escola estadual de flor da serra - ensino fundamental e médio · apresentaÇÃo da disciplina ......

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ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA – ENSINO FUNDAMENTAL Aut.: RES. 274/84 Rec.: RES. 4913/85 Flor da Serra, s/n PR 182 Km 75 Realeza/PR CEP 85770-000 CNPJ 77.619.690/0001-96 Fone/Fax (0xx46) 3549-1195 E-mail: [email protected] NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO FRANCISCO BELTRÃO-PR PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO AGOSTO/2008 REALEZA-PR

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ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA – ENSINO FUNDAMENTAL

Aut.: RES. 274/84 Rec.: RES. 4913/85

Flor da Serra, s/n PR 182 Km 75 Realeza/PR CEP 85770-000

CNPJ 77.619.690/0001-96 Fone/Fax (0xx46) 3549-1195

E-mail: [email protected]

NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO

FRANCISCO BELTRÃO-PR

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

AGOSTO/2008

REALEZA-PR

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ÍNDICE

ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA – ENSINO FUNDAMENTAL.....................................................1CNPJ 77.619.690/0001-96 Fone/Fax (0xx46) 3549-1195 ........................................................... 1 APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................................... 5 1 CARACTERÍSTICAS ........................................................................................................................................... 7 2 OBJETIVOS .......................................................................................................................................................... 9 3 MARCO SITUACIONAL E OPERACIONAL ................................................................................................... 11 4 MARCO CONCEITUAL .................................................................................................................................... 19 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................................................... 28 ANEXOS ................................................................................................................................................................ 29 ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA – ENSINO FUNDAMENTAL...................................................30CNPJ 77.619.690/0001-96 Fone/Fax (0xx46) 3549-1195 ......................................................... 30

PLANO DE AÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO ....................................... 30 ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA – ENSINO FUNDAMENTAL...................................................31CNPJ 77.619.690/0001-96 Fone/Fax (0xx46) 3549-1195 ......................................................... 31

PLANO DE AÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO ....................................... 31 ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA – ENSINO FUNDAMENTAL...................................................37CNPJ 77.619.690/0001-96 Fone/Fax (0xx46) 3549-1195 ......................................................... 37 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO .................................. 37 AGOSTO/2008 ....................................................................................................................................................... 37 REALEZA-PR ........................................................................................................................................................ 37 ÍNDICE ................................................................................................................................................................... 38 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................................... 40 ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA – ENSINO FUNDAMENTAL...................................................41CNPJ 77.619.690/0001-96 Fone/Fax (0xx46) 3549-1195 ......................................................... 41 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ...................................................................................................... 41 ENSINO FUNDAMENTAL ................................................................................................................................... 41 REALEZA-PR ........................................................................................................................................................ 41 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ARTES .................................................................................. 42 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA ................................................................................................................... 42 OBJETIVO GERAL ............................................................................................................................................... 43 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS POR SÉRIE .......................................................................................................... 44 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE CIÊNCIAS ............................................................................. 54 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA ..................................................................................................... 54 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA ........................................................... 73 ENSINO FUNDAMENTAL ................................................................................................................................... 73 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENSINO RELIGIOSO ................................................................. 81 ENSINO FUNDAMENTAL ................................................................................................................................... 81 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA ................................................................................................................... 81 OBJETIVOS ............................................................................................................................................................ 82 CONTEÚDOS POR SÉRIE .................................................................................................................................... 83 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA ........................................................................ 88 ENSINO FUNDAMENTAL ................................................................................................................................... 88

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APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA ................................................................................................................... 88 OBJETIVOS ............................................................................................................................................................ 89 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA ............................................................................. 99 ENSINO FUNDAMENTAL ................................................................................................................................... 99 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA ..................................................................................................... 99 CONTEÚDOS POR SÉRIE .................................................................................................................................. 101 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA .................................................. 116 ENSINO FUNDAMENTAL ................................................................................................................................. 116 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE MATEMÁTICA .................................................................. 134 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA ................................................................................................... 134 OBJETIVO GERAL ............................................................................................................................................. 136 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES .................................................................................................................... 136 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS POR SÉRIE ........................................................................................................ 137

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO ................................................................. 147 AVALIAÇÃO ....................................................................................................................................................... 149 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS - ENSINO FUNDAMENTAL ................................................................................................................................. 151 ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA – ENSINO FUNDAMENTAL.................................................162CNPJ 77.619.690/0001-96 Fone/Fax (0xx46) 3549-1195 ....................................................... 162 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR .................................................................................................... 162 ENSINO MÉDIO .................................................................................................................................................. 162 REALEZA-PR ...................................................................................................................................................... 162 AGOSTO/2008 ..................................................................................................................................................... 162 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ARTE – ENSINO MÉDIO .................................................. 163 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE BIOLOGIA .......................................................................... 177 ENSINO MÉDIO ................................................................................................................................................. 177 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA ................................................................................................................. 177 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA ......................................................... 187 ENSINO MÉDIO .................................................................................................................................................. 187 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FILOSOFIA ......................................................................... 199 ENSINO MÉDIO ................................................................................................................................................. 199 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FÍSICA ................................................................................. 206 ENSINO MÉDIO .................................................................................................................................................. 206 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA ...................................................................... 212 ENSINO MÉDIO .................................................................................................................................................. 212 OBJETIVOS .......................................................................................................................................................... 214 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA ........................................................................... 223 ENSINO MÉDIO .................................................................................................................................................. 223 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA ................................................................................................................. 223 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA/LITERATURA - ENSINO MÉDIO .................................................................................................................................................................. 236 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE MATEMÁTICA .................................................................. 251 ENSINO MÉDIO .................................................................................................................................................. 251 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA ................................................................................................................. 251 OBJETIVOS .......................................................................................................................................................... 254 CONTEUDOS ESTRUTURANTES e CONTEÚDOS ESPECÍFICOS .............................................................. 254 AVALIAÇÃO ....................................................................................................................................................... 260 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE QUÍMICA ............................................................................ 262 ENSINO MÉDIO .................................................................................................................................................. 262 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA ..................................................................... 279 ENSINO MÉDIO .................................................................................................................................................. 279 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA: INGLÊS - ENSINO MÉDIO .................................................................................................................................................................. 286 LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 17. ed. São Paulo: Cortez, 2005..........................................................................................................................................................292

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APRESENTAÇÃO

O presente documento tem por objetivo apresentar os aspectos fundamentais

que fazem parte do Projeto Político-Pedagógico da Escola Estadual de Flor da Serra

– Ensino Fundamental.

O Projeto Político-Pedagógico deve representar o compromisso de um grupo

com uma determinada trajetória no cenário educacional. Há necessidade, porém, de

clareza sobre a força e os limites deste projeto. A corporeidade do projeto acontece

na interação entre os sujeitos: professores, alunos, equipe de coordenação, direção

escolar, pais e funcionários que são as pessoas que dão vida à escola. Mais do que

o papel, o projeto compromete pessoas com uma idéia, com uma prática libertadora,

transformadora. A forma de firmar este compromisso implica planejar, dando lugar e

sentido a uma ação conduzida pelas diretrizes do mesmo.

O Projeto Político-Pedagógico como um todo deve ser compreendido numa

perspectiva dinâmica, em constante reformulação. No seu conjunto é sempre uma

manifestação de sujeitos concretos que devem estar sintonizados com os avanços

da ciência da educação e que, por isto, ousam reinventar as relações pedagógicas.

Acreditamos que a escola constitui uma expressão e uma resposta á

sociedade na qual está inserida. Neste sentido nunca é neutra, mas sempre

ideológica e politicamente comprometida. Por isso, cumpre uma função específica.

Nessa perspectiva, o novo indicador da aprendizagem escolar consistirá na

demonstração do domínio teórico do conteúdo científico e no seu uso prático pelo

aluno, em função das necessidades sociais a que deve responder, garantindo sua

ação sobre a sociedade enquanto sujeito fazedor de sua história. Esse procedimento

implica um novo posicionamento, uma nova atitude do professor e dos alunos em

relação ao conhecimento e a sociedade: o conhecimento escolar passa a ser

teórico–prático como um elemento fundamental na compreensão e na transformação

da sociedade.

Com a participação da Direção, Equipe Pedagógica, Corpo Docente, Pais, e

com toda a comunidade escolar, justificamos e fundamentamos o Projeto Político-

Pedagógico em consonância com as Leis de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional, Currículo Básico Para as Escolas Públicas do Paraná, respaldados pela

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Legislação Educacional em vigor e de acordo com as necessidades da comunidade

escolar.

A elaboração do Projeto Político-Pedagógico reforça a importância para a

melhoria da qualidade da Educação e implica em mudanças significativas estruturais

e pedagógicas essenciais para formação de um sujeito consciente de sua ação

histórica, na construção de uma sociedade mais justa e humana. A escola irá atuar

através da instrumentalização dos alunos via socialização do conhecimento

historicamente acumulado (científico e cultural), que lhes possibilite compreender,

analisar e agir criticamente diante da realidade social em que está inserido, no

sentido de promover ações transformadoras na sociedade.

Organizamos o Projeto Político-Pedagógico da escola da seguinte forma:

Apresentação, Introdução, Objetivos Gerais e Específicos, Marco Situacional, Marco

Conceitual, Marco Operacional e Avaliação do P.P.P.

O P.P.P. foi elaborado coletivamente pelos profissionais de educação da

escola a partir da leitura de textos encaminhados pela SEED nas semanas

pedagógicas; as famílias contribuíram a partir do preenchimento de questionário

contendo dados sócio-econômicos. Realizaram-se ainda, debates coletivos com

toda equipe escolar.

A construção do P.P.P. deu-se com a participação de toda a comunidade

escolar. Porém encontramos dificuldade na organização do tempo escolar, pois

temos um calendário específico a ser cumprido.

A Escola Estadual de Flor da Serra Ensino Fundamental pretende com a

elaboração e implantação do presente Projeto Político-Pedagógico assegurar a

socialização do conhecimento elaborado a todos os alunos, o enfrentamento das

desigualdades sociais e da exclusão do aluno nos processos educativos e sociais,

procurando dessa forma minimizar as diferenças e propiciar oportunidades de

inserção social ao aluno.

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1 CARACTERÍSTICAS

A Escola Estadual de Flor da Serra - Ensino Fundamental - código 00471 –

localiza-se no município de Realeza – código 2160, localidade de Flor da Serra, na

Pr 182, KM 75. Possui como entidade mantenedora o Governo do Estado do

Paraná, cuja Dependência Administrativa é a SEED-PR – código 02 - e está

subordinada ao Núcleo Regional de Francisco Beltrão – código 12. Possui

Autorização de Funcionamento do Estabelecimento – Res.274/84 de 12/03/84,

Autorização de Reconhecimento do Estabelecimento – Res. 4913/85 de 06/11/85 e

Regimento Escolar - parecer de aprovação no 296/2001.

A Escola foi criada a partir da união dos pais da comunidade da Linha Flor da

Serra, que sentindo a dificuldade de deslocamento de seus filhos à zona urbana,

solicitaram ao Poder Executivo Municipal a criação de uma escola. Em resposta, no

ano de 1.982, chegou à localidade uma Extensão da Escola Estadual Dom Carlos

Eduardo – Ensino de 1º Grau, no período noturno, onde funcionavam 5ª e 7ª séries.

No ano de 1.983, com o empenho e colaboração do Prefeito Municipal da

época, criou-se a Escola Municipal Modesto de Palma – Ensino de 1º Grau, mantida

pela Prefeitura Municipal de Realeza, conforme decreto nº 2252/83, no período

noturno, onde funcionava duas turmas de 5ª e 6ª séries.

No ano de 1.984, a escola passou a denominar-se Escola Estadual de Flor da

Serra – Ensino de 1º Grau, sendo mantida pelo Governo do Estado do Paraná, no

período noturno, com turmas de 5ª a 7ª séries, de acordo com a Resolução 274/84

criado na data 26/01/84 e publicado no Diário Oficial D.O.U. de 12/03/84.

A partir de 1.987, a Escola passou a ofertar turno vespertino, inicialmente com

duas turmas e em 1.989 passou totalmente ao período vespertino.

Em 1.998, a Escola mudou sua nomenclatura, passando a denominar-se

Escola Estadual de Flor da Serra – Ensino Fundamental, conforme Resolução nº

3120/98, publicada no D.O.E. DE 11/09/98.

No ano de 2.007, por determinação da Administração Municipal, houve

alteração do turno de funcionamento, passando a funcionar integralmente no turno

matutino.

O estabelecimento de ensino está passando pelo processo de implantação do

Ensino Médio, para o ano letivo de 2008.

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Na organização escolar atendemos 04 (quatro) turmas de 5ª a 8ª séries do

Ensino Fundamental e 01(uma) turma de 1ª série do Ensino Médio no turno

matutino, num total de 140 alunos em uma faixa etária entre 10 e 20 anos.

Este Estabelecimento de Ensino ocupa um prédio construído há vários anos,

cedido pela Prefeitura Municipal de Realeza, no período matutino. No período

vespertino atua a Escola Municipal Modesto de Palma – Educação Infantil e Ensino

Fundamental.

A estrutura física é composta de 06 salas de aula, 01 laboratório de

informática, 01 biblioteca, 01 cozinha, 01 sala de direção, 01 secretaria, 01

almoxarifado, 08 banheiros para os alunos, 02 banheiros para os professores e

funcionários.

A parte administrativa do estabelecimento é composta atualmente de 01

diretor, 01 secretária e 03 auxiliares de serviços gerais.

A equipe pedagógica é formada por 01 professora pedagoga e mais o corpo

docente que é constituído de 09 professores, todos habilitados e pós-graduados e

cada qual atua em sua área específica. Incluem-se nesse conjunto APMF e

Conselho Escolar – parecer de aprovação n.º 343/2001 - e cada setor funciona com

regimento próprio.

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2 OBJETIVOS

“É preciso entender o Projeto Político-

Pedagógico da escola como num situar-se num

horizonte de possibilidades na caminhada, no

cotidiano, imprimindo uma direção que se deriva

de respostas a um feixe de indagações tais

como: que educação se quer e que tipo de

cidadão se deseja, para que projeto de

sociedade? A direção se fará ao se entender e

propor uma organização que se funda no

entendimento compartilhado dos professores,

dos alunos e demais interessados em educação”

(Romão & Gadotti, 1994:42)

O Projeto Político-Pedagógico é um instrumento teórico-metodológico que

visa ajudar a enfrentar os desafios do cotidiano da escola de uma forma

sistematizada, consciente, científica e participativa. É o caminho mais acertado para

organizar a escola, ressignificando suas finalidades e objetivos.

A função, portanto, do Projeto é delinear o horizonte da caminhada

pedagógica, estabelecendo a referência geral, expressando o desejo e o

compromisso do grupo. O referencial teórico de cada disciplina é fundamental para

garantir a competência pedagógica. É preciso tomar decisões sobre metodologia do

ensino, sobre conteúdos programáticos e avaliação.

Os objetivos para o presente Projeto Político-Pedagógico são:

• promover alterações necessárias no contexto escolar, conquistando um

melhor espaço para a socialização, problematização, reflexão coletiva,

que assegure o direito de aprender, decidir e agir tendo como base o

conhecimento científico;

• estabelecer e definir ações coletivas que assegurem a prática

educacional, servindo como um documento norteador do processo.

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• garantir condições para o desenvolvimento das capacidades e

aprendizagens dos conteúdos necessários, oferecendo instrumentos de

compreensão da realidade, sendo o aluno o centro do processo educativo,

valorizando o seu saber para que este coloque em prática seus

conhecimentos sociais, culturais, políticos e éticos historicamente

produzidos.

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3 MARCO SITUACIONAL E OPERACIONAL

O Projeto Político-Pedagógico é elaborado através da participação coletiva

dos segmentos que compõem a comunidade escolar, baseado na legislação vigente,

Estadual e Federal. Passa por constante revisão após avaliações – semestralmente

- feitas pelo coletivo da comunidade escolar, e através de acompanhamento

realizado pelo Núcleo Regional de Educação.

A Escola Estadual de Flor da Serra trabalha em dualidade com a Escola

Municipal Modesto de Palma. Uma vez ocupando o mesmo espaço físico está

restrita a limitações inerentes a Administração Municipal, tendo em vista que o

prédio pertence ao município.

Portanto, sabemos que o Estado dificilmente viabiliza reformas, por isso a

direção do estabelecimento solicita à Administração Municipal algumas melhorias

mais urgentes, e sempre que possível é atendido.

Sendo assim, necessitamos de melhores condições físicas na estrutura do

prédio como a construção de ambiente específico para atendimento pedagógico,

uma vez que a professora pedagoga divide a sala com a secretaria, readequação da

sala de professores e banheiros, bem como um espaço reservado ao almoxarifado.

Para melhoria das dependências da escola seriam necessárias ainda à aquisição de

ar condicionado e pintura nova.

Com a implantação do curso de Ensino Médio para o ano letivo de 2008,

serão necessárias a construção de mais salas de aula e laboratórios, para tanto, o

Prefeito Municipal se comprometeu com a construção de sala, até suprir o que for

necessário.

A direção do Estabelecimento de Ensino tem feito aquisição de materiais

didático-pedagógicos, e já encaminhou ofícios de solicitação de materiais de

laboratório, e ampliação de acervo bibliográfico ao setor competente da SEED-PR,

para adequação ao curso de Ensino Médio.

Além disso, será necessária a ampliação do quadro de funcionários, pois há

apenas uma secretária, uma auxiliar de serviços gerais e uma merendeira atuando

na escola. Essa situação acarreta trabalho excessivo fora das funções que

competem a alguns profissionais da escola.

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A gestão democrática e colegiada da instituição escolar é entendida como o

processo que rege o funcionamento da mesma, compreendendo a tomada de

decisões conjuntas na execução, acompanhamento e avaliação das questões

administrativas e pedagógicas, envolvendo a participação de toda comunidade

escolar através da representação do Conselho Escolar e APMF. Dessa forma, as

opiniões do grupo que atua na escola e da comunidade são relevantes para as

tomadas de decisões. A direção comunica os trâmites de diversos assuntos para os

alunos antes do início das aulas, para os professores durante o intervalo e através

do quadro de recados, para os pais via reuniões administrativas e pedagógicas.

Estas ações são pertinentes para manter toda a comunidade escolar informada e

envolvida nas atividades escolares.

Outras formas de efetivação da gestão democrática na escola é a eleição de

líderes de turma e professores representante de turma, que ocorrem no início de

cada ano letivo. E ainda o trabalho das Instâncias Colegiadas do Estabelecimento

de Ensino.

Essas ações serão mantidas, pois contribuem para prática cidadã e

democrática do coletivo da escola.

O Conselho Escolar e a APMF, atuam efetivamente nas decisões e ações

pertinentes a sua função, no sentido de resolver dificuldades que se apresentam no

cotidiano da escola, seja no âmbito administrativo, didático ou pedagógico.

A partir, deste ano letivo os órgãos colegiados terão uma participação

ampliada no que tange ao pedagógico, através de reuniões com a comunidade

escolar e também no auxílio ao desenvolvimento de projetos.

Quanto às questões pedagógicas, levamos em consideração que a sociedade

atual é organizada de forma heterogênea em todos os âmbitos sociais, econômicos

e culturais o que gera um individualismo de forma generalizada, apesar disto, a

escola procura desenvolver no aluno a capacidade de reconhecer suas condições,

para que este tenha atitudes que visem transformações, a partir da aplicação do

conhecimento elaborado em seu cotidiano.

O objetivo de nossa escola é a socialização do conhecimento científico,

apesar de sermos influenciados por políticas educacionais voltadas para o

assistencialismo, sendo que muitas vezes, com exigências além das condições

físicas e humanas reais da escola. A superação desta dificuldade não compete a

nós enquanto instituição educacional, mas gostaríamos que esses projetos sociais

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fossem desenvolvidos em outro âmbito. Nos detemos em programas não educativos

como o “Leite das Crianças” e que não deveria estar vinculado ao ambiente escolar.

Os conteúdos serão trabalhados de maneira contemplar o desenvolvimento

das capacidades cognitivas, a produção de novos conhecimentos, proporcionando

condições para que os educandos se tornem cidadãos críticos, capazes de

interpretar e interferir na realidade.

Dessa forma, o professor planeja suas atividades de ensino, através do Plano

de Trabalho Docente, de maneira a oportunizar e valorizar a participação do

educando com respeito a diversidade sócio-econômica, cultural de cada um.

Para o desenvolvimento de sua prática o professor utiliza recursos como

laboratório, multimídias, vídeo, pendrive, etc.

A Equipe Pedagógica incentivará a busca por novas metodologias para

atendimento das necessidades apresentadas.

No trabalho didático-pedagógico realizado em nosso estabelecimento de

ensino, somos conscientes que existem limitações que impedem a efetivação de um

trabalho mais condizente com a seguinte realidade: alunos com dificuldades de

aprendizagem; alguns sem os elementos básicos para freqüentar a 5ª série, alunos

sem domínio de leitura, escrita e cálculos; outros aparentam carência afetiva;

dificuldades financeiras e estruturais graves; desinteresses familiares e falta de

perspectiva de vida, entre outros.

Devido ao porte de nosso estabelecimento de ensino, a SEED não autoriza a

implantação de sala de apoio, o que contribuiria para melhorar o desempenho

educacional de parte de nossos educandos. Assim pretendemos juntamente com a

Escola Estadual de Saltinho – Ensino Fundamental, através da equipe pedagógica,

elaborar um projeto para que consigamos, uma forma de garantir um atendimento

diferenciado aos educandos que necessitarem.

O estabelecimento de Ensino não tem alunos com necessidades especiais

(físicas, visuais, auditivas ou mentais), por outro lado, contempla uma comunidade

com diversidade cultural, social e também alunos com dificuldades de

aprendizagem. A inclusão é uma realidade nas escolas públicas, por isso há

necessidade das adaptações curriculares/flexibilização, para garantir o respeito à

individualidade de cada sujeito escolar.

Para atendimento de alunos com necessidades especiais podemos dizer

que a estrutura física da escola ainda não oferece a adequação necessária para o

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atendimento dos mesmos. Não possui material didático adequado e os professores

ainda entendem que a inclusão é um grande desafio. Contudo, diante de um

atendimento diferenciado, o coletivo da escola está disposto a buscar recursos e

formas de encaminhamentos para lidar com a situação.

Nossa comunidade escolar descende de famílias de nível sócio-econômico

baixo e médio baixo, a maioria filhos de pequenos agricultores, sendo muitos

agregados. Grande parte dos pais não possui escolaridade superior às series iniciais

e alguns são analfabetos. A maioria das famílias dos alunos tem trabalho

temporário, alguns trabalham no campo e outros na informalidade, mantendo-se

apenas com auxílio de programas assistenciais. Nesse sentido, a escola informa e

incentiva sobre programas sócio-educacionais.

Acredita-se também ser necessário ampliar a participação dos pais e da

sociedade no processo educativo para que possam apoiar a escola na prática de

uma educação de qualidade. Neste sentido, a escola organizará reuniões trimestrais

a fim de orientar pais e responsáveis para a importância do acompanhamento de

seus filhos com relação às suas atividades escolares, não somente no sentido

didático, pois como já dissemos, muitos não possuem essa condição, mas

acompanhando o andamento de seu filho na escola, orientando-o a reservar um

tempo para estudo em casa, incentivando e conscientizando quanto à necessidade

do estudo, conversando com a Equipe Pedagógica do estabelecimento, retirando o

boletim de notas ao final de cada trimestre, entre outras ações.

O Projeto Permanente de Envolvimento da Família na Vida Escolar, do

Núcleo Regional de Educação de Francisco Beltrão, e o Projeto Valorização da

Escola do Campo e Qualidade na Educação deste Estabelecimento de Ensino,

serão desenvolvidos com o intuito de envolver os pais cada vez mais às atividades

da escola.

Devemos partir do conhecimento da realidade do aluno, associando a cultura

popular ao saber científico elaborado e historicamente acumulado.

Assim, os projetos desenvolvidos estão voltados para formar um aluno

consciente de sua ação histórica na construção de uma sociedade mais justa e

humana, pois são constituídos de atividades que despertam a criatividade,

promovem o espaço para exposição de idéias, através de debates, momentos

culturais, exposições de trabalhos e pesquisas, levando ao aluno a valorização da

auto-estima, confiança em si mesmo e no meio em que se relaciona.

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Os projetos que o estabelecimento de ensino desenvolve são:

• Projeto Carnaval na Escola;

• Homenagem às mães;

• Homenagem aos pais;

• Homenagem ao Estudante;

• Declamação de poesias;

• Gincana cultural e esportiva;

• Exposições de trabalhos;

• Visitas e viagens de estudo;

• Festival de Xadrez;

• Projeto Permanente de Envolvimento da Família na Vida Escolar;

• Projeto Valorização da Escola do Campo e Qualidade na Educação;

• Além desses, quando possível, a escola participa de projetos em nível

estadual, como o Fera Com Ciência e Jocop's; e outros em nível

municipal.

No Calendário Escolar 2008 está prevista realização da Semana Cultural, na

qual parte desses projetos serão desenvolvidos.

Para a implementação desses projetos pedagógicos é proporcionado aos

professores condições para embasamento teórico e prático através de grupos de

estudo, reuniões pedagógicas, planejamentos, elaboração de projetos, cursos de

formação continuada, integração, havendo a necessidade de repensar a

organização da hora atividade e aumento da mesma.

A escola organiza formas para que os profissionais em educação possam

participar de eventos de formação continuada ofertados pela SEED, ou outros que

forem disponibilizados por outras instituições.

Além disso, na hora-atividade são possibilitados diversos momentos de

estudos, com o acompanhamento da equipe pedagógica, pois acreditamos ser de

extrema importância para a prática do professor.

Algumas das atividades que são desenvolvidas na hora-atividade:

• Momento de estudo individual ou em grupo;

• Correção de avaliações;

• Elaboração do plano de trabalho docente e planejamento;

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• Atendimento a alunos e a pais;

A Equipe Pedagógica procura desenvolver sua prática escolar de acordo com

especificações da SEED, para acompanhar a efetivação do Projeto Político-

Pedagógico, mediando o processo escolar como um todo.

O trabalho do Professor Pedagogo refere-se a finalidades da ação educativa

implicando objetivos sócio-políticos na área de conhecimento.

Ao longo do ano letivo a ação do pedagogo auxilia na transformação do saber

específico em saber escolar assessorando o processo de ensino-aprendizagem

desenvolvido na relação professor/aluno.

Assessora e orienta os professores quanto a elaboração, (re)adequação, uso

adequado e interpretação dos resultados obtidos na prática pedagógica; busca

possibilitar o acesso à cultura organizando o processo de formação cultural;

coordena sistemática e intencionalmente as formas de organização do processo de

formação cultural que se dá no interior da escola.

Para dar continuidade a essas práticas serão utilizados momentos como a

hora-atividade, pré-conselhos e conselho de classe.

A avaliação educacional, em nosso estabelecimento de ensino, se caracteriza

como diagnóstica, contínua, cumulativa e somativa, de acordo com a legislação

vigente e o Regimento Escolar do estabelecimento.

Ao analisar o Relatório Final do ano letivo de 2007 de um total de 111 alunos

matriculados, obtivemos os seguintes dados:

RESULTADO 5ª SÉRIE 6ª SÉRIE 7ª SÉRIE 8ª SÉRIE GERALAprovação 89% 92% 100% 100% 95%Reprovação 11% 0% 0% 0% 3%Abandono 0% 8% 0% 0% 2%

Verificamos que o maior índice de reprovação aconteceu na 5ª série. Grande

parte da turma apresentou muita dificuldade de aprendizagem. Apesar de diferentes

metodologias aplicadas, houve pouca evolução.

O sistema de avaliação será trimestral, a partir do ano letivo de 2008, com

atribuição de valores numéricos de 0,0 a 10,0; e o regime de promoção será de

progressão parcial para os alunos do Ensino Médio que não conseguirem aprovação

em até três disciplinas.

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O processo avaliativo é muito complexo, e a intenção dos profissionais da

escola é efetivar os objetivos de educação, contudo todo processo possui

possibilidades e limites, assim procura-se a conciliação entre teoria e a prática, na

busca por uma avaliação que considere a diversidade existente entre os educandos,

pois sabemos que cada um aprende de forma diferente e em tempos diferentes.

O professor acompanhará diretamente, as atividades propostas aos alunos,

utilizando-se de diversos instrumentos, como avaliação oral e escrita, trabalhos de

pesquisa, exposição de trabalhos práticos, seminários, entre outros, a partir de

critérios pré-definidos com intuito de verificar o desempenho do aprendizado,

valorizar os aspectos qualitativos sobre os quantitativos, relevando a capacidade

crítica e a elaboração pessoal sobre a memorização.

A recuperação paralela de estudos será ofertada pelo professor aos alunos

para garantir um aproveitamento de aprendizagem satisfatório. A partir do conteúdo

já trabalhado, o professor realiza nova explicação e define os critérios, bem como,

os instrumentos de avaliação que melhor atender as necessidades educacionais dos

alunos.

A Escola utiliza o Conselho de Classe para avaliar todo o processo educativo,

através do pré-conselho de classe que acontece com professores e alunos com o

preenchimento de fichas com questões relacionadas ao andamento pedagógico e

administrativo da escola. O Conselho de Classe acontece com a participação de

todos os professores, direção e professor pedagogo, onde a preocupação maior é a

aprendizagem dos alunos, tendo por objetivos proporcionar uma avaliação

diagnóstica da ação pedagógica da escola. O que é uma busca conjunta de

alternativas de ação que levem a execução dos objetivos propostos ao aluno e a

aprendizagem. O Pós-conselho de classe para repassarmos aos alunos e a

comunidade escolar as providências ou formas de avanço diante de cada problema

detectado.

A partir deste ano letivo para o Pré-conselho o professor fará análise do

aproveitamento escolar de cada aluno, em sua respectiva disciplina, e apresentará à

Equipe Pedagógica e Direção para definição de ações antes do Conselho de Classe.

O Pós-Conselho continuará sendo um momento para apresentar aos alunos e a

comunidade escolar as discussões realizadas no Conselho, para que possam

contribuir com sugestões que visem à melhoria do processo educativo.

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Os pais recebem o resultado do aproveitamento escolar de seus filhos,

através de boletins, que são entregues em reuniões específicas.

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4 MARCO CONCEITUAL

A comunidade local reflete o contexto da sociedade capitalista e conhece os

desafios da vida moderna. Percebe-se a velocidade da mudança, impulsionada pela

aceleração da produção, da aplicação do conhecimento científico, sua concretização

em processos e produtos tecnológicos, que invadem o cotidiano individual e coletivo.

Como escola, sabemos que precisamos interagir com essa realidade

constituindo-se em instrumento de transformação através da educação, do

conhecimento acumulado ao longo das experiências vividas e da cultura, que

possibilita a mudança através das relações sociais, da participação, da organização

pessoal e coletiva. Nessa sociedade injusta, desigual e excludente a escola deve ser

o espaço onde todos devem chegar ao nível mais elevado de formação, o que é

alcançado na esfera pessoal com disciplina e dedicação, e na esfera social, com o

apoio da família e do Estado.

Na era da informação, enquanto escola, temos que possibilitar o

conhecimento para enfrentar a vida no cotidiano e ter a oportunidade de viver a

riqueza de uma cultura que seu meio social não oferece. Trata-se de harmonizar

conteúdo e estrutura, desenvolvendo âmbitos culturais de relação, intercâmbio e

convivência coletiva, em que os conteúdos estudados pelos alunos encontrem

utilidade e significado. A aprendizagem relevante requer um tempo e um método

para novos modos de interação humana bem diversos daqueles do ensino como

transmissão.

Por isso entendemos que o homem como ser de relações deve contribuir, em

primeiro lugar, com um compromisso social com o seu semelhante, acreditando que

as pessoas são capazes e podem lutar sempre, por si e na coletividade de forma

crítica, construtiva e cidadã. Nessa perspectiva queremos um novo homem fazendo-

se presente na luta pela educação, cultura, pelo saber na constituição da sua

identidade e cidadania.

Compreendemos que a construção dos conceitos científicos e seu

desenvolvimento superam o desenvolvimento dos conceitos espontâneos através da

ação da escola para o crescimento intelectual e cultural coletivos e como sujeito.

Segundo LUCKESI, “...uma aula começa pela constatação da prática real,

havendo, em seguida, a consciência dessa prática no sentido de referí-la aos termos

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do conteúdo proposto, na forma de um confronto entre a experiência e a explicação

do professor.” (1994, p.71)

O educador deve propriciar o questionamento, a produção criativa, o trabalho

coletivo, a prática de valores, o incentivo à pesquisa, ou seja, formar o aluno com o

intuito de desenvolver sua autonomia para que este quando fora da escola consiga

ampliar seus conhecimentos através de argumentos e discussões, incorporando

esta prática ao seu cotidiano. Deve conceber que o conhecimento é uma construção

histórica e social, e na sala da aula, pela ação do professor, constituída na mediação

pedagógica deve se realizar o processo de internalização, sistematizando,

valorizando, interpretando a informação, através da explicitação do conteúdo

científico, de perguntas, indicação de como desenvolver a tarefa, diálogo,

experiências e colaboração.

Nessa dinâmica escolar os alunos podem apropriar-se dos conhecimentos

científicos básicos, aprender com a história, livros, cinema, música, dança, teatro,

esportes práticas físicas sociais e individuais, com a linguagem e arte, pois a

experiência com essas produções constitui a formação cultural necessária para

enfrentar desafios ainda mais graves da vida contemporânea.

Com base nessa perspectiva é proporcionado aos envolvidos no processo

educacional o exercício da cidadania, com a valorização de sua cultura, com o

respeito às diferenças sociais, econômicas, étnicas e de potencialidades.

LUCKESI apresenta uma definição clara da atividade do educador quando diz

que “Ensinar é uma forma técnica de possibilitar aos alunos a apropriação da cultura

elaborada da melhor e mais eficaz forma possível”. (1994, p.116).

Então, o educador enquanto mediador do conhecimento precisa possuir

qualificação científica, técnica e política para estar comprometido com a realidade

social aliada à educacional.

As condições de aquisição de conhecimentos sistematizados, científicos, pelo

aluno são muito diversas daquelas em que se originam os conceitos espontâneos. O

novo contexto das interações escolares tem uma orientação deliberada e explícita.

Tudo é previamente organizado, por isso toda ação escolar e docente, deve centrar-

se na organização do conteúdo, dos processos pedagógicos, isto é, procedimentos,

metodologias, uso de critérios e instrumentos pedagógicos adequados da avaliação

da aprendizagem, na organização do espaço do tempo escolar vivido para a

aprendizagem.

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O tempo definido relacionado ao período letivo, ao planejamento pedagógico,

a realização dos conselhos de classe, aos recessos escolares, as atividades

burocráticas, as reuniões bimestrais, expressas no calendário escolar, impõem os

ritmos na ação educativa da vida de toda comunidade escolar. Dessa forma, a

escola precisa estar atenta com a sua função social, a proposição da sua filosofia, a

execução dos princípios educacionais e de seus objetivos.

Diante disso, a escola acredita na Pedagogia Histórico-Crítica como a

possibilidade de realizar uma educação voltada para a superação dos

condicionamentos sociais.

Conforme SAVIANI, “...compreender a Educação no seu desenvolvimento

histórico-objetivo e, por conseqüência, a possibilidade de se articular uma proposta

pedagógica cujo ponto de referência, cujo compromisso, seja a transformação da

sociedade e não sua manutenção, a sua perpetuação.”

A partir da realidade dada é preciso trabalhar na perspectiva de que todos

são iguais, valorizando a variedade de níveis de conhecimento dentro de um

processo pedagógico escolar intencional, que precisa ser orientado pela previsão do

que se pretende alcançar no trabalho educacional da instituição e do trabalho

docente.

Portanto, a filosofia da escola é atender a todos a partir do direito ao acesso e

permanência na escola, com um ensino de qualidade preparando o aluno para o

exercício da cidadania.

A escola na sua especificidade deve desenvolver os seguintes objetivos:

• Resgatar a intencionalidade da ação educativa na formação humana;

• Assegurar o direito à educação respaldada nos princípios da

universalidade, eqüidade, integralidade, igualdade de condições,

liberdade, valorização profissional, gestão democrática e das suas

diretrizes organizacionais que são a descentralização e a participação da

comunidade escolar.

• Superar o caráter fragmentado das práticas em educação;

• Priorizar recursos para atingir os fins do processo educacional;

• Superar as imposições ou disputas de vontades individuais pelo trabalho

coletivo;

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• Gerar esperança e solidariedade a todos os envolvidos no processo

educativo.

A democratização da escola pública deve ser entendida como uma ampliação

das oportunidades, difusão de conhecimentos e sua reelaboração crítica,

aprimoramento da prática educativa escolar, visando à elevação cultural e científica

das camadas populares, contribuindo, ao mesmo tempo, para responder as suas

necessidades e aspirações mais imediatas, isto é melhoria de vida e à sua inserção

num projeto coletivo de mudança da sociedade.

Diante deste contexto, a gestão democrática do trabalho pedagógico é

essencial para que a escola cumpra sua função educativo-pedagógica. Essa

mudança amplia o aprofundamento de relações de colaboração, co-

responsabilidade e solidariedade de toda comunidade escolar. Por serem relações

humanas, estão presentes as contradições, complexidades e desencontro de idéias.

Na gestão democrática devemos avaliar o trabalho escolar, o trabalho

docente, a aprendizagem dos nossos alunos de maneira progressiva e contínua,

através da organização de encontros pedagógicos com os professores, para

melhorar sua auto-estima, desempenho e interesse em classe. Criar atitudes

positivas de vida com os alunos, oferecendo sugestões de leituras, dos mais

diversos temas que estimulem a informação, o aprendizado, a participação em

atividades extra-curriculares e projetos significativos.

A gestão democrática é uma prática cotidiana que contém o princípio da

reflexão, da compreensão e da transformação que envolve um projeto pedagógico

libertador. A representatividade da comunidade escolar se faz pelos diferentes

segmentos: pais, representados pela Associação de Pais, Mestres e Funcionários

(APMF); dos alunos, pelos representantes de turma; dos professores, no Conselho

de Classe de forma colegiada e pelos diferentes segmentos da escola no Conselho

Escolar, que contribuem significativamente, a partir da compreensão das suas

atribuições e visualizam resultados positivos no sucesso escolar dos alunos, na

conservação física do ambiente escolar e sua melhoria, na execução de projetos

pedagógicos, na aplicação de recursos financeiros provindos da esfera pública ou

através de promoções.

O Conselho Escolar é o órgão máximo de Direção da Escola com sentido

organizador, deliberativo e fiscal. Oferece condições para a realização do projeto de

ação pedagógica e gestão democrática, tendo em vista, não apenas as aspirações

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da escola, como também a necessidade da maioria da população. Atua no sentido

de resolver dificuldades que se apresentam incomuns ao cotidiano da escola, seja

no âmbito administrativo, didático ou pedagógico.

A APMF, pessoa jurídica de direito privado, é instituição auxiliar do

estabelecimento de ensino com a finalidade de gerencial a melhor forma de

aplicação de verbas recebidas pela escola. Participa também da organização de

eventos promovidos pela escola.

Para os alunos, autonomia se conquista pela possibilidade de participação

efetiva nas decisões e pela possibilidade de aprender a democracia na escola,

entendendo que é possível e desejável vivê-la no seu espaço escolar, familiar, de

trabalho e comunitário.

Outro elemento da gestão democrática é a organização escolar para a

formação continuada de professores e funcionários, oferecida Secretaria de Estado

da Educação, pelos encontros descentralizados organizados pelo N.R.E., através de

cursos à distância ou presenciais proporcionados pelas diferentes esferas públicas –

SEED/MEC ou instituições particulares, contando com estímulo da escola, para

aperfeiçoamento e qualificação, atitude primordial para a consolidação das

mudanças necessárias no ensino. A formação continuada pode e se efetiva por meio

de várias modalidades de eventos, educacionais, encontros, grupos de estudo

organizados pela própria instituição educacional, ou oportunizar momentos de

estudo em hora atividade realizada no horário escolar por disciplina.

A Inclusão é um tema que tem repercutido entre os educadores em âmbito

nacional e é uma realidade presente no sistema educacional brasileiro. A

Constituição Federal, a LDBEN, o Decreto Legislativo nº 198 e o Decreto nº 3.956

tratam da inclusão como direito de igualdade ao acesso à educação, independente

da diferença de gênero, de cor, de ser portador de necessidades especiais, de ter

dificuldade de aprendizagem, entre outras situações.

No caso de pessoa com necessidades educacionais especiais o desafio se

torna maior e gera uma grande polêmica, muitas vezes motivada pela falta de

capacitação do educador, falta de apoio técnico e pedagógico, estrutura física

inadequada, etc. Porém, de acordo com a Fundação Procurador Pedro Jorge de

Melo e Silva “O direito de acesso ao Ensino Fundamental é um direito humano

indisponível, por isso, as pessoas com deficiência, em idade de frequentá-lo, não

podem ser privadas dele.” (2004, p.12).

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Diante disto, a escola sendo pública e democrática não deve excluir e sim

garantir o acesso e permanência à educação.

Na busca pela superação da cultura de gestão autoritária o conceito de

currículo vem se modificando ao longo do tempo, podemos defini-lo como a relação

de um conjunto de experiências educacionais organizadas pela escola e pelas quais

a mesma se responsabiliza a apresentar aos alunos, com o objetivo de que

aprendam. O eixo desse currículo deve ser o conhecimento escolar.

Suas características devem ser:

• Um instrumento sistematizador, organizador do processo educativo escolar,

onde materializa-se a ação educativa;

• Envolver intenções e práticas para sua concretização;

• Um gerador de efeitos que contribui para a construção de um conhecimento

que fica em cada aluno, com marcas diferenciadas, mas que estão presentes;

As escolhas devem ser feitas de maneira coletiva, onde o planejamento, a

implementação e a avaliação devem ser tarefa de cada um e requer

responsabilidade ao futuro dos alunos.

O currículo escolar deve assegurar alguns princípios para possibilitar o

embasamento das nossas reflexões, como propiciar ferramentas teóricas e práticas

através dos conteúdos das diversas áreas do conhecimento e que capacitem toda

comunidade escolar, como sujeitos escolares a ler a realidade, interpretar,

posicionar e influenciar sobre ela:

• Que respeite e incentive a liberdade de pensamento, as discussões, a

capacidade argumentativa, o gosto e o reconhecimento da importância do

debate no interior da escola;

• Possibilite a prática da reflexão, da resistência à sociedade capitalista e aos

seus valores desumanizadores de consumo, competição, desrespeito à vida e

à natureza;

• Coloque os educandos em movimento, mostrando a necessidade de

participar dos movimentos sociais e políticos, para além dos muros escolares;

• Crie entendimento sobre a necessidade de estudo permanente e de formação

continuada e atualizada, o gosto e o hábito de pesquisar e de aprender, para

desenvolver a autonomia intelectual e superar a dependência das

informações e das elaborações, da dominação cultural e burguesa.

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• Um currículo que permita aos educandos o domínio do conhecimento, o

acesso à fruição das conquistas da humanidade, no campo das artes, das

ciências, das letras e da tecnologia.

• Permita aos educandos conhecerem, valorizarem e vivenciarem as

manifestações populares, compreendendo as relações de interpendência

entre as culturas e sem desqualificar uma delas das outras;

• Possibilite a prática da solidariedade para lutar contra a discriminação de

gênero, opção sexual, portadores de necessidades especiais e outras;

• Garantir a organização do currículo que assegure a identidade da escola, o

desenvolvimento da cidadania, incluindo temas específicos de história,

geografia, da cultura, das manifestações artísticas, científicas, dos

trabalhadores do campo e suas influências e contribuições para toda

comunidade escolar e para a sociedade.

Em relação à avaliação da aprendizagem necessita o cumprimento do seu

verdadeiro significado, assumir a função de subsidiar a construção da aprendizagem

bem sucedida.

A condição necessária para que isso aconteça é de que a avaliação deixe de

ser utilizada como recurso de autoridade, que decide sobre os destinos do educando

e assume o papel de auxiliar o seu crescimento.

Deve-se proceder uma avaliação diagnóstica que conduza o professor e

aluno a verificar o mínimo necessário, com atividades racionalmente definidas dentro

de um encaminhamento decisório como instrumento de compreensão do estágio de

aprendizagem em que se encontra o aluno, para uma aprendizagem suficiente e

satisfatória, para avançar em termos dos conhecimentos necessários.

A avaliação diagnóstica tem como princípio básico ser um instrumento auxiliar

de aprendizagem em harmonia com os objetivos e conteúdos e não como um

instrumento de aprovação ou reprovação dos alunos.

Na avaliação entendida como processo, o professor deve diagnosticar os

avanços conquistados pelo aluno e que conteúdos ainda é preciso reforçar, retomá-

los sob novas formas e metodologias, para que o aluno possa aprender realmente.

A avaliação deve ser diagnóstica, contínua, somativa e cumulativa.

Ela deve também ser variada, oportunizando, assim, a todos os alunos, com

capacidades diversas, demonstrar seu aprendizado.

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É preciso se valer de diferentes instrumentos de avaliação sem perder de

vista os critérios que orientam e norteiam o que deve ser avaliado, ou seja, o que é

relevante e que o aluno deve aprender, capaz de estabelecer relações, refletir,

entender, transformar, reelaborar conhecimentos, tornar-se cidadão crítico e

participativo na sociedade.

Para que a avaliação se torne instrumento subsidiário significativo da prática

educativa, precisa de rigor científico e metodológico, é importante na condução

enquanto construção dos resultados que se manifestam no desenvolvimento do

aluno.

O tempo da aprendizagem é diferente do tempo escolar, pois cada educando

tem a capacidade de aprender conhecimentos e valores, diferentemente um dos

outros, assim a escola deve respeitar seus tempos humanos. Baseado em Arroyo

(2004), parte da consciência cultural de nossa sociedade é formada pelo substrato

ideológico da classificação o que torna difícil acabar com essa prática escolar e

docente, mas se queremos práticas e concepções democráticas e igualitárias, é

necessário revermos os valores educacionais e reverter a situação inicial.

Ainda conforme ARROYO “Essas culturas de retenção, reprovação,

segregação e enturmação estão distantes dos ideais que inspiraram a defesa da

educação básica universal como direito inerente à igualdade de todo ser humano”.

(2004, p. 362). Isto é, a reprovação é considerada como um processo excludente, o

que foge ao caráter da instituição escolar de ser democrática.

Quando a escola respeita os alunos e suas temporalidades a reprovação fica

subjugada ao aprendizado, pois as práticas classificatórias ficam em detrimento ao

processo de ensino aprendizagem.

Para HOFFMANN “... discute-se avaliação para tentar melhorar a

aprendizagem dos alunos, quando se deveria fazer exatamente o inverso: discutir a

aprendizagem dos alunos para aperfeiçoar o processo avaliativo e a educação”.

(2005, p. 67).

Ao salientar a aprendizagem e não a avaliação como ponto principal para a

educação, e se a escola trabalhar nessa perspectiva, a recuperação de estudos

também será menos discutida, porque os resultados serão atingidos em primeiro

momento avaliativo. Contudo, quando da necessidade a recuperação deverá ser

paralela aos estudos conforme prevê a orientação proveniente da SEED-Pr.

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O Conselho de Classe é um dos momentos mais importantes para o processo

de gestão democrática na instituição escolar, pois possibilita discussões sobre

questões pedagógicas como ensino, aprendizagem, avaliações e resultados,

ocasionando, dessa forma, tomadas de decisões para melhoria das atividades que

são desenvolvidas na escola.

Conforme DALBEN “... permitem que se desenvolva o processo educativo de

reflexão e discussão coletiva sobre o fazer de toda a escola, permitindo um olhar de

conjunto e a percepção da dinâmica de construção do projeto pedagógico em

curso”. (2004, p. 32)

Dessa forma, os profissionais em educação devem ressaltar a relevância do

Conselho de Classe como um dos meios de se garantir a qualidade da educação.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná: Curitiba: SEED, 1990.

Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei n.º 8069/90.

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei n.º 9.394/96.

DALBEN, Angela Imaculada Loureiro de Freitas. Trabalho Escolar e Conselho de

Classe. 4ª ed., Papirus: São Paulo, 2000.

LUCKESI, Cipriano C. Avaliação da Aprendizagem Escolar. 14ª ed., Cortez: São

Paulo, 2002.

PARO, Vítor Henrique. Gestão Democrática da Escola Pública. 3ª ed., Ática: São

Paulo, 2003.

SACRISTÁN, J. Gimeno. O Currículo, Uma Reflexão Sobre a Prática. 3ª ed.,

Artmed: Porto Alegre, 2000.

SAVIANI, Demerval. Pedagogia Histórico Crítica. 8ª ed., Campinas: Autores

Associados, 2003.

SAVIANI, Nereide. Saber Escolar, Currículo e Didática: Problemas, da unidade

conteúdo/método no processo pedagógico. 4ª ed., Autores Associados: Campinas,

2003.

VEIGA, Ilma Passos A. Perspectivas para Reflexão em Torno do Projeto

Político-Pedagógico. Campinas: Papirus, 1998.

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ANEXOS

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ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA – ENSINO FUNDAMENTAL

Aut.: RES. 274/84 Rec.: RES. 4913/85

Flor da Serra, s/n PR 182 Km 75 Realeza/PR CEP 85770-000

CNPJ 77.619.690/0001-96 Fone/Fax (0xx46) 3549-1195

E-mail: [email protected]

NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO

FRANCISCO BELTRÃO - PR

PLANO DE AÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

2008

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ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA – ENSINO FUNDAMENTAL

Aut.: RES. 274/84 Rec.: RES. 4913/85

Flor da Serra, s/n PR 182 Km 75 Realeza/PR CEP 85770-000

CNPJ 77.619.690/0001-96 Fone/Fax (0xx46) 3549-1195

E-mail: [email protected]

PLANO DE AÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

O Plano de Ação da Escola representa o trabalho coletivo pautado na

realidade deste estabelecimento de ensino com o envolvimento de todos os

profissionais que nele atuam, juntamente com os órgãos colegiados.

Apresenta o planejamento de ações da prática pedagógica e administrativa ao

definir um prévio cronograma do que será realizado, considerando os elementos

necessários a uma gestão democrática.

É dinâmico e flexível, portanto passível de alterações dada uma necessidade,

para atender a diversidade dos sujeitos escolares, na busca constante de se cumprir

a função social da escola.

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AÇÕES PERÍODO RESPONSÁVELoParticipação na formação continuada ofertada pela SEED, para readequação e

implementação do Projeto Político Pedagógico e da Proposta Curricular das Disciplinas.

oElaboração do Plano de Ação do estabelecimento de ensino.

07, 08 e

11/02/2008

Profissionais da

escola

oPlanejamento das atividades e elaboração do Plano de Trabalho Docente: elementos

que constituem a organização do trabalho pedagógico, para viabilizar o processo de

ensino-aprendizagem.

12 e 13/02, e

01/08/2008

Profissionais da

escola

oGarantir o acesso e permanência dos educandos neste estabelecimento de ensino ao

trabalhar com qualidade de ensino, valorizando e respeitando as diferenças dos sujeitos

sociais.

Ao longo do

período letivo.

Profissionais da

escola

oBuscar a efetivação e reconhecimento do Curso de Ensino Médio em nosso

estabelecimento de ensino, através de trâmites legais junto à SEED-PR.

Ao longo do

ano letivo.

Profissionais da

escola oRealização de reunião administrativa com todos os profissionais que atuam na escola

para tratar sobre assuntos pertinentes à organização do trabalho escolar.

27/02/2008 Direção

oRealização de reunião com pais e responsáveis para repasse de informações

administrativas e pedagógicas que permeiam a organização do trabalho escolar.

14/03/2008 Direção

oDiscussão e análise do processo de ensino-aprendizagem através de Conselho de

Classe para diagnosticar os limites e possibilidades, e projetar novos encaminhamentos.

09/06/200822/09/200815/012/2008

DireçãoEq. PedagógicaCorpo Docente

oRealização de reunião com pais e responsáveis para acompanhamento do

aproveitamento escolar dos educandos e entrega de boletins após o conselho de

classe.

A cada

trimestre.

DireçãoEq. PedagógicaCorpo Docente

AÇÕES PERÍODO RESPONSÁVELoOrganização do trabalho escolar para garantir a participação em Formação Continuada,

cursos e reuniões técnicas pelos profissionais que atuam na escola.

Ao longo do

ano letivo.

DireçãoEq. Pedagógica

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33

oPromover a Avaliação Institucional com o envolvimento de toda comunidade escolar de

acordo com orientações da SEED-PR, dentro de dos princípios da democracia, de forma

legítima e transparente.

1º e 2º

Semestre.

DireçãoEquipe

Pedagógica

oReorganização do Projeto Político-Pedagógico sempre que houver necessidade de

readequá-lo à realidade da comunidade escolar.

Ao longo do

ano letivo.

Equipe

PedagógicaoAcompanhamento pedagógico aos alunos com objetivo de verificar baixo

aproveitamento e definir ações que visem sanar as dificuldades apresentadas.

Ao longo do

ano letivo.

Equipe

PedagógicaoRealização de Reunião Pedagógica para análise e discussão de temas pertinentes ao

fazer pedagógico da escola, como forma de orientar, capacitar e definir metas para

continuidade do trabalho.

10/06/200823/09/200813/11/2008

Equipe

Pedagógica

oAcompanhamento da Hora-Atividade para orientar e dar suporte ao trabalho docente. Durante o ano

letivo.

Equipe

PedagógicaoOrientar o processo de construção das Propostas Pedagógicas Curriculares das

disciplinas e do Plano de Trabalho Docente.

Durante o ano

letivo.

Equipe

PedagógicaoCoordenação da escolha de Representantes de Turma (professores e alunos). Orientar

quanto ao conceito de liderança e as atribuições pertinentes a um líder

Início do ano

letivo

Equipe

Pedagógica

AÇÕES PERÍODO RESPONSÁVELoParticipação da Equipe Pedagógica na Jornada Pedagógica com o objetivo de refletir a

melhorar sobre a prática educativa.

Conforme

agenda da

SEED.

Equipe

Pedagógica

oBuscar formas de capacitação e entendimento de como trabalhar os Desafios

Educacionais Contemporâneos e demais programas instituídos pela SEED-PR, para

Ao longo do

ano letivo.

Eq. PedagógicaEquipe

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34

juntamente com o corpo docente desenvolver esse trabalho que atenda esses temas. Multidisciplinaro Readequar a Proposta Pedagógica Curricular e implementá-la de acordo com as

orientações das Diretrizes Curriculares Estaduais do Paraná.

Sempre que

necessário.

Corpo Docente

oElaboração do plano de trabalho docente para nortear a prática docente garantindo a

qualidade do processo de ensino-aprendizagem.

Durante o ano

letivo.

Corpo Docente

oRealização da hora-atividade para preparar aulas, estudar e desenvolver atividades

referentes ao trabalho docente.

Durante o ano

letivo.

Corpo Docente

oPromover palestra que trabalhe sobre os Desafios Educacionais Contemporâneos. Primeiro

trimestre

Equipe

MultidisciplinaroRealizar jogos inter-séries para promover maior integração entre os educandos e

incentivar a prática de esportes.

Mês de agosto Professor de

Educação Física oRealização da Semana Cultural com atividades culturais e esportivas de todas as áreas

para promover o conhecimento de forma diferenciada aos educandos.

oFestival de Xadrez; Declamação de Poesia; Mostra de Artes; Apresentações Artísticas;

27 a

31/10/2008

Corpo DocenteEq. Pedagógica

AÇÕES PERÍODO RESPONSÁVELoParticipação em programas e projetos viabilizados pela SEED-PR, pela Prefeitura

Municipal de Realeza e outros órgãos. De forma a contribuir para a formação global do

educando.

A ser definido

pelos órgãos

organizadores

Corpo Docente

Equipe

PedagógicaoPromover Viagens de Estudo para complementar e aprimorar o conhecimento dos

educandos através de conteúdos trabalhados em sala de aula.

A ser definido. Corpo DocenteEq. Pedagógica

oDar continuidade ao Projeto de Integração realizado entre este estabelecimento de

ensino e a Escola Estadual de Saltinho, que juntamente promovem viagem ao Anila

Thermas para os alunos.

A ser definido. Direções da E.E.

de Flor da Serra

e da E.E. de

Saltinho.oRealização da Festa Junina para comemorar e valorizar esta festa religiosa/cultural do 07/06/2008 Direção

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35

país. Corpo DocenteEq. Pedagógica

oRealizar a Formatura da 8ª série do Ensino Fundamental para formalizar o término do

curso.

17/12/2008 DireçãoEq. PedagógicaCorpo Docente

oOrganizar e manter os serviços de escrituração, documentação, correspondência e

processos referentes à vida dos educandos e profissionais deste Estabelecimento.

Em todo o

tempo escolar.

Secretaria

oRealizar os serviços de conservação, manutenção, preservação, segurança e da

alimentação escolar.

Em todo o

tempo escolar.

Equipe Auxiliar

Operacional.oPreparar e servir a merenda escolar cuidando em manter a higiene que envolve todo o

processo, assim como, promover relacionamento cooperativo de trabalho com os alunos

e professores.

Em todo o

tempo escolar.

Equipe Auxiliar

Operacional.

AÇÕES PERÍODO RESPONSÁVELoZelar pela limpeza, organização e preservação do ambiente escolar e de seus utensílios

e instalações, assim como, promover relacionamento cooperativo de trabalho com os

alunos e professores.

Em todo o

tempo escolar.

Equipe Auxiliar

Operacional.

oRealizar reunião com a comunidade escolar para eleição de membros representantes

da APMF e do Conselho Escolar.

Mês de abril. Comunidade

escolaroGarantir a gestão democrática através da participação do Conselho Escolar e APMF

nas decisões de assuntos relevantes para a comunidade escolar.

Durante o

período

escolar.

DireçãoÓrgãos

Colegiados

oAcompanhar a organização do trabalho escolar e participar das decisões pertinentes ao

Conselho Escolar, intervindo e contribuindo para a qualidade em educação.

Durante o

tempo escolar.

Conselho Escolar

oAtravés de reuniões periódicas analisar e discutir as necessidades da comunidade

escolar, contribuindo dessa forma para a melhoria da qualidade de ensino.

Durante o ano

letivo.

Direção, APMF,

Conselho EscolaroDesenvolver melhorias na estrutura física, adquirir materiais didático-pedagógicos, e Durante o Direção

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36

ampliação de acervo bibliográfico, visando a qualidade de ensino. período letivo. APMFoAdministração e aplicação dos recursos financeiros provenientes do Fundo Rotativo e

PDDE para melhorias e aquisição de materiais didático-pedagógicos e de consumo, de

acordo com as necessidades do estabelecimento de ensino.

Ao longo do

ano letivo.

APMF

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ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA – ENSINO FUNDAMENTAL

Aut.: RES. 274/84 Rec.: RES. 4913/85

Flor da Serra, s/n PR 182 Km 75 Realeza/PR CEP 85770-000

CNPJ 77.619.690/0001-96 Fone/Fax (0xx46) 3549-1195

E-mail: [email protected]

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

AGOSTO/2008

REALEZA-PR

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ÍNDICE

ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA – ENSINO FUNDAMENTAL.....................................................1CNPJ 77.619.690/0001-96 Fone/Fax (0xx46) 3549-1195 ........................................................... 1 APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................................... 5 1 CARACTERÍSTICAS ........................................................................................................................................... 7 2 OBJETIVOS .......................................................................................................................................................... 9 3 MARCO SITUACIONAL E OPERACIONAL ................................................................................................... 11 4 MARCO CONCEITUAL .................................................................................................................................... 19 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................................................... 28 ANEXOS ................................................................................................................................................................ 29 ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA – ENSINO FUNDAMENTAL...................................................30CNPJ 77.619.690/0001-96 Fone/Fax (0xx46) 3549-1195 ......................................................... 30

PLANO DE AÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO ....................................... 30 ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA – ENSINO FUNDAMENTAL...................................................31CNPJ 77.619.690/0001-96 Fone/Fax (0xx46) 3549-1195 ......................................................... 31

PLANO DE AÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO ....................................... 31 ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA – ENSINO FUNDAMENTAL...................................................37CNPJ 77.619.690/0001-96 Fone/Fax (0xx46) 3549-1195 ......................................................... 37 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO .................................. 37 AGOSTO/2008 ....................................................................................................................................................... 37 REALEZA-PR ........................................................................................................................................................ 37 ÍNDICE ................................................................................................................................................................... 38 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................................... 40 ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA – ENSINO FUNDAMENTAL...................................................41CNPJ 77.619.690/0001-96 Fone/Fax (0xx46) 3549-1195 ......................................................... 41 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ...................................................................................................... 41 ENSINO FUNDAMENTAL ................................................................................................................................... 41 REALEZA-PR ........................................................................................................................................................ 41 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ARTES .................................................................................. 42 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA ................................................................................................................... 42 OBJETIVO GERAL ............................................................................................................................................... 43 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS POR SÉRIE .......................................................................................................... 44 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE CIÊNCIAS ............................................................................. 54 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA ..................................................................................................... 54 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA ........................................................... 73 ENSINO FUNDAMENTAL ................................................................................................................................... 73 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENSINO RELIGIOSO ................................................................. 81 ENSINO FUNDAMENTAL ................................................................................................................................... 81 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA ................................................................................................................... 81 OBJETIVOS ............................................................................................................................................................ 82 CONTEÚDOS POR SÉRIE .................................................................................................................................... 83 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA ........................................................................ 88 ENSINO FUNDAMENTAL ................................................................................................................................... 88 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA ................................................................................................................... 88 OBJETIVOS ............................................................................................................................................................ 89 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA ............................................................................. 99 ENSINO FUNDAMENTAL ................................................................................................................................... 99 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA ..................................................................................................... 99 CONTEÚDOS POR SÉRIE .................................................................................................................................. 101 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA .................................................. 116 ENSINO FUNDAMENTAL ................................................................................................................................. 116 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE MATEMÁTICA .................................................................. 134 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA ................................................................................................... 134 OBJETIVO GERAL ............................................................................................................................................. 136 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES .................................................................................................................... 136 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS POR SÉRIE ........................................................................................................ 137

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39

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO ................................................................. 147 AVALIAÇÃO ....................................................................................................................................................... 149 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS - ENSINO FUNDAMENTAL ................................................................................................................................. 151 ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA – ENSINO FUNDAMENTAL.................................................162CNPJ 77.619.690/0001-96 Fone/Fax (0xx46) 3549-1195 ....................................................... 162 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR .................................................................................................... 162 ENSINO MÉDIO .................................................................................................................................................. 162 REALEZA-PR ...................................................................................................................................................... 162 AGOSTO/2008 ..................................................................................................................................................... 162 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ARTE – ENSINO MÉDIO .................................................. 163 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE BIOLOGIA .......................................................................... 177 ENSINO MÉDIO ................................................................................................................................................. 177 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA ................................................................................................................. 177 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA ......................................................... 187 ENSINO MÉDIO .................................................................................................................................................. 187 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FILOSOFIA ......................................................................... 199 ENSINO MÉDIO ................................................................................................................................................. 199 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FÍSICA ................................................................................. 206 ENSINO MÉDIO .................................................................................................................................................. 206 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA ...................................................................... 212 ENSINO MÉDIO .................................................................................................................................................. 212 OBJETIVOS .......................................................................................................................................................... 214 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA ........................................................................... 223 ENSINO MÉDIO .................................................................................................................................................. 223 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA ................................................................................................................. 223 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA/LITERATURA - ENSINO MÉDIO .................................................................................................................................................................. 236 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE MATEMÁTICA .................................................................. 251 ENSINO MÉDIO .................................................................................................................................................. 251 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA ................................................................................................................. 251 OBJETIVOS .......................................................................................................................................................... 254 CONTEUDOS ESTRUTURANTES e CONTEÚDOS ESPECÍFICOS .............................................................. 254 AVALIAÇÃO ....................................................................................................................................................... 260 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE QUÍMICA ............................................................................ 262 ENSINO MÉDIO .................................................................................................................................................. 262 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA ..................................................................... 279 ENSINO MÉDIO .................................................................................................................................................. 279 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA: INGLÊS - ENSINO MÉDIO .................................................................................................................................................................. 286 LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 17. ed. São Paulo: Cortez, 2005..........................................................................................................................................................292

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40

INTRODUÇÃO

A Escola Estadual de Flor da Serra – Ensino Fundamental está em

processo de implantação do curso de Ensino Médio para o ano letivo de 2008.

O Estabelecimento de Ensino elaborou a Propostas Pedagógicas

Curriculares das Disciplinas a partir das Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná,

considerando os princípios de democracia e dinamicidade que devem estar

presentes no currículo, com a busca constante pela qualidade da educação.

Atendemos alunos provenientes de famílias com nível sócio-econômico

diversificado, filhos de pequenos agricultores, arrendatários, comerciantes e

comerciários, domésticas, funcionários públicos, com trabalho informal e temporário.

Através da organização do trabalho pedagógico, a escola visa garantir os

direitos de acesso e permanência do aluno. Portanto, a prática pedagógica da

escola está voltada para o atendimento da diversidade dos sujeitos sociais que

fazem parte da comunidade escolar, tendo em vista um trabalho inclusivo por

entender que é necessário o respeito às diferenças, inclusive no processo de

ensino-aprendizagem, pois são múltiplas as formas de se aprender.

Pelo fato do estabelecimento de ensino estar situado em área rural

pretende-se adequar a prática pedagógica à questão da Educação do Campo,

enquanto política pública, que valoriza a realidade do sujeito do campo quanto à sua

cultura e necessidades humanas sociais.

Nas Propostas Pedagógicas Curriculares constam os Desafios

Educacionais Contemporâneos, quais sejam: História e Cultura Afro-brasileira e

Africana, Relações Étnico-Raciais, Educação Fiscal, Sexualidade Humana,

Enfrentamento à Violência e Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, que serão

temas trabalhados nas disciplinas como forma de construir conhecimentos voltados

à realidade da sociedade atual.

Acreditamos que o currículo escolar que contempla conhecimentos

científicos historicamente construídos unidos aos temas sociais da atualidade

proporcionará ao educando uma participação social efetiva, enquanto cidadão ativo

e reflexivo que busca a transformação da sociedade.

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ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA – ENSINO FUNDAMENTAL

Aut.: RES. 274/84 Rec.: RES. 4913/85

Flor da Serra, s/n PR 182 Km 75 Realeza/PR CEP 85770-000

CNPJ 77.619.690/0001-96 Fone/Fax (0xx46) 3549-1195

E-mail: [email protected]

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

ENSINO FUNDAMENTAL

REALEZA-PR

AGOSTO/2008

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42

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ARTES

ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O ensino de Artes tem que ser visto como conhecimento e não meramente

um meio para o destaque de dons inatos. O ensino de Arte tem o objetivo de se

preocupar com o desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída

historicamente e em constante transformação.

Criar é transformar e nesse processo o sujeito também se recria. Arte é

criação e manifestação do poder criador do homem, por meio de suas criações, o

sujeito amplia e enriquece a realidade tornando-se capaz de refletir, de interpretar, e

de se posicionar diante do objeto de estudo.

Na educação, o ensino de Artes amplia o repertório cultural do aluno a partir

dos conhecimentos estético, artístico e contextualizado, aproximando-o do universo

cultural da humanidade nas suas diversas representações. Nessa proposta,

pretende-se que os alunos possam criar formas singulares de pensamentos,

aprender e expandir suas potencialidades criativas. Alguns campos conceituais que

contribuem para as reflexões a respeito do objeto de estudo desta disciplina.

• Conhecimento artístico – está relacionado com o fazer e o processo

criativo. Considera-se desde o imaginário e a elaboração e a formalização

do objeto artístico até o contato com o público. As formas resultantes das

sínteses emocionais e cognitivas expressam saberes específicos a partir

da experiência com materiais, com técnicas e com elementos formais

básicos constitutivos das Artes Visuais, da dança, da música e do teatro.

• Conhecimento Contextualizado – envolve o contexto histórico, político,

econômico e sociocultural, dos objetivos artísticos e contribui para a

compreensão de seus conteúdos explícitos e implícitos, possibilitando um

aprofundamento na investigação desse objeto.

Em Artes, a prática pedagógica contemplará as Artes Visuais, a Dança, a

Música e o Teatro; tendo uma organização semelhante entre os níveis e modalidade

da Ed. Básica adotada com referência as relações estabelecidas entre a Arte e a

Sociedade.

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43

Do ponto de vista antropológico é possível considerar que toda produção

artística e cultural é um modo pelo qual os sujeitos entendem e marcam a sua

existência no mundo.

Os conteúdos pessoais de cada sujeito interligados a produção cultural (local,

regional, global) são fonte geradora de significados em arte.

Para o Ensino Fundamental as formas de relação da arte com a sociedade

serão tratadas numa dimensão ampliada, enfatizando a associação da arte com a

cultura e da arte com a linguagem.

O aluno terá acesso ao conhecimento presente nessas diferentes formas de

relação da arte com a sociedade, de acordo com a proximidade das mesmas com o

seu universo. Ao selecionar os conteúdos específicos o professor enfocará as

formas de relação da arte com a sociedade enfatizando e abordando objeto de

estudo por meio dos conteúdos estruturantes.

O ensino de Artes deixa de ser coadjuvante e passa a se preocupar com o

desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída historicamente e em

constante transformação.

OBJETIVO GERAL

• Desenvolver o sentido social do aluno, apreciação dos produtos de

expressão e de tecnologia, de outras civilizações como manifestações

diferentes a que está habituada.

• Favorecer o desenvolvimento da percepção, da observação, da

imaginação e da sensibilidade do aluno, valorizando aspectos históricos e

culturais em que estão inseridos.

• Perceber a arte em sua globalidade, onde o cognitivo, o sensível, o

perceptível e o reflexivo atuam e interagem com as mesmas propriedades,

possibilitando assim o desenvolvimento de um leitor de mundo mais crítico

e eficiente em seus posicionamentos, um novo agente de produção

cultural.

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44

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS POR SÉRIE

A disciplina de Arte no Ensino Fundamental contempla: Artes visuais, Dança,

Música e Teatro e os conteúdos estruturantes selecionados por essa disciplina vem

constituir a base da prática pedagógica.

Tais conteúdos, como basilares na organização da disciplina de Artes, não

podem ser vistos como elementos limitadores ou segmentados, pois todos eles:

Elementos Formais, Composição, Movimentos e Períodos, Tempo e Espaço

apresentam uma unidade interdependente, além de permitir uma correspondência

entre as linguagens. De cada um dos conteúdos estruturantes pode-se destacar os

seguintes aspectos a serem observados nas artes visuais, na dança, na música e no

teatro.

5ª SÉRIE

ÁREAS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTESELEMENTOS

FORMAIS COMPOSIÇÃO

MOVIMENTOS E

PERÍODOS

ARTES

VISUAIS

o Ponto

o Linha

o Plano

o Textura

o Luz

o Cor

o Volume

o Bidimensional

o Figurativa

o Geométrica

o Simetria

o Gêneros

o Releitura de obras

o Pré-história

o Arte indígena

o Idade antiga: Egito

o Antiguidade Clássica

o Arte brasileira

o Indústria cultural

MÚSICA

o Duração

o Altura

o Timbre

o Intensidade

o Densidade

o Ritmo

o Melodia

o Intervalo melódico

o Improvisação

o Técnicas

o Greco Romana

o Oriental

o Ocidental

o Africana

TEATRO

o Expressõe

s corporais

o Personage

ns

o Representação

o Improvisação

o Adereços

o Sonoplastia

o Cenografia

o Greco-Romana

o Teatro Oriental

o Teatro Medieval

o Renascimento

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45

o Maquiagem

o Espaço cênico

DANÇA

o Movimento

corporal

o Ritmo

o Espaço

o Rotação

o Técnica

o Salto

o Ponto de apoio

o Pré-história

o Greco-Romana

o Medieval

o Idade Média

6ª SÉRIE

ÁREAS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTESELEMENTOS

FORMAIS COMPOSIÇÃO

MOVIMENTOS E

PERÍODOS

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46

ARTES

VISUAIS

o Cor

o Forma

o Ponto

o Linha

o Textura

o Superfície

o Volume

o Policromia

o Monocromia

o Isocromia

o Releitura de obras

o Tecelagem

o Tridimensional

o Figura e fundo

o Abstrata

o Logomarcas

o Gêneros: paisagem

retrato, natureza

morta.

MÚSICA

o Altura

o Duração

o Intensidade

o Timbre

o Ritmo

o Melodia

o Harmonia

o Improvisação

o Técnicas

o Gêneros: folclórico,

indígena, popular e

étnico.

o Técnicas: vocal,

instrumental, mista.

o Idade moderna:

Renascimento

o Arte romântica, gótica,

vitrais, mosaicos

o Cultura afro

o Folclore brasileiro

o Barroco

o Rococó

o Brasil colonial

o Ditos populares

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47

TEATRO

o Expressõe

s corporais

e gestuais

o Personage

ns

o

o Cenografia

o Sonoplastia

o Figurino

o Maquiagem

o Adereços

o Jogos teatrais

DANÇA

o Movimento

corporal

o Tempo

o espaço

o Ponto de apoio

o Salto

o Rotação

o Sonoplastia

o Coreografia

o Formação

o Deslocamento

7ª SÉRIE

ÁREAS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTESELEMENTOS

FORMAIS COMPOSIÇÃO

MOVIMENTOS E

PERÍODOS

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48

ARTES

VISUAIS

o Ponto

o Traço

o Linha

o Textura

o Superfície

o Volume

o Cor

o forma

o Mídia

o Desenho figurativo,

geométrico e

abstrato

o Leitura de imagem

o História em

quadrinhos

o Semelhanças e

contrastes

o Ritmo visual

MÚSICA

o Duração

o Intensidade

o Altura

o Timbre

o Ritmo

o Equilíbrio

o Intervalo melódico

o Harmonia

o Melodia

o Improvisação

TEATRO

o Expressões

corporais

o Personagens

o Ação

o Espaço

o

o

o Representação no

cinema

o Mídias

o Texto dramático

o Roteiro

o Maquiagem

o Técnicas: jogos

teatrais, sombra.

o Romantismo

o Realismo

o Impressionismo

o Cultura afro

o Xilogravura

o MPB, samba,

sertanejo

o Drama, comédia e

tragédia

o Arte brasileira

o Dança moderna

o Indústria Cultural

o Vanguardas

DANÇA

o Movimento

corporal

o Tempo

o Espaço

o Ponto de apoio

o Rotação

o Coreografia

o Técnicas

o Hip Hop

o Dança clássica

8ª SÉRIE

ÁREAS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTESELEMENTOS

FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

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49

ARTES

VISUAIS

o Textura

o Forma e

contorno

o Cores

o Volume

o Superfície

o Linha

o Forma

o Natureza

morta e viva

o Escultura

em argila

o Fotografia

o Origami

o Simetria

o Bidimension

al

o Tridimension

al

o Figura e

fundo

o Estética

o Século XX: futuralismo,

concretismo e cubismo

o Cultura afro

o Ciclos da arte – vida

o Semana da arte moderna

o Cultura oriental

o Grafismo, dadaísmo

o Artistas brasileiros e

paranaenses

o Industria cultural

MÚSICA

o Altura

o Timbre

o Duração

o Intensidad

e

o Ritmo

o Melodia

o Intervalo

o Técnicas:

vocal,

instrumental,

mista

o Gêneros:

popular,

folclórico,

étnico

o Música Popular Brasileira

o Música Contemporânea

TEATRO

o Expressõe

s

corporais,

gestuais e

faciais

o Personage

ns

o Adereços

o Roteiro

o Enredo

o Maquiagem

o Jogos

teatrais

o Sonoplastia

o Teatro engajado

o Teatro do oprimido

o Teatro pobre

o Teatro do absurdo

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o Espaço

o Tempo

o Arte na rua

o Arte no

palco

o Dramaturgia

o Figurino

DANÇA

o Movimento

corporal

o Tempo

o Espaço

o Ponto de

apoio

o Rotação

o Salto e

queda

o Coreografia

o Formação

o Vanguardas,

o Dança

contemporâ

nea

o Realismo

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Nos anos finais do ensino fundamental, o ensino de artes toma a dimensão

de aprofundamento na exploração das linguagens artísticas, no reconhecimento dos

conceitos e elementos comuns presentes nas diversas representações culturais.

Dessa maneira, o professor pode criar condições de aprendizagem para o

aluno ampliando as possibilidades de análise das linguagens artísticas, a partir da

idéia de que as mesmas são constituídas de produções culturais. Em suas aulas o

professor poderá explicitar elementos que identificam determinadas sociedades e de

que forma se deu artisticamente a estilização de seus pensamentos e ações.

Contemplará as manifestações e produções artísticas através de elementos

básicos, contidos em cada linguagem artística, priorizando e valorizando o

conhecimento nas aulas de Artes.

Nas artes visuais, o professor explorará as visualidades em formato bi,

tridimensional e virtual. Em dança, o principal elemento a ser estudado é o

movimento. A linguagem musical tem que priorizar no tratamento escolar a escuta

dos sons, a identificação das propriedades, variações e as maneiras intencionais de

como esses sons são distribuídos na estrutura musical. E na linguagem teatral,

explorar conteúdo, dança, improvisação e composição.

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Precisa também, ao longo de cada atividade, desenvolver atitudes de

valorização da Sexualidade Humana, da História e Cultura Afro-brasileira e Africana

e principalmente trabalhar as Diferentes Formas de Violência. Estes considerados

Desafios Educacionais Contemporâneos são de extrema importância para a

formação do aluno como ser humano e parte integrante de uma sociedade que está

em constante evolução.

Sempre que necessário serão feitas as adaptações curriculares e

metodológicas de acordo com as necessidades dos alunos, para atender a

diversidade dos sujeitos sociais presentes na escola. Nesta perspectiva a escola se

propõe a trabalhar com a Educação Inclusiva que é uma realidade na sociedade

contemporânea.

AVALIAÇÃO

A avaliação de Artes deve levar em conta as relações estabelecidas pelo

aluno entre os conhecimentos em Artes e a sua realidade. É necessário avaliar o

conhecimento específico das linguagens artísticas, práticos e teóricos que o aluno

produz em todas as aulas. Assim, estará discutindo dificuldades e progressos de

cada em a partir da sua própria produção. Propostas podem ser socializadas em

sala, possibilitando oportunidades para o aluno apresentar, refletir e discutir a sua

produção e dos seus colegas.

Avaliar exige que se saiba aonde quer chegar, que se estabeleça critérios e

procedimentos.

Cada trabalho será avaliado de acordo com sua principal característica seja

ela proporção, linhas, formas, textura, leitura de obras entre outras. Essa avaliação

acontecerá através da observação dos trabalhos; relatos e registro de conceitos;

avaliação escrita, acompanhamento dos trabalhos práticos, organização do espaço,

estética e harmonia na composição.

As notas serão somatórias de acordo com as normas estabelecidas pela

escola e a recuperação, se necessária, será imediata após cada trabalho realizado

promovendo a reelaboração do mesmo.

Na recuperação paralela, o professor revisa conteúdos e aplica atividades

diferenciadas.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FLOR DA SERRA, Esc. Est. De – Ensino Fundamental. Projeto Político-

Pedagógico. Realeza, 2007

KANDELA, I. D. Jogos teatrais. 4 ed. São Paulo

MARQUES, I. Dançando na escola. 2 ed. São Paulo , 2005

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Da Rede

Pública De Educação Básica Do Estado Do Paraná. Disciplina de Artes.

Curitiba: SEED-PR, 2006.

SOUZA NETO, Manoel J. de. A (des) construção da música na cultura

paranaense.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE CIÊNCIAS

ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Há um consenso entre aqueles que se dedicam a pensar na Educação: o

Ensino Tradicional não é adequado à nossa sociedade contemporânea. Porém, a

sua inadequação não significa, necessariamente, que dele nada se aproveite. A

tentativa de superação do tradicional foi empreendida por mais de uma forma de

pensamento, que buscaram, através da negação do anterior, legitimar-se. Contudo,

estas tentativas mostraram tantas lacunas quantas às deixadas pelo Ensino

Tradicional. Este cenário é presente na Educação, em geral, e nas disciplinas

específicas, em particular.

Entre os muitos desafios que nosso país deverá enfrentar neste milênio está a

situação de nosso sistema de ensino e da Educação. Em vista disso, inúmeros

intelectuais das mais diversas áreas do conhecimento, além de comunidades,

políticos e a própria mídia, tem se dedicado à sua discussão.

A problemática é ampla, o que justifica o esforço que tem sido despendido em

pensá-la. A diversidade de pessoas ocupadas neste esforço reflete-se no amplo

mosaico de pensamentos e contribuições, de diferentes naturezas (teóricas,

reflexivas e práticas) e de diferentes orientações epistêmicas. Neste conjunto, há a

preocupação com as políticas públicas, com a influência das políticas econômicas

internacionais, com a formação dos professores, com a qualidade dos livros

didáticos, com as tecnologias e metodologias de ensino, com os conteúdos

organizados nos currículos e trabalhados em sala de aula, com a infra-estrutura das

instituições, com os problemas psíquicos e emocionais dos alunos e dos

professores, sua situação socioeconômica entre outras. Cada área do conhecimento

e cada pesquisador contribuem de acordo com suas habilidades e suas

especificidades.

O trabalho baseado em textos complementares com os desafios educacionais

contemporâneos que, além de outras abordagens, terão em seus conteúdos a

Educação Ambiental, a Prevenção ao Uso Indevido de Drogas e a Sexualidade

Humana, possibilitando debates, seminários, problematização e busca de soluções

que norteiam seu cotidiano.

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Como ensino e aprendizagem, o conhecimento da história da ciência

propicia uma visão dessa evolução ao apresentar seus limites e possibilidades

temporais e, principalmente, ao relacionar essa história com as práticas sociais às

quais está diretamente vinculada.

Desde que o homem começou a se interessar pelos fenômenos à sua volta,

e aprender com eles, a ciência já estava presente, embora não apresentasse o

caráter sistematizador do conhecimento. Mesmo antes da descoberta do fogo, o

homem já utilizava técnicas próprias para a busca de satisfazer suas necessidades.

A partir daí alguns processos importantes da história marcaram o pensamento da

humanidade e, por efeito, a ciência.

No Iluminismo, o pensamento científico ganhou considerável importância

sob a idéia de um resgate, não inédito, do conhecimento acumulado até então e

assim sucessivamente, inúmeros estudiosos redefiniram a ciência, até os dias

atuais.

Esta proposta valoriza uma educação continuada e a busca pela integração

entre a teoria e a prática pedagógica, em constante movimento, expresso em ciclos

de ação-reflexão-ação por parte do educador.

Segundo Malucelli (2003, p.17):

“O problema do ensino de ciências, da compreensão dos conceitos

pelos alunos, sugere a necessidade de um processo contínuo de

interação professor-aluno, o qual compreenda as relações

intrínsecas entre o conteúdo a ser ensinado e a metodologia de

ensino.”

No entanto, partindo do conceito de modelo do ensino das ciências como

conjunto organizado, coerente e integrado de idéias sobre o homem, a sociedade, a

educação, a aprendizagem, a ciência e a tecnologia, este conjunto de idéias,

embora oriundas de campos diversificados do saber, constitui um sistema complexo

e dinâmico.

Assim os modelos do ensino das ciências e da tecnologia, as mudanças

sociais, econômicas, políticas e culturais, levando em conta os dados provenientes

da investigação pedagógica e de outros domínios afins das ciências da educação,

como a sociologia e a psicologia.

Assiste-se ao emergir de concepções que propõem uma formação cientifica

básica para todos, alicerçada em aprendizagens desenvolvidas fundamentalmente

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em torno de problemas do cotidiano e em questões relacionadas, por exemplo, com

o ambiente, a saúde, a alimentação, a gestão dos recursos, sem esquecer que o

desenvolvimento tecnológico e as suas implicações é pertinente.

Segundo Campos (1999), é de assinalar que se verifica uma preocupação

crescente com o sentido e a importância da “cultura técnica” a par da “cultura

científica”, a qual deve ser pensada não apenas em termos de “saber-fazer”, mas

como um novo conjunto de valores (de cidadania) a desenvolver através do

processo educativo.

Promover estas e outras aprendizagens requer não apenas a

contextualização do conhecimento científico, técnico e tecnológico, como ainda o

recurso à informação proveniente de campos teóricos diversos relacionados com os

processos pedagógicos e com questões sociais e culturais, que possam configurar

as orientações desejáveis para o ensino básico de Ciências.

Os conteúdos da “ciência escolar” deverão ser ensinados contextualizando-

os no dia-a-dia do aluno e não sobrevalorizando a preparação exclusivamente

teórica, como é tradicional, em detrimento da formação para a cidadania baseada

em valores de natureza técnica, social e cultural.

A sociedade tecnológica e democrática em que vivemos é muito diferente

das sociedades agrária e industrial do passado e essa diferença deve refletir-se nos

processos de ensino e aprendizagem das ciências.

Para Malucelli (2003, p. 19) isso quer dizer que o professor de ciências que

pretende desenvolver a aprendizagem de conteúdos atitudinais deve ter claro que é

preciso ouvir os alunos, valorizar a expressão de suas idéias; preocupar-se em

organizar a turma de forma que todos possam ouvir e entender as idéias dos

demais; mostrar que acredita nas vantagens de usar um método científico; exigir,

promover e buscar a coerência nas respostas dos alunos; valorizar as respostas

criativas, mesmo que sejam diferentes das esperadas.

Para que tudo isso ocorra é preciso que os professores de ciências tenham,

sempre, coerência de comportamentos na atuação docente.

Dentro de uma perspectiva, de que a formação, a prática pedagógica e a

identidade/profissionalidade docente devam ter como suporte a relação entre o

saber teórico e o saber técnico com as vivências e significações sócio-históricas que

nos agentes escolares estabelecem com o conhecimento cientifico.

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Até meados da década de 70, as pesquisas focalizavam mais a

aprendizagem que o processo de ensino ou o trabalho didático-pedagógico.

Quando os estudo sobre o processo de ensino começaram a aparecer com

mais freqüência, estes revelavam uma preocupação maior com os efeitos dos

diferentes métodos ou materiais de ensino na aprendizagem dos alunos. Estes

estudos compreendiam basicamente testagem ou validação de nova técnicas ou

materiais de ensino.

A partir da metade da década de 80, os pesquisadores passaram a

interessar-se por um lado, sobre como os professores manifestam seus

conhecimentos e suas crenças no processo de ensino e, por outro lado, sobre como

os alunos aprendem e compreendem aspectos específicos da Ciência.

No início da mesma década, Thompson (1984) deu início às investigações

sobre a relação entre as concepções e crenças dos professores e sua prática

pedagógica. Os resultados dos estudos transformam-se continuamente e afetam, de

modo significativo, a forma como o professor organiza e ministra suas aulas.

A partir dos anos 80, surgem também estudos que investigam os

conhecimentos profissionais dos professores. Estudos mais recentes, partindo do

pressuposto que os professores produzem, na prática, saberes práticos sobre as

Ciências no âmbito escolar, currículo, atividade, ensino, aprendizagem, mostra que

esses saberes práticos transformam-se continuamente, sobretudo quando realizam

uma prática reflexiva ou investigativa.

Os estudos sobre os saberes profissionais do professor têm revelado baixos

níveis de compreensão e domínio do conhecimento matemático a ser ensinado.

Relacionado a esse problema, ainda continua em alta o debate sobre que tipo de

conhecimento matemático deve ter os professores e como devem combiná-lo com

seu conhecimento pedagógico. Se a pesquisa não pode decidir sobre isso, pelo

menos ela pode aprofundar nossa compreensão sobre como os professores utilizam

seu conhecimento no ensino.

Os estudos de correlação entre as características dos professores e sua

relação com o desempenho dos alunos têm sido, em sua maior parte, improdutiva.

Por isso, os pesquisadores começaram a entrar em sala de aula para avaliar de

perto a ação e o desempenho docente.

Os estudos que relacionam ações específicas do professor com o

desempenho dos alunos, muito freqüentes na década de 70.

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Muitas mudanças curriculares fracassaram porque entraram em conflito com

as avaliações externas. Existe hoje um esforço para que as mudanças da prática

docente em sala de aula venham acompanhadas de mudanças também no processo

de avaliação.

A ciência ocupa hoje lugar de destaque, principalmente graças ao avanço e

à divulgação dos conhecimentos sobre o mundo, o universo, o planeta e os seres

vivos. Porém, está presente desde que o homem começou a se interessar pelos

fenômenos à sua volta, isto à aproximadamente 10.000 anos. A descoberta do fogo

foi o marco da história da humanidade, a partir disto o homem tornou-se um

observador mais atento da natureza como: a observação das plantas, dos ciclos

vitais dos animais, do céu com o objetivo de tirar proveito para a sua subsistência. A

partir disso fabricou instrumentos, aprendeu a armazenar as suas produções,

desenvolveu noções aritméticas criou calendários através de observações celestes.

Formulou crenças e valores para o aparecimento de uma ciência racional, a filosofia.

A ciência é fascinante, falível, tem suas aplicações, intencional e está

relacionada com o avanço da tecnologia e com as relações sociais.

Um marco da história da ciência foi o período do iluminismo que além da

filosofia é um movimento artístico, literário e político. A ciência torna-se cada vez

mais independente das religiões, com isso, o pensamento científico adquire

importância considerável no resgate do conhecimento.

A disciplina foi inserida no currículo a partir da reforma Francisco Campos,

através do Decreto 19890/31, com isso o estado passou a organizar o sistema de

Educação Nacional, propondo o ensino de ciências físicas e naturais. Os conteúdos

englobavam o estudo do ar e da Terra.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº. 4024/61, ampliou o

espaço da disciplina de Ciências Físicas e Naturais, que passou a ser denominada

Iniciação às Ciências, estendendo a sua obrigatoriedade, a disciplina tinha função de

preparar o cidadão para pensar lógica e criticamente, tomar decisões com base em

informações de dados.

No início dos anos 90, foi implantado o Currículo Básico para a Escola

Pública do Paraná e propôs a integração dos conteúdos a partir de três eixos

norteadores: noções de astronomia, transformação e interação da matéria, energia e

saúde: melhoria da qualidade de vida. Permitindo aos alunos estabelecer relações

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entre o mundo natural (conteúdo da ciência), o mundo construído pelo homem

(tecnologia) e seu cotidiano (sociedade).

Objetivando observar, refletir, articular e contextualizar os conteúdos,

propiciando uma análise crítica sobre a relação entre a ciência, a tecnologia e a

sociedade, considerando os aspectos sociais, políticos e éticos, cada vez mais

importantes para o exercício da cidadania e para a preservação do ambiente

terrestre habitável, do qual todos nós dependemos.

A partir de 1996, à luz de políticas públicas federais, o ensino de ciências

teve o objeto de estudo redirecionado. Seus conteúdos clássicos se esvaziaram em

decorrência da publicação e ampla distribuição dos Parâmetros Curriculares

Nacionais para o Ensino Fundamental – Ciências Naturais (PCN) e Temas

Transversais.

A trajetória do currículo de ciências sempre esteve alinhada a interesses

políticos, econômicos e sociais, determinantes da proposta pedagógica. Por isso, a

concepção de cidadania, de aluno, professor, ensino, aprendizagem, escola e

educação se alteram historicamente.

A partir de 2003, iniciou-se um novo período na história da educação

paranaense. Isso se deve à reformulação da política educacional do Estado. Como

aspecto relevante destaca-se o descrédito à proposta neoliberal, o resgate da

função social da escola e o trabalho pedagógico com os conteúdos específicos das

disciplinas escolares.

OBJETIVOS

○ Compreender que a ciência não é um conjunto de conhecimentos

definitivamente estabelecidos, mas que se modifica ao longo do tempo,

buscando sempre corrigí-los e aprimorá-los;

○ Compreender as idéias científicas básicas, de modo que possa entender

melhor e prever fenômenos, sobretudo aqueles relacionados ao cotidiano,

e acompanhar as descobertas científicas divulgadas pelos meio de

comunicação, avaliando os aspectos éticos dessas descobertas;

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○ Desenvolver o pensamento lógico e o espírito crítico, utilizados para

identificar e resolver problemas, formulando perguntas e hipóteses,

testando, discutindo e redigindo explicações para os fenômenos naturais;

○ Relacionar o conhecimento científico ao desenvolvimento da tecnologia e

às mudanças na sociedade, entendendo que esse conhecimento é uma

parte da cultura e está ligado ao fatores políticos, sociais e econômicos de

cada época e aos fatores políticos, sociais e econômicos de cada época e

que suas aplicações podem servir a interesses diversos;

○ Aplicar os conhecimentos adquiridos de forma responsável, de modo a

contribuir para a melhoria das condições ambientais, da saúde e das

condições gerais de vida de toda a sociedade;

○ Compreender a natureza como um todo dinâmico, sendo o ser humano

parte integrante e agente de transformações do mundo em que vive, em

relação essencial com os demais seres vivos e o ambiente.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

○ Corpo humano e saúde;

○ Ambiente;

○ Matéria e energia;

○ Tecnologia.

5ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

• Inter-Relações entre os seres vivos e o ambiente;

○ População: taxas, densidade demográfica e fatores que influenciam;

○ Comunidade: transferência de matéria e energia (ciclos bioquímicos, teias

e cadeias alimentares);

○ Fotossíntese: a importância do processo de produção e armazenamento

de energia química (glicose);

○ Seres vivos – seres vivos;

○ Seres vivos – ambiente;

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○ Biosfera – ecossistema – comunidade – população – indivíduo;

○ Habitát e nicho ecológico;

○ Divisões da biosfera: biociclos terrestres; marinho e de água doce;

○ Teias e cadeias alimentares: produtores, consumidores e decompositores;

○ Alimentação e saúde: tipos e funções dos alimentos e seus nutrientes;

• Solo no Ecossistema:

○ Tecnologia utilizada para preparar o solo para o cultivo;

○ Composição do solo: tipos de solo;

○ Agentes de transformação do solo;

○ Utilidades do solo;

○ Adubação: orgânica e inorgânica;

○ Processos que contribuem para o empobrecimento do solo;

○ Combate à erosão: tipos de erosão;

○ Mata ciliar;

○ Contaminação do solo – prevenção e tratamento;

○ Condições para manter a fertilidade do solo;

• Água no Ecossistema:

○ Estados físicos da água;

○ Forças de atração e repulsão entre as partículas da água;

○ Pressão e temperatura;

○ Densidade;

○ Pressão exercida pelos líquidos;

○ Água como recurso energético;

○ Composição da água;

○ Potencial de Hidrogênio;

○ Salinidade;

○ Água como solvente universal;

○ Ciclo da água;

○ Disponibilidade da água na natureza;

○ Água e os seres vivos;

○ Contaminação da água: doenças – preservação e tratamento;

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• Ar no Ecossistema:

○ Existência do ar;

○ Ausência do ar;

○ Atmosfera: camadas;

○ Propriedades: compressibilidade, expansão, exercer pressão;

○ Movimentos do ar: formação e tipos de vento, brisa terrestre e marítima;

○ Velocidade e direção dos ventos;

○ Pressão atmosférica;

○ Meteorologia e previsão do tempo;

○ Ar como recurso energético;

○ Composição do ar;

○ Oxigênio e Gás Carbônico – fotossíntese, respiração e combustão;

○ Outros elementos presentes no ar;

○ Gases nobres: suas propriedades e aplicações;

○ O ar e os seres vivos;

○ Contaminação do ar: doenças causadas por bactérias e vírus;

○ Medidas para diminuir a poluição do ar;

6ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

• Biodiversidade – Características Básicas dos Seres Vivos:

○ Temperatura;

○ Calor;

○ Diferenças entre os conceitos de calor e temperatura;

○ Equilíbrio térmico;

○ Isolamento térmico;

○ Metabolismo – transformação da matéria e da energia;

○ Características básicas que diferenciam os seres vivos dos não-vivos;

○ Adaptações e controle da temperatura corporal nos organismos.

• Níveis De Organização Dos Seres Vivos – Organização Celular:

○ Equipamentos para observação e descrição de células;

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○ Conceitos básicos: colóides, osmose, difusão, substâncias orgânicas e

inorgânicas;

○ Aspectos morfofisiológicos básicos das células;

○ Células animais e vegetais;

○ Divisão celular;

○ Aspectos morfofisiológicos básicos dos tecidos animais e vegetais;

○ Conceitos básicos: biosfera – ecossistema – comunidade – população –

indivíduo – sistemas – órgãos – tecidos – células – organelas – moléculas

– átomos.

• Biodiversidade – Classificação E Adaptações Morfo-Fisiológicas:

○ Capilaridade; fototropismo; geotropismo;

○ Movimento e locomoção: referencial, impulso, velocidade, aceleração;

○ Osmose;

○ Gutação;

○ Fermentação;

○ Decomposição;

○ Modos de agrupar os seres vivos;

○ Critérios de classificação;

○ Cinco reinos dos seres vivos;

○ Biosfera: adaptações dos seres vivos nos ambientes terrestres e

aquáticos;

○ Biotecnologia da utilização industrial de microrganismos e vegetais;

○ Vegetais: reprodução e hereditariedade;

○ Animais: digestão, respiração, circulação, excreção, locomoção,

coordenação, relação com o ambiente, reprodução e hereditariedade.

• Doenças, Infecções, Intoxicações E Defesas Do Organismo:

○ Diagnósticos: exames clínicos por imagem;

○ Intoxicações por agentes físicos e químicos;

○ Imunização artificial;

○ Tratamentos: radioterapia e quimioterapia;

○ Doenças causadas por animais e microorganismos;

○ Sistema imunológico;

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7ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

• Segurança No Trânsito:

○ Movimento, deslocamento, trajetória e referencial;

○ Velocidade, velocidade média e aceleração;

○ Equipamentos de segurança nos meios de transporte;

○ Teor alcoólico das bebidas e suas conseqüências no trânsito;

○ Acidentes de trânsito relacionados ao uso de drogas;

○ Tempo de reação e reflexo comparado entre um organismo que não

ingeriu drogas e um que ingeriu;

○ Prevenção de acidentes;

○ Efeitos do álcool e outras drogas no organismo.

• Corpo Humano Como Um Todo Integrado:

○ Ação mecânica da digestão;

○ Transporte de nutrientes;

○ Pressão arterial;

○ Inspiração e expiração;

○ Tecnologia de reprodução in vitro, inseminação artificial;

○ Tecnologias envolvidas na manipulação genética: clonagem e células

tronco;

○ Tecnologia envolvida na doação de sangue e de órgãos;

○ A luz e a visão;

○ Propagação retilínea da luz e a formação das sombras;

○ Olho humano como instrumento óptico;

○ Modelo físico do processo de visão;

○ Propagação do som no ar;

○ Reflexos sonoros;

○ Próteses que substituem parte e funções de alguns órgãos do corpo;

○ Aparelhos e instrumentos que o homem constrói para corrigir algumas

deficiências físicas;

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○ Tecnologias utilizadas para diagnosticas problemas relacionado aos

sistemas sensorial, nervoso, endócrino, locomotor, genital, digestório,

respiratório, cardiovascular e urinário;

○ Tecnologias que causam danos ao sistema nervoso central;

○ Correção de lesões ósseas e musculares;

○ Nutrição: necessidades nutricionais, hábitos alimentares;

○ Ação química da digestão;

○ Substâncias químicas de uso industrial e doméstico;

○ Reações que ocorrem no sistema nervoso e no organismo com a liberação

de neurormônios, como por exemplo a adrenalina.

8ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

• Transformações da Matéria e da Energia:

○ Energia: condutores – tipos, fontes, aplicações, etc;

○ Eletricidade: condutores – fontes, aplicações, transformações, segurança

e prevenção;

○ Magnetismo;

○ Fotossíntese;

○ Fermentação;

○ Energia na célula;

○ Nutrientes: tipos e funções;

• Atronomia E Astronáutica:

○ Sol: fonte de luz e calor;

○ Instrumentos construídos para estudar os astros;

○ Sol: composição química;

○ Composição da terra;

○ Movimentos da terra e suas conseqüências;

○ Inclinação do eixo da terra em relação ao plano da órbita;

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○ Medidas de tempo: instrumentos construídos pelo homem para marcar os

dias no tempo e no espaço;

○ Desenvolvimento da Astronáutica e suas aplicações;

○ Utilizações de satélites na meteorologia;

○ Sistema solar: posição da terra e dos demais planetas;

○ A lua como satélite natural da terra;

○ O ser humano no espaço;

○ Estrutura da terra: atmosfera, litosfera e hidrosfera.

• Corpo Humano Como Um Todo Integrado:

○ Sistema digestório e suas disfunções;

○ Aspectos preventivos da obesidade, da anorexia, da bulimia, dentre

outros;

○ Sistema cardiovascular e suas disfunções;

○ Sistema respiratório e suas disfunções;

○ Sistema urinário e suas disfunções;

○ Sistema genital feminino e masculino, bem como suas disfunções;

○ Métodos anticoncepcionais;

○ Tecnologias associadas ao tratamento de DST´s;

○ Aconselhamento genético como forma de prevenção à má formação

genética;

○ Doenças sexualmente transmissíveis;

○ Síndrome da imunodeficiência adquirida;

○ Defesa do organismo;

○ Sistema sensorial;

○ Necessidades educacionais especiais;

○ Sistema nervoso;

○ Sistema esquelético e suas disfunções;

○ Sistema muscular e suas disfunções.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

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A partir da concepção de Ciências, o docente deve criar situações que

auxiliem a aprendizagem, a qual transcorre de forma autônoma, respeitando-se as

características individuais e os estilos próprios de cada um. Promovendo a

articulação entre os conhecimentos físicos, químicos e biológicos, desenvolvendo

habilidades intelectuais de modo que o desenvolvimento dos conhecimentos

científicos e as inter-relações estejam próximas da prática social dos alunos. A

disciplina de Ciências propõe um estudo que pretende enriquecer e complementar o

entendimento das múltiplas relações físicas, químicas, biológicas, geológicas, dentre

outras, que ocorre no ambiente.

Na Base Nacional Comum, a disciplina de Ciências tem como premissa o

trabalho com questões desafiadoras, problematizadoras, investigativas e

exploratórias. Nesse sentido, a disciplina se traduz em mais um momento de

reflexão, discussão e ação acerca dos conteúdos de Ciências e sua articulação com

os aspectos relevantes da cidadania. O espaço de intercessão entre esta área do

conhecimento e os temas da vida cidadã, através da articulação entre vários dos

seus aspectos como a saúde, a sexualidade, a vida familiar e social, o meio

ambiente, o trabalho, a ciência e a tecnologia, a cultura e as linguagens, orientam as

práticas pedagógicas, no sentido de permitir que cada aluno busque na vida em

sociedade, a justiça, a igualdade e a equidade (BRASIL, 1998). Isso permite a

ampliação das discussões sobre essas questões e contribui para a constituição de

saberes, conhecimentos, valores e práticas sociais essenciais ao exercício da

cidadania.

A escola é um lugar privilegiado para a aprendizagem e o exercício de

valores sociais, morais e éticos, os quais podem contribuir para a formação de

pessoas que aspiram a uma sociedade mais igualitária, solidária e democrática, e

que ainda que desempenhe um papel importante no desenvolvimento tecnológico do

país. Para que isso aconteça, não podemos nos deter a um único método, e sim

utilizarmos de algumas possibilidades como: a observação, o trabalho de campo,

visita a indústrias, jogos de simulação, projetos individuais e em grupos, palestrantes

convidados, entrevistas, fóruns, debates, seminários, conversação dirigida.

Desse modo, espera-se que por meio das atividades práticas, mais

especificamente através das “aulas práticas” os educandos compreendam e reflitam

as noções e conceitos pertinentes aos fenômenos em estudo, bem como sobre os

processos de extração e industrialização da matéria-prima, os impactos ambientais

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decorrentes desses processos, os materiais utilizados, os procedimentos dessas

atividades e o destino dos resíduos, caracterizando uma abordagem ampla e

processual dos fenômenos estudados.

Cada um dos materiais alternativos, reagentes químicos e equipamentos

precisa ser reconhecido pelos educandos, considerando desde a sua origem,

composição química, funcionalidade, até a sua relevância, não só no momento da

atividade prática para estudo do fenômeno em questão, mas também na vida

cotidiana, sem deixar de considerar, sempre, os princípios específicos da disciplina

de Ciências e os aspectos políticos, sociais, econômicos, culturais, ambientais,

éticos, históricos e religiosos envolvidos.

Nesse sentido, o essencial é o desenvolvimento da educação para a ciência.

A experimentação formal em laboratórios didáticos, por si só, não resulta na

apropriação dos conteúdos/conceitos pelos alunos. Sendo assim, é importante

lembrar que as atividades práticas acontecem em diversos ambientes, na escola ou

fora dela, ou seja, o laboratório não é o único cenário para o desenvolvimento

dessas ações.

As aulas práticas não esgotam as possibilidades de tratamento dos

conteúdos, na medida em que configuram uma das várias estratégias metodológicas

com caráter de ilustração, concretização e reflexão dos conteúdos da disciplina de

Ciências. Qualquer que seja a atividade a ser desenvolvida, deve-se ter clara a

necessidade de períodos pré e pós atividade (vinculando teoria e prática), visando à

construção de noções e conceitos significativos. Esse encaminhamento evita a

dicotomia entre teoria e prática, eliminando o caráter autoritário e dogmático,

conferido pela utilização de roteiros e procedimentos que induzem a respostas

prontas ou a comprovação de leis, teorias ou fenômenos.

Para tanto, sugere-se algumas estratégias pedagógicas, tais como:

o Observação;

o Trabalho de campo;

o Experimentação;

o Construção de modelos;

o Jogos de simulação e desempenho de papéis;

o Visitas a indústrias, fazendas, museus;

o Projetos individuais e em grupos;

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o Redação de cartas para autoridades;

o Palestrantes convidados;

o Estudos de caso, envolvendo problemas reais da sociedade;

o Leituras de imagens, gravuras, gráficos, tabelas e esquemas.

o Fóruns, debates, seminários, conversação dirigida, entrevistas, dentre

outros.

Além das estratégias pedagógicas acima mencionadas, os professores

poderão encaminhar as atividades da disciplina de Ciências, através dos mais

variados recursos pedagógicos: slides, fitas VHS, DVD’s, CD’s, CD-ROM’s

educativos, entre outros.

Outras atividades que estimulam os educandos ao trabalho coletivo são as

que envolvem música, desenho, poesia, livros de literatura, jogos didáticos,

dramatizações, história em quadrinhos, painéis, murais, exposições e feiras, entre

outras.

Sempre que necessário serão feitas as adaptações curriculares e

metodológicas de acordo com as necessidades dos alunos, para atender a

diversidade dos sujeitos sociais presentes na escola. Nesta perspectiva a escola se

propõe a trabalhar com a Educação Inclusiva que é uma realidade na sociedade

contemporânea.

AVALIAÇÃO

A avaliação se dará ao longo do processo de ensino e de aprendizagem

possibilitando ao professor observar seus alunos diariamente, para verificar em que

medida os alunos se apropriaram dos conteúdos específicos tratados nesse

processo, utilizando instrumentos avaliativos diversificados para que os alunos

possam expressar os avanços na aprendizagem, à medida que interpretam,

produzem, discutem, relacionam, refletem, analisam, justificam, se posicionam e

argumentam, defendendo o próprio ponto de vista.

A reestruturação do processo de educação se dará com base em uma auto-

avaliação, que orientará a continuidade da prática pedagógica ou seu

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redimensionamento, realizando intervenções coerentes com os objetivos

previamente propostos para o ensino de Ciências.

A avaliação da aprendizagem precisa superar a concepção de mero

instrumento de mediação da apreensão de conteúdos, visto que ela se configura

como processual e, como tal, objetiva subsidiar discussões acerca das dificuldades

e avanços dos alunos sujeitos, a partir de suas produções, no processo de ensino e

aprendizagem.

Nessa perspectiva, a avaliação se dará em um processo contínuo, com

produções de textos, estudos dirigidos, resolução de atividades, tanto escritas como

orais, considerando a participação dos alunos nos trabalhos extra-classe.

Sendo assim, o processo avaliativo da disciplina de Ciências acontecerá ao

longo do desenvolvimento das atividades pedagógicas, devendo-se privilegiar o

diálogo nas relações estabelecidas, entre os diversos sujeitos envolvidos, o

conhecimento e a diversidade cultural, bem como a interação entre a ação e a

reflexão. No processo avaliativo o professor deve considerar os seguintes critérios:

a) a clareza sobre a concepção de Ciências adotada que deve ser

consonante com a fundamentação teórica, bem como, de ensino, de escola, de

projeto político pedagógico e de sua proposta curricular;

b) o entendimento da construção do conhecimento científico como histórica,

não neutra, provisória e contextualizada;

c) a compreensão de que o processo de ensino e de aprendizagem parte do

conhecimento prévio dos educandos e da legitimidade do papel de mediador dos

professores;

d) a inserção gradual de conceitos elaborados pela Ciência e sua aplicação

em situações cotidianas dos alunos;

e) as inter-relações estabelecidas pelos alunos no ambiente escolar e no

contexto social;

f) a coleta, interpretação, sistematização e aplicação de dados a partir das

análises realizadas;

g) as diversas maneiras de registro efetuadas pelos alunos, como por

exemplo: textos, desenhos, recortes e colagens, entre outras;

h) o envolvimento dos alunos nos debates empreendidos em sala de aula e

nas atividades desenvolvidas.

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Depreende-se dessas discussões que o resgate do sentido do avaliar

enquanto processo é uma necessidade premente. O processo avaliativo não poderá,

em hipótese alguma, ser reduzido a um único instrumento, nem restrito a um só

momento ou a uma única maneira. Nesse sentido, os professores precisam utilizar

diversos instrumentos avaliativos com intenção de diagnosticar os avanços

apresentados pelos alunos, bem como planejar as intervenções necessárias ao

processo de aprendizagem. O processo de recuperação de conteúdos será paralelo,

com atividades diversificadas, atingirá a todos os alunos para que, além de se

apropriar do conhecimento científico específico, saibam relacioná-lo à prática de seu

cotidiano.

Os instrumentos utilizados para a avaliação dos conteúdos da disciplina de

Ciências serão diversificados com avaliação escrita na forma de: questões

discursivas, de múltipla escolha, de somatória, de interpretação, relatórios e

documentos, aulas práticas, vídeos, atividades extra-classe e em sala de aula,

individuais e em grupo.

Tais instrumentos permitem ao professor verificar se o aluno se apropriou de

conhecimentos físicos, químicos e biológicos, relacionar aspectos sociais, políticos,

econômicos, étnicos e históricos, articulando-os com a Ciência, Tecnologia e

sociedade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMARAL, I. A. Currículo de ciências: das tendências clássicas aos movimentos

atuais de renovação. In BARRETO, Elba Siqueira de Sá. Os currículos do ensino

fundamental para as escolas brasileiras. Coleção Formação de Professores. São

Paulo: Editora Autores Associados, 1998. p. 201-232.

AULER, D. e BAZZO, W. A . Reflexões para a implementação do movimento CTS no

contexto educacional brasileiro. Ciência & Educação, v.7, n.1, p.1-13, 2001.

Disponível em <http://www.fc.unesp.br/pos/revista/vol7num1.htm> Último acesso em

20/jul./2005.

BRASIL. Lei nº. 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e

bases da educação nacional. Diretrizes e bases da educação nacional. Editora do

Brasil S/A .

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72

BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO. Câmara de Educação

Básica do Conselho Nacional de Educação. Diretrizes curriculares para o ensino

fundamental. Parecer CEB 04/98. Brasília, 1998.

FLOR DA SERRA, Esc. Est. De – Ensino Fundamental. Projeto Político-

Pedagógico da Escola. Realeza: 2007.

PARANÁ, Conselho Estadual de Educação. processo n. 560/99. Delib.n. 014/99.

Indicadores para elaboração da proposta pedagógica dos estabelecimentos de

ensino da educação básica em suas diferentes modalidades. Aprovada em

08/10/99.

_____, Secretaria de Estado da Educação. Currículo básico para a escola pública

do estado do Paraná. 3. ed. Curitiba: SEED, 1997.

_____, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Ciências

Para a Educação Básica. Curitiba: SEED, 2006.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Portal Dia-a-Dia Educação.

Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.com.br/portals/portal/home.php Acesso

em: 16 de junho de 2005.

PORTO. A. et. al. Terra, planeta vida: livro do professor. (Manual do Professor) São

Paulo: Ática, 2001.

VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. 2 ed. Martins Fontes: São Paulo,

1989.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA

ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Educação Física tem avançado muito nos últimos tempos, preocupando-se

em entender o corpo em sua complexidade com uma abordagem biológica,

antropológica, sociológica, psicológica, filosófica e política das práticas corporais,

justamente por sua constituição interdisciplinar.

A Educação Física é parte geral do projeto de escolarização e como tal deve

estar articulada ao projeto político pedagógico da escola. Se a atuação do professor

é na quadra ou em outros lugares do ambiente escolar, seu compromisso é com a

escola, com o projeto de escolarização ali instituído, sempre em favor da formação

humana.

A compreensão da educação física significa entender que esta área do

conhecimento é parte integrante de uma totalidade composta por interações que se

estabelecem na materialidade das relações sociais, políticas, econômicas e culturais

dos povos.

A Proposta Pedagógica Curricular da disciplina de Educação Física tem como

realidade do Estabelecimento de Ensino, trabalhar com alunos de camadas sociais

heterogêneas, filhos de assalariados, com idade entre 10 a 17 anos.

Nosso propósito, enquanto educadores é buscar através do conhecimento a

formação de verdadeiros cidadãos, aptos a buscar o seu lugar na sociedade de

forma digna e crítica.

Desde o início dos tempos, a vida humana em sociedade vem se

desenvolvendo pelas relações homem-natureza e homem-homem. A educação

física contempla a enorme riqueza das manifestações culturais produzidas na

formação humana.

Com o resgate de sua autonomia cabe ao professor reconhecer as maneiras

de como o capitalismo dita as formas de pensar e agir sobre o corpo influenciando a

crítica construtiva, voltada à diversidade que deve ser o eixo norteador da inclusão

educacional e resgate da historicidade do negro. A garantia do acesso e

permanência na escola com a apropriação e valorização do conhecimento

contribuirá para que o cidadão seja agente transformador da sociedade.

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OBJETIVO GERAL

Promover a construção histórica do ser humano e de sua materialidade

corporal constituindo atividades comunicativas com significados e sentidos

diferentes desenvolvidas através das práticas corporais buscando a modificação das

relações sociais com o propósito e compromisso de firmar uma educação

transformadora.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

o Manifestações esportivas;

o Manifestações ginásticas;

o Jogos, brinquedos e brincadeiras;

o Manifestações estético-corporais na dança e no teatro

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS POR SÉRIE

5ª SÉRIE

o Manifestações Esportivas:

o Origem dos diferentes esportes e sua mudança na história;

o Possibilidade dos esportes como atividade corporal;

o Elementos básicos constitutivos dos esportes: arremessos,

deslocamentos, passes, fintas;

o Práticas esportivas: esportes com e sem materiais e equipamentos.

o Manifestações Ginásticas:

o Origem da ginástica e sua mudança no tempo;

o Diferentes tipos de ginástica;

o Cultura da rua;

o Cultura do circo.

o Manifestações Estético-corporais na Dança e no Teatro:

o A dança e o teatro como possibilidades de manifestação corporal;

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o Danças tradicionais e folclóricas;

o Desenvolvimento de formas corporais rítmico-expressivas;

o Mímica, imitação e representação;

o Expressão corporal com e sem materiais.

o Jogos, Brinquedos e Brincadeiras:

o Construção coletiva de jogos e brincadeiras;

o Brinquedos e brincadeiras tradicionais, brinquedos cantados, rodas e

cirandas;

o Diferentes manifestações e tipos de jogos;

o Jogos e brincadeiras com e sem materiais.

6ª SÉRIE

o Manifestações Esportivas:

o Elementos básicos constitutivos dos esportes: arremessos,

deslocamentos, passes, fintas;

o Práticas esportivas: esportes com e sem materiais e equipamentos.

o Manifestações Ginásticas:

o Diferentes tipos de ginásticas;

o Cultura da rua;

o Cultura do circo.

o Manifestações Estético-corporais na Dança e no Teatro:

o A dança e o teatro como possibilidade de manifestação corporal;

o Danças tradicionais e folclóricas;

o Desenvolvimento de formas corporais rítmico-espressivas;

o Mímica, imitação e representação;

o Expressão corporal com e sem materiais.

o Jogos, Brinquedos e Brincadeiras:

o A construção coletiva de jogos e brincadeiras;

o Brinquedos e brincadeiras tradicionais, brinquedos cantados, rodas e

cirandas;

o Diferentes manifestações e tipos de jogos;

o Jogos e brincadeiras com e sem materiais.

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7ª SÉRIE

o Manifestações Esportivas:

o O sentido da competição esportiva;

o Elementos básicos constitutivos dos esportes: arremessos,

deslocamentos, passes, fintas;

o Práticas esportivas: esportes com e sem materiais e equipamentos.

o Manifestações Ginásticas:

o Diferentes tipos e ginástica;

o Práticas ginásticas;

o Cultura da rua;

o Cultura do circo: malabares, acrobacia.

o Manifestações Estético-corporais na Dança e no Teatro:

o A dança e o teatro como possibilidades de manifestação corporal;

o Diferentes tipos de dança;

o Danças tradicionais e folclóricas;

o Desenvolvimento de formas corporais rítmico-expressivas;

o Mímica, imitação e representação;

o Expressão corporal com e sem materiais.

o Jogos, Brinquedos e Brincadeiras:

o A construção coletiva de jogos e brincadeiras;

o Pro que brincamos?;

o Brinquedos e brincadeiras tradicionais, brinquedos cantados, rodas e

ciranda;

o Diferentes manifestações e tipos de jogos;

o Jogos e brincadeiras com e sem materiais.

8ª SÉRIE

o Manifestações Esportivas:

o O esporte como fenômeno de massa;

o Princípios básicos dos esportes, táticas e regras;

o O sentido da competição esportiva;

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o Elementos básicos constitutivos dos esportes: arremessos,

deslocamentos, passes, fintas;

o Práticas esportivas: esportes com e sem materiais e equipamento.

o Manifestações Ginásticas:

o Diferentes tipos de ginástica;

o Práticas ginásticas;

o Cultura da rua;

o Cultura do circo: malabares e acrobacia.

o Manifestações Estético-corporais na Dança e no Teatro:

o A dança e o teatro como possibilidades de manifestação corporal;

o Jogos, Brinquedos e Brincadeiras:

o A construção coletiva de jogos e brincadeiras;

o Por que brincamos?;

o Oficina de construção de brinquedos;

o Brinquedos e brincadeiras tradicionais, brinquedos cantados,rodas e

cirandas;

o Diferentes manifestações e tipos de jogos;

o Jogos e brincadeiras com e sem materiais;

o Diferenças entre jogos e esportes.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

A metodologia é um instrumento teórico-prático que permite o conhecimento o

mais real possível e a prática mais real e clara. Deve estar voltada para a construção

dos conhecimentos dos alunos em relação ao objeto do estudo. O professor deve

recorrer a materiais diversificados, que fazem o aluno sentir-se inserido no mundo a

sua volta. Problematizar a realidade, buscando soluções que envolvam a consulta

de livros didáticos, testando hipóteses e elaboração de sínteses. A metodologia deve

ser acompanhada de muito preparo, pesquisa e tempo, para que as dinâmicas

sejam ricas e criativas, bem como os conteúdos atualizados.

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Assim, o papel da disciplina é o de transcender aquilo que se apresenta como

um senso comum, desmistificando formas já arraigadas e equivocadas sobre o

entendimento das diversas práticas e manifestações corporais. Desse modo,

prioriza-se a construção do conhecimento e manifestações corporais. Desse modo,

prioriza-se a construção do conhecimento sistematizado como oportunidade ímpar

de reelaboração de idéias e práticas que, por meio de ações pedagógicas

intensifiquem a compreensão do aluno sobre a gama de conhecimentos e suas

implicações para a vida. A diversidade cultural serve como exemplo em termos

corporais com o intuito de que os alunos respeitem as diferenças e se posicionem

com autonomia realizando opções nos conhecimentos realizados pelo professor.

Para a construção do conhecimento com respeito às diferenças, as aulas

serão:

− Expositivas, dialogadas e práticas;

− Uso de materiais esportivos;

− Jogos;

− Recursos audiovisuais;

− Desafio prático de fundamentos;

− Pesquisa na Internet;

− Trabalhos individuais, em duplas e em grupos;

− Os temas sociais contemporâneos serão abordados através de palestras,

teatros, danças, homenagem;

As atividades extraclasse ocorrerão com a participação em eventos estaduais,

regionais e municipais, como: Jogos Colegiais, Interséries, Open de Xadrez, Festival

de Xadrez, entre outros.

Sempre que necessário serão feitas as adaptações curriculares e

metodológicas de acordo com as necessidades dos alunos, para atender a

diversidade dos sujeitos sociais presentes na escola. Nesta perspectiva a escola se

propõe a trabalhar com a Educação Inclusiva que é uma realidade na sociedade

contemporânea.

AVALIAÇÃO

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A avaliação da aprendizagem e desempenho em Educação Física tem

conduzido os professores à reflexão, ao estudo e ao aprofundamento, visando

buscar novas formas de entendimento e compreensão de seus significados no

contexto escolar, contudo: na educação física, a avaliação da aprendizagem escolar

tem gerado dificuldades, principalmente pelas limitações e complexidade.

A partir dos conteúdos específicos apontam-se elementos articuladores que

integram e interligam as práticas corporais, visando aprofundamento e diálogo com

as diferentes expressões do corpo.

A partir da avaliação diagnóstica, o professor e o aluno poderão revisar o

processo de ensino e aprendizagem, bem como planejar e propor outros

encaminhamentos que visem a superação das dificuldades constatadas, utilizando-

se alguns instrumentos: registro de classe, observações na realização de atividades

práticas, apresentações de trabalhos e provas escritas.

Será um processo contínuo, permanente e cumulativo, onde o professor

organizará e reorganizará o seu trabalho visando as diversas manifestações

corporais evidenciadas nas formas da ginástica, do esporte, dos jogos e da dança,

possibilitando, assim, que os alunos reflitam e se posicionem criticamente com o

intuito de construir uma suposta relação com o mundo.

A avaliação deve estar em sintonia com os conteúdos propostos, ocorrendo

de forma contínua, diagnóstica, participativa por meio de aferições escritas, orais,

observação em grupo e individualmente.

A Recuperação Paralela será realizada através da revisão e retomada dos

conteúdos de forma diferenciada; com trabalhos de monitoria e trabalhos em grupo e

individual.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DAOLIO, J. Educação Física e o Conceito de Cultura. Campinas. Autores e

Associados: 2004.

FIAMONCINI, L., SARAIVA, M. do. Dança na Escola: A Criação e a Co-educação

em Pauta. In: Kunz, Ensino Didático da Educação Física 1.3 ed. Ijuí: Ed. Unijuí,

2003, p 95-120.

FLOR DA SERRA, Escola Estadual de – Ensino Fundamental. Projeto Político

Pedagógico – Realeza: 2007.

PARANÁ, Secretaria De Estado Da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede

Pública de Educação Básica do Estado do Paraná: Educação Física. Curitiba:

SEED/Pr, 2006.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENSINO RELIGIOSO

ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Nos espaço escolar, o Ensino Religioso passou por vários contextos

históricos, marcos que diferenciaram a metodologia e os objetivos da disciplina.

Inicialmente o Ensino Religioso era tradicionalmente, o ensino da religião Cristã,

Católica Apostólica Romana. Após a Proclamação da República, o ensino passou a

ser laico, público, gratuito e obrigatório. A partir da Constituição de 1934, o Ensino

Religioso passou a ser admitido como disciplina na escola pública, porém, com

matrícula facultativa e em meados da década de 1960, surgiram grandes debates

sobre a questão da liberdade religiosa devido à pressão das tradições religiosas e

da sociedade civil organizada.

A partir desta contextualização percebe-se que a disciplina durante esses

anos alargou o seu horizonte de abrangência deixando de ser doutrinária, para ser

manifestação do pluralismo religioso e suas manifestações na sociedade brasilieira.

O Ensino Religioso, de matrícula facultativa é parte integrante da formação

básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de

educação básica assegurado o respeito na diversidade cultural religiosa do Brasil,

vedadas quaisquer formas de proselitismo.

A disciplina de Ensino Religioso tem por base a diversidade expressa nas

diferentes expressões religiosas, garantindo a liberdade de crença e expressão.

Tendo como foco o Sagrado e suas diferentes manifestações, a disciplina

pretende contribuir para o reconhecimento e respeito às diferentes expressões

religiosas advindas da elaboração cultural dos povos, bem como possibilitar o

acesso às diferentes fontes da cultura sobre o fenômeno religioso, colaborando com

a formação da pessoa e com as diversas formas de ver o Sagrado.

O objetivo do Ensino Religioso é o sagrado e suas diferentes expressões

verificadas na paisagem religiosa nos textos sagrados e no símbolo. A paisagem

religiosa refere-se a materialidade fenomênica do Sagrado, apreendida por meio dos

sentidos. Os textos sagrados referem-se as formas escritas que denotam as

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manifestações divinas. E o símbolo como realidade que torna concreto as

expressões e experiências.

O Ensino Religioso permitirá que os educandos possam refletir e entender

como os grupos sociais se constituem culturalmente e como se relacionam com o

sagrado, para compreender suas trajetórias, suas manifestações no espaço escolar,

estabelecendo relações entre culturas, espaços e diferenças para que no

entendimento destes elementos o educando possa elaborar o seu saber marcado

pela religiosidade.

O Ensino Religioso subsidiará os educandos na compreensão de conceitos

básicos no campo religioso e na forma como a sociedade sofre interferências das

tradições religiosas ou mesmo da afirmação ou negação do sagrado e ajudará a

formar a consciência cidadã de religiosa dos alunos.

OBJETIVOS

○ Propiciar aos educandos a oportunidade de identificação, de

entendimento, de conhecimento, de aprendizagem em relação às

diferentes manifestações religiosas presentes na sociedade de tal forma

que tenham a amplitude da própria cultura em que se insere;

○ Analisar e compreender o Sagrado como o cerne da experiência religiosa

do cotidiano que o contextualiza no universo cultural;

○ Explicitar a experiência que perpassa as diferentes culturas expressas

tanto nas religiões mais sedimentadas como em outras manifestações

mais recentes;

○ Compreender a construção dos processos de explicação para os

acontecimentos que ultrapassam as leis da natureza, do físico... e que são

atribuídas às manifestações do Sagrado;

○ Contribuir para o desenvolvimento integral do educando, tendo em vista a

aquisição de conhecimento, habilidades e a formação de atitudes e

valores, realçando o respeito e o convívio co m o diferente;

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○ Fomentar o respeito às diversas manifestações religiosas, ampliando e

valorizando o Universo cultural dos alunos, trabalhando o princípio

Transcendente /Imanente;

CONTEÚDOS POR SÉRIE

OBJETO DE ESTUDO = O Sagrado

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

o Paisagem Religiosa

A paisagem religiosa é concretização da história e relação de um povo com o

Sagrado. Essa experiência cultural, social, humano-comunitaria é explicitada em

formas de relacionamento que se dão no cotidiano das pessoas, tendo como

referencial lugares físicos que abrigam toda essa riqueza histórica e espiritual. A

paisagem religiosa aproxima o transcendental do cotidiano da humanidade.

o Textos Sagrados

Os textos sagrados são a concretização, abstração e descrição da relação

humana com o transcendente. Geralmente são demonstração da cultura e história

de uma civilização e por tal permitem a percepção da interferência da crença na vida

das pessoas. Os textos registram a experiência, mas também permitem a

continuidade de certa expressão religiosa proporcionando as varias interpretações a

partir da evolução histórica; ao mesmo tempo que realiza a experiência religiosa,

também permite novas interpretações.

o Símbolo

No contexto social e religioso o símbolo é essencial para o relacionamento

humano, consigo, com o mundo e com o transcendente. Religiosamente o símbolo

realiza a função de tornar presente o transcendente entre os homens. O símbolo une

as pessoas em torno da sua experiência religiosa, da visibilidade e ao mesmo tempo

facilita as experiências individuais. O símbolo amplia a possibilidade da relação

humana com o transcendente.

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CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

5ª SÉRIE

o Conceituação de religião;

o Direitos humanos;

o Visão de mundo homem e sociedade;

o Cultura de paz;

o Respeito à diversidade religiosa;

o Solidariedade;

o Lugares sagrados;

o Valores;

o Textos orais e escritos sagrados;

o Organização religiosa;

o Influência dos fatores sociais e culturais na religião.

6ª SÉRIE:

o Conceituação de religião;

o Visão de mundo homem, sociedade e Deus;

o Liberdade e fé;

o Universo simbólico religioso;

o As grandes religiões;

o Ritos;

o Festas religiosas;

o Religiões e Cultura Afro-brasileira e Africana;

o Cultura de vida e morte;

o Realização do ser humano.

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ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Propor um ensino da disciplina onde não se detenha em determinados

métodos e conteúdos que possam ser utilizados durante as aulas. Vai de cada

professor dispor de ações que possam embasar o desenvolvimento do conteúdo a

ser trabalhado com um bom método teórico e também dinâmico, assim o aluno

poderá dispor de várias formas de entender o conteúdo proposto pelo professor.

Devemos superar as práticas tradicionais que têm marcado o Ensino

Religioso, e nos propor a despertar interesse em formar cidadãos que tenham censo

crítico em relação a sociedade. Para isso acontecer, teremos como objetivo

fomentar conteúdos que se utilizem de uma linguagem pedagógica que viabilize a

prática do ensino da religião.

Em relação aos conteúdos, o professor fará relações pedagógicas com

conhecimentos que componham o universo sagrado das manifestações religiosas.

Buscaremos através dos conteúdos estabelecidos, fazer a construção histórico-

social, agregando valores do patrimônio cultural da humanidade.

As reflexões e análises se darão por meio do tratamento dos conteúdos

propostos, destacando aspectos científicos que compõe o universo das diferentes

culturas, nas quais se estabeleça uma expressão coletiva.

Os desafios educacionais contemporâneos como a Cultura Afro-brasileira e

Africana, Educação Fiscal, Prevenção do Uso Indevido de Drogas, Sexualidade

Humana e Enfrentamento a Violência serão abordados e trabalhados juntamente

com os conteúdos de todas as séries.

Sempre que necessário serão feitas as adaptações curriculares e

metodológicas de acordo com as necessidades dos alunos, para atender a

diversidade dos sujeitos sociais presentes na escola. Nesta perspectiva a escola se

propõe a trabalhar com a Educação Inclusiva que é uma realidade na sociedade

contemporânea.

AVALIAÇÃO

Por ser de caráter facultativo da matrícula na disciplina, ela não constitui

como objeto de reprovação, bem como não terá registro de notas ou conceitos na

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documentação escolar. Cabe ao professor estabelecer práticas avaliativas onde os

alunos possam acompanhar o processo de construção do conhecimento. Para que o

aluno tenha uma melhor compreensão, nos amparamos nos conteúdos e objetivos já

mencionados.

O ato de avaliar deve servir como um instrumento que permita aos alunos e

a escola diagnosticarem o processo de avaliação obtido na disciplina.

O professor estabelecerá técnicas avaliativas como auto-avalição educando

e educador. Utilizaremos técnicas e procedimentos como: comunicação oral e

escrita, participação nos trabalhos, pesquisas e também reflexões e interpretações

de textos. Sendo de fundamental consideração as avaliações contínuas das aulas.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ELIADE, Mircea. O Sagrado e o Profano. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

FLOR DA SERRA, Esc. Est. De – Ensino Fundamental . Projeto Político-

Pedagógico da Escola.

MARCHON, Benoit. As grandes religiões do mundo. São Paulo: Paulinas, 1995.

PARANÁ, Secretaria De Estado Da Educação. Diretrizes Curriculares de Ensino

Religioso para o Ensino Fundamental. Curitiba, 2006.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA

ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Geografia é uma ciência que busca pesquisar, analisar e compreender as

relações homem-natureza, procurando modificá-la para sua sobrevivência e

influenciando nas relações políticas e econômicas.

Na antiguidade clássica, estudos descritivos ampliaram os conhecimentos

geográficos, porém na Idade Média, contestações da Igreja, afirmando que muitos

conhecimentos, não eram verdades, estes foram abandonados.

A partir do século XV, com o desenvolvimento do comércio e das grandes

navegações, a geografia volta a ser evidenciada devido à necessidade do homem

de se expandir para outros espaços.

A partir do século XIX, na Europa com a sistematização do conhecimento

geográfico, surgiram escolas nacionais de pensamento geográfico, destacando-se a

alemã e a francesa. Na escola alemã destacou-se os precursores Humboldt, Ritter e

Ratzel, enquanto que na escola francesa destacou-se Vidal de La Blache.

No Brasil consolidou-se a partir da década de 1930, as pesquisas enfocavam

a compreensão e a descrição do ambiente físico nacional, servindo aos interesses

políticos do Estado, perpetuando-se por boa parte do século XX, caracterizando-se,

na escola, pelo caráter decorativo/enciclopedista, focado na descrição do especo e

na formação e fortalecimento do nacionalismo, sendo muito significativo na

consolidação do Estado Nacional Brasileiro. Neste período ficou sendo conhecida

como geografia tradicional.

Nos anos 60, o ensino da geografia passou por modificações na organização

curricular, devido às necessidades de melhorar a qualificação profissional, a qual foi

instituída através da lei 5692/71 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional),

que envolvia as Ciências Humanas, a qual denominava-se Estudos Sociais, que no

1º grau envolveria História e Geografia, sendo meramente ilustrativa e superficial.

Nos anos 80 é que desmembrou-se a disciplina em História e Geografia.

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No Estado do Paraná, não ocorreu o desmembramento imediato da disciplina

de Estudos Sociais, isto só ocorreu após a resolução nº 6 de 1986 do Conselho

Federal de Educação.

Durante a Segunda Guerra Mundial ocorreu renovação do pensamento

geográfico, surgindo a geografia crítica. Através de organizações como a AGB –

Associação de Geógrafos Brasileiros, em Fortaleza, discutida através da publicação

do livro de Ives Lacoste, no qual afirmava que a Geografia servia antes de mais

nada para fazer a guerra. Pensamento este, que deu novas interpretações aos

conceitos geográficos e ao objeto de estudo da geografia, enfocando as questões

econômicas, políticas e sociais.

No Paraná, na década de 80, a Secretaria de Estado da Educação publicou o

Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná, o qual repensava os

fundamentos teóricos e os conteúdos básicos das disciplinas da pré-escola à 8ª

série. Neste contexto, a geografia crítica passa por transformações com avanços e

retrocessos em função do contexto histórico e organização política.

Na década de 90 ocorreu a produção e aprovação da nova Lei de Diretrizes e

Base da Educação Nacional (LDB 9394/96), bem como a construção dos PCN

(Parâmetros Curriculares Nacionais). Entre as mudanças destacam-se os conteúdos

de ensino vinculados as discussões ambientais e multinacionais, onde ocorre a

presença de um resgate e aprofundamento das discussões sobre esses assuntos

que ganharam forças tanto com as transformações políticas quanto com os avanços

nos sistemas técnicos de comunicação e informações que possibilitam a ampliação

do mercado mundial.

Estas diretrizes curriculares repensam a prática pedagógica dos professore

com o objetivo de estimular as reflexões a respeito da geografia e do seu ensino

problematizando e compreendendo o espaço geográfico no atual período histórico.

OBJETIVOS

o Oportunizar o educando condições de se localizar no espaço em que vive

e a partir daí, entender os problemas sociais, culturais, políticas e

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econômicos para agir e interagir com autonomia da sociedade e no

espaço em que está inserido.

o Compreender as escolhas das localizações e as relações políticas ,

sociais, econômicas e culturais que as orientam a partir de um referencial

teórico, são os conceitos geográficos que sustentam tal conceito e

reflexão.

o Conceituar e destacar a paisagem a partir de conceitos considerados

básicos para o ensino da geografia, enfocando o lugar e o que nele existe.

o Analisar os aspectos e a distribuição da população e racioná-los com os

aspectos econômicos, sociais e políticos, interagindo com a natureza na

construção do espaço, singularidade do local e diferenciar o local, do

global.

o Compreender que as melhorias nas condições de vida, os direitos

políticos, os avanços técnicos e tecnológicos, as transformações sócio-

culturais são conquistas decorrentes de conflitos e acordos que ainda não

são usufruídas por todos os seres humanos e, dentro de suas

possibilidades, empenhar-se em democratizá-las.

o Desenvolver no aluno o espírito de pesquisa, fundamentado na idéia de

que, para compreender a natureza do território, paisagens das imagens e

de vários documentos que possam oferecer informações, ajudando a fazer

sua leitura para desvendar essa natureza.

o Distinguir as grandes unidades de paisagens em seus diferentes graus de

humanização da natureza, inclusive a dinâmica de suas fronteiras, sejam

elas naturais ou históricas, a exemplo das grandes paisagens naturais, as

sócio-políticas como dos Estados-nacionais e cidade-campo.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Dimensão Econômica do Espaço Geográfico

• Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico

• Dinâmica Cultural Demográfica do Espaço Geográfico

• Dimensão Política do Espaço Geográfico

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CONTEÚDOS ESPECÍFICOS POR SÉRIE

5ª SÉRIE:

• Dimensão Econômica do Espaço Geográfico

o Sistemas de produção industrial;

o Empresas agrícolas e agroindustrial;

o Economia e desigualdades sociais;

o As diferenças na produção agrícola mundial;

o Sistemas de produção agrícola;

o O comércio e a prestação de serviços;

o Construção e desenvolvimento de diferentes espaços com base na

economia local.

• Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico

o As eras geológicas: a formação e espacialização dos recursos naturais;

o A origem do Planeta Terra e a deriva continental;

o Rochas e minerais: formação e espacialização natural, alterações

antrópicas e desafios para a sustentabilidade;

o O espaço urbano e rural e suas paisagens;

o Problemas ambientais no campo;

o Classificação e espacialização dos fenômenos atmosféricos e mudanças

climáticas;

o Distribuição espacial e as conseqüências sócioambientais dos

desmatamentos, da chuva ácida, do buraco na camada de ozônio, do

efeito estufa, entre outros;

o Os principais problemas ambientais urbanos.

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• Dinâmica Cultural Demográfica do Espaço Geográfico

o Êxodo rural e sua influência na configuração espacial urbana e rural;

o Consumo, consumismo e cultura: as influências dos meios de

comunicação nas manifestações culturais e na (re) organização social do

espaço geográfico;

o Diferentes grupos socioculturais e suas marcas na paisagem.

• Dimensão Política do Espaço Geográfico

o Orientação e localização como elemento de domínio do espaço;

o Paisagem, espaço e lugar;

o Cartografia;

o Recursos energéticos e as atividades econômicas;

o Movimentos sociais e os conflitos no campo;

o Biopirataria.

6ª SÉRIE:

• Dimensão Econômica do Espaço Geográfico

o (Re) organização econômica da produção no espaço rural e urbano;

o Tipos de indústrias, agroindústrias e sua distribuição no espaço geográfico

em nível mundial, nacional, regional e local;

o O setor de serviços e a reorganização do espaço geográfico (comércio,

turismo, energia, entre outros);

o Sistemas (redes) de produção industrial, econômica, política e sua

espacialidade.

• Dimensão Política do Espaço Geográfico

o Formação espacial dos Estados Nacionais;

o Formação e organização do espaço brasileiro a partir de políticas

econômicas, manifestações culturais e sócioambientais.

• Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico

o Ambiente urbano e rural;

o Sistemas de energia;

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o Ocupação de áreas irregulares;

o Desigualdades sociais e problemas ambientais;

o Interdependência entre homem e natureza;

o Rios e bacias hidrográficas brasileiras e do Paraná;

o Formação vegetal do Brasil e do Paraná – desmatamento;

o Ocupação e organização do espaço paranaense.

• Dinâmica Cultural Demográfica do Espaço Geográfico

o O êxodo rural;

o Urbanização e favelização no Brasil;

o Fatores e tipos de migrações e imigrações – suas influências no espaço

geográfico e cultura afro-brasileira;

o Movimento migratório do Paraná;

o Estrutura etária da população brasileira;

o A população brasileira: miscigenação de povos;

o Análise de dados do IBGE sobre a população brasileira;

7ª SÉRIE:

• Dimensão Econômica do Espaço Geográfico

o Sistemas de circulação de mercadorias, pessoas, capitais e informações;

o Sistema de produção industrial;

o Globalização;

o A inserção do Paraná na globalização;

o Acordos e blocos econômicos;

o Economia e desigualdades sociais mundiais e no Paraná;

o Dependência tecnológica.

• Dimensão Política do Espaço Geográfico

o Diferentes tipos de regionalizações do mundo e suas diversas paisagens

naturais;

o Desigualdades dos países: norte x sul;

o Conflitos mundiais;

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o Órgãos internacionais (ONU, FMI, OMC...);

o Neoliberalismo;

o Narcotráfico;

o Cartografia.

• Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico

o As eras geológicas;

o A teoria da deriva continental e placas tectônicas;

o Impactos ambientais.

• Dinâmica Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico

o Fatores e tipos de imigrações e suas influências no espaço geográfico –

cultura afro-brasileira;

o Histórias das migrações mundiais;

o Conflitos étnico-religiosos e políticos na América Latina;

o Estudo de como o continente africano se configurou espacialmente: as (re)

divisões territoriais;

o Localização no mapa e pesquisar sobre a atualidade de alguns países;

o Discussões a respeito de prática de segregação racial.

8ª SÉRIE:

• Dimensão Econômica do Espaço Geográfico

o Globalização;

o Sistema de produção industrial;

o Acordos e blocos econômicos.

• Dimensão Política do Espaço Geográfico

o Guerra Fria;

o Conflitos mundiais;

o Políticas ambientais;

o Órgãos internacionais (FMI, ONU, OMC...);

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o Neoliberalismo;

o Biopirataria;

o Meio ambiente e desenvolvimento;

o Terrorismo;

o Cartografia;

o Narcotráfico.

• Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico

o Movimentos sócioambientais;

o Desmatamentos;

o Chuvas ácidas;

o Efeito estufa;

o Impactos ambientais;

o Desigualdades sociais e problemas ambientais;

o Problemas ambientais do Paraná.

• Dinâmica Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico

o Urbanização e favelização;

o História das migrações mundiais;

o Formação e conflitos étnico-religiosos no contexto mundial;

o Conflitos raciais e a cultura afro-brasileira;

o Consumo e consumismo;

o Identidade nacional.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

A disciplina de Geografia busca abordar o espaço natural e humano,

pesquisar e compreender as relações homem - natureza.

No processo de ensino e aprendizagem a Geografia busca analisar a

realidade do aluno, partindo do local para o global, facilitando assim, a compreensão

do mundo globalizado a partir das questões, quais sejam: onde ocorre o fato, por

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que ocorre nesse lugar e não em outro; como é esse lugar; por que os objetos estão

dispostos dessa maneira; quais significados podem ser atribuídos ao ordenamento

espacial e possíveis conseqüências.

A Geografia como ciência social deve direcionar os educandos a

compreender o mundo onde vivem, tornando-os críticos e participativos.

Os desdobramentos recebem ênfase específica de cada conteúdo

estruturante, uma vez que envolvem a realidade concreta nas dimensões

socioambiental , cultural, demográfica, econômica e política do espaço, em diversas

escalas geográficas, abordados numa linguagem cartográfica, de forma aprofundar o

conhecimento e apreensão do aluno; de ações cotidianas que permitem a

discussão, problematização e reflexão das temáticas.

O professor de Geografia deverá respeitar e conhecer a Lei 10639/03, a qual

torna obrigatória abordar temas que envolvam os conteúdos relacionados a história

e cultura afro-brasileira e africana. Pode-se ser trabalhado nas diferentes séries

através de mapas, textos, imagens, fatos, filmes, teatros que contenham diversos

conhecimentos sobre: a população brasileira – miscigenação, distribuição espacial

dos afros-descendentes no Brasil e no mundo, a contribuição do negro na

construção da nação brasileira, o movimento do povo africano no tempo e no

espaço, relação do trabalho e renda, colonização do africano se configurou

espacialmente e práticas de segregação racial.

O estudo do conteúdo deve possibilitar ao aluno que compreenda o espaço

onde está inserido, a partir das relações estabelecidas com o mundo globalizado

para que estes ampliem sua compreensão acerca do mundo real, na esfera local,

regional e nacional.

A educação do campo, o tema questão agrária é importante para a

compreensão das atividades humanas produtivas pelos povos do campo, como

forma de reflexão sobre a organização produtiva na sociedade capitalista.

Com as transformações políticas, econômicas e sociais, o processo produtivo

na construção do espaço, são movidos por interesses econômicos e pelas relações

de poder geradas por essas transformações. Diante desse contexto, o ensino de

Geografia deve contemplar os Desafios Educacionais Contemporâneos, como:

Educação Fiscal. Sexualidade Humana, Enfrentamento de Violência, Prevenção ao

Uso Indevido de Drogas e Educação Ambiental; visando a formação do cidadão

diante das necessidades do mundo atual para análise do espaço geográfico e a

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compreensão da relação entre o global e o local caracterizados por suas

configurações socioespaciais, numa perspectiva crítica e consciente da realidade na

qual encontra-se inserido.

Sempre que necessário serão feitas as adaptações curriculares e

metodológicas de acordo com as necessidades dos alunos, para atender a

diversidade dos sujeitos sociais presentes na escola. Nesta perspectiva a escola se

propõe a trabalhar com a Educação Inclusiva que é uma realidade na sociedade

contemporânea.

AVALIAÇÃO

O processo de avaliação é realizado de forma diagnóstica, contínua,

cumulativa, processual e somativa, na qual os aspectos qualitativos estão

sobrepostos aos quantitativos, pois visa refletir o desenvolvimento integral do aluno,

considerando as características individuais de cada um.

O processo de avaliação deve ser de maneira a contemplar o desempenho

dos alunos por meio de leitura, interpretação de textos, fatos, acontecimentos,

leitura, interpretação de imagens e mapas; apresentações de pesquisas, testes orais

e provas escritas.

A partir das formas de avaliação apresentadas será possível verificar se o

aluno aprendeu os conceitos geográficos básicos e o entendimento das relações

socioespaciais, as relações de poder, de espaço-tempo e de sociedade-natureza

para compreender o espaço nas diversas escalas geográficas; com clareza de

idéias, capacidade de argumentação e conclusão dos conteúdos trabalhados,

mediante a participação do aluno em atividades individuais e coletivas para que se

torne sujeito do processo de aprendizagem.

A recuperação paralela de conteúdos será realizada quando necessária

através da retomada do conteúdo, a partir de um novo encaminhamento e avaliação

específica para cada situação.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL, Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a

Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-

Brasileira e Africana. Distrito Federal, 2005.

FLOR DA SERRA, Esc. Est. De – Ensino Fundamental. Projeto Político-

Pedagógico da Escola. Realeza, 2007.

PARANÁ, Secretaria De Estado da Educação Do. Diretrizes Curriculares Da Rede

Pública De Educação Básica Do Estado Do Paraná – Geografia. Curitiba, 2006.

_____. Cadernos Temáticos: Educação do Campo. Curitiba, 2005.

_____. Cadernos Temáticos: Educando para as Relações Étnico-raciais. Curitiba,

2006.

_____. Cadernos Temáticos: História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Curitiba,

2005.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA

ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A História tem como objeto de estudo as ações e as relações humanas que

são praticadas no tempo, tendo ou não consciência das ações definidas como

estrutura sócio históricos que estão na forma de agir, de pensar ou raciocinar, de

representar, de imaginar de instituir e de se relacionar social, cultural e

politicamente. Através da investigação histórica de relações humanas internas e

externas, com produção do conhecimento histórico, com métodos específicos

baseados na explicação dos fatos. Com finalidade de expressar o processo de

produção de conhecimento humano voltado para interpretação do pensamento

histórico, para a compreensão deste conhecimento da historiografia possui

diferentes formas de explicar as investigações e as experiências dos sujeitos.

O ensino de História, após a implantação do Regime Militar (1964), manteve

seu caráter estritamente político, pautado no estudo de fontes oficiais e narrado

apensa do ponto de vista factual.

A partir da Lei nº 5692/71, o Estado organizou o Primeiro Grau de oito anos

e o Segundo Grau profissionalizante. O ensino centrou-se numa formação tecnicista,

voltada à preparação de mão-de-obra para o mercado de trabalho.

Apesar dos PCN´s proporem uma valorização do ensino humanístico, a

preocupação era preparar o indivíduo para o mercado de trabalho, cada vez mais

competitivo e tecnológico, principalmente no Ensino Médio.

Essa situação repercutiu na Rede Pública Estadual do Paraná quando

reduziu a carga horária da disciplina de História a partir da aprovação da

Deliberação 14/99 pelo Conselho Estadual da Educação, que dividiu a carga horária

da matriz curricular em base nacional comum (75%) e parte diversificada (25%).

A SEED organizou um projeto de formação continuada para os professores

da disciplina, articulada ao processo de construção de diretrizes curriculares,

visando a definição de orientações comuns ao ensino de História para a rede pública

estadual, incluindo os conteúdos de História do Paraná, Cultura Afro-brasileira e

Africana, Cultura Indígena, seguida das “Diretrizes Curriculares Nacionais para a

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Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História, e Cultura Afro-

brasileira e Africana”.

A organização do currículo para o ensino de História terá como referência os

conteúdos estruturantes, entendidos como os saberes que aproximam e organizam

os campos da História e seus objetos. Os conteúdos estruturantes são identificados

no processo histórico da constituição da disciplina e no referencial teórico atual que

sustenta os campos de investigação da História política, econômico-social e cultural,

a luz da Nova Esquerda Inglesa e da Nova História Cultural.

OBJETIVOS

o Desenvolver no educando o gosto pela pesquisa, leitura, bem como o

conhecimento dos fatos históricos das primeiras civilizações à atualidade

nos âmbitos culturais, econômicos, sociais e políticos, para que o aluno

desenvolva a reflexão e um senso crítico construtivo que o permita

compreender as origens das desigualdades sociais contemporâneas para

que se tornem seres conscientes e participantes para contribuir com a

criação de uma sociedade mais justa.

o Compreender a formação e organização das primeiras civilizações com

sua cultura, religião, economia e política, incluindo a ocupação do território

brasileiro pelos diversos aborígines com sua cultura até a chegada do

branco europeu na América.

o Conhecer o processo de colonização até a independência do Brasil,

comparando simultaneamente aos acontecimentos na África, Europa e a

Ásia, com a formação de colônias e a ampliação dos territórios pelos

europeus bem como, a formação do território paranaense e a

miscigenação dos povos nas colônias.

o Despertar o senso crítico construtivo da idéia referentes à nacionalidade

na França, Estados Unidos e Brasil. E a formação da sociedade

envolvendo a América, África, Europa e Ásia, com enfoque à

Emancipação Política do Paraná.

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o Analisar a união e o desmembramento de países na Ásia, Europa e África,

observando a cultura, a economia, a religião na formação social da história

na construção de uma sociedade democrática capitalista com a formação

blocos econômicos (globalização), na atualidade.

o Possibilitar a apreensão de conteúdos e conceitos históricos, a partir do

estudo e análise das diferentes dimensões e contextos históricos;

o Compreender a História como prática social, da qual participam como

sujeitos de seu tempo, uma vez que o conhecimento histórico é produzido

com base no método da problematização de distintas fontes documentais;

o Trabalhar o respeito à diversidade étnico-racial, religiosa, social e

econômica, a partir do conhecimento dos processos históricos;

o Compreender que a produção do conhecimento histórico pode validar,

refutar ou complementar a produção historiográfica já existente;

o Entender as diferentes interpretações de um mesmo acontecimento

histórico, a partir do desenvolvimento da capacidade de argumentação em

relação ao fato histórico.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES e ESPECÍFICOS

CONTEÚDOS POR SÉRIE

5ª SÉRIE:

• Produção do conhecimento histórico:

• O historiador e a produção do conhecimento histórico;

• Tempo, temporalidade;

• Fontes, documentos;

• Patrimônio material e imaterial;

• Pesquisa.

• Articulação da história com outras áreas do conhecimento:

• Arqueologia, antropologia, paleontologia, geografia, geologia,

sociologia, etnologia e outras;

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• Observação: o estudo da produção do conhecimento histórico e a

articulação da História com outras áreas do conhecimento se faz

necessário em todas as séries do ensino fundamental, não

necessariamente no início do ano letivo como está proposto na 5ª

série.

• A humanidade e a história:

• De onde viemos, quem somos, como sabemos?

• Arqueologia no Brasil:

• Lagoa Santa: Luzia (MG);

• Serra da Capivara (PI);

• Sambaquis (PR).

• Surgimento, desenvolvimento da humanidade e grandes migrações:

• Teorias do surgimento do homem na América;

• Mitos e lendas da origem do homem;

• Desconstrução do conceito de Pré-história;

• Povos ágrafos, memória e história oral.

• Povos indígenas no Brasil e no Paraná:

• Ameríndios do território brasileiro;

• Kaigang, Guarani, Xetá e Xokleng.

• As primeiras civilizações na América:

• Olmecas, Mochicas, Tiwanacus, Maias, Incas e Astecas;

• Ameríndios da América do Norte.

• As primeiras civilizações na áfrica, Europa e Ásia:

• Egito, Núbia, Gana e Mali*;

• Hebreus, gregos e romanos*;

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• Observação: não se trata aqui, de “esgotar” a história destas

civilizações, mas sim, levantar alguns aspectos como religiosidade,

organização social...

• A chegada dos europeus na América:

• (Des)encontros entre culturas;

• Resistência e dominação;

• Escravização;

• Catequização.

• Península ibérica nos séculos XIV e XV: cultura, sociedade e política:

• Reconquista do território;

• Religiões: judaísmo, cristianismo e islamismo;

• Comércio (África, Ásia, América e Europa).

• Formação da sociedade brasileira e americana:

• América portuguesa;

• América espanhola;

• América franco-inglesa;

• Organização política-administrativa (capitanias hereditárias,

sesmarias);

• Manifestações culturais (sagrada e profana);

• Organização social (família patriarcal e escravismo);

• Escravização de indígenas e africanos;

• Economia (pau-brasil, cana-de-açúcar e minérios).

• Os reinos e sociedades africanas e os contatos com a Europa:

• Songai, Benin, Ifé, Congo, Monomatapa (Zimbabwe) e outros;

• Comércio;

• Organização política-administrativa;

• Manifestações culturais;

• Organização social;

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• Uso de tecnologias: engenho de açúcar, a batea, construção civil...

6ª SÉRIE

• Expansão e consolidação do território:

• Missões;

• Bandeiras;

• Invasões estrangeiras.

• Consolidação dos estados nacionais europeus e reforma pombalina:

• Reforma e contra-reforma.

• Colonização do território “paranaense”:

• Economia;

• Organização social;

• Manifestações culturais;

• Organização política-administrativa;

• Movimentos de contestação:

• Quilombos (BR e PR);

• Irmandades: manifestações e religiosas-sincretismo;

• Revoltas nazistas e nacionalistas:

• Inconfidência mineira;

• Conjuração baiana;

• Revolta da cachaça;

• Revolta do maneta;

• Guerra dos mascates.

• Independência das treze colônias inglesas da América do norte;

• Diáspora africana;

• Revolução francesa:

• Comuna de Paris;

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• Chegada da família real ao Brasil:

• De Colônia a Reino Unido;

• Missões artístico-científicas;

• Biblioteca nacional;

• Banco do Brasil;

• Urbanização na capital;

• Imprensa régia.

• Invasão napoleônica na península ibérica;

• O processo de independência do Brasil:

• Governo de D. Pedro I;

• Constituição outorgada de 1824;

• Unidade territorial;

• Manutenção da estrutura social;

• Confederação do Equador;

• Província Cisplatina;

• Haitianismo;

• Revoltas regenciais: Malês, Sabinada, Balaiada, Cabanagem,

Farroupilha.

• O processo de independência das Américas:

• Haiti;

• Colônias espanholas.

7ª SÉRIE

• A construção da nação:

• Governo de D. Pedro II;

• Criação do IHGB;

• Lei de Terras, Lei Euzébio de Queiroz – 1850;

• Início da imigração européia;

• Definição do território;

• Movimento Abolicionista e emancipacionista;

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• Revolução industrial e relações de trabalho (XIX e XX):

• Luddismo;

• Socialismos;

• Anarquismo.

• Emancipação política do Paraná (1853):

• Economia;

• Organização social;

• Manifestações culturais;

• Organização política-administrativa;

• Migrações: internas (escravizados, libertos e homens livres pobres) e

externas (europeus);

• Os povos indígenas e a política de terras.

• A guerra do Paraguai e/ou a guerra da tríplice aliança

• O processo de abolição da escravidão:

• Legislação;

• Resistência e negociação;

• Discursos:

• Abolição;

• Imigração – senador Vergueiro;

• Branqueamento e miscigenação (Oliveira Vianna, Nina Rodrigues,

Euclides da Cunha, Silvio Romero, no Brasil, Sarmiento na

Argentina).

• Colonização da áfrica e da Ásia;

• Guerra civil e imperialismo estadunidense;

• Carnaval na América latina: entrudo, murga e candomblé;

• Os primeiros anos da república:

• Idéias positivistas;

• Imigração asiática;

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• Oligarquia, coronelismo e clientelismo;

• Movimentos de contestação: campo e cidade;

• Movimentos messiânicos;

• Revolta da vacina e urbanização do Rio de Janeiro;

• Movimento operário: anarquismo e comunismo;

• Paraná:

• Guerra do Contestado;

• Greve de 1917 – Curitiba;

• Paranismo: movimento regionalista – Romário Martins, Zaco Paraná,

Langue de Morretes, João Turim.

• Questão agrária na América Latina:

• Revolução Mexicana.

• Primeira guerra mundial;

• Revolução russa.

8ª SÉRIE

• A semana de 22 e o repensar da nacionalidade:

• Economia;

• Organização social;

• Organização político-administrativa;

• Manifestações culturais;

• Coluna Prestes.

• Crise de 29;

• A “revolução” de 30 e o período Vargas (1930 a 1945):

• Leis trabalhistas;

• Voto feminino;

• Ordem e disciplina no trabalho;

• Mídia e divulgação do regime;

• Criação do SPHAN, IBGE;

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• Futebol e carnaval;

• Contestações à ordem;

• Integralismo;

• Participação do Brasil na II Guerra Mundial.

• Ascensão dos regimes totalitários na Europa;

• Movimentos populares na América Latina;

• Segunda guerra mundial;

• Populismo no Brasil e na América Latina:

• Cárdenas – México;

• Perón – Argentina;

• Vargas, JK, Jânio Quadros e João Goulart – Brasil.

• Independência das colônias afro-asiáticas;

• Guerra fria;

• Construção do Paraná moderno:

• Governos de:

• Manoel Ribas, Moyses Lupion, Bento Munhoz da Rocha Netto e

Ney Braga;

• Frentes de colonização do Estado, criação da estrutura administrativa:

• Copel, Banestado, Sanepar, Codepar...;

• Movimentos culturais;

• Movimentos sociais no campo e na cidade:

• Ex.: Revolta dos colonos década de 50 – Sudoeste;

• Os Xetá.

• O regime militar no Paraná e no Brasil:

• Repressão e censura, uso ideológico dos meios de comunicação;

• O uso ideológico do futebol na década de 70:

• O tricampeonato mundial;

• A criação da liga nacional (campeonato brasileiro);

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• Cinema Novo;

• Teatro;

• Itaipu, Sete Quedas e a questão da terra.

• Guerra fria e os regimes militares na América Latina:

• Política de boa vizinhança;

• Revolução Cubana;

• 11 de setembro no Chile e a deposição de Salvador Allende;

• Censura aos meios de comunicação;

• O uso ideológico do futebol na década de 70;

• A copa da Argentina – 1978.

• Movimentos de contestação no Brasil:

• Resistência armada;

• Tropicalismo;

• Jovem Guarda;

• Novo sindicalismo;

• Movimento Estudantil.

• Movimentos de contestação no mundo:

• Maio de 68 – França;

• Movimento Negro;

• Movimento Hippie;

• Movimentos Homossexual;

• Movimentos Feminista;

• Movimento Punk;

• Movimento ambiental.

• Paraná no contexto atual;

• Redemocratização:

• Constituição de 1988;

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• Movimentos populares rurais urbanos: MST (Movimento dos Sem

Terra), MNLM (Movimento Nacional de Luta pela Moradia), CUT

(Central Única dos Trabalhadores), Marcha Zumbi dos Palmares, etc.;

• Mercosul;

• Alca.

• Fim da bipolarização mundial:

• Desintegração do bloco socialista;

• Neoliberalismo;

• Globalização;

• 11 de setembro nos EUA.

• África e América latina no contexto atual;

• O Brasil no contexto atual:

• A comemoração dos “500 anos do Brasil”: análise e reflexão.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

A importância do ensino da História na construção da consciência histórica e

científica, possibilitando a ênfase no conhecimento histórico relacionando-o com o

tempo e o espaço onde aconteceram marcos determinantes da nossa História. Para

possibilitar a melhor compreensão dos educandos, buscaremos referências em

documentos e registros que comprovem a legitimidade do fato, pois assim é de

fundamental importância para os nossos alunos, a análise dos mesmos, pois é

através desta que formaremos cidadãos mais críticos para sua inserção na

sociedade.

Cabe ao professor problematizar o conhecimento histórico possibilitando ao

educando contextualizar através de diversas fontes e de acervos históricos, uma

visão crítica para sua própria construção do conhecimentos histórico.

Para que nossa metodologia se torne eficaz, será necessário uma

preparação do professor e também alguns meios áudios-visuais, documentos

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111

históricos, sempre lembrando de que é necessário que se faça uma ponte de ligação

entre o passado e o presente.

A partir destes recursos temos como objetivo metodológico que os alunos

adquiram o hábito de problematizar determinadas passagens históricas, não

somente detendo-se no livro didático, mas temos que tê-lo como base de apoio.

Com esta metodologia, nós educadores temos a consciência de que

teremos que nos dedicar para que este processo de aprendizagem se torne

realmente fundamental em nossa escola.

Os desafios educacionais contemporâneos como a Cultura Afro-brasileira e

Africana, Educação Fiscal, Prevenção do Uso Indevido de Drogas, Sexualidade

Humana e Enfrentamento a Violência serão abordados e trabalhados juntamente

com os conteúdos de todas as séries.

Sempre que necessário serão feitas as adaptações curriculares e

metodológicas de acordo com as necessidades dos alunos, para atender a

diversidade dos sujeitos sociais presentes na escola. Nesta perspectiva a escola se

propõe a trabalhar com a Educação Inclusiva que é uma realidade na sociedade

contemporânea.

AVALIAÇÃO

A avaliação será contínua, somativa e cumulativa tendo em vista a

participação do aluno no processo avaliativo, buscando superar as dificuldades

apresentadas pelo educando, respeitando as suas diferenças mediante a construção

do conhecimento.

Para que o ensino-aprendizagem se torne válido, faz-se necessário o

diálogo entre professor e educando. Esse diálogo deve envolver questões relativas

aos critérios adotados por cada conteúdo. Do mesmo modo que a avaliação é de

soma coletiva, também é necessário ao professor uma análise crítica perante o

conhecimento do aluno.

O ensino de História tem como elo de aprendizagem o professor interagindo

com seu educando, a partir deste processo avaliativo, tanto educador quanto

educando constrói um conhecimento a partir de suas experiências em sala de aula.

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A avaliação deverá ser assumida como instrumento de compreensão do

estágio de aprendizagem em que se encontra o aluno.

Na avaliação diagnóstica professor-aluno poderão revistar as práticas

desenvolvidas para identificar as lacunas no processo de ensino e aprendizagem,

bem como planejar e propor outros encaminhamentos para a superação das

dificuldades constatadas.

Os instrumentos de avaliação serão os seguintes: apresentação de pesquisa

escrita, oralidade individual, debates, prova escrita ou oral, painéis, resoluções de

atividades escritas.

Ao longo do Ensino Fundamental serão observados na avaliação dos alunos

os seguintes critérios:

• Se os conteúdos e conceitos históricos estão sendo apropriados;

• Se o conceito de tempo foi construído de forma a permitir o estudo das

diferentes dimensões e contextos históricos propostos para o nível de

ensino em questão;

• Se empregam conceitos históricos para analisar diferentes contextos;

• Se compreendem a História como prática social, da qual participam como

sujeitos de seu tempo;

• Se analisam as diferentes conjunturas históricas a partir das dimensões

econômico-social, política e cultural no Ensino Fundamental;

• Se compreendem que o conhecimento histórico é produzido com base no

método da problematização de distintas fontes documentais, a partir das

quais o pesquisador produz a narrativa histórica;

• Se explicitam o respeito à diversidade étnico-racial, religiosa, social e

econômica, a partir do conhecimento dos processos históricos;

• Se compreendem que a produção do conhecimento histórico pode

validar, refutar ou complementar a produção historiográfica já existente.

• Capacidade de argumentação em relação ao fato histórico.

• Compreensão de diferentes interpretações de um mesmo acontecimento

histórico.

• Compreensão de diferentes contextos.

A recuperação paralela ocorrerá sempre que o professor verificar que o

educando não se apropriou do conteúdo, assim o mesmo será retomado, bem como,

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a avaliação com os alunos a fim de situá-los como parte de com coletivo, em que a

responsabilidade pelo e com o grupo seja assumida com vistas à aprendizagem de

todos.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRUNO, Ernani Silva. História do Brasil Geral e Regional. 2ª ed. São Paulo:

Cultrix, 1996.

BURKE, Peter. A escrita da História. Tradução: Magda Lopes – UNESP.

DOMINGUES, Joelza Ester; LEITE, Laila Paranhos. Brasil uma Perspectiva

Histórica. Vol. 1. São Paulo: FTD, 1983.

FLOR DA SERRA, Esc. Est. De – Ensino Fundamental. Projeto Político

Pedagógico. Realeza: 2007.

GOMES, Íria Zanoni. 1957- A revolta dos Posseiros. 3ª ED. Curitiba: Criar

Edições, 2005.

HOBSBAWM, Eric. Sobre História. São Paulo: Cia das Letras, 1998.

LAZIER, Hermógenes. Paraná: Terra de todas as gentes. Francisco Beltrão: Eraft,

2003.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação de Aprendizagem Escolar: Estudos e

Proposições. 17ª ed. São Paulo: Cortez, 2005.

PARANÁ, Secretaria De Estado Da Educação. Diretrizes Curriculares Da Rede

Pública De Educação Básica Do Estado Do Paraná: História. Curitiba: SEED-PR,

2006.

_____. Cadernos Temáticos: Educação do Campo. Curitiba, 2005.

_____. Cadernos Temáticos: Educando para as Relações Étnico-raciais. Curitiba,

2006.

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115

_____. Cadernos Temáticos: História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Curitiba,

2005.

MARTINS, Rubens da Silva. Entre Jagunços e Posseiros. Curitiba: 1986.

SCHMIDT, Mário Furley. Nova História Crítica. São Paulo: Nova Geração, 2005.

SERIACOPI, Gislaine Campos Azevedo; SERIACOPI, Reinaldo. História. volume

único, 1 ed. São Paulo: Ática, 2005.

VICENTINO, Cláudio. História Geral. São Paulo: Scipione, 2000.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA

ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Língua Portuguesa como disciplina escolar passou a integrar os currículos

escolares brasileiros aproximadamente no século XIX, resultante do confronto de

culturas.

Não havia uma educação em moldes institucionais, mas sim de práticas

restritivas à alfabetização, determinadas pelo poder político social e de organização

e controlo de classes do que pelo pedagógico.

O estudo da Língua Portuguesa foi incluído no currículo sob normas

gramaticais Retórica e Poética, tornando obrigatório o ensino da Língua Portuguesa

no Brasil.

A lei 5692/71 amplia e aprofunda a vinculação dispondo que o ensino devia

estar voltado à qualificação para o trabalho. Desse vínculo decorrem para o ensino,

a instituição de uma pedagogia tecnicista, não aprimorando as capacidades

lingüísticas. O ensino da Língua Portuguesa era voltado em exercícios estruturais,

técnicos de redação, treinamentos de habilidades de leitura.

A dimensão tradicional de ensino da língua cedeu espaço a novos

paradigmas envolvendo questões de uso contextuais, valorizando o texto como

unidade fundamental de análise.

Segundo Bakhtin, a Língua Portuguesa configura o espaço de interação entre

sujeitos que se constituem através dessa interação.

Pretende-se uma prática pedagógica que enfrente o normativismo e o

estruturalismo e na literatura, uma perspectiva de análise mais profunda dos textos,

bem como a preposição de textos significativos e com menos ênfase na conotação

moralista.

A ação pedagógica deve privilegiar o contato real do estudante com a

multiplicidade de textos orais escritos, concretos, verbais e não verbais e únicos que

emanam dos integrantes de uma ou de outra esfera da atividade humana: as artes

visuais, a música, o cinema, a fotografia, a semiologia gráfica, o vídeo, a televisão,o

rádio, a publicidade, os quadrinhos, as charges, a multimídia, e todas as formas

inforgráficas ou qualquer meio de linguagem criado pelo homem, e que circulam

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socialmente. O texto é assim visto como lugar onde os participantes da interação

dialógica se constroem e são construídos. Todo texto é, assim, articulação de

discussões, vozes que se materializam, ato humano, é a linguagem em uso efetivo.

É a dimensão dialógica da linguagem presente em atividades que possibilitam aos

alunos e professores experiências reais do uso da língua materna.

A língua não é algo pronto, à disposição dos falantes. Nessa perspectiva, vale

esclarecer as implicações do termo discurso, na sua origem, o termo significa curso,

percurso, corpos, movimento.

Portanto, o discurso não pode ser encarado como mera mensagem, um

simples esquema onde há emissor, receptor, código, referente e mensagem. O

discurso é muito mais, é efeito de sentidos entre interlocutores, não é individual, ou

seja, não é um fim em si mesmo, mas tem sua gênese sempre numa atividade

responsiva a outros textos (Baktin, 1996).

As práticas da linguagem enquanto fenômeno de uma interlocução viva,

potencializa todas as áreas do agir humano numa perspectiva interdisciplinar.

OBJETIVO

Destaque-se o potencial da Literatura para trazer sabor ao saber, fazer girar

saberes, não fixa, não fetichiza nenhum deles.[...] A literatura não diz que sabe

alguma coisa, mas que sabe de alguma coisa, ou melhor: que ela sabe algo das

coisas – que sabe muito dos homens (Barthes, 1989, p.19).

Tendo em vista a concepção de língua como discurso que se efetiva nas diferentes

práticas sociais, o objetivo a seguir fundamentará o processo de ensino.

Empregar a língua oral e a escrita e a literatura em diferentes situações de

uso, sabendo adequá-las a cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções

que estão implícitas, posicionando-se diante do mesmo, considerando-se os

interlocutores, os seus objetivos, o assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e

o contexto de produção/ leitura; refletindo sobre os textos produzidos, lidos ou

ouvidos, atualizando o gênero e o tipo de texto, assim como os elementos

gramaticais, a capacidade de pensamento e a sensibilidade estética dos alunos,

propiciando a constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do

trabalho com as práticas da oralidade, da leitura e da escrita.

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

O objeto de estudo da disciplina da Língua Portuguesa e Literatura é a Língua

em uso, enquanto prática social (conteúdo estruturante), desdobrando em três

práticas: leitura, escrita e oralidade. A consciência só é adquirida por meio da

linguagem e é através dela que os sujeitos começam a intervir no real.

○ PRÁTICA DA ORALIDADE: para Marcuschi, a oralidade é vista como uma

“prática social interativa”, utilizada em momentos de comunicação através

de vivências cotidianas que favoreça, habilidades de falar e ouvir como:

histórias de família, da comunidade, filme, livro, depoimentos de situações

vividas pelo próprio aluno ou pessoa de seu convívio, emitir opiniões,

justificas ou defender opções tomadas, colher e dar informações, fazer e

dar entrevistas, apresentar resumos, dar avisos, fazer convites, relato e

acontecimentos, debates, seminários e outras atividades que possibilitem

o desenvolvimento da argumentação.

○ PRÁTICA DA LEITURA: para Baktin, o texto deve ser entendido como

veículo de intervenção no mundo e a produção social. Para isso é

necessário propor uma infinidade de textos, a fim de desenvolver a

subjetividade do aluno, considerar a preferência e a opinião dele ao

selecioná-los, criar momentos em que os alunos exponham suas idéias,

opiniões e experiências de leitura.

○ PRÁTICA DA ESCRITA: a escrita deve ser pensada e trabalhada em uma

perspectiva discursiva que aborda o texto como unidade potencializadora

de sentidos através da prática textual. Não ligada apenas à norma padrão,

pois a assimilação da escrita em que não há reducionismo lingüístico,

arbritarismo e a desconsideração pela linguagem do aluno tende a ser

mais eficiente.

○ PRÁTICA LINGÜÍSTICA: a prática lingüística deve perpassar as três

práticas, visto que é através da mesma que acontecerá o aprimoramento

destas. Deve haver o entendimento de que é através da reflexão sobre a

Língua, que abarca a gramática, mas uma gramática funcional,

contextualizada onde sejam estudados os recursos estílicos: os aspectos

textuais como coesão e coerência internas do texto, intencionalidade,

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intertextualidade, contextualização, análise dos recursos expressivos e

outros. Desta forma, a reflexão e a prática de análise lingüística estarão

centradas no texto = produção social – escrito, lido, falado e ouvido.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS POR SÉRIE

5ª SÉRIE

PRÁTICA DA LEITURA:

o Textos relacionados ao imaginário infantil: o conto maravilhoso, a lenda, e

a fábula, ao universo infantil, à psicologia, aos valores e a sensibilidade da

criança;

o Textos relacionados à comunicação humana e as linguagens afro-

descendente;

o Comunicação e interação;

o Textos que dizem respeito à questão de identidade da criança;

o Leitura de histórias em quadrinhos, Cartum, painéis, anedotas, cartões,

gírias, fábulas, poema, anúncio de turismo, cantigas de roda, bilhetes,

recados, certidão de nascimento, notícias, textos jornalísticos.

PRÁTICA DA ORALIDADE:

o Diálogo;

o Leitura enfática de textos;

o Histórias em quadrinhos;

o Dramatização;

o Relato pessoal

o Depoimentos;

o Declamação de poesias;

o Debate sobre o racismo, presença do negro na mídia, no mercado de

trabalho.

PRÁTICA DA ESCRITA:

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o Produção de textos;

o Cartão postal;

o Carta-pessoal;

o E-mail;

o Diálogo;

o Narrativo (relatos pessoais, depoimentos, mídia impressa, televisão,

cinema, debate, danças, filmes, pintura, escultura...);

o Descritivo;

o História em quadrinhos;

o Interferências (canção, textos dramáticos, pesquisas, romance, poema,

conto, contos de fadas, fábulas, lendas, mitos, quadrinhos, cantigas de

roda) africanas e indígenas na língua portuguesa;

ANÁLISE LINGÜÍSTICA:

A abordagem dos conteúdos de todas as séries será considerado todos os

conhecimentos anteriores dos alunos em relação ao que se pretende ensinar, o nível

de aprofundamento possível de cada conteúdo em função das possibilidades de

compreensão dos alunos nos diferentes momentos do seu processo de

aprendizagem. A ampliação do nível de complexidade dos diferentes conteúdos será

feita conforme autonomia lingüística adquirida pelos alunos na realização das

práticas textuais e discursivas:

o Adequação do discurso ao contexto, intenções e interlocutor(es);

o Os elementos lingüísticos do texto como pistas, marcas, indícios da

enunciação:

o A função das conjunções na conexão de sentido do texto;

o Os operadores argumentativos e a produção de efeitos de sentido

provocados no texto;

o O efeito do uso de certas expressões que revelam a posição do falante em

relação ao que diz (ou o uso das expressões modalizadoras (ex:

felizmente, comovedoramente, principalmente, provavelmente,

obrigatoriamente, etc.);

o Os discursos direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que

falam no texto;

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o Importância dos elementos de coesão e coerência na construção do texto;

o Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto;

o A função do adjetivo, advérbio, e de outras categorias como elementos

adjacentes aos núcleos nominais e predicativos;

o A função do advérbio: modificador e circunstanciador;

o O uso do artigo como recurso referencial e expressivo em função da

intencionalidade do conteúdo textual;

o Relações semânticas que as preposições e os numerais estabelecem no

texto;

o A pontuação como recurso sintático e estilístico em função dos efeitos de

sentido, entonação e ritmo, intenção, significação e objetivos do texto;

o Recursos gráficos e efeitos de uso, como: aspas, travessão, negrito,

itálico, sublinhado, parênteses, etc;

o Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e

seqüenciação do texto;

o Valor sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e

seqüenciação do texto;

o Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais em função dos

propósitos do texto, estilo composicional e natureza do gênero discursivo;

o A elipse na seqüência do texto;

o A representação do sujeito no texto (expresso/elíptico;

determinado/indeterminado; ativo/passivo) e a relação com as intenções

do texto;

o O procedimento de concordância entre o verbo e a expressão sujeito da

frase;

o Os procedimentos de concordância entre o substantivo e seus termos

adjuntos;

o Figuras de linguagem e os efeitos de sentido (efeitos de humor, ironia,

ambigüidade, exagero, expressividade, etc.);

o As marcas lingüísticas dos tipos de textos e da composição dos diferentes

gêneros;

o As particularidades lingüísticas do texto literário;

o As variações lingüísticas;

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o Neologismo e os mecanismos de ressignificação de palavras já existentes;

o A intenção do uso dos estrangeirismos, a sua adaptação aos padrões

gramaticais da língua importadora e seus valores.

6ª SÉRIE

PRÁTICA DA LEITURA:

o Leitura de textos do cotidiano: cartoons, charges, guias de cinema,

anúncios publicitários, quadrinhos, gráficos, certidão de nascimento e

jornais;

o Textos relacionados aos heróis de cinema, da mitologia e dos quadrinhos,

às diferenças humanas, às viagens, à leitura, à poesia e ao poeta, à

cultura afro-descendente;

o Leitura, compreensão e interpretação de textos.

PRÁTICA DA ORALIDADE:

o Exercícios para desenvolver pontuação, entonação e ênfase;

o Leitura de textos diversos (literários, jornalísticos, humorísticos...);

o Declamação de poesia;

o Relatos e depoimentos;

o Contação de histórias;

o Dramatização;

o Apresentação de trabalhos;

o Discriminação social e racial.

PRÁTICA DA ESCRITA:

o Produção de textos narrativos, descritivos, poesias, de opinião, contos de

origem africana;

ANÁLISE LINGÜÍSTICA:

A abordagem dos conteúdos de todas as séries será considerado todos os

conhecimentos anteriores dos alunos em relação ao que se pretende ensinar, o nível

de aprofundamento possível de cada conteúdo em função das possibilidades de

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compreensão dos alunos nos diferentes momentos do seu processo de

aprendizagem. A ampliação do nível de complexidade dos diferentes conteúdos será

feita conforme autonomia lingüística adquirida pelos alunos na realização das

práticas textuais e discursivas:

o Adequação do discurso ao contexto, intenções e interlocutor(es);

o Os elementos lingüísticos do texto como pistas, marcas, indícios da

enunciação:

o A função das conjunções na conexão de sentido do texto;

o Os operadores argumentativos e a produção de efeitos de sentido

provocados no texto;

o O efeito do uso de certas expressões que revelam a posição do falante em

relação ao que diz (ou o uso das expressões modalizadoras (ex:

felizmente, comovedoramente, principalmente, provavelmente,

obrigatoriamente, etc.);

o Os discursos direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que

falam no texto;

o Importância dos elementos de coesão e coerência na construção do texto;

o Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto;

o A função do adjetivo, advérbio, e de outras categorias como elementos

adjacentes aos núcleos nominais e predicativos;

o A função do advérbio: modificador e circunstanciador;

o O uso do artigo como recurso referencial e expressivo em função da

intencionalidade do conteúdo textual;

o Relações semânticas que as preposições e os numerais estabelecem no

texto;

o A pontuação como recurso sintático e estilístico em função dos efeitos de

sentido, entonação e ritmo, intenção, significação e objetivos do texto;

o Recursos gráficos e efeitos de uso, como: aspas, travessão, negrito,

itálico, sublinhado, parênteses, etc;

o Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e

seqüenciação do texto;

o Valor sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e

seqüenciação do texto;

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o Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais em função dos

propósitos do texto, estilo composicional e natureza do gênero discursivo;

o A elipse na seqüência do texto;

o A representação do sujeito no texto (expresso/elíptico;

determinado/indeterminado; ativo/passivo) e a relação com as intenções

do texto;

o O procedimento de concordância entre o verbo e a expressão sujeito da

frase;

o Os procedimentos de concordância entre o substantivo e seus termos

adjuntos;

o Figuras de linguagem e os efeitos de sentido (efeitos de humor, ironia,

ambigüidade, exagero, expressividade, etc.);

o As marcas lingüísticas dos tipos de textos e da composição dos diferentes

gêneros;

o As particularidades lingüísticas do texto literário;

o As variações lingüísticas;

o Neologismo e os mecanismos de ressignificação de palavras já existentes;

o A intenção do uso dos estrangeirismos, a sua adaptação aos padrões

gramaticais da língua importadora e seus valores.

7ª SÉRIE

PRÁTICA DA ORALIDADE:

o Exercícios para desenvolver pontuação, entonação, ênfase;

o Contação de anedotas e casos engraçados;

o Declamação e dramatização;

o Conversação e debates com os temas trabalhados em aula;

o Apresentação de trabalhos;

o Depoimentos/ discurso oral.

PRÁTICA DA LEITURA:

o Leitura de textos relacionados ao humor, à adolescência, ao consumismo,

às questões ecológicas, aos valores humanos, discriminação social e

racial entre outras;

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125

o Leitura de charges, cartoons, quadrinhos, anúncios, embalagens, poesias,

cartas, livros de literatura periódicos;

o Leitura, compreensão e interpretação de textos.

PRÁTICA DA ESCRITA:

o Produção de textos teatrais, crônica, textos publicitários, anúncios

classificados, entrevista, textos de opinião;

ANÁLISE LINGÜÍSTICA:

A abordagem dos conteúdos de todas as séries será considerado todos os

conhecimentos anteriores dos alunos em relação ao que se pretende ensinar, o nível

de aprofundamento possível de cada conteúdo em função das possibilidades de

compreensão dos alunos nos diferentes momentos do seu processo de

aprendizagem. A ampliação do nível de complexidade dos diferentes conteúdos será

feita conforme autonomia lingüística adquirida pelos alunos na realização das

práticas textuais e discursivas:

o Adequação do discurso ao contexto, intenções e interlocutor(es);

o Os elementos lingüísticos do texto como pistas, marcas, indícios da

enunciação:

o A função das conjunções na conexão de sentido do texto;

o Os operadores argumentativos e a produção de efeitos de sentido

provocados no texto;

o O efeito do uso de certas expressões que revelam a posição do falante em

relação ao que diz (ou o uso das expressões modalizadoras (ex:

felizmente, comovedoramente, principalmente, provavelmente,

obrigatoriamente, etc.);

o Os discursos direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que

falam no texto;

o Importância dos elementos de coesão e coerência na construção do texto;

o Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto;

o A função do adjetivo, advérbio, e de outras categorias como elementos

adjacentes aos núcleos nominais e predicativos;

o A função do advérbio: modificador e circunstanciador;

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126

o O uso do artigo como recurso referencial e expressivo em função da

intencionalidade do conteúdo textual;

o Relações semânticas que as preposições e os numerais estabelecem no

texto;

o A pontuação como recurso sintático e estilístico em função dos efeitos de

sentido, entonação e ritmo, intenção, significação e objetivos do texto;

o Recursos gráficos e efeitos de uso, como: aspas, travessão, negrito,

itálico, sublinhado, parênteses, etc;

o Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e

seqüenciação do texto;

o Valor sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e

seqüenciação do texto;

o Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais em função dos

propósitos do texto, estilo composicional e natureza do gênero discursivo;

o A elipse na seqüência do texto;

o A representação do sujeito no texto (expresso/elíptico;

determinado/indeterminado; ativo/passivo) e a relação com as intenções

do texto;

o O procedimento de concordância entre o verbo e a expressão sujeito da

frase;

o Os procedimentos de concordância entre o substantivo e seus termos

adjuntos;

o Figuras de linguagem e os efeitos de sentido (efeitos de humor, ironia,

ambigüidade, exagero, expressividade, etc.);

o As marcas lingüísticas dos tipos de textos e da composição dos diferentes

gêneros;

o As particularidades lingüísticas do texto literário;

o As variações lingüísticas;

o Neologismo e os mecanismos de ressignificação de palavras já existentes;

o A intenção do uso dos estrangeirismos, a sua adaptação aos padrões

gramaticais da língua importadora e seus valores.

8ª SÉRIE

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127

PRÁTICA DA ORALIDADE:

o Palavras e textos de origem africana e indígena;

o Contação de histórias;

o Declamação de poesias;

o Leitura de imagens;

o Notícias;

o Cartum;

o Leitura enfática de textos;

o Painel;

o Depoimentos;

o Debates;

o Discurso oral;

o Seminário;

o Dramatização.

PRÁTICA DA LEITURA:

o Textos relacionados à juventude: crônica, poesia;

o Textos científicos;

o Pichações;

o Textos relacionados a valores;

o Anúncios;

o Textos relacionados ao amor;

o Folhetos;

o Textos relacionados à mídia;

o Cartum;

o Notícias;

o Temas relacionados a cultura afro-descendente: música, contos, folclore e

danças.

PRÁTICA DA ESCRITA:

o Produção de textos;

o Canto;

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128

o Argumentativo;

o Dissertativo;

o Crônica;

o Literários;

o Textos de imprensa;

o Textos de divulgação científica;

ANÁLISE LINGÜÍSTICA:

A abordagem dos conteúdos de todas as séries será considerado todos os

conhecimentos anteriores dos alunos em relação ao que se pretende ensinar, o nível

de aprofundamento possível de cada conteúdo em função das possibilidades de

compreensão dos alunos nos diferentes momentos do seu processo de

aprendizagem. A ampliação do nível de complexidade dos diferentes conteúdos será

feita conforme autonomia lingüística adquirida pelos alunos na realização das

práticas textuais e discursivas:

o Adequação do discurso ao contexto, intenções e interlocutor(es);

o Os elementos lingüísticos do texto como pistas, marcas, indícios da

enunciação:

o A função das conjunções na conexão de sentido do texto;

o Os operadores argumentativos e a produção de efeitos de sentido

provocados no texto;

o O efeito do uso de certas expressões que revelam a posição do falante em

relação ao que diz (ou o uso das expressões modalizadoras (ex:

felizmente, comovedoramente, principalmente, provavelmente,

obrigatoriamente, etc.);

o Os discursos direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que

falam no texto;

o Importância dos elementos de coesão e coerência na construção do texto;

o Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto;

o A função do adjetivo, advérbio, e de outras categorias como elementos

adjacentes aos núcleos nominais e predicativos;

o A função do advérbio: modificador e circunstanciador;

Page 129: ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA - Ensino Fundamental e Médio · apresentaÇÃo da disciplina ... ensino mÉdio ... proposta pedagÓgica curricular de lÍngua portuguesa/literatura

129

o O uso do artigo como recurso referencial e expressivo em função da

intencionalidade do conteúdo textual;

o Relações semânticas que as preposições e os numerais estabelecem no

texto;

o A pontuação como recurso sintático e estilístico em função dos efeitos de

sentido, entonação e ritmo, intenção, significação e objetivos do texto;

o Recursos gráficos e efeitos de uso, como: aspas, travessão, negrito,

itálico, sublinhado, parênteses, etc;

o Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e

seqüenciação do texto;

o Valor sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e

seqüenciação do texto;

o Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais em função dos

propósitos do texto, estilo composicional e natureza do gênero discursivo;

o A elipse na seqüência do texto;

o A representação do sujeito no texto (expresso/elíptico;

determinado/indeterminado; ativo/passivo) e a relação com as intenções

do texto;

o O procedimento de concordância entre o verbo e a expressão sujeito da

frase;

o Os procedimentos de concordância entre o substantivo e seus termos

adjuntos;

o Figuras de linguagem e os efeitos de sentido (efeitos de humor, ironia,

ambigüidade, exagero, expressividade, etc.);

o As marcas lingüísticas dos tipos de textos e da composição dos diferentes

gêneros;

o As particularidades lingüísticas do texto literário;

o As variações lingüísticas;

o Neologismo e os mecanismos de ressignificação de palavras já existentes;

o A intenção do uso dos estrangeirismos, a sua adaptação aos padrões

gramaticais da língua importadora e seus valores.

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130

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

No processo da língua materna não se aprende obedecendo a uma escala de

valores que parte do mais simples ao mais elaborado. A aprendizagem não se dá de

maneira linear, ela procura abarcar todos os mecanismos envolvidos no processo de

interação.

Dessa forma, a seleção de conteúdos deve considerar o aluno como sujeito

de um processo histórico, social, detentor de um repertório lingüístico que precisa

ser considerado na busca da ampliação da competência comunicativa. Sendo assim,

as indicações que seguem precisam ser problematizadas a partir da pesquisa,

reflexão, discernimento e comprometimento, assumindo a fala como conteúdo que

implica conhecimentos relativos às variedades lingüísticas e às diferentes

construções da língua, inclusive quanto aos aspectos argumentativos do discurso

precisam ser desenvolvidos em sala de aula com as relacionadas a seguir:

o Apresentação de temas variados: histórias de família, da comunidade, um

filme, um livro etc;

o Depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo próprio aluno

ou pessoas de seu convívio;

o Uso do discurso oral para emitir opiniões, justificar ou defender opções

tomadas, colher e dar informações, fazer e dar entrevistas, apresentar

resumos, expor programações, dar avisos, fazer convites, entre outros;

o Confronto entre os mesmos níveis de registros de forma a constatar as

similaridades e diferenças entre as modalidades oral e escrita;

o Relato de acontecimentos, mantendo-se a unidade temática;

o Debates, seminários, júris-simulados e outras atividades que possibilitem

o desenvolvimento da argumentação;

o Análise de entrevistas televisivas ou radiofônicas a partir de gravações

para serem ouvidas, transcritas e analisadas, observando-se as pausas,

hesitações, truncamentos, mudanças de construção textual,

descontinuidade do discurso, grau de formalidade, comparação com

outros textos, etc.

o Questionamento sobre expectativas do texto;

o Leituras individuais, coletivas, silenciosas;

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131

o Atividades orais e escritas sobre o enredo, estrutura e vocábulos do texto

lido;

o Reflexão sobre a intencionalidade do texto comparando-o com o momento

atual;

o Fazer analogias com diferentes tipos de textos sobre um mesmo assunto;

o Produção de textos descritivos, narrativos e dissertativos individualmente,

e em grupos, oral e escrito;

o Aula expositiva, explicativa sobre conteúdos gramaticais acompanhados

de atividades orais e escritas.

Quanto aos gêneros previsto para a prática da produção de texto, podem ser

trabalhados, dentre outros, relatos (histórias de vida); bilhetes, cartas, cartazes,

avisos (textos programáticos); poemas, contos e crônicas (textos literários); notícias,

editoriais, cartas de leitor e entrevistas (textos de imprensa); relatórios, resumos de

artigo e verbetes de enciclopédia (textos de divulgação científica). Assim, essa

prática orientará não apenas a produção de textos significativos, como incentivará a

prática da leitura.

Nesta coletânea de textos serão abordados os Desafios Educacionais

Contemporâneos, quais sejam: Sexualidade Humana, Enfrentamento à Violência,

Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, História e Cultura Afro-brasileira e Africana,

Educação Fiscal, para trabalhar a realidade social brasileira.

Sempre que necessário serão feitas as adaptações curriculares e

metodológicas de acordo com as necessidades dos alunos, para atender a

diversidade dos sujeitos sociais presentes na escola. Nesta perspectiva a escola se

propõe a trabalhar com a Educação Inclusiva que é uma realidade na sociedade

contemporânea.

AVALIAÇÃO

É imprescindível que a avaliação seja contínua e priorize a qualidade e o

processo de aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno ao longo do ano letivo,

a Lei 9394/96, de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), dá destaque à

avaliação formativa, vista como a mais adequada ao dia-a-dia da escola.

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132

Por isso, em lugar de apenas avaliar por meio de provas, o professor pode

utilizar a observação diária e instrumentos variados selecionados de acordo com

cada conteúdo e/ ou objetivo.

A avaliação formativa é o melhor caminho para garantir a aprendizagem de

todos os alunos, pois dá ênfase ao aprender.

Na perspectiva da diversidade cultural de nossos alunos, a avaliação contínua

diagnóstica, ajuda a construir aquela que incorpora as diferenças, combatendo a

desigualdade social, discriminação e a exclusão.

Nesta visão a avaliação diagnóstica deve valer-se de recursos disponíveis em

sua realidade, de forma contínua, uma que a língua é sempre um dever, um projeto

mal-acabado, e que é necessário levar em conta os processos de interlocução oral

e/ ou escrita, considerando os avanços e a competência lingüística dos alunos, a

avaliação terá como instrumentos: planejamento, revisão, reestruturação, refacção.

A recuperação paralela será de conteúdos não apropriados pelos alunos com

revisão através de reestruturação de atividades, leitura, pesquisas, reestruturação

de textos e apresentação de trabalhos.

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133

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BAKHTIN, M. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1997;

CEREJA, William Roberto e MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português:

Linguagens, 5ª a 8ª séries / 2ª ed. – São Paulo: Atual 2002;

FLOR DA SERRA, Esc. Est. De – Ensino Fundamental. Projeto Político-

Pedagógico da Escola. Realeza, 2007.

GERALDI, J. W. Concepções de linguagem e ensino de Português. In: João W.

(org.). O texto na sala de aula. 2ª ed. São Paulo: Ática, 1997;

PARANÁ, SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DO. Currículo Básico para

a Escola Pública do Estado do Paraná. 3ª ed. Curitiba, 1997;

_____. Diretrizes Curriculares Da Rede Pública De Educação Básica Do Estado

Do Paraná – Língua Portuguesa. Curitiba, 2006.

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134

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE MATEMÁTICA

ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

O nascimento da Matemática ocorreu por volta de 2000 a.C. na Babilônia,

mas somente nos séculos VI e V a.C. na Grécia é que emergiu como Ciência, sendo

registrados regras, princípios lógicos e exatidão de resultados.

No Brasil, na metade do século XVI, com a instalação dos colégios católicos é

que a matemática viria a ser introduzida como disciplina nos currículos da escola

brasileira. Do final do século XVI ao início do XIX a matemática escolar demarcava

os programas de ensino da época, por ser a ciência que daria a base de

conhecimento para solucionar os problemas de ordem prática.

Do final do século XIX e início do XX instala-se um novo cenário sócio-

político-econômico e neste contexto os matemáticos que até então eram vistos como

pesquisadores, passavam a ser também professores. Sendo assim, as disciplinas

que abordavam conteúdos matemáticos foram unificadas, explorando seu caráter

didático e pedagógico. Essas idéias foram implementadas no Brasil pelo movimento

da Escola Nova, orientado por uma concepção Empírico-Ativista.

Esta tendência contribuiu para a unificação de Matemática em disciplina, além

de orientar a formulação das diretrizes metodológicas do ensino da Matemática. Sua

proposta básica era o desenvolvimento da criatividade e das potencialidades e

interesses individuais.

Na tendência Formalista Clássica a finalidade da Matemática era o

desenvolvimento do pensamento lógico-dedutivo.

Na tendência Tecnicista visava a preparação do indivíduo para ser útil e servir

ao sistema, cujo método era a memorização de princípios e fórmulas, o

desenvolvimento e as habilidades de manipulação de algarítmos e expressões

algébricas e de resolução de problemas. Os conteúdos eram organizados por

especialistas.

Na tendência Construtivista o conhecimento matemático resulta de ações

interativas e reflexivas por parte dos estudantes.

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135

Outra tendência, a Sócioetnocultural valorizava aspectos sócio-culturais tendo

como base teórica e prática a etnomatemática sendo um saber prático relativo não

universal e dinâmico produzido histórico-culturalmente.

Já na tendência Histórico-Crítica o saber é construído historicamente para

atender as necessidades sociais e teóricas tornando-os capazes de estabelecer

relações, justificar, analisar, discutir e criar.

Após a implantação da LDBEN 9394/96 o objetivo é adequar o ensino

brasileiro às transformações do mundo do trabalho, fruto da globalização econômica

e das concepções de mercado. Em 1978, com a distribuição dos PCN´s o ensino da

Matemática deve ter seu trabalho voltado para sua aplicação na vida prática,

minimizando seu valor científico e seus contextos internos.

A Matemática como ciência integrante da sociedade, sempre envolvida nos

processos de evolução ocupa um importante papel na formação do cidadão

consciente de suas limitações e potencialidades.

O estudo da educação matemática centra-se numa prática pedagógica que

envolve relações entre o ensino, a aprendizagem e o conhecimento matemático.

A Educação Matemática envolve falar na busca de transformações,

possibilitando aos estudantes realizar análises, discussões, conjecturas, apropriação

de conceitos e formulações de idéias contribuindo para o desenvolvimento e

minimização dos problemas reais da sociedade.

A prática docente deve propiciar o aluno a conhecer o objeto matemático

composto pelas formas espaciais e as quantidades, construindo historicamente.

Portanto, o conhecimento matemático visa levar o estudante a criticar

questões sociais, políticas, econômicas e históricas, descrevendo e interpretando

fenômenos matemáticos e de outras áreas de conhecimento, construindo desta

forma valores e atitudes de natureza diversa visando a formação integral do ser.

Cabe aos professores tomar o cuidado para não se perder o caráter científico

da disciplina, indo além do senso comum, possibilitando ao estudante ser um

conhecedor do objeto matemático construído historicamente.

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136

OBJETIVO GERAL

• Desenvolver enquanto campo de investigação e de produção de

conhecimento – natureza científica – e a melhoria da qualidade do ensino

e da aprendizagem matemática – natureza pragmática – a formação de

indivíduos capazes de interpretar o meio em que vivem, reelaborar

conceitos, bem como, formar a base para a progressão de seus estudos;

• Apropriar-se e compreender o conhecimento matemático como um

conjunto de regras, métodos e procedimentos, envolvidos em um contexto,

visando a formação integral do ser humano, prevendo a transformação

social;

• Os conceitos que embasam a construção do conhecimento matemático

deve ser apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos de

maneira a influenciar o pensamento humano, no sentido de potenciar

meios para superação de desafios;

• A partir da história da matemática e seus conceitos, possibilitar ao

educando perceber a utilidade de tais conceitos no mundo

contemporâneo;

• No processo de ensino e aprendizagem matemático é necessário levar ao

aluno a condição de compreender conceitos, estabelecer relações, efetuar

generalizações e descrever de forma coerente obedecendo as

convenções referentes a cada conceito.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

o Números e álgebra

o Grandezas e medidas

o Funções

o Geometria

o Tratamento da Informação

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CONTEÚDOS ESPECÍFICOS POR SÉRIE

5ª SÉRIE:

Números e álgebra:

∗ Conjuntos numéricos:

• Números naturais;

• Operações fundamentais;

• Expressões numéricas;

• Sistema de numeração decimal;

• Múltiplos e divisores;

• Frações;

• Potenciação;

• Radiciação.

Grandezas e medidas:

∗ Medidas de comprimento:

•Medidas padrão;

•Múltiplos e submúltiplos do metro;

•Perímetro de polígonos.

∗ Medidas de massa:

•Medida padrão;

•Múltiplos e submúltiplos do grama.

∗ Medidas de tempo:

•Milênio, século, ano, mês e dia;

•Horas e minutos.

∗ Medidas de área:

•Medidas convencionais;

•Medidas não convencionais;

•Área das principais figuras planas.

∗ Medidas e volume:

•Múltiplos e submúltiplos do litro;

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•Metro cúbico;

•Volume do cubo, paralelepípedo.

∗ Sistema monetário:

•Sistema brasileiro e suas relações com os demais sistemas.

Geometrias:

∗ Geometria plana:

•Ponto;

•Retas;

•O espaço bidimensional;

•Figuras planas.

∗ Geometria espacial:

•O espaço tridimensional.

Tratamento da Informação:

∗ Estatística:

•Pesquisas estatísticas;

•Gráfico de barras;

•Gráfico de linhas;

•Gráfico de setores;

•Medida aritmética.

∗ Matemática financeira:

•Porcentagem.

∗ Noções de análise combinatória:

•Principio fundamental da contagem

6ª SÉRIE:

Números e álgebra:

∗ Conjuntos numéricos:

• Números naturais;

• Números inteiros;

• Números racionais;

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• Operações fundamentais;

• Múltiplos e divisores;

• Expressões numéricas;

• Sistema de numeração decimal;

• Potenciação;

• Radiciação.

∗ Equações e inequações:

• Equações do 1º Grau;

• Inequações do 1º Grau.

∗ Proporcionalidade:

• Razão e proporção;

• Escalas;

• Regra de três.

Grandezas e medidas:

∗ Medidas de área:

• Medidas convencionais;

• Medidas não-convencionais;

• Área de figuras planas.

∗ Medidas de volume:

• Múltiplos e submúltiplos do litro;

• Metro cúbico;

• Volume do cubo, paralelepípedo.

∗ Medidas de ângulos:

• Ângulo reto;

• Ângulo raso;

• Ângulo agudo;

• Ângulo.

∗ Medidas de velocidade:

• Metro por segundo;

• Quilômetro por hora.

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∗ Sistema monetário:

• Sistema brasileiro e suas relações com os demais sistemas.

Geometrias:

∗ Geometria plana:

• Ponto;

• Retas;

• O espaço bidimensional;

• Figuras planas;

• Circunferências e circulo;

• Congruência e semelhança de figuras.

∗ Geometria analítica:

• Sistema cartesiano.

Tratamento de informações:

∗ Estatística:

• Pesquisa estatística;

• Gráfico de barras;

• Gráfico de linhas;

• Gráfico de setores;

• Medida aritmética;

• População e amostra.

∗ Matemática financeira:

• Porcentagem;

• Juro simples.

∗ Noções de análise combinatória:

• Principio fundamental da contagem.

∗ Noções de probabilidade:

• Possibilidade e chances;

• Cálculo de chance.

7ª SÉRIE:

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141

Números e álgebra:

∗ Conjuntos numéricos:

• Números naturais;

• Números inteiros;

• Números racionais;

• Números irracionais;

• Números reais;

• Operações fundamentais;

• Múltiplos e divisores;

• Expressões numéricas;

• Sistema de numeração decimal;

• Potenciação;

• Radiciação.

∗ Equações e inequações:

• Equação do 1º grau;

• Sistema de equação do 1º grau;

• Inequação do 1º grau.

∗ Polinômios:

• Monômios e polinômios;

• Produtos notáveis;

• Fatoração algébrica.

∗ Proporcionalidade:

• Razão e proporção;

• Escalas;

• Regra de três.

Grandezas e medidas:

∗ Medidas de comprimento:

• Medidas padrão;

• Múltiplos e submúltiplos do metro;

• Comprimento da circunferência;

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• Perímetro de figuras planas;

• Perímetros de polígonos.

∗ Medidas de massa:

• Medida padrão;

• Múltiplos e submúltiplos do grama.

∗ Medidas de tempo:

• Milênio, século, ano, mês e dia;

• Horas e minutos;

∗ Medidas de área:

• Medidas convencionais;

• Medidas não-convencionais;

• Área de figuras planas;

• Área do circulo.

∗ Medidas de volume:

• Múltiplos e submúltiplos do litro;

• Metro cúbico;

• Volume do cubo, paralelepípedo e cilindro.

∗ Medidas de ângulo:

• Ângulo reto, raso, agudo e obtuso;

• Ângulos no circulo.

∗ Sistema monetário:

• Sistema brasileiro e suas relações com os demais sistemas.

Geometrias:

∗ Geometria plana:

• Ponto;

• Retas;

• O espaço bidimensional;

• Figuras planas;

• Circunferência e circulo;

• Congruência e semelhança de figuras.

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∗ Geometria espacial:

• O espaço tridimensional;

• Sólidos geométricos.

∗ Geometria analítica:

• Sistema cartesiano.

Tratamento de informação:

∗ Estatística:

• Pesquisas de estatística;

• Gráfico de barras;

• Gráfico de linhas;

• Gráfico de setores;

• Medidas aritmética;

• Moda;

• População e amostra.

∗ Matemática financeira:

• Porcentagem;

• Juro simples;

• Juro composto.

∗ Noções de análise combinatória:

• Principio fundamental da contagem.

∗ Noções de probabilidade:

• Possibilidades e chances;

• Cálculo de chance;

• Conceito de probabilidade.

8ª SÉRIE:

Números e álgebra:

∗ Conjuntos numéricos:

• Operações fundamentais;

• Expressões numéricas;

• Sistema numeral decimal;

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• Números naturais;

• Números decimais;

• Números inteiros;

• Números racionais;

• Números irracionais;

• Números reais;

• Múltiplos e divisores;

• Frações;

• Notação cientifica;

• Potenciação;

• Radiciação.

∗ Equações e inequações:

• Equação do 1º grau;

• Sistema de equação do 1º grau;

• Equação do 2º grau;

• Equações irracionais;

• Equações biquadradas;

• Inequações do 1º grau.

∗ Polinômios:

• Monômios e polinômios;

• Produtos notáveis;

• Fatoração algébrica.

∗ Proporcionalidade:

• Razão e proporção;

• Escalas;

• Regra de três.

Grandezas e medidas:

∗ Medidas de comprimento:

• Medidas padrão;

• Múltiplos e submúltiplos do metro;

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• Comprimento da circunferência;

• Perímetro de figuras planas;

• Perímetro de polígonos.

∗ Medidas de massa:

• Medida padrão;

• Múltiplos e submúltiplos do grama.

∗ Medidas de tempo:

• Milênio, século, ano, mês e dia;

• Horas e minutos.

∗ Medidas de área:

• Medidas convencionais;

• Medidas não-convencionais;

• Área de figuras planas;

• Área do circulo.

∗ Medidas de volume:

• Múltiplos e submúltiplos do litro;

• Metro cúbico;

• Volume do cubo, paralelepípedo e cilindro.

∗ Medidas de ângulos:

• Ângulo reto;

• Ângulo raso;

• Ângulo agudo;

• Ângulo obtuso;

• Ângulos no circulo.

∗ Medidas de velocidade:

• Metro por segundo;

• Quilômetro por hora.

∗ Medidas de aceleração:

• Metro por segundo ao quadrado.

∗ Medidas de temperatura:

• Escala Celsius;

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146

• Escala Faranhelt;

• Escala Kelvin.

∗ Sistema monetário:

• Sistema brasileiro e suas relações com os demais sistemas.

∗ Trigonometria:

• Relações métricas no triângulo retângulo;

• Trigonometria no triângulo retângulo.

Funções:

∗ Funções afim:

• Noção de função afim.

∗ Função quadrática:

• Noção de função quadrática.

Geometrias:

∗ Geometria plana:

• Ponto;

• Retas;

• O espaço bidimensional;

• Figuras planas;

• Circunferência e circulo;

• Congruência e semelhança de figuras.

∗ Geometria espacial:

• O espaço tridimensional;

• Sólidos geométricos.

∗ Geometria analítica:

• Sistema cartesiano.

∗ Geometrias não-euclidianas:

• Noções de topologia;

• Introdução a Geometria Fractal;

• Introdução a Geometria Projetiva.

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147

Tratamento de informação:

∗ Estatística:

• Pesquisa estatística;

• Gráfico de barras;

• Gráfico de linhas;

• Gráfico de setores;

• Pictogramas;

• Media aritmética;

• Moda;

• População e amostra.

∗ Matemática financeira:

• Porcentagem;

• Juro simples;

• Juro composto.

∗ Noções de análise combinatória:

• Princípio fundamental da contagem.

∗ Noções de probabilidade:

• Possibilidades e chances;

• Cálculo de chance;

• Conceito de probabilidade.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Na abordagem dos conteúdos matemáticos oportunizar os conhecimentos

previamente adquiridos, permitindo o exercício da crítica e a análise da realidade

valorizando a história dos estudantes através do reconhecimento, do respeito às

suas raízes sócio-culturais, transformando problemas reais em problemas

matemáticos e resolvê-los interpretando suas soluções na linguagem do mundo real.

Nesse sentido, serão abordados os desafios educacionais contemporâneos:

Educação Fiscal; História e Cultura Afro-Brasileira e Africana; Prevenção ao uso

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indevido de Drogas; Sexualidade Humana e enfrentamento à violência, relacionados

ao conteúdo de matemática, de forma contextualizada.

A nossa prática de ensino dar-se-á através de: aulas expositivas; atividades

escritas; textos; trabalhos de pesquisa; jogos didáticos; Cd roms; dvds e fitas de

vídeo.

As inter-relações e articulações entre os conceitos de cada conteúdo

estruturante / específico produz aprendizagem em um ensino significativo.

Algumas tendências metodológicas para o ensino da matemática são: a

resolução de problemas, a modelagem matemática, o uso de midias tecnológicas, a

etnomatemática e a história da matemática, as quais serão elencadas a seguir:

•Resolução de Problemas : aplicar conhecimentos previamente adquiridos em

novas situações, tendo condições de buscar várias alternativas que almejam

a solução, visando o levantamento de hipóteses e posteriores testes,

possibilitando desta forma, aos estudantes, a compreensão dos argumentos

matemáticos e ajudando a vê-los como um conhecimento presente no

processo de ensino e de aprendizagem.

•Etnomatemática: visa reconhecer e registrar questões de relevância social

que produzem conhecimento científico, levando-se em consideração que não

existe um único saber, mas vários saberes distintos, cada qual com sua

importância valorizando a história dos indivíduos e suas relações de produção

e trabalho, bem como, suas manifestações culturais.

•Modelagem Matemática : consiste na arte de transformar problemas reais

com os problemas matemáticos e resolvê-los; um ambiente de aprendizagem

onde os alunos são instigados a indagar e/ou investigar, contribuindo assim

para a elaboração de análises críticas e para compreensão de mundo.

•Mídias Tecnológicas: são recursos tecnológicos, o software, a televisão, as

calculadoras, os aplicativos da internet, os quais auxiliam na visualização,

generalização e representação do fazer matemático de uma maneira possível

de manipulação, enfatizando a experimentação, a construção, a interação, o

trabalho coletivo, a dinâmica e o confronto entre teoria e prática, inserindo

assim formas diferenciadas de ensinar e aprender, valorizando o processo de

produção de conhecimentos.

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•História da Matemática: trata-se de estudar as descobertas da Matemática

vinculada aos fatos sociais, políticos, históricos, filosóficos que influenciavam

o pensamento e o avanço científico de cada época, levando o indivíduo a

entender como o conhecimento matemático é construído historicamente,

reconhecendo a matemática como um campo do conhecimento em

construção e pensar em um ensinar que possibilite a construção em conjunto

– professores e alunos – da ciência matemática.

Sempre que necessário serão feitas as adaptações curriculares e

metodológicas de acordo com as necessidades dos alunos, para atender a

diversidade dos sujeitos sociais presentes na escola. Nesta perspectiva a escola se

propõe a trabalhar com a Educação Inclusiva que é uma realidade na sociedade

contemporânea.

AVALIAÇÃO

De acordo com o Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino,

a avaliação é contínua, cumulativa, processual e somativa, na qual os aspectos

qualitativos estão sobrepostos aos quantitativos, pois visa refletir o desenvolvimento

global, considerando as características individuais do educando.

Na disciplina de matemática o professor deve reconhecer que o conhecimento

matemático não é fragmentado e seus conceitos não são concebidos isoladamente.

Sendo assim, a avaliação tem um papel de interagir no processo ensino-

aprendizagem. Dessa forma, a mesma deve ser diagnóstica, contínua, permanente

e cumulativa com a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de

aprendizagem dos alunos. O processo avaliativo será encaminhado através da

observação, intervenção, revisão de noções e subjetividades; atividades escritas,

orais e de demonstração, com materiais manipuláveis, computador e calculadora.

Também serão utilizados testes de aproveitamento, trabalhos de criação

individual e/ ou em grupo, pesquisas, auto-avaliação, tarefas específicas,

observações espontâneas e/ ou dirigidas. Através dos diversos instrumentos

avaliativos serão observados trais critérios: apreensão de conceitos matemáticos;

capacidade de resolução de situações problema, capacidade de relacionar conceitos

matemáticos com a realidade prática; e ainda o interesse, a iniciativa, a persistência,

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a ocupação constante com a matéria, a capacidade de abstrair fatos, a formulação

de idéias, o desenvolvimento do espírito colaborativo e a assimilação de conteúdos.

A recuperação paralela de conteúdo será realizada para atender os alunos

com dificuldades de aprendizagem. Poderá ser de várias formas, como: a retomada

do conteúdo, atividades em sala de aula ou extra-classe, grupo de estudo.

Será considerado nos registros escritos e manifestações dos alunos, os erros

de raciocínio e de cálculo, do ponto de vista do processo de aprendizagem. Levar o

aluno a refletir sobre os caminhos que ele percorreu para resolver uma atividade de

maneira equivocada e ajudá-lo a retomar o raciocínio com vistas à apreensão de

conceitos, e se há lógica no processo escolhido pelo aluno, ou se ele fez uma

tentativa mecânica de resolução.

O que se almeja é uma prática avaliativa que abra espaço à interpretação e à

discussão dando significado ao conteúdo trabalhado e a compreensão por parte do

aluno.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARAÇA, Bento de J. Conceitos fundamentais da matemática. Gradativa – 2005.

DÁMBRÓSIO, Ubiratan. Etnomatemática – elo entre as tradições e a

modernidade. Belo Horizonte – Autêntica – 2005.

ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA – ENSINO FUNDAMENTAL. Projeto

Político Pedagógico. Realeza: 2007.

GASPARIN, J. L. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. Campinas:

Autores Associados, 2002.

SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. Campinas:

Autores Associados, 1997.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares Da Rede

Pública De Educação Básica Do Estado Do Paraná: Matemática. Curitiba: SEED-

PR, 2006.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA

MODERNA - INGLÊS - ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Pensar em uma nova sociedade é pensar necessariamente em uma nova

educação, pois todo o homem é construtor da sociedade em que vive.

Para cumprir nossa missão profissional, utilizamos todos os meios legítimos e

éticos para vencer este desafio. Ao figurarem inseridas numa grande área –

Linguagem, Códigos e suas tecnologias, - as Línguas Estrangeiras Modernas

assumem a sua função intrínseca que, durante muito tempo esteve camuflada: a de

serem veículos fundamentais na comunicação entre os homens. Pelo seu caráter de

sistema simbólico, como qualquer linguagem, elas funcionam como meios para se

ter acesso ao conhecimento e, portanto, às diferentes formas de pensar, de criar, de

sentir, de agir e de conceber a realidade, o que propicia ao indivíduo uma formação

mais abrangente, e ao mesmo tempo mais sólida.

No Brasil, a LEM – Língua Estrangeira Moderna, passou a fundamentar

grande parte dos materiais e livros didáticos disponíveis para uso em escolas de

ensino regular, desde a década de 80 até os dias atuais. (PERGRA, 2004;

CORACINI, 1999)

No Paraná, a abordagem comunicativa foi apropriada como referencial teórico

na elaboração da proposta de ensino de LE do Currículo Básico-1992. (GIMENEZ,

1999). Embora esse documento apresente uma concepção de língua discursiva e

sugira um trabalho em sala de aula com diferentes tipos de textos a partir da visão

bakthiniana, observa-se em sua proposta que a progressão de conteúdos de 5ª a 8ª

séries está voltada para o ensino comunicativo, centrado apenas em funções de

linguagem ligadas ao cotidiano, o que esvazia as práticas sociais mais amplas de

uso da língua.

Diante da realidade atual há a importância do ensino de Língua Inglesa nas

sociedades modernas, seja pelo uso predominante do idioma na comunicação

internacional em tempos de globalização, pelo acesso direto que possibilita à ciência

e à tecnologia, ou pelo aprimoramento das atividades profissionais proporcionado

por seu uso em diversas áreas.

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A aquisição de línguas estrangeiras permite ao aluno conhecer diferentes

culturas, hábitos, costumes e valores que ampliarão sua visão de mundo, bem como

contribui com o desenvolvimento pessoal e profissional, pois um segundo idioma

representa hoje, uma qualificação básica fundamental. Favorece, também, o

desenvolvimento cognitivo, lingüístico e afetivo do indivíduo.

Propõe-se neste contexto, fazer da aula de língua estrangeira um espaço

para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade lingüística e cultural,

oportunizando-o a engajar-se discursivamente e a perceber possibilidades de

construção de significados em relação ao mundo de vive. Isso quer dizer que o

aluno poderá compreender que os significados são sociais e historicamente

construídos e, portanto, possíveis de transformação na prática social.

Para tanto, faz-se necessário mapear o objeto de estudo da disciplina de

LEM, a língua. A partir do quadro teórico conceitual de referência, apresentando os

vários aspectos intrincados no processo discursivo, a saber; língua e cultura,

ideologia e sujeito, discurso e identidade, com vistas a justificar

epistemologicamente os objetivos de ensino de um LEM e resgatar a função social e

educacional desta disciplina na educação básica.

OBJETIVOS

O ensino de Língua Inglesa e sua respectiva prática pedagógica são vistos

como processo de uma construção histórica e cultural em constante transformação,

ou seja, deixa de ser heterogênea, ideológica e opaca.

O ensino da língua inglesa torna-se repleto de sentidos, determinando às

possibilidades de percepção do mundo estabelecendo entendimentos possíveis com

a nossa própria cultura.

A palavra está sempre carregada de um conteúdo ou de um sentido

ideológico ou vivencial. É assim que compreendemos as palavras e somente

reagimos àquelas que despertam em nós ressonâncias ideológicas ou concernentes

à vida (BAKHTIN, 1988, pg. 95).

Dentro desta perspectiva, compreende-se que ensinar e aprender língua é

também ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de construir sentidos

formados subjetivamente, independente do grau de conhecimento da língua.

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(...) o ensino de língua estrangeira deve possibilitar ao aluno uma visão

de mundo mais ampla, para que avalie os paradigmas já existentes e

crie novas maneiras de construir sentidos do e no mundo, considerando

as relações que podem ser estabelecidas entre a língua estrangeira e a

inclusão social; o desenvolvimento da consciência do papel das línguas

na sociedade, o reconhecimento da diversidade cultural e o processo de

construção das identidades transformadoras (DCE, 2006, pg. 32).

Tal perspectiva remonta a pensar que se deve proporcionar ao educando uma

conscientização sobre o que seja o domínio desse conhecimento lingüístico para a

interação humana e, principalmente, como um compromisso com a educação.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

• Discurso como prática social.

De acordo com as Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna

(2006, pg. 36-37), os saberes,

(...) são concebidos como conteúdos estruturantes que se desdobram

em conteúdos específicos no trabalho pedagógico. Os conteúdos

estruturantes se constituem através da história, são legitimados

socialmente e, por isso, são provisórios e processuais.

Sob tal pressuposto, optou-se por não relacionar conteúdos por série e

desdobrando-as em especificidades a fim. Considera-se todos os tipos de

diversidades textuais existentes e o tratamento da língua estrangeira na prática

pedagógica.

Assim, no Ensino Fundamental, procurou-se relacionar os conteúdos

estruturantes da seguinte forma:

Conhecimentos lingüísticos: vocabulário, fonética e regras gramaticais.

Discursivos: diferentes gêneros discursivos (variadas práticas sociais).

Culturais: tudo o que sente, acredita, pensa, diz, faz e tem uma sociedade.

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Sócio-pragmáticos: valores ideológicos, sociais e verbais que envolvem o

discurso em um contexto sócio-histórico particular.

A abordagem do discurso será realizada através de atividades significativas

em língua estrangeira nas práticas de leitura, escrita e oralidade que interagem entre

si e constituem uma prática sócio-cultural.

CONTEÚDOS ESPECÍFCOS POR SÉRIE

5ª Série

Leitura

• Identificação do tema, do argumento principal

• Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e

intertextualidade do texto.

• Linguagem não verbal.

Oralidade

• Variedades lingüísticas.

• Intencionalidade do texto.

• Exemplos de pronuncias e do uso de vocábulos da língua estudada em

diferentes paises.

Escrita

• Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e

marcas lingüísticas.

• Clareza de ideais.

Análise Lingüística

• Coesão e coerência.

• Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, palavras interrogativas,

substantivos, preposições, verbos, concordância verbal e nominal e outras

categorias como elementos do texto.

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155

• Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.

• Vocabulário.

Gênero Discursivo

• História em quadrinho, piada, poemas, exposição oral (diálogos), comercial

de TV, diário, quadrinhas, bilhetes, fotos, horóscopo, carta, textos midiáticos,

e-mail, cartaz, lista de compras, avisos, música, etc.

6ª Série

Leitura

• Identificação do tema, do argumento principal.

• Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e

intertextualidade do texto.

• Linguagem não verbal.

Oralidade

• Variedades lingüísticas.

• Intencionalidade do texto.

• Exemplos de pronuncias e de uso de vocábulos da língua estudada em

diferentes países.

Escrita

• Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e

marcas lingüísticas.

• Clareza de idéias.

• Adequar o conhecimento adquirido a norma padrão.

Análise Lingüística

• Coesão e coerência.

• Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, palavras interrogativas,

advérbios, preposições, verbos, substantivos, substantivos contáveis e

incontáveis, concordância verbal e nominal e outras categorias como

elementos do texto.

Page 156: ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA - Ensino Fundamental e Médio · apresentaÇÃo da disciplina ... ensino mÉdio ... proposta pedagÓgica curricular de lÍngua portuguesa/literatura

156

• Vocabulário.

• Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.

Gênero Discursivo

• Entrevista, notícia, tiras, textos midiáticos, propaganda, charges, provérbios,

diário, cartoon, narrativa, música, etc.

7ª Série

Leitura

• Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários.

• Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e

intertextualidade do texto.

• Linguagem não verbal.

Oralidade

• Variedades lingüísticas.

• Intencionalidade do texto.

• Exemplos de pronuncias e de uso de vocábulos da língua estudada em

diferentes países.

Escrita

• Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e

marcas lingüísticas.

• Clareza de idéias.

• Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão.

Análise Lingüística

• Coesão e coerência.

• Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, verbos, preposições,

advérbios, locuções adverbiais, palavras interrogativas, substantivos,

substantivos contáveis e incontáveis, question tags, falsos cognatos,

conjunções, e outras categorias como elementos do texto.

• Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.

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157

• Vocabulário.

Gênero Discursivo

• Reportagem, slogan, sinopse de filme, textos midiáticos, anúncio publicitário,

outdoor, blog, etc.

8ª Série

Leitura

• Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários.

• Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e

intertextualidade do texto.

• Linguagem não verbal.

• Realização de leitura não linear dos diversos textos.

Oralidade

• Variedades lingüísticas.

• Intencionalidade do texto.

• Exemplos de pronuncias e de uso de vocábulos da língua estudada em

países diversos.

• Finalidade do texto oral.

• Elementos extralingüísticos: entonação, pausa, gestos.

Escrita

• Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e

marcas lingüísticas.

• Paragrafação.

• Clareza de idéias.

• Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão.

Análise Lingüística

• Coesão e coerência.

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• Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, verbos, preposições,

advérbios, locuções adverbiais, palavras interrogativas, substantivos,

substantivos contáveis e incontáveis, question tags, falsos cognatos,

conjunções, e outras categorias como elementos do texto.

• Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.

• Vocabulário.

• Acentuação.

Gênero Discursivo

• Reportagem oral e escrita, textos midiáticos, histórias de humor, músicas,

charges, entrevistas, depoimentos, narrativa, imagens, etc.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

A metodologia de L.E.M.-Inglês procura envolver os alunos com atividades

críticas e problematizadoras, que se concretizam por meio da língua como prática

social.

Utilizaremos o texto como ponto de partida para as aquisições verbais e

gramaticais, pois se apresenta como um espaço para a discussão de temáticas

fundamentais para o desenvolvimento intercultural, manifestados por um pensar e

agir críticos, por uma prática cidadã imbuída de respeito às Culturas Afro-

descendentes, Étnica, Sexualidade Humana, Educação Ambiental e Prevenção do

Uso Indevido de Drogas. Possibilita-se, deste modo, a capacidade de analisar e

refletir sobre os fenômenos lingüísticos e culturais como realizações discursivas, as

quais se revelam na/pela história dos sujeitos que fazem parte deste processo. O

texto, nesta proposta, apresenta-se como um princípio gerador de unidades

temáticas e de desenvolvimento das práticas lingüístico-discursivas.

Para tanto, é importante trabalhar a partir de temas referentes a desafios

sociais emergentes (sexualidade, drogas, ética, meio ambiente, racismo), tarefa que

se encaixa perfeitamente nas atribuições da língua estrangeira, disciplina que

favorece a utilização de textos abordando assuntos relevantes presentes na mídia

nacional e internacional ou no mundo editorial. No entanto, torna-se fundamental

superar a visão de que apenas a presença, em aula, de textos com assuntos

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pertinentes a questões como saúde, meio ambiente, vida familiar e social, por

exemplo, seja suficiente para o desenvolvimento dessa consciência cidadã.

No Ensino Fundamental, os objetivos com foco no desenvolvimento da

consciência lingüística e cultural exigirão o uso inicial da língua materna para sua

realização, sendo a Língua Estrangeira Moderna (LEM) apresentada gradativamente

ao aluno.

Desta forma, a nossa prática de ensino da língua inglesa dar-se-á através de:

Aulas expositivas; Músicas; Dinâmicas; Atividades orais; Atividades escritas; Textos

e traduções; Gravuras; Pinturas; Conversação; Dramatização; Trabalhos e pesquisa;

Jogos didáticos; Internet, CD Room, DVD, Fitas de áudio e vídeos.

Sempre que necessário serão feitas as adaptações curriculares e

metodológicas de acordo com as necessidades dos alunos, para atender a

diversidade dos sujeitos sociais presentes na escola. Nesta perspectiva a escola se

propõe a trabalhar com a Educação Inclusiva que é uma realidade na sociedade

contemporânea.

AVALIAÇÃO

A avaliação da aprendizagem de L.E.M. precisa superar a concepção de mero

instrumento de mediação da apreensão de conteúdos, visto que ela se configura

como processual e, como tal, objetiva subsidiar discussões acerca das dificuldades

e avanços dos alunos sujeitos, a partir de suas produções, no processo de ensino e

aprendizagem.

Nessa perspectiva, a avaliação se dará em um processo contínuo de

aquisição de uma nova língua, com produções de textos, estudos dirigidos,

resolução de atividades, tanto escritas como orais considerando a participação dos

alunos nos trabalhos extraclasse.

Em cada trimestre far-se-á atividades complementares que podem ser usadas

na avaliação participativa. Os conhecimentos lingüísticos, discursivos, sócio-

programáticos ou culturais e as práticas de leitura, escrita ou oralidade serão

trabalhados em testes, simulados e provas bimestrais orais e escritas, individuais e

em grupos pra garantir a efetiva interação do aluno com os discursos em língua

estrangeira.

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O envolvimento dos sujeitos alunos na construção do significado nas práticas

discursivas será a base para o planejamento das avaliações ao longo do processo

de aprendizagem. Caberá ao professor observar a participação ativa dos alunos,

considerando que o engajamento discursivo na sala de aula se realiza por meio da

interação verbal, a partir dos textos, e de diferentes formas; entre os alunos e o

professor; entre os alunos na turma: na interação dos alunos com o material

didático; nas conversas em língua materna e na língua estrangeira estudada; e no

próprio uso da língua, que funciona como um recurso cognitivo ao promover o

desenvolvimento dos pensamentos e de idéias (VYGOTSKY, 1989).

Partindo do pressuposto da importância do conhecimento de um novo idioma

na construção de significados nas práticas discursivas na sala de aula, pela

interação verbal, na interação com o material didático, nas conversas em língua

materna e língua estrangeira, o erro deve ser visto como um aliado para que a

aprendizagem se efetive. Uma vez que é também construtor do conhecimento,

resultado do processo de aquisição de uma nova língua.

A partir das concepções e encaminhamentos metodológicos, os objetivos

específicos e conteúdos definidos, de modo que sejam respeitadas as diferenças

individuais, a Recuperação Paralela será diagnóstica e formativa na construção dos

significados, será simultânea aos conteúdos através de testes, revisão de conteúdos

e/ou trabalhos a serem definidos a critério do professor.

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161

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo. Hucitec. 1988.

BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Parâmetros Curriculares Nacionais

– Língua Estrangeira. Brasília, MEC, 1998.

CORACINI, M. J. O jogo discursivo na aula de leitura: língua materna e língua

estrangeira. Campinas: Pontes, 1995.

EDUCAÇÃO, Secretaria de Estado da. Diretrizes Curriculares de Língua

Estrangeira Moderna – Inglês.

FLOR DA SERRA, Esc. Est. De – Ensino Fundamental. Projeto Político-

Pedagógico da Escola.

GIMENEZ, T. Inovação educacional e o ensino de línguas estrangeiras

modernas: o caso do Paraná. Signum, v.2, 1999.

PEREIRA, C. F. As várias faces do livro didático de língua estrangeira. IN

SARMENTO S.; MULLER, J. (orgs.). O ensino do inglês como língua estrangeira:

estudos e reflexões. Porto Alegre: APIRS, 2004.

VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. 2 ed. Martins Fontes: São

Paulo,1989.

Page 162: ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA - Ensino Fundamental e Médio · apresentaÇÃo da disciplina ... ensino mÉdio ... proposta pedagÓgica curricular de lÍngua portuguesa/literatura

ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA – ENSINO FUNDAMENTAL

Aut.: RES. 274/84 Rec.: RES. 4913/85

Flor da Serra, s/n PR 182 Km 75 Realeza/PR CEP 85770-000

CNPJ 77.619.690/0001-96 Fone/Fax (0xx46) 3549-1195

e-mail: [email protected]

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

ENSINO MÉDIO

REALEZA-PR

AGOSTO/2008

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ARTE – ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Disciplina integrada à área de linguagens, códigos e suas tecnologias, o

ensino de Arte assume a condição de ser parte indissolúvel do conjunto de

conhecimentos essenciais que permitem ao estudante aproximar-se de várias

culturas e, estilos marcantes que fazem parte de nossa história cultural.

A história dessa disciplina remonta ao período colonial, nas vilas e reduções

jesuíticas, inclusive onde hoje se situa o Estado do Paraná, onde ocorreu à primeira

forma registrada de arte na educação.

Esse trabalho prestado pela Companhia de Jesus perdurou aproximadamente

250 anos, de 1500 a 1759 e foi importante porque influenciou na constituição da

matriz curricular brasileira.

Após esse período, os espaços que eram ocupados pelos colégios jesuítas

foram substituídos por colégios-seminários de outras congregações religiosas, onde

padres-mestres eram responsáveis pelo ensino escolar, que continuava organizado

sob uma tradição pedagógica e cultural jesuítica.

Em 1808, com a vinda da família real de Portugal para o Brasil, grupos de

artistas franceses acompanharam a corte portuguesa e foram encarregados da

fundação da Academia de Belas-Artes, onde os alunos poderiam aprender as artes

e ofícios artísticos.

Neste contexto, realizou-se a primeira reforma educacional do Brasil

República, em 1890, que procurou atender ao modo de produção capitalista,

caracterizado pelo início da industrialização no país, secundarizava e deslocava do

currículo o ensino de Arte, que tendia a ser centrado nas técnicas e artes manuais

ou em atividades sem vínculo com as propostas curriculares das escolas.

O ápice para a arte brasileira aconteceu com os movimentos nacionalistas em

torno da Semana da Arte Moderna de 1922, que influenciou artistas brasileiros,

como, por exemplo, os modernistas Anita Malfatti e Mário de Andrade, que

valorizavam a expressão singular e rompiam com os modos de representação

realistas.

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164

Em contraposição às formas anteriores de ensino que impunham modelos

que não correspondiam à cultura dos alunos, procurando valorizar a cultura

nacional, expressa na educação pela escola nova, que postulava métodos de ensino

em que a liberdade de expressão do aluno era priorizada.

Percebe-se no decorrer deste percurso histórico, que as diversas teorias,

sobre a arte, tiveram a inserção de algumas referências sobre sua função, o que

resulta também em diferentes posições, cita-se: como a arte pode servir à ética, à

política, à ideologia; ser utilitária ou mágica e transformar-se em mercadoria ou

meramente proporcionar prazer.

A partir disso, nota-se que a Arte não é uma produção fragmentada ou fruto

de modelos aleatórios ou apartados do contexto social nem é mera contemplação; é

sim, uma área de conhecimento que interage nas diferentes instâncias intelectuais,

culturais, políticas e econômicas, pois os sujeitos são construções históricas que

influem e são influenciados pelo pensar, fazer e fruir em arte.

OBJETIVO GERAL

Arte, na escola, é a oportunidade do aluno explorar, construir e aumentar seu

conhecimento, desenvolver suas habilidades, articular e realizar trabalhos estéticos

e explorar seus sentimentos.

O ensino de arte propicia meios de conhecer, apresentar, interpretar,

simbolizar e metaforizar em um contexto de apreciação estética e de valorização

cultural.

É essencial possibilitar a todos os alunos a construção de conhecimentos que

interajam com sua emoção, através do pensar, do apreciar e do fazer arte.

É observar as relações existentes entre o homem e a realidade, com

interesse e curiosidade, exercitando a discussão, a indagação, a argumentação e

apreciação da arte de modo simplificado.

O objetivo principal da Arte no Ensino Médio é instrumentalizar o aluno com

um conjunto de saberes em arte que o permitam utilizar o conhecimento estético na

compreensão das diversas manifestações culturais, tais como:

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165

o Possibilitar a familiarização do aluno com o universo artístico de forma que

esse possa explorar materiais e técnicas vinculadas a uma produção

cultural.

o Despertar o senso crítico do aluno, favorecendo o exercício da cidadania

fazendo-o compreender, analisar e colaborar para a transformação da

sociedade.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES e CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Os conteúdos para a disciplina de Arte, no Ensino Médio, devem ser

organizados de forma a preservar o direito do aluno de ter acesso ao conhecimento

sistematizado em arte.

Assim, para que o processo pedagógico se efetive, será trabalhado com

linguagens de: Artes Visuais, Teatro, Música ou Dança; e fará relação com os

saberes das outras áreas afins, onde proporcionará ao aluno uma perspectiva de

abrangência do conhecimento de arte produzido historicamente pela humanidade.

Os conteúdos estruturantes para a disciplina de Arte, no Ensino Médio, são os

seguintes:

o Elementos formais;

o Composição;

o Movimentos e períodos; e,

o Tempo e espaço.

Os conteúdos estruturantes, apesar de terem as suas especificidades, são

interdependentes e de mútua determinação. Nas aulas, o trabalho com esses

conteúdos deve ser feito de modo simultâneo, pois os elementos formais,

organizados por meio da técnica, do estilo e do conhecimento em arte constituirão a

composição, que se materializa como obra de arte nos movimentos e períodos.

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166

ÁREAS

1ª SÉRIEELEMENTOS

FORMAIS COMPOSIÇÃO

MOVIMENTOS E

PERÍODOSCONTEÚDOS ESPECÍFICOS

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167

ARTES

VISUAIS

o Ponto

o Linha

o Superfície

o Textura

o Volume

o Luz

o Cor

o Figurativa

o Abstrata

o Figura/fundo

o Bidimensional/

Tridimensional

o Semelhanças

o Contrastes

o Ritmo visual

o Gêneros

o Técnicas

o Leitura de obras

o Releitura

o Pinturas de telas

o Grafite

o Tatuagem: perigo ou

arte?

MÚSICA

o Vocal

o Instrumental

o Folclóricas

o Populares

o Paranaenses

o Análise

formações

instrumentais

o Atuais

o Diferentes Culturas

o Analise da realidade

Produção de letras com

diferentes ritmos

TEATRO

o Personagem

(expressões

corporais,

vocais, gestuais,

verbais, faciais)

o Representação

o Sonoplastia/iluminação/

cenografia/figurino/adereços/

caracterização/maquiagem

Expressão da realidade

DANÇA

o Movimento

corporal

o Tempo

o Espaço

o Eixo

o Ponto de apoio

o Salto e queda

o Rotação

o Arte Pré-histórica

o Arte no Egito antigo

o Arte Greco-Romana

o Arte pré Colombiana

o Arte Oriental

o Art Africana

o Arte Medieval

o Renascimento

o Barroco

o Neoclassicismo

o Romantismo

o Realismo

o Impressionismo

o Expressionismo

o Fauvismo

o Dança moderna

o Dança contemporânea

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169

ÁREAS

2ª SÉRIEELEMENTOS

FORMAIS COMPOSIÇÃO

MOVIMENTOS E

PERÍODOSCONTEÚDOS ESPECÍFICOS

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170

ARTES

VISUAIS

o Ponto

o Linha

o Superfície

o Textura

o Volume

o Luz

o Cor

o Figurativa

o Abstrata

o Figura/fundo

o Bidimensional/Tridimension

al

o Semelhanças

o Contrastes

o Releitura de obras

o Colagem

o História em quadrinhos

o Seres mitológicos

o Tela, papel, madeira...

MÚSICA

o Altura

o Duração

o Timbre

o Intensidade

o Densidade

o Ritmo

o Harmonia

o Melodia

o Intervalo melódico

o Intervalo harmônico

o Tonal

o Modal

o Gêneros

o Técnicas

o Improvisação

o Composição de letras e

paródias

TEATRO

o Personage

m

(expressões

corporais,

vocais,

gestuais,

verbais,

faciais)

o Ação

o Espaço

o Representação

o Sonoplastia/iluminação/

cenografia/figurino/adereços/

caracterização/maquiagem

o Jogos teatrais

o Roteiro

o Técnicas

o Peças (História

Paranaense)

o Fauvismo

o Cubismo

o Abstracionismo

o Dadaísmo

o Surrealismo

o Op. Arte

o Pop Arte

o Teatro pobre

o Teatro do Oprimido

o Música Serial

o Música Eletrônica

o Rap, Funk, techno

o Música minimalista

o Arte engajada

o Hip-hop

o Arte Brasileira

o Arte Paranaense

o Vanguardas Artísticas

o Indústria Cultural

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171

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Partindo da idéia em que o professor deve considerar para quem, como,

porque e o que será trabalhado em termos metodológicos. O trabalho em sala de

aula deve se pautar pela relação que o ser humano tem com a arte: produzir arte,

desenvolver um trabalho artístico é sentir e perceber as obras artísticas.

O enfoque no Ensino Médio e as relações de arte com a sociedade, com

ênfase na arte e ideologia, arte e seu conhecimento, arte e trabalho criador têm

como referencia o fato de serem as três principais concepções no campo das teorias

críticas da arte.

É importante lembrar como o ser humano transformou o mundo e a si próprio

pelo trabalho, de modo a construir a arte, a linguagem e a cultura.

A arte está presente desde os primórdios da humanidade. Depois de imitar os

objetos que via na natureza, o homem passou a criá-los e humanizá-los.

Pretende-se então, que o aluno aproprie-se do conhecimento de arte, que

transforme o real e produza novas maneiras de ver o mundo sob tal perspectiva, três

interpretações da arte são consideradas:

o Arte e ideologia: conjunto de idéias, crenças e doutrinas como elemento

de imposição de uma classe social sobre a outra.

o Arte e seu conhecimento: arte expressão da realidade.

o Arte e trabalho criador: são os processos de criação que nos envolvem,

nos faz sensíveis, ser pensante e atuante (OSTRWER, 1987, p. 69).

O trabalho em sala de aula poderá iniciar por qualquer uma dessas relações,

ou pelas três simultaneamente. Ao final das atividades, em uma ou várias aulas

espera-se que o aluno tenha vivenciado cada um deles.

O professor poderá realizar aulas expositivas, para fundamentar a aula

prática e esta por sua vez, poderá partir de uma observação, de um filme, de um

texto, de um objeto exposto, entre outros para desencadear o trabalho a ser

realizado.

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172

Dessa maneira, o professor pode criar e ampliar condições de aprendizagem

pela análise das linguagens artísticas, a partir da idéia de que elas são produtos da

cultura de um determinado contexto histórico. Em suas aulas, o professor poderá

abordar elementos artísticos que identificam determinadas sociedades e a forma

como deu-se a estilização de seus valores, pensamentos e ações. Esta

materialização do pensamento artístico de diferentes culturas coloca-se como

referencial simbólico a ser interpretado pelos alunos, por meio do conhecimento dos

recursos presentes nas linguagens artísticas.

No processo pedagógico, os alunos devem ter acesso a obras de música,

teatro, dança e artes visuais para que se familiarizem com diversas formas de

produção artística. Trata-se de envolver objetos da natureza e da cultura em uma

dimensão estética.

O trabalho do professor é possibilitar o acesso e mediar o sentir e o perceber,

para que o aluno possa interpretar as obras, transcender aparências e apreender,

pela arte, aspectos da realidade humana em sua dimensão singular e social.

Também deverá, ao longo de cada atividade desenvolver atitudes de

valorização da Sexualidade Humana, da História e Cultura Afro-brasileira e Africana

e principalmente trabalhar as diferentes formas de Enfrentamento à Violência, a

Prevenção do Uso indevido de Drogas; considerados os Desafios Educacionais

Contemporâneos que são de extrema importância para a formação do aluno como

ser humano e parte integrante de uma sociedade que está em constante evolução.

Sempre que necessário serão feitas as adaptações curriculares e

metodológicas de acordo com as necessidades dos alunos, para atender a

diversidade dos sujeitos sociais presentes na escola. Nesta perspectiva a escola se

propõe a trabalhar com a Educação Inclusiva que é uma realidade na sociedade

contemporânea.

AVALIAÇÃO

De acordo com o Projeto Político-Pedagógico do Estabelecimento de

Ensino, a avaliação é contínua, cumulativa, processual e somativa, na qual os

aspectos qualitativos estão sobrepostos aos quantitativos, pois visa refletir o

desenvolvimento global, considerando as características individuais do educando.

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Diagnóstica por ser a referência do professor (a) para planejar as aulas e

avaliar os alunos; é processual por pertencer a todos os momentos da prática

pedagógica. Inclui ainda, a avaliação do professor, da classe, sobre o

desenvolvimento das aulas e a auto-avaliação do aluno.

Lembrando que para as DCE (SEED, 2006),

De acordo com a LDB (nº 9.394/96, art. 24, inciso V) a avaliação é

“contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência

dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao

longo do período sobre os de eventuais provas finais”. Na

Deliberação 07/99 do Conselho Estadual de Educação (Capítulo I,

art. 8º), a avaliação almeja “o desenvolvimento formativo e cultural

do aluno” e deve “levar em consideração a capacidade individual, o

desempenho do aluno e sua participação nas atividades realizadas”.

A avaliação em Arte supera o papel de mero instrumento de medição da

apreensão de conteúdos e busca propiciar aprendizagens socialmente significativas

para o aluno. Ao ser processual e não estabelecer parâmetros comparativos entre

os alunos, discute dificuldades e progressos de cada um a partir da própria

produção. Assim, leva-se em conta a sistematização dos conhecimentos para a

compreensão mais efetiva da realidade.

O método de avaliação proposto inclui observação e registro do processo de

aprendizagem, com os avanços e dificuldades percebidos na apropriação do

conhecimento pelos alunos. O professor (a) deverá avaliar como o aluno soluciona

os problemas apresentados e como ele se relaciona com os colegas nas discussões

em grupo. Como sujeito desse processo, o aluno também deve elaborar seus

registros de forma sistematizada. As propostas podem ser socializadas em sala,

com oportunidades para o aluno apresentar, refletir e discutir sua produção e a dos

colegas.

Portanto, o conhecimento que o aluno acumula deve ser socializado entre

os colegas e, ao mesmo tempo, constitui-se como referência para o professor (a)

propor abordagens diferenciadas.

A fim de se obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são

necessários vários instrumentos de verificação, como o diagnóstico inicial e o

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acompanhamento da aprendizagem no percurso e no final do período letivo, por

meio de trabalhos artísticos, pesquisas e provas teóricas e práticas.

Cada trabalho será avaliado de acordo com sua principal característica, seja

ela proporção, linhas, formas, textura, leitura de obras entre outras. Essa avaliação

acontecerá através da observação dos trabalhos, relatos e registro de conceitos,

avaliação escrita, acompanhamento dos trabalhos práticos, organização do espaço,

estética e harmonia na composição.

As notas serão somatórias de acordo com as normas estabelecidas pela

escola e a recuperação, se necessária, será imediata após cada trabalho realizado

promovendo a reelaboração do mesmo.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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São Paulo: Perspectiva, 1966.

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Arte/ Secretaria de Educação Fundamental – Brasília: MEC/SEF, 1997.

CHAUI, M. Convite à Filosofia. Universos das Artes: Arte e Sociedade, São Paulo:

Ática, 2003.

ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA – ENSINO FUNDAMENTAL. Projeto

Político-Pedagógico. Realeza: 2007.

FERREIRA, A. B. H. Dicionário Aurélio Básico da língua portuguesa. Rio de

Janeiro: Nova Fronteira, 1995.

HADDAD, D. A. E MOBIM, D. G. A arte de fazer arte. 1ª ed. São Paulo, SP:

Saraiva, 1999.

PARANÁ. Conselho Estadual de Educação. Deliberação nº. 007/99, de 09 de abril

de 1999. Normas gerais para avaliação do aproveitamento escolar,

recuperação de estudos e promoção de alunos, do sistema estadual de ensino,

em nível do ensino fundamental e médio. Relatores: Marília Pinheiro Machado de

Souza e Orlando Bogo.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio.

Texto elaborado pelos participantes dos encontros de formação

continuada/Orientações Curriculares. Curitiba: SEED/DEM, 2003/2005. Mimeo.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro

Grau. Currículo básico para a escola pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG,

1992.

Page 176: ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA - Ensino Fundamental e Médio · apresentaÇÃo da disciplina ... ensino mÉdio ... proposta pedagÓgica curricular de lÍngua portuguesa/literatura

176

_____. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. LDP:

Livro Didático Público de Arte. Curitiba: SEED-PR, 2006.

_____. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Da Rede

Pública De Educação Básica Do Estado Do Paraná. Disciplina De Arte. Curitiba:

SEED-PR, 2006.

PROEÇA, Graça. História da Arte. São Paulo: Ática, 1991.

VASCONCELLOS, T. e NOGUEIRA, L. Educação artística: Reviver nossa arte –

Expressão plástica e arte brasileira. São Paulo, SP: Scipione, 1993.

VENTRELLA, R. e ARRUDA, J. Link da arte. 1ª ed. São Paulo, SP: Moderna, 2002.

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177

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE BIOLOGIA

ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A influência cada vez maior da Biologia na nossa vida exige que estejamos

bem informados para acompanhar as descobertas científicas, avaliar os seus

aspectos sociais e participar de forma crítica de decisões que dizem respeito a toda

a coletividade. Nos últimos anos, houve um avanço no conhecimento sobre o mundo

invisível das células e das moléculas, tornando a Biologia muito mais fascinante, o

que refletiu na melhor compreensão da diversidade da vida e das relações

evolutivas entre os organismos.

A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo, o fenômeno VIDA. Ao

longo da história da humanidade muitos foram os conceitos elaborados sobre este

fenômeno numa tentativa de explicá-lo e ao mesmo tempo, compreendê-lo.

Os conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia no Ensino Médio

não representam o resultado da apreensão contemplativa da natureza em si, mas os

modelos teóricos elaborados pelo homem que representam o esforço para entender,

explicar, utilizar e manipular os recursos.

Para compreender os pensamentos que contribuíram na construção das

diferentes concepções sobre o fenômeno VIDA e suas implicações para o ensino,

buscou-se na História da Ciência os contextos históricos nos quais pressões

religiosas econômicas, políticas e sociais impulsionaram mudanças conceituais no

modo como o homem passou a compreender a natureza.

A incursão pela história e Filosofia da Ciência permite identificar a

concepção da Ciência presente em cada momento histórico e as relações

estabelecidas com o próprio momento em que se destaca, as interferências que

sofre e provoca nesses momentos e que influencia o processo de construção de

conceitos sobre o fenômeno VIDA.

E o conhecimento, como construção, é sempre um processo inacabado.

Assim a uma idéia atribui-se valor quando ela pode ser freqüentemente usada como

resposta às questões postas. O conhecimento é produzido pelo desenvolvimento do

homem e determinado pelas necessidades materiais deste em cada momento

histórico.

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Sendo histórica, a Ciência reflete o desenvolvimento e as rupturas ocorridas

nos contextos sociaI, político, econômico e cultural dos diferentes momentos

históricos.

Em outros termos, se a incorporação da Ciência aos meios de produção

promoveram intensificações nos avanços da sociedade, não se pode considerar que

a Ciência somente acumula teorias, fatos, noções científicas aceitas na prática do

cientista mas que cria modelos paradigmáticos que nascem da utilidade da Ciência

em resposta às necessidades da sociedade.

A Biologia contribui para a formação de sujeitos críticos, reflexivos e

atuantes, por meio de conteúdos, desde que os mesmos proporcionem o

entendimento do objeto de estudo – o fenômeno Vida – em toda sua complexidade

de relações, ou seja, na organização dos seres vivos, no funcionamento dos

mecanismos biológicos, do estudo da biodiversidade no âmbito dos processos

biológicos de variabilidade gênica, hereditariedade e relações ecológicas e das

implicações dos avanços biológicos no fenômeno vida.

Como conseqüência de retomada do objeto de estudo da disciplina de

Biologia, principalmente levando-se em consideração que ensinar Biologia incorpora

a idéia de ensino sobre a Ciência e a partir dela, o desenvolvimento da metodologia

de ensino sofre influencia de reflexões sobre a filosofia da Ciência e o contexto

histórico, político, social e cultural de desenvolvimento.

No ensino, o que se tem que discutir é o papel da rigorosidade metódica

para o avanço da Ciência e as implicações deste avanço, perspectivando as

conseqüências para a vida humana, para a saúde do homem e para os impactos

ambientais.

Associando-se à Biologia enquanto produto histórico tem-se o

desenvolvimento da Biotecnologia e a compreensão de conceitos científicos, os

quais geram conflitos filosóficos, científicos e sociais, pois põe em discussão a

manipulação do material genético, alterando a concepção do fenômeno vida.

O método da prática social decorre das relações dialéticas entre o conteúdo

de ensino e concepção de mundo; entre a compreensão da realidade e a

intervenção nesta realidade. Confrontam-se os saberes do aluno com o saber

elaborado, na perspectiva da apropriação da concepção de Ciência da realidade

social. Fundamenta-se no materialismo histórico com a concepção de Ciência

enquanto atividade humana e que estuda os modos de produção.

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As Diretrizes Curriculares redimensionam a importância dada ao processo de

construção histórica dos conhecimentos biológicos de forma que os mesmos

possibilitem acesso à cultura científica, socialmente valorizada, tendo como objetivo

a formação do sujeito crítico e reflexivo.

OBJETIVO

O ensino e aprendizagem de Biologia contribuirão para a formação de

sujeitos críticos, reflexivos e atuantes, por meio de conteúdos, proporcionando o

entendimento do objeto de estudo em toda sua complexidade de relações, ou seja,

na organização dos seres vivos, no funcionamento dos mecanismos biológicos, do

estudo da biodiversidade no âmbito dos processos biológicos de variabilidade

genética, hereditariedade e relações ecológicas e das implicações dos avanços

biológicos no fenômeno VIDA. Analisará os conhecimentos biológicos, como

construção histórica de forma que os mesmos possibilitam acesso a cultura científica

e socialmente valorizada, é sempre um processo inacabado. Assim a uma idéia

atribui-se valor quando ela pode ser freqüentemente usada como resposta às

questões postas. Portanto, ao ensinar Biologia incorpora-se a idéia de ensinar sobre

a Ciência e a partir dela, o desenvolvimento da metodologia de ensino sofre

influencia de reflexão sobre a Filosofia da Ciência e o contexto histórico, político,

social e cultural de desenvolvimento.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES e CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

○ Organização dos seres vivos

• Ácidos nucléicos (DNA)

• Célula

• Metabolismo

○ Mecanismos biológicos

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180

• Divisão celular

• Reprodução

• Histologia

○ Biodiversidade

• O homem e o meio ambiente

• Cadeia alimentar

• Os cinco grandes reinos

○ Implicações dos avanços biológicos no fenômeno VIDA

• Células tronco

• Clonagem

• Transplantes

• Alimentos transgênicos

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

○ Biologia: visão geral e origem da vida

○ Biogênese x abiogênese

○ Hipóteses sobre a origem da vida

○ Das origens até os dias de hoje

○ Os primeiros seres vivos

○ Os reinos de seres vivos

○ A composição química das células (Orgânicas e inorgânicas)

○ Introdução à citologia e superfície das células

○ Citoplasma

○ Metabolismo energético das células

○ O núcleo e a síntese protéica

○ O código genético

○ Divisões celulares

○ Questões éticas e religiosas envolvendo o uso de células tronco

○ Histologia animal: tecido epitelial muscular, conjuntivo e nervoso. Filtros

solares

○ Genoma humano

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181

○ Anabolizantes

○ Os seres vivos e o ambiente

○ Produtores, consumidores e decompositores

○ Impactos de plantas transgênicas no sistema de produção de alimentos

○ Evolução na ciência: transplantes de órgãos no corpo humano

2ª SÉRIE:

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

○ Organização dos seres vivos

• Invertebrados e vertebrados

• Vegetais

○ Mecanismos biológicos

• Anatomia e fisiologia

• Reprodução

• Embriogênese

○ Biodiversidade

• Mecanismos de reprodução e classificação dos seres vivos

○ Implicações dos avanços biológicos no fenômeno VIDA

• Clonagem e alimentos transgênicos

• Saúde humana;

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

○ Reprodução: sexuada, assexuada, gametogênese e ovulogênese

○ Embriogênese: fases do desenvolvimento embrionário

○ Anexos embrionários

○ Taxonomia

○ Vírus

○ Reino Monera

○ Prevenção, saúde e tratamento de verminoses, malária, filariose e Doença

de Chagas

○ Educação sexual e hábitos de higiene

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○ Reino Protista

○ Reino Fungi

○ Reino Animal: Porífera, Cnidária, Plathelmintes, Nematelmintes, Mollusca,

Annelida, Artópodes, Echinodermas e Chordata

○ Reino Plantae

3ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

○ Organizações dos seres vivos

• Anatomia e filosofia

• Ciclos biogeoquímicos

• Evolução

○ Mecanismos biológicos:

• Reprodução

• Genética

○ Biodiversidade

• Ecologia

• O homem e o meio ambiente

○ Implicações dos avanços biológicos no fenômeno Vida

• Biotecnologia

• Transgênicos

• Transplantes

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

○ Genética

○ Visão histórica da genética

○ A primeira Lei de Mendel

○ Conceitos fundamentais

○ Genealogias e heredogramas

○ A segunda Lei de Mendel

○ A herança dos grupos sanguíneos do sistema ABO e Rh

○ Transfusão de sangue

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183

○ Anatomia e fisiologia humana

○ Sustentação e locomoção: sistema esquelético e muscular

○ Sistema digestório, respiratório e circulatório

○ Mecanismos de defesa

○ Excreção

○ Sistema reprodutor masculino e feminino

○ Fecundação

○ Métodos anticoncepcionais

○ Identificação de pessoas através do DNA

○ Engenharia genética: terapias e vacinas gênicas

○ Recuperação de espécies em extinção

○ Doenças sexualmente transmissíveis

○ Sistema nervoso e endócrino

• Evolução – teorias e evidências

• Lamarck x Darwin

• Seleção Natural

• A teoria sintética da evolução

○ Ecologia

• Os componentes estruturais de um ecossistema

• Fluxo de energia e ciclos da matéria

○ Impactos de plantas transgênicas no sistema de produção de alimentos

○ Evolução na ciência: transplante de órgãos no corpo humano

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Os conteúdos de Biologia poderão ser de forma integrada e desenvolvidos

através da prática social do ensino no momento histórico como ponto de partida

sendo analisada pelo aluno conforme sua concepção, estabelecendo conhecimentos

necessários para a resolução de questões, possibilitando aos alunos instrumentos

culturais passando ao entendimento elaboração de novas estruturas de

conhecimento, ao final retorna à prática social com o saber concreto e elaborado.

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Outras possibilidades metodológicas a serem utilizadas como a observação,

problematização, descrição e ampliação para a discussão como a aula dialogada,

leitura, escrita, jogos para gerar desafios, pesquisas, atividades práticas, aulas

demonstrativas e aulas experimentadas que possibilitem a participação dos alunos,

favorecendo a expressão de seus pensamentos, suas percepções, significações,

interpretações, produção/ criação de novos significados. Outra atividade é o estudo

do meio como parques, terrenos, zoológicos, rios, hortas, fábricas, lixões, etc.

Para o desenvolvimento das atividades se fará o uso de diferentes recursos

como vídeo, transparências, fotos, atividades experimentais e outras.

Os Desafios Educacionais Contemporâneos, quais sejam, Educação Fiscal,

Sexualidade Humana, História e Cultura Afro-brasileira e Africana, Prevenção ao

Uso Indevido de Drogas e Enfrentamento as Diferentes Formas de Violência, serão

abordados através de textos complementares, em atividades individuas e de grupo

que possibilitem a análise, o debate e a contextualização com o cotidiano.

Sempre que necessário serão feitas as adaptações curriculares e

metodológicas de acordo com as necessidades dos alunos, para atender a

diversidade dos sujeitos sociais presentes na escola. Nesta perspectiva a escola se

propõe a trabalhar com a Educação Inclusiva que é uma realidade na sociedade

contemporânea.

AVALIAÇÃO

De acordo com o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino,

a avaliação é contínua, cumulativa, processual e somativa, na qual os aspectos

qualitativos estão sobrepostos aos quantitativos, pois visa refletir o desenvolvimento

global, considerando as características individuais do educando.

A avaliação na disciplina de Biologia é um instrumento cuja finalidade é

obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para

nela intervir e reformular os processos de aprendizagem. Pressupõe-se uma tomada

de decisões onde o aluno toma conhecimento dos resultados de sua aprendizagem

e organiza-se para as mudanças necessárias.

Portanto, a avaliação é um instrumento reflexivo e prevê um conjunto de

ações pedagógicas pensadas e realizadas pelo professor ao longo do ano letivo,

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185

onde os instrumentos avaliativos utilizados serão diversificados com a avaliação

escrita na forma de: questões discursivas, de múltipla escolha, de somatória, de

interpretação e produção de textos, relatórios e documentos, aulas práticas, vídeos

VHS e DVD’s, atividades extra-classe e em sala de aula, individuais e em grupo.

Tais instrumentos permitem ao professor verificar se o aluno diferencia as

várias teorias de origem da vida, identifica os tipos e componentes celulares,

percebe a organização dos seres vivos e do meio, consegue constatar as

implicações dos avanços biológicos e tecnológicos no cotidiano e sendo capaz de

fazer uso deles para a melhoria da qualidade da vida.

A avaliação será contínua, num processo que envolva reflexão do professor

ao longo do período, envolvendo mudanças que se fizerem necessárias, aplicando a

recuperação paralela que será desenvolvida à medida que forem constatadas

dificuldades na aprendizagem, durante todo o ano letivo na forma de: atividades

complementares, trabalhos de pesquisa, exercícios de revisão dos conteúdos, extra-

classe e em sala de aula, monitoradas e preparadas pelo professor, com nova

abordagem dos conteúdos e posterior avaliação escrita.

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186

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

APPLE, M. W. Ideologia e currículo. Porto Alegre: Artmed, 2006.

BIZZO, N. Ciência fácil ou difícil? São Paulo: Ática,2000.

CARVALHO, A. M. P. [et al] Formação de professores de ciências: tendências e

inovações. São Paulo: Cortez, 2001.

ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA – ENSINO FUNDAMENTAL. Projeto

Político-Pedagógico. Realeza: 2007.

GASPARIN, J. L. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. Campinas:

Autores Associados, 2002.

KRASILCHIK, M. Prática de ensino de biologia. São Paulo: Editora da

Universidade de São Paulo, 2004.

MEC/ SEB – Orientações Curriculares Nacionais do Ensino Médio. Brasília,

2004.

PARANÁ, Secretaria De Estado Da Educação do. Departamento de Ensino Médio.

Reestruturação do Ensino de 2º Grau. Proposta de conteúdos do Ensino de 2º

Grau – Biologia. Curitiba, 1993.

_____, Secretaria De Estado Da Educação do. Diretrizes Curriculares Da Rede

Pública De Educação Básica Do Estado Do Paraná. Disciplina de Biologia.

Curitiba: SEED-PR, 2006.

_____, Secretaria de Estado da Educação do. Livro Didático Público de Biologia.

Curitiba: SEED-PR, 2006.

SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. Campinas:

Autores Associados, 1997.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA

ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Desde a existência do homem já se praticava a Educação Física, não a

convencional, mas no seu dia-a-dia, na caça, na pesca, na luta contra o meio-

ambiente e nas homenagens aos Deuses através das danças e ritmos.

A Educação Física em seu contexto histórico vem desde o início servir como

meio de melhorar a condição física do homem, para desempenhar os trabalhos com

maior produtividade.

No início a prática escolar de dava através de ginásticas adotadas por

militares com objetivo de doutrinação enaltecendo o patriotismo, seguindo logo após

os princípios higienista de um corpo forte e saudável delineado para defesa e

proteção da família e da Pátria.

Já na década de 30 o esporte começa a ser definido e popularizado com o

objetivo de valorizar a pátria, através dos esportes, bem como a obrigatoriedade da

prática, até os 21 anos objetivando formar mão de obra para o mercado de trabalho.

A educação física teve uma mudança na década de 70 quando passou a

utilizar métodos tecnicistas centrados na competição e no rendimento (alto nível) do

aluno, porém, foi no final da década de 80 que ela passou a valorizar a formação

integral do aluno, levando em consideração sua individualidade.

Já na década de 90 era proposto que a educação física desenvolvesse no

aluno uma formação histórico-crítica e social e até o presente momento, mesmo com

tantas mudanças, criticas reflexões, estudos, políticas, a educação física permanece

com a concepção do estudo do movimento e consciência corporal, como meio de

melhorar a qualidade de vida.

OBJETIVOS

○ Contribuir para a formação humana global do educando, ao estabelecer

relações entre os aspectos de saúde mental e física proporcionada pelos

conteúdos e pelos elementos articuladores da disciplina, de forma que o

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aluno faça análises, críticas e defina por opções que venham transformar

sua realidade, em busca de uma constante melhoria.

○ Estabelecer relações sociais, políticas, econômicas e culturais dos povos,

em respeito a individualidade de cada um.

○ A Educação Física introduzirá a formação do aluno à cultura corporal de

movimento, formando o cidadão que vai produzi-la e também transformá-

la, instrumentalizando-o para usufruir do jogo, do esporte, da dança, lutas

e ginásticas em beneficio de sua qualidade de vida;

○ Entender o desenvolvimento de ações educativas voltadas aos jovens,

possibilitando a aquisição de hábitos de vida que favoreçam a prática de

atividades físicas, sejam elas competitivas ou de lazer, de forma a

estabelecer padrões culturais de movimentos voltados a turma

absolutamente heterogêneas, no que concerne aos aspectos motores,

afetivos e cognitivos;

○ Proporcionar atividades corporais diversas que despertam o lúdico e o

prazer, com conhecimentos inerentes a saúde, cidadania e qualidade de

vida, desenvolvendo a crítica dos métodos e regras utilizadas fazendo

criar novas fórmulas de realizar as atividades e cuidar do corpo.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES e CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Os conteúdos serão aplicados em cada série de forma gradativa

diferenciando sua prática quanto ao grau de dificuldade, e conforme necessidade.

1ª série

○ Ginástica

o Condicionamento físico

o Benefícios para a saúde

o Alongamento

o Relaxamento

o Ginástica laboral

o Ginástica aeróbica e localizada

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o Postura corporal

○ Esporte

o Histórico

o Regras

o Fundamentos

o Objetivo

o Exercício tático

o Futsal

o Voleibol

o Basquetebol

o Handebol

o Iniciação a arbitragem

o Influência do esporte na sociedade

o Análise critica, aspectos políticos e econômicos sobre competições

mundiais (Jogos Olímpicos, Jogos Pan-americanos, Copa do Mundo).

○ Dança

o Ritmo

o Culturas e danças

o Ritmos coreografados

o Danças regionais

o Danças populares

o Danças e músicas Afros

o Capoeiras

○ Lutas

o Histórico

o Benefícios

o Regras

o Manifestações culturais

o Karatê

o Judô

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o Tae-kondo

○ Jogos

o Regras

o Desafios

o Criação de novas regras

o Xadrez

o Dominó

o Dama

o Trilha

o Peteca

o Ping-pong

o Espirebol

o Queimada

2ª série

○ Ginástica

o Condicionamento físico

o Benefícios para a saúde

o Alongamento

o Relaxamento

o Ginástica laboral

o Ginástica aeróbica e localizada

o Postura corporal

○ Esporte

o Histórico

o Regras

o Fundamentos

o Objetivo

o Exercício tático

o Futsal

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191

o Voleibol

o Basquetebol

o Handebol

o Iniciação a arbitragem

o Influência do esporte na sociedade

o Análise critica, aspectos políticos e econômicos sobre competições

mundiais (Jogos Olímpicos, Jogos Pan-americanos, Copa do Mundo).

○ Dança

o Ritmo;

o Culturas e danças

o Ritmos coreografados

o Danças regionais

o Danças populares

o Danças e músicas Afros

o Capoeiras

○ Lutas

o Histórico

o Benefícios

o Regras

o Manifestações culturais

o Karatê

o Judô

o Tae-kondo

○ Jogos

o Regras

o Desafios

o Criação de novas regras

o Xadrez

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o Dominó

o Dama

o Trilha

o Peteca

o Ping-pong;

o Espirebol

o Queimada

3ª série

○ Ginástica

o Condicionamento físico

o Benefícios para a saúde

o Alongamento

o Relaxamento

o Ginástica laboral

o Ginástica aeróbica e localizada

o Postura corporal

○ Esporte

o Histórico

o Regras

o Fundamentos

o Objetivo

o Exercício tático

o Futsal

o Voleibol

o Basquetebol

o Handebol

o Iniciação a arbitragem

o Influência do esporte na sociedade

o Análise critica, aspectos políticos e econômicos sobre competições

mundiais (Jogos Olímpicos, Jogos Pan-americanos, Copa do Mundo).

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○ Dança

o Ritmo

o Culturas e danças

o Ritmos coreografados

o Danças regionais

o Danças populares

o Danças e músicas Afros

o Capoeiras

○ Lutas

o Histórico

o Benefícios

o Regras

o Manifestações culturais

o Karatê

o Judô

o Tae-kondo

○ Jogos

o Regras

o Desafios

o Criação de novas regras

o Xadrez

o Dominó

o Dama

o Trilha

o Peteca

o Ping-pong

o Espirebol

o Queimada

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ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

O professor enquanto mediador das práticas educacionais deve oportunizar e

permitir ao aluno uma tomada de consciência e domínio de seu corpo, que alcance

resultados no desenvolvimento de suas possibilidades de aprendizagem.

O professor deve salientar que os conteúdos trabalhados não mudam em

relação às séries, o que muda são as referencias, o aprofundamento e a

complexidade em cada série.

Realizar programas voltados a restituir energia, com verificação da

capacidade de cada indivíduo, explicando seus benefícios adquiridos, quando

praticados adequadamente.

Para a construção do conhecimento com o respeito às diferenças, as aulas

serão:

o Expositivas, dialogadas e práticas;

o Uso de materiais esportivos;

o Jogos;

o Recursos audiovisuais;

o Dinâmica para fixar fundamentos;

o Pesquisa na Internet;

o Trabalhos individuais, duplas e grupos;

o Os desafios educacionais contemporâneos serão abordados em forma de

teatro, danças, palestras, homenagens;

o Ocorrerá a participação em eventos municipais e regionais como: Jogos

Colegiais e Open Municipal, Festival de Xadrez e Interséries na Escola.

O professor deverá abordar em conjunto aos conteúdos os Desafios

Educacionais Contemporâneos, que são: Educação Fiscal, Meio Ambiente, História

e Cultura Afro-brasileira e Africana, Prevenção ao uso Indevido de Drogas,

Sexualidade Humana e Enfrentamento a Violência, proporcionando ao aluno um

conhecimento mais amplo de situações que acontecem no Brasil, bem como discuti-

las formando, assim, no aluno um senso crítico-construtivo perante tais situações.

Sempre que necessário serão feitas as adaptações curriculares e

metodológicas de acordo com as necessidades dos alunos, para atender a

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195

diversidade dos sujeitos sociais presentes na escola. Nesta perspectiva a escola se

propõe a trabalhar com a Educação Inclusiva que é uma realidade na sociedade

contemporânea.

AVALIAÇÃO

De acordo com o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de

ensino, a avaliação é contínua, cumulativa, processual e somativa, na qual os

aspectos qualitativos estão sobrepostos aos quantitativos, pois visa refletir o

desenvolvimento global, considerando as características individuais do educando.

A avaliação será desenvolvida através de atividades teóricas e práticas onde

o professor faz o diagnóstico, a partir dos seguintes instrumentos:

○ Trabalhos escritos;

○ Participação nas aulas teóricas e práticas;

○ Avaliação Teórica e Prática;

○ Desenvolvimento prático e compreensão dos conteúdos.

Na avaliação prática de Educação Física, o professor avaliará os alunos de

acordo com suas capacidades e individualidades, sendo que na teoria a avaliação

ocorrerá através de testes e provas escritas e oralmente, em grupo e

individualmente.

A avaliação deve estar em sintonia com os conteúdos trabalhados, ocorrendo

de forma contínua, diagnóstica, participativa e por meio de aferições escritas, orais e

observações em grupo e individual.

A Recuperação Paralela será realizada através da revisão e retomada dos

conteúdos de forma diferenciada; com trabalhos de monitoria e trabalhos em grupo e

individual.

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197

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRACHT, Valter. A constituição das teorias pedagógicas da Educação Física.

In: Caderno Cedes, ano XIX, n.48, Agosto/99;

BRUHNS, H. T. O jogo nas diferentes perspectivas teóricas. In: Revista

Motivivência, Ano VIII, n. 09, Dezembro/96;

CASTELANI FILHO, Lino. Educação Física no Brasil: a histórica que não se

conta. 2ª ed. Campinas: Papirus, 1991;

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino de Educação Física. São

Paulo. Cortez, 1992;

CORDEIRO Jr, O. Proposta Teórico – metodológica do ensino de judô escolar a

partir dos princípios da pedagógica crítico-superadora: uma construção

possível. Goiás: UFG, 1999. Memórias de Licenciatura.

Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná. Curitiba, 1990;

DAOLIO, J. Educação Física e o conceito de cultura. Campinas. Autores e

Associados, 2004.

DARICO, S. C. e RANGEL, I. C. A. Educação Física na escola: implicações para

a prática pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara KOOGAN, 2005;

ESCOBAR, M. O. Cultura corporal na escola: tarefas da Educação Física. In:

Revista Motrivivência, n. 08, p. 91-100, Florianópolis: Ijuí, 1995;

ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA – ENSINO FUNDAMENTAL. Projeto

Político-Pedagógico. Realeza: 2007.

FALCAO, J. L. C. Capoeira. In: KUNZ, E. Didática da Educação Física 1. 3ª ed.

Ijuí: Ed. Unijuí, 2003, p. 55 – 94;

Page 198: ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA - Ensino Fundamental e Médio · apresentaÇÃo da disciplina ... ensino mÉdio ... proposta pedagÓgica curricular de lÍngua portuguesa/literatura

198

FIAMONCINI, L., SARAIVA, M. do. Dança na escola: a criação e a co-educação

em pauta. In: KUNZ, E. Didática da Educação Física 1. 3 ed. Ijuí: Ed. Unijuí, 2003,

p. 95-120;

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares Da Rede

Pública De Educação Básica Do Estado Do Paraná: Educação Física. Curitiba:

SEED-PR, 2006.

_____. Livro Didático Público: Educação Física. Curitiba: SEED-PR, 2006.

TOSETTI, Solange. A Educação Física. 1ª ed. Erechim: Edelbra.

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199

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FILOSOFIA

ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Há mais de 2600 anos, a Filosofia se constituiu como pensamento racional, e

historicamente existe a preocupação com a metodologia de ensino dessa disciplina.

Uma vez que para seu ensino é basicamente utilizada a retórica, a partir de

conteúdos muitas vezes polêmicos, ocorre a necessidade de se garantir que os

métodos não deturpem o conteúdo.

Os conteúdos além de polêmicos, muitos não caracterizam verdades

absolutas, como moral e política, e isto no processo ensino-aprendizagem, pode

gerar estranheza nos educandos, pois estes tendem a esperar que os

conhecimentos possuam conclusões definitivas.

Objetivo da Filosofia não é encontrar uma resposta eficaz para um dado

problema, pois seu objeto de pesquisa são questões que não se obtém através

Ciência.

Na Idade Antiga, pensava-se que o ensino da Filosofia se limitasse à

transmissão de técnicas de sedução do ouvinte, por meio de discursos, o perigo

seria outro: a Filosofia favorecia posturas polemicas, como relativismo moral ou o

uso pernicioso do conhecimento.

Na Idade Média a Filosofia era marcada pelo teocentrismo, já na Idade

Moderna o discurso foi aos poucos substituído pelo pensamento antropocêntrico. O

pensamento contemporâneo preocupa-se com o homem, no que diz respeito à sua

historicidade, sociabilidade, secularização da consciência e antidogmatismo, além

de outros momentos históricos de grande reflexão para a vida humana.

A Filosofia enquanto disciplina nos currículos escolares brasileiros, efetivou-

se desde o ensino dos Jesuítas, portanto era tida como um instrumento moral e

intelectual, de caráter teocêntrico,

Com a Proclamação da República, a Filosofia tornou-se disciplina obrigatória

do currículo oficial. Mas durante o regime militar, ela desapareceu do currículo

escolar, pois havia a repressão a todo e qualquer pensamento crítico, bem como as

possíveis ações que dele advinham.

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200

Apesar de movimentos de professores que solicitavam a presença da

Filosofia como disciplina no Ensino Médio, a LDB 9394/96 não garantiu essa

obrigatoriedade; apenas nos PCN´s consta o ensino de Filosofia com caráter de

transversalidade.

Após discussões sobre as políticas públicas referentes as disciplinas, em

2006 o parecer CNE/CEB nº 38/2006, torna a Filosofia e a Sociologia disciplinas

obrigatórias na matriz curricular do Ensino Médio. Semelhantemente no Paraná,

aprovou-se a lei nº 15228, em julho de 2006 que apresenta a obrigatoriedade destas

disciplinas para o Ensino Médio.

Dado todo o resgate histórico da disciplina de Filosofia e a sua

obrigatoriedade no Ensino Médio há que se analisar o seu papel a ser desenvolvido.

O estudo da Filosofia gira em torno de problemas e conceitos criados

historicamente, portanto, pode contribuir com as polêmicas mundial e brasileira da

atualidade, no que diz respeito à questões como valores éticos, políticos, estéticos e

epistemológicos.

A formação pluridimensional e democrática é um dos objetivos do Ensino

Médio e a Filosofia possibilita o desenvolvimento destas características ao permitir

que o aluno conheça como se dá o pensamento e a experiência humana, ao

articular espaço e tempo dentro de uma perspectiva sócio-histórica. A Filosofia deve

estar articulada à outras disciplinas, na busca de uma formação plena do educando.

O ensino de Filosofia está intrinsecamente ligado ao ato de filosofar, ao passo

que filosofar é ensinar Filosofia, pois esta prática leva à análise e criação de

conceitos, quando o estudante investiga problemas suscitados em textos filosóficos

na busca de soluções.

O professor deve ter o domínio do conteúdo em questão, para organizar a

atividade filosófica, a partir de debates, problematizações, pesquisas,

sistematizações, leituras filosóficas e análises de textos.

Nesse sentido, o estudo do texto filosófico faz-se necessário, desde que este

atualize o problema filosófico e permita a construção de conhecimento.

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201

OBJETIVOS

o Viabilizar um espaço de experiência filosófica, espaço de provocação, de

compreensão, de imaginação, de investigação, de análise e criação de

conceitos, tudo isso aliado à experiência pessoal do educando;

o Analisar os problemas suscitados, na busca de soluções por meio de

investigação de textos filosóficos;

o Propiciar a investigação intelectual, o pensar, a busca pela profundidade

de conceitos e das suas relações históricas, em oposição ao caráter

imediatista;

o Contribuir para a formação plena do educando, na medida em que sua

reflexão sobre temas relacionados à política, ética, estética, ciência,

existência e conhecimento, torne-o capaz de (re)tomar ações frente a

situações diversas, de forma crítica e contextualizada.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES e CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

MITO E FILOSOFIA:

○ O que é Filosofia;

○ O que é Mito;

○ A Razão.

TEORIA DO CONHECIMENTO:

○ Conhecimento;

○ Verdade;

○ Razão;

○ Teorias do Conhecimento

ÉTICA:

○ Ética

○ Felicidade

○ Virtude

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202

○ Amizade

○ Justiça

○ Democracia

○ Liberdade

FILOSOFIA E POLÍTICA

○ O que é política

○ Liberdade

○ A democracia

○ Direitos Humanos

○ Poder

FILOSOFIA DA CIÊNCIA

○ Conhecimento científico

○ Genética

○ Tecnologia

○ Bioética

ESTÉTICA

○ O que é Estética

○ O Belo

○ A Sensibilidade

○ A Arte

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

O ensino de Filosofia ou o ato de filosofar deve levar o educando à análise da

vida, das situações que acontecem no cotidiano, para que ele conheça, perceba,

compreenda e tome decisões diante delas.

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Portanto, deve ser apresentar um tema para ser discutido contextualizando-o

com um determinado conteúdo e fazer a referência com a atualidade.

A partir da discussão, os problemas e as questões levantadas, deverão ser

investigados e a busca pelas soluções, bem como a criação de conceitos deve

acontecer mediante uma prática filosófica.

Para cada conteúdo estruturante será feita a fundamentação teórica, a partir

de no mínimo dois filósofos clássicos, além de teóricos contemporâneos que

escreveram sobre Filosofia, para estabelecer relações e comparações entre suas

concepções.

Para tanto, os assuntos poderão ser provenientes de texto, de música, de

imagem, de filme, entre outros. O professor através desses recursos poderá

encaminhar debates em pequenos grupos e/ou com a turma, análises e sínteses

individuais e em grupos, desenvolvendo e melhorando assim, a capacidade de

crítica, num ambiente de participação e dinâmico. Partindo para uma investigação e

fundamentação teórica, buscando aprofundamento nos clássicos da Filosofia.

O professor deverá abordar em conjunto aos conteúdos, os Desafios

Educacionais Contemporâneos, que são: Educação Fiscal, Meio Ambiente, História

e Cultura Afro-brasileira e Africana, Prevenção ao uso Indevido de Drogas,

Sexualidade Humana e Enfrentamento a Violência, proporcionando ao aluno um

conhecimento mais amplo de situações que acontecem no Brasil, bem como discuti-

las formando, assim, no aluno um senso crítico-construtivo perante tais situações.

Sempre que necessário serão feitas as adaptações curriculares e

metodológicas de acordo com as necessidades dos alunos, para atender a

diversidade dos sujeitos sociais presentes na escola. Nesta perspectiva a escola se

propõe a trabalhar com a Educação Inclusiva que é uma realidade na sociedade

contemporânea.

AVALIAÇÃO

De acordo com o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino,

a avaliação é contínua, cumulativa, processual e somativa, na qual os aspectos

qualitativos estão sobrepostos aos quantitativos, pois visa refletir o desenvolvimento

global, considerando as características individuais do educando.

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204

Na disciplina de Filosofia, o ato de avaliar pelo professor deve considerar e

respeitar as considerações e posições do educando, ainda que não se assemelhem

às suas, mas que garanta o conhecimento teórico de Filosofia, a coerência e

argumentação nas falas e produções escritas.

Para a realização das avaliações serão utilizados:

○ Teste de aproveitamento oral;

○ Apresentação de seminários;

○ Provas escritas com ou sem consultas;

○ Trabalhos em forma de pesquisa para o aprofundamento do conteúdo,

individual ou em grupo;

○ Tarefas específicas para casa;

○ Análise, interpretação e produção de textos filosóficos.

A avaliação irá analisar a capacidade de argumentar, construir e tomar

posições, bem como identificar os limites destas, detectar os princípios e interesses

referentes aos temas e discursos. Neste sentido, será verificado se houve mudança

de postura ou manutenção da mesma, por parte do educando.

Quando não houver um bom aproveitamento de estudos por parte do

educando, será oportunizada a recuperação paralela, de forma que ele possa

compreender melhor o conteúdo, através de um dos instrumentos acima

relacionados.

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205

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Editora Ática, 2004.

DELEUZE, Gilles. O que é Filosofia? São Paulo: Editora 34, 2005.

FLOR DA SERRA, Esc. Est. de – Ensino Fundamental. Projeto Político-

Pedagógico. Realeza: 2007.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Da Rede

Pública De Educação Básica Do Estado Do Paraná. Disciplina De Filosofia.

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PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. LDP:

Livro Didático Público de Filosofia. Curitiba: SEED-PR, 2006

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FÍSICA

ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Física deve, através de seus conteúdos, contribuir para a formação dos

sujeitos, através da compreensão do universo, sua evolução, sua transformação e

as suas interações que nele se apresenta.

A partir desse pressuposto, consensuamos que o processo de ensino-

aprendizagem deve partir do conhecimento prévio trazido pelos estudantes, como

fruto de suas experiências e vida em seu contexto social e que na escola se fazem

presentes no momento em que se inicia o processo.

A experimentação no ensino de Física é importante se entendida como uma

metodologia de ensino que contribua com a ligação entre a teoria e a prática,

proporcionando uma melhor interação entre professor e aluno ou até mesmo entre

grupos de alunos.

Precisamos permitir aos alunos que se apropriem do conhecimento Físico

dando ênfase aos aspectos conceituais e não utilizando a Matemática como pré-

requisito para ensinar Física, ainda que a linguagem matemática é uma ferramenta

importante paro o ensino da Física.

Contudo, a Física não se separa das outras disciplinas. O que deve ser

considerado no planejamento das atividades é o relacionamento do conteúdo a ser

trabalhado com o contexto social, econômico, cultural e histórico, situando-os no

tempo e no espaço.

OBJETIVO

A Física tem como objetivo o estudo do Universo, que se desenvolve em

função da necessidade do homem em conhecer o mundo natural.

Deste modo, os objetivos específicos podem ser elencados da seguinte

maneira:

• Desenvolver estudos que visem maior compreensão do mundo e dos

fenômenos que nele acontecem.

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• Possibilitar intervenções na melhoria da qualidade de vida, através de

deduções e estudos sobre novos conhecimentos relacionados aos avanços

tecnológicos.

• Desenvolver a capacidade de abstrair e teorizar por meio de situações

concretas e exemplos práticos que permitem o estudo e interpretação de

fatos, fenômenos e processos naturais.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES e CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

MOVIMENTO

Conteúdo específico:

○ Momentum e Inércia

○ Conservação da quantidade de movimento (momentum)

○ Variação da quantidade de movimento = impulso

○ 2ª Lei de Newton

○ 3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio

○ Gravidade

○ Energia e o Princípio da Conservação de Energia

○ Variação de energia de parte de um sistema – trabalho e potência

○ Fluídos

○ Oscilações

TERMODINÂMICA

Conteúdo Específico:

○ Lei Zero da Termodinâmica

- Temperatura

- Dilatação térmica

- Escalas termométricas

- Equilíbrio térmico

- Lei dos gases ideais

- Teoria cinética dos gases

○ 1ª Lei da Termodinâmica

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○ Propriedades Térmicas e Dilatação dos Materiais

○ 2ª Lei da Termodinâmica

○ 3ª Lei da Termodinâmica

ELETROMAGNETISMO

Conteúdo Específico

○ Carga elétrica

- Lei de Du Fay

- Lei de Coulomb

- Campo elétrico

- Trabalho da força elétrica

- Gaiola de Faraday

- Corrente elétrica

- Resistência elétrica

- Leis de Ohm

○ Elementos de um circuito:

- Circuitos elétricos

- Força eletromotriz

- Gerador e receptor

- Efeito Toute

○ Força eletromagnética

- Propriedade magnética

- Leis das ações magnéticas

- Geomagnetismo

- Indução magnética

- Campo magnético

○ Equações de Maxwell

○ Elementos de um circuito

○ Luz

- Ondas (reflexão, refração e difração)

- Dualidade da luz

- Propagação e reflexão da luz

- Refração da luz

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- Ondas eletromagnéticas

MOVIMENTO

Conteúdo Específico

○ Energia e princípio da conservação de energia

- Energia cinética

- Energia potencial

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

O processo de ensino-aprendizagem em Física, deve partir do conhecimento

prévio dos estudantes, para que ao longo das aulas estes possam ter acesso ao

saber socialmente construído e sistematizado, orientados pelo professor. Dessa

forma, o professor encaminhará o estudante na busca da aprendizagem que

acontece quando as novas informações interagem com o conhecimento prévio do

sujeito e, simultaneamente, adicionam, diferenciam, integram, modificam e

enriquecem o conhecimento já existente.

Para tanto, a metodologia da disciplina de Física contemplará aulas

expositivas e diálogos dirigidos, enfatizando a participação dos alunos, através de

hipóteses e experimentações, no sentido de formular conceitos.

Serão utilizados recursos como experimentos, observação de fenômenos,

filmes, visitas de estudo, palestras, e ainda, a utilização de recursos tecnológicos,

para possibilitar o desenvolvimento do raciocínio lógico e reflexivo no educando.

Com isto, será possível sistematizar os conhecimentos apreendidos e realizar

relatórios, debates, conversações, seminários, trabalhos de pesquisa, entre outros.

Entender a disciplina de Física como Ciência significa compreender que o

conhecimento proporcionado por ela é parte integrante da sociedade. Neste sentido

a utilização de textos complementares referentes aos Desafios Educacionais

Contemporâneos – História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, Educação Fiscal,

Educação Ambiental, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas e a Sexualidade

Humana, possibilitam debates, seminários, problematização e busca de soluções

que norteiam seu cotidiano, contribuindo para a formação global do educando.

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Sempre que necessário serão feitas as adaptações curriculares e

metodológicas de acordo com as necessidades dos alunos, para atender a

diversidade dos sujeitos sociais presentes na escola. Nesta perspectiva a escola se

propõe a trabalhar com a Educação Inclusiva que é uma realidade na sociedade

contemporânea.

AVALIAÇÃO

De acordo com o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino,

a avaliação é contínua, cumulativa, processual e somativa, na qual os aspectos

qualitativos estão sobrepostos aos quantitativos, pois visa refletir o desenvolvimento

global, considerando as características individuais do educando.

Deve-se levar em conta o progresso do estudante quanto os aspectos

históricos, conceituais e culturais. A avaliação deve ter um caráter diversificado,

levando em consideração todos os aspectos: a compreensão dos conceitos físicos,

a capacidade de análise de um texto, seja ele literário ou cientifico, emitindo uma

opinião que leve em conta o conteúdo físico, a capacidade de elaborar um relatório

sobre um experimento e também considerar a apropriação dos conteúdos.

Os instrumentos a serem utilizados são: avaliações escritas, trabalho

individual e em grupo, relatório de atividades em laboratório, seminários, exposições

de trabalhos, entre outros.

A avaliação só tem sentido quando realizada como instrumento para intervir

no processo de aprendizagem dos estudantes, visando o seu crescimento.

Neste sentido, quando o educando não obtiver um bom aproveitamento de

estudos, será realizada a recuperação paralela para possibilitar um novo

encaminhamento com a retomada dos conteúdos trabalhados para que ele se

aproprie do conhecimento científico.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA – ENSINO FUNDAMENTAL. Projeto

Político-Pedagógico. Realeza: 2007.

MENEZES, L. C. A matéria. São Paulo: SBF, 2005.

ROCHA, J. F. (Org) Origens e evolução das idéias da Física. Salvador: Edufra,

2002.

PARANÁ, Secretaria De Estado Da Educação. Diretrizes Curriculares Da Rede

Pública De Educação Básica Do Estado Do Paraná: Física. Curitiba: SEED-PR,

2006.

_____, Secretaria De Estado Da Educação. Livro Didático Público de Física.

Curitiba: SEED-PR, 2006.

_____, Secretaria De Estado Da Educação. Programa Expansão, Melhoria e

Inovação no Ensino Médio. Curitiba: SEED, 1994.

_____, Secretaria De Estado Da Educação. Reestruturação do ensino de 2º grau.

Física. Curitiba: SEED/ DESG, 1993.

SAVIANI, D. Escola e democracia. São Paulo: Autores Associados, 2002.

TAVARES, R. Aprendizagem significativa. In: Revista Conceito, julho de 2003/

julho de 2004.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA

ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

As relações com a natureza e com o espaço geográfico fazem parte das

estratégias de sobrevivência dos grupos humanos desde as suas primeiras formas

de organização.

Na Antiguidade clássica, muito se avançou na elaboração dos saberes

geográficos. Ampliaram-se os conhecimentos sobre as relações sociedade-natureza,

extensão e características físicas e humanas dos territórios imperiais. Estudos

descritivos das áreas conquistadas e informações sobre a localização, o acesso e as

características das cidades e regiões dos impérios eram conhecimentos

fundamentais para suas organizações políticas e econômicas.

Nesse contexto, desenvolveram-se outros conhecimentos como os relativos

à elaboração de mapas, discussões a respeito da forma e do tamanho da Terra, da

distribuição de terras e águas, bem como, a defesa da tese da esfericidade da Terra;

o cálculo do diâmetro do planeta, cálculos sobre latitude e definições climáticas.

Na Idade Média, alguns conhecimentos geográficos constituídos

anteriormente foram abandonados, tidos como não-verdade, pois feriam a visão de

mundo imposta pelo poder político então estabelecido.

As questões cartográficas, bem como a forma do planeta, voltaram a ser

discutidas, a partir do século XII, quando os mercadores precisavam representar o

espaço com detalhes para registrar as rotas maretas, a localização e distâncias dos

continentes.

A partir do século VXI, as expedições terrestres passaram a descrever e

representar detalhadamente o espaço – rios, lagos, montanhas, desertos, planícies,

e também as relações homem-natureza em sociedades distintas e ainda

desconhecidas, com levantamento de dados sobre os territórios coloniais, suas

riquezas naturais e aspectos humanos.

Até o século XIX, contudo, não havia sistematização da produção

geográfica. Os estudos relativos a este campo do conhecimento estavam dispersos

em obras diversas, desde literários até relatórios administrativos.

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No século XIX, foram criadas diversas sociedades geográficas, que tinham

apoio dos Estados Colonizadores como Inglaterra, França e Alemanha. As

pesquisas dessas sociedades ludibriaram o surgimento das escolas nacionais de

pensamento geográfico – destacadamente a alemã e a francesa.

O pensamento geográfico da escola alemã teve como precursor Humboldt e

Ritter, mas coube a Ratzel destaque como fundador da Geografia sistematizada

institucionalmente e considerada científica. O pensamento geográfico da escola

francesa, por sua vez, teve como principal representante Vidal de La Blache.

Para Vidal de La Blache, a relação sociedade-natureza, criava um gênero de

vida, próprio de uma determinada sociedade. Em sua teoria, o homem, ao ocupar os

vários pontos da superfície terrestre, em cada lugar se adaptou ao meio que o

envolvia, criando no relacionamento constante e cumulativo com a natureza, um

acervo de técnicas, hábitos e costumes que lhe permitiram utilizar os recursos

disponíveis.

As idéias geográficas foram inseridas no currículo escolar brasileiro no

século XIX e apareciam de forma indireta nas escolas de primeiras letras.

A institucionalização da Geografia no Brasil, no entanto, se consolidou

apenas na década de 1930, quando as pesquisas desenvolvidas buscavam

compreender e descrever o ambiente físico nacional com o objetivo de servir aos

interesses políticos do Estado. Essa abordagem do conhecimento geográfico

perpetuou-se por boa parte do século XX. Nas escolas brasileiras, a Geografia tinha

um caráter decorativo e enciclopedista, focado na descrição do espaço, na formação

e no fortalecimento do nacionalismo, com um papel significativo na consolidação do

Estado Nacional Brasileiro.

Com o fim da ditadura militar, a renovação do pensamento geográfico,

iniciada após a Segunda Guerra, chegou com força ao Brasil. As discussões teóricas

que então se sobressaíram centraram-se em torno do movimento da Geografia

Crítica. A chamada Geografia Crítica, como linha teórico-metodológica do

pensamento geográfico , deu novas interpretações aos conceitos e ao objetivo de

estudo, trazendo as questões econômicas, sociais e políticas como fundamentais

para a compreensão do espaço geográfico.

A abordagem teórico-crítica proposta para o ensino da Geografia,

compreende o espaço geográfico como social, produzido e reproduzido pela

sociedade.

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OBJETIVOS

Desenvolver no educando o processo de compreensão do meio no qual

encontra-se inserido, bem como analisar as transformações do mundo

contemporâneo, buscando discutir as relações homem-meio e as formas de

apropriação derivadas da sociedade capitalista de produção, relacionando ao

espaço globalizado, mediante uma leitura crítica do mundo.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES e CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1ª SÉRIE

o Dimensão Econômica do Espaço Geográfico

• Introdução à Geografia;

• Espaço e lugar;

• Elementos do espaço geográfico;

• Orientação e localização nos espaços;

• Coordenadas geográficas;

• Fusos horários;

• Planeta Terra.

o Dimensão Política do Espaço Geográfico

• Os atuais conceitos de Estado – Nação, país, fronteira e território;

• Redefinição de fronteiras: conflitos de base territorial, tais como:

étnicos, culturais, políticos, econômicos, entre outros;

• Questões territórios indígenas;

• Territórios urbanos marginais: narcotráfico, prostituição, sem-teto, entre

outros.

o Dimensão Sócioambiental do Espaço Geográfico

• Dinâmica da natureza e formação dos objetos naturais;

• Atividades humanas e transformação da paisagem natural nas diversas

escalas geográficas;

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• Recursos naturais: conservacionismo e preservacionismo;

• Patrimônios culturais e ecológicos;

• Produção do espaço geográfico e impactos ambientais sobre a água, o

solo, o ar, o clima;

• Problemas ambientais dos grandes centros urbanos;

• Ocupação de áreas de risco, encostas e mananciais.

o Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico

• Crescimento demográfico e suas implicações políticas, sociais e

econômicas;

• Teorias demográficas e políticas populacionais em diferentes países;

• Composição demográfica dos lugares: geração, gênero e etnia;

• Diferentes grupos étnicos e o racismo: migração e desemprego;

• Nacionalismo, minorias étnicas, separatismo e xenofobia;

• Movimentos migratórios e suas implicações, econômico – culturais e

sócio-espaciais;

• Aspectos culturais das identidades regionais;

• Diferentes grupos socioculturais e suas marcas na paisagem e no

espaço urbano e rural.

2ª SÉRIE

o Dimensão Econômica do Espaço Geográfico

• O modo de produção capitalista, os diferentes ritmos de produção e as

desigualdades espaciais;

• Revolução tecno-científica-informacional e o novo arranjo no espaço

da produção;

• Os avanços tecnológicos da indústria no Brasil e sua distribuição

espacial;

• Distribuição espacial das indústrias nas diferentes escalas geográficas;

• A industrialização dos países: clássica, periférica e planejada;

• Redes de transportes, de comunicação e a circulação de produtos;

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• Distribuição dos espaços de produção (indústrias) e de consumo

(importação e exportação);

• Urbanização desigual: conurbação hierarquia das cidades

(megalópole, metrópole, cidades grandes);

• A produção do espaço urbano: especulação imobiliária e periférica.

• Dimensão Política do Espaço Geográfico

• Formação do território brasileiro: expansão e regionalização;

• Estrutura e formação das cidades globais;

• Ocupação do território por diferentes grupos sociais e étnicos: a

formação das áreas de risco;

• Territórios urbanos marginais e a formação de micro-territórios;

• Movimentos sociais e reordenação do espaço urbano;

• Estrutura agrária: distribuição de terras e as relações de trabalho;

• Interdependência econômica política e cultural do campo – cidade;

• Áreas de segregação como as favelas, shopping, condomínios

fechados e outros;

• A reorganização do espaço e as guerras fiscais.

o Dimensão Sócioambiental do Espaço Geográfico

• A mecanização do campo e seus impactos ambientais;

• Os impactos ambientais e econômicos da expansão das fronteiras

agrícolas;

• A exploração dos recursos naturais e as novas possibilidades de

produção e uso de energia;

• Os impactos da biotecnologia na produção no espaço rural:

transgênicos, Revolução Verde, insumos agrícolas;

• Os efeitos do clima na distribuição e produção agrícola;

• A sociedade industrial e os impactos ambientais sobre: solo, águas, ar

e clima;

• A formação das cidades e os impactos sobre o solo, as águas, o ar e o

clima;

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• Destino do lixo doméstico e industrial: aterros sanitários, reciclagem,

depósitos impróprios (lixões) e danos ambientais.

o Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico

• Identidades culturais e regionais enfatizando a cultura afro-brasileira e

indígena;

• Distribuição da população vinculada ao processo tecnológico: zona de

atração e repulsão (imigrações);

• Políticas demográficas: crescimento, controle e envelhecimento da

população brasileira e mundial;

• Formação étnica e distribuição da população brasileira;

• Composição demográfica dos lugares: expectativa de vida, transição

demográfica, estrutura etária, etnias;

• Diferentes grupos socioculturais e suas marcas na paisagem e no

espaço urbano;

• Êxodo rural e a sua influencia na configuração espacial urbano e rural;

• Movimentos populacionais (transumância) sazonal e pendular;

• Diferentes grupos socioculturais e suas marcas na paisagem;

• Mecanização do campo e a substituição do trabalho braçal e seus

impactos demográficos no espaço urbano e rural.

3ª SÉRIE:

o Dimensão Econômica do Espaço Geográfico

• Internacionalização do capital e as políticas neoliberais;

• Organizações econômicas internacionais – FMI, Banco Mundial, OMC

e a reorganização do espaço da produção;

• Oposição Norte/ Sul e os aspectos econômicos da produção;

• Protecionismo comercial e as barreiras alfandegárias: subsídios e a

produção agrícola européia e norte-americana;

• Abertura econômica e seus impactos econômicos e sociais nos países

subdesenvolvidos.

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o Dimensão Política do Espaço Geográfico

• A constituição do Estado-Nação e sua fragmentação pós Guerra Fria;

• A formação dos Blocos Econômicos e as relações de poder entre os

territórios;

• O papel do Estado na organização do espaço interno e na relação

entre países;

• A nova ordem mundial no século XXI: as relações de poder e as novas

regionalizações;

• O papel das organizações internacionais na imediação de conflitos:

OMC, ONU e OTAN;

• Os conflito gerados pela escassez de recursos naturais;

• O uso estratégico da tecnologia, pelas grandes potencias, amenizando

os efeitos das catástrofes territórios.

o Dimensão Sócioambiental do Espaço Geográfico

• Problemas ambientais globais e os novos refugiados;

• Os recursos naturais, sua escassez e valorização gerando conflitos;

• Distribuição, uso dos recursos naturais e a pressão internacional para

sua preservação.

o Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico

• Resistência à globalização e as identidades culturais: a importância

dos lugares;

• Circulação das informações disseminadas pelo espaço geográfico nos

diferentes fusos horários;

• Conflitos étnicos, separatismo, xenofobia e a reafirmação dos grupos

culturais na configuração espacial da Nação;

• Políticas migratórias dos países ricos e as restrições aos imigrantes

pobres;

• Crescimento demográfico e a emigração dos países pobres: identidade

étnica e cultural;

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• O envelhecimento da população e as políticas de estímulo à natalidade

na Europa.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Os conteúdos serão trabalhados de maneira a contemplar as transformações

presentes no espaço de vivência do aluno, articulando-os às mudanças ocorridas

em nível global mediante investigação, análise e reflexão dos elementos presentes

no espaço geográfico. Dessa forma, será possível contribuir para a formação e o

desenvolvimento do conhecimento do aluno. Será ainda oportunizada e valorizada a

participação, respeitando a diversidade socioeconômica e cultural trazidas pelo

educando.

Num espaço possível de inclusão, valorizando a individualidade de cada

sujeito no processo ensino-aprendizagem, facilitando o entendimento e a

compreensão do conteúdo abordado.

Busca-se uma educação que seja crítica, cuja característica central é a

problematização dos conhecimentos. Problematizar implica discutir os conteúdos de

forma a gerar indagações. Para tanto, na educação do campo, o tema questão

agrária é importante para compreender as atividades humanas produtivas pelos

povos do campo, como forma de reflexão sobre a organização produtiva na

sociedade capitalista.

Com as transformações políticas, econômicas e sociais, o processo produtivo

na construção do espaço, são movidos por interesses econômicos e pelas relações

de poder geradas por essas transformações. Diante desse contexto, o ensino de

geografia deve contemplar os Desafios Educacionais Contemporâneos, como:

Educação Fiscal, Sexualidade Humana, Enfrentamento de Violência, Prevenção ao

Uso Indevido de Drogas e Educação Ambiental que pressupõe uma discussão

aprofundada, pertinente na atualidade, contribuindo para a formação global do

cidadão.

Para tanto, os conteúdos estruturantes e específicos serão trabalhados na

forma de aulas expositivas para esclarecer os conteúdos trabalhados, observação e

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análise da organização da produção do espaço local, regional, nacional e mundial;

localização espacial com o uso de mapas e globo; investigação na forma de

pesquisa dos aspectos ou ele mentos presentes no espaço geográfico; leitura e

interpretação de imagens e notícias atuais para que o aluno perceba as

transformações que vem ocorrendo a nível mundial, nos aspectos socioeconômicos

e culturais.

Sempre que necessário serão feitas as adaptações curriculares e

metodológicas de acordo com as necessidades dos alunos, para atender a

diversidade dos sujeitos sociais presentes na escola. Nesta perspectiva a escola se

propõe a trabalhar com a Educação Inclusiva que é uma realidade na sociedade

contemporânea.

AVALIAÇÃO

De acordo com o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino,

a avaliação é contínua, cumulativa, processual e somativa, na qual os aspectos

qualitativos

estão sobrepostos aos quantitativos, pois visa refletir o desenvolvimento global,

considerando as características individuais do educando.

A avaliação é o resultado do crescimento, progresso e da continuidade

pedagógica no que diz respeito aos conhecimentos adquiridos ao longo do processo

de construção.

As abordagens avaliativas devem partir dos elementos vivenciados pelo

aluno, na forma diagnóstica, cumulativa e processual.

O processo de avaliação dever ser de maneira a contemplar o desempenho

dos alunos por meio de leitura, interpretação de textos, fatos, acontecimentos; leitura

e interpretação de imagens e mapas; apresentações de pesquisas; testes/ provas

escritas.

A partir das formas de avaliação apresentadas será possível verificar se o

aluno aprendeu os conceitos geográficos básicos e o entendimento das relações

sócio-espaciais, as relações de poder, de espaço-tempo e de sociedade-natureza

para compreender o espaço nas diversas escalas geográficas; com clareza de

idéias, capacidade de argumentação e conclusão dos conteúdos trabalhados,

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mediante a participação do aluno em atividades individuais e coletivas para que

torne-se sujeito do processo de aprendizagem e adquira responsabilidade sobre o

que aprende e enfrente limitações e possa aperfeiçoar as potencialidades na

tentativa de superar as dificuldades.

A recuperação paralela de conteúdos poderá ser realizada através da

retomada do conteúdo, a partir de um novo encaminhamento e avaliação – trabalhos

orais e escritos; leitura e interpretação de textos, fatos e mapas; pesquisa

bibliográfica e sínteses sobre temáticas trabalhadas.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FLOR DA SERRA, Esc. Est. de – Ensino Fundamental. Projeto Político-

Pedagógico. Realeza: 2007.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Livro Didático Público de

Geografia. Curitiba: SEED-PR, 2006.

_____, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Da Rede

Pública De Educação Básica Do Estado Do Paraná. Disciplina De Geografia.

Curitiba: SEED-PR, 2006.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA

ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina de História busca suscitar reflexões a respeito de aspectos

políticos, econômicos, culturais, sociais e das relações entre o ensino da disciplina

com a produção do conhecimento histórico.

O ensino de História no período da década de 1970 aos dias atuais,

pretende-se analisar também as principais características do currículo da disciplina,

suas permanências, mudanças, rupturas e a inserção da produção historiográfica

nas práticas escolares, a fim de definir diretrizes que orientem a organização do

currículo para o Ensino Fundamental e Médio.

As práticas escolares não sofrem alterações imediatas com a aprovação de

novos preceitos legais, mas estes orientam um conjunto de medidas de

implementação que provocam, em médio prazo, impactos significativos na

organização do currículo e no ensino propriamente dito. Nesse contexto, destacam-

se: a formação inicial e conceituada dos professores, a elaboração de currículos

diretivos e prescritivos, a publicação de manuais e de orientações didático-

pedagógico.

A História como disciplina escolar passou a ser obrigatória, com a criação do

Colégio D. Pedro II, em 1837. no mesmo ano foi criado o Instituto Histórico e

Geográfico Brasileiro (IHGB), que instituiu como disciplina acadêmica.

A narrativa histórica produzida justificava o modelo de nação brasileira, vista

como extensão da História da Europa Ocidental.

O modelo de ensino de História foi mantido no início da República (1889).

Em 1901, com a alteração no currículo do Colégio, os docentes propuseram

que a História do Brasil passasse a compor a cadeia de História Universal.

A História do Brasil passa a compor a cadeia de História Universal –

restringindo seu espaço no currículo.

Em 1942 – durante o governo nacionalista de Getúlio, a disciplina de História

do Brasil volta ao currículo através da Lei Orgânica do Ensino Secundarista de 1942

– reforça o caráter moral e cívico dos conteúdos escolares.

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Esse debate foi introduzido no ano de 1930, pela Escola Nova e incentivado

por Anísio Teixeira, um dos intelectuais do movimento, diretor da Instrução pública

do Distrito Federal, proposta de estudos sociais para escola elementar. Projeto esse

inserido no Ensino de Primeiro Grau na Lei n. 5692 de 1971.

A partir da Lei n. 5692/71, o estado organizou o Primeiro Grau de oito anos e

o Segundo Grau Profissionalizante.

Através do currículo, as ciências humanas justificam o modelo de nação

vigente junto às novas escolas.

As disciplinas de Ciências Humanas no currículo do primeiro grau – História

e Geografia, foram condensadas em Ciências Sociais e dividiram espaço com

Educação Moral e Cívica (EUC), e no Segundo Grau OSPB (Organização Social e

Política Brasileira) – surgimento no ensino superior das licenciaturas curtas.

O ensino de História tinha como prioridade ajustar o aluno aos seus deveres

patrióticos – História Tradicional rumo ao progresso da nação.

Década de 1980 e início de 1990, ocorre a aproximação da educação básica

e universitária na redemocratização do ensino.

Nesse momento os livros didáticos e paradidáticos procuraram incorporar a

nova historiografia.

Essa conjuntura teve implicações no currículo de história, na medida que os

PCN´s tem como preocupação formar cidadãos preparados para exigências

científico-tecnológicas da sociedade contemporânea, pois estas são necessárias à

preparação do indivíduo frente às aceleradas mudanças sociais. Os conteúdos se

tornaram, assim, meio para a aquisição de competência e habilidade. A história

passa a contextualizar os períodos históricos estudados.

Apesar de os PCN´s proporem uma valorização do ensino humanístico, a

preocupação maior era a de preparar o indivíduo para o mercado de trabalho cada

vez mais competitivo e tecnológico, principalmente no Ensino Médio.

Por questões de demanda de mercado a área de humanas perdeu espaço

no currículo. No Paraná foi reduzida a carga horária pela Deliberação 1499 do CEE,

que dividiu a carga horária da matriz curricular em base nacional comum 75% e

parte diversificada 25%.

No Ensino Médio, a articulação entre os conteúdos propostos e as

competências apresentadas nos PCN's, remetia a uma abordagem funcionalista,

pragmática e presentista dos conteúdos de história. A relação entre o saber o os

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princípios propostos pela unesco, que seja: “aprender, aprender a fazer, aprender a

conviver e aprender a ser”, ao lado de uma referência cognitivista e psicológica, não

se conectava a historiografia proposta como base teórica da História. O ensino de

História foi contextualizado em função do mercado de trabalho.

Esse conjunto de fatores marcou o currículo de História na rede pública

estadual no Ensino Médio até o final de 2002. essa realidade começou a ser

superada em 2003, com a elaboração destas Diretrizes Curriculares para o Ensino

de História.

Uma perspectiva de inclusão social, estas Diretrizes consideram a

diversidade cultural nos locais de memórias paranaenses, de modo que buscam

contemplar demandas em que se situam os movimentos sociais organizados e

destacam os seguintes aspectos:

○ O cumprimento da Lei n. 13381/01, que torna obrigatória, no Ensino Médio

da Rede Pública Estadual, os conteúdos de História do Paraná;

○ O cumprimento da Lei n. 10639/03, inclui no currículo oficial da Rede de

Ensino a obrigatoriedade da Matemática História e Cultura Afro-Brasileira,

seguidas das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das

relações étnico-raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira

e Africana.

○ O ensino de História se apresenta como indicativo para estas Diretrizes

Curriculares, porque possibilita reflexões a respeito do contexto histórico

em que os saberes foram produzidos e repercutiram na organização do

currículo da disciplina.

○ Aproximação da disciplina de História e os estudos acadêmicos ocorrem

em função da pedagogia histórico-crítica por meio de currículo básico para

escola pública.

A opção teórica valorizou a ação dos sujeitos em relação às estruturam em

mudanças que desmascaram o progresso histórico das sociedades, incluindo entre

os conteúdos de 5ª série a produção do conhecimento histórico, das fontes e das

temporalidades.

○ A reestruturação do ensino de segundo grau no Paraná também foi

fundamentada na Pedagogia Hstórico-crítica dos Conteúdos organizou os

conteúdos curriculares a partir do estudo da formação do capitalismo no

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mundo ocidental e a inserção do Brasil nesse quadro de forma integral,

retomando a história social a partir do materialismo dialético.

OBJETIVO

Estudar os processos históricos relacionando as ações, bem como as

relações humanas no tempo e espaço. As relações humanas determinam os limites

e as possibilidades das ações do sujeito de modo a demarcar como estes podem

transformar constantemente as estruturas sócio-históricas.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ECONTEÚDOS ESPECÍFICOS POR SÉRIE

1ª SÉRIE:

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

○ Relações de trabalho

○ Relações de poder

○ Relações culturais

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

○ O nascimento da humanidade

○ Revolução Agrícola

○ Trabalho doméstico e nas obras públicas

○ Estrutura militar (Assíria)

○ Conquistas territoriais e o sistema de cobrança de impostos

○ Criação de uma estrutura burocrática de poder

○ Faraó: símbolo da unificação imperial egípcia

○ Expansionismo territorial babilônico e assírico

○ Legislação babilônica (código de Hamirábi)

○ Politeísmo egípcio, mesopotâmico e monoteísmo hebreu

○ Arte, arquitetura e escrita

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○ Trabalho servil em Esparta, o trabalho escravo em Atenas e sua relação

com o trabalho livre (séc. VI – IV a. C.)

○ O trabalho escravo em Roma: o público e o privado (séc.I a. C.)

○ Relações econômicas no mundo greco-romano

○ Agricultura intensiva e comércio marítimo ateniense

○ O comércio romano no mediterrâneo e os impostos provinciais

○ A formação da pólis grega

○ A servidão e a aristocracia em Esparta (séc. VI – V a. C.)

○ A escravidão e a democracia em Atenas (séc. VI – V a. C.)

○ O império marítimo ateniense e o confronto com o militarismo espartano

○ A constituição da república romana (séc. VI – I a. C.)

○ Movimentos de resistência no mundo romano: plebeus, patrícios, a luta

pela terra e as revoltas de escravos (séc. V – I a. C.)

○ A expansão militar e a Pax Romana

○ As guerras civis e a constituição do império romano

○ A relação entre Roma e suas províncias

○ A África e suas relações com o mundo greco-romana

○ As mulheres e a família nas sociedades grega e romana

○ A diversidade religiosa greco-romana e o surgimento do cristianismo

○ A urbanização no mundo greco-romano

○ A educação greco-romana (séc. V – I a. C.)

○ A arte e filosofia: teatros, anfiteatros, espetáculos públicos e os

fundamentos do pensamento ocidental

○ Legislação romana

○ A política do panis et circus

○ As relações de honra e subserviência de servos e escravos para com o

senhor feudal

○ As obrigações feudais (impostos)

○ A auto-suficiência dos feudos e a organização do trabalho

○ A implantação do plantio rotativo

○ O renascimento urbano e comercial propiciado pelas Cruzadas

○ Nascimento do capitalismo

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○ A formação da sociedade medieval e a herança romano-germana

○ Sistema de governo descentralizado

○ Relações de servidão e vassalagem

○ O poder nos feudos por parte do Senhor e a relação de subordinação ao

poder régio e religioso

○ A expansão do Império Árabe

○ As Cruzadas como movimento de expansão e manutenção do poder da

Igreja e da nobreza

○ Manifestações das resistências ao poder senhorial e clerical: jacqueries,

formação das vilas, burgos e cidades

○ A religião como elemento cultural unificador da Europa após a queda do

Império Romano

○ A criação das universidades e o ensino medieval

○ Representações do mundo medieval por meio da arte (pintura, escultura e

arquitetura)

2ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

○ Relações de trabalho

○ Relações de poder

○ Relações culturais

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

○ A organização social indígena na América Portuguesa

○ Trabalho servil no campo e as corporações de oficio nas cidades

européias

○ Trabalho escravo e compulsório (encomiendas) nas colônias da América

Espanhola

○ Trabalho escravo na América Portuguesa: engenho e mineração;

○ O tropeirismo e a formação do território paranaense

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○ Formação das rotas comerciais (Peabiru, Itupava, Viamão...)

○ A construção do poder real do séc. XII ao XV: Portugal e Espanha

○ Legitimação do poder absolutista europeu

○ A relação do Estado com os segmentos sociais europeus (nobreza,

burguesia, camponeses e clero)

○ Relação entre metrópole e colônia (Pacto colonial) nas Américas

espanhola, portuguesa e inglesa

○ Formação das primeiras vilas e cidades na

América Portuguesa: bandeiras, provimentos e câmaras municipais

○ As missões jesuíticas e a influência na formação territorial brasileira: o

oeste paranaense

○ A representação da salvação e do sacrifício entre a população européia no

século XVI

○ O contexto da divulgação das idéias de Lutero: a Reforma Protestante e

da Contra-Reforma católica

○ As ciências (astronomia, alquimia e química, matemática...)

○ A Igreja católica e a religiosidade popular na América Portuguesa

○ Tentativas de controle da produção e a racionalização do tempo de

trabalho

○ Burguesia: tentativa de recompor o poder após a Revolução Francesa

○ Intensificação das relações políticas entre as nações européias

○ Delimitação das fronteiras nacionais (Congresso de Viena)

○ Código civil napoleônico

○ Imprensa, folhetins e romances

○ Delimitação das esferas pública e privada

○ Reforma educacional e o controle governamental

○ Transição entre o sistema de manufaturas para o sistema industrial

○ Enclosures (Lei dos Cercamentos)

○ Racionalização da produção

○ Estado e o modo de vida (urbanidade)

○ Constituição da ordem pública e os instrumentos de controle e repressão

○ A hegemonia da família nuclear (pai, mãe e filhos)

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○ Delimitação das fronteiras entre o público e o privado

○ Romantismo em oposição ao Iluminismo

○ O desenvolvimento da ciência experimental

3ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

○ Relações de trabalho

○ Relações de poder

○ Relações culturais

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

○ Lutas trabalhistas (cartismo, socialismos utópicos, Manifesto Comunista)

○ A Internacional Socialista e a constituição das associações de

trabalhadores;

○ O movimento anarquista

○ A unificação de Itália e Alemanha

○ A formação dos Estados nacionais latino-americanos

○ Revoluções liberais do século XIX

○ Movimentos republicanos liberais no Brasil

○ Reformas urbanas

○ Festas públicas e símbolos nacionais

○ Crescimento dos nacionalismos

○ Romantismo (literatura)

○ Manutenção da escravidão e do tráfico negreiro (Brasil e Caribe)

○ Imigrações

○ A economia de subsistência e a ascensão da economia do mate na

Província do Paraná

○ Movimentos abolicionistas no Brasil

○ Conquistas territoriais

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○ Expansão do capitalismo (experiência industrial no Barão de Mauá)

○ Estrutura patriarcal de poder e os conflitos entre o poder locar e poder

central

○ Emancipação política paranaense

○ Imigração e colonização agrícola no Paraná

○ Difusão das idéias positivistas

○ Discursos cerca da formação das identidades nacionais latino-americanas

○ A cultura cabocla brasileira e suas manifestações: indígenas, negros,

caiçaras, sertanejos (fandangos, congadas, folguedos populares...)

○ A influência cultural dos imigrantes no Paraná

○ Greves operárias no início do século XX

○ Leis trabalhistas: a CLT e a Carta Del Lavoro (Brasil e Itália)

○ Criação dos partidos comunistas

○ Taylorismo, fordismo e toyotismo

○ Globalização, desemprego, informalidade e tecnologia

○ A hegemonia européia e a formação de grandes impérios

○ América Latina: industrialização

○ Brasil rural e urbano: coronelismo e movimentos sociais

○ As companhias de colonização no Paraná, formação das cidades e o

desenvolvimento das regionalidades

○ Os conflitos pela terra e a ocupação do território paranaense no século XX

○ Grandes guerras e revoluções mundiais

○ 1ª e 2ª Guerras Mundiais

○ Revoluções e guerras civis pela descolonização e independência política

dos povos africanos

○ Antagonismos entre capitalismo e socialismo e a crise das ideologias

○ Criação de espaços de sociabilidade e normatização social no Paraná

(reformas urbanas, associações de imigrantes, clubes, praças, passeios...)

○ Anos dourados/ rebeldes e resistências na América Latina

○ Movimentos culturais jovens (rock, hippie, rap...)

○ As telecomunicações: rádio, cinema, TV, telefonia, Internet...

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ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

No processo de construção da consciência histórica se dá a produção do

conhecimento; que se produz a partir do trabalho de um pesquisador tem como

objeto de estudo as ações e as relações humanas praticadas no tempo. Para

estudá-las, o historiador adota um método de pesquisa de forma que possa

problematizar o passado, e buscas, por meio de documentos e perguntas, respostas

às suas indagações.

Para tanto, é necessário que os alunos valorizem e contribuam para a

preservação de documentos dos lugares de memórias, como: museus, bibliotecas,

acervos privados e públicos de fotografias, de documentos escritos e audiovisuais.

Ainda é tarefa do professor instigar nos alunos a capacidade de questionar e

criticar os conteúdos e as abordagens existentes no texto consultado, de modo que

construam autonomia na busca do conhecimento.

No Ensino Médio a metodologia proposta por estas Diretrizes Curriculares

está relacionada à História temática. Os conteúdos estruturantes deverão estar

articulados à fundamentação teórica e à seleção de temas, ambos em sintonia com

o Projeto Político-Pedagógico da escola.

Os devidos temas tem como dimensões a focalização dos acontecimentos,

delimitação do tema histórico e o professor e o aluno deve definir o espaço.

A compreensão e execução do planejamento levarão em conto o sujeito

capaz de analisar o modo de produção que o mesmo está inserido na sociedade.

Os conteúdos serão trabalhados de maneira a contemplar as mudanças

ocorridas na sociedade buscando articular os fatos decorrentes.

Os conteúdos são trabalhados de maneira que articulem os acontecimentos

históricos com os atuais, oportunizando aos alunos o conhecimento científico e

elaborado, para a formação do mesmo.

De forma a respeitar a diversidade cultural, econômica, social e religioso do

aluno.

Para tanto serão enfatizados as relações étnicas racial, a história regional,

caracterizando a formação do nosso Estado, bem como a sua cultura sócio-

econômica.

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O professor deverá abordar em conjunto aos conteúdos os Desafios

Educacionais Contemporâneos, que são: Educação Fiscal, Meio Ambiente, História

e Cultura Afro-brasileira e Africana, Prevenção ao uso Indevido de Drogas,

Sexualidade Humana e Enfrentamento a Violência, proporcionando ao aluno um

conhecimento mais amplo de situações que acontecem no Brasil, bem como discuti-

las formando, assim, no aluno um senso crítico-construtivo perante tais situações.

Sempre que necessário serão feitas as adaptações curriculares e

metodológicas de acordo com as necessidades dos alunos, para atender a

diversidade dos sujeitos sociais presentes na escola. Nesta perspectiva a escola se

propõe a trabalhar com a Educação Inclusiva que é uma realidade na sociedade

contemporânea.

AVALIAÇÃO

De acordo com o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino,

a avaliação é contínua, cumulativa, processual e somativa, na qual os aspectos

qualitativos estão sobrepostos aos quantitativos, pois visa refletir o desenvolvimento

global, considerando as características individuais do educando.

Possibilita o educador a verificação se ocorreu o ensino-aprendizagem.

A avaliação será de forma contínua e diagnóstica no decorrer das aulas,

levando em consideração o conhecimento elaborado, adquirido pelo mesmo.

Serão realizadas através dos seguintes meios: apresentação de pesquisa

escrita, oralidade individual, debates, prova escrita ou oral, painéis, resoluções de

atividades escritas.

Ao avaliar o aluno, usa-se os seguintes critérios:

○ Capacidade de argumentação em relação ao fato histórico proposto pelo

professor na prova escrita;

○ As diferentes interpretações de um mesmo acontecimento histórico;

○ A necessidade de ampliar o universo de consultas para entender melhor

diferentes contextos;

○ A importância do trabalho do historiador e da produção do conhecimento

histórico para compreensão do passado;

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○ Que o conhecimento histórico é uma explicação sobre o passado que

pode ser complementada com novas pesquisas e pode ser refutada ou

validade pelo trabalho de investigação do historiador.

A recuperação paralela se dará através da retomada de conteúdos e

aplicação de múltiplas oportunidades no aprender, possibilidade de manifestação de

pensamento, formulação e compreensão de conceitos e conteúdos, reflexão,

proposições de argumentos, produção textual e interpretação de textos históricos.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FLOR DA SERRA, Esc. Est. De – Ensino Fundamental. Projeto Político-

Pedagógico. Realeza: 2007.

PARANÁ, Secretaria De Estado Da Educação. Diretrizes Curriculares Da Rede

Pública De Educação Básica Do Estado Do Paraná: História. Curitiba: SEED-PR,

2006.

_____, Secretaria De Estado Da Educação. Livro Didático Público de História

para o Ensino Médio. Curitiba: SEED-PR, 2006.

SERIACOPI, Gislaine Campos Azevedo, SERIACOPI, Reinaldo. História. Volume

único. São Paulo: Ática, 2005.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA

PORTUGUESA/LITERATURA - ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Como disciplina escolar, a Língua Portuguesa/Literatura tem como objeto de

estudo a língua, com a concepção de língua constituída pelo uso e pelos sujeitos

que interagem. Portanto, o ensino dessa disciplina, com a dimensão dialógica que

lhe é atribuída, deve acontecer através de práticas discursivas, leitura, oralidade e

escrita, sem esquecer do estudo lingüístico como aperfeiçoamento dessas práticas.

Ensinar a Língua Portuguesa é desenvolver um trabalho de domínio das linguagens

como atividade discursiva e cognitiva, e o domínio da língua, como sistema

simbólico utilizado por uma comunidade lingüística, são condições de possibilidade

para a plena participação social. Pela linguagem os homens se comunicam, tem

acesso à informação, expressam, defendem pontos de vista, partilham ou constroem

visões de mundo e produzem cultura.

O ensino de Língua Portuguesa deve, também dar condições ao aluno de ser

capaz de interpretar diferentes textos que circulam socialmente, de assumir a

palavra e, como cidadão, produzir textos eficazes nas mais variadas situações a

partir de suas necessidades. Ele precisa adquirir consciência das diferentes práticas

de linguagem e saber utilizar, a cada situação concreta, o padrão lingüístico mais

adequado, inclusive aquele exigido pelas situações mais formais.

Sendo assim, o aluno ampliará seu domínio da linguagem verbal e não-verbal

através do contato com textos dos mais variados gêneros orais e escritos: artes

visuais, música, cinema, semiologia, vídeos, televisão, rádio, jornal impresso,

publicidade, quadrinhos, charges, entre outras formas infográficas, numa perspectiva

do multiletramento nos conteúdos estruturantes tendo em vista a Língua Portuguesa

como suporte para todo o conhecimento.

DIMENSÃO HISTÓRICA DA DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA/

LITERATURA

A Língua Portuguesa enquanto disciplina escolar passou a integrar os

currículos escolares brasileiros somente nas últimas décadas do século XIX, depois

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de já há muito organizado o sistema de ensino. Contudo, a preocupação com a

formação do professor dessa disciplina teve início apenas nos anos de 30 do século

XX.

Tratava-se de um ensino eloqüente, retórico, imitativo, elitista e ornamental,

visando, no dizer de Villata, à construção de uma civilização de aparências com

base em uma educação “claramente reprodutivista, voltada para a perpetuação de

uma ordem patriarcal, estamental e colonial”.

O ensino de língua Portuguesa manteve seu estilo elitista até meados do

século XX, quando iniciou-se no Brasil, a partir de 1967, “um processo de

‘democratização’ do ensino, com a ampliação de vagas, eliminação dos chamados

exames de admissão, entre outros fatores.” Como conseqüência desse processo de

“democratização”, a multiplicação de alunos, as condições escolares e pedagógicas,

as necessidades e as exigências culturais passaram a ser outras bem diferentes.

O ensino de Língua Portuguesa, nesse contexto, não poderia dispensar

propostas pedagógicas que levassem em conta as novas necessidades trazidas por

esses alunos para o espaço escolar, ou seja, a presença de registros lingüísticos e

padrões culturais diferentes dos até então admitidos na escola. Cabe lembrar que no

processo brasileira de industrialização, institucionalizou-se a vinculação da

educação com a industrialização. A Lei nº 5692/71 ampliaria e aprofundaria essa

vinculação, ao dispor que o ensino deveria estar voltado à qualificação para o

trabalho. Desse vínculo decorreu a instituição de uma pedagogia tecnicista que, na

Língua Portuguesa, estava pautada nas teorias da comunicação, com um viés mais

pragmático e utilitário do que com o aprimoramento das capacidades lingüísticas do

falante.

A disciplina de Língua Portuguesa, com a Lei n. 5692/71, passou a

denominar-se, no primeiro grau, Comunicação e Expressão (nas quatro primeiras

séries) e Comunicação em Língua Portuguesa (nas quatro últimas séries),

baseando-se, principalmente, nos estudos de Jakobson, referentes à teoria da

comunicação. Em decorrência disso, a Gramática deixava de ser o enfoque principal

do ensino de língua e a teoria da comunicação passava a ser o referencial, embora

na prática das salas de aula o normativismo continuasse a ter predominância.

Durante a década de 1970 e até os primeiros anos da década de 1980, o ensino de

Língua Portuguesa passou a se pautar, então, em exercícios estruturais, técnicas de

redação e treinamento de habilidades de leitura.

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Assim, verificou-se intensa ampliação de vagas escolares e de acolhimento a

professores advindos de ambientes pouco letrados. Em decorrência de tal política,

houve uma multiplicação do número de alunos, rebaixamento dos salários docentes,

o que precarizou ainda mais as condições de trabalho, de modo que os professores

passaram a buscar alternativas didáticas para facilitar o ensino. A necessidade de

suprir o grande número de vagas lançou para segundo plano a formação

pedagógica, transferindo a responsabilidade do planejamento das aulas para o livro

didático, retirando assim do professor a autonomia em sua prática e lhe confiando

apenas uma pedagogia de transmissão.

OBJETIVOS

A prática de leitura, enquanto processo, deve considerar os conhecimentos

prévios do leitor, levá-lo a fazer previsões e inferências sobre o texto, aumentar seus

saberes e em conseqüência, desenvolver seu raciocínio, seu senso crítico, sua

curiosidade intelectual, confrontando o texto com a sua experiência de vida, sua

vivência sociocultural, seu conhecimento de mundo.

Na escrita, o objetivo principal é fazer o aluno perceber-se como autor,

produzir com e para o outro, interagir na escrita real através do contato com as

diversas modalidades de texto e da ampliação do uso de linguagens verbais e não-

verbais.

Quanto à oralidade, o objetivo é fazer com que o aluno sinta-se como sujeito

do processo interativo, sendo motivado a falar, independentemente da variação

lingüística de que dispõe para a sua expressão e compreensão do mundo, promover

situações que os incentivem a falar, ainda que do “seu jeito”. Esse trabalho com a

prática oral, tem como objetivo permitir a ele, obviamente, conhecer e usar a norma

padrão e entender a necessidade desse uso em determinados contextos sociais.

Como essas práticas estão interligadas aos fatos lingüísticos, que devem ser

trabalhados a partir da reflexão sobre a organização do texto escrito. O objetivo

desse trabalho é a compreensão da estrutura, do funcionamento e dos mecanismos

característicos das marcar gramaticais dos diferentes tipos de textos e que o aluno

construa através da análise lingüística os conceitos gramaticais e reflita sobre o seu

uso na escrita, à medida que forem significativos para a compreensão dos mesmos.

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Em relação a literatura, oportunizar ao aluno o contato com as mais variadas

manifestações literárias, que estabeleçam maiores possibilidades de relações dentro

do rizoma que leva á libertação do pensamento, o que permite valorizar a

elaboração de mapas de leituras mais do que imobilizá-las na história.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E CONTEÚDOS ESPECIFICOS

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

o DISCURSO ENQUANTO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS POR SÉRIE

1ª SÉRIE

o PRÁTICA DA ORALIDADE: para Marcuschi, a oralidade é vista como uma

“prática social interativa”, utilizada em momentos de comunicação através

de vivências cotidianas que favoreça, habilidades de falar e ouvir como:

histórias de família, da comunidade, filme, livro, depoimentos de situações

vividas pelo próprio aluno ou pessoa de seu convívio, emitir opiniões,

justificas ou defender opções tomadas, colher e dar informações, fazer e

dar entrevistas, apresentar resumos, dar avisos, fazer convites, relato e

acontecimentos, debates, seminários e outras atividades que possibilitem

o desenvolvimento da argumentação.

• Apresentação de trabalhos orais, expressar e defender pontos de vista,

declamação de poemas, dramatização, diálogos formais e informais,

apresentação de palestras e seminários, buscando clareza na exposição

de idéias.

o PRÁTICA DA LEITURA: para Bakhtin, o texto deve ser entendido como

veículo de intervenção no mundo e a produção social. Para isso é

necessário propor uma infinidade de textos, a fim de desenvolver a

subjetividade do aluno, considerar a preferência e a opinião dele ao

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selecioná-los, criar momentos em que os alunos exponham suas idéias,

opiniões e experiências de leitura.

• Leitura de diversos tipos de textos literários (romance, contos, crônicas,

poéticos) e não literários (informativos, jornalísticos, publicitários, não

verbais e textos gráficos, desenvolvendo leitura de mundo,

intertextualidade, interação.

○ PRÁTICA DA ESCRITA: a escrita deve ser pensada e trabalhada em uma

perspectiva discursiva que aborda o texto como unidade potencializadora

de sentidos através da prática textual. Não ligada apenas à norma padrão,

pois a assimilação da escrita em que não há reducionismo lingüístico,

arbritarismo e a desconsideração pela linguagem do aluno tende a ser

mais eficiente.

• Produção de narração, descrição, dissertação, relatório, procuração,

biografia, periódica, propaganda entre outros.

○ ANÁLISE LINGUÍSTICA: o Ensino Médio propõe-se formar usuários

competentes da língua, de modo que, pela fala, escrita e leitura, exercitem

a linguagem de forma consistente e flexível, adaptando-se a diferentes

situações de uso. Não é possível privilegiar uma única forma de análise

dos fenômenos lingüísticos mas, faz-se necessário trabalhar também

conceitos de gramática.

• Analise de textos, fonologia (pontuação e acentuação frafica

• Níveis de linguagem

• Funções de linguagem (referencial ou informática, poética, metalingüística,

conotativa ou afetiva).

Dessa forma, quanto mais variado for o contato do aluno com diferentes tipos

de textos, mais fácil irá assimilar a regularidade que determinam o uso da norma

padrão.

○ LITERATURA

• Introdução à literatura portuguesa – trovadorismo – épico, lírico,

dramático;

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• Elementos da narração: tempo, espaço, enredo.

2ª SÉRIE

o PRÁTICA DA LEITURA: para Baktin, o texto deve ser entendido como

veículo de intervenção no mundo e a produção social. Para isso é

necessário propor uma infinidade de textos, a fim de desenvolver a

subjetividade do aluno, considerar a preferência e a opinião dele ao

selecioná-los, criar momentos em que os alunos exponham suas idéias,

opiniões e experiências de leitura.

• Leitura de textos literários (romance, contos, novelas) e não literários

(informativos, jornalísticos, ficção cientifica, textos gráficos).

o PRÁTICA DA ORALIDADE: para Marcuschi, a oralidade é vista como uma

“prática social interativa”, utilizada em momentos de comunicação através

de vivências cotidianas que favoreça, habilidades de falar e ouvir como:

histórias de família, da comunidade, filme, livro, depoimentos de situações

vividas pelo próprio aluno ou pessoa de seu convívio, emitir opiniões,

justificas ou defender opções tomadas, colher e dar informações, fazer e

dar entrevistas, apresentar resumos, dar avisos, fazer convites, relato e

acontecimentos, debates, seminários e outras atividades que possibilitem

o desenvolvimento da argumentação.

• Apresentação de trabalhos orais, expressão e defesa do ponto de vista,

declamação de poemas, diálogos formais e informais, apresentação de

palestras.

○ PRÁTICA DA ESCRITA: a escrita deve ser pensada e trabalhada em uma

perspectiva discursiva que aborda o texto como unidade potencializadora

de sentidos através da prática textual. Não ligada apenas à norma padrão,

pois a assimilação da escrita em que não há reducionismo lingüístico,

arbritarismo e a desconsideração pela linguagem do aluno tende a ser

mais eficiente.

• Produção de textos narrativos, descritivos, resumo, resenha, relatório

(carta comercial, requerimento, procuração, Curriculum Vitae, biografia,

propaganda).

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242

○ ANÁLISE LINGUÍSTICA: o Ensino Médio propõe-se formar usuários

competentes da língua, de modo que, pela fala, escrita e leitura, exercitem

a linguagem de forma consistente e flexível, adaptando-se a diferentes

situações de uso. Não é possível privilegiar uma única forma de análise

dos fenômenos lingüísticos mas, faz-se necessário trabalhar também

conceitos de gramática.

• Analise de textos observando sua regência verbal

• Discurso direto ou indireto

• Verbos de ligação

• Verbos transitivos e intransitivos

• Predicativo do sujeito e objeto

• Coordenação e subordinação

• Conjunções subordinativas

• Pronomes relativos

• Pontuação e acentuação

• Classe das palavras

• Ortografia.

○ LITERATURA

• Humanismo

• Classicismo

• Barroco

• Arcadismo na Literatura Portuguesa

• Quinhentismo e Barroco na Literatura Brasileira

• Aspectos da Conjuntura Literária e Cultural do séc. XV ao XVIII

• Período colonial: de 1500 a 1822

3ª SÉRIE

○ PRÁTICA DE LEITURA

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• Textos Literários: romance, canto, crônicas, poéticos, novelas, entre

outros;

• Textos Não literários: informativos, jornalísticos, ficção, cientifico,

publicitários, verbal e não verbal, textos jurídicos, charges, tiras

biográficas, relatórios, textos gráficos;

○ PRÁTICA DA ORALIDADE: apresentação de trabalhos orais, expressar e

defender pontos de vista, declamação de poemas, dramatização, diálogos

formais e informais, apresentação de palestras e seminários;

○ PRÁTICA DA ESCRITA: narração, descrição, dissertação, receita, poema,

propaganda, notícia, paródia, intertexto, resumo, resenha, edital,

biografias, relatórios, ofícios;

• Uso dos pronomes e da elipse na construção do texto;

• Uso do infinitivo inflexionado;

• Revisando crase;

• Articulação argumentativa;

• Uso do hífen e parênteses;

• Pronomes demonstrativos – coesão;

• Aspectos gráficos da acentuação e pontuação;

• As linguagens da publicidade;

• Pontuação: vírgula, dois pontos, ponto, ponto de interrogação, aspas,

travessão, parênteses, ponto de exclamação;

• Noção de texto;

• Gênero do discursivo;

• Estabelecer relações básicas entre as classes de palavras nos enunciados

lingüísticos;

• Descrever as diferentes estruturas do período simples, levando em conta

a ocorrência dos diferentes tipos de termos da oração;

• Colocar os pronomes da oração de acordo com as regras. Passar de uma

variedade lingüística para outras observando os princípios de colocação

pronominal;

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244

• Discernir dos diferentes períodos literários, reconhecendo suas

especificidades do período e de cada autor;

• Desenvolver condições para no exercício de interpretação por meio de

hipóteses e deduções, propor sentidos aos textos examinados;

• Caracterizar os diferentes tipos de textos;

• Elaborar textos dissertativos, com argumentos que fundamentam a tese a

ser defendida;

• Identificar diferenças conseqüentes da época em que o texto foi produzido

(por exemplo: notícias ou poemas do classicismo e poemas hoje, texto

literário do século XVI e texto literário do século XX);

• Compreender a relação necessária entre uma determinada obra e o

contexto histórico, econômico, social e cultural em que foi produzido;

• Ler por prazer e identificar informações no texto lido

• Relacionar uma informação do texto com outras informações pressupostas

pelo contexto;

• Diferenciar as três modalidades textuais: descrição, narração e

dissertação;

• Ler, interpretar e analisar os textos ficcionais e não ficcionais;

• Empregar de acordo com as possibilidades de cada gênero, recursos

próprios do padrão de escrita na organização textual;

• Estruturar e reelaborar textos dissertativos, utilizando relações como:

causa, conseqüência, fato, opinião, problemas, solução, tese e

argumentos;

• Produzir textos com coerência e coesão, seqüência lógica de idéias

adequando o texto ao interlocutor real ou vertical;

• Adentrar nos textos, compreendendo-os na sua relação dialética e de

acordo com a “visão de mundo” de cada um;

• Ler textos em confronto, compreensivelmente, criticamente,

semioticamente.

○ ANALISE LINGÜÍSTICA

• Linguagem e gramática;

• Período composto por coordenação e subordinação;

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• Coesão;

• Variedades lingüísticas;

• Concordância verbal e nominal;

• Aspectos de textos jornalísticos;

• Intertextualidade;

• Campos semânticos, reconhecimento do paratexto;

• Classes de palavras – revisão;

• Termos da oração;

• Colocação pronominal.

○ LITERATURA

• Séculos XVI, XVII, XVIII e XIX: O Romantismo, O Realismo, O

Simbolismo;

• História da literatura brasileira século XX: semana da arte moderna de

1922;

• A década de 1930;

• A vida literária do imediato pós-guerra;

• A vida literária contemporânea;

• A narrativa intimista e introspectiva;

• A diversidade pós 1970: poetas, contistas e romancistas;

• A literatura de Portugal, a poesia medieval e a prosa até o século XV;

• A literatura de Portugal: do Renascimento ao Romantismo;

• A literatura de Portugal dos Séculos XIX e XX: Realismo, Simbolismo e

Modernismo;

• Literatura Africana e Língua Portuguesa;

• Produção Literária Africana – o desenvolvimento;

• Literatura em línguas crioulas de base portuguesa;

• Textos de autores africanos;

• Modernismo – 2ª fase;

• Modernismo – 3ª fase;

• Literatura contemporânea em Portugal e no Brasil;

• Gêneros literários (revisão);

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• Barroco, Arcadismo, Romantismo, Realismo, Naturalismo, Simbolismo e

Modernismo.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Na sala de aula os professores de Língua Portuguesa têm o papel de

aprimorar as possibilidades do domínio da oralidade, leitura e escrita, para que

compreendam e interfiram nas relações de poder, em relação ao pensamento e às

práticas de linguagem imprescindíveis ao convívio social.

O constante diálogo e sua análise representam a possibilidade de valorizar o

ambiente escolar e reconhecê-lo como espaço fértil para construir racionalidades

solidárias, combater intolerâncias e qualquer tipo de preconceito.

A metodologia estará voltada à construção do conhecimento dos alunos em

relação ao objeto de estudo. A participação, a pesquisa, o interesse, o diálogo e a

observação devem superar a aquisição mecânica do conhecimento.

Portanto, o professor irá trabalhar para ampliar o conhecimento através da

comunicação verbal e escrita do aluno em diferentes situações da vida social. Isto

através de leitura e produção de diferentes tipos de textos, recriando em outro texto

objetivando a socialização e a prática da norma culta da língua.

Sempre que necessário serão feitas as adaptações curriculares e

metodológicas de acordo com as necessidades dos alunos, para atender a

diversidade dos sujeitos sociais presentes na escola. Nesta perspectiva a escola se

propõe a trabalhar com a Educação Inclusiva que é uma realidade na sociedade

contemporânea.

É preciso também desenvolver temas relacionados à realidade, os quais

devem abordar a Sexualidade Humana, a História e a Cultura Afro-brasileira e

Africana e principalmente a discussão sobre as diversas formas de violência. Estes

considerandos Desafios Educacionais os quais são de extrema importância para a

formação do aluno como ser humano e parte integrante de uma sociedade que está

em constante evolução.

A partir disto, o Ensino Médio deve tornar o estudante capaz de inserir-se na

atividade social, buscar vagas no Ensino Superior e espaços no mundo de trabalho,

alem de ser um cidadão atuante no local onde vive.

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AVALIAÇÃO

De acordo com o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino,

a avaliação é contínua, cumulativa, processual e somativa, na qual os aspectos

qualitativos estão sobrepostos aos quantitativos, pois visa refletir o desenvolvimento

global, considerando as características individuais do educando.

Na perspectiva da diversidade cultural de nossos estudantes e considerando

ritmos e processos de aprendizagens diferentes, a avaliação precisa dar pistas

concretas para aprimorar a capacidade lingüística e discursiva nas práticas de

oralidade, leitura e escrita.

Sendo assim, a avaliação formativa, na sua condição de contínua e

diagnóstica, aponta as dificuldades e possibilita uma ação pedagógica adequada

para a superação desses problemas.

Nessa perspectiva, a oralidade será avaliada em função de situações

adequadas a interlocutores e discurso/ texto. Exposição informal de idéias, debates,

contação de histórias, palestras, entrevistas e seminários são oportunidades que

exigem adequação de diferentes modalidades de fala.

Dessa forma, serão consideradas numa análise de produção oral dos

estudantes, sendo eles também avaliadores de suas próprias falas bem como dos

textos orais com os quais convivem: noticiários, programas televisivos, discursos

políticos e pela observação diária do professor, considerando o resultado esperado e

tendo como parâmetro a norma culta.

A avaliação da leitura considera a compreensão do texto lido, a construção do

texto, sua reflexão e resposta, dentro das diferentes visões de mundo, através de

exercícios orais e escritos, debates, reflexões que possibilitem uma multiplicidade de

relações com outros textos e contextos.

A escrita será avaliada em suas diferentes modalidades, no exercício da

prática que acontece em vários momentos: motivação para a produção, o da

revisão, reestruturação e reescrita do texto.

A recuperação paralela será feita de forma imediata e contínua através de

reelaboração de textos, pesquisas, leitura, apresentação de trabalhos orais e

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escritos, a reflexão sobre a organização do texto oral e escrito e de como os

elementos gramaticais “costuram” o texto.

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249

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO/CONSELHO PLENO. Resolução nº 1.

Brasília, 17 de junho de 2004.

ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA – ENSINO FUNDAMENTAL. Projeto

Político-Pedagógico. Realeza: 2007.

FARACO, Carlos Alberto. Português: língua e cultura, Ensino Médio, 1ª, 2ª e 3ª

série – Curitiba – Base Editora 2005.

INSERÇÃO DOS CONTEÚDOS DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA

NOS CURRÍCULOS ESCOLARES – Lei Nº 10.639.

LEI Nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e

proposições – 17º ed. – São Paulo. Cortez 2005.

MARTINS, Lucia de Araújo Ramos – [er al.] organizadores – Inclusão:

compartilhando saberes – Petrópolis, RJ. Vozes 2006.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares Nacionais para a

Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura

Afro-Brasileira e Africana. Brasília, 2005.

Programa Nacional de Educação Fiscal – SEF/MG.

PARANÁ, Secretaria De Estado Da Educação. Diretrizes Curriculares Da Rede

Pública De Educação Básica Do Estado Do Paraná: Língua Portuguesa.

Curitiba: SEED-PR, 2006.

_____, Secretaria de Estado da Educação. Livro Didático Público de Língua

Portuguesa. Curitiba: SEED-PR, 2006.

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250

VASCONCELLOS, Celso dos Santos – Avaliação: concepção dialética-

libertadora do processo de avaliação escolar, 15ª ed. – São Paulo: Libertad,

2005.

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251

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE MATEMÁTICA

ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O nascimento da Matemática ocorreu por volta de 2000 a.C. na Babilônia,

mas somente nos séculos VI e V a.C. na Grécia é que emergiu como Ciência, sendo

registrados regras, princípios lógicos e exatidão de resultados.

No Brasil, na metade do século XVI, com a instalação dos colégios católicos é

que a matemática viria a ser introduzida como disciplina nos currículos da escola

brasileira. Do final do século XVI ao início do XIX a matemática escolar demarcava

os programas de ensino da época, por ser a ciência que daria a base de

conhecimento para solucionar os problemas de ordem prática.

Do final do século XIX e início do XX instala-se um novo cenário sócio-

político-econômico e neste contexto os matemáticos que até então eram vistos como

pesquisadores, passavam a ser também professores. Sendo assim, as disciplinas

que abordavam conteúdos matemáticos foram unificadas, explorando seu caráter

didático e pedagógico. Essas idéias foram implementadas no Brasil pelo movimento

da Escola Nova, orientado por uma concepção Empírico-Ativista.

Esta tendência contribuiu para a unificação de Matemática em disciplina, além

de orientar a formulação das diretrizes metodológicas do ensino da Matemática. Sua

proposta básica era o desenvolvimento da criatividade e das potencialidades e

interesses individuais.

Na tendência Formalista Clássica a finalidade da Matemática era o

desenvolvimento do pensamento lógico-dedutivo.

Na tendência Tecnicista visava a preparação do indivíduo para ser útil e servir

ao sistema, cujo método era a memorização de princípios e fórmulas, o

desenvolvimento e as habilidades de manipulação de algorítmos e expressões

algébricas e de resolução de problemas. Os conteúdos eram organizados por

especialistas.

Na tendência Construtivista o conhecimento matemático resulta de ações

interativas e reflexivas por parte dos estudantes.

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Outra tendência, a Sócio-etnocultural valorizava aspectos sócio-culturais

tendo como base teórica e prática a etnomatemática sendo um saber prático relativo

não universal e dinâmico produzido histórico-culturalmente.

Já na tendência Histórico-Crítica o saber é construído historicamente para

atender as necessidades sociais e teóricas tornando-os capazes de estabelecer

relações, justificar, analisar, discutir e criar.

Após a implantação da LDBEN 9394/96 o objetivo é adequar o ensino

brasileiro às transformações do mundo do trabalho, fruto da globalização econômica

e das concepções de mercado. Em 1978, com a distribuição dos PCN´s o ensino da

Matemática deve ter seu trabalho voltado para sua aplicação na vida prática,

minimizando seu valor científico e seus contextos internos.

De acordo com as DCE’s, objeto de estudo da Matemática, refere-se a

alguns conceitos básicos presentes nas formas espaciais e quantidades:

o Seqüenciar;

o Quantificar;

o Estimar;

o Comparar;

o Calcular;

o Classificar;

o Selecionar;

o Contar e medir;

o Ordenar;

o Constatar formas e grandezas;

o Apropria-se de linguagem adequada.

Isto possibilitará a organização da atividade mental; a crítica de questões

sociais, políticas e históricas, a autonomia de transformação e criação e a resolução

de problemas.

Os conteúdos estruturantes para o Ensino Médio são: números e álgebra,

funções, grandezas e medidas, geometrias e tratamento da informação. São esses

porque incorporam os conteúdos específicos à Educação Básica.

A Matemática do Ensino Médio tem um valor formativo, que ajuda a estruturar

o pensamento e o raciocínio dedutivo. Também desempenha um papel instrumental,

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253

pois é uma ferramenta que serve para a vida cotidiana e para muitas tarefas

específicas em quase todas as atividades humanas.

Em seu papel formativo, a matemática contribui para o desenvolvimento de

processos de pensamento e aquisição de atitudes cuja utilidade e alcance

transcendem o âmbito da própria Matemática, podendo formar no aluno a

capacidade de resolver problemas, gerando hábitos de investigação proporcionando

confiança e desprendimento para analisar e enfrentar situações novas, propiciando a

formação de uma visão ampla e científica da realidade, a percepção da beleza e da

harmonia, o desenvolvimento da criatividade e de outras capacidades pessoais.

É necessário que o processo pedagógico em matemática contribua para que

o estudante tenha condições de constatar regularidades matemáticas,

generalizações e apropriação de linguagem para descrever e interpretar fenômenos

matemáticos e de outras áreas do conhecimento.

Quanto ao caráter instrumental da matemática no Ensino Médio, ela deve ser

vista como um conjunto de técnicas e estratégias a serem aplicadas em outras áreas

do conhecimento e nas atividades profissionais, isso tudo, dentro de uma reflexão.

A reflexão em uma atividade é, geralmente, uma maneira útil de aumentar sua

eficácia, porque nós podemos analisar o que é essencial, o que é importante, e

como a atividade pode ser feita evitando o mais fácil dos erros. Na reflexão toma-se

ciência do valor da atividade.

Neste sentido é preciso que o aluno perceba a Matemática como um sistema

de códigos e regras que tornam uma linguagem de comunicação de idéias e permite

modelar a realidade e interpretá-la. Os números e a álgebra como sistema de

códigos, a geometria na leitura e interpretação e a probabilidade na compreensão de

fenômenos em universo finito.

A Matemática do Ensino Médio deve ser vista como ciência com suas

características estruturais específicas. Desenvolvendo nos alunos características tão

importantes quanto às de abstração, de raciocínio em todas as suas vertentes, de

resolução de problemas de qualquer tipo, de investigação, de análise e

compreensão de fatos matemáticos e de interpretação da própria realidade.

A finalidade da educação matemática é fazer o estudante compreender e se

apropriar da própria Matemática . Permitir que ele construa valores e atitudes de

natureza diversa, visando a formação integral do ser humano e, particularmente, do

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cidadão, isto é, do homem público. Um estudante crítico, capaz de agir com

autonomia nas suas relações sociais.

OBJETIVOS

○ Apropriar-se e compreender o conhecimento matemático como um

conjunto de regras, métodos e procedimentos, envolvidos em um contexto,

visando a formação integral do ser humano, prevendo a transformação

social;

○ A partir da história da matemática e seus conceitos, possibilitar ao

educando perceber a utilidade de tais conceitos no mundo

contemporâneo;

○ Buscar desenvolver como campo de investigação e de produção, o

conhecimento matemático, em sua natureza científica; e a melhoria da

qualidade de ensino, em sua natureza pragmática.

CONTEUDOS ESTRUTURANTES e CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1ª SÉRIE:

Números e álgebra:

○ Números reais;

○ Equações e inequações;

○ Noções de números complexos.

Grandezas de medidas:

○ Micro e macro medidas.

Geometrias:

○ Geometria plana.

Funções:

○ Função afim

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○ Função quadrática

○ Função exponencial

○ Função logarítmica

○ Progressão aritmética

○ Progressão geométrica

Tratamento da Informação

○ Matemática financeira

○ Estatística

2ª SÉRIE:

Números e álgebra:

○ Sistema lineares

○ Determinantes

○ Matrizes

Grandezas de medidas:

○ Grandezas vetoriais

Geometrias:

○ Geometria espacial

Funções:

○ Função trigonométrica

○ Função modular

Tratamento da Informação

○ Análise combinatória

○ Probabilidade

3ª SÉRIE:

Números e álgebra:

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○ Polinômios

○ Números complexos

Grandezas de medidas

○ Trigonometria.

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Geometrias:

○ Geometria analítica

○ Noções básicas de geometria não-euclidiana.

Funções:

○ Função polinomial (grau não maior que 2)

Tratamento da Informação

○ Estatística

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Na abordagem dos conteúdos matemáticos deve-se oportunizar os

conhecimentos previamente adquiridos, permitindo o exercício da crítica e a análise

da realidade valorizando a história dos estudantes através do reconhecimento e

respeitando suas raízes culturais, transformando problemas reais em problemas

matemáticos e resolvê-los interpretando suas soluções na linguagem do mundo real.

Os conceitos devem ser apresentados, discutidos, construídos e

reconstruídos de modo que influenciem na formação do pensamento humano e na

produção de sua existência, por meio das idéias e tecnologias.

O desenvolvimento da matemática faz parte de um processo progressivo,

portanto, deve possibilitar ao aluno descobrir suas hesitações, dúvidas,

contradições, as quais ao longo do processo de ensino aprendizagem o mesmo

consiga eliminar contradições do fazer matemática e conheça novos problemas a

resolver.

Algumas tendências metodológicas para o ensino da matemática são: a

resolução de problemas, a modelagem matemática, o uso de mídias tecnológicas, a

etnomatemática e a história da matemática, as quais serão elencadas a seguir:

○ Resolução de Problemas : aplicar conhecimentos previamente adquiridos

em novas situações, tendo condições de buscar várias alternativas que

almejam a solução, visando o levantamento de hipóteses e posteriores

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testes, possibilitando desta forma, aos estudantes, a compreensão dos

argumentos matemáticos e ajudando a vê-los como um conhecimento

presente no processo de ensino e de aprendizagem.

○ Etnomatemática: visa reconhecer e registrar questões de relevância social

que produzem conhecimento científico, levando-se em consideração que

não existe um único saber, mas vários saberes distintos, cada qual com

sua importância valorizando a história dos indivíduos e suas relações de

produção e trabalho, bem como, suas manifestações culturais.

○ Modelagem Matemática : consiste na arte de transformar problemas reais

com os problemas matemáticos e resolvê-los; um ambiente de

aprendizagem onde os alunos são instigados a indagar e/ou investigar,

contribuindo assim para a elaboração de análises críticas e para

compreensão de mundo.

○ Mídias Tecnológicas: são recursos tecnológicos, o software, a televisão,

as calculadoras, os aplicativos da Internet, os quais auxiliam na

visualização, generalização e representação do fazer matemático de uma

maneira possível de manipulação, enfatizando a experimentação, a

construção, a interação, o trabalho coletivo, a dinâmica e o confronto entre

teoria e prática, inserindo assim formas diferenciadas de ensinar e

aprender, valorizando o processo de produção de conhecimentos.

○ História da Matemática: trata-se de estudar as descobertas da Matemática

vinculada aos fatos sociais, políticos, históricos, filosóficos que

influenciavam o pensamento e o avanço científico de cada época, levando

o indivíduo a entender como o conhecimento matemático é construído

historicamente, reconhecendo a matemática como um campo do

conhecimento em construção e pensar em um ensinar que possibilite a

construção em conjunto – professores e alunos – da ciência matemática.

Para que os alunos se apropriem dos conhecimentos matemáticos é

necessário que os conteúdos sejam trabalhados através de exemplos, exercícios em

sala, trabalhos individual e coletivo, pesquisas, etc., pois cada indivíduo aprende de

uma forma.

É necessário ainda, estabelecer relações entre os conteúdos e o cotidiano do

aluno, para que este desperte o interesse pelo saber matemático.

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Aos alunos que apresentarem dificuldades de aprendizagem de conteúdos,

será aplicada a recuperação paralela de forma contínua com atividades

complementares, aplicando novas metodologias para rever o conteúdo.

Os conhecimentos matemáticos não são isolados, por isso se faz necessário

que haja uma articulação entre os conhecimentos estruturantes e os diversos

conteúdos específicos estudados, já que alguns são pré-requisitos para outros.

Para tanto, é importante explorar os mesmos, usando diferentes metodologias

propiciando aprofundamento científico da disciplina.

Na disciplina de matemática o professor deve reconhecer que o

conhecimento matemático não é fragmentado e seus conceitos não são concebidos

isoladamente.

Fazendo uso desses modelos e partindo do que o aluno sabe, instigar o

mesmo à resolução de problemas levantando hipóteses e testando-as através de

cálculos e atividades práticas. Usando a Etnomatemática, estimular o aluno a

reconhecer e registrar questões de relevância social, como o estudo da História e

Cultura Afro-brasileira e Africana, a Educação do Campo, Inclusão, a Educação

Fiscal, a Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Enfrentamento à Violência à

Criança e ao Adolescente, Sexualidade Humana e Educação Ambiental construindo

o conhecimento matemático através da organização e análise da realidade social e

individual com o uso de textos informativos e a própria realidade de vida.

Fazer o uso da modelagem matemática problematizando situações do

cotidiano valorizando o contexto social do mesmo (Educação do Campo).

Fazer uso de mídias tecnológicas para que todos tenham acesso aos

conhecimentos tecnológicos e possam buscar informações sobre o ambiente em

que vivem.

Sempre que necessário serão feitas as adaptações curriculares e

metodológicas de acordo com as necessidades dos alunos, para atender a

diversidade dos sujeitos sociais presentes na escola. Nesta perspectiva a escola se

propõe a trabalhar com a Educação Inclusiva que é uma realidade na sociedade

contemporânea.

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AVALIAÇÃO

De acordo com o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino,

a avaliação é contínua, cumulativa, processual e somativa, na qual os aspectos

qualitativos estão sobrepostos aos quantitativos, pois visa refletir o desenvolvimento

global, considerando as características individuais do educando.

A avaliação é parte integrante do processo de ensino e aprendizagem, é um

processo dialético de identificação do avanço e de novos caminhos a serem

tomados na ação pedagógica, respeitando as características individuais.

Sendo assim, serão utilizados os seguintes instrumentos para avaliar a

aprendizagem do aluno:

oprodução e resolução de situações problemas;

oatividades desenvolvidas em sala de aula, podendo ser escritas, orais,

individuais e em equipe;

otrabalhos de pesquisa individual e em grupo;

otestes de aproveitamento.

Pela avaliação o professor saberá como está ocorrendo a aquisição e

assimilação dos alunos quanto aos conceitos adquiridos, raciocínios desenvolvidos e

domínio de certas regras, a capacidade de resolução de situações problema e a

capacidade de relacionar conceitos matemáticos com a realidade prática. Ainda

serão utilizados como critérios de avaliação a observação do professor, quanto a

participação, interesse, criatividade, autonomia e raciocínio lógico utilizado na

resolução de atividades.

Nessa perspectiva, levar o aluno a refletir sobre os caminhos que lhe

percorrem para resolver uma atividade de maneira equivocada e ajudá-lo a retomar

o raciocínio com vistas à apreensão de conceitos, e se há lógica no processo

escolhido pelo aluno, se ele fez uma tentativa dinâmica de resolução.

É importante que o professor esclareça aos alunos o que pretende avaliar,

para que estejam atentos.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARAÇA, Bento de J. Conceitos fundamentais da matemática. Gradativa – 2005.

DÁMBROSIO, Ubiratan. Etnomatemática – elo entre as tradições e a

modernidade. Belo Horizonte – Autêntica – 2005.

FLOR DA SERRA, Esc. Est. De – Ensino Fundamental. Projeto Político-

Pedagógico. Realeza: 2007.

GASPARIN, J. L. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. Campinas:

Autores Associados, 2002.

PARÂMETROS Curriculares Nacionais de Matemática

SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. Campinas:

Autores Associados, 1997.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Da Rede

Pública De Educação Básica Do Estado Do Paraná: Matemática. Curitiba: SEED-

PR, 2006.

_____. Livro Didático Público de Matemática. Curitiba: SEED-PR, 2006.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE QUÍMICA

ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Química é uma ciência que está presente em todo processo de

desenvolvimento das civilizações e contribui para a melhora da qualidade de vida

das pessoas.

Uma das mais antigas descobertas químicas foi o domínio do fogo, que

revolucionou a vida do homem.

Quando falamos da história da Química podemos citar a alquimia, apesar de

ser uma ciência misturada com magia e religião, contribuiu para o desenvolvimento

de técnicas da metalurgia e as primeiras vidrarias de laboratório.

A proposta curricular de Química para o Ensino Médio, busca contemplar

aspectos conceituais que permitam a compreensão da constituição, propriedades e

transformações dos materiais, destacando as implicações sociais relacionadas à sua

produção e a seu uso.

Química é a ciência que lida com as propriedades, composição e estrutura

das substâncias, as transformações que com elas ocorrem e a energia que é

liberada ou absorvida durante esses processos. Toda substância, quer seja natural

ou produzida artificialmente, é constituída de um ou mais das mais de cem espécies

de átomos que foram identificados como elementos. Estes átomos, por sua vez, são

constituídos por partículas mais elementares, que são as estruturas básicas das

substâncias químicas; não existe nenhuma quantidade de ouro, oxigênio, mercúrio

ou prata, por exemplo, menor que um átomo desta substância. A química, no

entanto, não está preocupada com o domínio subatômico, mas com as propriedades

dos átomos e as leis que governam suas combinações e como o conhecimento

destas combinações podem ser usados para propósitos específicos.

A Química também se preocupa com a utilização de substâncias naturais e

com a criação de novas, artificiais. Cozimento, fermentação, manufatura de vidro e

metalurgia são processos químicos que datam dos primórdios da civilização. Hoje,

vinil, teflon, cristais líquidos, semicondutores e supercondutores representam os

frutos da tecnologia química.

No século XVII ocorreu a Revolução Química, o mágico da alquimia cedeu

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263

lugar ao científico. Com a Revolução Industrial, a indústria química apresentou um

grande desenvolvimento.

No século XVIII Lavoisier deu um grande avanço na química, pode-se dizer

que se iniciou a fase moderna dessa ciência e a Química ganhou uma linguagem

universal.

No século XIX ocorreu à síntese da uréia (Friedrich Wohler) e a partir daí, os

cientistas passaram a preparar compostos orgânicos em laboratório.

Em 1860 foi estabelecida a classificação periódica dos elementos químicos

por Mendeleev.

No final do século XIX com o surgimento dos laboratórios, a Química se

consolidou como uma das principais disciplinas.

O século XX presenciou avanços dramáticos na compreensão da maravilhosa

e complexa química dos organismos vivos, e a interpretação molecular da saúde e

da doença desperta grandes expectativas. A química moderna, sustentada por

instrumentos cada vez mais sofisticados, estuda materiais menores que um simples

átomo e maiores e mais complexos que o DNA (Ácido Desoxirribonucléico), que

contém milhões de átomos. Novas substâncias podem ser projetadas para

apresentar características desejadas e então sintetizadas.

Nos anos 80, o documento de Química para a reestruturação do Ensino de 2º

Grau, apresentou uma proposta de conteúdos essenciais para a disciplina e tinha

como objetivo a aprendizagem dos conhecimentos químicos historicamente

constituídos.

Nos anos 90 iniciou-se um movimento reflexivo por parte dos profissionais da

educação no sentido de estabelecer vínculos entre a história, os saberes, a

metodologia e a avaliação para o ensino de Química.

Hoje, pode-se dizer que a abordagem no ensino da Química será norteada

pela construção/reconstrução de significados dos conceitos científicos, vinculada

aos contextos históricos, políticos, econômicos, sociais e culturais.

É importante relacionarmos a Química com o tempo, pois como essa ciência

estuda a matéria e suas transformações, é interessante que o educando tenha

conhecimento e faça uma relação dos materiais utilizados antigamente e os

materiais de hoje (muitos materiais como por exemplo: as tintas, os vidros, as

cerâmicas são utilizados desde os tempos remotos e apesar de a matéria-prima

utilizada ser praticamente as mesmas, hoje, muita tecnologia foi incorporada).

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264

Outro aspecto bastante relevante é relacionar a Química com o trabalho, ou

seja, o educando precisa ter uma visão de que sem o trabalho não haveria a

produção material nem a sociedade humana tal como se conhece. É interessante

mostrar o trabalho manual de um determinado material e relacionar com a produção

industrial (produção manufatureira e industrial).

A cultura também não pode ser deixada de lado, é preciso que esteja

vinculada no desenvolvimento dos conteúdos científicos.

Portanto, se o educador ao ensinar Química relacionar essa ciência com o

tempo, trabalho, cultura e tecnologia poderá, com sucesso, passar aos educandos o

conhecimento científico.

A Química deve ser tratada de modo a possibilitar o entendimento do mundo

e a sua interação com ele. Pode-se ilustrar esta indicação com os Desafios

Educacionais Contemporâneos - a Educação Fiscal, Educação Ambiental,

Prevenção ao Uso Indevido de Drogas e a Sexualidade Humana, com situações

observadas no cotidiano.

OBJETIVOS

o Formar um educando que se aproprie dos conhecimentos químicos e

também seja capaz de refletir criticamente sobre o período histórico atual,

caracterizado, sobretudo, pela presença da ciência e da tecnologia.

o Possibilitar a compreensão das transformações químicas de forma

abrangente e integrada, contribuindo para que o indivíduo se veja

participante de um mundo em constante mudança e despertando o

interesse para servir a humanidade, no desenvolvimento tecnológico, com

importantes contribuições específicas, cujas decorrências têm alcance

econômico e social.

o Desenvolver a capacidade de investigação e crítica, observando a

evolução da ciência, juntamente com seus benefícios e prejuízos e assim

formar indivíduos pensantes em busca da melhoria da qualidade de vida.

Page 265: ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA - Ensino Fundamental e Médio · apresentaÇÃo da disciplina ... ensino mÉdio ... proposta pedagÓgica curricular de lÍngua portuguesa/literatura

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o Reconhecer a Química como um fazer humano e, portanto, histórico, fruto

da conjunção de fatores sociais, políticos, econômicos, religiosos e

tecnológicos.

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CONTEÚDOS POR SÉRIE

1ª SÉRIE

CONCEITO

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

QUE PARTICIPAM NA

CONSTRUÇÃO DO

CONCEITO

CONTEÚDOS

ESTRUTU-

RANTES

ABORDAGEM DOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

HISTÓRIA DA

QUÍMICA

• Introdução à Química;

• Conceitos e reformulação

de conceitos;

• Química no cotidiano;

• Linguagem da Química;

• Tabela Periódica.

Matéria e sua

natureza

• Estudo da matéria em constante

transformação;

• Analisar as reações que ocorrem no dia-a-dia

(ferrugem, digestão).

Biogeoquímica

• Trabalhar o conhecimento que os alunos tem

sobre a Química da vida, natureza e ser

humano, assim entendendo as

transformações que ocorrem no dia-a-dia.

Química

sintética

• Reconhecer fórmulas químicas e suas

aplicações, no uso de produtos químicos

como aditivos alimentares, medicamentos,

fibras, etc;

• Trabalhar a leitura de rótulos e embalagens.

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267

ESTRUTURA DA

MATÉRIA E SUAS

TRANSFORMAÇÕES

ESTRUTURA DA

MATÉRIA E SUAS

TRANSFORMAÇÕES

• Reações: fenômenos

químicos;

• Substancias: simples e

compostas;

• Estados físicos da matéria

• Mudanças de estado;

• Misturas.

Matéria e sua

natureza

• Elementos químicos presentes no cotidiano;

• Combinação entre substâncias;

Biogeoquímica

• Constituição da Biosfera, átomos e

substancias;

• Ciclo dos elementos C, N e O e da H2O;

• Presença de átomos na matéria;

• Formação de novas substancias;

• Mudança de temperatura;

• Biosfera: H2O, ar e solo.

Química

Sintética

• Suprimento de novos produtos;

• Desenvolvimento e aperfeiçoamento de

novos produtos.

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268

ESTRUTURA

ATÔMICA

• Modelo atômico;

• Átomos e suas partículas;

• Distribuição de elétrons;

• Íons;

• Tabela Periódica;

• Elemento químico.

Matéria e sua

natureza

• Composição interna dos elementos químicos;

• Estudo da tabela periódica permitindo

descobertas e levando ao conhecimento

sobre a natureza da matéria.

Biogeoquímica

• Importância dos elementos químicos para

saber a fertilidade do solo, uso de

fertilizantes, inseticidas, etc;

• Levar o conhecimento aos alunos sobre os

ciclos globais e suas interações na hidrosfera,

atmosfera e litosfera.

Química

sintética

• Separação de materiais;

• Síntese de elementos artificiais;

• Presença de reações químicas quanto a

proporção dos elementos;

• Saber a importância de alguns metais para a

manutenção equilibrada das funções do corpo

humano.

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269

2ª SÉRIE

CONCEITO

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

QUE PARTICIPAM NA

CONSTRUÇÃO DO

CONCEITO

CONTEÚDOS

ESTRUTU-

RANTES

ABORDAGEM DOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

TRANSFORMAÇÕES

QUÍMICAS

• Energia;

• Equação;

• Equilíbrio químico;

• Calor químico;

• Energia de ligação;

• Temperatura e pressão

de uma reação;

• Tabela Periódica;

• Efeito Estufa;

• Chuva ácida.

Matéria e sua

natureza

• Fatores, temperaturas, pressão das

substancias;

• Reconhecer que a tabela periódica serve de

mapa e possibilita descobertas de

importantes sobre a matéria e sua origem.

Biogeoquímica

• Alterações (processos) que acontecem no

cotidiano;

• Saber a importância do uso de fertilizantes,

adubos e inseticidas na agricultura.

Química

sintética

• Combustão no organismo humano;

• Apodrecimento dos alimentos;

• Fotossíntese;

• Produção de vinho;

• Relacionar a lâmpada com a bateria do carro

(que transformações ocorrem).

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VELOCIDADE DAS

REAÇÕES

VELOCIDADE DAS

REAÇÕES

• Equilíbrio químico;

• Deslocamento e grau de

equilíbrio;

• Cálculos

estequiométricos;

• Concentração e efeito

dos reagentes;

• Catalisadores;

• Tipos de reações

(endotérmicas).

Matéria e sua

natureza

• Reações que influenciam no meio dos seres

vivos;

• Tipos de reações que oxidam;

• Estudo das enzimas, as quais fazem parte do

metabolismo do ser vivo;

• Combinação entre substâncias;

Biogeoquímica

• Identificar que tipos de reações envolvem o

ser humano;

• Entender os fatores que influenciam uma

reação;

• Pensar na estrutura molecular e como ocorre

essa reação;

• Formação de novas substâncias.

Química

Sintética

• Como acontece a deterioração dos alimentos

e também sua conservação;

• Como acontece a queima nos motores de

carros;

• Estimular a pesquisa sobre o que as

velocidades químicas têm a ver com as

máquinas fotográficas e computadores;

• Suprimento de novos produtos.

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SOLUÇÕES

SOLUÇÕES

• Substâncias simples e

compostas;

• Misturas;

• Métodos de separação;

• Solubilidade e

concentração;

• Ligações;

• Temperatura e pressão;

• Densidade;

• Tabela periódica;

• Dispersão e suspensão;

• Propriedades;

• Osmometria;

• Soluções iônicas;

• Volume;

• Molaridade.

Matéria e sua

natureza

• Identificar misturas homogêneas e

heterogêneas como participante do cotidiano;

• Entender os conceitos de: soluções saturadas

e insaturadas partindo de macro para micro;

• Elementos químicos presentes no cotidiano.

Biogeoquímica

• Refletir a interferência de soluções e misturas

no cotidiano;

• Identificar soluções e misturas nos seres

vivos e no meio ambiente;

• Mudanças de temperatura.

Química

sintética

• Produção e uso de misturas: hidrocarbonetos,

isso pode ajudar o equilíbrio harmônico da

vida;

• Desenvolvimento e aperfeiçoamento de

novos produtos.

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3ª SÉRIE

CONCEITO

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

QUE PARTICIPAM NA

CONSTRUÇÃO DO

CONCEITO

CONTEÚDOS

ESTRUTU-

RANTES

ABORDAGEM DOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

RADIOATIVIDADE

• Tipos de radiação;

• Leis:

α- Alfa;

β- Beta;

γ- Gama.

• Meia vida;

• Fissão;

• Fusão;

• Efeitos das radiações.

Matéria e sua

natureza

• Relacionar fluorescência com substâncias;

• Absorção de CO2 na fotossíntese;

• Descoberta de elementos químicos.

Biogeoquímica

• Datação das rochas;

• PH e POH;

• DNA – mutações genéticas;

• Radioatividade para detenção de cereais

resistentes.

Química

sintética

• Aplicações na medicina;

• Aplicação do carbono 14;

• Aplicação no diagnóstico de doenças;

• Baterias e seu funcionamento;

• Corrosões, radiografias.

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QUÍMICA DO

CARBONO

QUÍMICA DO

CARBONO

• Classificação e

propriedades;

• Átomo – carbono;

• Moléculas orgânicas;

• Classificar os processos e

reações do carbono;

• Cadeiras carbônicas;

• Ligações e forças

moleculares

Matéria e sua

natureza

• Refletir a origem da vida;

• Como reage a química do composto nos

seres vivos.

Biogeoquímica

• Trabalhar as diferenças entre compostos

orgânicos e inorgânicos;

• Produção de fertilizantes.

Química

sintética

• Do carvão ao petróleo, pensar o modo de

matéria-prima nas indústrias;

• Compreender os compostos orgânicos

naturais e sintéticos.

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FUNÇÕES

QUÍMICAS E

ORGÂNICAS

• Alcoóis, hidrocarbonetos,

ácidos carboxílicos,

Éteres, fenóis;

• Compostos heterocíclicos

e organometálicos;

• Estruturas e propriedades

físicas;

• Tabela Periódica;

• Forças intermoleculares;

• Ebulição e fusão;

• Solubilidade;

• Densidade;

• Ligação Química.

Matéria e sua

natureza

• Compreender a função dos glicídeos,

aminoácidos e proteínas nos seres vivos.

• Metais que fazem parte da constituição de

comportamento orgânico.

Biogeoquímica

• Trabalhar a acidez e a basicidade;

• Relacionar as nomenclaturas com as

propriedades físicas;

• Abordagem de ciclos globais.

Química

Sintética

• Estudar a parte orgânica dos inseticidas,

aerossóis, solventes, etc.;

• Medicamentos;

• Funções dos alimentos;

• Presença dos compostos orgânicos nos

produtos cosméticos;

• Saber da importância de alguns metais para a

manutenção das funções do corpo.

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ISOMERIA

• Tipos de compostos;

• Ligações;

• Carbono assimétrico e

simétrico;

• Pesos moleculares;

• Teorias dos orbitais;

• Enzimas.

Matéria e sua

natureza

• Compreender os carbonos presentes nos

hormônios, proteínas, substancias

diretamente no ser humano;

• Metais alcalinos que através de ligações

constituirão alguns compostos orgânicos

como o sal de cozinha.

Biogeoquímica• Reações de obtuição;

• Aplicações cotidianas.

Química

sintética

• Compreender os produtos prontos (margarina

transaturada), qual o processo, que tipo de

ligação existe.

• Relacionar como cotidiano;

• Óleos e gorduras;

• Proteínas que fazem parte da estrutura

capilar e como agem os diferentes produtos

químicos usados para limpeza e alteração da

cor dos cabelos.

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276

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

É importante que o processo de ensino-aprendizagem em Química, parta do

conhecimento prévio dos educandos, onde se incluem as concepções alternativas,

ou seja, idéias concebidas sobre o conhecimento da química, ou concepções

espontâneas, a partir da qual será elaborado um conceito científico.

Podemos dizer que a concepção espontânea sobre os conceitos que o

educando adquire no seu dia-a-dia, na interação com os diversos objetos no seu

espaço de convivência, se faz presente no momento em que se inicia o processo de

ensino-aprendizagem. Já a concepção científica envolve um saber socialmente

construído e sistematizado, o qual necessita de metodologias específicas para ser

disseminado no ambiente escolar, que é, por excelência, o lugar onde se lida com o

conhecimento científico historicamente produzido. Portanto, não é necessário um

laboratório bem equipado, o educador pode utilizar materiais alternativos, de baixo

custo e na sala de aula.

Pode ser apontado também como metodologias o fato de observar e

acompanhar a realização do experimento e observar através de relatórios, trabalhar

com textos de jornais, revistas, rótulos de alimentos e medicamentos para que os

educandos possam interpretar e identificar onde e de que forma a química está

presente, indicar sites e artigos científicos para que os educandos possam ler e tirar

suas conclusões.

No entanto, podemos dizer que as aulas devem ser expositivas, com práticas

laboratoriais, observações de fatos do cotidiano, atividades em grupos, leitura de

artigos, exercícios de fixação de conteúdos e pesquisas, estudo da tabela periódica,

fazendo com que o educando tenha uma visão mais abrangente do universo

químico.

A utilização de textos complementares referentes aos Desafios Educacionais

Contemporâneos – a Educação Fiscal, Educação Ambiental, Prevenção ao Uso

Indevido de Drogas e a Sexualidade Humana, possibilitam debates, seminários,

problematização e busca de soluções que norteiam seu cotidiano, trabalhos de

forma individual e coletiva.

Esses desafios serão contemplados de acordo com a metodologia e estudos

de conteúdos que possam ter ligação no momento, ou seja serão estudados de

acordo com o assunto estudado.

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AVALIAÇÃO

De acordo com o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino,

a avaliação é contínua, cumulativa, processual e somativa, na qual os aspectos

qualitativos estão sobrepostos aos quantitativos, pois visa refletir o desenvolvimento

global, considerando as características individuais do educando.

O professor deve usar instrumentos como a leitura e interpretação de textos e

da tabela periódica dos elementos, pesquisas, relatórios de aulas práticas,

apresentação de seminários, questões orais e escritas, individuais e em grupo. A

partir desses instrumentos o professor verificará se o aluno é capaz de formular

hipóteses e comprová-las, ou não, resolver problemas e estabelecer relações da

Química com seu cotidiano, perceber as transformações e reações químicas que

ocorrem dentro e fora do nosso corpo garantindo a aprendizagem de forma não

excludente..

A recuperação de conteúdo é paralela e, a cada conteúdo trabalhado, após a

verificação dos critérios de avaliação, acontecerá uma nova explicação do assunto e

questões e/ ou atividades diversificadas para melhor compreensão, a medida que

forem constatadas dificuldades na aprendizagem.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA – ENSINO FUNDAMENTAL. Projeto

Político Pedagógico. Realeza: 2007.

PARANÁ, Secretaria De Estado Da Educação. Diretrizes Curriculares Da Rede

Pública De Educação Básica Do Estado Do Paraná: Química. Curitiba: SEED-

PR, 2006.

_____, Secretaria De Estado Da Educação. Livro Didático Público Para o Ensino

Médio – Química. Curitiba: SEED-PR, 2006.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA

ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Sociologia surge como Ciência Natural no século XIX, após a Revolução

Industrial, tendo como princípio norteador o pensamento positivista.

As preocupações dos primeiros sociólogos após a Revolução Industrial – final

do século XIX, as semelhantes às dos sociólogos contemporâneos.

Estas preocupações dizem respeito aos graves problemas sociais gerados

pelo modo de produção capitalista, que são: miséria, desemprego, greves, entre

outros.

Augusto Comte (1798 – 1857) e Émile Durkheim (1858 – 1917), viam na

educação a capacidade de restabelecer a ordem social e adequar os indivíduos à

nova sociedade.

O pensamento sociológico de Karl Marx (1818 – 1883) era crítico e

questionava a sociedade da época, no que se referia as relações de exploração

proveniente dos meios de produção e propunha a construção de uma nova

sociedade sem classes sociais definidas. Sua postura deixava de evidenciar a

origem conservadora e conformista da Sociologia.

O italiano Antonio Gramsci 91891-1938), fez análises e definiu conceitos

críticos e revolucionários, que contribuíram para o repensar das estruturas

educacionais. O pensamento sociológico brasileiro foi influenciado tanto por idéias

conformistas quanto por revolucionárias.

E na década de 30 foi consolidada a Sociologia no Sistema Educacional

brasileira, com a criação de Cursos de Ciências Sociais em Instituições de Ensino

Superior. Através disto, ocorreu o desenvolvimento da pesquisa sociológica e a

formação de quadros técnicos e intelectuais que dariam suporte às políticas

públicas, durante o Estado Novo. Possibilitou ainda, a consolidação da Sociologia,

enquanto disciplina, através da formação de professores para o Ensino Secundário.

No Brasil os pensadores que mais contribuíram com suas análises e

explicações sobre a realidade de suas épocas foram:

○ Gilberto Freyre (1900 – 1987);

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○ Fernando de Azevedo (1894 – 1974);

○ Caio Prado Júnior (1907 – 1980);

○ Sergio Buarque de Holanda (1902 – 1982);

○ Florestan Fernandes (1920 – 1995);

○ Otávio Ianni (1926 – 2004).

Na década de 40, com a instalação do Estado Novo, foi retirada a

obrigatoriedade do ensino de Sociologia das escolas secundárias, através da

chamada Reforma Capanema. Nos anos 50 e início de 60, houve a Sociologia

passou a fazer parte dos currículos dos cursos de Ciências Sociais. Já na década de

1970, a disciplina continuou excluída dos secundários, existia apenas para os cursos

de magistério.

Com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei n. 9394/96) propôs o

estudo dos conteúdos de Sociologia com tratamento interdisciplinar, porém, a

Sociologia no Estado do Paraná tornou-se obrigatória a disciplina no currículo do

Ensino Médio.

A Sociologia enquanto disciplina é fundamental para fazer com que o

educando amplie seu conhecimento sobre a sua condição própria de vida, para

análise das relações e problemas sociais em seus aspectos diversos

conhecimentos, compreensão e a explicação da sociedade e seus sistemas sócio-

político-econômico.

OBJETIVOS

o Possibilitar ao aluno o conhecimento sobre as transformações

socioeconômicas, culturais e políticas ocorridas na sociedade, de forma tal

que ele possa fazer a análise e a compreensão dessas relações, bem

como seus determinantes. Pois assim, o educando terá elementos que o

farão refletir sobre suas condições de vida e relacioná-las aos

condicionantes sociais. Após essa reflexão poderá tomar decisões diante

do enfrentamento de dadas situações, sejam elas pessoais , individuais ou

coletivas.

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

o O processo de Socialização e as Instituições Sociais;

o A Cultura e a Indústria Cultural;

o Trabalho, Produção e Classes Sociais;

o Poder, Política e Ideologia; e

o Cidadania e Movimentos Sociais.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

O surgimento da Sociologia e as teorias sociológicas

• O que é Sociologia? Para que Sociologia?

• Contexto histórico do surgimento da Sociologia;

• Conhecimento científico X senso comum;

• As teorias sociológicas na compreensão da sociedade contemporânea -

Augusto Comte; Émile Durkheim; Max Weber e Karl Marx.

Processo de socialização e as instituições sociais

• Instituição familiar;

• Instituição escolar;

• Instituição financeira;

• Instituição Estado, entre outros.

Cultura e indústria cultural

• Diversidade cultural;

• Relativismo;

• Etnocentrismo;

• Questões de gênero, étnicas (afros-descendentes) e de outras minorias;

• Formação da cultura brasileira.

Trabalho, produção e classes sociais

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• Relações de trabalho na Sociedade Capitalista – Mais-Valia;

• Precarização das relações de trabalho;

• Desemprego, desemprego conjuntural, estrutural, subemprego e

informalidade.

• Reforma trabalhista e Organização Nacional do Trabalho;

• Neoliberalismo;

• Reforma agrária;

• Relações de mercado entre muitos outros;

• Globalização.

Poder político e ideologia

• Ideologia e dominação capitalista;

• Formação do Estado Moderno

Direitos, cidadania e movimentos sociais

• Movimentos sociais urbanos;

• Movimentos estudantis;

• Movimentos sociais rurais;

• Movimentos sociais conservadores

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

A linguagem é a mais importante forma de mediação entre o homem e o

mundo, entendido nas relações sociais, culturais e de poder. Neste contexto o

professor de sociologia é o mediador do conhecimento científico que possibilitará

aos alunos interpretar a realidade e desenvolver um pensamento crítico, construindo

uma concepção livre do senso comum.

Os conteúdos serão abordados considerando para cada trabalho,

independente do recurso didático utilizado, a fundamentação teórica referenciado

nos clássicos, concomitante aos fatos sociais, expressos na realidade e ainda o

sentido amplo dos conceitos sociológicos. Para aprofundamento dos conteúdos

utilizar-se-á diferentes técnicas e recursos de ensino, como seminários, mesas

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283

redondas, filmes, análise de textos verbais e não verbais, músicas, pesquisa de

campo, dramatização, e outros recursos possíveis que venha a surgir.

A partir dos conteúdos de Sociologia, serão trabalhados os Desafios

Educacionais Contemporâneos, como: Educação Fiscal, Sexualidade Humana,

Enfrentamento de Violência, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas e Educação

Ambiental que pressupõe uma discussão aprofundada, pertinente na atualidade,

contribuindo para a formação global do cidadão.

Sempre que necessário serão feitas as adaptações curriculares e

metodológicas de acordo com as necessidades dos alunos, para atender a

diversidade dos sujeitos sociais presentes na escola. Nesta perspectiva a escola se

propõe a trabalhar com a Educação Inclusiva que é uma realidade na sociedade

contemporânea.

AVALIAÇÃO

De acordo com o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino,

a avaliação é contínua, cumulativa, processual e somativa, na qual os aspectos

qualitativos estão sobrepostos aos quantitativos, pois visa refletir o desenvolvimento

global, considerando as características individuais do educando.

Compreendendo a apropriação do conhecimento como um processo

contínuo, a avaliação dar-se-á de forma constante, pensada e elaborada

coletivamente com transparência, levando educadores e educandos ao

envolvimento neste processo pedagógico, considerando-se os objetivos propostos

pela disciplina, que passa pela superação do senso comum.

Para tanto, partindo da abordagem do conhecimento científico e dos fatos

sociais elencados através de pesquisa de campo e bibliográfica, avaliações escritas,

seminários e debates, o aluno será avaliado observando-se a apreensão de

conceitos sociológicos, a capacidade de análise de situações sociais , a clareza e

objetividade na exposição de idéias, a coerência, a concordância e a

fundamentação teórica: oralidade e escrita.

A recuperação paralela de conteúdos para alunos que não obtiverem bom

aproveitamento educacional poderá ser realizada através da retomada do conteúdo,

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a partir de um encaminhamento diferenciado, e outra proposta de avaliação: oral

e/ou escrita.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARON, Raymond. As etapas do pensamento sociológico. São Paulo: Martins

Fontes, 2003.

ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA – ENSINO FUNDAMENTAL. Projeto

Político-Pedagógico. Realeza: 2007.

GENTILI, Pablo. A cidadania negada. São Paulo: Cortez, 2002.

GIDDENS, Anthony. Sociologia. Porto Alegre: Artmed, 2005.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Da Rede

Pública De Educação Básica Do Estado Do Paraná. Disciplina De Sociologia.

Curitiba: SEED-PR, 2006.

_____, Secretaria de Estado da Educação. Livro Didático Público de Sociologia.

Curitiba: SEED-PR, 2006.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA

MODERNA: INGLÊS - ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O conhecimento de Língua Estrangeira Moderna como parte da área de

Linguagem, Códigos e suas Tecnologias assumem hoje a sua real finalidade: a de

ser um meio de comunicação entre os homens. As línguas estrangeiras modernas,

inseridas na área de Linguagem e Códigos, não são mais tratadas como uma

disciplina isolada. A necessidade de conhecer a diversidade de diferentes fatos

acontecendo em diferentes contextos, também a contribuição para formar alunos

críticos e transformadores faz com que seja necessária a integração das línguas

estrangeiras modernas entre as demais disciplinas.

Nessa nova perspectiva, o processo ensino/aprendizagem de línguas

estrangeiras, além de capacitar o aluno a falar, ler e escrever um idioma, adquire

uma e importante função: a de contribuir para a formação geral do aluno como

cidadão, respeitando as diversidades culturais e os Desafios Educacionais

Contemporâneos, quais sejam: Educação Fiscal, História e Cultura Afro-brasileira e

Africana, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Sexualidade humana e

Enfrentamento à Violência. Capacitar o aluno a entender e produzir enunciados

significantes e de forma adequada, considerando os diferentes contextos e situações

do cotidiano de maneira a alargar horizontes e expandir sua capacidade

interpretativa e cognitiva.

Por outro lado, é fundamental atentar para a realidade: o Ensino Médio

possui, entre suas funções, um compromisso com a educação para o trabalho, no

qual estão presentes muitas expressões e palavras oriundas da língua inglesa.

Acrescentando a isso, temos a influência da cultura sendo notada no Brasil a cada

geração.

A escola está proporcionando o conhecimento de uma nova língua e de uma

cultura cada vez mais presente na realidade atual, fazendo com que a língua inglesa

seja cada vez mais necessária, para que contribua na formação profissional do

aluno, formação esta caracterizada como um dos Desafios Educacionais

Contemporâneos.

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Torna-se, pois, imprescindível incorporar as necessidades da realidade ao

currículo escolar de forma que os alunos tenham acesso no Ensino Médio, àqueles

conhecimentos que, de forma mais ou menos imediata, serão exigidos pelo mercado

de trabalho, aos interesses locais no qual o aluno se insere ou virá a inserir-se.

OBJETIVOS

A Língua Inglesa não apenas como objeto de estudo, e sim como veículo de

conhecimento cultural diversificado, contempla as relações com a cultura, a

ideologia, o sujeito, os valores sociais, de acordo com os diferentes contextos sócio-

culturais e históricos. Logo, deve-se considerar que os alunos trazem para a escola

determinadas leituras de mundo que constituem sua cultura e devem ser

respeitadas.

Objetiva-se, por meio da língua inglesa que os alunos analisem as questões

sociais, suas implicâncias e desenvolvam uma consciência crítica a respeito do

papel importante das línguas na sociedade. Que a aprendizagem de Língua

Estrangeira possa, além de ser um meio para progressão no trabalho e estudos

posteriores, também contribuir para formar alunos críticos e transformadores,

através do comprometimento mútuo, de maneira a alargar horizontes e expandir sua

capacidade interpretativa e cognitiva.

Assim, ao final do Ensino Médio espera-se que o aluno:

○ Seja capaz de usar a língua em situações de comunicação oral e escrita.

○ Compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos

e, portanto, passíveis de transformação na prática social.

○ Reconheça e compreenda a diversidade lingüística e cultural, bem como

os seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país.

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

O conteúdo estruturante é o discurso como prática social, que se efetiva

através das práticas discursivas de leitura, de escrita e de oralidade, assim como a

análise lingüística em um trabalho sistemático determinado pela necessidade em

relação à vivência textual em sala de aula.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

• Leitura

o Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários.

o Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade

e intertextualidade do texto.

o Linguagem não-verbal.

o As particularidades do texto em registro formal e informal.

o Finalidades do texto.

o Estética do texto literário.

o Realização de leitura não linear dos diversos textos.

• Oralidade

o Variedades lingüísticas.

o Intencionalidade do texto.

o Particularidade de pronúncias da língua estudada em diferentes

países.

o Finalidade do texto oral.

o Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos.

• Escrita

o Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e

marcas lingüísticas.

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o Paragrafação.

o Clareza de idéias.

o Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão.

• Análise Lingüística

o Coesão e coerência.

o Função dos pronomes, artigos, numerais, preposições, advérbios,

locuções adverbiais, conjunções, verbos, palavras interrogativas,

substantivos contáveis e incontáveis, falsos cognatos, discurso direto e

indireto, vozes verbais, verbos modais, concordância verbal e nominal,

orações condicionais, phrasal verbs e outras categorias como

elementos do texto.

o Pontuação e seus efeitos no sentido do texto.

• Gêneros Discursivos

o Crônica, lendas, contos, poemas, fábulas, biografias, classificados,

notícias, reportagem, entrevistas, cartas, artigos de opinião, resumo,

textos midiáticos, palestra, piadas, debates, folhetos, horóscopo,

provérbios, charges, tiras, etc.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Os conhecimentos lingüísticos a serem trabalhados serão diferenciados pelo

grau de conhecimento dos alunos. A diversidade cultural será apresentada de forma

que o aluno possa perceber que ao conhecer a cultura do outro ele compreenderá a

língua como algo que é constituído por uma determinada comunidade bem como

suas crenças e valores culturais.

Serão utilizados os seguintes encaminhamentos metodológicos para o

desenvolvimento do ensino-aprendizagem da língua inglesa:

○ Conversação e diálogo (pair work).

○ Leitura e interpretação de textos. (groups work).

○ Atividades escritas e orais (reading and writting).

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○ Atividades em duplas e/ou grupos. (group work).

○ Pesquisa em dicionário.

○ Atividades auditivas (listening).

○ Confecções de cartazes, painéis, murais, cartas, bilhetes, cruzadinhas e,

convites.

○ Bingos e jogos.

○ Músicas.

○ Dramatizações.

○ Localização no mapa-mundi dos países cuja língua oficial é o inglês.

○ Serão utilizados também vários recursos tecnológicos como: radio, TV,

Pendrive e Internet para exemplificar e reforçar o conteúdo trabalhado,

desenvolvendo as habilidades de ver, ouvir, registrar e falar.

Serão utilizados também vários recursos tecnológicos como: rádio, TV

multimídia e Internet para exemplificar e reforçar o conteúdo trabalhado,

desenvolvendo as habilidades de ver, ouvir, registrar e falar.

O professor deverá abordar em conjunto aos conteúdos os Desafios

Educacionais Contemporâneos, que são: Educação Fiscal, Meio Ambiente, História

e Cultura Afro-brasileira e Africana, Prevenção ao uso Indevido de Drogas,

Sexualidade Humana e Enfrentamento a Violência, proporcionando ao aluno um

conhecimento mais amplo de situações que acontecem no Brasil, bem como discuti-

las formando, assim, no aluno um senso crítico-construtivo perante tais situações.

Sempre que necessário serão feitas as adaptações curriculares e

metodológicas de acordo com as necessidades dos alunos, para atender a

diversidade dos sujeitos sociais presentes na escola. Nesta perspectiva a escola se

propõe a trabalhar com a Educação Inclusiva que é uma realidade na sociedade

contemporânea.

AVALIAÇÃO

Atualmente reconhecemos a perversão das antigas práticas de avaliação e

estamos eliminando a retenção pura e simples do aluno, onde não se reprova, mas

se recupera, não se castiga, mas, sendo estimulada por meio de diálogos,

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apresentações de trabalhos, exposições e divulgação de pesquisas em grupos,

interpretações, estudo de vocabulário e gramática. Que a avaliação seja contínua e

cumulativa e que os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos para a

verificação do aprendizado do aluno e para que o professor repense a sua

metodologia e planeje suas aulas de acordo com as necessidades dos mesmos.

Em cada trimestre far-se-á atividades complementares que podem ser usadas

na avaliação participativa. Os conhecimentos lingüísticos, discursivos, sócio-

programáticos ou culturais e as práticas de leitura, escrita ou oralidade serão

trabalhados em testes, simulados e provas bimestrais orais e escritas, individuais e

em grupos para garantir a efetiva interação do aluno com os discursos em língua

estrangeira.

Entendemos que a principal tarefa da escola é a de despertar em seus alunos

as suas potencialidades, os seus desejos e os seus próprios interesses, diante da

totalidade do conhecimento humano. Isso significa reforçar a idéia de uma formação

humana ampla, que contemple todas as áreas científicas com as dos conhecimentos

acumulados pela sociedade, e que se expressam na escola.

Como afirma Bakhtin (1988), “... o essencial na tarefa de decodificação não

consiste em reconhecer a forma utilizada, mas compreendê-la num contexto

concreto preciso, compreender sua significação numa enunciação particular”. A

aprendizagem humana somente se processa na medida em que o educando é

capaz de construir significados e atribuir sentido do conteúdo da aprendizagem. A

avaliação deve ser parte integrante do processo de aprendizagem e contribuir para a

construção de saberes.

Lembramos também, que a avaliação da aprendizagem em língua estrangeira

deve superar a concepção de mero instrumento de mediação da apreensão de

conteúdos, visto que se configura como processual e, como tal, objetiva subsidiar

discussões acerca das dificuldades e avanços dos alunos, a partir de suas

produções. De fato, o envolvimento dos alunos na construção do significado nas

práticas discursivas será a base para o planejamento das avaliações de

aprendizagem.

A recuperação paralela será simultânea aos conteúdos através de produção

escrita, retomada de conteúdos e nova avaliação ou trabalhos de pesquisa e

produção do aluno.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BAKHTIN, M. Marxismo e Filosofia da Linguagem. São Paulo: Hucitec, 1988.

CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares Nacionais para

a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura

Afro-Brasileira e Africana. Conselho Nacional de Educação, 2004.

ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA – ENSINO FUNDAMENTAL. Projeto

Político-Pedagógico. Realeza: 2007.

Inserção dos Conteúdos de História e Cultura Afro-Brasileira nos Currículos

Escolares. Lei Nº. 10.639.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e

proposições. 17. ed. São Paulo: Cortez, 2005.

PARANÁ, Secretaria De Estado Da Educação. Diretrizes Curriculares Da Rede

Pública De Educação Básica Do Estado Do Paraná: Língua Estrangeira

Moderna. Curitiba: SEED-PR, 2006.

_____. Língua Estrangeira Moderna: Espanhol e Inglês. Curitiba: SEED-PR,

2006.

_____. Orientações Curriculares para o Ensino Médio. Linguagens, Códigos e

suas Tecnologias/Secretária de Educação Básica. Brasília: Ministério da Educação,

Secretaria de Educação Básica, 2006.

_____. Livro Didático Público de Língua Estrangeira Moderna - Inglês. Curitiba:

SEED-PR, 2006.