esperma to genes e

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1 WOLFF CAMARGO MARQUES FILHO ESPERMATOGÊNESE EM BOVINOS Monografia apresentada à disciplina “Seminário em Reprodução animal I” do Programa de Pós-graduação em Medicina Veterinária, Área de Reprodução Animal, Curso de Mestrado, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da UNESP – Campus de Botucatu. Docentes Responsáveis: Professor Adj. Sony Dimas Bicudo Professora Adj. Maria Desnise Lopes Botucatu 2006

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Page 1: Esperma to Genes e

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WOLFF CAMARGO MARQUES FILHO

ESPERMATOGÊNESE EM BOVINOS Monografia apresentada à disciplina “Seminário em Reprodução animal I” do Programa de Pós-graduação em Medicina Veterinária, Área de Reprodução Animal, Curso de Mestrado, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da UNESP – Campus de Botucatu.

Docentes Responsáveis: Professor Adj. Sony Dimas Bicudo Professora Adj. Maria Desnise Lopes

Botucatu 2006

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Resumo

A utilização de biotecnologias na pecuária cada vez mais tem se tornado

essencial para o sucesso na atividade. Com a bovinocultura não é diferente, por

isso a importância de conhecermos os aspectos reprodutivos dos bovinos. Para

obtermos resultados satisfatórios com a reprodução, primeiramente, os touros

precisam estar aptos à reprodução, avaliados através de exame andrológico,

método que nos permite analisar a qualidade do sêmen produzido pelos animais.

A compreensão do mecanismo de produção dos espermatozóides – a

espermatogênese - e os fatores que influenciam este processo são essenciais ao

profissional que trabalha na área, tanto para solucionar patologias, mas também

para previní-los. A espermtogenese é um complexo processo, potanto os estudos

realizados sobre o assunto in vivo ou in vitro tornam-se extremamente importantes

para o nosso aprimoramento no assunto. Apesar de bastante estudado, nunca

poderemos considerar o assunto discutido por completo. Pensando nisso, esta

revisão tem o objetivo de expor as peculiaridades da fisiologia durante a formação

dos gametas masculinos.

Palavras-chave: Bovinos, gametogênese, espermatocitogênese,

espermiogênese.

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Sumário

Introdução...............................................................................................................1

Revisão de literatura...............................................................................................4

1. Desenvolvimento fetal e a espermatogênese.......................................................4

2. O mecanismo da espermatogênese.....................................................................5

3. Epitélio Seminífero: Espermatogênese.................................................................6

4. Espermatocitogênese...........................................................................................6

5. Espermiogênese...................................................................................................6

6. Fase de Golgi........................................................................................................7

7. Fase da Capa.......................................................................................................8

8. Fase de Acrossomo..............................................................................................9

9. Fase de Maturação.............................................................................................10

10. Espermiação.....................................................................................................11

11. Duração............................................................................................................12

12. Onda Espermatogênica....................................................................................12

13. Barreira sanguínea-testicular............................................................................13

13.1 Junções celulares................................................................................13

13.2 Camada mióide....................................................................................13

13.3 Junções das células de Sertoli.............................................................13

14. Secreções e fluidos...........................................................................................14

15. Controle endócrino...........................................................................................14

16. Fatores de crescimento....................................................................................15

17. Trânsito epidimário, maturação espermática e armazenamento......................16

Considerações finais............................................................................................16

Referências............................................................................................................16

Page 4: Esperma to Genes e

4

Lista de Abreviaturas

Página 4

FSH – Hormônio folículo estimulante

Página 5

LH – Hormônmio luteinizante.

Página 6

DNA – ácido desoxiribonucléico

Página 8

PAS - reação do ácidoperiódico-schiff

Página 10

ABP – proteína ligante

Página 11

� – alfa

� – beta

Página 12

GNRH – Hormônio estimulante de gonadotrofinas

HPT - hipotálamo

Page 5: Esperma to Genes e

I

Introdução

O sistema reprodutivo masculino é constituído de diversos órgãos

peculiares que atuam em conjunto para produzir espermatozóides e liberá- los no

sistema reprodutor da fêmea . Os órgãos genitais consistem em dois testículos

(cada qual suspenso dentro da bolsa escrotal por um cordão espermático e pelo

músculo cremaster externo); dois epidídimos; dois ductos deferentes; glândulas

sexuais acessórias; e o pênis.

O escroto, junto com os músculos cremasteres e a anatomia vascular das

artérias e veias testiculares, tem como função a proteção e a regulação da

temperatura dos testículos.

É o órgão mais importante do sistema reprodutor masculino e que possui

duas funções primordiais: a produção de espermatozóides, e do hormônio sexual

masculino, (testosterona e outros hormônios como progesterona, estrógeno e

colesterol).

Estas duas funções ocorrem nos túbulos seminíferos, que alcançam cerca

2.000 metros de comprimento (quando desenovelado) e produzem 20.000

espermatozóides por segundo, e nas células intersticiais, ou nas células de

Leydig, que constituem cerca de 7% do volume testicular, e são dependentes dos

hormônios gonadotróficos, ICSH ou LH (hormônio luteinizante) e FSH (hormônio

folículo estimulante), liberados pela adenohipófise (que se localiza na base do

cérebro).

O epidídimo não é apenas um conduto para os espermatozóides, mas

também proporciona um ambiente especial para que estes se amadureçam e

adquiram capacidade de fertilização.

O epidídimo é constituído de cabeça, corpo e cauda. Nos dois primeiros

ocorrem o transporte e a maturação dos espermatozóides. A cauda tem a função

de reservar os espermatozóides. A passagem do espermatozóide através do

epidídimo dura cerca de 10 dias no bovino.

Na cabeça do epidídimo estão localizados cerca de 36% dos

espermatozóides e, no corpo, cerca de 18%. A cauda do epidídimo tem a

Page 6: Esperma to Genes e

II

capacidade de armazenar cerca de 45% até 70% dos espermatozóides,

produzidos diariamente, que aí permanecem até serem ejaculados.

Os que não forem ejaculados serão reabsorvidos e excretados

periodicamente através da urina. Em animais que ejaculam diariamente, o tempo

de permanência dos espermatozóides na cauda do epidídimo é menor e a

quantidade que fica em reserva chega a 25% da produção diária.

As glândulas acessórias contribuem para variação do ejaculado entre as

espécies sendo responsável pela diferença na concentração, no volume e na

característica do ejaculado.São estruturas localizadas na pélvis. As glândulas

vesiculares (âmpolas) são lobuladas e variam de 8 a 10 cm de diâmetro no touro

jovem a até 15 cm no adulto. Nestas estruturas é produzido o plasma seminal que

atua como veículo para conduzir os espermatozóides do trato reprodutivo

masculino para o feminino. O plasma seminal é o maior responsável pelo volume

do ejaculado em bovino, visto que o volume produzido pelo esperma é

relativamente pequeno em relação ao total do ejaculado.

O pênis é o órgão copulador , formado por uma porção denominada corpo,

pelo músculo retrator e pela glande. A glande, na fase pré-púbere, acha-se

aderida ao prepúcio, por um ligamento que desaparece antes da puberdade.O

prepúcio constitui-se de partes externa e interna que se acham ligadas ao pênis,

contendo glândulas para lubrificação. O prepúcio pode ser curto (normal) ou

penduloso, forma freqüentemente observada nos zebuínos.O óstio prepucial é a

abertura através da qual ocorre a exteriorização normal do pênis, não devendo

existir qualquer fibrose que a dificulte ou provoque a retenção do pênis .

O processo de produção de espermatozóides, a espermatogênese, tem

duração de 61 dias, desde a célula primordial até sua maturação

(espermatozóide). A produção normal de espermatozódeis dependem de fatores

ambientais, (luminosidade, temperatura e stress), nutricionais e genéticos.

Erroneamente, pensam que a puberdade significa maturidade sexual.

Alguns animais iniciam sua primeira produção de espermatozóides ainda jovens

(em raças européias ocorre por volta de 9 aos 12 meses, dependendo do manejo

utilizado). Porém não podemos dizer que estes animais estão maduros

Page 7: Esperma to Genes e

III

sexualmente, pois eles ainda não estão na sua normalidade de produção

espermática, e as vezes não apresentam estrutura corporal para efetuar a cópula

completa .

Além daquelas alterações na qualidade do sêmen, provindas da utilização

indescriminada de corticóides, como a dexametasona, que funcionaria como

agente estressor provocando uma espermatogênese anômala (HORN et al.,

1997).

Portanto, há de se avaliar muito bem um reprodutor, antes de colocá-lo no

trabalho de reprodução. Um reprodutor jovem aos 16 meses de idade, pode ter

peso e estrutura para cobrir uma fêmea; porém invariavelmente, não podemos

considerá-lo como um touro maduro; para soltá-lo na vacada tem que ser muito

bem analisado, e quando isso ocorrer tem que ter um melhor acompanhamento.

Há de se avaliar muito bem um reprodutor, antes de colocá-lo no trabalho de

reprodução.

A produção diária de espermatozóides no touro adulto é da ordem de 12 a

14 bilhões.

Um baixo desempenho reprodutivo determina menor produção de leite e de

bezerros, incremento na despesa de manutenção de vacas secas, taxa de

descarte mais elevada e maior número de doses de sêmen por concepção (LEITE

et al., 2001). Desempenho baseado inicialmente na produção dos

espermatozóides durante o mecanismo da espermatogênese.

Na pecuária bovina, o macho é acasalado com um grande número de

fêmeas. Por isto, o uso de touros de baixa fertilidade, inférteis ou de qualidade

genética inferior, pode acarretar sérios prejuízos aos criadores, levando a um

maior intervalo entre partos das vacas e ou produção de filhos de baixa qualidade.

Antes da aquisição de um reprodutor deve-se definir a raça e o grau de

sangue, em função da qualidade ou tendência racional do rebanho existente e da

finalidade a que se propõe. É importante considerar, também, a região e

condições de manejo da propriedade, além da qualidade do seu sêmen, condição

sinequanão para um bom reprodutor.

Page 8: Esperma to Genes e

IV

O espermatozóide representa somente um dos diversos passos de uma

série de mudanças complexas que envolvem todo o processo da

espermatogênese.

O ciclo espermatogênico tem início com uma célula tronco ou

espermatogônia tipo A. No túbulo seminífero, ocorre diversas mudanças nestas

células iniciais, porém nenhuma área dele possui todos tipo celulalres que

envolvem a espermatogênese, mas sim uma interrelação entre cada porção do

túbulo, para que se complete a metamorfose até os espermatozóides.

Estas asociações celulares que ocorrem durante o ciclo nos túbulos

seminíferos nos permiti dicutir os vários estágios pelo qual as células são

submetidas.

A espermatogenese é um complexo processo, potanto os estudos

realizados sobre o assunto in vivo ou in vitro tornam-se extremamente importantes

para o nosso aprimoramento no assunto.

Revisão bibliográfica

1. Desenvolvimento fetal e a espermatogênese

Durante a vida fetal e neonatal, a gametogênese e a esteroidogênese

paracem independentes, ao passo que no início da puberdade elas se tornam

intimamente relacionadas.

Os testículos, assim como os ovários, possuem dupla função:

espermatogênese e secreção dos hormônios esteróides. Sendo, a

espermatogênese, estimulada pelo Hormônio Folículo Estimulante (FSH) e

aumentada pela ação dos andrógenos, principalmente a testosterona.

A estrutura básica dos testículos permanece inalterada desde a

diferenciação sexual até o início da puberdade. Os cordões seminíferos são

delimitados por células de sustentação, enquanto que as células germinativas

indiferenciadas ou gonócitos ocupam a parte central.

Page 9: Esperma to Genes e

V

O tecido intersticial que preenche o espaço entre os cordões sexuais é

composto de células alongadas do tipo conjuntivo e de células esteroidogênicas,

reconhecidas por um retículo liso abundante e pela presença de mitocôndrias com

cristas tubulares. As células de Leydig secretam andrógenos logo que a função

gonadotrófica seja desencadeada. Contudo, as células de Leydig são sensíveis às

gonadotrofinas e sua atividade esteroidogênica contínua dependente intimamente

da secreção gonadotrófica. Em bovinos, a secreção de gonadotrofinas tem início

com 45 dias e, as células de Leydig fetais são rapidamente estimuladas pelo LH e

a testosterona até a regressão da função gonadotrófica (HAFEZ, 1982).

No início da puberdade recomeça a secreção de gonadotrofinas e as

células de Leydig são reativadas. Em suínos, as células de Leydig que foram

ativadas durante a vida fetal e neonatal, ocupam grandes áreas entre os túbulos,

enquanto que após a puberdade, as células peritubulares é que são mais ativas

(VAN STRAATEN e WENSING, 1978). Esta observação tende a dar reforço a

hipótese há muito debatida de que existem duas populações de células de Leydig,

uma fetal e outra na puberdade.

Do ponto de vista prático, um animal macho atinge a puberdade quando for

capaz de emitir gametas e de manifestar seqüências completas de

comportamento sexual. Basicamente, a puberdade é o resultado de um

ajustamento gradual entre a atividade gonadotrófica em crescimento e a

habilidade das gônadas de simultaneamente a esteroidogênese e a

gametogênese.

No início da puberdade, os níveis de secreção gonadotrófica aumentam sua

amplitude e freqüência pulsáteis (FOSTER et al., 1978; LACROIX et al., 1977).

Com duas a oito semanas de idade as freqüências pulsáteis de cordeiros

aumentam de um a cinco em um período de seis horas.

No macho, a testosterona aumenta progressivamente desde os níveis muito

baixos até os de adulto, em resposta à secreção de gonadotrofinas. O alcance da

secreção de testosterona aumenta à medida que a puberdade avança, e

finalmente os níveis médios de testosterona permanecem definitivamente altos.

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VI

Para uma espermatogênese “ótima” os testículos dos mamíferos devem

descer para a bolsa escrotal.

2. O mecanismo da espermatogênese

A espermatogênese é o processo pelo qual os gametas masculinos, os

espermatozóides, são produzidos. Este processo ocorre de maneira contínua

durante a vida sexual ativa dos animais nos testículos, os quais estão dispostos

simetricamente em cada lado da linha média. Tem o formato de um grão de feijão,

sua coloração varia de branco a amarelo e prateado, no macho imaturo, ao branco

puro, durante a vida sexual ativa.

3. Epitélio Seminífero: Espermatogênese

O epitélio seminífero, delineado pelos túbulos seminíferos, é composto de

dois tipos celulares básicos: as células de Sertoli e as células germinativas em

desenvolvimento.

As células sofrem uma série contínua de divisões celulares e modificações

de desenvolvimento, começando na periferia e progredindo em direção à luz

tubular. As células tronculares, chamadas espermatogônias dividem-se por várias

vezes antes de formarem espermatócitos. Os espermatócitos então passam pelo

processo de meiose, reduzindo o conteúdo de DNA das células à metade daquele

das células somáticas. Esta série de divisões celulares é conhecida por

espermatocitogênese.

As células haplóides resultantes deste processo são chamadas de

espermátides, as quais sofrem uma série progressiva de modificações estruturais

e de desenvolvimento dando origem aos espermatozóides. Tais modificações

metamórficas são conhecidas por espermiogênese.

As células germinativas em desenvolvimento estão intimamente associadas

com as grandes células de Sertoli ou células sustentaculares que as envolvem

durante o desenvolvimento.

Page 11: Esperma to Genes e

VII

4. Espermatocitogênese

Durante o desenvolvimento embrionário, células especiais chamadas

células germinativas primordiais migram da direção do saco vitelíneo do embrião

para as gônadas indiferenciadas.

Depois de atingir a gônada fetal, as células primordiais dividem-se várias

vezes antes de formar as células chamadas gonadócitos. No macho, estes

gonócitos parecem sofrer uma diferenciação imediatamente antes da puberdade

para formar o tipo de espermatogônia A0 das quais originam-se outras células

germinativas.

O tipo de espermatogônia A1 divide-se progressivamente para formar o tipo

A2, tipo A3 e tipo A4. O tipo A4 divide-se novamente para formar espermatogônias

intermediárias (tipo In) e então novamente para formar o tipo B de

espermatogônia.

Estes vários tipos espermatogônias que podem ser identificados em cortes

histológicos de epitélio seminífero são a base para a proliferação da linha celular

germinativa.

Existe alguma variação em relação à classificação das espermatogônias, e

algumas espécies são evidentes apenas três e não quatro tipos de

espermatogônias.

O tipo de célula A2 não apenas se divide para produzir muitas células

germinativas que eventualmente formam espermatozóides, porém julga-se

também que haja uma divisão específica para repor a população de células

tronculares das espermatogônias do tipo A1. Parece que uma reserva especial de

células tronculares tipo espermatogônia A0, repões a população de células

tronculares.

A espermatogônia tipo B dividi-se pelo menos uma vez e provavelmente

duas para originar os espermatócitos primários. Os espermatócitos primários

duplicam o seu DNA e sofrem modificações nucleares progressivas de prófase

meiótica conhecidas por pré-leptóteno, leptóteno, zigóteno, paquíteno e diplóteno

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VIII

antes de devidirem-se para formar espermatócitos secundários. Sem outra síntese

de DNA, os espermatócitos secundários resultantes dividem-se novamente para

formar as células haplóides, conhecidas por espermátides. Todo processo de

espermatocitogênese divisional, desde espermatogônia até espermátide, leva

aproximadamente 45 dias no touro. Todavia estas divisões são incompletas desde

que pequenas pontes citoplasmáticas ou intercelulares ficam retidas entre a

maioria das células de uma série ou de um “clone” de células germinativas de

células de desenvolvimento (BLOOM e FAWCETT, 1975). Julga-se que estas

pontes sejam importantes na coordenação do desenvolvimento simultâneo de

células germinativas como um grupo.

5. Espermiogênese

As espermátides arredondadas são transformadas em espermatozóides

através de uma série de modificações morfológicas progressivas conhecidas como

espermiogênese. Estas modificações incluem condensação da cromatina nuclear,

formação da cauda espermática ou aparelho flagelar, e desenvolvimento da cauda

acrossomal.

Os vários estágios de desenvolvimento da transformação espermática são

classificados através da reação do ácidoperiódico-schiff (PAS) para corar os

componentes do acrossomo em desenvolvimento em cor vermelha acentuada.

São notadas quatro fases neste processo de desenvolvimento: a fase de Gole, a

da capa, a acrossomal e a fase de maturação.

6. Fase de Golgi

Fase da espermiogênese é caracterizada pela formação de grânulos pró-

acrossomais PAS-positivos, dentro do aparelho de Golgi, a convalescença dos

grânulos dentro de um único grânulo acrossomal, a aderência do resultante

grânulo acrossomal ao envelope nuclear, e os estágios primários do

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IX

desenvolvimento da cauda no pólo oposto ao da aderência do grânulo

acrossomal.

O centríolo proximal migra aproximadamente ao núcleo local onde se julga

que ele forme uma base para a união da cauda à cabeça.

7. Fase da Capa

Caracterizada pela difusão dos grânulos acrossomais aderentes sobre o

núcleo da espermátide.

Este processo continua até que aproximadamente 2/3 da porção anterior de

cada núcleo da espermátide seja recoberto por um envoltório fino de dupla

camada que se adere intimamente ao envelope nuclear. Durante esta fase de

capa os componentes de axonemas em desenvolvimento na cauda, formados a

partir de elementos do centríolo distal, alongam-se além da periferia do citoplasma

celular. Durante o desenvolvimento precoce, o axonema assemelha-se bastante à

estrutura de um cílio já que ele consiste de dois túbulos centrais circundados

perifericamente por nove pares de túbulos.

8. Fase de Acrossomo

Caracterizada por modificações nos núcleos, acrossomos e nas caudas das

espermátides em desenvolvimento. As modificações de desenvolvimento são

favorecidas pela rotação de cada espermátide de modo que o acrossomo é

direcionado em à base ou à parede externa do túbulo seminífero, e a cauda por

sua vez em direção ao lúmen.

As modificações nucleares incluem a condensação da cromatina dentro de

densos grânulos e a modificação da forma do núcleo esferoidal em uma estrutura

alongada e achatada. O acrossomo, externamente aderente ao núcleo, também

se condensa e se alonga a fim de corresponder à forma do núcleo. Estas

modificações na forma de núcleo e do acrossomo parecem ser “moldadas” pelas

células de Sertoli circundantes. As modificações morfológicas são levemente

Page 14: Esperma to Genes e

X

deferentes para cada espécie, resultando assim em espermatozóides e

espermátides alongadas, as quais são caracterizadas para cada espécie.

As modificações na morfologia nuclear são acompanhadas pelo

deslocamento do citoplasma para a região caudal do núcleo, onde ele circunda a

porção proximal da cauda em desenvolvimento. Dentro deste citoplasma, os

microtúbulos associam-se para formar uma bainha cilíndrica temporária chamada

“manchete”, a qual se projeta posteriormente da porção caudal do acrossomo,

onde ele circunda frouxamente o axonema. Dentro da manchete cilíndrica, uma

estrutura citoplasmática especializada chamada corpo cromatóide condensa-se ao

redor do axonema formando uma estrutura semelhante a um anel, conhecido por

“annulus”. Este, em primeiro lugar, forma-se próximo ao centríolo proximal e então

durante o desenvolvimento subseqüente migra posteriormente ao longo da cauda.

As mitocôndrias, previamente distribuídas através do citoplasma das

espermátides, começam a centrarem-se próximas ao axonema, formando a

bainha que caracteriza a peça intermediária da cauda.

9. Fase de Maturação

Envolve a transformação final das espermátides alongadas e células que

são liberadas para dentro da luz dos túbulos seminíferos. A modificação da forma

do núcleo e do acrossomo de cada espermátide, iniciada na fase prévia, produz

espermatozóides característicos para cada espécie. Dentro do núcleo, os grânulos

de cromatina sofrem progressiva condensação até formarem um fino material

homogêneo que preenche todo o núcleo dos espermatozóides.

Durante a fase de maturação, uma bainha fibrosa contendo nove fibras

grosseiras forma-se ao redor do axonema. Estas fibras grosseiras parecem estar

associadas individualmente aos nove pares de microtúbulos do axonema e têm

continuidade com colunas no colo da peça de conexão da espermátide. A bainha

fibrosa cobre a axonema desde o “annulus" até o início da peça terminal. O

“annulus” migra de sua posição adjacente ao núcleo, distalmente ao longo da

cauda, para ponto onde, subseqüentemente, ele irá separar a peça intermediária

Page 15: Esperma to Genes e

XI

da peça principal da cauda. As mitocôndrias, previamente concentradas ao redor

do axonema, ordenam-se ao longo da peça intermediária formando uma bainha

mitocondrial que cobre as fibras grosseiras previamente depositadas desde o colo

até o “annulus”.

Durante os últimos estágios da espermiogênese, a “manchete” desaparece

e a célula de Sertoli forma então o citoplasma remanescente após o

prolongamento da espermátide em um lóbulo esferóide, chamado “corpúsculo

residual”. Este lóbulo de citoplasma, que permanece ligado a espermátide

alongada por um filete delgado de citoplasma, e também interligado com outros

corpúsculos residuais por pontes intercelulares resultantes da divisão incompleta

das células germinativas durante a espermatocitogênese, uma vê formando o

corpúsculo residual, as espermátides alongadas sofrem a maturação final e estão

prontas para serem liberadas sob a forma de espermatozóides.

10. Espermiação.

A liberação de células germinativas formadas para a luz dos túbulos

seminíferos é conhecida por espermiação. As espermátides alongadas, orientadas

perpendicularmente para a rede tubular, vão sendo expulsas gradativamente para

a luz dos túbulos. Os lóbulos do citoplasma residual por intermédio dos quais

grandes grupos sinciciais de espermátides estão ligados por pontes intercelulares

permanecem embutidos no epitélio.

A expulsão dos componentes espermáticos continua até que apenas uma

delgada haste do citoplasma uma ao colo da célula espermática ao corpo residual

(FAWCETT, 1975). O rompimento da haste resulta na formação da gota

citoplasmática na região da colo dos espermatozóides e na retenção dos corpos

residuais arredondados.

Após a liberação dos espermatozóides, as células de Sertoli se desfazem

rapidamente dos copos residuais embora as células de Sertoli estejam ativamente

envolvidas no processo de espermiação, não está clara ainda a sua precisa

atuação na aparente reciclagem dos componentes protoplasmáticos dos corpos

Page 16: Esperma to Genes e

XII

residuais. As células de sertoli não somente devem fagocitar os corpos residuais

remanescentes do processo espermatogênico, como também removem um

considerável número de células germinativas em degeneração. Isto ocorre porque

o processo espermatogênico é relativamente ineficiente, no sentido de um grande

número de células espermáticas potenciais degenerar-se antes de tornar-se

espermatozóides.

11. Duração

Os vários tipos celulares formam associações celulares que sofrem

modificações cíclicas. No touro, foram descritos doze estágios desse ciclo

(BERNKLTSON e DESJARDINS, 1974).

O ciclo completo dos estágios conhecido por ciclo do epitélio seminífero, e

definido como uma série de modificações em determinada área do epitélio

seminífero que ocorre entre dois surgimentos do mesmo estágio de

desenvolvimento (Clermont, 1963).

A duração do ciclo é de 14 dias no touro (JOHNSON e EVERITT, 1984;

SWIERSTRA et al., 1968) e ocorre de forma uniforme dentro de cada

espécie(SETCHALL, 1978).

12. Onda espermatogênica

Os estágios do ciclo do epitélio seminífero não somente se modificam de

acordo com o tempo, como também ao longo de sua extensão (SETCHELL,

1977). Uma extensão do túbulo em determinado estágio está usualmente em

posição contígua a outras porções correspondentes a outros estágios,

imediatamente procedente ou logo sucessivo a ela em termos de tempo (PEREY

et al. 1961). Esta modificação seqüencial do estágio do ciclo ao longo da extensão

do túbulo seminífero, percebemos que a onda envolve uma seqüência de

estágios, inciando-se com o s menos avançados no meio da alça, até os

progressivamente mis evoluídos mais próximo à “rete testis”.

Page 17: Esperma to Genes e

XIII

13. Barreira sanguínea-testicular

13.1 Junções celulares

Essa barreira permeável protege as células germinativas localizadas dentro

dos túbulos das transformações químicas sanguíneas, uma vez que os túbulos

não são penetrados por vasos sanguíneos ou linfáticos. É constituída pela barreira

incompleta ou parcial das células mióides que circundam o túbulo e as singulares

junções entre células de Sertoli adjacentes (SETCHELL, 1980).

13.2 Camada mióide

A membrana basal ou túnica própria que circunda os túbulos seminíferos

contém uma camada de células mióides contráteis. Não é bem desenvolvida no

touro, o que reduz sua importância para esta espécie.

13.3 Junções das células de Sertoli

É a principal barreira sanguínea-testicular, situada próximo à base celular

apresentam múltiplas zonas de aderência, onde se fundem as membranas

opostas (FAWCETT, 1975). As junções oclusivas dividem os túbulos seminíferos

em dois compartimentos distintos: um compartimente basal contendo

espermatogônia e espermatócitos pré-leptótenos e outro compartimento

“adluminal”, contendo as formas mais avançadas de espermatócitos e

espermátides, que se comunicam livremente com a luz do túbulo (FAWCETT,

1975).

O compartimento basal da livre acesso aos compartimentos que se

penetram na camada mióide. Contudo, o compartimento adluminal demonstra uma

grande variação de permeabilidade de acordo com a substância em questão, o

Page 18: Esperma to Genes e

XIV

que parece importante para a manutenção de um ambiente apropriado para a

função espermatogênica.

14. Secreções e fluidos

As espermátides liberadas na luz dos túbulos são imóveis e varridas dos

túbulos pelas secreções originadas pelas células de Sertoli. O trânsito dentro do

epidídimo parece ser auxiliado pelas secreções da rete testis, pelos elementos

figurados contráteis dos testículos (células mióides e cápsula testicular)

(HARGROVE et al., 1977) e pelos cílios delineando os ductos eferentes.

Este fluido testicular é composto das células de Sertoli e das células

epiteliais que delineiam a rete testis. Todavia, as células de Sertoli são a fonte

predominante de fluidos que deixa os testículos, empurrando solutos para dentro

do compartimento adluminal, formando um gradiente osmótico, constituído por

várias proteínas (ABP) (HANSSON et al., 1976), associado aos

andrógenos,produzidos pelas células de Leydig, os quais colaboram na trânsito

dentro da cabeça do epidídimo.

15. Controle endócrino

As função testicular normal requer estimulação hormonal pelas

gonadotrofinas que por sua vez, são controladas por secreções pulsáteis de

hormônios liberadores de gonadotrofinas (GnRH) do hipotálamos (HPT). Tamanha

a importância do eixo-hipotálamo-hiofisáiro-ganadal. E comprovada quando

realiza-se a hipofisectomia, resultando na cessação da espermatogênese.

Sendo restaurada após tratamento com FSH e LH ou FSH e testosterona,

feito imediatamente a cirurgia em ratos. Em outras espécies, contudo, requerem

FSH em adição ao esteróide para a manutenção da espermatogênese.

Outros hormônios (prolactina, hormônio do crescimento e hormônio

estimulante da tireóide) podem apresentar papéis secundários no suporte à função

Page 19: Esperma to Genes e

XV

testicular embora não existam evidências que comprovem tal fato

(SCHANBACHER, 1984).

A principal ação dos andrógenos parece ser nas células de Sertoli e mióide

e não diretamente nas células germinativas. A dependência aos esteróides é

encontrada pela produção pulsátil de andrógenos pelas células de Leydig, que

estão adjacentes aos túbulos seminíferos .

As células de Leydig são estimuladas por pulsações de LH da hipófise para

a secreção de andrógenos, os quais difundem-se junto as células de Sertoli

adjacentes e são secretados dentro dos vasos, retroalimentando o hipotálamo,

hipófise para bloquear o LH.

O FSH estimula a produção de ABP e inibina pelas células de Sertoli. O

ABP forma complexo ao unir-se aos andrógenos, e é transportado com os

espermatozóides para dentro do epidídimo (GANJAM e AMANN, 1976).

As células epiteliais do epidídimo requerem níveis relativamente altos para

uma boa atividade. A inibina possui efeito retrógrado negativo sobre a secreção de

FSH, porém não sobre a do LH (BLANC et al., 1981). Grande parte da testosterona

é convertida em diidrostestosterona (DHT), pela enzima 5aestreóide, enquanto

outra porção é convertida em esteróides pela aromatize (DORRINGTON e

ARMSTRONG, 1975). Um nível alto de testosterona é necessário a maturação

das espermátides.

16. Fatores de crescimento

Os fatores de crescimento regulam alguns processos reprodutivos, além de

constituir parte do plasma seminal (ADASHI et al., 1991; EARP, 1991; RAPPOLEE

et al., 1989). Os fatores de crescimento que são polipeptídios, legam-se a

receptores nas células específicas em tecidos-alvo. Os quais regulam a

proliferação de vários tipos celulares, influenciando no crescimento do trato

reprodutivo. Alguns destes são: Fator de crescimento epidérmico, Fator de

crescimento fibroblástico, proteína reguladora folicular, inibidor carreador de FSH,

Fator estimulador de colônias de granulócitos, Fator estimulador de colônias de

Page 20: Esperma to Genes e

XVI

macrófagos-granulócitos, inibina F (foliculostatina), Soro de fator de crescimento

semelhante à insulina, inibidor da luteinização, substância inibidora Mülleriana,

GnRH� peptídeo, GnRH� peptídeos, peptídeo do fluido ovariano, fator de

crescimento derivado de plaquetas, fator transformador do crescimento, peptídeo

intestinal vaso ativo.

Em machos, a substância inibidora Mülleriana (MIS) é produzidas pelas

células de Sertoli e provoca a regressão do ducto de Müller, enquanto que nas

fêmeas, inibe a meiose do oócito e bloqueia a degradação espontânea da vesícula

germinativa.

A ativina, potente liberador de FSH, possui mecanismos parácrinos

(hormônio inibidor do crescimento e secreção adrenocorticotrófica) e autócrinos

(secreção estimulante de FSH). Assim como a inibina, a ativina, age também

dentro das gônadas como moduladores autócrinos e parácrinos da produção de

esteróides e hormônio de crescimento.

O fator transformador de crescimento (TGF) regula a função testicular.

Peptídeos endógenos opióides (EOPs) regulam a esteroidogênese, de forma

autócrina e parácrina, e participam no controle hormonal intratesticular da

permeabilidade vascular.

Os neurotransmissores, dopamina, serotonina, norepinefrina e os opióides

cerebrais atuam diretamente na regulação do eixo-hipotálamo-hipófise-gonadal.

17. Trânsito epididimário, maturação espermática e armazenamento

Os espermatozóides são transportados por um duto bastante enovelado,

chamado epidídimo, que transportados espermatozóides distalmente do testículo

para dentro do ducto deferente, como também, submetem os espermatozóides ao

processo de maturação, no qual adquirem habilidade potencial de fertilização.

O processo de maturação envolve modificações funcionais, incluindo o

desenvolvimento da potencialidade para a manter a motilidade, a progressiva

perda d’água, a migração distal, e a eventual perda da gota citoplasmática.

Page 21: Esperma to Genes e

XVII

O transporte dos espermatozóides pelo epidídimo depende das contrações,

estimuladas pelas prostaglandinas (CONSENTINO et al., 1984), e perdura cerca

de sete dias no touro, sendo reduzido pela maior freqüência de ejaculações. Os

elementos contráteis da parede do epidídimo apresentam diferenças regionais de

tal modo que os componentes das células musculares lisas aumentam

progressivamente a partir a partir da cauda do epidídimo para o vaso deferente

(BEDFORD, 1975).

O desenvolvimento da capacidade progressiva da motilidade espermática

reflete como modificações quantitativas e qualitativas nos padrões metabólicos do

aparelho flagelar, nos padrões da flexibilidade e movimento dos seus flagelos.

Com isso, a importância do fator quiescente, que prolonga a sobrevivência

espermática, ao prevenir um metabolismo desnecessário.

Silva et al. (2003) verificaram maiores taxas de defeitos totais nos

espermatozóides do epidídimo quando comparados aos esperamtozóides do

ejaculado de bovinos.

Não devemos esquecer a capacitação espermática, que garante a real

capacidade de fertilização pelos espermatozóides, ocorre somente no trato

reprodutivo feminino. Sendo assim, os espermatozóides retirados da cabeça do

epidídimo, não dotados de motilidade, mas de movimentos natatórios circulares,

incapazes de movimentos vigorosos unidirecionais.

O desenvolvimento da habilidade fertilizante está associado com

modificações em vários aspectos da integridade funcional dos espermatozóides:

desenvolvimento do potencial para manter a motilidade progressiva, alteração dos

padrões metabólicos e a situação estrutural de específicas organelas da cauda,

modificações na cromatina, modificações na natureza da superfície da membrana

plasmáticas, movimentação e perda da gota protoplasmática, modificação da

forma do acrossomo (em algumas espécies) (BEDFORD, 1975).

Considerações finais

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XVIII

Para melhor entendimento da importância das causas que estão

contiribuindo para os baixos índices reprodutivos e, conseqüentemente, propor

medidas para sua melhoria há necessidade de mais estudos/experimentos para

identificarmos os reprodutores ideais, definir a vida útil destes animais e avaliar os

efeitos do manejo, ambiente sobre os aspectos que tangem a fertilidade

especificamente dos touros.

Mas independente destes estudos, nós profissionais e criadores, devemos

implantar um sistema de monitoramento, que indiquem a real situação enfrentada

pelos animais, retirando do rebanho os inférteis. Além, da preocupação com uma

satisfatória proporção touro:vaca, para não sobrecarregar os animais;

aprimorarmos a estação de monta, que maximiaza todo o sistema de produção, de

forma a excluir o efeito touro nos baixos índices reprodutivos da pecuária

brasileira.

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