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65
Estação de tratamento de água Lever (AdDP)

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Page 1: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

50

Inventário Nacional de Sistemas de Abastecimento de Água e de Águas Residuais

Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

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51

Sistemas Públicos Urbanos

ESTADO DOS

SISTEMAS PÚBLICOS URBANOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

E DE DRENAGEM E TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS

Page 3: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

52

Inventário Nacional de Sistemas de Abastecimento de Água e de Águas Residuais

II. ESTADO DOS SISTEMAS PÚBLICOS URBANOS DE ABASTECIMENTO DE

ÁGUA E DE DRENAGEM E TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS

II.1. CARACTERIZAÇÃO GERAL DAS ENTIDADES GESTORAS

O tipo de EG que operam no Continente e nas R.A. são municípios, associação de municípios,

serviços municipalizados, sector empresarial local, com capital exclusivamente público ou

misto, concessionárias de sistemas municipais ou intermunicipais, concessionárias de sistemas

multimunicipais (Figura 6). Esta classificação foi ajustada relativamente ao ano anterior, de

forma a se coadunar com as designações utilizadas pelo QREN-POVT.

A actividade económica destas EG está associada a sistemas físicos e organizacionais que

englobam uma parte ou a totalidade do ciclo urbano da água. Em cada uma das fases deste

ciclo existem diversas actividades cuja função é assegurar o abastecimento de água aos

clientes finais, bem como a drenagem e o tratamento das águas residuais produzidas com uma

qualidade compatível como o meio receptor onde são descarregadas.

Este conjunto de actividades tanto pode ser realizado apenas por uma EG, desde a captação

de água até ao tratamento e descarga do efluente no meio receptor, como por várias EG que

asseguram uma ou mais das operações do sistema.

Na óptica do INSAAR e dos Programas Operacionais do QREN, que co-financiam operações

na área do abastecimento de água e da drenagem e tratamento de águas residuais, são

utilizados conceitos de infra-estruturas em “alta” e em “baixa” que importa considerar para a

caracterização das EG:

Infra-estruturas em “alta” de abastecimento de água são aquelas que permitem a

captação, o tratamento, a adução, a elevação, e a reserva, incluindo os pontos de

entrega de água à vertente em baixa;

Infra-estruturas em “alta” de saneamento de águas residuais são aquelas que permitem

o transporte e intercepção, incluindo elevação, o tratamento e a rejeição de águas

residuais, após tratamento, nas linhas de água, incluindo ainda os pontos de recolha de

águas residuais provenientes da vertente em baixa;

Infra-estruturas em “baixa” de abastecimento de água são as que permitem o

armazenamento e a distribuição, incluindo elevação de água para consumo humano

até ao domicílio das populações servidas;

Infra-estruturas em “baixa” de saneamento de águas residuais são as que permitem,

desde os domicílios das populações servidas, a recolha e o transporte, incluindo

elevação das águas residuais;

Page 4: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

53

Sistemas Públicos Urbanos

II.1.1. ENTIDADES GESTORAS POR TIPO DE ENTIDADE

Continente

Universo: 321 EG

Açores

Universo: 20 EG

Madeira

Universo: 11 EG

Figura 6. Número de EG por tipo no Continente e nas Regiões Autónomas.

224; 70%

25; 8%

23; 7%27; 8%

22; 7%

16; 80%

2; 10%

2; 10%0; 0%0; 0%

10; 91%

0; 0%0; 0%0; 0%1; 9%

Page 5: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

54

Inventário Nacional de Sistemas de Abastecimento de Água e de Águas Residuais

Em 2009 registou-se um acréscimo de EG a prestar serviço no Continente, de 317 para 321,

consequência da entrada de novas entidades na gestão dos serviços de abastecimento de

água e drenagem e tratamento de águas residuais, reflexo da concessão dos serviços por

parte das entidades que detinham a gestão. Para a R.A. Açores e R.A. Madeira o universo não

sofreu alterações em relação ao ano anterior (Figura 7).

II.1.2. ENTIDADES GESTORAS POR NATUREZA DO SERVIÇO PRESTADO

Continente

Universo: 321 EG

Açores

Universo: 20 EG

Madeira

Universo: 11 EG

Figura 7. Número de EG por natureza do serviço no Continente e nas Regiões Autónomas.

277; 86%

19; 6%25; 8%

13; 65%

6; 30%

1; 5%

11; 100%

0; 0%0; 0%

Page 6: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

55

Sistemas Públicos Urbanos

II.1.3. ENTIDADES GESTORAS POR TIPO DE SERVIÇO PRESTADO, POR NATUREZA DE SERVIÇO

Abastecimento de água Drenagem e Tratamento de Águas Residuais

Continente

Universo: 321 EG

Açores

Universo: 20 EG

Madeira

Universo: 11 EG

Figura 8. Número de EG por tipo de serviço prestado, por natureza de serviço, no Continente e nas Regiões Autónomas.

17; 6%

279; 94%

17; 6%

285; 94%

0; 0%

20; 100%

0; 0%

13; 100%

0; 0%

11; 100%

0; 0%

11; 100%

Page 7: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

56

Inventário Nacional de Sistemas de Abastecimento de Água e de Águas Residuais

II.1.4. POPULAÇÃO SERVIDA POR TIPO DE ENTIDADE GESTORA

No sentido de aferir a dimensão do universo de clientes abrangidos pelos serviços prestados

pelas EG determinou-se um indicador que reflecte a população servida por tipo de entidade e

por tipo de serviço prestado. Pretende-se que esta análise seja abrangente e distinguiu-se, por

isso, o abastecimento de água e a drenagem e tratamento de águas residuais.

Acompanhando a lógica do INSAAR, em que a caracterização se pretende por componente, a

Figura 9 apresenta, em percentagem, a população servida por tipo de Entidade Gestora e por

tipo de componente.

Universo: 262 Entidades Universo: 226 Entidades

Universo: 264 Entidades Universo: 264 Entidades

1,7%

60,2%

6,8% 21,8%

9,4%

Captação de água

1,5%

64,7%7,4%

17,7%

8,8%

Tratamento de água

11,2%

6,0%

17,6%

36,3%

28,9%

Distribuição de água

12,1%

0,6%14,9%

42,0% 30,4%

Drenagem de águas residuais

Page 8: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

57

Sistemas Públicos Urbanos

Universo: 302 Entidades

Figura 9. População servida por tipo de Entidade Gestora e tipo de componente.

Analisando a Figura 9 verifica-se que são as empresas concessionárias de sistemas

multimunicipais, seguidas pelos municípios, que têm uma maior representatividade em função

da percentagem de população servida nos denominados serviços em “alta” de captação de

água (60% e 22%), de tratamento de água para abastecimento (65% e 18%) e de tratamento

de águas residuais (50% e 18%).

No que se refere aos serviços ditos em “baixa” relativos à distribuição de água e à drenagem

de águas residuais são os municípios e os serviços municipalizados que têm uma maior

representatividade, verificando-se 36% e 29% para a distribuição de água e 42% e 30% para a

drenagem de águas residuais, respectivamente.

11,4%49,9%

9,6%18,3%

10,7%

Tratamento de águas residuais

Page 9: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

58

Inventário Nacional de Sistemas de Abastecimento de Água e de Águas Residuais

II.2. CARACTERIZAÇÃO FÍSICA E DE FUNCIONAMENTO

Neste capítulo são apresentados os resultados da vertente física e de funcionamento obtidos

na campanha INSAAR 2010 e é feita também, sempre que possível, uma comparação com as

campanhas anteriores. À semelhança do ano 2008, os índices de abastecimento, de drenagem

e de tratamento para o ano 2009 foram calculados com valores estimados de população

servida para os concelhos sem dados. Os restantes indicadores foram calculados apenas para

os concelhos com informação actualizada para o ano 2009 ou 2008, de acordo com a

metodologia descrita no ponto I.3.2..

A Tabela 14 apresenta a listagem dos concelhos sem dados para o ano 2009 e 2008 em pelo

menos uma das componentes dos sistemas de AA e de DTAR. A ausência destes dados

reflecte-se nos resultados e indicadores apresentados neste capítulo e deve ser tida em conta

quando se pretender efectuar uma avaliação mais detalhada.

Tabela 14. Lista dos concelhos sem dados para 2009 e 2008.

CONCELHO Região

Hidrográfica Captação ETA/PC

Redes de

abastecimento

Redes de

drenagem ETAR/FSC

Ponto de

rejeição

ÁGUEDA RH04

ALBERGARIA-A-VELHA RH04

ALJEZUR RH08

ALMEIDA RH03

ARRAIOLOS RH05; RH07

BAIÃO RH03

BARCELOS RH01; RH02

BELMONTE RH05

BOMBARRAL RH04

BRAGANÇA RH03

CALHETA (R.A.A.) RH09

FAFE RH02; RH03

FIGUEIRÓ DOS VINHOS RH04; RH05

FORNOS DE ALGODRES RH04

GOLEGÃ RH05

GUIMARÃES RH02

LAGOA RH08

LAJES DAS FLORES RH09

LOURINHÃ RH04

MACHICO RH10

MESÃO FRIO RH03

MIRANDA DO CORVO RH04

MIRANDA DO DOURO RH03

Page 10: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

59

Sistemas Públicos Urbanos

CONCELHO Região

Hidrográfica Captação ETA/PC

Redes de

abastecimento

Redes de

drenagem ETAR/FSC

Ponto de

rejeição

MONDIM DE BASTO RH03

MURÇA RH03

OLHÃO RH08

PENAMACOR RH05

PENELA RH04; RH05

PESO DA RÉGUA RH03

PONTA DO SOL RH10

RIBEIRA BRAVA RH10

SÃO PEDRO DO SUL RH03; RH04

SÃO ROQUE DO PICO RH09

SÃO VICENTE RH10

SERNANCELHE RH03; RH04

SILVES RH08

SOUSEL RH05

VALENÇA RH01

VELAS RH09

VILA DO PORTO RH09

VILA NOVA DA BARQUINHA RH05

VILA NOVA DE CERVEIRA RH01

VILA NOVA DE FOZ CÔA RH03

VILA NOVA DE PAIVA RH03; RH04

VILA REAL DE SANTO

ANTÓNIO RH07; RH08

VIMIOSO RH03

VINHAIS RH03

VIZELA RH02

concelho com dados concelho sem dados concelho com dados de apenas uma EG

II.2.1. ABASTECIMENTO DE ÁGUA

II.2.1.1. COMPONENTES DOS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

As componentes inventariadas dos sistemas de abastecimento de água são:

Captações de água (superficiais e subterrâneas);

Reservatórios;

Estações elevatórias;

Instalações de tratamento de água (ETA e PC);

Page 11: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

60

Inventário Nacional de Sistemas de Abastecimento de Água e de Águas Residuais

Adutoras;

Redes de distribuição de água

A Tabela 15 apresenta o número de componentes prioritárias cadastradas no INSAAR,

independentemente da sua situação de funcionamento, que constituem o universo das infra-

estruturas das entidades consideradas para a campanha INSAAR 2010.

Tabela 15. Número de componentes do Abastecimento por situação de funcionamento.

Tota

l (n

º)

Componentes no abastecimento (nº)

Em

construção

Em

Ampliação/

reabilitação

Em

serviço

Fora de

serviço Extinta

Funcionamento

de recurso

Sem

dados

Captação 10086 29 4 6207 1411 790 505 1140

ETA/PC 4169 6 8 3013 413 219 133 377

Rede de Distribuição 8871 13 10 7511 122 188 8 1019

1 As componentes tipo ETA/PC consideradas incluem PC de reforço

Tabela 16. Origem dos dados da Tabela 15.

Situação de funcionamento no abastecimento

Real Estimado Importado

(nº) (%) (nº) (%) (nº) (%)

Captação 8331 82,6 20 0,2 595 5,9

ETA/PC 3537 84,8 11 0,3 244 5,9

Rede de Distribuição 7173 80,9 29 0,3 662 7,5

A título de exemplo, apresenta-se na Figura 10 um sistema de abastecimento de água

georreferenciado para o concelho de Tábua, abastecido pela Albufeira da Aguieira.

Page 12: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

61

Sistemas Públicos Urbanos

Figura 10. Localização e caracterização de um sistema de abastecimento, no concelho de Tábua.

II.2.1.2. NÍVEL DE COBERTURA / ATENDIMENTO

Na campanha INSAAR 2010 foram introduzidos na Base de Dados novos campos prioritários

nas redes de distribuição de água referentes à população coberta e à população atendida pelas

mesmas. Com efeito, a designação anterior de “população servida” induzia muitas vezes em

erro por não especificar se se tratava da população com serviço disponível, ainda que não

estivesse 100% ligada à rede, ou se se tratava apenas da população efectivamente atendida,

ou seja, com usufruto real do serviço.

Sabendo que em muitos concelhos existem diferenças significativas entre a população com

serviço disponível e a população efectivamente ligada aos sistemas públicos, considerou-se de

grande utilidade distinguir estes dois indicadores. Por outro lado, a diferenciação entre índice

de cobertura e índice de atendimento permite avaliar de forma precisa os investimentos ainda

necessários quer em termos financeiros, para o primeiro caso, quer quanto à necessidade de

desenvolvimento de acções de “informação e de sensibilização da população” para o segundo.

Os dados dos anos anteriores foram considerados como “população coberta” podendo ser

aferidos ao longo das próximas campanhas, sendo que, tendencialmente, a população coberta

e a população atendida atingirão o mesmo valor.

Page 13: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

62

Inventário Nacional de Sistemas de Abastecimento de Água e de Águas Residuais

II.2.1.2.1. População coberta e atendida por sistemas públicos de abastecimento de

água

Para estes índices e para os casos de ausência de dados de população para o ano 2009,

foram adoptados os procedimentos descritos na metodologia apresentada no ponto I.3.2.

Nesta campanha foram analisados os 308 concelhos do país, mas apenas foi possível

determinar o índice de cobertura e de atendimento para 267 por ausência de resposta dos

restantes.

No entanto, considerando de extrema importância determinar estes índices a nível nacional,

para os concelhos que não tinham dados da campanha INSAAR 2010 ou da campanha

anterior, foram adoptados os dados de população nas redes de abastecimento dos anos

anteriores (dados de 2002, 2005, 2006 ou 2007), tendo-se assumido para estes anos um valor

de população coberta igual à atendida, apenas para efeitos de estimativa dos respectivos

índices para o ano 2009.

Na Tabela 17 apresentam-se os dados de população coberta e atendida, assim como os

respectivos índices, por RH, ao nível do Continente e Nacional.

Tabela 17. População coberta e atendida por sistema público de abastecimento de água e respectivos índices de cobertura e de atendiomento

Regiões Hidrográficas

População coberta

1

(x1000 habitantes)

População coberta

estimada 2

(x1000 habitantes)

Índice de cobertura estimado

(%)

População atendida

estimada 2

(x1000 habitantes)

Índice de atendimento

estimado

(%)

Continente 9145 9802 97 9148 90

Minho e Lima (RH 1)

239 279 94 254 86

Cavado, Ave e Leça (RH 2)

1117 1362 94 1254 86

Douro (RH 3) 1719 1828 93 1465 75

Vouga, Mondego, Lis e Ribeiras do Oeste (RH 4)

2032 2167 97 2069 93

Tejo (RH 5) 3212 3251 100 3196 98

Sado e Mira (RH 6)

296 296 98 294 97

Guadiana (RH 7) 247 256 100 255 100

Ribeiras do 283 363 96 361 95

Page 14: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

63

Sistemas Públicos Urbanos

Regiões Hidrográficas

População coberta

1

(x1000 habitantes)

População coberta

estimada 2

(x1000 habitantes)

Índice de cobertura estimado

(%)

População atendida

estimada 2

(x1000 habitantes)

Índice de atendimento

estimado

(%)

Algarve (RH 8)

Açores (RH 9) 222 240 98 217 89

Madeira (RH 10) 229 249 100 248 100

Nacional 9596 10291 97 9613 90

1 Dados da campanha INSAAR 2009 ou da campanha INSAAR 2008, segundo a metodologia descrita no ponto I.3. 2 Dados obtidos recorrendo a dados de anos anteriores para os concelhos sem resposta.

Tabela 18. Origem dos dados da Tabela 17.

Redes de abastecimento

Universo (n.º)

Consideradas (n.º) Entidade

Gestora (%) Estimativa

INSAAR (%)

Importados de campanhas

anteriores (%) 8861 7542

Continente 7126 69 16 15

RH 1 176 93 0 7

RH 2 383 64 10 26

RH 3 1797 56 6 37

RH 4 1953 72 15 14

RH 5 1877 76 22 2

RH 6 296 66 31 3

RH 7 502 70 10 20

RH 8 142 46 45 9

RH 9 164 51 0 49

RH 10 252 78 19 3

A Tabela 17 mostra um índice de cobertura estimado de 97% para o Continente, de 98% para

os Açores (RH 9) e 100% para a Madeira (RH 10). Para Portugal Continental verificou-se uma

subida de 3% deste índice, devido ao aumento da população servida com redes de

abastecimento de água de cerca de 807 000 habitantes de 2008 para 2009, enquanto que de

2007 para 2008 o aumento de população servida foi de 226 000 habitantes. O índice Nacional

estimado não sofre alterações relativamente ao do Continente, apresentando uma subida de

3% em relação ao ano de 2008.

A RH do Continente com índice de abastecimento mais baixo é a Douro (RH3) com 93%. A RH

Cávado, Ave e Leça (RH 2) com 94%, apresentou uma vez mais uma subida significativa, 7%,

em relação ao índice de 2008 (em 2008 apresentou uma subida de 3% em relação ao índice

apresentado em 2007). As RH com índices mais elevados continuam a ser a Tejo (RH 5) e

Page 15: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

64

Inventário Nacional de Sistemas de Abastecimento de Água e de Águas Residuais

Guadiana (RH 7) com índices de abastecimento de 100%, representando uma subida de 3%

na RH Tejo (RH 5) relativamente ao índice apresentado em 2008.

Interessa ainda assinalar as diferenças que se registam entre RH, quanto aos níveis de

cobertura e os níveis atendimento da população. Efectivamente, mas regiões mais a norte, em

particular nas RH 1, RH 2 e RH 3 (93% de cobertura e 75% de atendimento), as diferenças são

muito significativas quando compradas com as regiões a sul do Tejo nas quais os níveis de

cobertura e de atendimento são praticamente iguais. Com efeito, nas regiões mais a norte,

parece existir alguma relutância na adesão da população aos sistemas públicos,

provavelmente porque existem fontes alternativas financeiramente mais acessíveis (captações

próprias, nascentes, etc) ainda que em detrimento da qualidade.

O PEAASAR II (2007-2013) aponta como meta a atingir em 2013, uma cobertura de 95% da

população servida com água potável no domicílio. Actualmente existe um novo ciclo de fundos

comunitários enquadrados pelo QREN que terá reflexos nos resultados das campanhas

futuras, para cumprimento dos objectivos traçados pelo PEAASAR II. Em relação a estes

objectivos, verifica-se que para o Continente o índice de cobertura em 2009 encontra-se já 2

pontos percentuais acima da meta estabelecida pelo PEAASAR II apresentando um aumento

de 3 pontos percentuais relativamente a 2008. No entanto, no que respeita ao atendimento, ou

seja à população efectivamente ligada a sistemas públicos, verificam-se valores da ordem dos

90% havendo assim a necessidade de desenvolver pelas EG um trabalho de informação e

sensibilização das populações que alerte para as vantagens de adesão aos sistemas públicos

em detrimento de soluções temporárias e mesmo nefastas para a saúde pública.

O PRAA estabelece objectivos para 2011 e para a Área Temática 1 – Abastecimento de água,

i.e. uma cobertura de população servida com acesso regular a água através de ligação

domiciliária de 99%. Verifica-se que em termos de cobertura da população os Açores (RH 9)

apresentam já um valor muito próximo (98%) da meta do PRAA mas a população atendida é

ainda de 88%.

O PRAM estabelece objectivos para 2012 e 2020 de 97% e 98%, respectivamente, para

abastecimento à população residente. Para o ano 2009 a Madeira (RH 10) encontra-se com

100% da sua população coberta e atendida, verificando-se, portanto, que o objectivo para 2020

foi já atingido.

Efectuando uma análise comparativa dos índices obtidos no INSAAR 2009 com os obtidos no

INSAAR 2008 (Figura 11) verificam-se variações pouco significativas por RH, depreendendo-se

no entanto uma tendência para o aumento progressivo dos níveis de cobertura do país com

sistemas públicos de abastecimento de água no país.

Page 16: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

65

Sistemas Públicos Urbanos

Figura 11. Comparação dos índices de abastecimento (cobertura) de 2008 e 2009.

A Figura 11 ilustra os índices de cobertura por Concelho para todo o território nacional, onde

são apresentados de forma distinta os concelhos em que foi possível determinar o índice

(identificados com uma escala de cores de acordo com classes de % de população servida), os

concelhos sem índices por ausência de resposta das EG, (identificados como sem dados) e,

ainda, os concelhos em que o índice representa apenas uma percentagem da população

servida desse concelho, por se verificar apenas resposta de uma das EG em baixa do

concelho. Por isso, nestes casos, o índice não é representativo da totalidade do concelho, mas

sim de apenas uma parte do concelho (identificados também com uma escala de cores de

acordo com classes de % de população servida, mas com um valor de percentagem de

população a que diz respeito o índice).

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Continente RH01 RH02 RH03 RH04 RH05 RH06 RH07 RH08 RH09 RH10

Per

cen

tag

em

Região Hidrográfica Índice 2008 Índice 2009

Page 17: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

66

Inventário Nacional de Sistemas de Abastecimento de Água e de Águas Residuais

Figura 12. População coberta por sistema público de abastecimento de água, por concelho.

Analisando o mapa da Figura 12, observa-se que 65 concelhos (25% dos 264 para os quais foi

possível calcular o índice para 2009) apresentam índices de cobertura inferiores a 95%, sendo

que a maioria destes concelhos se encontram localizados no Douro (RH 3), Vouga, Mondego,

Page 18: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

67

Sistemas Públicos Urbanos

Lis e Ribeiras do Oeste (RH 4) e no Tejo (RH 5). Dos concelhos apresentados no mapa apenas

seis concelhos têm um índice de abastecimento inferior a 70%. Na Madeira (RH 10) a maioria

dos concelhos apresentam já um índice de 100%, encontrando-se um com 97% e apenas o

concelho de Santana apresenta um índice inferior a 84%. Nos Açores (RH 9) apenas o

concelho de Lagoa apresenta um índice inferior a 84%, todos os restantes apresentam índice

superiores a 90%, sendo que 5 concelhos têm já 100%.

II.2.1.2.2. População servida por tipo de origem de água

Para o indicador da população servida por captação (superficial e subterrânea), e na ausência

de dados de população para o ano 2009, estimaram-se os valores de população com base nos

critérios referidos em I.3.2. Apenas foram consideradas as componentes com dados referentes

ao ano 2009 ou importados da campanha anterior.

As massas de água onde há captações de água para abastecimento público são consideradas

na DQA e na LA como zonas protegidas. Deste modo, a população servida por massas de

água superficiais e subterrâneas é um dado importante para assegurar o cumprimento dos

objectivos para as zonas protegidas preconizados no artigo 7º da DQA e artigo 58º da LA,

respectivamente, onde é referido que devem ser identificadas em cada RH todas as massas de

água destinadas a captações para consumo humano que forneçam mais de 10 m3 por dia em

média ou que sirvam mais de 50 pessoas assim como as massas de água previstas para esses

fins.

Tal como nas campanhas anteriores constatou-se na campanha INSAAR 2010, dificuldade no

fornecimento dos dados referentes à população servida pelas captações por parte das EG.

Nesta sequência, foi feito um grande esforço entre a equipa técnica do INSAAR e as EG no

sentido de colmatar estas dificuldades e obter os melhores dados possíveis para a produção

dos indicadores apresentados neste relatório (visíveis nas percentagens de preenchimento dos

campos da base de dados apresentadas na Tabela 13)

A Tabela 19 e a Figura 13 apresentam a percentagem de população servida por tipo de origem

de água para cada RH e para o Continente.

Tabela 19. População servida por tipo de origem de água.

Regiões Hidrográficas

População servida (%)

Águas de

superfície

Águas

subterrâneas

Continente 66 34

Minho e Lima (RH 1) 32 68

Page 19: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

68

Inventário Nacional de Sistemas de Abastecimento de Água e de Águas Residuais

Regiões Hidrográficas

População servida (%)

Águas de

superfície

Águas

subterrâneas

Cavado, Ave e Leça (RH 2) 97 3

Douro (RH 3) 87 13

Vouga, Mondego, Lis e Ribeiras do

Oeste (RH 4) 53 47

Tejo (RH 5) 58 42

Sado e Mira (RH 6) 20 80

Guadiana (RH 7) 64 36

Ribeiras do Algarve (RH 8) 73 27

Açores (RH 9) 6 94

Madeira (RH 10) 49 51

Nacional 65 35

Tabela 20. Origem dos dados da Tabela 19.

Captações de água

Superfície (consideradas) Subterrânea (consideradas)

Universo (nº)

Consideradas (nº) Total

(n.º) Entidade

Gestora (%)

Estimativa INSAAR

(%)

Importados de

campanhas anteriores

(%)

Total (n.º)

Entidade Gestora

(%)

Estimativa INSAAR

(%)

Importados de

campanhas anteriores

(%) 6745 6205

Continente 210 83 15 2 5565 74 22 5

RH 1 10 84 0 16 205 98 0 2

RH 2 13 98 0 2 546 62 5 33

RH 3 73 89 10 1 1469 88 10 2

RH 4 56 87 6 7 936 81 10 9

RH 5 31 87 13 0 1194 65 33 2

RH 6 15 9 91 0 380 71 29 0

RH 7 8 5 95 0 629 44 49 7

RH 8 4 12 88 0 205 94 6 0

RH 9 4 3 97 0 285 23 43 34

RH 10 10 29 71 0 131 68 32 0

Page 20: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

69

Sistemas Públicos Urbanos

Figura 13. População servida por tipo de origem de água.

Analisando os dados da Tabela 19 e a Figura 13 verifica-se no Continente que 66% da

população é servida por sistemas públicos de abastecimento de água proveniente de

captações em águas de superfície e 34% é servida por captações em águas subterrâneas.

É de referir que as RH onde se verificam maiores diferenças entre a percentagem de

população servida por águas de superfície e águas subterrâneas são as do Cávado, Ave e

Leça (RH 2) (97% de águas de superfície e 3% de águas subterrâneas) e Douro (RH 3) (87%

águas de superfície e 13% de águas subterrâneas).

Na R.A. dos Açores (RH 9) a maioria da população é servida por água de origem subterrânea

(94%).

II.2.1.2.3. População servida com água tratada, por tipo de instalação de tratamento

Para o indicador da população servida por ETA ou PC, e para os casos de ausência de dados

de população servida para o ano 2009, estimaram-se os valores de população com base nos

critérios referidos em I.3.2. Apenas foram consideradas as componentes com dados referentes

ao ano 2009 ou importados da campanha anterior.

À semelhança do que se verificou para os dados de população servida pelas captações,

durante a campanha INSAAR 2009, foram identificadas dificuldades recorrentes em apresentar

um valor de população servida nas instalações de tratamento de água por parte das EG, tendo

sido igualmente detectadas situações de populações replicadas em postos de cloragem no

mesmo concelho.

A Tabela 22 e a Figura 14 apresentam a percentagem de população servida por tipo de

instalação de tratamento.

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

RH 1 RH 2 RH 3 RH 4 RH 5 RH 6 RH 7 RH 8 RH 9 RH 10

Per

cen

tag

em

Águas de superferfície´ Águas subterrâneas

Page 21: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

70

Inventário Nacional de Sistemas de Abastecimento de Água e de Águas Residuais

Tabela 21. População servida com água tratada, por tipo de instalação de tratamento.

Regiões Hidrográficas

População servida (%)

ETA PC

Continente 74 26

Minho e Lima (RH 1) 35 65

Cavado, Ave e Leça (RH 2) 97 3

Douro (RH 3) 93 7

Vouga, Mondego, Lis e Ribeiras do Oeste (RH 4) 61 39

Tejo (RH 5) 68 32

Sado e Mira (RH 6) 28 72

Guadiana (RH 7) 77 23

Ribeiras do Algarve (RH 8) 93 7

Açores (RH 9) 29 71

Madeira (RH 10) 60 40

Nacional 73 27

Tabela 22. Origem dos dados da Tabela 21.

Estações de tratamento de água e Postos de Cloragem

ETA (consideradas) PC (considerados)

Universo (nº)

Consideradas (nº) Total

(n.º)

Entidade Gestora

(%)

Estimativa INSAAR (%)

Importados de

campanhas anteriores

(%)

Total (n.º)

Entidade Gestora

(%)

Estimativa INSAAR

(%)

Importados de

campanhas anteriores

(%) 2772 2568

Continente 524 84 12 4 1861 75 17 8

RH 1 15 85 0 15 87 100 0 0

RH 2 11 84 0 16 88 55 0 45

RH 3 93 91 8 1 278 94 5 1

RH 4 101 79 14 7 360 77 9 14

RH 5 143 88 12 0 586 71 24 4

RH 6 38 28 72 0 190 66 29 5

RH 7 109 31 69 0 196 53 35 12

RH 8 13 87 13 0 76 79 21 0

RH 9 18 4 72 24 107 15 51 34

RH 10 14 38 62 0 44 92 8 0

Page 22: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

71

Sistemas Públicos Urbanos

Figura 14. População servida com água tratada, por tipo de instalação de tratamento.

A Tabela 22 mostra que no Continente e na Madeira (RH 10) a maioria da população, é servida

com água tratada em ETA, sendo que no Minho e Lima (RH1), Sado e Mira (RH 6) e Açores

(RH 9) a situação é inversa.

A percentagem de 74% da população do Continente que é servida por água tratada em ETA é

corroborada pelo facto de a maioria da população servida por sistemas públicos (66%) ser

abastecida por água de superfície.

II.2.1.3. CAPTAÇÃO DE ÁGUA

II.2.1.3.1. Número de captações e volume de água captada

A Tabela 23 apresenta o número de captações em águas de superfície e subterrâneas

cadastradas no INSAAR para o Continente e por RH, que foram consideradas para a

validação, ou seja com dados para 2009 e na ausência destes, com dados para 2008.

Tabela 23. Número de captações, por origem.

Regiões Hidrográficas

Águas de superfície Águas subterrâneas Total

(nº) (%) (nº) (%) (nº)

Continente 235 4 6027 96 6262

Minho e Lima (RH 1) 11 5 217 95 228

Cavado, Ave e Leça (RH 2) 13 2 592 98 604

Douro (RH 3) 76 4 1631 96 1706

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

RH01 RH02 RH03 RH04 RH05 RH06 RH07 RH08 RH09 RH10

Per

cen

tag

em

ETA PC

Page 23: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

72

Inventário Nacional de Sistemas de Abastecimento de Água e de Águas Residuais

Regiões Hidrográficas

Águas de superfície Águas subterrâneas Total

(nº) (%) (nº) (%) (nº)

Vouga, Mondego, Lis e Ribeiras do Oeste (RH 4)

75 7 1037 93 1112

Tejo (RH 5) 33 2 1311 98 1344

Sado e Mira (RH 6) 15 4 385 96 399

Guadiana (RH 7) 8 1 642 99 650

Ribeiras do Algarve (RH 8) 4 2 214 98 218

Açores (RH 9) 4 1 295 99 299

Madeira (RH 10) 21 11 163 89 184

Nacional 260 4 6485 96 6745

A Tabela 24 apresenta o volume de água captado em águas de superfície e subterrânea para o

Continente e por Região Hidrográfica.

Para o indicador “volume de água captada”, e para os casos de ausência desse valor para o

ano 2009, estimaram-se os valores de volume com base nos critérios referidos em I.3.2.

Apenas foram consideradas as componentes com dados referentes ao ano 2009 ou importados

da campanha anterior.

Tabela 24. Volume de água captado.

Regiões Hidrográficas

Águas de superfície Águas subterrâneas Total

(x103 m

3) (%) (x10

3 m

3) (%) (x10

3 m

3)

Continente 577872 69 259887 31 837759

Minho e Lima (RH 1) 8964 47 10237 53 19201

Cavado, Ave e Leça (RH 2) 55297 94 3378 6 58675

Douro (RH 3) 139303 93 10372 7 149675

Vouga, Mondego, Lis e Ribeiras do Oeste (RH 4)

39974 38 66367 62 106341

Tejo (RH 5) 251098 66 128370 34 379468

Sado e Mira (RH 6) 12349 36 21492 64 33842

Guadiana (RH 7) 45795 85 7794 15 53589

Ribeiras do Algarve (RH 8) 25092 68 11876 32 36969

Açores (RH 9) 1455 4 31617 96 33071

Page 24: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

73

Sistemas Públicos Urbanos

Regiões Hidrográficas

Águas de superfície Águas subterrâneas Total

(x103 m

3) (%) (x10

3 m

3) (%) (x10

3 m

3)

Madeira (RH 10) 30123 54 25970 46 56093

Nacional 609449 66 317474 34 926923

Tabela 25. Origem dos dados da Tabela 24.

Captações de água

Superfície (consideradas) Subterrânea (consideradas)

Universo (nº)

Consideradas (nº) Total

(n.º) Entidade

Gestora (%)

Estimativa INSAAR

(%)

Importados de

campanhas anteriores

(%)

Total (n.º)

Entidade Gestora

(%)

Estimativa INSAAR

(%)

Importados de

campanhas anteriores

(%) 6745 6196

Continente 205 86 13 1 5537 94 4 2

RH 1 10 100 0 0 208 94 6 1

RH 2 13 97 0 3 547 85 1 15

RH 3 70 99 1 0 1491 76 20 3

RH 4 54 82 7 11 884 90 6 4

RH 5 32 99 1 0 1193 98 2 0

RH 6 15 83 17 0 380 96 3 0

RH 7 8 6 94 0 628 81 7 11

RH 8 4 12 88 0 206 100 0 0

RH 9 4 99 1 0 294 90 5 5

RH 10 11 100 0 0 145 100 0 0

Analisando os dados da Tabela 24, verifica-se que no Continente cerca de 69% do volume

captado para abastecimento urbano tem origem em águas de superfície, corroborando os

dados da Tabela 19, em que se verifica que a maioria da população é servida por água de

superfície (66%). Por oposição, nos Açores (RH 9), 96% do volume captado é de águas

subterrâneas, verificando-se também uma percentagem semelhante para a população servida

por águas subterrâneas (94%).

Nas RH do Continente verifica-se que a maior diferença entre os volumes captados em águas

de superfície e subterrânea ocorre na do Cávado, Ave e Leça (RH 2), sendo que 94% do

volume captado é de origem superficial. Em sentido inverso está a do Sado e Mira (RH 6) com

64% do volume captado em águas subterrâneas.

Page 25: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

74

Inventário Nacional de Sistemas de Abastecimento de Água e de Águas Residuais

II.2.1.3.2. Localização das captações de água

Na Figura 15 e na Figura 16 apresenta-se a localização geográfica das captações de águas de

superfície e subterrânea, respectivamente. Os mapas reflectem apenas o universo de

componentes validadas, ou seja, as componentes declaradas como “Em Serviço” ou em

“Funcionamento de Recurso” para o ano da campanha ou na ausência deste, para o ano

anterior. De entre este universo apenas são representadas as componentes cadastradas no

SIG, ou seja, as componentes georreferenciadas pelas EG.

Page 26: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

75

Sistemas Públicos Urbanos

Figura 15. Localização geográfica das captações de água de superfície.

Page 27: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

76

Inventário Nacional de Sistemas de Abastecimento de Água e de Águas Residuais

Figura 16. Localização geográfica das captações de água subterrânea.

De um modo geral, identifica-se em ambos os mapas a predominância de captações no norte

do país. Estes mapas permitem uma visão global das pressões quantitativas sobre as massas

de água.

Page 28: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

77

Sistemas Públicos Urbanos

II.2.1.4. TRATAMENTO DE ÁGUA

II.2.1.4.1. Número de instalações de tratamento de água e volume tratado

Na Tabela 26 apresenta-se o número de instalações de tratamento de água cadastradas no

INSAAR para o Continente e por RH, que foram consideradas para a validação, ou seja com

dados para 2009 e na ausência destes, com dados para 2008.

Tabela 26. Número de instalações de tratamento de água.

Regiões Hidrográficas

ETA PC Total

(nº) (%) (nº) (%) (nº)

Continente 478 19 2079 81 2557

Minho e Lima (RH 1) 15 14 92 86 107

Cavado, Ave e Leça (RH 2) 12 11 97 89 109

Douro (RH 3) 100 23 328 77 428

Vouga, Mondego, Lis e Ribeiras do Oeste (RH 4)

104 22 379 78 483

Tejo (RH 5) 150 19 654 81 805

Sado e Mira (RH 6) 38 17 192 83 230

Guadiana (RH 7) 46 15 261 85 306

Ribeiras do Algarve (RH 8) 12 14 76 86 88

Açores (RH 9) 18 13 123 87 141

Madeira (RH 10) 16 22 58 78 74

Nacional 512 18 2260 82 2272

Verifica-se que no Continente cerca de 81% das instalações de tratamento são PC, verificando-

se situação semelhante em todas as RH, onde é notória a predominância de PC.

Na Tabela 27 apresenta-se o volume de água tratada em ETA e PC para o Continente e por

RH.

Para o indicador “volume de água tratada”, e para os casos de ausência desse valor para o ano

2009, estimaram-se os valores de volume com base nos critérios referidos em I.3.2. Apenas

foram consideradas as componentes com dados referentes ao ano 2009 ou importados da

campanha anterior.

Page 29: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

78

Inventário Nacional de Sistemas de Abastecimento de Água e de Águas Residuais

Tabela 27. Volume de água tratado.

Regiões Hidrográficas

ETA PC Total

(x103 m

3) (%) (x10

3 m

3) (%) (x10

3 m

3)

Continente 557942 74 198347 26 756289

Minho e Lima (RH 1) 10068 57 7613 43 17682

Cavado, Ave e Leça (RH 2) 54195 97 1472 3 55667

Douro (RH 3) 97116 94 5991 6 103107

Vouga, Mondego, Lis e Ribeiras do Oeste (RH 4)

40681 43 53103 57 93784

Tejo (RH 5) 261659 72 101330 28 362989

Sado e Mira (RH 6) 11563 33 23155 67 34718

Guadiana (RH 7) 27824 86 4649 14 32473

Ribeiras do Algarve (RH 8) 54836 98 1033 2 55869

Açores (RH 9) 5842 33 12117 67 17958

Madeira (RH 10) 35715 73 13329 27 49044

Nacional 599499 73 223792 27 823291

Tabela 28. Origem dos dados da Tabela 27.

Estações de tratamento de água e Postos de Cloragem

ETA (consideradas) PC (consideradas)

Universo (nº)

Consideradas (nº) Total

(n.º)

Entidade Gestora

(%)

Estimativa INSAAR

(%)

Importados de

campanhas anteriores

(%)

Total (n.º)

Entidade Gestora

(%)

Estimativa INSAAR

(%)

Importados de

campanhas anteriores

(%) 2772 2520

Continente 519 97 2% 1% 1813 86% 8% 6%

RH 1 14 97 3% 0% 86 98% 2% 0%

RH 2 12 97 0% 3% 90 66% 0% 34%

RH 3 93 99 1% 0% 271 94% 5% 1%

RH 4 99 75 15% 10% 311 71% 16% 13%

RH 5 141 99 1% 0% 594 94% 3% 3%

RH 6 38 81 19% 0% 189 85% 15% 0%

RH 7 109 99 1% 0% 196 71% 11% 18%

RH 8 12 100 0% 0% 76 61% 39% 0%

RH 9 18 85 2% 13% 111 37% 27% 36%

RH 10 14 97 3% 0% 45 93% 7% 0%

Page 30: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

79

Sistemas Públicos Urbanos

Analisando estes dados, verifica-se que no Continente e na Madeira (RH 10) cerca de 74% e

73%, respectivamente, do volume tratado para abastecimento urbano é proveniente de ETA.

Por oposição, nos Açores (RH 9) cerca de 67% do volume de água é tratado em PC,

confirmando os dados da Tabela 21.

No Continente verifica-se que as maiores diferenças entre os volumes tratados em ETA e PC

se verificam nas RH do Cávado, Ave e Leça (RH 2) (97% em ETA) e Ribeiras do Algarve (RH8)

(98% em ETA).

II.2.1.4.2. Localização das instalações de tratamento de água

Na Figura 17 e Figura 18 apresenta-se a localização geográfica das ETA e PC,

respectivamente. Os mapas reflectem apenas o universo de componentes validadas, ou seja,

as componentes declaradas como “Em Serviço” ou “Funcionamento de Recurso” para o ano da

campanha ou no caso de ausência para o ano anterior. De entre este universo, apenas são

representadas as componentes cadastradas no SIG, ou seja, as componentes

georreferenciadas pelas EG.

Page 31: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

80

Inventário Nacional de Sistemas de Abastecimento de Água e de Águas Residuais

Figura 17. Localização geográfica das Estações de tratamento de água.

Page 32: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

81

Sistemas Públicos Urbanos

Figura 18. Localização geográfica dos Postos de cloragem.

De um modo geral, reflecte-se o paralelismo entre a distribuição de captações de águas de

superfície e a distribuição de ETA. Apesar de não ser uma relação linear, é mais comum uma

Page 33: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

82

Inventário Nacional de Sistemas de Abastecimento de Água e de Águas Residuais

ETA estar associada a uma captação superficial. Um padrão semelhante é perceptível na

relação entre captações de águas subterrâneas e os PC.

II.2.1.5. DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA

II.2.1.5.1. Volume distribuído (sector doméstico)

Para o indicador volume distribuído no sector doméstico nas redes de distribuição, e para os

casos de ausência de dados de volumes fornecidos para o ano de 2009, foram adoptados os

procedimentos descritos na metodologia apresentada no ponto I.3.2. Apenas foram

consideradas as componentes com dados referentes ao ano 2009 ou importados da campanha

anterior.

Na Tabela 29 e Figura 19 apresenta-se o volume de água fornecido para o sector doméstico

para o Continente e por RH.

Tabela 29. Fornecimento de água para o sector doméstico.

Regiões Hidrográficas

Volume de água distribuído

(x103 m

3) (%) (% Nacional)

Continente 562704 100 94

Minho e Lima (RH 1) 10713 2 1

Cavado, Ave e Leça (RH 2) 69757 12 11

Douro (RH 3) 73518 13 12

Vouga, Mondego, Lis e Ribeiras do Oeste (RH 4)

127540 23 21

Tejo (RH 5) 197394 35 33

Sado e Mira (RH 6) 25546 5 4

Guadiana (RH 7) 20469 4 3

Ribeiras do Algarve (RH 8) 37766 7 6

Açores (RH 9) 16421 100 3

Madeira (RH 10) 15267 100 3

Nacional 594393 - 100

Page 34: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

83

Sistemas Públicos Urbanos

Tabela 30. Origem dos dados da Tabela 29.

Redes de abastecimento

Universo (n.º)

Consideradas (n.º) Entidade

Gestora (%) Estimativa

INSAAR (%)

Importados de campanhas

anteriores (%) 7542 7008

Continente 6608 70 14 16

RH 1 152 89 0 11

RH 2 306 64 10 26

RH 3 1697 56 7 38

RH 4 1791 70 15 15

RH 5 1799 83 14 3

RH 6 262 65 31 3

RH 7 488 69 10 21

RH 8 113 44 46 9

RH 9 160 62 0 38

RH 10 240 43 0 57

A Tabela 29 e a Figura 19 permitem verificar que são as regiões Tejo (RH 5) e Vouga,

Mondego, Lis e Ribeiras do Oeste (RH 4) as que apresentam maiores volumes de água

distribuídos (à semelhança de 2008), representando 33% e 21%, respectivamente, do volume

face ao total nacional, o que está directamente relacionado com a representatividade destas

regiões em termos populacionais.

1%

11%

12%

21%

33%

4% 3%6%

2%2%

RH 1

RH 2

RH 3

RH 4

RH 5

RH 6

RH 7

RH 8

Figura 19. Volume de água fornecido para o sector doméstico, por RH.

Page 35: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

84

Inventário Nacional de Sistemas de Abastecimento de Água e de Águas Residuais

II.2.1.5.2. Capitação de água

Para o indicador capitação de água que é calculado com base no volume distribuído e na

população atendida das redes de distribuição de água, e para os casos de ausência de dados

de população atendida e de volumes fornecidos para o sector doméstico para o ano de 2009,

foram adoptados os procedimentos descritos na metodologia apresentada no ponto I.3.2.

Apenas foram consideradas as componentes com dados referentes ao ano 2009 ou importados

da campanha anterior.

A Tabela 31 apresenta os valores de capitação doméstica de água obtidos para o Continente e

por RH, calculados com dados de população residente e flutuante.

Tabela 31. Capitação doméstica.

Regiões Hidrográficas

Capitação calculada com

base na população atendida

Capitação calculada com base na

população atendida + população flutuante

(l/ hab.dia) (l/ hab.dia)

Continente 182 167

Minho e Lima (RH 1) 137 121

Cavado, Ave e Leça (RH 2) 189 185

Douro (RH 3) 149 143

Vouga, Mondego, Lis e Ribeiras do Oeste (RH 4)

181 153

Tejo (RH 5) 171 167

Sado e Mira (RH 6) 238 217

Guadiana (RH 7) 228 192

Ribeiras do Algarve (RH 8) 368 252

Açores (RH 9) 227 221

Madeira (RH 10) 184 160

Nacional 183 168

Analisando a Tabela 31 verifica-se uma capitação média para o Continente do sector

doméstico, considerando a população flutuante, de 167 l/ hab.dia. Observa-se para as Ribeiras

do Algarve (RH 8) um valor de capitação de água elevado relativamente à média do

Continente, na ordem dos 252 l/ hab.dia, justificado pela forte influência da actividade turística.

Page 36: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

85

Sistemas Públicos Urbanos

Além das Ribeiras do Algarve (RH 8) são as RH Sado e Mira (RH 6), Guadiana (RH 7) e

Açores (RH 9) que apresentam maiores capitações.

Apesar dos campos de população flutuante não serem de preenchimento prioritário, e por essa

razão terem percentagens de preenchimento menores relativamente aos prioritários,

considerou-se importante o cálculo das capitações utilizando os dados da população flutuante,

revelando-se, em algumas RH, diferenças significativas relativamente ao cálculo deste

indicador com a população residente atendida.

A Tabela 32 pretende ilustrar a distribuição quantitativa dos volumes de água utilizados no

sistema de abastecimento em Portugal Continental e nas R.A..

Tabela 32. Volume total nos sistemas urbanos de abastecimento.

Volume urbano no abastecimento

Captado Tratado Distribuído

(x103 m

3) (x10

3 m

3) (x10

3 m

3)

Continente 837759 756289 646187

Açores (RH 9) 33071 17958 21995

Madeira (RH 10) 56093 49044 24892

Nacional 926923 823291 693074

As diferenças registadas entre o volume captado, tratado e distribuído evidenciam de uma

forma global as perdas ao longo do sistema que se cifram em cerca de 25% (menos dois

pontos percentuais relativamente a 2008).

II.2.2. DRENAGEM E TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS

II.2.2.1. COMPONENTES DOS SISTEMAS DE DRENAGEM E TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS

As componentes dos sistemas de drenagem e tratamento de águas residuais inventariadas e

georreferenciadas são:

Redes de drenagem de Águas Residuais;

Instalações de tratamento de águas residuais (ETAR e FSC);

Estações elevatórias;

Emissários;

Page 37: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

86

Inventário Nacional de Sistemas de Abastecimento de Água e de Águas Residuais

Pontos de rejeição de águas residuais

A Tabela 33 apresenta o número de componentes prioritárias cadastradas no INSAAR,

independentemente da sua situação de funcionamento, que constituem o universo das infra-

estruturas das entidades consideradas para a campanha INSAAR 2010.

Tabela 33. Número de componentes da Drenagem e Tratamento de águas residuais por situação de funcionamento.

To

tal (n

º)

Componentes na drenagem (nº)

Em

construção

Em

Ampliação/

reabilitação

Em

serviço

Fora de

serviço Extinta

Funcionamento

de recurso

Em

branco

Rede de drenagem

de águas residuais 6240 107 6 5071 163 297 1 595

ETAR/FSC 5255 86 32 3839 255 448 2 493

Pontos de Descarga 5507 56 18 4195 205 489 14 530

Tabela 34. Origem dos dados da Tabela 33.

Situação de funcionamento na drenagem

Real Estimado Importado

(nº) (%) (nº) (%) (nº) (%)

Rede de drenagem de águas residuais

5101 90,4 83 1,5 461 8,1

ETAR/FSC 4484 94,2 26 0,5 252 5,3

Pontos de Descarga 4507 90,6 90 1,8 380 7,6

A título de exemplo apresenta-se na Figura 20 um sistema de drenagem e tratamento de águas

residuais para o concelho de Albufeira.

Page 38: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

87

Sistemas Públicos Urbanos

Figura 20. Localização e caracterização do sistema de drenagem e tratamento da ETAR Vale de Faro, no concelho de Albufeira.

II.2.2.2. NÍVEL DE COBERTURA / ATENDIMENTO

Na campanha INSAAR 2010 foram introduzidos na Base de Dados novos campos prioritários

nas redes de drenagem de águas residuais referentes à população coberta e à população

atendida pelas mesmas (à semelhança das redes de distribuição de água). Com efeito, a

designação anterior de “população servida” induzia muitas vezes em erro por não especificar

se se tratava da população com serviço disponível, ainda que não estivesse 100% ligada à

rede, ou se se tratava apenas da população efectivamente atendida, ou seja, com usufruto real

do serviço.

Sabendo que em muitos concelhos existem diferenças significativas entre população com

serviço disponível e a população efectivamente ligada aos sistemas públicos, considerou-se de

grande utilidade distinguir estes dois indicadores. Por outro lado, a diferenciação entre índice

de cobertura e índice de atendimento permite avaliar de forma precisa os investimentos ainda

necessários quer em termos financeiros, para o primeiro caso, quer quanto à necessidade de

desenvolvimento de acções de “informação e de sensibilização da população” para o segundo.

Os dados dos anos anteriores foram considerados como “população coberta” podendo ser

aferidos ao longo das próximas campanhas, sendo que, tendencialmente, a população coberta

e a população atendida atingirão o mesmo valor.

Para avaliar a população servida com tratamento de águas residuais não foi solicitado às EG a

indicação a população coberta, ou seja, potencialmente atendida tendo em conta a capacidade

instalada, uma vez que este factor não depende da adesão das populações mas sim dos

investimentos das próprias EG. Assim, para este indicador não existiram alterações

Page 39: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

88

Inventário Nacional de Sistemas de Abastecimento de Água e de Águas Residuais

relativamente aos anos anteriores, pretendendo deste modo conhecer a percentagem da

população que efectivamente usufrui do serviço, ou seja, cujas águas residuais são sujeitas a

um processo de tratamento antes da sua descarga no meio.

II.2.2.2.1. População coberta e atendida por sistema público de drenagem de águas

residuais

Para estes índices e para os casos de ausência de dados de população por sistema público de

drenagem de águas residuais para o ano 2009, foram adoptados os procedimentos descritos

na metodologia apresentada no ponto I.3.2.

Nesta campanha foram analisados os 308 concelhos do país, mas apenas foi possível

determinar os índices de cobertura e de atendimento para 262 por ausência de resposta dos

restantes.

No entanto, considerando de extrema importância determinar estes índices a nível nacional,

para os concelhos que não tinham dados da campanha INSAAR 2010 ou da campanha

anterior, foram adoptados os dados de população nas redes de drenagem dos anos anteriores

(dados de 2002, 2005, 2006 ou 2007), tendo-se assumido para estes anos um valor de

população coberta igual à atendida, apenas para efeitos de estimativa dos respectivos índices

para o ano 2009.

Na Tabela 35 apresentam-se os dados de população coberta e de população atendida nas

redes de drenagem, assim com os respectivos índices e para cada RH e para o Continente.

Tabela 35. População coberta e atendida por sistema de drenagem de águas residuais e respectivos índices.

Regiões Hidrográficas

População coberta

1

(x1000 habitantes)

População coberta estimada

2

(x1000 habitantes)

Índice de cobertura de drenagem

(%)

População atendida

estimada2

(x1000 habitantes)

Índice de atendimento

de drenagem

(%)

Continente 7860 8404 83 7850 77

Minho e Lima (RH 1) 146 159 54 141 47

Cavado, Ave e Leça (RH 2) 913 1140 78 1023 70

Douro (RH 3) 1423 1512 77 1351 69

Vouga, Mondego, Lis e Ribeiras do Oeste (RH 4)

1694 1796 81 1690 76

Tejo (RH 5) 2925 2964 91 2819 87

Page 40: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

89

Sistemas Públicos Urbanos

Regiões Hidrográficas

População coberta

1

(x1000 habitantes)

População coberta estimada

2

(x1000 habitantes)

Índice de cobertura de drenagem

(%)

População atendida

estimada2

(x1000 habitantes)

Índice de atendimento

de drenagem

(%)

Sado e Mira (RH 6) 278 278 92 270 89

Guadiana (RH 7) 230 239 94 240 94

Ribeiras do Algarve (RH 8) 251 317 84 317 84

Açores (RH 9) 86 88 36 78 32

Madeira (RH 10) 132 145 59 145 59

Nacional 8079 8637 81 8072 76

1 Dados da campanha INSAAR 2009 ou da campanha INSAAR 2008, segundo a metodologia descrita no ponto I.3. 2 Dados obtidos recorrendo a dados de anos anteriores para os concelhos sem resposta

Tabela 36. Origem dos dados da Tabela 35.

Redes de Drenagem

Universo (n.º)

Consideradas (n.º) Entidade

Gestora (%) Estimativa

INSAAR (%)

Importados de campanhas

anteriores (%) 5185 4972

Continente 4785 67 15 18

RH 1 69 79 0 21

RH 2 234 78 18 4

RH 3 1283 56 10 34

RH 4 1601 70 10 20

RH 5 1007 71 17 11

RH 6 248 47 41 12

RH 7 268 70 17 13

RH 8 75 44 56 1

RH 9 155 45 18 37

RH 10 32 100 0 0

Analisando a Tabela 35 e tendo em conta o PEAASAR II para o período 2007-2013,que aponta

como uma das metas a cobertura nacional de 90% da população servida com drenagem e

tratamento de águas residuais no ano de 2013, verifica-se que cinco das regiões (menos uma

que em 2008) ainda estão longe do objectivo em cobertura por redes de drenagem, colocando

o índice do Continente nos 83% (3 pontos percentuais acima de 2008).

O índice de cobertura no Continente teve um acréscimo de 3 pontos percentuais face ao ano

2008, encontrando-se assim nos 83, significando um aumento da população servida por rede

de drenagem de água de cerca de 326 000 habitantes de 2008 para 2009. A nível nacional o

índice de cobertura encontra-se nos 81%, verificando-se um igual acréscimo de 3 pontos

percentuais face ao ano de 2008.

Page 41: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

90

Inventário Nacional de Sistemas de Abastecimento de Água e de Águas Residuais

À semelhança do item referente aos níveis de cobertura vs atendimento com sistemas de

abastecimento de água, verificam-se entre RH diferenças por vezes significativas entre os

níveis de cobertura e atendimento da população com redes de drenagem de águas residuais e,

tal como no abastecimento, verifica-se que esta diferença tem maior expressão nas RH a norte

do país.

O PRAA para o ano de 2011 estabelece um objectivo de população servida por sistemas de

drenagem de águas residuais de 85% (inclui apenas sistemas de drenagem colectivos).

Verifica-se, no entanto, à semelhança do ano 2008 que o índice de cobertura nos Açores (RH 9

encontra-se ainda muito aquém do índice estipulado pelo referido plano. No entanto, e não

tendo este índice sofrido acréscimo percentual, ficou nos 36% como em 2008, nota-se um

aumento de cerca de 2 000 habitantes servidos por redes de água residual.

O PRAM estabelece objectivos para o atendimento com drenagem e tratamento de águas

residuais para a população residente na Ilha da Madeira, só com sistemas públicos, de 75% e

77% para os anos de 2012 e 2020, respectivamente. O índice de cobertura obtido na

campanha 2010 para a Madeira (RH 10) foi de 59 %. Ao contrário do verificado para o índice

de abastecimento, em que já foi atingida a meta estabelecida pelo PRAM, no caso da

drenagem pode dizer-se que este objectivo ainda está longe de ser atingido, no entanto e

relativamente ao ano de 2008 o índice de drenagem teve um acréscimo de 2 pontos

percentuais, significando um aumento de cerca de 4 000 habitantes com rede de drenagem de

águas residuais.

À semelhança do verificado para 2008 as RH do Continente com índices mais baixos são a

Minho e Lima (RH 1) com 54% e a RH com índice mais elevado é o Guadiana (RH 7), com

índice de cobertura e de atendimento de 94%.

As RH Cávado, Ave e Leça (RH 2), Vouga, Mondego e Lis e Ribeiras do Oeste (RH 4) foram as

que registaram uma maior subida no índice de cobertura: 6 e 5 pontos percentuais,

respectivamente. É de referir que as RH Tejo (RH 5), Sado e Mira (RH 6) e Guadiana (RH 7)

atingiram já as metas referidas no PEASAAR II.

Efectuando uma análise comparativa dos índices de cobertura obtidos no INSAAR 2009 com

os obtidos no INSAAR 2008 (Figura 21) verificam-se variações pouco significativas entre as

RH, com excepção das RH já referidas no parágrafo anterior.

Page 42: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

91

Sistemas Públicos Urbanos

Figura 21. Comparação dos índices de drenagem (cobertura) de águas residuais de 2008 e 2009.

A Figura 22 ilustra os índices de cobertura por concelho para todo o território nacional, onde

são apresentados de forma distinta os concelhos em que foi possível determinar o índice de

cobertura redes de drenagem de águas residuais (identificados com uma escala de cores de

acordo com classes de % de população servida) e os que não apresentam índices por

ausência de resposta das EG, (identificados como sem dados).

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Continente RH01 RH02 RH03 RH04 RH05 RH06 RH07 RH08 RH09 RH10

Per

cen

tag

em

Região Hidrográfica Índice 2008 Índice 2009

Page 43: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

92

Inventário Nacional de Sistemas de Abastecimento de Água e de Águas Residuais

Figura 22. População coberta por sistemas de drenagem de águas residuais, por concelho.

Para o Continente no ano de 2009 observa-se que cerca de 154 concelhos estão abaixo do

índice recomendado pelo PEAASAR II (pelo menos 90% da população abrangida por redes de

drenagem), representando estes cerca de 59% do total dos 257 concelhos com valor de índice.

Page 44: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

93

Sistemas Públicos Urbanos

Deste universo cerca de 28% tem menos de 50% da população servida por redes de

drenagem.

Por outro lado, verifica-se que cerca de 41% dos concelhos já atingiram o referido índice,

sendo que destes cerca de 38% possuem 100% da população atendida por redes de

drenagem.

II.2.2.2.2. População atendida por sistema público de tratamento de águas residuais

Para este indicador e para os casos de ausência de dados de população servida por sistema

público de tratamento de águas residuais para o ano 2009 foram adoptados os procedimentos

descritos no ponto I.3.2.

Nesta campanha foram analisados os 308 concelhos do país, mas apenas foi possível

determinar o índice de atendimento para 290 por ausência de resposta dos restantes. No

entanto, e considerando de extrema importância determinar índice de atendimento a nível

nacional, para os concelhos que não tinham dados desta campanha ou da anterior (segundo a

metodologia descrita no ponto I.3) foram adoptados os dados de população servida nas

ETAR/FSC dos anos anteriores (dados de 2002, 2005, 2006 ou 2007). Desta forma, obteve-se

um valor estimado de população servida nas ETAR/FSC, que permitiu o cálculo do índice

nacional para o ano 2009.

Para este indicador são considerados os dados de população servida pelas ETAR e FSC,

conforme a Tabela 37.

Tabela 37. População atendida com sistema de tratamento de águas residuais e respectivo índice..

Regiões Hidrográficas

População atendida

1

(x1000 habitantes)

População atendida estimada

2

(x1000 habitantes)

Índice de atendimento

de tratamento

(%)

Continente 7168 7310 72

Minho e Lima (RH 1) 137 147 50

Cavado, Ave e Leça (RH 2) 885 928 62

Douro (RH 3) 1311 1347 69

Vouga, Mondego, Lis e Ribeiras do Oeste (RH 4)

1578 1592 71

Tejo (RH 5) 2524 2541 78

Sado e Mira (RH 6) 250 250 83

Page 45: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

94

Inventário Nacional de Sistemas de Abastecimento de Água e de Águas Residuais

Regiões Hidrográficas

População atendida

1

(x1000 habitantes)

População atendida estimada

2

(x1000 habitantes)

Índice de atendimento

de tratamento

(%)

Guadiana (RH 7) 199 199 78

Ribeiras do Algarve (RH 8) 299 306 81

Açores (RH 9) 69 69 28

Madeira (RH 10) 133 141 57

Nacional 7385 7520 71

1 Dados da campanha INSAAR 2010 ou da campanha INSAAR 2009, segundo a metodologia descrita no ponto I.3. 2 Dados obtidos recorrendo a dados de anos anteriores para os concelhos sem resposta

Tabela 38. Origem dos dados da Tabela 37.

Estações de tratamento de águas residuais e Fossas sépticas colectivas

ETAR (consideradas) FSC (consideradas)

Universo (nº)

Consideradas (nº) Total

(n.º)

Entidade Gestora

(%)

Estimativa INSAAR

(%)

Importados de

campanhas anteriores (%)

Total (n.º)

Entidade Gestora

(%)

Estimativa INSAAR

(%)

Importados de

campanhas anteriores

(%) 4056 3814

Continente 1637 85 12 3 2004 80 7 13

RH 1 41 91 9 0 9 97 0 3

RH 2 88 96 3 0 69 93 0 7

RH 3 499 78 20 2 774 80 12 7

RH 4 383 85 7 8 608 77 3 20

RH 5 344 90 9 2 343 84 5 11

RH 6 109 75 21 4 100 86 1 13

RH 7 117 47 39 14 93 60 14 26

RH 8 55 69 30 1 8 91 0 9

RH 9 15 35 31 34 144 39 14 47

RH 10 14 100 0 0 0 0 0 0

Analisando a Tabela 37 verifica-se que o índice de tratamento para o Continente é de 72% e

que há uma diferença entre os índices de tratamento das RH situadas a sul do Tejo (RH 5),

inclusive, e os das regiões situadas a norte, as quais registam os valores percentuais mais

baixos no Continente. A título de exemplo destaca-se a do Minho e Lima (RH 1) com 50% e a

do Sado e Mira (RH 6) com 83%.

O PEAASAR II para o período 2007-2013, aponta como uma das metas, a cobertura nacional

de 90% da população servida com drenagem e tratamento de águas, portanto verifica-se que o

índice de tratamento para o ano de 2009 no Continente se encontra ainda a 18% do estipulado

pelo referido plano.

Page 46: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

95

Sistemas Públicos Urbanos

Nos Açores (RH 9) verifica-se que o índice de tratamento ainda é baixo registando-se somente

28% o que corresponde a cerca de 69 000 habitantes servidos por sistemas de tratamento de

águas residuais. O PRAA para o ano de 2011 estabelece um objectivo de população servida

por sistemas de tratamento de águas residuais de 95% (incluindo os sistemas individuais de

tratamento). Verifica-se portanto que o índice de tratamento para o ano de 2009 nos Açores

(RH 9) se encontra muito abaixo do estipulado pelo referido Plano.

Na Madeira (RH 10) o índice de atendimento com tratamento de águas residuais é ainda de

57%, estando muito aquém da meta de 75%, estabelecida no PRAM para 2012.

Efectuando uma análise comparativa dos índices de tratamento obtidos no INSAAR 2010 com

os obtidos na campanha INSAAR 2009 (Figura 23) verificam-se variações pouco significativas

entre as RH.

Figura 23. Comparação dos índices de tratamento de águas residuais de 2008 e 2009.

Observando os resultados apresentados na Figura 23 é possível verificar que ocorreram

ligeiros decréscimos no índice nas RH Tejo (RH 5) e Douro (RH 3) decorrentes de um

preenchimento mais preciso dos dados de população atendida nas ETAR/FSC.

A Figura 24 ilustra os índices de tratamento de águas residuais por concelho para todo o

território nacional, onde são apresentados de forma distinta os concelhos em que foi possível

determinar o índice de tratamento de águas residuais (identificados com uma escala de cores

de acordo com classes de % de população servida), os concelhos sem índices por ausência de

resposta das EG, (identificados como sem dados) e, ainda, os concelhos em que o índice de

tratamento de águas residuais representa apenas uma percentagem da população servida

desse concelho, por se verificar apenas resposta de uma das EG do concelho. Nestes casos o

índice não é representativo da totalidade do concelho, mas sim de apenas uma parte do

concelho (identificados também com uma escala de cores de acordo com classes de % de

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Continente RH01 RH02 RH03 RH04 RH05 RH06 RH07 RH08 RH09 RH10

Per

cen

tag

em

Região Hidrográfica Índice 2008 Índice 2009

Page 47: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

96

Inventário Nacional de Sistemas de Abastecimento de Água e de Águas Residuais

população servida, mas com um valor de percentagem de população a que diz respeito o

índice).

Figura 24. População atendida por sistema de tratamento de águas residuais, por concelho.

Page 48: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

97

Sistemas Públicos Urbanos

Observa-se para o Continente que cerca de 73% do universo dos concelhos com dados (270)

tem um índice abaixo de 90% e cerca de 27% dos concelhos têm um índice acima deste valor,

sendo que 22 concelhos têm já um índice de 100%. No entanto, verifica-se ainda que 74

concelhos têm menos de 50% de população servida por sistemas de tratamento de águas

residuais.

II.2.2.2.3. População servida por tipo de instalação de tratamento

Para este indicador e para os casos de ausência de dados de população servida por sistema

público de tratamento de águas residuais para o ano 2009 foram adoptados os procedimentos

descritos no ponto I.3.2.. Apenas foram consideradas as componentes com dados referentes

ao ano 2009 ou importados da campanha anterior.

A Tabela 39 apresenta a percentagem de população servida por tipo de instalação de

tratamento de águas residuais.

Tabela 39. População servida por tipo de instalação de tratamento de águas residuais.

Regiões Hidrográficas

População servida (%)

ETAR FSC

Continente 96 4

Minho e Lima (RH 1) 99 1

Cavado, Ave e Leça (RH 2) 98 2

Douro (RH 3) 93 7

Vouga, Mondego, Lis e Ribeiras do Oeste (RH 4)

94 6

Tejo (RH 5) 98 2

Sado e Mira (RH 6) 94 6

Guadiana (RH 7) 95 5

Ribeiras do Algarve (RH 8) 100 0

Açores (RH 9) 63 37

Madeira (RH 10) 100 0

Nacional 97 3

Page 49: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

98

Inventário Nacional de Sistemas de Abastecimento de Água e de Águas Residuais

A Tabela 39 permite concluir que a nível nacional as águas residuais são maioritariamente

tratadas em ETAR (97%), verificando-se que nas regiões Ribeiras do Algarve (RH 8) e Madeira

(RH 10) a totalidade das águas residuais é tratada em ETAR.

II.2.2.3. DRENAGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS

II.2.2.3.1. Volume de águas residuais drenado (sector doméstico)

Para este indicador e para os casos de ausência de dados de volume de águas residuais

drenado para o ano 2009 foram adoptados os procedimentos descritos no ponto I.3.2.. Apenas

foram consideradas as componentes com dados referentes ao ano 2009 ou importados da

campanha anterior.

Na Tabela 40 apresenta-se o volume de águas residuais drenado para o Continente e por RH.

Tabela 40. Volume de águas residuais drenado para o sector doméstico.

Regiões Hidrográficas

Volume drenado

(x103 m

3)

(%) %

Nacional

Continente 487563 100 96

Minho e Lima (RH 1) 9406 2 2

Cavado, Ave e Leça (RH 2) 52335 11 10

Douro (RH 3) 69430 14 14

Vouga, Mondego, Lis e Ribeiras do Oeste (RH 4)

111356 23 22

Tejo (RH 5) 189198 39 37

Sado e Mira (RH 6) 12898 3 3

Guadiana (RH 7) 14302 3 3

Ribeiras do Algarve (RH 8) 28637 6 6

Açores (RH 9) 4293 100 1

Madeira (RH 10) 14193 100 3

Nacional 506048 - 100

Page 50: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

99

Sistemas Públicos Urbanos

Tabela 41. Origem dos dados da Tabela 40.

Redes de Drenagem

Universo (n.º)

Consideradas (n.º) Entidade

Gestora (%) Estimativa

INSAAR (%)

Importados de campanhas

anteriores (%) 5185 4687

Continente 4524 70 16 12

RH 1 62 88 0 14

RH 2 185 79 14 8

RH 3 1168 66 11 3

RH 4 1566 74 8 18

RH 5 960 67 25 7

RH 6 242 54 33 19

RH 7 267 80 2 18

RH 8 73 59 1 42

RH 9 150 59 0 42

RH 10 13 64 1 0

Figura 25. Águas residuais drenadas no sector doméstico, por RH.

A Tabela 40 e a Figura 25 permitem verificar que, à semelhança dos dados obtidos nos anos

anteriores, são as regiões Douro (RH 3), Vouga, Mondego, Lis e Ribeiras do Oeste (RH 4) e

Tejo (RH 5) as que apresentam maiores volumes de águas residuais drenados, confirmando a

representatividade destas regiões em termos populacionais.

2%

10%

14%

22%

37%

2% 3% 6% 1% 3%

RH01

RH02

RH03

RH04

RH05

RH06

RH07

RH08

RH09

RH10

Page 51: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

100

Inventário Nacional de Sistemas de Abastecimento de Água e de Águas Residuais

II.2.2.3.2. Capitação de águas residuais

Para este indicador e para os casos de ausência de dados de volume de águas residuais

drenado para o ano 2009 e de população atendida nas redes de drenagem foram adoptados

os procedimentos descritos no ponto I.3.2. Apenas foram consideradas as componentes com

dados referentes ao ano 2009 ou importados da campanha anterior.

Na Tabela 42 apresentam-se os valores de capitação doméstica de águas residuais obtidos

para o Continente e por RH, calculados com a população residente e flutuante.

Tabela 42. Capitações domésticas de águas residuais.

Regiões Hidrográficas

Capitação calculada com

base na população atendida

Capitação calculada com base na

população atendida + população flutuante

(l/ hab.dia) (l/ hab.dia)

Continente 169 158

Minho e Lima (RH 1) 202 180

Cavado, Ave e Leça (RH 2) 179 175

Douro (RH 3) 114 111

Vouga, Mondego, Lis e Ribeiras do Oeste (RH 4)

183 168

Tejo (RH 5) 177 174

Sado e Mira (RH 6) 129 121

Guadiana (RH 7) 164 150

Ribeiras do Algarve (RH 8) 267 144

Açores (RH 9) 130 129

Madeira (RH 10) 190 190

Nacional 169 158

Analisando esta tabela verifica-se uma capitação média do sector doméstico para o Continente

de 158 l/ hab.dia, e valores acima deste na maioria das regiões a norte do Tejo (RH 5) e na

Madeira (RH 10).

Apesar dos campos de população flutuante não serem de preenchimento prioritário, e por essa

razão terem percentagens de preenchimento menores relativamente aos prioritários,

considerou-se importante o cálculo das capitações utilizando os dados da população flutuante,

Page 52: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

101

Sistemas Públicos Urbanos

revelando-se, em algumas RH, diferenças significativas relativamente ao cálculo deste

indicador com a população residente.

II.2.2.4. TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS

II.2.2.4.1. Número de instalações de tratamento de águas residuais e volume tratado

A Tabela 43 apresenta o número de instalações de tratamento de águas residuais cadastradas

no INSAAR para o Continente e por RH, que foram consideradas para a validação, ou seja com

dados para 2009 e na ausência destes, com dados para 2008.

Tabela 43. Número de instalações de tratamento de águas residuais.

Regiões Hidrográficas

ETAR FSC Total

(nº) (%) (nº) (%) (nº)

Continente 1780 46 2097 54 3877

Minho e Lima (RH 1) 43 80 11 20 54

Cavado, Ave e Leça (RH 2) 102 52 94 48 196

Douro (RH 3) 545 41 793 59 1338

Vouga, Mondego, Lis e Ribeiras do Oeste (RH 4)

414 40 633 60 1047

Tejo (RH 5) 368 50 363 50 731

Sado e Mira (RH 6) 115 53 102 47 217

Guadiana (RH 7) 134 59 93 41 227

Ribeiras do Algarve (RH 8) 59 88 8 12 67

Açores (RH 9) 16 10 145 90 161

Madeira (RH 10) 18 100 0 0 18

Nacional 1814 45 2242 55 4056

Como está patente nos dados da Tabela 43, verifica-se à semelhança dos anos anteriores a

tendência para o aumento do número de ETAR em detrimento das tradicionais FSC.

No Continente houve um aumento de 2% de ETAR em relação a 2008 e uma diminuição de 2%

em relação às FSC quando comparados com 2008.

Page 53: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

102

Inventário Nacional de Sistemas de Abastecimento de Água e de Águas Residuais

Para este indicador e para os casos de ausência de dados de volume de águas residuais

tratado por tipo de instalação (ETAR ou FSC) para o ano 2009 foram adoptados os

procedimentos descritos no ponto I.3.2..

Na Tabela 44 apresenta-se o volume de águas residuais tratado para o Continente e por RH,

por tipo de instalação de tratamento.

Tabela 44. Volume de águas residuais tratado por tipo de instalação (ETAR ou FSC).

Regiões Hidrográficas

ETAR FSC Total

(x103 m

3) (%) (x10

3 m

3) (%) (x10

3 m

3)

Continente 531670 98 12641 2 544312

Minho e Lima (RH 1) 11579 100 29 0,3 11608

Cavado, Ave e Leça (RH 2) 71909 100 198 0,3 72107

Douro (RH 3) 60747 94 3730 6 64477

Vouga, Mondego, Lis e Ribeiras do Oeste (RH 4)

108642 95 5438 5 114081

Tejo (RH 5) 208805 99 2033 1 210837

Sado e Mira (RH 6) 16559 97 569 3 17127

Guadiana (RH 7) 13058 96 613 4 13671

Ribeiras do Algarve (RH 8) 40371 100 32 0,1 40404

Açores (RH 9) 2996 64 1680 36 4676

Madeira (RH 10) 13627 100 0 0 13627

Nacional 548294 - 14321 - 562615

Tabela 45. Origem dos dados da Tabela 44.

Estações de tratamento de águas residuais e Fossas sépticas colectivas

ETAR (consideradas) FSC (consideradas)

Universo (nº)

Consideradas (nº) Total

(n.º)

Entidade Gestora

(%)

Estimativa INSAAR

(%)

Importados de

campanhas anteriores

(%)

Total (n.º)

Entidade Gestora

(%)

Estimativa INSAAR

(%)

Importados de

campanhas anteriores

(%) 4056 3572

Continente 1523 96 2 1 1879 73 6 18

RH 1 39 93 7 0 9 13 0 87

RH 2 66 96 3 0 63 57 5 38

RH 3 437 92 6 2 721 82 7 10

Page 54: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

103

Sistemas Públicos Urbanos

Estações de tratamento de águas residuais e Fossas sépticas colectivas

ETAR (consideradas) FSC (consideradas)

Universo (nº)

Consideradas (nº) Total

(n.º)

Entidade Gestora

(%)

Estimativa INSAAR

(%)

Importados de

campanhas anteriores

(%)

Total (n.º)

Entidade Gestora

(%)

Estimativa INSAAR

(%)

Importados de

campanhas anteriores

(%) 4056 3572

RH 4 356 96 1 1 540 72 3 20

RH 5 340 98 1 1 345 60 14 25

RH 6 109 96 2 3 100 83 3 14

RH 7 118 87 7 7 93 74 8 18

RH 8 56 100 0 0 8 91 0 9

RH 9 15 77 0 23 144 33 7 61

RH 10 11 100 0 0 0 0 0 0

Analisando a Tabela 44, verifica-se ao nível do Continente uma maior percentagem de volume

tratado em ETAR em todas as RH sendo a Douro (RH 3) e Vouga, Mondego, Lis e Ribeiras do

Oeste (RH4) as que apresentam uma maior percentagem de tratamento por FSC (6% e 5%

respectivamente).Na generalidade continuam a registar-se maiores volumes de águas

residuais tratados em ETAR corroborando com o aumento do número de ETAR.

II.2.2.4.2. Localização das instalações de tratamento de águas residuais.

Na Figura 26 e na Figura 27 apresenta-se a localização geográfica das ETAR e FSC

respectivamente. Os mapas reflectem apenas o universo de componentes validadas, ou seja,

as componentes declaradas como “Em Serviço” ou “Funcionamento de Recurso”. De entre este

universo apenas são representadas as componentes cadastradas no SIG, ou seja, as

componentes georreferenciadas pelas EG.

Page 55: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

104

Inventário Nacional de Sistemas de Abastecimento de Água e de Águas Residuais

Figura 26. Localização das estações de tratamento de águas residuais.

Page 56: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

105

Sistemas Públicos Urbanos

Figura 27. Localização das fossas sépticas colectivas.

Numa análise global, é possível detectar uma oposição norte-sul e litoral interior na distribuição

de ETAR e FSC, com estas últimas a predominar na região nordeste do país. Tal dever-se-á

em parte ao relevo mais acidentado destas regiões, o que potencia uma maior dispersão dos

Page 57: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

106

Inventário Nacional de Sistemas de Abastecimento de Água e de Águas Residuais

aglomerados populacionais, dificultando assim a implementação de sistemas mais integrados

de tratamento e com maior abrangência espacial.

A análise da Figura 26 e da Figura 27 permite ainda efectuar uma apreciação global das

pressões exercidas por instalações de tratamento de águas residuais sobre as massas de

água. Verifica-se que a região Cavado, Ave e Leça (RH 2), Douro (RH 3) e Vouga, Mondego,

Lis e Ribeiras do Oeste (RH 4) são as que apresentam maior densidade de ETAR, embora a

distribuição seja relativamente uniforme pelas restantes RH. Relativamente às FSC verifica-se

uma maior densidade nas regiões Douro (RH 3) e Vouga, Mondego, Lis e Ribeiras do Oeste

(RH 4), em particular nas zonas do interior do país.

II.2.2.4.3. Carga bruta e carga rejeitada

Para este indicador e para os casos de ausência de valores de CBO5 para o efluente bruto e/ou

para o efluente tratado para o ano 2009, foram adoptados os procedimentos descritos no ponto

I.3.2.

A Tabela 46 apresenta os valores de carga bruta gerada e a da carga rejeitada ETAR e FSC,

para o Continente e por RH, assim como as eficiências de remoção de CBO5.

Tabela 46. Carga bruta e rejeitada em ETAR/FSC.

Regiões Hidrográficas

Carga bruta Carga rejeitada Eficiência de

remoção

CBO5 (ton O2/ano)

CBO5 (ton O2/ano) (%)

Continente 172810 44043 75

Minho e Lima (RH 1) 2743 179 93

Cavado, Ave e Leça (RH 2) 19001 4538 76

Douro (RH 3) 27891 3749 87

Vouga, Mondego, Lis e Ribeiras do Oeste (RH 4)

35713 9478 73

Tejo (RH 5) 67267 23490 65

Sado e Mira (RH 6) 5206 1213 77

Guadiana (RH 7) 3987 587 85

Ribeiras do Algarve (RH 8) 11002 809 93

Açores (RH 9) 1717 753 56

Madeira (RH 10) 6393 4058 37

Nacional 180920 48854 73

Page 58: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

107

Sistemas Públicos Urbanos

Tabela 47. Origem dos dados da Tabela 46.

Universo (n.º)

Carga Bruta Carga Rejeitada

4042 Entidade

Gestora (%) Estimativa

INSAAR (%) Entidade

Gestora (%) Estimativa

INSAAR (%)

Continente 74 26 79 21

RH 1 78 22 52 48

RH 2 48 52 77 23

RH 3 51 49 18 82

RH 4 75 25 72 28

RH 5 89 11 94 6

RH 6 58 42 66 34

RH 7 35 65 41 59

RH 8 98 2 97 3

RH 9 37 63 6 94

RH 10 99 1 100 0

Da análise da Tabela 46 verifica-se uma eficiência média de remoção de CBO5 para o

Continente de 75%. Na Madeira (RH 10) verifica-se um aumento significativo da eficiência de

remoção, cerca de 12 pontos percentuais, face ao ano de 2008. A região Tejo (RH 5) e à

semelhança do ano de 2008 é a região do continente com menor taxa de remoção em 2009,

65%.

A Figura 28 e a Figura 29 ilustram a distribuição nas diferentes RH dos tipos de tratamento em

ETAR e em FSC, respectivamente.

Figura 28. Distribuição do tipo de tratamento das ETAR por RH, para o ano de 2009.

0%

20%

40%

60%

80%

100%

RH01 RH02 RH03 RH04 RH05 RH06 RH07 RH08 RH09 RH10

Per

cen

tag

em

Preliminar Primário Secundário Terciário Não especificado

Page 59: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

108

Inventário Nacional de Sistemas de Abastecimento de Água e de Águas Residuais

Figura 29. Distribuição do tipo de tratamento das FSC por RH, para o ano de 2009.

No que se refere às ETAR, verifica-se que o tratamento preliminar é essencialmente utilizado

na R.A da Madeira (RH 10), onde cerca de 85% do tratamento de águas residuais é deste tipo.

Também as regiões Vouga, Mondego, Lis e Ribeiras do Oeste (RH 4), Tejo (RH 5) e Ribeiras

do Algarve (RH 8) efectuam apenas tratamento preliminar, mas numa percentagem muito

pouco significativa, inferior a 1% no caso da RH 8, e de 16% e 17% nas RH 4 e RH5,

respectivamente. Observa-se que o tratamento secundário é o mais utilizado nas ETAR do

Continente, tendo maior representatividade nas regiões do Minho e Lima (RH 1) e das Ribeiras

do Algarve (RH 8). No que se refere ao tratamento terciário verifica-se aparentemente uma

baixa representatividade comparativamente ao tratamento secundário, havendo no entanto em

Portugal Continental um aumento de cerca de 3 pontos percentuais de ETAR com tratamento

terciário. É de destacar a Cávado, Ave e Leça (RH 2) onde os tratamentos secundário e

terciário são predominantes, sendo este último já representativo em cerca de 50% das ETAR.

No entanto, deve ter-se em conta que o tipo de tratamento a que devem ser sujeitas as águas

residuais deve ser avaliado à luz da directiva das águas residuais urbanas (Directiva n.º

91/271/CEE, do Conselho, de 21 de Maio), transposta para o direito interno pelo Decreto-Lei

n.º 152/97, de 19 de Junho. Segundo a directiva, o tratamento mais avançado do que

secundário (usualmente denominado de tratamento terciário) é exigido apenas para as

aglomerações com mais de 10 000 hab.eq. que descarregam em zonas sensíveis (ou na sua

área de influência). As outras aglomerações, quer as que descarregam para zonas normais,

independentemente da sua dimensão, quer as que descarregam para zonas sensíveis, desde

que inferiores a 10 000 hab.eq., deverão ser sujeitas pelo menos a tratamento secundário. As

aglomerações que descarregam para zonas menos sensíveis podem ser sujeitas a um

tratamento menos exigente do que o secundário, desde que fique provado que a qualidade do

meio receptor não é afectada pela descarga. A aglomeração da Costa do Estoril a única nestas

condições.

0%

20%

40%

60%

80%

100%

RH01 RH02 RH03 RH04 RH05 RH06 RH07 RH08 RH09 RH10

Per

cen

tag

em

Preliminar Primário Secundário Terciário Não especificado

Page 60: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

109

Sistemas Públicos Urbanos

No que diz respeito às FSC, na sua maioria asseguram o tratamento Primário, sendo que na

região do Douro (RH 3) e do Tejo (RH 5) (em menor escala) encontram-se fossas com

tratamento Preliminar. O tratamento Secundário é igualmente verificado, sendo mais

expressivo na região Sado e Mira (RH 6), com cerca de 46% das FSC com este tipo de

tratamento. As FSC com tratamento terciário correspondem à existência de lagoas de

macrófitas como tratamento complementar.

II.2.2.5. REJEIÇÃO DE ÁGUAS RESIDUAIS

II.2.2.5.1. Número de pontos de rejeição de águas residuais e volume de águas

residuais rejeitado

Na Tabela 48 apresenta-se o número de pontos de rejeição de águas residuais no Continente e

por RH com descarga após tratamento e com descarga directa, que foram consideradas para a

validação, ou seja com dados para 2009 e na ausência destes, com dados para 2008.

Tabela 48. Número de pontos de rejeição de águas residuais por tipo de descarga.

Regiões Hidrográficas

Descarga após tratamento (DAT)

Descarga directa (DD)

Total

(n.º) (%) (n.º) (%) (n.º)

Continente 3616 89 429 11 4045

Minho e Lima (RH 1) 55 95 3 5 58

Cavado, Ave e Leça (RH 2) 156 97 5 3 161

Douro (RH 3) 1177 97 42 3 1218

Vouga, Mondego, Lis e Ribeiras do Oeste (RH 4)

1002 83 202 17 1204

Tejo (RH 5) 724 87 105 13 829

Sado e Mira (RH 6) 214 89 28 11 241

Guadiana (RH 7) 223 84 42 16 265

Ribeiras do Algarve (RH 8) 65 96 2 4 68

Açores (RH 9) 162 76 52 24 214

Madeira (RH 10) 19 90 2 10 21

Nacional 3797 - 483 - 4279

Page 61: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

110

Inventário Nacional de Sistemas de Abastecimento de Água e de Águas Residuais

Figura 30. Distribuição dos pontos de rejeição de águas residuais por RH e por tipo de descarga.

A Tabela 48 e a Figura 30 mostram que na generalidade das regiões do Continente, bem como

nas R.A., a descarga de águas residuais no meio receptor é efectuada após um tratamento. A

região dos Açores (RH 9) é a região que apresenta a maior percentagem de pontos de rejeição

de águas residuais com descarga directa, o que resulta também do facto de ser a região com

um índice de tratamento de águas residuais de apenas (Tabela 37), sendo que em todo o

restante país o número desses pontos diminuiu e o número de pontos com descarga após

tratamento aumentou, em comparação com 2008. Este indicador constitui um bom indício para

a melhoria da qualidade dos meios receptores, quer se trate de massas de água quer do

próprio solo.

Na Tabela 49 apresenta-se o volume de águas residuais descarregado, por tipo de descarga,

para o Continente e RH.

Para este indicador e para os casos de ausência de valores dos volumes dos pontos de

rejeição de águas residuais para o ano 2009, foram adoptados os procedimentos descritos no

ponto I.3.2.

Tabela 49. Volume de águas residuais descarregado.

Regiões Hidrográficas

Descarga após tratamento (DAT)

Descarga directa (DD)

Total

(x103 m

3) (%) (x10

3m

3) (%) (x10

3 m3)

Continente 565392 97 16827 3 582219

Minho e Lima (RH 1) 11417 100 38 0 11454

Cavado, Ave e Leça (RH 2) 81436 96 3005 4 84442

Douro (RH 3) 70898 98 1598 2 72496

Vouga, Mondego, Lis e 128230 99 1544 1 129773

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

RH 1 RH 2 RH 3 RH 4 RH 5 RH 6 RH 7 RH 8 RH 9 RH 10

DAT DD

Page 62: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

111

Sistemas Públicos Urbanos

Regiões Hidrográficas

Descarga após tratamento (DAT)

Descarga directa (DD)

Total

(x103 m

3) (%) (x10

3m

3) (%) (x10

3 m3)

Ribeiras do Oeste (RH 4)

Tejo (RH 5) 196761 96 8524 4 205285

Sado e Mira (RH 6) 22898 99 197 1 23095

Guadiana (RH 7) 13202 87 1901 13 15103

Ribeiras do Algarve (RH 8) 40550 100 20 0 40570

Açores (RH 9) 4253 80 1074 20 5327

Madeira (RH 10) 13593 100 0 0 13593

Nacional 583237 - 17901 - 601138

Tabela 50. Origem dos dados da Tabela 49.

Volume de águas residuais descarregado

Descarga após tratamento (DAT) Descarga directa (DD)

Universo (nº)

Consideradas (nº) Total

(n.º)

Entidade Gestora

(%)

Estimativa INSAAR

(%)

Importados de

campanhas anteriores

(%)

Total (n.º)

Entidade Gestora

(%)

Estimativa INSAAR

(%)

Importados de

campanhas anteriores

(%) 4280 3815

Continente 3220 95 4 1 372 74 7 19

RH 1 49 90 9 0 3 100 0 20

RH 2 122 93 6 0 1 100 0 0

RH 3 1029 96 3 1 30 99 0 0

RH 4 877 96 2 1 190 60 5 0

RH 5 669 95 3 2 84 66 5 0

RH 6 206 95 3 1 19 92 0 0

RH 7 205 93 4 3 42 55 37 0

RH 8 63 98 2 0 2 95 5 0

RH 9 159 57 8 35 50 38 18 0

RH 10 14 99 1 0 0 - - -

Analisando os dados da Tabela 49, verifica-se que nas regiões do Continente os volumes

rejeitados após tratamento são muito superiores aos registados pela descarga directa, sendo

de 565 392 x103 m3 e 16 827 x103 m3, respectivamente. No Continente destacam-se as regiões

Minho e Lima (RH 1) e Ribeiras do Algarve (RH 8) com ausência de volume descarregado sem

qualquer tratamento. Na Madeira (RH 10), 80% do volume descarregado é efectuado após

tratamento, sendo que nos Açores (RH 9) a totalidade das descargas são efectuadas após

tratamento.

Page 63: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

112

Inventário Nacional de Sistemas de Abastecimento de Água e de Águas Residuais

A Tabela 51 pretende ilustrar a distribuição quantitativa dos volumes de água envolvidos no

sistema de drenagem em Portugal Continental e nas R.A.. As diferenças registadas entre o

volume drenado, tratado e rejeitado evidenciam de uma forma global as infiltrações ao longo

dos sistemas.

Tabela 51. Volume total nos sistemas urbanos de drenagem.

Volume urbano na drenagem

Drenado Tratado Rejeitado

(x103 m

3) (x10

3 m

3) (x10

3 m

3)

Continente 487563 544312 582219

Açores (RH 9) 4293 4676 5327

Madeira (RH 10) 14193 13627 13593

Nacional 506048 562615 601139

II.2.2.5.2. Localização dos pontos de rejeição de águas residuais

Na Figura 31 e na Figura 32 apresenta-se a localização geográfica dos pontos de rejeição

cadastrados, por tipo: descarga após tratamento e descarga directa. Os mapas reflectem

apenas o universo de componentes validadas, ou seja, as componentes declaradas como “Em

Serviço” ou “Funcionamento de Recurso”. De entre este universo apenas são representadas as

componentes cadastradas no SIG, ou seja, as componentes georreferenciadas pelas EG.

A análise dos mapas permite efectuar uma apreciação global das pressões exercidas pela

descarga de águas residuais com e sem tratamento sobre as massas de água. Verifica-se que

à semelhança das ETAR, as regiões do Cavado, Ave e Leça (RH 2), Douro (RH 3) e Vouga,

Mondego, Lis e Ribeiras do Oeste (RH 4) são as que apresentam maior densidade de pontos

de descarga após tratamento, embora a distribuição seja relativamente uniforme pelas

restantes RH. Relativamente aos pontos de rejeição com descarga directa verifica-se uma

maior densidade na região Vouga, Mondego, Lis e Ribeiras do Oeste (RH 4).

Page 64: 50 Estação de tratamento de água – Lever (AdDP)

113

Sistemas Públicos Urbanos

Figura 31. Localização dos Pontos de Rejeição, com descarga em meio receptor após tratamento.

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Inventário Nacional de Sistemas de Abastecimento de Água e de Águas Residuais

Figura 32. Localização dos Pontos de Rejeição, com descarga directa em meio receptor.