estação de tratamento de Água de bauru

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  • 7/25/2019 Estao de Tratamento de gua de Bauru

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    VISITA TCNICA ESTAO DE TRATAMENTO DE GUA DE BAURU

    TRABALHO DE SANEAMENTO BSICO

    Bauru

    Novembro de 2015

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    VISITA TCNICA ESTAO DE TRATAMENTO DE GUA DE BAURU

    Trabalho de Saneamento Ambientalcom relatrio de Visita Tcnicarealizada pelo grupo Estao deTratamento de gua de Bauru no dia 29de outubro de 2015.

    BauruNovembro de 2015

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    LISTA DE FIGURAS

    Figura 1: Residncia do povoado de Bahuru................................................................... ......... 5

    Figura 2: Caixa de areia usada na captao ................................................. .......................... 6

    Figura 3: Represamento do Rio Batalha ........................... ...................................................... 7

    Figura 4: Poo de suco ........................................................ ....................................................... 7

    Figura 5: Esquema da captao das guas do rio Batalha ................................................ 8

    Figura 6: Ventosas ................................................................................................ ........................... 9

    Figura 7:Reservatrio de cal hidratada e carvo ativado....................... .......................... 9

    Figura 8: Garganta do Medidor Parshall ....................................................... ....................... 10

    Figura 9: Esquema de uma Calha Parshall ................................................... ....................... 11

    Figura 10: Esquema de decantao ....................................................................................... 11

    Figura 11: Grupo na rea dos tanques e filtros ................................................................. 12

    Figura 12: Fluoretao ................................................... ....................................................... ...... 13

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    SUMRIO

    LISTA DE FIGURAS ................................................................................................ .......................... 3

    INTRODUO ............................................................................. ....................................................... 5

    RELATRIO ..................................................... ......................................................... .......................... 6

    CONCLUSO .................................................... ......................................................... ....................... 14

    REFERENCIAS BIBLIOGRFICAS ................................................. ........................................... 15

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    INTRODUO

    A cidade, hoje chamada de Bauru, foi formada a partir de 1850, quandocomearam a chegar os primeiros habitantes na regio formando o ento povoadoBahuru que se servia das guas do Ribeiro Bauru e do Crrego das Flores que foi

    posteriormente canalizado sob a Avenida Naes Unidas.

    No incio da segunda dcada do sculo XX, Bauru que j era portadora doentroncamento ferrovirio formado pelas estradas de ferro Sorocabana, Noroeste e Cia.Paulista, recebeu a chegada da energia eltrica sendo possvel colocar em prtica o

    projeto de um engenheiro da Noroeste do Brasil, de nome, Sylvio Martin, com afinalidade de construir o primeiro reservatrio de abastecimento de gua da cidadeconstrudo na esquina das Ruas Antnio Alves e Cussy Jnior, sob permisso de JosCarlos Figueiredo, na poca, prefeito da cidade. Durante 5 anos, os servios foramexplorados pela Companhia de guas e Esgotos de Bauru.

    Figura 1: Residncia do povoado de Bahuru

    O abastecimento no muncipio foi expandido durante a gesto do prefeitoErnesto Monte (1938-1947) com ligaes e encanamentos, alm de poos artesianos ede caminhes-pipas para momentos crticos de falta gua.

    Na dcada de 40, o servio de Captao de gua da Vargem Limpa deu lugar do Rio Batalha e Estao de Tratamento de gua, atualmente produzindo 520 litrosde gua por segundo. A partir da dcada de 60, a autarquia denominada Departamentode gua e Esgoto de Bauru (DAE) comeou a ser considerado rgo municipal com aresponsabilidade de gerir, administrar e desenvolver servios pblicos de gua e esgotona cidade. Nessa mesma dcada foi feita a primeira perfurao de poo profundo (1969)na Alameda do Ip, no Parque Vista Alegre, chamado de Poo Garrafa. Logo em

    seguida, foram inauguradas as Estaes de Captao do Rio Batalha e de tratamento degua (ETA), em funcionamento at hoje.

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    Atualmente, a cidade de Bauru possui um total de 34 poos profundos(mananciais subterrneos), alm da Estao de Tratamento de gua, que ser discutidacom maiores detalhes no relatrio que segue. Ao todo, so capazes de produzir cercade 2 bilhes de litros de gua por ms, abastecendo em torno de 62% da populao(aproximadamente 180.000 habitantes). A captao do Batalha (manancial superficial) responsvel pelos restantes 38%. O DAE possui um total de 57 reservatrios. Toda acidade abastecida com gua tratada.

    RELATRIO

    O objetivo de uma Estao de Tratamento de gua atender a demanda de guada populao da cidade onde ela se encontra ou at mesmo de cidades vizinhas. A gua

    que chega at ela, em 100% das vezes no perfeitamente tratada. Cabe ETA,portanto, tornar essa gua potvel de forma que possa ser fornecida para seusconsumidores.

    No caso de Bauru, A ETA responsvel pelo fornecimento de cerca de 40% dagua da cidade, sendo o restante recolhido de poos interligados.

    A coleta da gua feita por meio de um barramento no Rio Batalha, que nasce naSerra da Jacutinga, no municpio de Agudos/SP, e desgua no Rio Tiet no municpiode Uru. Pertence Bacia Hidrogrfica do Mdio-Tiet. Faz parte do Comit de BaciasTiet-Batalha.

    A captao da gua do rio Batalha feita por meio de uma entrada por uma caixade areia, capaz de barrar a entrada de partculas grandes e de fazer a decantao de partedo material slido que no barrado. Aps a passagem pela caixa de areia a gua vai

    para o poo de suco.

    Figura 2: Caixa de areia usada na captao

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    Figura 3: Represamento do Rio Batalha

    Figura 4: Poo de suco

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    Figura 5: Esquema da captao das guas do rio Batalha

    Nesse poo de suco feita uma pr-clorao por dixido de cloro, o que facilitaa retirada de matria orgnica e metais posteriormente, e a gua bombeada para a

    ETA por meio de 4860 metros de adutoras.Entre o Rio Batalha e a ETA existem cerca de 6 ventosas, responsveis por

    possibilitar a retirada de ar de dentro da tubulao quando h queda de energia,evitando, assim, o calo mecnico e rompimento da adutora. Sabe-se que h ar naadutora por meio da corrente marcada pela bomba, que deve marcar 70 A. Caso hajavariao, sabe-se que h ar na tubulao.

    Caso haja queda de energia e o by-pass no consiga fechar, h a entrada de ar natubulao e leva-se pelo menos 24 horas para retirada do ar da mesma e para se e limpartodos os filtros. Para se ter uma ideia do problema, se a captao parar por meia hora,

    secam todos os filtros. J os pulmes tm capacidade de apenas duas horas para mantera cidade. Ou seja, nesses casos, o fornecimento prejudicado.

    Entretanto, quando h uma parada programada, seja para manuteno ou outromotivo qualquer, corta-se o fornecimento e a cidade fica sem gua para manter oreservatrio por mais tempo, mas, quando se libera o sistema, a tubulao da cidadeacaba rompendo por ser antiga e no resistir presso.

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    Figura 6: Ventosas

    Ao chegar na ETA, a gua passa por uma Calha Parshall, que alm de medir avazo da gua que chega, responsvel por fazer uma mistura rpida da pr-clorao ede cal e carvo ativado na gua.

    Figura 7:Reservatrio de cal hidratada e carvo ativado

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    O carvo ativado utilizado para remover possvel gosto e odor, em caso deproliferao de algas no manancial de captao.

    A cal e o carvo ativado tm suas misturas preparadas de forma automatizada. Ostanques de cal e carvo ativado tem capacidade para 4000l e, quando o nvel abaixa1500 litros, o sistema j ativado para que outra batelada seja feita e liberada. Atecnologia foi adquirida em 2008 da Rssia com um custo estimado de R$6000000,00(seis milhes de reais).

    No medidor Parshall, a gua forada por uma garganta relativamente estreita,sendo que o nvel da gua a montante o indicativo da vazo a ser medida,

    independendo do nvel da gua a jusante. Ao passar por essa garganta o escoamentopassa por um ressalto hidrulico, capaz de misturar o dixido de cloro agua.

    Figura 8: Garganta do Medidor Parshall

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    Figura 9: Esquema de uma Calha Parshall

    Aps passar pela Calha Parshall, a gua passa uma mistura lenta da gua,que serve para provocar a formao de flocos com as partculas que estejam

    presentes na gua. A formao desses flocos se d pelo fato das impurezas

    terem cargas diferentes dos produtos qumicos adicionados e reagiremquimicamente.

    Aps o processo de floculao, d-se incio decantao. Nessa etapa, agua passa por grandes tanques para separar os flocos de sujeira formados naetapa. Ocorre a sedimentao das impurezas, que ficam retidas no fundo dotanque e a gua segue por cima para os filtros.

    Figura 10: Esquema de decantao

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    Figura 11: Grupo na rea dos tanques e filtros

    Os filtros da ETA so formados por vrias camadas de areia e pedra, comdiversas gramaturas (tamanho dos gros). A gua entra nos filtros e percorre todas ascamadas de cima para baixo, onde ficam retidas as impurezas.

    Os filtros aguentam de 24 horas at 36 horas sem lavagem, sendo que a anlisepara verificao da necessidade de limpeza feita por meio da turbidez da gua queno pode passar de 0,5 (passou disso, deve-se efetuar a lavagem). Todas as anlises

    dos filtros so feitas a cada 4 horas por um operador. Segundo nosso guia, Paulo, aperda da ETA grande, devido ao sistema antigo, e que, por se tratar de um rgopblico, a aquisio de sistemas mais modernos complicada. Segundo ele, cada filtrogasta cerca de 300 mil litros de gua para ser limpo, sendo que existem 12 filtros nototal.

    H um projeto de comprar um novo sistema, que levaria a produo a 1000l/s,mas a rede de distribuio atual no comportaria a presso e eles teriam que trocargrande parte da rede.

    Aps a passagem pelos filtros a gua passa por dois ltimos processos: adesinfeco e a fluoretao. No primeiro, feita uma ltima adio de cloro no lquidoantes de sua sada da Estao de Tratamento, garantindo que a gua fornecida chegueisenta de bactrias e vrus at a casa do consumidor. J no segundo processo, adicionado flor gua para que previna cries.

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    Figura 12: Fluoretao

    Aps todo esse processo, a gua vai dois reservatrios pulmes: 1 semienterradoe outro todo enterrado. Esses pulmes conseguem levar gua por gravidade (h apenas

    booster para aumentar a velocidade) at a Praa Portugal em um sistema que,provavelmente, da dcada de 1940. A ETA atual da dcada de 1960; a antiga, quetm seu prdio ainda ao lado da atual, tinha vazo de 400l/s, 200l/s a menos que a atual.

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    CONCLUSO

    A Estao de Tratamento de gua cumpre com a demanda requerida pelapopulao de Bauru, mas precisa de reajustes em suas mquinas e tubulaes. Astubulaes de abastecimento de gua de Bauru so muito antigas e podem no vir asuportar um aumento de presso que venha a ser necessrio. As maquinas da ETA,tambm, tm perdas que alcanam aproximadamente 3600 toneladas de gua, problemaeste que pode ser solucionado com a troca deste maquinrio por um mais moderno.

    H projetos de renovao do sistema onde seria necessria a troca no s domaquinrio, como tambm das tubulaes responsveis pelo transporte da gua.Portanto, ainda h muito a ser feito.

    Com a visita tcnica foi possvel conhecer os processos pelos quais a gua passacom a finalidade de se tornar adequada para consumo, assim como, os sistemas quenecessrios para a distribuio, como tambm, os problemas existentes na Estao deTratamento de gua.

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    REFERENCIASBIBLIOGRFICAS

    http://www.dec.ufcg.edu.br/saneamento/PARSHALL.html

    http://www.daebauru.com.br/ Visita tcnica Estao de Tratamento de gua de Bauru realizada em 29

    de outubro de 201

    http://www.dec.ufcg.edu.br/saneamento/PARSHALL.htmlhttp://www.dec.ufcg.edu.br/saneamento/PARSHALL.htmlhttp://www.daebauru.com.br/http://www.daebauru.com.br/http://www.daebauru.com.br/http://www.dec.ufcg.edu.br/saneamento/PARSHALL.html