especificidade do clima português

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Especificidade do clima português Recursos hídricos

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Especificidade do clima

português

Recursos hídricos

Recurso insubstituível e suporte de Vida

A água é fundamental

para os sistemas

naturais, para a vida

humana e para as

atividades económicas.

O Tejo, elemento fundamental na paisagem lisboeta.

A água em movimento

É através do ciclo hidrológico que a água realiza o seu processo de circulação

contínuo.

A água circula entre os oceanos, a atmosfera e os continentes, por efeito da

energia solar que permite a sua passagem entre os diferentes estados físicos.

O ciclo hidrológico

A água em movimento

O ciclo hidrológico

Pela ação da energia solar, a água dos oceanos, mares, rios e lagos evapora-se e passa para a atmosfera sob a forma gasosa.

A água em movimento

O ciclo hidrológico

Da água que cai sobre os continentes, uma parte escorre à superfície e outra infiltra-se no solo, acabando por chegar de novo ao mar.

A água em movimento

O ciclo hidrológico O vapor de água, por arrefecimento do ar, condensa, formando nuvens e originando precipitação.

A água em movimento

O ciclo hidrológico

A água utilizada pelas plantas e pelos animas volta à atmosfera através da respiração e da transpiração.

A circulação geral da atmosfera

A atmosfera constitui um elemento fundamental nas transferências de água, uma

vez que se encontra em constante movimento, a circulação geral da atmosfera.

A circulação geral da atmosfera origina diferenças de pressão atmosférica, que

determinam as características dos climas, causando precipitação ou tempo seco

(centros de baixas pressões ou altas pressões).

Distribuição dos centros de pressão em latitude, em julho.

Os centros de pressão atmosférica encontram-se distribuídos em faixas mais ou

menos paralelas em latitude, explicando desta forma a circulação do ar na atmosfera.

A circulação geral da atmosfera

A circulação geral da atmosfera

• no equador, devido à elevada temperatura,

o ar sobe, formando-se baixas pressões.

• nas latitudes médias, o ar tropical

encontra-se com o ar que vem dos polos,

provocando um movimento ascendente e a

formação de baixas pressões;

• nos polos, devido às baixas temperaturas,

formam-se altas pressões e, por isso, o ar

diverge à superfície, a partir dessas duas

regiões.

Distribuição dos centros de pressão e

circulação atmosférica..

É a ação dos centros de pressão que

explica a circulação geral da atmosfera:

B B B

B B

A A A

A A

A

Em altitude, o ar, já mais frio, dirige-se

para as regiões subtropicais;

• sobre as regiões subtropicais, o ar

desce, originando altas pressões e, à

superfície, diverge em direção ao equador

e às latitudes médias (40o a 60º N e S);

A circulação geral da atmosfera

• os ventos alísios, que se deslocam das

altas pressões subtropicais para as baixas

pressões equatoriais;

• os ventos de oeste, que se deslocam das

altas pressões subtropicais para as baixas

pressões subpolares e, cujo sentido,

influenciado pelo movimento de rotação da

Terra, é predominantemente de oeste no

hemisfério norte.

• os ventos polares de leste, que se

deslocam das altas pressões polares para as

baixas pressões subpolares.

Distribuição dos centros de pressão e

circulação atmosférica..

A circulação geral da atmosfera origina,

assim, ventos constantes ou

dominantes, pois sopram durante todo o

ano com a mesma direção:

B B

B

B B

A A A

A

A A

A especificidade do clima português

Tendo em conta a posição geográfica de Portugal, as suas características

climáticas são influenciadas:

- pelas altas pressões subtropicais no verão;

Julho

Distribuição dos centros de pressão em latitude, em julho.

Tendo em conta a posição geográfica de Portugal, as suas características

climáticas são influenciadas:

- pelas baixas pressões subpolares no inverno;

A especificidade do clima português

Janeiro

Distribuição dos centros de pressão em latitude, em janeiro.

… e os principais fatores que o influenciam

Um dos principais fatores condicionante do clima em Portugal é a latitude a que

este se localiza. Mas existem outros fatores a diferentes escalas:

O ar tropical desloca-se

de oeste para este

O ar polar desloca-se

de este para oeste

Formação e evolução da frente polar do hemisfério norte

A formação de frentes e a sua influência no estado do tempo

É nas latitudes médias dos dois hemisférios, onde se dá a convergência das

massas de ar quente tropical com as massas de ar frio polar, que tem origem a

formação das frentes polares.

A interpenetração das duas massas de ar ainda é fraca

Frente estacionária.

Formação e evolução da frente polar do hemisfério norte

A formação de frentes e a sua influência no estado do tempo

Surge, assim, uma sucessão de frentes frias e de frentes quentes - sistema frontal

Sistema frontal

O ar quente tropical penetra

cada vez mais para norte e

o ar frio polar avança cada

vez mais para sul, criando-

se uma superfície frontal

cada vez mais ondulada.

A formação de frentes e a sua influência no estado do tempo

Formação e evolução da frente polar do hemisfério norte

A formação de frentes e a sua influência no estado do tempo

Perturbação frontal, plano horizontal (esquerda) e plano vertical (direita).

Perturbações frontais

As perturbações frontais são formadas quando se dá a associação de uma

frente fria, de uma frente quente e de uma depressão barométrica.

Tipos de precipitações mais frequentes

Precipitações frontais (Frente fria)

A precipitação é formada pela ascensão do ar quente numa superfície frontal.

Quando a frente é fria, as precipitações são mais intensas, tipo aguaceiro.

Precipitações frontais (Frente quente)

Quando a frente é quente, as precipitações são menos intensas, mas contínuas

e de maior duração.

Tipos de precipitações mais frequentes

Tipos de precipitações mais frequentes

Precipitações frontais

As precipitações frontais são frequentes no Norte de Portugal Continental, no

inverno.

Imagem de satélite de uma depressão que afeta o território português.

Tipos de precipitações mais frequentes

Precipitações convectivas

As precipitações convectivas formam-se devido a um aquecimento da superfície

da Terra, formando baixas pressões, que originam precipitações abundantes e de

curta duração (aguaceiros), por vezes, acompanhadas por trovoadas.

As precipitações convectivas

são frequentes no interior

de Portugal Continental, no

verão.

Tipos de precipitações mais frequentes

Precipitações orográficas

As precipitações orográficas formam-se devido à ação do relevo, uma vez que as

vertentes das montanhas constituem uma barreira de condensação, originando

precipitação.

As precipitações orográficas

são frequentes nas áreas de

montanha, nas vertentes

expostas a ventos húmidos.

Ritmos e distribuição da precipitação em Portugal

Em Portugal, a

distribuição da

precipitação

caracteriza-se por

uma grande

irregularidade a

nível temporal e

espacial.

Ao longo do ano,

as precipitações

mais elevadas

registam-se no

final do outono,

no inverno e no

início da

primavera.

Variação da precipitação mensal média, ao longo do

ano, em algumas estações meteorológicas.

Irregularidade anual e interanual

De ano para ano, os valores das precipitações também são diferentes, devido à

oscilação em latitude das baixas pressões subpolares e das altas pressões

subtropicais.

Ritmos e distribuição da precipitação em Portugal

Variação da precipitação média anual, em Portugal Continental, no período de 1970 a 2010.

Anos mais secos Anos mais húmidos

Ritmos e distribuição da precipitação em Portugal

Irregularidade espacial

Em Portugal Continental, a

precipitação diminui de

norte para sul e do litoral

para o Interior.

Os valores mais elevados

de precipitação registam-se

no noroeste e nas áreas de

montanha e os valores

mais baixos no vale

superior do Douro e no sul

do país.

Valores médios de precipitação anual,

em Portugal Continental.

Irregularidade espacial

Nas regiões autónomas, os valores mais elevados de precipitação registam-se

nas ilhas de maior altitude e nas vertentes expostas a ventos húmidos.

Ritmos e distribuição da precipitação em Portugal

Distribuição da precipitação média anual

na ilha de São Miguel Mapa hipsométrico de S. Miguel

Irregularidade espacial

Nas regiões autónomas, os valores mais elevados de precipitação registam-se

nas ilhas de maior altitude e nas vertentes expostas a ventos húmidos.

Ritmos e distribuição da precipitação em Portugal

Distribuição da precipitação média anual na

ilha da Madeira.

Mapa hipsométrico da Madeira

Estados de tempo mais frequentes em Portugal

O estado de tempo é caracterizado pelas condições da atmosfera, num

determinado momento, a que correspondem determinadas situações

meteorológicas. Estas são representadas em cartas sinóticas.

Situação meteorológica prevista para 10 de fevereiro de 2001.

Frente quente Frente fria

Depressão barométrica

Anticiclone

Estados de tempo mais frequentes em Portugal

Situações meteorológicas mais frequentes no inverno

Em Portugal, no inverno, as temperaturas médias são relativamente baixas e

dá-se a ocorrência de precipitação.

Situação meteorológica prevista para 5 de janeiro de 2001.

Estados de tempo mais frequentes em Portugal

Situações meteorológicas mais frequentes no verão

Em Portugal, no verão, as temperaturas médias são elevadas e a

precipitação é escassa.

Situação meteorológica prevista para 20 de julho de 2001.

Análise de cartas sinóticas

Carta A

Depressão barométrica a

noroeste das ilhas

britânicas

Frente quente a afetar o

noroeste de Portugal

Continental e frente fria a

afetar os Açores

Inverno

Chuva contínua no Norte e

Centro. Após uma fase de

céu muito nublado e ligeira

subida da temperatura,

haverá um aumento

progressivo da sua

intensidade, com

alargamento ao resto do

território e descida da

temperatura

Precipitação forte e descida

da temperatura

Centros barométricos e sua

localização

Frentes e sua localização

Época do ano mais provável

Estado do tempo previsível

para Portugal Continental

Estado do tempo previsível

para os Açores

Estado do tempo previsível

para a Madeira

Carta A

Estados de tempo mais frequentes em Portugal

Poderá ocorrer precipitação

no norte da ilha, com descida

da temperatura

B

Análise de cartas sinóticas

Carta B

Anticiclone a oeste de

Portugal Continental e

depressão a nordeste da

França

É visível uma sucessão de

frentes a oeste das ilhas

britânicas, que não afetará

Portugal

Verão

Céu limpo

Céu limpo

Centros barométricos e sua

localização

Frentes e sua localização

Época do ano mais provável

Estado do tempo previsível

para Portugal Continental

Estado do tempo previsível

para os Açores

Estado do tempo previsível

para a Madeira

Carta B

Estados de tempo mais frequentes em Portugal

Céu limpo

Diversidade climática em Portugal

No continente

Em todo o território de Portugal

continental predomina o clima

mediterrânico com influências do

Oceano Atlântico, da massa

continental e do relevo. Estas

influências tornam possível

diferentes domínios climáticos no

continente.

Principais domínios climáticos, em

Portugal Continental

Diversidade climática em Portugal

O Norte Litoral, onde a influência atlântica é maior:

• as temperaturas médias são amenas ao longo do

ano;

• a amplitude de variação térmica anual é reduzida;

• a precipitação anual é, em geral, superior a 1000

mm e mais abundante no Outono e Inverno, o que

torna esta região menos vulnerável a secas;

• registam-se pelo menos dois meses secos.

Principais domínios climáticos, em

Portugal Continental

Diversidade climática em Portugal

O Norte Interior, com maior influência continental:

• as temperaturas médias são elevadas, no Verão, e

baixas, no Inverno, em que é frequente a ocorrência

de geada;

• a amplitude de variação térmica anual é acentuada;

• a precipitação é relativamente fraca, pois as montanhas

do Noroeste impedem a penetração dos ventos

húmidos do Atlântico;

• registam-se geralmente três a cinco meses secos.

Nesta região, destaca-se o vale superior do Douro, com

maior secura e temperaturas médias anuais mais altas.

Principais domínios climáticos, em

Portugal Continental

Diversidade climática em Portugal

No Sul do País, as características do clima mediterrânico

acentuam-se:

• as temperaturas médias são suaves no Inverno e

elevadas no Verão;

• a amplitude de variação térmica anual é moderada;

• a precipitação é fraca, sobretudo nas áreas do interior

do Alentejo;

• registam-se geralmente quatro a seis meses secos.

Principais domínios climáticos, em

Portugal Continental

Diversidade climática em Portugal

Nesta região, existem ainda diferenciações importantes:

• o litoral ocidental, onde a influência atlântica é maior e,

por isso, as temperaturas médias são mais amenas e

existe maior humidade;

• o interior alentejano, com maior amplitude de variação

térmica anual e menor precipitação, o que torna esta

região particularmente vulnerável à ocorrência de secas;

Principais domínios climáticos, em

Portugal Continental

Diversidade climática em Portugal

O litoral algarvio, mais sujeito às influências tropicais,

tem Invernos mais suaves e verões quentes e

prolongados.

Principais domínios climáticos, em

Portugal Continental

Diversidade climática em Portugal

Nas áreas montanhosas, a influência da altitude:

• torna o Inverno mais rigoroso e o Verão mais fresco e

húmido, registando-se valores de precipitação mais

elevados.

• no Inverno, é frequente cair neve nas terras mais altas do

Centro e Norte do País.

Principais domínios climáticos, em

Portugal Continental

Diversidade climática em Portugal

Na região autónoma dos Açores

O clima da região autónoma dos Açores tem uma grande influência do Oceano

Atlântico, pelo que o seu clima apresenta características muito semelhantes ao

do clima temperado marítimo.

Diversidade climática em Portugal

Nas região autónoma da Madeira

Na região autónoma da Madeira, pela sua posição geográfica, o clima

predominante é o mediterrânico, apesar da existência de diferenças

climáticas.

O clima em Portugal

Fim da apresentação