2004 uma arrecadação 43,16% superior a 2003.

2 – RECOMENDAÇÕES 2.1 – FOCO NA RECEITA PÚBLICA As análises e estudos levados a termo durante o ano de 2003, revelam a necessidade da estrutura fazendária, mais que imediatamente, focar a Receita Pública, alargando, assim, as possibilidades de melhoria no ranking nacional das transferências e aplicações de recursos da União no Estado de Mato Grosso (atualmente ocupa a 23ª posição). A estrutura Fazendária ocupa-se, quase que na sua totalidade, no acompanhamento do ICMS e as tendências revelam a redução da receita tributária local, com possibilidade de compensação apenas parcial das perdas, através dos recursos da União.

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2.2 – IMPLANTAR O MACROPROCESSO DA RECEITA PÚBLICA.

Nas recomendações dos anos anteriores registrou-se a necessidade de implantação do macro-processo da receita tributária. Os passos dados foram incipientes para tal, o que vem causando distorções. Recomenda-se, já nessa fase, a implantação do MACRO-PROCESSO DA RECEITA PÚBLICA, pois, só assim, será possível obter a consistência final da metodologia nos termos exigidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal e pelo modelo de Gestão da SEFAZ, direcionando o esforço das unidades para a melhoria de eficácia da receita e fazendo a ligação entre execução do orçamento. 2.3 – MELHORIA DE EFICÁCIA NA RECEITA DO ICMS A implantação do ICMS GARANTIDO INTEGRAL registrou crescimento de eficácia nos setores contemplados (medicamentos, varejo). Recomenda-se que programas de fiscalização (SAFIS) e avaliação (SARET e Empresários) sejam efetivados, para garantir os ganhos de eficácia já apontados. A revisão de variáveis, como é o caso do Crédito de ICMS, para o qual não tem sido possível captar os dados com segurança através da GIA, (SAIT) é uma ação necessária para fortalecimento e consistência da metodologia. “JUNTOS É MELHOR” – As ações conjuntas com outros Poderes, órgãos e outras Unidades da Federação, sempre foram e continuam sendo eficazes no combate à evasão fiscal. 2.4 – RENÚNCIA FISCAL ACOMPANHADA Na estruturação da metodologia, as metas de resultados em razão da renúncia são de responsabilidade das Secretarias finalísticas, mas o impacto na receita é de responsabilidade da SEFAZ, que até o momento tem feito a projeção. Urge a necessidade de implantação da análise tributária pela SARET.

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IRRF, IPVA, ITCD, TAXAS E OUTROS

COMENTÁRIOS:

As diferenças entre projeção e realização de receita dos tributos acima não se devem a fatos relacionados ao comportamento da economia estadual, objeto de análise do presente trabalho. As causas prováveis são:

IRRF: Trata-se de receita tributária por força da Portaria STN nº 212, de 04/06/2001, que estabelece para os Estados, Distrito Federal e Municípios, que a arrecadação do imposto descrito nos incisos I dos artigos 157 e 158, da Constituição Federal sejam contabilizados como receita tributária, a partir do exercício de 2002. O artigo 158 trata dos Municípios. O artigo 157 trata dos Estados e Distrito Federal, dispondo:

“Art. 157. Pertencem aos Estados e ao Distrito Federal: I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem;”

IPVA: A arrecadação deste tributo mostra-se rigorosamente compatível com a projeção inicial.

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ITCD: o incremento na arrecadação deve-se, provavelmente, à edição da Lei nº 7.850, de 18/12/2002, que introduziu mudanças na alíquota, que passou de 2% para alíquotas escalonadas de 2% a 4%, o que não foi considerado quando da projeção desta receita em abril de 2003;

TAXAS: o programa de modernização da SEFAZ proporcionou a implantação, dentre outras facilidades aos contribuintes, da emissão do documento de arrecadação via Internet, sem pagamento da Taxa de Serviços Estaduais – TSE, reduzindo a receita desse tributo, o que não foi considerado quando da projeção desta receita em abril de 2003;

OUTROS: os ingressos referentes a essa rubrica foram R$ 12,3 milhões, 67% inferiores aos valores projetados. Trata-se das rubricas: multas de ICMS, multas de ações fiscais, juros de mora de ICMS, juros de mora de ICMS – ações fiscais, e dívida ativa, que neste ano vêm apresentando um desempenho relativo inferior a 2003.

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Quarta Parte

MEMÓRIAS DE CÁLCULO

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SECRETARIA ADJUNTA DE POLÍTICA ECONÔMICA E TRIBUTÁRIA

Marcel Souza de Cursi Secretário Adjunto de Política Econômica e Tributária

José Lombardi Fiscal de Tributos Estaduais

Múcio Ferreira Ribas Fiscal de Tributos Estaduais

Reinhard Ramminger Gestor Governamental

Emina Mohamed Rachid Hassoun Agente de Administração Fazendária

Gerásimo Ferreira Coelho Agente de Administração Fazendária

Jorge Merquíades de Magalhães Agente de Tributos Estaduais

José Pedro Faria Agente de Tributos Estaduais

Luiz Silva de Moraes

Técnico da Área Instrumental do Governo

APOIO TÉCNICO Débora Araújo Marra

Edir Benedito Barreto Junior Kellen Regina da Silva

Valéria Cristina Cunha Cintra

Av. Historiador Rubens de Mendonça, 3.415 – A

Cuiabá – MT – CEP 78.055-500 Telefone: 0xx65-617-2201

[email protected]

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