escola de aperfeiÇoamento de … mm brandt preparado para a aplicação das técnicas de...

ESCOLA DE APERFEIÇOAMENTO DE SARGENTOS DAS ARMAS

2º SGT CAV JOÃO PAULO DE ALCÂNTARA ALMEIDA

2º SGT CAV LUIS CARLOS SOUZA DA SILVA JUNIOR

2º SGT CAV LEANDER FREIRE ARCENIO DOS SANTOS

2º SGT CAV JEAN CARLO PEREIRA BITENCOURT

2º SGT CAV MARCIO ADRIAN LISCANO GERALDO

2º SGT CAV LUIZ HENRIQUE DA SILVA

TÉCNICA DE TIRO NOTURNO DO MORTEIRO 81 mm BRANDT

Projeto Interdisciplinar

Cruz Alta- RS

2014

2º SGT CAV JOÃO PAULO DE ALCÂNTARA ALMEIDA

2º SGT CAV LUIS CARLOS SOUZA DA SILVA JUNIOR

2º SGT CAV LEANDER FREIRE ARCENIO DOS SANTOS

2º SGT CAV JEAN CARLO PEREIRA BITENCOURT

2º SGT CAV MARCIO ADRIAN LISCANO GERALDO

2º SGT CAV LUIZ HENRIQUE DA SILVA

TÉCNICA DE TIRO NOTURNO DO MORTEIRO 81 mm BRANDT

Projeto Interdisciplinar

Projeto Interdisciplinar apresentado por Término de curso na Escola de Aperfeiçoamento de Sargento das Armas.

Orientador: 2º Sgt Cav Luis Aldair Nunes Da Silva Junior

Cruz Alta- RS

2014

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1- Morteiro 81mm Brandt........................................................................5

Figura 2- Aparelho de pontaria M4.....................................................................6

Figura 3- Ovn.........................................................................................................6

Figura 4- Mira laser...............................................................................................7

Figura 5- Baliza modelo M8.................................................................................8

Figura 6- Finlacap.................................................................................................8

Figura 7- 1º Passo fixação....................................................................................11

Figura 10- Mrt com mira laser............................................................................13

Figura 11- Aparelho de pontaria........................................................................14

Figura 13- Mira laser...........................................................................................16

Figura 15- Morteiro em vigilancia......................................................................18

LISTA DE ABREVIATURAS

OVN- óculos de visão noturno

FIMLACAP- Fixador da mira laser no colimador do aparelho de pontaria

Mrt- Morteiro

MM- Milímetros

BV- Baliza de vigilância

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO............................................................................................................5

2 REVISÃO TEORICA.................................................................................................6

2.1 CONTEXTO DO ESTUDO …...............................................................................7

5 OUTRAS CONSIDERAÇÕES................................................................................23

REFERENCIAS...........................................................................................................25

TERMO DE INEDITISMO...............................................................................26

1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho visa a propor a adoção de uma nova metodologia e uma nova técnica para a realização do tiro noturno com o Morteiro 81 mm BRANDT modelo 1936.

2 REVISÃO TEORICA

Para o desenvolvimento deste trabalho houve um embasamento técnico teórico a fim de abordar esta nova técnica, que tem o objetivo de tornar o tiro noturno das frações que utilizam esse tipo de armamento como dotação mais eficaz, prático, sigiloso e, sobretudo, ágil.

Sabemos que a técnica utilizada atualmente para o tiro noturno do Mrt 81 mm BRANDT é a mesma utilizada no tiro diurno, no entanto, para a sua realização, é preciso que seja feito um trabalho de iluminação das diversas balizas do morteiro e também do aparelho de pontaria do mesmo, de forma que se consiga visualizar a linha de fé do colimador conforme constante no manual C 23-90 (Manual de Campanha - O MORTEIRO 81mm).

Tal trabalho torna-se demorado e suas condições finais não oferecem boa visibilidade do material para que se possa fazer uma pontaria adequada, confiável e fiel ao que foi amarrado. Contamos ainda com a desvantagem do deslocamento para a regulação do tiro de um alvo para outro, o que demanda excessivo tempo em condições de pouca luminosidade para que se consiga fazer a nova pontaria conforme o boletim de amarração da peça.

Tendo em vista minimizar estas dificuldades para que o Mrt 81 mm BRANDT possa oferecer o apoio de fogo de forma mais ágil e eficiente no período noturno, é apresentado abaixo a sugestão de uma nova técnica de tiro noturno do morteiro. Esta técnica conta com auxílio de alguns materiais que se encontram ao alcance da tropa e um outro material idealizado, dimensionado, criado e testado pelo 2º Sargento João Paulo de Alcântara Almeida.

2. TÉCNICA DE TIRO NOTURNO PARA O MRT 81mm BRANDT modelo 1936

2.1 MATERIAL UTLIZADO:

a- Morteiro 81mm BRANDTb- Aparelho de pontaria M4c- Óculos de visão noturnad- Mira laser (mesma utilizada no FAL 7,62mm)e- 01 (uma) Baliza modelo M8f- 04 (quatro) Balizas modelo M4 ou M9 g- 01 (um) Fixador da mira laser no colimador do aparelho de pontaria

(FIMLACAP)

a. MORTEIRO 81mm BRANDT

fig 1

b. APARELHO DE PONTARIA M4

fig 2

c. OVN

fig 3

d. MIRA LASER

fig 4

e. BALIZA MODELO M8

• Observamos que a baliza ideal para ser utilizada nesta técnica deve ser confeccionada nas dimensões comuns (183cm de altura x 5cm de largura), confor-me descrito no manual C 23-90 (Manual de Campanha - O MORTEIRO 81mm). Porém, para a adequação ao tiro noturno deve ser pintada uma faixa de 1cm de largura, com tinta óleo amarela, junto à aresta esquerda do lado que ficará voltado para a posição do morteiro. Isso facilitará a observação do fecho de luz infraver-melho quando esse incidir junto à baliza.

fig 5

f. FIXADOR DA MIRA LASER NO COLIMADOR DO APARELHO DE PONTARIA (FIMLACAP)

fig 6

- Este material foi confeccionado com a finalidade de fixar a mira laser no colimador do aparelho de pontaria M4. Segue abaixo o detalhamento para a sua confecção:

1º- 01 (uma) chapa de aço de 1mm de espessura com as seguintes dimensões: (Fig 6.1)

Fig 6.1

2º- Outra chapa de aço de 2mm de espessura com as seguintes dimensões: (Fig 6.2)

Fig 6.2

Observação: Dois parafusos de 5/16mm de diâmetro, com 4,5 cm de comprimento e com porcas do tipo borboleta para facilitar o manuseio do material durante sua utilização.

3º- As duas chapas deverão ser unidas por meio de solda elétrica da seguinte forma: (Fig 6.3)

Fig 6.3

- Cabe ressaltar que este material, devido à sua simplicidade de construção e custo muito baixo, pode ser confeccionado nas próprias Organizações Militares que possuam como dotação Mrt 81 mm BRANDT.

2.2 FIXAÇÃO DA MIRA LASER NO COLIMADOR DO APARELHO DE PONTARIA M4: peça permite que a mira laser seja fixada junto ao colimador do aparelho de pontaria conforme demonstram as fotografias abaixo:

1º Passo:

fig 7

2° Passo:

fig 8

3º Passo:

fig 9

- MRT COM APARELHO DE PONTARIA COM MIRA LASER:

fig 10

Conforme a figura abaixo, vemos que o tambor das derivas, o tambor das alças e a visada da linha de fé podem ser utilizados normalmente. (Fig. 11)

Fig 11

- Observamos na figura abaixo que o eixo do colimador também não é obstruído, deixando livre o recurso para que se possa movimentar o mesmo na direção vertical, caso seja necessário em função do terreno ou da posição da baliza em relação à peça. (Fig 12)

Fig 12

3. PREPARAÇÃO DO SISTEMA:

Para a execução da técnica do tiro noturno é necessário preparar o armamento e o material ainda durante o dia quando a peça tomar sua posição antes do anoitecer ou ainda realizar a preparação antes mesmo que a fração se desloque para o exercício possibilitando assim a tomada de posição para apoio de fogo já no período da noite, preservando assim a agilidade e eficácia da peça, o que não é possível com a técnica de tiro atual.

Após a realização da amarração do tiro e a confecção do boletim de amarração durante o dia, com a mira laser já fixada no colimador do aparelho de pontaria, segue-se o seguinte processo:

1º- O Mrt deve ser deixado em vigilância com seu aparelho de pontaria direcionado a uma BV (baliza de vigilância no centro do setor de tiro), ou seja, a linha de fé deverá apontar para a aresta esquerda da baliza de vigilância e estar com as bolhas de longitude e derivação caladas.

2º- Assim que a visibilidade se tornar inviável a olho nu, a mira laser deverá ser acionada. (Fig 11)

3º- Com auxílio do OVN e não atuando nos dispositivos de elevação e direção do bipé, o fecho de luz (visualizado somente através do OVN) deverá ser direcionado à aresta esquerda da baliza de vigilância que estará há 25 (vinte e cinco) metros do Mrt. Para isso, deverá ser utilizado o recurso LEFT / RIGHT, disponíveis na mira laser (Fig13). Cabe ressaltar que um pequeno ponto de luz vermelho, oriundo da mira laser, somente poderá ser visualizado a olho nu por uma pessoa junto à baliza.

Fig 13

• Veremos que o fecho de luz da mira laser ao reincidir na aresta esquerda da baliza, e somente quando isto ocorrer, será nitidamente percebido e identifica-do por uma destacada circunferência de luminosidade, quando observada com o auxílio do OVN.

• Feito isso, chegaremos à conclusão de que teremos a linha de visada da li-nha de fé e o fecho de luz da mira laser direcionados para a mesma convergência a exatamente 25m na baliza de vigilância. Sendo assim, para qualquer baliza ou obstáculo que se encontre há 25 m da posição da peça que for apontada a mira las-er, automaticamente também se estará direcionada a linha de fé dando proporcio-nando a pontaria em direção. (Fig 1.7). Desta forma, torna-se confiável e prática a utilização desta técnica para a execução do tiro noturno tornando o conjunto Mrt 81 mm BRANDT preparado para a aplicação das técnicas de apontamento e cor-reção do tiro.

Fig 14

4. TRANSPORTE DO TIRO:

- Considerando-se que BV esteja apontando o Mrt para o Alvo 1, representado por uma construção na Fig 15;

Fig 15

- Sendo que também, há 30 milésimos à direita do alvo 1 e com distância igual, está o alvo 2 (Corte de Estrada), conforme observado no retículo do binóculo M1 durante o dia ou dado levantado através de um lançamento e registrado no boletim de amarração desta peça. Caso seja necessário o transporte do tiro do Alvo 1 para o Alvo 2, basta que se registre 30 milésimos à esquerda no tambor das derivas do aparelho de pontaria. (Fig 16)

Fig 16

- Em seguida, com o auxílio do OVN, agindo na manivela de direção do bipé, direciona-se novamente, o fecho de luz da mira laser até BV e “calando-se” as bolhas de nível longitudinal e transversal, desta forma, e de maneira eficaz, o Mrt passará a apontar para o Alvo 2. Fig(17).

Fig 17

5. OUTRAS CONSIDERAÇÕES:

O processo descrito acima trata-se de uma situação comum em que a fração tenha ocupado sua posição ainda durante o dia . Esta técnica poderá ser utilizada quando houver a necessidade da peça ocupar uma posição já no período noturno, desde que com auxílio da carta do terreno e utilizando o processo de pontaria pelo azimute.

O ideal seria que o aparelho de pontaria e a mira laser já fossem previamente regulados conforme o item 3, antes de qualquer atividade. Assim sendo, o Mrt poderia ser colocado em posição durante a noite ou em períodos de pouca visibilidade e o processo de amarração de tiros poderia ser desencadeado normalmente com o auxílio de carta e bússola.

Em atividade prática, visando testar o trabalho, foi verificado que o tempo gasto para amarração do tiro e principalmente para regular e transportar o tiro para diferentes alvos é cerca de 6 (seis) vezes menor que o tempo gasto quando se utili-za a técnica atual do tiro noturno do Mrt 81 mm BRANDT. Esta técnica também se aplica ao aparelho de pontaria M936 BRANDT, porém não foi possível sua apresentação neste trabalho, pois a OM de origem do trabalho não possui este mo-delo de aparelho.

Foi feito um estudo junto ao 10º GAC SL – Boa Vista/RR, a pedido do seu então comandante Sr Ten Cel WELLINGTON NEVES FILGUEIRAS LIMA, para verificar se esta mesma técnica se aplicaria ao Obuseiro 105 mm Oto Melara.

Apresentadas as possibilidades da aplicação da técnica também para aquele tipo de armamento, chegou-se a conclusão que seria viável e, sobretudo vantajoso para execução do tiro noturno do Obuseiro 105 mm Oto Melara valendo-se desta técnica e o comandante daquela OM decidiu que a técnica deveria ser testada em campo com uma bateria de Obuses. Porém, devido a passagem à disposição ao BRABATT 9 do idealizador da técnica não foram concluídos os trabalhos do estudo em questão.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• Trabalho Útil aprovado pelo Boletim Interno do EME Nº 125, de 03 de no-vembro de 2003 - PROGRAMA DE TREINAMENTO PARA O CURSO BÁSICO PÁ-RAQUEDISTA - Cap Cav Ricardo Augusto do Amaral Peixoto (para fins de formata-ção);

• MANUAL DE CAMPANHA C 23-90/O MORTEIRO 81mm.

TERMO DE DECLARAÇÃO DE INEDITISMO

E CESSÃO DE DIREITOS AUTORAIS

Nome do autor JOÃO PAULO DE ALCÂNTARA ALMEIDA

CPF 056914776-09

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Título do trabalho TÉCNICA DE TIRO NOTURNO DO MORTEIRO 81 mm BRANDT

Nome do autor LUIS CARLOS SOUZA DA SILVA JUNIOR

CPF 982.944.400-78

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Nome do autor LEANDER FREIRE ARCENIO DOS SANTOS

CPF 097073787-43

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Nome do autor JEAN CARLO PEREIRA BITENCOURT

CPF 996042210-00

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Nome do autor MARCIO ADRIAN LISCANO GERALDO

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Nome do autor LUIZ HENRIQUE DA SILVA

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Por este termo, declaro ser inédito e cedo globalmente os direitos autorais do Conteúdo Editorial (TÉCNICA DE TIRO NOTURNO DO MORTEIRO 81 MM BRANDT), exclusivamente para a Escola de Aperfeiçoamento de Sargentos das Armas e seus sucessores e cessionários, por todo o prazo de vigência dos direitos patrimoniais do Autor, previsto na Lei Autoral brasileira, para publicação ou distribuição em meio impresso ou eletrônico, ficando autorizada a incluir esse Conteúdo Editorial, nos meios de divulgação impressos ou digitais, on-line, intranet, via internet e hospedagem, isoladamente ou em conjunto com outras obras e serviços de informação eletrônica, em servidores próprios, de terceiros ou de clientes, podendo distribuí-la comercialmente e comercializá-la, por todos os meios eletrônicos existentes ou venham a ser criados futuramente, inclusive através de armazenamento temporário ou definitivo em memória ou disco dos usuários ou clientes, em aparelhos móveis ou fixos, portáteis ou não, cabendo à Escola de Aperfeiçoamento de Sargentos das Armas determinar todas as suas características editoriais ou gráficas, modos de distribuição, disponibilização, visualização, acesso, download, bem como promoções, divulgação e publicidade. A Escola de Aperfeiçoamento de Sargentos das Armas fica autorizada a proceder modificações e correções para a adequação do texto às normas de publicação.

Cruz Alta, RS, 23 de abril de 2014.

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JOÃO PAULO DE ALCÂNTARA ALMEIDA - 2º Sgt

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LUIS CARLOS SOUZA DA SILVA JUNIOR - 2ºSgt

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LEANDER FREIRE ARCENIO DOS SANTOS - 2º Sgt

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JEAN CARLO PEREIRA BITENCOURT - 2º Sgt

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MARCIO ADRIAN LISCANO GERALDO - 2º Sgt

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LUIZ HENRIQUE DA SILVA- 2º Sgt

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