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SUPLEMENTO DO AÇORIANO ORIENTAL DEZEMBRO DE 2011 n 03 Para Hesíodo, poeta da Grécia Antiga, o Kosmos é o mundo ordenado e belo, antítese do Chaos, abismo inicial. No princípio era o verbo, lê-se no Novo Testa- mento. Mundividências inconciliáveis? Não cabe aqui discuti-lo. Convocámo-las apenas para relevar a impor- tância que, no processo de ordenação do mundo, assu- me a palavra. Se, por um lado, é difícil imaginar um mundo sem palavras, porque as instituímos como instrumento privilegiado de comunicação, como garante de so- cialização, por outro, negligenciamos frequente- mente o seu poder. O que é, então, a palavra? Por- que criadora da realidade, é génese. Porque o no- meia, categorizando o mundo, é conhecimento. É motivação. Interrogação e sonho. Sentimento. Com ela, atamos laços e oprimimos; afirmamo-nos hu- manos e negamos a nossa condição. Na passagem do Chaos ao Kosmos, houve um momen- to crucial, aquele em que, pelo verbo, o Homem assu- miu a sua humanidade, dando um passo em frente. Se ser homem é uma construção que pressupõe a abertu- ra ao outro, logo, nesse processo, a linguagem é factor de primacial importância. Fomentar o desenvolvimento de uma adequada com- petência comunicativa é, portanto, missão da escola. Nessa competência se subsume a linguística, que abrange domínios tão relevantes como o lexical. Des- curá-la é sinónimo de desvalorizar os conceitos estru- turantes da realidade e do nosso ser, é prescindir do saber que deve subjazer à formulação de juízos, é ab- dicar do exercício da cidadania plena, é subjugarmo- nos livremente ao poder dos que, usando as palavras em benefício próprio, nos escravizam. É, portanto, necessário devolver às palavras o senti- do genesíaco, ressignificando o mundo. Interroge- mos, com a palavra, os adamastores que nos ame- drontam; combatamos, pela palavra, os abismos que nos desumanizam. Reaprendamos, então, a Ser com a lição do ter sido. Editorial As palavras que nos dizem Quem descuida a sua linguagem, a si mesmo se descuida (Coseriu) Teatro Micaelense Versões do Mundo e de Mim Parabéns, ESLaranjeiras! Espetáculo comemorativo do .º aniversário Conferência Santana Castilho: o ensino passado a limpo página Testemunho Secretária da Educação página Reportagem Quadros de Excelência: premiando o mérito página A ESLaranjeiras endereça os seus agradecimentos às seguintes empresas e instituições que, através do seu patrocínio, apoiaram as iniciativas concretizadas pela nossa escola, no âmbito das comemorações dos seus 25 Anos: Grupo SATA; Or- dem dos Engenheiros Técnicos; Grupo Bensaúde; Banif; Instalaçores; Stand Correia; Laboratório de Análises Clínicas Maria da Luz Machado; Manuel Ferreira; Castanho Lda.; Casa Cristal e Plantivime. Agradece, ainda, a todas as entidades que tornaram possível a realização do espetáculo Versões do Mundo e de Mim. No dia 17 de dezembro, no Teatro Micae- lense, durante cerca de hora e meia, os 150 alunos da ESLaranjeiras que participa- ram em Versões do Mundo e de Mim, es- petáculo comemorativo do 25.º aniversá- rio dessa instituição, e todos quantos a ele assistiram deixaram-se embalar pela ma- gia da palavra, pela harmonia da música, pela beleza tocante das coreografias, eva- dindo-se, com as personagens principais, Mariana Teves e Mário Sousa, no tempo e no espaço, empreendendo uma verdadei- ra viagem iniciática rumo à descoberta do ser que nos habita. Fizeram-no ao ritmo da construção da identidade lusíada, confrontando-se com as idiossincrasias de outros povos, nave- gando no desconhecido, interrogando adamastores, extasiando-se com a be- leza do mundo revelado, estabelecendo laços de amizade com gente remota e ex- plorando a sua ingenuidade, porque a ga- nância e a sede de poder também move- ram os portugueses. Nesta viagem ao encontro das outras versões do mundo, metáfora do percur- so escolar, os alunos, representados por Mariana Teves, foram recebendo dife- rentes ensinamentos. Esses, interagin- do com os traços das respetivas persona- lidades, paulatinamente foram mode- lando o seu eu, fazendo-o finalmente brotar, como o sugeriu a coreografia final. Uma vez definida essa matriz individual, há que preenchê-la com a matéria de que são feitos os sonhos, pois ser Homem é também sonhar. Esse foi o convite que nos deixou Maria- na Teves, numa atuação digna de aplau- so, pois a nossa versão do mundo depen- de, e muito, da grandeza dos sonhos que motivam o nosso agir, da vontade e da perseverança postas na sua persecução. Parabéns, Escola Secundária das Laran- jeiras! Que a magia dessa noite ecoe nas nossas memórias sempre que as vicissitudes da vida nos quiserem fazer soçobrar. Bem Hajam! COORDENAÇÃO: GRAÇA MENESES MARGARIDA FREIRE DE ANDRADE

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DEZEMBRO DE 2011

n 03

Para Hesíodo, poeta da Grécia Antiga, o Kosmos é o mundo ordenado e belo, antítese do Chaos, abismo inicial. No princípio era o verbo, lê-se no Novo Testa-mento. Mundividências inconciliáveis? Não cabe aqui discuti-lo. Convocámo-las apenas para relevar a impor-tância que, no processo de ordenação do mundo, assu-me a palavra. Se, por um lado, é difícil imaginar um mundo sem palavras, porque as instituímos como instrumento privilegiado de comunicação, como garante de so-cialização, por outro, negligenciamos frequente-mente o seu poder. O que é, então, a palavra? Por-que criadora da realidade, é génese. Porque o no-meia, categorizando o mundo, é conhecimento. É motivação. Interrogação e sonho. Sentimento. Com ela, atamos laços e oprimimos; afirmamo-nos hu-manos e negamos a nossa condição. Na passagem do Chaos ao Kosmos, houve um momen-to crucial, aquele em que, pelo verbo, o Homem assu-miu a sua humanidade, dando um passo em frente. Se ser homem é uma construção que pressupõe a abertu-ra ao outro, logo, nesse processo, a linguagem é factor de primacial importância. Fomentar o desenvolvimento de uma adequada com-petência comunicativa é, portanto, missão da escola. Nessa competência se subsume a linguística, que abrange domínios tão relevantes como o lexical. Des-curá-la é sinónimo de desvalorizar os conceitos estru-turantes da realidade e do nosso ser, é prescindir do saber que deve subjazer à formulação de juízos, é ab-dicar do exercício da cidadania plena, é subjugarmo-nos livremente ao poder dos que, usando as palavras em benefício próprio, nos escravizam. É, portanto, necessário devolver às palavras o senti-do genesíaco, ressignificando o mundo. Interroge-mos, com a palavra, os adamastores que nos ame-drontam; combatamos, pela palavra, os abismos que nos desumanizam. Reaprendamos, então, a Ser com a lição do ter sido.

Editorial As palavras que nos dizem

Quem descuida a sua linguagem, a si mesmo se descuida (Coseriu)

Teatro Micaelense Versões do Mundo e de Mim Parabéns, ESLaranjeiras!

Espetáculo comemorativo do .º aniversário

Conferência Santana Castilho: o ensino passado a limpo

página

Testemunho Secretária da Educação

página

Reportagem Quadros de Excelência: premiando o mérito

página

A ESLaranjeiras endereça os seus agradecimentos às seguintes empresas e instituições que, através do seu patrocínio, apoiaram as iniciativas concretizadas pela nossa escola, no âmbito das comemorações dos seus 25 Anos: Grupo SATA; Or-dem dos Engenheiros Técnicos; Grupo Bensaúde; Banif; Instalaçores; Stand Correia; Laboratório de Análises Clínicas Maria da Luz Machado; Manuel Ferreira; Castanho Lda.; Casa Cristal e Plantivime. Agradece, ainda, a todas as entidades que tornaram possível a realização do espetáculo Versões do Mundo e de Mim.

No dia 17 de dezembro, no Teatro Micae-lense, durante cerca de hora e meia, os 150 alunos da ESLaranjeiras que participa-ram em Versões do Mundo e de Mim, es-petáculo comemorativo do 25.º aniversá-rio dessa instituição, e todos quantos a ele assistiram deixaram-se embalar pela ma-gia da palavra, pela harmonia da música, pela beleza tocante das coreografias, eva-dindo-se, com as personagens principais, Mariana Teves e Mário Sousa, no tempo e no espaço, empreendendo uma verdadei-ra viagem iniciática rumo à descoberta do ser que nos habita. Fizeram-no ao ritmo da construção da identidade lusíada, confrontando-se com

as idiossincrasias de outros povos, nave-gando no desconhecido, interrogando adamastores, extasiando-se com a be-leza do mundo revelado, estabelecendo laços de amizade com gente remota e ex-plorando a sua ingenuidade, porque a ga-nância e a sede de poder também move-ram os portugueses. Nesta viagem ao encontro das outras versões do mundo, metáfora do percur-so escolar, os alunos, representados por Mariana Teves, foram recebendo dife-rentes ensinamentos. Esses, interagin-do com os traços das respetivas persona-lidades, paulatinamente foram mode-lando o seu eu, fazendo-o finalmente

brotar, como o sugeriu a coreografia final. Uma vez definida essa matriz individual, há que preenchê-la com a matéria de que são feitos os sonhos, pois ser Homem é também sonhar. Esse foi o convite que nos deixou Maria-na Teves, numa atuação digna de aplau-so, pois a nossa versão do mundo depen-de, e muito, da grandeza dos sonhos que motivam o nosso agir, da vontade e da perseverança postas na sua persecução. Parabéns, Escola Secundária das Laran-jeiras! Que a magia dessa noite ecoe nas nossas memórias sempre que as vicissitudes da vida nos quiserem fazer soçobrar.

Bem Hajam!

COORDENAÇÃO: GRAÇA MENESES MARGARIDA FREIRE DE ANDRADE

02 DEZEMBRO DE 2011

Estava em pulgas no verão de 1986, pois ia estrear a escola que ficava nas Laran-jeiras. Durante os 3 meses das férias grandes, devo ter ido dezenas de vezes es-preitar o progresso da sua construção. Depois de construída, fui outras tantas vezes pedir informações sobre o começo das aulas. Finalmente, houve a tão esperada apresen-tação. No primeiro piso estavam as minhas salas favoritas: os laboratórios de biologia, física e química. No piso superior ficavam

as salas de aulas genéricas, onde viria a passar outra boa parte dos seis anos se-guintes. Não menos importante, na minha pri-meira visita à escola, foi ver os Timex 2048: computadores da família Spec-trum nos quais, com um simples LOAD, se carregava um jogo a partir de casse-tes. Demoraria o intervalo quase todo a carregar, mas valeria bem a pena. Daqui foi um salto aos laboratórios de informá-tica para o curso técnico-profissional e depois para o curso de Engenharia Infor-mática e de Computadores no Instituto Superior Técnico. Vinte e cinco anos depois, olho para trás e penso no que aprendi. Relembro três

frases e os professores que as proferiam: Mais importante do que saber ciência, é saber falar de ciência;Tão importante como saber o que considerar, é saber o que desprezar;É apenas cultura geral, mas é importante. Apercebi-me, mais tarde, de que estas fra-ses não se confinavam ao contexto cien-tífico onde as ouvira, mas a múltiplos do-mínios. Hoje sou engenheiro informático, viajo pelo mundo a representar a empresa para a qual trabalho e a discutir tecnologia com os melhores fabricantes e operadores de telecomunicações. Talvez o LOAD seja só um pormenor, mas foi assim que tudo começou e foi na ESL.

Afinal o LOAD não era só um pormenor…

Testemunho

Secretária da Educação Recordando a sua passagem pela ESLaranjeiras No âmbito da comemoração dos 25 anos da Escola Secundária das Laranjeiras, foi-me solicitado que desse testemunho da minha passagem, como docente, por esta escola. Recordo com entusiasmo o ano letivo em que desempenhei fun-ções na Escola Secundária das Laranjeiras como professora es-tagiária. A minha formação inicial ficaria assim marcada, no ano letivo de 1995/96, por esta experiência, que ocorria precisamente num complexo escolar dotado das in-fra-estruturas adequadas à práti-ca pedagógica, com destaque para o complexo desportivo, que disponibilizava uma piscina co-berta, concentrando e envolven-do os alunos da escola, sobretudo os relacionados com a área do desporto, bem como toda a co-munidade. Na formação inicial, o contato com os colegas e a entre ajuda são determinantes para o exercício futuro da profissão. O contato próximo com as orienta-doras constitui o primeiro passo neste sentido, a que se junta todo o restante corpo docente, que re-cebeu com entusiasmo os diver-sos núcleos de estágio da Escola Secundária das Laranjeiras.

Testemunho

O quadro negro, da iraniana Sa-mira Makhmalbaf, encerrou o Ciclo de Cinema Refletir a Edu-cAÇÃO, iniciativa conjunta da ESLaranjeiras e do Instituto Cul-tural de Ponta Delgada. Ao longo do filme, o quadro é o símbolo máximo da vocação do-cente, literalmente transportada às costas, quais asas que, todavia, nunca se elevarão do pó dos ca-minhos, pois raramente servirá

para o exercício da profissão do-cente. Num território curdo-iraniano, um grupo de homens caminha sob um sol tão impiedoso quan-to o destino que cada um esco-lheu: ser professor que carrega o quadro negro às costas numa de-manda incessante de alunos que não se deixarão seduzir nem pela leitura nem pela aritmética. De entre todo o grupo, o olhar de Sa-

mira seguirá dois homens: Ree-boir, que compreenderá que não se pode ensinar crianças que convivem diariamente com a morte, e Said, que descobrirá que apenas se pode ensinar quem quer aprender. Uma obra que nos persegue com uma questão dilacerante: para que serve um professor quando não se pode ensinar, ou os alunos não querem aprender?

Refletir a EducAÇÃO A nossa vocação profissional define o nosso destino?

Ciclo de Cinema

NOME: PEDRO NUNES IDADE: ANOS PROFISSÃO: ENGENHEIRO INFORMÁTICO

A imagem da ESLaranjeiras nos seus AnosO Conselho Executivo da ES-Laranjeiras regista e agrade-ce o empenho e a dedicação dos professores João Pedro Vaz de Medeiros e Bruno Al-meida Duarte, responsáveis, respetivamente, pela conce-ção gráfica e pela execução dos produtos destinados a inscrever na memória as Co-memorações dos 25 Anos da ESLaranjeiras. Assim, o docente João Vaz de Medeiros criou o logótipo dos 25 Anos da ESLaranjei-ras e projetou a medalha co-memorativa daquela efemé-ride, o cartaz do espetáculo Versões do Mundo e de Mim, os certificados para os alunos do Quadro de Excelência e os diplomas para os funcioná-rios e professores que pres-tam serviço na ESLaranjei-ras desde a sua inauguração. Ao docente Bruno Duarte coube a produção de todo o material mencionado, tendo ainda realizado os panfletos relativos ao ciclo de cinema Refletir a EducAÇÃO, o pro-grama das iniciativas concre-tizadas entre 12 e 20 de de-zembro p.p. e respetiva di-vulgação online, o programa do espetáculo Versões do Mundo e de Mim, os certifi-cados dos Concursos e o car-taz do filme Agir.

Agradecimento

O ambiente vivido na escola era entusiasta. Recordo as diversas atividades promovidas pelos do-centes estagiários, que contavam sempre com a adesão e o apoio dos docentes do grupo discipli-nar, que se empenhavam na

montagem e na apresentação das mesmas. A preocupação em abrir a escola à comunidade foi uma tónica do-minante desta altura, permitindo assim a adesão ao projecto edu-cativo de escola e trazendo com

frequência a comunidade à parti-lha com a escola. Deste ano de estágio recordo também com pertinência a dis-ponibilidade dos colegas que se prontificaram a ajudar quem es-tava, então, em início da carreira. Por esta altura, a Escola Secundá-ria das Laranjeiras recebia alunos de zonas mais distantes da ilha, como os alunos de Vila Franca do Campo e de Água d' Alto, que não dispunham de nenhuma Unida-de Orgânica com ensino secun-dário mais próxima, e guardo ex-celentes recordações dos alunos, empenhados e curiosos, prontos para novas descobertas diárias, espicaçando os docentes com o seu interesse arguto. Hoje, mui-tos destes são também docentes noutras escolas da região. O papel da Escola Secundária das Laranjeiras é por isso relevante no contexto regional, pelo papel de destaque que teve e tem na forma-ção e educação dos nossos jovens. A passagem do primeiro quarto de século assume especial impor-tância ao consolidar um percurso feito de destaque na área do des-porto, da ciência e da difusão cul-tural. Parabéns, pois, à Escola Se-cundária das Laranjeiras pela passagem deste aniversário.

03DEZEMBRO DE 2011

Atividades Desportivas Escolares Futebol e Corta-Mato

Tendo como objetivo fundamen-tal promover a ocupação positiva dos tempos livres dos alunos no sentido da aquisição de hábitos de vida saudável, tiveram início, no passado mês de novembro, as Atividades Desportivas Escola-res, que contemplaram diversas iniciativas. Indo ao encontro da motivação dos alunos, a primeira foi um tor-neio interturmas, na modalidade de Futebol 5, com a participação de quinze equipas/turmas, as

quais movimentam, semanal-mente, uma média de 150 alunos. As jornadas têm decorrido sob um clima de grande entusiasmo, tendo os jogadores apresentado um elevado nível competitivo e qualidade técnica. É de realçar a participação ativa de dezenas de alunos que, de for-ma efusiva, têm manifestado apoio à equipa da sua turma, con-tribuindo, assim, para um am-biente lúdico e recreativo à volta das competições.

Na organização de todas as ativi-dades, o departamento tem con-tado com a colaboração das tur-mas do Curso Tecnológico de Desporto, que aplicam os conteú-dos das disciplinas específicas, contribuindo, deste modo, para o sucesso das iniciativas, tais como o Mega Sprinter. No Corta-Mato Escolar, realizado no dia 12 de dezembro, partici-param 150 alunos. A Açores Cria-ções Tur'Arte(r) Turismo e Arte-sanato dos Açores patrocinou esta

competição. Os primeiros seis classificados de cada escalão e sexo representarão a escola na fase de Ilha, no mês de janeiro. No âmbito da lecionação do conteúdo «dança» do programa da disciplina de Educação Físi-ca, seis turmas do Secundário participaram, com coreografias, que proporcionaram momentos de rara beleza ao espetáculo co-memorativo dos 25 Anos da ES-Laranjeiras, Versões do Mundo e de Mim.

Departamento de Educação Física e Desporto

O Mega Sprinter, atividade patrocinada pel a Associação de Atletismo de S. Miguel, de-correu no dia 16 de novembro, na pista do Complexo Des-portivo das Laranjeiras. A competição foi organizada pelo Departamento de Educa-ção Física e Desporto. A prova contou, ainda, com o apoio do Conselho Executivo da escola, da Câmara Municipal de Pon-ta Delgada e do Serviço do Desporto de S. Miguel. O Torneio foi dirigido aos alu-nos dos escalões infantis, ini-ciados, juvenis e juniores, de ambos os sexos. De realçar a participação dos alunos do Curso Tecnológico de Despor-to (10ºD e 11ºD), na organiza-ção do evento. Rui Durão e Fernando Melo foram responsáveis pela for-mação dada aos alunos do 11.º D, a fim de desempenha-rem as funções de juízes nessa competição. O Mega Sprinter contou com 115 atletas, sendo 66 masculi-nos e 49 femininos. Rui Durão e Fernando Melo foram responsáveis pela for-mação dos alunos que desem-penharam as funções de juí-zes nessa competição.

Mega Sprinter

HAPPY th ANNIVERSARY, ESLaranjeiras!Departamento de Línguas Germânicas

O Departamento de Línguas Germânicas associou-se às come-morações dos 25 anos da escola, tomando como tema a nossa diáspora. Países como o Canadá, as Bermudas e os Estados Unidos da América são a casa de várias comunidades açorianas que se distinguem, como ilhas, no todo destes territórios estrangeiros. Quem nunca vestiu uma "suera" ou comeu umas "gamas"? Tal como os homens e as nações, também as palavras e as famílias têm a sua história. Neste caso, uma família em particular: a Fa-mília Cabral de Mello. No dia 12 de dezembro, a Biblio-teca da nossa escola acolheu, com muito agrado, Mestre José de Al-meida Mello, Diretor da Bibliote-ca Municipal de Ponta Delgada, para o lançamento do seu mais recente livro, A Gestão de uma Coleção Privada - Casa Cabral de Mello. O livro, com prefácio do Dr. Diogo Gaspar - Diretor do Museu da Presidência da Repú-blica, foi apresentado pela Dr.ª Margarida Andrade. A Família Cabral de Mello, exemplo da diáspora, deixou no seu espólio uma coleção de afetos com signi-ficado histórico. Foi com grande atenção que os nossos alunos ou-viram este autor, colocando, se-guidamente, algumas questões e percebendo a importância de va-

lorizar a cultura e a identidade do povo açoriano nesta homenagem à Emigração. Por ser Natal, realizou-se um concurso de Calendários do Ad-vento. Este costume foi iniciado pelos Luteranos alemães no sé-culo XIX, os quais, começando a 1 de dezembro, faziam a conta-gem regressiva até à véspera de Natal, utilizando pequenas jane-linhas.

No dia 13, o departamento parti-cipou no lanche intercultural, disponibilizando a receita das bo-lachas de gengibre, usadas para decorar a árvore de Natal e referi-das em diversos contos alemães e nórdicos. O aluno Carlos Baião, do 10.º ano,cantou o tema «Noite Feliz» em alemão, abrilhantando o es-petáculo multicultural Nesta es-cola cabe o mundo.

04 DEZEMBRO DE 2011

Recordar para Ser O papel da memória na sociedade do efémeroNo dia 13 de dezembro, este de-partamento promoveu um con-junto de atividades, integrado na Semana das Comemorações dos 25 anos da ESLaranjeiras, com vista à revalorização dos conceitos de Memória, Identi-dade e Saber, que perderam paulatinamente o seu valor numa sociedade que privilegia o efémero. Com este propósito, a pedido dos docentes de Filosofia e de Histó-ria, os alunos não só escolheram

personalidades nacionais e in-ternacionais que deixaram uma marca indelével no saber e na cultura entre 1986 e 2011, mas também acontecimentos que mudaram o rumo da sociedade (a queda do Muro de Berlim e o desastre nuclear de Chernobyl). Os melhores trabalhos dos alu-nos foram expostos no átrio principal da escola. No anfiteatro foram apresenta-dos trabalhos subordinados aos temas «Conflito de Gerações» e

«Espiral da Memória». O pri-meiro procurou ilustrar, a partir de pequenos quadros, as princi-pais diferenças educacionais ocorridas nas últimas décadas em Portugal; o segundo preten-deu suscitar a reflexão acerca da importância da Memória na construção da nossa identidade coletiva e individual, recorrendo a textos representativos do pen-samento ocidental. Foi ainda de-clamado o poema «Pedra Filoso-fal», de António Gedeão.

Estas atividades do grupo de Filo-sofia, muito apreciadas pela co-munidade educativa, tiveram a colaboração de outros docentes. Os professores do grupo de EMRC organizaram um concur-so de mensagens alusivas ao Es-pírito Santo. Com esta iniciativa, pretenderam agradecer ao Divi-no a sua ação incentivadora, for-talecedora e consoladora sobre todos os que se colocaram/ colo-cam ao serviço da comunidade em que estão inseridos.

Departamento de Ciências Sociais e Humanas

Memórias Afetos Olhares SaudadesNOME: ROSA MACHADO Professora de Filosofia

Espetáculo Multicultural Poesia, Música e Dança Nesta Escola Cabe o MundoSob o tema «Nesta escola cabe o mundo», o departamento pro-moveu um espetáculo multicul-tural, no dia 13 de dezembro, no nosso anfiteatro. A cantora moçambicana Vânia Dilac abriu a sessão, com a mú-sica «Mãe Negra», tendo sido acompanhada pelo guitarrista Clayton. Interpretaram excertos do cântico «Noite Feliz», em ale-mão (Stille Nacht) e em castelha-no (Noche de paz), os alunos Car-los Baião e Frederico Silva, respe-tivamente. As alunas Angélica Soares e Laura Vargas cantaram, respetivamente, os temas «Soda-de» e «White Christmas». Foram declamados poemas dos seguintes autores: Helena Co-lody, da Ucrânia; Daniel Filipe, de Cabo-Verde; Luís Gonzaga, do Brasil e Wang Yei, da China. A língua portuguesa foi representa-da quer através de poemas e qua-dras populares, quer da fábula tradicional de Moçambique «Por que razão as girafas têm o pesco-

Departamento de Línguas Românicas Será a hora da partida uma hora feliz?

Cheguei à Escola das Laran-jeiras tinha 46 anos, mas, ten-do iniciado a minha carreira tardiamente, sentia, ainda, todo o entusiasmo e energia para dar o melhor de mim mesma. Não quero embelezar o meu percurso nesta minha tão querida escola com o véu da saudade antecipada de quem vai partir, mas seria negar-me se não admitisse que, tantas vezes ao cruzar o átrio, sentia ir deixando para trás os problemas, maiores ou menores, que nos inquietam os dias. A mi-nha escola foi o espaço onde encontrei as amizades sin-ceras para a vida e onde par-tilhei de coração aberto os meus saberes. Sei que sou muito feliz por poder dizer que nunca estive só. Quero sentir-me bem pelo que fiz durante estes últimos vinte anos e, também, por ter aceitado que chegou o mo-mento de afirmação de uma nova geração de professores. Hora feliz? O futuro o dirá!

NOME: ILDA BETTENCOURT Professora de Português e de Francês

ço tão comprido?». Todas estas atividades foram protagonizadas por alunos do 8.ºD e 10.ºF. A aluna Wu Yushan falou do fe-riado chinês Chong Yang jie, de-dicado ao Idoso, recitando, de-pois, um poema em mandarim. O aluno Hamza Ahmed declamou um poema tradicional do Paquis-tão, na sua língua natal, o urdu. O espetáculo terminou com a Dan-

ça do Dragão, liderada por Rui Dong. Procedeu-se, ainda, à entrega de prémios e certificados de partici-pação nos concursos «25 Anos/ 25 Palavras», «O melhor da minha escola é….» e «Cabazes de Natal.»

Em parceria com a Comissão de Apoio à Integração dos Imigran-tes, serviu-se um lanche com iguarias dos PALOP, Brasil, Ale-manha, Ucrânia e China. Por fim, o Pai Natal distribuiu prendas aos mais pequeninos.

Cinco lustros são passados Desde que a escola abriu. Quatro deles lá andei, Mas há três anos a deixei, Porque a idade não perdoa E, por muito que me doa, De ensinar me aposentei. Mas sempre que lá vou Sou tratada com carinho Por todos os que lá estão E que trouxe no coração: Funcionários e colegas, a todos deixei com pesar. Programamos o futuro De médicos e doutores, Advogados e professores E tantas outras profissões. O conselho diretivo Procura ser bem ativo Para não haver confusão Na sua condução. Quem dela mal falar Só inveja pode ter, Pois é uma boa escola, Motivada e empenhada P’ra excelência alcançar.

05DEZEMBRO DE 2011

1 alunos do 1.º Ciclo na ESLaranjeiras A Ciência explicada aos mais jovensNo passado dia 14 de dezembro, este departamento homenageou Rómulo de Carvalho/António Gedeão. A dinamização desta sessão, integrada nas comemora-ções dos 25 anos da escola, esteve a cargo do grupo de Física e Quí-mica que, para o efeito, convidou Maria Leonor Bastos Rego Costa, que até ao ano letivo anterior foi professora da nossa escola, para dar uma aula aberta sobre o ho-menageado. Na sua aula, Leonor Rego Costa, para além de apresentar alguns dados biográficos, referiu algu-mas das obras de Rómulo de Car-valho, tanto as de caráter literário, como as de caráter científico. A aula terminou com a exemplifica-ção de como Rómulo de Carvalho abordava o tema "Natureza cor-puscular da matéria". Durante a sessão, foram lidos quer pela oradora, quer por Ana Maria Decq Mota alguns poemas de António Gedeão. Como o nome de Rómulo de Carvalho foi imortalizado atra-vés da comemoração do Dia Na-

Departamento de Ciências Físico-Químicas e Geográficas ESLaranjeiras Construindo um caminho seguro

Há vinte e cinco anos surgiu o sonho. Escola nova, de raiz, qual árvore que planta-mos. Era um sonho para qualquer profissional de educação. Pequena, em po-pulação. Bem apetrechada. Davam-se os primeiros pas-sos na informática. Éramos uma família. Alunos disci-plinados, professores e fun-cionários empenhados. Não nos deparávamos com a so-brecarga burocrática que hoje impera em todas as es-colas. Existia tempo para estudar-mos e nos atualizarmos, com vista à nossa realização profissional e em benefício do nosso público alvo - os alunos. Nos anos 90 surge a Reforma Educativa. Percor-remos o país, colhendo fru-tos que depois distribuímos. Em 2001, representámos Portugal na NASA. Expe-riência única. Hoje, já fora de portas, dese-jo que a ESLaranjeiras conti-nue a dar passos certeiros no futuro.

NOME: LEONOR REGO COSTA Professora de Físico-Química

Um programa em (com)passo(s) de esperaConferência: Santana Castilho

Perante uma assembleia consti-tuída essencialmente por docen-tes da ESLaranjeiras, Santana Castilho, com o seu verbo lúcido e contundente, caracterizou o en-sino em Portugal, definindo, na esteira do seu livro O ensino Pas-sado a Limpo, prefaciado por Passos Coelho, o que urge fazer para debelar a crise endémica do ensino em Portugal. Parafraseando Sérgio Godinho, o conferencista desafiou a classe docente a deixar que a raiva lhe

nasça nos dentes, não pactuan-do com o achismo dos políticos, que, movidos por interesses elei-toralistas, a transformaram numa força que se verga a con-tento deles. Porque nunca foi de-finida a função da escola, tudo se lhe pede. Não é, portanto, por falta de diagnósticos que a crise se instalou. Falta, isso sim, a vontade política geradora de uma visão prospetiva e consen-sual sobre o rumo a dar à edu-cação das gerações futuras.

Passar a limpo o ensino impli-ca delimitar conceitos. Assim, ensinar e educar têm significa-dos distintos. Se compete ao Es-tado definir o acervo de conhe-cimentos que uma geração deve transmitir às vindouras, não lhe é assistido o direito de se arro-gar em educador. Essa não é a missão da escola pública. A revi-são de conceitos proposta abrange igualmente a expressão "ensino obrigatório". É errado entendê-la como sinónimo de

manter na escola, à força, quem não quer lá estar ou não tem ca-pacidade para prosseguir estu-dos, porquanto esta situação apenas acrescenta violência e indisciplina à escola. A dimensão da crise que afeta o ensino em Portugal impõe que desmistifiquemos o discurso, so-cialmente validado, de que é pos-sível vencer sem esforço. Não se aprende sem sacrifício, disciplina e trabalho. Contudo, a escola ja-mais será apelativa, se os percur-

sos escolares desembocarem no desemprego. Não menos urgente é, asseverou, acabar com as falsas oportunidades, certificando, por imperativos estatísticos, saberes não adquiridos. Passar a limpo o ensino é tam-bém dignificar os professores, desvincular a avaliação do seu de-sempenho de uma lógica empre-sarial, investir na formação ini-cial. Um programa em (com)passos de espera.

cional da Cultura Científica, o grupo de Física e Química deci-diu dedicar a segunda parte do seu dia à divulgação da ciência junto dos mais novos. Para o efeito, organizou um espetáculo, intitulado "Ciência Divertida", destinado a 120 alunos do 1.º ci-clo do ensino básico do concelho

de Ponta Delgada, tendo este sido integralmente apresentado por alunos dos 8.º e 10.º anos de escolaridade. Esta atividade pretendeu ser um marco motivador e inspirador para o desenvolvimento científi-co dos alunos, que interagiram, de forma espontânea e diverti-

da, com os "cientistas" de serviço. Numa disputa entre o conceito de magia e ciência, esta última saiu vencedora, e todos se renderam às divertidas apresentadoras. No final, nem o Pai Natal faltou, aparecendo para distribuir pe-quenos lanches aos alunos convi-dados.

06 DEZEMBRO DE 2011

Conhecimento científico Um dos pilares da cidadania ativa

Pensar que a Biologia e a Geolo-gia se esgotam em exaustivas des-crições de plantas, animais, ro-chas e minerais é não acompa-nhar a evolução dessas áreas do saber científico. Na verdade, a so-ciedade da informação global e a tecnologia assentam no estudo e na investigação dos processos da Vida e dos materiais geológicos da Terra. Disso depende o pro-gresso da civilização humana. Conceitos fundamentais da mo-

dernidade, como a melhoria da qualidade e esperança de vida, o avanço no diagnóstico e tera-pia de doenças, a produção de bioprodutos (insulina), a utiliza-ção de técnicas de manipulação genética, a luta biológica, o au-mento da produtividade e quali-dade alimentar, a melhor previ-sibilidade e proteção civil das populações face a eventos sísmi-cos e vulcânicos, o turismo de natureza e a proteção dos ecos-

sistemas, as energias renováveis, tudo isto, e muito mais, faz par-te de uma estratégia planetária de valorização e aplicação do sa-ber científico da Biologia e Geo-logia no desenvolvimento sus-tentável do planeta. Assim, este departamento cele-brou o Dia Nacional da Floresta Autóctone com a exibição de um documentário produzido pelos seus docentes, com a exposição de plantas endémicas e com

uma palestra sobre a floresta dos Açores. Nos atuais currículos escolares, é relevada a importância do conhe-cimento científico na formação dos indivíduos, o qual deverá ser visto como uma ferramenta de participação e integração do cida-dão na competitiva sociedade atual. Quem não conhece o mun-do da ciência, dificilmente colabo-rará na edificação de uma socieda-de mais culta e harmoniosa.

Departamento de Ciências Naturais Evocação lúcida e comovida

Ao celebrar as bodas de pra-ta da ESLaranjeiras, não posso deixar de me congra-tular com tão notável even-to. Há uma voz em mim que não posso calar. É que esta Escola modelo, como a desi-gnavam, marcou-me, pro-fundamente. Quando lá en-trei, em 1987, surpreendeu-me, grandemente, o modo inovador da sua organiza-ção. Não havia hipótese de cada qual escapar às suas obrigações. Mas o mais im-portante foi a afetividade que lá se respirava. A ordem, a disciplina e a ex-celente camaradagem da fa-mília escolar são uma me-mória que o tempo não con-segue apagar. Lá, terminei a minha carreira, com a cons-ciência tranquila de ter cum-prido os meus deveres pro-fissionais. A minha gratidão vai para a Comissão instaladora e con-selhos executivos seguintes. E agora? Resta a saudade!

NOME: LOURDES PACHECO Professora de Biologia

Expor para divulgar Um incentivo à criatividadeNo âmbito da comemoração dos 25 anos da ESLaranjeiras, o Departamento de Artes e Tec-nologias contribuiu, com inú-meras atividades, para a inscri-ção desta efeméride na memó-ria futura. Os docentes Isabel Pimenta e Ricardo Baptista coordenaram a construção de painéis alusivos ao Natal, elaborados pelas tur-mas UNECA A e B e PCA 1 e 2, que podem ser apreciados na entrada do refeitório da escola. As turmas do 7.º ano, nas aulas de Educação Visual, ministra-das pelo docente Miguel Gon-çalves, elaboraram postais no âmbito do concurso "Postais de Natal", os quais podem ser vis-tos, por toda a Comunidade Educativa, no átrio principal da escola. Os professores Pedro Alvernaz e António Machado, em colabo-ração com as turmas do 8.º D e 9.º G, executaram, nas aulas de

Educação Tecnológica, um dra-gão chinês, que foi utilizado na «Dança do Dragão» no espec-táculo «Nesta escola cabe o mundo». Os figurinos das personagens que interpretaram a lenda ca-boverdiana «Unine» no espetá-culo Versões do Mundo. Para além disso, a caraterização das referidas personagens esteve a cargo da docente de Educação Visual e Tecnológica, Ana Ma-deira, coadjuvada pela docente Isabel Pimenta. Esteve patente ao público a «Mostra de trabalhos práticos realizados ao longo de 25 anos». Os utensílios relacionados com a apicultura foram também ex-postos, numa iniciativa do gru-po de Ciências Agro - Pecuárias. Subjacente a todas essas inicia-tivas esteve o desejo de contri-buir para a divulgação dos tra-balhos realizados pelos nossos discentes.

Departamento de Artes e Tecnologias

O grupo de informática, inte-grado no Departamento de Artes e Tecnologias, também se associou às comemorações do 25.º aniversário da Escola Secundária das Laranjeiras. Para o efeito, organizou o «In-forpaper: 25 anos, 25 pergun-tas». Esta iniciativa teve como pú-blico alvo os os discentes do 8.º ao 11.º ano, organizados em equipas constituídas por quatro elementos. A fim de participarem nesta iniciativa, os alunos dos diferentes anos de escolaridade acederam à Plataforma Moodle. A sua participação consistiu em responder a 25 questões sobre a escola. As perguntas incidiram sobre a organiza-ção e o funcionamento desta instituição educativa, desde a sua inauguração até aos dias de hoje. Ganhou o concurso a «SKY», constituída por alunos do 8.º A. O prémio será entregue ,no 2.º período, pelo Conselho Executivo.

Inforpaper

07DEZEMBRO DE 2011

Jantar comemorativo do .º aniversário da ESLaranjeirasNo âmbito da comemoração dos 25 anos da Escola Secundária das Laranjeiras, no dia 16 de de-zembro, decorreu o jantar come-morativo da efeméride. Neste evento estiveram presentes a Di-retora Regional da Educação e Formação, Dra. Graça Teixeira, os docentes que integraram a primeira Comissão Instaladora da escola, o representante da Presidente da Câmara Munici-pal de Ponta Delgada, Dr. Mi-guel Brilhante, os docentes re-

presentantes dos órgãos de ges-tão e demais participantes, que muito contribuíram e contri-buem para o sucesso e desenvol-vimento da escola. Primando pelo bom gosto e pro-fissionalismo, aliados a uma ementa regional moderna e ino-vadora, o jantar foi servido e con-fecionado pelos alunos dos cur-sos do PROFIJ de Cozinha e Mesa. A decoração do espaço foi da responsabilidade Maria da Apresentação Teves.

Os cursos de Profij no seu melhor

PROFIJ: instrumento de combate ao insucesso escolar

O Programa de Formação e Inserção de Jovens (PROFIJ) é uma aposta da Escola Se-cundária das Laranjeiras des-de 2001 para diversificar a oferta formativa, indo ao en-contro das solicitações dos alunos e das novas exigências do mercado de trabalho. O PROFIJ constitui, tam-bém, um instrumento de combate ao insucesso e ao abandono escolares, recondu-zindo ao sucesso educativo to-dos os(as) jovens que apostam na sua formação pessoal e profissional. Neste ano letivo, estão inscri-tos 122 formandos no PRO-FIJ, em diversas áreas de for-mação (Hotelaria, Informáti-ca, Eletrónica e Automação, Produção Agrícola e Animal), frequentando os cursos de Co-zinheiro(a), Empregado(a) de Mesa, Instalação e Reparação de Computadores, Operador Agrícola, de nível II; Instala-ção e Gestão de Redes Infor-máticas e Técnico de Produ-ção Agrária, de nível IV.

Oferta formativa em 1/11

Criando laços com a Matemática Campeonato Regional dos Jogos Matemáticos (1.ª fase)

No dia dezasseis do corrente mês, os professores de matemática e os seus alunos criaram um laço com os Jogos Matemáticos e desfize-ram, um pouco, o mito de que a Matemática não pode ser diverti-da. A alegria, inovação e concei-tos matemáticos constituíram os condimentos de uma verdadeira FESTA. Foi disputada a primeira fase do Campeonato Regional de Jogos Matemáticos, que se realizará no dia 20 de Janeiro, durante a qual os alunos, motivados pela nature-za lúdica das atividades propos-tas, construíram o nó da amizade com a Matemática. Foram esco-lhidos, através de eliminatórias, os que representarão a nossa es-cola no referido Campeonato. Além disso, a comunidade esco-lar teve ainda a oportunidade de jogar ao «Avança e Recua», ao «Semáforo», ao «Jogo do Galo», à «Escalada» e à «Roleta da Ma-temática». A adesão foi elevada e, mais uma vez, os alunos brin-

Departamento de Matemática Currículo Regional de Educação Básica

No dia dedicado ao Departa-mento de Matemática, foi pos-sível constatar a articulação es-tabelecida entre os conteúdos do programa da disciplina e as temáticas do Currículo Regio-nal do Ensino Básico. Tal fac-to transpareceu da exposição de trabalhos e experiências realizados pelos nossos alunos a propósito do conteúdo iso-metrias. Destaca-se, a esse propósito, a exposição de foto-grafias, captadas por alunos, sobre a calçada de Ponta Del-gada e a construção de um ta-pete típico das nossas festivi-dades religiosas, enfeitado com flores, feitas pela comuni-dade escolar, em Origami. As velas natalícias em forma de poliedros, construídas nas au-las de educação tecnológica, foram pretexto para concreti-zar o estudo do volume de pris-mas e pirâmides. A ervilhaca e trigo, semeados pelos nossos alunos, permitiram fazer o es-tudo da «função crescimen-to», através do recurso à mo-delação matemática.

A Matemática ao serviço da divulgação da cultura açoriana

caram com a Matemática e, de uma forma subtil, interioriza-ram e/ou relembraram alguns dos seus conceitos. Escolhemos os jogos como uma das nossas atividades principais para a co-memoração dos 25 anos, uma vez que estes se revelam eficazes para o desenvolvimento de com-petências básicas na área da Ma-temática e potenciam a aquisi-ção de conceitos que, de outro

modo, seriam mais dificilmente assimilados. As atividades lúdicas foram alta-mente motivadoras e, como refor-ço positivo, os alunos foram pre-senteados com alguns prémios

que se poderão revelar úteis na sua formação académica, e ainda com guloseimas e bolachas em forma-to de algarismos. A festa culminou com a entrega de prémios aos ven-cedores dos jogos.

08 DEZEMBRO DE 2011

No âmbito das comemorações do dia 3 de de-zembro, "Dia Internacional da Pessoa Porta-dora de Deficiência", o Núcleo de Educação Especial da Escola Secundária das Laranjei-ras levou a efeito a "V Semana Educar para a Inclusão", que decorreu nos dias 29, 30 de no-

vembro e 2 de dezembro. Esta iniciativa, que se vem repetindo há cinco anos, é uma ocasião para a comunidade escolar constatar o traba-lho desenvolvido com os alunos deste Núcleo. As turmas envolvidas nesta atividade foram: PCA 1, PAC2, Uneca A e Uneca B.

Os alunos envolveram-se ainda na elaboração de painéis e de decorações natalícias, usando, para o efeito, materiais reciclados. Os alunos, orientados pelos seus professo-res, revelaram um grande empenho e dedi-cação.

V Semana Educar para a InclusãoEducação Especial

Agraciar para incentivar à excelência A valorização do mérito: tema do discurso do presidente do C.E.A nossa sociedade necessita de atos inequívocos da cultura do mérito e do reconhecimento pú-blico quando o desempenho dos cidadãos é relevante. À Escola compete, como célula fundamental do sistema educati-vo, nos termos da lei, valorizar a dimensão humana do trabalho e premiar os alunos que se distin-guem na obtenção de melhores resultados escolares. No ano letivo de 2001/2002, a Escola Secundária das Laranjei-ras instituiu os Quadros de Exce-lência, distinção à qual acedem os alunos de Ensino Básico que obtêm média de 5 e, no nível Se-cundário, no mínimo, média de 18 valores. Em eventos que ocorrem no dia 17 de dezembro de cada ano, quando a nossa instituição co-memora o aniversário da inau-guração oficial, o Conselho Exe-cutivo entrega um prémio aos seus mais distintos alunos, em cerimónia especificamente pre-parada para este fim. A entrega de prémios do Qua-

Agir é um filme produzido pela ESLaranjeiras, no âmbito do Pro-jecto Equal - Agir para Igualdade, no ano letivo de 2008/2009. Foi realizado por Bruno Duarte com base no argumento da alu-na, então finalista, Ana Rita Matias. Teve como principal objetivo es-timular o debate, nas aulas de Formação Cívica, sobre a "Igual-dade de Direitos e Deveres entre

Mulheres e Homens no Trabalho e na Vida". Conta a história de cinco jovens que terão de produzir um traba-lho para a disciplina de Filosofia e que, ao fazê-lo, se confrontam com algumas situações reais de desigualdade, o que altera as suas vidas e os torna mais sensíveis à temática. Estreou no Teatro Micaelense em 20 de dezembro de 2011.

Agir Agitando consciências

Projeto Equal: Agir para a Igualdade

Evocar para homenagear

Viver para celebrar

Que o vosso esforço seja exm-plo para todos nós! Cristina M.ª Tavares Freitas Henrique Miranda Medeiros Joana Amaral Furtado Renata de Amaral C. Raposo Sofia Quental Madaleno Ana Catarina N. Fernandes Ana Rita Tavares Sousa António Medeiros Fernandes Cristiana M.ª Carreiro Rebelo Diana Cabral Teixeira Isabel do Carmo A. Pascoal Lia Fialho Correia Luana Camilo Miranda Margarida Matos Lopes Miguel F. S. Borges de Melo Renata Sofia Pacheco Couto Rui Cabral Morgado Sara Sousa Goulart Ana Filipa M. Fernandes Inês Albernaz Moreira Inês P. da Silveira C. Melo João Rui de Sousa Miguel Manuel João C. Monteiro Mário Cordeiro Fonseca Sara Filipa Machado Raposo Sara Maria Loureiro Melo José Pedro Sousa Batista André Cabral Oliveira Andreia Soares P. F. Barroso Henrique Cordeiro Fonseca Mariana Filipa P. C. M. Teves Ana Filipa Estevão Cordeiro Dário Miguel C. Martins Rodrigo Manuel C. Medeiros

Lista dos Alunos Premiados

dro de Excelência de 2010/2011 reveste-se de um cariz peculiar, porquanto perfaz 10 anos de existência e coincide com a co-memoração das bodas de prata da Escola Secundária das La-ranjeiras. Ao longo desta década, já foram atribuídos 497 prémios, o que é

um sinal demonstrativo de que continuamos a formar cidadãos que no seu quotidiano dão um contributo ao desenvolvimento da nossa sociedade. Assim, foram entregues diplo-mas a 22 alunas e a 12 alunos, bem como uma medalha, da au-toria do designer gráfico João Pe-

dro Vaz de Medeiros, alusiva à efeméride. Também foram envia-das congratulações às famílias dos alunos agraciados. Além disso, foram atribuídos, pela primeira vez, prémios de idêntico teor aos funcionários e docentes que perfizeram, no ano em curso, 25 anos de serviço.

No dia 18 de dezembro p.p., a igreja paroquial de São Pe-dro acolheu todos quantos, em ofício religioso, pretende-ram evocar os elementos da nossa comunidade escolar que já pereceram e celebrar a vida dos que, atualmente, tra-balham na ESLaranjeiras. Assim, o Presidente do Con-selho Executivo reiterou a defesa do caminho da espe-rança, do dinamismo e do in-vestimento nas gerações mais novas como única solu-ção para um futuro promis-sor, agradecendo, por fim, ao reverendíssimo Padre João Maria Brum a oportunidade de concretizar aquela cele-bração.

FICHA TÉCNICA: Equipa Editorial: Graça Meneses e Margarida Freire de Andrade. Colaboraram neste número: Graça Meneses; Margarida F. de Andrade; Gabriela Canotilho; Helena Lopes; Emanuel Franco; Rosa Machado; Teresa Viveiros; Ilda Bettencourt; Teófilo Braga; Leonor Rego Costa; Helena Carreiro; Lourdes Pacheco; João Moura; Sandra Dutra; José Batista; Paula Parece; Segismundo Martins; Bruno Duarte e Ana Dias.