snc-neurol, antidepres1
TRANSCRIPT
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Antipsicóticos
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NEUROLÉPTICOS OU ANTIPSICÓTICOS
Fármacos usados para tratar doenças psiquiátricas
(psicoses / esquizofrenia e estados de agitação);
Têm efeitos benéficos sobre o humor e o
pensamento;
Produzem efeitos neurotóxicos que imitam doenças
neurológicas.
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PSICOSES E ESQUIZOFRENIA
Psicose – inclui uma grande variedade de alterações mentais
Esquizofrenia – tipo particular de psicose caracteri zada por
uma sensibilidade inalterada, mas uma acentuada
alteração do pensamento:
-Existirá uma hiperactividade dopaminérgica no SNC;
-Apresenta uma incidência familiar elevada;
-Alguns doentes apresentam atrofia de várias estrut uras
cerebrais (associada a sintomas negativos –
embotamento das emoções, défice cognitivo e fraca
socialização – que respondem mal aos fármacos).
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FÁRMACOS ANTIPSICÓTICOS
Fenotiazinas (com 3 subfamílias )a) d. Alifáticos – Clorpromazinab) d. Piperidínicos – Tioridazinac) d. Piperazínicos - Flufenazina
TioxantenosTiotixeno , Flupentixol
Dibenzadiazepinas:Clozapina , Loxapina, Clotiapina, Olanzapina
Butirofenonas :Haloperidol , Droperidol
Difenilbutilpiperidinas :Pimozide , Fluspirileno
Derivados do indol:Molindona , Oxipertina
Outros compostos heterocíclicosRisperidona , Remoxipride, Raclopride, Sulpiride
Outros
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FARMACOCINÉTICA DOS ANTIPSICÓTICOS
Absorção rápida mas incompleta para a maioria;
Muitos sofrem metabolismo de 1ª passagem;
Disponibilidade sistémica variável (valor médio de 65%);
São bastante lipossolúveis, com ligação proteica al ta (92-99%);
Volume de distribuição elevado (>7 L/Kg);
São sequestrados nos compartimentos lipídicos e têm duração de acção clínica muito maior do que a prevista pelo t ½ plasm ático;
São quase completamente metabolizados e alguns meta bolitos são activos;
Excretados geralmente por via renal ( t ½ de elimina ção: 10-24 h)
Não ocorre recaída total em regra até 6 semanas, apó s suspensão.
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ACÇÕES GERAIS DOS NEUROLÉPTICOS
Acção antipsicótica;
Acção de bloqueio dopaminérgico (nos sistemas
mesolímbico e mesofrontal);
Acção neurovegetativa (bloqueio dos receptores
αααα1, muscarínicos, histamínicos H 1 e 5-HT2);
Efeitos neuro-psicofarmacológicos;
Efeitos neuro-endócrinos.
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SISTEMAS OU VIAS DOPAMINÉRGICAS
Via mesolímbica-mesocortical - projecta-se desde a s ubstância
nigra para o sistema límbico e neocortex ( a mais ligada ao
comportamento );
Via nigrostriada – projecta-se desde a substância ni gra para o caudato
e o putamen ( envolvida na coordenação dos movimentos voluntários );
Via tubero-infundibular – liga o núcleo arqueado e n eurónios peri-
ventriculares ao hipotálamo e hipófise posterior (secreção prolactina );
Via medular- periventricular – neurónios do núcleo mo tor do vago que
se projectam para local não definido ( ingestão de alimentos );
Via incerto-hipotalâmica – estabelece conexões entre o hipotálamo e o
núcleo septal lateral.
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RECEPTORES DA DOPAMINA E SEUS EFEITOS
TIPO LOCALIZAÇÃO CROMOSSOMA
Tipo D 1 o AMPc por activ. adenilciclase
Caudato PutamenNucleus accumbensTubérculo olfactivo
5
D5 AMPc HipocampoHipotálamo
4
Tipo D 2 AMPcBloq.canais Ca 2+
Abre canais K +
Caudato PutamenNucleus accumbensTubérculo olfactivo
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D3 AMPc Córtex frontal,MedulaCérebro mediano
11
D4 AMPc
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ACTIVAÇÃO DOS RECEPTORES DA DOPAMINA
Activação de D 2 ���� . aumento de actividade motora
. Comportamento estereotipado
Bloqueio de D 2 com antipsicóticos, correlaciona-se com :
-actividade anti-psicótica;
-a potência de efeitos extra-piramidais [desde
redução da função (semelhante ao parkinsonismo)
até aumento da actividade, manifestada como
discinésias].
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DIFERENÇAS ENTRE OS FÁRMACOS ANTIPSICÓTICOSPotências relativas na ligação aos receptores
Clorpromazina: αααα1111 = 5-HT2 > D2 > D1
Haloperidol: D 2 > D1 = D4 > αααα1> 5-HT2
Clozapina: D 4 = αααα1 > 5-HT2 > D2 = D1
A ligação ao receptor D 1 é a menos predictiva de eficácia
clínica significativa.
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HIPÓTESE DA DOPAMINA PARA A ESQUIZOFRENIA ?
Acções adicionais ao bloqueio dos receptores D 2 com:
Clozapina
Olanzapina
Sertindole
Quetiapina
- Não são antagonistas potentes no receptor D2, mas
são eficazes como antipsicóticos (bloqueiam os
receptores D3 e D4 e os receptores 5-HT2);
- Participação do glutamato, GABA, 5-HT e acetilcoli na
na fisiopatologia da esquizofrenia?
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Freedman R. N Engl J Med 2003;349:1738-1749
Putative Neuronal Mechanisms in Psychosis and Its T reatment
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EFEITO ANTIPSICÓTICO DOS “CLÁSSICOS”(típicos)
Melhoram ou suprimem:
Alterações da ideação e do pensamento
Alucinações
Confabulações
Ideação paranóica, sentido de grandeza
Agressividade, agitação
Retracção social, comunicação verbal
Respondem menos os sintomas negativos (pelo menos c om os típicos ou de primeira geração):
Pobreza de expressão linguística
Falta de impulsos intensos
Desinteresse afectivo
A resposta não é imediata, mas aparece ao longo das 6 primeiras semanas.
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ACÇÃO NEUROLÉPTICA
No indivíduo não esquizofrénico induzem efeitos psic omotores em função da dose:
Sindroma neuroléptico :
- redução da actividade motora
- manutenção das funções intelectuais
- quietude emocional, redução das manifestações de a fecto
- indiferença afectiva, ausência de iniciativa
- aparência de sono (responde a um estímulo forte)
- bloqueio neurovegetativo
Em doses elevadas:
IMOBILIZAÇÃO CATALÉPTICA, não paralítica, com fixação das extremidades nas posições mais estranhas.
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EFEITOS NEUROFISIOLÓGICOS DOS NEUROLÉPTICOS
Produzem desvios nos padrões de frequência EEG;
A diminuição (hiper-sincronismo) é algumas vezes foca l ou unilateral;
As alterações na frequência e na amplitude dos traça dos EEG são
rapidamente aparentes e surgem nos eléctrodos sub-co rticais, dando
suporte à localização sub-cortical da sua acção;
A hiper-sincronização tem um efeito de activação no EEG de doentes
epilépticos e desencadeia, ocasionalmente, convulsõ es em doentes
predispostos.
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OUTRAS ACÇÕES NEUROPSICOFARMACOLÓGICAS
Deprimem as respostas condicionadas;
Provocam a perda de resposta a certos estímulos que controlam o ambiente;
Deprimem a reacção de atenção e de vigília;
Aliviam, no homem, as reacções emocionais excessiva s e destruidoras;
Frenam a tendência do organismo para responder de f orma agressiva ;
No E.E.G:- aumentam as ondas lentas
- reduzem a actividade ββββ rápida e a αααα ;- esporadicamente, surgem complexos ponta-onda,
paroxísticos.
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EFEITOS NEUROVEGETATIVOS DOS NEUROLÉPTICOS
Bloqueio dos receptores periféricos:
- Dopaminérgicos
- colinérgicos
- αααα-adrenérgicos
- serotoninérgicos
- histaminérgicos;
A intensidade de bloqueio é variável com o neurolépt ico
e o tipo de receptor envolvido.
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Efeitos Neurovegetativos dos NEUROLÉPTICOS
1) BLOQUEIO DOS RECEPTORES DOPAMINÉRGICOS:- efeito anti-vomitivo (centro do vómito)- alterações endócrinas (eixo hipotálamo-hipofisário )- alterações neurológicas (via nigro-estriada)- efeitos terapêuticos (sistema límbico e córtex fro ntal)(PREDOMINÂNCIA RELATIVA DESTE OU DAQUELE EFEITO)
2) BLOQUEIO DOR RECEPTORES ALFA-ADRENÉRGICOS:
-hipotensão ortostática
-perturbações da ejaculação (retardada e/ou a retro )
-efeito sedativo
3) BLOQUEIO DOS RECEPTORES COLINÉRGICOS MUSCARÍNICO S- efeitos atropínicos: boca seca, obstipação, etc;
4) BLOQUEIO DOS RECEPTORES HISTAMINÉRGICOS- efeitos anti-histamínicos- sedação
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EFEITOS ENDÓCRINOS DOS ANTIPSICÓTICOS (a maioria por bloqueio D 2)
Amenorreia – galactorreia
Aumento da líbido na mulher
Redução da líbido e ginecomastia no homem:
- secundários ao bloqueio da inibição da dopamina
sobre a secreção de prolactina; ou, por
- aumento da conversão periférica de androgéneos
em estrogéneos.
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EFEITOS CARDIOVASCULARES
Em doses elevadas:
- hipotensão ortostática
- aumento da frequência do pulso em repouso
Em doses terapêuticas:
- pressão arterial média, resistência periférica e
volume sistólico diminuídos
-frequência cardíaca aumentada
Com a tioridazina :
- prolongamento de QT
- configuração anormal do segmento ST
- configuração anormal das ondas T (arredondada, achatada ou invertida).
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EFEITOS NO TRONCO CEREBRAL
• Actividade anti-emética;
• Respiração mais lenta e profunda (em injecção
parentérica);
• Acção de bloqueio αααα- adrenérgico e anti-colinérgico.
Freedman R. N Engl J Med 2003;349:1738-1749
Common Side Effects of First-Generation and Second-Generation Antipsychotic Drugs
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Tipo MANIFESTAÇÕES MECANISMOS
Sistema nervoso autónomo
Perda da acomodação, boca seca, dificuldade de micção, obstipaçãoHipotensão ortostática, impotência, incapacidade de ejaculação
Bloqueio receptores muscarínicos
Bloqueio adrenérgico alfa
Sistema nervoso central
Sind. Parkinson, acatasia, distonias
Discinesia tardia (20%)
Alterações cognitivas
Bloqueio dos receptores da dopamina (DA)
Supersensibilidade dos receptores da DA
Bloqueio muscarínico
Reacções alérgicas
Dérmicas e pigmentares, icterícia colestática, agranulocitose, fotossensibilidade
Sistema endócrino
Amenorreia-galactorreia, ginecomastia, infertilidade, impotência, redução da líbido, aumento de peso
Bloq. receptor da dopamina, resultando em hiperprolactinemia, etc
EFEITOS ADVERSOS DOS ANTIPSICÓTICOS
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EFEITOS ADVERSOS DOS NEUROLÉPTICOS
PRECOCESAnticolinérgicosSedaçãoHipotensão ortostáticaDiscrasias sanguíneasAlergias (erupção, icterícia, fotossensibilidade)
PERSISTENTESBaixa do limiar convulsivanteHipotalâmico
EXTRAPIRAMIDAISPseudoparkinsonismoDiscinésias tardiasAcatísiasReacções distónicas agudas
1ªs semanas; tolerância1ªs semanas; tolerância1ªs semanas; tolerância4 – 12 semanas1 – 8 semanas
Em qualquer momentoEm qualquer momento
5 – 10 diasApós meses ou anos5 – 60 dias1 – 5 dias
TIPO DE EFEITO PERÍODO DE RISCO MÁXIMO
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SINDROMA MALIGNO dos NEUROLÉPTICOS
Supressão dos movimentos espontâneos; rigidez muscu lar e
hipertermia maligna ;
Redução da iniciativa, do interesse pelo ambiente, das
manifestações de emoção ou afecto, da
agressividade;
Lentidão da resposta a estímulos externos;
Mantêm as funções intelectuais intactas;
Ataxia, incoordenação, disartria;
Elevação da creatina- cinase
Adjusted Incidence-Rate Ratios for Sudden Cardiac D eath among Current Users of Antipsychotic Drugs, According to Type of Drug and Dose
Atypical Antipsychotic Drugs and the Risk of Sudden Cardiac Death Ray et al., N Engl J Med 2009; 360(3):225-235
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APLICAÇÕES TERAPÊUTICAS DOS NEUROLÉPTICOS
Esquizofrenia
Psicoses tóxicas
Demências com estados de agitação
Estados de mania
Algumas formas de depressão (resistente)
Afecções não psiquiátricas (náuseas, vómitos,
veretigens, neurolepto-anestesia, tosse, dores
crónicas) – 2ª ou 3ª linha.
Freedman R. N Engl J Med 2003;349:1738-1749
Exemplos de antipsicóticos e doses
Atípicos ou de segunda geração � menor afinidade para os D2 que os típicos
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Nome comercial
a) DERIVADOS ALIFÁTICOSClorpromazinaLevomepromazinaCiamemazina
b) DERIVADOS PIPERIDÍNICOSTioridazinaMetopimazina
c) DERIVADOS PIPERAZÍNICOSFlufenazinaPerfenazina,Proclorperazina, trifluoperazina
Largactil ®, Largatex ®Nozinam®Tercian®
Melleril ®Vogalène 30®
Anatensol Decanoato®Mutabon ®
FENOTIAZINAS
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FARMACOCINÉTICA DAS FENOTIAZINAS
Absorção oral reduzida ( T max = 2 – 4 h);
Biodisponibilidade de 30 – 35 % (efeito de 1ª passage m);
Grandes variações inter-individuais nas concentraçõ es plasmáticas;
A distribuição intra-cerebral é variável de um compo sto para outro;
Grande fixação às proteínas plasmáticas e tecidular es;
Eliminação por metabolização hepática com numerosos
metabolitos, alguns deles com actividade;
T ½ longas ���� demoram 4 –7 dias a alcançar o nível estável.
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TIOXANTENOS
FLUPENTIXOL, TIOTIXENO ...
– Semelhante às fenotiazinas piperazínicas;
– O flupentixol é ficaz nas esquizofrenias com
componente depressivo;
– Sintomas extrapiramidais frequentes;
– Contra-indicado nos doentes agitados, nos estados
confusionais e na porfiria.
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BUTIROFENONAS
Haloperidol (Haldol® ; Serenelfi ®)
Droperidol
Usa-se no tratamento sintomático das psicoses
(psicose alcoólica), tics e sindroma de Gilles de l a
Tourette
Tem incidência elevada de efeitos extra-piramidais;
Podem ser usadas por via parentérica (útil nas situ ações
agudas)
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DIFENILBUTILPIPERIDINAS
NOME GENÉRICO NOME COMERCIAL
Pimozida • Orap R
Penfluridol • Semap R
A pimozida está indicada na sindroma de Gilles de la
Tourette
É pró-arrítmica, por aumentar o intervalo QT;
Contra-indicada na insuficiência renal ou hepática.
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DIBENZODIAZEPINAS
Bloqueia os receptores D 2 mais a nível límbico e cortical
que no estriado; bloqueia mais os D 4 que os D 2
Escassa capacidade de bloqueio dos auto-receptores;
reacções extra-piramidais escassas;
Intensa actividade de bloqueio adrenérgico e coliné rgico
���� sialorreia
Efeitos sedativos anticolinérgicos acentuados;
Grande capacidade de induzir agranulocitose ���� reserva
para o caso de fracasso de outros neurolépticos.
CLOZAPINA
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DERIVADOS DO BENZISOXAZOL
Risperidona, paliperidona (metabolito da
risperidona)Neurolépticos heterocíclicos com proeminente activ idade
anti-serotoninérgica (5-HT 2A) e anti-dopaminérgica;
São agentes antipsicóticos atípicos , porque os efeitos
neurológicos extra-piramidais são pouco prováveis c om
doses baixas;
Atenuam os sintomas negativos da esquizofrenia
Boa eficácia.
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OUTROS NEUROLÉPTICOS ATÍPICOS
SULPIRIDA, AMPEROZIDE
Provocam dissociação entre a eficácia e os efeitos
extrapiramidais
O sulpiride não exibe efeitos anticolinérgicos nem
efeitos extrapiramidais
Mostram selectividade relativa para os receptores d a
dopamina no sistema límbico ( Nucleus Accumbens )
e não para o estriado.
Outros atípicos
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Olanzapina, Quetiapina, Aripiprazole, Sertindole, Ziprasidona
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ASPECTOS TERAPÊUTICOS
Todos os neurolépticos são, em princípio eficazes, mas a
resposta é individual;
Só se considera uma terapêutica fracassada após:
- utilização de 3 compostos diferentes;
- uso de doses suficientemente elevadas;
- manter a medicação durante tempo suficiente;
A melhoria instala-se lentamente nas primeiras 6 se manas com 2/3
a 3/4 do efeito máximo;
A melhoria continua durante 5-6 meses:
- continuar com doses de manutenção, após remissão d e
sintomatologia aguda, durante pelo menos 6-12 seman as.
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VELOCIDADE DE RECUPERAÇÃO
Ordem de melhoria :
Hiperexcitabilidade ou retraímento;
Hostilidade, irritabilidade;
Suspicácia;
Participação em actividades comuns;
Aumento da sociabilidade;
Anomalias da ideação.
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REGRAS DE POSOLOGIA
Ver se os doentes respondem aos neurolépticos e se o
efeito é benéfico;
A dose deve ser o equilíbrio entre “o benefício da
prevenção das recaídas e o da discinésia tardia” ;
Dever-se-á usar a menor dose eficaz;
Tentar-se-á, após equilíbrio, uma terapêutica
descontínua ( as férias terapêuticas
predispõem ou protegem contra a
discinésia tardia ?)
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NEUROLÉPTICOS DE ACÇÃO PROLONGADA
Formam-se por esterificação do grupo hidroxilo com um ácido
gordo de cadeia longa;
Os ésteres são depois dissolvidos em diferentes óle os vegetais;
A velocidade de absorção é mais lenta que a de elimi nação:
a - O tempo necessário para alcançar a concentração
plasmática estável depende da constante de absorção ;
b - A concentração plasmática estável é função da
velocidade de eliminação;
c - A longa semi-vida permite a manutenção dos efeit os, após
suspensão da medicação;
d - Servem só como terapêutica de manutenção.
Fármaco Nome comercial Equivalente de dosagem (mg)
Dose recomendada mg
Dose máxima mg
Flufenazinadecanoato
Anatensol Decanoato®
25 cada 2 s 12,5–100 cada 2-5 s
100 / 2 s
Haloperidol decanoato
Haldol Decanoato®
100 cada 4 s 50,0-300 cada 4s
300 / 4 s
Flupentixol Fluanxol Retard®
40 cada 2 s 20 – 300 cada 2. 4 s
400 / s
Zuclopentiol Cisordinol Acutard®
200 cada 2 s 200-400 cada 2-4 s
600 / s
Pipotiazina _ 50 cada 4 s 50-100 cada 4 s 200 / 4 s
Fluspirileno _ 25 cada 2 s 2-8 / s 20 / s
Risperidona Risperdal Consta®
20-50 cada 2 s 50 cada 2 s
FORMULAÇÃO E DOSAGEM RECOMENDADA DE ANTIPSICÓTICOS DE LONGA DURAÇÃO INJECTÁVEIS
Kaplan-Meier Analysis of Time to Relapse in Patients Assigned to Risperidone or Haloperidol
A Comparison of Risperidone and Haloperidol for the Prevention of Relapse in Patients with SchizophreniaJohn G. Csernansky, Ramy Mahmoud, Ronald Brenner an d the Risperidone-USA-79 Study GroupN Engl J Med 2002; 346;1:16-22
Mean ({+/-}SE) Changes from Base Line to the End of the Study in Total and Factor Scores on the Positive and Negative Syndrome Scale for Schizo phrenia in Patients Assigned to
Risperidone or Haloperidol
Csernansky, J. et al. N Engl J Med 2002;346:16-22
Scores on the Extrapyramidal Symptom Rating Scale at Base Line and Least-Squares Mean Changes from Base Line to the Last Recorded Value
Csernansky, J. et al. N Engl J Med 2002;346:16-22
Outcome Measures of Effectiveness
Lieberman, J. et al. N Engl J Med 2005;353:1209-1223
Conclusões deste trabalho
“The majority of patients in each group discontinued their assigned treatment owing to inefficacy or intolerable side effects or for other reasonsOlanzapine was the most effective in terms of the rates of discontinuation, and the efficacy of the conventional antipsychotic agent perphenazine appeared similar to that of quetiapine, risperidone, and ziprasidoneOlanzapine was associated with greater weight gain and increases in measures of glucose and lipid metabolism”
Lieberman, J. et al. N Engl J Med 2005;353:1209-1223
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INTERACÇÕES DOS NEUROLÉPTICOS
DE CARÁCTER FARMACODINÂMICO
POTENCIAM:
Todos os depressores centrais
Os antagonistas dos receptores
adrenérgicos e colinérgicos
DE CARÁCTER FARMACOCINÉTICO
Atrasam o esvaziamento gástrico e a absorção de out ros fármacos
A sua absorção é alterada pelos antiácidos
ANTAGONIZAM
• Os agonistas dos receptores
adrenérgicos e colinérgicos
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Antidepressivos
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A DEPRESSÃO É UM DISTÚRBIO AFECTIVO
(primariamente é um distúrbio do humor)
1 .DEPRESSÂO UNIPOLAR
- está frequentemente associada a ansiedade
- não há episódios de mania
- não há evidência de uma causa genética
2 .DEPRESSÃO BIPOLAR
- o humor e o comportamento oscilam entre a depressã o e a mania
- há forte evidência de uma associação hereditária
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Depressão
Tipos de depressão - endógena ou major; exógena, secundária ou reactiva; atípica ou neurótica.Igual tratamento destes tipos de depressão?– Não. Têm etio e fisiopatogenias diferentes!– Depressão major = depressão bioquímica
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DEPRESSÃO REACTIVA
Consecutiva a:
- Doença física (enfarte do miócárdio, cancro)
- Fármacos (antihipertensores, álcool, hormonas)
- Outras afecções psiquiátricas (senilidade)
- Circunstâncias adversas (privação ou pobreza)
Corresponde a mais de 60% de todas as depressões;
Núcleo de sintomas: diminuição do humor, ansiedade, queixas corporais, tensão, sentimento de culpa;
Cura espontaneamente ou responde a vários fármacos…
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SINTOMAS DE DEPRESSÃO
Sensação geral de angústia, apatia e desespero
Preocupação com culpa, inadequação
Inanição
Perda de apetite
Lentidão dos movimentos
Indecisão, apatia
INSÓNIAS
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DEPRESSÃO MAJOR OU ENDÓGENA
É precipitada por um acontecimento não adequado ao g rau de depressão; corresponde a 25% de todas as depressões
É autónoma (não responde a mudanças de estilo de vid a)
Pode ocorrer em qualquer idade
É determinada biologicamente (história familiar)
Núcleo de sintomas: ritmos anormais de sono, de acti vidade motora, da líbido e do apetite
Responde aos antidepressivos e terapêutica electroc onvulsiva
Tende a recorrer durante a vida
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ANTIDEPRESSORES
1. Antidepressores tricíclicos (1ª geração):
Imipramina e Amitriptilina
2. Antidepressores heterocíclicos ( fármacos de 2ª e 3ª geração )
- 2ª Geração – Amoxapina, Maprotilina, Trazodona, Bup ropion
- 3ª Geração – Venlafaxina, Mirtazapina , Nefazodona
3. Inibidores selectivos da recaptação da 5-HT (SSRIs ou ISRSs) (3ª
geração):
Fluoxetina, Paroxetina, Sertralina, Fluvoxamina, Ci talopram ,
Escitalopram
4. Inibidores da Monoamina oxidase (MAO)
Não selectivos :
- Hidrazidas: Fenelzina, Isocarboxazida (irreversíve is)
- Não hidrazidas : Tranilcipromina (reversível)
Selectivos: -MAO A: Moclobemid a
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ANTIDEPRESSORES
5. Adjuvantes- L-Triptofano,- L-5-Hidroxitriptofano- Estabilizadores do humor que não o Lítio
(sem interesse terapêutico )
- Lítio- Antipsicóticos- Anticonvulsivantes- Hormonas da tiróide
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PATOGENIA DA DEPRESSÃO MAJOR
A depressão deve estar associada com a redução da
transmissão sináptica dependente das aminas funcion ais
(hipótese das aminas)
Todavia, embora a acção dos antidepressivos e inibi dores da
MAO seja imediata, os efeitos clínicos requerem vár ias
semanas para se manifestarem
Todos os antidepressivos (excepto o bupropion) inte rferem
com o metabolismo e a recaptação, ou são antagonist as dos
receptores selectivos da 5-HT, noradrenalina ou amb os.
Boyer E and Shannon M. N Engl J Med 2005;352:1112-1120
Mann J. N Engl J Med 2005;353:1819-1834
Targets of Antidepressant Action on Noradrenergic a nd Serotonergic Neurons
64
The Monoamine-Deficiency
Hypothesis Extended
Belmaker R, Agam G. N Engl J Med 2008;358:55-68
Monoamine-Related Gene Knockouts
That Affect Depression-Related
Behavior in Mice
Belmaker R, Agam G. N Engl J Med 2008;358:55-68
Additional Biologic
Theories of the Pathophysiology
of Depression
Belmaker R,Agam G. N Engl J Med 2008;358:55-68
68
ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS, HETEROCÍCLICOS E OUTROS
1ª GERAÇÃO 2ª GERAÇÃO 3º GERAÇÃO E OUTROS
Imipramina Amoxapina Fluvoxamina
Clomipramin a Maprotilina Fluoxetina
Trimipramina Trazodona Citalopram
Desipramina Viloxazina Zimelidina
Opipramol Iprindol Norzimelidina
Amitriptilina Bupropion Paroxetina
Nortriptilina Mianserin a Escitalopram
Protriptilina Mirtazapina Sertralina
Butriptilina Venlafaxina
Doxepina
Dibenzepina
Distribuição discutível pelas gerações….
Mann J. N Engl J Med 2005;353:1819-1834
Classification, Doses, Safety, and Side Effects of
Antidepressants
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FÁRMACO EFEITONA 5-HT
EFEITOS COLATERAISSEDATIVOS ANTICOLINÉRGICOS
AMINAS TERCIÁRIASAmitriptilinaImipraminaDoxepina
0 ++++++ +++0 +++
+++ +++++++ ++++++ +++
AMINAS SECUNDÁRIASNortriptilinaDesipraminaProtriptilinaAmoxepina
++ ++++++ 0++ 0++ 0
+ +++0 ++0 ++0 +++
COMPARAÇÃO DE AMINAS TERCIÁRIAS E SECUNDÁRIAS( compostos triciclícos )
0 – ausência de efeito; + a ++++ efeito progressivam ente maior
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CARACTERÍSTICAS FARMACOCINÉTICAS DOS ANTIDEPRESSIVOS
Absorção incompleta; elevada ligação às proteínas p lasmáticas
VD elevados
Metabolismo de 1ª passagem significativo
Vias metabólicas: transformação do núcleo tricíclic o e alteração
da cadeia alifática lateral
Numerosos metabolitos biologicamente activos com pa pel relevante nos efeitos terapêuticos (ex: desiprimina e nortriptili na) e tóxicos
Grande variabilidade interindividual determinada ge neticamente
Especificidade dos perfis metabólicos para a maior parte dos compostos
As previsões farmacocinéticas entre os antidepressi vos têm umaprecisão limitada
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FACTORES QUE INFLUENCIAM A FARMACOCINÉTICA
Características genéticasIdadeFunção renalSexoRaçaConsumo de tabacoÁlcoolInteracções medicamentosas
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IMPORTÂNCIA DO METABOLISMO DE 1ªPASSAGEM (exemplo)
ANTIDEPRESSIVO QUANTIFICAÇÃO %
Nortriptilina 30 a 50
Amitriptilina 30 a 69
Imipramina 23 a 71
Doxepina 55 a 87
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INDICAÇÕES CLÍNICAS DOS ANTIDEPRESSIVOS
Depressão
Pânico (neurose de pânico)
Neurose obsessiva – compulsiva
Ansiedade generalizada
Dor crónica; dor neuropática
Enurese
Outras indicações (bulimia, défice de atenção
(antidepressores estimulantes), fobia social)
Turner E et al. N Engl J Med 2008;358:252-260
Publication Status and FDA Regulatory Decision by S tudy and by Drug
EFICÁCIA?
76
REACÇÕES ADVERSAS DOS ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS
EFEITOS NEUROVEGETATIVOS
Bloqueio muscarínico:
Taquicardia. Perturbações da acomodação. Hipossiália .
Obstipação. Alterações disúricas .
Suores nocturnos abundantes.
EFEITOS CARDIOVASCULARES
Hipotensão ostostática ------------ Tendências lipotí micas
Modificações do ritmo -------------- Anomalias da co ndução
e repolarização
77
REACÇÕES ADVERSAS DOS ANTIDEPRESSORES TRICÍCLICOS
Maioria ���� Sedação (sonolência, efeitos aditivos com
outros fármacos sedativos)
Cardiovasculares (hipotensão ortostática, defeitos de
condução, arritmias)
Efeitos antimuscarínicos (visão turva, obstipação,
dificuldade urinária, confusão)
Psiquiátricos (agravamento de psicose, sindroma de
supressão)
Neurológicas (convulsões)
Metabólico-endócrinos (aumento de peso, distúrbios
sexuais)
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CONTRAINDICAÇÕES DOS ANTIDEPRESSORES TRICÍCLICOS
Disúria
Hipertrofia prostática
Glaucoma do ângulo fechado
Actividade teratogénica
Perturbações da condução cardíaca
Enfarte do miocárdio
Acidente vascular cerebral
Insuf. cardíaca, hepática e renal
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INTERACÇÕES MEDICAMENTOSAS COM OS ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS
SÃO POTENCIADOS POR
IMAO
IMAO IMIPRAMÍNICOS= 15 d
IMIPRAMÍNICOS MAO= 3-4 d
ANTIDEPRESSIVOS NÃO IMAO
NEUROLÉPTICOS (efeitos 2ºs)
ANTICOLINÉRGICOS
AMINAS VASOPRESSORAS
ÁLCOOL E TABACO
REDUZEM OS EFEITOS
BENZODIAZEPINAS
BARBITÚRICOS
80
ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS (1ªGERAÇÃO) E AGENTES DE 2ª E 3ª GERAÇÃO
Diferem praticamente :
no grau de sedação (antidepressores muito sedantes: amitriptilina
e doxepin a (1ª geração), trazodona e mirtazapina (2ª geração))
nos efeitos antimuscarínicos (geralmente maior com os
antidepressivos de 1ª geração; 3ª geração: quase não o são)
os ISRSs (SSRI) não têm, em regra, efeitos sedativo s, são seguros
em hiperdosagem e necessitam apenas de uma toma diá ria
81
HIPERDOSAGEM DE ANTIDEPRESSIVOS
Tricíclicos:Extremamente perigosos em doses elevadasOs doentes deprimidos tentam suicídio com frequência: limitar a prescrição em tempoSe o suicídio for uma possibilidade dever-se-áencarregar um membro da família de guardar os comprimidosManter os fármacos fora do alcance das crianças
Fármacos de 2ª e 3ª geraçãoNeurotoxicidade e convulsões difíceis de controlarMaprotilina – neurotoxicidade e cardiotoxicidade
82
FARMACOCINÉTICA DOS INIBIDORES SELECTIVOS DA RECAPTAÇÃO DA
SEROTONINA
Biodisponibilidade variável (de 32-93%)
A fluoxetina tem um metabolito, a norfluoxetina, de semi-vida
longa (7-9 dias para alcançar a fase estacionária) que permitirá
uma única toma por semana (?); este metabolito inte rfere no
sistema adrenérgico
A fluoxetina é um inibidor enzimático e origem de mú ltiplas
interacções
83
84
INIBIDORES DA MAO
1- INIBIDORES NÃO SELECTIVOS
Derivados hidrazínicos
Iproniazida
Isocarboxazida
Fenelzina
Nialamida
Derivados não hidrazínicos
Pargilina
Tranilcipromina
2. INIBIDORES SELECTIVOS
MAO A
Moclobemida
85
INIBIDORES DA MAO
Revalorizados nas situações que respondem mal aos tricíclicos
Inibem a desaminação das aminas endógenas:
- aumentam os níveis cerebrais de NORADRENALINA, SEROTONINA E DOPAMINA;
Duração de acção longa
- após 1-3 semanas de tratamento a aminas voltam aos valores normais por autorregulação
- produzem hipossensibilização dos receptores ββββ, αααα2 e 5-HT2
São mais eficazes os inibidores inespecíficos
86
REACÇÕES ADVERSAS DOS IMAO
Reacção tiramínica com queijos, vinho tinto, cervej a, licores, figos, fígado, salsichas, enchidos;
Sistema autónomo:-Hipotensão ortostática (octopamina), visão turva,
arrepios...
Sistema nervoso central-Insónia (Fase REM ), episódios de hipomania;
Outros-Aumento de peso, edemas, cefaleias, parestesias...
87
INTERACÇÕES DOS IMAO
DESCONGESTIONANTES NASAIS
Efedrina, fenilpropanolamina, pseudoefedrina
SIMPATICOMIMÉTICOS INDIRECTOS
TRICÍCLICOS
REGRAS: introduzi-los simultaneamente em
doses baixas
ou
começar primeiro com o tricíclico e depois o IMAO
88
INIBIDORES REVERSÍVEIS DA MAO-A (RIMA)
MOCLOBEMIDA
Usos clínicos Efeitos adversosDepressão resistente ou atípica InsóniaPânico NáuseaFobia social Cefaleia
Não são tóxicos em dose elevadaNão apresentam ricos de interacção
medicamentosa ou alimentarMelhor qualidade de vida
NÃO ASSOCIAR COM INIBIDORES SELECTIVOS DA RECAPTAÇÃO DA SEROTONINA
89
ESCOLHA DO ANTIDEPRESSIVO
Todos são, de uma forma geral equivalentes
Alguns doentes, por razões desconhecidas, melhoram mais com alguns dos compostos
Os doentes mais afectados, que necessitam internamento, respondem melhor aos tricíclicos clássicos do que à monoterapia com ISRSs;
A melhor tolerabilidade dos ISRSs leva-os à preferê ncia dos doentes
Nenhum dos antidepressivos mais recentes mostrou ma ior eficácia do que os tricíclicos (AMITRIPTILINA ���� GOLD STANDART)
Mann J. N Engl J Med 2005;353:1819-1834
Algorithm for the Acute Treatment Phase of a Major
Depressive Episode in Major
Depressive Disorder
Mann J. N Engl J Med 2005;353:1819-1834
Selection of a First-Line
Antidepressant Medication
92
ESQUEMA TERAPÊUTICO
Iniciar com doses baixas;
Aumentar até uma dose que produza alívio da depressã o
ou até um máximo tolerado
Administrar logo pela manhã porque são estimulantes e
podem causar insónia:
Inibidores da MAO, bupropion, fluoxetina , sertralina,
paroxetina, citalopram, venlafaxina (…)
Virtualmente todos os outros antidepressivos têm
efeitos sedativos e são dados à noite.
93
DOENTES QUE NÃO RESPONDEM AOS ANTIDEPRESSIVOS
1/3 ou mais não respondem ao tratamento;
Mais de metade não mantêm uma remissão completa a q ualquer
tratamento;
Na resistência ao tratamento considerar os 5 Ds: dia gnóstico,
droga , dose, duração do tratamento, e diferente
tratamento;
Estratégia geral:
- iniciar com um ISRS (…);
- depois tentar a associação com um fármaco de grupo
diferente (outras estratégias são possíveis)
- avisar o doente que a melhoria é lenta e pode demor ar
3 semanas ou mais a estabelecer-se.
94
NOS DOENTES SEM RESPOSTA ADEQUADA A UM AGENTE ISOLADO
Associação de : ISRS (SSRI) + ADT
ISRS + outro (mirtazapina …)
Depressões atípicas (ansiedade acentuada +
componente fóbico–hipocondria):
- Inibidores da MAO
- Lítio + antidepressivo
Depressões resistentes ���� + antiepilépticos (…) ou + lítio ou + antipsicóticos; electrochoque
Mann J. N Engl J Med 2005;353:1819-1834
Fármacos potenciadores ou adjuvantes
Boyer E and Shannon M. N Engl J Med 2005;352:1112-1 120
SÍNDROMA SEROTONINÉRGICA
Boyer E and Shannon M. N Engl J Med 2005;352:1112-1 120
Findings in a Patient with Moderately Severe Seroto nin Syndrome
Boyer E and Shannon M. N Engl J Med 2005;352:1112-1120
Drugs and Drug Interactions Associated with the Serotonin Syndrome
99
ESTIMULANTES DO SNC
“Analépticos cardio-respiratórios” (pentetrazole, niquetamina, bemegride) � margem terapêutica estreitaAlmitrina � utilidade marginalAnfetaminas e similares (Benflurex (Mediator*)), xantinasModafinil (para a narcolepsia)Sibutramina (Reductil*) � inibe a recaptação de 5-HT e estimula os receptores adrenérgicos beta-3 (efeito simpaticomimético) – não aumenta o risco cardiovascular? (é usado para a obesidade)
100
Xantinas
Cafeina - no café e no cháTeofilina - no cháTeobromina - no chocolate
– Estimulação cortical: cafeína > teofilina > teobromina
– Efeito diurético e relaxamento do mº liso:
teofilina > cafeína > teobromina– Dependência?
101
FÁRMACOS ANTIMANÍACOS
Belmaker R. N Engl J Med 2004;351:476-486
Doença bipolar
103
DESORDEM BIPOLAR ou DOENÇA MANÍACO-DEPRESSIVA
Caracteriza-se por depressão associada a episódios cíclicos de mania;
Representam 10-15% de todas as depressões;
O carbonato de lítio estabiliza o humor; mas a mani a pode necessitar antipsicóticos também; a depressão contr ola-se com antidepressores.
104
SINTOMAS DE MANIA
Exuberância excessivaEntusiasmoAuto-confiança
Inapropriadas para as circunstâncias
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Belmaker R. N Engl J Med 2004;351:476-486
Neurochemical and Imaging Findings in Bipolar Disor der
Belmaker R. N Engl J Med 2004;351:476-486
Trata/ da mania e
dªbipolar
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LÍTIO E OUTROS ESTABILIZADORES DO HUMOR(ou Antimaníacos)
A acção principal é prevenir as mudanças de humor em indivíduos com doença bipolar da afectividade (maní aco-depressiva)
Os acessos cíclicos de mania têm sintomas de esquiz ofrenia paranoide (grandiosidade, belicismo, ideias de pers eguição e hiperactividade)
A alteração biológica não foi definida, mas admite- se estar relacionada com uma preponderância das catecolamina s (os fármacos que reduzem a actividade da dopamina ou 5- HT aliviam a mania)
A doença bipolar tem um forte componente familiar.
109
FARMACOCINÉTICA DO LÍTIO
ABSORÇÃO
DISTRIBUIÇÃO
METABOLISMOEXCREÇÃOCONCENTRAÇÃO PLASMÁTICA ÚTIL
Virtualmente completa em 6-8 h; pico plasmático entre 30 min e 2 h;
Na água total do organismo; entra para o compartimento intracelular. V Dinicial: 0,5 L/kg; aumenta para 0,7-0,9 L/Kg. Não há ligação proteica;
Não sofre;Inteiramente pela urina; t1/2 β β β β = 20 h;0,6 – 1,4 mEq/L.
110
1. MECANISMO DE ACÇÃO DO LÍTIO
1. Desconhecido
2. Efeitos nos electrólitos e transporte iónico?
3. Efeitos nos neurotransmissores e sua libertação?
4. Efeitos nos 2 os mensageiros e enzimas intracelulares que medeiam a acção do neurotransmissor?
111
2. EFEITOS DO LÍTIO NOS ELECTRÓLITOS E TRANSPORTE I ÓNICO3. EFEITOS DO LÍTIO NOS NEUROTRANSMISSORES
O Li+ com propriedades semelhantes às do Na+, pode substituir o Na+ na geração de potenciais de acção e na troca Na+ / Ca2+ através da membrana;
Inibe a troca de Li+ - Na+;
Em concentrações terapêuticas (cerca de 1 mmol/L) n ão afecta significativamente a troca Na+/Ca 2+ ou a ATPase Na+ / K+
O Li+ parece potenciar algumas acções da 5-HT;
Reduz o “turnover” da noradrenalina e da dopamina;
Pode elevar a síntese de acetilcolina ,por aumentar a recaptação da colina para as terminações nervosas.
112
4. EFEITOS DO LÍTIO SOBRE OS SEGUNDOS MENSAGEIROS
O Li+ inibe a reciclagem dos substractos do inosito l;
Causa deplecção do 2º mensageiro, fosfatidilinositol -4-5, bifosfato (P1P2), um precursor de IP3 e DAG;
Reduz a libertação de trifosfato de inositol-1,4,5 (IP3) e de diacilglicerol (DAG), deprimindo de modo selectivo estes circuitos hiperactivos;
Altera a sinalização mediada pela PKC que medeia a expressão génica e a produção de proteínas implicadas nas alt erações neuroplásticas subjacentes à estabilização do humor.
113
CARBONATO DE LÍTIO- Acções Farmacológicas
Substância com maior eficácia e especificidade para o tratamento da mania e prevenção das recorrências da s crises maníaco-depressivas (doença bipolar) e na profilaxi a da depressão recorrente (doença unipolar)
Não produz sedação nem lentidão das funções cerebra is;
Rompe a conduta que se caracteriza por aconteciment os cíclicos ou periódicos (crise maníaco-depressiva) amortiza os parâmetros de amplitude e frequência de uma funç ão periódica.
É inadequado para uso em crianças
114
USO DO LÍTIO
A decisão de dar Lítio como profiláctico requer o recurso ao especialista. Muitas vezes é necessário saber a liti émia.
Como o início é lento associa-se um fármaco antipsi cótico nos doentes gravemente afectados e em fase maníaca; apó s controle da mania suspende-se o antipsicótico
O sucesso na desordem bipolar é 60 a 80%, mas menor nos doentes gravemente afectados;
Se a mania é ligeira o Lítio isolado pode ser eficaz
Em caso de fracasso (ou intolerância ao lítio) pode r-se-á recorrer à Carbamazepina ou ao Valproato de sódio
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REACÇÕES ADVERSAS DO CARBONATO DE LÍTIO
NEUROLÓGICAS E PSIQUIÁTRICAS
TIROIDEOS
RENAIS
DIGESTIVOS
CARDÍACOS
GRAVIDEZ E LACTAÇÃO
Tremor, coreoatetose, hiperactividade motora, sintomas pseudo-parkinsónicos, ataxia, nistagmo, disartria, afasia; confusão mental…
Por vezes, aumento de volume e sintomas de hipotiroidismo (medir os níveis de TSH cada 6-12 meses)
Polidipsia e poliúria (diabetes insípida nefrogénica); nefrite intersticial crónica e glomerulopatia mínima com sinal nefrótico; edema.
Epigastralgias, vómitos, diarreia
Sindroma de bradicardia-taquicardia (“nódulo sinusal doente”); anomalias da repolarização no ECG
Risco de dismorfogenese e aumento de anomalias cardíacas (D. de Ebstein). Atinge no leite 1/3 a 1/2 da concentração no soro – letargia, cianose, redu ção dos reflexos de Moro e de suc ção.
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OUTROS FÁRMACOS COM EFEITOS ANTIMANÍACOS (prevenção )
Valproato de sódio
Carbamazepina
Lamotrigina
Fenitoína
Questões para estudo
Como se pode tratar a ansiedade aguda generalizada?
Como se pode tratar a ansiedade crónica generalizada?Os medicamentos da ansiedade generalizada são os mesmos das neuroses de pânico e obsessiva-compulsiva? Justifique.Refira as reacções adversas mais frequentes das benzodiazepinas.
Quais são os mecanismos de acção dos fármacos ansiolíticos?
Que ansiolíticos não benzodiazepínicos conhece?
Os hipnóticos melhoram o hipnograma duma pessoa saudável, sem insónias? E de uma pessoa com insónias persistentes? Como alteram o hipnograma?
Refira quatro reacções adversas dos hipnóticos de curta e longa duração de acção.Como pode evitar a tolerância e a dependência a um hipnótico?
Os neurolépticos atípicos têm o mesmo mecanismo de acção dos neurolépticos típicos ou de primeira geração?
As indicações clínicas dos neurolépticos de primeira geração são as mesmas dos de segunda geração? Quais são?
Refira o mecanismo de acção para haver uma síndroma parkinsónica, acatísia, discinésia tardia, galactorreia, hipotensão arterial, sedação e taquicardia com os neurolépticos.
Os neurolépticos de segunda geração apresentam novas reacções adversas em relação aos neurolépticos típicos? Quais?Cite os neurolépticos de primeira e segunda geração?
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Questões para estudo
Os antidepressores inibidores selectivos da recaptação de 5-HT (SSRI) são mais potentes que a amitriptilina? São mais seguros? Justifique.
Qual é a importância da síndroma anticolinérgica nas diversas gerações de antidepressores? O efeito antidepressor é sinónimo de efeito excitante do SNC?
Quais são as possíveis indicações clínicas dos antidepressores?
O “cheese effect” surge com o moclobemide? Justifique.Cite antidepressores de cada geração.
Refira adjuvantes dos antidepressores no tratamento da depressão.
Como se trata uma depressão resistente à monoterapia com um antidepressor?
Refira as reacções adversas mais comuns com os antidepressores de 3ª geração?
Quais são as xantinas que conhece?
Ordene as xantinas por ordem de potência quanto ao relaxamento do músculo liso e àcapacidade de excitação cerebral.
Os chamados analépticos cardio-respiratórios são clinicamente úteis e seguros?
Como se trata a doença bipolar?
A doença bipolar previne-se com o uso de um antidepressor? E de um neuroléptico?
Cite quatro das reacções adversas mais frequentes e graves com o carbonato de lítio?
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