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Gesp.010.02 (provisória)

Escola Superior de Tecnologia e Gestão

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

FLÁVIA ANDREIA MARQUES

RELATÓRIO PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE LICENCIADO EM GESTÃO

dezembro/2013

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Ficha de Identificação

Aluna: Flávia Andreia Marques

Nº da Aluna: 1009719

Estabelecimento de Ensino: Instituto Politécnico da Guarda (IPG)

Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG)

Licenciatura: Gestão

Orientadora de estágio: Doutora Ana Daniel

Instituição de Acolhimento: Serviços Municipalizados de Água e Saneamento da

Guarda (SMAS)

Largo de São Vicente n.º 7 6300-600 Guarda

Telefone: 271 232 740

Linha Verde: 800 208 800

Fax: 271 232 749

Supervisor na Instituição: Dra. Luísa Santos

Data do Início do Estágio: 20/06/2013

Data de Conclusão de Estágio: 10/09/2013

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À minha avó P.

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Plano de Estágio

Antes de ser integrada na secção de contabilidade foi feita a apresentação das

restantes secções à estagiária, bem como dos colaboradores e das funções que estes

desempenham.

O Plano de Estágio foi elaborado pela orientadora de estágio com a presença da

estagiária. Foi assim definido que a estagiária iria prestar auxílio em diversas áreas dos

serviços de modo a obter conhecimentos práticos e aplicar os conhecimentos teóricos já

adquiridos.

Assim, a estagiária colaborou nas áreas de Contabilidade, Património e Receção

onde desempenhou as seguintes funções:

Escrituração da contabilidade de acordo com as normas legais aplicáveis;

Conferência das operações de arrecadação de receitas, entradas e saídas de

fundos por operações da Tesouraria e débitos e créditos de valores em

documentos a efetuar na Tesouraria;

Colaboração nas conferências periódicas de acordo com o que lhe for solicitado

e determinado;

Registo contabilístico nos diários de clientes, fornecedores, devedores e outros;

Apoio ao colaborador na área da Receção dos SMAS, assim como outros que

lhe solicitem.

As atividades desenvolvidas foram de encontro áquilo que tinha sido inicialmente

proposto.

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Relatório de Estágio

i Flávia Marques (2013)

Resumo

O presente relatório tem como finalidade descrever as tarefas desempenhadas no

estágio que decorreu entre os dias 20 de junho e 10 de setembro de 2013 nos SMAS

integrado no plano curricular da licenciatura de Gestão do IPG.

O estágio tem por objetivo a aplicação prática dos conhecimentos teóricos

obtidos durante a Licenciatura além de proporcionar ao estagiário uma primeira

aproximação ao mundo do trabalho.

O sistema contabilístico utilizado nos serviços é o POCAL (Plano Oficial de

Contas das Autarquias Locais), que não figura no plano de estudos da Licenciatura de

Gestão. Assim sendo, este estágio proporciona também um breve contacto com um

sistema diferente daquele que foi aprendido anteriormente.

O relatório está dividido em 4 capítulos, em que são abordados diversos temas,

tais como, a identificação dos serviços bem como a caraterização do meio onde estes

são inseridos, sendo também feita uma breve abordagem dos serviços que os utentes

dispõem. Um dos capítulos é, como já foi referido acima, dedicado à apresentação por

traços simples do sistema contabilístico POCAL.

Finalmente são descritas as tarefas desempenhadas durante o estágio.

Palavras-Chave: Contabilidade, POCAL, Organização e classificação, SMAS.

JEL Classification: M10 – General, M1 - Business Administration

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Relatório de Estágio

ii Flávia Marques (2013)

Agradecimentos

Aos meus pais, que deram a maior contribuição, que me apoiaram desde o início

e sempre me encorajaram em todas as minhas opções;

À minha irmã e cunhado, que embora ausentes estiveram sempre presentes com

uma palavra de apoio;

Ao meu namorado, que fez comigo esta caminhada;

À Vera, pelo apoio incondicional nos momentos mais difíceis, pois nem sempre

os momentos foram de animação e festa;

Para eles o meu mais sincero e profundo agradecimento.

Obrigada também aos SMAS pela fantástica integração que me proporcionaram,

pelas pessoas que conheci e sempre que necessário me prestaram auxílio, das quais se

destacam a Liliana, o Vasco e a Helga, e, como não podia deixar de ser, dirijo um

especial agradecimento à minha supervisora Dra. Luísa Santos.

Agradeço ainda ao IPG bem como a todos os docentes que comigo partilharam

algum do seu conhecimento, os quais admiro profundamente.

À professora Ana Daniel agradeço a disponibilidade em ser minha orientadora e

o auxílio prestado durante a elaboração deste relatório.

Um obrigada ao meu primo Carlos L., porque foi quem mais teve influência

nesta minha opção de ingressar no ensino superior.

Agradeço a toda a minha família e amigos pelo apoio constante durante todo este

processo.

Finalmente, agradeço a todas as pessoas que foram entrando na minha vida

durante esta caminhada e que de alguma forma ajudaram a torná-la tão enriquecedora,

em especial à Regina e à Ana C.

Um enorme obrigada a todos!

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Relatório de Estágio

iii Flávia Marques (2013)

Índice Geral

Resumo .............................................................................................................................. i

Agradecimentos ................................................................................................................ ii

Índice Geral ..................................................................................................................... iii

Índice de Ilustrações ......................................................................................................... v

Índice de Gráficos ............................................................................................................ vi

Índice de Quadros ........................................................................................................... vii

Lista de Siglas ................................................................................................................ viii

Introdução ......................................................................................................................... 1

Capítulo 1 – OS SMAS .................................................................................................... 2

1.1. Enquadramento Geográfico dos SMAS ............................................................. 2

1.2. Identificação dos SMAS .................................................................................... 3

1.3. Atividades Principais ......................................................................................... 5

1.4. Caracterização dos SMAS ................................................................................. 5

1.4.1. Missão ......................................................................................................... 5

1.4.2. Unidades Orgânicas .................................................................................... 6

1.4.3. Caracterização dos Recursos Humanos ...................................................... 9

Capítulo 2 – Os Serviços ................................................................................................ 17

2.1. Serviços ............................................................................................................ 18

2.2. Tarifários Sociais ............................................................................................. 20

Capítulo 3 – O POCAL .................................................................................................. 21

3.1. A Quem se Destina .............................................................................................. 22

3.2. Princípios e Regras .............................................................................................. 25

3.3. Regime Completo e Regime Simplificado .......................................................... 28

3.4. Contabilidade Orçamental, Patrimonial e de Custos ........................................... 29

3.5. A Conta 25 ........................................................................................................... 33

3.5.1. Articulação entre a Contabilidade Orçamental e Patrimonial ....................... 34

3.6. Documentos Previsionais ..................................................................................... 35

3.6.1. Plano Plurianual de Investimentos ................................................................ 35

3.6.2. O Orçamento ................................................................................................. 36

Capítulo 4 – O Estágio nos SMAS ................................................................................. 37

4.1. Introdução ........................................................................................................ 38

4.2. Atendimento ..................................................................................................... 38

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Relatório de Estágio

iv Flávia Marques (2013)

4.3. Contabilidade e Orçamento ............................................................................. 41

4.3.1. A Despesa ................................................................................................. 41

4.3.1.1. Etapas da Despesa ................................................................................. 43

4.3.2. Fornecedores ............................................................................................. 43

4.3.3. A Receita .................................................................................................. 44

4.3.3.1. Tipos de Receita .................................................................................... 47

4.4. Controlo Interno ............................................................................................... 48

4.5. Classificação de Documentos .......................................................................... 51

4.5.1. Fatura de Água ......................................................................................... 51

4.5.1.1. Outras Formas de Pagamento ............................................................... 55

4.5.1.2. Pagamentos por TPA ............................................................................ 55

4.5.1.3. Pagamento em Prestações ..................................................................... 56

4.5.1.4. Pagamento em Duplicado ..................................................................... 57

4.5.2. Serviços .................................................................................................... 58

4.5.3. Compras .................................................................................................... 59

4.6. IVA – Imposto sobre o Valor Acrescentado .................................................... 61

4.6.1. Regimes de Tributação ............................................................................. 61

4.6.1.1. Regime de Isenção ..................................................................................... 61

4.6.1.2. Regime Especial dos Pequenos Retalhistas ............................................... 62

4.6.1.3. Regime Normal .......................................................................................... 63

4.7. Apuramento do IVA ........................................................................................ 65

4.8. Contabilização do IVA .................................................................................... 67

4.9. Prestação de Contas ......................................................................................... 69

4.9.1. Balancetes ................................................................................................. 70

4.9.2. Demonstração de Resultados .................................................................... 70

4.9.3. Balanço ..................................................................................................... 71

Conclusão ....................................................................................................................... 72

Bibliografia e Webgrafia ................................................................................................ 73

Índice de Anexos ............................................................................................................ 74

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Relatório de Estágio

v Flávia Marques (2013)

Índice de Ilustrações

Ilustração 1 - Mapa da Guarda ......................................................................................... 3

Ilustração 2 - Localização dos SMAS .............................................................................. 4

Ilustração 3 - Organograma dos SMAS ............................................................................ 6

Ilustração 4 - Princípios da Contabilidade ...................................................................... 25

Ilustração 5 - Obrigações Contabilísticas (Regime Geral e Simplificado) ..................... 28

Ilustração 6 - Os Sistemas Contabilísticos do POCAL .................................................. 31

Ilustração 7 - Articulação dos Diferentes Sistemas Contabilísticos ............................... 32

Ilustração 8 – Autorização de Pagamento ...................................................................... 34

Ilustração 9 - Cobrança ................................................................................................... 35

Ilustração 10 - Saída de Viaturas .................................................................................... 39

Ilustração 11 - Chamadas Efetuadas pelo Telemóvel/Telefone ..................................... 40

Ilustração 12 - Mapa de Leituras .................................................................................... 40

Ilustração 13 - Fluxograma da Despesa .......................................................................... 41

Ilustração 14 - Etapas da Despesa .................................................................................. 43

Ilustração 15 - Receita Eventual e Virtual: Fases de Liquidação e Cobrança ................ 45

Ilustração 16 - Etapas da Receita .................................................................................... 46

Ilustração 17 - Apuramento do IVA ............................................................................... 66

Ilustração 18 - Razão do Apuramento do IVA ............................................................... 68

Ilustração 19 - Organização Contabilística ..................................................................... 69

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Relatório de Estágio

vi Flávia Marques (2013)

Índice de Gráficos

Gráfico 1 - Colaboradores por Género ............................................................................. 9

Gráfico 2 - Escalão Etário por Género ........................................................................... 10

Gráfico 3 - Número de Colaboradores por Cargo .......................................................... 11

Gráfico 4 - Cargo dos Colaboradores por Género .......................................................... 12

Gráfico 5 - Antiguidade dos Colaboradores ................................................................... 13

Gráfico 6 - Antiguidade dos Colaboradores por Género ............................................... 13

Gráfico 7 - Número de Trabalhadores ao Longo dos Anos ............................................ 14

Gráfico 8 - Habilitações Académicas ............................................................................. 14

Gráfico 9 - Habilitações Académicas por Género .......................................................... 15

Gráfico 10 - Modalidade de Vinculação......................................................................... 15

Gráfico 11 - Modalidade de Vinculação por Género ..................................................... 16

Gráfico 12 - Número de Trabalhadores Sindicalizados.................................................. 16

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Relatório de Estágio

vii Flávia Marques (2013)

Índice de Quadros

Quadro 1 - Cargo / Carreira Ocupado ............................................................................ 11

Quadro 2 - Fatura / Guia de Receita Virtual ................................................................... 51

Quadro 3 - Taxa de Resíduos Sólidos ............................................................................ 52

Quadro 4 – Liquidação de Faturas .................................................................................. 52

Quadro 5 - Liquidação de Anos Anteriores (Excluindo o Ano Imediatamente Anterior)

........................................................................................................................................ 53

Quadro 6 - Liquidação Referente ao Primeiro Semestre do Ano Anterior .................... 53

Quadro 7 - Liquidação Referente ao Segundo Semestre do Ano Anterior .................... 54

Quadro 8 - Juros de Mora ............................................................................................... 54

Quadro 9 - Transferência do Caixa................................................................................. 54

Quadro 10 – Transferência de SIBS ............................................................................... 55

Quadro 11 - Transferência do Saldo TPA ...................................................................... 55

Quadro 12 - Pagamento das Prestações .......................................................................... 56

Quadro 13 - "Devolução" dos Pagamentos .................................................................... 56

Quadro 14 - Liquidação da Dívida ................................................................................. 57

Quadro 15 - Pagamento em Duplicado........................................................................... 57

Quadro 16 - Reembolso do Pagamento em Duplicado................................................... 57

Quadro 17 - Construção de Ramal de Ligação de Saneamento ..................................... 58

Quadro 18 - Construção de Ramal de Ligação de Água ................................................ 58

Quadro 19 - Limpeza de Fossa ....................................................................................... 59

Quadro 20 - Ligação ou Restabelecimento de Água ...................................................... 59

Quadro 21 - Aquisição de Bens ...................................................................................... 60

Quadro 22 - Transferência das Mercadorias................................................................... 60

Quadro 23 - Liquidação da Fatura .................................................................................. 60

Quadro 24 - Contabilização do IVA ............................................................................... 67

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Relatório de Estágio

viii Flávia Marques (2013)

Lista de Siglas

ATM – Automated Teller Machine (Caixa Automática)

CTFP – Contrato de Trabalho em Funções Públicas

CTT – Correios de Portugal

DAS – Divisão de Águas e Saneamento

DGAL – Direção Geral das Autarquias Locais

DGO – Direção Geral do Orçamento

ESTG – Escola Superior de Tecnologia e Gestão

GOP – Grandes Opções do Plano

IPG – Instituto Politécnico da Guarda

IRC – Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas

IRS - Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares

IVA - Imposto sobre o Valor Acrescentado

NIF – Número de Identificação Fiscal

POCAL – Plano Oficial de Contas das Autarquias Locais

PPI – Plano Plurianual de Investimento

QD – Quota de Disponibilidade

SIBS - Sociedade que gere a rede Multibanco Portuguesa

SIP – Sistema de Inventário Permanente

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Relatório de Estágio

ix Flávia Marques (2013)

SMAS – Serviços Municipalizados de Água e Saneamento

SNC – Sistema de Normalização Contabilística

STAL – Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local

TPA – Terminal de Pagamento Automático

TRH – Taxa de Recursos Hídricos

TRS – Taxa de Resíduos Sólidos

TUS – Taxa de Utilização de Saneamento

VA – Venda de Água

VN – Volume de Negócios

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Relatório de Estágio

1 Flávia Marques (2013)

Introdução

O estágio curricular faz parte da oferta formativa do 3º ano do curso de Gestão.

A sua principal finalidade é que os alunos, quase formados, ponham em prática

os conhecimentos teóricos aprendidos nos últimos 3 anos, mas serve também para

aproximar o estudante da vida ativa que o espera ao terminar a Licenciatura.

O relatório que se segue visa relatar as atividades desenvolvidas no estágio, que

decorreu entre o dia 20 de junho e 10 de setembro de 2013 nos SMAS.

O presente relatório está dividido em 4 capítulos:

OS SMAS – no primeiro capítulo faz-se uma breve apresentação da cidade da

Guarda, onde se situam os SMAS, bem como o seu enquadramento histórico.

São também caracterizadas as suas unidades orgânicas e é feita uma breve

análise dos Recursos Humanos.

OS SERVIÇOS – no capítulo dois são apresentados alguns dos serviços que

podem ser requisitados nos SMAS, tais como a elaboração de um contrato de

água bem como a sua rescisão. Esta é uma abordagem muito superficial uma vez

que estes são bastantes e a sua apresentação completa seria muito exaustiva.

O POCAL – o sistema contabilístico utilizado nos SMAS é diferente daquele

que se estuda no curso de Gestão, o SNC (Sistema de Normalização

Contabilística). Assim sendo, é pertinente dedicar este capítulo a uma explicação

das principais semelhanças e diferenças entre estes dois sistemas, sendo que a

principal é o facto de no POCAL ser utilizada a contabilidade orçamental, que

não figura no SNC.

ATIVIDADES DESENVOLVIDAS – finalmente, no último capítulo é feita

uma exposição das atividades desenvolvidas durante estes meses, tanto na área

da contabilidade, como na área da receção onde a estagiária prestou auxílio, o

que permitiu uma maior aproximação a todos os colaboradores dos SMAS.

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Relatório de Estágio

2 Flávia Marques (2013)

Capítulo 1 – OS SMAS

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Relatório de Estágio

2 Flávia Marques (2013)

1.1. Enquadramento Geográfico dos SMAS

A Guarda (Ilustração 1) é uma cidade portuguesa com 42 541 habitantes, inserida no

concelho homólogo com 712,11 km² de área e 42 541 habitantes (2011), subdividido em

43 freguesias, depois da reestruturação de freguesias.

Situada no último contraforte Nordeste da Serra da Estrela, a 1056 metros de

altitude, é a cidade mais alta de Portugal. Situa-se na região centro de Portugal e

pertence à sub-região estatística da Beira Interior Norte.

Possui acessos rodoviários importantes como a A25 que a liga a Aveiro e ao

Porto bem como à fronteira, dando ligação direta a Madrid; a A23 que liga a Guarda a

Lisboa e ao Sul de Portugal, bem como o IP2 que liga a Guarda a Trás-os-Montes e

Alto Douro, nomeadamente a Bragança.

Possui ainda a linha da Beira Alta, que se encontra completamente eletrificada

permitindo a circulação de comboios regionais, nacionais e internacionais.

Conhecida pela cidade dos 5 F’s:

Forte

Farta

Fria

Fiel

Formosa

É a partir desta região que vertem as linhas de água subsidiárias das maiores

bacias hidrográficas que abastecem as três maiores cidades de Portugal: para a bacia do

Tejo que abastece Lisboa, para a Bacia do Mondego que abastece Coimbra e para a

bacia do Douro que abastece o Porto.

Fonte: http://www.mun-guarda.pt

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Relatório de Estágio

3 Flávia Marques (2013)

Fonte: http://viajar.clix.pt/geo.php?c=135&lg=pt&w=guarda

1.2. Identificação dos SMAS

Os SMAS entraram em funcionamento em janeiro de 1995, com a extinção da

Divisão de Águas e Saneamento (DAS).

Tal deveu-se ao elevado volume de investimentos realizados, custos de exploração

dos sistemas e à necessidade de os assegurar de uma forma eficaz.

A DAS tinha a seu cargo tudo quanto teoricamente dizia respeito à execução,

exploração, conservação e fiscalização do abastecimento de água e do sistema de

esgotos.

Assim surgem os SMAS, como um serviço público de interesse local, dotado de

autonomia técnica, administrativa e financeira e explorados de forma empresarial, no

quadro da Organização Municipal.

Ilustração 1 - Mapa da Guarda

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Relatório de Estágio

4 Flávia Marques (2013)

Os SMAS, com o NIF (Número de Identificação Fiscal) 680018816, estão

localizados, como mostra a ilustração 2, no Largo de São Vicente n.º 7, 6300-600

Guarda, bem como na loja do Cidadão no Centro Comercial Vivaci.

Podem ser contactados através de:

Telefone: 271 232 740

Linha Verde: 800 208 800

Fax: 271 232 749

Email: [email protected]

Ilustração 2 - Localização dos SMAS

Fonte: http://www.smasguarda.com/c/onde-estamos

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Relatório de Estágio

5 Flávia Marques (2013)

1.3. Atividades Principais

A atividade dos SMAS divide-se em duas áreas: a água e o saneamento.

Estes têm como principais funções:

A captação, adução, tratamento e distribuição de água potável;

A receção, drenagem e tratamento de esgotos;

A construção, ampliação e conservação das redes de água e esgotos, estações

elevatórias e estação de tratamento de águas residuais.

É ainda da responsabilidade dos SMAS proceder à distribuição e à manutenção do

equipamento existente na rede de distribuição da cidade e aldeias periféricas fornecidas

pelo sistema de água, tal como a captação, elevação, armazenagem, distribuição e

manutenção a um conjunto de aldeias dispersas.

Em relação ao saneamento, os SMAS efetuam a recolha do afluente do sistema da

cidade.

Para além disso, os SMAS têm ainda a seu cargo a recolha, transporte e tratamento

de esgotos nas aldeias.

1.4. Caracterização dos SMAS

1.4.1. Missão

“A missão dos SMAS é a distribuição de água com bons níveis quantitativos e

qualitativos e a recolha de esgoto no sentido de maximizar a satisfação dos clientes.”

Fonte: Artigo 4.º

Despacho n.º 6233/2013

Diário da República, 2.ª série — N.º 91 — 13 de maio de 2013

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Relatório de Estágio

6 Flávia Marques (2013)

1.4.2. Unidades Orgânicas

A organização dos SMAS compreende as seguintes unidades orgânicas, tal como

mostra a ilustração 3:

Área de Assessoria

o Gabinete Jurídico;

Divisão Geral

o Contabilidade Geral e Orçamento;

o Contabilidade Analítica e Tesouraria;

o Administrativa e Património;

o Faturação;

o Financeira e Comercial;

o Compras e Armazém;

o Obras;

o Manutenção e Exploração de Sistemas;

o Controlo de Qualidade;

o Recursos Humanos;

o Relações Públicas.

Ilustração 3 - Organograma dos SMAS

Fonte: http://dre.pt/pdfgratis2s/2013/05/2S091A0000S00.pdf

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Relatório de Estágio

7 Flávia Marques (2013)

Funções de cada Unidade Orgânica

Todas as informações relativas à caracterização das Unidades Orgânicas foram

retiradas do Despacho n.º 6233/2013, aprovado em Diário da República, 2.ª série — N.º

91 — 13 de maio de 2013.

Contabilidade Geral e Orçamento

Segundo o artigo 22, a secção de Contabilidade Geral e Orçamento deve manter

devidamente organizada a Contabilidade Geral. Tem ainda como funções efetuar todo o

movimento e escrituração da contabilidade de acordo com as normas legais aplicáveis,

supervisionar a arrecadação de receitas e o pagamento de despesas autorizadas, elaborar

o mapa de fundos disponíveis e mapa de pagamentos em atraso, controlar a elaboração

dos balancetes diários de tesouraria e demais mapas e relatórios, registar todos os bens e

equipamentos existentes nos SMAS, proceder aos respetivos abatimentos e

transferências e ainda emitir e registar cheques.

Contabilidade Analítica e Tesouraria

À Contabilidade Analítica e Tesouraria compete, segundo o artigo 23, assegurar a

arrecadação de todas as receitas dos serviços, efetuar o pagamento de todas as despesas

depois de estas serem devidamente autorizadas, proceder à elaboração periódica de

mapas, tais como, balancetes, mapas de bancos e relatórios finais, definir os centros de

custos e critérios de imputação necessários à implementação da contabilidade analítica,

efetuar os registos contabilísticos de imputação de custos, apresentar anualmente a

demonstração de resultados por funções, bem como preparar os elementos de

informação necessários às diferentes entidades profissionais.

Faturação

Tal como previsto pelo artigo 25, a Secção de Faturação é responsável por proceder

à leitura dos consumos e respetiva faturação, coordenar o serviço de leitores e ainda

controlar os avisos de débito e serviços de corte através do controlo de cobranças.

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Relatório de Estágio

8 Flávia Marques (2013)

Financeira e Comercial

Entre as diversas funções da Divisão Financeira e Comercial, plasmadas no artigo

26, estão o colaborar na elaboração do orçamento e plano de atividades e acompanhar a

sua execução, elaborar o relatório de contas, preparar as alterações e revisões

orçamentais, elaborar o orçamento anual de tesouraria e ainda elaborar estudos e planear

ações tendentes ao melhoramento dos serviços prestados pelos SMAS e á valorização

da sua imagem junto dos clientes.

Compras e Armazém

Segundo o artigo 27, é da responsabilidade desta secção a elaboração das

requisições necessárias após adequada instrução dos respetivos processos, organizar os

processos de aquisição e também registar os movimentos de cabimento e compromisso

relativos às compras.

Controlo de Qualidade

A secção de Controlo de Qualidade deve, segundo o artigo 30, fazer a planificação

do programa de autocontrolo anual de qualidade da água distribuída pelas redes do

concelho, coordenar as tarefas inerentes ao tratamento e higiene nos sistemas

autónomos e desenvolver as ações necessárias para assegurar uma melhoria contínua da

qualidade da água.

Recursos Humanos

Segundo o artigo 31, a secção de Recursos Humanos deve tratar de todos os

assuntos relacionados com o pessoal, tal como, elaboração de contratos, listas de

antiguidade, verificar faltas e licenças, elaborar os respetivos mapas de férias, controlar

a assiduidade e ainda executar o processamento de vencimentos dos funcionários da

organização.

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Relatório de Estágio

9 Flávia Marques (2013)

1.4.3. Caracterização dos Recursos Humanos

Os dados que se seguem dizem respeito a 31/12/2012.

No total os SMAS possuem 75 trabalhadores, dos quais 56 (75%) são do sexo

masculino e 19 (25%) do sexo feminino (Gráfico 1). A maioria dos colaboradores tem

entre 50 e 59 anos. O Gráfico 2 mostra a disposição dos colaboradores por faixa etária e

por género.

Gráfico 1 - Colaboradores por Género

Fonte: Elaboração Própria

75%

25%

Masculino

Feminino

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Relatório de Estágio

10 Flávia Marques (2013)

Gráfico 2 - Escalão Etário por Género

Fonte: Elaboração Própria

Como se verifica no Quadro 1 e no Gráfico 3, a maioria dos colaboradores

encontram-se na carreira de Assistente Operacional. Todavia, existe apenas um

colaborador do sexo feminino nessa posição.

Ainda que o género feminino esteja claramente em menor número na

organização, ocupam cargos mais elevados, tais como Técnicos Superiores e Assistentes

Técnicos, como mostra o Gráfico 4.

0 5 10 15

Menos…

20-24

25-29

30-34

35-39

40-44

45-49

50-54

55-59

60-64

65-69

70 ou…

Feminino

Masculino

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Relatório de Estágio

11 Flávia Marques (2013)

Quadro 1 - Cargo / Carreira Ocupado

Dirigente

Superior

Dirigente

Intermédio

Técnico

Superior

Assistente

Técnico

Assistente

Operacional Outros Total

Menos de 20 0 0 0 0 0 0 0

20-24 0 0 0 0 0 0 0

25-29 0 0 0 0 4 0 4

30-34 0 0 2 2 6 0 10

35-39 0 1 4 4 2 1 12

40-44 0 1 2 1 5 0 9

45-49 0 0 0 2 5 3 10

50-54 0 1 0 1 11 0 13

55-59 0 1 0 3 10 0 14

60-64 0 0 0 0 3 0 3

65-69 0 0 0 0 0 0 0

70 ou mais 0 0 0 0 0 0 0

Total 0 4 8 13 46 4 75

Fonte: Elaboração Própria

Gráfico 3 - Número de Colaboradores por Cargo

Fonte: Elaboração Própria

4

8

13

46

4

Dirigente Intermédio

Técnico Superior

Assistente Técnico

Assistente Operacional

Outros

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12 Flávia Marques (2013)

Gráfico 4 - Cargo dos Colaboradores por Género

Fonte: Elaboração Própria

Como se verifica no Gráfico 5 grande parte dos colaboradores estão na

organização há menos de 5 anos, contudo regista-se um grande número de

colaboradores com 25 a 29 anos de antiguidade.

Comprova-se no Gráfico 6 que 11 das 19 colaboradoras do sexo feminino estão

nos serviços há menos de 5 anos, sendo que nenhuma delas ultrapassa os 29 anos de

antiguidade, que no caso dos homens chega aos 40 ou mais anos.

Pelos dados apresentados, conclui-se que os colaboradores dos SMAS têm já

alguma antiguidade uma vez que 60% destes prestam aí serviços há mais de 10 anos, o

que contribui fortemente para a grande competência que estes demonstram.

3

0

4

45

4

1

8

9

1

0

0 10 20 30 40 50

Dirigente Intermédio

Técnico Superior

Assistente Técnico

Assistente Operacional

Outros

Feminino

Masculino

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Relatório de Estágio

13 Flávia Marques (2013)

Gráfico 5 - Antiguidade dos Colaboradores

Fonte: Elaboração Própria

Gráfico 6 - Antiguidade dos Colaboradores por Género

Fonte: Elaboração Própria

Como se confirma pelo gráfico 7 o número de trabalhadores tem-se mantido

relativamente constante, tendo sofrido uma ligeira descida no ano de 2012. Tal pode ser

devido à política de redução de despesas que o país atravessa.

26

4

10

8

4

16

3

3

1

0 5 10 15 20 25 30

até 5 anos

5 a 9

10 a 14

15 a 19

20 a 24

25 a 29

30 a 34

35 a 39

40 ou mais

15

2

9

5

4

14

3

3

1

11

2

1

3

0

2

0

0

0

0 5 10 15 20

até 5 anos

5 a 9

10 a 14

15 a 19

20 a 24

25 a 29

30 a 34

35 a 39

40 ou mais

Feminino

Masculino

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Relatório de Estágio

14 Flávia Marques (2013)

Gráfico 7 - Número de Trabalhadores ao Longo dos Anos

Fonte: Relatório e Contas 2012 (site www.smasguarda.com)

Em relação às habilitações académicas, os colaboradores dos SMAS são bastante

heterogéneos. Os níveis de ensino mais recorrentes são o 4º, 9º e 12º anos, bem como a

Licenciatura como indica o Gráfico 8. Contudo, se for analisado o género, através do

Gráfico 9, as mulheres possuem um nível mais elevado de habilitações, o que vai de

encontro ao exercício de uma carreira/cargo mais elevados, como foi visto

anteriormente.

Gráfico 8 - Habilitações Académicas

Fonte: Elaboração Própria

92

78 78 75 73

69 64

73 74 74 80

75

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

14

12

17 3

13

2

13

1

4ºano

6ºano

9ºano

11ºano

12ºano

Bacharelato

Licenciatura

Mestrado

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Relatório de Estágio

15 Flávia Marques (2013)

Gráfico 9 - Habilitações Académicas por Género

Fonte: Elaboração Própria

Analisando os Gráficos 10 e 11 verifica-se que cerca de 65% dos colaboradores

se encontra vinculado à organização através de um Contrato de Trabalho em Funções

Públicas (CTFP) por tempo indeterminado.

Gráfico 10 - Modalidade de Vinculação

Fonte: Elaboração Própria

0 5 10 15 20

4ºano

6ºano

9ºano

11ºano

12ºano

Bacharelato

Licenciatura

Mestrado

Feminino

Masculino

49 1

25 CTFP por tempoindeterminado

CTFP a termo resolutivocerto

Outra

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Relatório de Estágio

16 Flávia Marques (2013)

Gráfico 11 - Modalidade de Vinculação por Género

Fonte: Elaboração Própria

O STAL (Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local) é a

associação sindical constituída pelos trabalhadores nele filiados que, independentemente

do vínculo e/ou tipo de regime, e/ou tipo de contrato, exerçam atividade profissional na

Administração Pública, Local ou Regional.

O STAL conta atualmente com 56 mil associados.

No caso dos SMAS Guarda, 75% (56) dos colaboradores são associados do

STAL, o que se confirma no gráfico 12.

Gráfico 12 - Número de Trabalhadores Sindicalizados

Fonte: Elaboração Própria

41

0

15

8

1

10

0 10 20 30 40 50

CTFP por tempoindeterminado

CTFP a termo resolutivo certo

Outra

Feminino

Masculino

75%

25%

Sindicalizados

Não sindicalizados

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17 Flávia Marques (2013)

Capítulo 2 – Os Serviços

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Relatório de Estágio

18 Flávia Marques (2013)

2.1. Serviços

Os SMAS têm diversos serviços ao dispor do Utente. De seguida, abordam-se

três deles:

Celebração de Contrato

Meios para a Celebração de Contrato:

Atendimento presencial;

No website dos SMAS;

Por e-mail [email protected];

Carta ou fax - 271 232 749.

Elementos para Celebração de Contrato de Abastecimento de Água:

Identificação;

Assinatura do Cliente;

Prova de Legitimidade de Ocupante;

o Contrato de Arrendamento;

o Caderneta Predial.

Modalidade de Pagamento

o Multicanal ou Débito em Conta:

o Numerário, Multibanco ou cheque no valor de 25€ + IVA (Imposto sobre

o Valor Acrescentado) à taxa em vigor.

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19 Flávia Marques (2013)

Rescisão de Contrato

Meios para a Rescisão de Contrato:

Atendimento presencial;

No website dos SMAS;

Por e-mail [email protected];

Carta ou fax - 271 232 749.

Elementos para Rescisão de Contrato de Abastecimento de Água:

Leitura do contador;

Localização do contador (interior ou exterior);

Data e morada do local em que se pretende proceder ao fecho de água;

Nome e código de cliente;

Morada para envio de contas de acertos de valores.

Requisição de Ramal ou Alteração de Ramal

Documentos Necessários:

Morada;

Nº de contribuinte (singular ou coletivo);

Contacto;

Bilhete de identidade ou cartão de cidadão da pessoa que procede ao pedido.

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20 Flávia Marques (2013)

2.2. Tarifários Sociais

Existem nos SMAS Tarifários Sociais, que visam cumprir os objetivos de

equidade e justiça relativamente aos mais desfavorecidos social e economicamente.

Podem usufruir destes tarifários, nas situações a seguir descritas:

Pensionistas

o Idade igual ou superior a 65 anos;

o Pensão mensal auferida, do próprio, ou dos dois elementos que

constituem o casal, igual ou inferior ao dobro da Pensão Mínima

Nacional/2013 – 513,6 (256,8*2).

Invalidez

o Possuir um grau de Invalidez igual ou superior a 65%;

o Ser titular do contrato de abastecimento de água.

Famílias Numerosas

o Possuir três ou mais descendentes dependentes.

Famílias Monoparentais

o O requerente ser titular do contrato de abastecimento de água;

o Três descendentes ou mais a depender/ coabitar com apenas um dos

progenitores.

Carenciados

o Usufruir do Rendimento Mínimo Garantido;

o Ser titular do contrato de abastecimento de água.

Jovens Casais

o Rendimento mensal auferido não superior ao Ordenado Mínimo

Nacional/2013 Casal – 970€ (485€ mensais);

o Idade compreendida entre os 18 e os 30 anos (Soma de idades não

superior a 55 anos).

Condomínios Legalizados

o Pessoa coletiva devidamente legalizada.

Consumos Coletivos

o Projeto comprovativo da situação acima enunciada.

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21 Flávia Marques (2013)

Capítulo 3 – O POCAL

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22 Flávia Marques (2013)

3.1. A Quem se Destina

O POCAL é obrigatoriamente aplicável a todas as autarquias locais e entidades

equiparadas, ou seja, é o Sistema Contabilístico adotado pelos SMAS.

Este foi aprovado pelo Decreto-Lei nº 54-A/99, de 22 de fevereiro, sofreu uma

primeira alteração com a Lei n.º 162/99, de 14/09, foi novamente alterado pelo Decreto-

Lei n.º 315/2000, de 02/12 e teve ainda uma terceira alteração com o Decreto-Lei n.º

84-A/2002, de 05/04.

Além dos SMAS, este sistema contabilístico é ainda aplicado a:

Freguesias, Municípios e Serviços Municipalizados;

Associações de Municípios e de Freguesias de direito público;

Áreas Metropolitanas;

Assembleias Distritais;

Juntas de Turismo e Regiões de Turismo;

Outras entidades sujeitas ao regime de contabilidade das autarquias locais.

Tem por objetivos apoiar a tomada de decisões estratégicas no âmbito da

orçamentação plurianual, apoiar a atividade de controlo da atividade financeira da

administração local, reforçar a transparência da situação financeira e patrimonial das

autarquias, reforçar a utilização pelas autarquias locais das novas técnicas de gestão e

reforçar a transparência das relações financeiras das autarquias.

O POCAL possibilita um conjunto de soluções em vários domínios da gestão

financeira, entre as quais:

A possibilidade de permitir uma gestão financeira integrada, ao interligar a

Contabilidade Orçamental com a Contabilidade Patrimonial e com a

Contabilidade de Custos, o que facilita não só a avaliação da eficiência e

eficácia dos serviços públicos, mas também o controlo e gestão do

património autárquico;

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Relatório de Estágio

23 Flávia Marques (2013)

A disponibilidade de informação para apoiar o controlo da atividade

financeira da Administração Local, quer pelos respetivos órgãos e cidadãos,

quer ainda pelas entidades com competência legal neste domínio;

O conhecimento integral e exato da composição do património autárquico;

A possibilidade de determinar corretamente, através da contabilidade de

custos, o real custo de cada um dos serviços prestados, atividades e ações

levadas a cabo pelos organismos sujeitos à aplicação deste novo diploma;

A tomada de decisões estratégicas no domínio da orçamentação plurianual,

face ao acompanhamento de compromissos com reflexos em anos futuros;

A capacidade do sistema fornecer informação económica e financeira

rigorosa que melhor habilite a tomada de decisão, quer ao nível da gestão

corrente, quer ao nível estratégico.

Finalidade do Sistema Articulado da Contabilidade Autárquica

“Fins de Gestão

o Fornecer informação aos órgãos autárquicos para a tomada de decisão, tanto no

âmbito político como no de gestão.

o Refletir os atos de gestão do ponto de vista orçamental:

a) Relativos às despesas:

Dotações iniciais e respetivas modificações;

Dotações autorizadas;

Dotações comprometidas;

Obrigações constituídas;

Autorizações de pagamentos;

Pagamentos efetuados.

b) Relativos às receitas:

Previsões iniciais e respetivas modificações;

Direitos reconhecidos (liquidação da receita);

Receitas cobradas.

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24 Flávia Marques (2013)

o Fornecer dados relativos à atividade económica, financeira e patrimonial do

município:

Balanço;

Demonstração de Resultados por Natureza;

Mapas de Operações de Tesouraria;

Mapa de Fluxos de Caixa;

Mapa de Contas de Ordem.

o Relevar outros aspetos económicos e financeiros da gestão:

o Identificar os custos, proveitos e resultados da atividade autárquica pelos

diferentes serviços e funções;

o Evidenciar o investimento realizado;

o Informar sobre a capacidade de endividamento da autarquia.

o Mostrar a situação patrimonial, como um todo, possibilitando o inventário

permanente do imobilizado (ativos) e a obtenção de um balanço integral, sempre

que necessário.

Finalidade de Controlo

o Possibilitar o exercício do controlo da legalidade e regularidade da actividade

financeira das autarquias;

o Permitir o controlo da economia, entendida como a organização, coordenação e

emprego dos meios para melhor optimizar a relação entre o produto e/ouserviços

obtidos e os meios usados para a sua consecução;

o Permitir o controlo da eficácia, entendida como a consecução de forma

satisfatória dos objectivos e acções previstas e autorizadas.

Finalidade da Análise e Divulgação

o Possibilitar o acompanhamento das finanças locais pelas Comissões de

Coordenação Regional e Direção Geral das Autarquias Locais (DGAL) – art.6º

do POCAL;

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25 Flávia Marques (2013)

o Possibilitar informação para a elaboração das contas económicas do Sector

Público Nacional, através do envio à Direção Geral do Orçamento (DGO), de

informação trimestral e a conta anual – art. 8º do POCAL;

o Fornecer informação para tratamento estatístico através do envio de informação

ao INE – art. 7º do POCAL;

o Fornecer informação útil para outros destinatários (associações, instituições,

empresas, utentes em geral e outros.”

Fonte: Carvalho, Fernandes e Teixeira (2006) (pag.29 e 30)

3.2. Princípios e Regras

O POCAL assenta em dois grupos de princípios e regras:

o Princípios e regras orçamentais, relacionados com a elaboração e a

execução dos documentos previsionais;

o Princípios contabilísticos, aplicáveis à informação económico-

patrimonial (Contabilidade Patrimonial e Contabilidade de Custos).

Na ilustração 4 estão resumidos os Princípios Orçamentais e Contabilísticos.

Ilustração 4 - Princípios da Contabilidade

Fonte: Carvalho, Fernandes e Teixeira (2006)

Princípios Orçamentais Princípios Contabílisticos

Independência

Anualidade

Unidade

Equilibrio

Universalidade

Não consignação

Não compensação

"Continuidade"

Prudência

Materialidade

"De caixa"

"Prudência"

Não compensação

Entidade contabílistica

Continuidade

Consistência

Especialização (ou acréscimo)

Custo histórico

Especificação

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Relatório de Estágio

26 Flávia Marques (2013)

“ Princípios orçamentais

Na elaboração e execução do orçamento das autarquias locais devem ser

seguidos os seguintes princípios orçamentais:

a) Princípio da independência— a elaboração, aprovação e execução do

orçamento das autarquias locais é independente do Orçamento do Estado;

b) Princípio da anualidade — os montantes previstos no orçamento são anuais,

coincidindo o ano económico com o ano civil;

c) Princípio da unidade — o orçamento das autarquias locais é único;

d) Princípio da universalidade— o orçamento compreende todas as despesas e

receitas, inclusive as dos serviços municipalizados, em termos globais, devendo o

orçamento destes serviços apresentar-se em anexo;

e) Princípio do equilíbrio — o orçamento prevê os recursos necessários para

cobrir todas as despesas e as receitas correntes devem ser pelo menos iguais às

despesas correntes;

f) Princípio da especificação — o orçamento discrimina suficientemente todas

as despesas e receitas nele previstas;

g) Princípio da não consignação — o produto de quaisquer receitas não pode

ser afeto à cobertura de determinadas despesas, salvo quando essa afectação for

permitida por lei;

h) Princípio da não compensação — todas as despesas e receitas são inscritas

pela sua importância integral, sem deduções de qualquer natureza.

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27 Flávia Marques (2013)

Princípios contabilísticos

Princípios contabilísticos fundamentais a seguir formulados devem conduzir à

obtenção de uma imagem verdadeira e apropriada da situação financeira, dos

resultados e da execução orçamental da entidade:

a) Princípio da entidade contabilística — constitui entidade contabilística todo

o ente público ou de direito privado que esteja obrigado a elaborar e apresentar contas

de acordo com o presente Plano. Quando as estruturas organizativas e as necessidades

de gestão e informação o requeiram, podem ser criadas subentidades contabilísticas,

desde que esteja devidamente assegurada a coordenação com o sistema central;

b) Princípio da continuidade — considera-se que a entidade opera

continuadamente, com duração ilimitada;

c) Princípio da consistência — considera-se que a entidade não altera as suas

políticas contabilísticas de um exercício para o outro. Se o fizer e a alteração tiver

efeitos materialmente relevantes, esta deve ser referida de acordo com o anexo às

demonstrações financeiras (nota 8.2.1);

d) Princípio da especialização (ou do acréscimo) — os proveitos e os custos são

reconhecidos quando obtidos ou incorridos, independentemente do seu recebimento ou

pagamento, devendo incluir-se nas demonstrações financeiras dos períodos a que

respeitem;

e) Princípio do custo histórico — os registos contabilísticos devem basear-se

em custos de aquisição ou de produção;

f) Princípio da prudência — significa que é possível integrar nas contas um

grau de precaução ao fazer as estimativas exigidas em condições de incerteza sem,

contudo, permitir a criação de reservas ocultas ou provisões excessivas ou a deliberada

quantificação de ativos e proveitos por defeito ou de passivos e custos por excesso;

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Relatório de Estágio

28 Flávia Marques (2013)

g) Princípio da materialidade — as demonstrações financeiras devem

evidenciar todos os elementos que sejam relevantes e que possam afetar avaliações ou

decisões dos órgãos das autarquias locais e dos interessados em geral;

h) Princípio da não compensação — os elementos das rubricas do ativo e do

passivo (balanço), dos custos e perdas e de proveitos e ganhos (demonstração de

resultados) são apresentados em separado, não podendo ser compensados.”

Fonte: Decreto-Lei n.º 54-A/99, de 22 de Fevereiro

3.3. Regime Completo e Regime Simplificado

O POCAL define dois regimes de organização contabilística: um regime

completo e um regime simplificado.

Ficam sujeitas ao regime completo, todas as entidades que movimentaram

receitas superiores a 1.716.400€. As restantes ficam enquadradas no regime

simplificado.

A grande diferença entre os dois regimes resulta do tipo de organização

contabilística a que estão obrigados, já que as autarquias locais sujeitas ao regime

simplificado aplicam unicamente a contabilidade orçamental e as autarquias locais

sujeitas ao regime completo utilizam, de uma forma articulada, a contabilidade

orçamental, a patrimonial e a de custos, como se resume na ilustração 5.

Ilustração 5 - Obrigações Contabilísticas (Regime Geral e Simplificado)

Fonte: Carvalho, Fernandes e Teixeira (2006)

Inventário e valorização SIM SIM

Norma de controlo interno SIM SIM

Contabilidade orçamental SIM SIM

Contabilidade patrimonial SIM NÃO

Contabilidade de custos SIM NÃO

Obrigações Contabilisticas

Documentos previsionais:

-Grandes opções do plano

-Orçamento

Regime

Geral

Regime

Simplificado

SIM SIM

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Relatório de Estágio

29 Flávia Marques (2013)

No que respeita às fases de implementação, tal como para o regime completo, o

regime simplificado não dispensa as entidades de elaborarem o inventário e o sistema de

controlo interno, por forma a habilitar os respetivos órgãos de instrumentos, que lhes

permitam conhecer o valor total do seu património e gerir eficiente e eficazmente os

bens, direitos e obrigações da respetiva autarquia local.

3.4. Contabilidade Orçamental, Patrimonial e de Custos

O POCAL fundamenta-se em três sistemas articulados de contabilidade:

Contabilidade Orçamental: Proporciona a informação gerada pelas diferentes

fases de execução do orçamento autárquico, ou seja, regista operações visando o

controlo da execução do orçamento.

É utilizada a classe 0 do plano de contas do POCAL, bem como a conta “25 –

devedores e credores pela execução do orçamento” (anexo 1).

As contas da Classe 0 destinam-se apenas ao registo das operações orçamentais

com efeitos unicamente internos à autarquia.

Principais documentos orçamentais:

o Grandes Opções do Plano (PPI (Plano Plurianual de Investimento) +

Atividades Mais Relevantes);

o Orçamento;

o Mapa de execução anual do PPI;

o Mapas de execução/controlo orçamental (despesa e receita);

o Mapa de Fluxos de Caixa;

o Mapa de Operações de Tesouraria.

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Relatório de Estágio

30 Flávia Marques (2013)

Contabilidade Patrimonial: Revela, por um lado, a informação relativa aos

bens da autarquia local e aos direitos de longo, médio ou curto prazos e, por

outro, a situação dos fundos patrimoniais e das obrigações de longo, médio e

curto prazos. Regista ainda operações visando relatar a situação financeira e

patrimonial e o resultado anual económico da entidade.

Estão destinadas a este sistema as contas da classe 1 à classe 8 do plano de

contas.

Demonstrações financeiras:

o Balanço;

o Demonstração de Resultados;

o Anexo (caracterização da entidade, notas ao balanço e à demonstração de

resultados, notas sobre o processo orçamental e respetiva execução).

Contabilidade de Custos: Permite registar as operações financeiras internas da

autarquia local, estabelecer o controlo mais direto e pormenorizado da sua

atividade, por forma a facilitar a tomada de decisão dos órgãos autárquicos,

designadamente ao nível de fixação de preços, taxas e tarifas.

É utilizada a classe 9 do plano de contas (anexo 1).

À informação que daí deriva acrescenta-se ainda a informação “extra-

contabilística”, sendo registada e obtida através das “contas de ordem”, de “operações

de tesouraria” e outra informação patrimonial obtida através do “Inventário do

Imobilizado”.

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Relatório de Estágio

31 Flávia Marques (2013)

As ilustrações 6 e 7 mostram a relação entre os diversos sistemas, as suas formas

de registo, classificadores e mapas produzidos.

A ilustração 6 evidencia de forma clara a diferença entre os três tipos de

Contabilidade e as classes de contas associadas a cada uma delas, enquanto que a

ilustração 7 se centra na forma como as três Contabilidades de relacionam entre si.

Salienta-se ainda que, no que diz respeito ao SNC, pode fazer-se uma ligeira

analogia entre a Contabilidade de Custos e a Contabilidade de Gestão e entre a

Contabilidade Patrimonial e a Contabilidade Financeira. O SNC não contempla a

Contabilidade Orçamental.

Ilustração 6 - Os Sistemas Contabilísticos do POCAL

Fonte: Carvalho, Fernandes e Teixeira (2006)

09 +

5

6

7

8

Balanço

Anexos ao Balanço

Operações de Tesouraria

Demonstração de Resultados por

Natureza (DR)

Anexos á DR

Mapas CC (Contabilidade de custos)

Tipos de Contas de Ordem

Instrumentos de Gestão e Controlo

Mapa 8.2.26 - Contas de Ordem

Classificação por

serviços ou bens

Mapa 7.3.1 - Execução da despesa

Mapa 7.3.2 - Execução da receita

Mapa 8.3.1.1 - Modificações da receita

Mapa 8.3.1.2 - Modificações da despesa

Mapa 7.5 - Fluxos de Caixa

Mapa 7.4 - Execução anual do PPI

Proveitos por natureza

Resultados

Contabilidade

de Custos

Por funções

Por serviços, bens

ou produtos

Classe 9

(Optativa)

Classificação

Funcional

Sistemas

Contas de Ordem

Classificadores POCAL

Classe 0

(exceto a

conta 09)

Cla

ssif

icação

económ

ica

Cla

ssif

icação

Funcio

nal

Conta 25

+ +

Contabilidade

Orçamental

Operações Internas

(Não produzem

efeitos na esfera

patrimonial)

Operações

Externas

1 a 4 Ativo

Circulante

(Classe 1 a 3)

Fixo

(Classe 4)

Custos por natureza

Fundo Próprio

2

Passivo (por tipo de

fornecedores e outro

credores)

Contabilidade

Patrimonial

Contas de Balanço

Contas de

Resultados

Classes

6 a 8

Classes

1 a 5

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32 Flávia Marques (2013)

Ilustração 7 - Articulação dos Diferentes Sistemas Contabilísticos

Fonte: Carvalho, Fernandes e Teixeira (2006)

Legenda:

1. Após a aprovação, o Orçamento será registado na classe 0. A execução do orçamento

da despesa, fase do cabimento e compromisso bem como todas as modificações ao

orçamento da despesa e da receita, devem ser registadas na classe 0;

2. A cobrança regista-se na Contabilidade Orçamental através da conta 251 – Devedores

pela execução do orçamento, e simultaneamente, nas contas de proveitos da

Contabilidade Patrimonial;

3. Também se regista na conta 252 – Credores pela execução do orçamento, a

autorização do pagamento e o respetivo pagamento;

Contabilidade de Custos

Por funções

Por produtos

Por serviços

Por atividades

Por projetos

Imobilizado

Fundo próprio

Proveitos

Custos

Operações não

orçamentais

Contabilidade Orçamental

Contabilidade Patrimonial

Disponibilidades

Terceiros

Existências

Cobrança

Autorização

pagamento

Obrigação

PagamentoConta 25Classe 0

Orçamento da receita

Orçamento da despesa Cabimento

Compromisso

Liquidação

1

1

1

4

3 3

2

44

76

5

7

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33 Flávia Marques (2013)

4. As fases de Obrigação, Pagamento, Liquidação e Cobrança, são de registo obrigatório

na Contabilidade Patrimonial;

5. Existem operações que não são objeto de registo na Contabilidade Orçamental, tais

como as amortizações, provisões, abates e reavaliações e ainda as operações de

tesouraria. Apenas se registam nas contas de Contabilidade Patrimonial;

6. Qualquer registo na classe 6 – Custos, deve ser objeto de reclassificação na

Contabilidade de Custos. De igual modo serão objeto de registo na Contabilidade de

Custos, o Custo das Mercadorias Vendidas e Matérias Consumidas, bem como as

amortizações relativas ao imobilizado;

7. Da Contabilidade de Custos obtêm-se os custos dos bens produzidos pela própria

entidade que será posteriormente objeto de registo na Contabilidade Patrimonial.

3.5. A Conta 25

A conta 25 é utilizada na execução do orçamento sendo decomposta por

classificação económica. É a conta que faz a ligação entre a Contabilidade Orçamental e

a Contabilidade Patrimonial.

A conta 25 subdivide-se em:

o 251 - Devedores pela execução do Orçamento;

o 252 - Credores pela execução do Orçamento.

Estas subcontas integram a fase do processamento do Pagamento (subconta 252)

e do Recebimento (subconta 251), durante a execução orçamental.

É esta conta que fornece elementos para a elaboração dos mapas de execução

orçamental:

o Controlo orçamental-receita;

o Controlo orçamental-despesa;

o Fluxos de caixa.

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34 Flávia Marques (2013)

“Nesta conta registam-se os movimentos correspondentes à liquidação relativa

a um crédito da autarquia local perante terceiros (guia de receita) ou a um débito

(ordem de pagamento), bem como os subsequentes recebimentos e pagamentos,

incluindo os referentes a adiantamentos, reembolsos e restituições.” Fonte: POCAL

Esta conta só se movimenta em contrapartida de contas de Terceiros e

Disponibilidades.

3.5.1. Articulação entre a Contabilidade Orçamental e

Patrimonial

No lado das DESPESAS – ocorre no momento do processamento da despesa via

subcontas da “252 – Credores pela execução do orçamento”, as quais deverão estar

desagregadas por rubricas da classificação económica das despesas.

A conta 252 é utilizada numa fase de registo entre a obrigação e o pagamento,

designada “Autorização de Pagamento”. A ilustração 8 mostra como tal é feito

contabilisticamente.

Ilustração 8 – Autorização de Pagamento

Fonte: Carvalho, Fernandes e Teixeira (2006)

O saldo da conta 252 dá-nos o valor das Autorizações de Pagamento ainda não

pagas.

No lado das RECEITAS – ocorre no momento da liquidação da receita via

subcontas da “251 – Devedores pela execução do orçamento”, as quais deverão estar

desagregadas por rubricas da classificação económica das receitas.

A conta 251 é utilizada na fase da cobrança. A ilustração 9 mostra esse processo.

Pagamento

(3ª fase)

Obrigação

(1ª fase)Autorização

de pagamento

(2ª fase)

1 - Disponibilidades Classe 3, 4 ou 6

252 - Cred. p/ ex. do

orç

Classe 2 -

Forn./Credores

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35 Flávia Marques (2013)

Ilustração 9 - Cobrança

Fonte: Carvalho, Fernandes e Teixeira (2006)

3.6. Documentos Previsionais

Os documentos previsionais a adotar pelas autarquias locais são:

o GOP’s (Grandes Opções do Plano)

o PPI;

o Plano de atividades mais relevantes da gestão autárquica.

o Orçamento

o Resumo do Orçamento;

o Orçamento da Despesa;

o Orçamento da Receita.

3.6.1. Plano Plurianual de Investimentos

“O plano plurianual de investimentos das autarquias locais, de horizonte móvel

de quatro anos, inclui todos os projetos e ações a realizar no âmbito dos objetivos

estabelecidos pela autarquia local e explicita a respetiva previsão de despesa.

No plano plurianual de investimentos devem ser discriminados os projetos e

ações que impliquem despesas orçamentais a realizar por investimentos.

Na elaboração do plano plurianual de investimentos, em cada ano, devem ser

tidos em consideração os ajustamentos resultantes das execuções anteriores.”

Fonte: Decreto-Lei n.o 54-A/99 de 22 de fevereiro

21 - Clientes ou

26 - ODC

251 - Dev. p/ ex. do

orç.

11 - Caixa ou 12 -

Bancos

Reconhecimento

do direito ou

obrigação

Cobrança Cobrança

Classe 7

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Relatório de Estágio

36 Flávia Marques (2013)

O PPI é o instrumento de Gestão que melhor reflete a tomada de decisão, uma

vez que este é elaborado previamente e ao longo do tempo existe uma comparação para

verificar os resultados obtidos.

Pode ainda ser visto como um compromisso autárquico, uma vez que as decisões

tomadas inicialmente devem ser seguidas com o máximo de fieldade.

No caso dos SMAS o PPI aborda os gastos previstos em obras e em materiais

necessários, tais como máquinas.

3.6.2. O Orçamento

“O orçamento das autarquias locais apresenta a previsão anual das receitas,

bem como das despesas, de acordo com o quadro e código de contas descritos neste

diploma.

O orçamento das autarquias locais é constituído por dois mapas:

o Mapa resumo das receitas e despesas da autarquia local, que inclui, no caso

dos municípios, as correspondentes verbas dos serviços municipalizados,

quando aplicável;

o Mapa das receitas e despesas, desagregado segundo a classificação económica,

a que acresce o dos serviços municipalizados, quando aplicável.

Sem carácter de obrigatoriedade, as despesas orçamentais podem ainda ser

discriminadas em conformidade com a estrutura orgânica das autarquias locais,

devendo nesse caso considerar-se sempre o capítulo orgânico 01 «Administração

autárquica», que integrará, para além das despesas respeitantes aos órgãos da

autarquia local, todas as operações relativas aos capítulos 09 «Ativos financeiros» e 10

«Passivos financeiros».”

Fonte: Decreto-Lei n.º 54-A/99 de 22 de fevereiro

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Relatório de Estágio

37 Flávia Marques (2013)

Capítulo 4 – O Estágio nos SMAS

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Relatório de Estágio

38 Flávia Marques (2013)

4.1. Introdução

O estágio centrou-se essencialmente em dois setores, o setor da Receção e o Setor

da Contabilidade e Orçamento onde a estagiária desenvolveu funções.

Neste capítulo irão ser descritas as principais atividades desenvolvidas pela

estagiária, sendo algumas delas eram diárias enquanto outras eram periódicas.

Na Receção, a principal função era o atendimento, tanto pessoal como telefónico,

bem como a elaboração diária da guia do correio e o seu envio junto dos CTT (Correios

de Portugal). A estagiária tinha ainda a seu cargo a entrega diária na Câmara Municipal,

no final do dia, do despacho com os documentos que necessitavam ser vistos pelo

vereador, que fazia parte do conselho de administração.

Na secção de Contabilidade e Orçamento as principais funções eram a classificação

dos documentos do Diário de Tesouraria e a elaboração de conferências periódicas.

4.2. Atendimento

A pessoa responsável pela receção é a “face” da organização, logo deve tentar ser

simpática e acima de tudo prestável.

Quando um utente se dirige aos serviços a rececionista deve cumprimentá-lo e de

seguida encaminhá-lo para o serviço pretendido. No caso de se tratar de tarifários

sociais deve ser a rececionista a ajudar o cliente a preencher os formulários (anexo 2) e

seguidamente entregar os mesmos na Secção de Relações Públicas, anexando-lhes

fotocópias dos documentos necessárias.

Por vezes, os utentes tinham que ser reencaminhados para a parte administrativa.

Por exemplo, no caso de o cliente querer dividir a fatura em prestações, então a

rececionista deve telefonar para a extensão pretendida, apresentar a situação e

acompanhar o utente até ao escritório pretendido.

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Relatório de Estágio

39 Flávia Marques (2013)

É também da responsabilidade da rececionista o atendimento de todas as

chamadas que chegam aos serviços e o seu respetivo reencaminhamento.

Cada um dos setores tem uma extensão interna própria para onde são

reencaminhadas as chamadas da receção e que são também utilizadas entre diferentes

setores.

Quando se atende o telefone deve identificar-se os serviços, cumprimentar e

finalmente dizer o nome. Por exemplo “Serviços Municipalizados da Guarda, bom dia,

fala a Flávia”, de seguida deve identificar-se o assunto para finalmente reencaminhar a

chamada. Alguns assuntos são tratados pela rececionista, como por exemplo quando há

algum problema como fuga de água, falta de água, saneamentos entupidos, entre outros.

E nesse caso devem ser pedidos ao utente os seus dados como nome, código de cliente,

morada e um contacto telefónico. Para estas situações existem na receção formulários

(anexo 3) que depois de preenchidos, devem ser entregues ao “Back-Office” que passa

de seguida o serviço para o armazém dos SMAS, deslocando-se então posteriormente ao

local para tratar da situação. A rececionista tem ainda a seu cargo o registo da saída de

viaturas (ilustração 10), uma vez que as chaves das mesmas são mantidas na receção

onde os condutores se dirigem quando estas são necessárias; o registo das chamadas

efetuadas do telefone e do telemóvel que se encontram na receção (ilustração 11) e

ainda o registo das leituras dos contadores, facultadas por telefone (ilustração 12).

Ilustração 10 - Saída de Viaturas

Fonte: Material fornecido pelos SMAS

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Relatório de Estágio

40 Flávia Marques (2013)

Ilustração 11 - Chamadas Efetuadas pelo Telemóvel/Telefone

Fonte: Material fornecido pelos SMAS

Ilustração 12 - Mapa de Leituras

Fonte: Material fornecido pelos SMAS

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Relatório de Estágio

41 Flávia Marques (2013)

4.3. Contabilidade e Orçamento

4.3.1. A Despesa

O circuito da despesa envolve vários setores, entre eles, o Aprovisionamento,

Contabilidade e Tesouraria, como se vê na ilustração 13.

Ilustração 13 - Fluxograma da Despesa

Fonte: Elaboração Própria

Para que haja uma despesa tem que existir obrigatoriamente uma autorização

prévia, sendo que a falta desta faz com que a despesa seja considerada de

responsabilidade própria do autor.

Há dotação orçamental Não há dotação orç.

Não há alteração

A despesa não se pode efetuar

Processo de despesa é enviado para a

Contabilidade que faz o registo da fatura,

processa a ordem de pagamento e depois de

devidamente autorizada faz o pagamento

Ordem de pagamento é submetida à

Tesouraria que efetua o pagamento

Despesa é remetida à entidade competente

para Autorização

Aprovisionamento efetua Compromisso

O fornecedor entrega o bem

O setor que recebe o bem envia a Guia de

Remessa para o Aprovisionamento

Há alteração orç.

Requisição Interna

Parecer do responsável de divisão

Envio da requisição para o Aprovisionamento

Requisição de Alteração OrçamentalAprovisionamento faz Cabimentação

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42 Flávia Marques (2013)

Inicialmente o serviço carente do bem ou serviço deve efetuar a requisição

interna, onde deve indicar a quantidade e o preço estimado, bem como os potenciais

fornecedores a consultar, dando assim a conhecer a necessidade da despesa.

Essa requisição é então entregue ao responsável de divisão que dá o seu parecer

àcerca da necessidade ou não do bem ou serviço.

A requisição é de seguida remetida para o Aprovisionamento, que verifica a

existência ou não de dotação orçamental e se tal se confirmar este efetua o cabimento.

Posteriormente, a despesa é remetida para a entidade competente que procederá

à sua autorização. Após cumprimento de todos os requisitos legais, o fornecedor faz

então a entrega do bem que deve ser conferida física, quantitativa e qualitativamente

pela guia de remessa e cópia de requisição interna.

A guia de remessa é rubricada pelo funcionário que recebe a mercadoria e este

envia-a depois para o Aprovisionamento.

Todo o processo de despesa é então enviado para a Contabilidade que regista a

fatura, processa a respetiva ordem de pagamento e recolhe a autorização superior para

efetivação do pagamento.

Finalmente e após a obtenção da devida ordem, esta é enviada para a Tesouraria

que verifica se estão reunidos todos os condicionalismos legais e procede então à sua

liquidação.

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43 Flávia Marques (2013)

4.3.1.1. Etapas da Despesa

A ilustração 14 mostra as diversas etapas pelas quais a despesa passa desde que

é autorizada até ao seu pagamento no final.

Cabimento - é feito quando há autorização para

a despesa ser feita.

Compromisso - é quando se elabora a

requisição/encomenda ou contrato.

Nesta fase há a emissão da respetiva fatura, ou

seja, há o reconhecimento de uma obrigação.

É dada a ordem de pagamento.

Depois de efetuado o pagamento há a emissão

do respetivo recibo.

Fonte: Elaboração Própria

4.3.2. Fornecedores

As faturas dos fornecedores, depois de serem recebidas, passam pela secção de

expediente onde são numeradas e inseridas na base de dados que controla todos os

Ilustração 14 - Etapas da Despesa

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Relatório de Estágio

44 Flávia Marques (2013)

documentos que entram ou saem dos SMAS. De seguida, são entregues na secção de

Aprovisionamento que as confronta com a requisição feita pelos SMAS. Após serem

conferidas e validadas, as requisições são agrafadas à respetiva fatura, bem como

quaisquer informações adicionais e todos os restantes documentos que originaram a

fatura.

Posteriormente, estas faturas seguem para a contabilidade onde se procede à sua

classificação, registo contabilístico e numeração. Quando as faturas são lançadas, estas

são numeradas. A numeração identifica o mês e o ano a que a fatura diz respeito.

Enquanto aguardam a ordem de pagamento, as faturas dos fornecedores são

arquivadas na contabilidade na pasta – Faturas pendentes.

4.3.3. A Receita

Para que haja o reconhecimento de uma receita é preciso cumprir três requisitos

básicos:

o Que se tenha produzido um facto que tenha dado origem ao nascimento de um

direito a cobrar;

o Que esse tenha um valor certo, determinado e datado;

o Que o devedor possa ser individualizado e determinado.

Existem dois tipos de receita:

Receita Eventual: são aquelas em que se procede de imediato à cobrança da fatura

emitindo assim a guia de recebimento, ou seja, há uma entrada imediata de dinheiro em

caixa.

Receita Virtual: acontece quando as faturas são colocadas à disposição do cliente

para este efetuar o pagamento dentro de um determinado prazo.

A ilustração 15 mostra o conjunto de operações que envolvem o processo de

liquidação e cobrança das duas receitas.

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Relatório de Estágio

45 Flávia Marques (2013)

Ilustração 15 - Receita Eventual e Virtual: Fases de Liquidação e Cobrança

Fonte: Carvalho, Fernandes e Teixeira (2006)

RE

CE

ITA

EV

EN

TU

AL

DescriçãoTratamento

Contabilístico

Entidade

Responsável

a) Determinação do montante concreto que os

Serviços têm a receber de outrem (contribuinte,

utente ou outro devedor), que esteja em situação

de lhe dever pagar uma quantia certa, com

emissão da respectiva guia de recebimento ou

documento equivalente "factura/recibo"

Liquidação

Serviço emissor de

receita

Serviço de

contabilidade

b) Cobrança, através da qual se visa assegurar a

entrada efectiva nos cofres dos Serviços, dos

meios pecuniários de que os Serviços necessitam

para cobrir as suas despesas.

b) Débito ao responsável pela tesouraria, das

guias de recebimento ou outros documentos com

idêntica finalidade (factura/recibo)

Registo em contas de

ordem

Serviço emissor de

receita

Serviço de

contabilidade

Cobrança

Tesouraria

Serviço de

contabilidade

c) Remessa para cobrança coerciva, das liquidações

Registo na

contabilidade

patrimonial

Serviço de

contabilidade

RE

CE

ITA

VIR

TU

AL

e) Remessa para cobrança coerciva, das

liquidações não recebidas nos prazos de

pagamento voluntário

Registo na

contabilidade

patrimonial

Serviços de

execuções fiscais

ou tribunal

f) Cobrança através de processo executivo

quando o pagamento não ocorra nos prazos

estabelecidos de cobrança. Neste momento a

receita virtual passa a receita eventual.

Registo na

contabilidade

patrimonial

Serviço de execuções

fiscais ou tribunal

Seviço de contabilidade

c) Emissão do recibo comprovativo do débito

efectuado ao responsável pela Tesouraria

Registo no diário de

tesourariaTesouraria

d) Recebimento nos prazos de pagamento

voluntário

Cobrança:

- registo em contas

de ordem

- registo na

contabilidade

patrimonial

Tesouraria

Serviço de

contabilidade

a) Determinação do montante concreto que os

Serviços têm a receber de outrem (contribuinte,

utente ou outro devedor), que esteja em situação

de lhe dever pagar uma quantia certa, com

emissão da respectiva guia de recebimento ou

documento equivalente "factura/recibo",

estabelecendo-se o prazo para pagamento

Liquidação

Serviço emissor de

receita

Serviço de

contabilidade

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Relatório de Estágio

46 Flávia Marques (2013)

A ilustração 16 sintetiza as diversas etapas pelas quais a receita passa.

Existem nos SMAS colaboradores

encarregues de efetuar as leituras dos contadores

mensalmente. É através destas leituras que a

secção da Faturação emite as respetivas faturas

referentes ao consumo desse mês.

Por vezes não é possível realizar essa

leitura e nesse caso é feita uma estimativa tendo

em conta consumos anteriores.

A fatura é então enviada ao cliente e há

lugar à emissão de receita virtual.

O cliente deve então proceder ao

pagamento da fatura, tendo para isso 5

modalidades ao seu dispor: o débito direto,

pagamento num balcão CTT ou Payshop, numa

ATM (Automatic Teller Machine) denominada

internamente por SIBS (Sociedade que gere a

rede Multibanco Portuguesa) ou ainda num

balcão dos SMAS.

Diariamente é criado um mapa para cada

uma destas entidades que resume todas as

cobranças efetuadas.

Já no atendimento, cada um dos cinco

colaboradores tem um caixa próprio à sua responsabilidade. No final do dia também

estes elaboram um mapa resumo das cobranças.

Os mapas resumem as cobranças por mês e por espécie (água, quota de

disponibilidade, resíduos sólidos, etc).

Faturação

Clientes

CTT

SIBS

Payshop

Atendimento SMAS

Débito Direto

Tesouraria

Contabilidade

Ilustração 16 - Etapas da Receita

Fonte: Elaboração Própria

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Relatório de Estágio

47 Flávia Marques (2013)

Todos os dias os mapas devem ser entregues na Tesouraria juntamente com os

recibos das faturas, o mapa de recebimentos de caixa, as faturas e recibos dos serviços

pedidos e os guias de recebimento.

A tesouraria é o caixa principal, sendo que lhe compete proceder à cobrança das

receitas, mediante guias a emitir pelo atendimento ao público.

Por sua vez, a tesouraria anexa todos os documentos recebidos num Diário de

Tesouraria que é entregue na secção de Contabilidade.

O Diário de Tesouraria é constituído por:

Documentos entregues na Tesouraria pelos colaboradores do

atendimento;

Mapa Diário da Tesouraria;

Mapas de Cobrança de SIBS, CTT, Payshop;

Depósitos e Transferências Bancárias;

Ordens de Pagamento;

Comprovativos de recebimento TPA (Terminal de Pagamento

Automático) do atendimento.

Depois destes documentos chegarem à Contabilidade, são devidamente

classificados, contabilizados e por fim arquivados.

4.3.3.1. Tipos de Receita

o Receitas Patrimoniais: rendimentos de propriedade, venda de bens duradouros,

prestação de serviços, venda de bens não duradouros, venda de bens de

investimento e ativos financeiros;

o Receitas Tributárias: impostos diretos, impostos indiretos e taxas;

o Receitas Creditícias: resultantes da contração de empréstimos.

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48 Flávia Marques (2013)

4.4. Controlo Interno

“O sistema de controlo interno a adotar pelas autarquias locais engloba,

designadamente, o plano de organização, políticas, métodos e procedimentos de

controlo, bem como todos os outros métodos e procedimentos definidos pelos

responsáveis autárquicos que contribuam para assegurar o desenvolvimento das

atividades de forma ordenada e eficiente, incluindo a salvaguarda dos ativos, a

prevenção e deteção de situações de ilegalidade, fraude e erro, a exatidão e a

integridade dos registos contabilísticos e a preparação oportuna de informação

financeira fiável.

Os métodos e procedimentos de controlo devem visar os seguintes objetivos:

a) A salvaguarda da legalidade e regularidade no que respeita à elaboração, execução

e modificação dos documentos previsionais, à elaboração das demonstrações

financeiras e ao sistema contabilístico;

b) O cumprimento das deliberações dos órgãos e das decisões dos respetivos titulares;

c) A salvaguarda do património;

d) A aprovação e controlo de documentos;

e) A exatidão e integridade dos registos contabilísticos e, bem assim, a garantia da

fiabilidade da informação produzida;

f) O incremento da eficiência das operações;

g) A adequada utilização dos fundos e o cumprimento dos limites legais à assunção de

encargos;

h) O controlo das aplicações e do ambiente informáticos;

i) A transparência e a concorrência no âmbito dos mercados públicos;

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Relatório de Estágio

49 Flávia Marques (2013)

j) O registo oportuno das operações pela quantia correta, nos documentos e livros

apropriados e no período contabilístico a que respeitam, de acordo com as decisões de

gestão e no respeito das normas legais.”

Fonte: Decreto-Lei n.º 54-A/99 de 22 de fevereiro

A definição de controlo interno refere-se essencialmente a dois tipos:

o Controlo Interno Administrativo: inclui o plano de organização, os

procedimentos e registos que respeitam a processos de decisão;

o Controlo Interno Contabilístico: inclui o plano de organização e os

registos e procedimentos que se relacionam com a salvaguarda de ativos

e com a fidedignidade dos registos contabilísticos.

A aplicação do POCAL obriga à aprovação de um Sistema de Controlo Interno

(SCI). Em relação aos SMAS Guarda, este pode ser consultado no site

www.smasguarda.com .

Neste documento são abordadas diversas matérias tais como as despesas, as

receitas, procedimentos a adotar em relação aos cheques, bancos, as responsabilidades

do tesoureiro e ainda os critérios de valorimetria adotados.

Em relação à secção de Contabilidade, a pessoa responsável pela classificação

do caixa é também responsável por proceder a alguns movimentos de controlo interno.

Assim sendo, foram introduzidas algumas tarefas extra que são desempenhadas

ao mesmo tempo que a classificação é feita. Tal facilita a resolução de eventuais erros

que possam ter acontecido.

O mapa de recebimento de caixa dos colaboradores do atendimento resume

todos os recebimentos do dia. O total deve então coincidir com o total do mapa de

cobranças acrescido dos guias de recebimento do próprio mês. Uma vez que estes

valores não entram no mapa de cobrança, esta é uma das conferências efetuadas pela

contabilidade.

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50 Flávia Marques (2013)

Em relação aos guias de recebimento deve fazer-se a conferência dos valores

com os que constam da respetiva fatura a fim de confirmar os valores do IVA, devendo

ainda ser conferida a classificação uma vez que pode haver algum erro.

No que diz respeito ao mapa de tesouraria deve conferir-se o total devolvido do

mapa de cobranças com o mapa de recebimentos de tesouraria.

O total devolvido é ainda conferido com o total das ordens de pagamento pagas

em numerário.

As transferências bancárias são também cruzadas com o total dos movimentos

dos depósitos à ordem.

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51 Flávia Marques (2013)

4.5. Classificação de Documentos

Era da responsabilidade da estagiária elaborar diariamente as classificações que

se seguem.

Todas as classificações foram feitas de acordo com os princípios e regras do

POCAL, através do “CLASSIFICAÇÃO ORÇAMENTAL E PATRIMONIAL DO

POCAL” cujo plano já tinha sido apresentado (Anexo 1).

4.5.1. Fatura de Água

A contabilização das faturas de água é feita conforme o Quadro 2:

Quadro 2 - Fatura / Guia de Receita Virtual

Fonte: Anexo 4

O IVA só incide sobre a taxa de recursos hídricos referentes à água.

É ainda cobrado um valor referente à taxa de resíduos sólidos junto com as

faturas. Contudo, este valor não é um rendimento dos serviços uma vez que é entregue à

Câmara Municipal e assim sendo é creditada uma conta de municípios, conforme o

Quadro 3.

Descrição Débito Crédito Valor

Venda de água 71112 200995,9

IVA 6% 2433111 12072,02

Quota de disponibilidade 7120702090904 54541,85

IVA 6% 2433111 3272,51

Tarifa de saneamento 7120702090104 176123,95

Taxa de Recursos Hídricos - Àgua 7240401239903 6428,21

IVA 6% 2433111 385,69

Taxa de Recursos Hídricos - Saneamento 724041239903 2322,1

Clientes c/c 211 456142,23

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52 Flávia Marques (2013)

Quadro 3 - Taxa de Resíduos Sólidos

Fonte: Anexo 4

Quando é efetuado o pagamento, tal como já foi referido anteriormente, cada um

dos colaboradores da área de atendimento tem um número próprio atribuído que é

adicionado ao caixa principal (111) e forma assim os caixas secundários de cada um

(ex. 1119 – GDAVNEVES), como mostra o anexo 5.

No mapa de cobrança diário de cada um dos colaboradores, a informação

relativa à liquidação de faturas é organizada pelo mês a que esta diz respeito. Ainda

dentro de cada mês existe separação de acordo com o tipo de designação de receita. Por

exemplo, água, juros de mora, quota de disponibilidade, saneamento fixo e variável, etc.

A classificação é feita de acordo com o Quadro 4:

Quadro 4 – Liquidação de Faturas

Fonte: Anexo 5

A conta 211 que diz respeito aos Clientes é subdividida em 2 contas uma vez

que a TRS (Taxa de Resíduos Sólidos) vai ser posteriormente paga ao município.

Descrição Débito Crédito Valor

Taxa de resíduos sólidos 2114 2642111 136738,33

Descrição Débito Crédito Valor

1119 390,03

2111207 281,74

2114207 108,29

Liquidação de Faturas

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53 Flávia Marques (2013)

Na conta 2111207 consta o somatório de:

VA – Venda de água;

QD - Quota de disponibilidade;

TUS – Taxa de Utilização de Saneamento (fixo e variável);

TRH - Taxa de Recursos Hídricos.

A terminação 07 diz respeito ao mês da liquidação, neste caso julho.

Caso o período de liquidação diga respeito a anos anteriores a classificação é a

descrita nos Quadros 5, 6 e 7.

Quadro 5 - Liquidação de Anos Anteriores (Excluindo o Ano Imediatamente

Anterior)

Fonte: Elaboração Própria

Quadro 6 - Liquidação Referente ao Primeiro Semestre do Ano Anterior

Fonte: Elaboração Própria

Descrição Débito Crédito Valor

1119 X+Y

218121 X

218132 Y

Liquidação de Faturas

Descrição Débito Crédito Valor

1119 X+Y

218122 X

218131 Y

Liquidação de Faturas

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54 Flávia Marques (2013)

Quadro 7 - Liquidação Referente ao Segundo Semestre do Ano Anterior

Fonte: Elaboração Própria

Quando as faturas não são pagas dentro do limite, há lugar ao pagamento de

juros de mora. Estes são classificados independentemente do mês a que dizem respeito.

Assim, são somados todos os juros constantes no respetivo mapa diário e é feita a sua

classificação no final, como está descrito no Quadro 8.

Quadro 8 - Juros de Mora

Fonte: Anexo 5

A informação classificada no caixa de cada um dos colaboradores é depois

transferida para o caixa principal (1111) como mostra o Quadro 9.

Quadro 9 - Transferência do Caixa

Fonte: Anexo 5

Descrição Débito Crédito Valor

1119 X+Y

2111103 X

2114103 Y

Liquidação de Faturas

Descrição Débito Crédito Valor

Juros de Mora 78111111 2,56

Descrição Débito Crédito Valor

Transferência do Caixa 1111 1119 390,03

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55 Flávia Marques (2013)

4.5.1.1. Outras Formas de Pagamento

Como foi referido anteriormente existem várias formas de pagamento,

diariamente é enviada para a contabilidade a informação relativa a todas as formas de

pagamento. Tal como existe o mapa diário de cada um dos colaboradores também os

recebimento por SIBS (anexo 6), Payshop e CTT dão origem a um mapa diário que é

classificado da mesma forma que o anterior, ou seja, a receita entra na conta de caixa

(1111), contudo tendo em conta que estes recebimentos não entram fisicamente em

caixa mas sim na conta bancária no final faz-se a respetiva transferência do valor total

para uma conta de bancos, como mostra o Quadro 10.

Quadro 10 – Transferência de SIBS

Fonte: Anexo 6

Cada banco tem uma determinada conta associada, que é aditada à conta geral de

bancos (120), por exemplo 120101 – Caixa Geral de Depósitos.

4.5.1.2. Pagamentos por TPA

Os utentes que efetuem o pagamento junto de um balcão têm diversas

modalidades de pagamento, uma delas é através de cartão multibanco. No momento do

pagamento é simulada uma entrada em caixa, assim sendo no final do dia tem que ser

feita a respetiva transferência para Bancos como mostra o Quadro 11.

Quadro 11 - Transferência do Saldo TPA

Fonte: Anexo 7

Descrição Débito Crédito Valor

Transferência SIBS 120X 1111 12100,60

Descrição Débito Crédito Valor

Transferência do saldo TPA 120502 1111 697,99

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56 Flávia Marques (2013)

4.5.1.3. Pagamento em Prestações

Tendo em conta o contexto económico atual, são cada vez mais as pessoas que

não conseguem cumprir as suas obrigações para com os SMAS. Assim sendo, pode ser

requerido junto dos serviços a divisão da dívida em prestações.

Quando o cliente paga as respetivas prestações é movimentada a conta 2152 –

Pagamento a prestações. Neste caso, o cliente efetuou cada um dos pagamentos em duas

pessoas diferentes na secção do atendimento, logo na primeira vez é debitada a conta

1119 e na segunda a 1115, como é descrito no Quadro 12.

Quadro 12 - Pagamento das Prestações

Fonte: Anexo 8

Quando há lugar ao pagamento da última prestação a conta 2152 é saldada. Para

tal, é feita uma simulação da devolução do dinheiro ao cliente, como se vê no Quadro

13.

Quadro 13 - "Devolução" dos Pagamentos

Fonte: Anexo 8

Finalmente é emitida uma guia de recebimento pelo valor total da dívida, ou

seja, é como se o cliente tivesse pago a totalidade da dívida só nesta fase e a

contabilização é a constante no Quadro 14.

Descrição Débito Crédito Valor

Pagamento 1ª prestação 1119 2152 40,00

Pagamento 2ª prestação 1115 2152 36,78

76,78Total da Fatura

Descrição Débito Crédito Valor

"Devolução" ao cliente 2152 1111 76,78

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57 Flávia Marques (2013)

Quadro 14 - Liquidação da Dívida

Fonte: Anexo 8

4.5.1.4. Pagamento em Duplicado

Por vezes pode dar-se o caso de um utente pagar duas vezes a mesma fatura,

dado que por vezes os sistemas informáticos falham. Quando tal acontece é enviado ao

utente uma carta a informar o sucedido e a pedir que este se desloque aos serviços para

receber o respetivo dinheiro. Assim sendo, é creditada a conta 2151 que diz respeito a

pagamentos/recebimentos extra. A contabilização é a que mostra o Quadro 15.

Quadro 15 - Pagamento em Duplicado

Fonte: Anexo 9

Quando este vai aos serviços é reencaminhado para a tesouraria onde é feito o

reembolso. A ordem de pagamento é então enviada para a contabilidade juntamente

com o diário de tesouraria desse dia. Ao ser devolvido o dinheiro ao utente a conta 2151

fica saldada, este processo consta no Quadro 16.

Quadro 16 - Reembolso do Pagamento em Duplicado

Fonte: Anexo 9

Descrição Débito Crédito Valor

1111 76,24

2111103 63,55

2114103 12,69

Liquidação da dívida

Descrição Débito Crédito Valor

Pagamento em duplicado 1111 2151 33,36 €

Descrição Débito Crédito Valor

Reembolso pag. em duplicado 2151 1111 33,36 €

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58 Flávia Marques (2013)

4.5.2. Serviços

Os SMAS disponibilizam vários serviços aos cidadãos, de seguida poder-se-á

dar exemplo da contabilização de quatro desses serviços, tais com a Construção de um

Ramal de Saneamento, de Água, Limpeza de Fossa e Ligação ou Restabelecimento de

Água.

A contabilização de Construção de um Ramal de Ligação de Saneamento consta

no Quadro 17.

A conta 24331 diz respeito ao respetivo IVA liquidado.

A conta 26 diz respeito a “outros devedores e credores”.

Quadro 17 - Construção de Ramal de Ligação de Saneamento

Fonte: Anexo 10

A contabilização da Construção de um Ramal de Ligação de Água é feita

conforme o Quadro 18 (Y representa o valor total da fatura sem IVA e X representa o

número do colaborador).

Quadro 18 - Construção de Ramal de Ligação de Água

Fonte: Elaboração Própria

Descrição Débito Crédito Valor

1116 379,93

26812207 308,89

2433113 71,04

Const. Ramal Lig.

Descrição Débito Crédito Valor

111X Y + IVA

268112Mês Y

2433113 IVA

Const. Ram. Água

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59 Flávia Marques (2013)

O Quadro 19 mostra como é feita a contabilização de um serviço relativo à

Limpeza de Fossa.

Quadro 19 - Limpeza de Fossa

Fonte: Elaboração Própria

No Quadro 20 é feita a contabilização de uma Ligação ou Restabelecimento de

Água. A conta 213 diz respeito a Utentes, c/c.

Quadro 20 - Ligação ou Restabelecimento de Água

Fonte: Anexo 11

4.5.3. Compras

Os SMAS possuem um edifício designado armazém onde são armazenados

todos os materiais necessários aos diversos serviços e reparações que lhes são

requisitados.

Sempre que há necessidade de repor o stock é usado o sistema referido

anteriormente.

Depois de cumpridos os requisitos e de ser efetuada a respetiva compra, é

entregue na contabilidade toda a documentação para ser classificada, tal como mostra o

Quadro 21.

Descrição Débito Crédito Valor

111X Y+IVA

21312Mês Y

2433113 IVA

Limpeza Fossa

Descrição Débito Crédito Valor

111X 73,80

2139 60,00

2433113 13,80

Lig. Ou Rest. Água

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60 Flávia Marques (2013)

Quadro 21 - Aquisição de Bens

Fonte: Anexo 12

De seguida é transferido o saldo da conta 31 para a 32, conforme o Quadro 22, a

fim de manter atualizado o Inventário, uma vez que é utilizado o SIP (Sistema de

Inventário Permanente.

Quadro 22 - Transferência das Mercadorias

Fonte: Anexo 12

Por fim é efetuado o pagamento. Quando tal acontece, é enviado o comprovativo

junto com o diário de Tesouraria para a contabilidade onde este é classificado. A

classificação é a que consta no Quadro 23.

Quadro 23 - Liquidação da Fatura

Fonte: Anexo 12

De acordo com o método de pagamento é creditada a conta de caixa ou uma

conta de bancos.

Descrição Débito Crédito Valor

3163 10,18

2432131 2,34

221000429 12,52

Aquisição purgador de ar

automático

Descrição Débito Crédito Valor

Transferência da conta 31 para 32 321 3163 10,18

Descrição Débito Crédito Valor

Liquidação da fatura 221000429 1111/120X 12,52

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61 Flávia Marques (2013)

4.6. IVA – Imposto sobre o Valor Acrescentado

O IVA é um imposto indireto, real, de obrigação única que tributa o consumo e a

despesa.

O IVA visa tributar todo o consumo em bens materiais e serviços, abrangendo na

sua incidência todas as fases do circuito económico, desde a produção ao retalho, sendo,

porém, a base tributável limitada ao valor acrescentado em cada fase.

4.6.1. Regimes de Tributação

Os regimes de tributação são classificados em:

Regimes especiais:

-Regime de isenção;

-Regime especial dos pequenos retalhistas;

Regime normal.

4.6.1.1. Regime de Isenção

Enquadram-se neste regime os sujeitos passivos que:

o Não possuam nem devam possuir contabilidade organizada para efeitos de IRS

(Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares) e IRC (Imposto sobre o

Rendimento das Pessoas Coletivas);

o Não pratiquem importações e exportações;

o Tenham obtido no ano anterior um volume de negócios inferior a 10000€;

o Sujeitos passivos com volume de negócios superior a 10000€, mas inferior a

12500€ que, se tributados, preencheriam as condições previstas no regime

especial de pequenos retalhistas;

o Não exercer atividade que consista na transmissão de bens ou prestação de

serviços constante da lista E do CIVA.

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62 Flávia Marques (2013)

Obrigações Declarativas:

o Declarar, nos termos dos artigos 31.º e 33.º do CIVA, o início e cessação de

atividade;

o A fatura tem que ter a inscrição “IVA – Regime de isenção”.

4.6.1.2. Regime Especial dos Pequenos Retalhistas

Enquadram-se neste regime sujeitos passivos que:

o Sejam pessoas singulares e que não possuam ou sejam obrigados a possuir

contabilidade organizada;

o Não tenham tido no ano civil anterior um volume de compras superior a 50000€;

Obrigações declarativas:

o Declarar o início, alteração e fim de atividade nos termos dos artigos 31.º, 32.º e

33.º do CIVA;

o Apresentar no Serviço de Finanças, até ao último dia do mês de março, uma

declaração relativa às aquisições efetuadas no ano civil anterior (artigo 67.º do

CIVA);

o Possuir os livros de escrita exigidos tais como livros de registo de compras,

vendas e serviços prestados, assim como livros de registo de despesas gerais e

operações ligadas a bens de investimento (artigo 65.º do CIVA);

o Efetuar o registo dos documentos no prazo de 30 dias a contar da data da sua

receção (nº 1 do artigo 65.º do CIVA);

o Conservar os livros e registos por um período de 10 anos civis subsequentes

(artigo 68.º do CIVA);

o Inscrever nas faturas emitidas: “IVA – não confere direito a dedução”.

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63 Flávia Marques (2013)

4.6.1.3. Regime Normal

Estão inseridos neste regime os sujeitos passivos os sujeitos passivos que não

estejam inseridos em nenhum dos regimes de isenção acima referidos.

Os SMAS estão inseridos no regime normal do IVA segundo o artigo 2.º nº3 do

CIVA:

“São sujeitos passivos do imposto:

3 - O Estado e as demais pessoas coletivas de direito públicas referidas no

número anterior são, em qualquer caso, sujeitos passivos do imposto quando

exerçam algumas das seguintes atividades e pelas operações tributáveis delas

decorrentes, salvo quando se verifique que as exercem de forma não

significativa:

a) Telecomunicações;

b) Distribuição de água, gás e eletricidade;

c) Transporte de bens;

d) Prestação de serviços portuários e aeroportuários;

e) Transporte de pessoas;

f) Transmissão de bens novos cuja produção se destina a venda;

g) Operações de organismos agrícolas;

h) Exploração de feiras e de exposições de carácter comercial;

i) Armazenagem;

j) Cantinas;

l) Radiodifusão e radiotelevisão.”

a) Obrigações:

Segundo o artigo 29.º do CIVA os sujeitos passivos estão obrigados a:

o Pagamento do imposto;

o Entrega de declaração de início, alteração e cessação de atividade;

o Obrigação declarativa - única, periódica e anual (devem ser enviados todos os

documentos, por transmissão eletrónica de dados, até ao dia 15 de julho;

o Obrigação de faturação: emissão de fatura ou documento equivalente por cada

transmissão de bens ou prestação de serviços;

o Envio mensal da declaração relativa às operações efetuadas no exercício da sua

atividade no decurso do segundo mês precedente;

o Dispor de contabilidade adequada ao apuramento e fiscalização do imposto;

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64 Flávia Marques (2013)

b) Prazo de Entrega da Declaração Periódica

Segundo o artigo 41.º do CIVA, e tal como antes referido, a declaração deve ser

enviada por transmissão eletrónica de dados, nos seguintes prazos:

o Regime Normal Mensal (VN (Volume de Negócios) igual ou superior a

650000€): até ao dia 10 do 2º mês seguinte àquele a que respeitam as operações;

o Regime Normal Trimestral (VN inferior a 650000€): até ao dia 15 do 2º mês

seguinte ao trimestre do ano civil a que respeitam as operações.

c) Requisitos da Contabilidade

Esta matéria é abordada no artigo 44.º do CIVA, que prevê que “a contabilidade

seja organizada de forma a possibilitar o conhecimento claro e inequívoco dos

elementos necessários ao cálculo do imposto, bem como permitir o seu controlo,

comportando todos os dados necessários ao preenchimento da declaração periódica do

imposto.”

d) Objeto de registo:

Devem ser objeto de registo:

o “As transmissões de bens e prestações de serviços efetuadas pelo sujeito

passivo;

o As importações de bens efetuadas pelo sujeito passivo e destinadas às

necessidades da sua empresa;

o As transmissões de bens e prestações de serviços efetuadas ao sujeito passivo no

quadro da sua atividade empresarial.”

As transmissões de bens e prestações de serviços deverão ser registadas de

forma a evidenciar:

o “O valor das operações não isentas, líquidas de imposto, segundo a taxa

aplicável;

o O valor das operações isentas sem direito à dedução;

o O valor das operações isentas com direito à dedução;

o O valor do imposto liquidado, segundo a taxa aplicável.”

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65 Flávia Marques (2013)

As importações de bens efetuadas pelo sujeito passivo destinadas às

necessidades da sua empresa bem como as transmissões de bens e prestações de

serviços efetuadas pelo sujeito passivo no quadro da sua atividade empresarial devem

ser registadas de forma a evidenciar:

o “O valor das operações cujo imposto é total ou parcialmente dedutível, líquido

deste imposto;

o O valor das operações cujo imposto é totalmente excluído do direito à dedução;

o O valor das aquisições de gasóleo, gases de petróleo liquefeitos (GPL), gás

natural e biocombustíveis;

o O valor do imposto dedutível, segundo a taxa aplicável.”

Fonte: CIVA (Código Imposto sobre o Valor Acrescentado)

4.7. Apuramento do IVA

O apuramento do IVA é feito mensalmente. O programa de contabilidade está

programado para preencher automaticamente a Declaração periódica do IVA. Quando

esta está preenchida é submetida no sítio das finanças (www.portaldasfinancas.gov.pt).

Para proceder ao apuramento do IVA são saldadas todas as contas do IVA

liquidado (conta 2433x), IVA dedutível (conta 2432x) e IVA regularizações (conta

2434x), por contrapartida da conta de IVA apuramento (conta 2435). De acordo com o

saldo da conta 2435 – IVA apuramento, esta é saldada por contrapartida da conta 2436 –

IVA a pagar ou 2437 – IVA a recuperar. Se o saldo da conta 2435 for credor, esta salda

por contrapartida da 2436 – IVA a pagar, se for devedor, salda por contrapartida da

conta 2437 – IVA a recuperar.

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66 Flávia Marques (2013)

Na ilustração 17 está esquematizado este processo.

Ilustração 17 - Apuramento do IVA

Fonte: Elaboração própria

D1 D1 L1 L1

D2 L2

A1 (D1+D2) A2 (L1+L2)

D2 L2

SC

SD

IVA Liquidado

24341 -

Regularizações a

favor da entidade

24342 -

Regularizações a favor

do estado

2436 - IVA a Pagar

2437 - IVA a Recuperar

2433 - IVA Liquidado

IVA Dedutível

2432 - IVA Dedutível

IVA Apuramento

2435 - IVA Apuramento

SD (Saldo

Devedor)

SC (Saldo

Credor)

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67 Flávia Marques (2013)

Ao efetuar o apuramento do IVA deve ter-se em conta o saldo da conta 2437 –

IVA a recuperar, referente a períodos anteriores. Se, a conta 2437 tiver saldo, também é

considerada para o apuramento do IVA. Esta conta salda-se creditando-a por

contrapartida da 2435 a débito.

4.8. Contabilização do IVA

Tendo por base o balancete mensal de outubro de 2013, a contabilização do IVA

é a que consta no Quadro 24.

Quadro 24 - Contabilização do IVA

Fonte: Anexo 13

Descrição Débito Crédito Valor

2432131 2176,32

2432217 1260,91

2432231 310,51

2432311 3,73

2432331 5212,1

2432361 630,44

2435 9594,01

2433111 15767,28

2433117 1260,91

2433131 5372,59

2435 22400,78

24341111 7,08

24341611 157,66

24341911 1,95

2435 166,69

Trnsferência do IVA liquidado para

apuramento

Transferência do IVA -

regularizações para apuramento

Transferência do IVA dedutível

para apuramento

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68 Flávia Marques (2013)

No que diz respeito ao mês de Outubro os SMAS têm IVA a Pagar ao Estado no

valor de 12640,08€, tal como mostra a ilustração 18.

Ilustração 18 - Razão do Apuramento do IVA

Fonte: Anexo 13

9594,01 22400,78

166,69

9760,7 22400,78

12640,08

2435 IVA Apuramento

12640,08

2436 IVA a pagar

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69 Flávia Marques (2013)

4.9. Prestação de Contas

No âmbito do processo que conduz à elaboração das demonstrações financeiras

de um determinado período, as entidades efetuam um conjunto de operações

relacionadas, quer com o reconhecimento de gastos e rendimentos, quer com

reclassificações e regularizações que se entendam necessárias tendo em vista o

apuramento do resultado do período e a elaboração do conjunto completo de

demonstrações financeiras.

Embora na altura em que decorreu o estágio não tenha ocorrido este processo,

achou-se pertinente abordá-lo no presente relatório uma vez que é um dos mais

importantes momentos contabilísticos.

A ilustração 19 mostra quais os passos que conduzem à elaboração dessas

demonstrações financeiras.

Ilustração 19 - Organização Contabilística

Fonte: Carvalho, Fernandes e Teixeira (2006)

BalançoDemonstração de

Resultados

Que no fim do

exercicio permitem

a elaboração de

Mapas

Orçamentais

Mapa de Fluxos de

Caixa

Balancete

Periodicamente, em geral todos os meses,

elaboram-se

Por ordem de datas

Por ordem de contas

De contas e subcontas

DocumentosOs factos dão origem Faturas, recibos, notas de

pagamento

DiáriosQue são registados diariamente nos

RazãoE no

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70 Flávia Marques (2013)

4.9.1. Balancetes

Os balancetes existentes são:

o Balancetes de verificação;

o Balancete retificado patrimonial;

o Balancete final ou de encerramento.

“Balancete de verificação: O balancete de verificação é um quadro

recapitulativo de todas as contas do razão, onde consta a soma do débito e do crédito

de cada conta utilizada pela entidade, durante determinado período de tempo, e os

respetivos saldos (devedores e credores).

Balancete retificado patrimonial: Mapa de todas as contas patrimoniais, após o

registo de operações de fim de exercício (por exemplo, amortização, provisões,

acréscimos e diferimentos)

Balancete final patrimonial: Mapa em que todas as contas das classes 6 e 7 se

encontram saldadas por terem sido transferidas para a classe 8 – Resultados.

Balancete final orçamental: Mapa em que todas as contas da classe 0 se

encontram saldadas por terem sido efetuadas as operações de fim de exercício.”

Fonte: Carvalho, Fernandes e Teixeira (2006)

4.9.2. Demonstração de Resultados

“A demonstração de resultados é o mapa contabilístico que apresenta os

resultados das operações económicas (custos e proveitos) de uma autarquia ou

entidade equiparada, durante um determinado período (normalmente 1 ano) e que

serve para avaliar como foram aplicados os recursos utilizados, e, consequentemente a

performance dos seus responsáveis”

Fonte: Carvalho, Fernandes e Teixeira (2006)

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71 Flávia Marques (2013)

Para fazer a análise foi utilizado o relatório e contas de 2012 (anexo 14), que se

encontra no website dos SMAS Guarda. Em relação ao ano de 2011 o resultado líquido

sofreu uma diminuição de 177,44%, o que se deveu essencialmente ao elevado aumento

dos custos e perdas extraordinárias que foi de 257% e ainda dos custos e perdas

financeiras o qual foi de 66%. Em sentido contrário, houve ligeiras diminuições nos

encargos sociais bem como nas provisões do exercício que contudo não foram

suficientes para cobrir o aumento nas perdas.

4.9.3. Balanço

“O Balanço é um mapa contabilístico que apresenta a posição financeira e

patrimonial de uma autarquia ou entidade equiparada, normalmente reportado ao final

do exercício económico (podendo ser elaborados balanços intercalares: trimestrais,

semestrais, …) e apresenta devidamente agrupados e classificados os ativos, os

passivos e os fundos próprios da autarquia”

Fonte: Carvalho, Fernandes e Teixeira (2006)

Esta análise foi também baseada no balanço presente no relatório e contas 2012

(anexo 15). No que ao Ativo diz respeito verifica-se uma diminuição substancial nas

imobilizações corpóreas. Tal, deve-se essencialmente à diminuição das rubricas:

“Edifícios e outras construções”; “Equipamento administrativo” e “Bens não afetos à

exploração”.

Já no que toca ao passivo existe uma ligeira diminuição das dívidas a curto prazo

bem como a médio e longo prazo. Há ainda uma diminuição mais acentuada em

Acréscimos e diferimentos.

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72 Flávia Marques (2013)

Conclusão

Considera-se que esta foi uma experiência bastante enriquecedora, tanto a nível

profissional como pessoal.

Houve a oportunidade de ter contacto com um sistema contabilístico diferente

daquele que é ensinado academicamente, uma vez que no POCAL é utilizada a

Contabilidade Orçamental, bem como de perceber como é estar-se integrado numa

organização e perceber a dinâmica da mesma.

Embora tenho existido alguma dificuldade em entender alguns aspetos do

POCAL, considera-se que as funções foram sendo desempenhadas de forma correta.

A nível pessoal foi uma experiência positiva pois conheci ótimas pessoas que

sempre se dispuseram a ajudar nas minhas dúvidas, e me ajudaram a integrar muito

rapidamente na equipa.

Em jeito de conclusão, é minha opinião que podia ser integrado no plano de

estudos da licenciatura de Gestão algum conteúdo sobre as autarquias locais, talvez em

forma de seminário, uma vez que durante todo o curso não temos qualquer contacto

com esta realidade.

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73 Flávia Marques (2013)

Bibliografia e Webgrafia

Carvalho, Fernandes, & Teixeira. (2006). POCAL comentado. Rei dos livros.

CCDRN. (s.d.). Obtido em entre setembro e novembro de 2013, de http://www.ccdr-

n.pt/pt/administracao-local/contabilidade-autarquica/

CÓDIGO DO IMPOSTO SOBRE O VALOR ACRESCENTADO. (s.d.).

Decreto-Lei nº54 - A/99 de 22 de fevereiro. (s.d.).

Despacho n.º 6233/2013, Diário da República, 2.ª série — N.º 91 — 13 de maio de

2013. (s.d.).

Diário da República Electrónico. (s.d.). Obtido em novembro de 2013, de www.dre.pt/

Direcção Geral das Autarquias Locais. (s.d.). Obtido em outubro e novembro de 2013,

de http://www.dgaa.pt/

INE. (s.d.). Obtido em setembro de 2013, de http://www.ine.pt/

Mun. Guarda. (s.d.). Obtido em setembro de 2013, de http://www.mun-guarda.pt/

OTOC. (s.d.). Obtido em outubro de 2013, de http://www.otoc.pt/

Pordata. (s.d.). Obtido em setembro de 2013, de http://www.pordata.pt/

SMAS. (2013). Relatório e Contas 2012. Guarda.

SMAS Guarda. (s.d.). Obtido em outubro e novembro de 2013, de www.smasguarda.pt

Viajar Clix. (s.d.). Obtido em setembro de 2013, de

http://viajar.clix.pt/mapas.php?c=135&lg=pt&w=guarda

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Índice de Anexos

Anexo 1 - Plano de Contas do POCAL .......................................................................... 75

Anexo 2 - Tarifários Sociais ........................................................................................... 92

Anexo 3 - Registo de Pedido de Serviço ........................................................................ 94

Anexo 4 - Fatura / Guia de Receita Virtual (água) ......................................................... 96

Anexo 5 - Mapa de Cobrança ......................................................................................... 98

Anexo 6 - Mapa de Cobrança SIBS.............................................................................. 101

Anexo 7 - Recebimentos por TPA ................................................................................ 104

Anexo 8 - Pagamento a Prestações ............................................................................... 106

Anexo 9 - Pagamento em Duplicado ............................................................................ 113

Anexo 10 - Construção de Ramal ................................................................................. 116

Anexo 11 - Restabelecimento da Ligação .................................................................... 119

Anexo 12 - Fornecedores .............................................................................................. 121

Anexo 13 - Balancete outubro - Conta 243 .................................................................. 126

Anexo 14 - Demonstração de Resultados ..................................................................... 128

Anexo 15 - Balanço ...................................................................................................... 130

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75 Flávia Marques (2013)

Anexo 1 - Plano de Contas do POCAL

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92 Flávia Marques (2013)

Anexo 2 - Tarifários Sociais

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94 Flávia Marques (2013)

Anexo 3 - Registo de Pedido de

Serviço

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95 Flávia Marques (2013)

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96 Flávia Marques (2013)

Anexo 4 - Fatura / Guia de Receita

Virtual (água)

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97 Flávia Marques (2013)

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98 Flávia Marques (2013)

Anexo 5 - Mapa de Cobrança

do Atendimento

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99 Flávia Marques (2013)

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100 Flávia Marques (2013)

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101 Flávia Marques (2013)

Anexo 6 - Mapa de Cobrança SIBS

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Relatório de Estágio

102 Flávia Marques (2013)

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Relatório de Estágio

103 Flávia Marques (2013)

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Relatório de Estágio

104 Flávia Marques (2013)

Anexo 7 - Recebimentos por TPA

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105 Flávia Marques (2013)

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106 Flávia Marques (2013)

Anexo 8 - Pagamento a Prestações

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107 Flávia Marques (2013)

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108 Flávia Marques (2013)

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109 Flávia Marques (2013)

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110 Flávia Marques (2013)

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111 Flávia Marques (2013)

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112 Flávia Marques (2013)

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113 Flávia Marques (2013)

Anexo 9 - Pagamento em Duplicado

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114 Flávia Marques (2013)

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115 Flávia Marques (2013)

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116 Flávia Marques (2013)

Anexo 10 - Construção de Ramal

de Saneamento

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117 Flávia Marques (2013)

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118 Flávia Marques (2013)

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119 Flávia Marques (2013)

Anexo 11 - Restabelecimento da Ligação

de água

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120 Flávia Marques (2013)

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121 Flávia Marques (2013)

Anexo 12 - Fornecedores

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122 Flávia Marques (2013)

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123 Flávia Marques (2013)

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124 Flávia Marques (2013)

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125 Flávia Marques (2013)

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126 Flávia Marques (2013)

Anexo 13 - Balancete

outubro - Conta 243

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127 Flávia Marques (2013)

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128 Flávia Marques (2013)

Anexo 14 - Demonstração de

Resultados

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129 Flávia Marques (2013)

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130 Flávia Marques (2013)

Anexo 15 - Balanço

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131 Flávia Marques (2013)

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132 Flávia Marques (2013)

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133 Flávia Marques (2013)

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134 Flávia Marques (2013)