especial natal

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ECONOMIA 15 de Dezembro de 2011 O Natal é seguramente a época do ano em que os portugueses estão mais unidos. Unidos pelas tradições e pelos sentimentos de fraternidade e generosidade. Nem quando questionámos os entrevistados sobre as prendas que eles dariam aos políticos o espírito natalício desapareceu, embora algumas respostas trouxessem alguma malícia à mistura. Na noite da consoada, antes da missa do galo, há muita gente feliz nas vilas, aldeias e cidades da nossa região. SUP NATAL Natal é em casa com a família num ambiente de amor e paz Polícia diz que o Natal traz mais carteiristas e assaltantes de carros para o activo 3 Identidade Profissional A contabilista que se tornou empresária para ajudar o marido Odete Matreno deixou emprego e dirige duas pastelarias em Santarém 18 Empresa da Semana Condomínios da Canfol no Entroncamento são o cartão de visita da empresa Construtora aposta em produtos dirigidos a pessoas com poder de compra 19 Carlos Manuel de Sousa Guarda António Correia Joaquim Saramago Ginestal Ferreira Maria Helena Agostinho Cunha António Duarte Cinia Pereira Pedro Xavier Martins Tiago Zola Virgílio Ferreira Lara David Pedro Mena Esteves Jerónimo Francisco Gualdino Catarina Fernandes Deborah Barbosa Maria João Oliveira Fael Correia Carlota Figueiredo Gonçalo Tainha Três Dimensões “Em vez de ter uma empresa a cortar erva tenho ovelhas que pastam à volta de casa” 17 Hospital Privado de Santarém já abriu ao público O Hospital Privado de Santarém (HPS) foi oficialmente inaugurado na manhã de quarta-feira, 14 de Dezembro, na rua Nova, freguesia de S. Nicolau, junto ao Staples, e começa de imediato a funcionar com as con- sultas externas esta quinta-feira e o bloco operatório na sexta-feira. Inaugurado pelo ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamen- tares, Miguel Relvas, a unidade representa um investimento de 13 milhões de euros a cargo de quatro médicos da região e de três outros investidores, sendo a continuidade do projecto Scalmed, uma clínica que já existia em Santarém. O HPS disponibiliza todas as especialida- des médicas e exames complementares de diagnóstico num edifício com 5.700 metros quadrados de área. O piso zero é servido por múltiplos gabinetes e especialidades das con- sultas externas, exames complementares de diagnóstico, imagiologia e medicina física e de reabilitação. O piso 1 alberga áreas de internamento e três salas de bloco operató- rio enquanto o piso menos 1 compreende a zona técnica e de estacionamento. Notícia mais desenvolvida na próxima edição de O MIRANTE.

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A contabilista que se tornou empresária para ajudar o marido Carlota Figueiredo Gonçalo Tainha Odete Matreno deixou emprego e dirige duas pastelarias em Santarém 18 Empresa da Semana Construtora aposta em produtos dirigidos a pessoas com poder de compra 19 Identidade Profissional Três Dimensões Deborah BarbosaMariaJoãoOliveiraFaelCorreia Maria Helena Agostinho CunhaAntónioDuarte Jerónimo Francisco GualdinoCatarinaFernandes Carlos Manuel de Sousa Guarda Pedro Xavier Martins

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Page 1: ESPECIAL NATAL

ECONOMIA 15 de Dezembro de 2011

O Natal é seguramente a época do ano em que os portugueses estão mais unidos. Unidos pelas tradições e pelos sentimentos de fraternidade e generosidade. Nem quando questionámos os entrevistados sobre as prendas que eles dariam aos políticos o espírito natalício desapareceu, embora algumas respostas trouxessem alguma malícia à mistura. Na noite da consoada, antes da missa do galo, há muita gente feliz nas vilas, aldeias e cidades da nossa região. SUP NATAL

Natal é em casa com a família num ambiente de amor e paz

Polícia diz que o Natal traz mais carteiristas e assaltantes de carros para o activo 3

Identidade Profissional

A contabilista que se tornou empresária para ajudar o maridoOdete Matreno deixou emprego e dirige duas pastelarias em Santarém 18

Empresa da Semana

Condomínios da Canfol no Entroncamento são o cartão de visita da empresa Construtora aposta em produtos dirigidos a pessoas com poder de compra 19

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Três Dimensões

“Em vez de ter uma empresa a cortar erva tenho ovelhas que pastam à volta de casa” 17

Hospital Privado de Santarém já abriu ao públicoO Hospital Privado de Santarém (HPS)

foi oficialmente inaugurado na manhã de quarta-feira, 14 de Dezembro, na rua Nova, freguesia de S. Nicolau, junto ao Staples, e começa de imediato a funcionar com as con-sultas externas esta quinta-feira e o bloco operatório na sexta-feira. Inaugurado pelo ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamen-tares, Miguel Relvas, a unidade representa

um investimento de 13 milhões de euros a cargo de quatro médicos da região e de três outros investidores, sendo a continuidade do projecto Scalmed, uma clínica que já existia em Santarém.

O HPS disponibiliza todas as especialida-des médicas e exames complementares de diagnóstico num edifício com 5.700 metros quadrados de área. O piso zero é servido por

múltiplos gabinetes e especialidades das con-sultas externas, exames complementares de diagnóstico, imagiologia e medicina física e de reabilitação. O piso 1 alberga áreas de internamento e três salas de bloco operató-rio enquanto o piso menos 1 compreende a zona técnica e de estacionamento.

Notícia mais desenvolvida na próxima edição de O MIRANTE.

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15 DEZEMBRO 2011 | O MIRANTEESPECIAL NATAL| 2

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Boas Festas

Os vinhos deste ano da Quinta do Casal da Coelheira, Tramagal, devem ser os melhores de sempre. Essa é a convicção de Nuno Falcão Rodrigues, enólogo da casa que este ano foi dis-tinguido como Enólogo do Ano na II Gala dos vinhos do Tejo.

Os vinhos Casal da Coelheira têm vindo a aumentar o seu prestígio a ní-vel nacional e internacional, graças aos investimentos em novas vinhas e novas tecnologias em termos de adega. Os prémios de prestígio sucedem-se. O Mythos 2008 conquistou três Medalhas de Ouro. MundusVini 2011; Concurso Nacional de Vinhos e Concurso de Vi-nhos Engarrafados do Tejo. E a estes há a juntar os prémios atribuídos a ou-tros vinhos da casa no Internacional Wine Challenge, Vinalies Internaciona-

les e Concours Mondial de Bruxelles, entre outros.

A Quinta do Casal da Coelheira colo-ca no mercado, como vinhos do quoti-diano o branco e tinto Terraços do Te-jo e o Casal da Coelheira branco, rosé e tinto. A nível superior comercializa o Casal da Coelheira Reserva branco e tinto e o Mythos tinto que só é feito em anos de grande qualidade.

Os vinhos Quinta do Casal da Coe-lheira começaram há poucos anos com Nuno Falcão Rodrigues. Filho de agri-cultores, foram os pais que compraram a quinta que só tinha uma pequena vi-nha. Três anos depois com a aquisição de mais duas vinhas e uma adega, o agora enólogo diz que foi nessa altura que surgiu o seu interesse pelos vinhos e que a paixão amadureceu após um

Mais um ano de grandes vinhos Casal da Coelheira A garantia é dada pelo Enólogo do Ano, Nuno Falcão Rodrigues

estágio em França numa estação de in-vestigação onde contactou com as mo-dernas tecnologias ligadas à produção.

A nível internacional a Quinta do Casal da Coelheira exporta maiorita-riamente para o Brasil mas os seus vi-nhos também estão representados na Bélgica, Suiça, Canadá, Letónia, Poló-nia, Holanda, França e Espanha.

A Quinta do Casal da Coelheira coloca no mercado, como vinhos do quotidiano o branco e tinto Terraços do Tejo e o Casal da Coelheira branco, rosé e tinto

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foto arquivo O MIRANTE

Polícia diz que o Natal traz mais carteiristas e assaltantes de carros para o activoQuadra festiva também é propícia ao aumento de transgressões rodoviárias e acidentes

Nas estradas o Natal é sinónimo de mais mortos e feridos. O aviso da PSP é sério e tem por base dados concretos. É por isso que aquela força policial promete redobrar a vigilância. Os roubos também aumentam com a euforia das compras.

A Polícia de Segurança Pública (PSP) lançou segunda-feira um alerta aos cidadãos para os cuidados a ter nas estra-das nas residências durante a quadra fes-tiva do Natal. Em comunicado, a polícia diz que os cidadãos “podem contar com a PSP de 8 de Dezembro a 1 de Janeiro de 2012” para combater o crime, relem-brando que nesta quadra “os acidentes de trânsito com vítimas ocorrem 6,10 por cento com mais frequência”, e com con-sequências mais graves, aumentando em cerca de “50 por cento a probabilidade de vítimas mortais”.

Segundo a PSP, há uma “tendência de diminuição da criminalidade em ge-ral”, contudo no mês de Dezembro exis-

te “uma maior tendência para o come-timento de ilícitos”, em especial no que “respeita aos crimes de furtos no interior de viaturas e por carteiristas, que repre-sentam 3.629 ocorrências da totalidade dos crimes registados.

A polícia que “vai aumentar a capa-cidade operacional em todas as áreas de intervenção”, através do “emprego na rua de polícias normalmente afectos a tare-fas administrativas”. Os agentes policiais irão “distribuir folhetos de sensibilização com conselhos de prevenção para ilícitos criminais” e colocar postos de atendimen-to ao público.

Na sua área de intervenção, a PSP afirma redobrar a vigilância “rodoviária em áreas de diversão nocturna, zonas de acumulação de acidentes e em ‘pontos negros’, bem como implementar o pro-grama de vigilância às residências”. A PSP reforça que quer manter a redução da sinistralidade rodoviária verificada du-rante o corrente ano, com valores de três por cento abaixo em comparação com o ano anterior.

PSP afirma redobrar a vigilância “rodoviária em áreas de diversão nocturna, zonas de acumulação de acidentes e em pontos negros”

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Meia centena de pessoas fazem presépio vivo na Chamusca Produção de Carlos Petisca com o Teatro do Grupo Dramático Musical

Quem quiser assistir à representação do nascimento de Cristo em jeito de cantata, com actores populares, vozes celestiais do coro Cantar Nosso, textos bíblicos em pano de fundo, basta ir à Chamusca na tarde de dia 17 de Dezembro. A câmara municipal pensou e Carlos Petisca e o seu grupo de teatro executam.

Na noite em que Cristo nasceu estava a chover? Carlos Petisca não sabe e duvida que o padre José Abílio, que o assessorou na escolha dos textos bíblicos que integram o guião da produção que vai apresentar no largo Vasco da Gama, junto à biblioteca da Chamusca, esteja em condições de esclarecer. Afinal já lá vão dois mil e onze anos e na altura não havia registos meteorológicos. A questão da chuva é chamada para a introdução deste texto porque S. Pedro, que para além de ter as chaves do céu parece ter também o comando das torneiras ce-lestiais é a única personagem capaz de causar dano na representação do presé-pio vivo que a Chamusca vai poder ver no dia 17, sábado, entre as 18h00 e as 19h00. Convém ir mais cedo e a câmara municipal sugere as 16h30.

No presépio vivo vão estar envolvidas setenta pessoas de todas as idades. Meia centena pertencem ao grupo de teatro do Grupo Dramático Musical (JNP), orien-tado por Carlos Petisca, uma animador cultural, actor, produtor, ensaiador, mú-sico, criativo e homem de cultura que gosta de dar uso à sua imaginação. Não foi necessário fazer qualquer casting pa-ra escolha dos participantes porque são todos conhecidos do produtor. Para o personagem principal a história é outra. “Já aqui tive três bebés para ver se consi-go ter uma verdadeira criança a fazer de menino Jesus”. Compreende-se a preocu-pação. Um Jesus de chucha de marca ou choramingão não são compatíveis com a imagem que temos do filho de Deus nascido numa manjedoura.

Animais não há. Primeiro porque os camelos que um senhor de Almeirim chegou a ter e que eram fantásticos pa-ra transportar os Reis Magos, partiram para outras paragens. Depois porque sendo burros, vacas e ovelhas imprevisí-veis, Carlos Petisca decidiu não arriscar. “Vamos recriar um momento importan-tíssimo para todos os cristãos. Não nos podíamos arriscar a que algum impre-

visto transformasse algo assim numa tragédia...ou pior ainda...numa comé-dia”. Mas o produtor avisa. “Ninguém vai dar pela falta dos animais verdadei-ros, acreditem”.

O coro vem da Golegã. Da Associação Cantar Nosso. Os textos são gravados por-que era impossível ter meios técnicos su-ficientes para fazer tudo no momento. Os actores imobilizam-se quando começam as canções ficando tipo quadros bíblicos. Um bónus para quem queira fotografar os principais momentos. Para além dos elementos do grupo de teatro, há seniores do programa de tempos livres da Junta de Freguesia da Chamusca.

A recriação começa com a chegada do casal José e Maria a Belém para o recen-seamento decretado por César Augusto. Uma espécie do censos deste ano mas com a introdução dos requintes de malvadez de Herodes, já conhecidos. Depois a fuga, o nascimento, a anunciação, os pastores, os reis magos que vão chegar mais cedo que na história verdadeira porque não valia a pena montar tudo de novo para o Dia de Reis.

Carlos Petisca está entusiasmado. “A Chamusca para mim não é madrasta. A câmara aqui apoia as associações e têm--me apoiado de uma forma incrível. E tenho a ajuda de muitas pessoas expe-rimentadas. Tantas que nem consigo dizer o nome de todas. Não só para este presépio vivo mas também para as his-tórias de Natal que estamos a represen-tar”. Aponta para uma estrutura mon-tada no interior da biblioteca. “ Estes cenários são feitos pelo Vítor Freitas. As costureiras são algumas das actrizes, no-meadamente a Maria Emília Leonor, a mulher do Vítor, a minha mulher, Vera Oliveira que também é minha assessora. Era pouco provável fazer num ano o que já fiz desde que decidi criar o grupo de teatro”, conta.

Tem 35 anos. Nos últimos 18 fez tea-tro. Fez stand-up comedy. Na Ascensão transfigurava-se e encarnava o conhecido Breft, esse mesmo. “O Grupo Dramáti-

co Musical JNP (José Nunes Petisca), foi fundado por uma familiar meu, em 1922, com o propósito de ali se fazer teatro e música. Chegou a ter tunas, filarmóni-cas, grupos de teatro. Em 1959 começou a perder força. Há um ano relancei o te-atro. Tenho um grupo aqui e outro na Carregueira, cerca de trinta crianças em cada um. Ao mesmo tempo sou profes-sor de música nas escolas primárias. Na

União Desportiva da Chamusca montei uma escolinha de música onde damos viola, cavaquinho. Estamos a começar com a guitarra portuguesa que era tra-dição aqui mas foi-se perdendo. Tudo sempre ligado à cultura. Aos 16 tirei a primeira formação ao nível da actividade cultural. Aos 17 já trabalhava”. É assim que Carlos Petisca resume o seu percur-so profissional.

PROJECTO. Carlos Petisca é o responsável do teatro do Grupo Dramático Musical

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A essência de qualquer Natal é a família

O Natal é passado com a fa-mília porque a família é a essên-cia do Natal. A seguir ao jantar é tradição assistir à Missa do Galo. Quando era criança recebeu vá-rias prendas, mas a que melhores recordações lhe deixou foi uma guitarra. O Ministro da Econo-mia não merece prendas mas se tivesse que lhe dar uma era um

As melhores recordações de Natal. As prendas que marcaram infâncias. A fecundidade de ter família e amigos por perto. O espírito solidário e generoso que nos envolve. O significado religioso da quadra. Ao longo de vários inquéritos, as respostas ao questionário que preparámos repetiram-se muitas vezes. O Natal é seguramente a época do ano em que os portugueses estão mais unidos. Unidos pelas tradições e pelos sentimentos de fraternidade e generosidade. Nem quando questionámos os entrevistados sobre as prendas que eles dariam aos políticos o espírito natalício desapareceu embora algumas respostas trouxessem alguma malícia à mistura. Na noite da Consoada, antes da Missa do Galo. Há muita gente feliz nas vilas, aldeias e cidades da nossa região. Bom Natal para todos e obrigado pela paciência e generosidade que tiveram em partilhar coisas tão importantes connosco.

Natal é em casa com a família num ambiente de amor e paz

cabaz com produtos genuina-mente nacionais para que aju-de as empresas a criarem mais postos de trabalho. Aos amigos dão-se prendas que os façam recordar-se de nós.

Maria João Oliveira Fael Correia - Médica Veterinária - Centro Veterinário Encosta dos Maias - Tomar

O gatinho que passou a noite atrás da máquina de lavar

A melhor prenda que recebeu em criança foi um gatinho que, de tão assustado, passou a noite atrás da máquina de lavar. A me-lhor prenda para dar a um ami-go é também um gato, ou cão. Tem alguns à procura de quem os trate bem. Se os amigos, por qualquer motivo, não puderem ou não quiserem ter animais, levam um cachecol feito pela ofertante. Não consegue ima-ginar que prenda poderia dar a um político. O mais certo era não dar mesmo nada.

As recordações de Natais pas-sados são todas maravilhosas. Para além do gatinho, as bone-cas que recebia e, mais tarde, a alegria dos primeiros natais das filhas. A noite de Natal é sempre em família. Uma família grande que não pára de crescer. Pais, irmãos, sobrinhos e as namora-das dos sobrinhos. Cristo está presente bem como as comidas tradicionais da época.

Gonçalo Tainha - Administrativo da Scalabislimpa, Lda - Tremez

Que saudades dos natais em casa dos meus avós!

Onde vai passar o natal?Vou passar o Natal em ca-

sa com a minha esposa, pais, sogros e cunhados. É uma noi-te de reunião da família e de troca simbólica de presentes, para além de se celebrar o nascimento de Jesus. Uma fes-ta de solidariedade universal,

uma vez que é celebrada por todo o mundo mesmo onde a comunidade católica está cla-ramente em minoria. Nesta al-tura todos nos devíamos sen-tir mais sensibilizados para os problemas que nos rodeiam e devíamos cultivar sentimentos que muitas vezes deixamos es-quecidos durante muito tempo como o amor pelo próximo e a solidariedade.

Tem alguma recordação especial da noite de natal?

Felizmente tenho muitas, principalmente das muitas noites de Natal que passei em casa dos meus avós nos Ca-sais da Charneca, com todos os meus tios e primos reuni-dos com muita alegria junto de uma fogueira. Muito mais que os presentes, o que conta-va era a oportunidade de reu-nir a família e poder desfrutar dos cozinhados fantásticos que a minha avó Ermelinda Zibaia

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nos preparava. Que saudades tenho desses tempos.

Lembra-se de alguma prenda em especial que tenha recebido enquanto criança?

Recordo-me de todas as prendas que recebi até hoje. Vou destacar o presente que os meus pais me deram quan-do fiz 13 anos, que foi o meu primeiro micro-computador, o mítico Sinclair ZX Spectrum, que acabou por me despertar a paixão que tenho hoje por computadores.

Se tivesse que dar uma prenda a um político dava o quê e a quem?

Dava uma calculadora ao nosso primeiro-ministro para ver se, pelo menos por uma vez acerta nas contas.

E a um amigo seu? A um amigo meu, o único

presente que posso dar, não só no Natal, mas em qual-quer altura do ano, será aci-ma de tudo a minha amizade e solidariedade. Mas amigos há muito poucos porque os amigos de ocasião não con-tam e os conhecidos são só conhecidos.

Maria Helena Agostinho Cunha - Gerente da Inforeco - Torres Novas

Eu vi o Pai Natal à beira da minha chaminé

Levantou-se durante a noite e

viu o Pai Natal a colocar as pren-das junto à chaminé lá de casa. A recordação é inesquecível mas o cepticismo de pessoa adulta leva-a a dizer que tudo não pas-

sou de uma fantasia de criança. Se pudesse escolher uma prenda queria ter toda a família reunida na noite da consoada. Aos ami-gos dá-se carinho e atenção. Um abraço, por exemplo. A melhor prenda que recebeu não lhe foi dada pelo Pai Natal mas pelo seu próprio pai. Uma bicicleta quando tinha seis ou sete anos. Lamenta que o espírito natalício que torna as pessoas tão gentis nesta altura do ano, não perdu-re por todo o ano.

Virgílio Ferreira - Gerente da empresa Valor Fiel - Santarém

As prendas imaginadas transformavam-se em chocolates e rebuçados

Se o primeiro-ministro fi-zesse desaparecer todos os que estão em cargos políticos sem nada fazerem era capaz de lhe oferecer uma varinha mágica, mas duvida muito que Pedro Passos Coelho fizesse bom uso da prenda e por isso não lhe vai dar nada. Aos amigos da Função Pública gostaria de lhes anun-ciar, qual anjo natalício, que para o ano iriam receber o sub-sídio de férias e o 13º mês e que as notícias que diziam o contrá-rio eram falsas.

Quando era criança imagi-nava que recebia prendas fan-tásticas, embora a realidade lhe apresentasse na maior parte das vezes coisas mais simples, como chocolates ou rebuçados. Passa o Natal em casa com a família porque se trata de um momen-to único de harmonia que não

se deve desperdiçar.Ginestal Ferreira - Proprietário do stand Taxocar - Cartaxo

Na minha infância quem dava as prendas era o Menino Jesus

Não se falava do Pai Natal mas sim do menino Jesus, quan-do se falava de prendas de Natal. Mas a melhor prenda que recebi quem ma deu foi mesmo o meu pai. Um camião de brincar.

Se o Natal é a festa da famí-lia eu sou um homem feliz por-que reúno a família muitas ve-zes ao longo do ano. E dia 24 à hora da ceia lá estaremos todos mais uma vez reunidos em paz e harmonia.

Jerónimo Francisco Gualdino - Prestador de serviços agrícolas e operário fabril - S. José da Lamarosa

Boas-festas, pratiquem desporto e sejam felizes

O Natal está cada vez mais comercial e menos religioso. Já não se celebra o nascimento de Cristo como antigamente. Até o menino Jesus foi substituído

pelo Pai Natal. A minha consoa-da é em casa com a família mais próxima. Para mim o mais im-portante é estarmos de bem com nós próprios e com os outros. As melhores prendas de Natal da minha infância foram uma bola de futebol e uns sapatos de atletismo. A melhor prenda que poderia dar a alguns ami-gos era conseguir pô-los a prati-car desporto. Para os políticos a melhor prenda seria um manual que lhes ensinasse a resolver os problemas do país.

Joaquim Saramago - reformado, Santarém - Presidente da Adega Cooperativa de Alcanhões

Para os amigos os melhores vinhos de Alcanhões

A melhor prenda para dar a um amigo é uma caixa de três garrafas de vinho da Adega Co-operativa de Alcanhões. Uma de Cardeal Dom Guilherme, outra de Terra do Paço e outra de Adiafa. Para os políticos não tenho prendas mas, para não causar muita polémica, dava uma garrafa de vinho abafado Adiafa, que é doce, à vereadora com o pelouro das Finanças da câmara de Santarém.

Uma vez no Natal deram-me uma bola pequena. É a recor-dação mais viva que tenho em termos de prendas. Quanto ao ritual da noite da consoada é praticamente o mesmo. Jantar em família e a seguir fazer os fri-tos. O final é que tem algumas diferenças. Agora, à meia-noite, vamos para o pé da árvore abrir as prendas. Quando eu era mi-údo a recordação que tenho é

sentado ao lume com os meus pais e depois dos fritos feitos, comer um coscorão e beber ca-fé feito na cafeteira.

Carlota Figueiredo - Gerente Hotel Rural Quinta da Torre - Alpiarça

Na casa da minha avó paterna juntavam-se mais de cem primos e tios

Aproveito o Natal para fazer uma reflexão interior. Como ca-tólica vou à Missa do Galo com o meu marido e os meus filhos pa-ra agradecer o ano que passou. É pena que, para a maioria das pessoas, o Natal seja uma festa mais material que espiritual. A consoada é passada com a fa-mília do meu marido e o dia de Natal com a minha família. As Festas de Natal da minha infân-cia eram diferentes. Íamos para Lisboa para casa da minha avó paterna na véspera de Natal on-de se juntavam mais de 100 pri-mos e tios. No dia a seguir em Santarém, na casa da minha avó materna, havia presentes a per-der de vista.

Prendas aos amigos dão-se em qualquer altura e comigo é assim. Não preciso do Natal para o fazer. Para os políticos não dou nada porque eles nos recomendaram contenção. En-fim, se o Governo aceitasse um convite e viesse todo passar o Ano ao Hotel Rural Quinta da Torre fazia-lhe um desconto na estadia.

A maior decepção que tive num Natal foi com uma prenda.

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Andei uma semana a olhar para o embrulho a tentar imaginar o que me iriam oferecer e saiu-me um caixote do lixo com cara de mocho, para o quarto.

Catarina Fernandes - Centro de atendimento ao cliente IScar - Castanheira do Ribatejo

Aos amigos dá-se tudo o que o dinheiro não compra

Faço anos no dia de Natal. A festa é dupla e especial porque há sempre família e amigos. Não me recordo de uma prenda espe-cial que tenha recebido enquanto criança mas lembro-me bem de como a minha curiosidade mór-bida me estragou um Natal. Uns dias antes fui espreitar o que me iam oferecer. Depois senti uma desilusão muito grande por não ter tido aquela excitação que an-tecede as surpresas. As melhores

prendas são aquelas que o dinhei-ro não compra. Essas são aquelas que devemos dar aos amigos. Para alguns políticos era bom poder-mos oferecer bilhetes de avião só de ida para locais bem distantes.

António Correia - Gerente Maquivolt - Carregado

Bacalhau cozido com couves e peru assado

Onde vai passar o natal? Normalmente o meu Natal é

passado ora na minha casa ora em casa de familiares próximos. Este ano será em casa dos meus sogros, com toda a família. Es-posa, filhos, sogros, cunhados e sobrinhos. O Jantar irá ser o tra-dicional bacalhau cozido com batatas e couves e posteriormen-te existirá um prato que normal-mente é peru assado no forno.

Tem alguma recordação es-pecial da noite de natal?

Recordo com muita saudade os meus tempos de criança em que a minha mãe, no início da noite, começava a cozinhar os tradicionais fritos e me coloca-va sentado num banco perto da chaminé a ver.

Natal é quando um homem quiser, como diz o poema?

Deveria ser mas lamenta-velmente não é. No contexto actual fico na esperança que o Natal deixe de ser a época con-sumista que tem sido até aqui e que volte a ser simplesmen-te encarado como uma quadra em que as pessoas deveriam fa-zer uma introspecção interna e concluírem que o despesismo de alguns choca com as dificul-dades de outros que passam por muitas dificuldades. Por outro lado, sendo o Natal uma época em que muitas pessoas se tor-nam mais tolerantes, lamento que esse clima não dure sempre.

Houve alguma prenda que o tenha marcado quando era criança?

Recordo-me de ter recebido um camião em plástico que me deixou muito feliz porque o meu pai naquela altura era motoris-ta de pesados e eu assim podia imitá-lo.

Se tivesse que dar uma prenda a um político dava o quê e a quem?

Oferecia-lhe a possibilidade

de viver com o salário mínimo nacional durante pelo menos um ano, pagando todos os im-postos que os restantes portu-gueses pagam!

E a um amigo seu? Um livro que lhe ensinasse

a melhor maneira de poder so-breviver num país de irrespon-sáveis!

Cínia Pereira - Directora Técnica Casa de Repouso Sonhos Meus - Marinhais

Quem precisa, precisa sempre mas quem ajuda não ajuda sempre

O meu Natal será passado em casa com os familiares mais próximos. Será uma noite de conversa em redor da mesa da consoada. Evitaremos o tema da crise. Depois vamos ver as crian-ças abrir as prendas. Na Vene-zuela, onde nasci, o Natal tam-

bém era assim. Depois da ceia íamos à Missa do Galo, colocá-vamos o sapatinho na chaminé esperando que no dia de Natal o Pai Natal deixasse um presen-te. A melhor prenda que rece-bi enquanto criança foi a casa da Barbie quando tinha 7 anos.

O Natal é sempre especial mas é pena que o espírito soli-dário não dure mais tempo por-que como o ditado diz: “quem precisa, precisa sempre, mas quem ajuda não ajuda sempre”.

O presente ideal para dar a um amigo seria uma viagem ao Dubai com tudo pago. Ao governo tam-bém dava uma viagem. Uma ida para o Havai num avião que só tivesse combustível para 3 horas.

Pedro Mena Esteves - Gerente da Go Imobiliária ldª - Santarém

Ter confiança no futuro

Vou passar o Natal em casa com a minha família. É uma

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noite diferente, porque nos juntamos todos e partilhamos a alegria das crianças ao abrir os presentes. O meu melhor Natal foi o de 2001, por causa do nascimento da minha filha. A prenda que mais me marcou foi um carro de pedais. A um amigo a melhor prenda que se pode dar é um abraço de leal-dade e confiança para o futu-ro. Aos políticos como Pedro Passos Coelho e Miguel Relvas dava um livro vermelho com o título “As freguesias rurais são a proximidade das populações.

Deborah Barbosa - Directora Financeira Sociedade Panifi cadora Costa e Ferreira - Rio Maior

Nem Natais nem prendas especiais

O Natal é uma época especial, sem dúvida, mas não me recordo de nenhuma prenda em especial nem de nenhum Natal mais espe-cial que todos os outros. O prin-

cipal é a felicidade de estarmos em família, à volta da consoada com muita saúde e felicidade que é o que eu mais desejo para os meus amigos. Se houvesse algu-ma prenda que pudesse dar aos políticos era bom-senso, princi-palmente a políticos do género do Alberto João Jardim.

Carlos Manuel de Sousa Guarda - Proprietário da Decapagem e Metalização Triunfo - Benavente

Não nos podemos esquecer do significado religioso do Natal

O meu Natal será passado em Benavente, na minha resi-dência, rodeado pela família. A noite de Natal é como sem-pre o encontro entre famílias onde o convívio e a amizade estão presentes. Todas as re-cordações que tenho do Natal são boas. Os fritos, as prendas

na chaminé, a ansiedade cau-sada pela chegada do Menino Jesus. O Natal é um dia espe-cial por tudo o que ele envolve mas principalmente pelo signi-ficado religioso que contem. A prenda que mais recordo foi uma bicicleta que os meus pais me deram quando eu tinha 12 anos. Foi um sonho de criança que se tornou realidade e isso é indescritível.

António Duarte - Comerciante Duartes e Reis há 52 anos - Santarém

A melhor prenda do mundo é a amizade

Entre os meus 7 e 8 anos recebi um cavalo de madeira, dos que balançam, guardei-o durante anos, foi com tristeza que o vi destruir-se. Essa foi se-guramente a prenda da Natal que mais me mercou. Quanto aos natais em si são todos es-

peciais porque é uma época de confrater-nização fami-

liar e do reavivar de amizades. O Natal pode ser sempre que um homem quiser mas isso é só para homens com H (agá) grande. A melhor prenda do mundo é a amizade.

Pedro Xavier Martins - Arquitecto - Rio Maior

Desejo aos meus amigos ânimo para continuarem a produzir

Passo o Natal em Lisboa, com a família. Aproveito pa-ra descansar e apreciar a com-panhia dos que me são mais queridos. Dos meus natais de criança lembro-me da ansieda-de pela manhã, altura em que se abriam as prendas. As me-lhores que recebi eram Legos. O Natal é sempre uma altura especial. As pessoas ficam mais abertas aos bons sentimentos. O homem devia querer que fosse sempre Natal, tendo a mesma atitude ao longo do ano, seria tudo mais simples. Desejo aos meus amigo ânimo

para continuarem a produzir e a fazer Portugal crescer. Ao Primeiro-Ministro desejo cora-gem para responsabilizar todos os ladrões que nos andaram a governar ou a gerir em eleva-dos cargos. É uma questão de justiça porque se fosse um po-bre a roubar um pão para co-mer, não escapava da prisão.

Tiago Zola - Empresário Factor-Ar - Almeirim

Uma árvore de Natal decorada com notas de vinte escudos

Lembro-me especialmente de um Natal em que o meu avô decorou toda a árvore de Na-tal com notas de 20$00. Para mim foi uma prenda fantástica, pensei que era uma fortuna. Na realidade eram só mil escudos (o equivalente hoje a 5 euros). Mas já lá vão mais de 30 anos…Se eu tivesse muito dinheiro, a prenda que dava a um amigo era uma volta ao Mundo com tudo pago. E eu ia também. Aos políticos dei este ano me-

tade do meu subsídio de Natal. Não foi bem dar...foi um donativo forçado. O meu Natal é passado em casa com a minha esposa, os meus filhotes, os meus pais, sogros e cunhado, ou seja os familiares mais presentes no meu dia a dia. Temos oportunida-de de confraternizar, ge-ralmente à mesa, com as pessoas que mais amamos e por acréscimo vem uma troca de presentes.

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BOAS FESTAS AOS

CLIENTES E AMIGOS

Já cheira a Natal nas ruas de FátimaUma pista de gelo, a casa do Pai Na-

tal, um concurso de presépios, um pre-sépio gigante, iluminações decorativas e outras iniciativas já estão ao dispor dos visitantes que passem por Fátima, no con-celho de Ourém, nesta quadra natalícia. A abertura da segunda edição do projec-to “Fátima, Cidade Natal” deu-se no fe-

riado de 8 de Dezembro e vai manter-se até Dia de Reis, 6 de Janeiro.

A inauguração da tenda montada na Praça Luís Kondor atraiu algumas deze-nas de curiosos, que logo se dirigiram à pista de gelo ou à casa do Pai Natal. O ve-reador do pelouro de Fátima, Nazareno do Carmo, referiu que a primeira edição,

em 2010, teve um “êxito considerável” e que se procura trazer “mais vida a Fá-tima” nesta época do ano. “Faço votos para que as coisas corram bem”.

A presidente da assembleia munici-pal, Deolinda Simões, referiu que que-ria “que todos vissem Fátima como um local privilegiado” do concelho. “Tudo o

que se faça para trazer pessoas ao nosso concelho é louvável”, comentou. “Vamos esperar que isto continue e ganhe raízes”.

Por fim, o presidente do município, Paulo Fonseca, lembrou que este ano houve necessidade de reduzir custos, pelo que não houve jantar de Natal dos funcionários municipais. “A organização de Fátima, Cidade Natal é importante en-quanto alavanca mediática e económica para Fátima”. Sublinhando a importân-cia da cidade religiosa no país, afirmou que os órgãos municipais continuam em-penhados em desenvolver eventos que contribuam para combater a sazonalida-de do turismo em Fátima.

Paulo Fonseca terminou referindo que ainda este ano vai ser conhecido um pacote de medidas desenvolvidas com a Associação Empresarial Ourém-Fátima (ACISO) para promover a pujança em-presarial do concelho.

De seguida a comitiva dirigiu-se para a rua Francisco Marto, onde decorre o II Concurso de Presépios. Sete associa-ções de Fátima tiveram a oportunidade de criar um presépio, optando a maioria por utilizar produtos reciclados. O júri fez a sua avaliação, mas ainda não há data para divulgar o vencedor.

“Fátima, Cidade Natal” é compartici-pado este ano em 80 por cento por uma candidatura a fundos comunitários do Turismo de Portugal.

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Cristo inaugurou um mundo novo mas a sua realização plena depende de nósMensagem de Natal do Bispo de Santarém fala de paz e justiça

bita a justiça e a paz, onde se pode vi-ver sem medo, com alegria e liberdade. Acreditamos que esta antiga promes-sa do profeta Isaías se cumpriu em Je-sus Cristo. Ele é o verdadeiro Filho de Deus e Filho do homem que nos foi dado como presente. Veio habitar en-tre nós para nos conduzir na justiça, na solidariedade, na paz e na alegria”, escreve o Bispo de Santarém que lem-bra ainda que “O anúncio de Natal es-tá associado à comunhão de amor da família, à profundidade e estabilidade da união familiar”.

Na sua mensagem de Natal, dirigida aos católicos, o papa Bento XVI pediu aos cristãos que não se distraiam com as luzes e as “habituais mensagens de tipo comercial” do Natal e que dêem o valor adequado às coisas. “O ambien-te exterior propõe as habituais mensa-gens de tipo comercial, ainda que com menor expressão devido à crise econó-mica. O cristão está convidado a viver o Advento sem se deixar distrair pelas luzes, sabendo dar o valor adequado às coisas”, disse, tendo avisado que “A verdadeira alegria não é fruto do diver-timento. (…) A verdadeira alegria está ligada a algo mais profundo”.

Construir um mundo de paz, justiça, fraternidade e alegria é a missão que foi confiada à humanidade e é nesse sentido que devemos todos trabalhar. Esta é a base da mensagem de Natal do Bispo de Santarém, D. Manuel Pelino Domingues. “O Natal é uma promessa orientada para o futuro, para um mun-do novo onde habita a paz e a justiça, a fraternidade e a alegria. Cristo, pelo seu nascimento, inaugurou esse mun-

foto arquivo O MIRANTE

do novo. Mas a sua realização plena depende da colaboração de todos nós. A partir do presépio procuremos cons-truir o Natal na vida. Vamos, portan-to, esforçarmo-nos por nascer de novo, despojando-nos do individualismo, da auto-suficiência, das dependências e comodidades para nos convertermos à sobriedade, à partilha, ao acolhimen-to, ao amor. Façamos do Natal uma missão”, pode ler-se no texto dirigido a “os diocesanos e a todas as pessoas de boa vontade”, intitulado “Um filho foi-nos dado”.

“Um menino nos nasceu um filho nos foi dado” é o anúncio de Natal fei-to pelo profeta Isaías (século VIII antes de Cristo). Continuamos a repeti-lo ao longo dos séculos pela beleza e actuali-dade que contém. Uma vida que nasce é sempre motivo de encanto e alegria. Mas o nascimento do “Filho”, anuncia-do por Isaías numa situação dramática, é a promessa de uma grande mudança: a passagem das trevas à luz, da tristeza à alegria, da guerra à paz (Cf Is 9,1-6).

Encontramos neste anúncio o senti-do profundo e genuíno do Natal: Um descendente de David vem iniciar um mundo novo, uma sociedade onde ha-

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Um presépio no quartel

O parque de viaturas do quartel dos Bombeiros Municipais de Alpiarça tem em exposição desde o dia 10 de Dezembro um Presépio de Natal feito pelos próprios soldados da paz. Quem quiser pode visitar o presépio, que foi construído pela pri-meira vez para dinamizar o quartel, até ao dia 6 de Janeiro, data em que se assina-la o Dia de Reis.

Abrantes sem iluminações de Natal mas com muita animação de rua

A Câmara Municipal de Abrantes decidiu que, devido à conjuntura eco-nómica, este ano não haverá ilumina-ções de Natal espalhadas pela cidade, mantendo-se apenas o efeito lumino-so na torre de telecomunicações. Em alternativa, a autarquia preparou um programa de actividades para promover alguma animação no centro histórico, onde se concentra grande parte do co-mércio tradicional. Estas artérias foram ornamentadas com objectos alusivos à época natalícia, recorrendo a material reutilizável como, por exemplo, ima-gens de árvore de Natal em ferro ou rede de galinheiro e foram colocadas pequenas iluminações, de baixo con-sumo, nas árvores.

A animação musical da época tam-bém marca presença destacando-se a actuação do Orfeão de Abrantes no sá-bado, dia 17 de Dezembro, pelas 11h30, na Praça Barão da Batalha. Em comple-mento, a “Associação Centro Comercial Ar Livre” vai realizar um sorteio de Na-tal, no dia 6 de Janeiro, que habilita to-dos os clientes que efectuem compras nas lojas aderentes num valor igual a 15 euros. Os prémios são uma Scooter Peugeot V.Cilc 50 (1.º), um LCD LED Samsung-LED4003 (2.º) e um fim-de-se-mana para 2 pessoas (3.º). A autarquia informa ainda que o poema” História Antigo”, de Miguel Torga, foi reprodu-zido, por palavras, nas 69 lojas do Cen-tro Histórico que aderiram à iniciativa criando-se assim um percurso natalício.

Recolha de brinquedos no Cartaxo

A Câmara do Cartaxo encontra-se a desenvolver até dia 17 de Dezembro uma acção solidária nas piscinas muni-cipais, designada de “Braçada Amiga”. A iniciativa visa proporcionar neste Natal um presente às crianças mais carencia-das do concelho. A autarquia pretende

envolver a comunidade nesta iniciativa, sensibilizando-a para a entrega de um presente ou de brinquedos que os filhos já não usam ou livros que deixaram de ler. A campanha recebe também alimen-tos não perecíveis, como arroz, açúcar, massas ou farinha. Quem queira cola-borar só tem que se dirigir às piscinas municipais e deixar os presentes junto da árvore de Natal.

Presépio Inca em exposição no MASE

O Museu de Arte Sacra e Etnologia (MASE), dos Missionários da Consolata em Fátima, tem este ano em exposição um novo presépio na sua mostra perma-nente. O “Presépio Inca”, do artista do Peru Luís Jeri , é uma obra concebida em finais do século XX. Esteve exposta numa Feira de Arte em Milão em 1995, tendo sido adquirida em 1996 pelo Ins-

tituto Missionário da Consolata. O MASE tem conservado a peça na

reserva do museu por falta de espaço e oportunidade, com excepção duma ocasião em que fez parte da exposição temporária “Presépios do Mundo”, em 2002. A obra é concebida em terracota e constituída por oito peças avulsas, com fisionomias e trajes do povo indígena dos Andes.

Tem a particularidade dos animais tradicionais do presépio, o burro e a

vaca, serem substituídos por dois ve-ados. O autor representou ainda os Reis Magos como sendo simultanea-mente Anjos.

Câmara de Mação promove artesanato como prendas de NatalPromover a exposição e venda do

artesanato local é o objectivo da Câ-mara Municipal de Mação que, através de um espaço preparado para o efeito no centro da vila, vai promover diver-

sas actividades lúdicas, recreativas e culturais e promover os produtos de artesanato como sendo os “presentes ideais” para oferecer neste Natal.

Até ao final do ano estarão expos-

tos trabalhos não só de artesãos locais como de instituições de solidariedade social concelhias, desde a olaria aos bordados, trabalhos em malha, biju-tarias, entre outros.