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Nutrição Entérica em Doentes Queimados

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Nutrição Entérica em Doentes Queimados

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A lesão por queimadura representa provavelmente o maior estímulo para o catabolismo proteico muscular.

Este estado é caracterizado por um catabolismo acelerado de massa magra ou massa esquelética que resulta clinicamente num balanço negativo de azoto e gasto muscular.

Contextualização

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A determinação de um valor adequado para a ingestão proteica é fundamental, uma vez que está relacionada positivamente com o balanço azotado (BA) e vários autores defendem que a obtenção de um BA positivo é o principal parâmetro nutricional associado com uma melhoria do doente.

Enquanto futuros Profissionais de Farmácia, estarão em contacto com doentes e prescrições relativas a Nutrição Entérica, particularmente em contexto

Contextualização

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Prescrição

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Desenvolvimento do caso

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1ºpergunta

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Nutrição Parental

A nutrição parenteral visa a fornecer, por via parenteral, todos os elementos necessários à demanda nutricional de pacientes com necessidade normal ou aumentada, cuja via digestiva não pode ser utilizada ou é ineficaz. A nutrição parenteral pode ser total, isto é, quando o paciente é nutrido exclusivamente por via parenteral, ou complementar, quando está associada à utilização concomitante da via digestiva. Pode ser ainda, central, quando é administrada em via central, como a veia cava superior, ou periférica, quando é administrada em veias periféricas.

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Nutrição Parental

A via parental deve ser contra indicada quando o paciente tiver capacidade de se alimentar por via oral e/ou enteral, ou então quando o estado nutricional estiver adequado. E ainda deve-se contra-indicadar a nutrição parenteral total em pacientes terminais, quando não houver esperanças de melhora de vida e do sofrimento.

Objetivo: Atender as necessidades nutricionais do organismo, quando NE é inadequada ou impossível visando aliviar ou corrigir os sinais, os sintomas e as sequelas da desnutrição

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Nutrição Enteral

Consiste na administração de alimentos liquidificados ou de nutrientes através de soluções nutritivas com formulas quimicamente definidas, por infusão direta no estômago ou no intestino delgado, através de sondas. Está indicada em pacientes com necessidades nutricionais normais ou aumentadas, cuja ingestão, por via oral, está impedida ou é ineficaz, mas que tenham o restante do trato digestivo funcionalmente aproveitável.

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Objectivo

Atender as necessidades nutricionais do organismo, quando a ingesta oral é inadequada ou impossível, desde que o TGI (Trato Gastrointestinal) funcione normalmente.

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A nutrição enteral deve ter prioridade absoluta sobre a nutrição parenteral, sempre que possível, em todos pacientes candidatos ao suporte nutricional especializado.

No entanto existem condições e riscos associados que se deve ter em conta.

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VantagensAproxima-se mais da alimentação natural, sendo, portanto, mais fisiológica

Pode receber nutrientes complexos, tais como proteínas integrais e fibras

A presença dos nutrientes no trato digestivo estimula o trofismo intestinal, mantendo a integridade da mucosa intestinal

Mantém o pH e a flora intestinal normais

Estimula a atividade imunológica intestinal

Reforça a barreira da mucosa intestinal, aumentando a proteção contra a translocação bacteriana

Tem metodologia mais simples e menor curto

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Contra indicações

Obstrução intestinal

Disfunção do TGI

Diarreia grave

Instabilidade hemodinâmica

Nos casos de refluxo gastroesofágico

Esta complicação poderia ser evitada pela utilização de sondas nasojejunais. A alimentação por sonda nasoentérica deve ser instituída com cautela no paciente com íleo paralítico. Quando o estômago não se esvazia apropriadamente, como pode acontecer no período pós-operatório, o risco de náuseas, vômitos ou dilatação gástrica aguda pode ser contornado através de fornecimento direto de nutrientes ao intestino delgado.

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1ºpergunta

Nutrição parentérica Nutrição Entérica

É possivel colocar uma sonda?

Não Sim

Existe capacidade de absorção?

Não Sim

A actividade gastrointestinal é normal ou quase normal?

Não Sim

O tubo digestivo está acessivel?

Não Sim

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2ºpergunta

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Dieta Modular Proteica

O seu valor energético deve-se apenas a uma classe de macronutrientes, neste caso proteínas.

São de fácil absorção mesmo no caso de insuficiência digestiva.

Dieta Completa Polimérica Modificada Hiperproteica

Os nutrientes encontram-se na sua forma macromolecular intacta. São adequadas a doentes com função digestiva normal. Contém reforço de proteína.

Dieta Completa Polimérica Modificada Hiperproteica rica em Arginina

Possui as mesmas características da anterior. É rica em arginina, um aminoácido importante na divisão celular, na cicatrização de feridas, no sistema imunitário e na produção de hormonas.

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Num paciente com queimaduras a atividade metabólica está aumentada, havendo uma degradação exagerada de proteínas mediada pela resposta hormonal. Assim sendo, num paciente queimado, as necessidades proteicas estão aumentadas, o que justifica a prescrição das dietas acima referidas. O principal objetivo destas dietas é repor os níveis de proteínas no organismo e no caso da dieta rica em arginina ajudar a cicatrização, os mecanismos de defesa da barreira intestinal e a função imunitária.

É ainda importante referir que o estado nutricional deste tipo de pacientes deve ser avaliado de maneira contínua até ao tratamento das feridas.

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3ºpergunta

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Aquando da ocorrência de desequilíbrios hidro-electrólicos e ácido-base, o cloreto de sódio é o mais indicado para esse tipo de tratamentos, por forma a tentar normalizar essa alteração. É também indicado em situações de vómitos, diarreias e outros tipos de lesões nomeadamente cutâneas, operatórias e de edemas.

Dado isto, a fundamentação com base nas indicações terapêuticas, relativamente à prescrição de Cloreto Sódio 4,5% mg/ml (0,45% Hipot) Sol inj Fr 500 ml IV e não de uma solução isotónica de cloreto de sódio, pode-se justificar devido a estarmos perante o procedimento do tratamento de um doente queimado, sendo neste tipo de situações característica da perda de líquidos e eletrólitos (hipernatermia). Sabendo que, contrariamente às soluções isotónicas, as soluções hipotónicas (solução administrada) tem como principal mecanismo de actuação a movimentação da água por difusão, dos meios de menor concentração para os mais concentrados, fazendo assim uma melhor redistribuição pelos tecidos lesados, justificando-se assim a sua preferência.

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4ºpergunta

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Tal como refere a transcrição, a dieta estabelecida ao doente era rica em proteínas, o que nos traduz uma grande probabilidade de interacção com os fármacos prescritos. A actividade enzimática do citocromo P450 pode ser alterada, alterando por si só a metabolização do fármaco, estando a sua farmacocinética e farmacodinâmica, afectadas. Quanto â terapêutica que foi implementada ao doente podemos realçar que alguns broncodilatadores ( Xantinas) e antiasmáticos poderão de alguma forma interagir , na presença de dietas ricas em proteínas, alterando claro está a actividade do citocromo P450(diminui o tempo de semi-vida do fármaco no plasma), o que não se verifica com os broncodilatadores prescritos.

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Todavia , o sucralfato, em presença de nutrição entérica verifica-se a formação de um complexo insolúvel de proteína alumínio, resultando num sólido ou aglomerados semi-sólidos que podem bloquear tubos de alimentação ou mesmo o esófago ou estômago. Quanto à furosemida, em presença de nutrientes apresenta uma redução da sua biodisponibilidade em cerca de 30%.

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Extras

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A possibilidade de ocorrência de erros e acidentes é inerente a qualquer atividade humana, mas em setores como o de saúde, que lidam com a vida, esse risco deve ser reduzido ao mínimo.

Um estudo realizado nos EUA aponta que 20% das ações legais que representaram custos para os hospitais envolveram quedas e escorregões de pacientes. Para por em prática ações de prevenção de riscos, principalmente nas áreas fechadas de hospitais e clínicas, o Consórcio Brasileiro de Acreditação - instituição que representa com exclusividade no Brasil a Joint Commission International, maior agência de qualidade e saúde do mundo – promove nos próximos dias 24, 25 e 26, o curso Gestão da Segurança em Estabelecimento de Saúde – Ambiente e Segurança em Áreas Fechadas, importante ferramenta de apoio aos gestores de instituições de saúde.

Para enfermeira Kátia Moreira, esse tipo de gestão visa, sobretudo, a melhor administração da estrutura física, dos equipamentos e das pessoas, estabelecendo ações de segurança para reduzir acidentes.

“Os eventos adversos podem ter diversas origens, como física, química, biológica, ergonômicas, mecânicas, locais, ou mesmo operacional.

Outro estudo da agência aponta que 30% das complicações em Unidades de Tratamento Intensivo foram devidas ao mau uso dos equipamentos médicos.

Para as instituições acreditadas com metodologia da Joint Commission International (JCI), uma das mais importantes instituições acreditadoras do mundo, a Gestão da Segurança já é um processo incorporado às rotinas, por meio de padrões, normas e critérios de avaliação definidos pelos Manuais de Padrões da JCI.

Kátia Moreira conta que o curso Ambiente e Segurança em Áreas Fechadas tratará a respeito das principais linhas e conceitos do Gerenciamento de Risco em áreas fechadas, discutirão os principais tópicos que envolvem a segurança do paciente, permeando também a segurança dos colaboradores. “Áreas fechadas como UTIs, Emergência, Centro Cirúrgico e Radiologia demandam uma atenção especial em relação à segurança no atendimento, desde o projeto dos espaços até a garantia do funcionamento correto de equipamentos”, explica Kátia. “A mesma atenção deve ser direcionada a áreas de suporte, como Manipulação de Quimioterápicos, Manipulação de Nutrição Parenteral e Enteral, Alimentação e Nutrição e Hemoterapia”, sublinha.

Curso orienta sobre segurança em hospitais e clínicasMarcelo Egypto NOTÍCIAS - Saúde

Por isso, deve haver um planejamento e monitoramento constantes, além de educação de profissionais, pacientes e acompanhantes a respeito das regras e regulamentos de segurança”, defende a especialista. Um ponto importante que deve ser observado na gestão da segurança é o correto uso dos

“A mesma atenção deve ser direcionada a áreas de suporte, como Manipulação de Quimioterápicos, Manipulação de Nutrição Parenteral e Enteral, Alimentação e Nutrição e Hemoterapia ”

equipamentos. Estudos realizados pelo Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora do setor de saúde do EUA, mostram que as doses recebidas por pacientes submetidos a raios X de tórax são maiores que as necessárias, dependendo do local onde realizam tais exames. Em média, de 15% a 50% dos equipamentos inspecionados não estariam em conformidade com as especificações normalizadas para a segurança do paciente.

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Trabalho realizado por:

Joana Cerqueira nº10100368 Joana Mendes nº10100369 Cátia Pereira nº10100691