esquema da redação do enem

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ESQUEMA DA REDAÇÃO DO ENEM Profa. Carla

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Estrutura de dois modelos dissertativos

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Esquema da redao do enem

Esquema da redao do enemProfa. CarlaModelo 1 (Tese, argumentao e soluo ao final)Pargrafo 1 Lanamento da tese (Responde por que aquele problema chegou a tal ponto, ou seja, tenta-se dizer o que causou a problemtica). Na tese comum atribuir a problemtica a dois ou trs elementos causadores.Pargrafo 2 Argumento 1 Histrico (Fatos que colaboram com o ponto de vista sobre o problema)Pargrafo 3- Argumento 2 Estatstico (Dados que confirmam a problemtica)Pargrafo 4 Argumento 3 Relao com outra rea do Conhecimento Humano. (Encontrar os temas que se relacionam com a problemtica). Ex. Uma boa redao sobre Bullying exige relaes com Psicologia, Pedagogia e Direito. Pargrafo 5 Interveno (solues). Desde o momento em que afirmamos na tese que trs fatores motivaram a problemtica, j encontramos a argumentao, s precisamos refor-la com fatos ou dados que o comprovem. Dessa forma, depois de assinalarmos os argumentos, que ilustram o problema, cada argumento constitui, na verdade,a ponta de uma soluo. O ENEM chama isso de soluo articulada com a tese e com a argumentao. Assim, cada fator apresentado como argumento, inicialmente, transforma-se, ao final, no incio da soluo, da interveno naquela realidade.

Modelo 2 (Abordagem da problemtica, argumentao e solues ao longo do texto com reafirmao do ponto de vista ao final).Pargrafo 1 Constatao ou definio da problemtica com tese indireta sobre o problema. Ex. O aborto, seja ele espontneo ou induzido, a interrupo da gravidez; a remoo ou expulso prematura de um embrio ou feto do tero, resultando na sua morte ou sendo por esta causada. No se pode permitir, ento, a autorizao dessa prtica to nefasta.Pargrafo 2 Histrico + soluo (Fatos que colaboram com o ponto de vista sobre o problema apresentando, nesse mesmo pargrafo, um tipo de soluo.)Pargrafo 3 Argumento Estatstico + soluo (Dados que colaboram com o ponto de vista sobre o problema apresentando, nesse mesmo pargrafo, um tipo de soluo.)P4 Argumento Outra rea do Conhecimento HumanoP5 Interveno (solues efetivas, lgicas e plausveis para a problemtica, articuladas com a discusso)

O que deve ser observado1 Acentos (grave, agudo, til e circunflexo)Coloque os acentos com vontade. No faa um risquinho fraco qualquer. Escreva-os com firmeza, no lugar adequado, e no pequenos traos displicentes. Cada acento deve ser valorizado, exato, claro, preciso, porque o nmero maior de erros que faz a nota cair em cada competncia.Comentrio: O til est colocado em cima apenas do O. O circunflexo foi esquecido no verbo ter.

2 A esttica da redao Tem relao imediata com a letra, com a ausncia de rasuras. Portanto, procure arredondar a letra, deixar mais legvel o que escreve. Lembre-se: o professor no tem a obrigao de corrigir a redao se no estiver entendendo a letra. Voc que tem a obrigao de escrever de forma legvel, o interessado em uma vaga de Direito, Medicina, Psicologia etc. voc.

Comentrio: Por desateno ou relaxamento de seu autor o texto ficou todo borrado, cheio de falhas que tornam feia a redao. 3 Argumentao

Use argumentos convincentes na exposio do seu ponto de vista, pois so os argumentos mais fortes que vencem uma discusso. Os melhores argumentos so os histricos, os estatsticos e os de autoridade, com citao indireta. No sai copiando frases inteiras de pensadores ou artistas no seu texto, pois a citao direta no boa para a redao do ENEM. Evite tambm o uso do senso comum. Veja abaixo um argumento feito com a pobreza do senso comum. H um prejuzo nas competncias II, III e V.

Comentrio: Argumentar uma arte. No toa que existem os advogados, os padres, os pastores evanglicos, os polticos e os professores. So grandes mestres da retrica e da oratria que normalmente ganham qualquer discusso, pois utilizam bem os argumentos. Todos aprenderam que o argumento mais fraco aquele proveniente do senso comum. 4 GneroNo confunda os gneros textuais. O texto dissertativo-argumentativo do ENEM, no permite, por exemplo, que se converse com o leitor. Os gneros que tm essa particularidade so a carta, a crnica e o texto publicitrio. O ENEM no pede nenhum deles.

Comentrio: Observe no fragmento que h uma conversa com o leitor no uso do pronome voc, o que configura um grave erro na competncia II, pois em um texto dissertativo-argumentativo no prprio conversar com o leitor. Infelizmente, no vestibular, isso acontece muito.5 Estrangeirismos

Normalmente usamos aspas em palavras de lngua estrangeira como shopping, self-service, royalties etc. Em alguns vocbulos j no mais obrigatrio como Internet ou internet que j foram assimilados pela lngua corrente. Resumindo: evite usar palavras de lngua estrangeira quando h vocbulos equivalentes em lngua portuguesa.

Comentrio: A palavra Internet pode ser usada substantivada, com maiscula, por ser uma sigla da Rede mundial de computadores. A outra forma correta usar internet, com minsculas mesmo, mas com aspas porque no passou por processo oficial de aportuguesamento como passaram vitrine (vitrina), beef (bife), record (recorde) etc.6 Coloquialismos (oralidades e grias) Em redao, devemos usar predominantemente a linguagem formal. Quando usarmos a linguagem informal, a coloquialidade, devemos evitar as expresses ditas orais e, principalmente as grias, pois empobrecem o discurso e consequentemente o texto.

Comentrio: De acordo com o excerto, expresses como o capitalismo subiu cabea e deixar a fonte secar constituem erros de oralidade e gria que diminuem seguramente a nota do candidato.

7 Verborragia Constitui erro de verborragia o uso de palavras ou expresses ditas bonitas, mas que, s vezes, a pessoa nem sabe o que a palavra significa. o grau mnimo do pedantismo. Tem gente que fala demais e quando fala quer mostrar conhecimento ou inteligncia ao adotar um vocabulrio difcil ou erudito. s vezes o texto fica at bonito, mas a idia no faz muito sentido.

Comentrio: Por causa do requinte pouco usual, o candidato errou o uso da crase e ainda criou uma imagem inconcebvel: uma pessoa tomando banho e lendo ao mesmo tempo. 8 Eco, Aliterao e Assonncia A inobservncia da escrita de determinados vocbulos, sozinhos ou em conjunto, pode ocasionar choques fonticos que constituem:

Eco Joo Leito, secretrio de Educao, props uma soluo.Aliterao Trs das trinta favelas treinadas pela polcia militar podiam pedir permisso aos policiais.Assonncia A ala da aviao armada que avalia a ao dos armistcios abriu fogo. 9 Generalizaes Outro erro comum nas redaes de vestibular a generalizao. Nunca devemos escrever frases generalistas como:Os polticos so desonestos, apenas roubam e no fazem nada pelo povo. As mulheres so sempre submissas aos maridos e no denunciam a violncia cometida contra elas.Os jovens so imaturos, descompromissados e incapazes de discutir questes srias como poltica e democracia.10 Grau de informatividade (GI) Todo texto dissertativo bom marcado pela exposio de conhecimento de seu autor, ou seja, um texto que traz um grau de informatividade elevado, informaes que, s vezes, nem o corretor conhece. O texto argumentativo bom, por sua vez, apresenta riqueza de argumentos, ou seja, fatos, dados e opinies de autoridades que validam uma tese ou pensamento. Percebe-se, ento, que esse texto no foi feito com informaes triviais, com o senso comum, que pouco acrescenta discusso.11 Uso do Onde Acontece muito em provas de redao o uso do advrbio onde no lugar de uma conjuno (e, mas, ento...) ou de um relativo ( o qual, a qual, na qual).

Comentrio: O candidato s deve usar o onde em uma redao de vestibular se for com o sentido de localizao. Por exemplo, na frase O Brasil um pas onde a corrupo alcana nmeros alarmantes.12 Repetio

Um erro bastante procurado pelos corretores do ENEM a repetio de palavras e ideias. Normalmente, quando se desenvolve uma redao em tpicos comum que, ao final, surjam as ideias que j fora utilizadas no incio. Nessa hora o candidato deve observar se estas ideias se apresentam tambm com as mesmas palavras. Se isso acontecer, comum a perda de alguns pontos.13 Pargrafo Na redao do ENEM ou em qualquer outra redao de concurso, o bom pargrafo apresenta de 4 a 6 linhas, suficientes para lanarmos o tpico frasal (TF) e desenvolv-lo.

14 Religiosidade Evite a parcialidade e a emotividade da religio. Normalmente ocorre com os candidatos mais fervorosos que, inadvertidamente, comeam a falar sobre as glrias e o poder de Deus. Deixe a religio fora disso. Evite tal procedimento.

Comentrio: Sabemos que Deus tudo, que pode tudo e que sabe tudo, mas Ele no faz vestibular, quem faz voc.15 Outras coisas Existem ainda outras paranias comuns s bancas de vestibular que so irritantes, mas que no ENEM ficam mais flexveis e a cargo do corretor. Mesmo assim, tome cuidado ao:Escrever fora da caixa de texto; Espremer palavras na margem direita; Translinear palavras [no deixe uma letrinha como slaba (a-) nem uma slaba como palavra (na.)].Sobrescrever palavras (criar um espao entre palavras e escrever outra que foi esquecida); Alternar letra de forma e letra cursiva;Dar um espaamento muito grande entre as palavras, pois, segundo as bancas, uma estratgia para ganhar linhas e escrever pouco.;Rasurar o texto, borrar vrias palavras; Fazer letras estilizadas (por exemplo, o i Pel, aquele com uma bolinha em cima em vez de um pingo); Usar de sentimentalismo ou pieguismo; Ex. As pobres crianas so as vtimas... Apelar para a religiosidade. Ex. ...pois, sem a ajuda de Deus, este pas no vai para frente.