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ESTA TERRA Página 3 Página 5 Página 9 Sindicatos se reúnem em clima de confraternização Para facilitar renegociação de dívidas de produtores, Faes aconselha municípios a solicitarem estado de emergência Propriedades do ES ganham assistência técnica do Sistema CNA/ Faes/Senar Caso de sucesso: de tímida a fundadora de uma associação Páginas 06 a 07 INFORMATIVO DA FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO ESTADO DO ESPIRITO SANTO E SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL - ANO XV - Nº 272 - JANEIRO 2015 Falta de chuva reduz produção agrícola capixaba em mais de 40%

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ESTA TERRA

Página 3 Página 5 Página 9

Sindicatos se reúnem em clima de confraternização

Para facilitar renegociação de dívidas de produtores, Faes aconselha municípios a solicitarem estado de emergência

Propriedades do ES ganham assistência técnica do Sistema CNA/

Faes/Senar

Caso de sucesso: de tímida a fundadora de uma associação

Páginas 06 a 07

INFORMATIVO DA FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO ESTADO DO ESPIRITO SANTO E SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL - ANO XV - Nº 272 - JANEIRO 2015

Falta de chuva reduz produção agrícola capixaba em mais de 40%

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FAES

DIRETORES: Júlio da Silva Rocha Júnior (Presidente), João Calmon Soeiro (1º Vice-Presidente), Rodrigo José Gonçalves Monteiro (2º Vice-Presidente), Abdo Gomes (3º Vice-Presidente), José Garcia (4º Vice-Presidente), Wilson Tótola (5º Vice-Presidente), Tolentino Ferreira de Freitas (6º Vice-Presidente), Altanôr Lôbo Diniz (1º Secretário), José Manoel Monteiro de Castro (2º Secretário), Neuzedino Alves Victor de Assis (1º Tesoureiro), Arízio Varejão Passos Costa (2º Tesoureiro). SUPLENTES DA DIRETORIA: José Pedro da Silva, Antonio Roberte Bourguignon, Nilton Falcão, Judas Tadeu Colombi, Valdeir Borges da Hora, Luiz Malavasi, Edivaldo Permanhane, Renilton Scardua Junior, Elder Sossai de Lima, Rodrigo Melo Mota, Marcos Corteletti. CONSELHO FISCAL – Efetivos: Leomar Bartels, Luciano de Campos Ferraz, Francisco Valani da Cruz. Suplentes: Gilda Domingues, Eliomar Maretto, Acacio Franco.

SENAR-ES

CONSELHO ADMINISTRATIVO – Efetivos: Júlio da Silva Rocha Júnior, Eliana Almeida Lima, Andrea Barbosa Alves, Argeo João Uliana, Julio Cezar Mendel. Suplentes: Wesley Mendes, Kleilson Martins Rezende, José Umbelino Monteiro de Castro, Antonio Sérgio Mareto, Ranielle Badiani Bianchi. CONSELHO FISCAL – Efetivos: Paulo Renato Miranda Bezerra, Cleiton Gomes Moreira, Carlos Roberto Abouramd. Suplentes: Antônio José Baratela, Maria Augusta Buffólo, José Lívio Carrari. Superintendente: Neuzedino Assis.

ENDEREÇO

Av. Nossa Senhora da Penha, nº 1495 – torre A – 10º e 11º andares – Bairro Santa Lúcia – Vitória/ES – CEP: 29056-243 – Tel: (27) 3185-9200 – Fax: (27) 3185-9201 – E-mail: [email protected] / [email protected].

JORNAL ESTA TERRA

Produzido por: Iá! Comunicação (27) 3314-5909 [email protected] responsável: Eustáquio Palhares Edição: Priscila [email protected]: Lohanna Mendes e Laillah MartinelleColaboradores: Sindicatos Rurais, Tereza Zaggo, Ivanete Freitas, Luciana Mencer e Ana Paula BahienseFotos: Comunicação Faes e Senar/ESEditoração: Iá! Comunicação

Editorial

A intensidade e abrangência da seca que se tem verificado, não tem precedentes que se possa comparar.

A ilustração e a atenção dedicada pela mí-dia, associadas à apreciação da realidade que se presencia no campo, é alarmante, para não se dizer catastrófica.

A expectativa de regularidade climática já deixou de inspirar confiança e exige postura diferente de todos para que proporções ainda mais drásticas não ocorram.

Plantios e cultivos, até mesmo de pasta-gens, sem recursos de irrigação equivalem a aventuras não recomendáveis, pelo risco de se colher insucesso.

O paradoxo de se registrar a necessidade de ampliação das áreas irrigadas com a escassez de água, exige, compromisso, responsabilida-de e competência de todos, para se alcançar resultados satisfatórios e sustentáveis.

A necessidade de se fazer investimentos em reservação de água, seja com recursos públi-cos ou privados, é imperiosa e inadiável.

A adoção de técnicas de agricultura de

A seca

Contribuição Sindical

Expediente

ANIVERSARIANTES DE FEVEREIRO

03/02 Adriana Chiabai Velten Scárdua Esposa Presidente SR Itarana03/02 Paulo Sérgio Barcelos Pimentel Presidente SR de Aracruz03/02 Vera Lúcia de Paula Vital Esposa Presidente do SR de Barra de São Francisco06/02 Francisco Antonio Martins dos Santos Presidente SR de Pinheiros 12/02 José Alberto Gomes da Rocha Presidente SR Baixo Guandú20/02 José Alonso Cometi Presidente SR de Ibiraçú22/02 José Nilton Peixoto Assis Presidente SR de Alegre24/02 Edicéia Bahense Hora Esposa do Presidente SR de Presidente Kennedy27/02 Marilita Espindula Passos Costa Esposa Diretor da Faes Sr. Arízio Varejão28/02 Samea Gomes Amorim Ferraz Esposa do Presidente SR Guaçuí

precisão, para se ampliar as áreas irrigadas com menor quantidade de água consumida, é uma obrigação.

Os prazos para concessão de outorga e de li-cenciamento precisam ser encurtados, já que as plantações e a dessedentação de animais, não podem esperar.

Carro chefe da economia primária do Espi-rito Santo, o café é o fiel da balança de nossa economia, sendo acompanhado pela pecu-ária, que no caso leite, experimenta amarga trajetória nos dias atuais.

Oxalá as pesquisas de safras anunciadas para o café, se limitem as pequenas perdas anunciadas; infelizmente a realidade é outra.

Os municípios atingidos pela seca, cremos, que a totalidade, devem se antecipar na de-cretação de “Estado de Emergência”, para se acolher os pedidos de alongamento de dívidas que infelizmente virão, em grande quantidade.

Júlio da Silva Rocha JúniorPresidente da Faes

Está chegando ao fim o prazo para o pa-gamento da guia de recolhimento da Con-tribuição Sindical Rural Pessoa Jurídica. Os produtores que se enquadram nesta categoria têm até o próximo dia 31 para efetuarem o pagamento. Depois dessa data, deverá procurar uma das agências do Banco do Brasil para fazer o pagamento da sua contribuição, no prazo máximo de até 90 dias após o vencimento, sendo o valor

acrescido dos encargos legais. Já para Pes-soas Físicas, o prazo é um pouco maior, com vencimento para o dia 22 de maio de 2015. Os recursos arrecadados pela contribuição sindical são distribuídos conforme esta-belece o artigo 589 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho): 60% para o sindicato rural; 20% para o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE); 15% para a Federação da Agricultura e 5% para a CNA.

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Sindicatos Rurais se reúnem em clima de confraternização

Metas alcançadas e novos desafios para 2015 foram assuntos abordados na ultima reunião de 2014

Sindicatos Rurais de todo o Espírito Santo se reuniram nos dias 18 e 19 de dezembro no Hotel Praia Sol, em Nova Almeida. O ob-jetivo da confraternização no final do ano de 2014 foi comemorar as vitórias conquis-tadas durante o período, buscar novos cami-nhos para o que não deu certo, se preparar para os próximos desafios e principalmente fazer planos de melhoria para os Sindicatos em suas respectivas regiões.

Presidentes dos Sindicatos Rurais e suas esposas, além de funcionários do Senar-ES e da Faes se fizeram presentes na reunião, já em confraternização. O ambiente permitiu que os integrantes compartilhassem experi-ências do ano passado, apontando as princi-pais realizações alcançadas.

O clima, porém, também foi de alertas. Durante a reunião foi destacado que as ins-tituições devem estar sempre preparadas para novos desafios. Mais do que isso, de-vem ter planos de solução para quaisquer problemas que possam afetar as atividades.

Ainda sobre a descontração e harmonia do ambiente, os participantes da confra-ternização puderam desfrutar de uma pa-lestra de tema “Inteligência Emocional”, ministrada pela psicopedagoga Isabela Minatel Bassi.

Segundo o presidente da Faes, Júlio Ro-cha, o momento foi de extrema importância para discutir assuntos ligados aos trabalhos realizados em 2014 e incentivar os funcio-nários para este ano. “Alcançamos muitas metas no ano passado e isso é muito bom, mas não podemos deixar de nos preocu-par com os desafios e situações que 2015 vai nos trazer devido a problemáticas como custos no nosso setor”, disse.

O presidente do Sindicato Rural de Jerô-nimo Monteiro, Rodrigo Monteiro, esteve presente na confraternização e ressaltou a importância desse momento para os inte-grantes do Sistema.

“É um momento que a gente se distrai, além de estreitar os laços e unir e fortale-cer ainda mais a nossa classe, coisa que não acontece facilmente nas reuniões do dia a dia durante o ano”, conta.

O presidente também elogiou a estrutu-ra e organização do local onde foi realiza-da a confraternização. “Estava tudo muito organizado, sabemos que foi programado e planejado com muito carinho, nota 10!”, acrescenta.

No total, participaram 80 pessoas. “A confraternização foi para mostrar as metas e superações de todos nós”, afirma. Quan-to aos desafios do próximo ano, o presi-dente se mostrou preparado. “Os desafios estão aí, vamos enfrentá-los e superá-los”, conclui.

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Confira alguns momentos da confraternização

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O Espírito Santo é o sétimo no ranking dos estados mais competitivos quando o assunto é agronegócio, com 0,491 pontos no indica-dor que varia de zero (pouco competitivo) a um (muito competitivo). Os dados são da pesquisa da CNA, que avaliou itens como in-fraestrutura, educação, saúde, mercado, ino-vação e mercado de trabalho. São Paulo foi o estado com melhor pontuação, seguido de Santa Catarina, Distrito Federal, Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.

A melhor pontuação do Estado foi no indica-dor Educação, no qual conquistou 0,805 pon-tos, isto é, quarta posição entre os 27 estados do país. Entre as taxas avaliadas estão Apro-vação Rural (0,678); Abandono Rural (0,876); Analfabetismo Rural (0,868) e Distorção Idade/Série Rural (0,797).

Já os maiores estraves para a competiti-vidade do agronegócio capixaba, de acor-do com a pesquisa, estão nos indicadores da Inovação, que somaram 0,090 pontos e ficou em 16º lugar. Neste item, foram ana-lisados investimentos em bolsas de estudo per capita (0,060), investimento em pesqui-sa per capita (0,032) e número de patentes per capita (0,282).

Para o presidente da Faes, Júlio Rocha, a pes-quisa será um norteador do que deve ser me-lhorado. “O estado está bem e agora, temos

uma ferramenta que, sem dúvidas, auxiliará o próximo governador a decidir os investimentos no setor e assim impulsionar o agronegócio no Espírito Santo”, destaca Rocha.

Outro quesito competitivo em que o estado figurou entre os cinco primeiros foi Infraestru-tura (0,302 pontos). Apesar da boa colocação, o presidente da Faes, aponta a necessidade de investimentos neste segmento.

“O Estado precisa valer-se de suas carac-terísticas naturais, envolvendo posição ge-ográfica e condição edafoclimática, que em muito podem favorecer importantes ativida-des. Para desfrutarmos o potencial disponi-bilizado pela cabotagem (navegação entre portos do mesmo país), tem-se que promo-ver sua desvinculação da construção naval, reformulando o sistema normativo vigente, mudando o tratamento isonômico de seus custos com o longo curso (combustível e tri-butos), e eliminar a cobrança do Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMR), com priorização de investimentos e atitudes”, sugere Rocha. Neste item, foram avaliados o índice de qualidade de rodovias (0,532), movimentação portuária (0,098) e densidade ferroviária (0,251).

Ainda de acordo com a pesquisa realizada pela CNA, o mercado de trabalho no ES ocu-pa o 6º lugar. A disponibilidade da mão de

obra rural foi o primeiro ponto avaliado e o ES conquistou o sétimo lugar. No quesito taxa de desemprego rural, o quinto lugar (0,923 pontos); em escolaridade média da força de trabalho, 0,606 pontos (8º lugar) e no subi-tem produtividade do trabalhador da agro-pecuária, 0,257 pontos.

Na categoria Macro Econômico o Estado conquistou 0,338 e ranqueou o 10º lugar. Neste segmento foram avaliados a dimensão do mercado interno para a agropecuária, al-cance do mercado externo da agropecuária, variação do PIB agropecuário e arrecadação de ICMS. A primeira variável foi calculada pela soma do Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária com as importações do setor e subtraídos das exportações também da agropecuária. Nesse quesito, o Estado pon-tuou 0,131 e ficou em 12ª posição.

O segundo indicador mediu o quanto o setor agropecuário de cada estado expor-tou em proporção da produção total (VBP) e apresentou números melhores. Os capixa-bas conquistaram a 12ª posição, com 0,486 pontos. Na Variação do PIB, o Estado ficou em 11º lugar. E na quarta variável, que ava-liou a arrecadação de ICMS, incluída para servir como documentos de carga tributária estadual, amargou uma das piores coloca-ções (22º lugar – 0,297).

Agronegócio do ES é o sétimo mais competitivo do país

Melhor pontuação do estado foi em educação rural

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A pesquisa da CNA apontou os melhores e piores indicadores do agronegócio brasileiro.

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A partir de abril, 425 propriedades da re-gião Sul do Espírito Santo vão receber acom-panhamento técnico profissional gratuita através do Programa ATER – Assistência Téc-nica e Gerencial. Criado pela CNA e Senar Administração Central, o objetivo do projeto é expandir o número de propriedades com amparo de um especialista e assim melhorar a competitividade das propriedades.

O projeto é voltado para as pessoas que vi-vem ou trabalham no campo, com o propósi-to de oferecer a elas uma formação profissio-nal de qualidade e dar aos produtores rurais, acesso a um modelo de assistência técnica associado à consultoria gerencial. Tudo isso em busca de melhorias significativas na pro-dução e na gestão das empresas rurais.

Segundo a coordenadora do projeto no Es-tado, Cristiane Veronesi, o ATER é de grande importância para o produtor. “O projeto leva ao produtor uma visão gerencial da sua pro-priedade, permitindo melhorar e ampliar sua produção, colaborando não só na melhoria da qualidade de vida, bem como ajudando a economia municipal”, conta.

No Espírito Santo, as propriedades de mé-dio porte de café serão as primeiras benefi-ciadas. Para aderir ao programa, é necessário que o produtor não seja atendido tecnica-mente por outra entidade, que aceite aderir às boas práticas agrícolas e de secagem do café e visão empreendedora, além de ser re-ceptivo às orientações dos técnicos, acatando as recomendações e participando das reuni-ões e capacitações que forem necessárias.

Também é importante que o proprietário seja empregador rural ou tenha meeiro.

CRONOGRAMA

A seleção dos técnicos será através de pro-va de conhecimento específico, avaliação psi-cológica e treinamentos metodológico e tec-nológicos. Essa seleção ocorrerá em fevereiro e março, quando também haverá a indicação dos produtores pela Faes, Sindicatos Rurais e outras entidades parceiras.

A próxima etapa do cronograma do projeto acontece em fevereiro e será a seleção dos técnicos, incluindo a prova técnica e redação, além da avaliação psicológica. Já os Treinamen-tos Metodológico e Tecnológico, ocorrerão no mês de março, quando também haverá a indi-cação dos produtores pelos Sindicatos Rurais e outras entidades parceiras.

A aplicação do Questionário de Mapeamen-to vai acontecer entre os meses de março e abril. As visitas técnicas, que é a principal ação do projeto, terão início em abril.

Segundo o Censo Agropecuário de 2006 do IBGE, menos de 10% dos produtores rurais re-cebem assistência técnica de forma regular e é esse índice que o ATER pretende melhorar.

CNA e Senar-ES levarão assistência técnica gratuita a propriedades capixabas

O objetivo é corrigir irregularidades e promover melhorias para o setor agropecuário

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O Programa ATER – Assistência Técnica e Gerencial – é uma nova aposta da CNA/SENAR cujo objetivo é atender ao setor agropecuário do país. No Espírito Santo, o projeto vai atuar na região Sul com pro-dutores de café. O programa terá início em abril de 2015 e promete atender a 425 propriedades.

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Os produtores de café do sul capixaba serão os primeiros beneficiados.

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Falta de chuva reduz produção agrícola capixaba em mais de 40%

Para facilitar renegociação de dívidas de produtores, Faes aconselha municípios a solicitarem estado de emergência

Se o verão do ano passado foi marca-do pelas fortes chuvas e enchentes, 2015 chegou preocupando pelo longo período de estiagem. A falta de chuva atinge o es-tado nos últimos meses.

De acordo com o Incaper, o total de chuva acumulado ficou abaixo da média histórica nos meses chuvosos, como de janeiro a mar-ço e de meados de outubro a dezembro. Nos primeiros dias do ano, apenas a região Nor-deste e o Extremo Norte têm sido contem-plados por chuvas fracas em pontos isolados.

A cafeicultura, pecuária de corte e leite e a produção de frutas são os que mais sentem os efeitos da seca. Em alguns mu-nicípios, fala-se em redução de mais de 50% da produção agrícola.

De acordo com presidente da Faes, Jú-lio Rocha, este é um dos períodos de maior duração da estiagem. “A situação é dramática. De Norte a Sul do Estado os produtores estão sofrendo com o tempo seco e a situação pode piorar já que não há previsão de chuva para as próximas se-manas. Acredito que não alcançaremos a estimativa de produção de café anunciada pela Conab, uma vez que em fase de flo-rada/granação o grão precisa de água e o tempo está seco”, lamenta Rocha.

A primeira estimativa de safra de café, divulgada pela Conab e pelo Ministério

da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), já cogita redução de 2,7% se com-parado a safra anterior. A diminuição foi observada no café Conilon, que registra queda entre 8,8% e 6,3%.

De acordo com o secretário de Estado da Agricultura, Octaciano Neto, o Espírito Santo e algumas regiões do Brasil atraves-sam uma grave crise hídrica, provocada por diversos fatores.

“Neste momento, mais do que nunca, precisamos de um esforço coletivo para colocar em prática ações de curto, médio e longo prazos que tenham capacidade de garantir a preservação e recuperação dos recursos naturais, a reservação e a produ-ção de água e a mudança nos hábitos da população”, destaca Octaciano Neto.

Café

Em Jaguaré, maior produtor de Conilon do Estado, já falta água e, de acordo com o produtor rural, Elder Sossai de Lima, produtores apontam redução de aproxi-madamente 50% nas lavouras de café.

“A falta de água chegou na florada, que e momento que mais precisamos de água, e perdura agora na granação. Com isso, o grão perderá peso e qualidade”, explica Elder.

Segundo o engenheiro agrônomo e supe-rintendente do Cento de Desenvolvimento Tecnológico do Café (CetCaf), Frederico Daher, altas temperaturas também influen-ciarão a qualidade do café. “São fatores que interferem na massa do café, alteran-do o tamanho e peso”, explica.

Gado comprometido

Os gados de corte e de leite têm sofrido bastante com a ausência de chuvas no Espíri-to Santo. Com a falta de pastagem, os pecua-ristas têm visto os animais perderem peso e nos casos mais graves, morrerem nos pastos.

Para o presidente do Sindicato Rural de São José do Calçado e secretário da Faes, Altanor Lôbo, este é um dos períodos mais críticos vividos pelos produtores e já se calcula um prejuízo alto. “Até agora, 40% da produção já foi perdida e, se não chover, esse número pode superar 50%. Quem tem condições compra silagem, mas muitos não têm”, comenta Lôbo, que adianta: “Com a falta de carne no merca-do, os preços vão subir”.

O gado leiteiro também vive umas das fases mais difíceis. Em alguns municípios a perda na produção de leite chega a 50%. De acordo com o presidente da Comissão

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de Leite da Faes e presidente do Sindica-to Rural de Jerônimo Monteiro, Rodrigo Monteiro, a situação é apavorante.

“No Sul do Estado foi registrado um re-cuo de 25% da produção, mas esse núme-ro vai crescer com o prolongamento da estiagem. O que dificulta a situação é o mercado. Mesmo com o aumento do cus-to de produção, uma vez que é necessário comprar alimentação para os animais, o preço do leite permanece baixo”, explica Monteiro.

Um levantamento realizado pelo Incaper nos 78 municípios conferiu à pecuária de lei-te um prejuízo de R$ 130,7 milhões. O cálcu-lo é baseado no valor bruto da produção de 2014 e na média de preços deste ano.

Fruticultura

A fruticultura também amarga prejuízos com a seca. A produção do segmento vai cair entre 20% a 30%, o que corresponde a um prejuízo de aproximadamente R$ 300 milhões, conforme dados do Incaper. As cul-turas mais atingidas são mamão, coco, ba-nana, morango, abacaxi, banana e uva.

Municípios decretam situação de emergência

Para facilitar o alongamento e renego-ciação dos financiamentos, o presidente da Faes, Júlio Rocha, indica que os Sindi-catos Rurais apresentem a situação aos prefeitos e solicitem a decreteção de Es-tado de Emergência. “Os produtores pre-cisão se assegurar e nesta situação, a me-lhor providência é antecipar o decreto de emergência”, sugere.

A Seag apresentou algumas ações para amenizar os impactos e prejuízos aos pro-dutores rurais, entre elas estão a articula-ção com Defesa Civil Estadual para auxiliar na montagem do pedido da situação de emergência/calamidade; e o encaminha-mento com as instituições que operam crédito agropecuário no Espírito Santo para discutir prorrogação e renegociação de dívidas e abertura de novas linhas de crédito para os agricultores e pescadores.

Em Cachoeiro de Itapemirim, que de-cretou situação de emergência, os preju-ízos estimados chegam a R$ 8 milhões. De acordo com o Decreto, cerca de 2600 pro-priedades foram atingidas. O documento foi encaminhado a Brasília no intuito de arrecadar verba para minimizar os impac-tos. Entre as ações, a Prefeitura planeja levar água às propriedades por meio de carros-pipas e furar poços artesianos.

Entenda porque não chove no ES

De acordo com a equipe de meteorolo-gia Incaper, um bloqueio atmosférico tem mantido o tempo seco e quente na maior parte do Estado. Este sistema meteoro-lógico nada mais é que um anticiclone, sistema de alta pressão ou, mais popular-mente, massa de ar seco.

O longo período de estiagem já compromete diversas produções do agronegócio capixaba.

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O Sindicato Rural de Colatina iniciou 2015 com esperança. Isso porque o ano anterior foi de grandes conquistas como adesão de sócios, melhoria na interação entre Sindicato e Secretaria da Agricultura, Comasa, CMDR, Sanear e COCSAMA, além da diminuição da inadimplência entre os sócios da instituição, que aconteceu devido à confraternização re-alizada no final do ano de 2014 quando todos os sócios adimplentes puderam participar.

E para este ano os planos são muitos. Pri-meiramente, a intenção é apostar na união e qualificação dos produtores para que eles desempenhem cada vez melhor suas ativi-dades. Outra meta de grande importância é resolver a questão de abastecimento de milho para a região norte, onde mais de 10 mil produtores dependem do produto para normalizar suas atividades.

De acordo com o presidente do Sindicato Rural de Colatina, Ervino Lauer, é válido res-saltar que o problema de abastecimento de milho para toda a região norte é uma questão entre o Sindicato dos Carregadores e a Conab.

“É importante falar isso porque o produ-tor acredita que o fornecimento de milho a preço subsidiado é do Sindicato, quando na verdade não é, e aí ocorre um descrédito”, declara. Para esse problema, Lauer desta-

ca que já foi tomada uma iniciativa. “Várias etapas já foram concluídas, inclusive judi-ciais. A próxima etapa talvez seja uma con-versa entre o presidente da Federação e o presidente da Conab, além do mais, espaço para armazenamento, a companhia tem de sobra em Colatina”, acrescenta.

Ervino Lauer, que está no mandato há quase um ano, acredita que alguns elemen-tos são essenciais para manter a força sindi-cal e encarar os desafios já presentes neste ano. “A união, a qualidade dos produtores e a liderança são fatores muito importantes para manter o Sindicato firme diante as tri-bulações”, disse.

Quanto aos parceiros da organização, o presidente também se posicionou. “A rela-ção com o Senar, por exemplo, está bem, nós precisamos melhorar nossa relação com a Secretaria da Agricultura e a Prefei-tura”, diz. Para isso, as medidas também es-tão sendo tomadas.

O Sindicato Rural de Colatina, onde o café e a pecuária de leite e de corte se desta-cam, está preparado para um ano repleto de lutas e conquistas. Juntamente dos par-ceiros, além dos produtores da região, a instituição pretende vencer os obstáculos através da união das forças de todos.

Qualificação da produção e liderança também foram apontadas pelo Sindicato Rural como essenciais

Colatina aposta em união como principal ferramenta de sucesso

Ervino Lauer, presidente do SR de Colatina

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SINDICATO RURAL DE COLATINARua Expedicionário Abílio dos Santos, 341, Centro, Colatina/ES - CEP: 29.700-070Telefax: (27) 3722-5014 E-mail: [email protected]

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O Sindicato Rural do município de Con-ceição da Barra se prepara para o novo ano que se aproxima. A intenção é colocar em prática as mudanças que têm sido planeja-das, além de reforçar boas ações que já es-tavam em andamento. Reorganizar o ciclo interno para que bons resultados se tornem cada vez mais comuns também faz parte das metas para 2015.

Para alcançar os objetivos almejados pelo sindicato, é necessário que alguns ajustes sejam efetuados. A união, o trabalho justo, o respeito, a ética e o fortalecimento dos la-ços entre a organização e produtores rurais, especialmente os associados, são pontos destacados pela presidente da instituição, Eliette Maria de Oliveira Daher.

No mandato há sete meses, a presidente conta que ainda foram poucas as conquistas alcançadas, mas tem sido um tempo para adquirir conhecimento.

“Não houveram grandes mudanças, por-que tudo é novo para mim, por enquanto há um aprendizado”, disse. Eliette, apesar de estar à frente há pouco tempo, tem co-nhecimento de que desafios são inevitáveis e está pronta para enfrentá-los juntamente com as pessoas que, de alguma forma, fa-zem parte do Sindicato.

Inclusive, desafios é o que não faltam.

A personagem da vez é a Eva Marina Oli-veira. Mulher extremamente tímida, que tinha dificuldades de se expressar e se re-lacionar. Eva não interagia muito com as pessoas, nem mesmo se soltava em brin-cadeiras e nos eventos que participava. Mas essa realidade foi revertida a partir de junho de 2010, quando ela participou do curso Administração e Recursos da Família, oferecido pelo Senar-ES.

Desde então, a mulher que vivia escondida dentro de si mesma se tornou reconhecida pelos moradores de sua região e proximida-des. “Esse curso mudou completamente a minha vida, pois me deu coragem para lutar pelos meus direitos e também pelos direitos dos meus vizinhos”, conta.

Juntamente a outros moradores de Apiacá, Eva, agora sem timidez e com mui-ta coragem, decidiu formar a Associação de Produtores e Moradores de Paracatu e Adjacências. O objetivo é, através da ins-tituição, resolver possíveis problemas da região. Segundo ela, não faltou determina-ção e união dos moradores.

“A gente se juntou e decidiu formar a As-sociação, no começo não foi nada fácil, até hoje não é, mas acredito que a união faci-litou bastante o processo, e ainda facilita”, disse. Atualmente, Eva é presidente funda-dora da Associação.

Nossa personagem também já participou de outros cursos oferecidos pelo Senar-ES e destaca a importância de participar.

“Todos os cursos que fiz eram do Senar e foram bastante construtivos para mim, hoje sou uma profissional melhor e os cur-sos têm grande participação nisso”, con-cluiu a mulher que se tornou uma grande líder no ramo em que atua profissional-mente, além de ter conseguido se libertar da timidez que a incomodava.

Deu para ver o quanto a Eva evoluiu. Não só melhorou uma característica pessoal, a timidez extrema, como também reconhe-ceu a líder que existia dentro de si. A pró-xima edição do Esta Terra promete trazer mais histórias inspiradoras.

Recentemente a região de Conceição da Barra tem tido problemas com invasão de terras. Tanto as grandes áreas - como as da empresa Fibria - quanto às pequenas pro-priedades são alvos desse acontecimento. Segundo a presidente do SR do município, o prejuízo para o Sindicato é assim como para a própria região.

“As invasões geram um clima de insegurança em todos os sentidos, o prejuízo é de todos”, declarou. Ela contou também que o Sindicato já busca possíveis soluções para o problema.

De acordo com a nova presidente, entre as metas para 2015 estão: reestabelecer os vínculos sindicais da categoria, reestruturar a sede administrativa, reatar contatos im-portantes para parcerias em prol do muni-cípio e também manter as que já existem com Senar, Faes e Incaper. Com este último, alguns projetos já estão em andamento.

No geral, o propósito é promover um bom relacionamento com os associados e participantes da Organização e tomar me-didas visando sempre garantir o melhor resultado, analisando as possibilidades que possam ser vantajosas para todos os lados envolvidos. Atualmente a equipe do Sindi-cato de Conceição da Barra é formada por 12 pessoas da diretoria e uma secretária.

Eva deixou para trás o perfil de mulher tímida e se transformou em líder com a ajuda dos cursos do SENAR-ES

Mulher supera timidez e se torna fundadora de uma associação

O treinamento de Administração e Recursos da Família mudou a vida de Eva Marina

Acesse a lista completa de treinamentos no site www.faes.org.br. A agenda de treinamentos pode sofrer alterações durante o mês.

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Relação de treinamentos – Fevereiro

DATA TREINAMENTO LOCAL

04/02 Com Licença Vou à Luta Mantenópolis

09/02 Operação e na Manutenção de Motosserra Rio Novo do Sul

12/02 Artesanato de Produtos Apícolas Alto Rio Novo

19/02 Informática - Produtor Guaçuí

20/02 Eletricista João Neiva

23/02 Aplicação de Agrotóxicos Rio Bananal

26/02 Produção Caseira de Conservas Vegetais Itarana

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No dia 15 de janeiro o novo Conselho Deliberativo Estadual (CDE) do Sebrae/ES tomou

posse. O ex presidente Júlio Rocha passou o comando para o presidente da Findes, Marcos

Guerra, e agora representará a Faes como conselheiro da organização. O novo conselho apontou que

a meta deste momento em diante é interiorizar o desenvolvimento econômico, fazer das Micro e Peque-

nas Empresas como exemplo para geração de empregos e criar novas oportunidades. O evento contou com

a presença da diretora técnica do Sebrae Nacional, Heloísa Menezes.Foto: 01

Foi realizado no dia 13 de dezembro, na sede do Sindicato Rural de Viana, um café da manhã para a entrega de Certifi-

cados dos treinamentos em Manejo de Pastagem e em Processamento de Bananas, ambos promovidos pela parceria do

Sindicato com o Senar e os Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Cariacica. O evento reuniu 120 pessoas. O presidente

do SR de Viana, o tesoureiro do Sindicato dos Trabalhadores de Cariacica, o secretário Municipal de Santa Leopoldina e a

diretora da Escola do Campo também estiveram presentes no evento.Foto: 02

O município de Linhares iniciou o ano com uma agenda de treinamentos diversificada. Foram feitas capacitações

em Manejo de Pastagem, Agricultura Orgânica, Produção de Salgados e Doces, Produção de Derivados do Leite, entre

outras, totalizando 11 treinamentos somente em janeiro. Para participar das capacitações, basta ir ao Sindicato ou

entrar em contato no telefone (27) 3371-2077. Além de gratuitas, as ações dão direito a certificado. Foto: 03

SEbRAE

VIANA

LINhARES

ESPAÇO DOS SINDICATOS

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SEbRAE

MuNIz FREIRE

O Sindicato Rural de Guarapari formou mais uma turma do treinamento de Eletricista. Oferecido nos dias 10, 11, 17, 18 e 19 de janeiro, na comunidade rural de Andana, a capacitação reuniu 13 pessoas e foi uma solicitação dos pró-prios participantes, que ficaram satisfeitos com a qualificação.

Foto: 05

O produtor rural do município, Natanael Pezzin Tosi, foi um dos campeões do 4° Concurso de Fotografia do Siste-ma CNA/SENAR de 2014, com a foto “Juventude e tecnologia inovando a vida no campo”. Ele recebeu a premiação de R$ 2 mil em um evento que aconteceu no dia 09 de janeiro, na sede da CNA, em Brasília. Foram selecionadas 23 fotos entre mais de 1190 inscritas.

Foto: 06

O distrito de Tombos – Piaçú, em Muniz Freire, fechou o ano de 2014 com chave de ouro. A parceria entre o Sindicato Rural do município, o Senar/ES e o Ministério da Pesca, através do Pronatec, formou em dezembro uma turma do treinamento em pisci-cultura. O curso profissionalizante teve início no dia 15 de dezembro. Agora o grupo de participantes terão novas oportunidades de emprego e renda. Participaram da aula inaugural, o mobilizador do Senar-ES, José Luiz Favoreto; o presidente do SR de Muniz Freire, Robert de Castro Machado; a instrutora do Senar-ES, Suely Zaggo; e Fabrício Gobbo, do Senar-ES

Foto: 07

GuARAPARI

IcONhA

JAGuARé O Sindicato Rural de Jaguaré tem nova diretoria. No dia 20 de dezembro Elder Sossai

de Lima passou o comando do Sindicato para Francisco Marin, que na gestão anterior era

vice presidente. O evento aconteceu no Parque de Exposições Alpheu Sossai, em Jaguaré, proprie-

dade do Sindicato e reuniu cerca de 500 pessoas.Foto: 04

ESPAÇO DOS SINDICATOS

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