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Universidade de São Paulo Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias Epidemiologia, microbiologia e Epidemiologia, microbiologia e tratamento das infec tratamento das infec ç ç ões por ões por Acinetobacter Acinetobacter Anna Sara Levin Anna Sara Levin

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Universidade de São PauloDepartamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias

Epidemiologia, microbiologia e Epidemiologia, microbiologia e tratamento das infectratamento das infecçções por ões por

AcinetobacterAcinetobacter

Anna Sara LevinAnna Sara Levin

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Acinetobacter Acinetobacter spp.spp.

• Coco-bacilo Gram-negativo não-fermentador

• Taxonomía difícil• Encontrado na água e solo• Microbiota de pele, garganta e outras

topografías de pessoas saudáveis• Causador de infecções hospitalares

CID 2006, 42:692-9 y CID 2006, 43: S43-8

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Acinetobacter spp.

• Resistencia in vitro a vários ATB• Taxonomía

– Pelo menos 22 genoespécies (7 com nomes)– Sensibilidade variável– Complexo A.calcoaceticus-baumannii

(genoespecies 1, 2, 3 e 13) é mais resistente– Genoespecie não se determina de forma

rotineira (hibridização)

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Mireya Larenas

Mujer

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Tarsila do Amaral1928 - Abaporu

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EpidemiologiaEpidemiologia

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Acinetobacter Acinetobacter spp.spp.• De 1993 a 2002 (Medline)• 53 surtos de infecção e/ou colonização• De 2000 a 2002: 16 surtos

– 8 em UTI– 4 em Unidade de Queimados– 262 infecções e/ou colonizações

• 2006-2007: 24 surtos• Transmissão cruzada (maioria)• Fonte comum: água, cortinas

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Acinetobacter Acinetobacter spp.spp.De 2003 De 2003 -- 10/2006 (10/2006 (MedlineMedline))• 44 surtos de infecções e/ou colonizações

– Guerra do Iraque: soldados dos EUA e RU– Transmissão entre hospitais– Transmissão entre países

•• TransmissãoTransmissão cruzadacruzada (maioría)•• TransmissãoTransmissão por ambientepor ambiente•• TransmissãoTransmissão do genedo gene OXA-58 em clones

diferentes (JAC 2006, 57: 557-61)

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TransmisiTransmisióónn•• Entre paEntre paíísesses

– França-Bélgica-(JCM 2006, set)– Iraque-EUA (JCM 2006, 44: 2921-32)

– Iraque-RU e EUA (JCM 2006, 12: 837-43)

•• Entre hospitaisEntre hospitais– Israel (JHI 2005, 60: 256-60)

– EUA: (AAC 2006, 50:2941-5)

– França : produtor de ESBL VEB-1 (Emerg Infect Dis 2006, 12: 1214-22) 53 hospitais a partir de um (JCM 2003, 41:3542-7)

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MW 3a 3b 4a 4b 6a 6b 7a 7b 8a 8b

Acinetobacter

HC UCI-Quemados

a: S b: R

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Sobrevida em superfSobrevida em superfííciescies• Pontas de dedos e fórmica por 60 min.Musa et al - J Hosp Infect 1990; 15: 219-27.

• PVC, borracha, aço e cerâmica pr 4 hWendt et al - J. Clin Microbiol 1997; 35: 1394-7.

Estudos experimentais com voluntários e em laboratórios.

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AmbienteAmbienteAs As evidênciasevidências sugeremsugerem o o papelpapel do do ambienteambiente contaminadocontaminado

1. Colonização de pacientes em paralelo com a contaminação do ambiente (publicado em 2 revistas: Intensive Care Crit Care Nurs2005, 21: 94-8 y JHI 2004, 56: 106-10)

2. Controle de surto somente com limpeza ambiental e de equipamentos e inhalação com colistina de colonizados (sem isolamento de pacientes) (ICHE 2006, 27: 654-8)

3. Controle com desinfecção do ambiente (Int J Antimicrob Agents 2006, 28: 193-9)

4. Surto por equipamento de irrigação de feridas paradesbridamiento (lavagem pulsátil), que hipotéticamentediseminou Acineto ao ambiente (JAMA 2004, 292:3006-11)

5. Contaminação de equipamiento respiratório, equipos de hemofiltração, equipos para regular temperatura de pacientes(ICHE 2004, 25: 1002-4)

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NãoNão identificouidentificou nenhumnenhum papelpapel do do ambienteambiente

SurtoSurto nana AlemanhaAlemanha::• Importado por paciente da África Ocidental- 14 pac em 2 meses

(JHI 2004, 57: 308-15)• Ambiente foi negativo

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Acinetobacter Acinetobacter spp.spp.• Contaminação ambiental - UTI• HC – FMUSP (Levin et al -ICHE 2001, 22:717-20)

• Introdução de paciente com ABMR (R- imipenem)

• Culturas de:– Material clínico de todos os pacientes (n=63)– Ambiente próximo aos pacientes (n=513)– Áreas comuns (n=372

• 21% de material clínico: só de pacientes ABMR

• 2,1% de áreas à volta de pacientes ABMR• uma de áreas comuns (mesa dos

residentes)• Não houve transmissão a outros pacientes

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SurtosSurtos 19771977--20002000ICHE 2003, 24: 284-95

• Revisão da literatura• 51 surtos discutidos• > 50% nos últimos 10 anos• Maioría com apenas 1 ou 2 tipos clonais• 38 na UTI• 23 preocupados com resistência• Fonte comum respiratória: 13• Outras fontes: 12• T. respiratório e fonte não definida: 16• Outro sítio e fonte não definida: 10

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FatoresFatores de de riscoriscoJHI 2006, 64: 7-15

• 1985-2005• 55 estudos

– 28 caso-controle, 20 com análise multivariada

– 27 descrições de surto

• Fatores nos estudos descritivos– Contaminação de equipamento, cortinas, cateteres– Contaminação das mãos– Uso prévio de ATB

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FatoresFatores de de riscoriscoJHI 2006, 64: 7-15

Fatores nos estudos com análise multivariada– Uso prévio de ATB (> 50% dos estudos)

• Maioría: carbapens ou cef. 3a geneção

– Ventilação mecânica (25% dos estudos)– UTI ou tempo de permanência em UTI– Gravidade– Sexo– Intervenções: traqueostomia, hidroterapia, transfusão,

catéteres venosos centrais ou arteriais, sonda vesical– Colonização prévia por Acinetobacter

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FatoresFatores de de riscoriscoJHI 2006, 64: 7-15

ConclusãoConclusão

Fatores de risco são tão variados que cadasituação merece uma avaliação própria e

medidas de controle inovadoras

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Gustavo Poblete - Composisión

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Picasso (1917) Grande natureza morta

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MicrobiologiaMicrobiologia

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Acinetobacter baumanniiAcinetobacter baumannii

• Um dos 3 agentes mais importantes de IH no HC – FMUSP

• Resistência importante a todas as classes de antimicrobianos:– Cefalosporinas de 3a e 4a gerações– Quinolonas– Aminoglicosídeos– CarbapenensSantucci SG, Gobara S, Santos CR, Fontana C, Levin AS. Infections in a burn intensive care unit:

experience of seven years. J Hosp Infect. 2003; 53: 6-13. Levin AS, Gobara S, Mendes CM, Cursino MR, Sinto S. Environmental contamination by multidrug-

resistant Acinetobacter baumannii in an intensive care unit. Infect Control Hosp Epidemiol. 2001; 22:717-20.

Costa SF, Newbaer M, Santos CR, Basso M, Soares I, Levin AS. Nosocomial pneumonia: importance of recognition of aetiological agents to define an appropriate initial empirical therapy. Int J AntimicrobAgents. 2001; 17: 147-50.

Arruda E, Marinho IS, Rodrigues E, Basso M, Vilela IS, Gobara S, Oplustil CP, Mendes CM, Boulos M, Levin AS. Central Venous Catheter-Related Infections in Intensive Care Units. Braz J Infect Dis. 1997; 1: 182-5

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Como uma bactComo uma bactééria fica ria fica resistenteresistente

1. Enzimas (beta-lactamases, contra aminoglicosídeos)

2. Bomba de efluxo (meropenem, quinolonas)

3. Alteração de sítio de ação (diminuição de afinidade de PBP)

4. Alteração de permeabilidade (baixa expressão de certas porinas)

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Acinetobacter Acinetobacter spp.spp.

Mecanismos de Mecanismos de resistênciaresistência a a imipenemimipenem:– Produção de beta-lactamases– MetaloenzimasCosta et al - Int J Antimicrob Agents 2000; 13: 175-82.

– Alteraçaõ de PBP– Membrana externa menos permeável (2 a 7

vezes menor que P.aeruginosa)Vila y Marco – Enferm Infecc Microbiol Clin 2002; 20:304-12

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Estrutura externaEstrutura externa de BGde BG--meio externo

membrana externa

paredecelular

membranaplasmática

meio interno (citoplasma)

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MetaloMetalo--betabeta--lactamasaslactamasas• integrons em transposons• IMP, VIM, SIM, SPM, GIM

(classe B)• IMP, VIM y SIM - Acinetobacter• Inhibidos por

– ácido etilenodiaminotetracético(EDTA),

– ácido 2-mercapto-propiónico (2-MPA)

• Degradam carbapens, cefamicinas

• Não se pode usar cefalosporinas e penicilinas

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Genes Genes OxacilinaseOxacilinase• Classe D• Hidrolisam carbapens• E também: amoxicilina, meticilina, cefaloridina,

cefalotina• Raramente cefalosporinas de espectro mais amplo• 100 a 1000 vezes menos eficiente que MBL (dificulta o

reconhecimento)• Não se sabe o papel na resistência• Subgrupos

– OXA 23, OXA-27, OXA-49– OXA-24, OXA-25, OXA-26, OXA-40– OXA-58 (muito importante em vários países e surtos)

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Beta lactamase classe D: hidrolisa Beta lactamase classe D: hidrolisa carbapenenscarbapenens

Cepa referencial sem carbapenemase

OXA 23 plasmidial

OXA40 cromossômico

CMI 2006, 12: 826-36

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Perda Perda (ou baixa expressão)(ou baixa expressão) de de porinaporina

• OMP• Pouca expressão leva a CIM de

imipenem• Perda da proteína de 31-36kDa

(Costa Int J Antimicrob Agents 2000, 13: 175-82)

• Perda de OMP 29kDa• CarO=OMP 29kDa canal inespecífico para

imipenem• OprD-like (porina D2 de P.aeruginosa)

43kDaCMI 2006, 12: 826-36

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Isaías Cabezón

Retrato III

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Matisse (1906-7) Retrato de Marguerite

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Tarsila do Amaral1923- A Negra

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ResistênciaResistência

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ResistênciaResistência de de Acinetobacter Acinetobacter Europa Europa (década 1990)

• Amicacina– 71% Espanha, 69% Turquia, 0% Holanda

• Ceftazidima e Cefepima– 81% Portugal, 76% Espanha, 29-70% França– <1% Holanda, Alemanha , 0% Suécia

• Quinolonas– >80% França e Espanha, 4% Alemanha, 0%

Holanda• Piperacilina

– >80% França, Portugal, Espanha e Turquia• Imipenem

– Geralmente <20% (até 58% ao final da década)J Hosp infect 2001; 48:161

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ResistênciaResistência de de Acinetobacter Acinetobacter TaiwanTaiwan 20002000

• 12 hospitais• Ciprofloxacina: 54 a 74%• Imipenem: 0 a 19%

Emerg Infect Dis 2002; 8: 132

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ResistênciaResistência de de Acinetobacter Acinetobacter AmAméérica do Norterica do Norte

•• Ciprofloxacina Ciprofloxacina (Chest 2001; 119: 397S)– 24% E.U.A– 38% E.U.A e Canadá (infecções respiratórias)

• 15 hospitais em N. N. YorkYork (CID 2000; 31:101)

– Ciprofloxacina 77%– Amicacina 13%– Piperacilina-tazobactam 75%– Ceftazidima 79%– Cefepime 23%– Imipenem 1%

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ResistênciaResistência de de Acinetobacter Acinetobacter AmAméérica Latina rica Latina (Infect Dis Clin N Am 2000;14: 67)

• Imipenem: 9% – 12% em 12 hospitais do Brasil (1997-9)

(Braz J Infect Dis 2001; 5: 200)

• Piperacilina-tazobactam: 81%• Cefepime: 71%• Ceftazidima: 80%• Ciprofloxacina: 82%• Amicacina: 70%

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AUMENTO DA POPULAÇÃO DE IDOSOSAcinetobacter spp. - HC- IC

SENSIBILIDADE(Infecção de corrente sanguínea)

2007 (n=54)

24%

26%

39%

2004 (n=72)

28%

29%

74%

2002 (n=80)

25%

24%

64%

Cefepima

Ciprofloxacina

Imipenem

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Ximena Cristi – Interior com sillas

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Picasso (1956) O ateliê na Califórnia

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ALÉM DOS CASOS DE INFECÇÃO HÁ OS COLONIZADOS

(PORTADORES ASSINTOMÁTICOS)

FONTE PARA DISSEMINAÇÃO

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AUMENTO DA POPULAÇÃO DE IDOSOSINFECTADOS SÃO A PEQUENA PARTE VISÍVEL DO PROBLEMA

• No HC:– No momento do 1º caso de ERV– Prevalência de colonizados em

unidades críticas: 16%

• Transmissão de Klebsiella pneumoniaeresistente a neonatos a partir de auxiliar de enfermagem com onicomicose colonizada.

Boszczowski I; Nicoletti C; Puccin DM; Pinheiro M.; Soares RE; Van Der Heijden IM; Costa SF; Barone AA; Levin AS. Outbreak of extended spectrum beta-lactamase-producing Klebsiella pneumoniae infection in a neonatal intensive care unit related to onychomycosis in a health care worker. Pediatr Infect Dis J 24: 648-50, 2005.

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• Para controlar resistência é necessário identificar os portadores assintomáticos.

AUMENTO DA POPULAÇÃO DE IDOSOSCULTURAS DE VIGILÂNCIA

Cooper BS; Stone SP; Kibbler CC; Cookson BD; Roberts JÁ; Medley GF; Duckworth G; Lai R; EbrahimS. Isolation measures in the hospital management of methicillin resistant Stahylococcus aureus(MRSA): systematic review of the literature. BMJ 329: 533-42, 2004.

Jarvis WR. The state of the science of health care epidemiology, infection control, and patient safety, 2004. Am J Infect Control 32: 496-503, 2004.

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AUMENTO DA POPULAÇÃO DE IDOSOSCULTURAS DE VIGILÂNCIA

Detecção de colonizadosAliado a Aliado a

Precauções de contato

Estudos com e sem bons resultados

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AUMENTO DA POPULAÇÃO DE IDOSOSCULTURAS DE VIGILÂNCIA

TempoTempo

• Culturas convencionais > 2 dias• Meios cromogênicos como Chromagar é útil

para S. aureus• Métodos moleculares comerciais-PCR

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S. aureus

MRSA

24 h

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AUMENTO DA POPULAÇÃO DE IDOSOSCULTURAS DE VIGILÂNCIA

CustosCustos

• Alto custo • Selecionar populações de maior risco?

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AUMENTO DA POPULAÇÃO DE IDOSOSCULTURAS DE VIGILÂNCIA

Qual sQual síítio?tio?

• S. aureus – Narina anterior e pele lesada– 2 estudos orofaringe (8-18% não detectados em

narina) - CID 2007, 45: 475 e JAC 2006, 44: 3334

• ERV: fezes, swab retal ou periretal• BG-: desconhecido!!!

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Culturas de vigilância para BGCulturas de vigilância para BG--

• UTI Neurologia HC-FMUSP• 3 períodos de 2000 a 2002• Parte de outro estudo• 1070 “sets” de culturas• Orofaringe + reto + axila • Pesquisa de

–P. aeruginosa R-imipenem–Acinetobacter spp.

Dalben, 2008

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Surveillance site Number of positive cultures Positivity rate 95%CI

Acinetobacter spp. (201 sets collected from carriers)

Oropharynx 82 41% 34-48%Rectum 66 33% 30-36%Axillae 56 28% 25-31%

Pseudomonas aeruginosa (65 sets cultured from carriers)

Oropharynx 28 43% 31-55%Rectum 23 35% 24-47%Axillae 21 32% 21-44%

Dalben, 2008

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Acinetobacter spp.

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Luis Herrera Guevara- Plaza Bulnes

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Tarsila do Amaral 1924Estrada de ferro Central do Brasil