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Epistemologia Genética Desenvolvimento Mental na Criança Jean Piaget Construções Cognitivas

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Page 1: Epistemologia Genética Desenvolvimento Mental na Criança Jean Piaget Construções Cognitivas

Epistemologia GenéticaDesenvolvimento Mental na Criança

Jean Piaget

Construções Cognitivas

Page 2: Epistemologia Genética Desenvolvimento Mental na Criança Jean Piaget Construções Cognitivas

TEÓRICOS DA EDUCAÇÃO

JOHN DEWEY – ESTADUNIDENSE – FILÓSOFO E EDUCADOR 1859 __________________________________ 1952 MARIA MONTESSORI – ITALIANA - MEDICINA 1870 ____________________________1952

OVIDE DECROLY – BELGA - MEDICINA 1871 ____________________ 1932 HENRI WALLON – FRANCÊS – FILOSOFIA, MEDICINA 1879 __________________________________1962 CÉLESTIN FREINET – FRANCÊS – PROFESSOR DO PRIMÁRIO 1896 ____________________________________ 1966 JEAN PIAGET – SUÍÇO – BIOLOGIA E FILOSOFIA 1896 ________________________________________________ 1980 LEV VYGOTSKY - BIELO-RUSSO – DIREITO, MEDICINA, HISTÓRIA E FILOSOFIA 1896 ______________________1934 PAULO FREIRE – BRASILEIRO - DIREITO 1921 __________________________________________ 1997 EMÍLIA FERREIRO – ARGENTINA - PSICOLINGUISTA 1939 __________________________........

Page 3: Epistemologia Genética Desenvolvimento Mental na Criança Jean Piaget Construções Cognitivas

Jean Piaget

Page 4: Epistemologia Genética Desenvolvimento Mental na Criança Jean Piaget Construções Cognitivas

Biografia de Jean Piaget 

Definiu a si mesmo como: “antigo-futuro filósofo que se transformou em psicólogo e investigador da gênese do conhecimento”

 1965 - “Sabedoria e ilusões da filosofia”

 Nessa publicação fala dos rumos tomado pelas ciências cujas fronteiras ao

longo dos tempos têm por um lado a verificação e a especulação

“Epistemologia: estudo do grau de certeza do conhecimento científico em seus diversos ramos, especialmente para apreciar seu valor para o espírito

humano” (Bueno, 1976) 

Porque Epistemologia Genética: “estudo da passagem dos estados inferiores do conhecimento aos estados mais complexos ou rigorosos”

 Piaget propõe retornar às fontes ou gêneses do conhecimento aos quais a

epistemologia só conhece os estados superiores 

Page 5: Epistemologia Genética Desenvolvimento Mental na Criança Jean Piaget Construções Cognitivas

Epistemologia na Filosofia

História do pensamento científico

Epistemologia Genética de Piaget

estudo experimental do desenvolvimento da inteligência do nascimento à

adolescência

Matéria interdisciplinar que se ocupa com todas as ciências 

Page 6: Epistemologia Genética Desenvolvimento Mental na Criança Jean Piaget Construções Cognitivas

Jean Piaget 

Nasceu em Neuchâtel – Suíça – 09/08/1896 

11 anos – 1º trabalho observação de um pardal albino publicado em revista de História Natural

15 aos 18 anos – publicou artigos sobre moluscos; resultaram num convite para ser curador no Museu de História Natural

Estudos de Lógica e Religião – interesse pela Epistemologia que se somaram à formação sólida em Ciências naturais (Biologia) e na Filosofia

19 anos – Bacharel em Ciências Naturais

21 anos – Doutor em Filosofia – apresentando tese sobre moluscos

Após doutorado - Zurich – contato com as idéias de Freud – método clínico

França – trabalhou com Binet – 1º teste de inteligência

Page 7: Epistemologia Genética Desenvolvimento Mental na Criança Jean Piaget Construções Cognitivas

1º teste de inteligência

visão psicométrica (QI): mensuração de diferenças individuais através de testes

Interesse de Piaget

respostas erradas consistência para as crianças de uma faixa etária

idéia central para sua teoria as crianças mais novas têm inteligência qualitativamente diferente das mais velhas

a maneira de pensar é diferente 

1921 – assumiu como diretor de Pesquisa do Instituto Jean-Jacques Rousseau

1936 – livros baseados na observação de seus 3 filhos, durante dois anos junto com sua esposa

Page 8: Epistemologia Genética Desenvolvimento Mental na Criança Jean Piaget Construções Cognitivas

Seis Estudos de Psicologia

Edição de 1984

Page 9: Epistemologia Genética Desenvolvimento Mental na Criança Jean Piaget Construções Cognitivas

O Desenvolvimento Mental da Criança 

Inteligência humana como sistema cognitivo 

Aberto se alimenta pela ação e percepção do sujeito

&

Fechado não é uma página em branco; tem capacidade de organização

  desenvolvimento cognitivo

contato do sistema cognitivo com informações do meio & processo de reestruturação interna para equilíbrio

Page 10: Epistemologia Genética Desenvolvimento Mental na Criança Jean Piaget Construções Cognitivas

O Desenvolvimento Psíquico 

Semelhanças entre a vida psíquica e a vida do corpo

Tendência para o equilíbrio

Vida psíquica Vida do corpo

Evolui na direção de um equilíbrio final

Conclusão do crescimento e maturidade dos órgãos

Page 11: Epistemologia Genética Desenvolvimento Mental na Criança Jean Piaget Construções Cognitivas

O Desenvolvimento Psíquico 

Diferenças entre a vida psíquica e a vida do corpo

Equilíbrio com evoluções diferentes

Vida psíquica Vida do corpo

Funções superiores da Inteligência, afetividade tendem a um equilíbrio

móvel

Forma final de equilíbrio estática

e instável; evolução ascendente e regressiva

Page 12: Epistemologia Genética Desenvolvimento Mental na Criança Jean Piaget Construções Cognitivas

Equilibração Progressiva

passagem contínua de um estado de menor equilíbrio para um estado de equilíbrio superior

Inteligência, vida afetiva e relações sociais

 Equilibração: estabilidade, ajustamento, flexibilidade, mobilidade

 

Aspectos complementares do processo de equilibração

Funções constantes & Estruturas variáveis

 

Page 13: Epistemologia Genética Desenvolvimento Mental na Criança Jean Piaget Construções Cognitivas

 

Equilibração = Funções constantes & Estruturas variáveis

Aspectos Complementares do Processo de Equilibração1. Mecanismos Funcionais Constantes

necessidade ação

Necessidade

Manifestação de um desequilíbrioAlgo fora da pessoa ou na pessoa

se modificaReajustamento da conduta em

função da mudança

Ação

MovimentoPensamentoSentimento

(exterior ou interior)

Page 14: Epistemologia Genética Desenvolvimento Mental na Criança Jean Piaget Construções Cognitivas

Equilibração = Funções constantes & Estruturas variáveis

1. Mecanismos Funcionais Constantes

necessidade ação

A ação acaba quando há satisfação da necessidade e a organização mental é reestabelecida

A cada instante a ação é desequilibrada palas transformações que aparecem no mundo (exterior e interior) e cada nova conduta vai

funcionar para reestabelecer o equilíbrio e para tornar esse mais estável que o do estágio anterior a essa perturbação

Ação Humana = movimento contínuo e perpétuo de reajustamento ou equilibração

os interesses de uma criança dependem do conjunto de suas noções adquiridas e das disposições afetivas

Page 15: Epistemologia Genética Desenvolvimento Mental na Criança Jean Piaget Construções Cognitivas

Equilibração = Funções constantes & Estruturas variáveis

1. Mecanismos Funcionais Constantes

Forma Geral das Necessidades e Interesses

1º incorporar as coisas e pessoas às atividade própria do sujeito assimilar o mundo exterior às estruturas

ex.: mamar no seio, depois mamar na mamadeira

2º reajustar as estruturas já construídas em função das transformações ocorridas

acomodar as estruturas já construídas aos objetos externosex.: do uso da mamadeira para o uso da colher

vida mental e orgânica assimilar progressivamente o ambiente por meio das estruturas ou órgãos psíquicos ampliando cada vez mais o raio

de ação

Page 16: Epistemologia Genética Desenvolvimento Mental na Criança Jean Piaget Construções Cognitivas

Equilibração = Funções constantes & Estruturas variáveis

1. Mecanismos Funcionais Constantes

A função da assimilação em todos os níveis de pensamento

incorporar o universo a si próprio

a estrutura da assimilação vai variar desde as formas de incorporação sucessivas da percepção e do movimento até as operações superiores

assimilando os objetos, a ação e o pensamento são obrigados a se acomodarem a esses objetos, ao reajuste

Adaptação = Equilíbrio das Assimilações e Acomodações

Page 17: Epistemologia Genética Desenvolvimento Mental na Criança Jean Piaget Construções Cognitivas

Equilibração = Funções constantes & Estruturas variáveis

Aspectos Complementares do Processo de Equilibração 

2. Estruturas Variáveis 

Estrutura: inteligência é afetada por fatores hereditários e psicológicos

Estrutura hereditária Estrutura Psicológica

Estruturas físicas, reações comportamentais automáticas

Nos primeiros dias de vida os reflexos são modelados pela

experiência ambiental

Page 18: Epistemologia Genética Desenvolvimento Mental na Criança Jean Piaget Construções Cognitivas

É composta por uma série de esquemas integrados 

Equilibração = Funções constantes & Estruturas variáveis

2. Estruturas Variáveis (continuação)

Esquema: padrão de comportamento ou ação que se manifesta com ordem e coerência e que descreve um tipo regular de ação que a criança

aplica aos vários objetos(Exemplo: esquema de sucção)

Os esquemas mais evoluídos envolvem mais do que um reflexo(Exemplo: chupar o dedo)

 Estruturas variáveis: formas sucessivas de equilíbrio que marcam as

diferenças de um nível de conduta para outro (do lactente à adolescência) 

Organizam a atividade mental sob um duplo aspecto

Motor ou intelectual - dimensão individual Afetivo - dimensão social, interindividual

 

Page 19: Epistemologia Genética Desenvolvimento Mental na Criança Jean Piaget Construções Cognitivas

Equilibração = Funções constantes & Estruturas variáveis

Seis períodos do desenvolvimento que marcam o aparecimento das estruturas sucessivamente construídas

1º sensório-motora 2º pré-operacional 3º operações concretas

4º operações formais

Até os 2 anos

Antes da linguagem e do pensamento

2 a 7 anos 7 a 12 anos Acima de 12 anos

Reflexos, mecanismos

hereditários e 1as nutrições

Inteligência intuitiva, sentimentos

interindividuais espontâneos e das relações sociais de

submissão ao adulto

 

1ª infância

Começo da lógica dos sentimentos

morais e sociais de cooperação

Operações intelectuais abstratas

Formação da personalidade

Inserção afetiva e intelectual na sociedade

dos adultos

1os hábitos motores e percepções organizadas e sentimentos organizados

Inteligência prática regulações afetivas elementares e 1as fixações exteriores

da afetividade

Page 20: Epistemologia Genética Desenvolvimento Mental na Criança Jean Piaget Construções Cognitivas

Equilibração = Funções constantes & Estruturas variáveis

2. Estruturas Variáveis (continuação)

Em cada estágio aparecem estruturas originais diferentes das anteriores

O essencial das construções sucessivas permanece nos próximos estágios como subestruturas para novas características

 

Page 21: Epistemologia Genética Desenvolvimento Mental na Criança Jean Piaget Construções Cognitivas

Forma Geral do Equilíbrio

O Desenvolvimento Mental, com sua organização progressiva, é

entendida como uma adaptação sempre mais precisa à realidade

Page 22: Epistemologia Genética Desenvolvimento Mental na Criança Jean Piaget Construções Cognitivas

Períodos do Desenvolvimento Mental 1º sensório-motora – recém-nascido e lactente

Extraordinário desenvolvimento mental, mas pela falta de linguagem poucos davam atenção

Período decisivo para a evolução psíquica da centração

(egocentrismo radical) para uma revolução copérnica em miniatura

Assimilação sensório-motora do mundo exterior pela criança

Sob duplo aspecto: inteligência e vida afetiva

3 estágios distintos: reflexos; organização das percepções e hábitos; e, inteligência sensório-motora

Observações no final da apresentaçãoObservações no final da apresentação

Page 23: Epistemologia Genética Desenvolvimento Mental na Criança Jean Piaget Construções Cognitivas

1º sensório-motora – recém-nascido e lactente

Inteligência – subestágio dos reflexos

Vida mental no exercício de aparelhos reflexos com tendências instintivas

Esses reflexos não correspondem a uma passividade mecânica

manifestam uma atividade verdadeira que atesta a assimilação

sensório-motora precoce (generalização da atividade)

Page 24: Epistemologia Genética Desenvolvimento Mental na Criança Jean Piaget Construções Cognitivas

1º sensório-motora – recém-nascido e lactente

Inteligência – subestágio da organização das percepções e hábitos

Os exercícios reflexos tornam-se mais complexos pela integração dos hábitos e percepções organizados

Ponto de partida de novas condutas adquiridas com a ajuda da experiência

Esquemas sensório-motores

Um ciclo reflexo como ponto de partida cujo exercício não apenas repete,

mas incorpora novos elementos, totalidades organizadas mais amplas; se o resultado for interessante (assimilável) o sujeito o reproduz em

novos movimentos

Forma mais evoluída de assimilação

Page 25: Epistemologia Genética Desenvolvimento Mental na Criança Jean Piaget Construções Cognitivas

1º sensório-motora – recém-nascido e lactente

Inteligência – subestágio da inteligência sensório-motora

A inteligência aparece bem antes do pensamento interior que supõe o emprego de signo verbais (linguagem interiorizada)

Inteligência totalmente prática não utiliza palavras e conceitos, mas percepções e movimentos como esquemas de ação

Condições para a construção dos atos de inteligência sensório-motora

As condutas precedentes se multiplicam até o ponto de ser maleável para registrar os resultados da experiência (reações circulares)

Varia com intenção movimentos e gestos que conduziram resultado interessante explorando o ambiente

Os “esquemas de ação” tornam-se suscetíveis de se coordenarem entre si (conceito sensório-motor), tal como depois farão os conceitos do

pensamento, buscando a generalização

Page 26: Epistemologia Genética Desenvolvimento Mental na Criança Jean Piaget Construções Cognitivas

1º sensório-motora – recém-nascido e lactente

Finalidade do desenvolvimento intelectual

Transformar a representação das coisas

inverter a indissociação primitiva

A consciência começa por um egocentrismo inconsciente e integral e a

inteligência sensório-motora levam à construção de um universo objetivo; corpo apenas um entre outros

Processos que caracterizam a revolução intelectual do período

Construção das categorias práticas de objeto e de espaço; da causalidade e do tempo

Page 27: Epistemologia Genética Desenvolvimento Mental na Criança Jean Piaget Construções Cognitivas

1º sensório-motora – recém-nascido e lactente

Finalidade do desenvolvimento intelectual – construção de categorias

Objeto prático nos primeiros meses o lactente não percebe objetos reconhece quadros sensoriais familiares.

1º ano os objetos são procurados depois que saem do campo de percepção; começo da exteriorização do mundo material

Saída do egocentrismo integral para o universo exterior

Espaço prático solidária com a construção do objeto; inicialmente há espaços não coordenados entre si e relacionados aos diferentes

domínios sensoriais.

2º ano se conclui um espaço geral que compreende os objetos em relação entre si e na sua totalidade e o próprio corpo.

Deve-se à coordenação de movimentos.

Page 28: Epistemologia Genética Desenvolvimento Mental na Criança Jean Piaget Construções Cognitivas

1º sensório-motora – recém-nascido e lactente

Finalidade do desenvolvimento intelectual – construção de categorias

Causalidade primeiro ligada à atividade em seu egocentrismo; relação entre um resultado empírico e uma ação que o atraiu.

No início repete um esquema causal para agir à distância sobre qualquer coisa (causalidade mágica).

2º ano a criança já reconhece as relações de causalidade dos objetos entre si, objetivando e espacializando as causas

Tempo paralela à causalidade; relação entre o tempo dos eventos tem relação com a coordenação entre as ações dos objetos

Page 29: Epistemologia Genética Desenvolvimento Mental na Criança Jean Piaget Construções Cognitivas

1º sensório-motora – recém-nascido e lactente

Vida afetiva

É falso e superficial separar sentimentos e pensamento como compartimentos distintos

Conduta foco necessário para entender a vida mental concebida como fortalecimento do equilíbrio.

Supõe instrumentos ou técnicas (movimentos e inteligência) mas implica também em modificações e valores finais (sentimentos)

Page 30: Epistemologia Genética Desenvolvimento Mental na Criança Jean Piaget Construções Cognitivas

1º sensório-motora – recém-nascido e lactente

Vida afetiva– subestágio dos reflexos

Impulsos instintivos elementares e emoções primárias

Proximidade das emoções com o sistema fisiológico das atitudes e posturas

Vida afetiva– subestágio da organização das percepções e hábitos

Sentimentos elementares, afetos perceptivos ligados à própria atividade do sujeito (agradável e desagradável)

Lactente se interessa por seu corpo, seus movimentos e pelos resultados destas ações “narcisismo” sem Narciso

Page 31: Epistemologia Genética Desenvolvimento Mental na Criança Jean Piaget Construções Cognitivas

1º sensório-motora – recém-nascido e lactente

Vida afetiva – subestágio da inteligência sensório-motora

Objetivação dos sentimentos e sua projeção sobre outras atividades que não apenas as do “eu” “escolha do objeto”

Correlação com a construção do objeto

(“eu” como pólo interior da realidade em oposição ao pólo externo e objetivo)

E objetos ativos vivos e conscientes (outras pessoas)

Sentimentos interindividuais

Page 32: Epistemologia Genética Desenvolvimento Mental na Criança Jean Piaget Construções Cognitivas

Períodos do Desenvolvimento Mental 2º Pré-operacional – 1ª Infância

Grande Evento - aparecimento da linguagem

Criança agora é capaz de reconstituir suas ações passadas por narrativas,

antecipar ações futuras pela representação verbal

Resultado 3 conseqüências para desenvolvimento mental

Início da socialização da ação – troca da criança com outros indivíduos Gênese do pensamento – pela interiorização da palavra

Interiorização da ação – antes perceptivo e e motor agora no plano intuitivo (experiências mentais)

Page 33: Epistemologia Genética Desenvolvimento Mental na Criança Jean Piaget Construções Cognitivas

2º Pré-operacional – 1ª Infância

Linguagem e Socialização da Ação

Criança inicia a troca e a comunicação com os outros linguagem

Linguagem X Relações Interindividuais

Aparece sob forma definida X imitação dos gestos corporais e exteriores

construção consciente

Page 34: Epistemologia Genética Desenvolvimento Mental na Criança Jean Piaget Construções Cognitivas

2º Pré-operacional – 1ª Infância

Linguagem e Socialização da AçãoFunções elementares

Subordinação e coação espiritual do adulto sobre a criança – “eu ideal”

adulto x “eu” da criança

Trocas - Intercomunicações da criança formulando e narrando (memória) ações transformando condutas em pensamento. Monólogo

infantil nos momentos de socialização, brincadeiras com regras

Crianças fala para si mesma – diferente da vida adolescente e adulta os monólogos são auxiliares da ação imediata

Análise da Linguagem espontânea – condutas sociais ainda não são socializações profundas – criança ainda centralizada, indiferenciação

em relação aos outros

Page 35: Epistemologia Genética Desenvolvimento Mental na Criança Jean Piaget Construções Cognitivas

2º Pré-operacional – 1ª Infância

Linguagem e Gênese do Pensamento

Linguagem

Permite à criança contar suas ações reconstruindo o passado, antecipar as futuras, e mesmo substituir as ações pala palavra sem nuca as

realizar

Veículo de conceitos e noções que pertencem a todos e reforça a ligação entre o pensamento individual com o sistema de pensamento

coletivo

Pensamento como a conduta global ainda por assimilação egocêntricaPensamento egocêntrico no jogo simbólico

Page 36: Epistemologia Genética Desenvolvimento Mental na Criança Jean Piaget Construções Cognitivas

2º Pré-operacional – 1ª Infância

Linguagem e Gênese do Pensamento

O pensamento egocêntrico no jogo simbólico

Jogo atividade inicial que ativa e reforça a aprendizagemNo sensório-motor puro exercício; pré-operacional tem regras envolve

imaginação e imitaçãoFunção satisfação do desejo infantil pela transformação do real

Jogo simbólico como uma assimilação deformada da realidade. A

linguagem intervém no pensamento imaginativo através da imagem ou símbolo

Signo ou símbolo em Piaget – é individual e elaborado sem o recurso dos outros e compreendido pelo indivíduo (lembranças e estados íntimos e pessoais) por isso esse jogo seria um pólo egocêntrico do pensamento

Page 37: Epistemologia Genética Desenvolvimento Mental na Criança Jean Piaget Construções Cognitivas

2º Pré-operacional – 1ª InfânciaLinguagem e Gênese do Pensamento

Pensamento intuitivo forma mais adaptada ao real que a criança desta fase conhece. Mantém de certa maneira a experiência e

coordenação da fase anterior, mas as reconstitui e antecipa devido à representação

Pensamento da criança é espontâneo – faz perguntas abundantes quase ao mesmo tempo que fala

“Onde?” “O que é?” “Por quê?”

Sentido geral dos “porquês” – indiferenciado no caminho entre a causa e um fim. Torna-se obscuro aos adultos porque a pergunta também é

dirigida a fenômenos que ocorrem ao acaso

A criança procura “a razão de ser” das coisas não há acaso na natureza

Page 38: Epistemologia Genética Desenvolvimento Mental na Criança Jean Piaget Construções Cognitivas

2º Pré-operacional – 1ª InfânciaLinguagem e Gênese do Pensamento

Assimilação do mundo às atividades que desenvolve – indiferenciação entre o”eu” infantil e o mundo externo

Pensamento da criança ainda apresenta egocentrismo – esquemas práticos transferidos para o novo plano se prolongando sob as formas seguintes.

Finalismo – razão causal e final das coisas Animismo infantil – tendência da criança de conceber as coisas como

vivas e dotadas de intenção Artificialismo – as coisas do mundo seriam construídas pelo homem

ou por força divina

Pensamento da Criança X Pensamento dos Primitivos

As leis do desenvolvimento mental serviriam para o homem em todo o tempo e em todas épocas, bastando ter passado pela infância – haveria

sempre um pensamento infantil

Page 39: Epistemologia Genética Desenvolvimento Mental na Criança Jean Piaget Construções Cognitivas

2º Pré-operacional – 1ª Infância

Intuição

A criança afirma suas conjecturas sem nunca provar que está correto

O egocentrismo como dificuldade de diferenciar o ponto de vista próprio e o dos outros

Não sabe definir conceitos que emprega e os objetos são definidos pelo uso

A criança já seria lógica com relação a ação e manipulação?

- Inteligência prática prolonga a inteligência sensório-motora e prepara as noções técnicas adultas. Há adiantamento nas ações e não nas palavras

- Na perspectiva experimental (não-verbal) a crianças raciocinará de forma pré-lógica usando a intuição

Page 40: Epistemologia Genética Desenvolvimento Mental na Criança Jean Piaget Construções Cognitivas

2º Pré-operacional – 1ª Infância

Intuição

Definição: interiorização das percepções e movimentos como imagens representativas e experimentais que prolongam os esquemas sensório-

motores

Primado das percepções se sobrepõe às operações racionais que necessitam da noção de conservação e reversibilidade (Exemplo p.34)

O que falta para esse pensamento ser lógico?

Falta prolongar a ação já conhecida pela criança (sujeito) nos dois sentidos

Reversibilidade

Page 41: Epistemologia Genética Desenvolvimento Mental na Criança Jean Piaget Construções Cognitivas

2º Pré-operacional – 1ª Infância

IntuiçãoO que falta para esse pensamento ser lógico?

Falta prolongar a ação já conhecida pela criança (sujeito) nos dois sentidos

Reversibilidade

Intuição primária – um esquema prático transposto como ato de pensamento. Mas é uma característica positiva. Prolongando a ação interiorizada, com

mobilidade reversível pode se transformar em operação

Intuição articulada – ultrapassa a forma de intuição anterior na dupla direção de antecipar as conseqüências da ação e reconstituir os estados anteriores. Mas

permanece a irreversibilidade porque ainda depende da sua perspectiva perceptiva

Page 42: Epistemologia Genética Desenvolvimento Mental na Criança Jean Piaget Construções Cognitivas

2º Pré-operacional – 1ª Infância

Vida Afetiva

No nível do desenvolvimento afetivo são 3 as novidades essenciais

Regularizações de interesses e valores – ligadas aos pensamentos intuitivos em geral

Relações afetivas interindividuais – afeições, simpatias e antipatias ligados à socialização das ações

Sentimentos morais instintivos – provenientes das relações entre adultos e crianças

Page 43: Epistemologia Genética Desenvolvimento Mental na Criança Jean Piaget Construções Cognitivas

2º Pré-operacional – 1ª Infância

Vida Afetiva

Regularizações de interesses e valores – ligadas aos pensamentos intuitivos em geral

Interesse prolonga a necessidade, orientação própria a todo ato de assimilação mental. No pensamento intuitivo os interesses se multiplicam e vão dando

lugar a uma dissociação progressiva entre os mecanismos energéticos (ligados ao interesse) e aos valores que o mesmo interesse produz

Aspectos complementares do interesse regula a energia & implica um sistema de valores (interesses) que se diferenciam determinando finalidades

mais complexas para a ação

Interesses e valores relacionados à própria atividade influenciam sentimentos de autovalorização porque registra resultado da atividade

Page 44: Epistemologia Genética Desenvolvimento Mental na Criança Jean Piaget Construções Cognitivas

2º Pré-operacional – 1ª Infância

Vida Afetiva

Relações afetivas interindividuais – afeições, simpatias e antipatias ligados à socialização das ações

Constituídas pelos múltiplos valores (interesses). Graças à linguagem e aos signos verbais é possível fazer as trocas, a comunicação entre a criança e o ambiente

Desenvolvimento de um jogo de simpatias para quem faz parte dos seus interesses Crianças e seus pais – amor pelos pais não se explica pelos laços hereditários, os valores infantis são moldados pelos pais. No início as valorizações são unilaterais

relacionadas com o respeito, origem dos sentimentos moraisPrimeira moral da criança é a obediência e o primeiro critério de bem é a vontade dos

pais. Valores morais são normativos e heterônoma

Pseudomentira – deformação da realidade para a subverter aos interesses da própria criança. Aceita, no entanto a repreensão e a punição das mentiras

Page 45: Epistemologia Genética Desenvolvimento Mental na Criança Jean Piaget Construções Cognitivas

2º Pré-operacional – 1ª Infância

Vida Afetiva

Sentimentos morais instintivos – provenientes das relações entre adultos e crianças

Primeiros valores são moldados na regra recebida, graças ao respeito unilateral. Regra que é seguida ao pé da letra e não na sua essência

Para que os mesmos valores se organizem em um sistema coerente e geral os sentimentos morais deverão ter certa autonomia, sendo necessário que o

respeito se torne mútuo

Page 46: Epistemologia Genética Desenvolvimento Mental na Criança Jean Piaget Construções Cognitivas

Períodos do Desenvolvimento Mental

3º Operacional Concreto – Infância

Coincide com início da escolarização modificação decisiva no desenvolvimento mental

Progressos da Conduta e da Socialização

Duplo progresso concentração individual & colaboração efetiva na vida comunitária

Ação individual: começo de reflexão (deliberação interior X conduta social interiorizada); conversão do egocentrismo social e intelectual importante para

inteligência e afetividade Inteligência – início das construções lógicas;

Afetividade – moral de cooperação e autonomia pessoal - vontade

Relações interindividuais: capaz de cooperar; dissociação; diálogo; mudança nas atitudes sociais

Jogos com regras: duplo progresso – lei única diante todos e “ganhar” com sentido coletivo

Page 47: Epistemologia Genética Desenvolvimento Mental na Criança Jean Piaget Construções Cognitivas

3º Operacional Concreto – Infância

Progressos do Pensamento

Declínio das formas egocêntricas de causalidade e representação do mundo e aparecendo novas formas de explicação corrigindo as anteriores

Relações de causa e efeito por identificação (forma mais simples) – redução das matérias umas às outras – identificação - hilozoísmo X animismo infantil

Assimilação egocêntrica se transformando em assimilação racional mais

complexa que identificação – explicações atomísticas – criança não generaliza (só após 11 anos) – Exemplo do açúcar dissolvido na água

O todo é explicado pela composição das partes – operações de divisão ou adição; princípios de conservação; operações em sistemas fechados e coerentes -

invariantes

Comentário sobre Tales de MiletoComentário sobre Tales de Mileto

Comentário sobre PitágorasComentário sobre Pitágoras

Page 48: Epistemologia Genética Desenvolvimento Mental na Criança Jean Piaget Construções Cognitivas

3º Operacional Concreto – Infância

Progressos do Pensamento

Noções de permanência substância, peso e volume Elaboração das noções de conservação: explicação causal por

composição partitiva – jogo de operações coordenadas em sistemas e conjuntos reversíveis (identidade não é o mais importante) Resultados das operações: corrigir a intuição perceptiva e

transformando as relações imediatas num sistema coerente de relações objetivas

Noções de tempo (velocidade e espaço) formação por coordenação de operações análogas (sistemas coerentes e ligados): acontecimentos

colocados em ordem de sucessão e simultaneidade das durações (intervalos entre os acontecimentos)

Velocidade noção racional (relação tempo/espaço) elaborado 8 anosEspaço início da construção racional após 7 anos

Page 49: Epistemologia Genética Desenvolvimento Mental na Criança Jean Piaget Construções Cognitivas

3º Operacional Concreto – Infância

As Operações Racionais

Operações uma ação qualquer (com origem motora, perceptiva ou intuitiva) que tem por raízes esquemas sensório-motores, experiências afetivas

ou intuitivas e que se transformam em operação por constituir sistemas de conjuntos passíveis de composição e revisão (sem isolamento) – Exemplo dos

bastões (p. 49) Pensadores (p.18)

Método operatório supõe operação inversa – operações de seriação (comprimentos e matéria) 7 anos; seriação por pesos (tamanhos

iguais); seriação dos volumes (por imersão) 12 anos

Operações lógicas dos sistemas de classificações ligadas à reversibilidade do pensamento - encaixar as partes no todo ou destacar as partes em relação

ao todo

Antes dos 7 anos há dificuldade de comparar classes com subclasses

Page 50: Epistemologia Genética Desenvolvimento Mental na Criança Jean Piaget Construções Cognitivas

3º Operacional Concreto – Infância

As Operações Racionais

Construção do número e das operações aritméticas 1ª infância números são intuitivos a série indefinida e as operações (soma e multiplicação) após 7

anos

Motivo: número é um composto de operações precedentes e supõe construção prévia. Número inteiro: coleção de unidades iguais entre si e ao mesmo

tempo uma série ordenada (cardinal e ordinal)

relações termo a termo: permanecem intuitiva na 1ª infância e só se tornam operações numéricas quando a criança é capaz de fazer a seriação de fichas

e o encaixamento das partes nos todos (classes), elabora os números

Conclusão Geral o pensamento se torna lógico pela organização de sistemas de operações que obedecem às leis de conjunto comuns

Page 51: Epistemologia Genética Desenvolvimento Mental na Criança Jean Piaget Construções Cognitivas

3º Operacional Concreto – Infância

As Operações RacionaisLeis de Conjunto Comuns nos Sistemas de Operações

1. Composição 2 operações de um conjunto se compõem e resultam numa operação do conjunto

1+1=2; 2+2=4

2. Associatividade as operações podem se associar de todas as maneiras2+(3+4)=(2+3)+4

3. Identidade a operação direta e seu inverso dão uma operação nula ou idêntica

+1-1=0; +2-2=0, etc

4. Reversibilidade para cada elemento do grupo há apenas 1 elemento, chamado inverso que combinado com o 1º resulta no elemento identidade

+1 inverte-se em -1; +2 inverte-se em-2, etc

Page 52: Epistemologia Genética Desenvolvimento Mental na Criança Jean Piaget Construções Cognitivas

3º Operacional Concreto – Infância

As Operações Racionais

Conclusões importantes

As noções e relações não se constituem de forma isolada, são organizações de conjuntos nas quais todos os elementos são solidários e se equilibram

entre si

A assimilação operatória assegura um equilíbrio superior porque a reversibilidade traduz um equilíbrio permanente entre a assimilação das

coisas pela mente e a acomodação da mente às coisas

Criança se liberta do egocentrismo inconsciente pra a grupar as relações, a mente atinge um estado de coerência e não-contradição

Page 53: Epistemologia Genética Desenvolvimento Mental na Criança Jean Piaget Construções Cognitivas

3º Operacional Concreto – Infância

Afetividade, vontade e sentimentos morais

Novos sentimentos aparecem por uma organização da vontade que integra melhor o “eu” e regula a vida afetiva

mútuo respeito: origem no respeito unilateral, mas organizado em função da cooperação entre as crianças

conduz a novos sentimentos morais: Sentimento de regra que agora é comum e construído em acordoHonestidade necessária entre os jogadores: mentira agora é grave

Sentimento de justiça: distributiva, com igualdade estrita, retributiva (intenção)

Lógica de valores e ou ações entre indivíduos: os sentimentos são sistemas racionais de valores pessoais agrupados segundo uma “escala”

Vontade equilíbrio final no campo afetivomoral - sentimentos morais autônomos

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3º Operacional Concreto – Infância

Afetividade, vontade e sentimentos morais

Confusão conceitual acerca da vontade

redução à energia do sujeito ato intencional

Vontade regulação da energia onde não se segue a tendência interior e forte (prazer), mas reforça a tendência superior e frágil (dever)

Problema que interessa à Psicologia do Desenvolvimento: educação da vontade; como tornar o sentimento de dever mais forte do que o

sentimento de prazer, graças à vontade?

Mantém a regulação reversível

Page 55: Epistemologia Genética Desenvolvimento Mental na Criança Jean Piaget Construções Cognitivas

Períodos do Desenvolvimento Mental

4º Operações Formais – Puberdade

Piaget afirma que não pretende descrever a fase a partir de algumas perturbações, mas manter foco no pensamento e na vida afetiva

Os poderes multiplicados dos adolescentes perturbam a afetividade e o pensamento, mas depois os fortalecem

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4º Operações Formais – Puberdade

O Pensamento e suas Operações

Criança Adolescente

Passagem do pensamento concreto para o lógico-dedutivo

O pensamento da criança se afasta do real porque ela substitui os objetos

ausentes pela representação viva equivalendo ao real; não raciocinam sobre sentenças verbais, recaindo na intuição pré-lógica

Não constrói sistemas, pensa concretamente sobre cada problema de acordo com seu aparecimento na

realidade

Interesse por problemas inaturais; há facilidade de elaborar teorias

abstratas

Page 57: Epistemologia Genética Desenvolvimento Mental na Criança Jean Piaget Construções Cognitivas

4º Operações Formais – Puberdade

O Pensa mento e suas Opera ções

Problemas de a ritmética crianças sentem muitas dificuldad es porqu e manipu lam ob jeto s p ara raciocinar . Enu nciado s v erb ais são difíceis p orq ue estão ligad os às hip óteses, não são con creto s 12 a no s – op erações ló gicas, através da lín gu a, são tran spo stas do p lano d a manip ulação co ncreta para o plano das id éias

(p alav ras, símbo lo s matemáticos) sem ap oio d a percep ção , experiên cia ou crença. As co nclusõ es são válidas, in depen den te da realidad e

Co ndiçõ es para construção do pensamento fo rmal ex ecu tar em pen samento ações po ssíveis ao s o bjetos, refletindo essas operaçõ es ind epend ente do s o bjeto s, su bstitu ind o-os po r prop osições (líng ua); ap ós o início d esse p ensamen to se torn a p ossível a con stru ção d e sistemas e teo rias

Ló gica da s relaçõ es (cria nça) Lóg ica de pro po sições (adolescente)

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4º Operações Formais – Puberdade

O Pensamento e suas Operações

Novo Poder pensamento livre do real

Livre atividade da reflexão espontânea

Egocentrismo adolescente intelectual e comparável às crianças dos períodos anteriores; crença na onipotência da reflexão; o “eu” forte reconstrói o Universo

O equilíbrio é atingido quando a reflexão compreende que sua função não é contradizer, mas adiantar e interpretar a experiência

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4º Operações Formais – Puberdade

Afetividade da Personalidade no Mundo Social dos Adultos

Dupla conquista personalidade e inserção na sociedade adulta

Personalidade e Adolescência começa no final da infância pela organização autônoma das regras, valores e vontade; hierarquizando as

tendências segundo a moralPersonalidade existe desde que se forma “um programa de vida” como

fonte de disciplina para a vontade e para cooperação, necessita reflexão livreDesequilíbrio: egocentrismo adolescente – pela personalidade em

formação coloca-se em igualdade com os adultos, sentindo-se diferente – incompreensão e messianismo

Descobre em certo sentido, o amor ama através do romance

Page 60: Epistemologia Genética Desenvolvimento Mental na Criança Jean Piaget Construções Cognitivas

4º Operações Formais – Puberdade

Afetividade da Personalidade no Mundo Social dos Adultos

Vida Social

Fase Inicial de Interiorização Fase Positiva

Adaptação à sociedade quando ao adolescente se transforma de reformador em realizador

Adolescente anti-social

Medita sobre a sociedade que interessa e quer reformar

desprezo pela sociedade real

Sociedades dos adolescentes

Jogo coletivo que a escola não sabe aproveitar

reorganizações positivas para mudança do real - grandes

entusiasmos coletivos

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Conclusão sobre o Desenvolvimento Mental

Unidade dos processos – sistema de operações universo prático e sensorial universo concreto reconstrução do universo

inteligência prática-sensorial pensamento concreto pensamento hipotético-dedutivo

Elaboração intelectual - As construções sucessivas descentralizam a criança do seu ponto de vista imediato para situá-lo em coordenação mais ampla de

relações e noções

Afetividade – liberta-se progressivamente do “eu” para se submeter às leis da cooperação. Desencadeia as ações (atribui valor às atividades e regula a energia)

Fornece meios e esclarece fins à inteligência

Egocentrismo primitivo submissão ao adulto 1as trocas cooperação com as outras crianças cooperação social

Tendência das Atividades Humanas

Razão forma superior de equilíbrio inteligência & afetividade

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Anexos explicativos

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Nicolau Copérnico

1473-1543

Inicia o heliocentrismo demonstra que os planetas têm 2

movimentos, sobre si e sobre o sol

Teoria oposta ao geocentrismo afirmado por séculos pela Igreja

Católica e em 2 textos de Ptolomeu (astrônomo,

matemático, geógrafo do século II d.C.)

o Almagesto e o Livro de Geografia

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Tales de Mileto

Mais antigo filósofo grego e como outros procurava qual ou

quais as coisas que têm existência em si

Buscou o princípio de todas as coisas (ser em si) água

hilozoísmo: hilo- elemento de composição da matéria; zoísmo – conjunto de caracteres que coloca por exemplo, o ser vivo entre os

animais

Escola de Mileto

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Primeiro filósofo grego que afirmou: o princípio de tudo, o verdadeiro ser,

é algo que não está acessível aos sentidos: o número

as coisas escondem dentro de si números e se diferenciam umas das outras quantitativa e numericamente

a coisa realmente existente é algo não material

Pitágoras

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BUENO, Francisco da Silveira. Dicionário Escolar da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: FENAME, 1975.

MACEDO, Rosa Maria Stefanini. Piaget, vida e obra. IN: A epistemologia genética; Sabedoria e ilusões da filosofia; Problemas de epistemologia genética. São Paulo: Abril Cultural, 1983 (Coleção Os Pensadores)

MORENTE, Manuel Garcia. Fundamentos de Filosofia: lições preliminares. São Paulo: Editora Mestre Jou, 1966

PIAGET, J. Seis estudos de psicologia. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1984.